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fração principal da limitação total da fotossíntese (CHAVES, 1991). Ajustes internos não
estomáticos, porém, em diferentes níveis, têm sido observados, incluindo redução da
atividade de enzimas do ciclo de Calvin e Benson (KICHEVA et al., 1994), inibição do
transporte de fotoassimilados (MASOJIDEK et al., 1991) e alterações do estoque de
carboidratos nas células (QUICK et al., 1992).
A condutância estomática pode ser entendida como mecanismo
fisiológico que as plantas terrestres vasculares possuem para o controle da transpiração
(JARVIS & McNAUGHTON, 1986). Segundo Lima (1993), a epiderme das folhas
encontra-se normalmente envolvida por uma cutícula relativamente impermeável, tanto ao
vapor d'água quanto ao gás carbônico, mas contém grande quantidade de estômatos, cuja
resposta, mediante a regulação da condutância estomática, controla a transpiração da folha
e é influenciada por: luz, concentração de gás carbônico atmosférico, umidade e temperatura.
Para Ludlow (1980), a condutância estomática é proporcional à transpiração, à fotossíntese
líquida e ao potencial da água na folha.
O funcionamento dos estômatos constitui um comportamento
fisiológico. Quando abertos, permitem a assimilação de gás carbônico e, fechando-se,
conservam água e reduzem o risco de desidratação (TENHUNEN et al., 1987). Segundo
Barlow (1983), pela regulação da demanda transpirativa das folhas, a condutância
estomática influenciará diretamente o potencial de água da planta. Dessa forma, o potencial
de água das folhas, por sua vez, também influencia a condutância estomática,
particularmente durante as condições de deficiência hídrica. Entre os fatores ambientais, a
luz, a umidade do ar, a concentração de gás carbônico, o potencial de água da folha e a
temperatura influem, significativamente, na condutância estomática (SCHULZE et al.,
1987, TENHUNEN et al., 1987).
Khera & Sandhu (1986) avaliaram a temperatura da copa de cana-
de-açúcar, num clima seco e quente do norte da Índia, para estabelecer índices de estresse
hídrico. Durante o período mais quente de dias sem nuvens, a temperatura da cultura não-
estressada foi de 2 a 7
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C menor do que a estressada. Tanto a temperatura da cultura não-
estressada quanto da estressada permaneceu de 1 a 12
0
C abaixo da temperatura ambiental.