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Universidade do Vale do Paraíba
Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento
Alexandre de Souza e Silva
Análise das Capacidades Físicas em Indivíduos Adultos
Sedentários e Treinados
São José dos Campos - SP
2006
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Alexandre de Souza e Silva
Análise das Capacidades Físicas em Indivíduos Adultos
Sedentários e Treinados
Analyze of the physical capacities in sedentary and trained adult individuals.
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Ciências
Biológicas, como complementação dos
créditos necessários para obtenção do título de
Mestre em Ciências Biológicas.
Orientadora: Profª Dra. Maricília Silva Costa
São José dos Campos - SP
2006
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Dedicatória
A Deus pela saúde e força nos momentos difíceis
A minha família, meu pai, minha mãe, meu irmão, minha cunhada e minha sobrinha,
sendo eles o sentido de minha vida.
Agradecimentos
Meus sinceros agradecimentos:
A minha orientadora Profa. Dra. Maricilia Silva Costa pela oportunidade e pela
influência profunda sobre o meu desenvolvimento pessoal e profissional.
A Profa. Msc. Regiane Albertini de Carvalho pela grande contribuição no
trabalho.
Aos voluntários deste estudo, que gentilmente colaboraram para o estudo.
A minha namorada Jasiele pelo incentivo, companheirismo, amor e paciência
dedicado a mim durante a execução deste trabalho.
Aos meus amigos Renne, Lucia, Wyllian e Cibeli que me apoiaram nas horas
mais árduas de minha caminhada.
Aos meus amigos Ronildo, Geraldo, Renato, Daniela, Regiane e João pelos
conselhos e apoio durante o curso de mestrado.
Ao Prof. Dr. Herculano da Silva Martinho pela ajuda e colaboração no trabalho.
Aos meus tios, tias e primos que sempre que possível colaboraram com o
trabalho.
A todos a minha gratidão.
“Não creio que vivereis felizes se partirdes
com a intenção de viver só para vós mesmos.
Escolhei uma causa maior do que vós e
empenhai-vos nela com todas as vossas forças.
A vossa medida não é dada pelo que fizestes,
mas pelo que ainda podeis fazer ”.
(Bárbara Hatcher)
Resumo
Introdução. O envelhecimento é um processo de mudanças que levam todos os seres
vivos a passarem por perdas progressivas das suas capacidades funcionais, conduzindo
a um grande risco de se tornarem sedentários. A qualidade de vida destes indivíduos é
colocada em risco, uma vez que a capacidade de realização de atividades diárias fica
limitada. Objetivo. O objetivo deste estudo foi analisar as diferenças nas capacidades
físicas entre grupos de indivíduos: Treinados e Sedentários. Métodos. Participaram do
grupo de estudo 34 indivíduos, classificados como Treinados (vôlei adaptado+PTR) e
Sedentários (sedentários por mais de 36 meses). Os indivíduos foram avaliados através
dos testes de flexibilidade, força, IMC, RCQ e PA. Resultados. Foi observado que os
indivíduos treinados apresentaram maior pico de torque, tanto para perna direita, quanto
para perna esquerda. Este resultado foi observado tanto em movimento de flexão quanto
em extensão. O teste de flexibilidade indicou um melhor desempenho deste parâmetro
em indivíduos treinados (24,8±11,8), quando comparados com o grupo de indivíduos
sedentários (17,5±5,1). As medidas de PAS e a PAD em indivíduos treinados mostrou
melhores resultados em relação aos valores obtidos do grupo de indivíduos sedentários.
Conclusão. Os indivíduos Treinados apresentaram melhores resultados em força
muscular e flexibilidade, quando comparados com os indivíduos Sedentários. Estes
resultados indicam que a atividade física se mostra de grande importância para a
manutenção das capacidades físicas e da qualidade de vida.
Palavras Chaves: Dinamômetro Isocinético, Atividade Física, Idosos
Abstract
Introduction. The aging is a process of changes that take all the alive beings pass for
progressive losses of their functional capacities, leading to a great risk of they turn
sedentary. These individuals' quality of life is put in risk, once the capacity of
accomplishment of daily activities is limited. Objective. The objective of this study was
to analyze the differences in the physical capacities among individuals' groups: Training
and Sedentary. Methods. The group of study was composed by 34 individuals,
classified as Training (volleyball+RPT) and Sedentary (sedentary for more than 36
months). The individuals were appraised through the tests of flexibility, force, BMI,
WHR and BP. Results. It was observed that the trained individuals presented larger
torque pick, both for right leg and for left leg. This result was observed both in flexing
and in extension movements. The test of flexibility indicated a better acting of this
parameter in trained individuals (24,8±11,8), when compared with the sedentary
individuals' group (17,5±5,1). The blood pressure in trained individuals showed better
results in relation to that values obtained from the sedentary individuals' group.
Conclusion. The Trained individuals presented better results in muscular force and
flexibility, when compared with the Sedentary group. These results indicate that the
physical activity is of great importance for the maintenance of the physical capacities
and of the quality of life.
Keywords: Isokinetic Dynamometer, Activity Physical, Senior
Lista de Tabelas
Tabela 01: Parâmetro de Altura (cm) e Peso (kg)............................................ 37
Tabela 02: Classificação segundo Organização Mundial da Saúde.................. 37
Tabela 03: Classificação do teste de flexibilidade (cm).................................... 43
Tabela 04: Parâmetros do pico de torque (N.m)................................................ 50
Tabela 05: Classificação dos indivíduos de cada grupo, utilizando o teste de
flexibilidade........................................................................................................
52
Tabela 06: Parâmetros da PAS e PAD (mmHg)................................................ 52
Tabela 07: Porcentagem do IMC em cada grupo.............................................. 54
Tabela 08: Risco coronariano de cada grupo calculado pela RCQ…………... 54
Lista de Figuras
Figura 01: Perímetro da Cintura........................................................................ 38
Figura 02: Perímetro do Quadril....................................................................... 39
Figura 03: Banco de Wells e Dillon.................................................................. 41
Figura 04: Indivíduo iniciando o teste de Flexibilidade.................................... 42
Figura 05: Indivíduo finalizando o teste de Flexibilidade................................. 42
Figura 06: Dinamômetro Isocinético BIODEX e seus acessórios.................... 44
Figura 07: Indivíduo realizando teste no BIODEX........................................... 45
Figura 08: PTPDE = Pico de torque da perna direita (extensão)...................... 47
Figura 09: PTPEE = Pico de torque da perna esquerda (extensão)................... 48
Figura 10: PTPDF = Pico de torque da perna direita (flexão)........................... 49
Figura 11: PTPEF = Pico de torque da perna esquerda (flexão)....................... 49
Figura 12: Flexibilidade.................................................................................... 51
Figura 13: Índice de Massa Corporal................................................................ 53
Figura 14: Relação Cintura e Quadril (RCQ).................................................... 55
Lista de Quadros
Quadro 01: Gráfico de Torque........................................................................ 31
Quadro 02: Classificação do risco no sexo masculino................................... 39
Quadro 03: Classificação do risco no sexo feminino..................................... 40
Lista de Abreviaturas e Símbolos
____ - Dividir
= - Igual
x - Multiplicar
o
- Graus
°/s - Graus por segundos
% - Porcentagem
CAM - Componentes da Aptidão Muscular
CEP - Comitê de Ética em Pesquisa
cm - Centímetros
DIF - Diferença
DS - Diferença significante
FC - Freqüência Cardíaca
(A) - Treinado
(S) - Sedentário
HDL
- Lipoproteínas de Alta Densidade
IMC - Índice de Massa Corporal
Kg - Kilogramas
LV-1
- Limiar Ventilatório 1
PA - Pressão Arterial
PAD - Pressão Arterial Diastólica
PAS - Pressão Arterial Sistólica
PT - Programa de Treinamento
PTA - Programa de Treinamento Aeróbico
PTC - Programa de Treinamento no Cicloergômetro
PTPDE - Pico de torque da perna direita (extensão)
PTPDF - Pico de torque da perna direita (flexão)
PTPEE - Pico de torque da perna esquerda (extensão)
PTPEF - Pico de torque da perna esquerda (flexão)
PTR - Programa de Treinamento de Resistência
PTRP - Programa de Treinamento de Resistência Progressivo
RCQ - Relação Cintura e Quadril
RNAm - Ácido Ribonucléico mensageiro
TMB - Taxa Metabólica Basal
VO
2máx
- Volume máximo de Oxigênio
Sumário
1. Introdução....................................................................................................... 17
2. Revisão da Literatura...................................................................................... 23
2.1. Programa de Treinamento................................................................ 23
2.2. Dinamômetro................................................................................... 29
2.3. Flexibilidade.................................................................................... 31
2.4. Osteoporose e Envelhecimento........................................................ 32
2.5. Índice de Massa Corporal................................................................ 33
2.6. Relação Cintura e Quadril................................................................ 33
3. Objetivo.......................................................................................................... 35
4. Material e Métodos....................................................................................... 36
4.1. Indivíduos........................................................................................ 36
4.2. Métodos de Análise.......................................................................... 37
4.2.1. Índice de Massa Corporal.................................................. 37
4.2.2. Relação Cintura e Quadril................................................. 38
4.2.3. Teste de Flexibilidade....................................................... 40
4.2.4. Aferição da Pressão Arterial............................................. 43
4.2.5. Teste de força Muscular.................................................... 43
4.3. Análise Estatística............................................................................ 46
5. Resultados....................................................................................................... 47
6. Discussão........................................................................................................ 56
7. Conclusão....................................................................................................... 66
Referências Bibliográficas.............................................................................. 68
Anexo A.............................................................................................................. 77
Anexo B.............................................................................................................. 78
17
1. Introdução
O envelhecimento é um processo de mudanças que levam todos os seres vivos a
passarem por perdas progressivas das suas capacidades funcionais, conduzindo a um
grande risco de se tornarem sedentários. A qualidade de vida devido ao envelhecimento
é prejudicada, uma vez que a capacidade de realização de atividades diárias fica
limitada. Com os avanços das tecnologias e das pesquisas nas últimas décadas, o
sedentarismo, que tende a acompanhar o envelhecimento está sendo bastante estudado,
devido aos riscos que trás à saúde como doenças crônico-degenerativas, principalmente
no sistema cardiovascular, responsável por grande parte dos óbitos entre idosos
(ALVES et al. 2004).
A redução na massa muscular e a perda de força muscular com o avanço da
idade são processos que podem ser retardados com a prática de atividade física
(WILMORE, 2001). A perda de força entre idosos está diretamente associada à
limitação da mobilidade e do desempenho físico (McARDLE et al. 1998). Assim, a
manutenção da força conforme ocorre o processo de envelhecimento é fundamental,
uma vez que esta é vital para a saúde, para a capacidade funcional e para a vida
independente (FLECK; KRAEMER, 1999 apud TARTARUGA et al. 2005).
A diminuição da força e a menor velocidade de condução neural que ocorre com
o evelhecimento, adicionadas às mudanças de comportamento justificam o controle de
estratégias para a caminhada e a ampliação da base de sustentação do corpo que domina
e limita várias das ações com o envelhecimento (MORAES; CASTRO, 2002).
18
Através da mensuração da performance psicomotora e da força do punho, foi
observado que, em geral, mulheres mais velhas sadias são mais fortes e demonstram
superior controle nos movimentos, quando comparadas às mulheres frágeis (MEYER;
GOGGIN; JACKSON, 1995).
Em homens e mulheres com idades entre 20 e 84 anos, utilizando um
dinamômetro isocinético (Cybex 770-Norm), foi demonstrado que os indivíduos com 20
anos apresentavam o pico de torque maior do que os indivíduos de 60 e 70 anos. O pico
de torque em todas as velocidades diminuiu gradativamente com o aumento da idade.
As fibras do tipo II (contração rápida) são as que apresentam maior taxa de diminuição
conforme ocorre o envelhecimento (AKIMA et al. 2001 apud TARTARUGA et al.
2005). O treinamento de 12 meses não reduziu a diferença em relação à idade, ou seja,
não conseguiu diminuir a diferença entre indivíduos idosos (73±4 anos) e indivíduos
jovens (27±3 anos) (MIAN et al. 2006). Os estudos mostram que a força muscular
isométrica máxima varia entre os sexos e entre os diferentes grupos musculares. Os
homens conservam mais a massa muscular e a força muscular, enquanto que as
mulheres apresentam uma diminuição mais acentuada da massa muscular e da força
muscular com o avanço da idade. Atividades diárias como caminhada, jardinagem e
outras tarefas dentro de casa, ajudam indivíduos idosos a manterem e a evitarem a
decadência da força muscular (RANTANEN; HEIKKINEN, 1998). Conforme se
envelhece, observa-se uma tendência geral na redução da massa muscular. Parece que
este efeito sobre a massa muscular independe da localização da musculatura e de sua
função (FRONTERA et al. 2001 apud TARTARUGA et al. 2005).
A perda da força muscular relacionada à idade é resultante, sobretudo da perda
substancial de massa muscular que acompanha o envelhecimento ou da diminuição da
19
atividade física (WILMORE, 2001). O aumento da força muscular máxima parece estar
relacionado ao aumento da massa muscular. A diminuição da massa muscular com a
idade representa uma perda na produção da força (KIRKENDALL; GARRETT, 1998).
A idade parece não afetar a qualidade das contrações musculares quando esta é
equilibrada pela massa muscular, uma vez que, o principal fator para a redução da força
com a idade é a sarcopenia (FRONTERA et al. 2001 apud TARTARUGA et al. 2005).
A sarcopenia refere-se à perda de massa muscular com a idade, sendo comum no
processo de envelhecimento. Cerca de 20% dos idosos saudáveis e independentes
apresentam prevalência da sarcopenia (SUCICH; PRESTWOOD; KENNY, 2002).
Portanto, a perda tanto da quantidade como da qualidade das proteínas nas unidades
contráteis dos músculos proporciona uma base bioquímica estrutural para a perda da
força e da potência muscular com o envelhecimento (TARTARUGA et al. 2005).
O aumento na porcentagem de gordura e da idade cronológica tem sido
sugeridos como as principais mudanças que levam aos resultados negativos sobre a
capacidade de mulheres de 47 anos, ou mais, em realizar as atividades diárias. Para uma
boa qualidade de vida um estilo de vida fisicamente ativo e hábitos alimentares
saudáveis no decorrer de toda vida e, principalmente no envelhecimento, são de grande
importância (RASO, 2002).
O adulto sedentário apresenta uma diminuição da sua massa e força musculares
e o aumento da gordura subcutânea. Os adultos mais velhos sedentários podem
apresentar tanto uma grande perda de massa muscular quanto um aumento de gordura
subcutânea (WILMORE, 2001). As alterações que ocorrem entre 25 e 65 anos de idade,
tais como: a diminuição da massa magra (10-16%) por conta das perdas na massa óssea,
na musculatura esquelética e na água corporal total são eventos que ocorrem com o
20
envelhecimento (MATSUDO et al. 2003). Dados transversais e longitudinais indicam
que a força muscular diminui aproximadamente 15% por década, durante a sexta e
sétima década, e, aproximadamente 30%, após a sétima década (FLECK; KRAEMER,
1999 apud TARTARUGA et al. 2005). Durante o processo de envelhecimento, alguns
fatores podem predominar sobre a perda da força muscular, tais como: alterações
músculo-esqueléticas, acúmulo de doenças crônicas, medicamentos necessários para o
tratamento de doenças, alterações no sistema nervoso, redução das secreções hormonais,
desnutrição e atrofia por desuso (TARTARUGA et al. 2005). Nas alterações músculo-
esqueléticas tem sido sugerido que a diminuição da massa muscular é o principal fator
para a redução da força com o avanço da idade (TARTARUGA et al. 2005).
O emprego da atividade física durante o envelhecimento, como promoção do
estilo de vida pode levar a uma melhora e ao desenvolvimento dos padrões de saúde e
da qualidade de vida, reduzindo problemas psicológicos e os resultados causados pelas
mudanças que ocorrem no decorrer da vida com o processo de envelhecimento
(FERREIRA et al. 2004). Entretanto, mesmo com as vantagens que a prática da
atividade física pode proporcionar à saúde, os idosos são menos ativos quando
comparados com indivíduos adulto jovens. Indivíduos adultos mais velhos, com idade
próxima aos 65 anos, escolhem atividades com menores demandas energéticas
(ANDREOTTI; OKUMA, 2003). Portanto, a atividade física em todas as fases da vida
deve ser estimulada para a prevenção de impactos na musculatura esquelética
relacionados com a idade (KIRKENDALL; GARRETT, 1998).
Entretanto, a população adulta com grau de instrução e nível sócio-econômico
baixos, faixa etária elevada e com alto risco de doenças coronarianas são inativos em
seu tempo livre e se mostram desmotivados com os programas de treinamento de
21
atividades físicas orientados por um profissional capacitado (ANDREOTTI; OKUMA,
2003). Assim, o profissional que estiver ministrando as aulas de um programa de
atividade física deve procurar estimular os indivíduos para que a atividade física torne-
se mais prazerosa. A música pode ser uma das formas para conduzir pessoas idosas à
prática de atividade física, afastando as sensações desagradáveis que um programa de
exercício prolongado e repetitivo proporciona. Para uma vida fisicamente ativa e com
boa qualidade, estes exercícios são importantes para manter bons níveis de aptidão
física, além de combater o sedentarismo (MIRANDA; GODELI, 2002).
A atividade física favorece e conduz a grandes benefícios nos aspectos
fisiológicos e psicossociais, e desempenha um papel importante na manutenção da
saúde e da funcionalidade nos adultos com idade superior a 65 anos (RAKOWKSI;
MOR, 1992 apud MOTA et al. 2002). A atividade física regular em mulheres com idade
entre 50 e 79 anos desenvolve a aptidão física e a capacidade funcional. Estes resultados
indicam a importância da atividade física regular para a prevenção e a saúde do idoso,
além de uma melhor qualidade de vida e independência para realizar suas atividades
diárias no decorrer do processo de envelhecimento (MATSUDO et al. 2003).
Com o aumento da expectativa de vida, o envelhecimento da população passou a
ser um tema de grande relevância e discussão na sociedade. As políticas de prevenção e
promoção de saúde levaram as pessoas a se preocuparem com sua qualidade de vida.
Entretanto, para bons resultados no trabalho com pessoas idosas é de grande
importância respeitar e valorizar esta etapa do desenvolvimento humano, como qualquer
outra fase da vida (FENALTI; SCHWARTZ, 2003).
22
O envelhecimento é um processo pelo qual os indivíduos passam por uma
adaptação, o que demonstra de forma incisiva o grau de autonomia e independência
destes indivíduos. É importante destacar que o papel das experiências motoras não são
privilégios que ocorrem apenas na infância, mas se tornam imprescindíveis durante o
envelhecimento, quando ocorre a adaptação do idoso ao corpo e suas limitações
decorrentes do envelhecimento (SANTOS; DANTAS; OLIVEIRA, 2004).
A capacidade que os idosos apresentam de manter-se independentes parece
depender, em grande parte, da manutenção da flexibilidade, da força e da resistência
muscular, características que em seu conjunto poderiam ser consideradas como
Componentes da Aptidão Muscular (CAM) (PENDERGAST et al. 1993 apud
FARINATTI, 2004; KELL et al. 2001 apud FARINATTI, 2004).
23
2. Revisão da Literatura
2.1 Programa de Treinamento (PT)
O sistema neuromotor tem efeito sobre a força muscular, influenciando no
Programa de Treinamento de Resistência (PTR). Provavelmente, a principal adaptação
seja a neural, enquanto que o músculo fornece uma resposta miogênica (MARKS,
1996). O PTR ajuda nas habilidades do músculo em desenvolver tensão, e estes efeitos
trazem benefícios às proteínas contráteis do músculo (KIRKENDALL; GARRETT,
1998).
Ao planejar um Programa de Treinamento (PT) para um indivíduo em qualquer
faixa etária é necessário analisar as suas capacidades físicas e as condições de sua
saúde. Em pessoas idosas esta análise também se faz necessária, sendo de grande
importância para verificar todos os componentes, tais como: a força muscular, a
capacidade aeróbica (cardiorespiratória e cardiovascular), a flexibilidade e o estado
nutricional, levando os idosos a alcançarem uma boa capacidade física, ou seja, uma boa
forma física. É necessária uma maior compreensão do relacionamento entre força
muscular, atividade física, atividades diárias e o bem estar psicológico para se obter
melhores resultados ao prescrever exercícios físicos para pessoas idosas (MIHALKO;
McAULEY, 1996). Várias mudanças são observadas com o envelhecimento, entre estas,
duas são as mais importantes: a capacidade aeróbica e a função muscular. O exercício é
reconhecido por melhorar ambas as variáveis em pessoas idosas (TARTARUGA et al.
2005).
24
Um PTR é de grande importância para pessoas idosas, mas embora ocorram
ganhos na força muscular em pessoas idosas, poucos avaliam seus efeitos sobre a
performance nas atividades da vida diária, sendo que a força muscular apresenta grande
importância para estas atividades. O treinamento de força muscular ajuda as pessoas
idosas a manterem suas capacidades funcionais e, mesmo para os indivíduos
sedentários, é possível realizar o PTR com obtenção de bons resultados no ganho de
força (NICHOLS et al. 1995). O treinamento de força pode estimular o aumento da
densidade óssea e reverter a sarcopenia no idoso (TARTARUGA et al. 2005).
Os PTR apresentam benefícios para saúde, sendo capazes de melhorar as
atividades aeróbicas, facilitando estas atividades em mulheres idosas. As atividades de
resistência pesada, realizadas nos programas de treinamento são possíveis e importantes
para o ajuste do exercício aeróbico em mulheres pós-menopausa (MORGAN et al.
1995).
O PTR em pessoas idosas pode aumentar a velocidade e melhorar o desempenho
na caminhada, devido ao ganho de força muscular, apresentando menor dificuldade para
realizá-la. Um PTR de 12 semanas leva estes indivíduos a um aumento significativo na
força muscular e na velocidade da caminhada, independentemente do sexo
(VERFAILLIE et al. 1997). A intervenção de um PTR de 12 semanas, quando os
indivíduos receberam orientações na prática de atividade física e nutricional representou
um aumento significativo da freqüência e da duração da prática das atividades com
intensidades moderadas em mulheres idosas e fisicamente ativas (FERREIRA et al.
2004).
25
Em mulheres idosas, o PTR de 12 semanas leva ao aumento significativo,
progressivo e contínuo na força muscular, obtendo resultados importantes em sua
capacidade funcional para o desempenho de atividades diárias, apresentando efeitos na
função muscular em um período de treinamento relativamente curto (TRANCOSO;
FARINATTI, 2002).
O exercício melhora a capacidade de andar e a força em mulheres idosas e
sedentárias, aumentando a confiança em suas habilidades físicas e diminuindo as quedas
após um período de 6 meses de exercícios. Cada mulher demonstrou ser capaz de se
levantar de uma cadeira sem usar as mãos, tarefa esta impossível de ser realizada no
início do treinamento (SNOW, 1999). A capacidade funcional e a aptidão física em
mulheres entre 60 e 80 anos participantes de um PT e avaliadas a cada seis meses em
um período de um ano se mostraram estáveis de forma geral, com uma melhora
significativa na velocidade de andar e de levantar-se da cadeira, principalmente nos
grupos de 50 a 69 anos de idade (MATSUDO et al. 2003).
No treinamento aeróbico, os músculos desenvolvem habilidades na demanda
metabólica, e neste treinamento, as proteínas metabólicas (enzimas) são as mais
beneficiadas (KIRKENDALL; GARRETT, 1998). O exercício aeróbico com o tempo
de 60 minutos por dia, 3 vezes na semana e com a duração de 12 meses melhora o
equilíbrio, a caminhada e a agilidade de mulheres idosas, diminuindo os riscos de
quedas (SHIGEMATSU et al. 2002).
Em qualquer etapa da vida, a força muscular pode, tanto refletir o estado de
saúde, como predizer a performance para determinadas modalidades esportivas
(SCHNEIDER; RODRIGUES; MEYER, 2002). Na prática desportiva, o desequilíbrio e
a fraqueza muscular são fatores de risco para lesões no esporte e um melhor
26
entendimento da força muscular pode ajudar a prevenir lesões. Para os idosos, o
exercício, provavelmente reduz o número de quedas e de lesões provocadas por quedas,
sendo a cintura, o local de maior risco de lesões nas quedas (OWINGS et al. 1999). A
diferença entre os picos de torque obtidos de um grupo de idosos que não havia sofrido
qualquer queda e um grupo que já havia sofrido queda não apresentou diferença
estatisticamente significativa em relação à musculatura do quadril, entretanto em
relação à articulação do tornozelo foi encontrada diferença significativa (PINHO et al.
2005).
Embora, a maioria dos idosos não apresentam doença de Parkinson, há uma
deteriorização nas funções dos gânglios basais, junto com uma diminuição na função
sensorial, levando estes indivíduos a um alto risco de queda. Os exercícios podem atuar
na prevenção das quedas em pessoas idosas, mesmo sabendo que as fontes de controle
da postura são bastante heterogêneas. As respostas de uma postura inadequada estão
relacionadas ao desequilíbrio ou a falta de controle do sistema postural e, como
resultado, o favorecimento de quedas em pessoas idosas. A intervenção com a prática de
atividade física é sugerida, uma vez que o PTR pode prevenir as quedas com uma
melhora na postura e uma resposta sensorial ao sistema nervoso central. Para um PT ser
bem sucedido na intervenção às quedas são necessárias vontade e compreensão do
assunto, adaptação do meio ambiente onde mora o indivíduo e um PT que tenha como
objetivo a melhora do equilíbrio e o ganho de força muscular (SHUPERT; HORAK,
1999).
A relação entre a estabilidade postural, a força muscular e as quedas, em pessoas
idosas, abre um precedente para a discussão sobre os tipos de quedas, o medo dos
idosos após uma queda e as lesões ocasionadas após uma queda, sendo, a lesão de
27
quadril a mais comum. O relacionamento entre a idade e relatos de mudanças nos
sistemas músculo-esquelético e neuromuscular e o aumento da incidência de quedas
está claro com o processo de envelhecimento. Entretanto, a compreensão da evolução,
intervenção e reabilitação em idosos e, ainda, relatos de processos de doenças que
afetam a mobilidade postural tornam a questão da idade e o relato da atividade física
mais importantes, uma vez que, as quedas estão relacionadas com a estabilidade
postural e a força muscular (MARTIN; GRABINER, 1999).
A alta intensidade nos PTR para pessoas idosas é um fator importante, pois
podem provocar lesões, apesar dos ganhos na força muscular e o aumento na massa
muscular. Os ganhos de força e o aumento na massa muscular são importantes para se
manter a independência do idoso por um período de tempo maior, exercendo pequenos
efeitos sobre a densidade mineral óssea de mulheres idosas (NICHOLS et al. 1995). No
entanto é possível trabalhar em alta intensidade de treinamento de força com idosos,
pois ocorrem ganhos em força, potência muscular e equilíbrio (TARTARUGA et al.
2005).
Um programa de treinamento de alta velocidade, combinado com um programa
de treinamento de caminhada aumenta o pico de força e a velocidade, em pessoas idosas
(EARLES; JUDGE; GUNNARSSON, 2001).
Um PT com o uso do cicloergômetro com intensidade na faixa do limiar
ventilatório 1 (LV-1) em um período de seis meses de treinamento não foi suficiente
para alterações significativas na composição corporal e na taxa metabólica basal (TMB)
de pessoas idosas sedentárias. Entretanto, este programa de treinamento no
cicloergômetro (PTC) proporcionou bons resultados nos sistemas cardiorespiratório e
cardiovascular (ANTUNES et al. 2005).
28
A resposta fisiológica mais básica ao treinamento de força, principalmente para
uma pessoa idosa, é um aumento na força muscular; beneficiando, assim, as atividades
da vida diária, além de manter e melhorar a capacidade aeróbica (FRONTERA et al.
2001 apud TARTARUGA et al. 2005).
Um PTR de 8 semanas, apesar de influenciar e levar o idoso a um maior bem
estar, não apresentam grandes resultados. Já os PTR com mais de 8 semanas apresentam
resultados consideráveis no bem estar de pessoas idosas e mudanças na força muscular,
melhorando o desempenho para a realização das atividades diárias; além de melhorar os
aspectos afetivos e cognitivos dos indivíduos (MIHALKO; McAULEY, 1996).
Tanto homens, como mulheres são capazes de realizar, com sucesso um
Programa de Treinamento de Resistência Progressivo (PTRP). Este programa traz
resultados consideráveis para as pessoas idosas, tais como o aumento da força muscular
e a hipertrofia das fibras musculares do tipo I e do tipo II. Um PTRP traz bons
resultados tanto na força como para as estruturas dos músculos, podendo ser realizado
por pessoas idosas. Este é um programa seguro e diminui os riscos de quedas e fraturas
de quadril, além de ajudar na caminhada e melhorar a estabilidade postural de pessoas
idosas (PYKA et al. 1994).
O PTR de 14 semanas em pessoas idosas não resulta em mudanças nas enzimas
antioxidantes satisfazendo as proteínas (PARISE; BROSE; TARNOPOLSKY, 2005). A
deterioração "normal" da função fisiológica com a idade pode ser atenuada ou revertida
com o treinamento regular aeróbico e de força. Os benefícios da participação em um
programa regular de exercício incluem um melhor perfil dos fatores de risco (HDL-
colesterol mais elevado e menor pressão arterial), mas os efeitos do treinamento podem
demorar a serem percebidos (TARTARUGA et al. 2005). O PTR aumenta a força
29
dinâmica e a área de corte transversal da musculatura e reduz a Pressão Arterial
Sistólica (PAS) e a Pressão Arterial Diastólica (PAD) (McCARTNEY, 1999).
2.2 Dinamômetro
O dinamômetro isocinético é um equipamento eletromecânico computadorizado
que se destina a medir a performance de uma ação muscular na maioria das grandes
articulações do corpo humano (GUARATINI, 1999). O dinamômetro isocinético pode
ser definido, também, como um instrumento eletromecânico com acomodação da
resistência que contém um mecanismo controlador da velocidade e que acelera até uma
velocidade preestabelecida ao ser aplicada qualquer força (McARDLE et al. 1998).
Uma ação muscular isocinética é aquela caracterizada por uma velocidade constante do
movimento e por uma resistência variável que se acomoda à força gerada pelos
músculos em toda a amplitude de movimento (HISLOP; PERRINE, 1967 apud
GUARATINI, 1999). Após esta velocidade ter sido alcançada, o mecanismo de carga
isocinética se acomoda automaticamente de forma a proporcionar uma força contrária às
variações na força gerada pelo músculo, quando o movimento prossegue através da
“curva de força” (McARDLE et al. 1998). Este tipo de ação muscular permite que a
velocidade angular do movimento seja uma constante e que a resistência oferecida pelo
dinamômetro seja uma variável que se adapta à força do indivíduo (GUARATINI,
1999).
Durante a amplitude de movimento, a velocidade angular é uma constante,
podendo atingir de 0
o
a 500
o
/s. As velocidades para os protocolos de teste podem ser
classificadas como: baixas (15
o
a 120
o
/s), médias (270
o
a 450
o
/s) e altas (450
o
a 500
o
/s).
30
Os parâmetros a serem analisados são: a força, a capacidade aeróbica e a fadiga
muscular (GUARATINI, 1999).
A força muscular pode ser definida como o potencial mecânico de um músculo
ou um determinado grupo muscular, podendo apenas ser aferida e nunca diretamente
medida (GUARATINI, 1999).
A articulação que está sendo avaliada pelo dinamômetro terá à velocidade
angular constante, sendo o efeito rotacional definido como a contração da força
muscular de uma articulação. Desta forma, podemos dizer que torque é a expressão da
força rotacional, sendo a fórmula de torque expressa da seguinte maneira:
Torque = Força x Comprimento do Braço da Alavanca (GUARATINI, 1999).
O Quadro 01 demonstra o resultados de torque depois de 5 repetições. Pico de
torque é o torque máximo produzido durante uma contração muscular e é o indicador
mais apropriado da performance máxima de um determinado grupo muscular (PINHO
et al. 2005).
31
Quadro 01. Gráfico de Torque
GRÁFICO DE TORQUE
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
TIME (mSec)
TORQUE (N-M
)
2.3 Flexibilidade
A flexibilidade pode ser definida como a amplitude articular máxima em uma ou
mais articulações (ANDERSON; BURKE, 1991 apud VIVEIROS et al. 2004), ou como
a mobilidade passiva máxima de um dado movimento articular. Esta é uma das
variáveis da aptidão física relacionada à saúde e representa um fator fundamental para o
desempenho do corpo e do movimento (ARAÚJO; ARAÚJO, 2004). A flexibilidade
pode ser definida, também, como um componente importante da aptidão física, podendo
ser definida como a maior amplitude fisiológica de movimento para a execução de um
gesto qualquer (FARINATTI, 2000).
Parece evidente a importância da flexibilidade na maioria das atividades físicas,
uma vez que na prática dos esportes os movimentos são realizados nos extremos da
mobilidade articular. Entretanto, no caso de pessoas idosas a flexibilidade se torna
32
importante para que este tenha um mínimo necessário de mobilidade articular na
realização de atividades diárias. Alguns indivíduos possuem capacidades favoráveis
para uma boa mobilidade articular, enquanto outros desenvolvem boas amplitudes de
movimento em virtude da prática de esporte. As pesquisas mostram que atletas possuem
boa mobilidade articular nos padrões de movimento que são executados com freqüência,
diferentemente de indivíduos que possuem uma boa mobilidade articular no geral. A
flexibilidade elevada, nem sempre será favorável para um melhor desempenho, mas a
pouca mobilidade pode levar a uma queda de performance. Apesar de praticamente ser
unânime a relação entre boa mobilidade e lesão no esporte, as pesquisas a respeito deste
assunto são bastante conflitantes (FARINATTI, 2000).
2.4 Osteoporose e Envelhecimento
A osteoporose, uma doença que acomete pessoas idosas, principalmente as
mulheres, pode ser definida como: a diminuição da massa óssea devido à deterioração
estrutural do tecido ósseo (FRONTERA et al. 2001 apud TARTARUGA et al. 2005);
ou, ainda, como uma doença ósseo sistêmica, caracterizada por uma baixa densidade
óssea e pela deteriorização microestrutural do tecido ósseo. A osteoporose tem se
tornado fator primordial de pesquisas que tratam das lesões ósseas em idosos
(TARTARUGA et al. 2005).
Por volta dos 30 e 35 anos, a massa óssea máxima é atingida e, entre os 40 e 45
anos, esta massa óssea permanece estável. Após esse período, a perda é de 1% ao ano
(FLECK; JUNIOR, 2003 apud TARTARUGA et al. 2005). O osso adapta-se às cargas
físicas e mecânicas impostas a ele, alternando sua massa e sua força (FRONTERA et al.
33
2001 apud TARTARUGA et al. 2005). A intensidade dos estímulos é mais importante
do que a freqüência com que são aplicados, mas a alta intensidade não é o único meio
de se aumentar a massa óssea, porém é mais efetiva do que a baixa intensidade do
treinamento de força (VINCENT; BRAITH, 2002 apud TARTARUGA et al. 2005).
2.5 Índice de Massa Corporal (IMC)
A obesidade pode ser definida como um acúmulo excessivo de gordura corporal
(McARDLE et al. 1998), e está relacionada com problemas de saúde e o Índice de
Massa Corporal (IMC). O IMC é calculado da seguinte forma:
Peso corporal
(estatura)
2
sendo, um parâmetro considerado de grande importância para o diagnóstico de doenças,
e utilizado para a avaliação da obesidade geral (CALICH et al. 2002). O IMC é um
excelente medidor de massa muscular esquelética, tanto em homens quanto em
mulheres (SUCICH; PRESTWOOD; KENNY, 2002).
Sabe-se que a obesidade tem associação direta com o risco de mortalidade,
porém há controvérsias em relação a que valores de sobrepeso ou obesidade
representam um excesso de risco. O excesso de peso e, particularmente, a deposição de
gordura abdominal aumentada foram importantes preditores de morbidade, avaliada
através das hospitalizações (AFONSO; SICHIERI, 2002).
34
2.6 Relação Cintura e Quadril (RCQ)
A obesidade é uma alteração bastante prevalente em muitos países
desenvolvidos e está, freqüentemente, associada com outras doenças, tais como:
diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias e doenças cardiovasculares (CALICH et al.
2002). Para avaliar a distribuição de gordura corpórea, estudos epidemiológicos
utilizam, desde a década de 70, a Relação Cintura e Quadril (RCQ) (MACHADO;
SICHIERI, 2002). A RCQ é calculada da seguinte forma:
Cintura (cm)
Quadril (cm)
A distribuição do tecido adiposo altera os riscos de desenvolver problemas
relacionados à saúde. A RCQ é um importante método para o conhecimento do risco do
desenvolvimento de doenças relacionadas à deposição de gordura na área abdominal
(McARDLE et al. 1998). Estudos prospectivos mostram que a gordura localizada no
abdômen é fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de
cânceres, como o de mama, de ovário e de endométrio (FOLSON et al. 1990 apud
MACHADO; SICHIERI, 2002).
Embora o IMC seja a medida mais utilizada para avaliação da obesidade geral,
na avaliação da obesidade localizada, a RCQ mostrou-se um índice mais preciso
mostrando uma correlação positiva com o futuro aparecimento de doenças (CALICH et
al. 2002).
35
3. Objetivo
O objetivo deste estudo foi analisar as diferenças nas capacidades físicas entre
grupos de indivíduos: treinados e sedentários, através dos testes de flexibilidade, força,
IMC, RCQ e PA.
36
4. Material e Métodos
4.1 Indivíduos
Participaram do grupo de estudo 34 indivíduos, de ambos os sexos, com idade
entre 45 e 75 anos, com peso corporal de 68,8 ± 10,55 kg e altura de 157,7 ± 5,89 cm,
que foram divididos em dois grupos, Sedentários (S) (n=14) e Treinados (T) (n=20). Os
indivíduos pesquisados residem na cidade de São José dos Campos – Estado de São
Paulo – Brasil. Todos os voluntários assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (protocolo n° L200/2005/CEP).
Foi considerado como critério de exclusão qualquer dor e/ou distúrbio no sistema osteo-
mio-articular, não havendo distinção de raça, sexo, credo e situação sócio-econômica.
Os indivíduos do grupo de treinados (T) praticaram vôlei adaptado três vezes na
semana com a duração de duas horas por dia e realizaram um programa de treinamento
de resistência duas vezes na semana com a duração de uma hora por dia, sendo este
protocolo de treinamento praticado durante 24 meses. O grupo de Sedentários (S), eram
indivíduos sedentários por mais de 36 meses.
37
Tabela 01. Parâmetros de Altura (cm) e Peso (kg)
Parâmetros Grupo (T) (n=20) Grupo (S) (n=14)
Altura (cm) 158±5,06 156,7±7,05
Peso (kg) 66,9±10,3 70,2±10,7
Grupo (T) = Grupo treinado; Grupo (S) = Grupo sedentário.
4.2 Métodos de análise
4.2.1 Índice de Massa Corporal (IMC)
Para calcular o IMC dos indivíduos foi utilizada a fórmula abaixo e adotados os
critérios da Organização Mundial de Saúde para classificar os indivíduos (SANTOS,
2003; CALICH et al. 2002). Foi utilizado uma balança e um estadiometro da marca
filizola para pesar e medir cada indivíduo.
IMC= Peso/(altura)
2
Tabela 02. Classificação segundo Organização Mundial da Saúde
Classificação IMC (kg/m
2
)
Baixa Menor de 18,5
Aceitável de 18,5 a 24,9
Excesso de Peso (Nível 1) de 25,0 a 29,9
Excesso de Peso (Nível 2) de 30,0 a 39,9
Excesso de Peso (Nível 3) Maior ou igual a 40,0
IMC = Índice de Massa Corporal
38
4.2.2 Relação Cintura Quadril (RCQ)
Como forma de análise do risco de desenvolvimento de doença coronariana
utilizou-se a RCQ, considerando como pontos de referência para as medidas a última
costela (perímetro da cintura) e a protuberância glútea (perímetro do quadril)
(MACHADO; SICHIERI, 2002; CALICH et al. 2002; AFONSO; SICHIERI, 2002),
conforme mostrado nas figuras 01 e 02.
Figura 01. Perímetro da Cintura
39
Figura 02. Perímetro do Quadril
Quadro 02. Classificação do risco no sexo masculino
RISCO
Sexo Idade (anos) Baixo Moderado Alto Muito Alto
De 20 a 29 <0,83 0,83 a 0,88 0,89 a 0,94 >0,94
De 30 a 39 <0,84 0,84 a 0,91 0,92 a 0,96 >0,96
Masculino De 40 a 49 <0,88 0,88 a 0,95 0,96 a 1,00 >1,00
De 50 a 59 <0,90 0,90 a 0,96 0,97 a 1,02 >1,02
De 60 a 69 <0,91 0,91 a 0,98 0,99 a 1,03 >1,03
Fonte: (BRAY; GRAY, 1988)
40
A classificação do risco de acordo com a faixa etária e sexo de cada indivíduo
está demonstrado nos Quadros 02 e 03. A pressão arterial (PA) foi aferida antes do teste
de força.
Quadro 03. Classificação do risco no sexo feminino
RISCO
Sexo Idade (anos) Baixo Moderado Alto Muito Alto
De 20 a 29 <0,71 0,71 a 0,77 0,78 a 0,82 >0,82
De 30 a 39 <0,72 0,72 a 0,78 0,79 a 0,84 >0,84
Feminino De 40 a 49 <0,73 0,73 a 0,79 0,80 a 0,87 >0,87
De 50 a 59 <0,74 0,74 a 0,81 0,82 a 0,88 >0,88
De 60 a 69 <0,76 0,76 a 0,83 0,84 a 0,90 >0,90
Fonte: (BRAY; GRAY, 1988)
4.2.3 Teste de Flexibilidade
A flexibilidade foi mensurada no banco de Wells e Dillon (dimensões do banco:
40,0cm de comprimento; 35,0cm de largura; 35,0cm de altura, com a régua ou escala
que fica na parte superior do banco medindo 66,0cm; ficando 23,0cm da régua para fora
do banco) (figura 3). Os indivíduos realizaram três repetições do movimento sem
estímulo verbal e foi considerada a maior marca como resultado do teste.
O banco de Wells e Dillon classifica o grau de flexibilidade da musculatura
posterior da coxa por meio do teste conhecido como sentar e alcançar.
41
Figura 03. Banco de Wells e Dillon
Para a realização deste teste, os indivíduos estavam descalços e foram orientados
a sentar e a colocar a planta dos pés sobre o caixote, mantendo os joelhos em extensão
com as mãos posicionadas uma sobre a outra. O indivíduo foi orientado a não realizar
impulsos que conduziam à frente o seu tronco e a elevar os braços estendidos acima da
cabeça ao máximo, estando a cabeça entre os braços como é mostrado na figura 04. O
indivíduo foi orientado a chegar com a flexão do tronco ao máximo ou mais longe
possível com a mão na régua ou escala (acima do banco de Wells e Dillon) (figura 05).
O avaliador realizou a leitura da escala, enquanto o indivíduo permanecia na posição
final de teste por 2 segundos (SANTOS, 2003; FARINATTI et al. 2005).
42
Figura 04. Indivíduo iniciando o teste de Flexibilidade
Figura 05. Indivíduo finalizando o teste de Flexibilidade
43
A classificação, de acordo com a faixa etária de cada indivíduo está demonstrada
na tabela 03.
Tabela 03. Classificação do teste de flexibilidade (cm)
IDADE FRACO REGULAR MÉDIO BOM ÓTIMO
<20 <24,5 25-30 31-35 36-39,5 >40
20-29 <25,0 26-30 31-34 35-38 >39
30-39 <24,0 25-28 29-33,5 34-38,5 >39
40-49 <22,5 22,5-28 29-32,5 33-37,5 >38
50-59 <21,5 22-27 28-32,5 33-37,5 >38
>59 <21,5 22-26,5 26,5-31 31-32,5 >33
Fonte: (WELLS; DILLON, 1952)
4.2.4 Aferição da Pressão Arterial
A pressão arterial foi aferida antes da realização dos testes de flexibilidade e de
força muscular. O indivíduo era posicionado sentado, e permanecia em repouso por 5
minutos antes de ser aferida a pressão.
4.2.5 Teste de força Muscular
Para análise da força muscular dos músculos extensores e flexores do joelho foi
utilizado o dinamômetro isocinético (Modelo- Biodex Multi-Joint System Inc) (figura
06). Os indivíduos foram orientados a executar o movimento de flexão e extensão de
joelho (GUARATINI,1999; MANNION; JAKERMAM; WILAN, 1992). Desta forma,
foi determinado o torque da musculatura do quadríceps e ísquio tibiais, uma vez que o
44
aparelho tem se mostrado eficaz para a avaliação da função muscular dos parâmetros de
torque e ativação muscular (SILVA, 2004).
Figura 06. Dinamômetro Isocinético BIODEX e seus acessórios
Para avaliação, os indivíduos foram posicionados sentados na cadeira do
BIODEX, cujo encosto foi fixado a 85
o
(figura 07). Em seguida procedeu-se à
colocação dos cintos bem ajustados ao nível do tronco, quadril e coxa de modo a
estabilizar estes segmentos corporais e restringir, ao máximo possível, o movimento à
flexão e extensão do joelho (CARVALHO et al. 2003).
45
Figura 07. Indivíduo realizando teste no BIODEX
Os possíveis erros induzidos no torque pela força da gravidade foram corrigidos
com base no peso do membro inferior a 0°/s e calculados pelo próprio “software” do
equipamento. O eixo de rotação do dinamômetro foi alinhado com o epicôndilo femural
e a carga de resistência foi colocada cerca de 2 cm acima do maléolo interno (NEDER
et al. 1999; CARVALHO et al. 2003).
A partir deste procedimento, foi realizado um teste para o indivíduo familiarizar-
se com o equipamento com 3 repetições a 60°/s, e após 5 minutos de repouso foi
realizado o teste. Os indivíduos realizaram 5 repetições a uma velocidade angular de
60
o
/s, com 5 minutos de repouso entre a perna direita e a esquerda. O ponto de partida
para a avaliação da força máxima foi com a perna na posição fletida à 90
o
até à máxima
extensão possível (amplitude de movimento de 30
o
). Durante o teste, os sujeitos foram
verbalmente encorajados para desenvolverem a sua máxima força, não tendo, no
46
entanto, qualquer “feedback” visual (CARVALHO et al. 2003). Caso o voluntário
apresentasse qualquer desconforto, o protocolo seria interrompido.
4.3 Análise Estatística
Os testes de cada indivíduo no BIODEX foram coletados e transportados para o
programa EXCEL para identificar o pico de torque de cada indivíduo. A análise
estatística foi realizada em um programa ORIGIN e utilizou a análise de variância
ANOVA com o p < 0,05 para significância. A análise estatística comparou o grupo
treinado com o sedentário nos testes de flexibilidade, força, IMC. RCQ e PA.
47
5. Resultados
As figuras 8 e 9 mostram os picos de torque obtidos das pernas direita e
esquerda dos indivíduos Sedentários (S) e Treinados (T), em movimentos de extensão.
Pode-se observar que os indivíduos treinados apresentaram picos de torque
relativamente maiores do que os indivíduos sedentários. As curvas de Gauss obtidas
encontram-se deslocadas para a direita, indicando diferenças significativas entre os
grupos treinados (PTPDE 105,4±29,5 e PTPEE 108,8±28,3) e sedentários (PTPDE
74,6±28,4 e PTPEE 84,2±28).
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
SEDENTÁRIO (n=14)
TREINADO (n=20)
N
0
Indivíduos
Torque (N.m)
Figura 8. PTPDE = Pico de torque da perna direita (extensão)
48
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
SEDENTÁRIO (n=14)
TREINADO (n=20)
N
0
Indivíduos
Torque (N.m)
Figura 9. PTPEE = Pico de torque da perna esquerda (extensão)
Os picos de torque para o movimento de flexão também foram maiores nos
indivíduos do grupo Treinado (PTPDF -53,5±14,4 e PTPEF -55,5 ±15,1) em relação aos
indivíduos Sedentários (PTPDF -36±15,7 e PTPEF -40,4±14,3), tanto para a perna
direita, quanto para a esquerda (figuras 10 e 11). Pode-se notar o deslocamento da
curva de Gauss para o grupo Treinado para a esquerda. Este deslocamento para a
esquerda demonstra valores de pico de torque maiores, uma vez que o movimento de
flexão é determinado em valores negativos.
49
-90 -80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
SEDENTÁRIO (n=14)
TREINADO (n=20)
N
0
Indivíduos
Torque (N.m)
Figura 10. PTPDF = Pico de torque da perna direita (flexão)
-100 -80 -60 -40 -20 0
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
SEDENTÁRIO (n=14)
TREINADO (n=20)
N
0
Indivíduos
Torque (N.m)
Figura 11. PTPEF = Pico de torque da perna esquerda (flexão)
50
A tabela 4 resume os valores médios de pico de torque obtidos durante os
movimento de flexão e extensão para as pernas direita e esquerda.
Tabela 4. Parâmetros do pico de torque (N.m)
Parâmetros G (T) (n=20) G (S) (n=14) p = DIF.
PTPDE 105,4±29,5 74,6±28,4 0,00479 DS
PTPEE 108,8±28,3 84,2±28,0 0,01793 DS
PTPDF -53,5±14,4 -36±15,7 0,00205 DS
PTPEF -55,5±15,1 -40,4±14,3 0,00639 DS
Grupo (T) = Grupo treinado; Grupo (S) = Grupo sedentário; PTPDE = Pico de torque da perna direita
(extensão); PTPEE = Pico de torque da perna esquerda (extensão); PTPDF = Pico de torque da perna
direita (flexão); PTPEF = Pico de torque da perna esquerda (flexão); DIF. = Diferença; DS = Diferença
significante (p<0,05).
As medidas de flexibilidade para o grupo de indivíduos Sedentários produziram
uma curva de Gauss entre 10 e 30cm (17,5±5,1 cm), enquanto que para o grupo
Treinado entre 25 e 45cm (24,8±11,8 cm) p<0,05 (figura 12). Assim, pode-se observar
o aumento da flexibilidade para os indivíduos Treinados em relação aos indivíduos
Sedentários.
51
0 102030405060
0
2
4
6
8
10
12
SEDENTÁRIO (n=14)
TREINADO (n=20)
N
0
Indivíduos
cm
Figura 12. Flexibilidade
Ainda, em relação à flexibilidade, a tabela 05 mostra que 79% dos indivíduos
Sedentários podem ser classificados como fracos e 21% como regulares no teste de
flexibilidade, ou seja, nenhum indivíduo do grupo de Sedentários atingiu a classificação
de médio, bom ou excelente no teste. Entretanto, os indivíduos do grupo Treinado
puderam ser classificados em 25% como excelentes, 20% como médios, 10% como
regulares e 45% como Fracos, indicando uma considerável melhora neste parâmetro
com a atividade física.
52
Tabela 5. Classificação dos indivíduos de cada grupo, utilizando o teste de flexibilidade
Classificação Grupo Treinado (n=20) Grupo Sedentário (n=14)
Fraco 45% 79%
Regular 10% 21%
Médio 20% 0%
Bom 0% 0%
Excelente 25% 0%
Os resultados apresentados na tabela 06 mostram que a PAS e a PAD
determinadas em indivíduos Treinados apresentaram diferenças estatisticamente
significativas em relação aos valores encontrados para os indivíduos Sedentários.
Tabela 6. Parâmetros da PAS e PAD (mmHg)
Parâmetros Grupo (T) (n=20) Grupo (S) (n=14) p = DIF.
PÁS 122,7±11,4 132,1±13,2 0,03436 DS
PAD 79,2±7,1 86,4±8,1 0,01046 DS
Grupo (T) = Grupo Treinado; Grupo (S) = Grupo Sedentário; PAS = Pressão Arterial Sistólica; PAD =
Pressão Arterial Diastólica; DIF. = Diferença; DS = Diferença significante.
Os IMCs determinados para o grupo Treinado (28,1±4,3 kg/m²) e o grupo
Sedentário (27,3±4,9 kg/m²) não mostraram diferenças estatisticamente significativas, o
que pode ser observado através da curva de Gauss, que não apresentou deslocamento
(figura 13).
53
15 20 25 30 35 40 45
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
SEDENTÁRIO (n=14)
TREINADO (n=20)
N
0
Indivíduos
IMC (kg/m
2
)
Figura 13. Índice de Massa Corporal
A tabela 7 mostra que nenhum indivíduo estava nas situações limites
(classificação baixa ou com excesso de peso nível 3).
54
Tabela 7. Porcentagem do IMC em cada grupo
Classificação Grupo Treinado (n=20) Grupo Sedentário (n=14)
Baixa 0% 0%
Aceitável 25% 43%
Excesso de Peso Nível 1 45% 21%
Excesso de Peso Nível 2 30% 36%
Excesso de Peso Nível 3 0% 0%
Podemos observar na tabela 8 que, em relação ao risco coronário avaliado por
meio da RCQ, nenhum indivíduo tanto do grupo Treinado, quanto do grupo Sedentário
apresentou baixo risco. Ainda, que o grupo Sedentário não apresentou nenhum
indivíduo com risco alto.
Tabela 8. Risco coronariano de cada grupo calculado pela RCQ
Risco Grupo Treinado (n=20) Grupo Sedentário (n=14)
Baixo 0% 0%
Moderado 25% 36%
Alto 30%
0%
Muito alto 35% 43%
Não Disponível 10% 21%
55
Entretanto, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos,
considerando os valores médios de RCQ para os grupos Treinado (0,87±0,07) e
Sedentário (0,89±0,06) (figura 14).
0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 1,05 1,10
0
1
2
3
4
5
6
7
SEDENTÁRIO (n=14)
TREINADO (n=20)
N
0
Indivíduos
Risco
Figura 14. Relação Cintura e Quadril (RCQ)
56
6. Discussão
O nosso estudo demonstrou um melhor resultado para os testes de força
muscular do membro inferior (extensores e flexores do joelho) em indivíduos Treinados
em relação aos indivíduos Sedentários. Na literatura encontramos um estudo mostrando
que indivíduos treinados apresentam, em testes de força muscular, melhores resultados
do que indivíduos não treinados. Este trabalho comparou a força do músculo quadríceps
e o tempo de reação, em mulheres sedentárias e treinadas com idade entre 57 e 75 anos.
Foi observado que as mulheres que praticavam alguma atividade física apresentavam
uma diferença significativa sobre as que praticavam menos de 30 minutos de atividade
física por dia. Este estudo sugere que o exercício pode contribuir para a prevenção de
problemas em mulheres idosas (LORD; CAPLAN; WARD, 1993).
Em outro estudo, foram avaliados a força do quadríceps e o tempo de reação em
44 indivíduos com idade entre 50 e 75 anos, em um PT de 10 semanas. Após 10
semanas, os avaliados voltaram para a realização de novos testes. Foi observada uma
melhora dos resultados após este período, enquanto que o grupo que não realizou
nenhum PT não obteve melhora nos testes (LORD; CASTELL, 1994).
Os PTR demonstram que os resultados dos pré-testes de indivíduos que não
praticavam nenhuma atividade física (sedentários) ficavam abaixo dos pós-testes, ou
seja, eram observadas melhoras significativas depois da aplicação de PTR. Os
resultados do estudo fornecem evidências de que os indivíduos treinados apresentam um
pico de torque, tanto na extensão, quanto na flexão do joelho acima daquele encontrado
em indivíduos sedentários. Brown et al. (2000) encontraram resultados semelhantes aos
57
nossos após um programa de exercícios leves de 3 meses, em sedentários com idade
média de 83±4 anos. Após a realização dos testes em um dinamômetro isocinético com
velocidade de 60
o
/s foram observadas mudanças na força entre o pré e o pós-teste
obtidos dos indivíduos do grupo treinado. Também foram encontradas diferenças
significativas entre o grupo treinado e o grupo controle (sedentário) (MIHALKO;
McAULEY, 1996).
As mulheres que participaram de um PT apresentaram melhores resultados nos
testes de força de quadríceps quando comparadas às mulheres sedentárias. Este
resultado sugere que o exercício poderia contribuir para a estabilidade, assim, o
exercício desta natureza poderia ajudar na prevenção de problemas em mulheres idosas
(LORD et al. 2003).
O efeito do PTR de curto prazo sobre a força muscular e a morfologia, em
indivíduos idosos foi analisado, e foram observadas pequenas alterações histoquímicas e
bioquímicas, e um aumento significativo do pico de torque e da média da força. Os
fatores neurais podem ser os responsáveis pelo ganho de força observado após o PTR de
curto prazo em pessoas idosas (NEILL et al. 2000). O PTR pesado de 12 semanas
aumenta a velocidade dos sinais neuromuscular nas contrações concêntricas, excentricas
e estáticas. Estas mudanças que ocorre com o PTR pesado de 12 semanas apresentam
uma contribuição significativa na força muscular em indivíduos mais velhos (GODARD
et al. 2001).
O PTR pesado apresenta bons resultados em indivíduos acima de 70 anos. Os
resultados analisados mostraram que houve diferença significativa no aumento da força
após um longo período de um PTR pesado, sendo que a força não foi completamente
perdida, apesar de um intervalo de 6 meses sem treino. O estudo observou, ainda, uma
58
adaptação nos tipos de fibra muscular, não apresentando diferença em relação à
percentagem de aumento de força entre os sexos (LEXELL et al. 1995). Os autores
Fatouros et al. (2005) analisaram um PT de força com intensidade alta e observaram um
ganho da força muscular, potência anaeróbica e capacidade física em velhos adultos. Os
bons resultados do PT de força de alta intensidade mantiveram-se por um período maior
de tempo ao final do treinamento quando comparado com o PT de força com baixa
intensidade.
Alguns pesquisadores questionam o PTR para pessoas idosas com intensidades
altas, relatando que são questionáveis por trazer riscos para a saúde. Entretanto, os PTR
com intensidade baixa ou moderada são mais seguros, mas apresentam pequena
relevância na independência de pessoas idosas, colocando uma dúvida sobre a eficiência
do PTR (BERG; LAPP, 1998). Foi demonstrado em outro estudo que um PTR com
intensidade moderada, sendo realizado duas vezes na semana, aumenta a força muscular
e melhora a capacidade funcional em pessoas idosas. Neste estudo foi observada uma
diferença significativa quando comparados os resultados do pós-teste do grupo que
passou por PTR com os resultados do pós-teste do grupo controle que não realizou
nenhum PTR (NICHOLS et al. 1995). Segundo Carvalho et al. (2004), o PTR de 6
meses é importante para a manutenção e o aumento da força muscular, uma vez que
após analisar pessoas idosas em um PTR de 6 meses foi observada uma diferença
estatisticamente significativa entre o pré-teste e o pós-teste. A análise dos benefícios do
treinamento de força e do treinamento aeróbico, em mulheres com idade entre 61 e 71
anos, mostrou diferenças significativas nos testes de força muscular na flexão e
extensão do joelho, para o grupo submetido a um PT (MORGAN et al. 1995). Nichols
et al. (1995), realizaram um estudo com um PT de alta intensidade sobre a densidade
59
óssea em mulheres com idade acima de 60 anos. Foi observado que um PT de 6 meses
promoveu o aumento da força muscular, a diminuição na massa gorda e o aumento na
massa muscular, não havendo diferença estatisticamente significativa com relação à
densidade óssea. A densidade óssea também foi estudada em outra pesquisa com
pessoas idosas, não sendo observadas diferenças estatisticamente significativas entre a
correlação da força muscular e a densidade óssea (OWINGS; PAVOL; GRABINER,
2002). Em mulheres pós-menopausa, foi observado que um PT de força de 1 ano com
intensidade alta levou ao aumento da força e do equilíbrio, não ocorrendo diferença
estatisticamente significativa na densidade óssea e mineral. Estes resultados indicam
que durante a aceleração de perda muscular pós-menopausa, mulheres podem ter um
aumento significativo da força e da massa muscular com o PTR, sendo de grande
importância para prevenir quedas em mulheres idosas (ROSARIO et al. 2003).
Após um PT aeróbico e de resistência, com duração de 6 meses, foi observado o
aumento da capacidade aeróbica, da força e da massa muscular e, ainda, a diminuição
da massa gorda e da gordura abdominal. Esta diminuição da gordura corporal é
favorável à diminuição dos fatores de risco relacionados aos problemas cardiovasculares
e ao diabetes em pessoas idosas (STEWART et al. 2005). Paw et al. (2006)
demonstraram que após um PT de 6 meses um ganho de performance em pessoas idosas
foi observado. Os resultados obtidos após um PTR de 6 meses em pessoas idosas
mostraram um aumento da força muscular em indivíduos obesos e não obesos, sendo
que o grupo não obeso apresentou um maior aumento da força (VINCENT; BRAITH;
VINCENT, 2006).
60
O estudo da relação entre a força muscular e as atividades da vida diária mostrou
um aumento da força muscular e uma melhora do desempenho nas atividades da vida
diária quando comparados o pré e o pós-teste após a aplicação de um PTR de 10
semanas. Quando comparados os pós-testes dos indivíduos do grupo submetido ao PTR
e do grupo controle (sedentário) foram observados melhores resultados em relação à
força muscular para o grupo que realizou o PTR (MIHALKO; McAULEY, 1996). O PT
de força do extensor do joelho com intensidade baixa e duração de 10 semanas pode
contribuir para o aumento da força e da capacidade funcional em pessoas idosas, pois
foi observado o aumento significativo da força na musculatura do extensor do joelho em
um grupo de indivíduos treinados (WESTHOFF; STEMMERIK; BOSHUIZEN, 2000).
Lamoureux et al. (2003) relataram um ganho significativo da força na
musculatura dos extensores do joelho em indivíduos do grupo treinado em relação ao
grupo controle (sedentário). Este estudo demonstrou que o improviso da força é um
efeito estratégico para a locomoção, diminuindo os riscos de quedas em indivíduos mais
velhos.
Haykowsky et al. (2000) mostraram que o PTR de 16 semanas promoveu um
aumento significativo em relação à força máxima em indivíduos treinados, observando
diferenças estatisticamente significativas entre o pré e o pós-teste do grupo treinado.
O aumento da força em um PTR de 6 semanas está relacionado à rápida
adaptação neuromuscular, com possíveis mudanças neurais. O PTR de 6 semanas
promoveu um aumento de 33% da força muscular (KNIGHT; KAMEN, 2001).
61
Após um PTR de 24 semanas também foram demonstradas alterações na força,
sendo observado um aumento de 35% da força muscular em pessoas idosas. Foram
observadas diferenças estatisticamente significativas entre o pré e o pós-teste e, ainda,
entre o grupo controle (sedentário) e o grupo submetido o PTR de 24 semanas
(LAMOUREUX et al. 2003).
Um PTR de 1 hora/dia durante 16 semanas aumentou a força do músculo
extensor do joelho em 40% e do músculo flexor em 19%. Há uma redução da pressão
cardiovascular que indica que PTR pode reduzir a pressão cardiovascular durante as
tarefas do cotidiano em mulheres velhas saudáveis (PARKER et al. 1996).
Foi observado que em idosos um PT de emagrecimento com intensidade
moderada e alta, realizado 3 dias na semana durante 12 semanas promoveu um aumento
da força. Também foram observadas alterações da qualidade da cadeia pesada de
miosina e na expressão da isoforma do RNAm em idosos. Não foram observadas
alterações no grupo controle (indivíduos sedentários) (WILLOUGHBY; PELSUE,
1998).
Um aumento significativo da cadeia de miosina do tipo I e uma diminuição da
cadeia de miosina do tipo II foram observados. Não houve diferença estatisticamente
significativa entre o grupo com intensidade alta quando comparado com o grupo com
intensidade moderada. Entretanto diferenças estatisticamente significativas foram
encontradas entre o grupo controle (sedentário) e os grupos com intensidade alta e
moderada, com aumento da força e da expressão da cadeia de miosina do tipo I e na
isoforma do RNAm (WILLOUGHBY; PELSUE, 1998).
62
O treinamento de hidroginástica demonstrou que no início do treinamento os
resultados dos testes não apresentavam diferenças significativas entre os dois grupos
(sedentários e treinados). Entretanto, após o treinamento foi observada melhora
significativa em todos os testes de aptidão física em relação ao grupo controle
(sedentário). Estes resultados demonstram a importância da prática de exercícios físicos,
como a hidroginástica, sobre a manutenção e a melhoria da aptidão física e mulheres
idosas que levam a vida sem exercício físico regular. Os testes de flexibilidade
apresentaram diferenças significativas após três meses de hidroginástica (ALVES et al.
2004).
Farinatti et al. (2005) relataram que após um programa de treinamento aeróbico
(PTA) e de flexibilidade, os indivíduos do grupo treinado apresentaram diminuição do
peso e da % de gordura, enquanto que os indivíduos do grupo controle (sedentário)
apresentaram um aumento do peso e da % de gordura. Foram observadas diferenças
significativas entre os grupos para os testes de flexibilidade, RCQ, % de gordura e PA.
O nosso estudo apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os
grupos quanto a PAS e a PAD, não havendo diferença estatisticamente significativa na
RCQ. A hipertensão arterial parece ser um fator importante para a associação com as
hospitalizações. A freqüência de hospitalizações também está relacionada com a RCQ
inadequada e com o aumento do IMC (AFONSO; SICHIERI, 2002).
Segundo Grant et al. (2004), um PT de 12 semanas (20’ minutos aeróbicos +
5‘treinamento de força + 5’ treinamento de flexibilidade) em mulheres obesas com
idade média de 63±4 anos mostrou diferenças estatisticamente significativas na PAS e
na PAD entre os grupos treinado controle (sedentário). Foi observada, ainda, uma
melhora da performance das variáveis fisiológicas. Um outro estudo demonstrou que
63
após um PTR de 16 semanas a PAS apresentou uma diminuição, voltando para o nível
considerado normal, sendo que a PAD se manteve constante (HAYKOWSKY et al.
2000).
Fleck e Dean (1987) relataram em sua pesquisa que um PTR de 2 horas/dia, 6
dias na semana, de 2 a 8 anos desenvolveu redução significativa na P.A. O PTR de 16
semanas não apresentou diferença no IMC entre o pré e o pós-teste e não apresentou
mudanças na freqüência cardíaca e no VO
2máx
(PARKER et al. 1996).
Para os autores Thompson et al. (1999) durante o exercício concêntrico e
excêntrico ocorre um aumento significativo da freqüência cardíaca (FC) e da PA média,
estas mudanças são decorrentes das adaptações do organismo ao exercício. No estudo
de Kelley (1997), o exercício de resistência dinâmica promoveu uma diminuição
significativa na PAS, PAD e FC em repouso, entretanto não houve diferença no IMC
entre os grupos.
O nosso estudo não apresentou diferença estatisticamente significativa entre os
dois grupos nos resultados do IMC. Na literatura encontramos um trabalho em que o
autor depois de aplicar PT de 12 semanas em indivíduos com idade entre 22 e 54 anos
apresentou um resultado semelhante ao nosso, ou seja, o IMC não apresentou diferença
estatisticamente significativa entre o pré-teste e o pós-teste. Este resultado já era
esperado, uma vez que o trabalho não visava a diminuição da massa gorda, mas sim um
aumento da potência muscular (BRASIL et al. 2001). Também foi demonstrado que um
PT aeróbico de 45 minutos, três vezes na semana, durante 10 meses não promoveu
diferenças estatisticamente significativas em relação ao IMC. Também não foram
encontradas diferenças após um PTR e PT flexibilidade, entre os grupos no pré-teste
quando comparado ao pós-teste (KOHUT et al., 2006).
64
Stewart et al. (2005) analisaram os efeitos de um PT aeróbico e de resistência de
6 meses em pessoas idosas, encontrando resultados diferentes do nosso estudo, uma vez
que foi observada diferença estatisticamente significativa com a diminuição da gordura
abdominal.
No nosso estudo foi observada uma diferença estatisticamente significativa entre
os indivíduos treinados e os indivíduos sedentários, quanto à flexibilidade. Este
resultado está de acordo com a literatura, que demonstra um aumento significativo da
flexibilidade em indivíduos treinados.
A flexibilidade do tronco, que foi analisada no estudo pela realização do teste de
sentar e alcançar, mostrou nos três grupos de idade analisados resultados com aumento
de 6% a 15% na flexibilidade. Apesar de ser, o teste, amplamente utilizado na área das
ciências do esporte, não existe muita informação disponível sobre a evolução desta
variável com a idade em indivíduos fisicamente ativos (MATSUDO et al. 2003).
No período de um pré-treinamento, analisando diferentes articulações em
indivíduos que realizavam um PTR em um período de 10 semanas foi observado que o
PTR contribuiu para a preservação e a melhoria da flexibilidade, exercendo no decorrer
da vida um importante papel na saúde (CYRINO et al. 2004).
Barbosa et al. (2002) demonstraram que um PTR de 10 semanas em mulheres
idosas (62 a 73 anos) promoveu um aumento significativo na flexibilidade, com
melhora do seu condicionamento físico. Neste estudo foi observado um aumento
significativo da flexibilidade entre o pré e o pós-teste, não sendo observada diferença
estatisticamente significativa, entre o pré e o pós-teste do grupo controle.
65
O aumento da flexibilidade também foi observado após um estudo de 3, 6 e 10
semanas de treinamento, sendo encontrada diferença estatisticamente significativa da
flexibilidade entre o pré e o pós-teste. Não ocorreu diferença estatisticamente
significativa entre os três grupos pesquisados (BONNAR; DEIVERT; GOULD, 2004).
O PTR analisado com intensidade moderada de 6 semanas demonstrou diferença
estatisticamente significativa no teste de sentar e alcançar, em indivíduos mais velhos
(CAVANI et al. 2002).
66
7. Conclusão
A partir do proposto como objetivo deste trabalho, da literatura consultada e das
variáveis analisadas neste estudo podemos apresentar a conclusão de nosso estudo.
Os dados analisados do IMC não mostraram diferenças significativas entre os
grupos, o mesmo ocorrendo com a RCQ. Portanto o PTR e o vôlei adaptado para
indivíduos mais velhos não apresentou mudanças significativas nos resultados do IMC e
RCQ.
O PTR e o vôlei adaptado pode contribuir no controle da PAS e PAD, uma vez
que os grupos estudados apresentaram diferenças estatisticamente significativas, sendo
o grupo treinado com melhores resultados quando comparados ao grupo sedentário.
No que se refere à força muscular, analisada através do pico de torque na
extensão e flexão do joelho, o grupo treinado apresentou melhores resultados quando
comparado com o grupo sedentário. A flexibilidade do grupo treinado também foi
melhor que para o grupo sedentário, portanto podemos relatar que o PTR e o vôlei
adaptado em nosso estudo promoveu diferença significativa entre os dois grupos. A
flexibilidade e a força muscular dos extensores e flexores do joelho parecem ser de
grande importância para a realização das atividades da vida diária e independência,
estando relacionada à diminuição de quedas com o envelhecimento.
Assim, de uma forma geral, o presente estudo demonstrou que as capacidades
físicas, tais como, a força e a flexibilidade são de grande importância para a saúde, uma
vez que pode ajudar a evitar patologias. Foi observado que estes parâmetros
apresentaram melhores resultados no grupo treinado quando comparado com o grupo
67
sedentário. Por fim, podemos concluir que a atividade física em indivíduos com idade
entre 45 e 75 anos se mostra de grande importância para a manutenção das capacidades
físicas e da qualidade de vida, sendo que estes indivíduos que praticam um PTR e o
vôlei adaptado podem manter ou melhorar a sua força muscular e a sua flexibilidade.
68
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77
Anexo A
78
Anexo B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Titulo da pesquisa: Verificação das capacidades físicas em indivíduos mais
velhos Sedentários e Treinados.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar as diferenças entre dois
grupos de indivíduos com faixa etária entre 45 e 75 anos, um grupo de indivíduos
treinados e o outro sedentário em teste de flexibilidade, teste de força, IMC e RCQ.
Procedimentos: os experimentos que serão conduzidos são os testes de
flexibilidade, IMC, RCQ e de força. Os indivíduos serão pesados, medidos (altura e
perímetros). O teste de flexibilidade será realizado no Banco de Wells e Dillon com a
realização da flexão do tronco.Para a realização do teste de força muscular do membro
inferior será utilizado o aparelho Dinamômetro Isocinético Modelo Biodex, para
determinação dos parâmetros: análise do torque e análise específica da força muscular
deste grupo muscular (quadríceps). Para análise será considerado o movimento de
flexão e extensão do joelho.
Informações: os indivíduos participantes terão a garantia do esclarecimento de
eventuais dúvidas quanto aos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos
relacionados à pesquisa. Os pesquisadores assumem o compromisso de oferecer
informações atualizadas obtidas durante a pesquisa, quando solicitado, ainda que este
fato possa afetar a vontade em continuar participando do estudo.
Retirada do consentimento: é garantida a liberdade da retirada de seu
consentimento a qualquer momento, deixando de participar deste estudo, sem qualquer
prejuízo, em hipótese alguma.
79
Aspecto legal: elaborado de acordo com as diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, atendendo à Resolução
196/96 de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde – Brasília – DF.
Garantia de sigilo: a identidade dos participantes e todas as pessoas a ela
relacionadas serão preservadas, e os dados obtidos neste estudo serão utilizados
somente para fins científicos, não haverá, portanto, qualquer uso comercial dos mesmos.
Telefone do pesquisador para contato: Alexandre de Souza e Silva 3936-
1479/ 39471168
Consentimento pós-informação:
Eu, ..........................................................................................................................,
após leitura e compreensão desse termo de consentimento, entendo que a minha
participação é voluntária, e que posso sair a qualquer momento desta pesquisa, sem
prejuízo algum. Confirmo que recebi cópia deste termo de consentimento livre e
esclarecido, e autorizo e colaboro com a execução da pesquisa e divulgação dos dados
obtidos neste estudo no meio científico.
OBS.: Não assine este termo se ainda houver alguma dúvida a respeito.
São José dos Campos, ............. de .................................... de 2005.
Nome do voluntário:
.................................................................................................................................
80
Telefone para contato:
.................................................................................................................................
Assinatura:
.................................................................................................................................
RG.:..........................................................................................................................
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