(atrativos, serviços turísticos, serviços de apoio e infra-estrutura básica) ofertados
por diferentes fornecedores públicos e privados que são conjugados e podem ser
oferecidos de uma só vez, sob a forma de pacote turístico. Por exemplo, um pacote
com uma semana de duração para o Nordeste brasileiro inclui o serviço de
transporte provido pela companhia aérea, a hospedagem no hotel selecionado, o
serviço de recepção e atendimento do guia local, os passeios oferecidos, os serviços
de alimentação e a locação do automóvel entre outros opcionais. A venda de
pacotes turísticos procura oferecer os principais serviços - transporte, hospedagem,
alimentação, atrações - por um preço único, facilitando a venda de vários
fornecedores e a compra por parte do cliente que, principalmente por falta de
informações, nem sempre tem condições de elaborar seu próprio roteiro. É neste
momento que entram as agências de viagens; organizando e distribuindo a oferta
turística - sob a forma de pacotes ou não - para os turistas. Ou seja, as agências
realizam a intermediação das vendas dos serviços turísticos - transporte,
hospedagem, pacotes, atrações etc. e são remuneradas por isso na forma de
comissionamento, que pode variar de 5% a 30%, dependendo do produto. O
recebimento das comissões é previsto por lei, através do Decreto nº 84.934 de 1980,
que regulamenta as atividades das agências de turismo.
A princípio, pode-se questionar o papel da agência de viagens na
intermediação dos serviços turísticos, imaginando que os fornecedores turísticos
poderiam realizar as vendas diretamente aos consumidores finais. Acontece que, no
caso de um pacote turístico, por exemplo, são vários elementos diferenciados
(transportes, alimentação, hospedagem, atrações) que compõem o produto turístico
e a companhia aérea ou o hotel não possuem informações detalhadas sobre
determinados atrativos ou serviços nos destinos turísticos, necessários para o
turista. Uma companhia aérea, com certeza, informará todas as opções de vôos da
própria empresa, sem comparar com as opções das concorrentes. Assim como no
hotel, o cliente pode não conseguir informações sobre outras formas de
acomodação naquele destino. E isto acontece porque este não é o seu core
business (PRAHALAD e HAMEL, 1990), ou seja, o negócio da empresa aérea é
comercializar os assentos das suas aeronaves para a realização de um
deslocamento temporário, e não informar ao passageiro em qual hotel ficar ou quais
passeios realizar. No caso dos hotéis, o objetivo do negócio é auferir lucros através
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