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UNIVERSIDADE DE MARÍLIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
“PRODUÇÃO INTEGRADA EM AGROECOSSISTEMAS”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA E QUALIDADE DOS CAPINS BRAQUIÁRIA E
ÁRIES SUBMETIDOS A DOSES DE NITROGÊNIO
JOVITO GONÇALVES DIAS FILHO
Marília – SP
MARÇO de 2007
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UNIVERSIDADE DE MARÍLIA - UNIMAR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
“PRODUÇÃO INTEGRADA EM AGROECOSSISTEMAS”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA E QUALIDADE DOS CAPINS BRAQUIÁRIA E
ÁRIES SUBMETIDOS A DOSES DE NITROGÊNIO
JOVITO GONÇALVES DIAS FILHO
Orientador Prof. Dr. Paulo Sérgio Rabello de Oliveira
Dissertação apresentada à
Faculdade de Ciências Agrárias da
Universidade de Marília – UNIMAR,
como requisito parcial para obtenção
do título de Mestre em Agronomia –
Área de concentração em Fitotecnia.
Marília – SP
MARÇO de 2007
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Dias Filho, Jovito Gonçalves
D541c Caracterização biométrica e qualidade dos capins braquiária e áries
submetidas a doses de nitrogênio./ Jovito Gonçalves Dias Filho -- Ma-
rília: UNIMAR, 2007.
30f.
Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Faculdade de Ciências Agrá-
rias, Universidade de Marília, Marília, 2007.
1. Adubos 2. Adubação 3. Brachiaria Decumbens 4.Panicum Maxi-
min 5. Perfilhamento 6. Proteína Bruta I. Dias Filho, Jovito Gonçalves
II. Caracterização biométrica e qualidade dos capins braquiária e áries
submetidas a doses de nitrogênio.
CDD -- 631.81
UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
MESTRADO EM AGRONOMIA
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
TÍTULO: “CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA E QUALIDADE DOS CAPINS
BRAQUIÁRIA E ÁRIES SUBMETIDOS A DOSES DE NITROGÊNIO”
ALUNO: JOVITO GONÇALVES DIAS FILHO
ORIENTADOR: PROF. DR. PAULO SÉRGIO RABELLO DE OLIVEIRA
Aprovado pela Comissão Examinadora:
_________________________________________
PROF. DR. PAULO SÉRGIO RABELLO DE OLIVEIRA
__________________________________________
PROF. DR. GERCÍLIO ALVES DE ALMEIDA JUNIOR
__________________________________________
PROF. DR
a
SUSI MEIRE MAXIMINO LEITE
Data da Realização: 06 de março de 2007
“Aprendi que mais vale lutar
do que recolher tudo com facilidade.
Antes acreditar do que duvidar.”
Cora Coralina
REITOR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA – UNIMAR
Márcio Mesquita Serva
Pró Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
Suely Fadul Villibor Flory
Diretor da Faculdade de Ciências Agrárias
Helmuth Kieckhöfer
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Área de Concentração em Fitotecnia
Coordenador
Luciano Soares de Souza
Orientador
Paulo Sérgio Rabello de Oliveira
Aos meus pais Jovito Gonçalves Dias (In memoriam) e Terezinha Lemos Dias
Aos meus irmãos Sebastião, Jovina, Jorge, Valdomiro, Fátima,
Maria Inês, Iraci, Flordenice e Paulo.
A minha esposa Nilda Lourdes e aos meus filhos Mateus e Murilo
Pessoas especiais que me incentivam a percorrerem esta caminhada.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela minha existência, inteligência e busca da sabedoria.
Ao Professor Doutor Paulo Sérgio Rabello de Oliveira, meu orientador, que
com calma e paciência me conduziu a finalização desta tarefa. Grande amigo que
soube me dar doses de incentivo para vencer esta jornada, quando me senti
desanimar.
Ao corpo docente do programa de Pós-Graduação da Faculdade de
Ciências Agrárias, em especial ao Professor Doutor Luciano Soares de Souza, pelo
carinho e acolhimento.
A Empresa Matsuda Sementes e Nutrição Animal, pela realização das
análises bromatológica das amostras.
Ao Engenheiro Agrônomo Wilson Roque de Oliveira,Jovina Gonçalves Dias
de Oliveira, Priscilla Baeza G. Dias e Maria Helena Ferrari pela colaboração.
Aos funcionários e alunos da Pós-Graduação em Agronomia da UNIMAR.
Aos alunos e estagiários Fernanda Banhos, Flavia Banhos, Marta Rigon,
Antônio Lucas L. Cervantes, Hugo Renato G. Reginato, Lincoln Sousa da Silva, José
Eduardo P. Durães do curso de Agronomia, que participaram e auxiliaram na
condução do experimento.
A todos que me apoiaram e torceram por mim.
SUMÁRIO
Pág.
RESUMO............................................................................................................... vii
ABSTRACT........................................................................................................... ix
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 1
2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................. 3
2.1. Forrageiras tropicais.................................................................................... 3
2.2. Nitrogênio e crescimento da planta forrageira............................................. 4
2.3. Nitrogênio e qualidade forrageira................................................................ 6
3. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................. 9
3.1. Descrição da área experimental.................................................................. 9
3.2. Delineamento experimental e descrição dos tratamentos........................... 9
3.3. Instalação e condução do experimento....................................................... 10
3.4. Características avaliadas............................................................................ 11
3.4.1. Características biométricas................................................................... 11
3.4.1.1. Números de perfilhos.................................................................... 11
3.4.1.2. Matéria seca de folhas e matéria seca de colmos.......................... 11
3.4.1.3. Matéria seca da parte aérea........................................................... 11
3.4.2. Teor de N na parte aérea...................................................................... 11
3.4.3. Características bromatológicas............................................................. 12
3.4.3.1. Proteína bruta................................................................................ 12
3.4.3.2. Fibra bruta e nutrientes digestíveis totais...................................... 12
3.5. Analises estatísticas.................................................................................... 12
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................... 13
4.1. Características biométricas......................................................................... 13
4.2. Teor de nitrogênio na parte aérea............................................................... 18
4.3. Características bromatológicas................................................................... 20
5. CONCLUSÕES................................................................................................. 23
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 24
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Características químicas do solo, na profundidade de 0-20 cm,
antes da instalação do ensaio. UNIMAR, Marília-SP,
2005/2006...................................................................................
10
Tabela 2. Produção média de matéria seca de folhas (1º e 2º corte) das
forrageiras em função das doses de nitrogênio. Unimar,
Marília-SP, 2005/2006.................................................................
15
Tabela 3. Produção média de matéria seca de colmos (1º e 2º corte) das
forrageiras em função das doses de nitrogênio. Unimar,
Marília-SP, 2005/2006.................................................................
16
Tabela 4. Produção média de matéria seca da parte aérea (1º e 2º corte)
das forrageiras Braquiária e Áries. Unimar, Marília-SP,
2005/2006...................................................................................
18
Tabela 5. Valores médios para fibra bruta (FB) e nutrientes digestíveis
totais (NDT) observados no 1º e 2º corte de forrageiras em
função das doses de nitrogênio. Unimar, Marília-SP,
2005/2006...................................................................................
21
Tabela 6. Valores médios para fibra bruta (FB) e nutrientes digestíveis
totais (NDT) observados no 1º e 2º corte das forrageiras
Braquiária e Áries. Unimar, Marília-SP, 2005/2006....................
22
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Perfilhamento do capim-Braquiária e do capim-Áries, no 1º e no
2º corte, em função das doses de nitrogênio aplicadas. Unimar,
Marília-SP, 2005/2006 ..................................................................
14
Figura 2. Produção de matéria seca da parte aérea (1º, 2º corte e 1º+2º
cortes) de forrageiras em função das doses de nitrogênio
aplicadas. Unimar, Marília-SP, 2005/2006.....................................
17
Figura 3. Teores de N (g kg
-1
) na parte aérea do capim-Braquiária e do
capim-Áries, no 1º e no 2º corte, em função das doses de
nitrogênio aplicadas. Unimar, Marília-SP,
2005/2006......................................................................................
19
Figura 4. Teores de proteína bruta (%) na parte aérea do capim-Braquiária
e do capim-Áries, no 1º e no 2º corte, em função das doses de
nitrogênio aplicadas. Unimar, Marília-SP,
2005/2006......................................................................................
20
RESUMO
A exploração pecuária no Brasil está baseada principalmente no
potencial de produção de forragens, com destaque para duas gramíneas, as do
gênero Brachiaria e Panicum, visto que estas pastagens são as mais importantes e,
às vezes, a única fonte de alimentação dos bovinos. Os rebanhos bovinos são
mantidos em pastagens implantadas sem qualquer tipo de suporte técnico, e com o
passar dos anos, vão apresentando uma queda na produção forrageira, devido
principalmente à baixa fertilidade do solo e manejo inadequado, comprometendo o
desenvolvimento desta atividade e contribuindo para os baixos índices zootécnicos.
Este trabalho teve como objetivo caracterizar o crescimento e a qualidade de duas
forrageiras submetidas a doses de nitrogênio. O experimento foi conduzido em
ambiente protegido na Fazenda Experimental “Marcello Mesquita Serva”, da
UNIMAR, em Marília-SP utilizando-se da camada superficial de um Argissolo
Vermelho Amarelo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em
esquema fatorial 2 x 4 com três repetições. Os tratamentos resultaram da
combinação entre duas espécies forrageiras (Brachiaria decumbens Stapf., capim-
braquiária e Panicum maximum Jacq., cv. Áries), e quatro doses de N (0, 150, 300 e
450 mg kg
-1
N) na forma de nitrato de amônio. Avaliou-se, em dois cortes, o número
de perfilhos, a matéria seca da parte aérea, os teores de N e proteína bruta, bem
como fibra bruta e nutrientes digestíveis totais. As características influenciadas pelas
espécies foram analisadas pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade (P<0,05)
e as influenciadas pelas doses de nitrogênio, realizou-se regressão polinomial.
Houve interação significativa para número de perfilhos, teor de N e proteína bruta. O
número de perfilhos aumentou de forma linear às doses de nitrogênio, sendo
superiores na braquiária, em ambos os cortes a partir de 150 mg kg
-1
N, que
associado à maior matéria seca de colmos nesta forrageira, resultou em maior
matéria seca da parte aérea. Em função do perfilhamento e do hábito de
viii
crescimento da braquiária, a implantação desta forrageira deve ser considerada uma
alternativa importante no controle de erosão, pela rápida cobertura do solo,
principalmente os de textura arenosa. Os teores de N e proteína bruta nas
forrageiras apresentaram comportamento inverso, sendo linear crescente na
braquiária e linear decrescente no áries em relação às doses de nitrogênio. A maior
dosagem de N reduziu os teores de fibra bruta e aumentou os teores de nutrientes
digestíveis totais, em ambos os cortes. A fibra bruta da braquiária foi superior no
primeiro corte e inferior no segundo em relação ao áries. Já os teores de nutrientes
digestíveis totais foram superiores no capim áries, nos dois cortes.
Palavras-chave: Adubação, Brachiaria decumbens, Panicum maximum,
perfilhamento, proteína bruta.
ABSTRACT
The cattle raising in herbage pasture in Brazil is based on two forage
plants, the Brachiaria and Panicum, since they are not the only the most important
but, sometimes, the only source of food for the animals. The cattle is kept in pasture
without any technical support and, as the time passes by, the forage productiveness
decreases, due to the lower soil fertility and inadequate management, affecting the
development of this activity and contributing for lower zootechny indexes. The field
trial was carried out in an isolating setting at experiential farm “Marcello Mesquita
Serva”, in UNIMAR (Marília University), in Marília, São Paulo – Brazil, using a sample
of a superficial depth of a typic Hapludalf (Red Yellow Podzolic Soil). A completely
randomized design with factorial arrangement (2x4) was utilized with three
replications. The treatments resulted from a combination of two forage plants
(Brachiaria decumbens Stapf., braquiária-grass and Panicum maximum Jacq., cv.
Aries) and four doses of nitrogen (0, 150, 300 e 450 mg kg
-1
) using ammonium
nitrate. By two cuts, the numbers of tiller, the dry matter, the nitrogen, the crude
protein, as well as crude fiber and the total digestible nutrients were measured. The
characteristics influenced by the species were analyzed by Scott Knott with a 5%
probability (P<0.05) and the ones by nitrogen doses by polynomial regression. The
results indicated significant interaction of the number of tillers, nitrogen contents and
crude protein. There was linear increase of the number of tillers on nitrogen doses,
superior in Brachiaria, in both cuts from 150 mg N kg
-1
, which associated with the
higher dry matter of this forage stalks, resulted in a higher dry matter overground.
Due to the tillering and the growth Brachiaria characteristics, the usage of this forage
plant must be considered as an alternative to erosion, since it covers the ground
fastly, mainly the sandy soil. The nitrogen and crud protein have opposite behavior:
increased linear response for Brachiaria and decreased linear response for Aries, on
nitrogen doses. The higher nitrogen dose reduce the crude fiber and increased the
x
digestible nutrients, in both cuts. The crude fiber of Brachiaria was higher in the first
cut than in the second in relation to the Aries. The total digestible nutrients was
higher in Aries grass, in both cuts.
Key Words: Brachiaria decumbens, Crude fiber, Fertilizing, Panicum maximum,
Tillering.
1 INTRODUÇÃO
A área de pastagens cultivadas no Brasil apresentou um incremento de
250% de 1970 a 1995 (ZIMMER; EUCLIDES FILHO, 1997), principalmente devido à
incorporação do Cerrado ao sistema produtivo agropecuário. Entretanto, 80% são
consideradas como pastagens de baixa produtividade (CORAZZA, 2002).
A distribuição das precipitações e as limitações químicas naturais dos
solos comprometem a produção de forragem natural, tanto em sua qualidade quanto
em sua quantidade. A mudança da vegetação natural para pastagens cultivadas
representou uma alternativa para aumentar a produção de carne com a introdução
de plantas forrageiras de origem africana com grande capacidade de adaptação aos
solos e climas.
O gênero Brachiaria é o mais cultivado no país e vem substituindo
cada vez mais áreas de pastagens nativas, cujas baixas taxas de proteína bruta e
produtividade, são responsáveis por perdas de peso animal na estação seca. Neste
contexto, Macedo (1995), relata que cerca de 40 milhões de hectares (85% da área
de pastagens dos Cerrados) são cobertos por pastagens de braquiária, formando
extensos monocultivos, especialmente no Brasil Central e Amazônia. As vantagens
deste capim relacionam-se a sua adaptabilidade as mais adversas condições de
solo e clima, proporcionando produções satisfatórias mesmo nestas condições
(SOARES FILHO, 1994).
Segundo Botrel et al. (1999) as braquiárias, em geral, têm se mostrado
como plantas de elevado potencial de produção de matéria seca, além de serem
satisfatoriamente aceitas pelos bovinos, proporcionando ganhos significativos de
peso.
As plantas da espécie Panicum maximum, originárias da África,
encontram-se distribuídas em uma ampla faixa do globo terrestre, com
predominância na zona equatorial úmida (20º N a 20º S), que corresponde à regiões
2
como a África, América Central, América do Sul, norte da Austrália, Índia, sudeste
da Ásia e as ilhas do pacífico, numa altitude de até 2000 metros (ROCHA, 1991). No
Brasil, estima-se que as gramíneas deste gênero ocupam área superior a seis
milhões de hectares (ARONOVICH, 1995). Esta espécie sempre despertou muito
interesse entre pesquisadores e produtores devido as suas características
morfológicas que proporcionam uma elevada produção de matéria seca e ampla
adaptabilidade (JANK, 1995). Embora apresente elevado valor nutritivo e alta
produtividade o manejo inadequado e a perda de fertilidade do solo podem promover
rápida degradação destas pastagens.
As pastagens cultivadas formadas exclusivamente com gramíneas
necessitam de uma fonte de nitrogênio (química ou biológica) para reposição, com
objetivo de manter a produção de massa seca, e conseqüentemente evitar a
degradação do solo (WERNER, 1986). O nitrogênio, por sua vez, é dos principais
nutrientes para as plantas, pois participa ativamente na síntese de compostos
orgânicos que formam a estrutura do vegetal, tais como: aminoaçucares, aminas,
vitaminas, pigmentos, aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos e moléculas de
clorofila (MALAVOLTA, 1980; MENGEL; KIRKBY, 1987).
O nitrogênio também é responsável pelo aparecimento e
desenvolvimento dos perfilhos, tamanho de folhas, e dos colmos (NABINGER,
1997). Assim se houver baixa disponibilidade de nitrogênio no solo, as plantas
manifestarão menor crescimento, reduzindo a quantidade de perfilhos e tamanho
das folhas e, como conseqüência, redução no teor de proteína bruta, podendo tornar
a forragem insatisfatória para fins de nutrição e alimentação animal.
Desta forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar, em ambiente
protegido, o crescimento, a absorção do nitrogênio e a qualidade bromatológica dos
capins braquiária e áries submetidos a doses de nitrogênio.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Forrageiras tropicais
A Brachiaria decumbens é originária da região dos grande lagos, na
Uganda, África sendo que, no Brasil existem dois cultivares. O primeiro conhecido
como cultivar IPEAN, introduzido pelo Instituto de Pesquisa Agropecuária do Norte,
em Belém, Pará, em 1952, que se caracteriza por crescimento mais decumbente,
com raízes nos nós e folhas muito pilosas. O segundo é proveniente da Austrália,
porém de origem africana, e teve seu desenvolvimento inicial no estado de São
Paulo, sendo robusto, de crescimento semi-ereto e com folhas menos pilosas. É
conhecido como cultivar Basilisk ou cultivar Australiana (ALCÂNTARA, 1987).
O cultivar Basilisk apresenta boa cobertura do solo, além de ter alta
resistência ao pisoteio. Vegeta bem em solos argilosos ou arenosos, sendo indicada
para solos de baixa a média fertilidade, tendo alta resistência à seca, não
apresentando resistência ao ataque de cigarrinhas e não tolera o encharcamento.
Possui desenvolvimento satisfatório no verão, porém, por ser muito sensível ao frio,
sua produção será muito prejudicada pela ocorrência de geadas. A produção
potencial poderá atingir até 11 toneladas de matéria seca por hectare ano, podendo
ser propagada por mudas (estolões) ou sementes (ALCÂNTARA; BUFARAH, 1988;
ALCÂNTARA, et al., 1993; SOARES FILHO, 1994). Segundo Sherman e Riveros
(1990), a mencionada espécie, quando estabelecida, tem habilidade para suprimir a
competição de plantas invasoras, dificultando, por outro lado, a consorciação com
leguminosas.
As plantas da espécie Panicum maximum, originárias da África,
pertencem à família Gramineae, tribo Paniceae, que possui cerca de 81 gêneros e
mais de 1.460 espécies (ROCHA, 1991).
O capim-Áries (Panicum maximum Jacq.) é um cultivar híbrido do
cruzamento entre os cultivares de origem africana, Centauro e Aruana, cruzados e
selecionados pela Matsuda Sementes e Nutrição Animal caracterizando-o como de
4
ciclo precoce, plantas de porte baixo, talos finos, sem pilosidade, grande produtor de
sementes e de florescimento indeterminado. É uma espécie forrageira exigente em
fertilidade de solo, possui intenso perfilhamento, rápida rebrota, boa qualidade
nutricional e excelente digestibilidade. Apresenta boa tolerância às secas e é
recomendado para eqüinos, ovinos, caprinos e bezerros recém desmamados.
2.2 Nitrogênio e crescimento da planta forrageira
Atualmente, há extensas áreas de pastagens degradas e em processo
de degradação, tendo como principais causas deste processo a escolha incorreta da
espécie forrageira, a má formação inicial, a falta de adubação de manutenção e o
manejo inadequado da pastagem, gerando o esgotamento dos nutrientes e
favorecendo o processo erosivo.
Segundo Soares Filho (1993), a baixa fertilidade do solo é um aspecto
que deve ser destacado quando se pretende fazer a recuperação da pastagem.
Todos os nutrientes das gramíneas são importantes e podem ser limitantes em
pastagem a ser corrigida, mas têm sido freqüentes as limitações por nitrogênio,
fósforo, potássio, e enxofre e acidez do solo.
A importância da adubação nitrogenada e fosfatada na formação,
renovação e recuperação de pastagens com gramíneas forrageiras cultivadas em
ambiente tropical é abordada em diversos trabalhos de revisão (LOBATO et al.,
1986; MACEDO, 1995; BODDEY et al., 1996).
Segundo Cooke (1972), os aumentos de produção de massa seca
devem surgir do efeito de interações, entre os quais se incluem o potencial produtivo
de animais e a quantidade de forragem oferecida, os níveis de adubação e manejo
das pastagens, a quantidade de forragens disponível e a lotação das pastagens,
bem como a disponibilidade de outros nutrientes notadamente, o nitrogênio.
A composição mineral de espécies forrageiras varia com uma série de
fatores, entre os quais se destacam: solo e adubações realizadas, diferença
genética entre espécies, variedades, estações do ano e intervalos de cortes. Desta
forma, Santos Júnior e Monteiro (2003) avaliando a nutrição em nitrogênio do capim-
Marandu submetido a doses de nitrogênio e idades de crescimento constataram
interação significativa para estes fatores, identificando as doses de 257 e 304 mg N
L
-1
de solução para atingir a máxima produção de massa seca. Entretanto Vantini et
al. (2001) avaliando a morfofisiologia de capim-Andropogon, cv. Planaltina, sob
5
adubação mineral e orgânica em três estratos verticais não verificaram efeitos
significativos do nitrogênio sobre a produção da forrageira.
Trabalhos de diversos autores evidenciam o grande efeito do
nitrogênio no aumento tanto da produção de massa seca (WOOARD; PRINE, 1991;
COSTA, 1995; RIBEIRO, 1995), quanto do número de perfilhos (PANICHI, et al.,
2006; e MONTANS et al., 2006).
Guerreiro et al. (1970) também citaram vários trabalhos em que a
aplicação de nitrogênio em pastagem de capim elefante, em quase todos os casos,
aumenta os rendimentos de forragem, embora a magnitude deste incremento seja
variável e dependente, tanto do nível de nitrogênio aplicado quanto de outras
variáveis ligadas ao solo, disponibilidade de outros nutrientes, assim como as
condições climáticas e os intervalos de cortes.
No Brasil, as forrageiras desempenham papel importante na nutrição
animal, tornando esta exploração econômica e, dentro desse contexto, o nitrogênio
se faz presente, promovendo aumento na produção de matéria seca das pastagens,
melhorando a sua distribuição anual (MONTEIRO; WERNER, 1977).
Segundo Azam et al. (1985), o nitrogênio aplicado ao solo pode seguir
estes caminhos: ser absorvido pela planta, perdido do sistema solo-planta ou
permanecer no solo. Em geral, 50% do nitrogênio fertilizante aplicado ao solo é
absorvido pelas plantas; 25%, perdido por diferentes caminhos e 25% permanece no
solo.
Santos (1997), trabalhando com a Braquiária decumbens, testou doses
de nitrogênio e de enxofre, separadamente e observou aumentos na produção de
massa seca da parte aérea, na concentração do nutriente nas partes das plantas e
no numero de perfilhos da forrageira, à medida que elevou a dose desses nutrientes.
Harding e Grof (1978), estudando gradientes de nitrogênio em
Brachiaria decumbens, constataram que a dose de nitrogênio de 365 kg ha
-1
ano
-1
atendeu a planta quanto a produção de forragem e aproveitamento do nitrogênio.
Em pastagem estabelecida há mais de cinco anos, Sanzonowicz (1986) relatou que
o nitrogênio foi o nutriente que mais limitou a produção de forragem de pastagem de
Brachiaria ruzizienses e Brachiaria decumbens. Resultados positivos quanto ao
perfilhamento do capim-braquiária também foram encontrados por Santos (1997),
Ferragine (1998) e Mattos (2001).
Hoffmann (1992) avaliou o efeito de doses de nitrogênio até a dose de
500 mg kg
-1
de solo em Brachiaria decumbens, e observou que o perfilhamento, por
6
ocasião do primeiro corte , seguiu a mesma tendência de respostas da produção de
massa seca (com ajuste a equação quadrática). Nesse estudo, o capim-braquiária
apresentou maiores taxas de perfilhamento e produção de massa seca em relação
ao Colonião.
O perfilhamento em gramíneas forrageiras representa uma
característica estrutural influenciada por fatores ambientais, nutricionais e de
manejo. Neres et al. (1997) avaliando níveis de adubação nitrogenada e freqüência
de cortes na fisiologia do capim colonião, cv. Aruana constataram efeito linear entre
doses de N e número de perfilhos. Entretanto, Garcez Neto et al. (2002), avaliando
transformações estruturais do capim-Mombaça submetido a doses de nitrogênio
constataram comportamento quadrático entre doses de nitrogênio e número de
perfilhos por planta, atingindo o máximo perfilhamento (11,8 perfilhos vaso
-1
) com
172,5 mg dm
-3
de solo.
Lavres Júnior e Monteiro (2003) trabalhando com diferentes
combinações de N e K constataram que o capim-Mombaça apresentou
comportamento quadrático para o número de perfilhos e doses de nitrogênio,
estimando a dose de 296 mg N L
-1
para atingir o máximo perfilhamento.
Montans et al. (2006) não constataram efeito significativo (P<0,05) do
nitrogênio em solução nutritiva sobre o perfilhamento do capim Tanzânia. Já Panichi
et al. (2006) observaram que a omissão de N e P reduziram significativamente o
número de perfilhos e o acúmulo de massa seca da parte aérea do capim Xaraés
(Brachiaria brizantha).
2.3 Nitrogênio e qualidade da forrageira
A composição químico-bromatologica das plantas forrageiras
representada pelo teor de proteína bruta (PB), fibra em detergente acido (FDA), e
fibra em detergente neutro (FDN) e valores de digestibilade “in vitro” da matéria seca
(DIVMS) assumem papel de grande importância na análise qualitativa da forragem
uma vez que estas variáveis podem ter influencia direta ou indireta no consumo
voluntário de matéria seca e conseqüentemente, na produção animal (Van Soest,
1994).
Em gramíneas forrageiras tropicais, Milford e Minson (1996) afirmaram
que o teor de PB inferior a 7% na matéria seca leva a queda na ingestão pelos
animais, pela falta de nitrogênio aos microrganismos do rúmen, enquanto que o
7
FDA, pela sua constituição (lignina e celulose) tem influencia na DIVMS (KAYONGO-
MOLE et al., 1974). O melhor desempenho dos animais em pastejo está, portanto,
relacionado à qualidade e a disponibilidade das pastagens (STOBBS, 1975).
Fatores ambientais como temperatura, luminosidade, fotoperiodo,
umidade estão diretamente relacionados à composição química e ou bromatológica
das plantas forrageiras. Geralmente no período de maior precipitação pluviométrica,
a elevação da temperatura e da intensa luminosidade, associada à disponibilidade
de umidade, vão promover rápido aumento da atividade metabólica, o que diminui a
quantidade de fotoassimilados e os metabólitos do conteúdo celular. Assim, os
produtos da fotossíntese são convertidos em tecidos estruturais, com celulose e
hemicelulose e principalmente lignina, levando a redução no teor de PB e na DIVMS
(VAN SOEST citado por CECATO et al., 2004).
Ao avaliar seis cultivares de Panicum maximum Jacq., dentre eles o
capim-Colonião comum, colhidos aos 35 dias de idade, Hernandez et al. (1986)
verificaram aumento no teor da FDA (19,60% e 25%) e diminuição da PB (11,6% e
8,20%), no período seco para o chuvoso,respectivamente.
Ao avaliar a composição químico-bromatológica do capim-Aruana
(Panicum maximum Jacq. cv. Aruana), Cecato et al. (1994) observaram que as
plantas adubadas apresentaram teores de PB maiores que as não adubadas. Nos
períodos de maior crescimento, as plantas adubadas com nitrogênio apresentaram
incremento na FDA e na PB, e redução na DIVMS em relação aquelas não-
adubadas.
Trabalhando com capim-Marandu, Ruggieri et al. (1995) avaliaram a
composição bromatológica, e observaram que as plantas revelaram pequeno
decréscimo na qualidade em relação a PB e DIVMS, em virtude da redução na
proporção de folhas e incremento de colmos e material morto, com idades mais
avançadas (56 dias).
O nitrogênio aplicado às plantas eleva a concentração de proteína na
MS. Como as proteínas são sintetizadas a partir de carboidratos, o aumento do
fornecimento de nitrogênio na forma de adubo reduz os teores de carboidratos
solúveis. Grandes acúmulos de produtos nitrogenados e proteínas causam diluição
da fração de parede celular, incrementando a digestibilidade. Qualquer incremento
em componentes nitrogenados requer diminuição compensatória em componentes
não-nitrogenados especialmente carboidratos solúveis. Mudança na digestibilidade
8
depende do balanço de fatores compensatórios (VAN SOEST citado por CECATO et
al., 2004).
Barros et al. (2002) avaliando o rendimento e composição química do
capim-Tanzânia estabelecido com milheto sob três doses de nitrogênio observaram
incrementos lineares nos teores de PB e FDA, sem influenciar significativamente os
teores de FDN.
A utilização da adubação nitrogenada pode promover aumentos na
produção de forragem por aumentar a taxa fotossintética. Andrade et al. (2000)
observaram aumentos lineares nos teores e rendimento de proteína bruta do capim-
elefante, cv. Napier em relação às doses de nitrogênio.
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Descrição da área experimental
O experimento foi conduzido em ambiente protegido, de novembro de
2005 a maio de 2006 na Fazenda Experimental “Marcello Mesquita Serva”, da
Universidade de Marília – UNIMAR, com amostras do horizonte superficial de um
solo classificado como Argissolo Vermelho Amarelo Eutrófico, (EMBRAPA, 1999)
oriundo do Município de Parapuã, São Paulo.
A estrutura do ambiente foi constituída de pilares de aço galvanizado,
cobertura tipo arco, com 4,0 m de pé direito, coberta com filme de polietileno (150
micra) e paredes laterais com tela de sombreamento em 50%. As bancadas onde
foram posicionados os vasos, foram construídas em estrutura de ferro. Neste
ambiente não houve controle de temperatura nem de umidade do ar.
3.2 Delineamento experimental e descrição dos tratamentos
O delineamento experimental empregado foi o inteiramente
casualizado com três repetições. Os tratamentos foram definidos pela combinação
de espécies forrageiras e doses de nitrogênio. As espécies avaliadas foram
Brachiaria decumbens (capim Braquiária) e Panicum maximum (capim Áries). Os
tratamentos de nitrogênio aplicados foram de 0, 150, 300 e 450 mg kg
-1
de solo e
distribuídos em esquema fatorial 2 X 4. As características químicas da amostra de
solo são apresentadas na Tabela 1.
Utilizando-se os intervalos propostos por Raij et al. (1996) o solo
apresentou acidez muito baixa, baixo teor de fósforo, altos teores de cálcio e
magnésio, médio teor de potássio, alta saturação por bases e médio teor de enxofre.
10
Tabela 1. Características químicas do solo, na profundidade de 0-20 cm, antes da
instalação do ensaio. UNIMAR, Marília-SP, 2006/2007.
Prof.
cm
pH MO P H+Al Al Ca Mg K T V S
CaCl
2
g dm-
3
mg dm
3
__________ mmol
c
dm
3
_________ %
mg
dm
-3
0-20 6,2 11 6 10 0 16 6 3 34 71 5
3.3 Instalação e condução do experimento
O experimento foi conduzido em vasos contendo 5 kg de solo,
previamente seco à sombra e peneirado. Não foi necessária a correção da acidez
com calcário de acordo com as Werner et al. (1996). Todos os vasos receberam
adubações com reagentes (puros para análise), por ocasião da semeadura, nas
quantidades de 150; 50; 0,8; 4,0; 5,0; 0,15; 3,6 e 1,5 mg kg
-1
de solo,
respectivamente de K, S, B, Fe, Zn, Mo, Mn e Cu sob as formas de cloreto de
potássio, sulfato de potássio, ácido bórico, sulfato ferroso, sulfato de zinco,
molibdato de sódio, sulfato de manganês e sulfato de cobre. Como fonte de fósforo,
utilizou o superfosfato triplo (45% de P
2
O
5
) na dosagem de 200 mg kg
-1
de solo Após
a mistura dos fertilizantes, realizou-se a semeadura, distribuindo-se 20 sementes de
cada espécie por vaso. As quantidades de nutrientes, as fontes e os cuidados na
instalação e condução do experimento foram baseados nas recomendações de
Oliveira et al. (1991).
Vinte dias após a germinação realizou-se o desbaste deixando 5
plantas por vaso. A adubação de cobertura, com 100 mg Kg
-1
de K sob a forma de
cloreto de potássio foi realizado aos 30 dias após a semeadura. As doses de
nitrogênio foram aplicadas em parcelas iguais e em intervalos de quatorze dias na
quantidade de 150 mg kg
-1
de solo. A primeira cobertura nitrogenada foi realizada
junto com a potássica, trinta dias após a semeadura, tendo como fonte de nitrogênio
o nitrato de amônio.
No início do experimento determinou-se a máxima capacidade de
retenção de água nos vasos. Os vasos com solo saturado foram pesados e a partir
deste valor, mantidos a 70% da saturação através de pesagens e irrigações diárias
(OLIVEIRA et al., 1991).
11
Foram realizados dois cortes, rente ao solo, sendo o primeiro aos 60
dias após a semeadura e o segundo 45 dias após a primeira avaliação.
3.4 Características avaliadas
3.4.1 Características biométricas
3.4.1.1 Número de perfilhos
No momento de cada corte, todos os perfilhos foram contados e
expressos em número de perfilhos vaso
-1
.
3.4.1.2 Matéria seca de folhas e matéria seca de colmos
Após a contagem dos perfilhos, estes eram cortados rente ao solo e as
folhas separadas dos colmos. Todo o material foi colocado para secar em estufa
com temperatura de 65ºC até peso constante e expresso em g vaso
-1
de massa
seca de folhas e massa seca de colmos.
3.4.1.3 Matéria seca da parte aérea
A matéria seca da parte aérea foi obtida pelo somatório da matéria
seca de folhas e matéria seca de colmos nos dois momentos de avaliação e
expresso em g vaso
-1
.
3.4.2. Teor de N na parte aérea
Após a pesagem do material vegetal (folhas e colmos) colhido e
secado, foi moído e uniformizado retirando-se uma amostra para a determinação da
concentração de nitrogênio (g kg
-1
de massa seca) com emprego da destilação e
titulação (método Kjeldahl), conforme metodologia descrita por Nogueira e Souza.
(2005). As análises foram realizadas no Laboratório de Analise da Empresa Matsuda
Sementes e Nutrição Animal, município de Álvares Machado-SP.
12
3.4.3 Características bromatológicas
3.4.3.1 Proteína bruta
Os teores de proteína bruta foram calculados através do produto entre
o teor de nitrogênio (g kg
-1
) e a constante 0,625, sendo expresso em % na matéria
seca da parte aérea. As análises foram realizadas no Laboratório de Analise da
Empresa Matsuda Sementes e Nutrição Animal, município de Álvares Machado-SP
3.4.3.2 Fibra bruta e nutrientes digestíveis totais
Os teores de fibra bruta e de nutrientes digestíveis totais foram
determinados na parte aérea das forrageiras, nos dois cortes e seguiram
metodologias propostas por Nogueira e Souza, (2005). As determinações químicas
foram realizadas no Laboratório de Análise da Empresa Matsuda Sementes e
Nutrição Animal, município de Álvares Machado, SP.
3.5 Análises estatísticas
Efetuou-se o desdobramento da interação nos casos de significância
(P<0,05) e o resultado de regressões para as doses de N. As espécies forrageiras
tiveram suas médias comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Para a execução dessas análises utilizou-se o programa estatístico Sisvar
(FERREIRA, 2000), desenvolvido pela Universidade Federal de Lavras.
A partir das equações de regressão estimou-se a dose de N necessária
para atingir o valor máximo da matéria seca da parte aérea.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Características biométricas
O perfilhamento do capim-Braquiária e do capim-Áries submetidos a
doses de nitrogênio, nos dois cortes realizados é apresentado na Figura 1. Houve
interação significativa (P<0,05) entre espécies e doses de nitrogênio nos dois
momentos de avaliação, apresentando um comportamento linear crescente. O
capim-Braquiária perfilhou mais que o capim-Áries a partir da dose 150 mg kg
-1
de
solo, em ambos os cortes.
O número de perfilhos por vaso foi menor no 1º corte em relação ao 2º,
em ambas as forrageiras. Isto provavelmente ocorreu porque no estabelecimento as
plantas armazenam grande parte da energia para a formação do sistema radicular e
parte aérea, enquanto na segunda fase o sistema radicular, já estabelecido, é capaz
de absorver o nitrogênio, estimulando a brotação de gemas basais (LAVRES
JÚNIOR; MONTEIRO, 2003).
O nitrogênio por ser o principal componente das proteínas e por
participar ativamente na formação de compostos orgânicos, formadores da estrutura
vegetal, exerce também uma influência positiva sobre o perfilhamento (ISEPON,
1987).
Geneticamente o capim-Braquiária possui, em comparação com outras
forrageiras tropicais, maior capacidade de emitir perfilhos, que associados ao seu
hábito de crescimento decumbente, apresenta rápida capacidade de cobrir o solo,
favorecendo o controle de erosão ou plantas daninhas, sendo indicado para solos
arenosos desde que haja adequado suprimento de nitrogênio (HOFFMANN et al.,
1995). O perfilhamento em gramíneas forrageiras representa uma característica
estrutural influenciada por fatores ambientais, nutricionais e de manejo. Neres et al.,
(1997) avaliando níveis de adubação nitrogenada e freqüência de cortes na fisiologia
do capim colonião, cv. Aruana constataram efeito linear entre doses de N e número
14
de perfilhos. Entretanto, Garcez Neto et al. (2002), avaliando transformações
estruturais do capim-Mombaça submetido a doses de nitrogênio constataram
comportamento quadrático entre doses de nitrogênio e número de perfilhos por
planta, atingindo o máximo perfilhamento (11,8 perfilhos vaso
-1
) com 172,5 mg N dm
-
3
de solo.
0
30
60
90
120
150
0 150 300 450
Doses N, mg kg
-1
Perfilhos, vaso
-1
Braquiária (1º Corte) Y=23,90+0,186X R
2
= 0,98
**
Braquiária (2º Corte) Y=31,67+0,128X R
2
= 0,98
**
Áries (1ºCorte) Y=27,73+0,058X R
2
= 0,81
**
Áries (2º Corte) Y=32,33+0,128X R
2
= 0,98
**
Figura 1. Perfilhamento do capim-Braquiária e do capim-Áries, no 1º e no 2º corte,
em função das doses de nitrogênio aplicadas. Unimar, Marília-SP,
2005/2006.
A produção média de matéria seca de folhas no 1º e no 2º corte das
forrageiras em função das doses de nitrogênio é apresentada na Tabela 2. Houve
interação significativa (P<0,05) para esta característica com o capim-Áries
apresentando maiores valores de matéria seca de folhas nas dosagens de 150, 300
e 450 mg kg
-1
de solo no 1º corte. No 2º corte não houve diferença entre as
forrageiras, entretanto ambas responderam com aumentos na matéria seca de
folhas em relação ao uso do nitrogênio. Nos dois cortes realizados, as forrageiras
acumularam maiores quantidades de matéria seca nas folhas, nas doses de 450 mg
kg
-1
de solo, evidenciando a importância da adubação nitrogenada para o aumento
15
da produção de folhas, principal componente estrutural da forrageira na alimentação
animal.
Vantini et al., (2001) avaliando a morfofisiologia de Andropogon
gayanus sob adubação nitrogenada não observaram respostas significativas dos
tratamentos sobre a matéria seca de folhas. Pinto et al., (1994) também não
observaram respostas positivas da mesma espécie à adubação com 90 ppm (mg
kg
-1
) de nitrogênio. Porém, Benitez (1993), em estudo com capim-Aruana, constatou
que o uso da adubação nitrogenada promoveu o crescimento das plantas,
favorecendo o desenvolvimento das folhas.
Silva e Monteiro (2006) estudando a influência do nitrogênio e do
enxofre sobre as características produtivas do capim-Braquiária proveniente de uma
área de pastagem degradada, concluíram que o incremento da adubação
nitrogenada contribuiu para o aumento da produção de folhas e conseqüentemente
na recuperação do capim. Neste trabalho verificaram, no 2º e 3º cortes, efeito
isolado do nitrogênio sobre a produção de folhas, estimando as dosagens de 371 e
305 mg dm
-3
de solo as quantidades de nitrogênio para as máximas produções de
matéria seca de folhas, respectivamente.
Tabela 2. Produção média de matéria seca de folhas (1º e 2º corte) das forrageiras
em função das doses de nitrogênio. Unimar, Marília-SP, 2005/2006.
Doses de N
mg kg
-1
1º Corte
g vaso
-1
2º Corte
g vaso
-1
Braquiária Áries Braquiária Áries
0 6Ad 7Ad 3Ad 2Ad
150 25Bc 32Ac 19Ac 21Ac
300 32Bb 42Ab 29Ab 29Ab
450 38Ba 49Aa 33Aa 34Aa
CV(%) 6 11
Médias seguidas de mesmas letras maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas
não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
16
A produção média de matéria seca de colmos no 1º e no 2º corte das
forrageiras em função das doses de nitrogênio é apresentada na Tabela 3. Houve
interação significativa (P<0,05) para esta característica com destaque para a
Braquiária com valores superiores de matéria seca de colmos nos tratamentos de
150, 300 e 450 mg Kg
-1
N de solo no 1º corte. No 2º corte não houve diferença
estatística (P<0,05) entre as forrageiras a não ser no tratamento de 450 mg kg
-1
de
solo, sendo o capim-Áries superior ao capim-Braquiária.
A influência positiva do nitrogênio sobre o acúmulo de matéria seca de
colmos também foi observado por Montans et al. (2006), Panichi et al. (2006) e Silva
e Monteiro (2006). Entretanto Vantini et al. (2001) não constataram influência
significativa de doses de nitrogênio sobre a massa seca de colmos na Andropogon
gayanus.
Na ausência da adubação nitrogenada as forrageiras apresentam séria
limitação ao alongamento dos colmos e perfilhamento, comprometendo o
armazenamento de substâncias orgânicas, prejudicando a rebrota e produção de
forragem (ALEXANDRINO, 2000 e SILVA, 2005).
Tabela 3. Produção média de matéria seca de colmos (1º e 2º corte) das forrageiras
em função das doses de nitrogênio. Unimar, Marília-SP, 2005/2006.
Doses de N
mg kg
-1
1º Corte
g vaso
-1
2º Corte
g vaso
-1
Braquiária Áries Braquiária Áries
0 13Ac 5Ac 4Ac 3Ac
150 63Ab 39Bb 35Ab 33Ab
300 93Aa 60Ba 46Aa a 48A
450 98Aa 67Ba 44Ba 52Aa
CV(%) 9 9
Médias seguidas de mesmas letras maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas
não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
17
A produção de matéria seca da parte aérea no 1º, 2º e 1º+2º cortes de
forrageiras em função das doses de nitrogênio aplicadas é apresentada na Figura 2.
Os resultados mostram uma acentuada resposta das forrageiras às aplicações de
nitrogênio. As produções máximas de matéria seca da parte aérea, estimadas
através das derivações das equações matemáticas (P<0,05) do 1º, 2º e 1º+2º cortes
ocorreram com as quantidades de nitrogênio de 437,5, 396,3 e 443,5 mg kg
-1
de
solo, respectivamente.
0
60
120
180
240
0 150 300 450
Doses N, mg kg
-1
Matéria Seca, g vaso
-1
1º Corte Y=15,66+0,504X-0,000576X
2
R
2
= 0,99
**
2º Corte Y=5,78+0,386X-0,000487X
2
R
2
= 0,99
**
º+
2
º
Corte
Y
=
21,77
+
0,887X
-
0,0010X
2
R
2
=
0,99
**
Figura 2. Produção de matéria seca da parte aérea (1º, 2º corte e 1º+2º cortes) de
forrageiras em função das doses de nitrogênio aplicadas. Unimar, Marília-
SP, 2005/2006.
Visto que, em geral, a produção de máxima eficiência econômica situa-
se um pouco abaixo da produção máxima biológica e freqüentemente têm sido
utilizada pelos pesquisadores doses correspondentes a 90% da produção máxima
biológica, estimou-se as doses de nitrogênio a partir das equações de regressão da
matéria seca da parte aérea no 1º, 2º e 1º+2º cortes chegando a valores de 289,9,
266,3 e 295,7 mg kg
-1
de solo, respectivamente. Considerando a produção total de
massa seca da parte aérea (1º+2º cortes), com o índice de 90%, haveria uma
economia da ordem de aproximadamente 50% na dose de nitrogênio, ao passo que
a produção de massa seca sofreria um decréscimo de apenas 10%.
18
Hoffmann et al. (1995) avaliando a influência do nitrogênio no
crescimento da braquiária e do colonião observaram grande resposta das forrageiras
para a matéria seca da parte aérea. Considerando a matéria seca da parte aérea
total (1º + 2º cortes) e 90% da produção máxima, os autores estimaram para a
braquiária e o colonião as doses de 276 e 249 mg kg
-1
de solo, respectivamente, e
portanto, menores que os observados neste trabalho.
A produção média de matéria seca da parte aérea (1º e 2º corte) das
forrageiras Braquiária e Áries é apresentada na Tabela 4. No 1º corte o capim Áries
acumulou menor quantidade de matéria seca em relação à Braquiária, entretanto
este resultado não se repetiu no 2º corte. Estes resultados podem ser explicados
pela influência da matéria seca de colmos, que na Braquiária foi superior em relação
ao capim Áries apenas no 1º corte.
Costa (1990), em estudo com os capins colonião e tobiatã, observou
redução da relação folha/colmo em função do crescimento e da presença de
adubação nitrogenada. Os mesmos autores observaram que a partir dos 28 dias até
o 42 dias ocorreu uma diminuição cada vez maior na relação folha/colmo, nos
diferentes estratos da plantas, determinado pelo processo de alongamento dos
colmos.
Tabela 4. Produção média de matéria seca da parte aérea (1º e 2º corte) das
forrageiras Braquiária e Áries. Unimar, Marília-SP, 2005/2006.
Forrageira
Matéria Seca da Parte Aérea
g vaso
-1
1º Corte 2º Corte
Braquiária 92a 53a
Áries 75b 53a
CV (%) 6 8
Médias seguidas de mesmas letras minúsculas nas colunas não diferem entre si
pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
4.2 Teor de N na parte aérea
Os teores de N (g kg
-1
) na parte aérea do capim-Braquiária e do capim-
Áries, no 1º e no 2º corte, em função das doses de nitrogênio aplicadas são
apresentados na Figura 3. Houve interação significativa (P<0,05) e um
19
comportamento inverso das forrageiras estudadas, nos dois cortes realizados. O
capim-Áries apresentou teores de N decrescentes em relação às doses de
nitrogênio, contrário ao capim-Braquiária que aumentou os teores do nutriente na
massa seca da parte aérea.
Corsi e Silva (1985) em sua revisão de literatura destacam que a
concentração de nutrientes na planta forrageira é influenciada pelo genótipo, idade,
estádio fenológico, ritmo de crescimento, disponibilidade de nutrientes e fração da
planta considerada. No momento das avaliações, as plantas de capim-Áries (cultivar
precoce), estavam com folhas amareladas, senescentes e florescendo, o que
justificaria os baixos teores de nitrogênio constatados na parte aérea.
Santos (1997) recomenda a utilização das lâminas de folhas recém-
expandidas para a avaliação do estado nutricional em nitrogênio na forrageira
Brachiaria decumbens.
0
4
8
12
16
0 150 300 450
Doses N, mg kg
-1
Teor N, g kg
-1
Braquiária (1º Corte) Y=4,16+0,0121X R
2
= 0,95
**
Bra
q
uiária
(
2º Corte
)
Y=7
,
14+0
,
0169X R
2
= 0
,
87
**
Áries (1º Corte) Y=9,12-0,0035 R
2
= 0,60
**
Áries
(
2º Corte
)
Y=7
,
79-0
,
0039X R
2
= 0
,
77
**
Figura 3. Teores de N (g kg
-1
) na parte aérea do capim-Braquiária e capim-Áries,
no 1º e no 2º corte, em função das doses de nitrogênio aplicadas. Unimar,
Marília-SP, 2005/2006.
20
4.3 Características bromatológicas
Os teores de proteína bruta (%) na parte aérea do capim-Braquiária e
capim-Áries, no 1º e no 2º corte, em função dos tratamentos de nitrogênio aplicados
são apresentados na Figura 4. Como esta característica é calculada a partir dos
teores de N na parte aérea das plantas os resultados seguiram a mesma tendência,
ou seja, comportamento linear crescente (P<0,05) para o capim-Braquiária e linear
decrescente (P<0,05) para o capim-Áries.
O capim-Braquiária, por ter apresentado resposta linear ao uso de N
não permite calcular a dose do nutriente para o máximo teor de proteína bruta. Estes
resultados evidenciam a influência do período prolongado de avaliação, favorecendo
o capim-Braquiária por se tratar de uma forrageira de ciclo mais tardio em relação ao
capim-Áries.
0
2
4
6
8
10
0 150 300 450
Doses N, mg kg
-1
PB, %
Braquiária (1º Corte) Y=2,60+0,0075X R
2
= 0,95
**
Braquiária (2º Corte) Y=4,48+0,0105X R
2
= 0,87
**
Áries (1º Corte) Y=5,69-0,0022X R
2
= 0,55
**
Áries (2º Corte) Y=4,86-0,0025X R
2
= 0,75
**
Figura 4. Teores de proteína bruta (%) na parte aérea do capim-Braquiária e
capim-Áries, no 1º e no 2º corte, em função das doses de nitrogênio
aplicadas. Unimar, Marília-SP, 2005/2006.
21
Cecato et al. (2004) avaliando a influência das adubações
nitrogenadas sobre a composição químico-bromatológica do capim-Marandu
observaram respostas lineares positivas (P<0,05) sobre os teores de proteína bruta.
A colheita do experimento em fase avançada de maturação prejudicou
o teor protéico das forrageiras, mesmo para o capim-Braquiária, confirmando os
resultados apresentados por Santana e Santos (1983) e Ruggieri et al., (1995). A
redução nos teores de proteína bruta em função da idade das plantas representa um
fato importante para definir os ciclos de pastejo de uma forrageira, visando com isso,
maximizar a qualidade do alimento fornecido aos animais.
Os valores médios para fibra bruta e nutrientes digestíveis totais
observados no 1º e no 2º corte de forrageiras em função dos tratamentos de
nitrogênio são apresentados na Tabela 5. Houve efeito significativo (P<0,05) dos
tratamentos sobre estas características e a maior dose de N (450 mg kg
-1
de solo)
reduziu os teores de FB nos dois momentos de avaliação. No 1º corte não houve
diferença estatística entre a ausência de N e os tratamentos de 150 e 300 mg kg
-1
de
solo. Entretanto no 2º corte o tratamento de 150 mg kg
-1
de solo proporcionou os
maiores teores de fibra bruta em relação aos outros tratamentos.
Tabela 5. Valores médios para fibra bruta (FB) e nutrientes digestíveis totais (NDT)
observados no 1º e 2º corte de forrageiras em função das doses de
nitrogênio. Unimar, Marília-SP, 2005/2006.
Doses de N
mg kg
–1
FB
(%)
NDT
(%)
1º Corte 2º Corte 1º Corte 2º Corte
0 35ª 35c 57b 56d
150 37ª 37ª 58b 57c
300 36ª 36b 59a 59b
450 33b 34d 60a 62a
CV(%) 4 1 2 1
Médias seguidas de mesmas letras minúsculas nas colunas não diferem entre si
pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
22
Os menores teores de NDT ocorreram na ausência de nitrogênio e no
tratamento de 150 mg kg
-1
de solo, observados no 1º corte. As maiores dosagens de
N proporcionaram teores maiores desta característica nesta fase, não havendo
diferença estatística (P<0,05) entre elas. No 2º corte o aumento na dose de N
proporcionou aumentos nos teores de NDT indicando que o fornecimento deste
nutriente favorece a melhoria da qualidade forrageira, reduzindo o teor de fibra bruta
e aumentando os teores de nutrientes digestíveis totais.
Observaram-se diferença estatística (P<0,05) entre as forrageiras
avaliadas, nos dois cortes, para ambas as características. O capim-Áries apresentou
menor teor de fibra bruta no 1º corte e maior no 2º corte em relação ao capim-
Braquiária. Já o teor de NDT da Braquiária foi menor em relação ao Áries nos dois
momentos de avaliação (Tabela 6). Estes resultados podem ser explicados, em
parte, pela proporção entre folhas e colmos observados nestas forrageiras
confirmando as observações realizadas por Ruggieri et al. (1995).
Tabela 6. Valores médios para fibra bruta (FB) e nutrientes digestíveis totais (NDT)
observados no 1º e 2º corte das forrageiras Braquiária e Áries. Unimar,
Marília-SP, 2005/2006.
Forrageira
FB (%) NDT (%)
1º Corte 2º Corte 1º Corte 2º Corte
Braquiária 36a 34b 58b 58b
Áries 34b 36a 60a 59ª
CV (%) 4 1 2 1
Médias seguidas de mesmas letras minúsculas nas colunas não diferem entre si
pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Ruggieri et al. (1995) avaliando os efeitos de nitrogênio e regimes de
corte na composição bromatológica do capim-Marandu verificaram que aos 56 dias
após o corte, não houve aumento no teor de fibra bruta, tanto da planta inteira como
de folhas. Entretanto, sabe-se que, quando as plantas permanecem crescendo,
ocorre maior acúmulo dos constituintes da parede celular e, conseqüentemente,
aumentos na fração fibrosa, enquanto os teores de proteína bruta e digestibilidade
in vitro” da matéria seca diminuem (VAN SOEST, 1982).
5 CONCLUSÃO
O fornecimento de nitrogênio proporcionou aumentos lineares no
número de perfilhos, favorecendo o maior acúmulo de matéria seca da parte aérea
do capim-Braquiária em relação ao capim-Áries;
Aos sessenta dias após a semeadura, a Braquiária apresentou maior
matéria seca da parte aérea em função da maior matéria seca de colmos, enquanto
o capim-Áries acumulou maiores quantidades de matéria seca de folhas neste
período;
A maturação tardia do capim-Braquiária contribuiu para que os teores
de nitrogênio e proteína bruta na matéria seca da parte aérea apresentassem
comportamento inverso quando comparado ao capim-Áries em função das doses de
nitrogênio aplicadas
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AUTORIZAÇÃO PARA REPRODUÇÃO
Eu, Jovito Gonçalves Dias Filho, autor da Dissertação intitulada
"Caracterização biométrica e qualidade dos capins Brachiaria e Áries submetidos a
doses de nitrogênio" apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de
Mestre em Agronomia, em 06 de março de 2007, autorizo a reprodução desta obra a
partir do prazo abaixo estabelecido.
(X) imediatamente
( ) após 6 meses da defesa pública
( ) após 12 meses da defesa pública
Marília, 06 de março de 2007.
_______________________________
Jovito Gonçalves Dias Filho
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