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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA
CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA
RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE PIMENTÃO À MOSCA-BRANCA
Bemisia tabaci (GENN.) BIÓTIPO B (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE)
Larissa Cardoso de Lima
(Bióloga)
Orientador: Prof. Dr. Alcebíades Ribeiro Campos
ILHA SOLTEIRA - SP
Agosto - 2005
Dissertação apresentada à Faculdade de
Engenharia – Unesp, Câmpus de Ilha Solteira -
SP, para obtenção do título de Mestre em
Agronomia –
Á
rea de Concentração em Sistemas
de Produção.
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3
Aos meus pais,
Paulo Celestino de Lima e Gercina Cardoso de Lima
Pelos exemplos de trabalho, honestidade e dignidade...
Dedico
Ao meu irmão,
Homero Thiago C. de Lima.
Pelo companheirismo e amizade eterna...
Dedico
Ao meu namorado,
Luiz Henrique Pascoalim
Pelo amor, carinho e dedicação...
Ofereço
A Deus,
“Força maior que me ajuda enfrentar as dificuldades e vencer os
desafios”...
Agradeço
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4
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Alcebíades Ribeiro Campos, por sua orientação, incentivo e
ensinamentos de vida, durante o mestrado.
À Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira – UNESP, pela oportunidade de
realização do mestrado.
Aos professores do curso de Pós - Graduação (Sistemas de Produção), pelos
ensinamentos.
À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.
Às empresas FELTRIN e HORTEC, pelo fornecimento das sementes.
A Zeneide Ribeiro Campos, pelo apoio, colaboração, e pelas sugestões nas
análises estatísticas.
À técnica Cristiane G. N. M. Souza, pela grande amizade e colaboração
durante a realização dos experimentos.
Ao técnico José A. Agostini, pelo apoio e colaboração.
Ao meu pai Paulo Celestino de Lima e irmão Homero Thiago C. Lima, pelo
grande e valioso auxílio, durante a condução dos experimentos.
À minha mãe Gercina Cardoso de Lima pelo grande apoio emocional, sempre
me ouvindo e dando bons conselhos.
Ao meu namorado Luiz Henrique Pascoalim, pelo apoio e auxílio nas edições
das fotografias.
À Sueli A. C. Pascoalim, Andréia C. C. Pascoalim e Valdemir I. Pascoalim
pelo carinho e amizade.
Aos amigos: Fabiana Q. Garcia, Liliam S. Candido, Maria Monteverde, Mércia
I. B. Celoto, Fernando J. Celoto, Cristiane Navarrete, Luana B. Guimarães, Esi B.
Morais Jr., Lívia H. Carvalho, Guilherme A. Angelini, Helder S. Silva, pela
convivência, colaboração e amizade.
Aos funcionários do Departamento de Fitossanidade, Engenharia e Solos pela
colaboração e paciência.
A todos aqueles que, em algum momento ou de alguma forma participaram e
contribuíram com a minha formação.
Meus sinceros agradecimentos...
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Fé é aquilo que faz você olhar para cima e ver tudo
maravilhoso. Olhar para perspectiva do amanhã e enxergá-la
brilhante, olhar para o seu interior e sentir-se aprovada e olhar
para o futuro e enxergá-lo glorioso!”
Bárbara Johnson
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RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE PIMENTÃO À MOSCA-BRANCA Bemisia
tabaci (GENN.) BIÓTIPO B (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE)
RESUMO – A cultura do pimentão sofre grandes ataques de pragas, entre
elas, a mosca-branca, Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B que constitui uma espécie de
importância econômica para esta cultura pelos danos causados a produção. Nesse
trabalho teve por objetivos desenvolver metodologia direcionada a relação
inseto/planta para uso de estudos de resistência de genótipos de pimentão à mosca-
branca e avaliar a não-preferência para oviposição, não-preferência para
alimentação e ocorrência de antibiose em genótipos de pimentão. Os resultados
encontrados permitiram concluir que: mosca-branca prefere ovipositar em folhas
localizadas nos terços médio e superior das plantas de pimentão, e em áreas do
limbo foliar, localizadas nos lóbulos direito e esquerdo, próximas à base da folha;
plantas mais velhas, com 45 e 40 dias de idade, são as preferidas para oviposição;
as melhores densidades de mosca-branca por planta de pimentão para estudos de
preferência são 250, 200 e 150 adultos; o período mais adequado para a avaliação
da atratividade de genótipos de pimentão à mosca-branca é de 24 horas após a
liberação; o genótipo Italiano Amarelo Gigante é mais atrativo a mosca-branca que
Quadrado Vermelho, Margarita, Bruno, All Big, Sonar e Tesoro; quanto à preferência
para oviposição, Bruno, em teste com chance de escolha, e Quadrado Vermelho,
Sonar e 1-7, em teste sem chance, apresentam menor oviposição pela mosca-
branca; o genótipo Bruno é o hospedeiro mais adequado à colonização da mosca-
branca; os genótipos All Big e Quadrado Vermelho apresentam efeitos adversos
sobre o desenvolvimento da mosca-branca; no genótipo Quadrado Vermelho, a
mosca-branca apresenta menor longevidade enquanto que no genótipo Tesoro
observa-se menor número de ovos por fêmea.
Palavras-chave: Capsicum annuum, resistência de plantas a insetos, mosca-
branca, atratividade, oviposição.
7
RESISTANCE OF SWEET PEPPER GENOTYPES TO THE WHITEFLY Bemisia
tabaci (GENN.) B BIOTYPE (HEMIPTERA:ALEYRODIDAE)
ABSTRACT- The culture of the pepper suffers great attacks of pests, among
them, the whitefly, Bemisia tabaci (Genn.) B biotype that constitutes a type of
economic importance for this culture for the caused damages the production. That
work had for objectives develop addressed methodology the relationship
insect/plants for use of studies resistance of sweet pepper genotypes to the whitefly
and to evaluate the oviposition non preference, feeding non preference and antibiosis
in sweet pepper genotypes. The results allowed to conclude that: whitefly preferred
oviposit in leaves located in the medium and superior position of the sweet pepper
plant; and also in leaf blade areas located in the right and left lobes, close to the base
of the leaf; older plants, with 45 and 40-days of age, were the most oviposited; the
best densities of the whitefly per plant of sweet pepper for preference studies are
250, 200 and 150 adults; the most appropriate periods for the attractiveness
evaluations of sweet pepper genotype to whitefly was 24 hours after liberation, the
Italiano Amarelo Gigante genotype was the most attractive than Quadrado Vermelho,
Margarita, Bruno, All Big, Sonar and Tesoro; The Bruno genotype, in free-choice test;
and, Quadrado Vermelho, Sonar and 1-7 in no-choice test, present smaller
oviposition of the whitefly; the Bruno genotype is the most appropriate host to
colonization of the whitefly; the All Big and Quadrado Vermelho genotypes present
adverse factors on the development of the whitefly; in the Quadrado Vermelho
genotype, whitefly presents smaller longevity, while in the Tesoro genotype was
observed smaller number of eggs per female.
KEYWORDS: Capsicum annuum, resistance of plants to insects, whitefly,
attractiveness, oviposition.
8
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Genótipos de pimentão, Capsicum annuum, suas
procedências e características. Ilha Solteira-SP, 2005............................ 32
Tabela 2. Número médio de ovos/cm
2
de B. tabaci biótipo B em folhas
do genótipo de pimentão Magali-R, de acordo com sua posição
na haste principal (P) e posição da área de amostragem no
limbo foliar (A), em teste com chance de escolha. Ilha Solteira-
SP, 2005.................................................................................................. 43
Tabela 3. Número médio de ovos/cm
2
de B. tabaci biótipo B, em folhas
do genótipo de pimentão genótipo Magali-R, em cinco
diferentes densidades populacionais. Ilha Solteira-SP, 2005 .................. 45
Tabela 4. Número médio de ovos/cm
2
de B. tabaci biótipo B em folhas
do genótipo pimentão Magali-R, em cinco idades fenológicas.
Ilha Solteira-SP, 2005.............................................................................. 46
Tabela 5. Número médio de adultos de B. tabaci biótipo B por planta,
em diferentes genótipos de pimentão, após 24, 48, 72, 96 e
120 horas da infestação, em teste com chance de escolha. Ilha
Solteira-SP, 2005..................................................................................... 49
Tabela 6. Número médio de ovos de B. tabaci biótipo B, em diferentes
genótipos de pimentão, em teste com chance de escolha. Ilha
Solteira-SP, 2005..................................................................................... 51
Tabela 7. Número médio de ovos de B. tabaci biótipo B, em diferentes
genótipos de pimentão, em teste sem chance de escolha. Ilha
Solteira-SP, 2005..................................................................................... 52
9
Tabela 8. Períodos de incubação, ninfal e de desenvolvimento de ovo
a adulto de B. tabaci biótipo B, em diferentes genótipos de
pimentão. Ilha Solteira-SP, 2005 ............................................................. 54
Tabela 9. Viabilidade de ovos e ninfas de B. tabaci biótipo B, em
diferentes genótipos de pimentão. Ilha Solteira-SP, 2005 ....................... 55
Tabela 10. Tamanho médio (mm), longevidade (dias), e fecundidade
(ovos/fêmea) de B. tabaci biótipo B confinadas em diferentes
genótipos de pimentão. Ilha Solteira-SP, 2005........................................ 57
Tabela I. Dados de temperatura (°C) e umidade relativa (%), coletados
durante o estudo de biologia da mosca-branca B. tabaci biótipo
B em diferentes genótipos de pimentão. Ilha Solteira-SP, 2005.............. 73
10
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Casa de Vegetação - DEFERS ............................................................. 31
Figura 2. Estufa: criação da mosca-branca B. tabaci biótipo B ............................ 34
Figura 3. Representação esquemática para avaliação de posturas: (a)
posição da folha na planta; (b) áreas avaliadas no limbo foliar............. 35
Figura 4. Gaiola utilizada durante avaliação da oviposição de B. tabaci
biótipo B em teste sem chance de escolha.......................................... 36
Figura 5. Gaiola utilizada para infestação de adultos de B. tabaci
biótipo B em genótipos de pimentão .................................................. 41
11
SUMÁRIO
Página
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 15
2.1 Considerações gerais.................................................................................. 15
2.2 Complexo Bemisia tabaci ............................................................................ 18
2.3 Comportamento e biologia de B. tabaci....................................................... 19
2.4 Sintomas de ataque e danos causados por B. tabaci ................................. 24
2.5 Resistência de plantas à mosca-branca B. tabaci biótipo B........................ 27
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................ 30
3.1 Local e procedimentos gerais utilizados no desenvolvimento da
pesquisa ................................................................................................... 30
3.2 Criação e manutenção de B. tabaci biótipo B.............................................. 34
3.3 Distribuição setorial e vertical de ovos de B. tabaci biótipo B em
plantas de pimentão, em teste com chance de escolha.............................. 35
3.4 Efeito da densidade de adultos na oviposição de B. tabaci biótipo
B em plantas de pimentão, em teste sem chance de escolha .................... 36
3.5 Efeito da idade de plantas de pimentão sobre o ataque de B. tabaci
biótipo B, em teste com chance de escolha................................................ 37
3.6 Preferência de adultos de B. tabaci biótipo B por genótipos de
pimentão .................................................................................................... 37
3.6.1 Atratividade de B. tabaci biótipo B por genótipos de pimentão ........... 37
3.6.2 Preferência para oviposição de B. tabaci biótipo B por
genótipos de pimentão .............................................................................. 38
3.6.2.1 Teste com chance de escolha...................................................... 38
3.6.2.2 Teste sem chance de escolha...................................................... 38
3.7 Desenvolvimento de B. tabaci biótipo B em genótipos de pimentão ........... 39
3.8 Análise Estatística ....................................................................................... 41
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 42
4.1 Distribuição de ovos de B. tabaci biótipo B em plantas de
pimentão ................................................................................................... 42
12
4.2 Efeito da densidade de adultos de B. tabaci biótipo B na
oviposição em plantas de pimentão, em teste sem chance de
escolha....................................................................................................... 44
4.3 Efeito da idade da planta de pimentão na oviposição de B. tabaci
biótipo B, em teste com chance de escolha ................................................ 45
4.4 Atratividade de B. tabaci biótipo B por genótipos de pimentão ................... 46
4.5 Oviposição de B. tabaci biótipo B em genótipos de pimentão, em
teste com e sem chance de escolha .......................................................... 50
4.6 Desenvolvimento de B. tabaci biótipo B em genótipos de pimentão ........... 53
5. CONCLUSÕES ................................................................................................. 58
6. REFERÊNCIAS................................................................................................. 60
APÊNDICE............................................................................................................ 72
13
1. INTRODUÇÃO
O pimentão, Capsicum annuum é uma solanácea perene, mas cultivada como
cultura anual. É de origem americana, tendo o México e a América Central como
centro e diversidade, ocorrendo formas silvestres desde o Sul dos Estados Unidos
até o Norte do Chile (FILGUEIRA, 2000, p.235; COLARICCIO et al., 2003, p.12).
Essa hortaliça é uma das mais apreciadas no Brasil, com uma produção anual
de cerca de 350 mil toneladas, em uma área de aproximadamente 13 mil ha. Em
nosso país, a produtividade média em 2003 foi em torno de 27t/ha e tem aumentado
significativamente, principalmente após a intensificação da utilização de estufas
(LOPES & ÁVILA, 2003, p.05).
Entre as pragas que atacam o pimentão destaca-se a mosca-branca, Bemisia
tabaci biótipo B (Genn.) (MUÑIZ & NOMBELA, 1997, p.473-479) pelos danos
causados à cultura por ninfas e adultos, que ao se alimentarem da seiva do floema,
provocam alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta
(HIRANO et al., 1993, 14p.). Os danos indiretos são representados pelas
substâncias açucaradas (honeydew) liberadas sobre as plantas, sobre as quais
crescem fungos saprófitas do gênero Capnodium (fumagina). Essa formação sobre a
14
folha ou fruto impede as trocas gasosas e a fotossíntese, afetando a quantidade e a
qualidade comercial da produção (VILLAS BÔAS et al., 2002, p.71).
Desde meados dos anos 80, na América Latina, várias espécies de plantas de
importância econômica têm sido atacadas por B. tabaci biótipo B, mas a maior parte
dos danos está relacionada à presença de geminoviroses, especialmente em
pimentão, feijão, tomate e melão (HILJE, 2003, p.130). Esse tipo de virose, também
está presente em pimentão e tem como vetor à mosca-branca (LOPES & ÁVILA,
2003, p.64).
O uso freqüente de inseticidas para o controle de altas densidades de B.
tabaci biótipo B, tem propiciado o desenvolvimento rápido de populações resistentes
(DARDON, 1993, p.38-41). Em função disso e considerando os possíveis efeitos
colaterais ocasionados pelo uso intensivo de inseticidas, novas alternativas de
controle devem ser estudadas (HOROWITZ & ISHAAYA, 1996, p.537-556). Nesse
sentido, a utilização de genótipos de C. annuum resistentes à mosca-branca pode
representar uma táctica alternativa para controlar ou limitar as altas infestações
desta praga. Esse método reduz as populações a níveis que não causam danos
econômicos, não promove desequilíbrio biológico, tem efeito cumulativo e
persistente, não é poluente e não exige conhecimentos específicos do produtor
(LARA, 1991, p.11).
Este trabalho teve por objetivos, desenvolver metodologia direcionada a
relação inseto/planta para uso de estudos de resistência de genótipos de pimentão à
mosca-branca B. tabaci biótipo B e avaliar a não preferência para oviposição, não
preferência para alimentação e ocorrência de antibiose em genótipos de pimentão.
15
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Considerações gerais
Bemisia tabaci, erroneamente chamada de mosca-branca, pertence à ordem
Hemiptera, subordem Sternorrhyncha (Homoptera) e família Aleyrodidae (BYRNE &
BELLOWS, 1991, p.431-437).
Essa família tem cerca de 126 gêneros e 1156 espécies, sendo que o gênero
Bemisia contempla 37 espécies conhecidas. A espécie Bemisia tabaci é
cosmopolita, originária do Sul da Ásia, provavelmente Índia ou Paquistão (VILLAS
BÔAS et al., 1997, p.1), sendo que sua primeira citação como praga ocorreu em
1889, na Grécia, sobre cultura de fumo (OLIVEIRA, 2001, p.61).
As moscas-brancas diferem muito das moscas verdadeiras (ordem Diptera),
porque têm quatro asas desenvolvidas, aparelho bucal picador sugador e
metamorfose incompleta (HILJE, 1996, p.1). São fitófagas, tanto na fase jovem
quanto na adulta e se alimentam preferencialmente na face inferior das folhas
(HODDLE, 2005, p.3).
16
Entre 1926 e 1981, a mosca-branca B. tabaci biótipo A, foi considerada praga
esporádica e secundária em muitas áreas produtoras do mundo, entretanto já era
importante vetor de viroses em zonas subtropicais e tropicais (HAJI et al., 1997b,
p.05). No Brasil, o primeiro registro sobre B. tabaci biótipo A foi feito em 1968, em
cultura de algodão, no estado do Paraná; e em culturas de soja, algodão e feijão,
nos estados do Paraná e São Paulo em 1972-1973 (COSTA et al., 1973, p.20-30).
No início dos anos 90 B. tabaci biótipo B surgiu no Brasil nas regiões: Sudeste
(São Paulo e Minas Gerais), Centro Oeste (Distrito Federal), Nordeste (Pernambuco,
Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Paraíba), causando danos significativos
em culturas de importância econômica (HAJI et al., 1997b, p.05). No Estado de São
Paulo, no início de 1991, foi registrada a presença da B. tabaci biótipo B, em altas
populações, em hortaliças e ornamentais (LOURENÇÃO & NAGAI, 1994, p.53; HAJI
et al., 1997 b, p.5; VILLAS BÔAS et al., 1997, p.2).
A mosca-branca B. tabaci biótipo B é um inseto cosmopolita e polífago
(HODDLE, 2005, p.5). A disseminação em nível mundial vem ocorrendo de forma
assustadora, sendo hoje conhecidas mais de 700 espécies de plantas hospedeiras
do inseto (HAJI et al., 1997a, p.43; FERREIRA & AVIDOS, 1998, p.22), dentro de 86
famílias botânicas (GREATHEAD, 1986, p.17-25). As plantas hospedeiras
preferenciais são: soja, amendoim, algodão, abóbora, melão, pepino, mandioca,
crucíferas (principalmente, repolho e brócolis), tomate, pimentão, berinjela, melancia,
alface, quiabo, ervas daninhas e plantas ornamentais (LOURENÇÃO & NAGAI,
1994, p.55; NORMAM JR. et al., 1996, p.3; SILVEIRA & ALBERT JR., 1997, p.12;
VILLAS BÔAS et al., 1997, p.2).
Estimativas do impacto econômico do complexo B. tabaci na agricultura
mundial têm sido de difícil obtenção em decorrência das extensas áreas afetadas, do
17
número de culturas envolvidas e dos diferentes sistemas monetários (OLIVEIRA et
al. 2001, p.67-68). Os danos econômicos somam bilhões de dólares sendo que
somente nos Estados Unidos chegam a US$ 500 milhões por ano; sabe-se que em
algumas regiões agrícolas, a mosca-branca tem causado desemprego superior a
30% no campo (FERREIRA & AVIDOS, 1998, p.22). As perdas provocadas na
agricultura brasileira por esse inseto, somadas aos gastos com produtos químicos
utilizados no seu controle, são superiores a R$ 4 bilhões e, provavelmente, 60%
destas ocorrem na região nordeste (OLIVEIRA et al., 2000, p.46).
No Brasil, somente o controle químico, com alternância de inseticidas de
diferentes grupos químicos, tem sido utilizado para diminuir as populações de B.
tabaci biótipo B. No entanto a médio e longo prazo, esse tipo de controle pode
tornar-se ineficiente, pela facilidade com que este inseto adquire resistência aos
inseticidas (HAJI et al., 1997 b, p.7; FERREIRA & AVIDOS, 1998, p.26; OLIVEIRA et
al., 2000, p.46), tanto assim que, a aplicação quase diária de inseticidas não reduziu
a infestação da B. tabaci biótipo B em hortaliças (tomateiro, brócolos, berinjela e
aboboreira) e ornamentais (crisântemo e bico-de-papagaio) (LOURENÇÃO e
NAGAI, 1994, p.53). Assim, como o controle químico não tem sido eficiente, as
plantas resistentes podem ser utilizadas como uma forma de minimizar os danos
causados pelo biótipo B da B. tabaci (NORMAN JR. et al., 1996, p.11). De acordo
com Lara (1991, p.15-18) essa forma de controle é compatível com as outras táticas
utilizadas no Manejo Integrado de Pragas.
Dessa forma, os estudos em resistência de plantas a insetos do gênero
Bemisia, representa um avanço importante na pesquisa, visando reduzir as perdas
causadas por estes insetos (McAUSLANE, 1996, p.834-841).
18
2.2. Complexo Bemisia tabaci
O aparecimento de desordens e anomalias caracterizadas pelo
amadurecimento irregular de frutos de tomate (tomato irregular pipening)
(SCHUSTER et al., 1990, p.7) e prateamento das folhas de aboboreiras (squash
silverleaf) (MAYNARD e CANTLIFFE, 1989, 4 p.) foram associados à ocorrência de
altas populações da mosca-branca do gênero Bemisia (SCHUSTER et al., 1990,
p.7). Estudos mostraram que o aparecimento desses sintomas estava relacionado à
ocorrência do novo biótipo da B. tabaci (biótipo B) o qual apresentava potencial
biótico diferenciado (PERRING et al., 1992, p.1278-1284).
Essa plasticidade genética e o elevado polimorfismo (HILJE, 1996, 150p.)
culminou com a utilização de termos como, biótipos, espécies irmãs, complexo de
espécies, raças e complexo de raças (BROWN et al., 1995, p.511-534; DROST et
al., 1998, p.220), de tal modo que, B. tabaci, atualmente, possui mais de uma
dezena de biótipos espalhados pelo mundo (BEDFORD et al., 1994, p.311-325;
BROWN et al., 1995, p.511-534; ROSSEL et al., 1997, p.575-589). Evidências
sugerem que B. tabaci constitui, de fato, um complexo de raças ou mesmo de
espécies (BROWN et al., 1995, p.511-534), e que o biótipo A se formou no Novo
Mundo e o biótipo B no Velho Mundo, enquanto que os demais biótipos que formam
esse complexo se originaram em regiões da Índia e do Sudão (DROST et al., 1998,
p.220).
Apenas recentemente foi identificado o biótipo B também conhecido como B.
argentifolii, da B. tabaci, o qual se caracteriza por ser muito mais agressivo às
plantas cultivadas, entretanto morfologicamente idênticos ao biótipo A, diferindo no
comportamento e multiplicação (GRAVENA, 2000, p.70). O biótipo A, se alimenta de
19
plantas como feijão, tem baixa reprodução em bico-de-papagaio (poinsétia), não
induz o aparecimento da folha prateada da aboboreira e apresenta o padrão
isoenzimático de esterase A. O biótipo B se alimenta de solanáceas, cucurbitáceas e
plantas ornamentais, reproduze-se intensamente em brócolis, induz ao
preateamento da folha da aboboreira e apresenta padrão isoenzimático de esterase
B (PERRING et al., 1992, p.1278-1284).
Os insetos do biótipo B apresentam grande plasticidade genética,
caracterizada pelas seguintes evidências: grande variação morfológica das ninfas,
dentro de uma mesma planta; habilidade de adaptação a novas zonas geográficas;
rápida capacidade de adquirir resistência aos inseticidas (HILJE, 1996, 150p.);
transmite maior número geminivírus as plantas cultivadas (GRAVENA, 2000, p.70);
ataca maior número de hospedeiros e induz alterações fitotóxicas em cucurbitáceas,
tomate, brócolis e alface (HILJE, 1996, 150p.).
2.3 Comportamento e biologia de B. tabaci
As moscas-brancas, embora hemimetabólicas, apresentam o
desenvolvimento mais próximo dos insetos holometabólicos. Assim, sua
metamorfose, embora incompleta, compreende as fases de ovo, ninfa e adulto,
sendo a fase de ninfa subdividida em ninfa I, ninfa II, ninfa III e ninfa IV, sendo esta
última também chamada de pupa ou pseudopupa (VILLAS BÔAS et al., 1997, p.03).
A reprodução pode ser sexual ou partenogenética; na reprodução sexual, as
proles serão compostas de machos e fêmeas. Na partenogênese haplóide, as proles
serão compostas apenas de machos, portanto, denominada de arrenótoca (VILLAS
BÔAS et al., 1997, p.3; SALAS & MENDOZA, 1995, p.159; HODDLE, 2005, p.3).
20
Os adultos emergem por uma abertura em formato de T invertido, que vai da
cabeça até a separação do tórax e abdome, saindo por meio de movimentos de
contração e expansão do corpo (EICHELKRAUT & CARDONA, 1989, p.58), com as
asas enroladas sobre o mesmo (BYRNE & BRETZEL, 1987, p.215-219) deixando
para trás os invólucros translúcidos, que continuam presos à folha (OLIVEIRA &
SILVA, 1997, p.10). O adulto é pequeno, seu tamanho varia de 1 a 2 mm de
comprimento, sendo as fêmeas maiores que os machos (VILLAS BÔAS et al., 1997,
11p.; MIZUNO & VILLAS BÔAS, 1997, p.2), geralmente o tamanho aproximado das
fêmeas é de 0,9 mm e dos machos de 0,8 mm (OLIVEIRA & SILVA, 1997, p.7;
FERREIRA & AVIDOS, 1998, p.24).
Os insetos adultos de B. tabaci biótipo B caracterizam-se por possuírem dois
pares de asas membranosas, recobertas por uma substância pulverulenta de cor
branca, o corpo apresenta uma coloração amarelo-pálida recoberto por uma cera
extra-cuticular (MIZUNO & VILLAS BÔAS, 1997, p.2). Quando em repouso, as asas
são mantidas levemente separadas, com os lados paralelos, deixando o abdome
visível. Os adultos e as ninfas possuem aparelho bucal do tipo picador-sugador, as
mandíbulas e maxilas formam um tubo duplo chamado de probóscide, o qual é
usado para succionar a seiva dos canais do floema (VILLAS BÔAS et al., 1997, p.2).
O acasalamento começa depois de 12 horas a dois dias da emergência. Os
insetos copulam várias vezes durante sua vida e o período de pré-oviposição é
variável conforme as diferentes épocas do ano, podendo durar de 8 horas a 5 dias
(VILLAS BÔAS et al., 1997, p.3). Dependendo da planta hospedeira, uma fêmea
pode colocar de 30 a 400 ovos durante seu tempo de vida (OLIVEIRA & SILVA,
1997, p.7; SILVEIRA & ALBERT JR., 1997, p.11; FERREIRA & AVIDOS, 1998, p.24;
BEDIN et al., 2005, p.2).
21
Os ovos são colocados na face inferior das folhas jovens (OLIVEIRA & SILVA,
1997, p.8), inseridos numa abertura feita pelo ovipositor ou diretamente nas
aberturas dos estômatos (HODDLE, 2005, p.3). Quanto à forma de oviposição, pode
ser feita isoladamente, em grupos irregulares, ocasionalmente em semicírculo
(EICHELKRAUT & CARDONA, 1989, p.57; HODDLE, 2005, p.3) ou dispostos num
padrão circular (VAN LENTEREN & NOLDUS, 1990, p.53). O ovo apresenta um
pedicelo curto, que o prende ao tecido da planta (VILLAS BÔAS et al., 1997, p.3) e
uma substância é depositada na base do pedicelo para fixar os ovos. O pedicelo tem
as funções de alimentar e manter os ovos hidratados (HODDLE, 2005, p.3).
Os ovos medem cerca de 0,2 a 0,3 mm (VILLAS BÔAS et al., 1997, p.3).
Possuem formato alongado (NORMAM JR. et al., 1996, p.4), têm coloração branco-
amarelada no início da fase, passando a marrom-escura quando se aproximam da
eclosão. Dependendo da planta hospedeira e da temperatura ambiente levam, em
média, de 5 a 7 dias para eclodirem (OLIVEIRA & SILVA, 1997, p.8), podendo levar
até 15 dias para completar esta fase (VILLAS BÔAS et al., 1997, p.3).
Depois da eclosão, surgem as ninfas, que desde os primeiros momentos de
vida até chegar ao final desta fase medem cerca de 0,3 a 0,6 mm de comprimento
(FERREIRA & AVIDOS, 1998, p.24). As ninfas de 1º ínstar medem
aproximadamente 0,3 mm de comprimento, são transparentes, locomovem-se na
folha por algumas horas e comumente são chamadas de “crawlers”. Durante esse
tempo, elas testam o tecido vegetal, escolhendo o local mais adequado para fixarem
(OLIVEIRA & SILVA, 1997, p.9; SUMMERS, 1997, p.372; VILLAS BÔAS et al., 1997,
p.3); escolhido o local, introduzem o estilete na folha e começam a sugar a seiva,
permanecendo neste local até o final da fase imatura (NORMAM JR. et al., 1996,
p.4; SILVEIRA & ALBERT JR., 1997, p.11; HODDLE, 2005, p.3). As ninfas de 2º e 3º
22
ínstares possuem formato oval ou oval-alongado, são sésseis e translúcidas e
medem 0,4 e 0,5 mm, respectivamente. O 4º ínstar é dividido em três estágios
morfologicamente distintos: inicialmente a ninfa é achatada e translúcida, com
apêndices rudimentares; no segundo, torna-se opaca e cerosa, medindo 0,6 mm de
comprimento; no último ínstar (final do 4º ínstar), também chamado de pupal, já
apresenta ocelos e a pigmentação amarelo-esbranquiçada do adulto. Durante todo o
período jovem, as ninfas são achatadas e finas, com formato elíptico; somente no
estágio de pupa (4º ínstar) é que a ninfa apresenta um formato convexo e um pouco
mais volumoso (OLIVEIRA & SILVA, 1997, p.9). O período ninfal tem duração de 2 a
4 semanas (MAU, 2005, p.3).
O ciclo de vida de ovo a adulto requer entre duas semanas e meia a três
semanas sob condições favoráveis, mas pode ser alongado até dois meses em
condições controladas, dependendo da temperatura e da planta hospedeira
(NORMAM JR. et al., 1996, p.5; FERREIRA & AVIDOS, 1998, p.24). A longevidade
do adulto pode ser de algumas horas ou de até 20 dias (OLIVEIRA & SILVA, 1997,
p.10). O macho tem vida curta, de 9 a 17 dias, com uma média de 13 dias e as
fêmeas vivem 62 dias, em média, podendo variar de 38 a 74 dias (VILLAS BÔAS et
al., 1997, p.3).
Os adultos de B. tabaci biótipo B migram na planta das folhas mais velhas
para as mais jovens e entre plantas da mesma cultura ou para culturas adjacentes
(OLIVEIRA & SILVA, 1997, p.11), tendendo a migrar de plantas infestadas para
campos de cultivos recém-transplantados (VILLAS BÔAS et al., 1997, p.3), ou para
plantas daninhas. Geralmente são auxiliados pela ação do vento, mas o homem é o
principal disseminador, quando transporta plantas infestadas de um local para outro
(OLIVEIRA & SILVA, 1997, p.11). Esses insetos são muitos ativos e ágeis, voam
23
rapidamente quando são molestados e demonstram dois padrões distintos de vôo, a
curta e a longa distância. Vôos à curta distância, ocorrem na mesma planta e de
baixo para cima, a menos de 10 cm do solo; enquanto que os vôos a longas
distâncias ocorrem quando os adultos deslocam de uma planta hospedeira para
outra (VAN LENTEREN & NOLDUS, 1990, p.74). Os adultos podem ser encontrados
numa distância de até 7 km da planta hospedeira e a 300 metros de altura no
máximo, e voam geralmente no período mais fresco do dia e à noite (OLIVEIRA &
SILVA, 1997, p.11; FERREIRA & AVIDOS, 1998, p.24).
A seleção dos locais de oviposição, o crescimento, a sobrevivência e a
reprodução dos descendentes de B. tabaci biótipo B são fundamentais na evolução
das interações entre insetos herbívoros e plantas (SINGER, 1986, p.65;
THOMPSON, 1988, p.3-14). A seleção do substrato para oviposição é uma fase
crítica da vida do inseto. Isso é verdadeiro para a mosca-branca, pois a maioria dos
ínstares ninfais é completamente séssil, exceto o primeiro ínstar, o qual tem uma
capacidade de dispersão muito limitada sobre a folha onde são depositados os ovos.
Esses insetos alimentam-se e ovipositam sobre a mesma folha, sendo que a
escolha do local para alimentação e oviposição é realizada passo a passo.
Comumente selecionam as partes das plantas que são mais adequadas para
alimentação e oviposição (VAN LENTEREN & NOLDUS, 1990, p.49).
A taxa de oviposição e a longevidade dependem da temperatura, da planta
hospedeira (alimentação), da umidade relativa; e quando ocorre escassez de
alimento, as fêmeas interrompem a postura (SALAS & MENDONZA, 1995, p.155;
VILLAS BÔAS et al., 1997, p.3). A aceitação do hospedeiro é determinada pelo
contato e picada de prova e se o hospedeiro não for adequado o inseto deixa a
planta (VILLAS BÔAS et al., 2001, p.130).
24
O hospedeiro pode ser reconhecido à distância ou somente após pousar
sobre a planta. A cor é um fator importante na seleção da planta hospedeira à
distância. A mosca-branca é fortemente atraída pela cor amarela esverdeada,
vermelha, laranja avermelhada, verde escura, púrpura (HUSAIN & TREHAN, 1940,
p.101-109) e amarelada (MAU et al., 2005, p.6).
A densidade e a distribuição dos pêlos nas folhas podem ter duplo efeito
sobre a seleção das plantas hospedeiras ora provocando uma barreira física ora
formando um microclima (WILLMER, 1986, p.65-80). A idade da folha representa um
fator importante na escolha da planta pela mosca-branca sendo que as folhas mais
jovens são as mais preferidas para alimentação e oviposição (VAN LENTEREN &
NOLDUS, 1990, p.53).
2.4 Sintomas de ataque e danos causados por B. tabaci
As grandes infestações de B. tabaci biótipo B produzem desidratação nas
plantas, com murchamento nas horas mais quentes do dia (LIMA & LARA, 2001,
p.26). Desordens fisiológicas, provocadas pela injeção de toxinas, causam
branqueamento da haste e distorção das folhas de alface e manchas ou listras
brancas nos talos de Brassica spp (BROWN & COSTA, 1992, p.426); clareamento
internerval em bico-de-papagaio (BROWN et al., 1995, p.511-534); deformação no
crescimento de plantas ornamentais do gênero Cassandra; descoloração foliar,
amarelecimento e clareamento em verduras; mosqueado em plantas ornamentais e
em hortaliças (SCHUSTER et al. 1996, p.153-166).
Plantas com sintomas de geminivírus transmitido pela B. tabaci biótipo B
apresentam um crescimento lento das plantas, folíolos pequenos, encarquilhados,
25
coriáceos, com bordos voltados para cima, coloração verde e amarela (mosaico
amarelo) em diversos tons (MIZUNO & VILLAS BÔAS, 1997, p.2)
O biótipo B da B. tabaci causa o prateamento das folhas, em aboboreira; em
crucíferas, o embranquecimento do caule; em bico-de-papagaio, o clareamento das
nervuras; em cenoura, o clareamento da raiz; no tomateiro, o amadurecimento
irregular dos frutos (OLIVEIRA & SILVA, 1997, p.5) sendo que este sintoma dificulta
a determinação do ponto de colheita e prejudica a produção e a qualidade da polpa
do fruto (VILLAS BÔAS et al.,1997, 11p.).
Os sintomas das geminoviroses em pimentão poder variar, dependendo
principalmente da espécie do vírus envolvido, da época de infecção e das condições
climáticas. De modo geral, o mosaico é caracterizado por amarelecimento intenso e
deformação das folhas, a partir das mais novas (LOPES & ÁVILA, 2003, p.64).
As ninfas e adultos de B. tabaci biótipo B podem causar danos diretos às
culturas ao se alimentarem da seiva do floema provocando alterações no
desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta (VILLAS BÔAS et al., 2002,
p.71).
Os danos causados incluem debilidade da planta; liberação de seiva pelos
insetos sobre as folhas e frutos, servindo como substrato para o crescimento de
fungos; transmissão de vírus e indução a desordens fisiológicas (HIRANO et al.,
1993, 14p.; McAUSLANE et al., 1995, p.1135-1143; LOURENÇÃO, 2002, p.153).
Altas infestações da B. tabaci biótipo B provocam diminuição no crescimento e no
desenvolvimento das plantas, reduzem a produção e alteram a qualidade de frutos e
flores (LIMA & LARA, 2001, p.26).
A seiva composta por um complexo contendo aminoácidos, açúcares, álcoois,
ésteres, hormônios de crescimento vegetal, ácidos graxos e outras substâncias
26
retiradas das plantas e liberadas pela mosca-branca, cobrem as folhas e servem de
substrato para o crescimento de fungos do gênero Capnodium, que resulta na
formação da fumagina, a qual reduz a fotossíntese, a respiração e o valor comercial
da cultura (VILLAS BÔAS et al. 1997, 11p.; VILLAS BÔAS et al., 2002, p.71). A
fumagina dificulta a ação de defensivos agrícolas e, conseqüentemente, acarreta
maiores custos de produção da cultura (LIMA & LARA, 2001, p.28). Em brócolis,
Lourenção e Nagai (1994, p.55) observaram que a alta colonização da B. tabaci
biótipo B estava associada à presença de fumagina, levando à formação de
inflorescências sem valor comercial.
Os maiores danos causados por B. tabaci biótipo B ocorrem quando esta
praga comporta-se como vetora de geminivírus (NORMAM JR. et al., 1996, p.3;
DROST et al., 1998, p.219; LIMA et al., 2001, p.81; VILLAS BÔAS et al., 2002, p.71).
As plantas com geminivírus apresentam (MIZUNO & VILLAS BÔAS, 1997, p.2),
ocorre pouca floração e redução do grau brix nos frutos e quando a infecção ocorre
no estádio de plântula, as perdas na produção são totais (HAJI et al., 1997b, p.5).
Em 1996 e 1997, observaram-se sintomas de viroses causadas por
geminivírus transmitidos por mosca-branca em plantas de pimentão com uma
incidência de 10 e 20% nas áreas amostradas, no SubMedio do Vale São Francisco
situadas nos Estados de Pernambuco e Bahia (LIMA et al., 1999, p.106). No período
de 1996 a 1998, foi confirmada a presença do DNA de geminivírus em 43,8% das
amostras de plantas de pimentão coletadas em Curaçá-BA e Petrolina-PE na cultivar
S-59, para a indústria de páprica; e no híbrido Tango, para consumo in natura (LIMA
et al., 2001, p.81-85).
27
2.5 Resistência de plantas à mosca-branca B. tabaci biótipo B
No controle da B. tabaci biótipo B podem ser utilizados táticas culturais,
químicas, biológicas e resistência de plantas, embora, atualmente, este controle
tenha sido feito quase exclusivamente por inseticidas (LIMA & LARA, 2001, p.34-56).
Lourenção (2002, p.153-154) relata que o uso de cultivares resistentes no controle
B. tabaci biótipo B deve ser ressaltado.
Devido às características da B. tabaci biótipo B, o uso de inseticidas tem sido
a tática mais utilizada, sendo que os neonicotinóides e os reguladores de
crescimento causam maior impacto a esta praga (LOURENÇÃO, 2002, p.154). Ainda
são utilizados óleos, detergentes (NORMAN et al., 1996, p.9-10), inseticidas
fosforados, carbamatos, piretróides (LIMA & LARA, 2001, p.44-46). Devido às
características biológicas e comportamentais de B. tabaci biótipo B, como rápido
desenvolvimento, alta fecundidade e grande capacidade de dispersão, aumenta a
probabilidade de aparecimento de resistência aos inseticidas de diferentes grupos
químicos (PRABHAKER et al., 1985, p.748-752).
Entretanto, é importante identificar as fases da B. tabaci biótipo B,
acompanhar o crescimento da população e aplicar o inseticida de forma adequada,
após a eclosão das ninfas e emergência dos adultos, uma vez que as fases de ovo e
pupa são as menos suscetíveis. No caso de alta densidade populacional, quando
todas as fases do inseto ocorrem simultaneamente, são necessárias várias
pulverizações para controle desta praga (LIMA & LARA, 2001, p.41-42).
Como o controle químico não é totalmente eficiente, as plantas resistentes
devem ser utilizadas como mais uma tática, visando minimizar os danos causados
por B. tabaci biótipo B (NORMAN JR. et al., 1996, p.9). Essa forma de controle é
28
totalmente compatível com o Manejo Integrado de Pragas, pois reduz as populações
de insetos a níveis que não causam danos, não interfere no ecossistema, não onera
o custo de produção e não exige conhecimento específico do produtor (LARA, 1991,
p.15-18). A resistência de plantas a insetos apresenta grande potencial como
estratégia de manejo em um programa integrado para controle de B. tabaci biótipo A
ou B (MEAGHER JUNIOR et al.,1997, p.1046-1052).
A seleção para plantas resistentes pode ser acelerada caso os mecanismos
de resistência sejam conhecidos. No entanto, o desconhecimento de tais
mecanismos não impeça o desenvolvimento de programas de melhoramento de
plantas (PILLEMER & TINGEY, 1976, p.482-484).
Características morfológicas e fisiológicas das plantas têm sido relacionadas
à incidência de Bemisia ssp. Das características físicas são mencionadas a
densidade e a disposição de feixes vasculares (CHU et al., 1995, p.354-360); a
espessura e a área da lâmina foliar (BUTTER & VIR, 1989, p.251-261; FLINT &
PARKS, 1990, p.223-229); a quantidade de cera presente na superfície das folhas; a
cor (ELSEY & FARNHAM, 1994, p.814; FARNHAM & ELSEY, 1995, p.343-347); a
densidade, o comprimento e o ângulo de inserção dos tricomas (BERLINGER, 1986,
p.69-82; BUTLER et al., 1986, p.350-354; FLINT & PARKS, 1990, p.223-229;
McAUSLANE, 1996, p.834-841) e a arquitetura da planta (SIPPEL et al., 1987,
p.171-178) têm papel importante na escolha do inseto pela planta ou estrutura
vegetal.
Características bioquímicas, como a exudação de açúcares pelos tricomas
(LIEDL et al., 1995, p.742-748), a concentração de gossipol (BUTTER & VIR, 1989,
p.251-261; BUTTER et al., 1990, p.119-122), total de açúcares, de tanino, de fenol,
de o-dihidroxifenol (BUTTER et al., 1990, p.119-122) e da nutrição das plantas
29
(SKINER & COHEN, 1994, p.693-698; BENTZ et al., 1995, p.271-277) têm sido
relacionadas à resistência de plantas.
O conhecimento da fenologia da planta hospedeira é muito importante para se
localizar, monitorar e controlar qualquer praga (VILLAS BOAS et al. 1997, 11p.).
Características morfológicas das superfícies das folhas são fatores que podem afetar
a preferência da B. tabaci biótipo B (BERLINGER, 1986, p.69-82). Conhecer o local
de postura escolhido pelo inseto na planta, os folíolos preferidos para a oviposição,
bem como a idade da planta é um dos fatores que pode auxiliar na detecção do
período de maior ataque deste hemíptero em diversas culturas. Essas informações
são importantes em programas de Manejo Integrado de Pragas (TOSCANO et al.,
2002, p.632).
30
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local e procedimentos gerais utilizados no desenvolvimento da pesquisa
O trabalho foi conduzido em casa de vegetação (Figura 1), estufa com
dimensões de 5,0 x 3,0 x 3,0 m (Figura 2) e no Laboratório de Entomologia do
Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos da Faculdade de
Engenharia, UNESP, Campus de Ilha Solteira-SP.
A resistência ao ataque da mosca-branca foi avaliada em dezesseis genótipos
de pimentão: All Big, Casca Dura Ikeda, Híbrido Magali-R, Dagmar, Marta, Yollo
Wonder, Híbrido Margarita, Híbrido Sonar, Híbrido 2027-30, Híbrido Bruno, Híbrido
Tesoro, Híbrido Prador, Híbrido P36-R, Híbrido 1-7, Italiano Amarelo Gigante,
Quadrado Vermelho à mosca-branca B. tabaci biótipo B (Tabela 1).
As mudas foram formadas em bandejas de isopor de 128 células preenchidas
com substrato comercial Plantmax, sendo que cada célula recebeu uma semente. O
transplante foi realizado 15 dias após a germinação, quando as plantas
apresentavam de 4 a 5 folhas, deixando-se somente uma planta em cada vaso.
31
Nos testes de distribuição setorial e vertical de ovos de B. tabaci, efeito da
idade de plantas de pimentão, atratividade de genótipos de pimentão a B. tabaci,
preferência para a oviposição de B. tabaci (com chance de escolha) e
desenvolvimento de B. tabaci em genótipos de pimentão foram utilizados vasos
construídos a partir de garrafas plásticas de 1,5 L de capacidade, envoltas por jornal
a fim de evitar que a luminosidade direcionasse as raízes para as laterais da garrafa.
Para o teste de densidade de adultos e preferência para oviposição sem
chance de escolha o transplante foi realizado em vasos de poliestireno com
capacidade para 4 litros.
Em cada vaso colocou-se uma mistura composta por duas partes de terra,
uma parte de substrato comercial Plantmax e uma parte de areia. Durante o
desenvolvimento dos testes foi feito acompanhamento diário, sendo as plantas
irrigadas quando necessário.
Figura 1. Casa de Vegetação - DEFERS
32
Tabela 1. Genótipos de pimentão, Capsicum annuum, suas procedências e características, Ilha Solteira-SP, 2005.
Genótipos Empresa Características
All Big
FELTRIN
Variedade excelente para regiões quentes, produz frutos de tamanho médio (12 cm x
8 cm), formato quadrado, com 3 a 4 lóculos. Tem casca grossa e sabor doce.
Casca Dura Ikeda
HORTEC
Plantas compactas e produtivas. Frutos com formato cônico (13 cm x 8 cm), coloração
variando de verde/vermelho.
Dagmar
HORTEC
Plantas vigorosas, uniformes e produtivas, com bom enfolhamento. Frutos cônicos,
alongados (14 cm x 8 cm), com coloração variando de verde/vermelho.
Híbrido 1-7
FELTRIN
Híbrido precoce. Plantas de excelente cobertura. Frutos quadrados (10 cm x 10 cm),
de coloração verde médio a vermelho brilhante.
Híbrido 2027-30
FELTRIN
Planta vigorosa, muito produtiva, bem enfolhada. Frutos cônicos, 3 lóculos, terminado
em ponta; tamanho e formato uniformes. Coloração verde/vermelho. Resistente ao
vírus PVYm.
Híbrido Bruno
FELTRIN
Altamente produtivo. Frutos retangulares curtos (13 cm de comprimento) de coloração
verde a vermelho intenso, com 3-4 lóculos. Alta capacidade de adaptação. Resistente
às viroses: TMV, PVY (1,2, 1-2), PepMov e PepYMV.
Híbrido Magali-R
SAKATA
Plantas muito produtivas e vigorosas. Adaptação a diferentes locais e formas de
cultivo. Frutos (18 cm x 8 cm) de coloração verde a vermelho escuro, de formato
cônico. Resistente ao vírus Y da batata e ToMV.
Híbrido Margarita
SYNGENTA
Planta altamente vigorosa, uniforme e produtiva. Fruto retangular (17 cm x 10 cm)
com 3 a 4 lóculos, de coloração verde/vermelho intenso e brilhante. Resistente às
viroses TMV, PeMoV, STIP.
33
Tabela 1. Continuação ...
Fonte: www.sementesfeltrin.com.br; www.hortec.com.br; www.agristar.com.br; www.sakata.com.br; www.syngeta.com.br.
Genótipos Empresa Características
Híbrido P36-R
FELTRIN
Planta muito vigorosa, altamente produtiva. Produz frutos grandes (média de 15,2
cm). Apto para cultivo em campo aberto. Mostra-se o mais produtivo entre todos os
híbridos existentes no mercado. Resistente ao PVY e TMV.
Híbrido Prador
FELTRIN
Planta muito vigorosa, altamente produtiva, frutos grandes (15cm x 9cm), com 3 a 4
lóculos, de coloração verde/amarelo. Apto para cultivo em estufas ou campo aberto.
Resistente ao PVY e TMV.
Híbrido Sonar
FELTRIN
Planta robusta e alta, com boa cobertura. Fruto (20 cm x 10 cm), de cor verde a
vermelho brilhante, sabor doce, 3 a 4 lóculos. Bem adaptado às culturas em estufas
fora de época. Bom rendimento e produção contínua. Resistente ao vírus TMV.
Híbrido Tesoro
FELTRIN
Altamente produtivo, uniforme, boa conservação pós-colheita, frutos quadrados
“blocky” com 10 cm de comprimento e 4 lóculos. A coloração dos frutos é variável de
verde a vermelho. Pode ser cultivado em estufa ou campo aberto. Resistente ao vírus
TMV.
Italiano Amarelo
Gigante
FELTRIN
Planta vigorosa, com 1,5 m de altura, produz frutos verde-escuros/amarelo-ouro.
Frutos cônicos terminando em 4 pontas. Alto rendimento e sabor agradável.
Marta
FELTRIN
Variedade bem selecionada, com alta produtividade. A planta é de ótimo vigor, frutos
grandes (16 cm x 8 cm) de coloração vermelha intensa, têm formato cônico e
quadrilocular. Resistente ao Vírus Y da batatinha.
Quadrado Vermelho
TOPSEED
Planta de crescimento ereto e folhagem grande. Frutos com tamanho aproximado de
10 x 8 cm. Polpa firme, espessa, de sabor doce, com 3 a 4 lóculos.
Yollo Wonder
HORTEC
Planta vigorosa, muito produtiva, uniforme e rústica. Frutos de formato quadrado (12
cm x 11 cm), de coloração verde.
34
3.2 Criação e manutenção de Bemisia tabaci biótipo B
A população inicial da mosca-branca B. tabaci biótipo B, previamente
identificada foi mantida em plantas de algodão, couve, soja e feijão, cultivadas no
interior da estufa (Figura 2), coberta por plástico e envolta por uma tela anti-afídeos
para evitar a fuga das moscas-brancas e a entrada de outros insetos. Depois de
estabelecida a população inicial, novas plantas foram introduzidas periodicamente
visando a obtenção de um número suficiente de insetos para o desenvolvimento dos
testes.
Figura 2. Estufa: criação da mosca-branca B. tabaci biótipo B.
35
(a)
1 2
4 3
(b)
Figura 3. Representação esquemática para avaliação de posturas: (a) posição da
folha na planta; (b) áreas avaliadas no limbo foliar.
3.3 Distribuição setorial e vertical de ovos de B. tabaci biótipo B em plantas de
pimentão, em teste com chance de escolha
Esse teste, com chance de escolha, teve como objetivo identificar a posição
da folha na planta (Figura 3a) e a área no limbo foliar (Figura 3b), preferidas para a
oviposição pela mosca-branca, em plantas de pimentão. Utilizou-se o genótipo de
pimentão Magali-R
num delineamento com parcelas subdividas onde: o fator A, com
dez tratamentos correspondeu à posição da folha na planta; e o fator B, com 4
tratamentos correspondeu à área no limbo foliar. As parcelas foram dispostas em
blocos cazualizados, com 10 repetições, sendo que cada vaso representou uma
repetição. Quando as plantas atingiram a idade de 35 dias foram colocadas na
estufa e a seguir, submetidas à infestação artificial com aproximadamente 150
adultos/planta, com base em Toscano (2001, p.52) e Yamaguti (2004, p.38). Após
48 horas da infestação, as folhas de cada planta foram coletadas e identificadas do
ápice para a base. Em laboratório foram contados os ovos da mosca-branca em
quatro áreas de 1 cm
2
, com auxílio de estereoscópio.
36
3.4 Efeito da densidade de adultos na oviposição de B. tabaci biótipo B em
plantas de pimentão, em teste sem chance de escolha
Nesse teste, sem chance de escolha, foi utilizado o genótipo de pimentão
Magali-R para avaliar o efeito da densidade de adultos da mosca-branca sobre a
oviposição. Os tratamentos foram constituídos de 50, 100, 150, 200, 250 adultos por
planta, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com cinco
repetições.
As plantas (uma por vaso) foram transferidas para a estufa, sendo que cada
planta foi isolada por uma gaiola feita com dois arcos de PVC (20 cm de diâmetro) e
cinco ripas de madeira (46 cm de altura), coberta com tecido de malha fina (voile)
(Figura 4).
Aos 35 dias de idade, as plantas foram infestadas por adultos provenientes
da criação. Com base nos resultados do experimento de distribuição, dois dias após
a infestação coletou-se a quinta folha de cada planta, no sentido ápice-base, e em
cada folha contou-se o número de ovos presentes na área 1, com auxílio de
estereoscópio.
Figura 4. Gaiola utilizada durante avaliação da oviposição de B. tabaci biótipo B
em teste sem chance de escolha.
37
3.5 Efeito da idade de plantas de pimentão, sobre o ataque de B. tabaci biótipo
B, em teste com chance de escolha
Nesse teste avaliou-se o efeito de plantas de diferentes idades sobre a
oviposição da mosca-branca. Em delineamento inteiramente casualizado foram
avaliadas plantas de pimentão (genótipo Magali-R) com 25, 30, 35, 40, e 45 dias de
idade, com 4 repetições.
As plantas foram colocadas aleatoriamente em uma estufa e em seguida,
com base nos resultados do teste de densidade, submetidas à infestação artificial
com aproximadamente 200 adultos/planta, liberados de forma aleatória na estufa.
Após 48 horas, com base nos resultados do experimento de distribuição
realizaram-se em laboratório, as contagens dos ovos presentes na área 1, com
auxílio de um estereoscópio.
3.6 Preferência de adultos de B. tabaci por genótipos de pimentão
3.6.1 Atratividade de B. tabaci biótipo B por genótipos de pimentão
No teste de atratividade foram utilizados 16 genótipos de pimentão no
delineamento de parcelas subdivididas com as parcelas dispostas em blocos
casualizados com quatro repetições. As plantas foram cultivadas em casa de
vegetação e quando completaram 40 dias de idade foram transferidas para estufa.
Logo após, as plantas foram infestadas aleatoriamente com
aproximadamente 200 adultos da mosca-branca por vaso. As avaliações foram feitas
24, 48, 72, 96 e 120 horas após a infestação, contando-se o número de adultos na
38
face inferior da quinta folha. As contagens foram realizadas durante as primeiras
horas da manhã, quando os adultos apresentavam pouca mobilidade.
3.6.2 Preferência para a oviposição a B. tabaci biótipo B por genótipos de
pimentão
Os testes de preferência para oviposição foram realizados com e sem
chance de escolha, utilizando-se 16 genótipos de pimentão, num delineamento
inteiramente casualizado, com quatro repetições.
3.6.2.1 Teste com chance de escolha
Ao completarem 40 dias de idade, as plantas foram transportadas da casa
de vegetação, onde foram cultivadas, para a estufa, onde foram infestadas
artificialmente com aproximadamente 200 adultos/planta, provenientes da criação
massal.
Os genótipos ficaram expostos aos adultos da mosca-branca por um período
de 48 horas, quando foi coletada a quinta folha de cada planta, para a contagem em
laboratório, com auxílio de estereoscópio, do número de ovos presentes na face
abaxial da área 1.
3.6.2.2 Teste sem chance de escolha
Plantas com 40 dias de idades, dos 16 genótipos avaliados, em teste sem
chance de escolha, foram distribuídas ao acaso em uma estufa. Em cada vaso foi
utilizada uma planta, isolada por gaiola (item 3.4), infestadas com aproximadamente
39
200 adultos da mosca-branca por planta, provenientes da criação massal.
Após 48 horas da infestação, foi coletada a quinta folha (no sentido ápice-
base), para contagem do número de ovos na face inferior do limbo foliar na área 1.
3.7 Desenvolvimento de B. tabaci biótipo B em genótipos de pimentão
Utilizando-se dos resultados obtidos nos testes de atratividade e preferência
para oviposição com e sem chance de escolha, foram selecionados os genótipos de
pimentão All Big, Bruno, Marta, Quadrado Vermelho, Sonar e Tesoro para o estudo
do desenvolvimento biológico da mosca-branca. Foi empregado o delineamento
inteiramente casualizado, com seis repetições. Durante o desenvolvimento dos
testes as plantas de pimentão permaneceram em casa de vegetação, à temperatura
média de 24,09 ºC e umidade relativa média de 82,15 % (Tabela I do Apêndice).
As plantas foram cultivadas em vasos de garrafa plástica (item 3.1), quando
atingiram 40 dias de idade, foram infestadas com 50 adultos/folha provenientes da
criação. Nesse processo, utilizou-se uma gaiola construída com copo plástico
transparente, tipo taça, de 50 mL, do qual foi retirado o fundo. A boca do copo foi
protegida por voile e no fundo (base do copo), foi acoplada uma tampa construída
com espuma e plástico grosso, sendo fixada por um grampo (Figura 6).
Decorridas 24 horas da infestação, as gaiolas foram retiradas e com auxílio
de um estereoscópio selecionou-se 50 ovos por repetição para o acompanhamento
do período de incubação e desenvolvimento ninfal da mosca-branca, sendo os
demais ovos eliminados. Para a avaliação do período de incubação, contaram-se
diariamente as ninfas recém emergidas. Das ninfas recém emergidas, 20 por
repetição, foram separadas para o acompanhamento do desenvolvimento ninfal.
40
Quando as ninfas estavam no último ínstar ninfal, apresentando “olhos
vermelhos”, cada folha foi isolada com uma gaiola construída com um pote plástico
de 250 mL, para evitar a fuga dos adultos. Os adultos foram contados diariamente
sendo selecionados destes, 2 grupos de 20 adultos, um para avaliação da
longevidade e outro para determinar o período de incubação em cada genótipo.
Uma parte dos adultos emergidos foram retirados e colocados em outra folha
do mesmo genótipo permanecendo neste por 24 horas para oviposição e, decorrido
este período, os adultos foram eliminados. Foram separados 20 ovos por planta por
repetição para o acompanhamento do período de incubação removendo-se os
excedentes.
Para avaliar a longevidade, os adultos recém-emergidos foram coletados e
mantidos nas gaiolas de 250 mL, em outra folha do mesmo genótipo. Diariamente
os adultos mortos e ovos foram contados. A cada quatro dias a folha era removida e
substituída por outra do mesmo genótipo. Os ovos foram contados com auxílio de
um estereoscópio.
Os adultos mortos e presentes em cada gaiola foram retirados e
acondicionados em tubos de ensaio de 3,6 mL contendo álcool 70% para posterior
identificação do sexo. A sexagem foi realizada tomando-se como base o formato do
abdome. O tamanho dos adultos foi determinado com auxílio de estereoscópio,
equipado com régua micrométrica.
41
3.8 Análise Estatística
Os dados dos testes foram transformados em (x + 0,5)
1/2
, submetidos à
análise de variância (teste F) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
Figura 5. Gaiola utilizada na infestação de adultos de B. tabaci biótipo B, em
genótipos de pimentão.
42
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Distribuição de ovos de B. tabaci biótipo B em plantas de pimentão
Em relação à distribuição de ovos por cm
2
, a mosca-branca preferiu
ovipositar em folhas localizadas nos terços médio e superior da planta de pimentão.
Maior número de ovos por fêmea de mosca-branca em plantas de pimentão foi
observado nas folhas cinco (8,50±0,86), seis (8,50±0,81), três (8,10±0,68) e quatro
(8,05±0,73) a partir do ápice; enquanto que nas folhas nove (4,26±0,69) dez
(1,43±0,36) ocorreu baixa oviposição (F= 9,98; P<0,01) (Tabela 2). Esses resultados
concordam, em parte, com as observações realizadas por Peña et al. (1993, p.1-12),
Simmons (1994, p.381-389) e Rosseto et al. (1977, p.256-263) os quais relatam a
preferência para oviposição da mosca-branca em folhas mais jovens de feijão e soja.
Quanto às áreas de amostragem no limbo foliar verificou-se diferença
significativa no número médio de ovos por cm
2
(F=20,39; P<0,01). Nas áreas 1 e 2,
do limbo foliar, localizadas nos lóbulos direito e esquerdo, próximas à base da folha
encontraram-se maiores números de ovos por cm
2
, quando comparadas às áreas 3
e 4 situadas na parte posterior da folha (Tabela 2). Em Meloeiro, Azevedo & Bleicher
43
(2003, p.466) também observaram maior número de ninfas de B. tabaci biótipo B
nas áreas correspondentes aos setores direito e esquerdo próximas à base da folha.
Quanto às amostragens encontrou-se maior número de ovos de B. tabaci
biótipo B próximo à nervura principal e entre as nervuras secundárias. Esse
comportamento de oviposição da mosca-branca pode pré-estabelecer as áreas de
desenvolvimento da ninfa na folha da planta. Nesse sentido, Van Lenteren & Noldus
(1990, p.47-89) mencionam que Bemisia spp., por apresentar estiletes curtos,
prefere regiões próximas à nervura principal, por onde passa a maior parte dos
fotoassimilados, facilitando a captação do alimento.
Tabela 2. Número médio de ovos/cm
2
de B. tabaci biótipo B, em folhas do genótipo dói
genótipo de pimentão Magali-R, de acordo com sua posição na haste principal
(P) e posição da área de amostragem no limbo foliar (A), em teste com
chance de escolha. Ilha Solteira-SP, 2005.
Posição
folha
(P)
Número médio de ovos/cm
2
Média
A1 ± EP A2 ± EP A3 ± EP A4 ± EP
P1
7,10 ± 1,60 6,40 ± 1,27 4,10 ± 0,90 4,40 ± 1,25 5,50 ± 0,65 ab
P2 8,10 ± 2,06 6,20 ± 1,24 8,10 ± 1,90 4,70 ± 1,06 6,78 ± 0,81 ab
P3 9,60 ± 0,95 9,70 ± 1,68 6,70 ± 1,28 6,40 ± 1,30 8,10 ± 0,68 a
P4 9,70 ± 1,69 8,10 ± 1,13 8,40 ± 1,82 6,00 ± 1,03 8,05 ± 0,73 a
P5 8,30 ± 1,43 10,10 ± 1,47 8,40 ± 1,87 7,20 ± 2,17 8,50 ± 0,86 a
P6 9,00 ± 1,46 8,50 ± 1,55 9,70 ± 1,94 6,80 ± 1,61 8,50 ± 0,81 a
P7 7,70 ± 1,97 8,20 ± 1,99 6,30 ± 1,38 4,20 ± 1,29 6,60 ± 0,85 ab
P8 6,90 ± 1,30 7,30 ± 1,46 3,90 ± 0,83 5,30 ± 0,98 5,85 ± 0,60 ab
P9 7,90 ± 1,94 4,30 ± 1,23 2,10 ± 0,69 2,80 ± 0,62 4,26 ± 0,69 bc
P10 2,70 ± 0,97 2,20 ± 0,84 0,20 ± 0,13 0,60 ± 0,30 1,43 ± 0,36 c
Média 7,80 ± 0,51 A 7,15 ± 0,48 A 5,79 ± 0,51 B 4,87 ± 0,42B
F (Posição da folha)
9,98**
F (Área no limbo foliar)
20,39**
F (A x P)
1,23
NS
CV (Posição da folha) (%)
42,43
CV (Área no limbo foliar) (%)
24,02
EP = Erro Padrão da Média; Dados originais, e para análise, foram transformados em (x + 0,50)
1/2
; Letras
maiúsculas comparam colunas e minúsculas linhas, sendo que médias seguidas da mesma letra não diferem
entre si pelo teste de Tukey (P>0,05); **Significativo a 1% de probabilidade; NS = Não significativo.
44
4.2 Efeito da densidade de adultos de B. tabaci biótipo B na oviposição em
plantas de pimentão, em teste sem chance de escolha
O número de ovos depositados por B. tabaci em plantas de pimentão é
influenciado pela densidade de adultos do inseto (Tabela 3). Maiores números de
ovos por cm
2
foram observados nas densidades de 250, 200 e 150 adultos da
mosca-branca por planta (F= 32,53; P<0,01), correspondentes a 17,80; 11,00 e 7,60
ovos por cm
2
, respectivamente.
Comparando-se o número médio de ovos por cm
2
de B. tabaci, observa-se
que a densidade de 250 adultos por planta foi 12,7 vezes maior que a densidade de
50 adultos por planta. Quando se considera a média de ovos depositados nas
densidades de 100 e 50 adultos por planta observa-se que esta foi 6,4 vezes menor,
comparada à média de ovos relativa às três maiores densidades.
Esses resultados mostram que baixas densidades de adultos da mosca-
branca são insuficientes para diferenciar genótipos de pimentão em ensaio de
resistência a esta praga. A respeito desse assunto, Lara (1991, p.15-18) reporta que
baixas infestações de pragas podem causar poucos danos à cultura enquanto que
altas populações podem causar danos elevados, impossibilitando a discriminação
entre genótipos quanto aos graus de resistência.
As densidades superiores a 150 adultos por planta apresentaram um número
de ovos suficientes para realização dos ensaios de resistência de genótipos de
pimentão a mosca-branca. Esses resultados são similares aos encontrados por
Toscano (2002, p.52-53) e Heinz e Zalom (1995, p.1494-1502), em tomateiro, os
quais observaram que as densidades de 100 e 150 adultos por planta foram
suficientes para as infestações da mosca-branca em cultivares de tomate.
45
Tabela 3. Número médio de ovos/cm
2
de B. tabaci biótipo B em folhas do genótipo
de pimentão Magali-R, em cinco diferentes densidades populacionais. Ilha
Solteira-SP, 2005.
Nº de adultos/planta Ovos/cm
2
± EP
50 adultos
100 adultos
150 adultos
200 adultos
250 adultos
1,40 ± 0,50 c
2,40 ± 0,40 c
7,60 ± 1,28 b
11,00 ± 1,09 ab
17,80 ± 2,65 a
F (tratamento)
CV (%)
32,53**
17,51
EP = Erro Padrão da Média; Dados originais e para análise estatística foram transformados em (x +
0,50)
1/2
; Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05); **
Significativo a 1% de probabilidade.
4.3 Efeito da idade da planta de pimentão na oviposição de B. tabaci biótipo B,
em teste com chance de escolha
As médias do número de ovos por cm
2
em folhas de plantas de pimentão de
diferentes idades diferiram entre si (F= 21,95; P<0,01). Plantas mais velhas com 45
e 40 dias, apresentaram maior número de ovos por cm
2
que as plantas mais novas,
com idade variando de 25 a 35 dias (Tabela 4).
Esses resultados mostram que as fêmeas da mosca-branca preferem
ovipositar em plantas mais velhas discordando dos estudos de Ohnesorge et al.
(1980, p.226-232), em cultura de tabaco; Liu e Stansly (1995, p.992-997) e Toscano
(2002, p.50-51) em tomateiro, que encontraram maior número de ovos de Bemisia
spp em plantas mais novas.
Sobre essas afirmativas, Liu e Stansly (1995, p.992-997) relatam que a
46
melhor idade da planta para oviposição é difícil de ser determinada, uma vez que
esta pode ser alterada em função da espécie e da idade da planta hospedeira. Para
Simmons (1994, p.381-389) a oviposição da mosca-branca ainda pode ser afetada
pela área foliar e pelo número de folhas.
Tabela 4. Número médio de ovos/cm
2
de B. tabaci biótipo B em folhas do genótipo
de pimentão Magali-R, em cinco idades fenológicas. Ilha Solteira-SP,
2005.
Idade da planta ovos/cm
2
± EP
25 dias
30 dias
35 dias
40 dias
45 dias
4,25 ± 1,03 d
10,50 ± 0,50 c
11,75 ± 1,79 bc
18,75 ± 1,25 ab
22,25 ± 2,83 a
F (tratamento)
CV (%)
21,95**
12,04
EP = Erro Padrão da Média;
Dados originais e para análise estatística foram transformados
em (x + 0,50)
1/2
; Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey
(P>0,05); ** Significativo a 1% de probabilidade.
4.4 Atratividade de B. tabaci biótipo B por genótipos de pimentão
Diferenças foram observadas entre as médias do número de adultos de B.
tabaci biótipo B nos genótipos de pimentão avaliados (F= 6,44; P<0,01) (Tabela 5).
Após 24 horas da infestação as médias variaram de 7,75 a 36,50 adultos da mosca-
branca por folha, sendo que os genótipos Italiano Amarelo Gigante, Marta, Dagmar e
47
2027-30 foram os mais atrativos e Bruno, Magali-R, Quadrado Vermelho, Tesoro,
Sonar e Margarita os menos atrativos. As médias relativas as primeiras 48 horas
mostram que o genótipo Italiano Amarelo Gigante e o Dagmar apresentaram um
número maior de adultos atraídos, diferindo significativamente (F= 6,44; P<0,01)
daqueles encontrados nos genótipos Quadrado vermelho, Margarita, Sonar, Tesoro
e All Big. Entre esses, Italiano Amarelo Gigante e Dagmar foram preferidos enquanto
All Big apresentou menor preferência pela mosca-branca.
Nas avaliações realizadas após 72 e 96 horas de liberação observam-se
diferenças significativas relativas ao número de adultos por folha para os genótipos
testados (Tabela 5). No período de 72 e 96 horas os adultos de mosca-branca foram
encontrados em maior número no genótipo Italiano Amarelo Gigante e menores nos
genótipos Bruno, Sonar e Tesoro. Esse último apresentou as menores médias de
adultos nos dois períodos de avaliação. Diferenças significativas foram observadas
para médias de adultos de B. tabaci biótipo B relativas à avaliação realizada 120
horas após infestação. O genótipo Italiano Amarelo Gigante apresentou maior
número de adultos por folha comparando-se ao Margarita com menor infestação.
Quando se consideram as médias de adultos da B. tabaci biótipo B relativas
às cinco avaliações, observa-se diferenças significativas entre os genótipos
estudados (Tabela 5). O genótipo Italiano Amarelo Gigante foi o preferido (22,75
adultos por folha) enquanto Quadrado vermelho, Margarita, Bruno, All Big, Sonar e
Tesoro apresentaram menor preferência por adultos da mosca-branca.
Comparando-se as médias do número de adultos, entre os períodos de
avaliação, constatou-se diferença entre elas (F= 21,89; P<0,01) (Tabela 5). No
período de 24 e 48 horas verificou as maiores médias com 16,53 e 13,96 adultos por
48
folha, respectivamente. As médias de adultos por folha, nos períodos de 72 a 120
horas, foram diferentes significativamente; entretanto, o período de 72 e 96 horas
mostram-se mais adequado para estudos de preferência, devido uma resposta mais
uniforme da B. tabaci biótipo B em relação aos genótipos. O período de 24 horas é o
mais indicado para avaliação da atratividade da mosca-branca por genótipos de
pimentão.
49
Tabela 5. Número médio de adultos B. tabaci biótipo B por planta, em diferentes genótipos de pimentão, após 24, 48, 72, 96, 120
horas da infestação, em teste com chance de escolha. Ilha Solteira-SP, 2005.
Período de avaliação (horas)
Genótipos 24 ± EP 48 ± EP 72 ± EP 96 ± EP 120 ± EP Média
Italiano Amarelo Gigante
28,00 ± 2,64 abc 28,75 ± 3,47 a 19,00 ± 2,48 a 18,50 ± 1,84 a 19,50 ± 4,33 a 22,75 ± 1,61 a
Marta
36,50 ± 4,55 a 20,50 ± 3,52 ab 11,25 ± 2,83 ab 14,75 ± 1,79 ab 18,50 ± 2,59 ab 20,30 ± 2,36 ab
Dagmar
29,25 ± 3,27 ab 25,00 ± 1,47 a 18,00 ± 2,04 ab 12,50 ± 2,10 ab 16,25 ± 4,90 abc 20,20 ± 1,83 ab
2027-30
24,50 ± 4,44 abcd 12,50 ± 2,02 abc 12,75 ± 3,25 ab 10,00 ± 3,24 ab 14,00 ± 2,51 abcd 14,75 ± 1,71 abc
Casca Dura Ikeda
11,75 ± 3,94 cde 17,00 ± 5,75 abc 16,00 ± 4,69 ab 9,00 ± 3,16 ab 12,75 ± 1,31 abcd 13,30 ± 1,74 abc
P36-R
16,75 ± 1,79 abcde 13,25 ± 2,92 abc 13,25 ± 2,56 ab 11,50 ± 3,47 ab 7,25 ± 3,42 abcd 12,40 ± 1,35 abc
Yollo Wonder
12,75 ± 4,81 bcde 11,75 ± 2,92 abc 13,75 ± 0,47 ab 10,75 ± 4,49 ab 12,00 ± 2,04 abcd 12,20 ± 1,35 abc
1-7
20,00 ± 2,38 abcde 11,75 ± 2,28 abc 12,50 ± 2,17 ab 9,75 ± 2,75 ab 6,50 ± 1,50 abcd 12,10 ± 1,36 abc
Prador
18,00 ± 1,58 abcde 14,25 ± 4,13 abc 13,00 ± 2,41 ab 8,25 ± 1,70 ab 5,50 ± 2,06 abcd 11,80 ± 1,43 bc
Magali-R
8,50 ± 3,17 e 17,25 ± 1,60 abc 13,50 ± 2,32 ab 8,75 ± 2,75 ab 7,75 ± 2,68 bcd 11,15 ± 1,32 bc
Quadrado Vermelho
8,75 ± 2,80 de 8,50 ± 2,21 bc 9,25 ± 3,35 ab 8,50 ± 0,86 ab 8,25 ± 1,10 abcd 8,65 ± 0,90 c
Margarita
11,50 ± 4,73 de 8,00 ± 1,68 bc 11,75 ± 3,94 ab 8,25 ± 2,01 ab 3,00 ± 1,22 d 8,50 ± 1,41 c
Bruno
7,75 ± 0,25 e 14,00 ± 2,79 abc 11,25 ± 2,71 ab 4,00 ± 1,29 b 4,25 ± 2,09 cd 8,25 ± 1,21 c
All Big
10,75 ± 2,28 cde 5,50 ± 1,50 c 11,25 ± 2,83 ab 6,75 ± 2,56 ab 5,00 ± 2,54 cd 7,85 ± 1,12 c
Sonar
11,00 ± 4,37 de 8,25 ± 1,93 bc 5,25 ± 0,94 ab 4,25 ± 2,01 b 5,25 ± 1,25 abcd 6,80 ± 1,12 c
Tesoro
8,75 ± 2,28 de 7,25 ± 2,52 bc 5,25 ± 1,84 b 5,25 ± 2,39 b 5,75 ± 1,75 abcd 6,45 ± 0,92 c
Média
16,53 A 13,96 AB 12,31 B 9,42 C 9,46 C
F (tratamento)
6,44 **
F (horas)
21,89 **
F (tratamento x horas)
1,71 **
CV (tratamento) (%)
35,52
CV (horas) (%)
27,44
EP = Erro Padrão da Média; Dados originais; para análise foram transformados em (x + 0,50)
1/2
; Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo
teste de Tukey (P>0,05); **Significativo a 1% de probabilidade; NS = Não significativo.
50
4.5 Oviposição de B. tabaci biótipo B em genótipos de pimentão, em teste com
e sem chance de escolha
Em teste com chance de escolha, a maior quantidade de ovos foi observada
no genótipo Marta com uma média de 32,00 ovos por cm
2
e a menor no genótipo
Bruno, com 4,25 ovos por cm
2
(Tabela 6). Os genótipos mais ovipositados foram
Marta, Magali-R e Prador, com 32,00; 23,50 e 21,75 ovos por cm
2
, respectivamente.
Bruno foi o genótipo com menor preferência para oviposição da mosca-branca, com
4,25 ovos por cm
2
. Por sua vez, os genótipos Quadrado vermelho, P36-R, Sonar,
Margarita, Casca Dura Ikeda, Tesoro e Yollo Wonder apresentaram médias
intermediárias para o número de ovos.
Para o teste sem chance de escolha, foram observadas diferenças entre as
médias obtidas (Tabela 7). Os genótipos Marta, Yollo Wonder e Dagmar foram os
mais ovipositados, com médias de 33,00; 26,75 e 25,75 ovos por cm
2
,
respectivamente. Já os genótipos 1-7, Sonar e Quadrado Vermelho destacam-se
com as menores médias de ovos, com 5,00; 5,25 e 6,50 ovos por cm
2
,
respectivamente. Nos demais materiais o número de ovos/cm
2
variou de 8,00 a
17,75. De maneira geral, o genótipo 1-7 apresentou menor preferência para
oviposição do inseto, indicando a presença de uma possível fonte de resistência.
51
Tabela 6. Número médio de ovos de B. tabaci biótipo B, em diferentes genótipos de
pimentão, em teste com chance de escolha. Ilha Solteira-SP, 2005.
Genótipos Ovos/cm
2
± EP
Marta 32,00 ± 4,81 a
Magali-R 23,50 ± 7,46 ab
Prador 21,75 ± 3,96 ab
P36-R 19,50 ± 7,75 abc
Quadrado Vermelho 19,25 ± 4,60 abc
Sonar 17,00 ± 4,37 abc
Margarita 11,75 ± 2,92 abc
Casca Dura Ikeda 11,75 ± 2,17 abc
Tesoro 11,50 ± 1,44 abc
Yollo Wonder 11,25 ± 3,32 abc
All Big 10,00 ± 2,38 bc
Dagmar 9,25 ± 2,86 bc
Italiano Amarelo Gigante 8,75 ± 2,80 bc
1-7 7,25 ± 1,65 bc
2027-30 5,50 ± 1,19 bc
Bruno 4,25 ± 1,03 c
F (tratamento)
CV (%)
3,94**
26,12
EP = Erro Padrão da Média; Dados originais e para análise estatística foram transformados em
(x + 0,50)
1/2
; Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05);
** Significativo a 1% de probabilidade.
52
Tabela 7. Número médio de ovos de B. tabaci biótipo B, em diferentes genótipos de
pimentão, em teste sem chance de escolha. Ilha Solteira-SP, 2005.
Genótipos
Ovos/cm
2
± EP
Marta 33,00 ± 5,55 a
Yollo Wonder 26,75 ± 6,22 ab
Dagmar 25,75 ± 4,49 ab
2027-30 17,75 ± 1,60 abc
Prador 17,00 ± 3,48 abc
Bruno 14,50 ± 4,09 abc
Magali-R 14,35 ± 3,49 abc
Casca Dura Ikeda 13,50 ± 4,36 abc
Tesoro 11,50 ± 3,12 abc
Italiano Amarelo Gigante 11,50 ± 4,94 bc
P36-R 10,50 ± 2,39 bc
Margarita 9,25 ± 2,09 bc
All Big 8,00 ± 2,61 bc
Quadrado Vermelho 6,50 ± 0,28 c
Sonar 5,25 ± 1,60 c
1-7 5,00 ± 1,58 c
F (tratamento)
CV (%)
4,70**
25,54
EP = Erro Padrão da Média; Dados originais e para análise estatística foram transformados em
(x + 0,50)
1/2
; Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05);
** Significativo a 1% de probabilidade.
53
4.6 Desenvolvimento de B. tabaci biótipo B em genótipos de pimentão
A comparação das médias obtidas (Tabela 8) mostra diferenças
significativas entre os tempos (dias) de incubação de ovos de moscas-brancas. Os
maiores períodos de incubação foram observados nos genótipos Marta e All Big com
médias de 8,62 e 8,38 dias, respectivamente. O menor período de incubação foi
apresentado pelo genótipo Bruno com 7,33 dias. Dados sobre período de incubação
variam de 12,11-13,85 (inverno) a 4,96 - 6,08 dias (verão), em genótipos de tomate
(TOSCANO, 2001, p.69 -75) e de 8,5 a 8,99 dias, em genótipos de pepino a 23,2ºC
de temperatura e 85,74% de umidade relativa (YAMAGUTI, 2004, p.50). O período
de incubação verificado no presente trabalho varia de 7,33 a 8,62 dias, para os
genótipos avaliados.
Quando se comparam as médias relativas ao desenvolvimento ninfal
observam-se diferenças significativas entre os genótipos testados (Tabela 8). Nos
genótipos Quadrado Vermelho (15,46 dias) e All Big (15,70 dias) as ninfas B. tabaci
biótipo B levaram mais tempo para completar esta fase enquanto que no genótipo
Tesoro este tempo foi de 2,18 e 1,94 dias menores, respectivamente. O tempo de
desenvolvimento das ninfas nos outros genótipos variou de 14,02 a 14,32 dias.
O desenvolvimento de ovo a adulto apresentou diferenças significativas
(Tabela 8). Esse período foi maior no genótipo All Big (24,07 dias) e menor em
Bruno (21,35 dias) enquanto que nos outros variou de 21,90 a 23,72 dias. Outras
pesquisas mostram períodos de ovo a adulto de 20,5 dias, em repolho; 21,9 dias,
em feijoeiro; 25,0 dias, em mandioca; 22,4 dias, em tomateiro; 23,8 dias, em milho, à
28ºC e 70% de umidade relativa (VILLAS BÔAS et al., 2002, p.74), de 18,7 a 19,3
dias, em soja (LIMA & LARA, 2004, p.74).
54
Tabela 8. Períodos de incubação, ninfal e de desenvolvimento de ovo a adulto de B.
tabaci biótipo B, em diferentes genótipos de pimentão. Ilha Solteira-SP,
2005.
Genótipos
Período de
incubação
(dias) ± EP
Período ninfal
(dias) ± EP
Desenvolvimento
ovo a adulto
(dias) ± EP
All Big 8,36 ± 0,46 a 15,70 ± 0,25 a 24,06 ± 0,63 a
Quadrado Vermelho 8,31 ± 0,11 ab 15,46 ± 0,46 a 23,77 ± 0,43 a
Marta 8,62 ± 0,35 a 14,32 ± 0,30 ab 22,94 ± 0,59 ab
Sonar 8,14 ± 0,08 ab 14,28 ± 0,39 ab 22,42 ± 0,51 ab
Tesoro 8,38 ± 0,08 ab 13,52 ± 0,57 b 21,90 ± 0,59 ab
Bruno 7,33 ± 0,07 b 14,02 ± 0,23 ab 21,35 ± 0,24 b
F (tratamento)
CV (%)
3,59*
3,35
4,59**
3,25
4,04**
2,72
EP = Erro Padrão da Média; Dados originais e para análise estatística foram transformados em (x +
0,50)
1/2
; Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05); *
Significativo a 5% de probabilidade, ** Significativo a 1% de probabilidade.
Os dados relativos às viabilidades de ovos e de ninfas apresentaram
diferenças significativas para os diferentes genótipos avaliados (Tabela 9). Os ovos
originados de moscas-brancas procedentes de ninfas desenvolvidas nos genótipos
Marta e Sonar apresentaram 100% de viabilidade diferindo significativamente
apenas da viabilidade de ovos (90%) de fêmeas cujas ninfas se desenvolveram no
genótipo Bruno. Os outros genótipos apresentaram viabilidade variando de 97,6 a
99%. Esses índices foram de 100%, em tomateiro (TOSCANO, 2001, p.71); de 91,96
% a 100%, em cultura de pepino (YAMAGUTI, 2004, p. 51); de 95,5% a 100% em
algodoeiro (CAMPOS, 2003, p.50).
Uma maior viabilidade ninfal foi encontrada no genótipo Marta (88%) e
menor no genótipo All Big (42,53%) enquanto que os outros apresentaram
viabilidades variando de 53,67 a 72,27%, sem diferença significativa. Esse índice foi
55
de 90 a 100%, em tomateiro (TOSCANO, 2001, p.72); 91,96 a 100%, em pepino
(YAMAGUTI, 2004, p.51); inferior a 50%, em algodoeiro (CAMPOS, 2003, p.46).
Os genótipos All Big e Quadrado Vermelho por apresentarem maior tempo
de desenvolvimento ninfal e período de ovo a adulto, menor viabilidade de ovo e
ninfa podem possuir substâncias que atuem como fator de resistência a B. tabaci
biótipo B.
Tabela 9. Viabilidade de ovos e ninfas de B. tabaci biótipo B, em diferentes
genótipos de pimentão. Ilha Solteira-SP, 2005.
Genótipos
Viabilidade de ovos
(%) ± EP
Viabilidade de ninfas
(%) ± EP
Marta 100,00 ± 0,00 a 88,00 ± 04,22 a
Sonar 100,00 ± 0,00 a 53,67 ± 06,24 ab
Tesoro 99,00 ± 0,68 a 65,93 ± 10,58 ab
Quadrado Vermelho 98,67 ± 1,33 a 56,00 ± 09,39 ab
All Big 97,67 ± 2,33 a 42,53 ± 13,28 b
Bruno 90,00 ± 3,18 b 72,27 ± 09,95 ab
F (tratamento)
CV (%)
4,84**
2,22
2,88**
21,41
EP = Erro Padrão da Média; Dados originais e para análise estatística foram transformados em (x +
0,50)
1/2
; Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05); **
Significativo a 1% de probabilidade.
O tamanho de machos e fêmeas de B. tabaci biótipo B foram semelhantes
para os diferentes genótipos (Tabela 10). No entanto, os dados referentes aos
adultos procedentes de ninfas criadas nos genótipos All Big e Quadrado Vermelho
apresentaram a tendência a valores menores.
Com relação à longevidade da mosca-branca, as médias mostraram
diferenças significativas para os genótipos avaliados (Tabela 10). No genótipo Marta
56
a B. tabaci biótipo B apresentou uma longevidade (22,50 dias) significativamente
maior do que aquelas observadas para os genótipos Sonar (16,83 dias) e Quadrado
Vermelho (15,33 dias). Por sua vez, os genótipos Bruno, Tesoro e All Big
apresentaram longevidades entre 18,50 e 20,33 dias. As pesquisas sobre a
longevidade da B. tabaci biótipo B relatam valores de 21,3 dias, em repolho (VILLAS
BÔAS et al., 2002, p.75) e de 26,14 a 15,25 dias, em cultivares de pepino
(YAMAGUTI, 2004, p.53).
Os dados sobre número de ovos por fêmea apresentaram diferenças
significativas (Tabela 10). As fêmeas provenientes dos genótipos Marta (143,51
ovos/fêmea) ovipositaram mais do que aqueles insetos provenientes de ninfas
criadas nos genótipos Tesoro (79,83 ovos/fêmea) e Sonar (98,58 ovos/fêmea). Nos
outros genótipos observou-se uma fecundidade variando de 108,22 a 123,50 ovos
por fêmea. Estudos nessa área mostram que a oviposição da mosca-branca é
influenciada pela temperatura, umidade relativa, luminosidade e planta hospedeira
(OLIVEIRA, 2001, p.61-71). Como conseqüência têm-se observado valores de 57,52
a 105,53 ovos/fêmea, em cultivares de pepino (YAMAGUTI, 2004, p.51); de 28 a 394
ovos/fêmea, em algodoeiro; e de 57,83 a 197,33 ovos por fêmea, em genótipos de
algodão (CAMPOS, 2003, p.46).
57
Tabela 10. Tamanho médio (mm), longevidade (dias) e fecundidade (ovos/fêmea) de B. tabaci biótipo B confinadas em diferentes
genótipos de pimentão. Ilha Solteira-SP, 2005.
Tamanho (mm) ± EP
Genótipos
Macho Fêmea
Longevidade (dias) ± EP Ovos/Fêmea ± EP
Marta 0,60 ± 0,02 a 0,76 ± 0,02 a 22,50 ± 1,05 a 143,51 ± 10,70 a
Bruno 0,62 ± 0,02 a 0,74 ± 0,02 a 20,33 ± 0,95 ab 108,22 ± 06,09 abc
Tesoro 0,60 ± 0,02 a 0,71 ± 0,04 a 20,00 ± 1,46 ab 79,83 ± 07,10 c
All Big 0,53 ± 0,01 a 0,70 ± 0,02 a 18,50 ± 0,80 abc 123,50 ± 13,59 ab
Sonar 0,61 ± 0,01 a 0,75 ± 0,03 a 16,83 ± 0,79 bc 98,58 ± 12,41 bc
Quadrado Vermelho 0,59 ± 0,03 a 0,70 ± 0,02 a 15,33 ± 0,76 c 109,98 ± 04,44 abc
F (tratamento) 2,05
NS
0,90
NS
7,16** 4,79**
CV (%) 2,47 2,94 6,25 11,09
EP = Erro Padrão da Média; Dados originais e para análise estatística foram transformados em (x + 0,50)
1/2
; Médias seguidas da mesma letra não
diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05); ** Significativo a 1% de probabilidade, e NS = Não significativo.
5. CONCLUSÕES
Com base nos resultados obtidos pode-se concluir:
Adultos de B. tabaci biótipo B preferem ovipositar em folhas localizadas nos terços
médio e superior da planta de pimentão; e em áreas do limbo foliar, localizadas nos
lóbulos direito e esquerdo, próximas à base da folha.
Plantas mais velhas, com 45 e 40 dias de idade, são mais ovipositadas.
As melhores densidades de B. tabaci biótipo B por planta de pimentão para
estudos de preferência são 250, 200 e 150 adultos.
O período mais adequado para a avaliação da atratividade de genótipos de
pimentão à B. tabaci biótipo B é de 24 horas.
O genótipo Italiano Amarelo Gigante é mais atrativo enquanto que Quadrado
Vermelho, Margarita, Bruno, All Big, Sonar e Tesoro apresentam menor preferência
por adultos de B. tabaci biótipo B.
Os genótipos de pimentão Bruno, em teste com chance de escolha; e, Quadrado
Vermelho, Sonar e 1-7, sem chance, apresentam menor oviposição de B. tabaci
biótipo B.
59
O genótipo Bruno é hospedeiro que possui fatores favoráveis à colonização da B.
tabaci biótipo B.
Os genótipos All Big e Quadrado Vermelho apresentam efeitos adversos sobre o
desenvolvimento biológico da mosca-branca B. tabaci biótipo B.
No genótipo Quadrado Vermelho a mosca-branca apresenta menor longevidade.
No genótipo Tesoro observa-se menor número de ovos por fêmea.
60
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Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Faculdade de Engenharia, Universidade
Estadual Paulista, Ilha Solteira, 2004.
72
APÊNDICE
73
Tabela l. Dados de temperatura (°C) e umidade relativa (%), coletados durante o
estudo de biologia da mosca-branca B. tabaci biótipo B em diferentes genótipos de
pimentão. Ilha Solteira-SP, 2005.
Parâmetros
Data Horário
Temperatura (ºC) Umidade Relativa (%)
09:00 23,5 67
15:00 27,2 54
7/5/2005
18:00 24,8 54
09:00 24,6 67
15:00 26,5 54
8/5/2005
18:00 25,2 58
09:00 23,4 60
15:00 25,6 67
9/5/2005
18:00 22,3 79
09:00 23,0 70
15:00 29,9 63
10/5/2005
18:00 24,1 78
09:00 23,9 90
15:00 28,7 68
11/5/2005
18:00 22,7 77
09:00 22,8 81
15:00 27,7 62
12/5/2005
18:00 23,4 67
09:00 24,6 76
15:00 29,6 66
13/5/2005
18:00 24,5 76
09:00 24,2 74
15:00 27,9 65
14/5/2005
18:00 23,1 74
09:00 23,5 78
15:00 28,1 63
15/5/2005
18:00 22,8 72
09:00 23,8 71
15:00 28,7 64
16/5/2005
18:00 23,0 77
09:00 22,9 78
15:00 28,3 65
17/5/2005
18:00 24,3 70
09:00 24,7 79
15:00 28,6 63
18/5/2005
18:00 23,1 76
74
Tabela l. Continuação...
09:00 23,5 83
15:00 28,4 63
19/5/2005
18:00 23,2 75
09:00 23,8 99
15:00 28,2 64
20/5/2005
18:00 22,7 79
09:00 22,9 81
15:00 23,7 82
21/5/2005
18:00 23,2 76
09:00 21,2 98
15:00 22,0 99
22/5/2005
18:00 21,8 98
09:00 21,2 99
15:00 23,6 99
23/5/2005
18:00 24,1 99
09:00 22,5 99
15:00 23,6 99
24/5/2005
18:00 24,4 99
09:00 19,9 100
15:00 23,6 99
25/5/2005
18:00 23,9 99
09:00 20,1 100
15:00 25,2 74
26/5/2005
18:00 24,9 89
09:00 21,1 90
15:00 24,8 81
27/5/2005
18:00 24,1 90
09:00 23,1 99
15:00 25,5 93
28/5/2005
18:00 21,3 98
09:00 23,4 99
15:00 26,2 91
29/5/2005
18:00 21,2 99
09:00 23,0 99
15:00 27,7 75
30/5/2005
18:00 20,9 99
09:00 22,8 99
15:00 25,2 78
31/5/2005
18:00 22,3 99
75
Tabela l. Continuação...
09:00 22,5 99
15:00 22,2 99
1/6/2005
18:00 22,7 99
09:00 22,8 99
15:00 27,4 72
2/6/2005
18:00 22,6 84
09:00 23,7 99
15:00 24,7 72
3/6/2005
18:00 23,1 97
09:00 23,5 99
15:00 24,3 75
4/6/2005
18:00 21,2 99
09:00 22,7 88
15:00 24,1 76
5/6/2005
18:00 22,3 89
09:00 21,9 83
15:00 27,6 66
6/6/2005
18:00 22,1 84
09:00 23,3 80
15:00 27,3 87
7/6/2005
18:00 22,3 86
09:00 22,5 84
15:00 27,5 83
8/6/2005
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