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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE MEDICINA
Estudo da associação dos polimorfismos da ECA
e do AGT e fenótipos de risco cardiovascular em
amostra feminina de Ouro Preto
RAIMUNDO MARQUES DO NASCIMENTO NETO
São Paulo
2007
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Raimundo Marques do Nascimento Neto
Estudo da associação dos polimorfismos da ECA
e do AGT e fenótipos de risco cardiovascular em
amostra feminina de Ouro Preto
Tese apresentado à Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
para obtenção do título de Doutor em
Cardiologia.
Área de concentração: Cardiologia
Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Kreiger
São Paulo
2007
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RESUMO
Nascimento Neto, RM. Estudo da associação dos polimorfismos da ECA e
do AGT e fenótipos de risco cardiovascular em amostra feminina de Ouro
Preto. [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São
Paulo; 2007.
Estudamos a amostra das ouropretanas com prevalência de hipertensão
arterial de (52,7%). O objetivo foi descrever os fenótipos sistólico, diastólico
e pressão de pulso e correlacionar as variantes genética da ECA e AGT. Os
dados sugerem que a prevalência de hipertensão entre elas estão
associadas a idade, classe social, escolaridade, hiperglicemia, circunferência
da cintura abdominal, e perfil lipídico. O alelo T foi significante com glicemia
{p < 0,02 (OR = 2,2)} e cor preta {p < 0,002 (OR = 2,7)} o alelo D com idade
{p < 0,01 (OR = 2,2)} e HDL {p < 0,0007 (OR= 1,5)}. O genótipo DD com a
idade {p < 0,03 (OR = 0,7)} e HDL {p < 0,008 (OR = 2,0)}. A influência das
variantes genéticas da ECA e do AGT tiveram pouco efeito sobre os
fenótipos de pressão arterial, mas influenciaram os níveis de colesterol HDL
e a glicemia, respectivamente.
ABSTRACT
Nascimento Neto, RM. Study of the associations of the ECA and AGT
polymorphism and Cardiovascular Risk Phenotypes in a Female Sampling in
Ouro Preto. [Thesis]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de
São Paulo; 2007.
We studied the sample of women from Ouro Preto with a prevalence of
arterial hypertension of (52,7%). The objective was to describe systolic,
diastolic and pulse pressure phenotypes and correlate the ECA and AGT
genetic variants. The data suggests that the prevalence of hypertension
among them is related to age, social class, schooling, hyperglycemia,
abdominal and lipidic profile. The T allele showed significance with glycemia
{p < 0.02 (OR = 2.2) and color black {p < 0.002 (OR = 2.7)}. The D allele with
age {p < 0.01 (OR = 2.2)} and HDL {p < 0.0007 (OR=1.5)}. The DD genotype
with age {p < 0.03 (OR = 0.7)} and HDL {p<O.008 (OR = 2.0)}. Influence of
the ECA and AGT genetic variants had little effect on arterial pressure
phenotypes, but influenced the levels of HDL cholesterol and the
hyperglycemia respectively.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
% CC + percentual de risco da cintura abdominal
% percentual
maior ou igual
< menor
> maior
menor ou igual
AGT angiotensionogênio
ANEP Associação Nacional de Empresas de Pesquisa
AT1 Receptor da angiotensina 1
AT2 Receptor da angiotensina 2
CC circunferência da cintura abdominal
cm centímetros
CT colesterol total
DATASUS Banco de Dados do Sistema Único de Saúde
DCV doença cardiovascular
DCEV doença cerebrovascular
DD polimorfismo da enzima conversora da angiotensina (deleção-
deleção)
DNA deoxyribonucleic acid (ácido desoxirribonucléico)
ECA enzima conversora da angiotensina
ECTIM Estudos de casos-controle de IAM
EUA Estado Unidos da América
FGF crescimento dos fibrobastos
FR fator de risco
FRCV fator de risco cardiovascular
HA hipertensão arterial
HAE hipertensão arterial essencial
HAS hipertensão arterial sistêmica
HDL lipoproteínas de alta densidade
HDL-c lipoproteínas de alta densidade - colesterol
HVE hipertrofia ventricular esquerda
I/D inserção/deleção
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IC intervalo de confiança
IMC índice de massa corporal
kg/m
2
quilômetro por metro quadrado.
LDL Low Density Lipoproteins (lipoproteínas de baixa densidade)
m metro
M/T metionina treonina
M235T metionina treonina
mg/dl miligrama por decilitro
Min minutos
mmHg milímetro de mercúrio
mPAD pressão arterial diastólica média
mPAS pressão arterial sistólica média
mPP média da pressão de pulso
NO óxido nítrico
PDGF fator de crescimento derivado das plaquetas
PGI2 prostacilinas
PTCA percutaneous transluminal coronary angioplasty (angioplastia
coronariana transluminal percutânea)
t-pa ativador do plasminogênio tissular
OD Odds ratio
OP Ouro Preto
p significância estatística
PAD pressão arterial diastólica
PAS pressão arterial sistólica
PCR Polymerase Chain Reaction (reação em cadeia)
PP pressão de pulso
r coeficiente de correlação simples
RNA ribonucleic acid (ácido ribonucleico)
SPSS Statistical Package for the Social Sciences (pacote estatístico
para as ciências sociais)
SRA sistema renina-angiotensina
UNESCO United Nations Education Science and Culture Organization
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura)
VII JNC VII Joint National Committee on Prevention, Detection,
Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure
VLDL very low density lipoproteins (lipoproteínas de muito baixa
densidade)
γ-GT gama-glutamiltransferase
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Características demográficas socioeconômicas
análises clínicas e antropométricas da amostra
feminina projeto corações de Ouro Preto (MG)..................107
Tabela 2 - Características do fenótipo sistólico. ..................................108
Tabela 3 - Características do fenótipo diastólico. ................................109
Tabela 4 - Características do fenótipo pressão de pulso.....................110
Tabela 5 - Distribuição dos fenótipos da pressão arterial nas
faixas etárias. .....................................................................111
Tabela 6-A - Distribuição dos alelos do AGT e da ECA na amostra. ......112
Tabela 6-B - Distribuição dos polimorfismo do AGT e da ECA na
amostra...............................................................................112
Tabela 7-A - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e do alelo (I e
D) do alelo da ECA nos fenótipos faixa etária. ...................112
Tabela 7-B - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e do alelo (I e
D) do alelo da ECA nos fenótipos cor de pele....................113
Tabela 8-A - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (I e D) da
ECA entre os fenótipos colesterol total...............................113
Tabela 8-B - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (I e D) da
ECA entre os fenótipos LDL colesterol...............................114
Tabela 8-C - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (I e D) da
ECA entre os fenótipos HDL-colesterol. .............................114
Tabela 8-D - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (I e D) da
ECA entre os fenótipos triglicérides....................................114
Tabela 9-A - Distribuição dos alelos (T e M) do AGT entre os
fenótipos de índice de massa corporal. ..............................115
Tabela 9-B - Distribuição dos alelos (T e M) do AGT entre os
fenótipos de circunferência da cintura abdominal...............115
Tabela 9-C - Distribuição dos alelos (T e M) do AGT entre os
fenótipos de hiperglicemia..................................................115
Tabela 10 - Distribuição os polimorfismos do AGT e da ECA entre
as faixas etárias..................................................................116
Tabela 11 - Distribuição dos fenótipos sistólico, diastólico e
pressão de pulso nos os polimorfismos do AGT e da
ECA. ...................................................................................116
Tabela 12-A - Distribuição dos fenótipos circunferência da cintura
abdominal e os polimorfismos do AGT e da ECA...............117
Tabela 12-B - Distribuição dos fenótipos da circunferência da cintura
abdominal nos polimorfismos do AGT (MM x MT +TT)
e da ECA (II x DI + DD). .....................................................117
Tabela 13-A - Distribuição dos fenótipos da glicemia e os
polimorfismos do AGT e da ECA........................................117
Tabela 13-B - Distribuição dos fenótipos da glicemia Nos
polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e da ECA (II x
DI + DD). ............................................................................118
Tabela 14-A - Distribuição dos fenótipos do triglicérides nos
polimorfismos do AGT e da ECA........................................118
Tabela 14-B - Distribuição dos fenótipos do triglicérides Nos
polimorfismos do AGT (MM X MT +TT) e da ECA (II x
DI + DD). ............................................................................119
Tabela 15-A - Distribuição dos fenótipos colesterol total e os
polimorfismos do AGT e da ECA........................................119
Tabela 15-B - Distribuição dos fenótipos colesterol total nos
polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e da ECA (II x
DI + DD). ............................................................................120
Tabela 16-A - Distribuição dos fenótipos LDL colesterol os
polimorfismos do AGT e da ECA........................................120
Tabela 16-B - Distribuição dos fenótipos do LDL colesterol nos
polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e da ECA (II x
DI + DD). ............................................................................121
Tabela 17-A - Distribuição dos fenótipos HDL-colesterol os
polimorfismos do AGT e da ECA........................................121
Tabela 17-B - Distribuição dos fenótipos HDL-Colesterol nos
polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e da ECA (II x
DI + DD) .............................................................................121
Tabela 18 - Comparativa entre os dados da população feminina de
Salvador (BA) e de Ouro Preto (MG)..................................122
Tabela 19 - Características demográficas socioeconômicas
análises clínicas e antropométricas da amostra
feminina projeto corações de Ouro Preto. ..........................123
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................3
ABSTRACT .............................................................................................................4
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .................................................................5
LISTA DE TABELAS...............................................................................................8
SUMÁRIO..............................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................13
1.1 Importância clínica e epidemiológica dos fenótipos da pressão
arterial, dos fenótipos antropométricos e metabólicos..............................16
1.2 Importância epidemiológica das doenças cardiovasculares na
população feminina brasileira e mundial ..................................................19
1.3 Importância do risco nutricional e antropométrico na população
feminina urbana de Ouro Preto ................................................................22
1.4 Importância do conhecimento fisiopatológico do sistema renina
angiotensina nos fenótipos da pressão arterial e metabólicos .................25
1.5 A prevalência dos alelos D/I da enzima conversora da angiotensina
(ECA) e seus polimorfismos, dos grupos populacionais que
compuseram a população de Ouro Preto.................................................29
1.6 Correlações entre os alelos e polimorfismos da ECA e do AGT com
os fenótipos da pressão arterial e metabólicos ........................................31
2 OBJETIVOS.............................................................................................38
3 JUSTIFICATIVAS DO ESTUDO ..............................................................39
4 MÉTODOS ...............................................................................................41
4.1 Área de estudo .........................................................................................41
4.2 Desenho do estudo ..................................................................................41
4.3 Cálculo da amostra...................................................................................43
4.4 Questionários ...........................................................................................43
4.5 Aferição da pressão arterial......................................................................44
4.5.1 Recomendações sobre o procedimento de medida da pressão
arterial .................................................................................................45
4.5.2 Procedimento de medida da pressão arterial......................................45
4.6 Medidas antropométricas e coleta de material biológico..........................47
4.7 Técnica de extração do DNA....................................................................48
4.8 Definição de exposição ............................................................................49
4.9 Critérios para estabelecimento dos fenótipos estudados .........................50
4.10 Processamento e análise dos dados........................................................51
5 RESULTADOS.........................................................................................53
6 DISCUSSÃO ............................................................................................68
6.1 A etnia e a genética..................................................................................72
6.2 Obesidade ................................................................................................75
6.3 Escolaridade.............................................................................................76
6.4 Polimorfismo do angiotensinogênio..........................................................77
6.5 Polimorfismo da ECA ...............................................................................85
6.6 Percentuais dos genótipos entre as raças................................................86
7 SUMÁRIO E CONCLUSÃO .....................................................................95
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................96
ANEXOS..............................................................................................................107
APÊNDICE I - Tabelas........................................................................................123
APÊNDICE II - Projeto “Corações de Ouro Preto” ..........................................132
APÊNDICE III - Pesquisa ...................................................................................155
13
1 INTRODUÇÃO
Este estudo descreve a associação dos alelos e os polimorfismos
da enzima conversora da angiotensina e do angiotensinogênio, com os
fenótipos de risco cardiovascular, na amostra feminina participantes do
projeto “Corações de Ouro Preto”. O principal objetivo desse projeto foi
descrever a prevalência dos principais fatores de risco cardiovascular na
população da cidade de Ouro Preto. Os objetivos secundários, os métodos e
os resultados do projeto estão descritos na referência 27.
A importância do problema é justificada por inúmeras publicações,
entre elas, a da Organização Mundial da Saúde de 2003, na qual se relata
que, do total de mortes de 56 milhões ocorridas no mundo, 47% ou 16
milhões resultaram de etiologia cardiovascular.
1
No Brasil a estimativa do número de portadores de hipertensão
arterial e diabetes é de 23 milhões. As doenças circulatórias são
responsáveis por impacto expressivo na mortalidade da população brasileira,
correspondendo a 32% dos óbitos em 2002, percentual equivalente a
267.496 mortes.
2
A importância social das doenças cardiovasculares é corroborada
pelo fato de elas representarem a principal causa de aposentadorias, além
de ser o segundo motivador de internações e o principal gerador de gastos
com essas internações.
3
14
O ritmo de crescimento das doenças cardiovasculares é bem maior
nas economias em desenvolvimento do que nos países do primeiro mundo.
Estima-se que, em 2020, haverá um aumento de 130% na incidência de
cardiopatia isquêmica e 110% de doença cerebrovascular.
1
Essas taxas tendem a aumentar nos próximos anos, não só pelo
crescimento e envelhecimento da população, mas, sobretudo, pela
persistência de hábitos inadequados de alimentação, tabagismo e atividade
física.
1,3
A acelerada urbanização promove a maciça transferência de grande
número de pessoas das áreas rurais para as cidades, em busca de melhores
condições de vida, o que faz disseminar um estilo de vida sedentário, aliado
à globalização do padrão alimentar. A doença da urbanização, cujo conceito
a relaciona com as doenças cardiovasculares, no Brasil, talvez tenha surgido
em Minas Gerais na era colonial.
4,18
A urbanização que floresceu nas cidades mineiras no século XVIII,
tem Ouro Preto como seu exemplo maior. Essa urbanização, que foi
marcada pela precocidade e intensidade da concentração de pessoas,
merece atenção especial por estar na base da urbanidade brasileira.
4,5,18,19,36
A antropologia da alimentação no Brasil tem como referencial as
informações contidas nas obras de Gilberto Freyre. Em Casa Grande &
Senzala, Freyre, o sociólogo pernambucano, mostrou como a mistura de
raças – a branca, a negra e a indígena – contribuiu para a formação dos
hábitos da família brasileira.
6,36
15
O padrão alimentar dos escravos e da população de Ouro Preto era
constituído, fundamentalmente, de ingredientes nos quais o sal e a gordura
saturada compunham parte fundamental, e eram usados para a conservação
e acondicionamento dos alimentos devido à escassez dos produtos. Esse
comportamento alimentar produzia uma dieta hipercalórica.
6
A topografia, os aspectos geológicos da região de Ouro Preto e os
interesses econômicos da época da fundação da cidade não estimulavam o
desenvolvimento de uma agricultura que possibilitasse diversificação dos
hábitos alimentares. O padrão cultural europeu associou ao comportamento
dos escravos a ingestão de bebida alcoólica e o tabagismo. O hábito
alimentar da atual população de Ouro Preto (MG) conserva, em grande
parte, as características coloniais.
6,7
A nutricionista Rosemeire Bertolini Lorime, em sua tese de
doutorado, aborda a formação do homo brasiliensis sob um aspecto peculiar
– a alimentação. Através desse estudo das raças e culturas que se
entrecruzaram no país, dos séculos XVI ao XVIII, a tese descreve as
práticas alimentares do Brasil colonial, das quais algumas parecem perdurar
até hoje.
7
No anexo II encontra-se o relato mais detalhado sobre a
antropologia urbanística e alimentar do período da fundação da cidade de
Ouro Preto.
16
1.1 Importância clínica e epidemiológica dos fenótipos da
pressão arterial, dos fenótipos antropométricos e
metabólicos
A pressão arterial é um dos fenótipos de risco para doença
cardiovascular. Este fenótipo é a resultante do impacto das influências
ambientais sobre a expressão de certos genes. A expressão gênica ocorre
em nível subcelular e é progressivamente modificada sob outras influências,
condicionadas pelo ambiente e/ou outros genes, em células, tecidos, órgãos
e finalmente no organismo todo.
8,9,20
A hipertensão arterial é uma doença crônico-degenerativa de
natureza multifatorial. Na grande maioria dos casos é assintomática.
Compromete fundamentalmente o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores e
vasoconstrictores, que mantêm o tônus vasomotor, levando a redução da luz
dos vasos e a danos aos órgãos por eles irrigados.
9,20
A hipertensão também pode ser conceituada como uma doença
poligênica, que resulta de anormalidades dos mecanismos de controle da
pressão arterial. Um grande número de substâncias biologicamente ativas,
pode interagir com diferentes sistemas fisiológicos, de maneira complexa e
com redundância para garantir a homeostasia cardiovascular.
9,20
As relações de risco da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica
(PAD) são consideradas contínuas, graduais, fortes e independentes de
outros fatores de risco. Entretanto, as medidas da PAS e PAD estão
associadas ao componente fixo do perfil da curva de pressão arterial.
9,20
17
Não está claro ainda que tipo de pressão, isolada ou combinada,
apresenta melhor correlação com eventos cardiovasculares. Em homens
jovens (< 60 anos) foi demonstrado recentemente, que as pressões sistólica,
diastólica e média foram um potente preditor de doença cardiovascular, ao
passo que a média de pressão sistólica ou pressão de pulso foi o preditor
mais importante em homens mais velhos (> 60 anos).
12
A pressão de pulso é a conseqüência do caráter episódico da
contração cardíaca, bem como da estrutura e da função da circulação
arterial. A pressão de pulso é influenciada pela fração de ejeção, rigidez das
grandes artérias, redução precoce da onda de pulso e também pela
freqüência cardíaca.
12
Os fenótipos metabólicos envolvem uma constelação de fatores
endógenos que estão associados com o aumento do risco cardiovascular e
da diabetes tipo II. A definição clínica da síndrome metabólica necessita da
presença de três dos cinco fatores de risco definido pela NCEP/ATP III.
13
1. circunferência abdominal > = 102 cm para homens, > 88 cm para
mulheres
2. valores de triglicérides > 150 mg/dl
3. HDL < 40 mg/dl para homens e > 50 mg/dl para mulheres
4. PAS 130 mmHg ou PAD 85 mmHg
5. glicemia 100 mg/dl.
Hubert et al. Mostraram, no estudo de Framingham, que a
obesidade é um fator de risco independente dos demais para a ocorrência
18
de doença isquêmica coronariana e morte súbita, especialmente em
indivíduos abaixo de 50 anos.
14
Dados do estudo de Framingham, publicados em 2002, sobre o
risco cardiovascular em mulheres com sobrepeso mostraram que o risco
relativo nelas foi maior do que nos homens (homens RR, 1.46; mulheres RR
1.75). Também entre os obesos o risco relativo foi maior entre as mulheres
(homens RR 1.46; mulheres RR 1.64). A prevalência de hipertensão arterial
para indivíduos com sobrepeso foi maior nas mulheres 28% do que nos
homens 26%.
14
Estudos sobre a prevalência da síndrome metabólica mostram uma
variação com a etnia. A ocorrência entre as mulheres americanas foi de
31%, entre as asiáticas de 26%, de 22% entre as européias e de 11% entre
as chinesas.
15
A obesidade aumenta a prevalência da hipertensão arterial e
o risco cardiovascular nas mulheres.
14
Um estudo realizado em mulheres japonesas obesas mostrou que
aquelas que eram hipertensas tinham alto índice de gordura intra-
abdominal/subcutânea e maior do que nas normotensas.
16
O mesmo estudo mostrou uma significativa e forte correlação entre
o índice de gordura abdominal e a PAS (r = 0,62) e distólica (r = 0,63),
independentemente da idade ou do índice de massa corporal.
16
19
1.2 Importância epidemiológica das doenças
cardiovasculares na população feminina brasileira e
mundial
Em recente publicação da American Heart Association
17
sobre as
diretrizes para prevenção da doença cardiovascular em mulheres, ficou
evidente a preocupação desta entidade com aumento da prevalência destas
patologias no sexo feminino.
16
Em todo o mundo, a doença cardiovascular (DCV) é a maior causa
de morte entre mulheres e é responsável por um terço de todas as mortes.
Em muitos países morrem mais mulheres do que homens por ano, devido à
DCV.
17
Não somente a mortalidade é importante, como também a
morbidade. Hoje, nos Estados Unidos, vivem 38,2 milhões de mulheres
(34%) com doença cardiovascular, e uma grande percentagem está exposta
a vários fatores de risco associados. Na China, na população de
aproximadamente 1,3 bilhões, a prevalência entre as mulheres, ajustada
para idade de 35 e 74 anos, da dislipidemia e da hipertensão arterial é de
53% e 25%, respectivamente. A expectativa de vida vem crescendo muito
em todo o mundo, desta forma, a prevalência da doença cardiovascular
deverá crescer consideravelmente.
17,19
A prevalência da hipertensão arterial nas mulheres na América do
Norte é de 24,8%, nos Estados Unidos, 25,8%, no Canadá, de 23,8%. Na
Europa estes percentuais são maiores: na Itália é de 30,6%, na Finlândia, de
41,6%, na Espanha, de 44,6% e na Alemanha, de 50,3%.
16,69
20
Estudo comparativo entre as mulheres americanas, com mais de 40
anos, distribuídas pela etnia, mostrou que entre as afro-americanas e as de
origem mexicana, a prevalência da hipertensão arterial foi sempre superior
nelas do que nos homens da mesma faixa etária. Após os 60 anos, todas as
compatriotas, independentemente da etnia, apresentaram maior prevalência
de hipertensão arterial do que os homens.
20
Publicações nacionais constatam resultados similares aos
publicados para as mulheres americanas. Nos estudos realizados em
Bambuí (MG) e de Catanduba (SP), a hipertensão arterial até a faixa etária
dos 40-49 anos foi maior entre os homens. Depois dos 50 anos, a
prevalência foi sempre maior nas mulheres do que nos homens.
21,22
Seis estudos nacionais registraram uma predominância da
hipertensão em mulheres. Desses estudos, dois são publicações sobre a
população da cidade de Salvador (BA). Nos demais estudos epidemiológicos
nacionais, a prevalência de hipertensão arterial é maior entre os homens.
22,23
Análise comparativa entre os trabalhos publicados sobre a
associação da hipertensão arterial com os fatores de risco cardiovascular, na
população de Salvador (BA) e de Porto Alegre (RS), reforçou a conclusão de
que a população da raça negra, a de baixa escolaridade e de baixo nível
socioeconômico são descritos como os de elevado risco cardiovascular.
23
No estudo da cidade de Vitória (ES) a prevalência de hipertensão
arterial na população geral foi de 38,16%, na população feminina foi de
22,1%. Neste estudo, entre os hipertensos, registrou-se uma significância
estatística na comparação com normotensos nas relações com o IMC
21
(kg/m
2
) e CC (cm), com médias de 28,0 ± 4,9% (p < 0,01), e de 91,4 ±
11,8 cm (p < 0,01), respectivamente.
24
Diversos índices antropométricos têm sido propostos para
determinar a associação entre o excesso de peso e os fatores de risco
cardiovascular. Estudos demonstraram que a medida da circunferência da
cintura abdominal, maior que 88 cm para mulheres é capaz de identificar as
pacientes com maior risco de DCV.
25
Vários estudos epidemiológicos sobre a população feminina têm
mostrado a importância da correlação entre o sobrepeso e a obesidade com
a hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares. Entre estes, o estudo
americano das enfermeiras (Nurse’s Study) e no NHANES II (Segunda
Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição). Nesse estudo, foram avaliadas
americanas entre 20 e 75 anos. Nas com sobrepeso, o risco de hipertensão
foi três vezes maior do que nas sem sobrepeso. Nas mais jovens, entre 20 e
45 anos, o risco foi de seis vezes maior para hipertensão arterial, entre as
com sobrepeso, do que nas com o peso normal.
16,26
Vários estudos epidemiológicos sobre a hipertensão arterial no
Brasil têm enfatizado diferentes aspectos, como os terapêuticos, sobre as
prevalências, sobre o impacto social e econômico do problema, sobre os
fatores de risco associados, bem como as suas relações com a doença
cardiovascular. Poucos dados são descritos, no Brasil que correlacionem os
fenótipos intermediários da hipertensão arterial e suas relações com o
genótipo e a freqüência dos alelos e seus polimorfismos de genes
candidatos.
21,22,23
22
1.3 Importância do risco nutricional e antropométrico na
população feminina urbana de Ouro Preto
As desigualdades étnico-raciais vêm adquirindo relevância ainda
maior na produção de diferentes fenótipos da doença cardiovascular. A
escravidão e a colonização representaram o contexto em que se originaram
essas desigualdades e condições desfavoráveis para determinados grupos
populacionais. O impacto de barreiras sociais, econômicas e culturais nas
condições de vida e da saúde de grupos étnico-raciais distintos deve,
portanto, ter lugar destacado nos estudos epidemiológicos.
6,7
A obesidade é uma doença crônica multifatorial caracterizada pelo
excesso de tecido adiposo. Tem sido simultaneamente apontada com um
fator de risco importante para a elevação da mortalidade e para a ocorrência
de doenças crônicas degenerativas, entre elas, as doenças
cardiovasculares. A distribuição da gordura corporal, do tipo central, é
amplamente relacionada com o risco de diabetes, hipertensão arterial e
síndrome metabólica.
14,15,16
Em estudos epidemiológicos, o indicador de obesidade comumente
utilizado é o índice de massa corporal (IMC) por apresentar boa correlação
com a gordura corporal total e ter alta aplicabilidade e baixo custo.
Entretanto, limitações desse índice na definição de sobrepeso/obesidade,
são evidenciadas nas diferentes categorias: sexo, idade, raça e a prática de
atividade física; e na avaliação do risco nutricional para co-morbidade, não
conseguindo tampouco diferenciar e quantificar a distribuição de
gordura.
25,26,27
23
Recentemente, para a avaliação do risco nutricional de uma
população, tem sido proposta a utilização conjunta do IMC e CC, por
considerar que esse procedimento aumenta a acurácia do diagnóstico.
Entretanto, deve-se ressaltar que o risco nutricional pode variar segundo
características sociais, econômicas, demográficas e comportamentais dos
diferentes grupos populacionais. Por esse motivo, o estudo “Corações de
Ouro Preto” estimou a prevalência do risco nutricional combinado [índice de
massa corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC)], segundo as
características sociodemográficas e sedentarismo da população urbana
residente em Ouro Preto (MG).
27,28
Nesse estudo, independentemente do indicador utilizado, foi
observada alta prevalência de obesidade e sobrepeso na população. Entre
mulheres o sobrepeso/obesidade e a circunferência da cintura foram de
48,2% e 54,2%, respectivamente. Esses dados sugerem que, entre as
mulheres com IMC normal ou com sobrepeso, podem apresentar obesidade
central, indicando que características da distribuição da gordura corporal
devem ser consideradas na avaliação do risco nutricional.
27
Alguns estudos têm demonstrado que o IMC pode subestimar ou
superestimar o sobrepeso e a obesidade, pois, apesar de estar
correlacionado com excesso de gordura corporal, refletiria somente a
proporção corporal, não estimando a adiposidade e distribuição de gordura
corporal. Por outro lado, a CC tem sido recentemente utilizada como
indicador de risco à saúde cardiovascular.
25,26,27
24
A metodologia e os resultados detalhados do risco nutricional da
população feminina do projeto de Ouro Preto na referencia.(27). Os
principais resultados mostraram que o risco nutricional isolado esteve
presente nas diferentes categorias de IMC nas mulheres, o qual é de 19,1%
para aquelas com o peso normal; 91,7%, com sobrepeso e 98,5%, com
obesidade. As mulheres mais idosas (> 60 anos) apresentaram Odds Ratio
(OR) de 9,94 quando estes comparados aos dos mais jovens. Para as
mulheres com escolariade 4 anos, o OD foi de 1,83, quando comparada ao
OD daquelas com mais de 4 anos. Os achados deste estudo mostraram o
efeito independente da idade e escolaridade na probabilidade de ocorrência
do risco nutricional combinado e a importância da análise conjunta do IMC e
CC para a seleção de grupos em risco nutricional.
26,27
Apesar da não existência, no Brasil, de dados nacionais sobre
prevalência do sobrepeso central e de obesidade central, a sua relevância
epidemiológica tem sido cada vez mais demonstrada na análise do risco
nutricional para as doenças não transmissíveis em decorrência da boa
correlação entre esses índices e os depósitos de gordura visceral. Ambos os
indicadores têm sido apontados como adequados marcadores de
complicações metabólicas, com base no conhecimento do metabolismo dos
depósitos viscerais de triglicérides.
26,2
25
1.4 Importância do conhecimento fisiopatológico do
sistema renina angiotensina nos fenótipos da pressão
arterial e metabólicos
A ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS)
constitui-se num fator de risco para eventos cardiovasculares. A
angiotensina II age nos receptores AT1 e AT2. A estimulação dos receptores
AT1 está associada à disfunção endotelial, principalmente a vasoconstrição,
ativação plaquetária, maior liberação do fator inibidor da ativação do
plasminogênio tipo 1. O papel do SRAA na regulação da pressão arterial
torna esse sistema um importante candidato no papel da patogênese da
hipertensão. Uma significativa percentagem de pacientes com hipertensão
arterial essencial exibe níveis impropriamente elevados de renina. Foi,
portanto, desenvolvida uma hipótese, de que uma variabilidade genética em
um dos componentes do SRAA poderia explicar a variabilidade na pressão
arterial ou a patogênese da hipertensão. A maior prevalência de hipertensão
na obesidade é atribuída à hiperinsulenemia, decorrente da resistência à
insulina, presente em indivíduos obesos, principalmente naqueles que
apresentam excesso de gordura na região do tronco.
26,29,30
A contribuição desses efeitos também é estuda com relação ao
desenvolvimento e progressão da aterosclerose e no remodelamento
ventricular na insuficiência cardíaca.
39
Em humanos existem vários relatos do aumento da concentração
circulante de AGT, renina, aldosterona e da atividade da enzima conversora
da angiotensina em indivíduos hipertensos.
30,31
26
Atualmente, as células adiposas não são vistas apenas como
estruturas de proteção e sustentação, mas como um verdadeiro órgão
dotado de intensa atividade endócrina e metabólica. Demonstrou-se que o
angiotensinogênio tem seus níveis séricos elevados na obesidade, devido à
sua maior síntese pelos adipócitos, o que geraria mais angiotensina II e
elevação da pressão arterial, seja pelos efeitos diretos do peptídeo sobre o
rim, ou pela ativação simpática. Também se constatou que a angiotensina
dos adipócitos participa da regulação da neurotransmissão simpática
envolvida no controle do metabolismo lipídico, regulando o volume dessas
células, controlando as enzimas do metabolismo de ácidos graxos e agindo
como agente modulador do peso corporal. A hipótese de que maior
expressão do gene do angiotensinogênio em obesos contribua para os
mecanismos que perpetuem o excesso de peso é bastante atraente, e
necessita ainda de pesquisas clínicas e experimentais adicionais.
32,35
A obesidade está associada aos níveis circulantes elevados do
sistema SRRA (AGT, renina, aldosterona e ECA). Uma evidência da
importância da relação entre o SRAA com a obesidade é relatada quando
ocorre uma perda de 5% da massa corporal. Nesta situação registra-se uma
redução significativa dos níveis dos elementos do sistema circulante. A
regulação para baixo da expressão do AGT, no tecido adiposo, com a
resposta de perda de peso, sustenta a suposição de os níveis plasmáticos
de AGT podem ser responsáveis pela expressão do AGT no tecido
adiposo.
32,35
27
Além disso, as reduções dessa expressão do AGT no tecido
adiposo foram relacionados com a redução da pressão arterial sistólica.
Esses dados sugerem que a redução da massa de gordura pode abaixar a
atividade do sistema SRAA no plasma e no tecido adiposo e encontrar
implicações terapêuticas.
35
O AGT é muito abundante no tecido adiposo, e a síntese local dele
poderia ser parte de um sistema parácrino que influencia a liberação de Ang
II, nas vizinhanças das células musculares lisas vasculares. O estado
nutricional de uma pessoa poderia influenciar o suprimento sanguíneo para o
tecido adiposo nos indivíduos obesos. A concentração de AGT plasmática
está, de fato, fortemente relacionada com a pressão arterial durante a perda
de peso. Um estudo feito em 67 mulheres japonesas obesas mostrou que
aquelas que eram hipertensas tinham maior índice de gordura intra-
abdominal/subcutânea do que as normotensas.
15
O mesmo estudo mostrou
forte significância, entre esse índice de gordura e as pressões arteriais
sistólica (r = 0,62) e diastólica (r = 0,63), independentemente da idade ou do
índice de massa corporal. A associação entre o acúmulo de gordura intra-
abdominal e hipertensão aumenta a hipótese de que o AGT está envolvido
na patogênese da hipertensão arterial em indivíduos obesos. Publicações
descrevem níveis mais elevados de renina e de aldosterona em mulheres
obesas.
35,36
A concentração de AGT no plasma está, de fato, fortemente
correlacionado com a pressão arterial durante a perda de peso. Essa
situação confirma a tendência de sobrecarga salina e volume nas mulheres
hipertensas e obesas.
37
28
Os níveis do AGT, da renina, da aldosterona e a atividade elevada
da ECA em mulheres obesas em menopausa, comparadas com as mulheres
magras em menopausa, sugerem que o sistema renina angiotensina está
mais ativado nas obesas.
37
São desconhecidos os mecanismos que podem controlar a
expressão do AGT nos obesos e a redução dessa expressão durante a
perda de peso.
37
Estudos publicados por Stefan Engel e colaboradores
38
mostraram
que há uma significativa correlação entre a medida clínica da circunferência
da cintura abdominal com os níveis plasmáticos de AGT e que existe uma
correlação da redução da circunferência com a redução dos níveis
plasmáticos de AGT.
37
Os componentes do SRAA parecem desempenhar um papel na
aterosclerose. Todos os componentes do SRAA estão presentes na parede
dos vasos. O RNAm do AGT, por exemplo, está localizado no músculo liso,
na gordura periadventicial e endotelial. A Ang II tem importantes efeitos
locais sobre as células endoteliais e outras células implicadas na
aterosclerose ou suas complicações e contribui para determinar a disfunção
endotelial, supostamente, um significativo precursor da aterosclerose.
39,40
A atividade da ECA foi inequivocamente descrita em células
musculares lisas vasculares da íntima endotelial de lesões em
desenvolvimento. Os achados de níveis aumentados de RNAm do AGT,
ECA e AT1R e AT2R na neo-intima de vasos lesados apóiam a idéia de que
29
as concentrações de Ang II desempenham um papel central no
desenvolvimento de lesões da intima.
39,40,41
Além de influenciar a pressão arterial, o sistema renina angiotensina
é também um importante fator na etiologia da aterosclerose. Muitos estudos
clínicos relatam a eficácia de agentes que inibem a atividade da ECA e de
receptores da angiotensina II no tratamento da aterosclerose.
40,41
1.5 A prevalência dos alelos D/I da enzima conversora da
angiotensina (ECA) e seus polimorfismos, dos grupos
populacionais que compuseram a população de Ouro
Preto
A antropologia da população ouropretana, estimada no século XVIII,
era composta de aproximadamente 21.789 habitantes, distribuídos em 33%
a 50% de escravos. A distribuição dos escravos, pela sua origem, mostrava
que 35,3% eram sudaneses e 64,7%, bantos. Dados mais completos sobre a
demografia da população de Ouro Preto (MG) estão descritos no anexo II.
A freqüência dos alelos D e I, os M e T, os polimorfismo DD, DI e II
e os MM, MT e TT, da ECA e do AGT, respectivamente, são relatados em
vários estudos populacionais africanos e europeus.
40
A freqüência dos alelos D, I e os polimorfismos DD, DI e II na
população africana foi de 60%, 40%, 35%, 49% e 16%,
respectivamente.
36,42,43,44
30
A distribuição dos polimorfismos DD, DI e II na população africana
hipertensa foi de 46%, 36% e 18%. Já entre os europeus hipertensos, a
freqüência foi de 32%,49% e 19%, respectivamente.
42,43
A freqüência dos alelos D, I e os polimorfismos DD, DI e II na
população européia foi de 57%, 43%, 32%, 49% e 19%, respectivamente. A
freqüência dos polimorfismos DD, DI e II, entre os europeus caucasianos
hipertensos foi de 32%, 49% e 19%, respectivamente.
36,43,44,45,46,48
A freqüência do alelo M foi de 9%, 19%, 58%, 17%, e a do alelo T
foi de 91%, 81% 42% e 83% nos nigerianos, nos afro-caribenhos, nos
caucasianos e afro-americanos, respectivamente.
36,43,44,45,46,48
Entre os caucasianos americanos, a freqüência do alelo M foi de
62% e do alelo T, de 28%. Entre os afro-americanos e caucasianos
europeus, a freqüência do alelo M foi de 13% e 55% e a do alelo T, de 87%
e 45%, respectivamente, nessas populações.
36,42,48
A hipertensão arterial da raça negra africana, em sua diáspora, foi
avaliada em estudo cooperado. Analisaram os alelos de genes candidatos à
hipertensão do sistema da renina-angiotensina em três populações da
origem africana. O polimorfismo da inserção/deleção (I/D) da ECA e os
variantes de M235T e de T174M do gene do angiotensinogêno (AGT) foram
avaliados nos indivíduos da Nigéria, da Jamaica e dos Estados Unidos.
36
Observou-se uma grande diferença na prevalência da hipertensão. Em
aferições domiciliares, verificou-se prevalência de 16% nos Nigerianos, de
33% nos Estados Unidos. A freqüência do alelo D foi similar em todos os
grupos: 54%, 59%, e 63% na Nigéria, na Jamaica e nos Estados Unidos,
31
respectivamente. O alelo 235T do gene AGT mostrou pequena variação de
81% nos estadunidenses e jamaicanos e de em 91% nos nigerianos.
36,42
Esses resultados indicam que as exposições ambientais explicam,
muito provavelmente, o grau de variabilidade na prevalência da hipertensão
arterial na raça negra nas três regiões. Na população brasileira, a freqüência
dos alelos e dos polimorfismos da ECA e do AGT foram descritos pelo
estudo de Vitória. A freqüência dos alelos D, I, M e T apresentaram as
prevalências de 56,60%, 43,40%, 41,87% e 58,03%. A prevalência dos
polimorfismos MM, MT e TT do AGT foram de 19,84%, 44,25% e 35,90%,
respectivamente.
24,48
1.6 Correlações entre os alelos e polimorfismos da ECA e
do AGT com os fenótipos da pressão arterial e
metabólicos
O nível sorológico intra-individual da ECA é bastante estável.
Todavia, a variação interindividual é alta, o que pode ser atribuído a
variantes moleculares da ECA. Foi relatado que o nível da ECA no soro é
determinado pelos polimorfismos ECA I/D na seguinte ordem: DD > ID > II.
Além disso, o polimorfismo I/D pode explicar 47% da variância fenotípica
total da ECA no soro. Esse resultado foi confirmado em diversas
populações, incluindo-se centenários na França, índios Pima e brancos (mas
não negros) dos USA.
31,36,47
32
Numerosos estudos foram realizados num conjunto diverso de
populações e etnias, a fim de investigar a relação entre o polimorfismo I/D e
a pressão arterial.
36,31
Zee et al. observaram que o polimorfismo ECA I/D estava associado
com hipertensão arterial na população australiana. Todavia, nenhuma
relação foi encontrada entre o polimorfismo da ECA e a hipertensão arterial
em populações de outros países, incluindo Bélgica, Dinamarca e Grécia.
Estudos em brancos e na população japonesa relatam evidência da ligação
entre marcadores do lócus da ECA e a hipertensão em homens, mas não
em mulheres.
50,51
Barley et al.
52
observaram que não havia associação significativa
entre o genótipo de ECA e a elevação da pressão arterial em brancos do
Reino Unido, mas entre os descendentes de afro-caribenhos, houve uma
associação positiva entre a freqüência do alelo D e a elevação da pressão
arterial. Similarmente, foi encontrada uma associação positiva entre a
freqüência do alelo D e a pressão arterial elevada em dois estudos afro-
americanos. Em pares de irmãos caucasianos em Utah, não foram
encontradas evidências de associação do lócus da ECA e a hipertensão
arterial.
Diferentes estudos relatam resultados discrepantes entre as
relações da associação com o genótipo DD da ECA e a prevalência de
hipertensão arterial, mas existe uma associação consistente em populações
descendentes de africanos, e pode haver uma associação sexo-específica
em brancos e asiáticos.
52,53,54
33
As interações gene-gene poderiam ser um dos fatores que
contribuem para a divergência nos dados, o que leva a especular se essas
variantes moleculares teriam importância funcional e se suas freqüências
variariam entre diferentes populações étnicas. Essa sugestão é reforçada
pelo trabalho de Willians et al. que relataram interações genéticas entre
múltiplos loci ao invés de variantes de um único gene, que sustentam a base
genética da hipertensão nos indivíduos e nas suas etnias.
55
Os estudos de Staessen e colaboradores
57
foram os primeiros a
demonstrar uma associação significativa do genótipo DD, do polimorfismo de
inserção/deleção com a hipertensão arterial sistólica isolada em idosos. Nos
estudos de Safar
56
, o genótipo DD foi associado à maior rigidez arterial em
pacientes diabéticos. Esses resultados foram mais significativos em
pacientes com mais de 50 anos.
O estudo Olivetti (The Olivetti prospective Heart Study)
58
realizado
em 1.075 homens de 25 a 75 anos, analisou a variação genética do sistema
renina angiotensina e suas correlações com gordura abdominal em homens.
Os autores observaram que o polimorfismo da ECA I/D foi um preditor
significativo em homens para gordura abdominal e sobrepeso. Os homens
homozigotos DD tiveram uma significativa associação positiva com o peso
corporal e a pressão arterial, em sujeitos com mais de 70 anos.
A relação do índice de massa corporal, a circunferência da cintura
abdominal, a pressão arterial diastólica foram significativamente mais
elevadas em pessoas com o genótipo do DD do que naqueles com o ID ou II
genótipo.
58
34
O sobrepeso e a gordura abdominal foram mais freqüentes nos
homens com o genótipo do DD, particularmente entre os mais velhos (51,1%
contra 36,5% e 33,1% contra 22,0%, respectivamente). O OD foi de 1.82 (CI
de 95%, 1.16 a 2.87) para o sobrepeso, e de 1.76 (CI, 1.06 a 2.90) para a
gordura abdominal.
58
Além de influenciar a pressão arterial, o sistema renina angiotensina
é também um importante fator na etiologia da aterosclerose. Muitos estudos
clínicos relataram a eficácia de agentes que inibem a atividade da ECA e de
receptores da angiotensina II no tratamento da aterosclerose.
59
O estudo de Rotterdamm
60
avaliou a possível interação entre esses
polimorfismos e o tabagismo com a morbidade e a mortalidade
cardiovascular. Foram avaliados os polimorfismos de 6.714 fumantes e a
incidência de eventos de infarto fatal e não fatal. Esse estudo mostrou que
os polimorfismos da ECA I/D não apresentaram correlação como fator de
risco para eventos isquêmicos, mas sua interação entre os fumantes pode
determinar um fenótipo de risco para a mortalidade cardiovascular nos
indivíduos mais novos portadores do genótipo DD.
Várias evidências indicam que a concentração de AGT no plasma
está vinculada à pressão arterial. Uma alta correlação entre a concentração
do substrato da renina e a pressão arterial elevada (r = 0,39, p < 0,0001) foi
primeiramente relatada em um grande estudo que envolveu 574
indivíduos.
61,62,36
Existem evidências de que o polimorfismo do AGT, nos indivíduos
portadores do alelo T235, tinham uma concentração plasmático de 20%
35
mais elevada em mulheres e homens quando comparados com os
portadores do alelo M235.
36,61
As concentrações de AGT no plasma de crianças americanas
brancas normotensas, portadoras dos genótipos 235TT, eram
aproximadamente 13% mais elevadas do que naquelas com o genótipo
235MM. A importância do genótipo 235TT permaneceu, mesmo quando os
resultados foram ajustados para o índice de massa corporal. Sabe-se que
existe uma concentração mais elevada de AGT nos indivíduos com maior
índice de massa corporal.
36,61
Os mesmos autores observaram que a concentração média de AGT
no plasma em crianças afro-americanas era 19% mais elevada que nas
crianças caucasianas, mas essa associação com a pressão arterial não foi
detectada, talvez porque a freqüência do alelo M235 era muito baixa para
avaliar tal associação.
36
As variações intra e interensaios clínicos, na avaliação da
concentração de AGT, podem ser explicados, em parte, pela pequena
elevação na concentração plasmática do AGT de 10% a 30% nos
polimorfismos AGT 235T. Dessa forma, estudos definitivos para associações
necessitam de uma grande amostra populacional a fim de se afirmarem ou
refutarem-se tais associações.
64
A freqüência do alelo AGT 235T (ou 174M) varia de um grupo étnico
para outro. O alelo T235 do AGT foi descrito como responsável por uma
associação significativa com a hipertensão arterial, em caucasianos com
história familiar de hipertensão e, em duas publicações, em populações
36
japonesas com probabilidade de 1,22 (IC 95% 1,05 - 1,42) e 1,60 (IC 85%
1,19 - 2,15). Em populações afro-caribenhas, porém, essa associação não
foi encontrada.
36,61
A freqüência do polimorfismo TT em populações japonesas é de
0,75%; nos caucasianos, essa freqüência é de 0,35% e é predominante na
população de origem africana: nos nigerianos, ela é de 0,93%. Nas
populações japonesas, os relatos da freqüência dos alelos T235 é,
invariavelmente, alta, e os resultados são sempre uniformes, entre 0,65% a
0,75%. As explicações para isso talvez sejam a menor variação
fisiopatológica e ambiental e o fato de eles serem mais homogêneos
geneticamente.
36,61
O alelo 235T é bem mais freqüente nos africanos (0,90) e nos afro-
americanos (0,80). Nos americanos de origem africana, a hipertensão
arterial é mais prevalente e mais severa do que em caucasianos. Os fatores
genéticos que contribuem para essa diferença étnica não são conhecidos.
Essas populações hipertensas tendem a ser sensíveis ao sódio e têm baixas
concentrações de renina circulante.
36,61
Os estudos iniciais de Jeunemaitre et al. mostram um elo entre
parentes europeus do norte e do oeste com hipertensão arterial e o gene do
AGT. A utilização de uma estratégia de avaliação em irmãos lhe permitiu
descrever a etiologia multifatorial da hipertensão arterial.
36
Uma série de polimorfismos na região 5, exons e introns do AGT, foi
descritas nos trabalhos iniciais de Jeunemaitre et al. Nesse estudo, relatou-
se que as duas variantes T134M e M235T, geralmente em desequilíbrio de
37
ligação, estavam mais presentes em indivíduos com hipertensão arterial
severa do que nos casos controle.
36,65
Observou-se, também, que o AGT no plasma é elevado nos
hipertensos e nos filhos de pais hipertensos, quando comparados com os
normotensos.
36,65
Num estudo planejado para avaliar os determinantes genéticos da
pressão arterial, comparando os filhos de pais com pressões arteriais
elevadas ou normais, Watt et al.
66
observaram que os filhos de indivíduos
hipertensos tinham níveis mais altos de AGT no plasma, quando
comparados aos filhos de pais normotensos. Esses achados sugerem que
um aumento do AGT no plasma poderia elevar a pressão arterial e contribuir
para a hipertensão.
67
Associação positiva também foi relatada em uma amostra do Estudo
Framingham, em homens com hipertensão arterial severa, quando
associados com mulheres, e também no estudo sobre o risco da
aterosclerose (ARIC) quando a amostra foi ajustada para o índice de massa
corporal e triglicérides. As proporções dos casos atribuíveis ao alelo 235T
foram de 8% na população do ARIC e, de 20%, na população de
Framingham. Esse achado sugere que tanto a hipertensão arterial como a
dislipidemia podem ser transmitidas, em associação.
67
38
2 OBJETIVOS
Descrever as características demográficas, antropométricas dos
fenótipos da pressão arterial (pressão arterial sistólica, pressão
arterial diastólica e pressão de pulso) da população feminina do
projeto “Corações de Ouro Preto”.
Descrever a freqüência e as correlações dos alelos e dos
polimorfismos da enzima conversora da angiotensina, do
angiotensinogênio, com os fenótipos da pressão arterial sistólica,
diastólica e pressão de pulso na população feminina do projeto
“Corações de Ouro Preto”.
Correlacionar os preditores genéticos com os fenótipos metabólicos
– circunferência da cintura abdominal, glicemia, colesterol total,
HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérides na população feminina
do projeto “Corações de Ouro Preto”.
39
3 JUSTIFICATIVAS DO ESTUDO
1. Os resultados na população feminina do projeto “Corações de Ouro
Preto”, mostraram uma alta prevalência de sobrepeso e obesidade.
O critério utilizado de risco nutricional isolado ou combinado mostrou
a possibilidade de estudo de novo fenótipo para a doença
cardiovascular. A conclusão deste estudo mostrou um efeito
independente da idade e da escolaridade na probabilidade de
ocorrência do risco nutricional combinado e a importância da análise
conjunta do IMC e CC para a seleção de grupos em risco nutricional.
2. Não existem dados nacionais sobre o impacto na prevalência dos
fatores de risco cardiovascular associados ao risco nutricional
combinado. A importância da prevalência de sobrepeso e obesidade
central é demonstrada pela correlação desta com os depósitos de
gordura visceral.
3. Estudos epidemiológicos brasileiros sobre hipertensão arterial têm
enfatizado diferentes aspectos, como os terapêuticos, os descritivos
sobre as prevalências, relatos do impacto socioeconômico do
problema, descrições e correlações com os fatores de risco bem
como os relativos à associação da H A com as doenças
cardiovasculares. Poucos dados são descritos no Brasil que
correlacionem os fenótipos intermediários da pressão arterial, tais
como pressão arterial sistólica, diastólica e pressão de pulso como
40
também os fenótipos antropométricos e suas relações com os genes
candidatos do sistema renina angiotensina.
4. Várias publicações enfatizam a maior concentração do AGT no
tecido adiposo. A concentração do AGT é relata em maior freqüência
nos indivíduos com o polimorfismo 235TT do angiotensinogênio.
Existem relatos significativos da relação de dados antropométricos
com a concentração do AGT. Como na população feminina
ouropretana os dados antropométricos registram percentuais
elevados de sobrepeso, obesidade e circunferência da cintura
abdominal, o estudo da correlação entre as freqüências dos alelos e
do polimorfismo do AGT, nessa população, pode reforçar ou refutar
essa associação.
5. Publicações internacionais relatam as correlações do sobrepeso, da
obesidade e da circunferência da cintura abdominal com o
polimorfismo da ECA em homens, mas poucos relatos são
publicados sobre as mulheres.
6. As recentes publicações sobre a doença cardiovascular nas
mulheres enfatizam o crescimento da prevalência dessas patologias
no gênero feminino. Atualmente, em vários países, a mortalidade por
fatores cardiovasculares em mulheres é superior à dos homens.
7. A prevalência de hipertensão arterial, de sobrepeso, obesidade, de
risco nutricional isolado ou combinado, na população feminina
ouropretana, é muito elevada, se comparada com registros nacionais
e internacionais.
41
4 MÉTODOS
As mulheres avaliadas assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido, descrito no anexo III. O projeto foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto, sob o número
2001/26.
4.1 Área de estudo
O estudo foi realizado na cidade de Ouro Preto (MG), região
sudeste do Brasil, localizada entre as coordenadas geodésicas 20º23’28” de
latitude sul e 43º30’20” de longitude oeste e altitude média de 1061 metros.
Em 1996, a cidade era composta por 33 setores censitários e 9.287
domicílios, com uma população de 37.603 habitantes. Na população com
mais de 15 anos, 52,6% eram mulheres e, de acordo com a idade, 7,05%
eram adolescentes (15 a 19 anos); 24,0%, adultos jovens (20 a 39); 14,3%,
adultos (40 a 59) e 6,8% eram idosos (60 anos ou mais).
27
4.2 Desenho do estudo
O desenho deste estudo foi o corte-transversal ou inquérito de
prevalência dos FR para as DCV.
A partir da listagem de todos os endereços obtidos nos cadastros do
IPTU e do Departamento de Assistência Social municipal, os 8.746
42
domicílios foram ordenados segundo o setor, rua e número. Em cada setor
os domicílios foram numerados em ordem crescente e a partir de listagens
de números aleatórios para cada setor foram selecionados os domicílios
participantes do estudo, através de uma amostra aleatória simples. O
número de domicílios selecionados em cada setor censitário foi estratificado
pela densidade domiciliar de cada setor. Quando o “domicílio” selecionado
era um estabelecimento comercial, não habitado ou de recusa era
imediatamente substituído pela próxima casa à direita. Através do processo
amostral por conglomerados foi selecionado um indivíduo com 15 anos ou
mais que apresentava a data de aniversário mais próxima da data da
entrevista.
Os indivíduos selecionados foram avaliados em duas etapas
diferentes. Inicialmente no domicílio foi realizada entrevista face a face de
um questionário estruturado e avaliado em estudo piloto (ver anexo III), com
duração média de 20 minutos. Foi realizada também aferição da pressão
arterial, em duplicata, conforme método descrito no item 4.5.1, com
intervalos de três minutos, de todos os membros da família e do indivíduo
selecionado para o estudo. Posteriormente, na segunda fase, este foi
convidado a comparecer na Escola de Farmácia da UFOP para realização
da tomada das medidas antropométricas e coleta de sangue para análise
bioquímica e genotipagem. Os métodos são descritos no item 4.6. e 4.7.
Este sub-projeto foi realizado apenas com a amostra das mulheres
do Projeto “Corações de Ouro Preto” (n = 485).
27
Foram excluídas as
mulheres que não participaram das duas etapas anteriores ou que tinham
43
menos de 18 anos, ou que, por qualquer motivo, o material biológico não foi
colhido ou foi perdido. Considerando somente as mulheres com idade igual a
18 anos ou maior, a população que teve a sua genotipagem classificada foi
constituída de 87,7% (n = 386) da amostra do Projeto “Corações de Ouro
Preto”.
4.3 Cálculo da amostra
Para cumprir com os requisitos estatísticos mínimos para estimar a
prevalência dos fatores de risco para as DCV nesta população, o tamanho
da amostra foi calculado, no programa Epi-Info (Dean et al., 1994) versão
6.04, tomando como base as seguintes premissas:
(1) Prevalência estimada da HAS igual a 25%;
(2) Precisão desejada de 3%;
(3) Nível de significância de 95%.
Baseando nestas premissas a amostra de 800 indivíduos teria um
poder de 99% para estimar a prevalência dos principais fatores de risco para
as DCV. Esta amostra foi acrescida em 20% devido a possíveis perdas.
4.4 Questionários
As informações sociodemográficas e de sedentarismo foram obtidas
por meio de entrevistas, face a face, utilizando-se questionário estruturado e
pré-codificado. A escolaridade foi agrupada em baixa (analfabeto ao 1º grau
incompleto), média (1º grau completo a 2º grau incompleto) e alta (grau
44
completo). A classe econômica foi definida pelos critérios propostos pela
Associação Nacional de Pesquisa, de acordo com a contagem dos bens de
consumo, empregados domésticos, número de banheiros no domicílio e
nível de instrução do chefe da família. Para a análise, as classes
socioeconômicas foram agrupadas em A e B (alta e média), C (média baixa),
D e E (baixa e muito baixa). A atividade ocupacional foi categorizada como:
leve (atividades executadas em posição sentada e/ou de maneira fácil -
Exemplo: secretária); moderada (inclui trabalhos que implicavam caminhar e
sentar. Exemplo: almoxarife) ou pesada (com trabalhos manuais pesados,
tais como: operário da construção civil). O sedentarismo foi definido neste
estudo a partir do agrupamento da atividade ocupacional com tempo de
atividade física exercida na hora de lazer. Aqueles que exerciam atividade
ocupacional leve ou moderada, tais como estudante, escriturário, professor,
entre outras, e praticavam atividade física de lazer com tempo semanal
inferior a 150 minutos foram classificados como sedentários.
4.5 Aferição da pressão arterial
A aferição da pressão arterial foi realizada por estudantes de
Medicina, capacitados em curso teórico, aulas de vídeo, e praticas para o
procedimento. O método utilizado foi o recomendado pelo VI Joint National
Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High
Blood Pressure. Sixth Report of the Joint National Committee on Prevention,
Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure.
45
O aparelho utilizado foi o esfigmomanômetro anaeróide,
previamente calibrado. As medidas foram feitas em duplicata e com
intervalos de três minutos após a mulher selecionada permanecer assentada
por período mínimo de 20 minutos, tempo em que ela respondeu ao
questionário protocolar.
4.5.1 Recomendações sobre o procedimento de medida da
pressão arterial
1. Explicar o procedimento ao paciente.
2. Repousar pelo menos cinco minutos em ambiente calmo.
3. Evitar bexiga cheia.
4. Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado
na cadeira e relaxado.
5. Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito.
6. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do
esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão
voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.
7. Solicitar que não se falasse durante a medição.
4.5.2 Procedimento de medida da pressão arterial
1. Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca
de 2 a 3 cm.
2. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria
braquial.
46
3. Estimar o nível da pressão sistólica (palpar o pulso radial e inflar o
manguito até seu desaparecimento, desinflar rapidamente e
aguardar um minuto antes da medida).
4. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do
estetoscópio sem compressão excessiva.
5. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado
da pressão sistólica.
6. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mmHg por
segundo).
7. Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I
de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e,
após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação.
8. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V
de Korotkoff).
9. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para
confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida
e completa.
10. Determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de
Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero, se os
batimentos persistirem até o nível zero.
11. Esperar no mínimo três minutos antes de novas medidas.
12. Informar ao paciente os valores de pressão arterial obtidos.
13. Anotar os valores e o membro.
47
4.6 Medidas antropométricas e coleta de material
biológico
1. Classificação do índice de massa corporal (IMC):
Os indivíduos entrevistados foram agendados para uma segunda
etapa que constava da realização de exame clínico e
antropométrico, no horário de 7 h às 10 h da manhã, após um jejum
de 12 h. Para aferir o peso, utilizou-se a balança TANITA BF 542®,
ajustada a cada medição, com capacidade de 136 kg, variação de
0,2 kg, com os indivíduos vestindo um mínimo de roupas, sem jóias
e/ou bijuterias, com a bexiga vazia e em jejum.
Para a medida da altura, utilizou-se o método preconizado por
Frisancho, por meio de um antropômetro de campo.
2. A circunferência da cintura (CC):
Foi aferida no ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca
ou cintura natural com o indivíduo na posição supina.
3. Coleta do material biológico:
A coleta do material biológico foi realizada, com o sistema a vácuo,
no Laboratório Piloto de Análises Clínicas (LAPAC) da Escola de
Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto, de acordo com os
seguintes procedimentos:
rosquear a agulha no adaptador (canhão). Não remover a capa
protetora de plástico da agulha;
ajustar o garrote e escolha a veia;
48
fazer a anti-sepsia do local da coleta com algodão umedecido
em álcool a 70% ou álcool iodado a 1% e não tocar mais no
local desinfetado;
remover o protetor plástico da agulha e fazer a punção;
introduzir o tubo no suporte, pressionando-o até o limite;
soltar o garrote assim que o sangue começar a fluir no tubo;
separar a agulha do suporte com o auxílio de uma pinça e
descartar a agulha em recipiente de boca larga, paredes
rígidas e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2%;
orientar o paciente a pressionar com algodão a parte
puncionada, mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo;
após coleta do sangue parte da amostra foi encaminhada para
dosagem de lipídeos e glicose, e a outra parte foi encaminhada
ao Laboratório de Biologia Molecular do INCOR para realização
da genotipagem.
4.7 Técnica de extração do DNA
A avaliação do gene dos genótipos da enzima conversora da
angiotensina e do angiotensinogênio e o polimorfismo I/D da ECA foi
determinada pela média de três sistemas Primer: a variante M235T do gene
do agiotensinogênio.
49
4.8 Definição de exposição
1. A hipertensão arterial foi definida pelo critério do VI Joint: pressão
arterial sistólica > 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica
> 90 mmHg, incluindo hipertensos em tratamento atual comprovado.
Foi usada a média das duas medidas.
8
A pressão sangüínea foi classificada de acordo com o critério da VI
Joint; a glicose sangüínea, de acordo com o critério da Sociedade
Brasileira de Diabetes, e os níveis de lipídeos sangüíneos, de acordo
com o III Consenso Brasileiro de Dislipidemia. Foram considerados
dislipidêmicos os indivíduos que apresentavam pelo menos uma
alteração no perfil lipídico.
8
2. A obesidade foi determinada pelo índice de massa corporal (IMC),
de acordo com a classificação da OMS, como normal (< 25 kg/m
2
),
sobrepeso (25 - 29 kg/m
2
) e obesidade ( 30 kg/m
2
). A obesidade
abdominal foi avaliada pela circunferência de cintura (CC) e
classificada como normal (< 80 cm), sobrepeso (80 - 87 cm) e
obesidade (> 88 cm).
3. O sedentarismo foi definido pelo tempo de atividade física por
semana e pela ocupação, de acordo com o critério do CDC. O
indivíduo foi considerado sem risco quando sua ocupação era leve e
atividade esportiva > 120 minutos por semana, ou quando a
ocupação era moderada ou pesada e tempo de atividade esportiva
> 120 min; e como risco de sedentarismo, quando a ocupação era
leve e tempo de atividade esportiva 120 min.
50
4. O tabagismo e hábito de beber foram definidos pelo tipo, freqüência
e quantidade de consumo atual e passado. O hábito de beber foi
classificado em: abstêmio (não consome), esporádico (consome
bebida alcoólica de uma a três vezes por mês) e freqüente (consome
mais de uma vez por semana). As informações sobre ingestão de
bebida alcoólica foram comparadas com o nível de γ-GT sérico.
5. A escolaridade foi classificada em alta (ensino médio completo ou
universidade), média (ensino fundamental completo ou ensino médio
incompleto), baixa (ensino fundamental incompleto) ou muito baixa
(analfabeto). A classe socioeconômica foi agrupada em alta (classes
A e B), média (classe C) e baixa (classes D e E), de acordo com
ANEP.
4.9 Critérios para estabelecimento dos fenótipos
estudados
Os critérios utilizados foram os determinantes dos fenótipos
intermediários da pressão arterial. Classificação dos fenótipos avaliados.
8
1. Fenótipo Normotenso:mulheres com PA em qualquer idade 140 x
90 mmHg.
2. Fenótipo Sistólico: mulheres com pressão arterial sistólica acima de
140 mmHg.
3. Fenótipo Diastólico: mulheres com a pressão arterial diastólica
acima de 90 mmHg.
51
4. Fenótipo Pressão de Pulso: mulheres com pressão de pulso acima
de 60 mmHg.
5. Fenótipo Hipertenso: mulheres com a pressão arterial 140 x
90 mmHg.
4.10 Processamento e análise dos dados
Todos os dados foram digitados no programa Epi Info, versão 6.04
(Dean et al., 1994). A análise de consistência foi realizada para detectar
erros de digitação e informação, que depois de conferidos com os
questionários originais foram corrigidos. A análise estatística foi realizada no
programa SPSS versão 12 (SPSS Inc.).
O processamento envolveu a transformação de dados contínuos em
categóricos através da classificação das variáveis genéticas e dos fatores
sócio-demográficos, econômicos, clínicos e comportamentais, de acordo
com parâmetros da literatura.
Primeiramente realizou-se uma análise descritiva (mediana, média,
desvio padrão e proporção) das variáveis sóciodemográficas (sexo, idade,
cor da pele, nível de escolaridade e classe econômica), clínicas (pressão
arterial lipídeos, glicemia e antropometria) e comportamentais (tabagismo,
etilismo e sedentarismo).
Para comparação das proporções ou médias das variáveis
sociodemográficas e comportamentais segundo os fenótipos da pressão
arterial foram utilizados, respectivamente, o teste do qui-quadrado de
Pearson ou a prova exata de Fisher, quando necessário, e a análise de
52
variância (ANOVA). O mesmo procedimento estatístico foi realizado para
comparação destas variáveis em relação aos alelos e polimorfismos da ECA
e AGT.
O intervalo de confiança de 95% foi utilizado para definição de
diferença estatística.
53
5 RESULTADOS
O atual estudo descreve as características sociodemográficas,
étnicas, antropométricas e bioquímicas dos fenótipos (sistólico, diastólico e
pressão de pulso) da pressão arterial das mulheres participantes do projeto
Corações de Ouro Preto.
A amostra adulta feminina (> 18 anos)
27
foi de 468 participantes
selecionada segundo os critérios de inclusão e exclusão descritos no anexo
(A). Elas representam 87,7% (n = 386) das participantes do projeto com
mais de 18 anos. Ocorreu uma recusa de 17,5% após três convites.
27
A participação por faixas etárias e das raças na amostra foram
similares às informações estimadas pelo IBGE da população feminina da
cidade de Ouro Preto.
27
A idade média das participantes foi de 45,1 ± 16,2 (IC 95%) (43,4 -
46,7) anos. Entre as representantes do fenótipo sistólico a média foi de
56,4 ± 13,3 (IC 54,4 - 58,4) (p < 0,0001) anos. No fenótipo diastólico essa
média foi de 52,8 ± 13,8 (IC 50,2 - 54,4) (p < 0,0001) anos e no fenótipo
pressão de pulso foi de 54,7 ± 15,2 (IC 52,4 - 57,0) (p < 0,0001) anos (TAB.
1, 2, 3 e 4).
Entre as participantes (n = 112) 29,3% são da raça branca, 36,8%
(n = 139) são morenas claras, 23,3% (n = 89) morenas escuras (n = 38) e
9,9% são da raça preta (TAB. 1).
54
A distribuição pelo sentimento da cor da pele mostrou que as
mulheres da raça preta foram mais prevalentes nos três fenótipos. A raça
preta, comparativamente com a raça branca, mostrou prevalências de 60,0%
contra 40,5% no fenótipo sistólico, 51,4% contra 36,1% no fenótipo diastólico
e 60,0% contra 40,5% no fenótipo pressão de pulso (TAB. 2, 3 e 4).
A possibilidade de as mulheres da raça preta pertencerem ao
fenótipo sistólico foi de (OR = 2,19), ao diastólico, de (OR = 1,95) e ao da
pressão de pulso, de (OR = 2,19), comparativamente, com as da raça
branca (TAB. 2, 3 e 4).
Na análise univariada dos três fenótipos, não houve significância
entre a cor da pele e o fenótipo sistólico (p < 0,2) e (p < 0,1) nos fenótipos
diastólico e de pressão de pulso (TAB. 2, 3 e 4).
O tabagismo foi relatado por 88 mulheres, 22,7% das participantes
(TAB. 1). Nos fenótipos sistólico, diastólico e pressão de pulso, a prevalência
de tabagistas foi de 34,1%, 41,2% e 47,1%, respectivamente. Entre os três
fenótipos, somente nas participantes do fenótipo sistólico houve significância
e risco associado ao tabagismo, (p < 0,001) e OR 1.41 IC 95% (1,02 - 1,93)
(TAB. 1, 2, 3 e 4).
O sedentarismo está presente em 78,5% das mulheres avaliadas
(TAB. 1). No fenótipo sistólico 45,8% (n = 135) foram classificadas como
sedentárias (p < 0,54) OR = 0,55 {IC 95% (0,7 - 1,9)}. No fenótipo diastólico
40,7% (n = 120) são sedentárias (p < 0,20) OR = 1,12 {IC 95% (0,8 - 1,4)}.
As mulheres (n = 145), 49,2% do fenótipo pressão de pulso são sedentárias
(p < 0,12) OR = 1,48 {IC 95% (08 - 2,4)} (TAB. 2, 3 e 4).
55
A estratificação da amostra pelos níveis de escolaridade, muito
baixa, baixa, média e alta foi registrada em 25,7%, 32,2%, 19,7% e 31,2%,
respectivamente (TAB. 1).
A escolaridade mostrou significância (p < 0,0001) em todos os
níveis de instrução nos três fenótipos estudados. A prevalência da
participação nos fenótipos foi inversamente proporcional ao grau de
escolaridade nos três fenótipos (TAB. 2, 3 e 4).
Das mulheres avaliadas 96 (25,3%) possuem nível muito baixo de
escolaridade. Entre elas 54,2% (n = 69) participam do fenótipo sistólico;
54,2% (n = 52), do fenótipo diastólico e 68,8% (n = 66) apresentam o
fenótipo pressão de pulso (TAB. 1, 2, 3 e 4).
As mulheres com grau de escolaridade muito baixo apresentaram
8,48 vezes a chance de pertencerem ao fenótipo sistólico, 3,10 de serem do
fenótipo diastólico e 5,96 vezes do fenótipo pressão de pulso, quando
comparadas com as participantes com alto grau de escolaridade (TAB. 2, 3 e
4).
Das mulheres avaliadas, 115 (23,5%) possuíam alto nível de
escolaridade. Entre elas 23,5% (n = 27) (p < 0,0001) (OR = 0.12) participam
do fenótipo sistólico. No fenótipo diastólico, participam 25,2% (n = 29)
(p < 0,0001) (OR = 0.20). No fenótipo pressão de pulso (n = 31) 27,0%
(p < 0,0001) (OR = 0.16) possuem alta escolaridade (TAB. 2, 3 e 4).
A estratificação das mulheres da amostra, entre as classes
socioeconômicas, mostrou que 11,0% (n = 46) das participantes são da
56
classe AB, 37,0% (n = 143) são da classe C e (n = 187) 48,4% são das
classes DE (TAB. 1).
Na estratificação dos fenótipos entre as classes sócio econômicas,
observou-se um aumento da prevalência, nos três fenótipos, quanto menor
era a condição socioeconômica (TAB. 2, 3 e 4).
Das mulheres pertencentes ao fenótipo sistólico (n = 167), 37,0%
(n = 17) (n = 17) são das classes AB (p < 0,01) (OR = 0,99), na classe C
(n = 52) (p < 0,01) (OR = 1,99) e nas classes DE (n = 98) 53,6% (OR = 2,19)
(TAB. 2).
A classificação da amostra pelo risco nutricional mostrou que as
médias de IMC e CC variaram significativamente com a idade e a
escolaridade, e que essas médias são mais elevadas naquelas com idade
de 60 anos ou mais e naquelas com baixa escolaridade. Não foram
encontradas diferenças significativas com relação à classe econômica e
sedentarismo.
27
Na amostra, o sobrepeso, obesidade e circunferência da cintura
abdominal foram de 31,0%, 17,2% e 54,2%, respectivamente. Nas
participantes com idade 60 anos foi de 43,5%, 18,8% e 62,4% e naquelas
com baixa escolaridade 35,8%, 15,2% e 61,4%, respectivamente.
27
O sobrepeso central esteve presente em 21,9%, e a obesidade
central, em 33,5% Esses dois indicadores também foram maiores naquelas
com idades 60 anos.
27
As prevalências da circunferência da cintura abdominal aumentada
foram de 43,1%, 43,6% e de 48,1% nos fenótipos sistólicos, diastólicos e
57
pressão de pulso, respectivamente (TAB. 2, 3 e 4). Nessa mesma seqüência
dos fenótipos, as médias foram de 89,2 ± 14,2 cm (IC 87,0 - 91,0)
(p < 0,0001), 90,0 ± 13,1 cm (IC 87,9 - 92,1) (p < 0,0001) e de
88,0 ± 14,6 cm (IC 85,7 - 90,2) (p < 0,0001).
As mulheres com valores elevados da circunferência da cintura
abdominal apresentaram chances de (OR = 1,38, 1,92 e 1,16) de
pertencerem aos fenótipos sistólico, diastólico e pressão de pulso, em
comparação àquelas com medidas normais (TAB. 2, 3 e 4).
Na avaliação sobre o perfil lipídico das mulheres do estudo,
observou-se que 6,3% (n = 24) apresentaram colesterol total aumentado,
com média de 182,96 ± 3,9 mg/dl {IC 95% (179,0 - 186,8) mg/dl}. Entre elas
37,5% (n = 147) apresentaram HDL-colesterol baixo ou moderado com
média de 65,14 ± 27,1 mg/dl {IC 95% (63,7 - 66,4) mg/dl}. As participantes
com LDL-colesterol elevado (n = 43) 11,3% com média de 95,88 ±
27,4 mg/dl {IC 95% (92,6 - 98,2) mg/dl}. Valores elevados de triglicérides
foram observados em 8,8% (n = 32) com média de 110,50 ± 68,5 mg/dl
{IC 95% (103,4 - 117,6) mg/dl} (TAB. 1).
Nas mulheres pertencentes ao fenótipo sistólico, observou-se que
(n = 165) 43,8% possuíam colesterol total elevado com média de
191,6 ± 37,9 mg/dl {IC 95% (185,8 - 197,5)} (p < 0,0001) e (OR = 1,46). As
com colesterol HDL alterado (n = 165) 43,8% com média de
66,7 ± 13,4 mg/dl {IC 95% (64,6 - 68,8)} (p < 0,02) e (OR = 1,46). O LDL-
colesterol aumentado foi registrado em (n = 163) 43,3% com média de
98,8 ± 27,3 mg/dl {(IC 94,6 - 103,1)} (p < 0,02) e (OR = 1,44). Os níveis de
58
triglicérides alterados foram observados em (n = 163) 43,3% com média de
127,7 ± 65,9 mg/dl {IC 95% (116,5 - 136,9)} (p < 0,0001) e (OR = 1,44) (TAB.
2).
Nas mulheres pertencentes ao fenótipo diastólico, observou-se que
(n = 152) 40,4% tinham colesterol total elevado com média de
191,5 ± 36,5 mg/dl {IC 95% (185,6 - 197,4)} (p < 0,0001) e (OR = 1,95). As
com colesterol HDL alterado (n = 152) 40,4%, com média de 66,4 ±
12,8 mg/dl {IC 95% (64,4 - 68,5)} (p < 0,08) e (OR = 1,95). O LDL-colesterol
aumentado foi registrado em (n = 151) 40,1%, com média de 98,8 ±
27,3 mg/dl {IC 95% (94,6 - 103,1)} (p < 0,02) e (OR = 1,90). Os níveis de
triglicérides alterados foram observados em (n = 151) 40,1%, com média de
132,7 ± 77,0 mg/dl {IC 95% (120,0 - 145,1)} (p < 0,0001) e (OR = 1,90)
(TAB. 3).
Nas mulheres pertencentes ao fenótipo pressão de pulso, observou-
se que (n = 173) 47,5% estavam com colesterol total elevado, com média de
média de 191,3 ± 41,1 {IC 95% (185,1 - 197,5)} (p < 0,0001) (OR = 1,22). As
com colesterol HDL alterado (n = 173) 47,5% com média de 66,9% ±
13,2 mg/dl {IC 95% (64,9 - 68,9)} (p < 0,009) e (OR = 1,24). O LDL-colesterol
aumentado foi registrado em (n = 170) 47,3% com média de
99,2 ± 29,1 mg/dl {IC 95% (94,2 - 103,6)} (p < 0,01) e (OR = 1,24). Os níveis
de triglicérides alterados foram observados em (n = 170) 47,0% com média
de 119,7 ± 65,7 mg/dl {IC 95% (109,7 - 129,6)} (p < 0,01) e (OR = 1,24)
(TAB. 4).
59
A hiperglicemia foi registrada em 15,7% (n = 60) das participantes
com média de 99,01 ± 24,5 mg/dl {IC 95% (96,4 - 101,5)} (TAB. 1).
Nas mulheres pertencentes ao fenótipo sistólico, 23,5% (n = 27)
apresentaram hiperglicemia com média de 105,3 ± 26,8 mg/dl {IC 95%
(101,2 - 109,4) mg/dl} (p < 0,0001) (OR = 1,43) (TAB. 2).
Nas participantes do fenótipo diastólico, 40,6% (n = 153)
apresentaram hiperglicemia com média de 106,0 ± 30,5 mg/dl {IC 95%
(101,1 - 110,9)} (p < 0,0001) e (OR = 1,91) (TAB. 3).
Entre as mulheres com fenótipo pressão de pulso, 47,8% (n = 174)
apresentaram hiperglicemia com média de 104,0 ± 28,5 mg/dl {IC 95% (99,7
- 108,2)} (p < 0,0001) e (OR = 1,19) (TAB. 4).
Na amostra, as médias da pressão arterial sistólica foi de 135,2 ±
26,7 IC 95% (132,5-137,9) mmHg, da diastólica foi de 84,6 ± 14,3 IC 95%
(83,2 - 86,0) mmHg e da pressão de pulso, foi de 50,5 ± 18,7 IC 95% (48,7 -
52,4) mmHg (TAB. 2).
A hipertensão arterial foi registrada em 52,7% das mulheres
avaliadas (TAB. 5).
A prevalência de hipertensão arterial nas faixas etárias foi de 15-19
anos, 20-39 anos, 40-59 anos, e nas acima de 60 anos foi de 7,7%, 18,7%,
64,9% e 92,7%, (p < 0,0001). A possibilidade (OR = 52,2) de as mulheres na
faixa etária acima de 60 anos serem hipertensas, comparativamente com as
da faixa etária de 20 a 39 anos, é de 52,2 vezes (TAB. 5).
As mulheres na faixa etária entre 20 a 39 anos apresentaram a
prevalência de hipertensão arterial de 18,7% (p < 0,0001). Nessa faixa
60
etária, a prevalência do fenótipo diastólico (16,4%) é superior ao sistólico
(10,4%) (TAB. 5).
Na faixa etária entre 40 e 50 anos, 64,9% das mulheres são
hipertensas (p < 0,0001). Nessa faixa etária, registraram-se as prevalências
dos fenótipos sistólico (54,5%) e diastólico (57,3%) (TAB. 5).
Nas mulheres com mais de 60 anos, a prevalência de hipertensão
arterial foi 92,7% (n = ). Nos fenótipos, a prevalência do fenótipo sistólico foi
de (90,2%), do diastólico foi de (59,2%) e da pressão de pulso, de (91,5%)
(p < 0,0001) (TAB. 5).
As mulheres entre os 40 e 59 anos e as acima de 60 anos
apresentam 10,2 e 80,0 vezes chances de serem pertencentes ao fenótipo
sistólico do que as mulheres com idade entre 20 a 39 anos (TAB. 5).
A possibilidade de as mulheres com mais de 60 anos,
comparativamente com as de 20 e 39 anos, é de terem 55 vezes maior
propensão para hipertensão arterial, 80 vezes para o fenótipo sistólico, 50
vezes para o fenótipo diastólico e 49 vezes para apresentarem o fenótipo
pressão de pulso (TAB. 5).
As freqüências na amostra dos alelos da ECA (D e I) foram de
57,8% (n = 408) para o alelo D, e de 42,2% (n = 208) para o alelo I (TAB. 6-
A).
A prevalência do alelo M do AGT foi de 39,8% (n = 277) e do alelo
T, de 59,3% (n = 419) (TAB. 6-A).
A distribuição dos genótipos da ECA registrou 18,1% (n = 69) com o
genótipo II, 46,2% (n = 176) com o genótipo DI e 35,7% (n = 136) com o
61
genótipo DD. A distribuição do genótipo AGT mostrou que 16,5% (n = 63)
possuíam genótipo MM; 45,7% (n = 174), o genótipo MT e 36,5% (139) eram
do genótipo TT (TAB. 6-B).
A freqüência dos alelos do angiotensinogênio (M e T) não
apresentou significância estatística na distribuição entre as faixas etárias
(p < 0,50). Os alelos enzima conversora da angiotensina (I e D) mostraram
significância em relação à distribuição das faixas etárias (p < 0,01) (TAB. 7-
A).
Ocorreu possibilidade de 2.2 vezes (p < 0,01) e (OR = 2,2), de as
mulheres com mais de 60 anos apresentarem o alelo D em relação ao alelo
I, comparativamente com as mulheres entre 15 e 19 anos (TAB. 7-A).
A presença do alelo T do AGT foi significativa em relação ao quesito
cor da pele (p < 0,002) (OR = 2,2). As mulheres da raça negra mostram 2.2
vezes a chance de possuírem o alelo T. Não houve associação da cor da
pele com o genótipo da ECA (p < 0,9) (TAB. 7-B).
Das mulheres portadoras do alelo M (n = 100), 30,1% e T 29,6%
(n = 132) possuem níveis elevados de colesterol total, com (p < 0,50) e
(OR = 08) (TAB. 8-A).
As portadoras de LDL colesterol elevado possuem 43,9% (n = 131)
dos alelos M e (n = 179) 40,8% do alelo T (p < 0,10) e (OR = 0.9) (TAB. 8-B).
As participantes com colesterol HDL baixo e moderado possuem
43,4% (n = 127) dos alelos M e 56,6% (n = 165) do alelo T (p < 0,30) e
(OR = 1,2) (TAB. 8-C).
62
Entre as com o fenótipo triglicérides elevados, estão presentes
28,6% (n = 67) dos alelo M e 16,6% (n = 73) possuem alelos T (p < 0,30) e
(OR = 0.6) (TAB. 8-D).
A análise dos percentuais dos alelos da AGT, presentes nos
fenótipos sobrepeso e obesidade, mostrou o alelo M com 52,3% (n = 156)
(p < 0,50) (OR = 0,04) e alelo T com 56,2% (n = 252) (p < 0,50) (OR = 0,04)
(TAB. 9-A).
A prevalência dos alelos do AGT nas mulheres com fenótipo de
hiperglicemia mostrou o alelo M com 13.9% (n = 42) (p < 0,02) (OR = 2,2). O
alelo T registrou 17,9% (n = 78) (p < 0,02) (OR = 2,2). As mulheres com o
alelo T mostraram que têm 2,2 vezes (OR 2,2) chances de apresentarem
hiperglicemia (TAB. 9-C).
A participação dos alelos do AGT no fenótipo circunferência da
cintura abdominal mostrou o alelo M com 37,5% (n = 111) (p < 0,70)
{OR = 1,02 IC 95%(0.7-1.4)}. O alelo T com 38,4% (n = 167) (p < 0,70)
{OR = 1,02 IC 95%(0.7-1.4)} (TAB. 9-B).
Das mulheres portadoras do alelo I (n = 94), 30,3% e D 32,0%
(n = 142) possuem níveis elevados de colesterol total com (p < 0,50) e
(OR = 08) (TAB. 8-A).
As portadoras de LDL colesterol elevado possuem 43,9% (n = 131)
dos alelos I e (n = 122) 39,3% do alelo D (p < 0,10) e (OR = 0.9) (TAB. 8-B).
As participantes com o colesterol HDL baixo e moderado possuem
44,7% (n = 140) dos alelos I e 34,7% (n = 154) do alelo D (p < 0,007) e
(OR = 1,5) (TAB. 8-C).
63
O fenótipo HDL-colesterol aumentado apresentou significância
estatística em relação às mulheres com HDL-colesterol baixo ou moderado
comparativamente às portadoras do alelo D em relação ao alelo I
(p < 0,007). Esse comportamento não foi observado em relação aos alelos
da AGT (p < 0,30) (TAB. 8-C). Observou-se que as mulheres que possuem o
alelo D apresentam 1.5 vezes mais chances de ter o HDL colesterol elevado
em comparação às portadoras do alelo I (TAB. 8-C).
Entre as com o fenótipo triglicérides elevado estão presentes 20,2%
(n = 63) dos alelos I e 18,6% (n = 82) possuem alelos T (p < 0,30) e
(OR = 1,2) (TAB. 8-D).
A análise dos percentuais dos alelos da ECA, presentes nos
fenótipos sobrepeso e obesidade, mostrou o alelo I com 55,2% (n = 174)
(p < 0,90) (OR = 0,90) e alelo D com 54,8% (n = 242) (p < 0,90) (OR = 0,90)
(TAB. 9-A).
As mulheres que apresentaram valores elevados da glicemia
(< 110 mg/dl) mostraram significância estatística (p < 0,02) de possuírem o
alelo T, em relação às mulheres não pertencentes a esse fenótipo. As
mulheres com o alelo T deram sinal de que têm 2,2 vezes (OR 2,2) mais
chances de apresentarem hiperglicemia (TAB. 9-C).
A prevalência dos alelos do ECA nas mulheres com fenótipo de
hiperglicemia registrou o alelo I com 14,1% (n = 44) (p < 0,30) (OR = 1,5). O
alelo D registrou 17,0% (n = 76) (p < 0,30) (OR = 1,5) (TAB. 9-C).
A participação dos alelos da ECA no fenótipo circunferência da
cintura abdominal mostrou o alelo I com 16,1% (n = 118) (p < 0,90)
64
{OR = 0.91 IC 95% (0.7 - 1.3)}. O alelo D com 52,9% (n = 164) (p < 0,90)
{OR = 0.91 IC 95% (0.7 - 1.3)} (TAB. 9-B).
A tabela 6-B descreve as freqüências dos genótipos da ECA e AGT.
Os genótipos (II, DI e DD) e (MM, MT e TT) foram de {18,1% (n = 69), 46,2%
(n = 176) e 35,7% (n = 136)} e {(16,5% (n = 63), 45,7% (n = 174) e 36,5%
(n = 139)}, respectivamente.
A distribuição dos genótipos da ECA pela estratificação de faixa
etária, análise comparativa entre as mulheres com mais de 60 anos e as
com idade entre 20 e 39 anos, mostrou significância (p < 0,03). Na mesma
análise dos genótipos do AGT não foi observada significância (p < 0,53)
(TAB. 10).
A distribuição dos genótipos da ECA no fenótipo sistólico mostrou,
no II 52,2% (n = 36), no DI 42,7% (n = 73) e DD 44,4% (n = 60) (p > 0,43)
OR 0,73. Do genótipo do AGT foi de MM 43,5% (n = 27), MT, 44,8% (n = 77)
e TT, de 45,6% (n = 62) (p < 0,96) OR 1.08 (TAB. 11-A).
No fenótipo diastólico a distribuição do genótipo da ECA foi de II
40,6% (n = 28), no DI de 41,5% (n = 71) e no DD de 43,0% (n = 58)
(p > 0,94) OR 1,10. Do genótipo do AGT foi de MM 40,3% (n = 25), no MT
de 39,5% (n = 68) e no TT de 44,9% (n = 61) (p < 0,62) OR 1.20 (TAB. 11-
B).
No fenótipo pressão de pulso, a distribuição dos genótipos da ECA
e do AGT foi de II 50,7% (n = 35), no DI, de 40,9% (n = 70) e no DD, de
53,3% (n = 72) (p < 0,007); no OR, de 1,10. No genótipo do AGT foi, no MM,
65
de 40,3% (n = 25), no MT, de 39,5% (n = 68) e no TT, de 44,9% (n = 61) e
(p < 0,62) OR 1.20 (TAB. 11-C).
A tabela 12 descreve as freqüências dos genótipos do AGT e da
ECA no fenótipo circunferência da cintura abdominal. A prevalência dos
genótipos nas participantes com a medida aumentada mostrou o genótipo
MM, com 31,1% (n = 19). O genótipo MT com 37,3% (n = 62) e o TT, com
34,6% (n = 45) (p < 0,80) (OR = 1,17).
A prevalência dos genótipos da ECA nas participantes com a
medida CC aumentada mostrou o genótipo II com 33,8% (n = 23). O
genótipo DI com 36,9% (n = 62) e o DD com 34,1% (n = 43) (p < 0,60)
(OR = 1,01) (TAB. 12-A).
Na avaliação da freqüência dos genótipos do AGT e da ECA com as
associações dos homozigotos para os alelos T e D mais os heterozigotos
mostraram análises similares às anteriores (TAB. 12-B).
A tabela 13-A descreve as prevalências dos genótipos do AGT e da
ECA no fenótipo hiperglicemia. Nas mulheres com hiperglicemia, o genótipo
MM anotou 9,7% (n = 6), no MT era de 17,8% (n = 30) e no genótipo TT,
17,9% (n = 24) (p < 0,28) (OR = 2,03).
O genótipo da ECA registrou, entre as mulheres com hiperglicemia,
11,8% (n = 8); no genótipo II, 16,6% (n = 28); e no genótipo DI, 18,0%
(n = 24) (p < 0,50) (OR = 1,65) (TAB. 13-A).
As mulheres com hiperglicemia dos genótipos TT associada com
MT registraram 63,9% (n = 249) (p < 0,11) {OR = 2,02 IC 95% (0,8-4,9)}
(TAB. 13-B).
66
As participantes do fenótipo hipertrigliceridemia (limítrofe, alta e
muito alta) mostraram a distribuição dos genótipos do AGT com 25,8%
(n = 16) no MM, 20,1% (n = 34) e 14,8% (n = 20) (p < 0,42) (TAB. 14-A).
Nesse fenótipo, a distribuição dos alelos da ECA registrou 20,6% (n = 14) no
genótipo II; 19,6% (n = 33) no DI e, no DD, 18,5% (n = 24) (p < 0,63)
(OR = 1,64) (TAB. 14-A).
No fenótipo colesterol total elevado (limítrofe e alto), ocorreu, entre
as participantes, a prevalência do MM de 30,7% (n = 19); do MT, 33,7%
(n = 57) e do TT, 27,6% (n = 37) (p < 0,80) (OR = 0.77). No genótipo da ECA
a distribuição foi de 26,1% (n = 18); no II, no genótipo DI, 31,9%(n = 54) e no
DD, 32,6% (n = 43) (p < 0,60) (OR = 0,7) (TAB. 15-A).
As mulheres com o fenótipo colesterol LDL aumentado (desejável,
limítrofe, moderado e alto) registraram, nos genótipos do AGT, as
prevalências de 45,8 (n = 28); no genótipo MM, 51,1% (n = 69); no MT e no
TT, 41,2% (n = 52) (p < 0,10) (OR = 0,42). A distribuição dos genótipos da
ECA mostrou 27,6% (n = 21) no genótipo II; no genótipo DI, 44,7% (n = 75) e
no DD, 43,5% (n = 57) (p < 0,21) (OR = 1,02) (TAB. 16-A).
O grupo com fenótipo colesterol HDL (baixo e moderado) mostrou
as prevalências de 41,9% (n = 26) no genótipo MM; no genótipo MT, 42,6%
(N = 72) e no genótipo TT, 32,8% (n = 44) (p < 0,30) (OR = 0,6). No genótipo
da ECA, a distribuição das prevalências foi de 44,9%(n = 31) no genótipo II;
no genótipo DI, 44,4%(n = 75) e no DD, 38,7% (n = 37) (p < 0,008) (OR
2.01) (TAB. 17-A).
67
A avaliação da associação dos genótipos DD e DI constatou uma
prevalência de 37,2% (n = 112) e no II, 44,9% (n = 31) (p < 0,06) (OR = 0.72)
(TAB. 17-B).
68
6 DISCUSSÃO
O estudo descreve os fenótipos da pressão arterial, sistólico,
diastólico e pressão de pulso e suas correlações com os principais fatores
de risco cardiovascular. O objetivo do estudo foi evidenciar possíveis
associações desses fenótipos com os polimorfismos de genes candidatos à
hipertensão arterial. Os alelos e polimorfismos analisados foram da enzima
conversora da angiotensina (D e I) e II, DI e DD e os do angiotensinogênio
(T e D) e MM, MT e TT.
No presente estudo, a amostra seria isenta de criticas caso o
desenho não fosse realizado em duas fases. Estudo epidemiológico, como o
atual, realizado em duas fases, sendo a primeira desenvolvida no domicílio
da mulher selecionada com a realização de entrevista e aferição da pressão
arterial, e a segunda fase realizada em outro local, onde a coleta de material
biológico e os dados antropométricos eram colhidos. Estudos com este
formato apresentam perdas, como neste, em que ocorreu uma perda de
17,5% participantes, valor não menor do que os relatos em estudos
internacionais com desenho parecido.
69
A doença cardiovascular é a maior causa de mortalidade na
população mundial. Dados publicados pela OMS responsabilizam as
doenças cardiovasculares por 16 milhões de óbitos ao ano.
1
No Brasil
representa 32% da mortalidade total. Na população feminina, o percentual
dos fatores de risco cardiovascular vem aumentado nas últimas décadas.
20
69
Em muitos países, morrem mais mulheres do que homens por ano devido a
DCV.
16,70
A prevalência de hipertensão arterial na amostra feminina de Ouro
Preto registrou o percentual de 52,7% com pressão arterial superior ou igual
a 140 x 90 mmHg e com a idade média de 45,11 ± 16,2 anos (TAB. 1 e 5).
A prevalência de hipertensão arterial varia entre 22,3% a 43,9% na
população urbana brasileira. Entre as mulheres, as variações das
prevalências também são observadas. Esses percentuais oscilam,
dependendo da região avaliada e do critério utilizado para o valor de
normalidade da pressão arterial utilizado. Estudos brasileiros realizados na
década de 90, que utilizaram valores 160 x 95 mmHg, a prevalência
publicada entre as mulheres foi de 25,3% e 25,1% nas cidade de Araraquara
(1991) e Pelotas (1994). O estudo que avaliou a prevalência de hipertensão
arterial entre as mulheres com mais de 50 anos, na cidade de Araraquara
(SP) foi de 54,6%.
21,22
Quando o critério utilizado foi o de pressão arterial 140 x
90 mmHg para hipertensão, como por exemplo, o do Rio Grande do Sul,
houve prevalência de 33,7% de hipertensos na população adulta. Com os
mesmo critérios, entre as mulheres, registrou-se as prevalências de 22,1%,
27,4%, 33,6% nas cidades de Vitória (ES), Salvador (BA) e Formiga (MG),
respectivamente.
22,23
A prevalência de hipertensão arterial nas mulheres de Ouro Preto
(MG) apresentou maior similaridade com as freqüências descritas nas
70
populações européias do que nas norte-americanas, canadenses e
brasileiras.
69,70
A hipertensão arterial, nas mulheres norte americanas, canadenses,
espanholas e alemãs, foi de 24,8%, 25,8%, 44,6% e 50,3%,
respectivamente.
69,70
Nas mulheres portuguesas as prevalências foram de 12,5% nas
com menos de 35 anos, e de 41,1% nas com faixa etária entre 35 e 64
anos.
71
Fato epidemiológico atual, que merece atenção sobre a hipertensão
arterial, é que, em alguns registros, a prevalência entre as mulheres é maior
do que as registradas entre os homens.
70
Seis estudos nacionais registraram uma predominância da
hipertensão nas mulheres. Dois destes foram realizados na população da
cidade de Salvador (BA).
21,22
As análises sobre as prevalências dos fenótipos da pressão arterial
devem levar em consideração as características da população estudada. Os
percentuais entre as faixas etárias, freqüências das etnias, dos níveis de
escolaridade e da renda familiar devem refletir a composição da população
avaliada para ter validade interna e, ponderada, quando necessária para a
validação externa. Dessa forma, análises comparativas entre os estudos de
Ouro Preto e outros estudos são relatados abaixo (TAB. 2, 3 e 4).
No estudo de Ouro Preto (MG), a idade média foi de 45,1 ± 16,20
anos {IC 95% (43,4 - 46,7)}. Em estudos brasileiros com os mesmos critérios
de corte da pressão arterial 140/90 mmHg, a média das idades das
71
mulheres estudas foi de 40,8 ± 12,0 anos, 41,9 ± 14,6 anos, 44,0 ± 15,6
anos, nas cidades de Pelotas (RS), Salvador (BA) e Rio Grande do Sul. As
médias de idade desses estudos são muito similares às do estudo de Ouro
Preto.
21,23
Estudo publicado sobre a prevalência de hipertensão arterial na
população portuguesa mostra a importância da estratificação das faixas
etárias para essa análise. Neste estudo, a prevalência na população geral
mostrou valores de 49,5% entre os homens e de 38,9% entre as mulheres.
No mesmo estudo, na população com mais de 64 anos, 78,7% dos homens
e mulheres são hipertensos.
71
Os fenótipos da hipertensão arterial mostraram valores muito
elevados na população feminina de Ouro Preto quando comparados com os
valores obtidos nos estudos epidemiológicos nacionais.
21
Os valores da análise comparativa da composição etária do estudo
de Ouro Preto com os nacionais não mostraram diferenças importantes para
justificar as diferenças entre as prevalências. Observou-se uma similaridade
entre os dados das mulheres de Ouro Preto e os das mulheres canadenses
e das espanholas.
69,70
A comparação das prevalências com a população portuguesa
mostrou similaridade entre as ouropretanas e os homens portugueses 52,7%
e 49,5%, respectivamente. Entre as mulheres com idade acima de 60 anos,
verificou-se aumento acentuado da prevalência entre as portuguesas
(78,8%) mas mesmo assim, as ouropretanas nessa faixa etária
72
apresentaram percentuais mais elevados de 90,2%, 59,8% e 91,5% nos
fenótipos sistólico, diastólico e pressão de pulso, respectivamente.
69
6.1 A etnia e a genética
Vários estudos epidemiológicos indagam a dependência das
patogêneses e das prevalências da hipertensão arterial influenciadas pelas
etnias.
62
Publicações sobre as prevalências da hipertensão arterial, que
analisaram as freqüências entre etnias, mostraram maior prevalência,
morbidade e mortalidade entre os negros do que entre os brancos, asiáticos
e outras etnias.
62,69
Estudos ingleses e americanos publicaram uma faixa de
mortalidade cardiovascular de 3,5 vezes maior em pessoas de origem afro-
caribenha do que as médias nacionais devido à hipertensão arterial.
19,70
O acidente vascular cerebral é mais comum em pessoas negras. As
pessoas negras também apresentam maior incidência de insuficiência renal
crônica do que as brancas.
42
Estudos comparativos sobre a prevalência da hipertensão arterial na
população da África meridional rural em 1990, utilizando critérios de
160/95 mmHg, registraram freqüências de 5,9%, 5,7% e 4,1%, na Nigéria,
Cameron e Gana, respectivamente.
42,43,54
Dados colhidos em 2002, nas mesmas comunidades, utilizando
aparelhos automáticos validados e critérios de 140/90 mmHg, registraram as
prevalências de 13% nos homens e 9% nas mulheres.
42,43,54
73
Essas mesmas populações, avaliadas na região urbana, registraram
valores médios de 19,1%. Nos urbanos com mais de 65 anos, as
prevalências ficaram entre 30% a 40%.
42,43,54
As mulheres americanas de origem africana e mexicana, com mais
de 40 anos, registram maior prevalência da hipertensão arterial do que nos
homens. Quando a análise foi realizada na população com mais de 60 anos,
em todas as etnias, a prevalência entre as mulheres foi maior.
69,70
Entre os estudos brasileiros, o que mais se aproxima ao de Ouro
Preto (MG) é o da cidade de Salvador (BA). Essa similaridade é
conseqüência, principalmente, da forte miscigenação das populações das
duas cidades. No estudo de Salvador (BA)
21
, a prevalência da hipertensão
arterial nas mulheres foi de 31,7%, IC (28,5-34,9), a idade média foi de 41,9
± 14,6 anos. No estudo de Ouro Preto (MG), a prevalência da hipertensão
arterial foi de 52,7% idade média foi de 45,1 ± 16,20 anos {IC 95% (43,4 -
46,7)} (TAB. 18).
A freqüência das raças negra e branca em Ouro Preto (MG) foi de
9,9% e 29,6% e em Salvador (BA) de 28,1% e 24,8%, respectivamente
21
(TAB. 1).
Nas soteropolitanas, a hipertensão apresentou significância
estatística em relação à cor de pele negra e parda. Quando comparadas às
mulheres negras com as brancas, sobre a prevalência da hipertensão
arterial, os valores foram de 41,1% e 21,1%, respectivamente
21
(TAB. 1 e
18).
74
Nas ouropretanas, a maior prevalência, nos três fenótipos da
pressão arterial, foi encontrada mais nas negras do que nas outras etnias.
Mas, em nenhum dos fenótipos, houve significância estatística (TAB. 2, 3 e
4).
Na comparação entre as populações ouropretana e soteropolitana,
observa-se mais similaridade entre as prevalências da hipertensão arterial
nas duas comunidades pretas, 52,7% e 41,1%, respectivamente.
21
Nas ouropretanas, a prevalência do fenótipo sistólico foi de {n = 21
60,0% (p < 0,20) (OR = 2,19)}; nas pretas e nas brancas {n = 45 40,5%
(p < 0,20) (OR = 0.41)}; no fenótipo diastólico, nas pretas foi {n = 18 51,4%
(p < 0,12) (OR = 1,00)}; nas brancas {n = 39 35,1% (p < 0,12) (OR = 0.50)};
no fenótipo pressão de pulso, nas negras foi de {n = 21 60,0% (p < 0,10)
(OR = 2,19)}; e nas brancas, de {n = 45 40,5% (p < 0,12) (OR = 0.45)} (TAB.
1, 2, 3 e 4).
Os comportamentos epidemiológicos dos fenótipos da pressão
arterial entre as ouropretanas assemelham mais às soteropolitanas pretas
21
(TAB. 18).
Nas análises dos estudos epidemiológicos, os critérios para
padronização das etnias são debatidos e controversos. Apesar dessas
dificuldades, o comportamento das ouropretanas mostrou equivalência com
as publicações nacionais e internacionais, no que consiste à prevalência da
hipertensão arterial na raça preta. Os dados somente divergem, juntamente
com os internacionais, entre as prevalências da hipertensão arterial na raça
75
negra africana e dos seus descendentes espalhados em todo o
mundo.
70,72,73
6.2 Obesidade
Os estudos que relacionam a hipertensão arterial com a obesidade,
quando comparam suas influências entre os gêneros, mostraram maior
relação de risco nas mulheres se estas forem comparadas aos homens,
tanto para sobrepeso como para obesidade.
15,16
Nas publicações do estudo de Framingham, quando os gêneros são
comparados pelo índice de massa corporal, as mulheres com sobrepeso e
obesidade apresentaram maior prevalência de hipertensão arterial e risco
cardiovascular do que os homens pertencentes à mesma classificação.
74
No estudo paulista publicado sobre a prevalência de hipertensão
arterial em mulheres com sobrepeso e obesidade, os dados mostraram
freqüências progressivas da hipertensão arterial. As prevalências foram de
15,7%, 24,9% e 39,1% para IMC < 25, entre 25 e 30 e > 30 kg/m
2
.
As mulheres no estudo de Salvador
21
(BA) registram risco de
OR 1,62 IC (1,02 - 2,58) na associação da obesidade com a hipertensão. O
risco da obesidade abdominal foi de OR 2,05 IC (1,31 - 3,21). No estudo do
Rio Grande do Sul, o risco foi de (OR = 3,03).(TAB. 18)
Em relação à circunferência da cintura abdominal, o risco de
associação com hipertensão arterial, nos estudos de Salvador (BA) e de São
Paulo (SP), foi de OR = 2,05 e OR = 3,05
21
(TAB. 18).
76
No estudo de Ouro Preto (TAB. 9-B), observou-se significância
estatística (p < 0,0001) nas mulheres com circunferência da cintura
abdominal superior a 88 cm, nos três fenótipos avaliados. A probabilidade de
ocorrência foi de OR = 1,38, OR = 1,92 e OR = 1,16 nos fenótipos sistólico,
diastólico e pressão de pulso, respectivamente.
6.3 Escolaridade
Entre as ouropretanas, o nível de escolaridade foi um dos critérios
que maior significância estatística (p < 0,0001) mostrou em relação aos
fenótipos da pressão arterial, na população de OP. As probabilidades de
ocorrências foram muito elevadas nas mulheres com muito baixa
escolaridade {(n = 71,4% OR = 8,48}, {(n = 54,2%) OR = 5,92} e {(n = 68,8%
OR = 3,10} nos fenótipos sistólico, diastólico e pressão de pulso,
respectivamente (TAB. 2, 3 e 4).
Nas soteropolitanas, a hipertensão arterial esteve presente em
47,2% das mulheres com baixa escolaridade e 49,5% das com média
escolaridade.
As classes socioeconômicas mostraram significância estatística com
relação aos três fenótipos entre as ouropretanas (TAB. 2, 3 e 4). As
probabilidade de ocorrências foram de OR = 2,19, OR = 3,50 e OR = 1,95
para os fenótipos sistólico, diastólico e pressão de pulso, respectivamente.
Comportamento parecido ocorreu entre as soteropolitanas com uma
freqüência de 59,3% das mulheres da classe social baixa e com hipertensão
arterial.
77
A hiperglicemia foi estatisticamente significativa nos três fenótipos
(p < 0,0001) (TAB. 2, 3 e 4) e apresentou probabilidades de ocorrências de
OR = 1,43, OR = 1,91 e OR = 1,19 nos fenótipos sistólico, diastólico e
pressão de pulso, respectivamente. A hiperglicemia mostrou um risco de
ocorrência de OR = 2,16 entre as hipertensas.
A dislipidemia, nas ouropretanas, foi estatisticamente significativa
(p < 0,01) em todos os elementos avaliados, colesterol total, LDL e HDL
colesterol e triglicérides (TAB. 8-A, 8-B, 8-C e 8-D) com risco de ocorrência
de (OR = 1,90) (TAB. 18).
Nas soteropolitanas, não ocorreu significância com o colesterol total,
LDL colesterol e triglicérides (TAB. 18).
Entre as duas populações femininas ocorreu significância estatística
semelhante nos fenótipos idade, sobrepeso, obesidade, circunferência da
cintura abdominal e hiperglicemia (TAB. 18).
Ocorreu significância estatística somente nas soteropolitanas de
raça negra e parda.
No estudo de Ouro Preto não ocorreu significância entre os
fenótipos da pressão arterial e as etnias (sentimento da cor da pele). No
estudo de Salvador observou-se significância entre a hipertensão arterial e
as etnias negra e parda.
6.4 Polimorfismo do angiotensinogênio
As pesquisas sobre a genética molecular humana da pressão
arterial foram desenvolvidas com o objetivo de identificar os locus
78
envolvidos, detectar variantes genéticas nos loci identificados, associá-los
com fenótipos intermediários e, finalmente, estimar seus efeitos quantitativos
sobre a pressão arterial e sua interação com os principais fatores
ambientais.
65
Os genes do sistema renina-angiotensina foram extensamente
estudados devido ao bem documentado papel desse sistema no controle da
pressão arterial e na patogênese de várias formas de hipertensão.
Vários estudos iniciais mostraram uma correlação positiva entre
níveis plasmáticos do AGT e a pressão arterial. Observou-se redução da
pressão arterial com a administração do ANTIAGT, ou aumento da pressão
arterial com a injeção de AGT, e, também a elevação da pressão arterial em
animais transgênicos AGT, fatos que ofereceram atraentes evidências que
vinculam o AGT à hipertensão arterial.
36
O primeiro e mais estimulador estudo correlacionando o
polimorfismo do AGT com os fenótipos intermediários da pressão arterial foi
o publicado pelo grupo do Jeunemaitre et al.
36
. O estudo foi realizado entre
irmãos, o que facilitou os ajustes multifatoriais da hipertensão arterial. Nele
são enfatizados os possíveis efeitos moduladores interativos de uma série
de genes, entre eles os polimorfismos da ECA. Associados a essas
interações gênicas, são citados fatores ambientais, tais como a ingestão de
sódio e a obesidade.
36
Uma das conclusões deste estudo foi de que os polimorfismos do
AGT teriam um modesto efeito sobre a pressão arterial na população geral.
Esses achados justificavam os resultados discrepantes, positivos e
79
negativos, das associações entre os fenótipos intermediários da pressão
arterial e o genótipo do AGT.
36
Um grande estudo sobre a importância do polimorfismo do AGT na
pressão arterial humana foi desenvolvido em duas grandes séries de irmãos
em Salt Lake City e Paris. Os estudos foram desenvolvidos para avaliação
de possíveis evidências da correlação dos polimorfismos genéticos, entre o
AGT e os fenótipos intermediários da pressão arterial, em grupo familiar. Um
excesso de 17% de alelos foi encontrado em pares de irmãos com
hipertensão arterial grave, classificados como portadores de pressão arterial
diastólica acima de 100 mmHg ou utilizando dois fármacos anti-
hipertensivos.
36,61
A análise desses estudos mostra uma significativa associação entre
o polimorfismo do AGT com os irmãos do sexo masculino, nos grupos de
Utah e Paris, mas nenhuma associação foi observada nas comparações
feitas entre as mulheres, que sugerissem influência de um fenômeno
hormonal epistático.
36,61
Várias linhas de evidências indicam que a concentração do AGT
está vinculada à pressão arterial. Esses estudos podem mostrar que um
aumento do AGT no plasma seria capaz de elevar a pressão arterial e
contribuir para a hipertensão. Estudos também correlacionam o genótipo TT
com a concentração do AGT no plasma. Tais observações foram relatadas
após estudos em crianças normotensas, filhas de hipertensos. As filhas de
hipertensos tinham 13% a mais da concentração do AGT do que as filhas de
normotensos sem história familiar. O estudo MONICA também publicou
80
correlação entre as concentrações plasmáticas de AGT e o polimorfismo
TT.
36,61
Estudos que utilizaram avaliações de grandes metaanálises
sugerem que, embora alguns estudos não tenham registrado a associação
entre o polimorfismo do AGT e a hipertensão arterial, os indivíduos brancos
e asiáticos homozigotos para o alelo 235T, parecem ter risco relativo de
aumento para desenvolver os fenótipos da pressão arterial, quando
comparados com os indivíduos homozigotos para o alelo M. As prevalências
dos homozigotos TT nas etnias brancas são de 15%, nos asiáticos; de
53,0% e de 67% entre os afro-caribenhos. Entre os africanos, apesar da
maior prevalência dos homozigotos TT, o risco relativo não foi tão
significativo como nas outras etnias.
36,61
Os estudos de Caulfield e colaboradores
75
mostraram forte ligação
entre o genótipo AGT e a hipertensão arterial, numa série de 63 famílias
britânicas. Essa associação foi observada no subgrupo de homens com o
fenótipo diastólico, pressão diastólica acima de 100 mmHg, mas esta
associação não foi registrada entre os pares de mulheres. Outro estudo
observou associação entre o polimorfismo do AGT em pares de irmãos de
origem afro-caribenha, sugerindo diferenças nas associações genótipo-
fenótipo dependente da etnia avaliada. Dados de Cambiem
76
, também
avaliando as relações polimorfismo do AGT aos fenótipos da pressão arterial
e etnias, descreveram correlações mais estabelecidas entre os asiáticos do
que entre os caucasianos.
81
Os dados do estudo de Framingham e o (ARIC) sobre o risco de
aterosclerose, ajustados para idade e índice de massa corporal, mostraram
maior correlação entre os homens do que entre as mulheres, nas
associações dos fenótipos da pressão arterial e dos polimorfismos do
AGT.
67,77
Estudo publicado por Cambiem
76
descreveu forte associação
estatística (p < 0,003) nos homens entre os fenótipos da pressão arterial e
os polimorfismos do AGT. No mesmo estudo, entre as mulheres, a
significância estatística somente foi evidenciada naquelas com mais de 45
anos de idade.
Estudos desenvolvidos em populações asiáticas, americanas e
européias correlacionam o genótipo do AGT e os valores da pressão arterial
em mulheres com pré-eclampsia.
61
Avaliação comparativa da distribuição dos alelos do AGT do AGT (M
e T), no atual estudo e em outras populações, mostrou os percentuais nas
ouropretanas, nigerianos e caucasianos, do alelo M (39,8%, 9,0% e 58,0%)
e do alelo T (60,2%, 91,0% e 42,0% respectivamente).
36,61
Os percentuais dos alelos M e T do AGT mostraram diferenças
entre as ouropretanas, as africanas e as populações européias.
No atual estudo, a prevalência do alelo T foi maior e mais
significativa na raça negra, em comparação com a branca (p < 0,002)
(OR = 2,7). Esse comportamento aproxima mais as ouropretanas da
população africana, na qual a prevalência do alelo T aponta uma freqüência
de até 92%.
36,61
82
O alelo T apresentou associação significativa com a hiperglicemia
(p < 0,02) (OR = 2,2). Os homozigotos TT não apresentaram significância
estatística (p < 0,28) com o fenótipo hiperglicemia, mas observou-se a
probabilidade de ocorrência de (OR = 2,03) em relação ao genótipo MM
(TAB. 9-C e TAB. 13-A).
As prevalências dos alelos AGT comparativamente entre as
ouropretanas e a população do estudo de Vitória (ES) mostraram, M (39,8%
e 41,87%) e do alelo T (60,2% e 58,03%) respectivamente.
24
As prevalências dos genótipos do AGT na população de Ouro Preto
(MG) e Vitória (ES) foram de MM (16,5% e 19,8%), de MT (45,7% e 44,2%)
e de TT (36,5% e 35,9%). Portanto, as prevalências entre os alelos e os
genótipos do AGT nas populações de Ouro Preto (MG) e de Vitória (ES) são
muito similares.
24
Pereira e colaboradores observaram uma correlação linear entre os
alelos AGT 235T e o nível da pressão arterial. O risco foi maior na forma
homozigótica do alelo T e na associação dos homozigotos TT com os
heterozigotos MT.
24
A correlação linear foi verificada nos fenótipos sistólico com o
genótipo (TT) (p < 0,0002), diastólico TT (p < 0,003) e pressão de pulso
(p < 0,0003).
No atual estudo não ocorreu associação significativa do
polimorfismo do AGT com os fenótipos sistólico (p < 0,90), diastólico
(p < 0,62) e pressão de pulso (p < 0,62) tanto na análise de contingência,
83
como também na avaliação linear (p < 0,39), (p < 0,30) e (p < 0,65)
respectivamente (TAB. 11 A, 11-B e 11-C).
As prevalências da hipertensão arterial registradas nas cidades de
Ouro Preto (MG) e Vitória (ES) foram muito diferentes. Na cidade de Vitória
(ES), a prevalência foi de 38,2% (IC = 35,9% - 40,5%) na população geral e
de 32,2% entre as mulheres. A prevalência da hipertensão arterial foi de
52,7% (TAB. 5) nas mulheres de Ouro Preto.
Vários estudos demonstram uma ampla variabilidade das
prevalências da hipertensão arterial em populações com distribuição similar
dos alelos e dos genótipos da ECA e do AGT.
Estudo sobre a hipertensão arterial na raça negra africana, em seu
processo de diáspora, mostrou prevalências de 16,0% na Nigéria e de 35%
entre os negros americanos. As prevalências dos alelos e genótipos da ECA
e do AGT mostravam percentuais similares.
42,54
A variabilidade nos valores das prevalências da hipertensão arterial
entre as duas populações, com as mesmas etnias e freqüências similares
dos genótipos do AGT, pode ser explicada, muito provavelmente, pelas
exposições ambientais, tais com o consumo de sódio e a obesidade.
77
As discordâncias entre o estudo de Ouro Preto e de Vitória, no que
concerne às correlações entre o genótipo do AGT com os fenótipos sistólico,
diastólico e pressão de pulso, devem ser analisadas.
O estudo de Ouro Preto foi desenvolvido somente no sexo feminino
enquanto o de Vitória
24
foi realizado nos dois gêneros. Várias publicações
mostram diferenças nas correlações e significâncias da análise do
84
polimorfismo do AGT entre os sexos. Os estudos dos grupos de Utah e Paris
não mostraram significância entre o polimorfismo do AGT e os fenótipos
intermediários da pressão arterial entre as mulheres.
O estudo de Caulfield
75
e colaboradores mostrou correlação entre o
polimorfismo do AGT e o fenótipo diastólico somente em homens.
Os estudos sobre os dados de Framingham e de ARIC mostraram
maior prevalência e significância entre os homens do que entre as
mulheres.
67,77
O estudo de Cambiem mostrou significância entre o polimorfismo do
AGT e os fenótipos da pressão arterial somente para as mulheres com
menos de 45 anos.
Entre várias conjecturas para justificar as diferenças das
prevalências e significâncias entre os dois estudos, Ouro Preto e Vitória,
uma delas pode ser o efeito hormonal epistático. Este fenômeno explicaria
as ações hormonais moduladoras sobre as expressões dos polimorfismos do
AGT. Outros fatores ambientais associados a interações gene-gene, não
avaliadas nos dois estudos, também podem influenciar na análise dos
resultados.
36,61
Outras possibilidades que podem interferir nos resultados são os
métodos de análise, independentemente dos utilizados para interpretar as
associações.
36
Doenças muito freqüentes e que apresentem heterogeneidade
genética, as freqüências dos alelos correlacionados com a doença podem
produzir resultados falso – negativos, dependendo do tamanho da amostra.
85
Por exemplo, estudos sobre as associações dos fenótipos da pressão
arterial e os polimorfismos do AGT em populações negras e asiáticas,
necessitam de uma grande amostra devido à alta prevalência do alelo T
nessas comunidades.
61
De maneira similar, as análises de doenças multigênicas e
polimórficas, quando com pequenas significâncias estatísticas, são
registradas e são utilizados múltiplos testes de genes envolvidos que podem
levar aos resultados falso positivos.
36
Em estudos que comparam as freqüências, utilizando análises de
contingências para detectar uma associação entre o gene candidato e a
doença, por exemplo, alelo T e os fenótipos da pressão arterial, fazem a
análise depender da freqüência do alelo e da força de relação do alelo com a
hipertensão arterial.
36,61
As limitações amostrais, os métodos utilizados, as influências
ambientais especificas de cada região e os efeitos hormonais podem
explicar, parcialmente, as diferenças associativas entre os estudos de Ouro
Preto (MG) e de Vitória (ES).
6.5 Polimorfismo da ECA
O gene da ECA está vinculado à pressão arterial elevada em ratos
espontaneamente hipertensos, expostos à sobrecarga de sódio e, por isso,
mais propensos ao acidente vascular cerebral.
A freqüência do polimorfismo apresenta diferenças étnicas
marcantes. Em populações brancas saudáveis
31
, a freqüência do alelo D
86
varia de 0,50 a 0,60. Na população negra
32
, essa freqüência parece ser um
pouco maior. Entre os japoneses e chineses, a freqüência do alelo D varia
de 0,27 a 0,40.
6.6 Percentuais dos genótipos entre as raças
Distribuição do genótipo da ECA, em estudos nacionais
correlacionados com a raça, mostrou a prevalência do polimorfismo DD
0,28% entre os indivíduos brancos, 0,34% nos mulatos e 0,43% entre os
negros.
48
Os valores percentuais dos alelos da ECA entre as ouropretanas
foram de D (57,80%); do alelo I 42,20%, Esses valores são muito similares
aos descritos em populações africanas e caucasiana européia, do alelo D
60,0% e 57,0% e do alelo I, 40,0% e 43,0%, respectivamente.
52,53,54
Os genótipos da ECA, nas populações ouropretana, africana e
européia, foram de DD 35,7%, 35,0% e 32,0%, DI de 46,2%, 49,0% e 49,0%
e de II 18,1%,16,0% e 19,0%
52,53
(TAB. 6-A e 6-B)
O desenho do estudo de Vitória (ES), entre as publicações
nacionais, é o que mais se assemelha ao de Ouro Preto (MG). A análise
comparativa, entre as prevalências dos alelos da ECA nas populações
ouropretana e de Vitória (ES), mostrou para o alelo D (57,8% e %56,6%) e
para o alelo I (42,2% e 43,40%). Os genótipos da ECA nas mulheres
ouropretanas e de Vitória (ES) foram, respectivamente, de DD (35,7% e
29,1%), DI (46,2% e 54,9%) e II (18,1% e 15,9%)
24
(TAB. 6-A e 6-B).
87
A freqüência dos alelos (D e I) e dos polimorfismos (DD, DI e II)
mostrou, no estudo atual e também de Vitória (ES), uma prevalência próxima
aos achados em populações africanas e caucasianas. Isto parece ser
compatível com a miscigenação étnica elevada na população brasileira
64,24
(TAB. 6-B).
Estudos que descrevem as correlações, entre os alelos e genótipos
da ECA com os fenótipos da pressão arterial, na literatura são muito
discrepantes.
31,32
Alguns estudos epidemiológicos associam o alelo D com aumento
de risco de doença cardiovascular.
52,53,54,57
Estudos publicados por Rigat e colaboradores
31
relatam que os
indivíduos com um ou dois alelos D da ECA apresentam um aumento da
atividade da ECA no plasma e nos tecidos de aproximadamente 25% a 50%.
Esses estudos postulam que os indivíduos portadores do genótipo DD
apresentam maiores níveis de ECA tecidual e plasmático do que os
indivíduos II. Assim, os indivíduos II teriam os menores níveis de ECA,
enquanto os indivíduos ID teriam níveis intermediários dessa enzima.
31
Van Kley at al.
77
tentaram determinar o impacto funcional do
polimorfismo da ECA em indivíduos saudáveis. Eles examinaram os efeitos
da angiotensina I e II em 27 voluntários brancos saudáveis mantidos sob
uma dieta controlada em sódio e potássio. Observou-se que os indivíduos
DD apresentaram resposta aumentada das taxas de filtração glomerular,
resistência vascular renal da aldosterona e da pressão arterial quando
88
expostos a uma dose farmacológica de angiotensina I e que essa resposta
não foi evidenciada com a infusão da angiotensina II.
77
Observou-se que nesses indivíduos saudáveis, mantidos por um
período sob controle de redução de sódio, a resposta da angiotensina I foi
enfraquecida no subgrupo com o genótipo DD, sugerindo que o impacto do
genótipo pode ser modificado por fatores ambientais.
77
Dois estudos com indivíduos normotensos saudáveis mostraram
resultados conflitantes. No primeiro, realizado em população holandesa
normotensa, indivíduos homozigotos DD apresentaram pressões sistólicas e
diastólicas significativamente mais altas que a faixa da normalidade, mesmo
após ajuste pelo índice de massa corporal e idade. Esse fato foi confirmado
por regressão linear múltipla.
73
Em um segundo estudo sobre o registro longitudinal de gêmeos
suecos, avaliaram-se 298 pares de gêmeos do mesmo sexo. Não houve
sinais de influências genéticas significativas entre os polimorfismos do
sistema renina angiotensina e os fenótipos intermediários da pressão
arterial. Na conclusão deste estudo, os autores excluem as possibilidades de
viés de análise, porque os participantes eram do mesmo sexo e expostos a
ambiente único: o norte europeu.
31
Na população japonesa, Higashimori relatou que os indivíduos
homozigotos DD, apresentaram um risco 79% maior de desenvolver
hipertensão do que os genótipos II.
Zee e colaboradores
78
observaram que o polimorfismo da ECA I/D
estava associado com hipertensão arterial numa população australiana.
89
Entretanto, em vários paises, entre eles a Bélgica, a Dinamarca, a Grécia e
os Emirados Árabes, a associação relatada por Zee não foi observada.
Barley e colaboradores
52
, descrevendo seus trabalhos
desenvolvidos no Reino Unido, observaram significância estatística na
relação polimorfismo da ECA e os fenótipos da pressão arterial, entre os
descendentes afro-caribenhos, mas não entre a população branca.
Estudos com associações negativas
31
foram publicados em países
tais como a Bélgica, a Dinamarca e em avaliações longitudinais em gêmeos
do estudo Sueco.
As correlações e significâncias sobre as relações fenótipos da
pressão arterial e os polimorfismos da ECA foram amplamente estudados e
publicados. Dados discrepantes entre as associações são inúmeros. Entre
todas as correlações avaliadas, as que mostraram maiores consistências
foram sobre sexo-específica, sobre as etnias, homens brancos e
descendentes africanos.
O conhecimento que está sedimentado sobre os polimorfismos da
ECA é a correlação entre os alelos e os genótipos com as concentrações
plasmáticas da ECA. O alelo D apresenta maior concentração do que o alelo
I. Entre os genótipos correlacionados com a concentração, em ordem
decrescente, estão o DD, o DI e o II. Estes achados foram constatados em
diversos estudos, incluindo os centenários na França, os índios Pima e os
brancos dos USA.
47,49
Dados sobre os estudos de Framingham Heart Study, publicados
por O’Donnell
77
e o estudo The Suita Study
44
, publicado por Higaki,
90
descreveram associação significativa somente entre os homens, com o
fenótipo hipertensão arterial e o polimorfismo DD da ECA.
Os dados sobre as ouropretanas corroboram os achados de
O’Donnell
77
e Higaki
44
. Nas ouropretanas, não foi verificada associação entre
o genótipo DD e os fenótipos sistólico (p < 0,73) e diastólico (p < 0,94).
O atual estudo não registrou associação significativa entre os
fenótipos sistólico {n = 60 (44,4%)} (p < 0,40) e diastólico {n = 58 (43,0%)}
(p < 0,94) com os alelos e os genótipos da ECA (TAB. 11-A e 11-B). Estes
dados corroboram relatos dos estudos de Vitória (ES).
24
Na análise do fenótipo pressão de pulso entre as mulheres com
mais de 60 anos, quando comparadas às participantes com idade entre 20 a
39 anos, foi registrada significância estatística (p < 0,01) (OR = 2.2) com o
alelo D da ECA (TAB. 7-A).
Observou-se, nas ouropretanas, uma associação positiva entre o
genótipo DD e as distribuições das faixas etárias (p < 0,03). A probabilidade
de ocorrência do alelo DD entre as mulheres com mais de 60 anos foi de
OR = 5,53 em comparação com as de 20 a 39 anos (TAB. 10).
No estudo de Ouro Preto (MG), observou-se uma tendência de
associação (p < 0,07) (OR = 1,10) entre o fenótipo pressão de pulso e o
genótipo DD (TAB. 11-C).
Achados sobre a associação entre o fenótipo pressão de pulso e o
genótipo DD não foram observados nos estudos de Vitória (ES)
24
, de
Framingham Heart Study
77
e no The Suita Study.
44
91
A análise das associações do fenótipo da pressão de pulso das
ouropretanas com mais 60 anos, com o alelo D e o genótipo DD da ECA,
talvez possa ser explicada pela maior tendência da freqüência do alelo D e
do genótipo DD nessa faixa etária. Outra forma de análise e não excludente
é que as mulheres com o alelo D e o genótipo DD apresentam maior
concentração da ECA do que as portadoras do alelo I e do genótipo II. Esse
polimorfismo em mulheres com mais de 60 anos e com maior concentração
de angiotensina II promoveria um aumento da resistência vascular periférica,
elevando a prevalência do fenótipo pressão de pulso.
Os trabalhos publicados por Staessen
53
e Safar
56
podem explicar
esse achado entre as mulheres de Ouro Preto.
As publicações de Staessen
53
demonstraram associação estatística
entre o genótipo DD com o fenótipo pressão arterial sistólica isolada.
Os trabalhos de Safar
56
, que avaliam a rigidez vascular pela análise
da velocidade da onda de pulso, ressaltam associação do genótipo DD com
os indivíduos diabéticos com mais de 50 anos. Os dados de Safar
descrevem a importância da avaliação do fenótipo pressão de pulso que
refletiria a resistência vascular dos grandes arteriais.
Além da hipertensão arterial, outras patologias cardiovasculares,
tais como a aterosclerose e a insuficiência coronariana são avaliadas nas
suas correlações com os fenótipos e o polimorfismo da ECA.
39,76
Várias publicações correlacionam os portadores do genótipo DD
com maior risco para a doença arterial coronariana.
70,40
92
Além de influenciar a pressão arterial, o sistema renina angiotensina
é também um importante fator na etiologia da aterosclerose. Muitos estudos
clínicos relataram a eficácia de agentes que inibem a atividade da ECA e de
receptores da angiotensina II, no tratamento da aterosclerose.
80,40
A ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
constitui-se num fator de risco para processos de desenvolvimento da
aterosclerose.
80,40
A angiotensina II age nos receptores AT1 e AT2. A estimulação dos
receptores AT1 está associada à disfunção endotelial, principalmente como
conseqüência de um aumento na produção de espécies reativas de
oxigênio, vasoconstrição, ativação plaquetária, maior liberação do fator
inibidor da ativação do plasminogênio tipo 1 (PAI-1). A estimulação dos
receptores AT2 pode atenuar os efeitos proliferativos da estimulação dos
receptores AT1.
A contribuição desses efeitos tem sido estudada com relação ao
desenvolvimento e progressão da aterosclerose e na reestenose, após a
angioplastia.
76
A disfunção endotelial é um evento tardio, associado à
aterosclerose, e mantém relação com futuros eventos cardiovasculares. A
melhora da função endotelial é muito estudada com a utilização de estatinas.
As pesquisas que avaliam essas relações observaram a identificação de um
subconjunto de homozigotos DD da ECA. Esses relatos associam o alelo D
com a disfunção endotelial.
76
93
Existem controvérsias sobre a relação entre o genótipo DD com
aumento do risco de IAM. Estudos sugeriram que o genótipo DD está
associado à instabilidade da placa.
70,76
Cambien et al.
76
descreveram dados do estudo multicêntrico que
avaliou 1300 indivíduos e os fatores genéticos que os predispunham ao
aumento do infarto do miocárdio. Esses autores concluíram que os
portadores do genótipo DD eram significativamente mais freqüentes entre os
indivíduos com infarto agudo do miocárdio com uma razão de probabilidade
(OD 1,3). A associação ficava mais evidente (OD 3,2) em indivíduos jovens
com poucos fatores de risco cardiovasculares.
Evidência adicional, há no estudo de autopsia de casos fatais de
infarto agudo, numa população do projeto MONICA de Belfast.
84
Nessa
população, uma elevada prevalência do genótipo DD foi demonstrada,
quando comparada com os controles.
Os alelos e os genótipos da ECA não registraram significância
estatística com os fenótipos colesterol total (p < 0,50) (OR = 0,80), do LDL-
colesterol (p < 0,10) (OR = 0,9); triglicérides (p < 0,30) (OR = 0,7) (TAB. 14,
15 e 16).
Os fenótipos colesterol alto e moderado e o fenótipo triglicérides
muito alto e alto mostraram uma probabilidade de ocorrência de OR = 1,3 e
OR = 1,2, respectivamente (TAB. 14 e 15).
Chamam atenção entre as ouropretanas, na análise dos fenótipos
do perfil lipídico, as relações do HDL-colesterol e o polimorfismo da ECA.
94
O fenótipo HDL-colesterol elevado mostrou significância estatística
na avaliação do alelo D (p < 0,0007). As portadoras do genótipo DD
mostraram uma probabilidade de ocorrência de OR = 1,5 (TAB. 8-C).
O fenótipo HDL-colesterol elevado mostrou significância estatística
(p < 0,008) (OR = 2,01) com o genótipo DD. A avaliação do fenótipo HDL-
colesterol, correlacionado com a associação das portadoras dos genótipos
DD e DI mostrou (p < 0,06) (OR = 0,72) (TAB. 17).
95
7 SUMÁRIO E CONCLUSÃO
1) As prevalências dos fenótipos sistólico, diastólico e de pressão de
pulso da pressão arterial, foram elevadas e fortemente associadas,
com a idade, a classe social, a hiperglicemia e o perfil dos lipídios.
2) A distribuição do alelo T foi mais prevalente nas ouropretanas da
etnia negra.
3) Observou-se associação significativa entre o fenótipo hiperglicemia e
o alelo T do AGT
4) Observou-se associação significativa entre o fenótipo colesterol HDL
elevado, com o alelo D e o genótipo DD da ECA.
5) Observou-se associação significativa entre o alelo D e o genótipo
DD da ECA, nas ouropretanas com mais de 60 anos e tendência de
associação com o fenótipo pressão de pulso.
Em conjunto, os dados sugerem que a prevalência de hipertensão
entre as mulheres de ouropretenses é alta e associadas a idade, classe
social, hiperglicemia e perfil lipídico. A influência das variantes genéticas da
ECA e do angiotensinogênio tiveram pouco efeito sobre os fenótipos de
pressão arterial, mas influenciaram os níveis de colesterol HDL e a
hiperglicemia, respectivamente.
96
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107
ANEXOS
Tabela 1 - Características demográficas socioeconômicas análises
clinícas e antropométricas da amostra feminina projeto
corações de Ouro Preto (MG).
Características n Percentual
Média e desvio-
padrão
IC (95% Int.
médias)
Tabagismo 88 22,7 %
Sedentarismo 300 78,5 %
Brancas 112 29,3 %
Morenas claras 139 36,8 %
Morenas escuras 89 23,3 %
Pretas 38 9,9 %
Classe social AB 46 11,0%
Classe social C 143 37,0%
Classe social DE 187 48,4%
Escolaridade muito baixa 98 25,3%
Escolaridade baixa 123 31,8%
Escolaridade média 41 10,6%
Escolaridade alta 119 30,8%
Glicemia > 110 mg/dl 60 15,7% 99,01± 24,5 (96,4–101,5)
Colesterol total > 200 mg/dl 24 6,3% 182,96±37,9 (179,0-186,8)
Colesterol HDL < 40 mg/dl 147 37,5% 65,14±12,5 (63,7- 66,4)
Colesterol LDL > 130 mg/dl 43 11,3% 95,88±27,4 (92,6- 98,2)
Triglicérides > 150 mg/dl 32 8,8% 110,50±68,5 (103,4 -117,6)
Idade 386 100% 45,11±16,20 (43,4 -46,7)
Índice de massa corporal > 25 kg/m
2
208 53,5% 26,0±5,3 (25,5- 26,6)
Circunferência da cintura abdominal > 88 cm 127 33,5% 87,1±10,7 (83,1 – 86,0)
Pressão arterial sistólica média 386 100% 135,21± 26,7 (132,5- 137,9)
Pressão arterial diastólica média 386 100% 84,69 ± 14,3 (83,2-86,0)
Pressão de pulso média 386 100% 50,55±17,7 (48,7-52,4)
FONTE: Dados compilados pelo autor.
108
Tabela 2 - Características do fenótipo sistólico.
Características n %
Média e
desvio-
padrão
IC (95% Int.
médias)
P OR (95% Int.médias)
Tabagismo (+) 29 34,1% 0,026 0,55 IC 0,3- 0,9
sedentarismo 135 45,8% 0,6 1.16 IC (0,7- 1,9)
Brancos 45 40,5% 1
Moreno claro 63 45,7% 1,21 IC (0,72-2,1)
Moreno escuro 38 42,7% 1.09
Pretos 21 60,0%
0,20
2.19 IC (0,6-2,0)
Classe social AB 17 37,0% 1
Classe social C 52 36,9% 1.0 IC (0,8-2,1)
Classe social DE 98 53,6%
0.006
2.10 IC (0,9-4,0)
Escolaridade muito baixa 69 71,9% 0.000 8.48
Escolaridade baixa 61 49,6% 0.000 3.20
Escolaridade média 12 29,3% 0.000 1.34
Escolaridade alta 27 23,5% 1 1
Glicemia > 110 mg/dl 166 44,1% 105,3±26,8 101,2-109,4 0,0001 3,8 IC (2,1-5,8)
Colesterol total > 200 mg/dl 165 43,8% 191,6±37,9 185,8-197,5 0,0001 2,1 IC (0,9-4,9)
Colesterol HDL < 40 mg/dl 165 43,8% 66,7±13,4 66,4-68,8 0,02 1.6 IC (1,1-2,5)
Colesterol LDL > 130 mg/dl 163 43,3% 98,8±27,3 94,6-103,1 0.02 1,5 IC (0,8-2,8)
Triglicérides > 150 mg/dl 163 43,3% 127,7±65,9 116,5-136,9 0,0001 2,2 IC (1,0-4,6)
Idade 169 44,9% 56,5 ± 13,3 (54,4- 58,4) 0,0001
Circunferência da cintura
abdominal > 88 cm
164 43,1% 89,2±14,2 87,0- 91,0 0.0001 3,3 IC (2,2-5,2)
FONTE: Dados compilados pelo autor.
109
Tabela 3 - Características do fenótipo diastólico.
Características n %
Média e desvio-
padrão
IC (95% Int.
médias)
P
OR (95% Int.
médias)
Tabagismo 35 41,2% 0,9
0.95 IC (0,5-
1,56)
Sedentarismo 120 40,7% 0,5
1.12 1 IC (0,8-
1,4)
Brancos 39 35,1% 1
Moreno claro 65 47,1% 1,6 IC (0,9-2,8)
Moreno escuro 33 37,1% 1,0 IC (0,5-2,0)
Pretos 18 51,4%
0,123
2,0 IC (0,8-4,5)
Classe social AB 15 32,6% 1
Classe social C 53 37,6%
1,83 IC (0,6-
2,7)
Classe social DE 86 47,0%
0,096
1,8 IC (0,9-3,8)
Escolaridade muito baixa 52 54,2%
3,10 IC (1,9-
6,3)
Escolaridade baixa 60 48,8% 1,9
Escolaridade média 16 39,0%
0,000
2.8 IC (1,6-5,1)
Escolaridade alta 29 25,2% 1
Glicemia > 110 mg/dl 153 40,6% 106,0±30,5 101,1-110,9 0,000 2,9 IC (1,6-5,2)
Colesterol total > 200 mg/dl 152 40,4% 191,5±36,5 185,6-197,4 0,000 0,8 IC (0,4-1,9)
Colesterol HDL < 40 mg/dl 152 40,4% 66,4±12,8 64,4-68,5 0,083
1.95 IC (1,0-
2,4)
Colesterol LDL > 130 mg/dl 151 40,1% 98,4±26,9 94,0-102,7 0,075 1,1 IC (0,6-2,1)
Triglicérides > 150 mg/dl 151 40,1% 132,7±77.0 120,0-145,1 0,000 4,0 IC (1.8-8,9)
Idade 157 41,4% 52,8±13,8 50,2-54,4 0,0001
Circunferência da cintura
abdominal > 88 cm
151 43,61% 90,0±13,1 87,9-92,1 0,000 4,4 IC (2,8-6,9)
FONTE: Dados compilados pelo autor.
110
Tabela 4 - Características do fenótipo pressão de pulso.
Características n %
Média e
desvio-
padrão
IC (95% Int.
médias)
P
OR (95% Int.
médias)
Tabagismo 40 47,1% 1,0 1.0 IC (0,6-1,6)
Sedentarismo 145 49,2% 0,13 1.48 (0,8-2,4)
Brancos 45 40,5% 1
Moreno claro 62 44,9% 1.19 IC (0,7-2,0)
Moreno escuro 47 52,8% 1.65 IC(0,9-3,0)
Pretos 21 60,0%
0,12
2.19 IC(0,9-5,1)
Classe social AB 18 39,1% 1
Classe social C 55 39,0% 1.0
Classe social DE 102 55,7%
0,006
1.9 IC (0,9-4,0)
Escolaridade muito baixa 66 68,8% 5,96
Escolaridade baixa 65 52,8% 1.12 IC (3,1-11,4)
Escolaridade média 15 36,6%
0,000
3,0 IC (1,7-5,4)
Escolaridade alta 31 27,0% 1 1
Glicemia > 110 mg/dl 174 47,8% 104,0±28,5 99,7-108,2 ,000 3,1 IC (1,7-58)
Colesterol total > 200 mg/dl 173 47,5% 191,3±41,1 185,1-187,5 ,000 3,6 IC (1,8-9,2)
Colesterol HDL < 40 mg/dl 173 47,5% 66,9±13,2 64,9-68,9 ,000 2,0 IC (1,3-3,1)
Colesterol LDL > 130 mg/dl 170 47,3% 99,2±29,1 94,2-103,6 ,009 1,7 IC (0,9-3,2)
Triglicérides > 150 mg/dl 170 47,0% 119,7±65,7 109,7-129,6 ,010 1,7 IC (0,8-3,6)
Idade 177 52,9% 54,7±15,2 52,4- 57,0 0,0001
Circunferência da cintura
abdominal > 88 cm
172 48,1% 88,0±14,6 85,7- 90,2 0,0001 2,3 IC (1,5-3,6)
FONTE: Dados compilados pelo autor.
111
Tabela 5 - Distribuição dos fenótipos da pressão arterial nas faixas
etárias.
Idade Fenótipo normotensão
fenótipo hipertensão arterial
( 140 x 90 mmHg)
P OR
N 12 1
15-19
% 92,3 7,7
N 109 25
20-39
% 81,3 18,7
N 54 100
40-59
% 35,1 64,9
N 6 76
60
% 7,3 92,7
N 181 202
Total
% 47.3 52,7
0,0001
EX
1
8,0 IC (4,5-14,5)
55,2 IC (20,1-159,6)
Sistólico Fenótipo normotensão
Fenótipo pressão sistólica
aumentada
P OR
N 13 0
15-19
% 100 0
N 120 14
20-39
% 89,6 10,4
N 70 84
40-59
% 45,5 54,5
N 8 74
60
% 9,8 90,2
N 211 172
Total
% 55,1 44,9
0,0001
EX
1
10,2 IC (5,2-20,5)
7,7 IC (3,3-18,6)
Diastólico Fenótipo normotensão Fenótipo diastólica elevada P OR
N 12 1
15-19
% 92,3 7,7
N 112 22
20-39
% 83,6 16,4
N 66 88
40-59
% 42,9 57,1
N 33 49
60
% 40,2 59,8
N 223 160
Total
% 58,2 41,8
0,0001
EX
1
6,7 IC (3,7-12,3)
7,5 IC (3,8-15,0)
P. pulso Fenótipo normotensão Fenótipo diastólica elevada P OR
N 10 3
15-19
% 76,9 23,1
N 110 24
20-39
% 82,1 17,9
N 75 79
40-59
% 48,7 51,3
N 7 75
60
% 8,5 91,5
N 202 181
Total
% 52,7 47,3
0,0001
EX
1
4,83 IC (2,7-8,6)
49,1 IC (18,8-133,7)
FONTE: Dados compilados pelo autor.
112
Tabela 6-A - Distribuição dos alelos do AGT e da ECA na amostra.
Alelos AGT N % Alelos ECA N %
M 277 39,2 I 298 42,2
T 419 59,3 D 408 57,8
Total 696 98,5% 706 100
LEGENDA: M e T = alelos do AGT; I e D= alelos da ECA.
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 6-B - Distribuição dos polimorfismo do AGT e da ECA na
amostra.
Polimorfismo AGT N % Polimorfismo ECA N %
MM 63 16,5 II 69 18,1
MT 174 45,7 DI 176 46,2
TT 139 36,5 DD 136 35,7
Total 381 100,0 Total 381 100,0
LEGENDA: MM, MT e TT = Polimorfismo do AGT; II, DI e DD = Polimorfismo da ECA.
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 7-A - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e do alelo (I e D)
do alelo da ECA nos fenótipos faixa etária.
Fenótipo Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Idade M T P OR Total I D P OR Total
n 12 14 26 15 11 26
18-19
p 46,2 53,8 100 57,7 42,3 100
n 100 168 168 98 176 274
20-39
p 37,3 62,7 62,7 35,8 64,2 100
n 131 179 310 145 167 312
40-59
p 42,3 57,7 100 46,5 53,5 100
n 65 99 164 62 104 166
60
p 39,6 60,4 100 37,3 62,7 100
n 308 460 768 320 458 778
Total
p 40,1 59,9
0,50
1.4
1.1
1.3
100 41,1 58,9
0,01
1.4
1.5
2.2
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
113
Tabela 7-B - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e do alelo (I e D)
do alelo da ECA nos fenótipos cor de pele.
Fenótipo Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Cor da pele M T P OR Total I D P OR Total
n 111 113 224 97 131 228
Branco
p 49,6 50,4 100,0 42,5 57,5 100
n 108 174 282 115 173 288
Morena clara
p 38,3 61,7 100 39,9 60,1 100
n 66 112 178 73 105 178
Morena escura
p 37,1 62,9 100 41,0 59,0 100
n 20 56 76 33 43 76
Preta
p 26,3 73,7 100 43,4 56,6 100
n 305 455 760 318 452 770
Total
p 40,1 59,9
0,002
1.5
1.6
2.7
100 41,3 58,7
0,91
1.3
1.0
0.9
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 8-A - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (I e D) da ECA
entre os fenótipos colesterol total.
Perfil lipídico Angiotensinogênio
Enzima conversora da
angiotensina
Colesterol T M T P OR Total I D P OR Total
N 201 313 514 219 301 520
Ótimo fenótipo colesterol total normal
% 39,1 60,9 100 42,1 57,9 100
N 79 105 184 72 116 188
Limítrofe fenotipo colesterol total
limítrofe
% 42,9 57,1 100, 38,3 61,7 100
N 21 27 48 22 26 48
Alto fenotipo colesterol alto
% 43,8 56,3 100, 45,8 54,2 100
N 301 445 746 313 443 756
Total
% 40,3 59,7
0,50
100 41,4 58,6
0,50
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
114
Tabela 8-B - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (I e D) da ECA
entre os fenótipos LDL colesterol.
Perfil lipídico Angiotensinogênio
Enzima conversora da
angiotensina
LDL M T P OR Total I D P OR Total
N 167 259 426 188 244 432
Ótimo fenótipo colesterol LDL normal
% 39,2 60,8 100 43,5 56,5 100
N 90 138 228 84 146 230
Desejável fenótipo colesterol LDL
desejável
% 39,5 60,5 100 36,5 63,5 100
N 41 41 82 38 46 84
Fenótipo colesterol LDL limítrofe,
moderado e alto
% 50,0 50,0 100 45,2 54,8 100
N 298 438 736 310 436 746
TOTAL
% 40,5 59,5
0,10
100,0 41,6 58,4
0,10
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 8-C - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (I e D) da ECA
entre os fenótipos HDL-colesterol.
Perfil lipídico Angiotensinogênio Enzima conversora da angiotensina
HDL M T P OR Total I D P OR Total
N 127 165 292 140 154 294 Fenótipo colesterol
HDL baixo e
moderado
% 43,4 56,6 100,0 47,3 52,7 100,0
N 174 280 454 173 289 462
Alto
% 38,3 61,7 100 37,4 62,6 100,0
N 301 445 746 313 443 756
Total
% 40,3 59,7
0,30
100,0 41,4 58,6
0,007 0,6 IC (0,5-0,9)
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 8-D - Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (I e D) da ECA
entre os fenótipos triglicérides.
Perfil lipídico Angiotensinogênio Enzima conversora da angiotensina
Triglicérides M T P OR Total I D P OR Total
N 234 366 600 249 357 606
Ótimo fenótipo colesterol
total normal
% 39,0 61,0 100 41,1 58,9 100
N 33 41 74 37 39 76
Limítrofe fenótipo
colesterol LDL desejável
% 44,6 55,4 100 48,7 51,3 100
N 34 32 66 25 43 68
Fenótipo triglicérides alto
e muito alto
% 51,6 48,4 100 37,9 62,1 100
N 301 439 740 311 439 750
Total
% 40,7 59,3
0,30
100 41,5 58,5
0,30
0,6
IC (0,5-0,9)
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
115
Tabela 9-A - Distribuição dos alelos (T e M) do AGT entre os fenótipos
de índice de massa corporal.
Fenótipo Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Índice de massa corporal M T p OR Total I D p OR Total
N 15 23 38 15 23 38 Baixo peso
% 39,5% 60,5% 100,0% 39,5% 60,5% 100,0%
N 127 173 300 126 176 302 Normal
% 42,3% 57,7% 100,0% 41,7% 58,3% 100,0%
N 97 169 266 113 157 270 Sobrepeso
% 36,5% 63,5% 100,0% 41,9% 58,1% 100,0%
N 59 83 142 61 85 146 Obesidade
% 41,5% 58,5% 100,0% 41,8% 58,2% 100,0%
N 298 448 746 315 441 756 Total
% 39,9% 60,1%
0,50
100,0% 41,7% 58,3%
0,90
100,0%
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 9-B - Distribuição dos alelos (T e M) do AGT entre os fenótipos
de circunferência da cintura abdominal.
Fenótipo Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Circunferência da cintura
abdominal
M T p OR Total I D p OR Total
N 185 267 452 192 266 458
< 88 cm
% 40,9% 59,1% 100,0% 41,9% 58,1% 100,0%
N 111 167 278 118 164 282
88 cm
% 39,9% 60,1% 100,0% 41,8% 58,2% 100,0%
N 296 434 434 730 310 740
Total
% 40,5% 59,5%
0,70
59,5% 100,0% 41,9%
0,90
100,0%
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 9-C - Distribuição dos alelos (T e M) do AGT entre os fenótipos
de hiperglicemia
Fenótipo Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Glicemia M T P OR Total I D p OR Total
N 259 367 626 267 369 636
< 100 mg/dl
% 41,4% 58,6% 100,0% 42,0% 58,0% 100,0%
N 14 44 58 24 34 58
> 100 110 mg/dl
% 24,1% 75,9% 100,0% 41,4% 58,6% 100,0%
N 28 34 62 20 42 62
> 110 mg/dl
% 45,2% 54,8% 100,0% 32,3% 67,7% 100,0%
N 301 445 746 311 445 756
Total
% 40,3% 59,7%
0,02
2,.2
IC (1,2-4,3)
0,8
IC (0,5-1,5)
100,0% 41,1% 58,9%
0,3
100,0%
FONTE: Dados compilados pelo autor.
116
Tabela 10 - Distribuição os polimorfismos do AGT e da ECA entre as
faixas etárias.
Angiotensinogênio Enzima Conversora angiotensina
Fenótipo
MM MT TT P OR Total II DI DD P OR Total
N 3 6 4 13 4 7 2 13
15 - 19
% 23,1 46,2 30,8 100 30,8 53,8 15,4 100
N 23 54 57 134 15 68 54 137
20 - 39
% 17,2 40,3 42,5 100 10,9 49,6 39,4 100
N 25 81 49 135 39 67 50 156
40 - 50
% 16,1 52,3 31,6 100 25,0 42,9 32,1 100
N 14 37 31 82 12 38 33 83
Faixa
etária
> 60
% 17,1 45,1 37,8 100 14,5 45,8 39,8 100
N 65 178 141 384 70 180 139 389
TOTAL
% 16,9 46,4 36,7
0,53
100 18,0 46,3 35,7
0,03
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 11 - Distribuição dos fenótipos sistólico, diastólico e pressão
de pulso nos os polimorfismos do AGT e da ECA.
Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Fenótipo
MM MT TT P OR Total II DI DD P OR Total
N 35 95 74 204 33 98 75 54,9
FN
% 56,5 55,2 54,4 55.1 47,8 57,3 55,6 169
N 27 77 62 166 36 73 60 45,1
Sistólico
FS
% 43,5 44,8 45,6 44,9 52.2 42,7 44.4 54,9
N 62 172 136 370 69 171 135 375
Total
% 100 100 100
0,96
100 100 100 100
0,43
100
Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Fenótipo
MM MT TT P OR Total II DI DD p OR Total
N 37 104 75 218 41 100 77 216
FN
% 59,7 60,5 55,1 58,1 59,4 58,5 57,0 58,4
N 25 68 61 157 28 71 58 154
Diastólico
FS
% 40,3 39,5 44,9 41,9 40,65 41,5 43,0 41,6
N 62 172 136 375 69 171 135 135
Total
% 100 100 100
0,62
100 100 100 100
0,94
100
Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Fenótipo
MM MT TT P OR Total II DI DD p OR Total
N 37 104 75 216 34 101 63 75
FN
% 59,7 60,5 55,1 58,4 49,3 59,1 46,7 55,1
N 25 68 61 154 35 70 72 61
P. pulso
FS
% 40,3 39,5 44,9 41,6 50,7 40,9 53,3 44,9
N 62 172 136 370 62 172 136 135
Total
% 100 100 100
0,62
100 100 100 100
0,07
100
LEGENDA: FN = fenótipo da pressão arterial normal; FS = fenótipo sistólico aumentado; FD = fenótipo
diastólico aumentado FPP = fenótipo pressão de pulso aumentado.
FONTE: Dados compilados pelo autor.
117
Tabela 12-A - Distribuição dos fenótipos circunferência da cintura
abdominal e os polimorfismos do AGT e da ECA.
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT TT p OR Total II DI DD p OR total
N 42 104 85 23 45 106 83 234
< 88 cm
% 68,9 62,7 65,4 33,8 66,2 63,1 65,9 64,6
N 19 62 45 23 23 62 43 128
88
cm
% 31,1 37,3 34,6 33,8 33,8 36,9 34,1 35,4
N 61 166 130 357 68 168 126 362
Circunferência
da cintura
abdominal
Total
% 100 100 100
0,8 1,17
100 100 100 100
0,60 1,01
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 12-B - Distribuição dos fenótipos da circunferência da cintura
abdominal nos polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e
da ECA (II x DI + DD).
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT + TT p OR Total II DI + DD p OR total
N 42 189 231 45 189 234
< 88 cm
% 68,9 63,9 64,7 66,2 64,3 64,6
N 19 107 126 23 105 128
88 cm
% 31,1 36,1 35,3 33,8 35,7 35,4
N 61 296 357 68 294 362
Circunferência
da cintura
abdominal
Total
% 100 100
0,4
100 100 100
0,76
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 13-A - Distribuição dos fenótipos da glicemia e os
polimorfismos do AGT e da ECA.
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT TT p OR Total II DI DD p OR total
N 56 139 110 305 60 141 109 310
< 110 mg/dl
% 90,3 82,2 82,1 83,6 88,2 83,4 83.8 83,8
N 6 30 24 60 8 28 24 60
110 mg/dl
% 9,7 17,8 17,9 16,4 11,8 16,6 18,0 310
N 62 169 134 365 68 169 133 370
Glicemia
Total
% 100 100 100
0,28
100 100 100 100
0,5
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
118
Tabela 13-B - Distribuição dos fenótipos da glicemia Nos
polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e da ECA (II x DI +
DD).
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT + TT p OR Total II DI+ DD p OR TOTAL
N 56 149 305 60 25O 310
< 110 mg/dl
% 90,3 82,2 83,6 88,2 82,2 83,8
N 6 54 60 8 52 60
110 mg/dl
% 9,7 17,8 16,4 11,8 17,2 16,2
N 62 303 365 68 302 370
Glicemia
Total
% 100 100
0,11
2,02
IC
0,8 - 4,9
100 100 100
0,27
1,56
IC
0,7 - 3,4
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 14-A - Distribuição dos fenótipos do triglicérides nos
polimorfismos do AGT e da ECA.
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT TT p OR
Tota
l
II DI DD p OR Total
N 46 135 112 293 54 136 106 296
Ótimo
% 74,2 79,9 85,5 80,9 79,4 80,5 81,5 80,7
N 7 19 11 37 10 17 11 38 Fenótipo
triglicérides
limítrofe
% 11,3 11,2 8,4 10,2 14,7 10,1 8,5 10,4
N 9 15 9 32 4 16 13 33
Triglicérides
Fenótipo
triglicérides
alto e muito
alto
% 14,5 8,9 6,4 8,9 5,9 9,5 10 9,0
N 62 169 131 362 68 169 130 367
Total
% 100 100 100
0,42
100 100 100 100
0,63
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
119
Tabela 14-B - Distribuição dos fenótipos do triglicérides Nos
polimorfismos do AGT (MM X MT +TT) e da ECA (II x DI +
DD).
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM
MT +
TT
p OR Total II
DI +
DD
p OR total
N 46 247 293 54 242 296
Ótimo
% 74,2 82,3 80,9 79,4 80,9 80,7
N 7 30 37 10 28 38 Fenótipo
triglicérides
limítrofe
% 11,3 10,0 10,2 14,7 9,4 10,4
N 9 23 32 4 29 33
Triglicérides
Fenótipo
triglicérides alto e
muito alto
% 14,5 8,6 8,9 5,9 5,9 9,0
N 62 300 362 68 299 367
Total
% 100 100
0,28 0,47
100 100 100
0,46 1,61
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 15-A - Distribuição dos fenótipos colesterol total e os
polimorfismos do AGT e da ECA.
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT TT p OR Total II DI DD p OR total
N 43 112 97 252 51 115 89 225
Ótimo
% 69,4 66,3 72,4 69,0 73,9 68,0 67,4 68,9
N 15 44 30 89 12 44 35 91 Fenótipo
triglicérides
limítrofe
% 24,2 26,0 22,4 24,4 17,4 26,0 26,5 24,6
N 4 13 7 24 6 10 8 24
Colesterol
total
Fenótipo
triglicérides
alto e muito
alto
% 6,5 7,7 5,2 6,6 8,7 5,9 6,1 6,5
N 62 169 169 365 69 169 132 370
Total
% 100 100 100
0,80
100 100 100 100
0,60
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
120
Tabela 15-B - Distribuição dos fenótipos colesterol total nos
polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e da ECA (II x DI +
DD).
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT + TT p OR Total II
DI +
DD
p OR Total
N 43 209 252 51 204 204
Ótimo
% 69,4 69,0 69,0 73,9 67,8 67,8
N 15 74 89 12 79 79 Fenótipo
triglicérides
limítrofe
% 24,2 24,4 24,4 17,4 26,2 26,2
N 4 20 24 6 18 18
Colesterol
total
Alto
% 6,5 6,5 6,6 8,7 6,0 6,0
N 62 303 365 69 301 301
Total
% 100 100
0,99 1,02
100 100 100
0,25 0,70
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 16-A - Distribuição dos fenótipos LDL colesterol os
polimorfismos do AGT e da ECA.
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT TT p OR Total II DI DD p OR Total
N 33 99 77 209 47 93 72 212
Ótimo
% 54,1 58,9 58,8 58,1 69,1 55,4 55,8 58,1
N 20 44 46 110 14 51 46 111 Fenótipo
colesterol
LDL
desejável
% 32,8 26,2 35,1 30,6 20,6 30,4 35,7 30,4
N 8 25 8 41 7 24 11 42
Colesterol
LDL
Fenótipos
colesterol
LDL limítrofe,
moderado e
alto
% 13,0 14,9 6,1 11,4 10,3 14,3 7,8 11,5
N 61 168 131 360 1 1 1 365
Total
% 100 100 100
0,10
100 ,3 ,3 ,3
0,21
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
121
Tabela 16-B - Distribuição dos fenótipos do LDL colesterol nos
polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e da ECA (II x DI +
DD).
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM
MT+
TT
P OR Total II
DI +
DD
P OR total
N 33 176 209 47 165 212
Ótimo
% 54,1 58,9 58,1 69,1 55,6 58,1
N 20 90 110 14 97 111
Fenótipo colesterol LDL
desejável
% 38,2 30,1 30,6 20,6 32,7 30,4
N 8 33 41 7 35 42
Colesterol
LDL
Fenótipos colesterol
LDL limítrofe, moderado
e alto
% 13,0 10,5 11,4 10,2 11,0 11,5
N 61 239 360 68 297 365
Total
% 100 100
0,21 0,77
100 100 100
0,21 1.43
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 17-A - Distribuição dos fenótipos HDL-colesterol os
polimorfismos do AGT e da ECA.
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM MT TT p OR Total II DI DD p OR total
N 26 72 44 142 31 75 37 143
Baixo e
moderado
P 41,9 42,6 32,8 38,9 44,9 44,4 38,7 38,7
N 36 97 90 223 38 94 95 227
Colesterol
HDL
Alto
% 58,1 57,4 67,2 61,1 55,1 55,6 61,4 61,4
N 62 169 134 365 69 169 370 370
Total
% 100 100 100
0,30
100 100 100 100
0,008
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
Tabela 17-B - Distribuição dos fenótipos HDL-Colesterol nos
polimorfismos do AGT (MM x MT +TT) e da ECA (II x DI +
DD)
Angiotensinogênio Enzima conversora
Fenótipos
MM
MT
+
TT
p OR Total II
DI
DD
p OR total
N 26 116 142 31 112 143
Fenótipo HDL-colesterol
baixo e moderado
P 41,9 39,3 38,9 44.9 37,2 38,7
N 36 187 223 38 189 227
Colesterol
HDL
Alto
% 58,1 61,7 61,1 55,1 62,8 61,4
N 62 303 365 69 301 370
Total
% 100 100
0,76 0,85
100 100 100
0,065 0,72
100
FONTE: Dados compilados pelo autor.
122
Tabela 18 - Comparativa entre os dados da população feminina de
Salvador (BA) e de Ouro Preto (MG).
ESTUDO SALVADOR FSop FDop FPPop
Característica S OR % S OR % S OR % S OR
Idade anos
Média S 9,8 44,9 S 41,4 S 52,9 S
Raça
Branca 1,0 40,5 1,0 35,1 1,0 40,5 1,0
P/M S 2,00 45,7 NS 1,20 47,1 NS 2.10 44,9 NS 1,10
Preta/negra S 2.93 60,0 NS 2.19 51,4 NS 2.20 60,0 NS 2.19
Escolaridade
Baixa/MB NS 4,22 71,9 S 8,48 54,2 S 3.10 68,8 S 5,96
Média EX 1,78 29,3 S 1,34 48,8 S 1,90 34,6 S 1.54
Alta 1.0 1.0 1.0 1.0
Classe social
Baixa/DE EX 1,18 53,6 S 2.19 47,0 S 3,50 55,7 S 1,96
Média/ C EX 1.01 36,9 S 1.97 37,6 S 1,83 39,0 S 1,95
Alta / A 1,0 1,0 1,0 1,0
Tabagismo
Sim EX 34,1 S 0,5 41,2 SN 1.0 47,1 NS 0,9
Ativi.fisica
Sedentária NS 1.5 45,8 NS 1,1 40,7 SN 1.2 47,2 NS 1.0
SB/Obesidade
IMC >25 S 3,37
CC abd
sim S 4,39 43,1 S 1.38 43,6 S 1,92 48,1 S 1,94
Colesterol
> 240 mg/dl NS NS 43,8 S 1.48 40,4 S 1,91 47,5 S 1,22
LDL-C
> 160 mg/dl NS NS 43,3 S 1,44 40,1 S 1.90 47,3 S 1.24
HDL –C
40 mg/dl EX EX 43,8 S 1.46 40.4 S 1.95 47,5 S 1.22
Triglicérides
200 mg/dl NS NS 43,3 S 1.44 40,1 S 1,90 47,0 S 1,24
Hiperglicemia
sim S 2,16 44,1 S 1.43 40,6 S 1,91 47,8 S 1,19
LEGENDA: FSop = fenótipo da pressão sistólica aumentada amostra de Ouro Preto; FDop = fenótipo
da pressão diastólica aumentada amostra de Ouro Preto; FPPop = fenótipo da pressão de pulso
aumentada amostra de Ouro Preto; P/M = etnias e cor de pele parda e morena; Preta/negra = etnias e
cor de pele preta-negra; Baixa /MB = escolaridade baixa e muito baixa; Baixa/DE= classe social baixa/
e classes sociais DE; Média/C = classe social; Alta/A classe social; SB/OBESIDADE = sobrepeso e
obesidade; IMC = índice de massa corporal; CCabd = circunferência da cintura abdominal; LDL-C =
colesterol LDL; HDL-C = colesterol HDL; S = significância estatística (p < 0,05); NS = não significante
EX = excluído.
FONTE: Dados compilados pelo autor e referência 22.
123
Tabela 19 - Características demográficas socioeconômicas análises
clinícas e antropométricas da amostra feminina projeto
corações de Ouro Preto.
Características n percentual Média e desvio-padrão IC (95% Int. médias)
Tabagismo 88 22,7 %
Sedentarismo 300 78,5 %
Brancas 112 29,3 %
Morenas claras 139 36,8 %
Morenas escuras 89 23,3 %
Pretas 38 9,9 %
Classe social AB 46 11,0%
Classe social C 143 37,0%
Classe social DE 187 48,4%
Escolaridade muito baixa 98 25,3%
Escolaridade baixa 123 31,8%
Escolaridade média 41 10,6%
Escolaridade alta 119 30,8%
Glicemia > 110 mg/dl 60 15,7% 99,01± 24,5 (96,4 -101,5)
Colesterol total > 200 mg/dl 24 6,3% 182,96±37,9 (179,0 -186,8)
Colesterol HDL < 40 mg/dl 147 37,5% 65,14±12,5 (63,7- 66,4)
Colesterol LDL > 130 mg/dl 43 11,3% 95,88±27,4 (92,6- 98,2)
Triglicérides > 150 mg/dl 32 8,8% 110,50±68,5 (103,4 -117,6)
Idade 386 100% 45,11±16,20 (43,4 -46,7)
Índice de massa corporal >25 kg/m
2
208 53,5% 26,0±5,3 (25,5- 26,6)
Circunferência da cintura abdominal > 88 cm 127 33,5% 87,1±10,7 (83,1 – 86,0)
Pressão arterial sistólica média 386 100% 135,21± 26,7 (132,5- 137,9)
Pressão arterial diastólica média 386 100% 84,69 ± 14,3 (83,2-86,0)
Pressão de pulso média pressão de pulso média 386 100% 50,55±17,7 (48,7-52,4)
FONTE: Dados compilados pelo autor.
124
APÊNDICE I - Tabelas
Oneway - TABELA FENÓTIPO DIASTÓLICO
95% Confidence Interval
for Mean
N Mean
Std.
Deviation
Lower Bound Upper Bound
Minimum Maximum
normotenso 219 39,9361 16,11756 37,7895 42,0826 18,00 82,00
hipertensão diastólica 157 52,3885 13,37844 50,2795 54,4976 18,00 94,00
idade
Total 376 45,1356 16,22608 43,4902 46,7810 18,00 94,00
normotenso 206 80,619 13,4918 78,766 82,472 54,0 133,0
hipertensão diastólica 151 90,046 13,1154 87,937 92,155 55,0 140,0
Circunferência da
cintura
(abdominal)
Total 357 84,606 14,1085 83,138 86,075 54,0 140,0
normotenso 211 93,89 17,439 91,52 96,26 62 228
hipertensão diastólica 153 106,08 30,578 101,19 110,96 77 297
Glicose Metodo:
Total 364 99,01 24,572 96,48 101,55 62 297
normotenso 212 176,82 37,753 171,70 181,93 103 319
hipertensão diastólica 152 191,54 36,564 185,68 197,40 109 328
coltot
Total 364 182,96 37,914 179,06 186,87 103 328
normotenso 212 64,18 12,210 62,53 65,83 41 129
hipertensão diastólica 152 66,49 12,862 64,43 68,55 17 123
hdl
Total 364 65,14 12,521 63,85 66,43 17 129
normotenso 208 93,24 27,065 89,54 96,94 46 215
hipertensão diastólica 151 98,40 26,984 94,06 102,74 17 178
ldl
Total 359 95,41 27,114 92,60 98,22 17 215
normotenso 210 94,48 56,684 86,77 102,19 26 555
hipertensão diastólica 151 132,79 77,082 120,40 145,19 35 395
trig
Total 361 110,50 68,551 103,41 117,60 26 555
Test of Homogeneity of Variances
Levene Statistic df1 df2 Sig.
idade 5,277 1 374 ,022
Circunferência da cintura (abdominal) ,023 1 355 ,879
Glicose Metodo: ___________ 14,006 1 362 ,000
coltot ,169 1 362 ,681
hdl ,095 1 362 ,758
ldl ,006 1 357 ,940
trig 17,639 1 359 ,000
125
ANOVA
Sum of Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups 14179,678 1 14179,678 62,721 ,000
Within Groups 84552,404 374 226,076
idade
Total 98732,082 375
Between Groups 7743,944 1 7743,944 43,555 ,000
Within Groups 63118,012 355 177,797
Circunferencia da cintura (abdominal)
Total 70861,955 356
Between Groups 13173,380 1 13173,380 23,150 ,000
Within Groups 205991,552 362 569,037
Glicose Metodo: ___________
Total 219164,931 363
Between Groups 19190,947 1 19190,947 13,822 ,000
Within Groups 502621,589 362 1388,457
coltot
Total 521812,536 363
Between Groups 471,409 1 471,409 3,024 ,083
Within Groups 56435,162 362 155,898
hdl
Total 56906,571 363
Between Groups 2336,993 1 2336,993 3,198 ,075
Within Groups 260855,814 357 730,689
ldl
Total 263192,808 358
Between Groups 128975,227 1 128975,227 29,628 ,000
Within Groups 1562767,017 359 4353,111
trig
Total 1691742,244 360
126
Oneway - TABELA UNIVARIADA DO FENÓTIPO SISTÓLICO
95% Confidence
Interval for Mean
N Mean
Std.
Deviation
Lower
Bound
Upper
Bound
Minimum Maximum
normotenso 207 35,8841 11,93128 34,2491 37,5190 18,00 79,00
hipertensão sistólica 169 56,4675 13,36041 54,4385 58,4964 20,00 94,00
idade
Total 376 45,1356 16,22608 43,4902 46,7810 18,00 94,00
normotenso 193 80,676 12,8025 78,859 82,494 57,0 125,0
hipertensão sistólica 164 89,232 14,2076 87,041 91,422 54,0 140,0
Circunferência da
cintura
(abdominal)
Total 357 84,606 14,1085 83,138 86,075 54,0 140,0
normotenso 198 93,68 21,152 90,71 96,64 62 281
hipertensão sistólica 166 105,38 26,817 101,27 109,49 67 297
Glicose Metodo:
___________
Total 364 99,01 24,572 96,48 101,55 62 297
normotenso 199 175,73 36,437 170,64 180,83 103 328
hipertensão sistólica 165 191,68 37,933 185,85 197,52 109 311
coltot
Total 364 182,96 37,914 179,06 186,87 103 328
normotenso 199 63,81 11,520 62,20 65,42 41 113
hipertensão sistólica 165 66,75 13,490 64,68 68,83 17 129
hdl
Total 364 65,14 12,521 63,85 66,43 17 129
normotenso 196 92,53 26,676 88,77 96,28 46 215
hipertensão sistólica 163 98,88 27,311 94,65 103,10 17 178
ldl
Total 359 95,41 27,114 92,60 98,22 17 215
normotenso 198 97,12 67,884 87,60 106,63 26 555
hipertensão sistólica 163 126,77 65,984 116,56 136,97 35 395
trig
Total 361 110,50 68,551 103,41 117,60 26 555
Test of Homogeneity of Variances
Levene Statistic df1 df2 Sig.
idade 3,215 1 374 ,074
Circunferência da cintura (abdominal) 2,079 1 355 ,150
Glicose Metodo: ___________ 8,162 1 362 ,005
coltot 1,084 1 362 ,298
hdl ,927 1 362 ,336
ldl ,144 1 357 ,705
trig ,984 1 359 ,322
127
ANOVA
Sum of Squares df
Mean
Square
F Sig.
Between Groups 39418,794 1 39418,794 248,555 ,000
Within Groups 59313,288 374 158,592
idade
Total 98732,082 375
Between Groups 6489,750 1 6489,750 35,790 ,000
Within Groups 64372,205 355 181,330
Circunferencia da cintura
(abdominal)
Total 70861,955 356
Between Groups 12366,528 1 12366,528 21,648 ,000
Within Groups 206798,403 362 571,266
Glicose Metodo:
___________
Total 219164,931 363
Between Groups 22952,039 1 22952,039 16,655 ,000
Within Groups 498860,497 362 1378,068
coltot
Total 521812,536 363
Between Groups 781,016 1 781,016 5,037 ,025
Within Groups 56125,556 362 155,043
hdl
Total 56906,571 363
Between Groups 3590,389 1 3590,389 4,937 ,027
Within Groups 259602,418 357 727,178
ldl
Total 263192,808 358
Between Groups 78598,774 1 78598,774 17,492 ,000
Within Groups 1613143,469 359 4493,436
trig
Total 1691742,244 360
128
Oneway - FENÓTIPO PRESSÃO DE PULSO
Descriptives
95% Confidence Interval
for Mean
N Mean
Std.
Deviation
Std.
Error
Lower
Bound
Upper
Bound
Minimum Maximum
normal 199 36,5477 11,61793 ,82357 34,9236 38,1718 18,00 73,00
aumentada 177 54,7910 15,23104 1,14483 52,5316 57,0503 18,00 94,00
idade
Total 376 45,1356 16,22608 ,83680 43,4902 46,7810 18,00 94,00
normal 185 81,446 12,8159 ,9422 79,587 83,305 55,0 125,0
aumentada 172 88,006 14,6709 1,1186 85,798 90,214 54,0 140,0
Circunferência
da cintura
(abdominal)
Total 357 84,606 14,1085 ,7467 83,138 86,075 54,0 140,0
normal 190 94,42 19,279 1,399 91,66 97,18 68 281
aumentada 174 104,03 28,501 2,161 99,76 108,29 62 297
Glicose Metodo:
___________
Total 364 99,01 24,572 1,288 96,48 101,55 62 297
normal 191 175,38 33,031 2,390 170,66 180,09 103 328
aumentada 173 191,34 41,159 3,129 185,16 197,52 109 319
coltot
Total 364 182,96 37,914 1,987 179,06 186,87 103 328
normal 191 63,51 11,616 ,841 61,85 65,17 41 113
aumentada 173 66,95 13,250 1,007 64,96 68,94 17 129
hdl
Total 364 65,14 12,521 ,656 63,85 66,43 17 129
normal 189 91,94 24,695 1,796 88,39 95,48 46 167
aumentada 170 99,27 29,162 2,237 94,86 103,69 17 215
ldl
Total 359 95,41 27,114 1,431 92,60 98,22 17 215
normal 191 102,31 70,098 5,072 92,31 112,32 26 555
aumentada 170 119,71 65,765 5,044 109,75 129,66 35 395
trig
Total 361 110,50 68,551 3,608 103,41 117,60 26 555
Test of Homogeneity of Variances
Levene Statistic df1 df2 Sig.
idade 13,880 1 374 ,000
Circunferência da cintura (abdominal) 3,455 1 355 ,064
Glicose Metodo: ___________ 12,358 1 362 ,000
coltot 9,986 1 362 ,002
hdl ,407 1 362 ,524
ldl 3,134 1 357 ,078
trig ,216 1 359 ,642
129
ANOVA
Sum of Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups 31177,520 1 31177,520 172,607 ,000
Within Groups 67554,562 374 180,627
idade
Total 98732,082 375
Between Groups 3835,502 1 3835,502 20,314 ,000
Within Groups 67026,454 355 188,807
Circunferencia da cintura (abdominal)
Total 70861,955 356
Between Groups 8383,759 1 8383,759 14,398 ,000
Within Groups 210781,172 362 582,268
Glicose Metodo: ___________
Total 219164,931 363
Between Groups 23134,798 1 23134,798 16,794 ,000
Within Groups 498677,737 362 1377,563
coltot
Total 521812,536 363
Between Groups 1074,301 1 1074,301 6,965 ,009
Within Groups 55832,270 362 154,233
hdl
Total 56906,571 363
Between Groups 4814,017 1 4814,017 6,651 ,010
Within Groups 258378,791 357 723,750
ldl
Total 263192,808 358
Between Groups 27205,798 1 27205,798 5,868 ,016
Within Groups 1664536,446 359 4636,592
trig
Total 1691742,244 360
130
Distribuição dos alelos (M e T) do AGT e (D e I) da ECA nos
fenótipos sistólico, diastólico e pressão de pulso.
Pressão arterial AGT ECA
Fenótipo M T P OR Total I D P OR Total
N 170 248 418 168 254 422
Sistólico normal
% 40,7% 59,3% 100,0 39,8% 60,2% 100,0
N 134 204 338 147 197 344
Sistólico aumentado
% 39,6% 60,4%
0,77
1,04
IC
0,7-1,3
100,0 42,7% 57,3%
0,41
0,88
IC
0,6-1,1
100,0
N 304 452 756 315 451 766
Total
% 40,2% 59,8% 100,0 41,1% 58,9% 100,0
N 183 259 442 186 260 446
Diastólico normal
% 41,4% 58,6% 100,0 41,7% 58,3% 100,0
N 121 193 314 129 191 320
Diastólico aumentado
% 38,5% 61,5%
0,42
1,12
IC
0,8-1,5
100,0 40,3% 59,7%
0,69
1,05
IC
0,7-1,4
100,0
N 304 452 756 315 451 766
Total
% 40,2% 59,8% 100,0 41,1% 58,9% 100,0
N 164 234 398 172 232 404
Pressão pulso normal
% 41,2% 58,8% 100,0 42,6% 57,4% 100,0
N 140 218 398 143 219 362
Pressão pulso aumentada
% 39,1% 60,9%
0,55
1,09
IC
0,8-1,4
100,0% 39,5% 60,5%
0,38
1,13
IC
0,8-1,5
100,0
N 304 452 756 315 451 766
Total
% 40,2% 59,8% 100, 41,4% 58,9% 100
131
Distribuição dos alelos do AGT e ECA nos fenótipos idade e
cor da pele
Fenótipo Angiotensinogênio Enzima conversora angiotensina
Idade M T P OR Total I D P OR Total
n 12 14 26 15 11 26
18-19
p 46,2 53,8 100 57,7 42,3 100
n 100 168 168 98 176 274
20-39
p 37,3 62,7 62,7 35,8 64,2 100
n 131 179 310 145 167 312
40-59
p 42,3 57,7 100 46,5 53,5 100
n 65 99 164 62 104 166
60
p 39,6 60,4 100 37,3 62,7 100
n 308 460 768 320 458 778
Total
p 40,1 59,9
0,50
1.4
1.1
1.3
100 41,1 58,9
0,01
1.4
1.5
2.2
100
Cor da pele M T P OR Total I D P OR Total
n 111 113 224 97 131 228
Branco
p 49,6 50,4 100,0 42,5 57,5 100
n 108 174 282 115 173 288
Morena
Clara
p 38,3 61,7 100 39,9 60,1 100
n 66 112 178 73 105 178
Morena
Escura
p 37,1 62,9 100 41,0 59,0 100
n 20 56 76 33 43 76
Preta
p 26,3 73,7 100 43,4 56,6 100
n 305 455 760 318 452 770
Total
p 40,1 59,9
0,002
1.5
1.6
2.7
100 41,3 58,7
0,91
1.3
1.0
0.9
100
132
APÊNDICE II - Projeto “Corações de Ouro Preto”
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
APÊNDICE III - Pesquisa
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
174
175
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