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UNIVERSIDADE DE TAUBA
Mary Nishimura
AVALIAÇÃO DA PENETRAÇÃO DENTINÁRIA
INTRATUBULAR DE CIMENTO ENDODÔNTICO
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES
SOLUÇÕES IRRIGADORAS
Taubaté – SP
2007
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1
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Mary Nishimura
AVALIAÇÃO DA PENETRAÇÃO DENTINÁRIA
INTRATUBULAR DE CIMENTO ENDODÔNTICO
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES
SOLUÇÕES IRRIGADORAS
Dissertação apresentada para obtenção do
Título de Mestre pelo Programa de
Mestrado em Odontologia do
Departamento de Odontologia da
Universidade de Taubaté
Area de Concentração: Endodontia
Orientadora: Profa. Dra. Sandra Márcia
Habitante.
Taubaté – SP
2007
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2
Ficha catalográfica elaborada pelo
SIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas / UNITAU
N724a Nishimura, Mary
Avaliação da penetração dentinária intratubular de cimento
endodôntico quando da utilização de diferentes soluções irrigadoras /
Mary Nishimura. - 2007.
75
f. : il.
Dissertação (mestrado) - Universidade de Taubaté, Departamento de
Odontologia, 2007.
Orientação: Profa. Dra. Sandra Márcia Habitante, Departamento de
Odontologia.
1. Cimento endodônti
co. 2. Microscopia eletrônica de varredura.
3. Penetração intratubular. 4. Soluções irrigadoras
.
3
Dedico esta dissertação aos meus pais,
Isamu Nishimura e Sumiko Nishimura
e
e aos meus irmãos, Ryuzo Nishimura e Camilo Koudi Nishimura.
A DEUS.
4
AGRADECIMENTOS
A Profa. Dra. Sandra Márcia Habitante pela honra de ser sua orientada, por tudo que
me ensinou, pelo carinho, paciência, desprendimento, competência, enfim
professora...”Muito Obrigada!”.
Ao Prof. Dr. José Luiz Lage-Marques, que gentilmente cedeu o programa Fotoscore
9.0, imprescindível para a realização deste trabalho, pela ajuda, pela
OPORTUNIDADE.
A todos os professores presentes neste Mestrado.
Aos meus amigos do Mestrado pelo apoio, carinho e amizade. Um abraço especial
para Neto, Camila, Mônica, Dennia, Alexandre e João.
À Marina Beloti e Rodrigo Vance pela ajuda e amizade.
As funcionárias da Pós-Graduação Adriana e Alessandra , pela dedicação diária.
A Jaci pela dedicação, ajuda e amizade.
5
RESUMO
A etapa de obturação do tratamento endodôntico é de indiscutível importância já que
esta finaliza todos os procedimentos realizados anteriormente. Pretende-se obter o
selamento tridimensional com uso de substâncias químicas auxiliares que permitam
o aumento de permeabilidade dentinária, facilitando a penetração intratubular dos
cimentos endodônticos, resultando em um bloco único, fato que novos cimentos
resinosos prometem. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a
penetração intratubular de um cimento resinoso em canais radiculares submetidos a
diferentes tratamentos da superfície dentinária. Para este estudo foram selecionados
12 pré-molares superiores com duas raízes distintas. Esses foram conservados em
água destilada em temperatura ambiente e as coroas removidas na altura da junção
amelo-cementária. A instrumentação dos canais foi realizada com limas rotatórias
K3, sendo 25/.12, 25/.10, 25/.08, 30/.02, 25/.02, 20/.02, 15/.02 e 40/.02 em 350
rpm, pela técnica cérvico-apical. Foram realizados dois grupos: G1 dez raizes
vestibulares: hipoclorito de sódio 0,5% ,Endo PTC e EDTA-T 17% G2 dez raízes
linguais - gel de digluconato de clorexidina 2% e irrigação com digluconato de
clorexidina 2%, todas as raízes foram obturadas com sistema resinoso. Após a
obturação os dentes foram clivados e preparados para leitura em microscopia
eletrônica de varredura, onde foram realizadas leituras dos terços cervical, médio e
apical em aumento de 2000X e 4000X. As imagens foram analisadas em programa
Fotoscore por três avaliadores. Os resultados mostraram diferença estatisticamente
significante entre os grupos. Em ordem decrescente de escores temos: G2c, G1a,
G2m para aumento de 2000X e G1a, G1c, G2m para aumento de 4000X. Em
relação as regiões, não houve diferença significante nas regiões, exceto na região
apical onde obteve os melhores resultados
Palavras-chave: Cimento endodôntico. Microscopia eletrônica de varredura.
Penetração intratubular. Soluções irrigadoras.
6
ABSTRACT
The obturation phase of the endodontic treatment is of unquestionable importance
since this finishes all previously carried through procedures, its function of three-
dimensional sealing is achieved when using auxiliary chemical substances, as these
allow an increase of dentinary permeability, facilitating the endodontic sealers
intratubular penetration, resulting in a sole block, dentinary wall and sealing material.
Thus, the objective of the present work was to evaluate the intratubular penetration of
a resin sealer in teeth submitteded to different treatments of dentinary surface. For
this study 12 upper premolars with two distinct roots were selected. These were
conserved in distilled water at room temperature and the crowns removed at the
amelo-cement junction. The instrumentation of teeth were carried through with
rotatory files K3, being – 25/.12, 25/.10, 25/.08, 30/.02, 25/.02, 20/.02, 15/.02 e 40/.02
at 350 rpm, through the crown-down technique, two groups were utilized: G1 - ten
vestibular roots: sodium hypochlorite 0.5%, Endo PTC and EDTA-T 17% G2 ten
lingual roots - digluconate of chlorhexidine gel 2% and irrigation with digluconate of
chlorhexidine 2%, all the roots were obturated with resin system. After obturated,
teeth were fractured and prepared to be read through scanning electron microscope
where readings of the cervical, average and apical thirds were carried through a
magnification of 2000X and 4000X. The images were analyzed in Fotoscore program
for three evaluators. The results have showed that there was a statistically significant
difference among the groups. In a decrease order of scores we have: G2a, G1a,
G2m for two thousand magnification and G1a, G1c, G2m for four thousand
magnification. About the regions, there was not any significant difference except in
the apical region, where obtained the best results.
Key-words: Endodontic sealer. Scanning electron microscopy. Intratubular
penetration. Irrigating solutions.
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Raízes vestibulares demarcadas 43
Figura 2 - Raízes prontas para a etapa esperimental 43
Figura 3 - Limas rotatórias K3 44
Figura 4 - Substâncias irrigadoras utilizadas no experimento 44
Figura 5 - Sistema Epiphany 45
Figura 6 - Remoção do excesso de primer 45
Figura 7- Inserção do cimento Epiphany 45
Figura 8- Inserção de cones Resilon 45
Figura 9- Secção de raízes 46
Figura 10- Clivagem das raízes 46
Figura 11- Amostras metalizadas e fixadas em suportes individuais 46
Figura 12- Terços correspondentes a leitura 46
Figura 13-
Escores utilizados para obtenção dos resultados 47
Figura 14- Tela de apresentação do programa Fotoscore 48
Figura 15 - Fotomicrografias do G1 em aumento de 2000X 52
Figura 16 - Fotomicrografias do G1 em aumento de 4000X 52
Figura 17 - Fotomicrografias do G2 em aumento de 2000X 52
Figura 18 - Fotomicrografia do G2 em aumento de 4000X 53
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição das médias dos escores por 49
grupo, aumento de 2000X e 4000X
Tabela 2 - Comparação entre médias dos postos 49
das amostras, aumento de 2000X
Tabela 3 - Comparação entre médias dos postos 50
das amostras, aumento de 4000X
9
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Comparação entre as médias dos postos - aumento de 2000X 50
Gráfico 2 - Comparação entre as médias dos postos - aumento de 4000X 50
Gráfico 3 - Comparação entre as médias dos escpres para os aumentos 51
de 2000X e 4000X
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 REVISÃO DA LITERATURA 13
2.1 SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 13
2.2 OBTURAÇÃO 27
3 PROPOSIÇÃO 42
4 MATERIAL E MÉTODO 43
5 RESULTADOS
6 DISCUSO
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ANEXOS
49
54
60
61
66
11
1 INTRODUÇÃO
A terapia endodôntica esna dependência de fatores tais como cirurgia de
acesso, desinfecção, modelagem e obturação. Todos de indiscutível importância,
sendo a fase de selamento endodôntico a mais diretamente relacionada ao reparo
tecidual ósseo-cementário e ao restabelecimento do ligamento periodontal e lâmina
dura.
A etapa de obturação procura evitar a infecção ou reinfecção e a penetração
de fluidos teciduais que possam levar à resposta inflamatória. Tais fatos são
evitados por meio do preenchimento do sistema de canais radiculares de maneira
tridimensional pelo material obturador.
Muitos cimentos são propostos na tentativa de preencher os requisitos
necessários de atividade antimicrobiana, selamento e biocompatibilidade entre
tantos outros, porém nenhum deles possui todas as qualidades necessárias. Uma
das preocupações sedia-se na questão da adesão dentina-cimento, visto que
recolonizações podem ocorrem quando da existência de espaços não preenchidos
pelo cimento endodôntico podendo gerar retardo no processo reparacional. A falha
dessa adesão poderá levar a microinfiltrações decorrentes da presença de espaços
entre o material obturador e a parede dentinária levando a formação de fendas.
Outra provável causa da formação destas falhas está relacionada com a presença
de lama dentinária formada durante o preparo químico cirúrgico. Essa constitui-se de
uma massa amorfa, irregular, de aparência granular que funciona como barreira
física interferindo na adesão e penetração intratubular do cimento.
Muitas pesquisas têm sido realizadas na busca de uma substância química
auxiliar com poder de remoção dessa lama dentinária, e, com certeza, os estudos
12
apontam para o uso de hipoclorito de sódio em suas mais diferentes concentrações
conjugado ao uso de ácido diamino tetracético (EDTA), pois enquanto o hipoclorito
de sódio com seu poder de dissolução tecidual faz a remoção da porção orgânica da
lama, o EDTA-T promove a remoção da parte inorgânica. Porém, apesar de
apresentar tal capacidade, poder antimicrobiano, neutralização de tecidos tóxicos,
baixa tensão superficial entre outras qualidades, o hipoclorito promove inflamação
quando em contato com tecido vivo.
Em termos de soluções irrigadoras o digluconato de clorexidina vem firmando
seu papel na terapia endodôntica como uma bisguanida catiônica que age sobre a
parede celular de microrganismos causando a quebra dos componentes celulares,
demonstrando seu largo espectro antimicrobiano. Outra vantagem desse agente é
sua substantividade, ou seja, capacidade de ação por longo período e relativa
ausência de citotoxicidade. Apesar de tantos atrativos, essa não possui capacidade
de dissolução de tecidos necróticos a não ser quando utilizado com gel de Natrosol,
que possui a vantagem de ser altamente solúvel, ou seja, facilmente removido
através da irrigação final com água destilada.
No intuito de se unir soluções irrigadoras que permitam a melhor remoção de
lama dentinária e cimentos que apresentem propriedades de adesão, tendo como
idéia a formação de um monobloco resinoso entre paredes do canal e material
obturador, este estudo se faz necessário tendo como principal objetivo a avaliação
da penetração intratubular de cimentos endodônticos em dentes submetidos à
diferentes soluções irrigadoras.
13
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Limpeza, desinfecção e modelagem são procedimentos intimamente
ligados e necessários ao preparo radicular, é realizado por meio de limas
endodônticas associadas as substâncias químicas-auxiliares. Vários agentes
irrigantes têm sido propostos em busca de qualidades como: largo espectro
antimicrobiano, capacidade de dissolução tecidual, biocompatibilidade e baixa
tensão superficial.
No intuito de se propor substâncias irrigadoras que facilitem o alargamento
dos canais, removam restos orgânicos contaminados e combatam possíveis
microrganismos existentes, Paiva e Antoniazzi (1973) realizaram um estudo
in vivo
onde utilizaram-se de 35 dentes unirradiculares, sendo divididos em 17 com
mortificação pulpar sem rarefação apical e 18 com mortificação pulpar e rarefação
apical, todos submetidos ao preparo químico cirúrgico com uso de Endo-PTC
neutralizado pelo hipoclorito de sódio a 0,5% (líquido de Dakin) e irrigação com uma
associação de detergente-Furacin. Foram realizadas três coletas microbianas, sendo
a primeira logo após a cirurgia de acesso, a segunda após o preparo químico
cirúrgico e a terceira 72 horas após o término do preparo dos canais. Em relação
aos testes bacteriológicos somente um dente apresentou resultado positivo e na
avaliação do pós-operatório somente 2,8% não apresentaram ausência de
sintomatologia. Os autores concluíram frente aos resultados ser justificada a
utilização da associação proposta.
14
Em busca de uma solução irrigadora que realizasse a dissolução do
magma dentinário produzido durante o preparo químico cirúrgico, Östby (1957)
propôs a utilização do EDTA ácido diamino tetracético. Observou que no caso de
polpas necrosadas seus túbulos poderiam conter microrganismos que gerariam
retardo reparacional e que a remoção desses, presentes na camada superficial da
lama dentinária, poderia reduzir a capacidade infectante levando a desinfecção dos
canais, facilitando assim a adaptação e embricamento do cimento endodôntico.
Para avaliar a efetividade de agentes irrigantes na remoção de debris do
canal radicular, Goldman et al. (1981) desenvolveram um estudo
in vitro,
utilizando-
se de 36 dentes divididos de acordo com o agente irrigador: GI 1 c.c. de glicina
dodecildiaminetil a 1% entre cada instrumento e irrigação final com 20 c.c. da
mesma solução, GII 1 c.c. de hipoclorito de sódio 5,25% durante a instrumentação
e 20 c.c. da mesma solução como irrigação final, GIII 1 c.c. de REDTA durante e
20 c.c. pós-instrumentação, GIV a irrigação foi a mesma do GI, porém as coroas
foram removidas na altura da linha cervical e as raízes foram seccionadas e imersas
em glicina dodecildiaminetil a 1%(TEGO), sob constante agitação por três horas
com trocas da solução a cada trinta minutos, GV a irrigação foi a mesma do grupo
IV, e as raízes submersas em hipoclorito de sódio a 5,25% e GVI – irrigação
semelhante ao grupo IV e imersão das raízes em solução de REDTA. As amostras
foram então preparadas para avaliação em microscópio eletrônico de varredura. Os
resultados demonstraram que: Grupo I e IV todos os três terços apresentaram
lama dentinária, visualizável principalmente em maior aumento, Grupo II e V
visualização de alguns túbulos dentinários, porém recobertos com lama dentinária e
Grupo III a VI túbulos dentinários visíveis e livres de lama dentinária. Concluiu-se
que tanto o detergente TEGO quanto hipoclorito de sódio a 5,25% não possuem a
15
capacidade de apresentarem superfície dentinária livre de lama dentinária, em
contrapartida ao irrigante REDTA.
Com o propósito de comparar a ação do hipoclorito de sódio a 0,5% e a da
solução fisiológica, Byström e Sundqvist (1983) realizaram um estudo em dentes
necrosados e portadores de lesões periapicais. Utilizaram-se de trinta dentes
unirradiculares e coroas intactas, sendo que, 15 dentes receberam como irrigação
final: GI - solução fisiológica e o GII - hipoclorito de sódio a 0.5%, todos foram secos
e irrigados com tiossulfato de sódio para neutralização e posterior coleta
bacteriológica. Todas as amostras foram submetidas a microscopia eletrônica de
varredura e inoculados em ágar sangue. Os resultados demonstraram a existência
de microrganismos em todos os dentes antes de 169 diferentes espécies, sendo: 89
no GI e oitenta no GII, havendo uma diminuição drástica desses números nos
dentes pós-preparo, quatro espécies no GI e cinco espécies no GII, em relação à
presença de bactéria nos pós preparos, foram encontrados em 12 dos 15 do grupo II
e em oito dos 15 do GI, sugerindo que a irrigação final realizada com hipoclorito foi
mais efetiva que a solução fisiológica.
Byström e Sundqvist (1985) avaliaram a capacidade antimicrobiana do
hipoclorito de sódio a 0,5% e a 5% combinado ou não a irrigação com EDTA e
concluíram que não há diferença no efeito antibacteriano nas duas concentrações de
hipoclorito de dio quando usadas puras, mas que o uso combinado do hipoclorito
de sódio a 5% e EDTA mostra-se mais eficiente. Observaram também que as
bactérias que sobrevivem a instrumentação e a irrigação rapidamente se multiplicam
caso não fosse utilizada medicação intracanal entre as sessões.
A fase de preparo químico cirúrgico é considerada uma das etapas mais
importantes da terapia endodôntica, pois nela se almeja a desinfecção, remoção de
16
sujidades e aumento da permeabilidade dentinária, calcados nesses requisitos,
Prokopowitsch e Moura (1989) propuseram um estudo onde se analisou a
penetração dentinária radicular do corante azul de metileno no terço apical de
dentes submetidos a instrumentação e cinco tipos de substâncias químicas-
auxiliares e analisados em microscópio comparador marca Carl-Zeiss. Foram
utilizados cinqüenta dentes unirradiculares, instrumentados com limas do tipo K-Flex
de primeiro uso. As amostras foram divididas de acordo com a solução irrigadora
utilizada durante a instrumentação e irrigação final sendo: GI solução fisiológica, e
irrigação final com 3,6 ml da mesma substância, GII tergentol furacin e 3,6 mL da
mesma substância, GIII hipoclorito de dio a 1% e 3,6 ml da mesma substância,
GIV instrumentados com EndoPTC neutralizado por hipoclorito de sódio a 1%,
seguida de irrigação final de 3,6 mL de tergentol-furacin e o GV instrumentação
com uma associação de ácido etileno-diamino-tetracético a 17% e tergentol, seguida
de irrigação final da mesma substância. As amostras foram observadas em
microscópio óptico onde pontos referentes ao perímetro do terço apical, a linha
demarcatória da penetração do azul de metileno identificou polígonos resultando em
áreas que foram calculadas. Por meio de resultados obtidos concluíram então que o
creme de EndoPTC neutralizado pelo hipoclorito de sódio a 1% foi o que apresentou
o maior aumento da permeabilidade dentinária no terço apical, em contrapartida a
solução de menor atuação foi o soro fisiológico seguida de solução de Milton.
A terapia endodôntica depende primariamente da remoção mecânica e
química de sujidades e da desinfecção do sistema de canais radiculares. Em busca
de substâncias que cumprissem esse papel, Ciucchi, Khettabi e Holz (1989)
compararam a efetividade de várias técnicas de irrigação em relação a remoção de
lama dentinária. Utilizaram-se de quarenta canais curvos preparados com limas
17
manuais sob copiosa irrigação com hipoclorito de dio a 3%. Os grupos foram
divididos de acordo com a técnica de irrigação a ser utilizada. Após o preparo
químico cirúrgico das amostras, essas foram avaliadas sob microscopia eletrônica
de varredura. Os resultados demonstraram superfícies com lama dentinária quando
submetida a irrigação com hipoclorito de sódio e ultrassom em oposição as amostras
onde se utilizaram de EDTA, pois nesse caso as superfícies apresentavam-se livres
de sujidades, sendo que o uso de ultrassom com o EDTA em nada aumentou a
capacidade quelante dessa substância. Os autores ainda observaram que a região
apical foi onde apresentou a maior quantidade de magma dentinário.
Baseados em pesquisas anteriores que demonstram as propriedades do
hipoclorito de sódio, Baumgartner e Cuenin (1992) utilizaram-se de microscopia
eletrônica de varredura para avaliar a capacidade de limpeza de várias
concentrações do hipoclorito de sódio. Para tal foram selecionados 36 dentes
divididos em cinco grupos: hipoclorito de sódio a 5,25%, 2,5%, 1,0%, 0,5% e grupo
controle onde não se realizou irrigação. Todos os dentes foram instrumentados a 1
mm do periápice até a lima número cinqüenta, sendo que quatro de cada oito dentes
de cada grupo receberam preparo mecânico somente nas paredes linguais; a
irrigação foi realizada com 30 mL do respectivo hipoclorito e agitada com auxílio de
ultrassom. O agente irrigante permaneceu em contato com as paredes dentinárias
por 12 minutos. Os dentes foram secos com cones de papel, seccionados no sentido
cérvico-apical e preparados para microscopia. Em um aumento de 150 vezes
examinou-se a junção das paredes instrumentadas das o instrumentadas. Em
seguida foram captadas imagens de 500X e 4000X da mesma área de junção. Os
resultados demonstraram que no grupo controle uma grande quantidade de tecidos
estava presente, visíveis macroscopicamente; em contrapartida nos grupos
18
experimentais foi encontrada uma quantidade mínima de debris dentinário nas
paredes instrumentadas e nas não instrumentadas. Os pesquisadores concluíram
que apesar de terem encontrado pequena quantidade de debris, todas as
concentrações de hipocloritos de sódio são efetivas quanto a remoção de detritos
dentinários.
Para avaliar a qualidade de limpeza de superfícies dentinárias de dentes
submetidos a vários agentes irrigantes, Gavini, Aun e Pesce (1995) utilizaram-se de
quatro grupos experimentais, sendo: GI 6 mL de soro fisiológico, GII 3 mL EDTA
17% e 3 mL de hipoclorito de sódio 1%, GIII – 6 mL EDTA 17% e 6 mL de hipoclorito
de sódio 1%, GIV 3 mL de ácido cítrico 25% e 3 mL de hipoclorito de sódio 1% e
GV 6 ml de ácido cítrico 25% e 6 mL de hipoclorito de sódio 1%. Dentre os
resultados obtidos, o grupo composto pela associação de hipoclorito de sódio e
EDTA foi o que demonstrou a maior capacidade de limpeza. Os autores concluíram
que a efetividade da remoção de magma dentinário está ligada ao volume da
substância irrigadora utilizada.
Sen, Wesselinkl e Türkün (1995) teceram vários comentários a respeito da
formação de lama dentinária durante o tratamento endodôntico. Definiram como uma
barreira física que interfere na adesão e penetração do cimento nos túbulos
dentinários, afetando a capacidade de selamento da obturação. Pode ser removido
com auxílio de substâncias irrigadoras como hipoclorito de sódio e EDTA. Quanto a
sua estrutura, a lama dentinária é amorfa, irregular, de aparência granular (visto em
microscópio eletrônico de varredura), formada a partir de dentina excisada,
remanescentes odontoblásticos, tecido pulpar e bactérias. Em relação a proporção,
varia de 0,05 a 5 µm, dependendo do tipo, capacidade de corte dos instrumentos e
do grau de umidade da dentina. Forças centrífugas, movimento e proximidade do
19
instrumento em relação a parede de dentina determinam a espessura e resistência
da lama dentinária. A afirmação de que pode representar uma barreira física para
bactérias e substâncias irrigadoras calca-se na idéia de que os plugs de lama
dentinária nos túbulos evitam a invasão bacteriana. A lama dentinária age como uma
barreira física intermediária que pode interferir na adesão e penetração do cimento
endodôntico nos túbulos dentinários, hipótese que explicaria as microinfiltrações de
fluidos, espécies bacterianas e seus subprodutos. A respeito da remoção dessa
barreira, os autores concluíram que a eficiência da solução irrigadora depende de
alguns fatores: natureza química da solução, quantidade e temperatura, tempo de
contato, profundidade de irrigação, tamanho e diâmetro da agulha, tensão superficial
e prazo de validade. Dentre as soluções irrigadoras, o hipoclorito de sódio tem a
capacidade de dissolução de tecido orgânico, porém, quanto à remoção da lama
dentinária, este age somente na remoção superficial havendo necessidade do uso
de EDTA devido a sua ação quelante. Outra substância estudada é o ácido cítrico,
esse é mais efetivo na remoção da lama dentinária do que o ácido poliacrílico, lático
e fosfórico, porém este ácido precipita cristais que trazem problemas na etapa de
obturação e em determinadas concentrações abrem os túbulos dentinários em
excesso. A combinação de mais de uma substância irrigadora tem-se mostrado mais
eficaz, sendo hipoclorito de sódio 5,25% seguido de irrigação final de 10 mL EDTA
17% e 10 mL de hipoclorito de dio a 5,25% a mais eficiente. Apesar das
qualidades apresentadas pelo hipoclorito de sódio, como sua atividade
antimicrobiana e capacidade de dissolução tecidual, essa substância pode causar
um severo quadro inflamatório quando em contato com os tecidos periapicais.
Uma das qualidades que se procura em um agente irrigante é a
dissolução da parte orgânica da lama dentinária. Em busca dessa solução, Türkün e
20
Cengiz (1997) desenvolveram um estudo onde avaliaram a capacidade do hidróxido
de cálcio e do hipoclorito de dio em dissolverem tecido necrótico e limpeza do
canal. A dissolução de tecido necrótico teve como amostras, porções de músculo
bovino submetidos ao hidróxido de lcio e ao hipoclorito de dio variando-se o
tempo de contato. Num segundo momento a qualidade de limpeza dos canais foi
avaliada através de preparo químico-cirúrgico com uso de soluções irrigadoras
variando-se as técnicas de irrigação. As amostras foram clivadas e submetidas ao
microscópio eletrônico de varredura. Os resultados demonstraram que a solução de
hipoclorito de sódio a 5% foi significantemente mais efetiva na dissolução de tecido
necrótico, o hidróxido de cálcio é um eficiente solvente em forma de pasta, mas o
quando se apresenta como solução. Um pré-tratamento do tecido necrótico com
hidróxido de cáldio aumenta a solubilidade da amostra frente ao hipoclorito de sódio
a 0,5%. O uso do ultrassom durante a irrigação resulta em paredes livres de magma
dentinária, o que não ocorre em uma irrigação tradicional. Os autores concluíram
que o pré-tratamento com hidróxido de cálcio aumenta o poder de dissolução e
limpeza do hipoclorito de sódio a 0,5% e do hipoclorito de sódio a 5%, apesar desse
ser mais citotóxico.
Zaccaro, Antoniazzi e Scelza (2000) determinaram o grau de remoção de
remanescente pulpar e lama dentinária em dentes após irrigação final com 3
diferentes soluções. Foram utilizados trinta dentes instrumentados até a lima 70 a 1
mm do periápice com irrigação de 2 mL hipoclorito de sódio a 1% entre cada
instrumento utilizado, esses foram divididos em três grupos de acordo com a solução
final irrigadora aplicada por quatro minutos sendo: GI – 10 mL de NaOCl 1% + 10 mL
ácido cítrico + 10 mL de água destilada, GII 15 mL de NaOCl 0,5% + 15 mL EDTA
T e GIII 10 mL de NaOCl 5,25% + 10 mL de peróxido de hidrogênio + 10 mL de
21
NaOCl 5,25%. Após a irrigação, os dentes foram seccionados e preparados para
captação de imagens em microscópio eletrônico de varredura. Apesar de não ter
havido diferença estatisticamente significante nos resultados observou-se que, os GI
e II apresentaram túbulos dentinários mais visíveis que o GIII, o grupo que
apresentou o maior número de túbulos abertos foi o GII e que o número de túbulos
livres diminuía quando em direção do terço apical.
Vários agentes irrigadores são propostos em busca da remoção de
magma dentinário, tanto na sua porção orgânica quanto inorgânica. Para tanto,
Dogän e Çalt (2001) realizaram um trabalho
in vitro
, no qual avaliaram o efeito do
uso combinado e separado do EDTA e do hipoclorito de sódio em superfícies
dentinárias, utilizando-se de 18 incisivos divididos em: GI – irrigação com EDTA 17%
por 15 minutos seguido de 10 mL de hipoclorito de sódio a 2,5%, GII RC-Prep por
15 minutos seguido de 10 mL de hipoclorito de sódio a 2,5%, GIII EDTA 17% por
15 minutos seguido de 10 mL de solução salina, GIV RC-Prep por 15 minutos
seguido de 10 mL de solução salina, GV - 10 mL de hipoclorito de sódio a 2,5% e
GVI 10 mL de solução salina (grupo controle). Foram avaliadas as presenças de
cálcio, fósforo e magnésio na estrutura da dentina radicular por meio de
espectrofotômetro e os resultados demonstraram que os grupos compostos por
EDTA e hipoclorito de sódio e o grupo constituído somente por hipoclorito de sódio
alteraram significantemente os níveis de cálcio e fósforo quando comparado ao
grupo controle. Os autores concluíram que o uso do hipoclorito de sódio altera a
efetividade de agentes quelantes.
O digluconato de clorexidina surgiu decorrente da busca de um agente
irrigador que possuísse características semelhantes ao hipoclorito de sódio, mas que
22
apresentasse menor citotoxidade e, portanto, menor agressão aos tecidos
periapicais.
A remoção do subproduto do preparo cirúrgico, ou seja, lama dentinaria, é
de suma importância para o sucesso da terapia endodôntica, pois essa é constituída
de porções orgânicas e inorgânicas que alojam em seu conteúdo bactérias que
anteriormente estavam presentes em túbulos infectados e para que estes
microrganismos não venham causar uma reinfecção, o uso de substâncias químicas
é de suma importância. Em busca de soluções que possam ser utilizadas durante o
preparo endodôntico, Buck et al. (2001) desenvolveram um estudo, no qual
compararam a eficiência de três substâncias, hipoclorito de sódio a 0,525%, EDTA a
0,2% (Tublicid), e clorexidina a 0,12% (Peridex). Utilizaram-se de 12 dentes,
instrumentados com limas do tipo K pela técnica step-back. Seus ápices foram
selados e as raízes cobertas com uma camada de esmalte. Após essa fase foram
inseridas culturas de
E. faecalis,
seguido do irrigante a ser testado e mantido por um
minuto para em seguida serem coletadas amostras inoculadas em placas contendo
ágar. As colônias foram contabilizadas utilizando-se estereomicroscópio. Os
resultados demonstraram que as colônias presentes foram da mesma espécie. No
grupo do hipoclorito de sódio foi observada uma ausência grande de
desenvolvimento bacteriano seguido do Tublicid e Peridex. Os autores concluíram
que a solução de hipoclorito de sódio é superior quando utilizado para desinfecção
de canais.
O digluconato de clorexidina é uma bisguanida catiônica que age sobre a
parede celular do microrganismo causando a quebra dos componentes celulares,
daí seu poder bactericida e bacteriostático. Em contrapartida, esse agente irrigante
não possui a capacidade de dissolução de tecido necrótico. Diante dessa afirmação,
23
Ferraz et al
.
(2001) avaliaram através de estudo
in vitro
a capacidade antimicrobiana
e remoção de sujidades do canal da clorexidina em gel. Para a análise
microbiológica foram utilizados setenta dentes unirradiculares, instrumentados até
lima 40, irrigados com EDTA 17% e hipoclorito de sódio a 5,25%, seus ápices foram
selados com resina epóxica para que se evitasse infiltração bacteriana, os dentes
foram colocados individualmente em tubos contendo BHI por 20 min a 121°C e
infectados com
E.
faecalis
. Os dentes foram divididos em três grupos de acordo com
o irrigante utilizado durante a instrumentação: GI - vinte dentes - clorexidina em gel
2%, GII vinte dentes - clorexidina líquida 2% e GIII vinte dentes - hipoclorito de
sódio a 5,25%, e ainda os grupos controle negativo foram divididos em G1 cinco
dentes irrigados com água destilada e G2 – cinco dentes irrigados com gel de
Natrosol. No final do preparo os canais foram irrigados com 3 mL de seus
respectivos agentes neutralizadores seguida de irrigação com água destilada. Os
canais foram secos com pontas absorventes estéreis, colocados em frascos
contendo 5 mL de BHI e incubados por dois dias em 37°C. Para a avaliação da
limpeza instrumentou-se 25 dentes divididos em grupos de cinco, de acordo com o
irrigante utilizado: GI clorexidina gel 2%, GII hipoclorito de sódio a 5,25%, GIII
clorexidina líquida 2%, Grupo Controle Negativo água destilada e Grupo Controle
Positivo hipoclorito de sódio 5,25% + EDTA T 17% ativados por ultrassom. Esses
dentes foram preparados e avaliados em microscópio eletrônico de varredura. Os
resultados demonstraram que o gel de clorexidina possui capacidade antimicrobiana
comparada aos outros agentes irrigantes testados e em relação à limpeza foi o que
obteve o melhor resultado decorrente da viscosidade do gel de natrosol, sendo este
hidrossolúvel, pode ser completamente removido com água destilada levando
consigo toda sujidade do canal.
24
A importância do aumento da permeabilidade dentinária obtida com o uso
de soluções irrigadoras tem forte influência na qualidade de obturação. Baseados
nessa assertiva, Barroso, Habitante e Silva (2002) desenvolveram um estudo com o
objetivo de comparar o aumento de permeabilidade proporcionado pelo EDTA a 17%
e do ácido trico a 10%. Selecionaram 33 dentes divididos em três grupos: GI
EDTA a 17%, GII de ácido cítrico e GIII - hipoclorito de sódio a 4%, o grupo
controle foi apenas aberto e esvaziado e os demais instrumentados e irrigados. Os
dentes foram preenchidos com solução corante Rhodamina B a 1%, cortados e a
infiltração mensurada. Os resultados foram submetidos à estatística, onde
constatou-se significância de 5% quando da comparação entre EDTA e ácido cítrico.
Os autores concluíram que o EDTA a 17% obteve melhor ação quando comparado
com ácido cítrico e em relação ao hipoclorito de sódio não houve diferença
estatisticamente significante.
A capacidade de limpeza de uma substância irrigadora permite uma
melhor adaptação dos cimentos endodônticos. Baseados nessa afirmação,
Yamashita et al. (2003) avaliaram, através de microscopia eletrônica de varredura, a
efetividade do digluconato de clorexidina em remover sujidades do canal radicular
pós instrumentação mecânica. Para tanto, utilizaram-se de 36 dentes divididos em
quatro grupos experimentais de acordo com a substância irrigadora: GI solução
fisiológica, GII – digluconato de clorexidina a 2%, GIII – hipoclorito de sódio a 2,5% e
GIV hipoclorito de sódio 2,5% e EDTA 17%. Todos os dentes foram
instrumentados até a lima 80, técnica step back e preparo apical com lima número
50. A cada troca de lima foi utilizado 2 mL de cada solução e irrigação final com 3
mL de água destilada, somente o grupo IV foi irrigado com 3 mL de EDTA por três
minutos e agitação com lima do tipo kerr de número 50. Os canais foram secados
25
com cones de papel absorvente, as entradas dos canais seladas com cera,
seccionados ao longo eixo nos sentido vestíbulo lingual e preparadas para leitura em
microscopia eletrônica de varredura em aumento de 200X e 500X. Os resultados
demonstraram que a melhor limpeza ocorreu no grupo IV. Em contrapartida, os
grupos I e II obtiveram os piores resultados. Os autores concluíram que o hipoclorito
de sódio apresentou a melhor limpeza dos canais.
Fergunso, Marley e Hartwell (2003) avaliaram o efeito da solução de
digluconato de clorexidina no selamento apical em um estudo onde se utilizou cem
dentes extraídos divididos em dez grupos de nove dentes e dois grupos de cinco
dentes cada. Todas as coroas foram seccionadas e a técnica de instrumentação
utilizada foi step-back. Os grupos constituíam-se em: GI a GIII solução salina, GIV
a GVI hipoclorito de sódio a 5,25%, GVII a GIX digluconato de clorexidina a
0,12% e os grupos controle foram irrigados com solução fisiológica. A técnica de
obturação utilizada foi condensação lateral, sendo os grupos I, IV e VII obturados
com cimento Roth’s 811, grupo II, V e VIII com cimento AHPlus, grupo III, VI e IX
com cimento Sealapex, grupo controle positivo sem cimento e grupo controle
negativo com cimento Roth’s 811. Imediatamente após a obturação, a guta-percha
foi removida parcialmente restando 5 mm finais do periápice e posteriormente os
dentes foram imersos em corantes para avaliação de microinfiltrações. No grupo
controle positivo as raízes foram cobertas com esmalte, exceto os 2 mm finais e, no
grupo controle negativo, as raízes foram totalmente cobertas. As amostras foram
analisadas por quatro vezes a cada minuto, em intervalos de 270 a 360 dias. Os
resultados demonstraram que em noventa e 180 dias não houve diferenças
significantes, em 270 dias os grupos de solução salina-Sealapex apresentaram
maior infiltração que o grupo Peridex-Sealapex ou solução salina-cimento Roth’s 811
26
e em 360 dias o grupo solução salina-Sealapex infiltrou mais que solução salina-
Roth’s 811. Frente a esses resultados, os autores concluíram que a solução de
digluconato de clorexidina não trouxe efeitos adversos para o selamento apical em
270 e 360 dias.
Para avaliar a remoção do mágma dentinário, após a utilização de
diferentes substâncias irrigadoras, Vance (2006) realizou um trabalho onde foram
instrumentados vinte dentes unirradiculados divididos em grupos de acordo com a
substância irrigadora: Grupo I – instrumentação com digluconato de clorexidina a 2%
(associada ao gel de natrosol), irrigação com 1 mL da mesma substância e irrigação
final com 17 mL de soro fisiológico, Grupo II instrumentação com digluconato de
clorexidina a 2% (gel), irrigação com 1 mL da mesma substância e irrigação final
com 7 mL de soro fisiológico e EDTA-T (10 mL), este último permanecendo no
interior do canal por três minutos, GIII – instrumentação com hipoclorito de sódio a 1
% e a cada troca de lima irrigação de 2 mL da mesma substância e irrigação final
com 10 mL de hipoclorito de sódio a 1 % e GIV – instrumentação foi realizada com o
preenchimento da mara pulpar com Endo PTC e gotejamento com hipoclorito de
sódio a 0,5%, a cada troca de lima irrigação com 2 mL de hipoclorito de sódio a
0,5% e irrigação final com EDTA-T (10 mL), permanecendo em contato por três
minutos. A avaliação das amostras foi realizada por microscopia eletrônica de
varredura e os dados analisados por avaliadores no programa Fotoscore. Os autores
concluíram que apesar de não existir diferença estatisticamente significante, a região
apical foi a que obteve os melhores resultados.
Torabinejad et al. (2006) desenvolveram um estudo no qual investigaram o
efeito de várias concentrações de hipoclorito de sódio como substância irrigadora
antes do uso de MTAD (mistura de isômero de tetraciclina, ácido e detergente), para
27
tanto utilizaram-se de oitenta dentes divididos em GA grupo controle positivo
água destilada e irrigação final água destilada, GB – grupo controle negativo –
hipoclorito de sódio a 5,25% e irrigação final EDTA a 17%, GC – hipoclorito de sódio
a 5,25% e irrigação final com o mesmo, GC água destilada e irrigação final com
MTAD, GE MTAD e irrigação com o mesmo, GF irrigação com hipoclorito de
sódio a 0,65% e irrigação final com MTAD, GG - irrigação com hipoclorito de sódio a
1,3% e irrigação final com MTAD, GH - irrigação com hipoclorito de sódio a 2,6% e
irrigação final com MTAD e GI – irrigação com hipoclorito de sódio a 5,25% e
irrigação final com MTAD. Os resultados demonstraram que embora o MTAD
remova a maior parte da lama dentinária, podem ser encontrados resquícios
aderidos nas paredes dentinárias e que a efetividade dessa substância aumenta
quando utilizada posteriormente ao uso do hipoclorito de sódio em baixas
concentrações. Os autores concluíram que o uso concomitante do hipoclorito de
sódio com MTAD não altera a estrutura dos túbulos dentinários.
2.2 OBTURAÇÃO
A etapa de obturação consiste em uma das mais importantes de todo o
tratamento endodôntico, essa etapa finaliza as fases de modelagem e desinfecção
realizadas anteriormente, estando o sucesso desse procedimento na dependência
de uma série de fatores. A presença de lama dentinária é o mais agravante quando
se procura uma obturação de qualidade. Tal barreira formada durante a
instrumentação afeta diretamente a adaptação do cimento endodôntico e
consequentemente a penetração intrabular deste.
28
A limpeza e modelagem dos canais são importantes etapas do tratamento
endodôntico, por vezes decorrente da variabilidade e complexidade anatômica os
intrumentos não encontram acesso adequado em deteminadas áreas necessitando
assim do uso de soluções irrigadoras. White, Goldman e Lin (1984) avaliaram tanto
a influência da presença de lama dentinária quanto a penetração intratubular de
cimentos endodônticos. A pesquisa utilizou-se de cinqüenta dentes unirradiculados,
preparados mecanicamente até a lima número 45, e irrigados a cada troca de lima
com 1 mL de hipoclorito de sódio a 5,25%, posteriormente foram divididos
aleatoriamente em dois grupos de acordo com o agente irrigador final: GI - 20 mL de
hipoclorito de sódio a 5,25% e GII - 10 mL de EDTA 17% e 10 mL de hipoclorito de
sório a 5,25%. Para os grupos controles foram utilizados cinco dentes de cada
grupo. Os GI e GII foram ainda divididos de acordo com o cimento utilizado. Os
resultados demonstraram: Grupo Controle um - poucas paredes intocadas pelos
instrumentos e ausência de lama dentinária e canais livres de resíduos pulpares e
debris, Grupo Controle dois - lama dentinária ausente nos terços cervicais e médios,
túbulos visíveis e abertos, e nos terços apicais áreas com e sem presença de lama
dentinária. GI1 e GI2 - apresentaram características semelhantes sendo que no
aumento de 500X as superfícies aparentaram estarem lisas, com ocasionais
aparecimentos de debris incorporados à superfície do cimento e penetração dos
cimentos no terços cervicais, nos GII1 e GII2 - presença de debris e lisura
superficial, penetração do cimento nos túbulos no terço apical, além de uma
consistente remoção de lama dentinária. Os autores concluíram que os dois
cimentos foram capazes de penetrar nos túbulos dentinários.
Vivaqua-Gomes et al
.
(2002) realizaram um estudo onde avaliaram a
relação da influência das soluções irrigadoras e a ocorrência de microinfiltrações em
29
dentes obturados pela técnica de condensação lateral. Foram utilizados cinqüenta
dentes unirradiculares armazenados em formalina 10%, instrumentados, utilizando-
se a técnica híbrida manual, as coroas foram então removidas resultando em cinco
grupos de dez espécimes de acordo com a substância irrigadora; GI - 1 mL de
hipoclorito de sódio 1%, GII - 1 mL de hipoclorito de dio 1% + 5 mL EDTA por três
minutos, GIII - 0,5 mL de gel de clorexidina 2% (Endogel®), GIV - 1 mL de hipoclorito
de sódio 1% + 0,5 mL de Endogel® e GV - 1 mL de água destilada. Como irrigação
final todos os dentes receberam 5 mL de água destilada, obturados, utilizando-se o
cimento Endomethazone pela técnica de condensação lateral e selados com guta-
percha aquecida. As amostras foram incubadas por dez dias a 37 °C e,
posteriormente, os forames foram impermeabilizados com duas camadas de
cianocrilato de etila, a porção radicular com duas camadas de esmalte de unha
antes de serem inseridos em saliva humana, mantidos novamente incubadas por
dez dias a 37 °C em tinta da Índia e então lavados. As amostras foram
descalcificadas, desidratadas, fotografadas com câmera digital conectada em um
estereosmicroscópio e analisadas pelo
software
Imagelab 2.4. Os dados foram
submetidos ao teste de Kruskal-Wallis com significância de 5%. Os autores
concluíram que o método de irrigação onde estiveram presentes os irrigantes,
hipoclorito de sódio, EDTA e clorexidina gel utilizados durante o tratamento
endodôntico proporcionaram o melhor selamento do cimento endodôntico.
De Deus et al. (2002) desenvolveram uma pesquisa onde analisaram a
profundidade de penetração intradentinária de quatro cimentos endodônticos.
Selecionaram 72 incisivos centrais superiores, onde foram realizados os seguintes
procedimentos: cirurgia de acesso pela técnica coroa-ápice, instrumentação manual
com limas do tipo K até 50 a 1 mm do periápice e irrigação com 10 mL de
30
hipoclorito de sódio a 5,25%. A amostra foi dividida aleatoriamente em quatro grupos
(A, B, C e D) com 18 dentes cada e subdivididas (A1, A2, B1, B2, C1, C2, D1 e D2)
de modo que cada subgrupo contivesse nove dentes. Os subgrupos A1, B1, C1 e D1
foram irrigados somente com hipoclorito de sódio a 5,25% e os subgrupos A2, B2,
C2 e D2 receberam irrigação final com EDTA 17% agitado mecanicamente por três
minutos e hipoclorito de sódio a 5,25%. Os canais foram secos e obturados com
guta-percha termoplastificada, sendo o diferencial o tipo de cimento endodôntico a
ser utilizado: Grupo A cimento de Grossman, Grupo B AH Plus, Grupo C
Sealapex e Grupo D – fórmula original de Rickert. Os dentes foram armazenados em
100% de umidade por 14 dias, seccionados no sentido próximo-proximal e
preparados para leitura em microscopia eletrônica de varredura. Os resultados
demonstraram diferença estatisticamente significante (p <0,01) entre os grupos onde
o EDTA foi utilizado. O cimento de Rickert (Pulp Canal Sealer) apresentou a maior
capacidade de penetração nos túbulos dentinários, e o pior resultado foram
apresentados pelos elementos obturados com o cimento Sealapex.
A junção de cimento endodôntico e guta-percha é a que tem sido mais
utilizada como material obturador, pois é sabido que a guta-percha por o possuir
capacidade de adesão às paredes dentinárias, necessita do cimento para
preenchimento dos espaços restantes. Sevimay e Dalat
(2003) propuseram um
estudo onde avaliaram a penetração intratubular de cimentos endodônticos
concomitantemente a qualidade de adaptação do cimento junto às paredes
dentinárias. Uma amostra de 17 dentes foi instrumentada até a lima 45 e divididos
em grupos de acordo com o cimento utilizado: GI – AH Plus, GII – CRCS (Calcibiotic
Root Canal Sealer), GIII RSA (Roeko Seal Automix) e GIV Controle. Após a
obturação, os dentes foram mantidos em 100% de umidade, 37 °C por uma semana
31
e posteriormente, foram preparados para captação de imagens em microscópio
eletrônico de varredura. Como resultados encontraram: GIV - maioria dos túbulos
dentinários livres de lama dentinária, com exceção da região apical, GI - adaptação
do cimento em toda a extensão das porções, penetração do cimento em terço
cervical e médio em 110µ a 132µ e na região apical 4e textura homogênea, GII -
adaptação maior em terço médio e cervical do que apical, profundidade de
penetração de 15µ a 25µ em terço médio, aparência granular e estratificado e o GIII
- maior penetração em terço médio e cervical, o RSA penetrou na grande maioria
dos túbulos (25µ a 35µ), textura granular. Concluíram que o cimento AHPlus possui
uma textura que facilita a penetração intratubular demonstrando os melhores
resultados, seguido de RSA e CSA.
Na terapia endodôntica, a presença de lama dentinária pode definir o
sucesso ou o fracasso do tratamento, pois sua presença leva à obstrução dos
túbulos dentinários impedindo que o cimento endodôntico penetre em seu interior,
dificultando o selamento tridimensional almejado. Kokkas et al
.
(2004) avaliaram em
estudo
in vitro
a influência da lama dentinária na profundidade de penetração de três
diferentes cimentos endodônticos. Os autores selecionaram 64 dentes
unirradiculares, todos foram instrumentados com limas do tipo kerr até a lima 35 e
irrigados com 1 mL de hipoclorito de dio durante o preparo, sequencialmente
foram então divididos aleatoriamente em dois grupos: Grupo A dentes onde a
lama dentinária restante foi mantida intacta e Grupo B amostras que receberam
irrigações de 3 mL de EDTA 17% por trê minutos + 3 mL de hipoclorito de sódio 1%
por três minutos. Para controle foram utilizados dois dentes de cada grupo. Dez
dentes de cada grupo foram obturados com cimento AH Plus, dez com Apexit e dez
com Roth 811. Depois de preparados, foram submetidos ao microscópio eletrônico
32
de varredura onde foi observado que o cimento AH Plus demonstrou a maior
penetração (59 µm), em contrapartida o cimento Roth 811 apresentou o pior
resultado (21µm). Diante disso, concluíram que a presença de lama dentinária
dificulta a penetração do cimento endodôntico e a remoção da mesma permitiu que
os cimentos penetrassem em diferentes profundidades.
Nas últimas décadas, o tema material de obturação tem sido vastamente
utilizado como base para inúmeras pesquisas em busca de um que apresentasse o
maior número de qualidades. Shipper et al. (2004) propuseram um trabalho onde
avaliaram infiltrações microbianas em canais obturados com um polímero sintético
termoplástico (Resilon), material constituído de sulfato de bário, ionômero bioativo e
oxicloridrato de bismuto, além de polímero e um cimento denominado Epiphany, cuja
matriz demonstra ser uma resina dual, mistura de Bis GMA, UDMA e metacrilato
hidrofílico, sua composição constitui-se de, hidróxido de cálcio, sulfato de bário,
ionômero de bário e lica. Foram utilizados 156 dentes unirradiculares, suas coroas
foram removidas de modo que todos os dentes possuíssem em média 16 mm, o
comprimento de trabalho estabelecido em 0,5 a 1 mm aquém do periápice,
instrumentados com limas rotatórias Profile Series até a lima 50/04, técnica cérvico-
apical, irrigação com 15 mL de hipoclorito de sódio a 1,25% durante a
instrumentação e 5 ml de EDTA 17% durante e após a instrumentação para
remoção do magma dentinário e secos com cones de papéis estéreis. Na etapa
seguinte a amostra foi dividida aleatoriamente em oito grupos de 15 dentes cada e
três para grupos controle: G1 condensação lateral dos cones de guta-percha,
cimento AH 26 e
S. mutans
para teste de infiltração, G2 Condensação vertical dos
cones de guta-percha, cimento AH 26, termoplastificação da guta-percha e
S.
mutans
, G3 condensação lateral dos cones de guta-percha, Epiphany e
S.
33
mutans
, G4 – condensação vertical, Epiphany e
S. mutans
, G5 – condensação
lateral dos cones Resilon, Epiphany e
S. mutans
, G6 condensação vertical dos
cones de Resilon, Epiphany e
S. mutans
, G7 condensação lateral com cones
Resilon, Epiphany e
E. faecalis
, G8 condensação vertical dos cones Resilon,
Epiphany e
E. faecalis
, Grupo Controle Positivo + Resilon - dentes sem material
obturador e inoculados, Grupo Controle Positivo + guta-percha dentes não
obturados e inoculados e Grupo Controle Negativo - dentes obturados e não
inoculados. Os dentes foram incubados durante 14 dias a 37° envolvidos em gazes
úmidas e em tubos. Os resultados demonstraram que os grupos que envolviam o
cone Resilon apresentavam mínimas infiltrações (uma infiltração no G8 e no G5-G7
encontraram duas infiltrações em cada grupo). O teste de Kruskal-Wallis demonstrou
diferença estatísticamente significante quando comparados todos os grupos e no
teste Mann-Whitney U os grupos obturados com Resilon obtiveram melhores
resultados. Concluíram que o material estudado demonstrou ser muito superior a
guta-percha.
Tay et al. (2005b) desenvolveram um estudo, onde examinaram a
capacidade de adesão entre cones de guta-percha e cimento resinoso à base de
metacrilato. Utilizaram-se de 24 pré-molares instrumentados com limas rotatórias
Race, lima final 25/.06, irrigados com hipoclorito de sódio 2,5% e EDTA 17% para
neutralizar a ação do hipoclorito de sódio. A obturação dos dentes foi realizada com
cimento EndoREZ. Todos os dentes foram radiografados após a obturação. A
amostra foi avaliada sob estereomicroscópio, microscópio eletrônico de varredura
(MEV) e de transmissão. Os resultados demonstraram que mesmo na ausência de
condensação lateral ou vertical, radiograficamente puderam observar a obturação
dos canais laterais. Sob microscopia, foram observadas interfaces nos três terços
34
entre guta-percha, cimento e paredes dentinárias. Os resultados permitiram que os
autores concluíssem que quando da utilização do cimento EndoREZ na etapa de
obturação, há ocorrência de interfaces entre material obturador e paredes
dentinárias, podendo levar a percolações e infiltrações.
Sevimay e Kalayci (2005) desenvolveram um estudo onde avaliaram a
capacidade de selamento e adaptação de dois cimentos resinosos. Foram utilizados
55 dentes unirradiculados, instrumentados pela técnica step-back até lima 50,
irrigação com 1 mL de hipoclorito de dio 5,25% entre a troca de cada lima. Na
irrigação final foram utilizados 10 ml de EDTA 17% e 10 mL de hipoclorito de sódio a
5,25%. Os dentes foram divididos em dois grupos: G1 obturados com cimento
AHPus e GII - obturados com cimento EndoREZ, Grupo controle positivo e Grupo
controle negativo. Após a etapa de obturação os dentes foram mantidos em 100%
de umidade e 37°C por 72 horas. Os testes realizados foram com a utilização de
corantes (azul de metileno) e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados
demonstraram que os dois cimentos utilizados apresentaram os melhores
desempenhos quando observado em terço coronário. Em relação ao terço apical, o
cimento AHPlus apresentou a melhor adaptação e consequentemente maior
capacidade de selamento.
Gesi et al
.
(2005) realizaram um estudo onde compararam a resistência
nas interfaces entre Resilon/Epiphany e guta-percha/AHPlus em fatias utilizando-se
de testes de tração. Utilizaram-se de vinte dentes unirradiculares instrumentados
com técnica rvico-apical, limas rotatórias Profile, irrigação com EDTA a 17% e
hipoclorito de sódio a 3%. Nos dois grupos foi realizada a compactação vertical e
termoplastificação da guta-percha. Obtiveram 33 fatias de 1 mm do grupo Resilon e
trinta fatias do grupo da guta-percha, todas com 1 mm de espessura. As imagens
35
foram captadas por câmera acoplada a um estereomicroscópio com aumento de
10X. Todas as fatias passaram por teste de tração e demonstraram que não houve
deslocamentos nas fatias de guta-percha, porém seis das 33 fatias do grupo Resilon
se deslocaram provavelmente devido a fraca ligação do Resilon e da interface
cimento-dentina. A presença de espaços entre dentina e cimento pode ter levado a
uma distribuição não uniforme e conseqüentemente a falhas na polimerização e
diminuição da capacidade de adesão. Concluíram que apesar dos deslocamentos
das fatias Resilon/Epiphany, não houve diferenças estatisticamente significantes.
Hiraishi et al. (2005) realizaram um estudo onde avaliaram a capacidade
de adesão entre o cimento Resilon e adesivo Next, a base de metacrilato, através de
fatias de 0,5 de espessura e 7 mm de diâmetro. No grupo controle foi utilizado
somente o adesivo Next e resinas fotopolimerizáveis. Os resultados demonstraram
que o grupo controle possui uma capacidade de adesão maior que o grupo do
cimento Resilon. Diante dos resultados os autores concluíram que a quantidade de
dimetacrilato incorporado ao cimento não é suficiente para criar uma adesividade
química que impeça o deslocamento.
Avaliando o grau de inflamação da utilização do dimetacrilato (Resilon) e
da guta-percha em dentes caninos Shipper et al
.
(2005) desenvolveram uma
pesquisa utilizando-se de 56 dentes divididos em cinco grupos, dois grupos controle
e três grupos onde se variava o tipo de condensação e tipo de cimento (AHPlus e
Resilon). Após a instrumentação os dentes foram inoculados com placa bacteriana
extraídos e avaliados sob microscopia óptica. Os resultados demonstraram que o
percentual de inflamação no grupo do cimento AHPlus foi de 82%, 19% no grupo do
cimento Resilon e 22% no grupo controle negativo. Os autores concluíram que o
36
Grupo Resilon demonstrou menor incidência de lesão periapical, provavelmente pela
maior resistência à infiltração coronal.
Como meio de elucidar a capacidade de selamento apical de cimentos a
base de policaprolactone, Tay et al
.
(2005a) concluíram um estudo onde
compararam a qualidade da obturação entre o cimento Epiphany e AHPlus/guta-
percha. Utilizaram-se de técnica de instrumentação cérvico-apical e irrigação a base
de hipoclorito de sódio e EDTA em 24 dentes unirradiculares extraídos. Após o
preparo químico cirúrgico, avaliaram a presença de espaços entre os cimentos e a
parede dentinária através de microscópio de transmissão. Os autores encontraram
regiões com e sem espaços em ambos os cimentos e concluíram que o houve
selamento tridimensional em nenhum dos dois cimentos utilizados.
Nielsen e Baungartner (2006a) avaliaram a capacidade de penetração de
espaçadores digitais de níquel-titânio em dentes submetidos a condensação lateral e
obturados com cones Resilon e guta-percha. Utilizaram-se de vinte dentes extraídos
com curvatura de menos de 2. Todos os dentes foram instrumentados até a lima
40/.04 e a fase de obturação foi realizada com espaçadores .02 e .04, utilizando-se
de força de penetração de 1,5 kg. Os resultados demonstraram diferença
estatisticamente significante, sendo que o grupo Resilon permitiu acréscimo de 1
mm de profundidade de penetração, levando a conclusão de que devido a sua maior
fluidez, este material permite uma obturação mais segura pois diminui os espaços
que poderiam existir no interior da obturação.
O tempo de presa de um cimento endodôntico varia de acordo com suas
propriedades, sendo esse fator de relevância para o sucesso ou insucesso de um
tratamento endodôntico, baseando-se nessa afirmativa, Nielsen, Beeler e
Baumgartner (2006) desenvolveram um estudo onde avaliaram o tempo de cura do
37
cimento Resilon e outros cimentos em meio aeróbico e anaeróbico. Os cimentos
foram colocados em anéis de diâmetro interno de 10 mm e espessura de 3 mm.
Duas amostras de cada cimento foram submetidos às seguintes condições: a) meio
aeróbico, 37° C e 100% de umidade (incubadora), b) solução salina (incubadora), c)
coberta com placa de vidro (incubadora) e d) câmara anaeróbica. Os resultados
demonstraram que os cimentos Ketac Endo e Kerr Tubliseal tomaram presa mais
rapidamente em meio aeróbico e em meio anaeróbico o cimento Resilon e o Ketac
Endo foram os mais rápidos. O Resilon em contato com o ar demorou em torno de
uma semana e em contato com solução salina apresentou áreas que não tomaram
presa. Os autores concluíram que este cimento deve estar em anaerobiose para sua
completa presa.
Salientando a necessidade de se retratar canais obturados quando do
insucesso endodôntico, Schirrmeister et al. (2006) propuseram um estudo no qual
avaliaram a efetividade da remoção da obturação, por instrumentos manuais e
rotatórios. Utilizaram sessenta dentes extraídos, as coroas foram removidas para
estandartização do comprimento em 18 mm. A técnica de preparo adotada foi a
cérvico-apical e a lima final 40/.02. Os dentes foram divididos em quatro grupos, dois
destes obturados com o cimento AHPlus e os outros dois grupos com cimento
Epiphany, um grupo de cada cimento foi desobturado com brocas Gates-Glidden e
limas do tipo hedströen e o outro com Gates-Glidden e limas rotatórias Race. As
áreas com remanescentes de obturação foram mensuradas, os dados colhidos em
programa de análise de imagens e submetidos ao teste estatístico específico. Os
resultados demonstraram que os dentes obturados com AHPlus e guta-percha
apresentaram maior quantidade de remanescentes e que a desobturação quando
realizada com limas do tipo hedströen é mais rápida. Os autores concluíram que
38
quando da necessidade de se desobturar um canal o grupo do cimento Epiphany
apresenta uma remoção mais efetiva em termos de tempo de desobturação e menor
quantidade de remanescente de material obturador.
Para avaliar as propriedades físico-químicas do cimento AHPlus e
Epiphany, Versiani et al. (2006) propuseram um estudo onde tempo de presa,
solubilidade, desintegração, escoamento, alteração dimensional e espessura do
cimento foram confrontados. Os resultados foram colhidos e demonstraram não
existirem diferenças estatisticamente significantes. O tempo de presa, escoamento e
espessura da película de cimento estavam de acordo com a ADA (American Dental
Association), porém o fator alteração dimensional estava além do especificado nos
dois cimentos. Quanto à solubilidade, o cimento Epiphany apresentou índice maior
que o aceitado.
Sendo a capacidade de adesão às paredes dentinárias uma das
qualidades que se procura em um cimento endodôntico, Stratton, Apicella e Mines
(2006) desenvolveram um estudo
in vitro
onde confrontaram dois cimentos
endodônticos sendo eles AHPlus e sistema Epiphany variando-se a substância
irrigadora. Utilizaram-se de 140 dentes unirradiculares, mantidos em solução salina
a 0,9%, todas as coroas foram removidas com disco de carburundum para que as
raízes medissem em média 16 mm e o comprimento de trabalho foi estabelecido em
1 mm aquém do forame apical. A técnica de instrumentação utilizada foi a cérvico-
apical com limas Profile 0.06 até a lima de número 50 irrigados com RCPrep
neutralizado por hipoclorito de sódio 5,25%, a irrigação final foi realizada com 3 mL
de EDTA 17% seguida de 3 mL de hipoclorito de sódio a 5,25%. Os dentes foram
divididos em três grupos experimentais, de quarenta dentes cada, de acordo com a
substância irrigadora previamente utilizada à etapa de obturação. Vinte dentes
39
remanescentes foram utilizados como grupos controle. Os dentes foram divididos em
GI hipoclorito de sódio a 5,25%, GII digluconato de clorexidina a 0,12% e GIII
digluconato de clorexidina a 2%. Esses grupos ainda foram subdividos em
subgrupos de vinte dentes cada em: GA canais obturados com cimento AHPlus e
cones de guta-percha e GB cimento Epiphany e cones Resilon. O grupo positivo
subdividiu-se em dez dentes obturados com cones de guta-percha e vinte dentes
com cones Resilon, ambos sem cimento, o grupo controle negativo foi inserido em
um tubo de aço inoxidável com resina acrílica evitando assim qualquer tipo de
infiltração. Todos os dentes foram obturados pela técnica de termoplastificação. O
método utilizado para avaliar a capacidade de adesão do cimento foi de infiltração.
Os resultados demonstraram não existirem diferenças estatisticamente significantes
em relação ao agente irrigante e a presença de microinfiltrações.
Doyle et al. (2006) examinaram a hipótese de aumento de capacidade de
adesão do cimento EndoRez utilizado conjuntamente com adesivo dentinário
autopolimerizável em dentes submetidos previamente à irrigação prolongada com
hipoclorito de sódio seguido de EDTA a 17%. Para tanto utilizaram-se de quarenta
dentes divididos em grupos de dez espécimes, sendo GI irrigação de 10 mL de
EDTA a 17% por dois minutos, GII irrigação de dez mL de EDTA a 17% por dois
minutos seguido do uso de primer por trinta segundos, GIII irrigação de 10 mL de
EDTA a 17% por dois minutos e os dentes foram embebidos em hipoclorito de sódio
a 6,15%, seguido de irrigação final com EDTA a 17%, GIV – os dentes foram
embebidos em hipoclorito de dio a 6,15% por uma hora seguido do uso de primer
por trinta segundos. Todos os dentes foram submetidos à microscopia eletrônica de
varredura e os resultados demonstraram diferentes capacidades de adesão do
cimento endodôntico pelo método de tração. Foi observado que quando da utilização
40
do EDTA a 17%, a irrigação prolongada com hipoclorito de sódio a 6,15% não
interferiu nos resultados e que quando da utilização de
primer
previamente à
obturação, a capacidade de adesão foi significantemente melhor. Os autores
concluíram que quando se realizou a irrigação final com EDTA a 17%, o uso
prolongado do hipoclorito de sódio não afetou os resultados.
Sendo a região apical crítica em termos de microinfiltrações pós
obturação, Gillespie et al. (2006) realizaram um trabalho experimental onde
avaliaram a capacidade de selamento apical e coronário do cimento Endorez,
quando utilizado conjuntamente com o adesivo modificado Clearfil Liner Bond 2V, a
metodologia utilizada foi infiltração por fluídos. Foram utilizados 55 dentes
instrumentados pela técnica cérvico-apical com limas Sequence 0.06 até a lima
número 40 e irrigação com hipoclorito de sódio 6,15% e EDTA 17%, os grupos
constituíam-se de 15 dentes, sendo: GI cimento AHPlus e cone de guta-percha
(cone único), GII cimento EndoREZ e cones resinosos, GIII adesivo dual,
cimento EndoREZ e cone resinoso. Os resultados demonstraram alto nível de
infiltração no GII, porém não houveram diferenças significantes entre o GI e GIII.
Em busca de um cimento endodôntico que apresentasse as diversas
qualidades almejadas, sendo uma das mais importantes a capacidade de evitar
microinfiltrações, Biggs et al. (2006) desenvolveram um trabalho onde compararam o
cimento resinoso Epiphany e outros cimentos. Para tanto utilizaram-se de 96 dentes
unirradiculares divididos em grupo de acordo com o cimento utilizado, sendo: GI
dentes obturados com o sistema Epiphany/Resilon GII cimento Roth e cones de
guta-percha, GIII – cimento Roth e cones de guta-percha, com mensuração de
microinfiltração logo após o momento da obturação, GIV - obturação com o sistema
Epiphany/Resilon, técnica do cone único, GV - sistema Epiphany/Resilon, sem a
41
utilização do primer e do cimento, GVI cimento AHPlus e cone único, GVII
cimento AHPlus e cone único sendo imediatamente colocados em 100% de umidade
por no mínimo oito horas e GVIII obturação com sistema Epiphany/Resilon e as
raízes cobertas por uma camada de esmalte. Os resultados demonstraram
significante diferença entre os grupos, sendo o GVIII o que demonstrou o menor
grau de infiltração. Concluíram que o sistema Epiphany/Resilon não apresentou
resultados superiores ao conjunto cimento AHPlus e guta-percha.
A obturação endodôntica se utiliza de materiais que proporcionem
selamento tridimensional como cimentos endodônticos e cones de guta-percha, para
avaliar o papel destes cones Pitout et al. (2006) realizaram um experimento
comparando os cones convencionais de guta-percha e os cones Resilon. Para tanto
utilizaram-se de 110 dentes unirradiculados divididos nos seguintes grupos: GI
guta-percha, cimento Roth e condensação lateral, GII guta-percha, cimento Roth,
obturação termoplástica, GIII sistema Epiphany/Resilon e condensação lateral e
GIV - sistema Epiphany/Resilon e obturação termoplástica. Para avaliar a qualidade
de obturação dos grupos, utilizaram-se de técnicas de infiltração bacteriana e
infiltração por corantes. Os resultados demonstraram não haverem diferenças entre
o sistema Epiphany/Resilon e a guta-percha convencional quando utilizados sob
condensação lateral ou obturação termoplástica, tanto em termos de infiltração
bacteriana ou de penetração de corante, concluíram então que os dois cimentos são
semelhantes em termos de capacidade de selamento.
Tendo em vista a importância do embricamento da obturação para melhor
selamento do sistema de canais radiculares e do fato desse estar diretamente
relacionado com a limpeza das paredes do canal radicular é que justificam-se
estudos dessa natureza.
42
3 PROPOSIÇÃO
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o grau de penetração intratubular
de cimento endodôntico resinoso em canais submetidos a diferentes tratamentos da
superfície dentinária.
43
4 MATERIAL E MÉTODO
Foram selecionados 12 pré-molares superiores com duas raízes separadas
provenientes do Banco de Dentes do Departamento de Odontologia da
Universidade de Taubaté.
Os dentes foram selecionados, esterilizados em autoclave, submetidos a
raspagem radicular externa, conservados em água destilada a temperatura
ambiente (em torno de 25º C) e radiografados com a técnica periapical
previamente ao experimento.
Primeiramente todas as raízes vestibulares foram marcadas com caneta
vermelha de retroprojetor indicando o G1 (Figura 1) e o G2 com caneta preta do
mesmo tipo, então as coroas foram cortadas na junção amelo-cementária (Figura 2).
Figura 1 – Raízes vestibulares demarcadas Figura 2 – Raízes prontas para a etapa expe
rimental
A determinação do limite de trabalho foi obtido por meio do método visual.
Foi introduzida uma lima do tipo K 15 no canal radicular até a coincidência dessa
com o forame apical verificada por lupa de 10X de aumento. Deste limite foi
subtraído 1 mm, estabelecendo-se assim o limite de trabalho. A instrumentação dos
dentes foi realizada com limas rotatórias K3 25/.12, 25/.10, 25/.08, 30/.02, 25/.02,
44
20/.02, 15/.02 e 40/.02 em 350 rpm (Figura 3) e micromotor elétrico pela técnica
cérvico-apical. Durante o preparo químico cirúrgico, as entradas dos canais ainda
não preparados foram vedados com cimento temporário e ionômero de vidro do tipo
restauração.
Figura 3 – Limas rotatórias K3
Sendo pré-molares de duas raízes, estas foram divididas em:
G1 – dez raízes vestibulares: hipoclorito de sódio 0,5% + Endo PTC® (Figura
4), a cada troca de lima irrigação com 2 mL de hipoclorito de sódio 0,5% e irrigação
final com EDTA-T 17% (10 mL- três minutos)(Figura 4).
Figura 4. Substâncias irrigadoras utilizadas durante o experimento
G2 dez raízes linguais - gel de digluconato de clorexidina em Natrosol 2%
(Figura 4), a cada troca de lima 1 mL de digluconato de clorexidina em gel 2%, 2 mL
45
de digluconato de clorexidina líquida a 2% (Figura 7) e irrigação final com 10 mL de
água destilada.
Grupo controle positivo: duas raízes instrumentadas com água destilada, a
cada troca 2 mL de soro fisiológico e irrigação final com 10 mL de água destilada.
Grupo controle negativo: duas raízes instrumentadas com EDTA-T 17%, a
cada troca 2 mL de EDTA-T 17% e 2 mL de EDTA-T 17% como irrigação final.
Após a etapa do preparo químico cirúrgico os canais foram obturados
utilizando-se de um sistema Epiphany (Figura 5), primeiramente o primer, com
excesso retirado com cones de papel (Figura 6). O cimento Epiphany foi introduzido
com o cone Resilon (Figuras 7 e 8), e, posteriormente os cones acessórios. Os
canais foram radiografados para confirmação da qualidade de obturação e
imediatamente após a radiografia, os cones foram cortados, polimerizados por
quarenta segundos e posteriormente condensados verticalmente.
Fig. 5 Sistema Epiphany
Fig 6.Remoção do excesso de primer Fig.7 Inserção cimento Epiphany Fig. 8 Inserção de cones Resilon
46
As raízes vestibular e lingual foram separadas (Figura 09), receberam
canaletas nas faces vestibulares e nas faces linguais com disco de aço e clivadas
em um sistema montado com duas lâminas de bisturi em uma base de resina .
(Figura 10).
Fig.9 Secção das raízes Fig. 10 Clivagem do espécime
As secções foram analisadas sob microscopia eletrônica de varredura
(IPEN - Instituto de Pesquisa Energia Nuclear USP), onde foram previamente
metalizadas em aparelho Denton Vacuun®, no sistema de pulverização, por três
minutos (300
Ǻ
- ouro 99,9999%) e secas em estufa para remoção da umidade.
Posteriormente, as amostras foram fixadas em suportes onde foi conduzida corrente
elétrica para obtenção das imagens por meio de fita adesiva metálica (Figura 11).
Fig. 11 – Amostras metalizadas e fixadas Fig.12 – Terços correspondentes as leituras
em suportes individuais
cervical – 9mm
médio – 6 mm
apical – 2mm
47
Foram obtidas imagens do canal dentinário com aumentos de 2000X e
4000X em áreas selecionadas em cada terço, sendo: cervical (9 mm do ápice),
médio (6 mm do ápice) e apical (2 mm do ápice) (Figura 12). Tais aumentos foram
definidos de acordo com os resultados do projeto piloto que demonstrou as melhores
vizualizações nestes dois aumentos.
A penetração intratubular do cimento utilizado foi avaliada em amostras dos
terços cervical, médio e apical segundo três escores (Figura 13):
Escore 3 – ausência de penetração do cimento obturador.
Escore 2 – penetração do cimento em 1/3 da área examinada.
Escore 1– penetração em + de 1/3 da área examinada.
Escore 1 Escore 2 Escore 3
Figura 13 – Escores utilizados para obtenção dos resultados
Utilizou-se o programa Fotoscore (GUERISOLI, 2002), onde foram pré-
estabelecidas imagens com padrão de penetração intratubulares. As imagens
obtidas nos dois grupos foram identificadas e inseridas em tabela de decodificação,
posteriormente apresentadas indicando o avaliador, o código da imagem e o escore
em uma comparação das amostras e as imagens pré-estabelecidas. (Figura 14).
48
Figura 14 – Tela de apresentação do programa Fotoscore
As imagens foram avaliadas por três examinadores não especialistas em
endodontia, treinados e calibrados no programa Fotoscore (Figura 14) por meio do
projeto piloto. A amostra do projeto piloto não participou dos grupos avaliados.
Para calibração dos avaliadores foi utilizado o parâmetro EPM (erro padrão
de medida), constituída da seguinte fórmula:
(Dif)
2
EPM=
(N)
2
Erro padrão da medida: Raiz quadrada da somatória da diferença dos três
examinadores ao quadrado dividido pelo número de fotos ao quadrado. Foi
encontrado EPM= 1 para as imagens de 2000X e de 1 para as imagens de 4000X.
Os examinadores foram considerados calibrados. Os resultados foram
submetidos ao programa GMC 9.0 para a definição da distribuição amostral e
submetidos ao teste estatístico.
49
5 RESULTADOS
As Tabelas 16 a 40 do Apêndice demostram as avaliações realizadas com
auxílio do programa Fotoscore.
A tabela 1 demonstra as distribuições médias dos escores por grupo, relativos
aos aumentos de 2000 e 4000.
Tabela 1 – Distribuições médias dos escores por grupo, aumento de 2000X e 4000X
Região Apical Médio Cervical
Aumento 2000X 4000X 2000X 4000X 2000X 4000X
Grupo G1 G2 G1 G2 G1 G2 G1 G2 G1 G2 G1 G2
Média
2,29
2,69
2,26
2,66
2,57
2,39
2,69
2,53
2,29
2,16
2,33
2,42
As amostras foram submetidas ao teste de aderência a curva normal e os
resultados tanto para o aumento de 2000X (Apêndice M e N) quanto para o aumento
de 4000X foram de uma distribuição não normal. Diante desse fato, optou-se pela
aplicação do teste de Kruskal Wallis que compara mais de dois grupos,
independentes e não normais. (Tabela 03 e 04)
Tabela 02 – Comparação entre médias dos postos das amostras – 2000X
Amostras comparadas
(comparação duas a duas)
Diferença entre
Médias
Valores críticos
0,05 0,01 0,001
Significância
G1A X G2A 16.3000 15.0088 19.9978 26.0879 5%
G1M X G2M 6.4500 15.0088 19.9978 26.0879 ns
G1C X G2C 4.6500 15.0088 19.9978 26.0879 ns
50
Tabela 03- Comparação entre médias dos postos de amostras – 4000X
Amostras comparadas
(comparação duas a duas)
Diferença entre
Médias
Valores críticos
0,05 0,01 0,001
Significância
G1A X G2A 16.5000 15.1692 20.2115 26.3668 5%
G1M X G2M 5.1692 15.1692 20.2115 26.3668 Ns
G1C X G2C 1.0000 15.1692 20.2115 26.3668 Ns
Os Gráfico 1 e 2 apresentam as comparações entre as médias dos postos
para os aumentos de 2000X, 4000X e entre 2000X e 4000X .
Gráfico 1: Comparação entre as médias dos postos para o aumento de 2000X
2,29
2,57
2,29
2,69
2,39
2,16
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Terço Apical
2,29 2,69
Terço Médio
2,57 2,39
Terço Cervical
2,29 2,16
G1 (NaOCL + EndoPTC + EDTA-T) G2 (CHX)
5
n
n
51
Gráfico 2: Comparação entre as médias dos postos para o aumento de 4000X
Gráfico 3: Comparação entre as médias dos escpres para os aumentos de 2000X e 4000X
2,26
2,69
2,33
2,66
2,53
2,42
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
Terço Apical
2,26 2,66
Terço Médio
2,69 2,53
Terço Cervical
2,33 2,42
G1 (NaOCL + EndoPTC + EDTA-T) G2 (CHX)
5
n
n
2,29
2,57
2,29
2,26
2,69
2,33
2,69
2,39
2,16
2,66
2,53
2,42
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Terço Apical
2,29 2,26 2,69 2,66
Terço Médio
2,57 2,69 2,39 2,53
Terço Cervical
2,29 2,33 2,16 2,42
G1 (NaOCL + EndoPTC +
EDTA-T)
G1 (NaOCL + EndoPTC +
EDTA-T) 4000x
G2 (CHX) G2 (CHX) 4000x
52
Figura 15 – Fotomicrografias do G1 em aumento de 2000X
Figura 16 - Fotomicrografias do G1 em aumento de 4000X
Figura 17 - Fotomicrografias do G2 em aumento de 2000X
53
Figura 18 – Fotomicrografia do G2 em aumento de 4000X
54
6 DISCUSSÃO
A remoção de magma dentinário e desinfecção são princípios de extrema
importância para o sucesso da terapia endodôntica, esses, quando realizados
corretamente, proporcionam paredes dentinárias livres de sujidades, permitindo
assim um maior embricamento do cimento nos túbulos dentinários e,
consequentemente, maior aproximação de um selamento tridimensional, evitando
percolação e reinfecção. O magma ou lama dentinária é produto da ação dos
intrumentos endodônticos junto as paredes dentinárias e sua presença está
intimamente ligada a um grande número de insucessos endodônticos.
A qualidade do selamento endodôntico obtido pela utilização dos materiais
obturadores decorre do uso de substâncias irrigadoras que agem removendo o
magma permitindo, como resultado, túbulos dentinários livres e, consequentemente,
melhor embricamento mecânico do cimento nas paredes de dentina.
Baseado nessas premissas, os quais necessariamente devem estar
presentes na terapia endodôntica, é que se justifica a importância desse estudo.
Para o desenvolvimento do mesmo, foram utilizados dentes humanos hígidos do
Banco de Dentes do Departamento de Odontologia de Taubaté. O uso destes
baseia-se no fato de aproximarem-se de uma maneira mais real do que ocorre em
seres humanos, diminuindo-se o número de variáveis que possam interferir nos
resultados. Para diminuir ainda mais as interferências utilizou-se também pré-
molares superiores com duas raízes para comparação, tendo como parâmetro o
mesmo padrão de permeabilidade.
O aumento desta permeabilidade dentinária merece inúmeros estudos, pois
quanto mais a superfície da dentina estiver livre de sujidades ou magma dentinário,
55
melhor será a qualidade da obturação, obtida por meio de embricamento e
adesividade do cimento junto das paredes dentinárias. Valendo-se desta afirmativa,
muitos agentes irrigantes foram testados em trabalhos de vários pesquisadores.
(BARROSO; HABITANTE; SILVA, 2002; GOLDMAN et al., 1981; LOPES;
SIQUEIRA, 1999; PROKOPOWITSCH; MOURA, 1989).
As soluções irrigadoras utilizadas durante a terapia endodôntica têm por
finalidades, controle de infecção pulpar, limpeza da câmara pulpar e túbulos
dentinários, remoção de remanescentes pulpares e produtos do preparo químico-
cirúrgico como raspas de dentina e capacidade lubrificante facilitando assim a ação
dos instrumentos e controle de toxinas provenientes de microrganismos. Porém
nenhuma delas compreende todas as funções, tornando-se extenso o número de
trabalhos que buscam adequar as substâncias químicas-auxiliares às necessidades
endodônticas. (FERGUSON; MARLEY; HARTWELL, 2003; VANCE, 2006).
No grupo experimental I os dentes foram preparados química e
cirurgicamente com hipoclorito de sódio a 0,5%, e creme de Endo-PTC, sendo o
protocolo utilizado 2 mL de hipoclorito de sódio a cada troca de lima, totalizando 10
mL e irrigação final de 10 mL por três minutos de EDTA 17%, acorde Paiva e
Antoniazzi (1973). O uso do hipoclorito de sódio se fez necessário nesse trabalho
devido às inúmeras propriedades que o agente irrigante possui, tais como: ser
antibacteriano, capacidade de dissolução tecidual, baixa tensão superficial, ão
clareadora, neutralizar produtos tóxicos por meio de desnaturação de proteínas e pH
alcalino que possibilita a neutralização da acidez do meio, tais propriedades o
descritas por vários autores (ESTRELA, 1999; GUERIZOLI, 2002; PAIVA;
ANTONIAZI, 1973).
56
Nesse experimento utilizou-se creme de Endo-PTC (composto a base de
peróxido de uréia Tween 80 e uma base de carbowax), pois quando neutralizado
pelo hipoclorito de sódio tem como resultado a liberação de oxigênio nascente, que
por efervecência, remove sujidades produzidas durante o preparo do canal. A
utilização do EDTA se fez devido a sua propriedade quelante capaz de
desmineralizar matrizes inorgânicas (ÖSTBY, 1957), porém essa solução tem ação
autolimitante, havendo a necessidade do contato da substância com a superfície
dentinária a um tempo de dez a quinze minutos. (PAIVA; ANTONIAZZI, 1973;
PROKOPOWITSCH; MOURA, 1989). O EDTA permite maior remoção do magma
dentinário e como conseqüência facilita a adesão do cimento endodôntico, fato
observado por Antunes (2006) e Cruz (2006). Além destas qualidades este agente
irrigante apresenta ação antibacteriana, fato desejável no preparo do canal
BYSTRÖN; SUNDQVIST, 1985).
No grupo experimental II, o agente utilizado foi o digluconato de clorexidina
em gel de Natrosol 2%, (BARROSO; HABITANTE; SILVA, 2002; BUCK et al., 2001;
FERGUSON; MARLEY; HARTWELL, 2003; FERRAZ et al., 2001; VANCE, 2006).
Esse protocolo de irrigação baseia-se na afirmação de que a quantidade de solução
irrigadora tem maior influência na limpeza de superfícies dentinárias do que o
próprio irrigante em si (GAVINI; AUN; PESCE, 1995). A utilização da forma em gel
permite uma melhor remoção das sujidades do canal, que esses incorporam-se a
esta forma de digluconato, sendo solúvel por meio de irrigação copiosa, seja água
destilada, soro fisiológico ou mesmo em clorexidina líquida a 0,12%. A escolha desta
substância irrigadora se fez pelo seu crescente papel em pesquisas que
demonstram suas qualidades bactericida, bacteriostática e de substantividade.
57
Na etapa de obturação optou-se pela técnica de condensação lateral pelo
imenso número de pesquisas existentes a respeito (FERGUSON; MARLEY;
HARTWELL, 2003; KOKKAS et al., 2004; PITOUT et al., 2006; SHIPPER et al.,
2004; VIVAQUA-GOMES et al., 2002). e por ser extensamente utilizado na clínica
endodôntica.
O cimento endodôntico é utilizado para vedar os espaços existentes entre o
cone de guta-percha e as paredes dentinárias, pois se almeja o embricamento deste
na superfície nos túbulos dentinários por meio de penetração intratubular (DE DEUS
et al., 2002; KOKKAS et al., 2004; SEVIMAY; DALAT, 2003; SEVIMAY; KALAYCI,
2005; STRATTON; APICELLA; MINES, 2006; WHITE; GOLDMAN; LIN, 1984),
resultando em selamento tridimensional evitando percolações de flúidos e
contaminações ou recontaminações levando ao fracasso da terapia endodôntica.
Para tanto inúmeros trabalhos vêm sendo desenvolvidos em busca deste cimento.
As amostras foram obturadas com cimento resinoso dual denominado
Epiphany e cones Resilon. Essa opção decorre de trabalhos realizados que
demonstraram existir a formação de um monobloco resinoso composto por cones
Resilon e paredes preenchidas pelo cimento endodôntico (GESI et al., 2005;
SEVIMAY; KALAYCI, 2005; SHIPPER et al., 2004), porém contrário a estes
trabalhos, algumas pesquisas obtiveram como resultado, a ocorrência da formação
de fendas entre material obturador e parede dentinária que poderiam ser
responsáveis por futuras infiltrações. (TAY et al., 2005a ; GILLESPIE et al., 2006 ;
BIGGS et al., 2006).
Apesar da preocupação com a fotopolimerização no terço apical, na clivagem
dos espécimes, notou-se que o cimento estava firmemente aderido aos cones de
58
Resilon e as paredes dentinárias, essa observação também foi encontrada por
Antunes (2006).
Após o momento de obturação e presa do cimento endodôntico, os dentes
foram clivados, metodologia que permite a visualização direta da região a ser
avaliada. (GOLDMAN et al., 1981).
As amostras foram clivadas e submetidas ao microscópio eletrônico de
varredura para avaliação da penetração do cimento nos túbulos dentinários. Neste
experimento foram utilizados aumentos de 2000X e 4000X (DE DEUS et al., 2002;
DOYLE et al., 2006; KOKKAS et al., 2004; SEVIMAY; DALAT, 2003; SEVIMAY;
KALAYCI, 2005) pois, proporcionam as melhores imagens dos locais estudados, fato
observado no projeto piloto realizado. A escolha dos pontos a serem
fotomicrografados foi realizada de maneira aleatória para que não houvesse
interferência dos resultados.
A análise das médias mostrou que o melhor tratamento aconteceu no grupo 1,
no qual utilizou-se o hipoclorito de sódio a 0,5% com Endo PTC e irrigação final com
EDTA–T, resultados semelhantes foram obtidos nos trabalhos de Sevimay e Dalat
(2003), Kokkas et al. (2004) e White; Goldman; Lin (1984). A média de penetração
no terço apical foi semelhante nos dois aumentos, 2,29 para 2000X e 2,26 para
4000X. Os resultados foram obtidos provavelmente porque houve uma melhor
limpeza do sistema uma vez que essas substâncias têm a capacidade de promover
um aumento de permeabilidade, permitindo melhor penetração do cimento
obturador. A penetração maior do cimento no caso do grupo 1 não significa
necessariamente que a percolação marginal não irá ocorrer, visto que Mello Filho e
Lage-Marques (2006) demonstraram que ocorre a penetração de corante nestas
obturações. no caso da clorexidina talvez uma irrigação com maior volume de
59
substância irrigadora ou irrigação com EDTA-T permita maior penetração do cimento
obturador, fato este que merece trabalhos posteriores. Na avaliação do terço médio
as diferenças não foram estatísticamente significantes, porém a melhor penetração
aconteceu no grupo 2 tanto para 2000X (2.39) quanto para 4000X (2.53). No terço
cervical as diferenças não foram estatíscamente significantes, mas na avaliação das
médias artiméticas o melhor resultado foi obtido pelo grupo 2 (2.16). no aumento
de 4000X o melhor resultado aconteceu no grupo 1 (2.33). Provavelmente as
fotomicrografias desse aumento permitiram melhor visualização da área já que a
mesma foi avaliada nos dois aumentos.
Diante dos resultados, novos estudos devem ser conduzidos, variando a
irrigação quanto ao tempo e volume da substância, na tentativa de remover maior
quantidade de magma dentinário. Também novas metodologias devem ser criadas
ou a melhora da avaliação quanto da utilização da microscopia eletrônica de
varredura, com a realização de várias leituras do mesmo terço.
60
7 CONCLUSÕES
Por meio da metodologia proposta neste estudo, concluiu-se que:
1- As substâncias irrigadoras testadas interferiram na penetração do cimento
obturador;
2- O Grupo 1 hipoclorito de sódio, Endo-PTC e EDTA-T foi o que
proporcionou a maior penetração do cimento Epiphany.
61
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66
APÊNDICE
APÊNDICE A – Tabelas de resultados do grupo 1
Tabela 04 – Planilha do grupo 1: Apical com 2000 aumentos, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
01 2 2 2 2
02 1 3 1 1,666
03 3 3 2 2,666
04 3 3 1 2,333
05 3 3 1 2,333
06 2 1 2 1,666
07 2 3 2 2,333
10 3 3 3 3
13 2 2 2 2
14 3 3 3 3
Média do grupo = 2,29
Tabela 05 – Planilha do grupo 1: Médio com 2000 aumentos, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
15 3 3 2 2,666
16 3 3 3 3
18 3 3 1 2,333
19 3 3 2 2,666
20 3 3 1 2,333
21 3 3 1 2,333
24 3 2 1 2
26 3 3 2 2,666
27 3 3 3 3
28 3 3 3 3
Média do grupo = 2,57
Tabela 06 – Planilha do grupo 1 : Cervical com 2000 aumentos, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Média
29 2 1 1 1,333
33 2 2 2 2
34 2 2 2 2
35 2 3 2 2,333
36 3 2 1 2
38 3 2 2 2,333
40 3 2 2 2,333
41 2 3 3 2,666
42 3 3 3 3
43 3 3 3 3
Média do grupo = 2,29
67
Tabela 07 – Planilha do grupo 1: Apical com 4000 aumentos, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
44 3 3 1 2,333
45 1 3 1 1,666
47 3 3 2 2,666
48 3 3 1 2,333
49 3 2 1 2
50 3 3 1 2,333
53 1 3 1 1,666
56 3 3 3 3
57 3 2 2 2,333
58 2 3 2 2,333
Média do grupo = 2,26
Tabela 08 – Planilha do grupo 1 : Médio com 4000 aumentos, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
59 2 3 2 2,333
60 3 3 2 2,666
61 2 3 2 2,333
62 2 2 2 2
63 3 1 3 2,333
64 2 1 3 2
68 3 2 3 2,666
69 3 2 3 2,666
70 3 2 2 2,333
71 3 3 3 3
Média do grupo = 2,69
Tabela 09 – Planilha do grupo 1: Cervical com 4000 aumentos, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
72 1 1 2 1,333
73 3 3 3 3
74 2 3 2 2,333
75 1 3 2 2
76 1 1 2 1,333
77 2 2 3 2,333
82 2 3 3 2,666
83 3 3 3 3
84 3 2 3 2,666
85 2 3 3 2,666
Média do grupo = 2,33
68
APÊNDICE B - Tabelas de resultados do grupo 2
Tabela 10 – Planilha do grupo 2: Apical com 2000 aumentos, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
86 3 3 2 2,666
87 3 3 2 2,666
88 3 3 2 2,666
89 3 3 3 3
90 3 3 3 3
91 3 2 3 2,666
92 3 3 2 2,666
93 3 2 3 2,666
94 2 3 3 2,666
95 2 3 2 2,333
Média do grupo = 2,69
Tabela 11 - Planilha do grupo 2: Médio com aumento de 2000, média das amostras, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
96 1 3 2 2
97 1 3 3 2,333
98 3 3 3 3
99 1 3 3 2,333
100 1 3 1 1,666
101 2 2 2 2
102 3 3 2 2,666
103 2 3 2 2,333
104 3 3 2 2,666
105 3 3 3
Média do grupo 2,39
Tabela 12 – Planilha do grupo 2: Cervical com aumento de 2000, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
106 2 2 2 2
107 1 3 3 2,333
108 1 2 2 1,666
109 2 2 3 2,333
110 3 3 3 3
111 2 3 3 2,666
112 3 2 3 2,666
113 3 2 3 2,666
114 3 3 2 2,666
115 2 3 2 2,333
Média do grupo = 2,16
69
Tabela 13 – Planilha do grupo 2: Apical com aumento de 4000, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
116 3 3 2 2,666
117 3 3 2 2,666
118 1 3 3 2,333
119 3 3 3 3
120 3 3 2 2,666
121 3 3 3 3
122 2 2 2 2
123 3 3 3 3
124 3 3 2 2,666
125 3 3 2 2,666
Média do grupo = 2,66
Tabela 14 – Planilha do grupo 2: Médio com aumento de 4000, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Média
126 2 3 2 2,333
127 3 3 2 2,666
128 2 3 3 2,666
129 3 3 3 3
130 3 3 3 3
131 2 3 1 1,666
132 2 2 2 2
133 3 3 2 2,666
134 2 3 2 2,333
135 3 3 3 3
Média do grupo = 2,53
Tabela 15 – Planilha do grupo 2: Cervical com aumento de 4000, média dos escores, média do grupo
Amostra Avaliador 1
Avaliador 2 Avaliador 3 Média
136 2 2 2 2
137 1 2 2 1,666
138 2 3 2 2,333
139 3 3 3 3
140 2 2 3 2,333
141 3 3 2 2,666
142 3 3 3 3
143 3 3 3 3
144 3 3 1 2,333
145 2 2 2 2
Média do grupo = 2,42
70
APÊNDICE C - Tabelas das médias dos escores obtidos pelos examinadores nos
grupos 1 e 2 nos aumentos estudados.
Tabela 16 – Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 1 - terço apical com 2000 aumentos
Amostra Média
01
02
03
04
05
06
07
10
13
14
2
1,666
2,666
2,333
2,333
1,666
2,333
3
2
3
Tabela 17 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 1 – terço médio com 2000 aumentos
Amostra Média
15
16
18
19
20
21
24
26
27
28
2,666
3
2,333
2,666
2,333
2,333
2
2,666
3
3
Tabela 18 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 1 – terço cervical com 2000 aumentos
Amostra Média
71
29
33
34
35
36
38
40
41
42
43
1,333
2
2
2,333
2
2,333
2,333
2,666
3
3
Tabela 19 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 1 – terço apical com 4000 aumentos
Amostra Média
44
45
47
48
49
50
53
56
57
58
2,333
1,666
2,666
2,333
2
2,333
1,666
3
2,333
2,333
Tabela 20 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 1 – terço médio com 4000 aumentos
Amostra Média
59
60
61
62
63
64
68
69
70
71
2,333
2,666
2,333
2
2,333
2
2,666
2,666
2,333
3
Tabela 21 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 1 no terço cervical com 4000 aumentos
Amostra Média
72
72
73
74
75
76
77
82
83
84
85
1,333
3
2,333
2
1,333
2,333
2,666
3
2,666
2,666
Tabela 22 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 2 – terço apical com 2000 aumentos
Amostra Média
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
2,666
2,666
2,666
3
3
2,666
2,666
2,666
2,666
2,333
Tabela 23 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 2 - terço médio com 2000 aumentos
Amostra Média
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
2
2,333
3
2,333
1,666
2
2,666
2,333
2,666
3
Tabela 24 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 2 –terço cervical com 2000 aumentos
Amostra Média
73
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
2
2,333
1,666
2,333
3
2,666
2,666
2,666
2,666
2,333
Tabela 25 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 2 – terço apical com 4000 aumentos
Amostra Média
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
2,666
2,666
2,333
3
2,666
3
2
3
2,666
2,666
Tabela 26 - Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 2 –terço médio com 4000 aumentos
Amostra Média
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
2,333
2,666
2,666
3
3
1,666
2
2,666
2,333
3
Tabela 27 –Média dos escores obtidos pelos examinadores no
Grupo 2 – terço cervical com 4000 aumentos
Amostra Média
74
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
2
1,666
2,333
3
2,333
2,666
3
3
2,333
2
APÊNDICE D – Tabelas de testes de aderência
Tabela 28 - Teste de aderência: Aumento 2000X
Teste de aderência – curva normal: Valores originais
A. Freqüência por intervalo de classe:
Intervalo de classe : M-3s M-2s M-1s Méd. M+1s M+2s M+3s
Curva Normal : 0,44 5,40 24,20 39,89 24,20 5,40 0,44
Curva Experimental : 1,67 6,67 15,00 26,67 50,00 0,00 0,00
B. Cálculo do Qui quadrado Interpretação
Graus de Liberdade : 4 A distribuição amostral testada
Valor do Qui quadrado: 41,08 não é normal
Probabilidade de Ho : 0,0000%
Tabela 29 -Teste de aderência: Aumento 4000X
Teste de aderência – curva normal: Valores originais
A. Freqüência por intervalo de classe:
Intervalo de classe : M-3s M-2s M-1s Méd. M+1s M+2s M+3s
75
Curva Normal : 0,44 5,40 24,20 39,89 24,20 5,40 0,44
Curva Experimental : 0,00 3,33 20,00 53,33 21,67 0,00 0,00
B. Cálculo do Qui quadrado Interpretação
Graus de Liberdade : 4 A distribuição amostral testada
Valor do Qui quadrado: 11,72 não é normal
Probabilidade de Ho : 1.9699%
76
ANEXO
Certificado de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
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