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educacionais dedicados ao ensino de línguas estrangeiras
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(S.E.D.E.L.E).
Essa demanda de ordem prática, ligada ao desenvolvimento de softwares,
apresenta-se também como justificativa para nossos esforços de pesquisa.
Para uma melhor compreensão dessa aplicação prática, gostaríamos de
discorrer, em linhas gerais, nos parágrafos seguintes, sobre alguns conceitos e
procedimentos básico da engenharia de software, a saber: processo; requisito;
e subprocesso de determinação de requisitos
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.
Softwares são desenvolvidos através de processos. Em linhas gerais,
segundo Paula Filho (2003), um processo pode ser definido como “um conjunto
de passos parcialmente ordenados, constituídos por atividades, métodos,
práticas e transformações, usado para atingir uma meta” (PAULA FILHO, 2003,
p. 11). Ainda segundo o autor, essa meta geralmente está associada a um ou
mais resultados concretos, que seriam o produto do processo.
A partir de uma visão mais ampla, ou seja, do ciclo de vida de um
software, Paula Filho (2003, p. 11) lembra que “processos podem ser definidos
para atividades como desenvolvimento, manutenção, aquisição e contratação
de software”. Gostaríamos de ressaltar que, dentre essas possibilidades, nossa
pesquisa se apresenta como uma tentativa de apoio ao primeiro item citado por
esse autor, ou seja, os processos de desenvolvimento.
Um fator determinante em processos é a utilização de insumos
(documentos, especificações, listas de diretrizes etc), e, segundo Paula Filho
(2003, p. 11) “um processo é definido quando tem documentação que detalha:
o que é feito (produto), quando (passos), por quem (agentes), as coisas que
usa (insumos) e as coisas que produz”. A partir dessa constatação, podemos
definir, em termos práticos, o papel de nossa pesquisa em processos de
desenvolvimento de S.E.D.E.L.E. De fato, nossa lista de checagem constitui-se
como conjunto de diretrizes que poderão ser utilizadas em determinados
momentos do processo de desenvolvimento de S.E.D.E.L.E, ou seja, podemos
considerá-la como insumo para tais processos. Como será visto mais adiante,
as diretrizes podem ser potencialmente utilizadas, por exemplo, na fase de
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“O software educacional é todo aquele que pode ser usado para algum objetivo educacional,
por docentes ou alunos, qualquer que seja a natureza ou finalidade para a qual tenha sido
criado” (GARCIA, 2001, p. 18 apud ATHAYDE, 2003, p. 15).
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Processos podem ser divididos em subprocessos de determinação de requisitos, análise,
desenho, implementação e testes (PAULA FILHO, 2003). Interessa-nos, nesse momento,
apenas o subprocesso de determinação de requisitos.