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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA CONCENTRAÇÃO DE
PROGESTERONA NAS RESPOSTAS AO PROTOCOLO DE
SINCRONIZAÇÃO DA OVULAÇÃO EM NOVILHAS NELORE CÍCLICAS
CAROLINA CASTILHO DIAS
BOTUCATU - SP
JULHO/2007
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA CONCENTRAÇÃO DE
PROGESTERONA NAS RESPOSTAS AO PROTOCOLO DE
SINCRONIZAÇÃO DA OVULAÇÃO EM NOVILHAS NELORE CÍCLICAS
CAROLINA CASTILHO DIAS
Dissertação apresentada junto ao programa de Pós-Graduação
em Medicina Veterinária para obtenção do título de mestre
Orientador: Prof. Ass. Dr. José Luiz Moraes Vasconcelos
BOTUCATU – SP
JULHO/2007
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CONTITUIÇÃO DA BANCA EXAMINADORA
Nome: Dias, Carolina Castilho
Título: Avaliação dos efeitos da concentração de progesterona nas respostas ao
protocolo de sincronização da ovulação em novilhas nelore cíclicas
Dissertação apresentada junto ao programa de Pós-Graduação
em Medicina Veterinária para obtenção do título de mestre
Data: 23 de julho de 2007.
Prof. Ass. Dr. José Luiz Moraes Vasconcelos (FMVZ/UNESP/Botucatu)
Prof. Titular Dr. Ciro Moraes de Barros (IBB/UNESP/Botuvatu)
Prof. Titular Dr. Pietro Sampaio Baruselli (VRA/USP/Pirassununga)
i
DEDICO ESTE TRABALHO
Aos meus pais Ana e Ari por todo o apoio durante toda a minha formação,
mas principalmente, por todos os ensinamentos de amor e caráter que me
fizeram como sou e por toda a dedicação a mim e ao meu irmão.
Ao meu irmão Felipe, minha madrinha Sílvia e meus avós Lourdes, Chico,
Dalva e Mário (in memorian) por sempre torcerem por mim.
Ao meu namorado Rodrigo simplesmente por me fazer feliz estando ao
meu lado sempre, pelo amor, carinho, respeito, por todos os momentos
maravilhosos e também pela paciência muitas vezes.
Aos meus amigos de verdade, em especial a “família”, principalmente a
Mariana (Kumeta), Fernanda (Vomitinho), Isabel (2-Bigo), Felipe (Merlim) e
Gustavo (Kremoso) e a Geovana por tornarem esses últimos dois anos
especiais e felizes.
E aos meus amores Jade e Malú e aos irmãozinhos Naomi, Grampola,
Faruk, Morfina, Scoth, Meg (in memorian) e Fumica (in memorian) que muitas
vezes me entenderam melhor do que ninguém e é claro pelo amor incondicional.
Amo todos vocês.
ii
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador e amigo José Luiz pela imensa ajuda e importantes
ensinamentos para minha formação, mas principalmente, pela amizade,
paciência e por respeitar meu amadurecimento e crescimento.
À Prof
a
Dr
a
Eunice Oba pelo ensinamentos e pela paciência durante os
ensaios de progesterona e pela disponibilização do laboratório sempre que
requisitado.
Ao Prof. Dr. Francisco Stefano Weschler por todos os ensinamentos e
pela orientação por tantas vezes solicitada para as análises estatísticas.
Aos amigos Tiago, Mauro, Bia, Aydson, e Izaías pelo prazeiroso convívio.
Aos amigos Gabriela e Rogério pelo prazeiroso convívio e principalmente
pelo valoroso auxílio durante a execução do experimento.
Á amiga Ricarda pelos inúmeros ensinamentos e orientações
dispensados durante a graduação e pós-graduação, que foram absolutamente
importantes e valiosos para minha formação e pela valorosa amizade.
Á toda a equipe da Pecuária Novo Horizonte (Coxim-MS) pela
disponibilidade das novilhas, mas principalmente pela atenciosa hospitalidade.
Agradecimento especial aos médicos veterinários Moacir e Adriano pelos
ensinamentos durante minha estadia.
Aos funcionários do Departamento de Produção e Exploração Animal
Lageado, Barbosa e Solange, pela amizade, simpatia e atenção dispensada.
iii
Ao CNPQ, pela importante bolsa concedida
A todos vocês muito obrigada.
iv
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS .....................................................................................v
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................vi
LISTA DE ABREVIATURAS ...........................................................................vii
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................
2. REVISÃO DE LITERATURA .........................................................................
2.1. Particularidades do gado Bos Indicus ........................................................
2.2. Sincronização do estro e da ovulação..........................................................
3. MATERIAL E MÉTODO ................................................................................
4. RESULTADOS ................................................................................................
5. DISCUSSÃO ...................................................................................................
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………….
v
LISTA DE TABELAS
REVISÃO DA LITERATURA
TABELA 1: Tempo e variação da emergência da nova onda folicular após a
aplicação de 5mg de Estradiol-17β, 1 ou 2 mg de Benzoato de
Estradiol, 5mg de Valerato de Estradiol e 1mg de Cipionato de
estradiol.
RESULTADOS
TABELA 2: Taxa de sincronização e concepção das novilhas tratadas com
protocolo de sincronização da ovulação de acordo com a classe de
diâmetro folicular no momento da IATF. Botucatu - SP, 2007.
TABELA 3: Taxa de concepção das novilhas sincronizadas ao protocolo de
acordo com a classe de diâmetro folicular no momento da IATF por
número de utilizações do CIDR. Botucatu - SP, 2007.
vi
LISTA DE FIGURAS
RESULTADOS
FIGURA 1: Máximo diâmetro folicular a IATF de acordo com a concentração de
progesterona no dia 0 do protocolo de sincronização da ovulação (P
< 0,05). Botucatu - SP, 2007.
FIGURA 2: Probabilidade de sincronização de acordo com o máximo diâmetro
folicular a IATF do protocolo de sincronização da ovulação (P <
0,05). Botucatu - SP, 2007.
FIGURA 3: Probabilidade de concepção das novilhas sincronizadas ao protocolo
de acordo com o a concentração sérica de progesterona no dia 0 do
protocolo de sincronização da ovulação. (P < 0,1). Botucatu - SP,
2007.
FIGURA 4: Probabilidade de concepção das novilhas sincronizadas ao protocolo
de acordo com o máximo diâmetro folicular a IATF. (P < 0,05).
Botucatu - SP, 2007.
FIGURA 5: Probabilidade de prenhez das novilhas sincronizadas ao protocolo de
acordo com o a concentração sérica de progesterona no dia 0 do
protocolo de sincronização da ovulação. (P < 0,05). Botucatu - SP,
2007.
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
CIDR
- Controlled Internal Drug Release
CL - Corpo lúteo
CV - Coeficiente de variação
d - Dia
E
2
- Estradiol
FSH - Hormônio folículo estimulante
GnRH - Hormônio liberador de gonadotrofinas
IA - Inseminação artificial
IATF - Inseminação artificial em tempo fixo
TE - Transferência de embrião
TETF - Transferência de embrião em tempo fixo
IFNτ - Interferon - tau
Kg - Kilogramas
LH - Hormônio luteinizante
mg - Miligramas
mL - Mililitro
ng - Nanograma
P - Nível de significância
P
4
- Progesterona
PGF2α - Prostaglandina F2α
US - Ultra-som
[P
4
d0] - Concentração Sérica de Progesterona no dia 0
[P
4
d7] - Concentração Sérica de Progesterona no dia 7
Fol - Diâmetro do maior folículo no momento da IATF
mm - milímetros
BE - Benzoato de estradiol
ECP - Cipionato de estradiol
PIB - Produto interno bruto
FD - Folículo dominante
viii
FS - Folículo subordinado
FP - Folículo persistente
CL - Diâmetro do corpo lúteo
OBS CIO - Observação de cio
VE - Valerato de estradiol
H - hora
ECG Gonadotrofina coriônica equina
RNA - ácido ribonucleico
FN - Folículos normais
ECC - Escore de condição corporal
DG - Diagnóstico de gestação
MHz - megahertz
µl - microlitros
log -Logarítmo
pg - picogramas
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA CONCENTRAÇÃO DE PROGESTERONA NAS
RESPOSTAS AO PROTOCOLO DE SINCRONIZAÇÃO DA OVULAÇÃO EM
NOVILHAS NELORE CICLICAS.
RESUMO O objetivo deste experimento foi avaliar a influência da
concentração sérica de progesterona ([P
4
]) nos dias (d) 0 e/ou d7 do protocolo
de sincronização da ovulação e da reutilização de dispositivo intravaginal de
progesterona (CIDR
) nos resultados a IATF em novilhas Nelore ciclando
(n=398). O protocolo utilizado foi: d0-CIDR
[sem utilização prévia (1°uso),
previamente utilizados por 9d (2°uso) ou 18d (3°uso)]+BE(2mg)+amostra de
sangue para dosagem [P
4
], d7-PGF2α(12,5mg)+amostra de sangue para
dosagem [P
4
], d9-retirada do CIDR
®
+ECP(1mg), d11-IATF+mensuração do
Fol, d13-avaliação da ovulação e d41-diagnóstico de gestação. Variáveis
contínuas foram analizadas pelo PROC-GLM e binomiais pelo PROC-LOGISTIC
do SAS. Foi considerada diferença estatística P<0,05 e tendência P<0,1. A
[P
4
d0] influenciou de forma positiva Fol, concepção e prenhez. A [P
4
d7] não
influenciou os parâmetros avaliados. O Fol, foi menor para 1°uso
(10,1±0,19mm) do que 3°uso (11,0±0,21mm) e 2°uso (10,6±0,20mm) não diferiu
dos demais. A taxa de sincronização das classes de Fol diferiram entre si
(Classe1:Fol<8,5, 28,2%, Classe2:8,5-10,0, 62,5%, Classe3:>10mm, 92,2%. A
taxa de concepção das classes de Fol foi avaliada de acordo com o número de
utilizações do CIDR
no 1° e 2° usos as classes 1 e 2 tiveram menor concepção
do que a Classe3, mas no 3°uso as classes tiveram concepção similar (Classe1,
9,1%, 0%, 40,0%, Classe2: 24,0%, 21,7%, 54,5% Classe3, 52,4%, 48,9%,
53,8%, 1°, 2° e 3°usos respectivamente). A taxa de concepção, tendeu a ser
maior com 3°uso (53,2%) que 1°uso (37,2%) e 2°uso (37,8%). A taxa de
prenhez, foi maior com 3°uso (35,5%) que 1°uso (20,5%) e 2°uso (22,7%).
Palavras chave: novilhas, progesterona, prenhez, proestro e Nelore.
EVALUATION OF SERUM PROGESTERONE CONCENTRATION DURING
FIXED TIMED ARTIFICIAL INSEMINATION PROTOCOL IN NELLORE
CYCLING HEIFERS
ABSTRACT The aim of this study was to evaluate if progesterone concentrations
[P
4
] on d0 and/or d7 of a protocol and if reutilization of intravaginal progesterone
devices (CIDR
) could affect FTAI success in Nellore cycling heifers. Heifers
(n=398) received the protocol: d0: CIDR
(with no previous use (1
st
use),
previously used for 9d (2
nd
use) or previously used for 18d (3
rd
use)) + EB(2mg) +
blood samples to determine [P4d0], d7: PGF2α + blood sample to determine
[P4d0], d9: CIDR
®
withdraw + ECP(1mg), D11: FTAI + largest follicle diameter
measurement (Fol), D13: check ovulation and D41: pregnancy diagnoses.
Continuous variables were analyzed by PROC-GLM and binomial by PROC-
LOGISTIC of SAS. Statistical difference was considered with P<0,05 e tendency
P<0,1. The [P
4
d0] positively influenced Fol, conception and pregnancy rates.
The CIDR
number of uses influenced [P
4
d7] (1
st
use 2.4±1.1; 2
nd
use 2.0±1.0 and
3
rd
use 1.7±1.1ng/ml), but [P
4
d7] didn’t influence studied parameters. The Fol,
was smaller on 1
st
use (10,1±0,19mm) compared to 3
rd
use (11,0±0,21mm) and
2
nd
use (10,6±0,20mm) didn’t differ from others. Synchronization of Fol classes
differed (Class1:Fol<8.5, 28,2%, Class2:8.5-10.0, 62.5%, Class3:>10mm,
92,2%. Conception of Fol classes were evaluated by CIDR
number of uses.
On 1
st
and 2
nd
use classes1 and 2 had lower conception compared to class3, but
on 3
rd
use classes conceptions were similar (Class1, 9.1%, 0%, 40.0%, Class2:
24.0%, 21.7%, 54.5% Class3, 52.4%, 48.9%, 53.8%, 1
st
, 2
nd
and 3
rd
use,
respectively). Conception tended to be higher on 3
rd
use (53.2%) compared to
1
st
use (37.2%) and 2
nd
use (37.8%). Overall pregnancy was higher on 3
rd
use
(35.5%) compared to 1
st
use (20.5%) and 2
nd
use (22.7%).
3
1. INTRODUÇÃO
O PIB (produto interno bruto) da pecuária foi de R$ 64,8 bilhões no ano de
2006 (CEPEA), e a bovinocultura de corte produziu aproximadamente 7 milhares
de toneladas de equivalente de carcaça, com 2 milhares de toneladas de
equivalente de carcaça de carne exportadas (Anualpec, 2006).
O rebanho bovino brasileiro é composto por aproximadamente 164 milhões
de cabeças divididas em 130 milhões animais de corte (79%) e 34 milhões
leiteiros (21%, Anualpec, 2006). No caso das raças de corte, a raça Nelore e seus
cruzamentos somam 90 milhões de cabeças, constituindo-se em uma raça de
grande interesse comercial. (Genoma, 2003).
A inseminação artificial (IA) é a principal tecnologia de que os produtores de
gado de corte dispõem para introduzir genética em seus rebanhos. As novilhas
são excelentes candidatas a implantação dos programas de IA, pois estas devem
representar o melhor resultado do incremento genético realizado no rebanho. No
entanto, para a IA convencional, é necessária a observação do estro, que é um
ponto crítico, principalmente em fêmeas de raças zebuínas. Estas fêmeas
apresentam estro de menor duração quando comparadas as fêmeas taurinas
(12,9h vs 16,3h; Bó et al, 2003) e de maior probabilidade de ocorrência noturna,
iniciando-se durante a noite (60%) ou mesmo ocorrendo apenas durante o período
noturno (40%; Pinheiro et al., 1998).
Para otimizar a utilização da IA, foram desenvolvidos tratamentos que
permitem a inseminação de 100% dos animais trabalhados em tempo pré-
determinado (IATF), sem necessidade da observação de cio, permitindo o manejo
concentrado dos animais, facilitando a distribuição da mão de obra na fazenda
(Pursley et al., 1995, Day, 2005a).
No entanto, as taxas de fertilidade a IATF em novilhas não são equivalentes
as taxas de fertilidade observadas nos sistemas que utilizam a detecção de estro
(Lamb et al, 2000, 2006 Paterson et al, 2003, Day, 2005a). As causas desta menor
fertilidade podem estar relacionadas a taxa de sincronização (Pursley et al, 1995,
Sá Filho et. al., 2005) ou a fatores que influenciam a taxa de concepção. Dentre os
4
fatores que podem influenciar a concepção temos a maturidade do folículo
dominante induzido a ovular ou ao ambiente uterino gerado durante e após o
desenvolvimento folicular. Estes fatores influenciam a taxa de prenhez por
diminuirem a taxa de concepção nos animais sincronizados (Perry et. al., 2004,
Mussard et. al., 2002, Mussard et. al, 2003, Sirous e Fortune, 1990, Mihm et. al.,
1994, Revah e Buttler, 1996).
Sugeriu-se recentemente que, em novilhas Bos indicus, devido a alta
concentração sanguínea circulante de P
4
atingida com a utilização de dispositivo
intravaginal de P
4
(CIDR) sem utililização prévia, a taxa de ovulação foi baixa,
39,1% (9/23), e que este tratamento apresenta baixo potencial de utilização para
IATF nesta categoria animal (Carvalho, 2004).
O presente estudo tem como objetivo estudar a influência da concentração
sérica de P
4
em dois momentos em um protocolo de sincronização da ovulação
(dia 0, início do protocolo e dia 7, momento pr’oximo ao esperado para o desvio
folicular) no maior diâmetro folicular a IATF, nas taxas de ovulação, sincronização,
concepção e prenhez a IATF em novilhas Nelore ciclando.
HIPÓTESES DO TRABALHO
As hipóteses deste estudo são:
1) A concentração sérica de P
4
no início do protocolo não interfere nos
resultados a IATF.
2) A concentração sérica de P
4
no dia 7 do protocolo não infere nos resultados
a IATF, devido a indução da luteólise neste momento.
3) A concentração residual de progesterona entre os dias 7 e 9, proveniente
apenas dos dispositivos de P
4
, não é suficiente para influenciar os
resultados a IATF.
2. REVISÃO DE LITERATURA
5
2.1. Particularidades do gado Bos indicus
Informações sobre a dinâmica do crescimento folicular, podem facilitar a
obtenção de mecanismos para seu controle, que é altamente desejado no
desenvolvimento de protocolos de sincronização do cio e ovulação. Investigações
anteriores revelaram algumas diferenças entre fêmeas Bos taurus e Bos indicus.
Figueiredo et. al. (1997), observaram que na raça Nelore, as vacas (83,3%)
tendem a apresentar duas ondas de crescimento folicular e as novilhas (64,7%)
três ondas, enquanto novilhas holandesas tendem a apresentar 2 ondas (55,5%)
de crescimento folicular (Sartori et. al., 2004).
Quanto a divergência folicular, Sartorelli et al. (2005) relataram que em
novilhas Nelore o diâmetro do FD no momento da divergência foi de 5,7 ± 0,2 mm,
foi menor quando comparado ao diâmetro folicular descrito anteriormente para
novilhas holandesas (FD: 8,5 mm e FS: 7,2 mm, Sartori et al., 2001) e similar aos
achados de Castilho et al., (2007, 5,4 ± 0,4 mm) e Gimenes et al. (2007, 6,2 ± 0,2
mm). Em estudo recente, a diferenciação no diâmetro ocorreu apenas 24 h após a
divergência (FD 7,6 ± 0,4 mm e maior subordinado 5,3 ± 0,4mm, P > 0,05,
Castilho et al, 2007).
Carvalho (2004) observou menor diâmetro do FD (FD 9,5 ± 0,5 mm) ao final
de um protocolo, e taxa de crescimento folicular durante o mesmo nas novilhas
Bos indicus (0,9 ± 0,1 mm/dia) em relação a novilhas Bos taurus (FD: 11,6 ± 0,5
mm, taxa de crescimento: 1,1 ± 0,1 mm/dia).
Informações sobre a relação entre o diâmetro folicular e a aquisição da
capacidade ovulatória, permitem entender falhas em tratamentos hormonais e
podem facilitar o desenvolvimento de novos tratamentos. Sartori et al. (2001),
relataram que em gado holandes a aquisição da capacidade ovulatória foi
observada em folículos a partir de 10 mm de diâmetro. No entanto, em novilhas
Nelore folículos a partir de 7,0 a 8,4 mm foram capazes de ovular (33%, 3/9), mas
a capacidade ovulatória aumentou significativamente conforme aumentou o
diâmetro folicular (8,5 a 10 mm 80%, 8/10 e > 10 mm –90 %, 9/10 (Gimenes et
al.,2007). Embora a divergência folicular ocorra com um diâmetro menor em Bos
6
indicus, a capacidade ovulatória parece aumentar de acordo com o diâmetro
folicular.
Ainda em relação a capacidade ovulatória, foi relatada menor taxa de
ovulação ao estímulo de BE após sincronização com dispositivo intravaginal de P
4
para novilhas Bos indicus (39,1%, 9/23) quando comparadas a novilhas Bos
taurus (72,7%, 16/22) e ao cruzamento entre Bos indicus X Bos taurus (84,0%,
21/25, Carvalho et al, 2004). No entanto, a taxa de ovulação foi maior nas novilhas
Bos indicus, quando uma aplicação de PGF2α foi administrada no início do
protocolo de sincronização da ovulação (sem PGF2α - 25,0%, 3/12 vs com PGF2α
- 54,5%, 6/11, Carvalho, 2004), sugerindo efeito negativo da P
4
durante o
protocolo.
Outro fator que difere entre fêmeas Bos indicus e Bos taurus é o
comportamento de cio e o intervalo cio-ovulação, parâmetros essenciais para a
escolha do melhor momento da IA. Fêmeas Bos indicus apresentam estro de
menor duração e ovulação ocorrendo antes em relação ao momento do início do
estro quando comparadas a fêmeas Bos taurus (Bos indicus 10 a 12,9 h e
ovulação 25 a 26 h após o início do estro, Bos taurus 18 h e ovulação 28 a 32 h
após o início do estro, Pinheiro et al., 1998 e apud Pinheiro et al., 1998 e et al,
2003) e ao cruzamento entre Bos indicus X Bos taurus (Brahman 6,65 ± 1,2 h,
Angus 8,52 + 1,2 h, cruzamento 11,90 ± 1,2 h; P = 0,03, Rahe et al., 1980). Além
disso, foi observado menor número de montas durante o cio (Angus 19 ± 3,6,
Brahman 25 ± 5,4, cruzamento 37 ± 5,5 vezes, P = 0,02, Rahe et al., 1980) e
maior incidência de cio de ocorrência noturna, iniciando-se durante a noite (53,8%)
ou mesmo ocorrendo apenas durante o período noturno (34,6%; Pinheiro et al.,
1998) Estas diferenças tornam a observação de estro um ponto ainda mais crítico
a ser considerado no desenvolvimento de tratamentos de sincronização e tornam
ainda maior a necessidade de desenvolver-se programas que resultem em bons
resultados a IATF.
Quanto ao CL, Figueiredo et. al. (1997) encontraram CL ligeiramente
menor em fêmeas Nelore (17,7 ± 0,4 mm) quando comparadas a observações
anteriores em taurinas (20 a 25 mm, Thatcher et al., 1993, Adams et al, 1993 e
7
Hafez, 1993). Carvalho (2004) observou CL similar em novilhas Nelore (13,5 ±
0,5) e Angus (15,3 ± 0,8), mas diferente entre novilhas Gir (17,6 ± 0,7 mm) e
Holandesas (22,4 ± 0,5 mm). A diferença no diâmetro do CL tem implicações
importantes pois altera a concentração de progesterona circulante (Vasconcelos et
al, 2001).
2.2. Protocolos utilizados para sincronizar a ovulação em novilhas
Estratégias que permitem a sincronização da onda folicular
Para facilitar a utilização da IA, foram desenvolvidos tratamentos que
permitem a inseminação de 100% dos animais trabalhados em tempo pré-
determinado, sem necessidade da observação de cio, permitindo o manejo
concentrado dos animais, facilitando a distribuição da mão de obra na fazenda
(Pursley et al., 1995). Estes tratamentos visam controlar sequencialmente a
dinâmica folicular ovariana, a luteólise e a ovulação. Com isso, o controle do
desenvolvimento folicular é mais preciso.
Existem 3 maneiras de sincronizar a onda folicular. Uma é mecânica e
consiste na aspiração folicular guiada por ultra-som de folículos com diâmetro
acima de 5 mm, iniciando uma nova onda em torno de 1,9 ± 0,1 dias após o
procedimento, com grande sincronia (Buratini, 2000). No entanto, este
procedimento além da necessidade de um ultra-som, é inviável para um grande
número de animais. Assim, as estratégias mais utilizadas para sincronizar o início
da nova onda folicular são hormonais, o GnRH e o estradiol associado a
progesterona.
O GnRH age diretamente na hipófise, induzindo a liberação de hormônio
folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). Em torno de 30 minutos
após sua administração, ocorre pico de LH e 24 a 32 horas após a ocorre a
ovulação do folículo dominante. Quando o GnRH é utilizado para sincronizar a
nova onda folicular, o período de tempo a ser considerado para início da nova
onda é de aproximadamente 2 dias (Pursley, 1995).
8
No entanto, a capacidade do GnRH em iniciar uma onda folicular é limitada
(vacas de corte - 66%, Geary et. al., 2000, vacas de leite - 64% de ovulação,
Vasconcelos et. al., 1999), principalmente em novilhas (56%, Pursley et al, 1995).
A falha na ovulação ao primeiro GnRH resulta em variação no diâmetro do folículo
dominante no momento da indução do pico de LH nos protocolos de IATF,
podendo comprometer a taxa de sincronização (Santos et. al., 2003) e/ou
concepção/prenhez (Perry et. al., 2004).
Quanto a utilização o estradiol (E
2
) associado a P
4
, Burke et. al, 1996,
relataram que em vacas ovariectomizadas, a P
4
inibiu por curto período a
secreção de LH (36h) e não teve efeito sobre a secreção de FSH. Entretanto, a
supressão de LH foi prolongada pela adição de BE ao início do tratamento com
CIDR
e neste caso a secreção de FSH também foi deprimida. Assim sendo, a
administração conjunta de P
4
e E
2
promove supressão de LH e FSH e
provavelmente resulta em atresia independentemente da idade ou diâmetro
folicular, promovendo início sincronizado de uma nova onda (Burke et al., 2001,
Bó et al., 2003).
O tempo entre a administração de estradiol e o início da nova onda varia
principalmente de acordo com a fonte e dose de estradiol utilizadas, sendo este
um fator importante a ser considerado quando se avalia a resposta obtida com a
utilização de certos protocolos (Burke et al., 2002). A modificação do momento do
início da nova onda pode alterar a porcentagem de sucesso de sincronização do
protocolo e/ou algumas características do folículo ovulatório e consequentemente
a taxa de concepção/prenhez (Bridges e Day, 2006).
9
Seja por falha na resposta ao GnRH ou pela variação no início da nova
onda nos tratamentos com E
2
associado P
4
, pode-se ao final dos tratamento
induzir folículos de tamanho, maturidade, e capacidade esteroidogênica variáveis
(Perry et. al., 2004; Vasconcelos, 1999, Day, 2005). O controle adequado do
desenvolvimento folicular minimiza a ovulação de folículos imaturos ou
persistentes e além disso influencia na porcentagem de animais efetivamente
sincronizados.
Protocolos que utilizam GnRH, PGF2α com ou sem a adição de progesterona
O primeiro protocolo de IATF desenvolvido para vacas de leite foi
denominado “Ovsynch” (Pursley, 1995). Este tratamento utiliza GnRH e PGF2α
para sincronizar a ovulação. A primeira aplicação de GnRH tem o objetivo de
sincronizar o desenvolvimento folicular, 7 dias após é administrada PGF2α para
induzir luteólise e 2 dias após GnRH para sincronizar ovulação com IATF 8 a 16
horas após o GnRH (Ovsynch). Posteriormente, foi feita uma modificação neste
protocolo, que manteve a concepção e facilitou o manejo, com a IATF no
momento da segunda aplicação de GnRH (Co-synch) (Geary et. al., 2001 vacas
de corte: 58 vs 57%; Purlsey et al., 1998, vacas de leite: 37 vs 45%).
Em novilhas, a taxa de concepção em protocolos com GnRH e PGF2α são
menores do que o ideal, de 38,9% para animais Bos taurus (revisado por Day,
2005a) e entre 21 e 43% em Bos indicus (revisado por et. al., 2003). Dados da
literatura sugerem que novilhas têm menor resposta ao primeiro GnRH do
tratamento, por possuírem maior proporção 3 ondas foliculares, resultando em
menor taxa de sincronização ao protocolo (menor resposta ao primeiro GnRH
56%, Pursley et al, 1995).
A relação positiva entre a resposta ao primeiro GnRH e a taxa de prenhez
foi relatada em vacas de leite (ovulação ao primeiro GnRH e taxa de prenhez -
sim: 29,9%, 49/164 vs não: 19,3%, 34/176, Santos et al, 2003 e sim: 92%, não:
79%, Vasconcelos et al., 1999) e foi sugerido que, a não ovulação ao primeiro
GnRH alterou a taxa de prenhez apenas por influenciar a taxa de sincronização
10
(87,2%, 143/164 63,4%, 112/176), não alterando a taxa de concepção dos animais
efetivamente sincronizados (Santos et al, 2003).
Outro fator limitante destes protocolos é a alta incidência de estro antes da
IATF, que pode ser um indicativo da baixa taxa de ovulação ao primeiro GnRH
(estro antecipado Williams et. al., 2002, 28,9%; Roy et. al., 1996, 17,3%). A
inseminação das novilhas apresentando estro antes da segunda injeção de GnRH,
aumentou as taxas de prenhez de 42,4 para 57,5% (Williams et. al., 2002).
Uma alternativa simples que visa prevenir ovulações antecipadas é a
utilização de um dispositivo de P
4
durante o protocolo. Em novilhas cruzadas
simental, o CIDR mantido entre o dia 0 e 7 do protocolo aumentou a taxa de
prenhez a IATF de 39% (9/23) para 68% (17/25), e o aumento foi justificado pelos
autores por provável maior taxa de sincronização (Martinez et. al, 2002a).
Um grande estudo foi realizado em 12 diferentes locais dos EUA
comparando protocolos com GnRH, PGF2α e CIDR para IATF e observação de
estro + IATF em 2.077 novilhas de corte. Os resultados de prenhez foram: CIDR+
PGF2α+OBS CIO+IATF (GnRH) 84h: 54,5%, GnRH + CIDR+ PGF2α + OBS CIO
+ IATF (GnRH) 84h: 57,3%, CIDR+ PGF2α+ IATF (GnRH) 60h: 49,1% e GnRH +
CIDR+ PGF2α+ IATF (GnRH) 60h: 53,1%. Os autores relataram que os resultados
não diferiram estatisticamente, no entanto foram mais consistentes nas diversas
localidades na abordagem GnRH+CIDR+PGF2α+OBS CIO+ IATF (GnRH) 84h
(Larson et. al., 2004).
A substituição do segundo GnRH (estímulo ovulatório) por BE com IATF 30
a 34 h após, não aumentou a taxa de prenhez em novilhas Nelore (33%, Barros et.
al., 1998).
De acordo com os dados acima os protocolos que utilizam GnRH para
controlar o desenvolvimento folicular, tem menor resultado em novilhas. O
dispositivo intravaginal de P
4
(CIDR) é uma ferramenta interessante para
aumentar o sucesso destes protocolos e a observação de cio por curto período de
tempo aliada a estes tratamentos tornou os resultados mais consistentes.
11
Protocolos que utilizam estradiol e progesterona
Foi demonstrado que o estradiol é eficiente em sincronizar a onda folicular
(Burke, 1996 e Burke, 2001) e a ovulação (Bó et. al., 1994) quando administrado
em associação com progesterona/progestágenos.
A substituição do GnRH para controle folicular e/ou estímulo ovulatório pelo
estradiol em programas com CIDR foi avaliada. Foi relatada maior taxa de estro e
prenhez em novilhas que receberam benzoato de estradiol para sincronizar a onda
e a ovulação (estro 100%, 41/41, prenhez 76%, 31/41) quando comparadas a
novilhas que receberam GnRH (estro 55%, 23/42, prenhez 48%, 20/42) e ao
controle (CIDR + PGF2α - estro 83%, 35/42, prenhez 38%, 16/38, Martinez et al.,
2000). Com a utilização de cipionato de estradiol (ECP; estudo com 1906
novilhas), maiores taxas de prenhez (IATF + Touro) foram relatadas em novilhas
de corte tratadas com CIDR 9 dias e com ECP na sincronização de onda e
ovulação (24h pós CIDR) (9 d 84,6%) e com o Protocolo Co-synch com a PGF
2α
administrada nos dias 6 ou 7 (d7: 89,0% e d6: 87,7%) quando comparadas a
novilhas sincronizadas com CIDR por 7 d e ECP na sincronização de onda e
ovulação (24h pós CIDR); Stutts et. al., 2004). No entanto quando avaliada a taxa
de concepção a IATF todos os tratamentos diferiram entre si (CIDR (9 d) + ECP:
32,4%, CIDR (7d) + ECP: 19,6%, Cosynch e PGF d 7: 43,2% e Cosynch + PGF2α
d 6: 50,4%), sendo que a maior taxa concepção foi no grupo Cosynch + PGF2α d
6 (Stutts et. al., 2004). Outro estudo (979 novilhas) relatou taxas de prenhez
similares para novilhas tratadas com Co-synch + CIDR (56%) e ECP + CIDR 7 d +
PGF2α + ECP (57%), além de melhor taxa de prenhez quando o ECP foi utilizado
como estímulo ovulatório 24 h após a retirada do CIDR (ECP 0h-52%, ECP 24h-
65% e Co-synch-51%, Colazo et. al., 2002), ou seja, quando o período entre a
retirada do dispositivo de P
4
e a estímulo ovulatório foi maior (ou seja maior tempo
de proestro), a taxa de prenhez aumentou.
Outra alternativa utilizada em protocolos com CIDR e BE para aumentar a
taxa de prenhez a IATF foi a utilização de gonadotrofina coriônica equina (eCG) no
momento da retirada do dispositivo de P
4
. Marques et. al, 2005, relataram maiores
12
taxas de prenhez quando o eCG foi incorporado a um protocolo com CIDR e BE
(sem eCG:15,7%, 31/197, com eCG: 34,9%, 68/195) em novilhas Bos indicus.
Ainda assim a taxa de prenhez foi baixa quando comparada a programas que
utilizam observação de estro, mas neste estudo não foram relatadas as taxas de
concepção.
Quanto a reutilização de dispositivo intravaginal de P
4
, foi relatada maior
taxa de prenhez para o dispositivo intravaginal de P
4
, DIV-B
(1,0 g de P
4
,
Syntex), previamente utilizado, quando comparado ao mesmo dispositivo sem
utilização prévia (59,7%, 114/191 vs 49,5%, 99/200) em vacas cruzadas Bos
indicus X Bos taurus (apud et al., 2003). Embora o diâmetro do FD não tenha
sido avaliado neste experimento, os autores sugeriram que, o ambiente de menor
concentração de progesterona e consequentemente maior pulsatilidade de LH,
pode ter influenciado positivamente o diâmetro folicular. O diâmetro folicular pode
atuar no aumento da capacidade ovulatória (Burke et al., 2001) e no diâmetro do
CL subsequente aumentando a concentração sérica de P
4
(Vasconcelos et al,
1999) e consequentemente a fertilidade. Mantovani et al., 2005, encontraram que
maiores concentrações plasmáticas de progesterona, advindas de dispositivos
sem utilização prévia quando comparados a dispositivos usados, promoveram
redução do diâmetro folicular e tendência a redução da taxa ovulatória.
Em contraste, Colazo et al. (2004), observaram menor taxa de prenhez em
novilhas sincronizadas com dispositivo intravaginal de P
4
(CIDR
) previamente
utilizado por 14 dias, quando comparado ao mesmo dispositivo previamente
utilizado por 7 dias em gado cruzado (P < 0,3; 48,4%, 88/182 vs 62,%, 113/181).
No entanto, a ciclicidade não foi avaliada e no caso da presença de CL, a
concentração de progesterona pode não ter diferido entre os grupos. A razão da
menor taxa de prenhez não foi discutida
Outro protocolo utilizado tem como base um progestágeno, o norgestomet
(3 mg, Crestar ou 6 mg, Syncromate-B-Merial
), aplicado na forma de um implante
auricular subcutâneo de silicone (Crestar, Intervet), colocado no animal por um
período de 9 dias. No momento da inserção uma injeção de 5 mg de valerato de
estradiol (VE) mais 3 mg de norgestomet é administrada. Vacas e novilhas são
13
inseminadas 12 h após a observação de estro ou IATF 48 h em novilhas e 56 h
em vacas após a remoção do implante (Bó et. al., 2003).
Os resultados em novilhas Bos indicus são bastante variáveis. Na utilização
deste protocolo em novilhas cruzadas Brahman, 25% destas falharam em
demonstrar estro até 48 h após a retirada do implante ou em promover a onda pré-
ovulatória de LH até 12 h após o início do estro, levando a estro sem ovulação e
baixas taxas de concepção (Mikeska e Williams, 1998). Foi sugerido que, a baixa
fertilidade relacionada a este programa pode estar relacionada a concentrações
excessivamente altas de estradiol, promovidas pela administração de VE durante
o tratamento e antes da ovulação, que possivelmente atrasou o momento do início
da nova onda folicular (Cavalieri et. al., 1997). O estradiol em altas concentrações
poderia induzir supressão prolongada do crescimento folicular (Bó et. al., 1993).
Em outro experimento foi relatada maior taxa de prenhez em novilhas
cruzadas Bos indicus x Bos taurus, inseminadas em tempo fixo (54 h) quando a
injeção inicial de VE + P
4
foi substituída por uma aplicação de BE, que tem menor
período de ação (BE + P
4
: 38,9% (37/95) vs VE + P
4
: 29,9% (25/93), P < 0,06,
apud, Bó et al., 2003).
Quando o eCG foi adicionado ao protocolo Crestar (com BE) no momento
da retirada do implante, com o objetivo de estimular o crescimento folicular
observou-se aumentou da taxa de sincronização (s/ eCG: 67,8%, 59/87 vs com
eCG: 86,7%, 78/90), promovendo aumento da taxa de prenhez (s/ eCG: 36,8%,
32/87 vs com eCG: 50%, 45/90), sem alterar a concepção dos animais
efetivamente sincronizados (s/ eCG: 54,2%, 32/.59 vs com eCG: 57,7%, 45/78; Sá
Filho et. al., 2005). Os efeitos do eCG foram relacionados a provável maior
sincronia do estro, ovulação e onda pré-ovulatória de LH (Sá Filho et. al., 2005,
Cavalieri, 1997).
Efeito da maturidade folicular na taxa de concepção em protocolos de IATF
No desenvolvimento de protocolos, existe preocupação em evitar a indução
da ovulação de folículos imaturos ou persistentes.
14
Para estudar a influência da ovulação de folículos imaturos, (Mussard et.
al., 2002, 2003 e Bridges et. al., 2004), foi desenvolvido um modelo que controla a
idade, tamanho e duração do proestro (intervalo da regressão do CL até o pico de
LH). Ao induzir a ovulação de um folículo imaturo de 10 mm e de menor idade
quando comparado ao de animais que ovularam espontaneamente, foram
observadas menor taxa de concepção (folículos de 10 mm: 75,9% (22/29)
ovulação espontânea: 100% (24/24)) e menor concentração de progesterona (d
12) no ciclo subseqüente (folículos de 10 mm: 5,4 ± 0,2 e ovulação espontânea:
6,2 ± 0,3, Mussard et. al., 2002). Concluiu-se que a taxa de concepção e a função
lútea estão comprometidas quando a ovulação de folículos imaturos é induzida.
A relação entre o diâmetro folicular e a concepção também foi relatada por
Perry et. al. (2004), que observaram efeito quadrático do diâmetro do FD na
concepção, sendo que a variação de diâmetro considerada ótima foi de 11,5 a 16
mm. No protocolo utilizado (Co-synch), a indução de ovulação de folículos
menores foi o maior problema. Quarenta e sete porcento dos animais ovulados
tinham folículos pequenos e 3% tinham folículos maiores.
Ao comparar a função lútea e a taxa de concepção de folículos grandes e
maduros (13 mm) e folículos pequenos e imaturos (10 mm), amBos induzidos a
ovular com GnRH, observou-se menor taxa de concepção (4,4% (2/45) vs 57,4%
(31/54) e concentrações de progesterona na fase lútea média reduzidas nas
novilhas do grupo GnRH10 (4,9 ± 0,2 vs 5,5 ± 0,2 ng/ml). A modificação do
momento da injeção de GnRH, resultou em diminuição do folículo ovulatório (11,2
± 0,2 vs 13,6 ± 0,2mm), idade do folículo dominante (5,4 ± 0,1 vs 6,6 ± 0,1 dias) e
da duração do proestro (1,0 ± 0,1 vs 2,2 ± 0,1 dias) para folículos induzidos a
ovular com 10 mm comparados a folículos de 13 mm (Mussard et. al, 2003).
O momento da aplicação da PGF2α, pode alterar o diâmetro folicular no
momento da indução da ovulação nos protocolos de IATF e parece ter influência
importante nos resultados em novilhas. Filho et. al. (2003), relataram que em
um lote de novilhas cruzadas Bos indicus x Bos taurus com provável alta
porcentagem de animais ciclando, quando a injeção de PGF2α foi antecipada
para o dia 7, no protocolo BE + CIDR (9 d) + PGF (d7 ou 9) + BE as novilhas
15
tenderam a apresentar maior taxa de concepção, quando comparadas a novilhas
que receberam PGF2α no dia 9, momento da retirada do CIDR (d7: 64%, 11/17)
vs d9: 39,9% (7/18). Os autores sugeriram que, após a luteólise, a P
4
subluteal
proveniente do CIDR
, permitiu o aumento da pulsatilidade de LH, levando ao
provável aumento no diâmetro do folículo dominante, e subsequente CL, o que
não aconteceu nos animais do grupo que receberam PGF2α no dia 9 e
mantiveram o CL até o momento da retirada do CIDR
, havendo assim mudanças
na taxa de concepção relativas ao folículo dominante induzido a ovular.
Nos experimentos citados acima o diâmetro do folículo ovulatório
influenciou consideravelmente a concepção subsequente, no entanto, outras
variáveis foliculares também foram modificadas, como, a idade do folículo, e a
duração do proestro (intervalo entre a injeção de PGF2α e a de GnRH). Ao avaliar
os resultados em conjunto, Day (2005b) e Day and Bridges (2006) relataram que,
a taxa de concepção parece estar mais estreitamente relacionada à duração do
proestro do folículo ovulatório do que propriamente do diâmetro do mesmo (Tabela
2).
Para avaliar a taxa de concepção de folículos com diâmetro constante e
variação de tempo de proestro, desenvolveu-se um modelo experimental.
Sincronizou-se o estro e aspirou-se os folículos para reinício de onda folicular (6
d), em seguida, as novilhas foram divididas em dois grupos, os que receberam
PGF2α 4,5 (n=40) ou 5,5 dias (n=38) após a aspiração folicular e todas receberam
GnRH 6,75 dias após a aspiração sendo inseminados após 12 horas, tendo assim
proestro longo (PL), de 2,25 dias e curto (PC) de 1,25 dias. O diâmetro folicular foi
similar entre os grupos (PC: 12,9 ± 0,2 vs PL: 12,6 ± 0,2 mm). No grupo PC foi
maior a incidência de ciclos estrais curtos (74% vs 30%). No entanto para os
animais com ciclos estrais de duração normal a taxa de concepção (PC: 10%, 1/10
vs PL: 70%, 20/28) e a concentração sérica de progesterona no dia 12 do ciclo
subsequente foram menores (PC: 2,8 ± 0,4 vs PL: 4,3 ± 0,4 ng/ml). Estes
resultados confirmaram que independentemente do diâmetro folicular, quando a
duração do proestro foi reduzida, a taxa de concepção e a concentração sérica de
P
4
no ciclo subsequente diminuiram (Day, 2005b).
16
Quanto a relação entre a ovulação de folículos imaturos e o ambiente
uterino, Filho et. al, 2004 relataram tendência a maior taxa de concepção em
animais que receberam embriões em tempo fixo (TETF) sincronizados com CIDR
+ BE, PGF2α e BE, para o grupo que recebeu PGF2α dia 7 (PGF2α d7: 35%,
29/83 do que o que recebeu PGF d9: 20%, 14/70, P = 0,12) e maior concentração
de progesterona no dia 7 pós-ovulação para o mesmo grupo (PGF2α d7: 2,78 ±
0,24 vs PGF d9: 2,15 ± 0,24 ng/ml, P = 0,06), sem alterar o diâmetro do folículo
ovulatório, a taxa de sincronização e o diâmetro do CL subseqüente.
Foi relatada menor taxa de prenhez (8,3%, 1/12 vs 66,7%, 8/12), tempo
entre o início do tratamento a ovulação (6,8 ± 0,1 vs 7,8 ± 0,2 dias), diâmetro
folicular (11,1 ± 0,2 vs 13,7 ± 0,2 mm) e concentração sérica de P
4
no dia 12 do
ciclo subsequente (3,4 ± 0,4 vs 5,6 ± 0,3 ng/ml) para o grupo em que folículos de
10 mm quando comparado a folículos de 13 mm induzidos a ovular com GnRH
(apud Day, 2005b). Os autores sugeriram que a indução prematura da ovulação
pode interferir na sequência normal das alterações pré-ovulatórias de estradiol e
gonadotropinas, sendo possível que esta interrupção altere o ambiente uterino no
suporte adequado a gestação, e a competência do oócito, fertilização ou
mortalidade embrionária precoce, relacionadas à proveniência oocitária, podem
não ter sido o mecanismo principal responsável pela redução na fertilidade
associada com a ovulação de pequenos folículos ovarianos (apud Day, 2005b).
17
TABELA 2: Resumo dos resultados de 4 experimentos realizados em novilhas
Bos taurus. A taxa de concepção incluiu apenas animais que tiveram
ciclo estral subsequente ao tratamento de duração normal.
Experimentos (Exp) 1: Mussard et al. (2002); Exp 2: Mussard et al.
(2003); Exp 3: Mussard et al. (2003). Exp 4: apud Day (2005b)
(adaptado de Day, 2005b).
Tratamento
Exp Taxa de
Concepção
(%) (n)
Duração
Proestro
(dias)
FD
(mm)
Idade
FD
(dias)
[P
4
d
12
] pós-
ovulação
(ng/ml)
GnRH 10 2 IA 4,4 (2/45)
1,0 ± 0,1
11,1 ± 0,2
5,4
4,9 ± 0,2
GnRH 10 3 TE 8,3 (1/12)
1,0 ± 0,1
11,1 ± 0,2
5,1
3,4 ± 0,4
GnRH PEC 4 IA 10 (1/10) 1,25
12,6 ± 0,2
5,25
2,8 ± 0,4
GnRH 13 2 IA 57,4 (31/54)
2,2 ± 0,1
13,6 ± 0,2
6,6
5,5 ± 0,2
GnRH 13 3 TE 66,7 (8/12)
2,0 ± 0,1
13,7 ± 0,2
6,1
5,6 ± 0,3
GnRH PEL 4 IA 71 (20/28) 2,25
12,9 ± 0,2
5,25
4,3 ± 0,4
GnRH 10 1 IA 75,9 (22/29)
3,3 ± 0,1
10,7 ± 0,1
5,1
5,4 ± 0,2
ESPONTÂNEA 1 IA 100 (24/24)
4,7 ± 0,3
12,0 ± 0,3
6,0
6,2 ± 0,3
Na tentativa de caracterizar quais seriam as alterações hormonais
responsáveis pela diferença observada na fertilidade, Bridges et al. (2004)
avaliaram o estradiol pré-ovulatório, a amplitude e duração do pico de LH induzido
pelo GnRH, e as concentrações de progesterona circulantes no ciclo estral
subsequente. O pico de LH foi similar entre os tratamentos. A incidência de ciclos
curtos tendeu a ser maior e as concentrações de progesterona no ciclo estral
subsequente tenderam a ser menores no tratamento de proestro curto vs longo. O
estradiol no período pré-ovulatório foi maior quando o proestro foi longo, durante
as 32 horas que antecederam a administração de GnRH. Ao avaliarem a taxa de
concepção de acordo com o estradiol pré-ovulatório independente do tratamento
os autores encontraram concepção de 88,9% para animais com estradiol > 10
pg/ml e 14,3% para animais com estradiol < 10 pg/ml.
18
De acordo com a literatura citada (Mussard et. al., 2002, 2003 e Bridges et.
al., 2004, Day, 2005b e Day e Bridges, 2006) a concepção está mais relacionada a
capacidade esteroidogênica do folículo dominante durante o proestro e do CL
resultante, influenciados positivamente pela maior duração do proestro, do que do
diâmetro ou idade do folículo no momento do pico de LH. Além disso, tendo em
vista os resultados do experimento que utilizou a transferência de embriões,
sugeriu-se que as alterações produzidas pela ovulação de folículos imaturos
(diminuição do estradiol pré-ovulatório e da progesterona na fase lútea média),
interferem na habilidade do útero em sustentar o embrião (alterando o ambiente
uterino), mais do que na incompetência do oócito ou mesmo falha de fertilização.
O ambiente uterino alterado poderia gerar falhas gestacionais diretamente por não
proporcionar um ambiente adequado para o embrião, levando a sua morte, ou
indiretamente, por não dar o suporte adequado ao crescimento embrionário, que
poderia levar a diminuição do tamanho do concepto e consequente falha no
processo de reconhecimento materno da gestação.
O estradiol pré ovulatório altera a morfologia do endométrio, como o
crescimento e desenvolvimento de células epiteliais glandulares e da luz do
endométrio, e a relação destas com a secreção de proteínas uterinas (Murray,
1992 e Johnson et al., 1997), e a responsividade uterina a outros sinais
endócrinos como a regulação da expressão de receptores de estradiol (relação
com duração do CL, Lamming e Mann, 1995, Bridges et al., 2004) e progesterona
no útero (relação com secreções endometriais glandulares adequadas e
sobrevivência embrionária) (Kimms e MacLaren, 2004, Robinson et al., 2001, Ing e
Zhang, 2004), e aumento do RNA menssageiro para o fator de crescimento
semelhante a insulina (IGF-1) no útero (Robinson et al., 2001) e oviduto
(Pushpakumara et al., 2002), relacionado com o desenvolvimento embrionário e a
fertilização (revisado por Day, 2006).
Em ovelhas ovariectomizadas, quando foram omitidas concentrações de
estradiol similares às presentes no estro, não foram recuperados embriões
normais e a síntese uterina de proteína foi reduzida (Miller e Moore, 1976a e b).
19
Os dados citados acima demonstraram uma relação positiva entre as
concentrações de progesterona na fase lútea média e concepção (Mussard et. al.,
2002, 2003 e Bridges et. al., 2004).
O IFNτ é o principal sinal liberado pelo embrião para o reconhecimento
materno da gestação (Godkin et al, 1982, Farin et al., 1990) e a capacidade de
produção de IFNτ está diretamente relacionado ao tamanho do embrião (Mann e
Lamming, 1999). Para o desenvolvimento do embrião, o histotrófo tem grande
importância pois é a única fonte de nutrição antes da placentação (Geisert et al.,
1988), que ocorre apenas em torno do dia 27 da gestação (King et al, 1980). A
suplementação com progesterona aumentou o tamanho e desenvolvimento
morfológico do concepto, a produção de IFNτ e a secreção de proteínas uterinas
(Garret et al., 1988), sendo portanto relacionada ao reconhecimento materno da
gestação (revisado por Day, 2006).
Desta maneira o estradiol programa o útero para o adequado
desenvolvimento do concepto e a progesterona coordena e controla a função
uterina para manutenção da gestação.
Quanto a indução da ovulação de folículos persistentes, são produzidos
quando da administração de progestina em níveis subluteais para inibir o estro e a
ovulação, se desenvolvendo quando estes tratamentos prolongam o ciclo estral e
são secretores de estradiol (concentrações plasmáticas elevadas; Sirous e
Fortune, 1990).
As causas da baixa fertilidade destes folículos, parecem estar relacionadas
ao desenvolvimento anormal de embriões (Ahmad et. al., 1995), devido a
maturação precoce dos oócitos (Mihm et. al., 1994, Revah e Buttler, 1996) e/ou a
alteração do ambiente do oviduto (Binelli et. al., 1999) e do útero (Mantovani et.
al., 2005).
Em oócitos provenientes dos folículos persistentes, foi observada a
retomada prematura da meiose (Mihm et. al., 1994), evidenciada pela antecipação
da quebra da vesícula germinativa (Revah e Buttler, 1996).
Embriões, provenientes de oócitos de FP apresentam atraso de
desenvolvimento em relação a embriões de oócitos de folículos normais [FN
20
(Taxas de clivagem - FP: 43% 2 a 8 células, 43% 9 a 15 células vs FN: 86% 16
células; Ahmad et. al., 1995)] , o que pode comprometer a taxa de concepção, que
é baixa para embriões provenientes de folículos persistentes.
Quanto a causas relacionadas ao útero para explicar a baixa fertilidade de
fêmeas que ovulam folículos persistentes, os resultados são controversos.
Mantovani et. al., 2005 encontraram menores taxas de concepção (38,9 e 37,1%
nos grupos com FP vs 59,1% no grupo controle) em animais que receberam
embriões (TE) 7 dias após a ovulação e sugeriram que pode ter sido induzida
regressão prematura do corpo lúteo. No entanto, Wehrman et. al, 1997 não
observaram diferenças na taxa de concepção a TE de animais que ovularam
folículos persistentes (submetidos a alta concentração de E
2
), sugerindo que as
causas da baixa fertilidade advinham do oócito, ou do ambiente do oviduto ou
mesmo uterino antes do dia 7 (Taxa de concepção: alto E
2
(FP) :31,1% vs baixo
E
2
: 36,2% e controle: 33,3%).
3. MATERIAL E MÉTODO
Local experimental e animais e tratamentos
Foram utilizadas 398 novilhas ciclando, com escore de condição corporal
de 3,1 ± 0,2 (escala de 1 a 5, Lowman et al., 1976), pertencentes a Fazenda Novo
Horizonte, situada no município de Coxim-MS. As novilhas foram mantidas a pasto
(Brachiaria humidícola) e sal mineral à vontade, divididas em dois lotes.
Foram consideradas ciclando e mantidas no experimento as novilhas que
possuiam um CL visível ao exame de ultrasson (US1) 7 dias antes do início do
tratamento (dia -7). Todos os animais foram sincronizados utilizando-se o seguinte
protocolo: dia 0, administração de BE (2 mg, i.m., Estrogin
, Farmavet, Brasil) e
inserção de um dispositivo intravaginal de P
4
(CIDR
, 1,9 g, Pfizer Saúde Animal,
Brasil), dia7, aplicação de prostaglandina F2α (12,5 mg, i.m., Lutalyse
- Pfizer
Saúde Animal, Brasil), dia 9, retirada do dispositivo de P
4
e aplicação de ECP (0,5
mg, i.m., ECP
- Pfizer Saúde Animal, Brasil). As novilhas foram divididas
21
aleatóreamente para receber dispositivos de P
4
sem utilização prévia (1° uso),
utilizados previamente por 9 dias (2° uso) ou por 18 dias (3° uso). A IATF foi
realizada 48 h após a retirada do dispositivo de P
4
. Utilizou-se partidas de sêmen
de um mesmo touro em todas as novilhas. No momento da IATF foi avaliado por
US (US 2) o diâmetro do maior folículo ( Fol) através da média dos diâmetros
horizontal e vertical. As novilhas que apresentaram ovários característicos de
reinício de crescimento folicular (diversos folículos de diâmetro 6 mm) neste
momento foram consideradas ovuladas antecipadamente. No dia 13 foi avaliada
por US (US 3) a ovulação dos animais e foram considerados ovuladas as novilhas
que apresentaram ovários característicos de reinício de crescimento folicular
(diversos folículos de diâmetro 6 mm) no dia 11 e novilhas cujos Fol
mensurados no dia 11 não estavam presentes na avaliação do dia 13. Foram
consideradas efetivamente sincronizadas apenas as novilhas cujos folículos
mensurados no dia 11 não estavam presentes na avaliação do dia 13. O
diagnóstico de gestação foi avaliado por ultrassonografia (US 4) 30 dias após a
IATF.
Esquematização do Protocolo:
d 0
Amostra 1
CIDR, 1°
°°
°, 2°
°°
° ou 3°
°°
° uso
d
-
7
US 1
d 7
Amostra 2
BE
(2 mg)
ECP
(0,5 mg)
PGF
2α
αα
α
(12,5 mg)
d 9
IATF
d 11
US 2
d 41
US 4
DG
d13
US 3
22
Exames Ultra-sonográficos
Os exames de US foram realizados com aparelho Aloka, modelo SSD-500,
com transdutor linear de 7,5 MHz, para avaliar a presença de CL das novilhas (US
1), o diâmetro do maior folículo (US 2), a taxa de ovulação/sincronização (US 3) e
o diagnóstico de gestação (US 4).
Colheita das amostras de sangue para dosagem de progesterona
As amostras de sangue foram colhidas nos dias 0, antes da inserção do
dispositivo intravaginal de P
4
, e 7 para dosagem de P
4
, na veia coccígea em tuBos
com vácuo sem anticoagulante (Vacutainer
). Após a colheita, o sangue foi
imediatamente colocado em gelo na posição vertical e até completar 24 h, mantido
em refrigerador a 4°C. As amostras foram centrifugadas a 1500 X g por 15
minutos a temperatura ambiente, para separação do soro. As amostras de soro
foram armazenadas em freezer a em torno de -20°C até a realização das
dosagens.
As amostras de P
4
no dia 0 e no dia 7 foram utilizadas para avaliar a
influência da concentração de P
4
nas taxas de ovulação, sincronização,
concepção dos animais efetivamente sincronizados e prenhez.
Dosagem da progesterona sérica
As concentrações de progesterona séricas foram determinadas nas
amostras de soro com o Kit de radioimunoensaio em fase sólida (Coat-a-count
-
Diagnostic Products Corporation, Los Angeles, CA, EUA).
Alíquotas de 100µl de soro ou de diluições da curva padrão foram
incubadas por três horas em temperatura ambiente (15 a 28°C) com 1 mL de P
4
marcada [I-125] em tuBos com anticorpo contra P
4
aderido à parede. Após a
incubação, foi removido todo o líquido dos tuBos, e cada tubo foi contado por um
minuto em contador gama.
23
As amostras foram processadas em dois ensaios, sendo processadas as
amostras de cada dia de coleta separadamente (ensaio 1 = amostras de P
4
dia 0 e
ensaio 2 = amostras de P
4
dia 7). A sensibilidade dos ensaios foi de 0,1 ng/ml. O
coeficiente de variação (CV) intraensaio foi 6,7% para o ensaio 1 e 8,5% para o
ensaio 2 e o CV interensaio foi 5,4%.
Análise Estatística
As variáveis dependentes contínuas foram analisadas pelo método dos
quadrados mínimos, utilizando-se o procedimento GLM do programa SAS. Para
cada variável os dados foram testados quanto à normalidade dos resíduos (teste
de Kolmogorov-Smirnov) e quanto à homogeneidade das variâncias (Teste Brow-
Forsyphe). A concentração plasmática de P
4
não obedeceu às premissas para a
análise de variância e sofreu transformação por log10. As demais variáveis
dependentes não sofreram transformação.
Para a análise da variável dependente máximo diâmetro folicular a IATF, foi
incluído no modelo o efeito do número de utilizações do dispositivo intravaginal de
P
4
, da concentração sérica de P
4
nos dias 0 e 7 do protocolo (como covariáveis),
do ECC e das interações entre tratamento e concentração sérica de progesterona
nos dias 0 e 7 do protocolo. A comparação das médias dos quadrados mínimos
desta variável dentro dos tratamentos foi feita através do teste de Tukey-Kramer.
A variável dependente concentração de progesterona no dia 7 foi analisada
após transformação logarítimica e foi incluído no modelo o efeito do número de
utilizações do dispositivo intravaginal de P
4
. A comparação das médias dos
quadrados mínimos desta variável dentro dos tratamentos foi feita através do teste
de Tukey-Kramer
As variáveis dependentes binomiais foram analisadas utilizando-se o
procedimento LOGISTIC do programa SAS. A comparação das dias ajustadas
para efeito de classes foi realizada pelo método de Bom-Ferroni.
Para a análise da variável taxa de ovulação (ou seja, todas as novilhas que
ovularam) foram incluídos no modelo o efeito do número de utilizações do
24
dispositivo intravaginal de P
4
, da concentração sérica de P
4
nos dias 0 e 7 do
protocolo (covariáveis), do ECC (covariável) e das interações entre os tratamentos
e a concentração de P
4
nos dias 0 e 7.
Para a análise da variável taxa de sincronização (ou seja, das novilhas que
ovularam entre a IATF e 48h após) foram incluídos no modelo o efeito do número
de utilizações do dispositivo intravaginal de P
4
, da concentração sérica de P
4
nos
dias 0 e 7 do protocolo (covariáveis), máximo diâmetro folicular a IATF
(covariável), do ECC (covariável) e das interações entre os tratamentos e a
concentração de P
4
nos dias 0 e 7.
Para a análise da variável taxa de concepção (novilhas efetivamente
sincronizadas, ou seja, que ovularam em até 48h após o momento da IATF) foram
incluídos no modelo o efeito do número de utilizações do dispositivo intravaginal
de P
4
, do inseminador, da concentração sérica de P
4
nos dias 0 e 7 do protocolo
(covariáveis), do máximo diâmetro folicular a IATF (covariável), do ECC foram
incluídos (covariável) e das interações entre o tratamento e a concentração sérica
de P
4
nos dias 0 e 7.
Quando observado efeito do máximo diâmetro folicular a IATF, este foi
dividido em 3 classes (Classe 1 : menores do que 8,5 mm; Classe 2: entre 8,5 e
10,0 mm; Classe 3: maiores do que 10,0 mm) previamente definidas por Gimenes
et al. (2007) em novilhas Nelore e o efeito da classe folicular foi avaliado com
comparação das médias de cada classe feita pelo método de Bom-Ferroni. No
entanto, a classe de folículos menores do que 8,5 mm nas novilhas sincronizadas
com dispositivo intravaginal de P
4
de 2° uso foi 0%. Assim, para a comparação
das médias das classes foliculares neste grupo de novilhas foi utilizado o teste
exato de Fisher pelo procedimento FREQ do programa SAS.
Para a análise da variável taxa de prenhez foram incluídos no modelo o
efeito do número de utilizações do dispositivo intravaginal de P
4
, o inseminador, da
concentração sérica de P
4
nos dias 0 e 7 do protocolo (covariáveis), do ECC
(covariável) e das interações entre o tratamento e a concentração de P
4
nos dias 0
e 7.
25
Foram considerados estatísticamente significantes valores de P < 0,05 e
tendências valores de P < 0,1.
Em todas as análises quando não foi observado efeito da interação e/ou
covariável, estes foram retirados do modelo.
4. RESULTADOS
Concentração de Progesterona no dia 7
A concentração de progesterona no dia 7 foi influenciada pelo número de
utilizações do CIDR e foi maior (P < 0,05) no 1° uso (2,4 ± 1,1 ng/ml) do que no 2°
uso (2,0 ± 1,0 ng/ml) e no 3° uso (1,7 ± 1,1 ng/ml) e o 2° tendeu a ser maior que o
3° uso (P < 0,1).
Máximo diâmetro folicular a IATF
O máximo diâmetro folicular a IATF foi influenciado pela concentração
sérica de P
4
no início do protocolo de forma positiva (P < 0,05, Figura 1), e pelo
número de utilizações do dispositivo intravaginal de P
4
. O efeito detectado do
número de utilizações do dispositivo intravaginal de P
4
revelou que as novilhas
tratadas com dispositivos de 1° uso apresentaram folículos menores (10,0 ± 0,19
mm, n = 121) quando comparados aos animais tratados com dispositivos de 3°
uso (11,0 ± 0,21 mm, n = 109) e os folículos das novilhas tratadas com
dispositivos de 2° uso (10,6 ± 0,20 mm, n = 106) não diferiram dos demais.
Não foi detectado efeito da concentração sérica de P
4
no dia 7, do escore
de condição corporal e da interação entre número de utilizações do dispositivo
intravaginal de P
4
e concentrações séricas de progestenona no dia 0 e dia 7.
26
FIGURA 1: Máximo diâmetro folicular a IATF de acordo com a concentração de
progesterona no dia 0 do protocolo de sincronização da ovulação (P <
0,05). Botucatu - SP, 2007.
Taxa de Ovulação
Não foi detectado efeito das variáveis avaliadas na taxa de ovulação que foi
73,6% (1° uso: 70,5%, 103/146, 2° uso: 72,7%, 93/128, e 3° uso: 78,2%, 97/124).
Nestas porcentagens estão incluídas 15,6% das novilhas tratadas que
anteciparam a ovulação (62/398) e apresentaram taxa de prenhez de 6,4% (4/62).
A taxa de prenhez das novilhas que ovularam entre o momento da IATF e 48 h
após foi 29,5% (99/336).
Taxa de Sincronização
A taxa de sincronização das novilhas efeitivamente sincronizadas (ou seja,
que ovularam a partir do momento da IATF até 48 h após), foi de 68,7% (231/336).
Foi detectada influencia linear positiva (P < 0,05) e tendência de influência
quadrática (P < 0,1) do Máximo diâmetro folicular a IATF (Figura 2) na taxa de
sincronização.
Na taxa de sinronização, não foi detectado efeito do número de utilizações
do dispositivo de P
4
(1° uso: 64,5%, 78/121, 2° uso: 67,9%, 74/109 e 3° uso:
9
9,5
10
10,5
11
11,5
0,25 1,5 2,75 4 5,25 6,5 7,75 9
concentração sérica de progesterona no dia 0 (ng/ml)
Máximo diâmetro folicular a IATF
(mm)
27
74,5%, 79/106), das concentrações séricas de P
4
nos dias 0 e 7 do protocolo de
sincronização da ovulação, nem da interação destas com o número de utilizações
do dispositivo de P
4
.
FIGURA 2: Probabilidade de sincronização de acordo com o máximo diâmetro
folicular a IATF do protocolo de sincronização da ovulação (P < 0,05).
Botucatu - SP, 2007.
A classe do máximo diâmetro folicular a IATF influenciou a taxa de
sincronização (Tabela 3).
Taxa de Concepção
A taxa de concepção das novilhas sincronizadas, tendeu a ser influenciada
pelo número de utilizações do dispositivo intravaginal de P
4
(P < 0,1) e pela
concentração sérica de progesterona no dia 0 do protocolo de sincronização da
ovulação de forma positiva (Figura 3, P < 0,1), foi influenciada de forma linear
positiva e tendeu a ser influenciada de forma quadrática pelo máximo diâmetro
folicular a IATF (Figura 4, P < 0,05).
O efeito detectado do número de utilizações do dispositivo intravaginal de
P
4
(P < 0,1) revelou que as novilhas tratadas com dispositivos de 1° uso (37,2%,
29/78) e de 2° uso (37,8%, 28/74) tenderam (P < 0,1) a apresentar menor taxa de
0
20
40
60
80
100
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Máximo diâmetro foliculat a IATF (mm)
Probabilidade de sincronização (%)
28
concepção quando comparadas as novilhas que receberam dispositivos de 3° uso
(53,2%, 42/79).
Não foi detectado efeito da concentração sérica de progesterona no dia 7
do protocolo de sincronização, do escore de condição corporal e das interações
entre o número de utilizações do dispositivo intravaginal de P
4
e as concentrações
séricas de progestenona no dia 0 e dia 7.
FIGURA 3: Probabilidade de concepção das novilhas sincronizadas ao protocolo
de acordo com o a concentração sérica de progesterona no dia 0 do
protocolo de sincronização da ovulação. (P < 0,1). Botucatu - SP,
2007.
FIGURA 4: Taxa de concepção das novilhas sincronizadas ao protocolo de acordo
com o máximo diâmetro folicular a IATF. (P < 0,05). Botucatu - SP,
2007.
0
20
40
60
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
Máximo diâmetro folicular a IATF (mm)
Probabilidade de Concepção (%)
0
20
40
60
0.25
1.5
2.75
4
5.25
6.5
7.75
9
Concentração sérica de progesterona no dia 0 (ng/ml)
Probabilidade de concepção (%)
29
A classe do máximo diâmetro folicular a IATF também influenciou a taxa de
concepção (Tabela 2).
TABELA 2: Taxa de sincronização e concepção das novilhas tratadas com
protocolo de sincronização da ovulação de acordo com a classe de
diâmetro folicular no momento da IATF. Botucatu - SP, 2007.
Classe do máximo
diâmetro folicular
a IATF
Classe 1
< 8,5 mm
Classe 2
8,5mm a 10,0mm
Classe 3
> 10,0 mm
Valores de P
Contrastes
Taxa de
Sincronização (%)
28,2 (20/71)
62,5 (70/112)
92,2 (141/153)
Média
Fol (mm)
7,7 9,6 12,6
1: < 0,0001
2: < 0,0001
3: < 0,0001
Taxa de
Concepção (%)
15,0 (3/20)
32,9 (23/70)
51,8 (73/141)
Média
Fol (mm)
7,7 9,7 12,7
1: < 0,168
2: < 0,015
3: < 0,033
Classe do méximo diâmetro folicular = classe do maior diâmetro folicular no momento da IATF de acordo com o
diâmetro.
Média Fol = média do diâmetro folicular referente a cada classe folicular
Contraste 1: Classe 1 vs Classe 2; Contraste 2: Classe 1 vc Classe 3; Contraste 3: Classe 2 vs Classe 3.
As mesmas classes foliculares foram analisadas separadamente em cada
tratamento, 1°, 2° e 3° usos do dispositivo intravaginal de P
4
, e influenciaram a
taxa de concepção (Tabela 4).
TABELA 3: Taxa de concepção das novilhas sincronizadas ao protocolo de acordo
com a classe de diâmetro folicular no momento da IATF por número de
utilizações do CIDR. Botucatu - SP, 2007.
Concepção nos usos
do CIDR
Classe 1
< 8,5 mm
Classe 2
8,5mm a 10,0mm
Classe 3
> 10,0 mm
Valores de P
Contrastes
1°
°°
° uso (%)
9,1 (1/11) 24,0 (6/25) 52,4 (22/42)
Média
Fol (mm)
7,7
9,5
12,4
1: 0,1834
2: 0,0181
3: 0,0485
2°
°°
° uso (%)
0 (0/4) 21,7 (5/23) 48,9 (23/47)
Média
Fol (mm)
7,6
9,5
12,7
1: 0,4148
2: 0,01819
3: 0,0194
3°
°°
° uso (%)
40,0 (2/5) 54,5 (12/22) 53,8 (28/52)
Média
Fol (mm)
7,7
9,7
12,7
1: 0,5583
2: 0,5923
3: 0,8662
Classe do méximo diâmetro folicular = classe do maior diâmetro folicular no momento da IATF de acordo
com o diâmetro.
Média Fol = média do diâmetro folicular referente a cada classe folicular
Contraste 1: Classe 1 vs Classe 2; Contraste 2: Classe 1 vc Classe 3; Contraste 3: Classe 2 vs Classe 3.
30
Taxa de Prenhez
A taxa de prenhez foi influenciada pelo número de utilizações do dispositivo
intravaginal de P
4
(P < 0,05) e pela concentração sérica de progesterona no dia 0
do protocolo de sincronização da ovulação de forma linear positiva (Figura 5, P <
0,05). O efeito detectado do número de utilizações do dispositivo intravaginal de
P
4
sobre a taxa de prenhez revelou que as novilhas tratadas com dispositivos de
1° uso (20,5%, 30/146) e de 2° uso (22,7%, 29/128) apresentaram taxas de
prenhez menores quando comparados aos animais tratados com dispositivos de
3° uso (35,5%, 44/124).
FIGURA 5: Probabilidade de prenhez das novilhas sincronizadas ao protocolo de
acordo com o a concentração sérica de progesterona no dia 0 do
protocolo de sincronização da ovulação. (P < 0,05). Botucatu - SP,
2007.
5. DISCUSSÃO
O máximo diâmetro folicular a IATF não pôde ser avaliado nas novilhas que
anteciparam a ovulação (62 novilhas, 1° uso CIDR: 25 novilhas, 2° uso CIDR: 19
novilhas, 1° uso CIDR: 18 novilhas), por este motivo, a discussão dos parâmetros
diâmetro folicular, taxa de sincronização e taxa de concepção das novilhas
0
10
20
30
40
0,25 1,5 2,75 4 5,25 6,5 7,75 9
Concentração de progesterona no dia 0 (ng/ml)
Probabilidade de prenhez (%)
31
efetivamente sincronizadas, excluiu estas novilhas, no entanto, elas foram
incluídas na taxa de prenhez.
Novilhas com maior concentração sérica de progesterona no dia 0 (início do
protocolo) e novilhas tratadas com dispositivo intravaginal de P
4
de 3° uso (menor
progesterona) apresentaram maior diâmetro folicular a IATF. Apesar destas
influências serem aparentemente contraditórias, sugere-se que o maior diâmetro
folicular, nestes dois casos, possa ser atribuído a menor concentração de P
4
circulante, considerando-se a concentração de P
4
no final do tratamento.
No caso da concentração de P
4
no dia 0, quando a concentração de P
4
endógena é maior no início do protocolo de sincronização da ovulação (dias 6 a 15
do ciclo estral) ela é na maioria dos casos menor no final do mesmo (dia 14 em
diante do ciclo estral). Desta maneira, a menor concentração de P
4,
possivelmente
aumentou da frequência dos pulsos de LH, sendo este o fator responsável pelo
aumento no diâmetro folicular, atuando desde o momento da luteólise espontânea
no grupo de novilhas que regrediu o CL durante o protocolo.
Não foi detectado efeito das concentrações séricas de progesterona no dia
7 do protocolo de sincronização da ovulação no máximo diâmetro folicular a IATF,
porém, foi detectado efeito do número de utilizações do dispositivo de P
4
, logo,
após a luteólise induzida no dia 7, as concentrações de progesterona restantes
provenientes apenas do dispositivo intravaginal de P
4
, possivelmente foram
capazes de influenciar a pulsatilidade de LH.
Nas novilhas tratadas com dispositivos de P
4
de 3° uso, de acordo com
SANTOS et. al. (2004), no vigésimo quinto dia de utilização do CIDR, a
concentração sérica de P
4
possivelmente atingiu nível inferior a 1 ng/ml. Assim, os
dispositivos de 3° uso, a partir do dia 7 do protocolo possivelmente geraram
concentrações séricas de P
4
menores que 1 ng/ml, estimulando o aumento da
pulsatilidade do LH, e consequentemente do aumentando o diâmetro folicular
neste grupo em relação as novilhas tratadas com dispositivos de P
4
de 1° uso.
De acordo com dados da literatura existe uma relação inversa entre a
concentração de P
4
e a pulsatilidade do LH. Rahe et al. (1980) relaram que,
durante a fase lútea, quando a concentração de P
4
esteve entre 5 e 8 ng/mL, a
32
freqüência de pulsos de LH foi baixa, com um pulso a cada quatro horas e quando
a concentração de P
4
foi mantida entre 1 e 2 ng/mL, a freqüência de pulsos de LH
aumentou, com um ou mais pulsos a cada 2 horas. Posteriormente, Bergefeld et
al. (1996) também observaram que, em vacas tratadas com baixas concentrações
de P
4
, a frequência na liberação pulsátil de LH e a secreção de E
2
foram maiores.
Ginther et al. (1996), relataram uma relação positiva entre concentração de LH e o
tamanho do folículo dominante, com a diminuição na freqüência dos pulsos de LH,
diminuiu também a concentração média de LH e o diâmetro do folículo dominante.
Embora a pulsatilidade e a concentração sérica de LH não tenham sido
avaliadas, de acordo com os resultados do presente estudo sugere-se que, o
maior diâmetro folicular das novilhas que apresentaram alta concentração de
progesterona no dia 0 do protocolo de sincronização da ovulação (Figura 2) e nas
novilhas tratadas com dispositivo intravaginal de P
4
de 3° uso, podem ser
explicados pelo efeito da menor concentração de P
4
no aumento da pulsatilidade e
concentração sérica de LH, que atua no crescimento folicular.
Os resultados deste estudo são similares ao de diversos autores. Cup et al.,
em 1993, observaram que, em baixas concentrações de P
4
(1 a 2 ng/ml), o
diâmetro folicular (17,3 mm vs 12,6 mm) e a taxa de crescimento de (1 mm por
dia) foram maiores quando comparadas as de folículos que se desenvolveram em
concentrações de P
4
mais altas (5 a 6 ng/ml). Posteriormente, Adams et al. (2002)
observaram que, existe uma relação inversa entre, a concentração de P
4
e o
diâmetro folicular em vacas de corte. Estes autores relataram que o diâmetro
folicular foi maior no grupo de menor dosagem quando comparado a dosagem
fisiológica ou dosagens maiores de P
4
(1,9 ± 0,2 ng/ml:15,8 ± 0,4 mm; 5,4 ± 0,3
ng/ml: 11,0 ± 0,3 mm e 9,4 ± 0,4 ng/ml: 10,3 ± 0,0 mm, respectivamente). Em
2004, Carvalho, encontrou maior diâmetro folicular nos dias 8 (retirada do
dispositivo intravaginal de P
4
) e 9 (momento da aplicação de BE), em novilhas que
receberam PGF2α no início do protocolo de sincronização, bem como aumento
nas taxas de crescimento folicular e na ovulação. Este autor sugeriu que, o
aumento nas taxas de crescimento folicular nestes animais tenha sido mediado
33
pelos efeitos reduzidos dos níveis de P
4
circulante no aumento da frequência dos
pulsos de LH, embora esta não tenha sido mensurada.
Por sua vez, o máximo diâmetro folicular a IATF influenciou positivamente a
taxa de sincronização independente do número de utilizações do dispositivo
intravaginal de P
4
. A diferença numérica de 10 pontos percentuais entre a taxa de
sincronização das novilhas tratadas com dispositivos intravaginais de P
4
de 1° uso
e de 3° uso, pode ser atribuída ao maior diâmetro folicular no momento da IATF
nos animais tratados com 3° uso do CIDR.
O efeito do máximo diâmetro folicular a IATF na taxa de sincronização foi
descrito anteriormente por Filho (2007), em vacas Nelore pós-parto. Embora o
diâmetro folicular descrito na literatura para novilhas Nelore no momento do desvio
tenha sido de 5,7 mm (Sartoreli et al., 2005) e 6,2 mm (Gimenes et al., 2007), a
variação da capacidade ovulatória de acordo com o diâmetro folicular em novilhas
Nelore foi relatada por Gimenes et al. (2007) com resultados similares ao deste
estudo, que utilizou a mesma divisão de classes de diâmetro folicular. Estes
autores encontraram 33% (3/9) de ovulação em folículos de 7,0 a 8,4mm (média
de 7,6 mm), 80% (8/10) em folículos de 8,5 a 10,0 mm (média de 9,6 mm) e 90%
(9/10) em folículos maiores que 10 mm (média de 10,9 mm) e concluíram que
embora folículos menores sejam capazes de ovular, a probabilidade é menor, mas
aumenta de acordo com o aumento do diâmetro. Em gado holandes a aquisição
da capacidade ovulatória ocorre apenas com 10 mm de diâmetro, embora o desvio
folicular ocorra a partir de 8,5 mm.
A aquisição da capacidade ovulatória ocorre logo após a divergência, no
entanto, uma alta dose de LH é necessária para a ocorrência da ovulação (Sartori
et al., 2001). Com o crescimento do folículo dominante, a síntese de receptores de
LH pelas células da granulosa aumenta (Bao et al., 1997) juntamente com a
atividade do AMPc em resposta ao LH (Jolly et al., 1994), resultando em maior
capacidade ovulatória (Sartori et al., 2001). Estas observações em conjunto
explicam o efeito detectado do diâmetro folicular sobre a taxa de sincronização.
O máximo diâmetro folicular a IATF também influenciou a taxa de
concepção. A análise das classes folículares nas diferentes utilizações do CIDR
,
34
1°, 2° e 3° usos, revelou que, folículos menores do que 10 mm apresentaram
menor concepção nas novilhas sincronizadas com dispositivos de P
4
de 1° e 2°
usos, enquanto que no 3° uso a taxa de concepção foi similar nas diferentes
variações de diâmetro folicular. Este resultado pode possivelmente ser explicado
pela duração do proestro.
Da mesma maneira, nas novilhas que tinham alta concentração de P
4
no
dia 0 e provavelmente regrediram o CL antes do momento da indução da luteólise
no tratamento, a duração do proestro pode ter sido maior.
O proestro natural é o momento do ciclo estral em que a concentração de
progesterona cai devido a luteólise e a produção de estradiol pelo folículo aumenta
devido a maturação folicular. Nos tratamentos o momento em que a concentração
de P
4
cai (pela luteólise induzida ou pela retirada da fonte exógena de
progesterona) e a produção de estradiol pelo folículo aumenta mimetiza o proestro
natural.
A relação positiva entre a duração do proestro mimetizado em protocolos
hormonais e a concepção foi recentemente descrita por outros autores (Mussard
et. al., 2002, 2003 e Bridges et al., 2004, Day 2005 e Day e Bridges, 2006).
Quanto a caracterização hormonal dos tratamentos de proestro curto vs
longo, Bridges et al. (2004) encontraram que, o pico de LH foi similar entre os
tratamentos. A incidência de ciclos curtos tendeu a ser maior e as concentrações
de progesterona no ciclo estral subsequente tenderam a ser menores no
tratamento de proestro curto vs longo. O estradiol no período pré-ovulatório foi
maior quando o proestro foi longo, durante as 32 horas que antecederam a
administração de GnRH. Ao avaliarem a taxa de concepção de acordo com o
estradiol pré-ovulatório independente de tratamento os autores encontraram
concepção de 88,9% para animais com estradiol > 10 pg/ml e 14,3% para animais
com estradiol < 10 pg/ml.
Ao analisar 4 experimentos conjuntamente, Day (2005) e Day e Bridges,
2006, observaram que, a duração do proestro foi o parâmetro avaliado que foi
capaz de predizer mais prescisamente os resultados de concepção, quando
comparado ao diâmetro do folículo dominante e a idade folicular (Tabela 2). Um
35
aspecto inovador na pesquisa destes autores foi a persistência de maiores
resultados na concepção a IATF de novilhas submetidas ao tratamento de
proestro de maior duração, mesmo quando o diâmetro do folículo ovulatório foi
similar nos dois tratamentos (Exp 4, Tabela 2).
Outros estudos também observaram relação positiva entre o diâmetro
folicular e a concepção. Assim, Perry et al. (2004), observaram efeito quadrático
do diâmetro folicular na concepção em novilhas Bos taurus ao utilizar o protocolo
Co-synch (GnRH - 7d PGF - 2d - GnRH + IATF), e a variação do diâmetro
considerada ótima foi entre 11,5 e 16 mm.
Mussard et al. (2002), observaram também em novilhas Bos taurus, maior
taxa de concepção em folículos que ovularam espontameamente (100%, 24/24)
quando comparados a folículos induzidos a ovular com GnRH quando atingiram
10 mm (75,9%, 22/29).
Em um segundo experimento, os mesmos autores observaram maior taxa
de concepção em FD induzidos a ovular (GnRH) com 13 mm, média 13,6 ± 0,2
mm (57,4%, 31/54) quando comparados a FD induzidos a ovular com 10 mm,
média de 11,2 ± 0,2 mm [4,4%, 2/45, Mussard (2003)].
A maior taxa de concepção observada em novilhas sincronizadas com o 3°
uso do dispositivo intravaginal de progesterona parece estar relacionada
principalmente a concepção mais alta dos folículos menores do que 10 mm neste
grupo de novilhas em relação as novilhas sincronizadas com dispositivo
intravaginal de P
4
de 1° e 2° usos.
De acordo com Santos et al. (2004), o dispositivo intravaginal de P
4
, CIDR
,
apresentou concentrações séricas de progesterona menores do que 1 ng/ml a
partir do vigésimo quinto dia de utilização contínua. Após a indução da luteólise
com PGF2α no dia 7 do protocolo utilizado no presente estudo, os níveis de P
4
estariam portanto possivelmente menores que 1 ng/ml nas novilhas tratadas com
dispositivo intravaginal de P
4
de 3° uso. De acordo com a fisiologia natural do ciclo
estral, a maturação do folículo durante o proestro ocorre quando as concentrações
plasmáticas de P
4
são inferiores a 1 ng/ml (Stok e Fortune, 1993). Assim, sugere-
se que as novilhas tratadas com dispositivos intravaginais de P
4
de 3° uso, teriam
36
iniciado o proestro antes em relação as novilhas tratadas com dispositivos de 1° e
2° uso, a partir da luteólise induzida no dia 7 e que a maior duração do proestro
nestas novilhas seja outro fator que possivelmente influenciou positivamente a
concepção.
O modo como a maior duração do proestro atua melhorando a fertilidade
não está claro, no entanto, os melhores resultados em novilhas que foram
submetidas a tratamento de proestro longo com transferência de embrião,
permitiram aos autores sugerir que a incompetência do oócito, a fertilização
comprometida e a mortalidade embrionária precoce podem não ser o mecanismo
principal responsável pela redução na fertilidade associada a ovulação de folículos
ovarianos pequenos e que foram coincidentemente submetidos a menor período
de proestro. A concentração de P
4
no ciclo estral subsequente aos tratamentos
realizados nos exeperimentos descritos por Day (2005) e Day e Bridges (2006) foi
consistentemente maior quanto maior foi a duração do proestro (Tabela 2), sendo
este um dos benefícios promovidos e possivelmente responsável pelos melhores
resultados nos tratamentos de proestro longo.
Embora a dimensão do CL e a concentração de P
4
no ciclo subsequente
não tenham sido avaliadas no presente estudo, sugere-se que a maior taxa de
concepção nas novilhas tratadas com dispositivo intravaginal de P
4
de 1° e 2°
usos, que ovularam folículos de maior diâmetro possa estar relacionada ao
possivel maior diâmetro do CL e consequentemente da maior concentração de
progesterona no ciclo subsequente.
De acordo com a literatura, o diâmetro do folículo dominante está
diretamente relacionado ao diâmetro do CL subsequente (Vasconcelos et al, 2001,
Sá Filho et al, 2004) e o volume do CL por sua vez está relacionado positivamente
a secreção de progesterona (Vasconcelos et al, 1999) e esta com a fertilidade
(Vasconcelos et al, 2001, Sá Filho et al, 2004).
Assim sendo, após a realização de diversos experimentos Day (2005) e
Day e Bridges (2006) concluíram que a concepção parece estar mais
precisamente relacionada a capacidade esteroidogênica do folículo dominante
durante o proestro e ao CL resultante, do que ao diâmetro ou idade do folículo no
37
momento do pico de LH. Além disso, tendo em vista os resultados dos
experimentos que utilizaram TE (Sá Filho et al, 2004 apud Day, 2005, Mussard et
al., 2003), foi sugerido que as alterações produzidas pela ovulação de folículos
imaturos (diminuição do estradiol pré-ovulatório e da progesterona na fase lútea
média), interferem na habilidade do útero em sustentar o embrião (alterando o
ambiente uterino), mais do que na incompetência do oócito ou mesmo falha de
fertilização. O ambiente uterino alterado (menor E
2
a ovulação e menor
concentração de P
4
no ciclo estral subsequente) poderia gerar falhas gestacionais
diretamente por não proporcionar um ambiente adequado para o embrião, levando
a sua morte, ou indiretamente, por não dar o suporte adequado ao crescimento
embrionário, que poderia levar a uma diminuição do tamanho do concepto e
consequente falha no processo de reconhecimento materno da gestação.
A maior taxa de prenhez em relação a maior concentração de P
4
no dia 0
(FIGURA 5) e nas novilhas tratadas com dispositivo intravaginal de P
4
de 3° uso
em relação as novilhas tratadas com dispositivos de 1° e 2° uso, pode ser
atribuída aos efeitos destes na taxa de sincronização e concepção, pois a taxa de
prenhez é o resultado da taxa de sincronização e da taxa de concepção no total
dos animais tratados.
38
RESUMO
1) A hipótese de que concentração sérica de progesterona no início do
protocolo não interfere nos resultados foi rejeitada. A progesterona no dia 0
do tratamento influenciou o diâmetro do maior folículo no momento da IATF,
tendeu a influenciar a taxas de concepção e influenciou a taxa de prenhez.
No caso do diâmetro do maior folículo no momento da IATF sugeriu-se que
concentração sérica mais baixa de progesterona ao final do protocolo,
aumentou o diâmetro folicular através do aumento na pulsatilidade de LH e
que nestes animais o proestro parece ter sido mais longo influenciando
positivamente também a concepção.
2) A hipótese de que a concentração sérica de progesterona no dia 7 do
protocolo não infere nos resultados a IATF devido a indução de luteolise no
dia 7 foi confirmada.
3) A hipótese de que a concentração residual de progesterona após o dia 7,
momento em que é induzida a luteólise, proveniente apenas dos
dispositivos de progesterona não é suficiente para bloquear a liberação do
LH e não influencia portanto os resultados ao protocolo proposto foi
rejeitada. A terceira utilização do dispositivo de progesterona
provavelmente gerou concentrações séricas de P
4
inferiores a 1 ng/ml a
partir do dia 7 do protocolo proposto, o que levou primeiramente ao
aumento do diâmetro folicular neste grupo, provavelmente pelo efeito da
menor concentração de progesterona na pulsatilidade de LH e
consequentemente no diâmetro folicular. Foi observada também melhor
taxa de concepção e consequentemente de prenhez no grupo tratado com
o terceiro uso do dispositivo de progesterona em relação aos demais
grupos. Sugeriu-se neste caso que somou-se ao efeito da progesterona no
diâmetro do maior folículo no momento da IATF o efeito da maior duração
do proestro neste grupo.
39
6. CONCLUSõES
A maior concentração de P
4
no início dos protocolos, melhorou a fertilidade
de novilhas zebuínas na IATF.
O dispositivo intravaginal de P
4
(CIDR), utilizado previamente por 18 dias,
quando comparado ao dispositivo sem uso prévio e usado previamente por 9
dias, melhorou a fertilidade de novilhas zebuínas a IATF.
IMPLICAÇÕES
A duração do proestro parece ser um importante parâmetro a ser
considerado no desenvolvimento de protocolos de sincronização da ovulação
em novilhas Nelore ciclando.
40
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Progesterone concentration during a protocol,
moment of prostaglandin F
2α
administration and eCG
affect fertility to timed artificial insemination in
Nellore cycling heifers
Carolina C. Dias
a
, José L. M. Vasconcelos
a
a
Departamento de Produção e Exploração Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho, Campus de
Botucatu, SP, Brazil”
ABSTRACT
We tested the hypotheses that progesterone concentrations during TAI treatment would not affect
fertility (Experiment-1) and PGF
2
anticipation plus an 18d previously used CIDR and/or eCG would
improve fertility to TAI, but not to AI after estrous detection (Experiment-2). Heifers with CL (EXP1,
n=398) were treated with EB and a CIDR device (D0), PGF
2α
(D7), CIDR withdraw and ECP (D9) and
TAI (D11). Blood samples were collected (D0, D7). Maximum follicular diameter (MFD) was recorded
(D9). Ovulation (D13) and pregnancy diagnoses (D41) were evaluated. Heifers detected in heat within 21d
(EXP2, n=406) were treated similarly to EXP1. Treatments were PGF
2
(D7 or D9) and eCG addition or
not (D9). Heifers were either TAI (n=199) or AI after estrous detection (n=132/207???? 125/202??).
Pregnancy rate was evaluated (D41). In both experiments, heifers were randomly assigned to receive CIDR
with no previous use (1
st
use), previously used by 9D (2
nd
use) or 18D (3
rd
use). Continuous variables were
analyzed by PROC-GLM and binomial variables by PROC-LOGISTIC (significance=P < 0.05, tendency=P
< 0.1). On EXP1, 3
rd
use CIDR had less D7 progesterone concentration, larger MFD, greater CR
(synchronized heifers) and PR than 1
st
and 2
nd
use CIDR treatments. Progesterone on d0 positively affected
MFD, CR and PR at TAI. The MFD positively affected overall SR, but CR only for 1
st
and 2
nd
use CIDR
treatments. On EXP2, interactions between PGF
2α
/eCG and CIDR/eCG treatments were detected. The eCG
increased 1
st
use CIDR PR, tended to increase 2
nd
use CIDR PR, but not 3
rd
use CIDR PR and increased
d9PGF
2
PR, but not d7PGF
2
. Greater progesterone before TAI decreases conception probably because of
shorter proestrus length and AI conception after estrus detection is greater because of adequate proestrus
length.
Key words: heifers pregnancy proestrus
1. Introduction
Artificial insemination is the main technique available to introduce genetics on a herd, and fixed
timed artificial insemination protocols have been developed to bypass the challenges associated with
estrous detection. The need of TAI protocols for Bos indicus breeds is higher, because of shorter duration
of estrous behavior compared with Bos taurus breeds (Pinheiro et al. 1998).
Conception rate to TAI treatments is similar to that observed at AI after estrus detection in cows
(Pursley, 1998, Geary, 1998), however, for heifers fertility of current available TAI treatments is lower.
(Lamb et al, 2000, 2006 Paterson et al, 2003).
Reasons for lower fertility to TAI programs on heifers are related to lower synchronization rates
(Pursley et al, 1995) and/or lower conception rates (Peters e Pursley, 2003, Mussard et al, 2007). One of the
factors affecting fertility to TAI in females is maturity of dominant follicles induced to ovulate (Peters &
Pursley, 2003, Mussard et al., 2007).
Progesterone concentration during follicular development seams to interfere on dominant follicle
maturity (Ginther et al., 1996), through its effect on LH (Rahe et al., 1980). Premature induction of
ovulation compromises subsequent luteal function and decreases gestational conception, however, an
increase in the time between progesterone declines until the LH surge increases subsequent luteal function
and pregnancy rates (Peters & Pursley, 2003, Mussard, 2007).
Equine chorionic gonadotrophyn (eCG) performs FSH and LH function (Murphy & Martinuk,
1991). There are some evidences that it can promote an increase on subsequent luteal function (Marques et
al., 2003).
A first experiment was designed to evaluate if serum progesterone concentrations at initiation of
protocol (day 0) or at the expected time of follicular deviation (day 7) would affect results to TAI. Our
working hypotheses were: 1): serum progesterone concentrations at the beginning of the protocol will not
affect the results because did not affect the ability of estradiol to inhibit FSH and consequently did not
affect the new follicular wave emergency; 2) Serum progesterone concentrations at day 7 will not affect the
results because of PGF
2
administration on day 7, would induce regression of corpus luteum (luteolysis)
and consequently progesterone concentration decrease, increasing LH pulsatility at follicular deviation,
and; 3) exogenous progesterone of CIDR devices of different previous length of use is not enough to affect
results. Experiment 2 was designed to evaluate if PGF
2
injection at day 7 or 9 on the protocol with or
without an eCG injection at day 9 would affect pregnancy rate after TAI or conception rate after estrus
detection. For this experiment, our working hypothesis were that low conception in Nellore heifers to TAI
protocol occurs because of lower LH preceding AI and that PGF
2
on day 7 of the protocol with 3rd use
CIDR devices will decrease progesterone concentrations increasing LH and/or that eCG treatment could
restore fertility to TAI, by increasing LH. In heifers bred after estrus detection, conception will not be
affected.
2. Materials and Methods
2.1. Experimental Design, Location and Heifers
Experiment 1
To evaluate the effects of progesterone concentrations at the beginning of the protocol (day 0) and
at expected time of follicular deviation (day 7) on pregnancy rates after TAI, Nellore heifers (525) aging
between 24 to 26 months and with body condition score (BCS) between 2.75 and 3.25 (1 to 5 scale,
Lowman et al., 1976) were evaluated by ultrasound (Aloka SSD 500V; with a 7.5 MHz linear-array
intrarectal transducer) seven days before the initiation of the protocol. This trial was conducted at Novo
Horizonte farm (Coxim, MS, Brazil) between November and December 2005. Heifers (n=398) with
presence of luteal tissue were randomly assigned to receive a progesterone realizing intravaginal device
(CIDR, Pfizer Animal Health, Guarulhos, Brazil) with no previous utilization (1st use), with 9 days of
previous use (2nd use) or with 18 days of previous use (3rd use) and all heifers were injected with 2 mg of
EB (i.m., Estrogin - Farmavet, Brazil) at the initiation of the protocol. Heifers were maintained on two
pastures (Brachiaria humidícola) with mineral salt ad libitum. A blood sample for progesterone evaluation
was collected before insertion of CIDR devices. Seven days latter PGF
2
was administered (12.5 mg, i.m.,
Lutalyse, Pfizer Animal Health, Guarulhos, Brazil) and another blood sample was collected. Two days
latter progesterone devices were removed and heifers received an estradiol cypionate injection (0.5 mg,
i.m., ECP, Pfizer Animal Health, Brazil). Heifers were FTAI, 48h after CIDR withdraw, by two
technicians, using the same frozen-thawed bull semen. Transrectal ultrasonography examinations were
performed on day 11 to access diameter of largest follicle at FTAI (defined as the average between
horizontal and vertical diameters); on day 13 to evaluate ovulation (defined as absence of largest follicle
previously measured at TAI); and on day 41 to pregnancy diagnoses. Heifers with multiple small follicles
(< 6 mm) at the time of TAI were considered to have anticipated ovulation and were included on analyses
of ovulation and pregnancy rates, but not on synchronization and conception of effectively synchronized
rates (Figure 1).
Experiment 2
This experiment was designed to evaluate if PGF
2
injection at day 7 or 9 on the protocol with or
without an eCG (300 IU) injection at day 9 affect pregnancy rate after FTAI or conception rate after estrus
detection in Nellore cycling heifers. This experiment was conducted at Novo Horizonte farm (Coxim, MS,
Brazil) between November, 2006 and January 2007. Nellore heifers (n=650) were observed for estrus for
21 days before initiation of the protocol and were between 24 to 26 months and with body condition score
(BCS) between 2.75 and 3.25 (1 to 5 scale, Lowman et al., 1976). Heifers detected in estrus were
considered cycling heifers (n = 411) and were maintained on two pastures (Brachiaria humidícola) with
mineral salt ad libitum. All heifers received on d0 an injection of 2 mg of EB (i.m., Estrogin - Farmavet,
Brazil) and were randomly assigned to receive the insertion of the progesterone realizing intravaginal
device (CIDR
, Pfizer Animal Health, Guarulhos, Brazil) with no previous utilization, 1st use; with 9 days
of previous use, 2nd use; or with 18 days of previous use, 3rd use. Heifers were randomly assigned into
four treatment groups (Fig. 2), in a 2 x 2 factorial design (PGF
2
on d7 vs d9; 12.5 mg, i.m., Lutalyse,
Pfizer Animal Health, Guarulhos, Brazil) and eCG (0 vs 300IU, i.m., Folligon-Intervet). On d9 CIDR
devices was removed.
Heifers were randomly assigned to receive TAI, 48h after CIDR withdraw, or AI after estrus
detection. Heifers from group TAI received an estradiol cypionate injection (0.5 mg, i.m., ECP, Pfizer
Animal Health, Brazil) on d9 and TAI 48h after CIDR withdraw. Heifers from group AI were considered to
have responded to the estrus synchronization protocol if they were detected in estrus within 6 days after
CIDR withdraw and were AI 12h after estrus detection (60,4 %, n=125/207). All heifers were bred by the
same 2 technicians and the same frozen-thawed bull semen was used. Pregnancy diagnoses were performed
by transrectal ultrasonography (Aloka SSD 500V; with a 7.5 MHz linear-array intrarectal transducer) 30
days after TAI.
2.2. Blood Samples and Progesterone RIA analyses
Experiment 1
Blood samples for progesterone (P4) analyses were collected from a coccygeal vessel into
Vacutainer tubes (Becton Dickinson Co., Franklin Lakes, NJ, USA). Blood was allowed to clot at 4ºC for
24 h and centrifuged at 1500 x g for 15 minutes at room temperature. Serum was removed and frozen at -
20ºC until assays were performed. Serum P4 concentrations were determined using a solid-phase
radioimmunoassay kit containing antibody-coated tubes and 125I-labelled progesterone (Coat-a-count,
Diagnostic Products Corporation, Los Angeles, CA) according to the manufacturer’s instructions. The
intra-assay coefficients of variation were 6.7 % and 8.5 %, for assays 1 (d0) and 2 (d7), respectively and
coefficient inter-assay was 5.4 %. Sensitivity was 0.01 ng/ml.
2.3. Statistical Analyses
Experiment 1
Continuous variables were analyzed by least square procedure of variance (PROC GLM, SAS
Institute Inc., Cary, NC, USA). Each variable was tested for normality of residues (Kolmogorov-Smirnov
test) and homogeneity of variances (Brow-Forsyphe test). Progesterone concentrations on days 0 and 7
were transformed by log10. The comparison of least square means of these variables was performed using
the Tukey-Kramer test. In the model to evaluate the serum progesterone concentrations on day 7 were
included the effects of CIDR number of uses, and progesterone concentration on days 0 (co-variable). In
the model to evaluate diameter of dominant follicle were included the effects of CIDR number of uses,
progesterone concentration on days 0 and 7 (co-variable), BCS (co-variable), and interaction between
CIDR number of uses and progesterone concentrations on days 0 and 7.
Dependent binomial variables [ovulation (included heifers already ovulated at TAI + heifers
ovulated between TAI and 48h latter), synchronization (heifers ovulated between TAI and 48h latter),
conception of synchronized heifers and pregnancy rates] were analyzed by logistic regression (PROC
LOGISTIC, SAS Institute Inc., Cary, NC, USA). Differences between follicle classes were analyzed by
Bom-Ferroni method, unless to percentages were inferior to 20%, in this case, Fishers exact test (PROC
FREQ, SAS) was performed. The effect of CIDR number of use was tested on all binomial data and effect
of AI technician was tested on conception of synchronized heifers and pregnancy rates. The effects of
serum progesterone concentrations on days 0 and 7 and BCS were included in the models of all binomial
data as co-variables. The maximum follicular diameter at TAI was included in the model of
synchronization and conception rates as co-variable. When the effect of maximum follicular diameter at
TAI was detected (on synchronization and conception rates), follicles were divides into 3 different intervals
based on classes of diameter previously described by Gimenes et al. (2007), follicles smaller than 8.5 mm
(Class 1), between 8.5 and 10 mm (Class 2) and larger than 10 mm (Class 3), and the effect of these classes
of follicles was reanalyzed. Pregnancy rate was analyzed with the model described for ovulation rate,
including the effect of AI technician.
At the time of TAI, an ovary image of multiple follicles smaller than 6 mm was observed in 62
heifers (for 1
st
use CIDR devices: 25 heifers, for 2
nd
use CIDR devices: 19 heifers and for 3
rd
use CIDR
devices: 18 heifers). For the physiological discussion of this experiment (synchronization and conception of
synchronized heifers rates), these heifers were excluded from the analysis, because of the interest in
analyzing the effect of maximum follicular size at TAI, but ovulation and pregnancy rates included these
heifers.
The data were reanalyzed after removing effects of interactions and/or co-variables from the
model that accounted for no significance. Probability values of 0.05 were considered significant in all
cases. Probability values of 0.05 < 0.1 were considered to be a tendency.
Experiment 2
Pregnancy rate after TAI and conception rate after AI were analyzed by logistic regression (PROC
LOGISTIC, SAS Institute Inc., Cary, NC, USA). Were included on the models the effects of CIDR number
of uses, AI technician, moment of PGF
2
administration, eCG, and interactions. The data were reanalyzed
after removing effects of interactions and/or co-variables from the model that accounted for no
significance. Probability values of 0.05 were considered significant in all cases. Probability values of
0.05 < 0.1 were considered to be a tendency.
Results
Experiment 1
At initiation of the synchronization protocol, increased endogenous serum progesterone
concentration increased maximum follicular diameter at TAI (Figure 3. P < 0.05), conception (Figure 4. P
< 0.05) and pregnancy rates (Figure 5. P < 0.05).
A treatment (CIDR number of uses) effect was detected for progesterone concentration on day 7.
Heifers treated with 1
st
use CIDR devices had greater progesterone concentration on day 7 compared with
heifer treated with 3
rd
use CIDR devices (Table 1). Progesterone concentration on day 7 per se, however,
did not affect any of studied parameters.
An effect of treatment (CIDR number of uses) was also detected for maximum follicular diameter
at TAI. Heifers treated with 3
rd
use CIDR devices had larger follicles than heifers treated with 1
st
use CIDR
devices and tended to have larger follicles than heifers treated with 2
nd
use CIDR devices (Table 1).
Maximum size of follicular diameter at TAI was positively correlated with synchronization
(Figure 6; P < 0.05) and conception rates (Figure 7; P < 0.05).
Synchronization and conception rates were affected by follicular diameter classes. Heifers which
follicles were larger than 10 mm had better synchronization and conception rates compared with heifers
with smaller follicles (Table 2; P < 0.05).
Heifers treated with 3
rd
use CIDR devices tended to have better conception rates than heifers
treated with 1
st
and 2
nd
use devices, regardless of maximum follicular size at TAI (Table 3). Maximum
follicular diameter at TAI classes positively affected conception rates within 1
st
and 2
nd
use CIDR devices
treatments (CIDR number of uses). Heifers which follicles were larger than 10 mm, had better
synchronization and conception rates compared with heifers with smaller follicles. For heifers treated with
3
rd
use devices, however, no effect of maximum follicular diameter at TAI classes was detected (Table 3).
Heifers treated with 3
rd
use CIDR devices also had better pregnancy rate to TAI than heifers
treated with 1
st
and 2
nd
use CIDR devices (Table 1).
Experiment 2
In TAI heifers, a CIDR by eCG treatment interaction was detected for pregnancy rates. The
administration of eCG increased pregnancy rates in heifers treated with 1
st
use CIDR devices (P < 0.05),
tended to increased pregnancy rates in heifers treated with 2
nd
use CIDR devices (P < 0.1), but had no
impact in heifers treated with 3
rd
use CIDR devices. The eCG also enhanced pregnancy rates in heifers that
received PGF
2α
on day 9, but not on day 7 (PGF
2α
by eCG interaction, Table 4).
In heifers AI after estrous detection, however, no treatment effect (CIDR number of uses, moment
of PGF
2α
administration and eCG) was detected (Table 4).
Discussion
The first experiment was designed to evaluate if serum progesterone concentrations at beginning
of protocol or at the time of deviation would affect results to TAI. The serum progesterone concentrations
on day 7 of the protocol decreased as CIDR number of uses increased (Table 1). Because of the random
distribution of heifers with CL or not at this moment, the difference could be explained by CIDR previous
length of use.
It was demonstrated that conception and pregnancy rates for synchronized heifers were enhanced
when heifers had higher concentration of progesterone on day 0 and were treated with 3
rd
use CIDR, also
showing larger follicles.
The larger size of follicles at TAI for heifers treated with 3
rd
use CIDR devices is possibly related
to lower serum progesterone concentration at the end of treatment (between d7 to 9), after induction of
luteolysis on day 7. In the present trial, serum progesterone concentration was not evaluated on day 9
(because it was not in our working hypotheses), but previous study reported progesterone concentration of
1 ng/ml, on the 25° day of continuous treatment with CIDR devices in heifers (Santos et al., 2004). For
heifers synchronized with 3rd use of CIDR, those devices would have 25 days of previous use on day 7 of
the protocol and progesterone concentrations were probably low. For the positive effect of higher
progesterone concentration on day 0 on dominant follicle diameter, although apparently controversial to the
positive effect of 3
rd
use CIDR devices, the effect explanation is probably the same because when
progesterone is greater in the beginning of treatment (day 0 of protocol = days 6 to 15 of estrous cycle) it is
potentially low in its end (day 7 of protocol = day 14 till end of estrous cycle). The low progesterone
concentration possibly enhanced LH pulses (Rahe et al., 1980), after natural luteolysis occurred, increasing
maximum follicular diameter at TAI (Ginther et al., 1996).
Rahe et al. (1980) reported an inverse relationship between progesterone concentration and LH
pulses. During luteal phase, when progesterone concentration was 5 to 8 ng/ml, LH pulses frequency was
low, 1 pulse each 4 h, however, when progesterone concentrations decreased to 1 to 2 ng/ml, LH pulses
frequency increased to 1 or more pulses each 2 h. In addition, Ginther et al. (1996) observed a positive
relationship between LH pulses frequency and dominant follicle size. Even if LH pulsatility was not
evaluated on this trial, the data reported indicates that increased size of largest follicle at TAI in heifers
with greater serum concentration of progesterone on day 0 and heifers treated with 3rd use CIDR, could
be explained by the effect of low progesterone concentration increasing LH pulses frequency and
consequently follicular diameter.
Maximum follicular diameter at TAI had a positive influence on synchronization rate, regardless
of treatment. Even if reported diameter at follicle deviation in Nellore heifers is 5.7 to 6.2 mm (Sartoreli et
al., 2005, Gimenes et al., 2007), ovulation capacity increase as follicular diameter increases. Gimenes et al.
(2007) reported ovulation rates of 33 %, 3/9, for follicles ranging 7.0 to 8.4mm (average: 7.6 mm), 80 %,
8/10, for follicles of 8.5 to 10.0mm (average 9.6 mm) and 90 %, 9/10, for follicles larger than 10 mm
(average 10.9 mm). In the present study, follicles at TAI for synchronized heifers were larger (11.3 ±
2.0mm) than for heifers that did not synchronize (8.8 ± 1.4mm). Follicles acquire ovulatory capacity soon
after deviation, however, high doses of LH are necessary for ovulation to occur (Sartori et al, 2001). As
dominant follicle grows, granulosa cell LH receptors synthesis (Bao et al, 1997) and cAMP activity
increases (Jolly et al., 1994), enhancing ovulatory capacity (Sartori et al, 2001). This is a possible
explanation to the detected effect of follicle size on synchronization rate.
Maximum follicular diameter at TAI also affected conception of synchronized heifers. This data is
similar to that described by Perry et al. (2007) in which heifers that ovulated follicles < 10.7 mm in
diameter had decreased pregnancy rates compared with heifers that ovulated follicles 12.8 mm, indicating
that oocyte competence, postovulation progesterone production by the CL, and the uterine environment
may all be involved in the decrease of pregnancy rates.
During regular estrous cycle, maturation of dominant follicle initiates during proestrus when
progesterone concentration is lower than 1 ng/ml (Stok e Fortune, 1993). During proestrus as progesterone
decreases, LH pulses followed by estradiol concentration increase because of follicular maturation. In
experiment 1, heifers treated with 3
rd
use CIDR were possibly in this condition. It could be suggested that
these heifers initiated proestrus earlier during treatment, and that proestrus length was probably a factor that
affected conception rates in the present study.
The influence of proestrus length on fertility was previously evaluated in dairy (Peters and
Pursley, 2003) and beef cows (Mussard et al., 2007) through modification of the interval from PGF
2
to the
induction of ovulation with GnRH. In dairy cows, Peters and Pursley (2003) reported larger follicular size
and greater conception rates for animals with a 48 h interval from PGF
2
to GnRH than when GnRH was
given at the same time as PGF
2
. Mussard et al. (2007) reported greater conception rates in beef cows AI
after estrous detection compared with conception rates of ovulated cows TAI 12h after 10 mm follicles
were induced to ovulate with GnRH.
Schmitt et al. (1996) evaluated conception in dairy heifers after TAI (25.8 %) vs. AI after estrus
detection (57.5 %) and suggested that the reduced conception rates in heifers in the TAI group occurred
mainly because of short estrous cycles, that could be related to delayed growth of preovulatory follicles and
induction of LH surge early in the development of the preovulatory follicle, that could produce a CL with a
reduced life span. Delaying the second GnRH resulted in no difference in pregnancy rate compared with
the AIE group. Pursley et al. (1997) compared conception to AI after estrus detection in heifers
synchronized with PGF
2
injection vs. Ovsynch, and detected that the pregnancy rates per AI were greater
for control heifers (74.4 %) than for heifers treated with Ovsynch (35.1 %) and suggested that the fixed
time AI was not effective for heifers because of the lack of synchronization. Sartori et al. (2004) compared
ovarian function between nulliparous heifers and lactating Holstein cows and detected that maximal serum
progesterone concentration was lower for cows than for heifers. In cattle, the increase in LH pulse
frequency and baseline concentrations, measured between CL regression and the preovulatory surge of LH,
may enhance follicular maturity (Rahe et al., 1980). In general, conception rates increased as pre-ovulatory
follicle increased. Previous studies reported a directly relationship between DF diameter and subsequent
CL diameter (Vasconcelos et al, 2001, Filho et al, 2005), between CL volume and serum progesterone
concentrations (Vasconcelos et al, 2001) and between progesterone concentrations and fertility
(Vasconcelos et al, 2001, Sá Filho et al, 2005). It has been reported (Perry et al., 2005) that GnRH-induced
ovulation of 11 mm follicles resulted in lower pregnancy rates (18 to 29 %) and greater embryonic
mortality rate (39 %) between approximately 27 and 68 d after AI, but animals that spontaneously ovulated
follicles < 11 mm had similar fertility and embryonic mortality as animals that ovulated larger follicles
after AI. The occurrence of estrus seams to reduce the impact of immature follicles ovulation. These data
indicate that synchronization protocol may have some negative effect on conception in heifers, that is been
corrected by estrus. This may be related with high progesterone in heifers with reduced proestrus at TAI.
In experiment 2, our working hypothesis is that low conception in Nellore heifers to TAI protocol
is due to reduced proestrus. PGF
2
injection on day 7 of the protocol with 3
rd
use CIDR devices will
decrease progesterone concentrations increasing LH and eCG treatment could restore fertility to TAI, by
increasing LH. In heifers bred after estrus detection, conception will not be affected.
In experiment 2 for heifers that were TAI, eCG treatment improved pregnancy rates in heifer
treated with PGF2α on day 9 and in heifers treated with 1
st
and 2
nd
uses of CIDR devices. The moment of
PGF
2
administration can alter the progesterone concentrations during the end of the protocol. We suggest
that possible lower progesterone concentrations in heifers that PGF
2
was administered on day 7, probably
promoted an increase in LH pulses and the initiation of proestrus occurring earlier, as in heifers treated with
eCG and with 1
st
and 2
nd
uses of CIDR devices. The use of eCG could somehow reduced the impact of
short proestrus length, probably by enhancing the gonadotrophin support to ovulatory follicle, what occurs
naturally during proestrus. There is some evidence on increase of progesterone production when eCG is
used at time of progesterone devices removal (Marques et al., 2003).
In heifers that were AI after estrous detection, even if treated with the same protocol of TAI,
conception was not influenced by CIDR previous length of use, moment of PGF
2
administration or eCG
treatment. These data are similar to Perry et al. (2007) in which size of the ovulatory follicle at the time of
insemination had no effect on pregnancy rates when cows ovulated spontaneously after detection of
standing estrus. Heifers ovulating spontaneously had larger ovulatory follicles at insemination than heifers
induced to ovulate with GnRH.
Data from the two experiments indicates that greater progesterone concentrations before TAI may
decrease conception because of shorter proestrus length or inadequate time of TAI (not evaluated in this
study) and that AI after estrus detection was greater because of longer proestrus length or correct moment
of AI.
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FIGURE CAPTIONS
Figure 1: Experimental design schedule: ultrasound exams for evaluation of cyclicity (US1), measurement
of maximum follicular diameter (US2), ovulation (US3) and pregnancy diagnoses (US4), blood samples to
evaluate influence of progesterone concentration at initiation of treatments and/or on day 7 of protocol of
TAI results. Body condition score was evaluated (BCS). The base protocol consisted of administration of
EB and a CIDR (D0), an injection of PGF2α (D7), CIDR withdraw plus an ECP administration (D9), TAI
(D11). Treatments differ in CIDR previous length of use – 1
st
use – no previous use, 2
nd
use, 9d of previous
use or 3
rd
use, 18d of previous use.
Figure 2: Experimental design schedule: estrous detection for evaluation of cyclicity (d -21 a d0). Body
condition score was evaluated (BCS). The base protocol consisted of administration of EB (2 mg, i.m.) and
a CIDR (1
st
use CIDR, no previous use, 2
nd
use CIDR, 9d of previous use or 3
rd
use CIDR, 18d of previous
use, d0), PGF2α on day 7 or day 9, CIDR withdraw plus, ECP (D9) and eCG (0 UI vs.300 UI) or no further
treatment (D9), TAI (D11) or AI after estrous detection within 6 days after CIDR withdraw, pregnancy
diagnoses (D41).
Figure 3: Graphic representation of maximum follicular diameter at TAI related to serum progesterone
concentration at initiation of a synchronization protocol (day 0, P < 0.05). Botucatu - SP. 2007.
Figure 4: Graphic representation of the probability of conception to TAI in heifers synchronized to the
protocol related to serum progesterone concentration at initiation of a synchronization protocol (day 0, P <
0.05). Botucatu - SP. 2007.
Figure 5: Graphic representation of the probability of pregnancy to TAI related to serum progesterone
concentration at initiation of a synchronization protocol (day 0, P < 0.05). Botucatu - SP. 2007.
Figure 5: Graphic representation of the probability of synchronization to the protocol related maximum
follicular diameter at TAI (P < 0.05). Botucatu - SP. 2007.
Figure 6: Graphic representation of the probability of conception to TAI in heifers synchronized to the
protocol related to maximum follicular diameter at TAI (P < 0.05). Botucatu - SP. 2007.
PD
0
Blood
Sample
-7
US1
BCS
7
Bood
Sample
EB
2 mg
ECP
0,5 mg
PGF2α
αα
α
12,5 mg
9
11
US2
41
US4
13
US3
1
st
, 2
nd
, and 3
rd
use CIDR
TAI
±
ESTROUS
DETECTION
ESTROUS
DETECTION
D0 D7 D9 D11 D41
D-21
BCS
±
±±
± PGF
2α
αα
α
12,5 mg
ECP
0,5 mg
±
±±
± eCG
300 UI
±
±±
± PGF
2α
αα
α
12,5 mg
EB
2 mg
±
TAI PD
1
st ,
2
nd
,
,
3
nd
CIDR
D15
9.5
10
10.5
11
11.5
0.5 2 3.5 5 6.5 8 9.5
day 0 serum progesterone concentration
(ng/ml)
Maximum follicular diameter at
TAI (mm)
30
40
50
60
0.5 2 3.5 5 6.5 8 9.5
day 0 serum progesterone concentration
(ng/ml)
Conception Probability (%)
10
20
30
40
0.5 2 3.5 5 6.5 8 9.5
day 0 serum progesterone concentration
(ng/ml)
Pregnancy probability (%)
0
20
40
60
80
100
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
Maximum follicular diameter at TAI (mm)
Synchronization Probability (%)
0
20
40
60
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Maximum follicular diameter at TAI (mm)
Conception Probability (%)
Table 1: Serum progesterone concentrations on day 7, maximum follicular diameter at TAI, ovulation, synchronization,
conception (synchronized heifers) and pregnancy rates related to CIDR treatments.
CIDR
Treatments
Serum
[P4D7]
Max. Fol. Dim.
at TAI ( mm)
Ovulation
Rate, %
Synchronization
Rate, %
Conception
Rate, %
Pregnancy
Rate, %
1
st
use
3.0 ± 1.9
A
10.1 ± 2.0
A, a
(121)
70.5
A
(103/146)
64.5
A
(78/121)
37.2
a
(29/78)
20.5
A
(30/146)
2
nd
use
2.3 ± 1.6
A.B
10.6 ± 2.3
A.B, b
(109)
72.7
A
(93/128)
67.9
A
(74/109)
37.8
a
(28/74)
22.7
A
(29/128)
3
rd
use
2.0 ± 1.2
B
11.0 ± 2.1
B, b
(106)
78.2
A
(97/124)
74.5
A
(79/106)
53.2
b
(42/79)
35.5
B
(44/124)
TOTAL
2.5 ± 1.6
10.5 ± 2.2
(336)
73.6
(293/398)
68.7
(231/336)
42.9
(99/231)
29.5
(99/336)
A.B
Values with different superscripts within a column are different (P < 0.05).
a.b
Values with different superscripts within a column tended to differ (P < 0.1).
Means described in table 1 are raw means
1st use CIDR treatment = CIDR devices with no previous use.
2
nd
use CIDR treatment = CIDR devices with 9 days of previous use.
3
rd
use CIDR treatment = CIDR devices with 18 days of previous use.
Serum [P4D7] = progesterone serum concentrations on day 7 of protocol
Max. Fol. Dim. at TAI = raw means plus standard deviation for maximum follicular diameter at TAI
Ovulation rate = ovulation rate for all heifers, including heifers that ovulated between CIDR removal and TAI and
within 48 h after TAI.
Synchronization rate = synchronization rate for heifers witch maximum follicular diameter could be accessed at TAI
Conception rate = conception rate for heifers that ovulated to the synchronization protocol within 48 h after TAI.
Pregnancy rate = pregnancy rate for all heifers treated with synchronization protocol.
Table 2: Synchronization and conception rates (synchronized heifers) related to maximum size
follicular diameter at TAI classes. Botucatu - SP. 2007.
Variable Class 1: < 8.5 mm Class 2: 8.5 X 10.0 mm Class 3: > 10.0 mm P Value
SR %
28.2 (20/71)
a
62.5 (70/112)
b
92.2 (141/153)
c
< 0.05
CR %
15.0 (3/20)
a
32.9 (23/70)
a
51.8 (73/141)
b
< 0.05
a, b, c
Values with different superscripts within a row are different. (P < 0.05)
Class = Classification of maximum diameter follicle at TAI.
Class 1 = Heifers with follicles < 8.5 mm at TAI
Class 2 = Heifers with follicles between 8.5 mm and 10.0 mm at TAI
Class 3 = Heifers with follicles > 10.0 mm at TAI
SR = synchronization rate for heifers witch maximum follicular diameter could be accessed at TAI
CR = conception rate for heifers that ovulated to the synchronization protocol within 48 h after TAI.
Table 3: Conception rates (synchronized heifers) related to maximum size follicular diameter at TAI
classes within each CIDR treatment. Botucatu - SP. 2007.
Conception Rates, % CIDR
Treatments
Class 1: < 8.5 mm Class 2: 8.5 X 10.0 mm Class 3: > 10.0 mm
P Value
1
st
use
9.1 (1/11)
a
24.0 (6/25)
a
52.4 (22/42)
b
< 0.05
2
nd
use
0 (0/4)
a
21.7 (5/23)
a
48.9 (23/47)
b
< 0.05
3
rd
use
40.0 (2/5)
a
54.5 (12/22)
a
53.8 (28/52)
a
> 0,10
a, b
Values with different superscripts within a row are different (P < 0.05).
Class = Classification of maximum diameter follicle at TAI.
Conception rates = conception rates for heifers that ovulated to the synchronization protocol within 48 h
after TAI.
1
st
use CIDR treatment = CIDR devices with no previous use.
2
nd
use CIDR treatment = CIDR devices with 9 days of previous use.
3
rd
use CIDR treatment = CIDR devices with 18 days of previous use.
Class 1 = Heifers with follicles < 8.5 mm at TAI
Class 2 = Heifers with follicles between 8.5 mm and 10.0 mm at TAI
Class 3 = Heifers with follicles > 10.0 mm at TAI
Table 4: Pregnancy rate for TAI heifers and conception after estrus detection in Nellore heifers after
synchronization protocol, with PGF
2α
on d7 vs d9, with or without an eGG administration by CIDR
treatments.
Treatments Pregnancy at TAI, % Conception after estrous detection, %
PGF2a Without eCG With eCG Without eCG With eCG
D7 PGF2a
33.3 (16/48)
A
40.4 (21/52)
A
69.0 (20/29)
A
51.5 (17/33)
A
D9 PGF2a
26.4 (14/53)
A
50.0 (23/46)
B
66.7 (22/33)
A
73.3 (22/30)
A
Pregnancy at TAI, % Conception after estrous detection, % CIDR
Without eCG With eCG Without eCG With eCG
1
st
use
21.9 (7/32)
A
50.0 (18/36)
B
75.0 (12/16)
A
75.0 (12/16)
A
2
nd
use
24.3 (9/37)
a
42.4 (14/33)
b
66.7 (20/30)
A
61.5 (16/26)
A
3
rd
use
43.7 (14/32)
A
41.4 (12/29)
A
62.5 (10/16)
A
52.4 (11/21)
A
Pregnancy at TAI, % Conception after estrous detection, % CIDR
D7 PGF
2a
D9 PGF
2a
D7 PGF
2a
D9 PGF
2a
1
st
use
35.7 (15/42)
A
38.5 (10/26)
A
68.7 (11/16)
A
81.2 (13/16)
A
2
nd
use
35.5 (11/31)
A
30.8 (12/39)
A
61.3 (19/31)
A
68.0 (17/25)
A
3
rd
use
40.8 (11/27)
A
44.1 (15/34)
A
46.7 (7/15)
A
63.6 (14/22)
A
A.B
Values for the same variable with different superscripts within a row are different (P < 0.05).
a.b
Values for the same variable with different superscripts within a row tended to differ (P < 0.1).
D7 PGF
2α
treatment = PGF
2α
(12,5 mg, i.m.) treatment on day 7 of synchronization protocol
D9 PGF
2α
treatment = PGF
2α
(12,5 mg, i.m.) treatment on day 9 of synchronization protocol
eCG treatment = eCG treatment (300 IU) on day 9 of synchronization protocol.
1
st
use CIDR treatment = CIDR devices with no previous use.
2
nd
use CIDR treatment = CIDR devices with 9 days of previous use.
3
rd
use CIDR treatment = CIDR devices with 18 days of previous use.
Pregnancy rate to TAI = pregnancy rate for TAI heifers treated with synchronization protocol.
Conception after estrous detection = conception rates for heifers artificial inseminated after estrous
detection after protocol.
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