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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
AVALIAÇÃO DO ESPERMOGRAMA DE CÃES SUBMETIDOS
À ADMINISTRAÇÃO DE CISPLATINA
João Humberto T. de Castro
Médico Veterinário
JABOTICABAL – SÃO PAULO - BRASIL
2007
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
AVALIAÇÃO DO ESPERMOGRAMA DE CÃES SUBMETIDOS
À ADMINISTRAÇÃO DE CISPLATINA
Pós-Graduando: João Humberto Teotônio de Castro
Orientador: Prof. Dr. Carlos Roberto Daleck
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias, UNESP, mpus de Jaboticabal, como parte
das exigências para a obtenção do Título de Mestrado em
Cirurgia Veterinária.
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
2007
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iii
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
JOÃO HUMBERTO TEOTÔNIO DE CASTRO - nasceu em São Paulo, no dia 11
de Novembro de 1979. Filho de Alvírio de Castro Fabretti e Hortência Peres Teotônio de
Castro, concluiu os cursos ginasial e colegial no Colégio Anglo Santa Rita, em Novo
Horizonte, SP. Tornou-se graduado em Medicina Veterinária no ano de 2004, pela
Universidade Federal do Paraná e ingressou no Programa de Pós-graduação em
Medicina Veterinária, curso de mestrado, em 2005.
iv
“Aquilata-se o grau de desenvolvimento de
um povo pela forma o qual ele trata seus
animais”.
Alexandre Hundoudet
v
OFEREÇO E DEDICO
À minha mãe Hortência Peres Teotônio de Castro (força e
otimismo) e a meu pai Alvírio de Castro Fabretti
(benevolência e humildade), que eu amo tanto e são as
pessoas responsáveis por tudo que sou hoje. Esta conquista
não é só minha, mas de vocês também.
À minha esposa, Michele Garcia Medeiros Teotônio de Castro
pelo amor dedicado, companheirismo e paciência e por ser
uma pessoa tão especial e presente na minha vida.
Aos meus irmãos Alvírio César (pelo exemplo e por ter me
apresentado o fantástico mundo da Medicina Veterinária) e
Marco Antônio por ensinar-me a ser mais humilde e
complacente.
vi
AGRADECIMENTOS
A Deus pela sua divina providência e sua infinita compaixão.
A Nossa Senhora pela sua maternal intercessão junto ao seu filho, nosso
Senhor Jesus Cristo.
Aos meus Avós: Vô João Mendes (simplicidade e humildade) e Vó Fermina
(única matriarca viva e precursora da valorização do estudo na família, exemplo
de Fortaleza), Vô Antônio Messias (bondade e sabedoria) e vó zitta (simplicidade,
bondade e religiosidade).
Ao meu orientador Prof. Dr. Carlos Roberto Daleck (Pai na carreira acadêmica)
pela sabedoria, paciência e por acreditar em mim, possibilitando concluir mais
esta etapa da minha vida acadêmica.
A minha eterna orientadora, pessoa a qual me iniciou na vida científica e na vida
acadêmica, pessoa que foi a mentora inicial deste projeto e que sempre me
incentivou nas horas difíceis, Profª Suely Rodaski (Mãe na carreira acadêmica),
admiração e gratidão pelo resto da vida.
Ao Prof. Dr. Paulo Henrique Franceschini, mais conhecido como “Cocão”, por sua
amizade, orientação na vida pessoal (visão multifocal da vida) e na reprodução
animal (essencial neste experimento).
Ao Prof. Dr. Júlio Carlos Canola, por sua amizade e orientações e correções neste
experimento.
Ao Prof. Dr. Francisco G. Leite (Peixe), pelas orientações sobre reprodução
animal e a vida acadêmica.
Ao Prof. Dr. Gilson H. Toniollo, por suas correções na qualificação desta
dissertação.
A Prof. Dra. Maria Denise Lopes do Departamento de Reprodução Animal e
Radiologia Veterinária da UNESP, Câmpus de Botucatu, pelo apoio a este projeto,
em conhecimentos específicos em andrologia canina e participação da banca de
defesa desta dissertação.
A Prof. Dra. Fabiana Ferreira de Souza pela sua colaboração em conhecimentos
específicos na andrologia canina neste experimento, pessoa boníssima que está
sempre disposta a ajudar.
vii
Ao Prof. Dr. Ney Moreira por suas orientações sobre fisiologia reprodutivas e
amizade desde a época da graduação na UFPR em Palotina.
Ao meu grande amigo, Andrigo Barbosa De Nardi, pela sua amizade, apoio e
exemplo, esse é e sempre será meu irmão mais velho na oncologia Veterinária.
As minhas amigas que me ajudaram e me apoiaram sempre, na oncologia
veterinária, Sabrina Calazans (sempre me ajudou e me apoiou muito no meu
projeto e na vida acadêmica e pessoal, amigona para o resto da vida, eta baixinha
arretada!!!), Simone (sempre pronta para ajudar, amigona do peito!!!).
As amigas Sabrina e Jane (amigas, mais recentes da oncologia veterinária) e a
Juliana (Jú da Onco)
Aos amigos Marcos Russomano ( grande apoio desde da época do estágio no
Instituto), Marcio C. V. Silva (pelo apoio) e Alfredo Calpa (irmano da Colômbia que
ajudou muito no experimento).
A Juliana (Jú da reprodução) pela sua orientação e ajuda no experimento, valiosa
colaboração na andrologia, o sucesso deste experimento deve muito a você,
pessoa sempre pronta a ajudar.
A Valeska Rodriguês pela amizade, ajuda na reprodução canina, não vejo esse
experimento sem o seu auxílio, pessoa que sempre está pronta para ajudar com
seu humor característico.
Ao Danilas pelos conselhos e orientações na andrologia veterinária.
Ao Diogo e Fabiana (obstetrícia veterinária), Fernanda (Radiologia) e Tassila pela
ajuda no experimento.
Aos colegas, funcionários e docentes do Departamento de Reprodução Animal da
UNESP, Câmpus de Jaboticabal, Roberta, Ivo, Bel, Paulo, Max, Prof. Dr. Joaquim
Garcia e Prof. Dra. Vera.
Aos estagiários do Setor de oncologia veterinária e a aluna de graduação Renata
Aguiar que de alguma forma ajudaram no experimento.
Aos colegas e funcionários do Laboratório Clínico do Hospital Veterinário
Governador Laudo Natel, em especial ao Eugênio.
Aos amigos Taty (Bituca) e Alexandre (Dedo), Marcy, Gustavo da ortopedia (loiro).
Aos amigos da obstetrícia: Guilherme (Mineirinho), Maricy, Araceli, Danilo-Puff
(pelos recursos gráficos) e Gil.
viii
Aos amigos Cleber e Priscila, Luís Guilherme de Oliveira, Bruno (Moc), Fabio
(Ganso), Everton Regonato (Tripa), Fábio Brito, Fabiano (Bi), Renato (Salsa),
Guilherme Hungria (Fogo).
Aos tios que amo muito e aprendo muito: Tio Ginês e tia Nega (padrinhos e
exemplos de vida pessoal e espiritual), Tia Plácida (madrinha com grande
sabedoria e conhecimento multifocal) e Tio Sardela (alegria e hilaridade), tio Beito
(desprendimento e bondade), Tia Celina (alegria e entusiasmo) e tio Miguel
(grande conhecimento e ímpeto filosófico), Tio Alvimar e Tia Odete (bondade e
exemplo de vida), Tio Irandy (bondade e temperança), Tia Maria de Lurdes (alegria
e entusiasmo) e Tio Adair (hilaridade e força), Tia Leninha (bondade e
complacência) e Tio João (hilaridade), Tio Chico e Tia Eva (força, conhecimento e
visão de vida), Tio Disneu e Tia Maria Helena (exemplo de vida, praticidade e
alegria), Tio Binho e Tia Salete (hilaridade e exemplo), Tia Regina (espiritualidade
e força), Tio Tono e Tia Iracy (simplicidade e alegria).
As minhas cunhadas Leila e Lucimara e aos meus queridos sobrinhos e
todos os meus primos, em especial (Miguelito, Lúcio, Aquenaton, Paulinho, Jô,
padrinho Émerson) e outros tantos, pela força e insentivo.
Ao programa de Pós-graduação em Cirurgia Veterinária da FCAV/UNESP, Câmpus
de Jaboticabal, por ter me concedido a chance de realizar este mestrado.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela
bolsa de estudos concedida.
Ao Hospital Veterinário Governador Laudo Natel por me acolher e possibilitar a
realização do presente trabalho.
ix
SUMÁRIO
Página
LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................................xii
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................xiii
LISTA DE APÊNDICES...................................................................................................xx
RESUMO........................................................................................................................xxi
SUMMARY.....................................................................................................................xxii
1. INTRODUÇÃO....................................................................................... .....................1
2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................2
3. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. .............7
3.1 ANIMAIS...................................................................................................................7
3.2 GRUPO EXPERIMENTAL......................................................................................8
3.3 COLHEITA DE SÊMEN........................................................................................10
3.4 ANÁLISE DO EJACULADO .................................................................................11
3.4.1 Análise Macroscópica.....................................................................................11
3.4.2 Análise Microscópica......................................................................................11
3.4.2.1 Motilidade espermática................................................................................11
3.4.2.2 Vigor........................................................................................................... 11
3.4.2.3 Concentração espermática ........................................................................12
3.4.2.4 Morfologia espermática...............................................................................12
3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA........................................................................................13
4. RESULTADOS............................................................................................................14
4.1- LÂMINA CORADA...............................................................................................14
4.1.1 Defeito Maior................................................................................................14
4.1.1.1 Acrossomo com Defeito..............................................................................15
4.1.1.2 Cabeça Piriforme.........................................................................................16
x
4.1.1.3 Cabeça Subdesenvolvida............................................................................18
4.1.1.4 Cabeça Estreita na Base.............................................................................19
4.1.1.5 Cabeça de Contorno Anormal (CCA)..........................................................20
4.1.1.6 “Pouch Formation........................................................................................21
4.1.1.7 Gota Citoplasmática Proximal (GCP)..........................................................22
4.1.1.8 Formas Teratológicas..................................................................................23
4.1.1.9 Peça Intermediária (PI)................................................................................24
4.1.1.10 Cauda Fortemente Dobrada (CFD)...........................................................26
4.1.1.11 Cauda Dobrada com Gota (CDG).............................................................27
4.1.1.12 Cauda Enrolada na Cabeça......................................................................28
4.2- CÂMARA ÚMIDA ................................................................................................29
4.2.1Defeito Maior.................................................................................................29
4.2.1.1 Acrossomo com Defeito..............................................................................30
4.2.1.2 Cabeça Piriforme.........................................................................................30
4.2.1.3 Cabeça Subdesenvolvida............................................................................31
4.2.1.4 Cabeça Estreita na Base.............................................................................32
4.2.1.5 Cabeça de Contorno Anormal (CCA)..........................................................33
4.2.1.6 “Knobbed"....................................................................................................34
4.2.1.7 Gota Citoplasmática Proximal (GCP)..........................................................36
4.2.1.8 Formas Teratológicas..................................................................................36
4.2.1.9 Peça Intermediária (PI)................................................................................37
4.2.1.10 Cauda Fortemente Dobrada (CFD)...........................................................38
4.2.1.11 Cauda Dobrada com Gota (CDG).............................................................39
4.2.1.12 Cauda Enrolada na Cabeça......................................................................40
4.2.1.13 Formas Duplas..........................................................................................41
4.3- DEFEITO MAIOR, MENOR E TOTAL.................................................................42
4.3.1 Lâmina Corada.............................................................................................43
4.3.1.1 Defeito Maior...............................................................................................43
4.3.1.2 Defeito Menor..............................................................................................44
4.3.1.3 Defeito Total................................................................................................44
xi
4.3.2 Câmara úmida..............................................................................................45
4.3.2.1 Defeito Maior...............................................................................................45
4.3.2.2 Defeito Menor..............................................................................................46
4.3.2.3 Defeito Total................................................................................................47
5. DISCUSSÃO...............................................................................................................49
6. CONCLUSÕES...........................................................................................................57
7. REFERÊNCIAS.........................................................................................................58
APÊNDICES....................................................................................................................64
Tabela 1A. Valores do hemograma, urinálise, bioquímico e eletrólitos dos cães do grupo G1
e G2 em diferentes momentos.........................................................................................65
Tabela 2A. Valores médios das patologias espermáticas do método de lâmina corada.......67
Tabela 3A. Valores médios das patologias espermáticas do método de câmara úmida.......69
xii
LISTA DE ABREVIATURAS
G1 = GRUPO DE 4 CÃES QUE RECEBEU CISPLATINA
G2 = GRUPO DE 4 CÃES QUE NÃO RECEBEU CISPLATINA
CCA = CABEÇA COM CONTORNO ANORMAL
GCP = GOTA CITOPLASMÁTICA PROXIMAL
PI = PEÇA INTERMEDIÁRIA
CFD = CAUDA FORTEMENTE DOBRADA
CDG = CAUDA DOBRADA COM GOTA
CEC = CAUDA ENROLADA NA CABEÇA
SPTZ = ESPERMATOZÓIDE
xiii
LISTA DE FIGURAS
1. Ilustração fotográfica de cão contido na mesa recebendo a quimioterapia e
protocolo de diurese: Observar a sondagem uretral..........................................9
2. Ilustração fotográfica da colheita de sêmen de cão: Observar cão estimulado
pronto para ejaculação em coletor de plástico.................................................10
3. Ilustração fotográfica do funil coletor acoplado em tubo de ensaio de plástico:
observar ejaculado no interior do tubo.............................................................10
4. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de acrossomo com
defeito nos diferentes momentos de colheita e análise do sêmen. Observar o
aumento desta patologia no grupo G1 a partir do momento 5.........................15
5. Ilustração fotográfica de lâmina corada: observar (A) sptz com cabeça piriforme
e (B), sptz com acrossomo com defeito (destacamento).................................16
6. Ilustração fotográfica de lâmina corada: observar (A) sptz com cabeça de
contorno anormal e (B) o mesmo sptz com inserção de cauda abaxial...........16
7. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de cabeça piriforme nos
diferentes momentos de colheita e análise do men. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 a partir do momento 4........................................17
8. Ilustração fotográfica de mina corada: observar (A), sptz com cabeça
subdesenvolvida e (B) o mesmo sptz com GCP..............................................18
xiv
9. Ilustração fotográfica de lâmina corada: observar (B) sptz, cabeça estreita na
base..................................................................................................................18
10. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de cabeça
subdesenvolvida nos diferentes momentos de colheita e análise do sêmen.
Observar o aumento desta patologia no grupo G1 a partir do momento 5 e
decréscimo no momento 7...............................................................................19
11. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de cabeça estreita na
base nos diferentes momentos de colheita e análise do sêmen. Observar o
aumento desta patologia no grupo G1 a partir do momento 6.........................20
12. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de CCA nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G1 a partir do momento 5..................................................................21
13. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de “pouch formation” nos
diferentes momentos de colheita e análise do sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 no momento 5, apenas.......................................22
14. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de CCA nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G1 a partir do momento 5 e decrescendo no momento
7........................................................................................................................23
15. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de formas teratologicas
nos diferentes momentos de colheita e análise do sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 a partir do momento 6........................................24
xv
16. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de PI nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G1 a partir do momento 5 e decréscimo no momento
7........................................................................................................................25
17. Ilustração fotográfica de lâmina corada: observar (A), sptz com PI alterada e (B),
sptz CFD...........................................................................................................26
18. Ilustração fotográfica de mina corada: observar (A), sptz com CEC e (B), sptz
com CDG..........................................................................................................26
19. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de CFD nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G1 a partir do momento 5..................................................................27
20. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de CDG nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G1 a partir do momento 5 e decréscimo no momento
7........................................................................................................................28
21. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de CEC nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G1 a partir do momento 5...................................................................29
22. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de acrossomo com
defeito nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o
aumento desta patologia no grupo G1 a partir do momento 4 e decréscimo no
momento 7........................................................................................................30
xvi
23. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de cabeça piriforme nos
diferentes momentos de colheita e análise de men. Observar o aumento da
patologia no grupo G2 somente no momento 5 e um aumento da mesma no
grupo G1 a partir do momento 5.........................................................................31
24. Evolução dos valores médios percentuais da patologia cabeça subdesenvolvida
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 a partir do momento 5 e decrescendo a partir do
momento 6........................................................................................................32
25. Evolução dos valores médios percentuais da patologia cabeça estreito na base
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 no momento 3 e subseqüente decréscimo no
momento 4 e novamente, aumento no momento 5 e decréscimo no momento
6........................................................................................................................33
26. Evolução dos valores médios percentuais da patologia CCA nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G2 no momento 4 e subseqüente decréscimo no momento 5 e
aumento da mesma no grupo G1 no momento 6 e decréscimo no momento
7.........................................................................................................................34
27. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de “knobbed” nos
diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 a partir do momento 5........................................35
28. Ilustração fotográfica de câmara úmida: observar no mesmo sptz, (A), com
“knobbed” e (B), formas duplas (cauda dupla).................................................35
xvii
29. Ilustração fotográfica de câmara úmida: observar no sptz, (A), CFD..............35
30. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de GCP nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G1 a partir do momento 5................................................................36
31. Evolução dos valores médios percentuais da patologia de formas teratológicas
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 a partir do momento 5 e decréscimo a partir do
momento 7........................................................................................................37
32. Evolução dos valores médios percentuais de PI alterado nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia
no grupo G1 a partir do momento 5 e subseqüente decréscimo a partir do
momento 6........................................................................................................38
33. Evolução dos valores médios percentuais de CFD nos diferentes momentos de
colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia no grupo G1
a partir do momento 5.......................................................................................39
34. Evolução dos valores médios percentuais de CDG nos diferentes momentos de
colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia no grupo G1
a partir do momento 5 e leve decréscimo no momento
7........................................................................................................................40
35. Evolução dos valores médios percentuais de CEC nos diferentes momentos de
colheita e análise de sêmen. Observar o aumento desta patologia no grupo G1
a partir do momento 5.......................................................................................41
xviii
36. Evolução dos valores médios percentuais de espermatozóide com formas
duplas nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o
aumento desta patologia no grupo G1 a partir do momento 4 e leve decréscimo
no momento 7...................................................................................................42
37. Evolução dos valores médios percentuais de espermatozóide com defeito maior
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 a partir do momento 5........................................43
38. Evolução dos valores médios percentuais de espermatozóide com defeito maior
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G2 a partir do momento 3 e subseqüente decréscimo
no momento 5..................................................................................................44
39. Evolução dos valores médios percentuais de espermatozóide com defeito total
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 a partir do momento 5........................................45
40. Evolução dos valores médios percentuais de espermatozóide com defeito maior
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G1 a partir do momento..........................................46
41. Evolução dos valores médios percentuais de espermatozóide com defeito maior
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no grupo G2 no momento 4 e subseqüente decréscimo no
momento 5.......................................................................................................47
42. Evolução dos valores médios percentuais de espermatozóide com defeito total
nos diferentes momentos de colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
xix
das patologias no grupo G2 no momento 4 e subseqüente decréscimo no
momento 5 e também, aumento das patologias no grupo G1 no momento 6 e
discreto decréscimo no momento 7..................................................................48
xx
LISTA DE APÊNDICES
1. Valores do hemograma, urinálise, bioquímico e eletrólitos dos es do grupo G1
e G2 em diferentes momentos..........................................................................65
2. Valores médios das patologias espermáticas do método de lâmina corada...67
3. Valores médios das patologias espermáticas do método de câmara úmida....69
xxi
AVALIAÇÃO DO ESPERMOGRAMA DE CÃES SUBMETIDOS À ADMINISTRAÇÃO
DE CISPLATINA.
RESUMO - A correta orientação do Médico Veterinário, aos proprietários de
cães, usados com finalidades reprodutivas, submetidas à quimioterapia com cisplatina,
é importante na medida que este agente citostático age nas células em constante
divisão, podendo ser citotóxicos para as células germinativas testiculares. O objetivo
desse trabalho foi avaliar a qualidade espermática através do espermograma de cães
que receberam cisplatina em diferentes momentos de análise espermática. A dose
utilizada foi de 70 mg/m², em intervalos de 21 dias, totalizando 4 infusões. Os cães
foram divididos em dois grupos de 4 animais cada, sendo que um dos grupos recebeu a
quimioterapia e o protocolo de diurese para proteção renal, já o grupo controle não
recebeu a cisplatina, estando sujeito apenas aos fatores ambientais. Os resultados
obtidos demonstraram que a cisplatina influenciou na qualidade espermática de cães,
pois elevou as patologias maiores e totais acima do aceitável para cães aptos a
reprodução. Portanto, infere-se que este citostático possa acarretar alterações
morfofuncionais nos túbulos seminíferos e conduto epididimário.
Palavras-Chave: Sêmen, espermograma, cisplatina, cão
xxii
SPERM ANALISYS IN DOGS UNDERGONE CISPLATIN ADMINISTRATION.
SUMMARY - The correct veterinary`s orientation for male dogs` owners used for
reproduction goals, undergone cisplatin administration, is important because of this
cistostatic act in cell with frequently proliferation, and could to cause germ cell injury.
The objections of this experiment was to analysis the sperm quality through dogs`
spermogram that received cisplatin`s infusions. The dose used was 70 mg/m² in 21 days
periods, with 4 infusion in total. The dogs were divided in 2 groups with 4 animal each
one. One of the groups received all the diuresys protocol (to protect the kidney) and the
citostatic. And the other control group just didn`t receive the cisplatin infusion to know
the real action of cisplatin effects without environmental stresses. The results show that
cisplatin influence at the sperm quality in the dogs, because it elevated the major and
total defects above that would be acceptable for competent dog to reproduct. It could
deduct that cisplatin cause phisiologic alteration in the testis and epididymis.
Key-words: Semen, sperm analysis, cisplatin, dog
1
1. INTRODUÇÃO
Na Medicina Veterinária até a alguns anos atrás o tratamento do câncer
restringia-se basicamente na utilização da cirurgia. Com a evolução da oncologia
clínica, o tratamento cirgico deixou de ser a única opção para os pacientes portadores
de neoplasias. A cisplatina, quimioterápico selecionado para o estudo em questão, é
um fármaco utilizado na Medicina Veterinária como adjuvante ao tratamento de
osteossarcomas, linfomas e alguns carcinomas. Em seres humanos, a utilização deste
fármaco provoca diminuição da espermatogênese, azoospermia e muitas vezes
infertilidade permanente. Além de comprometer a função gonadal e a fertilidade, a
cisplatina é fetotóxica e teratogênica. No entanto, as alterações reprodutivas
provocadas por este quimioterápico não são bem esclarecidas. na Medicina
Veterinária o escassos os estudos sobre a atuação dos fármacos antineoplásicos no
sistema reprodutivo, mais raro ainda são as pesquisas específicas com a cisplatina.
Em seres humanos não são somente as alterações orgânicas como oligo e
azoospermia que influenciam na fertilidade, mas tamm a diminuição da libido
ocasionada por múltiplos fatores; como a fadiga, ansiedade relacionada com a doença
e o tratamento, am das alterações da auto-imagem.
O presente trabalho objetivou avaliar a morfologia espermática de cães e
confrontar dois métodos de avaliação (métodos de mina corada e câmara úmida),
submetidos à quimioterapia antiblástica com o uso de cisplatina e realizando análise
seqüencial dos ejaculados. Com isso, mensurando a possível elevação das
porcentagens patológicas seminais (defeito maior, menor e total), discriminando
qualitativamente e quantitativamente cada patologia aumentada.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
A cisplatina é um sal metálico que possui uma mocula de platina, e apesar de
não ser um agente alquilante verdadeiro, o seu mecanismo de ação é similar a outros
fármacos deste grupo, ou seja, provoca inibição competitiva da síntese de DNA
(ANDRADE, 2002). Tem a capacidade de se intercalar no interior e entre as fitas do
DNA causando a ionização de átomos de cloro, inibindo a replicação, transcrição,
tradução e reparação do DNA, conseqüentemente inativando-o. O mecanismo de ação
deste quimioterápico nas células somáticas do testículo (Leydig e Sertoli) tem sido
estudado, porém ainda permanece sem explicação. A destruição da barreira hemato-
testicular e o decréscimo da secreção de inibina-B e transferrina pelas células de Sertoli
após os efeitos citotóxicos da cisplatina, tem sido relatada. Porém, estes estudos, têm
sido realizados após recente exposição à cisplatina e não evidenciam uma insuficiência
funcional a longo prazo (DAGLI et al., 2002; SAWHNEY et al., 2005).
Os efeitos colaterais associados à administração de cisplatina são representados
principalmente pela nefrotoxicidade (GORMAN, 1995; MORRISON, 1998), possuindo
também citotoxicidade hematológica, gastrintestinal, pulmonar (nos felídeos) e além
destas, são relatadas outras alterações como anafilaxia, neuropatia periférica,
ototoxicidade, neurite ótica e diminuição de magnésio, sódio, fósforo e cálcio (RODASKI
& DE NARDI, 2004; MOORE, A. S. & OGILVIE G. K, 2001).
Este rmaco pode ser usado com grande aplicabilidade na terapia antiblástica,
comumente utilizado no tratamento de osteossarcomas, mostrando também atividade
contra linfomas caninos e alguns carcinomas. E ainda, pode ser empregado mais
especificamente em carcinomas de células escamosas da cavidade oral e da derme,
carcinomas de células de transição da bexiga urinária e pstata, adenocarcinoma
nasal, carcinoma pulmonar e nos mesoteliomas (DAGLI et al., 2002; RODASKI & DE
NARDI, 2004).
A quimioterapia antiblástica adjuvante, com a cisplatina, é utilizada para
combater as micrometástases em potencial associadas aos osteossarcomas de cães
3
proporcionando aumento da sobrevida, segundo MCGLENNON (1995), STRAW (1996)
e WATERS E COOLEY (1998).
Na medicina, a cisplatina é usada largamente com extraordinária eficácia na
terapêutica do câncer testicular, mesmo sendo constatado seus efeitos colaterais como
azoospermia (COLPI, G.M. et al. 2003; HOWELL & SHALET, 2005), além de ser
fetotóxico, teratogênico e gonadotóxico (CASTANHO et al., 2000; DAVID FILHO & EYL,
2000).
Em homens, a quimioterapia com cisplatina, em altas doses (400-500 mg/m²)
induziu azoospermia com danos permanentes no epitélio seminífero. Para a oncologia
humana é muito importante que os pacientes submetidos a altas doses com este
quimioterápico sejam informados que poderão ficar inférteis permanentemente (COLPI
et al., 2004; ISHIKAWA et al., 2004; TAKSEY et al., 2003).
Anormalidades testiculares, ocasionadas pela quimioterapia com cisplatina e
carboplatina, sendo este um composto derivado da platina com efeitos citotóxicos mais
brandos, foi delineado em 170 homens com câncer testicular. Foi observado que
apenas 64% dos pacientes que eram normospérmicos antes do tratamento retornaram
a esta condição 30 meses após o término das quimioterapias, e que os pacientes
tratados com carboplatina retornaram mais rapidamente a normospermia (HOWELL &
SHALET, 2005).
Estudos em ratos (C57/BI/6J) realizados por SEAMAN (2003), SAWHNEY (2005)
e ZHAN (2001) indicaram que a cisplatina induziu elevadas taxas de apoptose nas
células germinativas, causando degeneração do epitélio seminífero. Pode-se observar
que a dose de 1 mg/kg causou apenas depleção temporária das células germinativas.
Com aumento de cinco vezes à dose inicial, observou-se atrofia generalizada do
epitélio, bem como vacuolização citoplasmática e perda da diferenciação das células
germinativas, ocasionando uma diminuição da espermatogênese. ADLER & TARRAS
(1990) relataram que a cisplatina ocasionou efeitos clastogênicos na meiose das
células espermáticas de ratos F1 (101/E1 x C3H/E1). Segundo CHERRY et al. (2004) o
tratamento com o mesmo fármaco nesta espécie, ocasionou diminuição no tamanho e
parênquima dos testículos.
4
Na Medicina Veterinária, ROSENTHAL (1981) descreveu que a administração de
sulfato de vincristina, em cães com tumor venéreo transmissível, suprimiu
temporariamente a espermatogênese. nos experimentos realizados por DALECK et
al. (1995), foi observado que a aplicação do mesmo fármaco determinou degeneração
testicular de grau leve a moderado.
A mensuração da qualidade do sêmen compreende as características
macroscópicas e microscópicas. Para colheita do ejaculado canino podem ser usados
dois métodos. O primeiro, consiste na massagem do pênis (masturbação), foi o
empregado por Spallanzani em suas experiências e continua sendo preferido por
alguns autores que afirmam obter men de melhor qualidade. O segundo método é o
que utiliza a vagina artificial. Para um bom desempenho no trabalho, é indispensável
um período de adaptação do animal, condicionando-o. Algumas vezes, faz-se
necessária à presença de uma mea em estro ou um “swab” vaginal, para que o
macho possa cheirá-lo (BOUCHER et al. 1958).
O ejaculado canino é dividido em três frações diferenciadas. A primeira é a
fração pré-espermática, de origem prostática, possui aspecto aquoso e transparente,
com volume variando de 0,5 a 5 mL. A segunda fração é rica em espermatozóides, com
coloração variando de branco leitoso a transcido, dependendo da concentração, e o
volume varia entre 1 a 4 mL (JOHNSTON et al., 2001). A terceira fração é tamm de
origem prostática, com aspecto aquoso e transparente e volume entre 2,5 a 80 mL, e
tem função de facilitar o transporte espermático pela cérvix e aumentar o volume do
ejaculado (ENGLAND & ALEN, 1992).
O ciclo espermático de cães tem duração aproximada de 62 dias e o número
total de espermatozóides do ejaculado canino varia de 300 milhões a 2 bilhões,
dependendo da raça, idade e freqüência de colheita (JOHNSTON et al., 2001).
A avaliação da motilidade espermática deve ser realizada imediatamente após a
colheita ou descongelação do sêmen, com auxílio de microscopia óptica (SEAGER &
FLETCHER, 1972), em microscópio de contraste de fase ou em analisador
computadorizado (HTR-IVOS ANALYSER, Hamilton Thorn Research). A vantagem do
analisador está na avaliação da característica do movimento espermático, se
5
progressivo, retrógrado, velocidade espermática, velocidade em linha reta, curvilínea e
linearidade dos espermatozóides (IGUER-OUADA & VERSTEGEN, 2001).
Em seguida, deve-se avaliar o vigor espermático que é a qualidade da
motilidade, exibida pelos espermatozóides móveis. Para isso, utilizam-se classificações
que variam conforme o autor, com escalas que vão de 0 a 5 (HAFEZ & HAFEZ, 2004).
Apesar da grande utilização, a motilidade não é um parâmetro totalmente
confiável para predizer a capacidade fecundante de uma amostra de men. A
presença de espermatozóides imóveis na amostra não implica que os mesmos estejam
mortos. Além disso, a motilidade, por ser um parâmetro subjetivo, sofre influências
como, por exemplo, da temperatura do local onde está sendo realizada e habilidade do
avaliador, levando a uma alta variabilidade entre os laboratórios (IGUER-OUADA &
VERSTEGEN, 2001).
A avaliação da morfologia espermática é um outro parâmetro importante. Até o
momento, não foi descrita evidência de uma relação entre morfologia espermática e
fertilidade no cão. poucos trabalhos que descrevem uma possível relação, porém
com resultados conflitantes (OETTLÉ & SOLEY, 1985; PLUMMER et al., 1987). Oetlé
(1993) relatou que, à medida que o percentual de espermatozóides anormais aumenta,
a fertilidade é reduzida, sendo observado que quando a proporção de espermatozóides
morfologicamente normais está abaixo de 60%, a fertilidade é adversamente afetada.
Diversas classificações foram propostas para a morfologia espermática. Seager
(1986) sugere a classificação das alterações morfológicas espermáticas como:
primárias, quando relacionadas a problemas oriundos da produção espermática no
testículo; secundárias, quando relacionados aos problemas causados durante a
maturação espermática no epidídimo, ou oriundas dos processos de manipulação do
sêmen, como diluição, resfriamento, congelação ou descongelação. Oet (1993)
sugere a classificação de acordo com os danos que as alterações causam à função
espermática, nomeando tais alterações como defeitos maiores ou menores. outros
autores preferem classificar as alterações de acordo com a região espermática afetada,
sendo eles defeitos de cabeça, peça intermediária ou cauda (SILVA et al., 2003).
6
Segundo o Manual para Exame Andrológico e Avaliação de Sêmen Animal, do
CBRA - Colégio Brasileiro de Reprodução Animal (1998), a proporção de defeitos
maiores e menores no sêmen de cão deve ser no máximo de 20%, sendo que o total de
defeitos maiores não deve ser superior a 10%.
Para possibilitar a avaliação da morfologia espermática, pode-se fazer uso de
diversos corantes, tais como Eosina-Nigrosina (DOTT & FOSTER, 1972), Sperma
(OETTLÉ, 1993), Rosa Bengala (RODRIGUES, 1997), Giemsa (CARDOSO et al.,
2003), Hematoxilina-Eosina (SILVA et al., 2003) Karras modificado por Papa et al. em
1988 (MARTINS, 2005). Entretanto, é necessário enfatizar que nem todos os estágios
do dano acrossomal podem ser identificados através da microscopia de contraste de
fase (RODRIGUES, 1997), sendo sugerido o emprego de outras cnicas mais
eficientes, como a epifluorescência e a microscopia eletrônica (SILVA, 2005).
7
3. MATERIAL E MÉTODO
3.1 ANIMAIS
Foram utilizados oito cães machos, considerados inicialmente hígidos, com idade
variando entre um e três anos, peso médio de 15 kg, sem raça definida, fornecidos pelo
Hospital Veterinário “Governador Laudo Natelda Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal – Unesp.
Uma vez selecionados, os animais foram vacinados
1
, vermifugados
2
, banhados e
alojados em canis individuais sob condições adequadas de higiene, junto ao supra-
referido Hospital Veterinário. Receberam um único tipo de ração industrializada e água
ad libitum. Foram familiarizados ao local de estadia e experimento por um período de
dois meses antes do início do mesmo, a fim de se adaptarem ao ambiente e manejo.
Os animais foram submetidos a exame físico, hemograma, provas bioquímicas (alanino-
aspartatotranferase, creatinina e proteína total) e urinálise. Após a realização de análise
criteriosa de todos os resultados obtidos nas avaliações citadas anteriormente, os
animais hígidos foram submetidos à avaliação seminal antes de iniciar o experimento,
através de analises macroscópicas (volume, aspecto, odor) e microscópicas (motilidade
espermática, vigor, concentração e morfologia espermática).
Os animais eram submetidos a pesagens da massa corpórea, sempre antes das
quimioterapias, sendo que houve uma discreta diminuição deste valor no grupo tratado
com cisplatina G1 (media de 1,1 Kg) ao longo de todo o experimento. Os dados da
biometria dos testículos serão analisados e publicados posteriormente.
¹
RAI-VAC I e DURAMUNE V10 – Fort Dodge Saúde Animal Ltda; Campinas-SP
²
Bay-o-Pet Drontal® Plus – Bayer S.A. – Saúde Animal – São Paulo-SP
8
3.2 Grupo Experimental
Os cães foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais de
quatro animais cada. O primeiro grupo denominado de G1 recebeu o protocolo de
diurese salina e a infusão de cisplatina³ na dose de 70 mg/m², metoclopramida
4
(2
mg/Kg pela via intravenosa, 20 minutos antes da quimioterapia) e furosemida
5
(2
mg/Kg, pela via intravenosa, 5 minutos após a administração de metoclopramida); o
segundo grupo denominado de G2 (grupo controle), recebeu o mesmo tratamento que
o grupo G1, porém sem a cisplatina³.
Foram avaliados sete momentos (1 a 7), referentes ao momento de colheita e
análise do ejaculado, sendo que cada grupo foi avaliado dentro dos momentos. Do
momento 1 ao momento 3 as análises de sêmen foram realizadas sem dar início à
quimioterapia, visando estabelecer um padrão dos ejaculados dos animais. Somente
após o terceiro momento, deu-se início a quimioterapia antiblástica.
Em ambos os grupos, os animais foram contidos em mesas de atendimento para a
realização de fluidoterapia e quimioterapia (Figura 1).
9
Após anti-sepsia local, a veia cefálica foi canulada com cateter
nº. 20, para
realização de fluidoterapia prévia (2 horas antes da administração da cisplatina³), com
solução fisiológica a 0,9% na dose de 25mL/kg/h.
A cisplatina³, na dose de 70mg/m
2
, foi diluída em solução fisiológica a 0,9%, e
administrada
durante 20 minutos, seguido de mais uma hora de fluidoterapia. As
infusões da cisplatina foram efetuadas a cada 21 dias perfazendo um total de quatro
aplicações, sendo que um dia antes da administração do quimioterápico eram
realizados exames laboratoriais (hemograma, provas bioquímicas e eletrolíticas)
(Apêndice 1). As colheitas de sêmen e análises dos ejaculados foram realizadas três
dias antes de cada quimioterapia, perfazendo, sempre, um intervalo de 21 dias entre as
análises.
Figura 1. Ilustração fotográfica de cão contido na
mesa recebendo a quimioterapia e o protocolo de
diurese: Observar a sondagem uretral (A).
A
³Cisplatex- Eurofarma Laboratório Ltda-Campo Belo-SP
10
3.3 Colheita de Sêmen
Os animais foram treinados para colheita de sêmen em ambiente tranqüilo,
seguindo a técnica preconizada por MACPHERSON & PENNER (1967), ou seja, pelo
método da estimulação digital (mão enluvada), frente a uma mea em estro. O pênis foi
limpo com gaze ou compressa seca, para evitar contaminação.
A seguir, o bulbo peniano foi fixado manipulando-o através de contrações
rítmicas manuais para que ocorresse a ejaculação (Figura 2). Para a colheita utilizou-se
um funil devidamente limpo, adaptado a tubo Falcon graduado em 15 mL previamente
aquecido em banho Maria a 37 ºC (Figura 3). A primeira fração foi descartada, sendo
que a segunda e terceira frações espermáticas foram colhidas juntas. As colheitas
foram realizadas a cada 21 dias, em 7 momentos diferentes (onde cada momento
representa um dia inteiro de colheita de sêmen de todos animais), perfazendo um total
de 56 colheitas de sêmen durante todo o experimento.
4.4 Análise dos Ejaculados
3.4 Análise dos Ejaculados
Figura 2. Ilustração fotográfica
da colheita de sêmen de cão:
método da estimulação digital.
Figura 3. Ilustração fotográfica do
funil coletor acoplado em tubo de
ensaio de plástico calibrado:
observar ejaculado no interior do
11
3.4 Análise do Ejaculado
Imediatamente após a colheita, o ejaculado foi mantido a 37ºC em banho-maria,
analisado macroscopicamente e microscopicamente.
3.4.1 Análise macroscópica
O volume foi avaliado pela leitura direta da graduação do tubo coletor. A
coloração (aspecto) foi avaliada visualmente e odor subjetivamente.
3.4.2 Análise microscópica
3.4.2.1. Motilidade espermática
Uma gota de sêmen fresco foi colocada entre lâmina e lamínula, pré-aquecidas
a 37ºC, e observada em microscópio de contraste de fase (Zeiss, Alemanha) com
aumento de 10X. A porcentagem de células com movimentos progressivos, variou de 0
(todas as células imóveis) a 100 (todas as células em movimento).
3.4.2.2. Vigor
O mesmo procedimento de análise da motilidade foi utilizado, sendo avaliada a
qualidade de movimento progressivo dos espermatozóides, pelo escore de 0 (nenhum
movimento) a 5 (movimento retilíneo).
12
3.4.2.3. Concentração espermática
Para a determinação da concentração (número de sptz/mL) foi utilizada uma
diluição de 1:20, sendo 50µL do ejaculado, em 950µL de solução de água destilada e
formol salina tamponado. A solução foi utilizada para preencher a mara
hematocitométrica de “Neubauer”. Após a sedimentação das células espermáticas, a
leitura foi realizada em microscópio de contraste de fase, com aumento de 40X, e o
número de células contadas foi expresso em espermatozóides por mL.
3.4.2.4. Morfologia espermática
Depois de confeccionados os esfregaços de sêmen em lâmina de vidro, foram
fixados em formol salina durante 10 minutos em banho-Maria, a 37ºC, secos em
temperatura ambiente, e armazenados. Posteriormente, as lâminas foram coradas pelo
método de KARRAS modificado por PAPA et al. (1988) (MARTINS, 2005). Realizou-se
a contagem diferencial de 200 células em microscópio de contraste de fase (Zeiss,
Alemanha), com objetiva de imersão (100X). As alterações morfológicas foram
classificadas em defeitos maiores e menores, segundo o Manual para Exame
Andrológico e Avaliação de men Animal do Colégio Brasileiro de Reprodução Animal
(1998). No Método de câmara úmida, o sêmen foi colocado “a fresco” em tubo
eppendorf contendo formol salina tamponado até turvar a solução, ficando assim
conservados os espermatozóides para posterior avaliação. Realizou-se a contagem
diferencial de 200 células em microscópio de contraste de fase, com objetiva de
imersão (100X), com o prévio instilar de uma gota da solução fixada entre a lâmina e a
lamínula. Os defeitos analisados no método de mina corada foram os mesmos
analisados no método da câmara úmida; e foram divididos em:
Defeitos maiores: Acrossomo; Patologia de cabeça (subdesenvolvida, isolada
patológica, estreita na base, piriforme, pequena anormal, contorno anormal,
13
“Pouch formation e “knobbed”); Gota citoplasmática proximal; Formas
teratológicas; Defeitos de peça intermediária; Patologia de cauda (fortemente
dobrada, dobrada com gota e enrolada na cabeça) e Formas duplas.
Defeitos menores: Patologia da cabeça (delgada, gigante, curta, larga,
pequena normal e isolada normal); Patologia da cauda e implantação (retro e
abaxial, oblíquo, dobrada ou enrolada) e Gota citoplasmática distal.
3.5 Análise Estatística
Os resultados obtidos para as diferentes características foram analisados
segundo o esquema de análise de variância com medidas repetidas no tempo. A
comparação entre as médias foram realizada pelo Teste Scott-Knott (1974), ao nível de
5% de probabilidade. As análises estatísticas foram realizadas, utilizando-se o
programa computacional GENES (CRUZ, 2001). Os dados foram transformados em
.
14
4. RESULTADOS
As colheitas de sêmen ao longo do experimento foram realizadas sem
dificuldade, pois os animais se apresentavam condicionados e adaptados aos locais
de colheita, sendo realizadas sempre em ambientes tranqüilos.
No decorrer do experimento alguns fatores intercorrentes foram importantes,
como o estresse notadamente marcado durante a diurese salina. Os animais eram
contidos fisicamente em uma mesa durante horas, era necessário à sondagem uretral
para melhorar a perfusão renal, em decorrência do potencial nefrotóxico da cisplatina. A
cateterização uretral, além de ser um fator de estresse, contribuía para um quadro de
discreta cistite crônica. Notadamente após o término da diurese salina os animais
apresentavam-se prostrados. O grupo que recebeu a quimioterapia manifestava
episódios esporádicos de emese, diarréia e inapetência por um período máximo de a
48 horas. No entanto, ao longo das quimioterapias, o grupo tratado (G1) foi
apresentando diminuição da manifestação dos efeitos colaterais.
Os resultados da patologia espermática, do referido experimento, apresentados
a seguir serão apenas das análises que diferiram estatisticamente. Diferentemente das
patologias espermáticas as avaliações de motilidade, vigor, volume e concentração
serão comentados, embora não apresentaram diferenças significativas entre os grupos
nos sete momentos de análise.
4.1 Método da Lâmina Corada
4.1.1 Defeito Maior
Os resultados da morfologia espermática, método da lâmina corada, coloração
de KARRAS modificado por PAPA et al. (1988), apresentaram como defeito maior, as
seguintes alterações:
15
4.1.1.1 Acrossomo com Defeito: Os valores médios percentuais obtidos para
acrossomo com defeito (Figura 5) entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na Figura 4.
ACROSSOMO COM DEFEITO- LÂMINA
CORADA
0
5
10
15
20
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA E
ANÁLISE DE SÊMEN
% DE
ACROSSOMO
COM DEFEITO
G1
G2
início da
quimiote-
rapia no
G1
Figura 4. Evolução dos valores médios
percentuais de acrossomo com defeito nos
diferentes momentos de colheita e análise do
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
grupo G1 a partir do quinto momento, através
do método de lâmina corada.
16
A avaliação dos dados indica que houve diferença significativa (P≤0,05) entre
os grupos a partir do momento 5 e principalmente no momento 7.
4.1.1.2 Cabeça Piriforme: Os valores médios percentuais obtidos para cabeça
piriforme (Figura 5) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos
de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com
cisplatina no grupo G1, estão expressos na Figura 7.
Figura 5. Ilustração fotográfica de
mina corada: observar
espermatozóide com cabeça
piriforme (A) e espermatozóide
sem acrossomo- destacado (B).
Aumento: 100 vezes. Coloração:
KARRAS modificado por PAPA et
al. (1988).
Figura 6. Ilustração fotográfica de
mina corada: observar
espermatozóide com cabeça de
contorno anormal (A) e o mesmo
espermatozóide com inserção de
cauda abaxial (B). Aumento: 100
vezes. Coloração: KARRAS
modificado por PAPA et al. (1988).
A
B
A
B
17
CABEÇA PIRIFORME-LÂMINA CORADA
0
2
4
6
8
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA E
ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CABEÇA
PIRIFORME
G1
G2
iníco da
quimioterapia
no G1
Na observação dos dados verifica-se diferença significativa (P≤0,05) no grupo
G1 nos momentos 5, 6 e 7.
Figura 7. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de cabeça piriforme nos
diferentes momentos de colheita e análise do
sêmen. Observar o aumento desta patologia
através do método de lâmina corada no grupo
G1 a partir do momento 4.
18
4.1.1.3 Cabeça Subdesenvolvida: Os valores médios percentuais obtidos para
cabeça subdesenvolvida (Figura 8) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos
diferentes momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após
o tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na Figura 10.
Figura 8. Ilustração fotográfica de
mina corada: observar
espermatozóide com cabeça
subdesenvolvida (A) e o mesmo
espermatozóide com GCP(B).
Aumento: 100 vezes. Coloração:
KARRAS modificado por PAPA et
al. (1988).
Figura 9. Ilustração fotográfica de
mina corada: observar
espermatozóide com cabeça
estreita na base (A). Aumento:
100 vezes. Coloração: KARRAS
modificado por PAPA et al.
(1988).
A
B
A
19
CABEÇA SUBDESENVOLVIDA- LÂMINA
CORADA
0
1
2
3
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA E
ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CABEÇA
SUBDESENVOL-
VIDA
G1
G2
iníco da
quimiotera
pia no G1
A avaliação dos dados indica que houve diferença significativa (P≤0,05) entre os
grupos no momento 6 .
4.1.1.4 Cabeça Estreita na Base: Os valores médios percentuais obtidos para
cabeça estreita na base (Figura 9) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos
diferentes momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após
o tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na Figura 11.
Figura 10. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de cabeça
subdesenvolvida nos diferentes momentos de
colheita e análise do sêmen. Observar o aumento
desta patologia através do método de lâmina
corada no grupo G1 a partir do momento 5 e
decréscimo a partir do momento 6.
20
CABEÇA ESTREITA NA BASE-LÂMINA
CORADA
0
0,5
1
1,5
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CABEÇA
ESTREITA NA
BASE
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi observado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos dentro do
momento 7 .
4.1.1.5 Cabeça com Contorno Anormal (CCA): Os valores médios percentuais
obtidos para CCA (Figura 6) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 12.
Figura 11. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de cabeça estreita na
base nos diferentes momentos de colheita e
análise do sêmen. Observar o aumento desta
patologia através do método de lâmina corada no
grupo G1 a partir do momento 6.
21
CABEÇA COM CONTORNO ANORMAL-
MINA CORADA
0
2
4
6
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CCA
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi verificado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos no momento 6 e 7 .
4.1.1.6 “Pouch Formation”: Os valores médios percentuais obtidos para “pouch
formation” avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de
colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com
cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 13.
Figura 12. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de CCA nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen.
Observar o aumento desta patologia através do
método de lâmina corada no grupo G1 a partir do
momento 5.
22
"POUCH FORMATION"-LÂMINA CORADA
0
0,5
1
1,5
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ALISE DE SÊMEN
% DE "POUCH
FORMATION"
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Notou-se diferença significativa (P0,05) entre os grupos no momento 5.
4.1.1.7 Gota Citoplasmática Proximal (GCP): Os valores médios percentuais
obtidos para GCP (Figura 8) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 14.
Figura 13. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de “pouch formation” nos
diferentes momentos de colheita e análise do
sêmen. Observar o aumento desta patologia
através do método de lâmina corada no grupo G1
no momento 5.
23
GCP-LÂMINA CORADA
0
5
10
15
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE GCP
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Os dados demonstraram diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos no
momento 6 e 7.
4.1.1.8 Formas Teratológicas: Os valores médios percentuais obtidos para os
espermatozóides com formas teratológicas avaliados entre os dois grupos (G1 e G2)
nos diferentes momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e
após o tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 15.
Figura 14. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de GCP nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen.
Observar o aumento desta patologia através do
método de lâmina corada no grupo G1 e G2 a partir
do momento 5 e decrescendo a partir do momento
6.
24
FORMAS TERATOLÓGICAS- LÂMINA
CORADA
0
0,5
1
1,5
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA E
ANÁLISE DEMEN
% DE FORMAS
TERATOLÓGI-
CAS
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
O estudo dos dados indica que houve diferença significativa (P≤0,05) entre os
grupos no momento 7.
4.1.1.9 Peça Intermediária (PI) Alterada: Os valores médios percentuais
obtidos para PI (Figura 17) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 16.
Figura 15. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de formas teratológicas
nos diferentes momentos de colheita e análise do
sêmen. Observar o aumento desta patologia
através do método de lâmina corada no grupo G1 a
partir do momento 6.
25
PEÇA INTERMEDIÁRIA ALTERADA- MINA
CORADA
0
5
10
15
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE PI
ALTERADA
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Notou-se diferença significativa (P0,05) entre os grupos no momento 6 .
Figura 16. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de PI nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen.
Observar o aumento desta patologia através do
método de lâmina corada no grupo G1 a partir do
momento 5 e decréscimo a partir do momento 6.
26
4.1.1.10 Cauda Fortemente Dobrada (CFD): Os valores médios percentuais
obtidos para CFD (Figura 17) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 19.
Figura 17. Ilustração fotográfica
de lâmina corada: observar
espermatozóide com PI alterada
(A) e espermatozóide com
cauda fortemente dobrad
a (B).
Aumento: 100 vezes. Coloração:
KARRAS modificado por PAPA
et al. (1988).
Figura 18. Ilustração fotográfica
de lâmina corada: observar
espermatozóide com cauda
enrolada na cabeça (A) e
espermatozóide com cauda
dobrada e
m gota (B).
Aumento: 100 vezes. Coloração:
KARRAS modificado por PAPA
et al. (1988).
A
A
B
B
B
27
CAUDA FORTEMENTE DOBRADA- LÂMINA
CORADA
0
10
20
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ALISE DE SÊMEN
% DE CFD
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
A avaliação dos dados indica que houve diferença significativa (P≤0,05) entre os
grupos no momento 7.
4.1.1.11 Cauda Dobrada com Gota (CDG): Os valores médios percentuais
obtidos para CDG (Figura 18) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 20.
Figura 19. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de CFD nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen.
Observar o aumento desta patologia através do
método de lâmina corada no grupo G1 a partir do
momento 5.
28
CAUDA DOBRADA COM GOTA- LÂMINA
CORADA
0
2
4
6
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CDG
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
O estudo dos dados indica que houve diferença significativa (P≤0,05) entre os
grupos no momento 6.
4.1.1.12 Cauda Enrolada na Cabeça: Os valores médios percentuais obtidos
para CEC (Figura 18) avaliados entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 21.
Figura 20. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de CDG nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen.
Observar o aumento desta patologia através do
método de lâmina corada no grupo G1 a partir do
momento 5 e decréscimo a partir do momento 6.
29
CAUDA ENROLADA NA CABEÇA- MINA
CORADA
0
1
2
3
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CEC
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
A observação dos dados demonstra diferença significativa (P0,05) entre os
grupos no momento 6 e 7.
4.2 Método da Câmara Úmida
Para as análises morfológicas do sêmen, as patologias foram dividas em defeito
maior e menor.
4.2.1 Defeito Maior
Os resultados da morfologia espermática, método da câmara úmida,
apresentaram como defeito maior, as seguintes alterações:
Figura 21. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de CEC nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen.
Observar o aumento desta patologia através do
método de lâmina corada no grupo G1 a partir do
momento 5.
30
4.2.1.1 Acrossomo com Defeito: Os valores médios percentuais obtidos para
acrossomo com defeito entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de
colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com
cisplatina no grupo G1, estão expressos na Figura 22.
ACROSSOMO COM DEFEITO-CÂMARA
ÚMIDA
0
2
4
6
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA E
ANÁLISE DEMEN
% DE
ACROSSOM0
COM DEFEITO
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi verificado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos no momento 5, 6 e 7.
4.2.1.2 Cabeça Piriforme: Os valores médios percentuais obtidos para cabeça
piriforme entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e análise
do sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no grupo G1,
estão expressos na Figura 23.
Figura 22. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de acrossomo com defeito
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
método da câmara úmida no grupo G1 a partir do
momento 4 e decréscimo a partir do momento 6.
31
CABEÇA PIRIFORME-CÂMARA ÚMIDA
0
1
2
3
4
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CABEÇA
PIRIFORME
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
A avaliação dos dados indica que houve diferença significativa (P≤0,05) entre os
grupos no momento 4, 6 e 7.
4.2.1.3 Cabeça Subdesenvolvida: Os valores médios percentuais obtidos para
cabeça subdesenvolvida entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de
colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com
cisplatina no grupo G1, estão expressos na Figura 24.
Figura 23. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de cabeça piriforme nos
diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento da patologia no
método da câmara úmida no grupo G2 a partir do
momento 3 e um aumento do grupo G1 a partir do
momento 5 e posterior decréscimo após o
momento 6.
32
CABEÇA SUBDESENVOLVIDA-CÂMARA ÚMIDA
0
1
2
3
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ALISE DE SÊMEN
% DE CABEÇA
SUBDESENVOLVIDA
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi observado diferença significativa (P0,05) entre os grupos no momento 6.
4.2.1.4 Cabeça Estreita na Base: Os valores médios percentuais obtidos para
CEB entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e análise do
sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no grupo G1,
estão expressos na Figura 25.
Figura 24. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de cabeça
subdesenvolvida nos diferentes momentos de
colheita e análise de sêmen. Observar o
aumento desta patologia no método da câmara
úmida no grupo G1 a partir do momento 5 e
decréscimo a partir do momento 6.
33
CABEÇA ESTREITA NA BASE- CÂMARA ÚMIDA
0
0,5
1
1,5
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CEB
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi verificado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos no momento 4 , 6 e
7.
4.2.1.5 Cabeça com Contorno Anormal: Os valores médios percentuais obtidos
para CCA entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e
análise do men, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no
grupo G1, estão expressos na Figura 26.
Figura 25. Evolução dos valores médios percentuais
da patologia cabeça estreito na base nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen. Observar
o aumento desta patologia no método da câmara
úmida no grupo G1 a partir do momento 3 e
subseqüente decréscimo a partir do momento 4 e
novamente, aumento a partir do momento 5 e
decréscimo a partir do momento 6.
34
CABEÇA COM CONTORNO ANORMAL-
CÂMARA ÚMIDA
0
1
2
3
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CCA
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Na observação dos dados verifica-se diferença significativa (P≤0,05) entre os
grupos nos momentos 4 e 6 .
4.2.1.6 “Knobbed: Os valores médios percentuais obtidos para a patologia de
“knobbed” (Figura 29) entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de
colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com
cisplatina no grupo G1, estão expressos na Figura 27.
Figura 26. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia CCA nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen.
Observar o aumento desta patologia no método
da câmara úmida no grupo G1 a partir do
momento 5 e decréscimo a partir do momento 6.
35
"KNOBBED"- CÂMARA ÚMIDA
0
0,5
1
1,5
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ALISE DE SÊMEN
% DE "KNOBBED"
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi notado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos no momento 7.
.
Figura 28. Ilustração fotográfica
de câmara úmida: observar no
mesmo espermatozóide com
“knobbed” (A) e formas duplas
(cauda dupla) (B). Aumento: 100
vezes.
Figura 29. Ilustração fotográfica
de câmara úmida: observar CFD
(A). Aumento: 100 vezes.
A
B
A
Figura 27. Evolução dos valores médios de
“knobbed” nos diferentes momentos de análise de
sêmen. Observar o aumento desta, no método da
câmara úmida no grupo G1 a partir do momento 5.
36
4.2.1.7 Gota Citoplasmática Proximal (GCP): Os valores médios percentuais
obtidos para a patologia de GCP (Figura 30) entre os dois grupos (G1 e G2) nos
diferentes momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após
o tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 30.
GCP- MARA ÚMIDA
0
10
20
30
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE GCP
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi observada diferença significativa (P0,05) entre os grupos no momento 6 e 7.
4.2.1.8 Formas Teratológicas: Os valores médios percentuais obtidos para a
patologia de formas teratológicas entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
Figura 30. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de GCP nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen.
Observar o aumento desta patologia no método da
câmara úmida no
grupo G1 a partir do momento 5.
37
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na Figura 31.
FORMAS TERATOLÓGICAS - MARA ÚMIDA
0
0,5
1
1,5
2
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ALISE DE SÊMEN
% DE FORMAS
TERATOLÓGICAS
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Observou-se que houve diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos no momento 6
e 7 .
4.2.1.9 Peça Intermediária Alterada (PI): Os valores médios percentuais
obtidos para a patologia de PI entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos
de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com
cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 32.
Figura 31. Evolução dos valores médios
percentuais da patologia de formas teratológicas
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
método da câmara úmida no grupo G1 a partir do
momento 5 e decréscimo a partir do momento 6.
38
PEÇA INTERMEDIÁRIA ALTERADA- CÂMARA
ÚMIDA
0
2
4
6
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE PI
ALTERADA
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi constatado que houve diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos nos
momentos 4, 6 e 7.
4.2.1.10 Cauda Fortemente Dobrada (CFD): Os valores médios percentuais
obtidos para a patologia de CFD (Figura 30) entre os dois grupos (G1 e G2) nos
diferentes momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após
o tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 33.
Figura 32. Evolução dos valores médios
percentuais de PI alterado nos diferentes
momentos de colheita e análise de sêmen.
Observar o aumento desta patologia no método da
câmara úmida no grupo G1 a partir do momento 5
e subseqüente decréscimo a partir do momento 6.
39
CAUDA FORTEMENTE DOBRADA-CÂMARA
ÚMIDA
0
10
20
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CFD
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi observada diferença significativa (P0,05) entre os grupos no momento 7 .
4.2.1.11 Cauda Dobrada com Gota (CDG): Os valores médios percentuais
obtidos para a patologia de CFD entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 34.
Figura 33. Evolução dos valores médios
percentuais de CFD nos diferentes momentos de
colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no método da câmara úmida no
grupo G1 a partir do momento 5.
40
CAUDA DOBRADA COM GOTA-MARA
ÚMIDA
0
5
10
15
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% DE CDG
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi verificada diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos nos momentos 6 e
7 .
4.2.1.12 Cauda Enrolada na Cabeça: Os valores médios percentuais obtidos
para a patologia de CEC entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de
colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o tratamento com
cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 35.
Figura 34. Evolução dos valores médios
percentuais de CDG nos diferentes momentos de
colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no método da câmara úmida no
grupo G1 a partir do momento 5 e leve decréscimo
a
partir do momento 6.
41
CAUDA ENROLADA NA CABEÇA- CÂMARA
ÚMIDA
0
0,5
1
1,5
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ALISE DE SÊMEN
% DE CEC
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Verificou-se diferença significativa (P0,05) entre os grupos no momento 6 e 7.
4.2.1.13 Formas Duplas: Os valores médios percentuais obtidos para a
patologia de formas duplas (Figura 27) entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes
momentos de colheita e análise do sêmen, realizadas antes, durante e após o
tratamento com cisplatina no grupo G1, estão expressos na figura 36.
Figura 35. Evolução dos valores médios
percentuais de CEC nos diferentes momentos de
colheita e análise de sêmen. Observar o aumento
desta patologia no método da câmara úmida no
grupo G1 a partir do momento 5 e decréscimo a
partir do momento 6.
42
ESPERMATOZOIDES COM FORMAS DUPLAS-
CÂMARA ÚMIDA
0
0,5
1
1,5
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ALISE DE SÊMEN
% DE SPTZ COM
FORMAS
DUPLAS
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi observado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos em todos os
momentos.
4.3 Defeito Maior, Menor e Total
O defeito total é a soma dos defeitos maiores e defeitos menores em
porcentagem nos dois tipos de avaliação morfológica espermática.
Figura 36. Evolução dos valores médios
percentuais de espermatozóide com formas duplas
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
método da câmara úmida no grupo G1 a partir do
momento 4 e leve decréscimo a partir do momento
6.
43
4.3.1 Lamina Corada
4.3.1.1 Defeito Maior: Os valores médios percentuais obtidos para patologia de
defeito maior entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e
análise do men, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no
grupo G1, estão expressos na figura 37.
DEFEITO MAIOR- MINA CORADA
0
10
20
30
40
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA E
ANÁLISE DE SÊMEN
% de defeito
maior
G1
G2
início da
quimiotera-
pia no G1
Foi observado diferença significativa (P0,05) entre os grupos nos momentos 6
e 7 .
Figura 37. Evolução dos valores médios
percentuais de espermatozóide com defeito maior
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
método de lâmina corada no grupo G1 a partir do
momento 5.
44
4.3.1.2 Defeito Menor: Os valores médios percentuais obtidos para patologia de
defeito menor entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e
análise do men, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no
grupo G1, estão expressos na figura 38.
DEFEITO MENOR- MINA CORADA
0
5
10
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% de defeito menor
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi verificado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos no momento 4.
4.3.1.3 Defeito Total: Os valores médios percentuais obtidos para patologia de
defeito total entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e
análise do men, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no
grupo G1, estão expressos na figura 39.
Figura 38. Evolução dos valores médios
percentuais de espermatozóide com defeito maior
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
método de lâmina corada no grupo G2 a partir do
momento 3 e subseqüente decréscimo a partir do
momento 4.
45
DEFEITO TOTAL- LÂMINA CORADA
0
10
20
30
40
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% de defeito total
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi notado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos nos momentos 6 e 7.
4.3.2 Câmara Úmida
4.3.2.1 Defeito Maior: Os valores médios percentuais obtidos para patologia de
defeito maior entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e
análise do men, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no
grupo G1, estão expressos na figura 40.
Figura 39. Evolução dos valores médios
percentuais de espermatozóide com defeito total
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
método de lâmina corada no grupo G1 a partir do
momento 4.
46
DEFEITO MAIOR-MARA ÚMIDA
0
10
20
30
40
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% de defeito maior
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi observado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos nos momentos 6 e
7.
4.3.2.2 Defeito Menor: Os valores médios percentuais obtidos para patologia de
defeito menor entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e
análise do men, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no
grupo G1, estão expressos na figura 41.
Figura 40. Evolução dos valores médios
percentuais de espermatozóide com defeito maior
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
método de câmara úmida no grupo G1 a partir do
momento 4.
47
DEFEITO MENOR- CÂMARA ÚMIDA
0
5
10
15
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA
E ANÁLISE DE SÊMEN
% de defeito menor
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi observado diferença significativa (P0,05) entre os grupos no momento 4 .
4.3.2.3 Defeito Total: Os valores médios percentuais obtidos para patologia de
defeito total entre os dois grupos (G1 e G2) nos diferentes momentos de colheita e
análise do men, realizadas antes, durante e após o tratamento com cisplatina no
grupo G1, estão expressos na figura 42.
Figura 41. Evolução dos valores médios
percentuais de espermatozóide com defeito maior
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento desta patologia no
método de câmara úmida no grupo G2 a partir do
momento 3 e subseqüente decréscimo a partir do
momento 4.
48
DEFEITO TOTAL- MARA ÚMIDA
0
10
20
30
40
1 2 3 4 5 6 7
MOMENTOS DE COLHEITA E
ANÁLISE DE MEN
% de defeito total
G1
G2
início da
quimioterapia
no G1
Foi verificado diferença significativa (P≤0,05) entre os grupos nos momentos 4, 6
e 7.
Quando se confrontou as médias percentuais das patologias maior, menor e
total, dos métodos de lâmina corada e câmara úmida, observou-se que não houve
diferença significativa (P0,05) entre elas.
Figura 42. Evolução dos valores médios
percentuais de espermatozóide com defeito total
nos diferentes momentos de colheita e análise de
sêmen. Observar o aumento das patologias no
método de câmara úmida no grupo G2 a partir do
momento 3 e subseqüente decréscimo a partir do
momento 4 e tamm, aumento das patologias no
grupo G1 a partir do momento 5 e discreto
decréscimo a partir do momento 6.
49
5. DISCUSSÃO
A incidência da patologia de acrossomo é comum, mesmo em animais que
apresentam boa fertilidade. O desenvolvimento de acrossomo com defeito parece estar
relacionado com problemas genéticos, exatamente durante o processo de diferenciação
espermática e também por influências ambientais como o estresse (BARTH & OKO
1989). Portanto, ao observarmos no método de lâmina corada (Figura 4), podemos
inferir que a partir do momento 6, que corresponde a um ciclo espermático completo, o
número desta patologia no grupo tratado com cisplatina (G1) aumentou. E que pelo
método de mara úmida (Figura 22) houve um aumento desta patologia no grupo G1,
a partir do momento 4, chegando na sua porcentagem máxima no momento 6 e com
discreto decréscimo no momento 7, podemos inferir, que a cisplatina atua no epitélio
germinativo, no processo de formação espermática.
A cabeça pririforme é uma das patologias de cabeça mais comuns. Uma das
causas para este tipo de defeito parece estar relacionada a fatores de predisposição
hereditária exacerbadas por condições ambientais como o estresse, obesidade,
afecções que alteram a funcionalidade do trato reprodutor e sazonalidade, descrito por
BARTH e OKO (1989), HAFEZ, (2004).
Conforme relatado por SEAGER (1986) e BARTH e OKO (1989), na maioria dos
casos de defeitos de cabeça piriforme, uma forte correlação na mudança da função
testicular em decorrência de distúrbios de termorregulação dos testículos ou através de
disfunção endócrina testicular, que pode ser causada por fatores intrínsecos ou
extrínsecos, afetando diretamente a espermatogênese. Observou-se, no método de
mina corada (Figura 7), um aumento ascendente desta patologia no grupo G1 nos
momentos pós-quimioterapia, em especial no momento 7. Um discreto aumento desta
patologia no grupo G2, nos momentos 6 e 7. pelo método de câmara úmida, houve
um aumento ascendente desta patologia, no grupo G1, a partir do momento 5,
chegando na sua porcentagem máxima no momento 6 e com discreto decréscimo no
momento 7, sugerindo, nos dois métodos, que a cisplatina pode influenciar a
50
espermatogênese no cão. Um aumento desta patologia no grupo G2, no momento 4
pode ser em virtude que esse grupo, assim como no método de lâmina corada, também
sofreu estresse ambiental, principalmente pelo protocolo de diurese salina, embora não
recebendo a cisplatina.
A patologia de cabeça subdesenvolvida tem baixa freqüência de ocorrência, e
não relatos específicos indicando que este defeito seja causa de infertilidade. Sua
etiologia ainda não é bem determinada, no entanto supõe-se que o problema ocorra
durante a espermiogênese. Observa-se que quando distúrbios na espermatogênese
por determinados fatores, um aumento no número desta patologia associado as
demais patologias espermáticas (BARTH & OKO, 1989). Segundo KNUDSEN (1954)
várias mudanças ambientais e orgânicas dos animais podem levar a uma divisão
desigual dos cromossomos no momento da diferenciação espermática, com perda do
material nuclear. Portanto, esta divisão acidental dos cromossomos pode ocorrer
freqüentemente, sendo que apenas algumas células sobrevivem a todo o processo de
espermatogênese e espermiogênese permanecendo intactas no ejaculado. Pelo
método de lâmina corada (Figura 10) observamos que houve um aumento deste
defeito, no grupo G1, a partir do momento 5 e chegando no seu valor máximo no
momento 6 (63 dias após início da quimioterapia) quando se completa um ciclo celular.
Inferindo distúrbios na espermatogênese ocasionados pela cisplatina, porém não se
pode determinar o motivo da diminuição no grupo G1 no momento 7.
O desenvolvimento da cabeça estreita na base pode ser de origem genética ou
ambiental. Algumas influências adversas podem acarretar anormalidades hormonais ou
eventos metabólicos extrínsecos ou intrínsecos das células de sertoli, afetando
diretamente o desenvolvimento da espermátide. O dano também pode ocorrer no
espermatócito primário, predispondo o desenvolvimento de distúrbios na espermátide
(BARTH & OKO, 1989). Com isso, é importante observarmos no método de lâmina
corada (Figura 11), que houve um aumento desta patologia no grupo G1, a partir do
momento 6 e ainda, no método de mara úmida (Figura 25) que houve um aumento
desta patologia no grupo G1, a partir do momento 3 e subseqüente decréscimo a partir
do momento 4 e novamente, aumento a partir do momento 5 e decréscimo a partir do
51
momento 6, sugerindo que a cisplatina pode ter induzido distúrbios nas espermátides
primárias.
Segundo BARTH e OKO, (1989), os fatores que controlam a formação da cabeça
podem ser de origem genética (erros durante a espermatogênese) ou sofrer influências
externas. Os primeiros sinais histológicos observados durante falhas na
espermatogênese (vacuolização citoplasmática e danos no fuso mitótico na metáfase
da espermátide primária), foram ocasionadas por estresse ambiental, lesões locais ou
outras afecções. Portanto, observa-se, no gráfico, que um aumento ascendente de
cabeça com contorno anormal no método de lâmina corada, no grupo G1, a partir do
momento 5 atingindo o seu ápice no momento 7. E já, no método de câmara úmida
houve um aumento desta patologia no grupo G1 a partir do momento 5 e decréscimo a
partir do momento 6, deduzindo que a cisplatina pode acarretar danos na
espermatogênese. E ainda, observa-se aumento da mesma no grupo G2, a partir do
momento 3 e subseqüente decréscimo a partir do momento 4 o que pode ser explicado
pelo estresse ambiental da diurese salina.
BANE e NICANDER (1965) relataram um único caso onde a patologia de “pouch
formation” ocorreu simultaneamente a distúrbios da espermatogênese, o que inclui um
decréscimo na concentração espermática, decréscimo de motilidade e um elevado
índice de outras patologias espermáticas. De acordo com BARTH e OKO (1989), a
incidência desta patologia também esta relacionada ao estresse, doenças, falta de
alimento e condições climáticas. OKO (1977), sugeriu que a condição de estresse
poderia levar a um desequilíbrio hormonal, o que resultaria na formação desta
patologia.
HEATH e OTT (1982) reportaram um caso onde uma afecção do trato reprodutor
levou ao aparecimento de 79% de patologia “pouch formation”, entretanto seis semanas
depois, as células espermáticas estavam livres da presença de crateras, que
caracteriza esta patologia. O aumento discreto desta patologia detectado somente no
método de lâmina corada (Figura 13), no grupo G1, no momento 5, infere que esse
aumento possa ser devido à quimioterapia e um aumento transitório devido ao aumento
das outras patologias.
52
Quando o “Knobbed” é encontrado com uma variedade de outros defeitos como
vacuolização nuclear ou núcleos disformes, pode ser devido a adversidades
ambientais, termorregulação, doenças sistêmicas, toxicidade ou deficiência nutricional
levando a degeneração testicular (BARTH & OKO, 1989). O aumento ascendente desta
patologia, somente no método de câmara úmida (Figura 27), no grupo G1 a partir do
momento 4, chegando ao seu valor máximo no momento 7, propõe que a cisplatina
pode provocar degeneração do epitélio germinativo.
A gota citoplasmática proximal (CGP) é considerada um sinal de uma
espermiogênese anormal, e comumente está associada a uma variedade de outros
defeitos espermáticos. Sabe-se que durante a espermiogênese, a espermátide muda
de uma forma redonda para uma célula alongada, o citoplasma é puxado para trás,
progressivamente, da cabeça para a região da cauda do espermatozóide. Sugere-se,
portanto, ser um problema secundário, ou seja, está relacionado a problemas durante a
maturação espermática no epidídimo (SEAGER, 1986; BARTH & OKO, 1989). O
presente estudo, demonstra, no método de mina corada (Figura 14), um aumento
significativo no grupo G1 a partir do momento 5 e decréscimo a partir do momento 6,
mas ainda permanecendo alta quando comparado com a porcentagem desta patologia
antes do início da quimioterapia e que assume o mesmo comportamento no método de
câmara úmida (Figura 30), tamm. Isto propõe que a cisplatina pode ter alterado a
espermiogênese durante a maturação no epidídimo. O aumento de GCP, nos dois
métodos de avaliação, no grupo G2 pode ser explicado, pelo estresse da diurese
salina.
As formas teratológicas são caracterizadas por uma aberração severa nas
estruturas celulares do espermatozóide, não permitindo seu reconhecimento como
célula espermática. Acredita-se que as formas teratológicas estão sempre associadas
a distúrbios da espermatogênese, através de processos inflamatório locais ou
degeneração do epitélio germinativo das células primordiais (BARTH & OKO, 1989). As
porcentagens de teratologia espermáticas obtidas no método de lâmina corada (Figura
15) demonstram um aumento a partir do momento 6 no grupo G1, e no método de
câmara úmida (Figura 31) constatamos um aumento a partir do momento 5 no grupo G1
53
e decréscimo a partir do momento 6, mas ainda permanecendo alta quando comparado
com a porcentagem desta patologia antes do início da quimioterapia, evidenciando
uma possível influência do quimioterápico na espermatogênese.
A peça intermediária alterada (PI) é comumente observada nas preparações
seminais rotineiras, são induzidas por preparações laboratoriais. A continuada
exposição do sêmen a substâncias hipotônicas resulta num alto índice de patologias de
peças intermediárias. No entanto, em algumas experimentações sugeriram que o
aparecimento desta patologia poderia estar relacionado a um distúrbio da formação da
cauda, durante a espermiogênese (BARTH & OKO, 1989). Observa-se no método de
mina corada (Figura 16), o maior aumento destes defeitos no grupo G1, no momento
6 (63 dias após o início da quimioterapia) quando se completa um ciclo espermático e
um subseqüente declínio, inexplicável, da patologia no grupo G1, no momento 7 e
assumindo estes mesmos comportamentos no método de mara úmida (Figura 32),
sugerindo uma ação da cisplatina sobre o epitélio epididimário.
As patologias de cauda podem apresentar-se de diversas formas, como a cauda
fortemente enrolada sobre o próprio eixo da peça intermediária (CFD) (Figura 17-B) ou
apenas com uma dobra assumindo variadas formas (CFD e quando apresenta gota
citoplasmática é CDG) (Figura 18-B) ou uma ou rias vezes enrolada na cabeça
(CEC) (Figura 18-A). As ocorrências destas patologias espermáticas podem estar
relacionadas à exposição do sêmen a soluções hipotônicas e as técnicas de
congelamento, como tamm o aparecimento deste defeito durante a passagem do
ejaculado pelo epidídimo (BARTH & OKO, 1989). SWANSON e BOYD (1961)
mostraram que o men começava a adquirir esta patologia quando migrava através
do epidídimo. Este achado sugere que este defeito pode estar associado a uma
sensibilidade seminal aos íons adquiridos na cauda do epidídimo. E ainda, acredita-se
que esta patologia esteja associada a continua exposição a secreções epididimais
anormais.
O epitélio epididimário e sua função o extremamentes sensíveis aos níveis de
testosterona, por isso supõe-se que o funcionamento inadequado do epidídimo esteja
relacionado com algum mecanismo de baixa produção de testosterona, entre eles
54
podemos citar o estresse, baixa atividade tiroidiana, febre, uso de estradiol. No entanto,
em alguns casos, esta patologia se origina de uma fragilidade na PI distal ocorrida
durante a espermiogênese, conforme relatado por BARTH e OKO (1989). Quando
observamos o aumento ascendente da CFD, no método de lâmina corada (Figura 19),
no grupo G1, a partir do momento 5 e no método de câmara úmida (Figura 33) assume
o mesmo comportamento, supõe-se que a cisplatina tenha alterado o epitélio
epididimário ou ainda a dinâmica iônica. A baixa produção de testosterona é uma
inferência com menor relevância, à medida que esta diminuiria a libido, que parece não
ter ocorrido nos grupos G1 e G2, embora esta atividade não tenha sido objeto de
estudo no presente experimento.
O aumento de CDG no método de lâmina corada (Figura 20), no grupo G1, a
partir do momento 5 atingindo o valor máximo no momento 6 e subseqüente
decréscimo no momento 7 e no método de câmara úmida (Figura 34) ocorre um
aumento deste defeito no grupo G1, a partir do momento 5 atingindo o valor máximo no
momento 6 e discreto decréscimo no momento 7, pode demonstrar que a cisplatina
influencie a maturação espermática no epidídimo. E o aumento de CEC no método de
mina corada (Figura 21), no grupo G1, a partir do momento 5, chegando na sua
porcentagem máxima no momento 6 e se mantendo, também, no momento 7 e no
método de câmara úmida (Figura 35) assumindo o mesmo comportamento, infere que a
cisplatina tenha alterado a função epididimária.
As patologias de formas duplas incluem espermatozóides com cabeça ou cauda
dupla. o foram encontradas referências sobre espermatozóides com cabeça dupla.
Segundo BARTH e OKO (1989), espermatozóides de cauda dupla podem ocorrer com
a presença de cauda abaxial, e ainda, espermatozóides com implantação com cauda
tripla pode ser encontrada, porém é raro. Estudos, demonstraram que cauda dupla
poderia estar envolvida com baixa concentração e motilidade (WENKOFF, 1978).
Porém, esta condição não foi observada. Em outro estudo, concluiu-se que esta
condição é incompatível com a fertilização do oócito e desenvolvimento embriológico
(BARTH & OKO, 1989).
55
Segundo o Manual para Exame Andrológico e Avaliação de Sêmen Animal, do
CBRA- Colégio Brasileiro de Reprodução Animal (1998), a proporção de defeitos
maiores não deve ser superior a 10%. O aumento das porcentagens no método de
mina corada (Figura 37) e de câmara úmida (Figura 40), no grupo G1 a partir do
momento 4, onde se observa, ainda, as médias das patologias dos dois grupos sempre
dentro de um padrão aceitável para a fertilidade (menor que 10 %), começa a elevar-se
no grupo tratado com quimioterapia, até chegar a um valor três vezes superior ao
permitido, para um cão apto à reprodução. Com isso, sugere que a cisplatina interfere
de forma significativa na performance reprodutiva de cães.
Os defeitos menores são aqueles defeitos morfogicos que possuem baixos
efeitos sobre a fertilidade (BARTH & OKO, 1989). O aumento de defeito menor no
método de lâmina corada (Figura 38) e no método de câmara úmida (Figura 41), no
grupo G2 (grupo que não recebeu a quimioterapia) no momento 4 foi devido a um dos
cães deste grupo que apresentou 35% e 75 % de gota citoplasmática distal,
respectivamente nos métodos de avaliações espermáticas supracitados, sendo que
após o momento 2, este cão sempre apresentou uma porcentagem maior deste defeito
quando comparado aos demais, evidenciando uma variabilidade individual.
Segundo o Manual para Exame Andrológico e Avaliação de Sêmen Animal, do
CBRA- Colégio Brasileiro de Reprodução Animal (1998), a proporção de defeitos
maiores e menores no sêmen de cão deve ser no máximo de 20%. O aumento de
defeitos totais no método de lâmina corada (Figura 39) e câmara úmida (Figura 42), no
grupo G1, a partir do momento 5 chegando na sua porcentagem máxima no momento 6
e mantendo-se no momento 7 no método de lâmina corada e assumindo um leve
decréscimo no método de câmara úmida, demonstra que a porcentagem de defeitos
totais, que antes do início da quimioterapia era por volta de 5 % nos dois grupos,
elevou-se em mais de 30%, no grupo G1, quando é completado um ciclo espermático
no momento 6 (63 dias após o início da quimioterapia). É importante ressaltar que o
máximo aceitável é de 20% para aptidão reprodutiva. Isto pode supor que a cisplatina
influência de forma significativa na qualidade espermática, podendo apresentar efeitos
citotóxicos, tanto em epitélio germinativo (espermatogênese) como no epitélio
56
epididimário do cão (espermiogênese). A discreta elevação dos referidos defeitos no
grupo G2, a partir do momento 3, sugere que seja em virtude do estresse ambiental, em
especial da diurese salina, que os animais foram submetidos. No momento 4, em
virtude da variabilidade individual para defeito menor (gota citoplasmática distal),
observou-se um discreto aumento no grupo G2 (grupo não tratado com quimioterapia).
A motilidade, vigor, volume e o aspecto do sêmen dos es dos grupos G1 e G2
avaliados não apresentaram nenhuma diferença significativa entre as suas médias,
podendo inferir que a cisplatina o exerceu uma influência considerável sobre tais
parâmetros.
Em virtude, do presente experimento, ter utilizado dois métodos (lâmina corada e
câmara úmida) de avaliação da patologia espermática, tornou-se imperativo a
comparação entre os métodos para predizer a eficácia e a semelhança de ambos, já
que tais métodos avaliaram os mesmos parâmetros morfológicos do sêmen estudado.
Diante disso, observamos que não houve diferença significativa entre os métodos,
quando se confrontaram as médias dos defeitos maior, menor e total. Isto demonstra
que tais métodos neste experimento foram igualmente eficientes na detecção das
patologias maior e menor do sêmen estudado.
57
6. CONCLUSÕES
Os resultados obtidos no presente estudo permitem as seguintes conclusões:
1. Os parâmetros de contagem das alterações morfológicas dos
espermatozóides de cães hígidos submetidos à administração de
cisplatina, em sete diferentes tempos demonstraram que o fármaco
aumentou o número de patologias no grupo tratado (G1).
2. As patologias espermáticas detectadas no presente experimento
sugerem a ocorrência de alterações morfofuncionais nos túbulos
seminíferos e no conduto epididimário de cães tratados com
cisplatina.
3. Os dois métodos de avaliação espermática (método da lâmina corada
e câmara úmida), quando comparados entre si, mostraram-se
efetivos, no estudo do espermograma de cães tratados com
cisplatina.
58
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64
APÊNDICES
65
Tabela 1A. Valores do hemograma, urinálise, bioquímico e eletrólitos dos cães do grupo G1 e G2 em diferentes
momentos.
HEMOGRAMA URINÁLISE
BIOQUÍMICA ELETRÓLITOS
Cães
He Le Hb
Ht
Dens
pH
TGP Crea.
Prot.
Ca P Mg Na
K
Jacky 6870
14600
14,9
44,6
1040
8
15,71
1,36
7,56
11,64
5,3
1,79
145
3,6
Amarelo 7010
11400
15,8
46,9
1035
8
33,71
1,13
7,95
12,4
3,48
1,75
142
4,6
Benji 7480
9600
18,8
54,3
1041
8
97,8
0,91
7,89
9,93
4,47
1,8
145
3,9
G1
Magrelo 6730
15300
15,5
45,7
1025
8
29,55
0,91
7,78
10,3
4,78
1,91
144
3,5
Fofão 7060
11700
17
47,9
1025
9
26,19
1,41
7,09
10,37
5,71
1,68
146
3,8
Billy 4180
10300
12
35,2
1050
7
21,11
1,18
9,86
12
4,14
1,5
146
3,9
Coçeira 4990
3400
11,5
33,1
1032
6,5
21,11
0,81
13,6
10,19
4,43
1,62
144
4
Pré-
quimioterapia
(Momento 3)
G2
Piloto 7920
8400
19
54,2
1044
8
46,43
1,13
7,42
12,4
4,47
1,79
141
3,5
Hemograma Urinálise Bioquímica Eletrólitos
Cães
He Le
Hb
Ht
Dens
pH
TGP Crea.
Prot.
Ca P Mg Na
K
Jacky 6260
12700
14,2
42
1029
8,5
26,19
1,31
7,33
15,99
5,94
2,4
147
3,7
Amarelo 6620
4500
15,1
44,6
1015
7
41,9
1,58
6,19
14,13
2,25
2,1
142
4,5
Benji 7700
4200
18,1
52,3
1013
8
151,9
1,31
8,39
13,59
5,21
2
143
4,2
G1
Magrelo 6490
6200
14,8
44,2
1027
7,5
36,67
1,2
7,83
16,42
5,78
2,3
146
3,6
Fofão 6930
11200
16,2
47,7
20,95
1,26
7,5
13,92
4,52
2
147
3,7
Billy 4410
7300
13
38,4
1039
6
15,71
1,47
9,41
20,87
5,14
1,6
145
3,7
Coçeira 6360
6000
14,9
43,7
1041
8
20,95
0,93
12,1
13,91
5,99
2,2
146
3,8
Momento
4
G2
Piloto 7620
12200
18,3
53,5
1041
8
31,43
0,87
7,77
12,54
5,23
2
144
3,7
66
Hemograma Urinálise Bioquímica Eletrólitos
Cães
He Le Hb
Ht
Dens pH TGP Crea. Prot.
Ca P Mg Na K
Jacky 5780
11800
13,1
38,9
1018
6,5
41,9
1,44
7,34
12,2
6,18
2
135
4,8
Amarelo 6590
8900
15,2
44,2
1009
8
47,4
1,54
9,29
14,65
4,38
1,8
136
3,7
Benji 7170
7300
16,9
48,4
1018
7,5
68,09
0,96
8,42
11,58
4,23
1,8
140
4,9
G1
Magrelo 6230
8900
14,5
43,4
1019
7
36,67
1,49
8,34
9,69
5,04
2,1
142
5,1
Fofão 6520
9800
15,5
45,2
1031
8,5
47,14
1,22
7,5
9,9
4,21
1,7
176
4
Billy 4440
13100
13,2
39,4
1042
8
40,95
1,38
9,76
10,7
5,4
1,8
155
4,1
Coçeira 6590
5700
15,8
46
1059
8
52,38
1,17
11,4
13,23
5,71
1,9
137
3,9
Momento
5
G2
Piloto 7530
12100
18,2
52,6
1043
8
41,9
1,17
7,42
15,22
5,41
1,8
132
4
Hemograma Urinálise Bioquímica Eletrólitos
Cães
He Le Hb
Ht
Dens pH TGP Crea. Prot.
Ca P Mg Na K
Jacky 5460
11300
12,4
36,7
1017
8
36,7
1,85
7,57
10,41
6,18
2,1
135
3,9
Amarelo 6050
10900
13,9
40,8
1020
7,5
36,6
1,97
8,55
10,14
6,19
2,1
136
3,8
Benji 6710
5500
16,4
44,9
1020
7,5
78,57
1,85
8,81
10,46
5,64
2
133
4,3
G1
Magrelo 5560
9900
13,5
37
1007
7,5
41,9
1,69
8,25
9,69
5,33
2,4
140
3,7
Fofão 6430
10700
15,6
44,6
36,65
1,52
7,87
9,34
7,63
2,5
142
4,2
Billy 3770
12500
11,9
23,4
1048
6
31,43
1,18
9,1
17,4
6,11
1,9
134
4,4
Coçeira 5840
6700
14,7
40,8
1036
6
36,67
1,46
10,4
9,79
4,83
1,9
134
4,3
Momento
6
G2
Piloto 6710
3800
16,8
46,5
1045
6
20,95
1,4
7,4
9,6
6,54
1,8
131
4,3
Hemograma Urinálise Bioquímica Eletrólitos
Cães
He Le Hb
Ht
Dens pH TGP Crea. Prot.
Ca P Mg Na K
Jacky 5470
10500
12,2
35,5
1016
8
36,68
2,17
7,54
11,51
4,98
2
139
3,7
Amarelo 6320
7500
13,7
41,1
1025
8,5
47,1
1,65
7,46
12,4
3,35
2,1
137
3,7
Benji 6690
6700
15,3
44,2
1024
9
52,38
1,65
5,26
10,76
4,24
1,7
138
4
G1
Magrelo 6090
9000
14,3
41,4
1022
9
36,67
1,71
8,4
11,38
3,24
1,9
137
3,5
Fofão 6110
10700
14,8
41,8
1035
7
31,43
1,31
5,95
8,42
3,88
1,8
138
3,9
Billy 3950
17800
11,9
34,6
1016
7
41,9
1,08
7,22
11,74
3,5
2,2
136
3,8
Coçeira 6840
8700
16,3
46,6
1040
8
57,62
1,37
9,84
9,77
5,03
2,3
140
4,2
Momento
7
G2
Piloto 7130 11000 17
48,4
1045
7
22,5
1,14
8,32
10,07
4,66
1,9
139
4
67
Tabela 2A. Valores médios das patologias espermáticas do método de lâmina
corada.
Momentos
Grupos 1
2
3
4
5
6
7
Defeito de acrossomo
G1 0,5
2,25
3,25
2
4,75
5,75
14,875
G2 0,375
1
3,062
2,375
1
1,375
1,375
Cabeça piriforme
G1 0,125
2,25
0,625
1,125
3
3,875
6,125
G2 0,5
2,125
1,8125
2,375
1,375
3,625
3,375
Cabeça subdesenvolvida
G1 0
0,375
0,125
0
0,25
2,25
1,125
G2 0,25
0,625
0,375
0,125
0,75
0,375
0,375
Cabeça estreita na base
G1 0
0,125
0,375
0,25
0,25
0,125
0,875
G2 0
0,125
0,25
0,5
0
0,375
0,125
Cabeça com contorno anormal
G1 0,25
1,25
1
0,875
1
3,875
5
G2 0,75
0,75
0,5
1,5
0,75
0,875
1
“Pouch formation”
G1 0
0
0
0
0,375
0
0
G2 0
0
0
0,125
0
0,25
0,25
“Knobbed”
G1 0,00
1,25
0,25
0,00
0,25
1,50
1,50
G2 0,00
0,25
0,00
0,25
0,00
0,00
0,25
GCP
G1 0
0,125
0,375
1
2,5
13
8,375
G2 0,625
0,75
0,3125
2,125
3,5
8,875
5,375
Formas teratológicas
G1 0
0
0
0,125
0,125
0,125
0,875
G2 0
0
0
0
0,125
0
0,125
PI alterada
G1 0,375
0,375
0
1,125
4,625
12,75
4,375
G2 0,125
0,875
1,875
1,5
2
0,75
1,125
CFD
G1 1,875
1
2,125
3,125
2,5
8,125
15,125
G2 2,625
1,875
2,3125
2,5
3,875
4
1,125
CDG
G1 0,125
0,625
1,125
0,375
0,25
5,25
2,125
G2 0,875
1,375
0,825
0,625
0,5
0
0
CEC
G1 0
0
0
0
0,25
2,125
2
G2 0
0
0
0
0
0,125
0,125
68
Formas duplas
G1 0,5
0,25
0
0,25
0,25
1
1
G2 0
0,5
0,25
0
1,25
0,25
0
Cauda abaxial
G1 0
0
0,625
0,125
1,25
0,375
1
G2 0
0,5
0,375
0,125
0,25
0,125
1,125
69
Tabela 3A. Valores médios das patologias espermáticas do método de câmara
úmida.
Momentos
Grupos 1
2
3
4
5
6
7
Defeito de acrossomo
G1 0,625
0,25
0,875
1,125
2,375
3,875
2,875
G2 0,5
0,375
0,5625
0,5
0,5
0
0,75
Cabeça piriforme
G1 0,25
0,125
1
0,75
0,625
3,625
3,125
G2 0,75
0,625
1,125
3,5
1
1,5
1,125
Cabeça subdesenvolvida
G1 0
0
0,5
0,25
0,125
2
0
G2 0
0
0
0
0,5
0
0
Cabeça estreita na base
G1 0
0
0
1
0
1
0,5
G2 0
0
0,375
0
0
0,5
0,125
Cabeça com contorno anormal
G1 0,25
0
0,25
0,5
0,125
1,75
0,75
G2 0,125
0,625
0,39
2,125
0,25
0,125
0,375
“Pouch formation”
G1 0
0
0
0
0
0,5
0
G2 0
0
0
0
0
0
0,5
“Knobbed”
G1 0
0
0
0
0,125
0,5
0,75
G2 0
0,125
0
0
0
0
0
GCP
G1 0,25
0,5
1,125
0,625
5,875
21,125
12,375
G2 0,5
1,25
0,6875
2,75
7
11,75
5
Formas teratológicas
G1 0
0,125
0,125
0,125
0
1,5
0,875
G2 0
0
0
0
0
0
0,125
PI alterada
G1 0,75
0,125
0,5
1,125
0,75
4,625
2,875
G2 0,25
0,25
0
2,125
1
1,5
0,25
CFD
G1 1,375
0,75
2,125
2,625
2,5
8,625
18,125
G2 1,625
2,75
2,3125
3,5
3,75
5
2,75
CDG
G1 0
0,375
0,875
0,75
2,62
10,125
8
G2 1,625
1,5
0,9375
0,25
5
4,125
1,625
CEC
G1 0
0
0
0
0,125
1
0,5
G2 0
0
0
0
0
0
0
Formas duplas
G1 0,25
0
0
0,125
0,625
0,875
0,75
G2 0,75
0,5
0,5
0,5
0,375
0
0,125
Livros Grátis
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