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UNESP
Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá
Guaratinguetá
200
7
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FABRÍCIO RAMOS DEL CARLO
COMPARAÇÃO DE MODELOS DE CUSTO DOS PRODUTOS GERADOS
EM UMA CENTRAL DE COGERAÇÃO
Disserta
ção apresentada à Faculdade de
Engenharia do Campus de Guaratinguetá,
Universidade Estadual Paulista, para a
obtenção do título de Mestre em Engenharia
Mecânica na área de Transmissão e
Conversão de Energia.
Orientador: Prof. Dr. José Antônio Perrella
Balestieri
Guaratinguetá
200
7
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D345c
Del Carlo, Fabrício Ramos
Comparação de modelos de custo dos produtos gerados
em uma central de cogeração / Fabrício Ramos Del Carlo .
Guaratinguetá : [s.n.], 2007
121 f. : il.
Bib
liografia: f. 117
-
121
Dissertação (mestrado)
Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, 2006
Orientador: Prof. Dr. José Antonio Perrella Balestieri
1. Energia elétrica e calor
-
Cogeração I. Tí
tulo
CDU 536.72
UNESP
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá
COMPARAÇÃO DE MODELOS DE CUSTO DOS PRODUTOS GERADOS
EM UMA CENTRA
L DE COGERAÇÃO
FABRÍCIO RAMOS DEL CARLO
ESTA TESE FOI JULGADA ADEQUADA PARA A OBTENÇÃO DO
TÍTULO DE
“MESTRE EM ENGENHARIA MECÂNICA”
ESPECIALIDADE: ENGENHARIA MECÂNICA
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: TRANSMISSÃO E CONVERSÃO DE
ENERGIA
APROVADA EM SUA FORMA FINAL
PELO PROGRAMA DE PÓS
-
GRADUAÇÃO
Prof. Dr.
MARCELO
DOS SANTOS
PEREIRA
Coordenador
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. JOSÉ ANTÔNIO PERRELLA BALESTI
ERI
Orientador/UNESP
-
FEG
Prof. Dr.
MAURICIO ARAUJO ZANARDI
UNESP
-
FEG
Prof. Dr.
MARCELO RODRIGUES DE HOLANDA
EEL
-
USP
Agosto
de 200
7
DADOS CURRICULARES
FABRÍCIO RAMOS DEL CARLO
NASCIMENTO
28.11.1979
POÁ / SP
FILIAÇÃO
Edson Del Carlo
Wilma Ramos Del Carlo
1994/1998
Ensino
M
édio
T
écnico em
M
ecânica
ETE Presidente Vargas
Mogi das Cruzes
1999/2004
Graduação em
E
ngenharia
M
ecânica
UMC
Universidade de Mogi das Cruzes
2004/2006
Curso de Pós
-
Graduação em Engenharia Mecânica,
nível de Mestrado na Faculdade de Engenharia do
Campus de Guaratinguetá da UNESP
DEDICATÓRIA
de modo especial, à minha mãe Wilma e meu pai Edson,
que com seus cuidados, foram os grandes incentivadores
para que eu continuasse no curso, e à minha noiva Tânia.
AGRADECIMENTOS
Agradeço as pessoas que me auxiliaram na execução deste trabalho e também das
instituições nas quais consegui obter informações para esta
dissertação
.
Em
especial, com toda sinceridade, aos
meus
professores
, pelo apoio e incentivo, que
foram fundamentais
para a conclusão de mais esta etapa.
Ainda
, ao Professor Doutor José Antônio Perrella Balestieri, meu orientador, por sua
paciência durante mi
nhas consult
as, pela leitura crí
tica e apresentação da obra.
Agradeço também a minha mãe, meu pai e a minha noiva
,
que convivem comigo e que
me ajudam a cumprir com meu dever, e pela compreensão de minha ausência durante
este período.
EPÍGRAFE
Duas aspirações que engenheiros, sonhadores e
filósofos tinham desde tempos imemoriais eram a
ambição de voar, ou pelo menos construir uma
máquina voadora, e a habilidade de dominar o
poder inegável do fogo.
Cardwell
CARLO, FABRÍCIO R. Comparação de modelos de custo dos produtos gerados
em uma central de cogeração. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Mecânica)
Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade
Estadual
Paulista, Guaratinguetá, 200
7.
RESUMO
Uma das questões mais importantes, do ponto de vista da cogeração, é a definição dos custos
dos produtos obtidos a partir da operação de uma
determinada
configuração, como forma de
garantir
-se ou não a viabilidade de um empreendimento. Do ponto de vista da modelagem de
sistemas energéticos, atualmente uma tendência para que sejam empregados
equacionamentos baseados na Segunda Lei da Termodinâmica, uma vez que os mesmos
computam o valor econômico dos insumos e dos produtos numa base que leva em conta as
perdas (irreversibilidades) de cada fluxo, ao passo que os modelos baseados na Primeira Lei
da Termodinâmica não distinguem essa parcela dos fluxos, mascarando a real contribuição de
cada um deles. Neste p
rojeto
de pesquisa são identificados os valores reais de custos de
investimento, operação e manutenção dos principais componentes de um ciclo combinado
associado a um sistema de refrigeração por absorção e realizado seu equacionamento a partir
dos conceitos de análise energética e exergética para uma posterior análise de custos baseada
em diferentes metodologias para que se atestem suas vantagens e desvantagens nas aplicações
de cogeração. Pelo presente estudo pode-se realizar uma avaliação real a partir de valor
es
coletados com fornecedores com base nos modelos tradicionais de análise econômica, bem
como comparar alguns dos modelos de alocação de custos descritos na literatura.
PALAVRAS
-
CHAVE:
Tetrageração
, cogeração, análise exergética,
trigeração,
termoeco
nomia, exergoeconomia, custo exergoeconô
mico
.
CARLO, FABRÍCIO R. Comparison of cost models for the products
generate
d in
a cogeneration plant
.
200
7
. Dissertation
(
Ma
ster in Mechanical Engineering)
Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual
Paulista, Guaratinguetá, 200
7.
ABSTRACT
One of the most important questions regarding
to
the
cogeneration issue is the cost definition
obtained through the operation of a certain configuration as a form to guarantee the viability
of
a certain enterprise. From the view
point
of power systems modeling, there is currently a
tendency of developing analysis
base
d on the Second Law of Thermodynamics, once it
considers
the economic value of inputs and also of the products on a basis that takes into
account the irreversibility of each flow. On the other hand, the models based on the First Law
of
Thermodynamics
do
es
not distinguish this part of the flows, hiding the real contribution of
each one. In this
dissertation
it can be identified the real investment amount, operation, and
maintenance on the main components of a
combined cycle
associated to an absorption cooling
system and its equations based on energetic a
nd
exergy
analysis concepts for an afterwards
cost analysis based on different methodologies in order to
state
their advantages and
disadvantages on cogeneration applications. Through the current study it is possible to
consider
a real evaluation using the data, which was obtained with some suppliers, based on
traditional economic analysis models, in such a way that is possible to compare some of the
cost allocation models described on
the
classic literature.
KEYWORDS:
Tetrage
neration
, coge
neration, exergetic analysis, trigeneration,
thermoeconomics, exergoeconomics, exergoec
onomic costs.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
1. Estabelecimento do Tema
17
2.
Aspectos a
Cogeração
19
2.1. Conceitos gerais
19
2.2. Parâmetros para seleção do ciclo
20
2.3. Formas de cogeração
21
2.3.1. Ciclos
Bottoming
21
2.3.2. Ciclos
Topping
22
2.4. Sistema de refrigeração por absorção
24
2.5. Níveis de restrição dos projetos
27
3. Modelagem de sistemas energéticos
29
3.1
. Eficiência energética e exergética
29
3.2. Modelos de avaliação econômica
33
3.2.1. Valor presente líquido (VPL)
34
3.2.2. Taxa interna de retorno (TIR)
36
3.2.3.
Payback
38
3.3. Modelos de otimização
38
3.3.1. P
rogramação linear
41
3.4. Custo Exergético
42
3.5. Balanço exergético e contábil
44
3.5.1. Método de extração
44
3.5.2. Método da igualdade
45
3.5.3. Método de Valero e Lozano
47
3.5.4. Método de Silveira
49
3.6. Custo de investimento da central de cogeração
51
3.6.1. Custo de mão de obra de operação e manutenção
52
3.6.2. Custo do combustível utilizado no sistema
52
3.6.3. Custo de manutenção dos equipamentos
53
3.6.4. Custo da energia
elétrica produzida
53
3.6.4. Custo da energia térmica produzida
54
4. Estudo de caso
55
4.1. Sistema de refrigeração por absorção
59
4.2. Aquecedor de mistura
60
4.3. Turbina a vapor
61
4.
4
. Seleção de turbina
a gás
62
4.
5
. Caldeira de recuperação
65
4.6. Bombas de recalque
67
4.7. Cálculos de viabilidade institucional
68
4.8. Balanço exergético na turbina a gás
71
5. Análises dos custos exergéticos
75
5.1. Método da igual
dade e extração
75
5.1.1. Fator de anuidade
75
5.1.2. Custo de investimento dos equipamentos
76
5.1.3. Obtenção dos custos dos produtos
77
5.1.4. Resultados obtidos pelos métodos de igualdade e extração
83
5.2. Método de Silveira
84
5.2.1. Fator de anuidade
85
5.2.2. Custo do combustível
85
5.2.3. Custo operacional
85
5.2.4. Eficiência da geração de energia elétrica
86
5.2.5. Custo da energia elétrica
86
5.2.6. Custo da energia térm
ica
87
5.3. Método de Valero e Lozano
89
5.3.1. Proposição 1
90
5.3.2. Proposição 2
93
5.3.3. Proposição 3
93
5.3.4. Proposição 4
96
5.3.5. Proposição 5
97
5.3.6. Resultados obtidos pelo método de
Valero
e Lozano
97
5.4. Aplicação de TIR e VPL
1
02
6. Otimização
1
04
6.1. Função objetivo
1
04
6.2. Restrições
1
04
7. Discussão final e conclusões
1
09
8. Referências bibliográficas
1
17
A
nexo 1
1
13
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2.1
Impacto da eficiência da cogeração
20
FIGURA 2.2
Configuração dos sistemas
Bottoming
22
FIGURA 2.3
Configurações dos sistemas
Topping
23
FIGURA 2.4
Composição básica de um sistema de
ref
.
por compressão
24
FIGURA 2.5
Unidade de absorção básica
25
FIGURA 2.6
Níveis de profundidade dos estudos de viabilidade
27
FIGURA 3.1
Escoamento em regime permanente
29
FIGURA 3.2
Máquina térmica
30
FIGURA 3.3
Desigualda
de de Clausius
31
FIGURA 3.4
Volume de controle
32
FIGURA 3.5
Fluxo de caixa de série de valores
35
FIGURA 3.6
Fluxo de caixa de investimento
37
FIGURA 3.7
As soluções eficientes no contexto das demais soluções
40
FIGURA 3.8
Curva de “trade
-
off” para custos elétrico e térmico em centrais de
cogeração.
42
FIGURA 3.9
Taxas de exergia e relações auxiliares de custo para componentes
selecionados
46
FIGURA 3.10
Fluxos de saída da turbina a vapor (fazem par
te do insumo)
48
FIGURA 3.11
Fluxos de saída da turbina a gás (fazem parte do insumo)
48
FIGURA 3.12
Fluxos na caldeira de recuperação (fazem parte do insumo)
48
FIGURA 3.13
Fluxos de saída da turbina a gás (fazem parte do insumo)
49
FIGURA 4.1
Configuração considerada para comparação de custos dos prod
. 56
FIGURA 4.2
Fluxograma da configuração adotada
58
FIGURA 4.3
Fluxos do sistema de SRA
59
FIGURA 4.4
Fluxos do sistema de AM
60
FIGURA 4.5
Fluxos da turbina a vapor
61
FIGURA 4.
6 –
Curva teórica para paridade térmica
64
FIGURA 4.
7 –
Diagrama de temperatura x potência
67
FIGURA 4.8
Conjunto de turbina a gás
71
FIGURA 5.1
Fluxos que compõem o compressor
90
FIGURA 5.2
Fluxos que compõem a câmara de
combustão
90
FIGURA 5.3
Fluxos que compõem a turbina a gás
90
FIGURA 5.4
Fluxos que compõem o gerador elétrico da turbina a gás
90
FIGURA 5.5
Fluxos que compõem a caldeira de recuperação
90
FIGURA 5.6
Fluxos que compõem a turbina a vapor
91
FIGURA 5.7
Fluxos que compõem o gerador elétrico da turbina a vapor
91
FIGURA 5.8
Fluxos que compõem o condensador
91
FIGURA 5.9
Fluxos que compõem o aquecedor de mistura
91
FIGURA 5.10
Fluxos que compõem o SRA
91
FIGURA 5.11
Fluxos que compõem a bomba 1
92
FIGURA 5.1
2 –
Fluxos que compõem a bomba
2
92
FIGURA 5.1
3 –
Fluxos que compõem a bomba
3
92
FIGURA 5.1
4 –
Fluxos que compõem
o reservatório de água
92
FIGURA 5.1
5 –
Fluxos que compõem
o barramento de energia e
létrica
92
FIGURA 5.16
Insumos que compõem a junção de vapor de alta pressão
93
FIGURA 5.17
Insumos que compõem a junção de água quente
93
FIGURA 5.18
Insumos que compõem o processo A
94
FIGURA 5.19
Insumos que compõem o processo B
94
FIGURA 5.20
Insumos que compõem o processo C
94
FIGURA 5.21
Insumos que compõem o processo D
94
FIGURA 5.22
Insumos que compõem a turbina a gás
94
FIGURA 5.23
Insumos que compõem a turbina a vapor
94
FIGURA 5.24
Insumos que compõem
o gerador de energia elétrica da tg.
95
FIGURA 5.25
Insumos que compõem o gerador de energia elétrica da tv.
95
FIGURA 5.26
Insumos que compõem o combustor
95
FIGURA 5.27
Insumos que compõem o SRA
95
FIGURA 5.28
Insumos que compõem o aquec
edor de mistura
95
FIGURA 5.29
Produtos que compõem a bomba 1
96
FIGURA 5.30
Produtos que compõem a bomba 2
96
FIGURA 5.31
Produtos que compõem a bomba 3
96
LISTA DE TABELAS
TABELA 3.1
Custo da tarifação do gás natural canalizado c
om vigência a partir de
05/2006 (fonte:
C
omgás)
52
TABELA 3.2
Valores de investimento inicial dos equipamentos
53
TABELA 4.
1 –
Parâmetros termodinâmicos da configuração adotada
57
TABELA 4.
2 –
Dados referenciais do sistema de refrigeração por
absorção
60
TABELA 4.
3 –
Temperatura x Vazão de gases
63
TABELA 4.
4 –
Dados técnicos das turbinas selecionadas
64
TABELA 4.
5 –
Fatores de cogeração e ponderação
69
TABELA 4.
6 –
Resultado da avaliação legal para seleção da tg.
71
TABELA 5.1
Matriz de incidência modificada (A).
98
TABELA 5.2
Matriz de incidência modificada inversa (A
-1
)
99
TABELA 5.3
Matriz multiplicação
10
0
TABELA 5.4
Custos exergéticos unitários
10
0
TABELA 5.5
Custo de investimento com equipamentos
10
1
TABELA 5.6
Matriz com resultados dos valores exergoeconômicos
10
1
TABELA 5.7
Custos dos produtos da central de cogeração
1
02
TABELA 5.8
Custo médio dos produtos da central de cogeração
1
02
TABELA 5.9
Preço de venda dos produtos da centr
al de cogeração
1
03
TABELA 5.10
Comparação entre TIR e VPL obtidos por 3 diferentes métodos
1
03
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AM
-
Aquecedor de Mistura
ANEEL
-
Agencia Nacional de Energia Elétrica
CA
-
Caldeira
CGAM
-
C
hristos Frangopoulos
,
G
eorge Tsatsaronis,
A
ntonio Valero e
M
ichael Spako
v
sky.
COP
-
Coeficiente de eficácia do ciclo de absorção
CR
-
Caldeira de Recuperação
ECE
-
Equação de Conservação de Energia
FC
-
Fluxo de Caixa
GE
-
Gerador Elétrico
I -
Investimento
IRR
-
Intern
al Rate of Return
PB
-
Pay Back
PCI
-
Poder Calorífico Inferior
SRA
-
Sistema de Refrigeração por Absorção
TCE
-
Teoria do Custo Exergético
TG
-
Turbina a Gás
TIR
-
Taxa de Retorno Interna
TMA
-
Taxa Mínima de Atratividade
TV
-
Turbina a Vapor
UP
-
Unidade de Processo
VC
-
Volume de Controle
VE
-
Válvula de expansão
VP
-
Valor Presente
VPL
-
Valor Presente Líquido
LISTA DE SÍMBOLOS
Densidade
kg/m
3
g
Eficiência global do ciclo
%
GE
Eficiência do gerador elétrico
%
T
E
ficiência térmica
%
T
pp
Dif. De temp. no ponto de pinch point
ºC
A1
Água destinada pela bomba 1
A1R
Recalque de água realizado
pela bomba
1
A2
Água destinada pela bomba 2
A2R
Recalque de água realizado
pela bomba 2
A3
Água destinada pela bomba 3
A3R
Recalque de água realizado
pela bomba
3
AR
Ar de admissão no compressor da turbina a gás
ARCC
Ar comprimido injetado na câmara de combustão
B
Exergia de um fluxo
(kW)
B*
Custo exergético de um fluxo
(kW)
total
P
C
,
Custo específic
o total dos produtos
(US$/kWh)
total
F
C
,
Custo específico total dos combustíveis
(US$/kWh)
s
C
Custo exergético nas saídas do VC
($/GJ)
e
C
Custo e exergético nas entradas do VC
($/GJ)
W
C
C
usto exergético das potências
($/GJ)
Q
C
Custo exergético de tranferência de exergia
($/GJ)
C
Custo de um elemento
US$/kWh
CC
Produto da queima da câmara de combustão
C
comb
Custo do combustível
(US$/kWh)
C
el
Custo de produção de ener
gia elétrica
(US$/kWh)
C
et
Custo da produção de calor
(US$/kWh)
CH
Gases da chaminé
C
j
Custo energético de um determinado fluxo
$
US
Comb
Combustível
cp
Calor específico
kJ/kg.K
E
c
Calor consumido no processo
(kW)
E
comb
Potência
térmica
do combustível
(kW)
E
e
Potência
de entrada
(kW)
Ee
Energia eletromecânica
MWh
Ef
Energia disponibilizada pelo combustível
MWh
E
p
Potência elétrica produzida
(kW)
E
s
Potência
de saída
(kW)
Et
Energia térmica utilizada
MWh
Ex
Exergia
(kW)
F
Insumo
(kW)
F
Fator de anuidade
(1/ano)
F
C
Fator de cogeração
G
Aceleração da gravidade = 9,80
(m/s
2
)
G
Gás de saída da turbina gás
Período equivalente de utilização
(h/ano)
H
Entalpia do fluxo energético:
/Pu
Pv
uh
(kJ/kg)
h
Entalpia específica
de um ponto
(kJ/kg)
HR
Heat Rate
Btu/kWh
I
Irreversibilidade
(kJ/kg)
I
Taxa de juros anual
%
I
0
Investimento inicial
US$
I
pl
Custo de investimento da
instalação
de cogeração
(US$)
K
Período de amortização
(anos)
K*
Valor exergético unitário
kW
m
Vazão em massa de fluxos energéticos (vapor, gases)
(kg/s)
N
Vida útil para depreciação
Anos
P
Produto
(kW)
P/A
Valor presente uniforne
PerdaTG
Perda no gerador de energia elétrica da turbina a g
ás
PerdaTV
Perda no gerador de energia elétrica da turbina a vapor
Q
Taxa anual percentual
(%)
Q
GER
Taxa de transferência
térmica de geração
(kW)
Q
REF
Taxa de transferência
térmica de refrigeração
(kW)
Q
A
Tax
a de transferência de
calor (água para resfriamento)
(kW)
Q
água
Taxa de transferência ref. a água
kW
Q
G
Taxa de transferência de
calor (geradora)
(kW)
Q
G
Taxa de transferência
térmic
a
VC:
)TT(cmQ
iip 1
(kW)
Q
gases
Taxa de transferência térmica c
edida pelos gases
(
kW
)
Q
H
Taxa de transferência de
calor (fonte quente)
(kW)
Q
H,rev
Taxa de transferência de
calor da fonte quente
(kW)
Q
irrev
Taxa de transferência de
calor irreverssível
(kW)
Q
L
Taxa de transferência de
calor (fonte fria)
(kW)
Q
re
v
Taxa de transferência de
calor reversível
(kW)
Q
Sat X=0
Taxa de transferência ref. a temperatura de saturação
(título = 0)
kW
Q
Sat X=1
Taxa de transferência ref. a temperatura de saturação
(titulo =1)
kW
R
Taxa anual de juros
(%)
S
Entropia
específic
a de um ponto
(kJ/kgK)
SLA
Energia térmica consumida no processo A
kWh/ano
SLB
Energia térmica consumida no processo B
kWh/ano
SLC
Energia térmica consumida no processo C
kWh/ano
SLD
Energia térmica consumida no processo D
kWh/ano
T
Temperatura de um
ponto
(º C)
TQA
Água de retorno ao tanque pelo processo A
TQB
Água de retorno ao tanque pelo processo VB
TQC
Água de retorno ao tanque pelo processo C
TQCOND
Água de retorno ao tanque pelo condensador
TQD
Água de retorno ao tanque pelo processo D
TQSRA
Água de retorno ao tanque pelo SRA
U
pl
Custo fixo de operação da instalação de cogeração
(US$/ano)
u
pl
Custo variável de operação da instalação de cogeração
(US$/kWh)
V
Velocidade
(m/s)
VA
Vapor destinado ao processo A
VAM
Vapor destinado a
o aquecedor de mistura
VATV
Vapor vivo na entrada da turbina a vapor
VB
Vapor destinado ao processo B
VC
Água quente destinada ao processo C
VCD
Vapor destinado ao condensador
VD
Água gelada destinada ao processo D
VSRA
Vapor destinado ao siste
ma de refrigeração por absorção
W
Potência
kW
WB1
Potência de acionamento da bomba 1
WB2
Potência de acionamento da bomba 2
WB3
Potencia de acionamento da bomba 3
Wcompr
Potencia de acionamento do compressor da turbina gás
W
EIXO
Potência de eixo
transferida ao volume de controle
(kW)
WELTG
Potência elétrica gerada na turbina a
gás
WELtotal
Potência elétrica total
WELTV
Potência elétrica gerada na turbina a
vapor
W
ideal
Trabalho
ideal
(kW)
W
irrev
Trabalho
irreversível
(kW)
W
real
Trabalho
real
(kW)
W
rev
Trabalho
reversível
(kW)
WTG
Potência de eixo da turbina a gás
WTV
Potência de eixo da turbina a vapor
X
Fator de ponderação
X
j
Fluxo de massa de um determinado ponto da configuração
(kg/h)
y
i
Variável binária
-
total
I
Z
,
Investimento específico
de aquisição
(US$/kWh)
total
OM
Z
,
Custos
específicos
de operação e manutenção
(US$/kWh)
Z
Cota da superfície de controle
(m)
Z
Investimento de um equipamento
US$
el
Eficiência elétrica
%
et
Eficiência na geração de calor
%
17
1.
ESTABELECIMENTO DO TEMA
As decisões de investimento em alternativas e projetos de economia e uso
eficiente da energia passam, necessariamente, por uma análise de viabilidade
ec
onômica
em que ou
se
deseja decidir entre duas alternativas ou
se
deseja
conhecer a
atratividade
de uma dada alternativa.
Esta
s análises são baseadas em modelos de avaliação econômica, pelas
quais se
podem
dimensionar a maior ou menor atratividade de um in
vestimento.
Dentre
as técnicas tradicionalmente empregadas
pode
m-se destacar o valor
presente líquido, o valor anual uniforme, a taxa interna de retorno e o tempo de
retorno de capital.
A energia tem representado um centro de custos à parte nos processos de
produção: o gás natural, combustível particularmente utilizado por suas
características positivas em termos ambientais (comparativamente às demais
fontes combustíveis), não apenas apresenta valores de mercado por vezes
elevado, mas também apresenta forte pressão de desabastecimento considerando-
se a atual dependência ao produto importado da Bolívia e as recentes questões
geopolíticas conseqüentes à eleição de Evo Morales (
LOURENÇO
, 2006). A
energia elétrica, por sua vez, também apresenta valores de mercado que podem
representar parcela significativa dos custos de produção.
Uma
questão importante para a atratividade da cogeração
é a definição dos
custos dos produtos obtidos a partir da operação de
certa
configuração. Isto se
explica pelo fato de que, na dependência dos valores alcançados, pode–
se
garantir ou não a viabilidade de
certo
empreendimento.
Do ponto de vista da modelagem de sistemas energéticos, uma
tendência para que sejam empregados equacionamentos baseados na Segunda Lei
da Termodinâmica, uma vez que os mesmos computam o valor econômico dos
insumos e dos produtos numa base que leva em conta as perdas
(irreversibilidades) de cada fluxo, ao passo que os modelos baseados na Primeira
18
Lei não distinguem essa parcela dos fluxos, mascarando a real contribuição de
cada um deles.
De acordo com Balestieri (2002), "para o projeto de uma central de
cogeração, é fundamental a definição dos custos de produção da energia, de
modo a permitir a comparação com os valores praticados pelas concessionárias
elétr
icas e outros produtores independentes, verificando-se com base nesses
valores e em procedimentos de análise financeira se é pertinente ou não que se
produzam excedentes que possam ser comercializados
”.
Para esse autor, "numa central térmica convencional, a única forma de
energia desejada é a eletricidade, e tão somente a ela devem ser afeitos os custos
de produção da energia, visto que será esse o seu produto de comercialização;
no entanto, quando se encontram disponíveis outras formas de energia, como
vap
or, água quente e/ou água gelada em sistemas de cogeração, é preciso fazer
uma partição dos custos envolvidos dentre os diferentes produtos oferecidos ao
mercado
- e é da correta avaliação dos mesmos que se poderá determinar que
um deles seja ou não compet
itivo
."
A presente proposta de trabalho tem por objetivos identificar os custos
reais de uma central de cogeração que produz energia térmica e eletro–mecânica
para
certo
processo, valores pelos quais
será
realizada
uma análise de atratividade
econômico
fin
anceira de acordo com os padrões tradicionais de avaliação
(modelos de valor presente líquido e taxa interna de retorno).
Serão identificados os custos dos produtos da central de cogeração
proposta a partir de três diferentes métodos, a partir de cujos resultados será
verificada a vulnerabilidade da
instalação
à variações do preço da energia
elétrica
, um dos produtos a serem gerados e de maior capacidade de
comercialização de acordo com a estrutura de mercado de energia do Brasil.
19
2.
ASPECTOS A
COGERAÇ
ÃO
2.1
CONCEITOS GERAIS
Cogeração é um método efetivo de conservação de energia primária, que
pode ser aplicado quando economicamente justificado. O termo cogeração é
usualmente empregado para designar a geração simultânea de calor e potência
(mecânica ou elétrica) em instalações do setor industrial terciário.
Evidentemente, a racionalidade da cogeração comporta visões distintas, de
acordo com a aplicação a que se destina.
Em
instalações
termelétricas convencionais, geralmente a energia elétrica
ou mecânica é produzida com uma eficiência global (razão entre a
potência
útil
produzida
, tanto térmica quanto elétrica, e a
potência
suprida no combustível) na
faixa de 34% a 50% (
SILVEIRA
, 1994
).
Um fato que contribui para isto é a
grande quantidade de calor rejeitado para a atmosfera em torres de resfriamento
vinculadas aos condensadores de vapor.
Diferentemente
, em
sistemas
de cogeração, potência térmica útil e
potência elétrica ou mecânica são produzidos
a
partir da queima de um único
combustível, com a recuperação de parte do calor rejeitado. Deste modo, a
eficiência global desta modalidade de
instalação
atinge valores entre 50% e 90%
dependendo
da aplicação a que se destina e da tecnologia empregada
(
SILVEIRA
, 1994
).
Em outras palavras, seria o aproveitamento de uma parcela
da energia que teria de ser obrigatoriamente rejeitada por força da S
egunda
L
ei
da
Termodinâmica, resultando em um aumento da eficiência global do ciclo
térmico.
A Figura 2.1 ilustra, de forma comparativa, a vantagem que a cogeração
apresenta em relação aos ciclos térmicos convencionais a vapor e combinado;
observa
-se que a parcela térmica perdida no ciclo combinado é convertida em
alguma forma de energia útil, o que resulta no aumento da eficiência global do
ciclo de cogeração.
20
Ciclo Simples Ciclo Combinado Cogeração
Perda de
Calor
Potência
33%
67%
Calor
utilizado
48%
52%
52%
28%
20%
F
igura 2.1
Impacto da eficiência da cogeração
na comparação com ciclos térmicos
convencionais
.
Segundo Balestieri (2002), esta prática pode ser considerada uma
alternativa positiva se comparada ao atual estágio dos meios de geração de
energi
a, tal como é concebido o sistema interligado. Neste, as necessidades de
energia elétrica são atendidas mediante contrato de compra com uma
concessionária, sendo as necessidades térmicas (quentes ou frias) atendidas
mediante autoprodução. A energia elétrica também pode ser autoproduzida,
sendo que nestes casos as unidades de geração devem ser dimensionadas para
operarem de forma independente das concessionárias, garantindo desta forma a
confiabilidade do sistema isolado.
2.2 PARÂMETROS PARA SELEÇÃO DO CICL
O
A escolha acertada do ciclo que deverá compor o sistema de cogeração
permitirá que sejam alcançadas as condições estabelecidas como premissas do
projeto, quais sejam: o atendimento das demandas operacionais da unidade de
processo sob condições favoráveis de custo; eficiência; confiabilidade, com
vantagens adicionais em relação à geração de excedentes, que poderão ou não ser
negociados em função do preço de mercado para a energia (
BALESTIERI
,
2002).
O atendimento das demandas energéticas da unidade de processo pode ser
feito a partir de uma das seguintes estratégias operacionais:
Operação em paridade elétrica: Nesse modo de operação, o sistema de
cogeração é projetado para ser capaz de suprir a necessidade de energia
21
elétrica em cada período de tempo, obe
decendo
às
flutuações no consumo
dos processos, consideran
do
, assim, tanto os valores de
pico
quanto os de
base, de maneira que a eletricidade é o produto principal e o calor é um
subproduto da cogeração. Se o calor produzido é insuficiente para
satisfazer
às necessidades do estabelecimento, um sistema auxiliar é
acionado para
suprir
a diferença. Em caso contrário, parte do calor
produzido no sistema de cogeração é
rejeitada
para o ambiente.
Operação em paridade térmica: Nesse modo de operação, o sistema de
cogeração é projetado para ser capaz de suprir a necessidade de potência
térmica em cada período de tempo, obedecendo às flutuações no consumo
dos processos, de maneira que o calor é o produto principal e a
eletricidade é um subproduto da cogeração. O sistema deve ser conectado
a rede da concessionária de modo a propiciar a venda de eletricidade
excedente ou a compra de eletricidade adicional para o caso de déficit.
No caso do Brasil, a operação em paridade rmica é a mais empregada,
muito embora não seja incomum que avaliações em termos de paridade elétrica
sejam
consideradas nos projetos, em especial para unidades de geração térmica
integradas a pólos industriais.
2.3
FORMAS DE COGERAÇÃO
As tecnologias de cogeração podem ser agrupadas em dois grupos, de
acordo com a ordem relativa de geração de potência
elétrica
e
térmica; t
êm
-
se,
assim, os ciclos topping e os ciclos bottoming
.
Diz
-se que um ciclo é
topping
se
em sua concepção a geração de potência elétrica
(ou mecânica)
precede a geração
de potência térmica para uso em
certo
processo, e vice-versa para o ciclo dito
bottoming
.
2.3.1
CICLOS
BOTTOMING
As tecnologias que operam segundo o ciclo
bottoming
envolvem a
recuperação direta de calor residual, que normalmente é descarregado na
22
atmosfera, para a produç
ão de vapor e
potência
mecânica ou elétrica (em turbinas
de condensação e/ou contrapressão).
São possíveis ciclos
bottoming
de cogeração utilizando turbina a vapor e
turbinas a gás. A utilização de turbinas a gás em ciclos
bottoming
pode se dar
com o aproveitamento direto do fluxo dos gases de exaustão, o que se mostra
razoavelmente
inviável quando
risco da presença de materiais abrasivos ou
corrosivos junto aos gases. N
es
te caso pode ser utilizado um trocador de calor
gás
-gás, solução que representa maior custo de investimento. Por outro lado, a
significativa temperatura com que os gases de exaustão se apresentam resulta em
uma diminuição da vazão de entrada no compressor de ar, reduzindo a eficiência
do conjunto a gás (
figura 2.2
).
Figura 2.
2
Conf
iguraç
ão
dos sistemas
b
ottoming
2.3.2
CICLOS
TOPPING
Nas tecnologias de cogeração que operam segundo ciclos
topping
, fluxos
de calor
com
temperaturas mais elevada são utilizados
primeiramente
na geração
de
potência elétrica ou mecânica. A potência térm
ica
rejeitada pelo sistema de
geração
é
então
utilizad
a para atender aos requisitos térmic
os
do processo
,
geralmente na forma de vapor para o processo (podendo também fornecer água
quente ou fria e ar quente ou frio).
São possíveis ciclos
topping
de cogeração utilizando turbinas a vapor,
turbina a gás e motores de combustão interna (ciclo Diesel ou ciclo Otto).
O emprego de turbinas a vapor constitui-se na opção tecnológica mais
difundida para as instalações industriais. Uma série favorável de característic
as
TV
CA
UP
UP
Unidade
de processo
CA
-
Caldeira
23
concorreu para que a turbina a vapor se destacasse, num primeiro momento, na
competição com outros acionadores primários, como o motor de combustão
interna e a turbina a s (
MARTINELLI
, 2002). A utilização destas turbinas por
ind
ústrias do mundo inteiro, inclusive no Brasil, ainda é bastante grande
.
Seu
curto prazo de instalação, custos fixos
comparativamente
menores, segurança
operacional são algumas características de alta relevância para a implementação
das usinas termelétricas (
ZORATTO
, 2002).
Depe
ndendo da quantidade e qualidade da demanda de vapor e de outros
fatores operacionais do processo industrial, existem várias opções de turbinas a
vapor disponíveis para sistemas de cogeração.
As turbinas a vapor empregadas em cogeração podem ser de
extraç
ão/condensação ou de contrapressão
/condensação
. As turbinas de
extração/condensação
possibilitam um bom atendimento da demanda de energia
elétrica
e são utilizadas em unidades em que as necessidades de vapor podem
variar muito, ou em
unidades
industriais
em que a interrupção do fornecimento
de eletricidade deve ser evitada.
Sistemas de cogeração utilizando turbinas a gás associadas a caldeiras de
recuperação de calor para a produção de vapor, ou utilizando os gases de
exaustão diretamente
em
sistemas
de
se
cagem
,
ou
ainda
em
ciclos de absorção,
são outras modalidades de
instalações
operando no ciclo
topping
. Para a geração
de potência mecânica ou elétrica existe uma gama de turbinas a gás no mercado,
cujas capacidades variam entre
100
kW até
200
MW
(SILVEIRA
, 1994
).
Figura 2.
3 –
Configurações dos sistemas
t
opping
As capacidades das turbinas a gás industriais variam entre 1 MW e 200
MW, sendo que para as aero-derivativas esta faixa se estreita entre 2 MW e 40
MW. A velocidade de rotação dessas máquinas varia de 3000 a 3600 rpm para as
CA
UP
UP
Unidade
de processo
CA
-
Caldeira
24
maiores do que 20 MW e de 5000 a 28000 rpm para as de menores potências,
sendo que existem disponíveis no mercado máquinas com potências de eixo
menores que 4 MW com rotação entre 1500 e 1800 rpm.
2.4
S
ISTEMA DE REFRIG
ERAÇÃO POR ABSORÇÃO
O sistema de absorção, concebido por Ferdinand Carré a partir de uma
patente
obtida em 1860, nos Estados Unidos, teve seu primeiro uso
provavelmente pelos Estados Confederados americanos, durante a Guerra Civil,
para suprimento de gelo que havia sido cortado pelos oponentes do
norte
daquele
país
(
STOECKER
, 1985
).
O ciclo de absorção é similar, em certos aspectos, ao ciclo de compressão
de vapor. Um ciclo de refrigeração por compressão de vapor opera tendo por
componentes
o condensador,
a válvula da expansão e o evaporador, mostrados na
figura 2.4, sendo que, para que o vapor de baixa pressão do evaporador possa s
er
transformado em vapor de alta pressão e entregue ao condensador, emprega-
se
um compressor para esta tarefa.
Fig 2.
4 -
Composição básica de
um sistema de refrigeração
por compressão
O sistema de absorção, ao ser concebido, deve substituir toda a unidade de
compressão, mantendo os demais componentes. Para tanto, primeiro deverá
absorver vapor de baixa pressão em um veículo absorvente apropriado.
Incorporado no processo de absorção a conversão de vapor em líquido, sendo
o calor rejeitado durante o processo. O passo seguinte consiste na
eleva
ção d
a
pressão do líquido com uma bomba, e o passo final é liberar o vapor do l
íquido
absorvente por adição de calor.
Compressão do vapor
Conde
nsador
Evaporador
Válvula de
Expansão
Vapor de alta
pressão
Vapor de baixa
pressão
25
O ciclo de compressão de vapor é descrito como um ciclo operado pelo
acionamento mecânico mediante adição de potência. O ciclo de absorção, por
outro lado, é referido como ciclo operado pela adição de potência térmica porque
a
maior parte do custo de operação é associada com o fornecimento de calor que
libera o vapor do líquido de alta pressão.
Na
realidade
a necessidade de que uma parcela de potência mecânica
seja adicionada ao sistema para acionar a bomba no ciclo de absorção, mas essa
parcela,
para uma dada quantidade de refrigeração, é mínima se comparada com
aquela que seria necessária no ciclo de compressão de vapor.
No ciclo de absorção, o vapor de baixa pressão do evaporador é absorvido
por uma solução líquida no absorvedor. Se esse processo de absorção fosse
executado adiabaticamente, a temperatura da solução subir
ia
e eventualmente a
absorção de vapor poderia cessar. Para perpetuar o processo de absorção o
absorvedor é resfriado por água ou ar, que finalmente rejeita esse calor para
atmosfera. A bomba recebe o líquido de baixa pressão do absorvedor, que tem
sua pressão aumentando no sistema, sendo entregue ao gerador. No gerador,
calor de uma fonte de alta temperatura expulsa o vapor que tinha sido absorvido
pela solução. A solução líquida retorna para o absorvedor por válvula redutora de
pressão
, cujo propósito é promover a queda de pressão para manter as diferenças
de pressão entre o gerador e o absorvedor. A Figura 2.5 ilustra um ciclo de
absorção básico.
Q
G
gerador
gás
Q
A
absorvedor
gás
bomba
VE 1
fonte de calor
água de resfriamento
Q
H
condensador
gás
VE 2
água de resfriamento
Q
L
gás
AMBIENTE
POR
REFRIGERAR
evaporador
Fig. 2.
5 -
Unidade de Absorção básica
26
Os fluxos
térmicos
para os quatro trocadores de calor, componentes do
ciclo de absor
ção
, ocorrem da seguinte forma: um fluxo de calor de uma fonte de
alta temperatura entra no gerador, enquanto que o fluxo de calor de baixa
temperatura da substância que está sendo refrigerada entra no evaporador. A
rejeição de potência térmica do ciclo ocorre no absorvedor e condensador com
temperaturas tais que o
fluxo de
calor possa ser rejeitado para a atmosfera.
O
coeficiente de eficácia do ciclo de absorção
,
COP, é definido como
:
gerador
ao
calor
de
adição
de
taxa
ão
refrigeraç
de
Taxa
COP
abs
(2.
1)
Em certos aspectos, a aplicação do termo COP para os sistemas de
absorção não é
atraente
porque o seu valor é apreciavelmente menor que os dos
ciclo
s de compressão de vapor (0,6 a 0,8 no ciclo de absorção com um só estágio
de condensação, contra valores entre 2 e 5, por exemplo, nos ciclos de
compressão). O valor comparativamente baixo do COP não deve ser considerado
prejudicial para os c
iclos de abso
rção,
uma vez que o
COP
de cada um dos
ciclos
é definido diferentemente. O COP do ciclo de compressão de vapor é a relação
da taxa de refrigeração pela potência
mecânica fornecida para operar o ciclo
.
Um possível inconveniente das máquinas de absorção é o seu consumo de
energia (nas formas térmica e elétrica), muito mais elevado que o das máquinas
de compressão mecânica. Basta dizer que as máquinas de absorção mais
evoluídas consomem uma quantidade de energia superior à sua produção
frigorífica
(
STOECKER
,
1
985).
Por outro lado, estas máquinas têm a vantagem
de utilizar uma parcela de energia
térmica
(quase sempre aquela que seria
descartada ao ambiente)
em lugar de energia elétrica, que é mais
nobre
.
O sistema de refrigeração por absorção pode empregar amônia como
fluido frigorífico e a água como absorvente
, em aplicações de refrigeração dada a
maior capacidade térmica dos mesmos, ou a solução binária constituída de água
(fluido frigorífico) e brometo de lítio (absorvente), em aplicações voltadas ao
condicio
namento térmico de ambientes
.
27
O
brometo de lítio é um sal sólido cristalino; na presença de vapor de água
ele absorve o vapor e torna
-
se uma solução líquida. A solução líquida exerce uma
pressão de vapor de água que é uma função da temperatura e da concentração da
solução.
2.5 NÍVEIS DE RESTRIÇÃO DOS PROJETOS
Quando da elaboração de um projeto, concorre para a sua consecução um
grande número de variáveis e exatamente para que não se impeça que a
criatividade seja exercida em sua forma mais plena é importante não se imporem
restrições muitos estreitas na fase inicial, visto que tal atitude poderia eliminar
uma ou mais alternativas decisivas para o processo de tomada de decisão.
Por essa razão, a análise técnica é a primeira a ser realizada para que não
sej
am propostas soluções com inconsistências físicas ou restrições construtivas.
Vencidas as barreiras técnicas e dispondo-se de algumas propostas viáveis
segundo esse critério, é importante que sejam impostas outras restrições
pertinentes, como as de ordem econômica, ambientais, socioeconômicas e
institucionais
.
A figura 2.6 ilustra o aprofundamento normalmente adotado nesse tipo de
projeto; de uma maneira geral, as restrições econômicas dizem respeito à
disponibilidade de capital para investimento, taxas de juros praticados, prazos
para apreciação dos bens imóveis e, dessa forma, a maior ou menor at
rat
ividade
de um projeto em comparação com os demais bem como com outras formas de
investimento do mercado de capitais.
Fig. 2.
6 –
Níveis de profundidade do
s es
tudos de viabilidade
28
As restrições legais, também entendidas como barreiras existentes para a
difusão da cogeração, constituem um conjunto de questões de âmbito local ou
regional que dificultam sua implantação; Tourin (1978) ilustra algumas barreiras
insti
tucionais, apresentadas da seguinte forma:
A estrutura tarifária das formas de energia comercializáveis;
A falta de incentivos legais pela manutenção de certas taxas que
oneram a cogeração
;
A existência de (bem como a resistência em alterar) certos códigos e
práticas de construção que não enquadram a cogeração e suas características
como alternativa de geração;
A falta de sintonia entre as normas de concessionárias públicas de
eletricidade e de gás e os interesses dos órgãos que fomentam a cogeração;
Os altos tempos de retorno do investimento, que se refletem na
dificuldade de captação dos recursos para investimento e no relativo retorno do
mesmo;
O fato de os preços dos combustíveis por vezes se encontrarem em
patamares muito baixos, assim como uma intensa geração hidrelétrica com
preços reduzidos, o que favorece o desperdício;
A vigência de práticas de trabalho restritivas, assim como certa apatia
da população em geral, o que impede a discussão de modelos alternativos de
geração de e
nergia.
Outros fatores legais dizem respeito aos limites de emissão dos poluentes
atmosféricos determinados pelas agências locais de controle ambiental, por
exemplo; aos limites impostos para o emprego de determinadas fontes
combustíveis em certas localidades; às limitações da capacidade de geração em
função do local em que se implantará o empreendimento; às taxas e impostos a
serem recolhidos pelos diferentes níveis de governo; às taxas de impostos a
serem recolhidos, em consonância com as estratégias governamentais, para
incent
ivos de uma ou de outra forma de geração, etc.
29
3.
MODELAGEM DE SISTEMAS ENERGÉTICOS
Para que possam ser adequadamente avaliados, os sistemas de geração de
energia devem ser modelados com base em equacionamento técnico adequado, e
uma vez alcançada uma solução, a mesma deve ser avaliada a partir de técnicas
de cunho econômico.
Neste capítulo são apresentados os conceitos relativos à análise energética
e exergética, bem como os conceitos relativos à programação matemática para
otimização de sistemas energéticos e aos modelos de custo que se constituirão
nas ferramentas empregadas na avaliação do sistema de cogeração objeto desta
dissertação.
3.1
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E EXERGÉTICA
O emprego da eficiência energética (de 1ª Lei) e exergética (de Lei)
par
a análise de fluxos e componentes está diretamente relacionado ao emprego
da energia ou da exergia, respectivamente, como fator de ponderação, pelo que se
depreende que correspondam a índices quantitativo e qualitativo,
respectivamente. Seja o volume de controle traçado sobre certo escoamento em
regime permanente, conforme a figura 3.1; a equação de Conservação de Energia
(ECE) ou da Lei da Termodinâmica pode ser estabelecida
para
um
volume de
controle (VC
), como segue
:
Volume
de
Controle
...
...
entradas
saídas
Figu
ra 3.1
Escoamento em regime permanente
ese
EEWQ
(3.1)
e
e
e
ee
s
s
s
sse
gz
v
hm
gz
v
hmWQ )
2
()
2
(
22
(3
.2
)
30
sendo:
Q
-
taxa de calor
transferid
a
ao VC:
)TT(cmQ
iip 1
(kW)
e
W
-
potência
de eixo transferida
ao volume de controle
(kW)
m
-
vazão em massa de fluxos
energéticos (vapor, gases
)
(kg/s)
h
-
entalpia do fluxo energético:
hPu
Pv
uh
(kJ/kg)
v -
velocidade do fluxo energético
(m/s)
z - cota da superfície de controle com passagem de fluxo
energético
(m)
g -
aceleração da gravidade = 9,80
(m/s
2
)
Da 1
a
Lei para processos reversíveis, aplica
do à máquina térmica da figura
3.
2, deduz
-
se:
Fonte
Quente
Fonte
Fria
Q
H
Q
L
W
Máquina
Térmica
Figura 3.2
Máquina térmica
Q
H,rev
-
Q
L,rev
= W
rev
(3
.3
)
Visto
que
W
rev
= W
ideal
e W
irrev
= W
real.
Para uma máquina térmica real, deve
-
se ter:
W
irrev
< W
rev
(3.4)
ou, de forma a impor a igualdade matemática:
W
rev
= W
irrev
+
I
(3
.5)
e ainda
HH
t
Q
W
Q
W
(3
.6)
sendo I (kJ/kg) a parcela de
perdas
ou
irreversibilidades
do processo e
t
a
eficiência de 1
a
Lei
.
A 2
a
Le
i da Termodinâmica pode ser estabelecida pela relação:
Q
Tds
T
Q
ds
ss
2
1
2
1
12
(
3.7)
sendo que a igualdade representa os processos reversíveis (ideais) e a
desigualdade aos processos irreversíveis (reais). A variável entropia (s)
representa uma propriedade termodinâmica, como se constata na dedução a
31
seguir; a desigualdade de Clausius
a
aplicada entre os estados 1 e 2 através de
diferentes processos A, B e C,
conforme figura 3.3,
todos reversíveis, conduz a:
B
2
1
A
2
1
C
1
2
B
2
1
C
1
2
A
2
1
T
Q
T
Q
0
T
Q
T
Q
0
T
Q
T
Q
(3.8)
A
2
1
B
C
P
v
Figura
3
.3
Desigualdade de
Clausius
Para processos reversíveis, a propriedade
T
Q
é constante para
dois
processos distintos, logo:
rev
2
1
12
T
Q
ss
(3
.9)
Se o processo A se tornar irreversív
el:
rev
1
2
irrev
2
1
T
Q
T
Q
(3
.
10
)
uma vez que da 1
a
Lei, se W
irrev
< W
rev
então como conseqüência Q
irrev
> Q
rev
,
sendo o termo
a geração de entropia, com sinal negativo devido à desiguald
ade
de Clausius. Das equações (3.
9
) e
(3
.
10
) se deduz:
irrev
2
1
12
T
Q
ss
(3
.
11
)
e como 0 quando irreversibilidade no processo, comprova-se que
irrev
2
1
12
T
Q
ss
.
Como
0
TI
(kJ/kg), tendo T
o
como temperatura de referência:
32
QI
ds
T
0
(3
.
12
)
Aplicando a 1
a
Lei para uma m
áquina
térmica real, com trabalho
irreversível:
es
irrev
EEEWQ
(3
.1
3)
Com as equações (
3.
11
) e (
3.
12
) obtém
-
se:
es
irrev
o
es
irrev
o
EE)WI(
ds
T
EEW)I
ds
T(
(3.1
4)
Com a equação (
3.5
) tem
-
se:
es
rev
0
EEW
ds
T
(3
.1
5)
A exergia
b
é definida como “o máximo trabalho reversível que se obtém
entre um sistema e o ambiente quando interagem para alcançar o equilíbrio”, ou
seja, Ex = W
rev
. Dessa forma, para o VC da figura 3.4, obtém-
se
a formulação
geral da exergia.
processo
1
0
ambiente
Figura 3.4
Volume de controle
)(
2
10
2
1
2
0
10
1
0
0
1
0
ZZg
VV
hhEE
Ex
dsT
es
(3.16)
)ss(T)ZZ(g
2
VV
hh
Ex
01001
2
0
2
1
01
1
0
(3.1
7)
Para o mesmo processo, em termos de fluxo de massa, tem-se definida a
“exergia física”, definida
na equação (3.1
7
).
a
A desigualdade de Clausius estabelece que
0
T
Q
, sendo a igualdade válida apenas para os processos
reversíveis.
b
Autores como
Valero e Lozano utilizam a letra B para indicar exergia, enquanto outros há que empregam a letra A.
33
)]
ss(T)ZZ(g
2
VV
hh[mxE
01001
2
0
2
1
01
1
0
F
(3
.1
8)
Desprezando
-se tanto a parcela cinética e quanto a parcela potencial,
ch
ega
-
se a
o resultado
dad
o
pela equação (3.1
9
),
)]
()
[(
01001
1
0
ssThhmxE
F
(3
.1
9)
Vale esclarecer que a exergia associada à potência mecânica ou elétrica
gerada por um sistema rmico é a própria potência e que a exergia associada à
energia química dos combustíveis é aproximadamente a própria energia química,
a menos de um fator de correção que varia para cada tipo de combustível, mas
que se encontra próximo da unidade.
As eficiências, como tradicionalmente são tratadas (eficiências mecânicas,
térmica, isentrópica,etc.), não se baseiam na 2a Lei da Termodinâmica;
desenvolvimentos recentes da análise exergética permitem a definição de n
ovos
critérios de desempenho, que oferecem vantagens sobre os critérios
tradicionais.
Para a realização ainda, do cálculo da eficiência exergética ou racional
( ), que relacionam a saída de exergia pela entrada de exergia no equipamento
(KOTAS, 1985), utilizar
-
se
-
á a expressão que segue
:
e
s
Ex
Ex
(3.20)
3.2
MODELOS DE
AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Os modelos de avaliação econômica são empregados após a definição de
um ciclo térmico para que a empresa tome a decisão entre investir ou não
naquele empreendimento. Para isso, empregam-se algumas das técnicas
tradicionais da Engenharia Econômica, a saber: o valor presente líquido, a taxa
interna de retorno e o tempo de retorno do investimento. Recomenda-se que
34
sempre sejam verificados os valores de ao menos duas das técnicas, sendo que as
duas primeiras são aquelas mais freqüentemente empregadas.
3.2.1
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
O critério do valor presente
líquido (VPL) é o mais utilizado em análise de
investimentos. Entretanto, não existem critérios melhores do que os outros, pois
diferentes critérios medem diferentes aspectos de um projeto. O critério do
tempo
de retorno de um investimento, ou
payback
, por exemplo, mede o tempo que um
projeto demora em
produzir
lucro, enquanto que o VPL mede o lucro em termos
absolutos.
O Valor Presente (VP) de um projeto e o I
O
representa
m o investimento
inicial necessário ou o custo para a aquisição ou para implantar o projeto na data
zero
(presente)
.
VPL é a diferença entre o valor presente do projeto e o custo do projeto na
data atual. VPL positivo significa que o projeto vale mais do que custa, ou seja, é
lucrativo. VPL negativo significa que o projeto custa mais do que vale, ou seja,
se for implantado, trará prejuízo (Q
UINTELLA
, M; F
ILHO
, A e S
OUZA
, C.
2003
).
VPL = VP
-
I
O
(3.
21)
Dessa forma, basta calcular o valor presente de todos os fluxos de caixa
no sentido de série de valores – que se seguem à data zero conforme figura 3.5,
e
depois subtrair o investimento feito na data zero. Para o cálculo do VPL deve ser
considerada uma
taxa
de juros, sendo que na atual estrutura da economia
brasileira emprega-se com freqüência o valor de 10% ao
ano
, (Q
UINTELLA
, M;
F
ILHO
, A e S
OUZA
, C. 2003) e um período de tempo sobre o qual o projeto
deve ser avaliado
.
35
0 1 2 3 4 5 6 7
FC
1
FC
2
FC
3
FC
4
Fig. 3.5 –
Fluxo de caixa de série de valores
O critério decisório diz que um projeto só deve ser realizado se o seu VPL
for nulo ou positivo, jamais se for negativo. Isto significa que para calcular o
VPL, primeiro é preciso determinar a taxa de d
esconto adequada. E
sta
é chamada
de
taxa mínima de atratividade do investimento, ou seja, a taxa mínima de
rentabilidade q
ue o projeto deve ter para que seja considerado rentável.
Uma forma de indicar o cálculo do VPL a uma taxa de desconto
k
é VPL
(k).
Portanto, se VPL
(k)
=0, o projeto tem um VPL=0 quando calculado com a
taxa
k. Isso significa que o projeto remunera exatamente a taxa
k.
Se VPL (k) =
R, sendo R > 0, pode-se dizer que o projeto, além de conseguir remunerar a taxa
k exigida, consegue criar uma riqueza no valor de R. Mas, se o VPL (k) for
negativo, pode-se dizer que, além de não conseguir atingir a rentabilidade k
exigi
d
a, o projeto ainda destrói riqueza.
Uma das vantagens é determinar o valor que é criado ou destruído quando
se decide realizar um projeto. Outra vantagem é que o VPL pode ser calculado
para diversas taxas mínimas de atratividade, para se fazer uma análise de
sensibilidade em função de possíveis alterações nas taxas. Esse é o critério mais
usado pelo mercado de capitais. Pode-se usar o VPL para classificar
investimentos. Assim, havendo dois projetos, A e B, se VPL de A > VPL de B,
isso significa que
A é melhor do que B.
Como o VPL mede sempre os valores atuais (valor presente), pode-
se
adicionar ou subtrair VPLs. Suponha que haja dois projetos, A e B. O VPL da
combinação desses dois projetos será: VPL de (A+B) = VPL de A + VPL de B.
A vantagem dessa característica operacional com o VPL é que se
podem
separar
os projetos A e B, analisá-los separadamente e escolher um ou outro, ou os dois.
Em suma, pode-se dizer que o VPL é
um
dos critérios mais justificáveis para
36
análise de projetos. Como desvantagem, ele exige que a taxa a ser usada para
cálculo do VPL seja corretamente determinada.
Segundo
Quintella, M; Filho, A e Souza, C. (2003), o VPL é um critério
internacionalmente aceito pelos profissionais de finanças. É conceitualmente
correto e, em conjunto com outros critérios, leva a decisões financeiras
adequadas. Mas isso não impede que os outros critérios venham a complementá-
lo, fornecendo informações adicionais sobre o projeto como, por exemplo, o
critério do
payback
descontado.
3.2.2
TAXA INTERNA DE RETORNO
(TIR)
A taxa interna de retorno foi por muitos anos o critério preferido de
análise de investimentos. Porém, estudos mostraram que esse critério é
extremamente perigoso, podendo levar a conclusões equivocadas
.
Quintella, M;
Filho, A e Souza, C.
(200
3
) a
dvertem sobre as armadilhas em que
se pode cai
r
ao
utilizar o critério da taxa interna de retorno.
Para que se possa entender as
características
do critério, é preciso
primeiramente definir a taxa interna de retorno (TIR). A TIR é a taxa que anula o
VPL.
Em outras palavras, a TIR é a taxa pela qual o VPL de um projeto é zero.
Portanto, uma forma de obter a taxa interna de retorno é traçar o gráfico da
variação do VPL em função de variações da taxa de desconto. A taxa de desconto
que anular o VPL é, então,
chamada de taxa interna de retorno.
Não existe uma forma simples de se calcular a taxa interna de retorno.
Para um ativo que apresente n
períodos de operação, tem
-
se uma equação d
e
grau
n para resolver. Serão obtidas, na maioria dos casos,
n
raízes. Se o houver
mudanças no sinal de fluxos de caixa após t = 0, tem
-
se apenas uma raiz positiva:
a TIR. Se houver mudanças no fluxo de caixa, provavelmente ter-
se
mais do
que uma raiz positiva e não haverá uma solução única.
Na prática, a TIR é obtida por um critério de aproximações com base no
cálculo numérico pela técnica de Newton-Raphson. É preciso utilizar uma
calculadora, ou um programa como o Excel
®
, para se chegar à resposta. O
programa um valor inicial qualquer para a taxa até fazer o VPL; depois,
37
produz alterações nessa taxa até fazer o VPL chegar à zero. Então, o programa
considera que a resposta foi encontrada, uma vez que a taxa interna de retorno
nada mais é que a taxa que anula o VPL.
A maioria dos ativos (um projeto, por exemplo) tem um fluxo de caixa
que pode ser assim resumido: na data zero investe-se um valor e, a partir daí, o
projeto fornece benefícios, isto é, fluxos de caixa positivos, conforme figura
3.6
. Nesse caso, diz-se que o fluxo de caixa tem apenas uma inversão de sinal. A
in
versão de sinal acontece quando o fluxo de caixa muda de positivo para
negativo
ou vice
-
versa
apenas uma vez.
t=0
t=1
t=2
t=3
-
3000
1100
1210
1331
Fig. 3.6
Fluxo de caixa de investimento
Pode
-se afirmar que esse fluxo muda o sinal apenas uma vez. A
importância de haver apenas uma inversão de sinal é que matematicamente, se o
fluxo tiver uma única inversão de sinal, poderá haver somente uma taxa interna
de retorno positiva. No caso mencionado, pode-se então garantir que, se houver
taxa interna de retorno, esta será única e positiva. Por meio de uma calculadora
financeira, po
de-
se estimá
-
la em 10% ao ano.
Se por acaso tiver mais de uma TIR, não há como comparar a taxa mínima
de atratividade de maneira unívoca e, consequentemente, não se pode usar a TIR.
Observe que, muitas vezes, a calculadora ou o Excel
®
fornecem o valor da TIR,
mas não advertem que pode existir mais de uma. O número de taxas internas de
retorno pode ser igual ao número de inversões de sinal do fluxo. Portanto, se
pode usar o critério da TIR com segurança quando é certo que somente uma
inversão de sinal
(Q
UINTELLA
, M; F
ILHO
, A e S
OUZA
, C. 2003
).
A grande vantagem desse critério é permitir que todo o projeto se resuma
a um único número: a sua rentabilidade intrínseca. Por isso, o critério continua
sendo tão usado. Outra vantagem é que, no mercado financeiro, quase todos os
38
fluxos de caixa dos investimentos possuem uma única inversão de sinal. A TIR
tem um critério de aceitação definido: TIR > TMA. Assim, a TIR é amplamente
usada no mercado financeiro, tornando bem simples análise dos investimentos.
A principal desvantagem da TIR é o risco de se usar o critério quando
mais de uma inversão de sinal. Nesse caso, podem-se encontrar várias TIRs
pos
itivas. Usando uma delas, você estará incorrendo em erro. A TIR pode levar a
equívocos quando utilizada para comparar diferentes projetos: TIR (A) > TIR (B)
não significa que o projeto A seja superior ao projeto B. A TIR não diferencia os
projetos lucrativ
os daqueles que causam prejuízos.
S
egundo
Quintella, M; Filho, A e Souza, C. (2003), a taxa interna de
retorno deve ser usada apenas por pessoas que dominem bem seu conceito e
saibam como contornar os problemas existentes, e, ainda assim, somente se o
fluxo de caixa a ser analisado tiver uma única inversão de sinal. Caso contrário,
não deve ser utilizada.
3.2.3
PAYBACK
Payback
ou tempo de retorno do investimento é o número de anos
necessários para recuperar um investimento do fluxo líquido de caixa. É um
todo simples e que em geral não leva em conta taxas de juros (há, porém, o
tempo de retorno descontado); por isso mesmo, é um indicador pouco preciso
para decisões comparativas entre alternativas, mas serve como um parâmetro de
sensibilidade
(BALESTIERI, 2
001)
.
3.3
MODELOS
DE
OTIMIZAÇÃO
Os procedimentos de otimização se constituem de formulações que
conduzem
à solução de um problema físico qualquer a valores extremos
máximos ou mínimos, de acordo com os objetivos perseguidos – de uma maneira
rápida, segura e coerente. Aos modelos de otimização contrapõem-
se
à pesquisa
por tentativa e erro, a qual não alicerçada em teorema que assegure a
eliminação de caminhos pouco prováveis a alcançar os melhores resultados
39
conduz a busca a uma procura exaustiva na medida do esforço dispensado e nem
sempre com uma linha de ação pré-definida para a variação dos parâmetros
envolvidos.
Um modelo o é igual à realidade, mas suficientemente similar para que
as conclusões obtidas através de sua análise e / ou operação
possam
ser atendidas
à
r
ealidade
(
G
OLDBARG
e
LUNA
, 2000)
.
Em conseqüência, para a formalização desse modelo é indispensável
definir:
A estrutura relacional do sistema apresentado
.
O comportamento funcional de cada subsistema ou componente
atômico.
Os fluxos de i
nter
-
relaci
o
namento.
A solução de um problema que envolva sistemas energéticos
necessariamente está associada a um profundo conhecimento e domínio da
aplicação dos conceitos de Termodinâmica, Mecânica de Fluidos e Transfer
ência
de Calor e Massa, sem os quais um modelo de otimização pouco ou nada pode
oferecer.
O problema de otimização busca colher elementos para uma tomada de
decisão a partir da maximização (ou minimização) de um ou mais objetivos
sujeitos
as restrições que podem limitar a seleção dos valores das variáveis de
decisão. Habilidade de modelagem, para captar os elementos essenciais do
problema, e bom julgamento na interpretação dos resultados, são elementos
necessários para
se
obter conclusões significativas em um problema de
otimização.
Para um
a melhor compreensão são definidos os seguintes conceitos:
Função objetivo: a função objetivo é indicativa do sentido no qual
se busca a otimização;
Restrições
:
Um problema sem restrições permite que a função se
maximize tendendo ao
infinito
ou se minimize a 0; as restrições
representam limites reais do problema e sua disposição conjunta
no espaço R configura a chamada “região factível” (ou “região
viável”).
40
Um problema de otimização pode ser formalizado matematicamente da
seguinte forma
:
Minimizar f(x)
(3.
22)
Sujeito a:
,0)(xh
i
i = 1, ...,
h
m
(3.
23
)
,0)(xg
j
j = 1, ...,
g
m
(3.
24
)
n
Rx
e
m que
f:
n
R
R, h:
n
R
R s
ão funções contínuas, geralmente diferenciáveis
em problemas tratáveis de grande porte.
A pesquisa de soluções para essa questão esbarra em restrições (técnicas,
econômicas, ambientais, institucionais), assim como pode apontar para uma ou
outra direção quando são considerados diferentes critérios de projeto. Do
universo de soluções que podem vir a ser propostas para a definição de uma
configuração, algumas soluções podem ser consideradas não funcionais por não
prestarem a produzir os elementos estabelecidos em um projeto desse porte,
quais sejam eletricidade e calor.
Dentre as soluções funcionais restantes é possível distinguir as eficientes
(factíveis) por atenderem ao conjunto de restrições existentes para cada situação.
No contexto das soluções eficientes também se pode evidenciar diferentes
soluções ótimas, cada qual represen
tativa de um objetiv
o (figura 3.7
).
Fig.
3.7
As soluções eficientes no contexto das demais soluções
(B
ALESTIERI
, 2005).
41
As
soluções não funci
onais
correspondem àquelas que se encontram
fora da região factível S, visto que não atendem às restrições do problema;
As
soluções funcionais são quaisquer soluções propostas dentre os
valores contidos na região factível S, isto é, são soluções factíveis;
As
soluções satisfatórias são contidas nas soluções funcionais, logo
são soluções factíveis por atenderem às restrições do problema e, além disso,
o
fazem de uma forma eficiente”, isto é, podem ou o representar máximos e
mínimos de diferentes funções o
bjetivo;
Soluções ótimas são pontos de máximo ou de mínimo e representam o
caso particular de um dos pontos do conjunto de soluções eficientes, alcançando
apenas quando se define um único objetivo (uma única direção para um único
vetor z) para a função obj
etivo.
3.3.1
PROGRAMAÇÃO LINEAR
Este é um caso particular dos modelos de
otimização
em que as variáveis
são contínuas e apresentam comportamento linear, tanto em relação às restrições
como a função objetivo. A formulação clássica é apresentada abaixo para um
problema de maximização, sendo que o mesmo teria a mesma concepção para
um problema de minimização.
Maximizar
0
x
=
n
j
jj
xc
1
(3.
25)
Sujeito a:
n
j
ij
ij
dxa
1
i = 1, 2, ..., p
(3.
26)
n
j
ij
ij
dxa
1
i = p
+ 1, p + 2, ..., m
(3.
27)
0
j
x
j = 1, 2, ..., q
(3.
28)
Rx
j
,
j = q + 1, q + 2, ..., n
(3.2
9)
42
3.4.
CUSTO EXERGÉTICO
De acordo com Bejan et al.
(1996)
, a contabilidade de custos em uma
empresa está relacionada à determinação do valor real dos custos de produtos e
serviços, ao estabelecimento de uma base racional para a definição dos preços
dos mesmos produtos e serviços, a definição de uma forma de alocação e
controle dos gastos e a provisão de informações para avaliação e tomada de
decisões.
Alguns autores,
como
Cerqueira (1999)
e Temir (2004), dizem que
a
regra
de alocação dos custos
entre as diferentes formas de energia geradas num sistema
de cogeração é arbitrária; supondo-se conhecidos os custos marginais
c
referent
es
à produção das energias elétrica e térmica, conforme a figura 3.8, uma reta, c
om
coeficiente angular negativo pode ser obtida se forem tomados os pontos A e B,
correspondentes respectivamente ao custo marginal puramente elétrico (Cw/E) e
custo marginal puramente térmico (CQ/Q), a qual permite diferentes alternativas
de partição dos custos da geração combinada de energias térmica e elétrica.
X
Y
A
B
zona de
contrato
custo marginal térmico (US$/kWh)
custo
marginal
elétrico
(US$/kWh)
CC
-
custo de cogeração
CS
-
custo de geração
independente
CC
B
/
Q
CC
A
/
E
zona de
contrato
Fig. 3.8
Curva de “trade
-
off” para custos elétrico e térmico em centrais de cogeração
Ponderar a faixa razoável de valores depende de uma série de fatores e
interesses localizados; assim, por exemplo, uma empresa pode preferir penalizar
c
Custos marginais (expressos, por ex., em US$/kWh) são os valores necessários de investimento
(unidades monetárias por unidade de tempo, por ex. US$/h) para que certa capacidade (por ex., em kW)
seja instalada.
43
mais fortemente o custo marginal térmico para favorecer a comercialização dos
recursos elétricos, ou vi
ce
-versa. Isso é feito com base no balanço de custos,
formulado para um sistema geral operando em regime permanente:
total
,
OM
total
,I
total
,F
total
,P
ZZCC
(3.
30
)
sendo P os produtos, F os insumos (
fuel
), I os custos de investimentos e OM os
custos de operação e manutenção envolvidos na concepção de um certo sistema
energético
e
Z
é o custo de investimento dos componentes
.
Como a exergia mede o valor termodinâmico real de seus efeitos e os
custos somente podem ser associados à
commodities
de valor, seu emprego é
mais correto como base de custos; sejam as expressões de custo exergético que
seguem
:
)bm(cBcC
ssssss
-
custo exergético nas saídas do VC
)bm(cBcC
eeeeee
-
custo exergético nas entradas do VC
WcC
WW
-
custo exerg
ético das potências
QQQ
BcC
- custo exergético de transferência de
tendo
s
c
,
e
c
,
w
c
e
Q
c
($/GJ).
O balanço de custos se reduz a: “a soma dos custos associados aos fluxos
de exergia que saem é igual à soma dos custos associados aos fluxos de exergia
que entram com os custos de investimento e operação/manutenção”,
isto é
:
OM
I
e
eQws
ZZCCCC
(3.
31
)
Fazendo
OM
I
ZZZ
, para o k
-
ésimo componente ter
-
se
-
á:
ZxEcxEcxEcBc
e
k,ek,ek,Qk,Qk,wk,Wk,s
s
k,s
(3.
32
)
44
A aplicação do balanço de custos implica na tomada de decisões acerca da
partição de custos, especialmente nos sistemas de cogeração, que geram 2
produtos distintos, W
e Q , em que a maior ou menor valorização de cada um
deles pode viabilizar ou não sua produção para venda. A teoria de custo
exergético
apresenta uma “fotografia” da configuração proposta, em termos de
custos de cada fluxo, que não representam os melhores valores (ou ótimos), mas
ap
enas a realidade expressa por certo conjunto de condições impostas ao
problema.
Uma questão pertinente passa a ser, dessa forma, como são obtidos os
diferentes elementos presentes em formulações como a acima
apresentada
;
dispõe
-se de um mero limitado de equações e o passíveis de serem
calculados os valores de custo de investimento e operação/manutenção, as
exergias e as potências envolvidas pelas análises de e 2 ª l
ei
s, bem como os
custos envolvendo equipamentos e para a composição ar-
combu
stível. Com isso,
restam
incógnitas que somente podem ter seus valores calculados ao se impor ao
problema
novas relações. Essa parte da Teoria do Custo Exergético está
associada ao que se denomina de Critérios para Partição de Custos, que
será
apresentado
no
item
3.5
.
3.5
BALANÇO EXERGÉTICO E
CO
NTÁBIL
A alternativa mais simples consistiria em imporem-se critérios de
ponderação baseados na suposição de que os custos exergéticos de fluxos de
entrada e saída podem ser igualados; nesse sentido, destacam
-
se:
3.5.1
TODO DE EXTRAÇÃO
Neste método se supõe que toda a exergia cedida pelo vapor que entra na
turbina (ou pelos gases de escape, numa turbina a gás) deve ser atribuída
integralmente à parcela de calor que dela se extrai.
45
3.5.2
MÉTODO DA IGUALDADE
Neste método se supõe que o custo exergético unitário da parcela
eletromecânica seja equivalente ao da parcela de calor que dela se extrai.
Para maiores informações, assim como para a verificação de outros
critérios
, recomenda-se reportar à literatura (
LOZANO
E VALERO
,1993
;
WALTER
et al
., 1991
;
BEJAN
et al
., 1996).
A figura 3.9 apresenta as relações de custo exergético do produto, do
insumo e as relações auxiliares para alguns componentes selecionados, para
operação em regime permanente; essas relações serão importantes para a
aplicação dos diferentes métodos de análise termoeconômica, a despeito de suas
distinções em termos de atribuição de custos, ainda que todos mantenham
igualdade de abordagem no aspecto exergético, como não poderia deixar de
ser.
46
Fig.3.
9 –
Taxas de exergia e relações auxiliares de custo para componentes selecionados
47
3.5.3
MÉTODO DE VALERO E LOZANO
Pela Teoria do Custo Exergético (TCE), elaborada pelos Professores
Antonio Valero e Miguel Lozano, da Universidade de Zaragoza, Espanha, pode-
se
obter o custo de todos os fluxos que se inter-relacionam com uma estrutura
formada por um sistema, cujos limites tenham sido definidos e com um nível de
agregação que especifica os subsistemas que o compõe.
A relação entre os fluxos (m fluxos) e componentes (n componentes) se
estabelece mediante uma matriz de incidência
A (n,m); os elementos a
ij
da matriz
A assumem valores +1 quando o fluxo j entra no subsistema i, -1 quando o
abandona e 0 quando não existe relação física entre eles (V
ALERO
e L
OZANO
,
1993
).
Para a associação dos custos, empregam-se 5 proposições (V
ALERO
E
LOZANO
, 1993):
Proposição 1: o custo exergético de um fluxo (B*), produto (P*) ou
insumo (F*) é a quantidade de exergia necessária para produzi-lo, sendo portanto
uma propriedade conservativa. Esta proposição permite que sejam formuladas
tantas equações de balanço de custo exergético quantos componentes
compuserem a instalação. De modo matricial:
A B* = 0*
.
(3.
33
)
Sendo 0* o vetor nulo.
Se existem m fluxos, são necessárias m equações independentes para
encontrar uma solução de compromisso entre as variáveis; como a instalação
conta com n componentes, com a proposição 1 já se dispõe de n equações
independentes, sendo necessárias (m-n) equações adicionais para a solução. Esta
formulação é construída com as n equações disponíveis para os respectivos n
componentes da instalação.
Proposição
2:
o custo exergético dos fluxos de entrada da instalação
(combustível, ar, água, etc.) é igual à sua exergia.
48
Pro
posição 3: se um ou mais fluxos de saída de um componente fazem
parte do insumo (F), deve-se considerar que sua(s) exergia(s) não está(ão) em
jogo, e portanto seu(s) custo(s) exergético(s) unitário(s) (B*/B) é idêntico ao
custo exergético unitário
d
do fluxo de entrada que o(s) precede(m) como
mostram as figuras 3.34, 3.35 e 3.36
.
(3.
34
)
Figura 3.
10
-
Fluxos de saída da Turbina a vapor (fazem parte do insumo).
(3.
35
)
Figura 3.
11
-
Fluxos de saída da Turbina a gás (fazem parte do insumo).
(3.
36)
Figura 3.
12
-
Fluxos de saída da Caldeira de recuperação (fazem parte do insumo).
Proposição 4: se um componente tem um produto (P) formado por vários
fluxos, deve
-se associar a esses fluxos o mesmo custo exergético unitário. Isso se
explica pelo fato de que se 2 ou mais produtos podem se identificados em um
mesmo equipamento, seus processos de formação são indistintos no nível de
agregação considerado, e portanto deve-se associar um custo exergético
proporcional à exergia que contém
co
mo mostra a figura 3.37
.
d
Defi
ne
-
se custo exergético unitário como k* = B*/ B = 1/
49
(3.
37)
Figura 3.
13
-
Fluxos de saída da Turbina a gás (fazem parte do produto).
Proposição 5: na ausência de valores externos aos fluxos de perdas (calor
cedido ao meio, gases de chaminé, dentre outros) deve-se atribuir cu
sto
exergético nulo, já que não apresentam utilidade posterior.
Observ
a-se, no entanto, que para unidades de processo, que degradam a
exergia do vetor energético de entrada até uma condição assumida como
ambiente (por exemplo, vapor na entrada do
processo
e saída como água líquida
na condição ambiente, 25ºC), admitindo-se que a energia é
transferida
à matéria-
prima para compor certo produto, aplica-se a Proposição 3, pois a diferença de
exergias entre entrada e saída configura insumo (F); dessa forma, assume-se que
o custo exergético unitário do fluxo de entrada é igual ao custo exergético
unitário do fluxo de saída.
3.5.4
MÉTODO DE
SILVEIRA
Um enfoque interessante para a composição dos custos de produtos de um
sistema de cogeração foi sugerido por Kehlhofer (19
87
) e adaptado por Silveira
(1994)
. A maioria dos casos de avaliação econômica para sistemas de cogeração
é específica, devido às características
distintas
dos diversos tipos de sistemas
exi
stentes.
Segundo Silveira (
199
4
),
de uma forma geral, os custos de produção de
energia elétrica e de calor são calculados de maneiras diferentes, existindo várias
eficiências a serem definidas, tais como:
Eficiência de geração de energia elétrica;
Eficiência de geração de calor;
Eficiência global.
50
A eficiência da gera
ção de energia elétrica pode ser determinada por:
cal
Ec
comb
el
n
E
Ep
(3.
38)
A eficiência de geração de calor é a própria eficiência de geração de
vapor,
cal
et
(3.
39)
e
a eficiência global dada por:
comb
CP
G
E
EE
(3.
40
)
O custo da produção de energia elétrica depende do custo de investimento
(capital investido), que engloba os custos de projeto, obras civis, compra e
instalação
dos equipamentos, bem como dos custos de operação e manutenção
,
que incluem
o cu
sto
do combustível utilizado e
a eficiência
de geração de energia
elétrica
.
O custo da produção de calor também depende do capital investido, do
custo do combustível utilizado e da eficiência de geração de calor, dos custos de
operação e manutenção e do custo da geração de energia elétrica, neste caso
considerado como subproduto
,
segundo Silveira (
199
4
).
pl
C
pl
el
COMB
C
pl
el
u
EH
U
C
HE
fI
C
..
.
h
kW
US
.
$
(3.
41
)
S
endo:
el
C
-
Custo de produção de energia elétrica
(US$/kWh)
;
pl
I
-
Custo de investimento da
instalação
de cogeração
(US$)
;
C
E -
Calor consumido no processo
(kW)
;
H
-
Período equivalente de utilização
(h/ano);
51
comb
C -
Custo do combustível
(US$/kW
h)
;
et
n -
Eficiência na geração de calor
;
(%)
pl
U
-
Custo fixo de operação da
instalação
de cogeração
(US$/ano);
pl
u
-
Custo variável de operação da
instalação
de cogeração
(US$/kWh)
;
P
E - P
otência elétrica produzida
(kW);
f -
Fator de anuidade
(1/ano);
O fator de anuidade é definido pela equação (3.4
2
).
1q
1q.q
f
K
K
(3.
42
)
na qual:
100
r1
q
(3.
43
)
s
endo
defin
idos os parâmetros da equação (3.
43
) como
:
q-
Taxa anual percentual modificada
(%)
k-
Período de amortização
(anos)
r-
Taxa anual de
juros
(%)
3.6
CUSTO DE INVESTIME
NT
O DA
INSTALAÇÃO
DE
COGERAÇÃO
Para obtenção dos dados referentes aos investimentos necessários para a
aquisição e instalação dos equipamentos, foram contatados diversos fabricantes e
especialistas em equipamentos para tornar os dados monetários deste estudo o
mais próximo possível da realidade atual.
Com este levantamento, foi possí
vel
obter os custos reais e individuais Z
dos equipamentos que compõem a
instalação
de cogeração. Os custos são
estimados em dólares americanos de 2006
(vide tabela 3.2)
.
52
3.6.1
CUSTO DE MÃO DE OBRA DE OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO
O custo de pessoal de operação para
instalações
modernas é bastante
reduzid
o, isto se deve à introdução de sistemas automáticos de monitoramento e
controle da
instalação
de potência, que pode ser operada por dois homens
(
SILVEIRA
, 199
4
).
Conforme Saddy (
1986
), esse custo varia em torno de 0,006 US$/kWh,
dependendo do ciclo de operação da unidade. Já segundo Peltier e Ring
(
19
86
)
, o
custo de manutenção situa-se perto de 0,010 US$/kWh,
valor
que
será
adota
do
para base de cálculo da instalação
de potência.
3.6.2
CUSTO DO COMBUSTÍVEL UTILIZADO NO SIST
EMA
Na
instalação selecionada, utiliza-se apenas de um combustível (g
ás
n
atural)
para a geração combinada de energia elétrica e térmica (v
apor
de
baixa
pressão, vapor
de
alta pressão, água quente e água gelada).
O custo do gás natural é estipulado através de tabela vigente pelo
distribuidor de gás natural
encanado
como segue
(tabela 3.1).
Tabela 3.1
Custo da tarifação do gás natural canalizado com vigência a partir de 05/2006
Segmento Cogeração
Variável R$/m³
-
Sem ICMS
Classe
m³/mês
Cogeração
de Energia
Elétrica destinada ao
consumo próprio ou à
venda a consumidor final
Cogeração de Energia
Elétrica destinada à
revenda a distribuidor
1
Até 100.000,00 m³
0,1746970
0,1722718
2
100.000,01 a 500.000,00 m³
0,1382921
0,1363723
3
500.000,01 a 2.000.000,00 m³
0,1358079
0,1339225
4
2.000.000,01 a 4.000.000,00 m³
0,1229255
0,1212190
5
4.000.000,01 a 7.000.000,00 m³
0,1075614
0,1060681
6
7.000.000,01 a 10.000.000,00 m³
0,0921948
0,0909148
7
Acima de 10.000.000,00 m³
0,0764729
0,0754113
Fonte:
www.comgás.com.br
. Classe 5 (Taxa dólar R$
1,
97
).
53
3.6.3
CUSTO DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
O dimensionamento termodinâmico possibilitou a obtenção de dados
suficientes para realizar a seleção dos equipamentos que estão disponíveis no
mercado. Através dos fabricantes de equipamentos é
possível
obter valores de
aquisição e de manutenção dos equipamentos selecionados.
Na
tabela 3.2
pode
-se observar os valores de aquisição dos equipamentos
(investimento inicial
)
que foram selecionados para compor a configuração do
sistema de cogeração de energia, bem como a obtenção dos custos gerados pela
manutenção
de cada equipamento demonstrado,
em US$/kWh.
Tabela 3.2
Valores de investimento inicial dos equipamentos
Fabri
cante
Equipamento
Custo de aquisição
(US$)
Custo de manutenção
(
US$/kWh
)
Pratt
-
Whithey
Turbina a gás
13.900.000,00
0,016
GE
Gerador Elétrico
4.434.782,61
0,0003
Servit
Caldeira de Rec.
8.145.900,00
0,01
Alston
Turbina a Vapor
1.736.000,00
0,013
GE
G
erador Elétrico
153.250,
00
0,0003
Semco
Condensador
120.000,00
0,01
Semco
AM
100.000,00
0,00001
Carrier
SRA
12
0.000,00
0,000032
Vacunlu
Bomba
20.000,00
0,0000004
Vacunlu
Bomba
20.000,00
0,0000004
Vacunlu
Bomba
20.000,00
0,0000004
O custo total de manutenção para a
instalação
de potência
selecion
ada é
de 0,0497 US$/kWh; este valor será alocado em três categorias diferentes para a
obtenção dos
custos
produtos
gerados pelo sistema de turbina a gás, pelo sistema
de turbina a vapor e pelos
equipament
os de processamento térmico
.
3.6.4
CUSTO DA ENERGIA ELÉTRICA PRODUZIDA
Para a obtenção dos custos da energia elétrica produzida podemos
simplificar a
equação 3.
41
para:
54
el
COMB
C
pl
el
C
EH
tfI
C
.
)1
.(
.
(3.
44
)
com
t se referindo a taxa de custo de mão de obra de operação e manutenção
descritos no item 3.
6.1.
3.6.5
CUSTO DA ENERGIA TÉRMICA PRODUZIDA
Para a obtenção dos custos da energia térmica produzida podemos
considerar a equação 3.45
:
C
el
P
et
COMB
C
pl
et
E
CEC
HE
tfI
C
.
.
)1
.(
.
(3.
45)
Sendo:
et
C -
Custo da produçã
o de calor
(US$/kWh)
pl
I -
Custo de investimento da
central
de cogeração
(US$)
f-
Fator de anuidade
(1/ano)
t
-
Taxa de custo de pessoal de operação e manutenção
C
E -
Calor consumido no processo
(kW
)
-
Período equivalente de utilização
(h/ano)
comb
C -
Custo do combustível
(US$/kWh)
et
n -
Eficiência na geração de calor
P
E
-
Potência elétrica produzida
(kW)
el
C -
Custo de produção de energia elétrica
(US$/kWh)
55
4.
ESTUDO DE CASO
Estudo realizado (
CERQUEIRA
e
NEBRA
, 1999) demonstra que os
modelos exergoeconômicos tradicionais (os que correspondem à conhecida sigla
CGAM
, i.é, modelos devidos a Christos Frangopoulos, George Tsatsaronis,
Antonio Valero e Michael von Spakovsky, pesquisadores que apresentaram
contribuições em termos de modelagem exergoeconômica), quando aplicados a
um mesmo problema e nas mesmas bases metodológicas, apresen
ta
m uma maior
tendência em priorizar os custos térmicos em detrimento dos custos elétricos, ou
vice
versa.
O presente estudo visa propor um c
iclo
de
tetra
geração
para atendimento
da
s demandas de energia elétrica, vapor de alta pressão, vapor de baixa pres
são,
água quente e água gelada
para uma indústria de produtos descartáveis, que opere
em
p
aridade
térmica.
A
indústria necessita de 3,5
(kg/s)
de vapor a alta pressão (4 MPa
-
360ºC
)
para aquecer um conjunto de calandras, que estão representadas pelo processo A,
a necessidade também de 3
(kg/s)
de vapor a baixa pressão (
0,8
MPa - 205ºC
)
para a produção de cola quente, representada pelo processo B.
Para que seja possível a produção de papel Tissue a necessidade de 3
(kg/s)
de água quente a uma temperatura de 80ºC para o sistema de lavagem e
conversão, representada pelo processo C, e por fim atender uma demanda de 3,71
(kg/s)
de água gelada a uma temperatura de 5ºC, utilizada para resfriamento de
guias de dobra, para a produção de fraldas e absorventes.
A indústria em questão consome 40.000 kWh
/mês
de energia elétrica, que
também deverá ser suprida parcialmente ou integralmente pelo sistema de
cogeração adotado, no caso de déficit de suprimento da energia elétrica
,
fornecida
pelo sistema de cogeração,
t
em
-
se
a possibilidade de
comprar a energia
elétrica de uma concessionária e no caso de ocorrer excedente na produção de
energia elétrica pode
-
se ocorrer
à
venda da mesma para
a mesma
concessionária.
Portanto
, define-
se
um sistema de cogeração baseado em ciclo combinado
gás/vapor
e formado por uma turbina a gás, caldeira de recuperação, turbina a
56
vapor de condensação com extração, aquecedor de mistura e sistema de
refrigeração por absorção como base para a comparação entre os modelos de
custo dos produtos g
erados
.
A configuração analisada (Fig. 4.1) é capaz de
produzir simultaneamente potência elétrica / mecânica, vapor superaquecido com
dois níveis de pressão, água quente e água gelada, o que é por muitos,
conhec
ido
por “tetrageração”.
ar
chaminé
gás natural
Proc. A
AM
Proc. B
Proc. C
SRA
Proc. D
Figura
4
.1
Configuração
considerada para comparação de custos dos produtos
Para a análise pretendida são inicialmente estabelecidas as condições
operacionais da instalação pela definição de condições de vazão, pressão e
temperatura dos diversos
vetores energéticos ali p
resentes
.
Os processos A e B dizem respeito a vapor de alta e baixa pres
são,
respectivamente, e os processo C e D representam água quente e gelada,
respectivamente. Equipamentos comerciais devem ser selecionados, bem como
procedido
s quaisquer ajustes que se façam necessários. A partir desse
levantamento são realizadas análises de balanço de massa, energia e exergia
sobre a configuração.
Para que seja calculado o balanço de custos exergéticos, que servirão de
base de cálculo para estudo dos custos dos produtos da central de cogeração são
necessárias as exergias dos fluxos envolvidos na configuração.
Para tanto se faz necessário dimensionar
termodinamicamente
todos os
fluxos
que irão compor a configuração,
obt
ém-se através dos cálculos os dados
57
“ideais”, que servem de parâmetros (capítulos 4.1
ao
4.8)
para
encontrar
equipamentos disponíveis no mercado através de catálogos de seus fabricantes
apurando assim os valores de aquisição dos equipamentos através de orçamentos
de aquisição, inst
alação e manutenção
.
Com base na configuração proposta (figura 4.1), obtém-se o fluxograma
(figura 4.2) onde cada fluxo é identificado com uma sigla, estas que serão
utilizadas posteriormente para a obtenção dos custos exergéticos e
exergoeconômicos demons
trados no capítulo
posterior
e também pela tabela 4.
1
.
Tabela 4.
1 –
Parâmetros termodinâmicos da configuração adotada.
fluxo
m(kg/s)
x
P (MPa)
T (o C)
h (kJ/kg)
s(kJ/kgK)
E (kW)
B (kW)
AR
1
166,93
0,1
25
104,6
0,37
0 5
ARCC
2
166,93
428
-74159
CC
3
169,6
2,29
1103
-163659
Comb
4
2,67
133709
G 5
169,6
458
32298
CH
6
169,6
101
1622
WCOMPR
7
57954
WTG
8
50870
VATV
9
4,01
4
360
3117
6,62
12080
4607
VA
10
3,5
4
360
3117
6,62
10543
4021
TQA
11
3,5
0,1
24,5
103
0,36
-6
1
WTV
12
1489
1489
VCD
13
1
0,87
33 2247
7,36
1500
40
VB
14
3
0,8
205
2851
6,84
8239
2453
TQB
15
3
0,1
24,5
103
0,36
-5
1
VAM
16
0,31
0,8
205
2851
6,84
851
253
TQCOND 17
0,7
0,09
33
188,5
0,60
59
10
A2
18
4,37
6
35
152
0,50
207
30
A2R
19
4,37 0,01
35
146,7
0,50
184
6
A1R
20
3,71 0,01
35
146,7
0,50
156
5
A1
21
3,71
6
35
152
0,50
176
26
VSRA
22
1,68
80
335
1,08
387
33
VC
23
3
80
335
1,08
691
59
TQC
24
3
0,1
24,5
103
0,36
-5
1
VD
25
3,71
5
20,98
0,06
-310
26
TQD
26
3,71
0,1
24,5
103
0,36
-6
1
A3
27
7,51
6
35
152
0,50
356
52
A3R
28
7,51
0,01
35
146,7
0,50
316
9
WB1
29
-20 -20
WB2
30
-19 -19
WB3
31
-40 -40
TQSRA
32
1,68
0,1
24,5
103
0,36
-3
1
Perda TG
33
2544
2544
Perda TV
34 74
74
WELTV
35
1415
1415
WELTG
36
48327 48327
WELtotal
37
49741
49741
58
eq. 2
eq. 1
WTG
50870 kW
PERDA TG
2544 kW
eq.3
G
169,6 kg/s
CH
169,6 kg/s
Processo A
VA
3,5 kg/s
eq.4
eq. 5
VATV
4,01 kg/s
eq. 6
VCD
1 kg/s
Processo B
eq. 7
Aquecedor
de Mistura
VAM
0,31 kg/s
Processo C
eq.8
SRA
Proc. D
RESERVATÓRIO DE ÁGUA À 35º C eq. 16
eq.
9
eq.
10
eq.
11
A3
7,51 kg/s
WELtotal
49741 kW
TQSRA
1,68 kg/s
TQA
3,5 kg/s
WELTV
1415 kW
WELTG
48327kW
AR
166,9 kg/s
WB1
20 kW
ARCC
166,9 kg/s
CC
169,6 kg/s
COMB
2,67 kg/s
WB2
19 kW
VB
3 kg/s
VC
3 kg/s
VD
3,71 kg/s
TQB
3 kg/s
TQC
3 kg/s
TQD
3,71 kg/s
PERDA TV
74 kW
WB3
40 kW
A2
4,37 kg/s
A3R
7,51 kg/s
A2R
4,37 kg/s
A1
3,71 kg/s
A1R
3,71 kg/s
VSRA
1,68 kg/s
WTV
1489 kW
TQcond
1 kg/s
Figura 4.2
Fluxograma da configuração adotada
59
4.1
S
ISTEMA DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO
De posses dos valores das demandas de energia elétrica, vapor alta de alta
pressão
, vapor de baixa pressão, água quente e água gelada, pode-
se
primeiramente dimensionar o sistema de refrigeração por absorção que estaria
gerando o último produto (água gelada), visto que, trata-se de uma config
uração
em cascata onde a turbina a gás transforma a energia do único combustível
utilizado em toda a configuração (em energia elétrica e térmica) e os outros
equipamentos se alimentam de fluxos subseqüentes.
Para melhor visualização segue na figura 4.3 o diagrama de corpo livre do
sistema de refrigeração por absorção.
Figura 4.
3 -
Fluxos do sistema de SRA.
Para possibilitar a consulta ao catálogo do fabricante é necessário obter-
se
os dados da energia térmica de geração e coeficiente de eficácia do ciclo (COP)
que são demonstrados através da equaç
ão
4.1.
COP=
GER
REF
Q
Q
(4
.1
)
Q
GER
= 316,54 kW
Tem
-se que obter mais alguns dados para a obtenção da vazão ideal de
água quente, que será provida pelo aquecedor de mis
tura (Cap
í
tulo 4.2), que seria
o insumo necessário para a geração da energia para se dar início a produção de
água gelada como seguem na tabela 4.
2.
VSRA
A1
TQSRA
VD
60
Tabela 4.
2 –
Dados referenciais do sistema de refrigeração por absorção
.
Sistema
Brometo de Lítio
SRA
Du
plo estágio
Entrada de água (Pto.
VSRA
)
80
ºC
Entrada de água (Pto.
VSRA
)
-
MPa
Entrada de água (Pto.VSRA)
3,71
kg/s
Saída de água (Pto.
VD
) 5
ºC
COP
1,1
-
Q
REF
348,2
kW
C
água
Cp
º
80
4,199
kJ/kg.K
Fonte:
www.climapress.com.br
modelo Aquasnap 30 RA.
De posses dos dados apresentados pela tabela 4.2 tem-se o valor da vazão
de água quente necessária através da equação 4.2.
Q
GER
=
VSRA
m
.cp.
(T
VSRA
-T
SRA
TQ
)
(4.
2)
316,54 =
VSRA
m
.4,199.(80
-
24,5)
VSRA
m
= 1,68
s
kg
4.2
AQUECEDOR DE MISTURA
A vazão fornecida pela equação 4.2 faz parte de uma extração feita no
aquecedor de mistura que recebe água do tanque principal e vapor provido de
uma extração da turbina a vapor. Para melhor visualização segue na figura 4.4 o
diagrama de corpo livre do aquecedor de mistura.
Figura 4.
4 –
Fluxos do sistema de
aqueced
or de mistura (AM)
Para possibilitar a consulta ao catálogo do fabricante é necessário obter-
se
o balanço de massa e o balanço de energia que são demonstrados através
do
VAM
A2
VC
VSRA
61
conjunto de equações formados por duas equações e duas incógnitas conforme
demonstrada
s abaixo (
4.
3
e 4.
4).
VAM
m
+
2A
m
=
VSRA
VC
m
(4.
3)
VAM
m
.
VAM
h
+
2A
m .
2A
h
=
VSRA
VC
m
.
VSRA
VC
h
(4.
4)
VAM
m
+
2A
m
=
4,68
VAM
m .
2851
+
2A
m .
152
=
4,68
.
335
Cuja solução resulta:
VAM
m
= 0,31
s
kg
2A
m
= 4,37
s
kg
4.3
TURBINA A VAPOR
A vazão fornecida pela equação 4.4 faz parte de uma extração feita
na
turbina a vapor destinada ao aquecedor de mistura para a produção de água
quente, outra extração é realizada para o processo B além da
produção de energia
elétrica.
Para melhor visualização segue na figura 4.5 o diagrama de corpo livre
d
a turbina a vapor
.
Figura 4.
5 –
Fluxos d
a
turbina a vapor (TV)
Devido a se tratar de uma turbina a vapor de condensação e extração
com
válvula de controle de vazão, destina-
se
17,5% do fluxo de entrada da turbina
VCD
VB
VAM
VATV
Weixo
62
para o condensador (
VCD
m
).
Para tanto se faz necessário
o
dimensionamento
primário da turbina a vapor o
bten
do
o fluxo de massa fornecidos através das
equações 4.
5
e 4.
6
b
em como o balanço de energia fornecido pela equação 4.
7.
VB
VAM
m
=
VB
m
+
VAM
m
(4.
5)
VB
VAM
m
= 3,
31 (kg/s)
VATV
m
=
VB
VAM
m
+
VCD
m
(4.
6)
VATV
m
=
4,01
s
kg
eixo
W
=
VATV
m
.h
VATV
-
VB
VAM
m
.h
VB
VAM
-
VCD
m
.h
VCD
(4.
7)
eixo
W
=4,01
.
3117
-
3,31
.
2851
-1.
2247
eixo
W
=
1489
kW
Para a produção de energia elétrica é necessário saber qual a eficiência de
trabalho do gerador elétrico que deverá ser acoplado à turbina a vapor. Para o
nível de potência de cerca de 1500 kW selecionou-se através de catálogo do
fabricante o modelo GEEP-T-7com eficiência de geração de energia elétrica em
torno de 95 %. (catálogo disponível no site
www.ge.com
). A equação 4.8 fornece
a potência
líquida fornecida pelo conjunto de turbina a vapor selecionado.
GE =
Weixo
WELtv
(4.
8)
TV
WEL
=
1415
kW
4.4
SELEÇÃO DA TURBINA A GÁS
Na tabela 4.3 são apresentados às temperaturas e vazões de gases de
exaustão para a condição teórica de atendimento aos processos em paridade
63
térmica. Para a obtenção dos valores de massa dos gases de exaustão (
gases
m
)
utiliza
-
se a equação 4.
9:
8,0
)TT
.(
cp
.m
)hh
.(
m
CH
5
gasesgases
3A
VA
VATV
VA
VATV
(4.
9)
8,0
)
101
.(
15
,1.
)
1523117
.(
51
,7
5
Tm
gases
Os valores de T
5
des
critos na tabela 4.
3
foram inferidos para a obtenção da
curva teórica ideal para a
seleção
da turbina a gás
.
Tabela 4.
3
Temperatura X
Vazão
de Gases
T
5
(ºC)
Vazão
de Gases (
kg/s
)
300
271,27
350
216,79
400
180,55
450
154,68
500
135,29
550
120,23
600
108,18
650
98,33
700
90,12
64
Valores ideais para instalação
0
50
100
150
200
250
300
250 350 450 550 650 750
Temperatura de exaustão ºC
Vazão de gases (kg/s)
Valores ideais
para
instalação
GTX100
GT 8C
V 64.3
FT 8 Twin
LM 5000 PD
Stig
SwiftPac 50
Figura 4.
6 -
Curva teórica para paridade térmica obtida através dos dados da tabela 4.2
Os dados da tabela 4.3 serviram de guia para que fosse possível fazer a
seleção das turbinas que mais se aproximavam de seus valores
ideais
(figura 4.6)
.
A curva teórica foi traçada através destes dados para possibilitar uma melhor
visualização.
De posse dos valores ideais, foi possível fazer a seleção de 6 turbinas que
são possíveis tecnologicamente para compor a configuração adotada c
omo segue
na tabela 4.
4.
Tabela 4.
4 – D
ados técnicos das turbinas selecionadas (sem queima suplementar)
Modelo
EPtg
(kW)
Heat Rate
(
Btu/kWh
)
Mg
(
kg/s
)
Temp. Ex
austão
(ºC)
GTX100
43000
9215
121,11
516
GT 8C
52600
9980
179,17
517
V64.3
62500
9665
191,87
531
FT 8 Twin
5
1500
8927
168,28
458
LM 5000 PD Stig
51100
7900
153,32
400
SwiftPac 50
5
0870
9395
169,6
458
Fonte: Gas Turbine World Handbook
(
1997
)
65
Para a produção de energia elétrica é necessário saber qual a eficiência de
trabalho do gerador elétrico que deverá ser acoplado à turbina a
gás
. Para o nível
de potência de cerca de 52000 kW selecionou-se através de catálogo do
fabricante o modelo GEEP-
307
-I com eficiência de geração de energia elétrica
em torno de 95 %. (catálogo disponível no site
www.ge.com
). A equação 4.10
fornece a potência líquida fornecida pelo conjunto de turbina a
gás
selecionado.
GE
=
eixo
EL
W
W
TG
(4.
10)
TG
EL
W
=48327 (kW)
Obtém
-se também a vazão de combustível necessária para a geração de
energia elétrica e térmica de toda a configuração pela equação 4.11. Para tanto se
faz necessário obter os valores do PCI do gás natural que é de 55000 kJ/kg.
(Dado fornecido pelo concessionário Comgás, disponível no endereço eletrônico
www.comgas.com.br).
PCi
.mE
COMB
Comb
(4.
11)
COMB
m
= 2,
67
(kg/s)
4.5
CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO
O
Pinch Point ou ponto de estrangulamento é a técnica utilizada em
problemas de otimização de redes de trocadores de calor, que são definidos por
uma série de fluxos de processo, quentes e frios. Com esta técnica é possível
obter os pontos ótimos de trabalho de um trocador de calor e consequentemente
garantir os melhores resultados com respeito aos custos operacionais
(
BALESTIERI
, 2002).
Esta etapa do processo é importante para que seja corretamente definida a
temperatura dos gases de exaustão na chaminé sem que se incorra em
impropriedades termodinâmicas. Como a temperatura dos gases na saída da
chaminé não pode ser previamente definida, impõe-se que a diferença de
66
temperatura no ponto de
pinch
(
T
pp
) fique limitada ao intervalo entre 10 e 40ºC.
(
BALESTIERI
, 2002). Os cálculos para dimensionamento do conjunto de
caldeira
de recuperação são fornecidos através das equações 4.
12
, 4.13, 4.14 e
4.1
5.
)TT(
cp
.mQ
Ch
Ex
gasesgasesgases
(4.
12
)
)
101458
.(
15
,1.6,
169
gases
Q
60,23906Q
gases
kW
)hh
.(
mQ
0
saturaçãoX
vaporvivo
vapor
0SatX
(4.1
3)
)
18073330
.(
51
,7
0
SatX
Q
7,
11437
Q
0
SatX
kW
)hh
.(
mQ
1
saturaçãoX
vaporvivo
vapor
0
SatX
(4.1
4)
)28013330
.(51
,7
0
SatX
Q
80,3972Q
0SatX
kW
)hh
.(
mQ
água
vaporvivo
vapor
água
(4.1
5)
)7,
1463330
.(
51
,7
água
Q
60,23906Q
água
kW
Com a obtenção dos dados das potências térmicas (
0
SatX
Q
,
0
SatX
Q
,
água
Q
e
gases
Q
) pode-se traçar o diagrama de temperatura (T) X potência térmica (Q)
como segue na figura 4.
7:
67
Pinch Point
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
350,0
400,0
450,0
500,0
0,0
5000,0
10000,0 15000,0 20000,0 25000,0 30000,0
poncia térmica (kW)
temperatura (oC)
vapor
gás
Figura 4.
7 –
Diagrama temperatura x potência
Avaliando a curva de
gás
, que se inicia em 458ºC (temperatura de
exaustão da turbina a gás) e seu valor final em 101ºC que é exatamente a
temperatura dos gases na chaminé e também é a temperatura mínima adotada
para ciclos que utilizam gás natural como combustível. Com a obtenção destes
dados pode-se observar uma distância entre a curva de vapor e a dos gases de
exaustão, esta distância representa a diferença de temperatura de 36,7ºC, estando
assim coerente ao se considerar os limites especificados que são entre 10 e 40ºC.
4.6
BOMBAS
DE RECALQUE
Existem na configuração
três
bombas que são responsáveis pelo recalque
de água para a caldeira de recuperação (B3), para o aquecedor de mistura (B2) e
para o sistema de refrigeração por absorção (B1), portanto tem-se descrito nas
equações 4.1
6
, 4.1
7
e 4.1
8
suas respectivas potências de
c
onsumo.
W
B1
=
1A
m
. (h
R1A
-h
1A
)
(4.
16)
68
W
B1
=
3,1
. (
146,7
-
152
)
W
B1
=
-
20
(
kW
)
W
B2
=
2A
m
. (h
R2A
-h
2A
)
(4.
17)
W
B2
=
4,37
. (
146,7
-
152
)
W
B2
=
-
1
9 (
kW
)
W
B3
=
3A
m
. (h
R3A
-h
3A
)
(4.
18)
W
B3
=
7,51
. (
146,7
-
152
)
W
B3
=
-
40
(
kW
)
4.7
CÁLCULOS DE VIABILIDADE
INSTITUCIONAL
Como último crivo para a seleção da turbina a gás, tem-se que seguir
algumas regras impostas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANELL),
através da
R
esolução n
0
235, de 14 de novembro de 2006.
A
Resolução n
0
235 considera a necessidade de implementar políticas de
incentivo ao uso racional dos recursos energéticos do país, uma vez que a
atividade de cogeração de energia elétrica contribui com a raciona
lidade
energética possibilitando um melhor aproveitamento dos combustíveis,
apresentando menor consumo total, quando comparada à geração individual de
calor e energia elétrica e gerando conseqüentes benefícios para sociedade.
Para tanto, tem-se que atender os requisitos mínimos de racionalidade
energética, mediante o cumprimento das inequações 4.
19
e 4.
20
.
%
15
Ef
Et
ou
ft
E
15
,0E
(4.
19)
%
Fc
Ef
Ee
X/
Ef
Et
(4.
20
)
69
s
endo:
E
f
- Energia disponibilizada pelo combustível ou combustíveis nos últimos
doze meses, calculada em MWh, com base no poder calorífico inferior dos
combustíveis utilizados;
E
e
- Energia eletromecânica, resultante do somatório de trabalho e energia
elétrica gerados nos últimos doze meses, em MWh;
E
t
- Energia térmica utilizada, proveniente da central de cogeração,
resultante do somatório do calor efetivamente consumido nos últimos doze
meses, em MWh;
Fc
-
Fator de cogeração;
X-
Fator de ponderação;
Os valores de X e Fc referidos na fórmula serão aplicados em função da
potência elétrica instalada na central de cogeração e do combustível principal,
conforme tabela 4.5, enquadrando-se no caso de queima de gás natural com
potência elétrica instalada superior a 20 MW.
Tabela 4.
5 –
Fatores de cogeração e pond
eração
Para a obtenção dos dados de E
f
, E
e
e E
t
faz
-se necessário estabelecer os
valores dos rendimentos térmicos das turbinas selecionadas, a energia cedida
pelo combustível, o valor da energia eletromecânica consumida e a energia
térmica consumida pel
a configuração.
Através da equação 4.
21
, pode-se obter os valores referentes ao
rendimento das turbinas a gás, selecionadas na tabela 4.
4.
T
=
h.
kW
Btu
HR
3413
(4.
21
)
70
A obtenção dos valores da energia cedida pela queima do combustível
duran
te o ano se dá através da equação 4.2
2.
T
=
comb
ELtg
GE
E
W.
(4.2
2)
A energia eletromecânica consumida durante o ano, é calculada através da
equação 4.2
3
, levando em consideração 7800 horas de trabalho por ano.
E
e
=
TG
EL
W
. 7800
(4.
23)
Para estabelecer a energia térmica consumida pelos processos SLA, SLB,
SLC e SLD se fazem necessárias à utilização dos dados fornecidos pela tabela
4.
1 de vazão e entalpias específicas dos pontos em questão como segue nas
equaçõe
s 4.2
4
, 4.
25
, 4.
26
e 4.
27.
SLA =
VA
m
. (h
VA
h
TQA
)
.7800
(4.
24)
SLA =
3,5
. (
3117
103
)
.7800
SLA =
82.282.200
(kWh/ano)
SLB =
VB
m
. (h
VB
h
TQB
).7.800
(4.
25)
SLB =
3
. (
2851
103
).7.800
SLB =
64.303.200
(kWh/ano)
SLC =
VC
m
. (h
VC
h
TQC
)
.7800
(4.
26)
SLC =
3
. (
335
103
)
.7800
SLC = 5.428.800 (kWh/ano)
SLD =
VD
m
.
(h
VD
h
TQD
)
.7800
(4.
27)
SLD =
3,71 .
(
20,98
103
)
.7800
SLD =
2.373.494
(kWh/ano)
71
A tabela 4.6 demonstra todos os dados necessários que possibilitam
visualizar quais as turbinas que estão ap
tas a compor a configuração adotada.
Tabela 4.
6 –
Resultado da avaliação legal para seleção da turbina a gás
T
Ec (MWh)
Ee (MWh)
Et (MWh)
0,15 Ec
X
Fc
Ef
Ee
X/
Ef
Et
GTX 100
0,37
860291,7
335400
145860
129043,7
2
0,50
0,47
GT 8C
0,34
1139720,0
410280
145860
170958,0
2
0,50
0,42
V64.3
0,35
1311486,0
487500
145860
196723,0
2
0,50
0,43
FT 8 Twin
0,38
9
98147,4
401700
145860
149722,1
2
0,50
0,48
LM 5000 PD
Stig
0,43
876455,6
398580
145860
131468,3
2
0,50
0,54
SwiftPac 50
0,36
845104,1
374400
162630
126765,6
2
0,50
0,54
Pode
-se observar que apenas 2
turbinas
, das 6 selecionadas, atendem às
exigências determinadas pela ANEE
L.
A turbina selecionada para compor a
configuração foi a SwiftPac 50, cujos dados técnicos estão dispostos na tabela
4.
3. Esta opção se deu devido a falta de dados da turbina LM 5000 PD Stig que
teve a sua produção descontinuada
a
d
ois
anos atrás pelo fabricante.
4.8
BALANÇO EXERGÉTICO NA TURBINA A GÁS
Não basta somente fazer a seleção do conjunto de turbina a gás com base
nos dados fornecidos no catálogo do fabricante, ou seja, temos que desenvolver
cálculos referentes a cada fluxo presente neste tipo de conjunto que é composto
basicamente pelo compressor, pela câmara de combustão e a turbina em si como
segue na figura 4
.
8.
Figura 4
.8
C
onjunto de turbina a gás
ARCC
AR
CC
G
COMB
72
O conjunto de turbina a gás tem que ser desmembrada e seus
equipamen
tos
e fluxos
devidamente dimensionados termodinamicamente
, através
da Segunda L
ei
da Termodinâmica, para que não se tenha inconsistência nos
cálculos posteriores.
Para tanto,
faz
-
se
necessária à análise sico-química dos valores
exergéticos que compõem os fluxos internos entre os equipamentos do conjunto
de turbina a gás.
Não é comum a demonstração destes valores pelos fabricantes de turbina a
gás portanto uma dificuldade muito grande para se ter acesso à consulta e a
obtenção de valores essenciais para
o dimensionamento.
Adota-se para o dimensionamento do conjunto de turbina a gás
selecionado (
Pratt
-Whithey Swiftpac 50
)
os valores da sida da câmara de
combustão
a 1103 ºC e a taxa de compressão do ar de 19:1 (dados obtidos no
Institute of Ga
s
Technology
, Chicago, USA, 1990).
Todos os valores obtidos no C
ap
ítulo 4 poderão ser vistos na tabela 4.6,
que contém basicamente todos os dados termodinâmicos calculados de todos os
fluxos que compõem a configuração e que servirá de base de dados para os
cálculos do
s custo
s exergéticos e exergoeconômicos presentes no capitulo 5.
Calcula
-
se
a energia do combustível, através da equação 4.
28
,
que leva em
consideração a vazão do combustível e seu PCI, para obter os demais fluxos da
configuração utiliza
-
se a equação 4.2
9.
PCI
.mE
Comb
(
kW
)
(4.
28
)
3600
HR
.W
E
liq
Comb
=
3600
9395
.
51235
=
133.709
(
kW
)
Pode
-
se
, portanto, obter os valores referentes à Energia (E), disposta na
tabela 4.
6
através a
equação
4.
29
, como segue:
)hh(mE
0
(
kW
)
(4.
29)
Há a necessidade da definição d
os
valor
es
d
a exergia do combustível
e dos
gases de exaustão; neste caso,
os
valores finais da exergia
se
originam através
de
73
duas parcelas, sendo uma física e uma química. Para o cálculo da exergia do
combust
ível utilizou-se um coeficiente que representa a parcela química do
combustível
e
; a parcela física é representada pela vazão do combustível e seu
PCI
,
como segue na equação 4.3
0.
04
,1.EB
CombComb
(
kW
)
(4.3
0)
Os gases provenientes da queima do combustível são calculados através
da equação 4.
31
e 4.
32
, a primeira que considera a parcela física dos gases e a
segunda que considera a parcela química dos gases.
)TT
.(
cp
.mE
0ggg
(
kW
)
(4.
31
)
b
a
0
g
ggg
P
P
ln
.R
T
T
.
ln
.
cp
.mB
(
kW
)
(4.
32
)
1
ln
.
287
,0
298
731
ln
.
15
,1
298298731
.
15
,1.6,
169
B
g
=
32298
(
kW
)
Os gases provenientes da compressão o calculados através da equação
4.33
.
0
ARCC
0
ARCC
AR
00
ARCC
ARAR
ARCC
P
P
ln
.R
T
T
ln
.
cp
.TTT.
cp
.mB
(4.
33
)
5,
19
ln
.
287
,0
298
731
ln
.
005
,1
298298731
.
005
,1.
67
,26,
169
ARCC
B
=
71216
(
kW
)
Os gases provenientes da queima da mistura ar-combustível no combustor
são ca
lculados através da equação 4.
34
.
0
CC
0
CC
G0o
CC
G
CCCC
P
P
ln
.R
T
T
ln
.
cp
.TTT.
cp
.mB
(4.
34
)
5,
19
ln
.
287
,0
298
1376
ln
.
15
,1
2982981376
.
15
,1.6,
169
B
CC
=
163659
(
kW
)
Para o cálculo da Exergia (B) dos demais
fluxo
s presentes na
configuração
, utiliza
-
se
a equação 4.
35
, como segue:
e
Coeficiente de 1,04 referente a parcela química dos cálculos de obtenção da exergia do combustível (gás natural),
retirado de Kotas, 198
5, p. 269.
74
)]
ss(T)hh
[(
mB
000
(
kW
) (
4.
35
)
A Fig. 4.2 ilustra o diagrama de fluxos e potências calculados para a
configuração proposta na condição base do projeto que são apresentados na
Tabela 4.
6.
Outros pontos a serem definidos estão relacionados ao dimensionamento
termodinâmico do compressor da turbina a gás. Para um conjunto a gás real,
obtêm
-
se
as equações para o modelo físico real do conjunto demonstrado na
figura 4.2:
-
compressor de ar:
1
1
1T
1
1
2
ARCC
n
n
cp
AR
P
P
T
(4.
36
)
15,
19
90
,0
1
1T
3,1
4,0
ARCC
=
458
ºC
-
câmara de combustão:
05
,0
),
1(
cccc
ARCC
CC
PPPP
(4.
37
)
-
turbina a gás:
n
n
CC
P
P
T
tg
1
3
4
CC
11T
(4.
38
)
33
,1
33
,0
CC
5,
18
1
1
91
,01T
=
1103
(ºC)
A pot
ê
ncia de acionamento do compressor
é dada pela equação 4.
39
.
)TT
.(
cp
.mW
0
CC
ARAR
CP
(4.
39
)
)298731
.(005
,1.67,26,169W
CP
=
57954
(
kW
)
75
5
ANÁLIS
ES
DOS CUSTOS EXERGÉTICOS
Como
segundo
crivo
, para que haja um aprofundamento que é
normalmente adotado para um projeto deste tipo,
tem
-
se
a análise de viabilidade
econômica
.
A análise dos custos exegéticos, objeto maior deste estudo, é de extrema
import
ância para um projeto desta magnitude, portanto o assunto tratado nos
capítulos 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4 são referentes ao comparativo dos custos exergéticos
calculados de
três
formas distintas, através de metodologias já existentes e
disponíveis.
5.1
MÉTODO
DA
IGUALDADE E EXTRAÇÃO
A primeira etapa necessária que se neste primeiro método é
demonstrada no capitulo 5.1.1 é a obtenção dos valores do fator de anuidade que
computa os valores d
o valor presente uniforme
(P/A) que levam em consideração
a taxa de jur
os anual e o números de anos necessário para amortização dos custos
iniciais do projeto.
5.1.1
FATOR DE ANUIDADE
ii
i
A
P
n
n
.1
11
(5.1)
5364
,5
A
P
Sendo:
i = 12,5 %
(
t
axa de juros anual
)
n = 10 anos
(v
ida útil para depreciação
)
P/A =
Valor presente uniforme
76
5.1.2
CUSTO DE
INVESTIMENTO
DOS EQUIPAMENTOS
A segunda etapa necessária é determinar o custo de investimento
(Z)
através das inequações compreendidas entre 5.2 a 5.
12
que levam em
consideração o custo de investimento inicial com a compra dos equipamentos
que compõem a configuração determinada no capítulo 4 bem como o valor
presente uniforme (P/A) multiplicada pelo número de horas trabalhadas ao longo
do ano.
Z
TG
=
ano
por
trabalhdas
horas
1
.
A
P
1
.
to
Investimen
h
US
$
Z
TG
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
13900000
(5.2)
Z
TG
=
321,88
(US$/h)
Z
GEtg
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
4434782
(5.3)
Z
GEtg
=
102,69
(US$/h)
Z
CR
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
8145900
(5.4)
Z
CR
= 188,64
(US$/h)
Z
TV
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
1736000
(5.5)
Z
TV
=
4
0,
20
(US$/h)
Z
GEtv
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
153250
(5.6)
Z
GEtv
=
3,
55
(US$/h)
Z
COND
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
120000
(5.7)
77
Z
COND
= 2,77
(US$/h)
Z
AM
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
100000
(5.8)
Z
AM
= 2,32
(US$/h)
Z
SRA
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
120000
(5.9)
Z
SRA
= 2,77
(US$/h)
Z
B1
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
20000
(5.
10
)
Z
B1
= 0,47
(US$/h)
Z
B2
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
20000
(5.
11
)
Z
B2
= 0,47
(US$/h)
Z
B3
=
7800
1
.
5364
,5
1
.
20000
(5.
12
)
Z
B3
= 0,47
(US$/h)
5.1.3
OBTENÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS
De posses dos valores dos custos dos investimentos citados no capítulo
5
.1.
2, pode-se obter um conjunto de equações a fim de se obter o custo dos
produtos gerados pela central de tetrageração.
A equação 5.
13
refere-se aos fluxos envolvidos na turbina a gás
selecionada.
tg
COMBCOMB
tg
WTG
GG
ZBCWCBC ...
(5.
13
)
78
s
endo:
G
C
-
Custo dos gases de exaustão
(
US$/kWh)
g
B
-
Exergia dos gases de exaustão
(kW)
WTG
C
-
Custo da energia elétrica gerada pela turbina a gás
(US$/kWh)
tg
W
-
Potência
gerada pela
turbina a gás
(kW)
COMB
C
-
Custo do combustível
(US$/kWh)
COMB
B
-
Exergia do combustível
(kW)
tg
Z
-
Custo de i
nvestimento
da turbina a gás
(US$/h)
Substituindo os valores que são fornecidos pela tabela 4.1, na equação
5.
13
, tem
-
se
:
88
,
321133709
.
00208
,0
50870
.
32298
.
Wtg
G
CC
A equação 5.
14
refere-se aos fluxos envolvidos na caldeira de
recuperação.
CR
AAGGVATVVATV
VAVA
CHCH
ZBCBCBCBCBC
33
.....
(5.
14
)
sendo:
CH
C -
Custo dos gases da c
haminé da
C.R.
(US$/kWh)
CH
B
-
Exergia dos gases da chaminé da caldeira
(kW)
VA
C -
Custo do vapor no processo A
(US$/kWh)
VA
B -
Exergia do vapor no processo A
(kW)
VATV
C -
Custo do vapor de entrada na turbina a vapor
(US$/kWh)
VATV
B
-
Exergia do vapor de entrada da turbina a vapor
(kW)
3A
C -
Custo da água
de entrada da
C.R.
(US$/kWh)
3A
B -
Exergia da água de ent
rada da turbina a vapor
(kW)
CR
Z -
Custo de investimento da
C.R.
(US$/h)
Substituindo os valores que são fornecidos pela tabela 4.1, na equação
5.
14
, tem
-
se:
79
64,18852.32298.4607.4021.1622*0
3AGVATV
VA
CCCC
A equação 5.15 refere-se aos fluxos envolvidos na turbina a vapor
selecionada.
TV
VATVVATV
WTVWTV
VCDVCD
VAMVAM
VBVB
ZBCBCBCBCBC .....
(5.
15
)
sendo:
VB
C
-
Custo do vapor do processo B
(US$/kWh)
VB
B
-
Exergia do vapor do processo B
(kW)
VAM
C
-
Custo do vapor de entrada d
o
A.M.
(US$/kWh)
VAM
B
-
Exergia do vapor de entrada do
A.M.
(kW)
VCD
C
-
Custo do vapor de entrada do condensador
(US$/kWh)
VCD
B
-
Exergia do vapor de entrada do condensador
(kW)
WTV
C
-
Custo da energia elétrica gerada pela
T.V.
(US$/kWh)
WTV
B
-
Exergia da potência gerada pela turbina a vapor
(kW)
VATV
C
-
Custo do vapor
de entrada da turbina a vapor
(US$/kWh)
VATV
B
-
Exergi
a do vapor de entrada da turbina a vapor
(kW)
TV
Z
-
Custo de investimento da turbina a vapor
(US$/h)
Substituindo os valores que são fornecidos pela tabela 4.1, na equação
5.1
5, tem
-
se:
20,404607.1489.40.253.2453.
VATV
WTV
VCD
VAM
VB
CCCCC
A equação
5.16
refere
-s
e aos fluxos envolvidos
no
aquecedor de mistura
.
AM
AA
VAMVAM
VSRAVSRA
VCVC
ZBCBCBCBC
22
....
(5.
16
)
sendo:
VC
C
-
Custo do vapor do processo C
(US$/kWh)
VC
B
-
Exergia do vapor do processo C
(kW)
VSRA
C
-
Custo do
vapor de entrada no
S.R.A.
(US$/kWh)
VSRA
B
-
Exergia do vapor de entrada no
S.R.A.
(kW)
80
VAM
C
-
Custo do vapor de entrada do
A.M.
(US$/kWh)
VAM
B
-
Exergia do vapor de entrada do
A.M.
(kW)
2A
C
-
Custo da água de entrada no
A.M.
(US$/kWh)
2A
B
-
Exergia da água de entrada no
A.M.
(kW)
AM
Z
-
Custo de investimento do
A.M.
(US$/h)
Substituindo os valores que são fornecidos pela tabela
4.
1, na equação
5,16
, tem
-
se:
32,230.253.33.59.
2A
VAM
VSRA
VC
CCCC
A equação 5.
17
refere-se aos fluxos envolvidos no sistema de refrigeração
por absorção
.
SRA
AA
VSRAVSRA
VDVD
ZBCBCBC
11
...
(5.
17
)
sendo:
VD
C
-
Custo do vapor do processo D
(US$/kWh)
VD
B
-
Exergia do vapor do processo D
(kW)
VSRA
C
-
Custo do vapor de entrada do
S.R.A.
(US$/kWh)
VSRA
B
-
Exergia do vapor de entrada do
S.R.A.
(kW)
1A
C
-
Custo da água de entr
ada no
S.R.A.
(US$/kWh)
1A
B
-
Exergia da água de entrada no
S.R.A.
(kW)
SRA
Z
-
Custo de investimento do
S.R.A.
(US$/h)
Substituindo os valores que são fornecidos pela tabela 4.1, na equação
5.
17
, tem
-
se:
77
,2
26
.
33
.
26
.
1A
VSRA
VD
CCC
A equação
5.
18
refere
-
se aos fluxos envolvidos na bomba 1.
1111111
...
B
ELEL
RARAAA
ZBCBCBC
(5.
18
)
sendo:
81
1A
C
-
Custo da água de entrada do
S.R.A.
(US$/kWh)
1A
B
-
Exergia da água de entrada do
S.R.A.
(kW)
RA
C
1
-
Custo da água de recalque da bomba 1
(US$/kWh)
RA
B
1
-
Exergia da água de recalque da bomba 1
(kW)
1
EL
C
-
Custo da energia elétrica consumida pela
B1
(US$/kWh)
1
EL
B
-
Exergia da energia elétrica consumida pela
B1
(kW)
1B
Z
-
Custo de investimento da bomba 1
(US$/h)
Substituindo os valores que são fornecidos pela tabela 4.1, na equação
5.
18
, tem
-
se:
47
,0)
20
.(
085
,05.
26
.
11 RAA
CC
A equação
5.
19
refere
-s
e aos fluxos envolvidos na bomba 2.
2222222
...
B
ELEL
RARAAA
ZBCBCBC
(5.
19
)
sendo:
2A
C
-
Custo da água de entrada no
A.M.
(US$/kWh)
2A
B
-
Exergia da água de entrada no
A.M.
(kW)
RA
C
2
-
Custo da águ
a de recalque da bomba 2
(US$/kWh)
RA
B
2
-
Exergia da água de recalque da bomba 2
(kW)
2
EL
C
-
Custo da energia elétrica consumida pela
B2
(US$/kWh)
2
EL
B
-
Exergia da energia elétrica consumida pela
B2
(kW)
2B
Z
-
Custo de investimento da bomba 2
(US$/h)
Substituindo os valores que são fornecidos pela tabela 4.1, na equação
5.
19
, tem
-
se:
47
,0)
19
.(
085
,06.
30
.
22 RAA
CC
A equação
5.
20
refere
-
se aos fluxos envolvidos na bomba 3.
3333333
...
B
ELEL
RARAAA
ZBCBCBC
(5.
20
)
sendo:
82
3A
C
-
Custo da água de entrada da
C.R.
(US$/kWh)
3A
B
-
Exergia da água de entrada da
C.R.
(kW)
RA
C
3
-
Custo da água de recalque da bomba 3
(US$/kWh)
RA
B
3
-
Exergia da água de recalque da bomba 3
(kW)
3
EL
C
-
Custo da energia elétrica consumida pela
B3
(US$/kWh)
3
EL
B
-
Exergia da energia elétrica consumida pela
B3
(kW)
3B
Z
-
Custo de
investimento da bomba 3
(US$/h)
Substituindo os valores que são fornecidos pela tabela 4.6, na equação
5.
20
, tem
-
se:
47
,0)
40
.(
085
,09.
52
.
33 RAA
CC
Tem
-se 8 equações e
17
incógnitas, portanto, para obter a solução deste
conjunto de equações precisa
-
se de
9
e
quações como seguem a seguir:
As equações 5.
21
,
5.
22
e 5.
23
referem-se ao fluxo de massa nos nós da
configuração adotada.
VA
VATV
CC
(US$/kWh)
(5.
21
)
VAM
VB
CC
(US$/kWh)
(5.
22
)
VSRA
VC
CC
(US$/kWh)
(5.
23
)
As igualdades demonstradas nas equações 5.
24,
5.
25
e 5.
26
são referentes
ao custo da água que é recalcada pelas bombas 1, 2 e 3, levando em consideração
a potência de cada bomba e o fluxo de massa a ser processada por estes
equipamentos.
A tarifa da água no estado de São Paulo para uma indústria de
cogeração de energia é de 3,2
US$/ m³
(
Fonte:
www.Sabesp.com.br
).
14
,2
1RA
C
(US$/kWh)
(5.
24
)
52
,2
2RA
C
(US$/kWh)
(5.
25
)
17
,2
3RA
C
(US$/kWh)
(5.
26
)
83
As igualdades demonstradas nas equações 5.27
,
5.
28
, 5.
29
e 5.
30
são
referentes ao método da igualdade ao qual relaciona o custo exergético unitário
da parcela eletromecânica sendo equivalente ao da parcela de calor que dela se
extrai.
WTG
g
CC
(US$/kWh)
(5.
27
)
VB
WTV
CC
(US$/kWh)
(5.
28
)
VAM
WTV
CC
(US$/kWh)
(5.
29
)
VCD
WTV
CC
(US$/kWh)
(5.
30
)
As igualdades demonstradas nas equações 5.
31
,
5.
32
,
5.
33
e 5.
34
são
referentes ao método da extração ao qual relaciona
que toda a exergia cedida pelo
vapor que entra na turbina deve ser atribuída integralmente à parcela de calor que
dela se extrai
.
VB
VATV
CC
(US$/kWh)
(5.
31
)
VAM
VATV
CC
(US$/kWh)
(5.
32
)
VCDVATV
CC
(US$/kWh)
(5.
33
)
0021
,0
GN
C
(US$/kWh)
(5.
34
)
5.1.4
RESULTADOS OBTIDOS PELOS MÉTODOS DE
IGUALDADE E EXTRAÇÃO
Para a compilação dos dados e obtenção dos resultados finais, utilizou-
se
o software LINGO 9.0, onde foram lançadas todas as equações e igualdades
apresentadas no capítulo 5.1.3.
Método da
Extração
:
0104
,0
WTG
C
h
kW
US
.
$
032
,0
VA
C
h
kW
US
.
$
067
,0
WTV
C
h
kW
US
.
$
84
032
,0
VB
C
h
kW
US
.
$
264
,0
VC
C
h
kW
US
.
$
81
,0
VD
C
h
kW
US
.
$
elmédio
C
0,0
12
h
kW
US
.
$
etmédio
C
0,
037
h
kW
US
.
$
Método da
Igualdade
:
0104
,0
WTG
C
h
kW
US
.
$
032
,0
VA
C
h
kW
US
.
$
044
,0
WTV
C
h
kW
US
.
$
044
,0
VB
C
h
kW
US
.
$
30
,0
VC
C
h
kW
US
.
$
85
,0
VD
C
h
kW
US
.
$
elmédio
C
0,011
h
kW
US
.
$
etmédio
C
0,0
42
h
kW
US
.
$
5.2
M
ÉTODO
DE
SILVEIRA
A primeira etapa necessária que se neste segundo método
é
demonstrada
no capitulo 5.2.1 é a obtenção dos valores do fator de anuidade que
computa os valores da taxa de juros anual e o número de anos necessário para
amortização dos custos iniciais do projeto (equação 5.
35)
. F
az
-
se
necessário
também saber o valor do custo do combustível, da mão de obra a ser utilizada
para operacionalizar a
unidade
de cogeração (capítulo 5.2.2
e 5.2.3
) bem como os
custos de aquisição e manutenção dos equipamentos que compõem a
configuração como
foram demonstrados
n
a tabela
3.2, no capitulo 3
.
6.3.
85
5.2.1
FATOR DE ANUIDADE
f =
1
)1(
K
K
q
qq
(5.
35
)
f = 0,0864
Sendo:
k = 10 anos
q = 1+r/100
5.2.2
CUSTO DO COMBUSTÍVEL
Conforme demonstrado na tabela 3.1 no capítulo 3.6.2, a faixa de
consumo de gás natural desti
nada à configuração selecionada vai de 4.000.000,01
a 7.000.000,00 com o valor de
R$
0,1075614
para o segmento de cogeração.
Para se obter uma comparação com os outros métodos tem-se que transformar
em dólares a uma taxa de câmbio de
R$
1,97
e transformar a faixa de consumo
de m³ em kWh, levando em consideração que a densidade do gás
é
como
demonstrado na equação 5.36.
Valor
=
0,
0
5461
3
$
m
US
(
Dados retirados do Site www.comgas.com.br
)
gásnatural
=
0,65
³
m
kg
(
Dados retirados do Site www.comgas.com.br
)
COMB
C
=
Pcign
Cgn
(5.
36
)
COMB
C
=
2,1
x10
3
kWh
US
$
5.2.3
CUSTO OPERACIONAL
O custo de pessoal de operação para
uni
dade
s modernas é bastante
reduzido; isto se deve à introdução de sistemas automáticos de monitoramento e
86
controle da
unidade
(SILVEIRA, 1990). Conforme Peltier (1986) esse custo
varia em torno de 0,01
US$/kWh
pl
u
=
0,010
h
kW
US
.
$
5.2.4
EFICIÊNCIA DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
A eficiência da geração de energia elétrica pode ser determinada pela
equação 5.37.
TG
G
COMB
tg
el
EE
WEL
(5.
37
)
17,0
el
5.2.5
CUSTO DA ENERGIA ELÉTRICA
Os custos anualizados de produção de energia elétrica gerada somente
pela turbina a gás são demonstrados através da equação 5.38. O custo de
aquisição dos equipamentos
pl
I
,
leva em consideração os valores da turbina a gás
e do gerador elétrico.
el
COMB
C
pl
Wtg
C
EH
tfI
C
.
)1
.(
.
h
kW
US
.
$
17
,0
10
1,2
48327
.
7800
)
01603
,0
01
,01
.(
0864
,0.
18334782
3
x
C
Wtg
(5.
38
)
WTG
C
0559
,0
h
kW
US
.
$
Os custos anualizados de produção de energia elétrica gerada somente
pela turbina a vapor são demonstrados através da equação 5.39. O custo de
87
aquisição dos equipamentos
pl
I
,
leva em consideração os valores da turbina a
vapor, do gerador elétrico e da caldeira de recuperação.
el
COMB
C
pl
Wtv
C
EH
tfI
C
.
)1
.(
.
h
kW
US
.
$
(5.
39
)
17
,0
10
1,2
1489
.
7800
)
01603
,0
01
,01
.(
0864
,0.
10175150
3
x
C
Wtg
h
kW
US
.
$
WTV
C
0,0913
h
kW
US
.
$
Os custos médios anualizados de produção de energia elétrica gerada pela
turbina a gás e pela turbina a vapor são demonstrados através da equação 5.40.
elmédio
C
EPstg
EPstv
C
EPstg
C
EPstv
WTG
WTV
..
h
kW
US
.
$
(
5.4
0)
elmédio
C
1489
48327
0559
,0.
483270913
,0.
1489
h
kW
US
.
$
elmédio
C
0569
,0
h
kW
US
.
$
5.2.6
CUSTO DA ENERGIA TÉRMICA
Os custos anualizados de produção do vapor de alta pressão (
energia
térmica)
são demonstrados através da equação 5.
41
. O custo de aquisição dos
equipamentos
pl
I
,
leva em consideração os valores da caldeira de recuperação e
da bomba 3
.
C
el
P
et
COMB
C
pl
VA
E
CEC
HE
tfI
C
.
.
)1
.(
.
h
kW
US
.
$
(5.41)
4021
0559
,0.
48237
8,0
10
1,2
7800
.
4021
)
01
,0
01
,01
.(
0864
,0.
81659000
3
x
C
VA
h
kW
US
.
$
88
4385
,0
VA
C
h
kW
US
.
$
Os custos anualizados de produção do vapor de baixa pressão (energia
térmica) são demonstrados através da equação 5.42. O custo de aquisição dos
equipamentos
pl
I
,
leva em consideração
o valor da turbina a vapor.
C
el
P
et
COMB
C
pl
VB
E
CEC
HE
tfI
C
.
.
)1
.(
.
h
kW
US
.
$
(5.
42
)
2453
0913
,0.
1489
33
,0
10
1,2
7800
.
2453
)
013
,0
01
,01
.(
0864
,0.
17360000
3
x
C
VB
h
kW
US
.
$
0312,0
VB
C
h
kW
US
.
$
Os custos anualizados de produção da água quente (energia térmica) são
demonstrados através da equação 5.43. O custo de aquisição dos equipamentos
pl
I
,
leva em consideração os valores do aquecedor de mistura, da bomba 2 e da
turbina a
vapor
.
C
el
P
et
COMB
C
pl
VC
E
CEC
HE
tfI
C
.
.
)1
.(
.
h
kW
US
.
$
(5.43)
59
0913
,0.
59
8,0
10
1,2
7800
.
59
)
01
,01
.(
0864
,0.
185600
3
x
C
VC
h
kW
US
.
$
0535,0
VC
C
h
kW
US
.
$
Os custos anualizados de produção da água gelada (energia térmica) são
demonstrados através da equação 5.44. O custo de aquisição dos equipamentos
pl
I
,
leva em consideração os valores do sistema de refrigeração por absorção, do
aquecedor de mistura e da bomba 1.
89
C
el
P
et
COMB
C
pl
VD
E
CEC
HE
tfI
C
.
.
)1
.(
.
h
kW
US
.
$
(5.44)
26
0913
,0.
26
9,0
10
1,2
7800
.
26
)
01
,01
.(
0864
,0.
220000
3
x
C
VD
h
kW
US
.
$
00569
,0
VD
C
h
kW
US
.
$
Os custos médios anualizados de produção de energia térmica
consumida
pelos processos A, B, C e D
são demonstrados através da equação 5.4
5
.
etmédio
C
EPt
C
EPsra
C
EPam
C
EPbp
C
EPap
VD
VC
VBVA
....
h
kW
US
.
$
(5.
45
)
etmédio
C
6559
0057
,0.
260535
,0.
590312
,0.
24534385
,0.
4021
h
kW
US
.
$
etmédio
C
2577
,0
h
kW
US
.
$
5.3
MÉTODO DE VALERO E LOZANO
Este método é constituído de 5 proposições que serão descritas e
demonstradas através de figuras nos capítulos que seguem. A proposição 1
refere
-
se ao balanço dos fluxos (cap.5.3.1), a proposição 2 refere
-
se aos fluxos de
entrada da configuração (cap.5.3.2), a proposição 3 ref
ere
-se aos fluxos
referentes aos insumos (cap. 5.3.3), a proposição 4 refere-se aos fluxos que
envolvem os produtos (cap.5.3.4) e por fim a proposição 5 que se refere aos
fluxos que representam as perdas
(cap.5.3.5)
.
Este conjunt
o de equações é calculado
m
atricialmente para a obtenção dos
valores exergéticos unitários como segue no capítulo 5.3.6.
Para a compilação dos dados e obtenção dos resultados finais, utilizou-
se
o software
Ex
c
el
®
.
90
ARCC
AR
Wcomp
COMB
CC
ARCC
Wcomp
G
CC
Wtg
WB1
WB2
WELtg
Wtg
PERD
Atg
G
VATV
VA
A3
CH
5.3.1
PROPOSIÇÃO 1
O custo exergético de um fluxo (B*), é a quantidade de exergia necessária
para produzi
-
lo, sendo portanto uma propriedade conservativa
.
ARCC
Wcomp
AR
BBB ***
(5.
46
)
Figura
5.1 -
Fluxos que compõem o
compressor.
CC
COMB
ARCC
BBB ***
(5.
47
)
Figura
5.2 -
Fluxos que compõem
a c
âmara de
c
ombustão
.
Wtg
G
Wcomp
CC
BBBB ****
(5.
48
)
Figura
5.3 -
Fluxos que compõem
a t
urbina
a gás
.
tg
WEL
WBWB
PERDAtg
Wtg
BBBBB *****
21
(5.
49
)
Figura
5.4 -
Fluxos que compõem
o g
erador elétrico da
turbina a gás.
VA
VATV
CH
AG
BBBBB *****
3
(5.
50
)
Figura
5.5 -
Fl
uxos que compõem
a c
aldeira de
r
ecuperação.
91
VB
VCD
VATV
Wtv
VAM
WB3
Wtv
WELtv
Wtv
PERDAtv
VSRA
TQsra
VD
A1
VAM
VSRA
VC
A2
Wtv
VCD
VAM
VB
VATV
BBBBB *****
(5.
51
)
Figura
5.6 -
Fluxos que compõem
a t
urbina a
v
apor.
WELtv
WB
PERDAtv
Wtv
BBBB ****
3
(5.
52
)
Figura
5.7
-
Fluxos que compõem o
g
erador elétrico da
turbina a vapor
.
TQcondVCD
BB **
(5.
53
)
Figura
5.8 -
Fluxos que compõem
o c
ondensador
VSRA
VC
A
VAM
BBBB ****
2
(5.
54
)
Figura
5.9 -
Fluxos que compõem o
a
quecedor de
m
istura.
VD
TQsra
A
VSRA
BBBB ****
1
(5.
55
)
Figura
5.
10
-
Fluxos que compõem o
s
istema de
r
efri
geração por
a
bsorção.
VCD
TQcond
92
A1
A1R
WB1
A2
A1R
WB2
A3
A1R
A2R
WB3
A3R
111
*** ABBB
WB
RA
(5.
56
)
Figura
5.
11
-
Fluxos que compõem
a b
omba
1
.
222
***
A
WB
RA
BBB
(5.
57
)
Figura
5.
12
-
Fluxos que compõem
a b
omba
2
.
333
***
A
WB
RA
BBB
(5.
58
)
Figura
5.
13
-
Fluxos que compõem
a b
omba
3
.
Figura
5.
14
-
Fluxos que compõem o
r
eservatório
de água
.
TQCOND
TQSRA
TQD
TQC
TQBTQA
RARARA
BBBBBBBBB *********
321
(5.
59
)
weltotal
Weltg
Weltv
BBB ***
(5.
60
)
Figura
5.
15
-
Produtos
que compõem o barramento de energia elétrica.
A1R
A2R
A3R
TQA
TQB
TQC
TQD
TQSRA
TQCOND
WELTOTAL
WELtv
WE
Ltg
93
5.3.2
PROPOSIÇÃO
2
Ad
otar
valores iguais a sua exergia n
os pontos:
A
r de entrada no compressor da turbina a gás
ARAR
BB*
(5.
61
)
C
ombustível (gás natural)
COMBCOMB
BB*
(5.
62
)
5.3.3
PROPOSIÇÃO
3
Se um ou mais fluxos de saída de um componente fazem parte do insumo
(F), deve-se considerar que sua(s) exergia(s) não está(ão) em jogo, e portanto
seu(s) custo(s) exergético(s) unitário(s) (B*/B) é idêntico ao custo exergético
unitário do fluxo de entrada que o(s) precede(m).
0**
VATV
VATV
VA
VA
B
B
B
B
(5.
63
)
Figura
5.
16
-
Insumos que compõem a junção de vapor de alta pressão
0**
VSRA
VSRA
VC
VC
B
B
B
B
(5.
64
)
Figura
5.
17
-
Insumos
que compõem a junção de água quente
VATV
VA
VSRA
VC
94
G
CC
VB
VCD
VATV
VAM
0**
VA
VA
TQA
TQA
B
B
B
B
(5.
65
)
Figura
5.
18
-
Insumos
que comp
õem o processo A.
0**
VB
VB
TQB
TQB
B
B
B
B
(5.
66
)
Figura
5.
19
-
Insumos
que compõem o processo B.
0**
VC
VC
TQC
TQC
B
B
B
B
(5.
67
)
Figura
5.
20
-
Insumos
que compõem o processo C.
0**
VD
VD
TQD
TQD
B
B
B
B
(5.
68
)
Figura
5.
21
-
Insumos
que compõem o
processo D.
0**
G
G
CC
CC
B
B
B
B
(5.
69
)
Figura
5.
22
-
Insumos
que compõem a turbina a gás.
0)***
.(
*
VCD
VAM
VB
VCD
VAM
VB
VATV
VATV
BBB
BBB
B
B
(5.
70
)
Figura
5.
23
-
Insumos
que compõem a turbina a vapor.
TQA
VA
TQB
VB
TQC
VC
TQD
VD
95
0**
2
2
1
1
WB
WB
WB
WB
B
B
B
B
(5.
71
)
Figura
5.
24
-
Insumos
que com
põem
o gerador de energia elétrica da turbina a gás.
0**
1
1
WELtg
WELtg
WB
WB
B
B
B
B
(5.72)
Figura
5.
25
-
Insumos
que compõem o gerador de energia elétrica da turbina a gás.
0**
3
3
WELtv
WELtv
WB
WB
B
B
B
B
(5.73)
Figura
5.26 -
Insumos
que compõem o gerador de energia elétrica da turbina a vapor.
0**
COMB
COMB
ARCC
ARCC
B
B
B
B
(5.74)
Figura
5.27 -
Insumos
que compõem
o combustor
.
0**
TQSRA
TQSRA
VSRA
VSRA
B
B
B
B
(5.75)
Figura
5.28 -
Insumos
que compõem o sistema de refrigeração por absorção
.
WB1
WB2
WB3
WELtv
TQSRA
VSRA
COMB
ARCC
WB1
WELtg
96
A2
0**
2
2
A
A
VAM
VAM
B
B
B
B
(5.7
6)
Fi
gura
5.29 -
Insumos
que compõem o
aquecedor de mistura
.
5.3.4
PROPOSIÇÃO
4
Se um componente tem um produto (P) formado por vários fluxos, deve-
se associar a esses fluxos o mesmo custo exergético unitário
.
0**
1
1
1
1 A
A
RA
RA
B
B
B
B
(5.77)
Figura
5.
30
-
Produto
s
que compõem a bomba 1.
0**
2
2
2
2 A
A
RA
RA
B
B
B
B
(5.78)
Figura
5.31 -
Produtos
que compõem a bomba 2.
0**
3
3
3
3 A
A
RA
RA
B
B
B
B
(5.79)
Figura
5.32 -
Produtos
que compõem a bomba 3.
A1
A1R
VAM
A2
A2R
A3
A3R
97
5.3.5
PROPOSIÇÃO
5
Adotar valores exergéticos iguais a 0 nos pontos:
Produ
to
s
da combustão
gerados
na
Caldeira de Recuperação à atmosfera.
0*
CH
B
(5.
80
)
Perda no gerador elétrico da turbina a
gás
0*
PERDAtg
B
(5.81)
Perda no gerador elétrico da turbina a
vapor
0*
PERDAtv
B
(5.82)
5.3.6
RESULTADOS OBTIDOS PELO MÉTODO DE VALERO E
LOZANO
Para a aplicação da TCE, devem ser aplicados inicialmente os balanços de
massa, de energia e exergia, que na forma
matricial
permit
indo
o cálculo dos
custos exergéticos (B*) e custos exergoeconômicos (p) se expressam
conforme
abaixo indicado
através das equações 5.8
3
e 5.8
4:
***
0
*
1
YABYB
A
(5.8
3)
ZAZ
ZA
Z
1
*
(5.8
4)
A Tabela
5.1
identifica a matriz de incidência modificada
A,
obtida a
partir da estruturação das equações (5.
46
) a (5
.8
2). A Tabela 5.2 identifica a
matriz inversa
de
A, de acordo com as equações 5.83 e 5.84
.
De posse dos dados
obtidos na tabela 5.2 pode-se obter os resultados exergoeconômicos que são
demonstrados
nas tabelas
5.3, 5.4, 5.5 e 5.6.
Tabela
5.1 –
Matriz d
e incidência modificada (A).
AR
ARCC
CC
COMB
G
CH
WCOMPR
WTG
VATV
VA
TQA
WTV
VCD
VB
TQB
VAM
TQCOND
A2
A2R
A1R
A1
VSRA
VC
TQC
VD
TQD
A3
A3R
WB1
WB2
WB3
TQSRA
PERDATG
PERDATV
WELTV
WELTG
WELTOTAL
CO MPRESSOR
1 1
-1
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
COMBUSTOR
2 0 1
-1
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TG
3 0 0 1 0
-1
0
-1 -1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
GERADOR TG
4 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-1
-1
0 0
-1
0 0
-1
0
CR
5 0 0 0 0 1
-1
0 0
-1 -1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TV
6 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
-1
-1 -1
0
-1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
GERADOR TV
7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-1
0 0
-1 -1
0 0
COND
8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
-1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
AM
9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0
-1 -1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
SRA
10
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0
-1
0 0 0 0 0 0
-1
0 0 0 0 0
B1
11
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
-1
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
B2
12
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-1
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
B3
13
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-1
1 0 0 1 0 0 0 0 0 0
TANQUE
14
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
1
0
-1
-1
0
0
0
1
0
1
0
-1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
AR
15
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
COMB
16
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
CHAMINÉ
17
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
PERDA TG
18
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
PERDATV
19
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
NÓ CR
20
0 0 0 0 0 0 0 0
-0,87
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
COMBUSTOR
21
0 1 0
-0,5546
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
NÓ AM
22
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-1,7857
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
PA
23
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0,00
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
PB
24
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0,00
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
PC
25
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-0,02
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
PD
26
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-0,04
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TG
27
0 0 1 0
-5,07
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TV
28
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
-1,68 -1,68
0
-1,68
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
GETG
29
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1,00
-1,05
0 0 0 0 0 0 0
B1
30
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1,00
-0,174
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
GETV
31
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
-0,03
0 0
GETG
32
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
-0,000414
0
SRA
33
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
-63,5911
0
0
0
0
0
B3
34
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-0,166
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
AM
35
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
-8,331
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
EL1
36
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
-1
B2
37
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
-0,204
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
98
Tabela
5.2 – Matriz de incidência modificada inversa (A
-1
).
CO MPRESSOR
1
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
COMBUSTOR
2
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,55 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,55
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
TG
3
0,00
-1,00
0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
1,55 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,55
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
GERADOR TG
4
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
1,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
CR
5
0,00
-0,20
0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,31 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,11
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,20
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
TV
6
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 1,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
GERADOR TV
7
1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-1,00
0,55 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,55
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
COND
8
-1,00 -0,80 -1,00
0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,00
0,69 0,00 0,00 0,00 0,00
0,11
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,20
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
AM
9
0,00
-0,11
0,00 0,00
-0,54 -0,02
-0,02
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,64
0,00
0,00
0,16
-0,54
0,00
-0,02 -0,54
-0,06
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,11
0,01 0,00
0,00
0,63
0,00
0,00 0,64 0,00 0,00 0,00
SRA
10
0,00
-0,09
0,00 0,00
-0,47 -0,02
-0,02
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,56
0,00
0,00
0,14
-0,47
0,00
-0,02
0,53
-0,05
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,09
0,01 0,00
0,00
0,55
0,00
0,00 0,56 0,00 0,00 0,00
B1
11
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
B2
12
0,00
-0,04
0,00 0,00
-0,22 -1,01
-0,01
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,26
0,00
0,00
0,07
-0,22
0,00
-0,01 -0,22
-0,02
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,04
0,60 0,00
0,00
0,25
0,00
0,00 0,26 0,00 0,00 0,00
B3
13
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,01
-0,01
1,00 0,03 0,04
-0,16
0,11
-0,20
1,00
0,00
0,00 0,00 0,00
-0,01
0,00
0,00
-0,03
0,00 0,00 0,02 0,04
0,00
0,00 0,10
1,16
0,19
0,06
0,02 1,20
-0,03
0,00
-0,18
TANQUE
14
0,00
-0,06
0,00 0,00
-0,32 -0,01
-0,01
-1,00 -0,03 -0,04
0,16
10,37
-0,18
-1,00
0,00
0,10
-0,32
0,00
-0,01 -0,32
-0,04
0,03 0,00 0,00
-0,02 -0,04
-0,06
-0,59
9,84
-1,16
0,18
-10,00
-0,02 -0,82 -0,97
0,00 2,32
AR
15
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
COMB
16
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
-10,47
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-9,94
0,00
0,00
9,94
0,00 0,00 1,00 0,00
-2,14
CHAMINÉ
17
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,01
-0,01
0,00 0,03 0,04
-0,16
0,11
-0,20
1,00
0,00
0,00 0,00 0,00
-0,01
0,00
0,00
-0,03
0,00 0,00 0,02 0,04
0,00
0,00 0,10
1,16
0,19
0,06
0,02 1,20
-0,03
0,00
-0,18
PERDA TG
18
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
-1,26
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-1,19
0,00
0,00
1,19
0,00 0,00 0,00 0,00
-0,26
PERDATV
19
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
-0,26
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,24
0,00
0,00
0,24
0,00 0,00 0,00 0,00
-0,26
NÓ CR
20
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00
-0,21
0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
1,21
0,00
0,21
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
NÓ TV
21
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00
-1,21
0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
1,21
0,00
1,21
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
NÓ AM
22
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,36
0,00 0,00
-4,21
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,64 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-4,00
0,00
0,00
4,00
0,00 0,00 0,36 0,00
-0,86
PA
23
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,64
0,00 0,00
-7,52
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
-0,64
0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-7,14
0,00
0,00
7,14
0,00 0,00 0,64 0,00
-1,54
PB
24
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,01
0,00 0,00
-0,12
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
-0,01
0,00 0,00
-0,02
0,00
0,00
0,00
-0,11
0,00
0,00
0,11
0,00 0,00 0,01 0,00
-0,02
PC
25
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,35 -1,00 -1,21 -4,14
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,63 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-3,93
1,21
0,00
5,14
0,02 0,00 0,35 0,00
-0,85
PD
26
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,02 -0,04 -0,05 -0,18
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,03 0,00 0,00 0,00
-0,04
0,00
0,00
-0,17
0,05
0,00
0,23
0,00 0,00 0,02 0,00
-0,04
B3
27
0,00 0,00 0,00 0,00
-0,01 -0,03
-0,03
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-1,21
0,00
0,00
0,00
-0,01
0,00
-0,03 -0,01
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,02 0,00
0,00
1,17
0,00
0,00 1,21 0,00 0,00 0,00
TV
28
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,01
-0,01
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,20
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00
-0,01
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,19
0,00
0,00 1,20 0,00 0,00 0,00
GETG
29
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
1,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
B1 - PROP 4
30
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,95
0,00
0,00
0,95
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
GETV
31
0,00 0,00 0,00 0,00
-0,01 -0,03
-0,03
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,01
0,00
0,00
0,00
-0,01
0,00
-0,03 -0,01
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,02 0,00
0,00
0,98
0,00
0,00 0,01 0,00 0,00 0,00
CR
32
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,01
0,00 0,00
-0,07
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,01 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00
-0,06
0,00
0,00
0,06
-0,02
0,00 0,01 0,00
-0,01
SRA
33
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 1,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
CR
34
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 1,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
SRA
35
0,00
-0,04
0,00 0,00
-0,21 -0,98
-0,98
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,25
0,00
0,00
0,06
-0,21
0,00
-0,98 -0,21
-0,02
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-0,04
0,58 0,00
0,00
-0,73
0,00
0,00 0,25 0,00 0,00 0,00
EL1
36
-1,00 -0,80 -1,00
-1,00
0,00 0,00
0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,00
0,69 0,00
-1,00
0,00 0,00
0,11
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,20
0,00 0,95
0,00
0,00
-1,95
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
AM
37
-1,00
-0,84
-1,00
-1,00
-0,21
-0,98
-0,98
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
-0,25
0,00
1,00
0,76
-0,21
-1,00
-0,98
-0,21
0,09
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,16
0,58
0,95
0,00
-0,73
-1,95
0,00
0,25
0,00
-1,00
0,00
99
Tabela 4.
6 –
Parâmetros termodinâmicos da configuração adotada.
Tabela 5.3
Matriz mult. Tabela 5.4
Custos exergéticos unitários.
fluxo
m(kg/s)
x
P (MPa)
T (o C)
h (kJ/kg)
s(kJ/kgK)
E (kW)
B (kW)
AR
1
166,93
0,1
25
104,6
0,37
0 5
ARCC
2
166,93
428
-74159
CC
3
169,6
2,29
1103
-163659
Comb
4
2,67
133709
G 5
169,6
458
32298
CH
6
169,6
101
1622
WCOMPR
7
57954
WTG
8
50870
VATV
9
4,01
4
360
3117
6,62
12080 4607
VA
10
3,5
4
360
3117
6,62
10543 4021
TQA
11
3,5
0,1
24,5
103
0,36
-6
1
WTV
12 1489 1489
VCD
13
1
0,87
33
2247
7,36
1500 40
VB
14
3
0,8
205
2851
6,84
8239 2453
TQB
15
3
0,1
24,5
103
0,36
-5
1
VAM
16
0,31
0,8
205
2851
6,84
851 253
TQCOND
17
0,7
0,09
33
188,5
0,60
59 10
A2
18
4,37
6
35 152
0,50
207 30
A2R
19
4,37
0,01
35
146,7
0,50
184
6
A1R
20
3,71
0,01
35
146,7
0,50
156
5
A1
21
3,71
6
35 152
0,50
176 26
VSRA
22
1,68
80 335
1,08
387 33
VC
23
3
80 335
1,08
691 59
TQC
24
3
0,1
24,5
103
0,36
-5
1
VD
25
3,71
5
20,98
0,06
-310
26
TQD
26
3,71
0,1
24,5
103
0,36
-6
1
A3
27
7,51
6
35 152
0,50
356 52
A3R
28
7,51
0,01
35
146,7
0,50
316
9
WB1
29
-20 -20
WB2
30
-19 -19
WB3
31
-40 -40
TQSRA
32
1,68
0,1
24,5
103
0,36
-3
1
Perda TG
33 2544 2544
Perda TV
34 74 74
WELTV
35 1415 1415
WELTG
36 48327 48327
WELtotal
37
49741
49741
Y*
B*=(A-1)x(Y*)
1 0 5
2 0
74159
3 0
207868
4 0
133709
5 0
41023
6 0
1622
7 0
74154
8 0
92691
9 0
21188
10
0
18493
11
0 5
12
0
8557
13
0
40
14
0
12210
15
5 4
16
133709
381
17 1622 40
18 0
46
19
0
9
20
0 8
21
0
46
22
0
153
23
0
274
24
0 4
25
0
197
26
0 9
27
0
281
28
0
47
29
0
38
30
0
36
31
0
234
32
0 2
33
0
0
34
0 0
35
0
8322,778681
36
0
92616,63923
37
0
100939,4179
k*
k* (por ano)
n=1/k*
1,00 2,17 1,00
1,00 2,17 1,00
1,27 2,75 0,79
1,00 2,17 1,00
1,27 2,75 0,79
1,00 2,17 1,00
1,28 2,77 0,78
1,82 3,95 0,55
4,60 9,97 0,22
4,60 9,97 0,22
4,60 9,97 0,22
5,74 12,45 0,17
1,00 2,16 1,00
4,98
10,79
0,20
4,98 10,79 0,20
1,50
3,26
0,66
4,11 8,91 0,24
1,50 3,26 0,66
1,50
3,26
0,66
1,80 3,90 0,56
1,80 3,90 0,56
4,67 10,12 0,21
4,67 10,12 0,21
4,67 10,12 0,21
7,60 16,46 0,13
7,60 16,46 0,13
5,37 11,63 0,19
5,37 11,63 0,19
1,92 4,15 0,52
1,92 4,15 0,52
5,88 12,74 0,17
4,67 10,12 0,21
0,00
0,00
#DIV/0!
0,00 0,00
#DIV/0!
5,88 12,74 0,17
1,92 4,15 0,52
2,03
4,40
0,49
A tabela 4.6 que foi demonstrada no capitulo 4 e diz respeito aos parâmetros
termodinâmicos da configuração, a tabela 5.3 demonstra a multiplicação da
matriz inversa pela matriz Y e por fim a tabela 5.4 demonstra os valores dos
custos exergéticos unitários da configuração
100
Tabel
a
5.5
Custo de investimento com equipamentos
Tabela 5.6
Matriz com resultados dos valores
e
xergoeconômicos.
Equipamento
Z
0
0
TG
-0,49501
GERADOR TG
-0,15793
CR
-0,29010
TV
-0,24729
GERADOR TV
-0,02183
COND
-0,00427
AM
-0,00356
SRA
-0,00356
B1
-0,00071
B2
-0,00071
B3
-0,00071
TANQUE
-0,00036
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
($/GJ)
Pi ($/s)
$/kWh
AR
0,00 0,00
0
ARCC
0,00 0,00
0
CC
0,00 0,00
0
Comb
0,00 0,00
0
G
0,00 0,00
0
CH
0,00 0,00
0
WCOMPR
0,00 0,00
0
WTG
9,73 0,50
0,035031
VATV
34,99
0,16
0,125976
VA
34,99
0,14
0,125976
TQA
34,99
0,00
0,125976
WTV
209,74
0,31
0,75506
VCD
73,45
0,00
0,264433
VB
36,25
0,09
0,130501
TQB
36,25
0,00
0,130501
VAM
40,03
0,01
0,144096
TQCOND
135,81
0,00
0,488933
A2
40,03
0,00
0,144096
A2R
40,03
0,00
0,144096
A1R
46,07
0,00
0,165849
A1
46,07
0,00
0,165849
VSRA
163,23
0,01
0,587636
VC
163,23
0,01
0,587636
TQC
163,23
0,00
0,587636
VD
385,88
0,01
1,38918
TQD
385,88
0,00
1,38918
A3
226,02
0,01
0,813661
A3R
226,02
0,00
0,813661
WB1
13,50
0,00
0,048601
WB2
13,50
0,00
0,048601
WB3
229,74
0,01
0,827077
TQSRA
163,23
0,00
0,587636
Perda TG
0,00 0,00
0
Perda TV
0,00 0,00
0
WELTV
229,74
0,33
0,827077
WELTG
13,50
0,65
0,048601
WELTOT
19,65
0,98
0,070746
A tabela 5.5 demonstra o custo necessário para a aquisição dos
equipamentos que compõem a configuração e a tabela 5.6 demonstra os valores
dos custos exergoeconômicos que levam em consideração os custos exergéticos
unitários e o custo de aquisição dos equipamentos.
101
102
5.4
APLICAÇÃO DO VPL E TIR
Através dos métodos de Silveira, Valero e Lozano, Extração e Igualdade
,
demonstrados nos capítulos anteriores,
extraíram
-
se
valores dos custos exergéticos e
exergoeconômicos dos produtos (vapor alta pressão, vapor baixa pressão, água quente,
água gelada e energia elé
trica) como segue na tabela
5.7.
Tabela
5.7 –
Custos dos produtos da central de cogeração.
Silveira (US$/kWh)
Valero e Lozano (US$/kWh)
Igualdade (US$/kWh)
Extração (US$/kWh)
Energia Elétrica Tg
0,056
0,049
0,0104
0,0104
Energia Elétrica Tv
0,091
0,83
0,044 0,067
Vapor alta pressão
0,439
0,13
0,032 0,032
Vapor baixa pressão
0,032
0,13
0,044 0,032
Água quente
0,054
0,58
0,3
0,264
Água gelada
0,006
1,38
0,85
0,81
Como se faz necessária uma visão global dos custos dos produtos da central de
cogeração, considerou-se o valor médio de custo de produção para a realização dos
cálculos do valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e
Payback
(PB)
,
como segue na tabela
5.
8.
Tabela 5.
8 –
Custo médio dos produtos da central de cogeração.
Silveira (US$/kWh)
Valero e Lozano (US$/kWh)
Igualdade (US$/kWh)
Extração (US$/kWh)
Energia Elétrica
0,0569
0,071
0,0114
0,012
Energia Térmica
0,2577
0,1364
0,042
0,037
O valor da tarifa de
compra
de energia elétrica no estado de São Paulo pa
ra
uma
indú
stria
é de 0,085 (US$/kWh) em média, levando-
se
em consideração os horários de
ponta
6
. P
ortanto
, o valor de venda de energia elétrica produzida em uma
unidade
de
cogeração
gira em torno de 25% a menos do que o valor de compra. Na tabela 5.9
pode
-se observar o valores de venda dos produtos da central de cogeração. Os valores
de energia térmica foram baseados em valores reais de uma empresa do setor
industrial
, pois não uma referência mercadológica para efeito de comparação da
venda de vapor, ág
ua quente e água gelada.
103
Tabela
5.9 –
Preço de venda dos produtos da central de cogeração.
(US$/kWh)
Energia Elétrica Tg
0,074
Energia Elétrica Tv
0,074
Vapor alta pressão
0,15
Vapor baixa pressão
0,15
Água quente
0,6
Água gelada
1
De posses dos dados do custo médio de produção de energia elétrica e térmica
fornecidos na tabela 5.
8
e dos valores de venda da energia elétrica
e térmica forn
ecidos
na tabela
5.
9, pode-
se
fundir os valores dos produtos e
calcular
o valor presente líquido
(VPL), taxa interna de retorno (TIR) e
Payback
(PB) das quatro configurações como
segue na tabela
5.
10
.
Tabela
5.
10
- Comparação entre TIR e VPL obtidos por 3 diferentes métodos de obtenção de
custos dos produtos
térmicos e elétricos
.
(VPL dado em 1000 US$)
TIR (%)
VPL
PB (anos)
TIR (%)
VPL
PB (anos)
TIR (%)
VPL
PB (anos)
TIR (%)
VPL
PB (anos)
39
29,5
2
26
14,35
3
30
18,5
3
38
28,7
2
Extração
Silveira Valero e Lozano Igualdade
Para a compilação dos dados e obtenção dos resultados finais, utilizou-se o
Excel
®
(
vide anexo
1
para melhor detalhamento do memorial de cálculo
).
6
Fonte: www. Bandeirantes.com.br
104
6.
OTIMI
ZAÇÃO
6.1.
FUNÇÃO OBJETIVO
A função objetivo, expressa sob a equação 6.1, visa obter o ponto ótimo de
trabalho para a minimização dos custos referentes ao combustível (
COMB
C
) e ao
consumo de água provida do tanque principal (
RA
C
1
,
RA
C
2
,
RA
C
3
) e maximização da
receita
provida da venda dos produtos (
VA
C
,
VB
C
,
VC
C
,
VD
C
,
WELtv
C
,
WELtg
C
)
sendo
consideradas para um total de 7800h/ano de funcionamento.
Segue a equação objetivo, os valores positivos dizem respeito à
minimização
e
os valores negativos dizem respeito à
maximização
.
VD
VC
VBVA
WELTG
WELTV
RARARA
COMB
BBBBB
BBBBB
Min
.
389
,1.
5876
,0.
1305
,0.
1326
,0.
0486
,0
.
8271
,0.
8136
,0.
1440
,0.
1658
,0.
0028
,0
321
(6
.1
)
6.2.
RESTRIÇÕES
O conjunto de restrições compreendidas entre as equaç
ões
6
.2
e
6
.1
6 dizem
respeito ao balanço exergético
nos equipamentos da central de cogeração.
0
ARCC
Wcomp
AR
BBB
(6
.2)
0
CC
COMB
ARCC
BBB
(6
.3)
0
Wtg
G
Wcomp
CC
BBBB
(6
.4)
0
21
ELtg
WBWB
PERDAtg
Wtg
WBBBB
(6
.5)
0
3
VA
VATV
CH
AG
BBBBB
(6
.6)
0
Wtv
VCD
VAM
VB
VATV
BBBBB
(6
.7)
0
3
WELtv
WB
PERDAtv
Wtg
BBBB
(6
.8)
0
TQcondVCD
BB
(6
.9)
0
2
VSRA
VC
A
VAM
BBBB
(6
.10)
0
1
VD
TQsra
A
VSRA
BBBB
(6
.11)
0
211
WBWB
RA
BBB
(6
.12)
105
0
222 A
WB
RA
BBB
(6
.13)
0
333 A
WB
RA
BBB
(6
.14)
0
321
TQCOND
TQSRA
TQD
TQC
TQBTQA
RARARA
BBBBBBBBB
(6
.15)
0
weltotal
Weltg
Weltv
BBB
(6
.16)
O conjunto de restrições compreendidas entre as equações 6.17 e 6.18 dizem
respeito ao combustível e ao ar utilizados para a queima
na turbina a gás.
ARAR
BB*
(6
.17)
COMBCOMB
BB*
(6
.18)
O conjunto de restrições compreendidas entre as equações 6.19 e 6.21 dizem
respeito
às perdas inerentes ao conjunto mecânico de gerador de energia elétrica e ao
escape dos gases provenientes da queima do combustível na turbina a gás pela
chaminé
.
0
CH
B
(6
.19)
0
PERDAtg
B
(6
.20)
0
PERDAtv
B
(6
.21)
O conjunto de restrições compreendidas entre as equações 6.22 e 6.35 dizem
respeito ao
insumo
exergético nos equipamentos da central de cogeração.
0**
VATV
VATV
VA
VA
B
B
B
B
(6
.22)
0**
VSRA
VSRA
VC
VC
B
B
B
B
(6
.23)
0**
VA
VA
TQA
TQA
B
B
B
B
(6
.24)
0**
VB
VB
TQB
TQB
B
B
B
B
(6
.25)
0**
VC
VC
TQC
TQC
B
B
B
B
(6.
26)
106
0**
VD
VD
TQD
TQD
B
B
B
B
(6
.27)
0**
G
G
CC
CC
B
B
B
B
(6
.28)
0)***
.(
*
VCD
VAM
VB
VCD
VAM
VB
VATV
VATV
BBB
BBB
B
B
(6
.29)
0**
2
2
1
1
WB
WB
WB
WB
B
B
B
B
(6
.30)
0**
1
1
WELtg
WELtg
WB
WB
B
B
B
B
(6.31)
0**
3
3
WELtv
WELtv
WB
WB
B
B
B
B
(6
.3
2)
0**
COMB
COMB
ARCC
ARCC
B
B
B
B
(6
.3
3)
0**
TQSRA
TQSRA
VSRA
VSRA
B
B
B
B
(6
.3
4)
0**
2
2
A
A
VAM
VAM
B
B
B
B
(6
.3
5)
O conjunto de restrições compreendidas entre as equações 6
.3
6 e 6
.3
8 dizem
respeito ao produto exergético nos equipamentos da central de cogeração.
0**
1
1
1
1 A
A
RA
RA
B
B
B
B
(6
.3
6)
0**
2
2
2
2 A
A
RA
RA
B
B
B
B
(6
.3
7)
0**
3
3
3
3 A
A
RA
RA
B
B
B
B
(6
.3
8)
Para a compilação dos dados e obtenção dos resultados finais de otimização
,
utilizou
-se o software LINGO 9.0, onde foram lançadas todas as equações
apresentadas no capítulo 6.
107
Ao compilar todo o conjunto de equações e igualdades o ponto ótimo global de
trabalho da configuração foi encontrado, não havendo nenhum processo da
configuração com excesso ou falta, ou seja, não necessidade alguma de se abaixar
custos ou incrementar valores para se obter a maior receita na venda dos produtos e se
obter o mínimo custo de operação desta unidade de cogeração. Segue, na seqüência, a
listagem dos resultados da otimização empregando o software Lingo 9.0.
Global optimal solution found.
Objective value:
4105.689
Total solver iterations: 2
Variable Value Reduced Cost
ECOMB 133709.0 0.000000
EA1R 5.000000
0.000000
EA2R 6.000000 0.000000
EA3R 9.000000 0.000000
EWELTV 1415.000 0.000000
EWELTG
48327.00 0.000000
EVA 4021.000 0.000000
EVB 2453.000 0.000000
EVC 59.00000 0.000000
EVD 26.00000 0.000000
EAR 5.000000 0.000000
EARCC 74159.10 0.000000
ECC 163659.0 0.000000
EG 32298.00 0.000000
EPERTG 2544.000 0.000000
EWTG 50870.00 0.000000
EWCP 57954.00
0.000000
ECH 1621.780 0.000000
EVATV 4607.000 0.000000
EWB3 40.00000 0.000000
EA3
52.00000 0.000000
EPERTV 74.00000 0.000000
EWB1 20.00000 0.000000
EWB2 19.00000 0.000000
EVAM 253.0000 0.000000
EVSRA 33.00000 0.000000
EVCD 40.00000 0.000000
ETQA 1.000000 0.000000
ETQB 1.000000 0.000000
ETQC 1.000000 0.000000
ETQD 1.000000 0.000000
ETQSRA 1.000000
0.000000
ETQCOND 10.00000 0.000000
EWTV 1489.000 0.000000
EA2 30.00000 0.000000
EA1 26.
00000 0.000000
EWELTOT 49741.00 0.000000
BAR 5.000000 0.000000
BARCC 74159.10 0.000000
BWCP 74154.10 0.000000
BCC 207868.1 0.000000
BCOMB 133709.0 0.000000
108
BG 41022.64 0.000000
BWTG 92691.36 0.000000
BPERTG 0.000000 0.000000
BWB1 38.32914 0.000000
BWB2 36.41268 0.0
00000
BWELTG 92616.62 0.000000
BA3 296.2901 0.000000
BCH 0.000000 0.000000
BVA 19256.3
1 0.000000
BVATV 22062.62 0.000000
BTQA 4.788935 0.000000
BTQCOND 50.20315 0.000000
BTQ
B 5.184004 0.000000
BTQC 4.667024 0.000000
BTQSRA 4.667024 0.000000
BA2R 9.103171 0.000000
BA1R 9.125986 0.000000
BA3R 51.28098 0.000000
BWTV 8912.207 0.000000
BVCD 50.20315 0.00000
0
BVB 12716.36 0.000000
BVAM 383.8504 0.000000
BPERTV 0.000000 0.000000
BWELTV 8667.198
0.000000
BWB3 245.0091 0.000000
BA2 45.51586 0.000000
BVC 275.3544 0.000000
BVSRA 154.0118 0.000000
BA1 47.45513 0.000000
BVD 196.7999 0.000000
BELTOT 101283.8 0.000000
BTQD 7.569227 0.000000
109
7.
DISCUSSÃO FINAL E CONCLUSÕES
Desenvolveu
-se nesta dissertação o comparativo entre quatro tipos de
abordagens
exergoconômicas, bem como avaliação da atratividade econômica.
Considerou
-se para o estudo de caso uma
unidade
fabril cuja finalidade é de
produzir fraldas, absorventes e papel higiênico. Esta
indústria
necessita ao mesmo
tempo de energia elétrica, vapor a alta pressão, vapor a baixa pressão, água quente e
água gelada para manter seus processos de produção. Para tanto, montou-se uma
configuração de uma
unidade
de cogeração de energia ou mais conhecida por
tetrageração uma vez que a mesma produz os quatro produtos citados.
Para compor esta configuração foram selecionados equipamentos em catálog
os
comerciais após a obtenção de cálculos essenciais para a definição dos
mesmos,
portanto foram selecionados os equipamentos que mais se adequassem aos valores
ideais dispostos através dos cálculos.
Obedecendo a metodologia demonstrada pela figura 2.6, a obtenção dos valores
de dimensionamento da configuração segue um crivo de decisões partindo
primeiramente pela a análise técnica passando então para a análise econômica e por
fim passando pela análise dos quesitos legais.
Para obter os resultados dispostos no capítulo 4, que se refere ao
dimensionamento termodinâmico do estudo de caso, foi necessário montar um
fluxograma da configuração nomeando todos os fluxos. O dimensionamento
termodinâmico se deu do último equipamento da configuração até o primeiro (or
dem
inversa), para a determinação dos fluxos e dos valores exergéticos necessários para a
obtenção dos produtos e insumos de cada equipamento que compõem esta
configuração.
Foi selecionado primeiramente o sistema de refrigeração por absorção, que tem
como
objetivo principal transformar a água quente provida do aquecedor de mistura
em água gelada a uma temperatura aproximada de 5ºC. De posse dos valores
necessários das quantidades de água quente para manter o sistema de refrigeração por
absorção funcionando, dimensiona-se o aquecedor de mistura e consequentemente a
110
vazão necessária de vapor que será provido da turbina a vapor para a geração de água
quente.
A turbina a vapor foi dimensionada através dos valores de vazão, temperaturas,
entalpias pertinentes ao
vapor de utilização, definindo assim a quantidade
e
a qualidade
do vapor que é destinada ao processo B (vapor de baixa pressão) , do vapor para o
aquecedor de mistura e vapor destinado ao condensador.
A alimentação da turbina a vapor é realizada pelo vapor vivo provido em uma
caldeira de recuperação, para tanto se fez necessária à obtenção do valor de
pinch point
que nos fornece basicamente o ponto ótimo de trabalho desta caldeira chegando a um
valor de 101 ºC na chaminé.
Por fim do dimensionamento técnico, a turbina a gás é dimensionada, para isso
se faz necessária uma seleção entre turbinas para se obter a que mais se adequa ao
valores ideais da configuração assim selecionou
-
se a turbina SwiftPac 50. De posses de
todos os valores montou
-
se uma tabela com t
odos os dados técnicos da configuração.
Uma particularidade deve ser citada com referencia ao dimensionamento da
turbina a gás, inicialmente tentou-se incansavelmente tratar a turbina a gás como
apenas um equipamento fechado, ou seja, entra ar, combustível, e sai gás proveniente
da queima e potência de eixo, porém o foi possível considerá-la desta maneira, por
se demonstrar várias inconsistências impedindo assim a obtenção dos custos
exergéticos un
itários dispostos no capítulo 5.
Sendo assim, a turbina a gás foi desmembrada em compressor, combustor e
turbina, para que fossem devidamente calculados em cada equipamento, e somen
te
desta maneira é que se obtiveram
os resultados finais desta dissertação.
Ao longo do capítulo 5 desenvolveram-
se
as
análises dos custos exergéticos; os
primeiros métodos a serem utilizados foram o método de extração e igualdade, que se
utilizam da mesma base de cálculos
. Primeiramente obtiveram
-
se
os valores de com
pra
dos equipamentos e o valor do fator de anuidade que leva em consideração o tempo
útil dos equipamentos para amortização, desenvolvendo-
se
também as formulações
necessárias para a obtenção dos custos dos produtos finais da central de cogeração.
O segundo método utilizado foi o de Silveira; basicamente, este método se
util
iza também dos valores de amortização que são calculados de uma maneira pouco
111
diferente ao se comparado com o método anterior,
mas
a necessidade da obtenção
dos valores de manutenção dos equipamentos e da valorização da mão de obra
necessária para manter a
unidade
em funcionamento, e através de duas formulações
finais é possível se obter os valores dos produtos finais.
Por último, foi empregado o método de Valero e Lozano, que prima pela
complexibilidade e talvez seja o método que exija um apuramento dos dados com
maior cautela, impedindo assim a obtenção de valores errôneos. Este método em
particular se difere de todos os outros, sendo necessário obter um conjunto de equações
extenso para a obtenção dos valores finais através de cálculos matriciais.
C
om
a obtenção dos dados fornecidos pelos quatro métodos, pode-
se
observar
que o custo da energia elétrica é mais valorizado pelos métodos de extração e
igualdade, enquanto o método de Silveira e o método do Valero e Lozano trabalham
em valores um pouco mais baixos; o inverso acontece com o método de Valero e
Lozano
e o método de Silveira, que valorizam mais os produtos térmicos, enquanto os
métodos de extração e igualdade trabalham com valores mais baixos.
Estas diferenças entre a obtenção dos custos exergoeconômicos se dão devido à
maneira de se obter os valores que faz
em
parte da particularidade de cada metodologia
assim demonstrado na figura 3.8, a definição de qual é o melhor método tem que ser
feita com base em quais são os objetivos de cada configuração específica. Neste caso,
se a valorização dos produtos térmicos se
revela
mais importante do que a valorização
dos custos para a obtenção da energia elétrica pode-se utilizar os métodos de Valero
e
Lozano
e Silveira, porém se é mais importante a obtenção dos valores da energia
elétrica ao invés da energia térmica, pode-se utilizar os métodos de igualdade e
extração.
Como última análise econômica aplica-se os cálculos do valor presente líquido,
da taxa de retorno interna e
payback
.
Para tanto, faz-
se
necessário obter o preço de venda dos produtos, que no caso
da energia elétrica segue uma tabela estipulada pelo mercado de comercialização
destes produtos. O preço de venda da energia elétrica foi estipulado como sendo de
0,074 US$/kWh; neste ponto, os métodos de Silveira e Valero e Lozano são
beneficiados por não valorizarem muito a energia elétrica, obtendo assim os maiores
112
valores da taxa
interna
de retorno e do valor presente líquido com um
payback
de 2 a 3
anos. Já os métodos de Igualdade e Extração ficam com estes valores pouco mais baixo
chegando a
ter um
payback
de 4 anos.
O método da extração foi beneficiado pelo baixo custo dos valores de obtenção
da energia térmica produzida, tendo resultados semelhantes aos obtidos com o método
de Silveira.
Como última análise, faz-se a otimização de toda a configuração; o conjunto de
equações leva em consideração os fluxos, suas exergias e seus custos a fim de se
buscar o ponto ótimo de trabalho desta
unidade
. O resultado final foi positivo,
demonstrando assim que os valores aos quais a
unidade
de cogeração está trabal
hando
são os melhores, complementados pela venda do excedente de energia elétrica ao
mercado, gerando assim receita
e
obtendo o melhor aproveitamento do combustível
utilizado.
113
ANE
XO
1
Análise
contábil
da produção de energia elétrica
+ térmica
tomando c
omo base de cálculo o método de Silveira.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Venda de Energia Térmica
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
Custo de Produção
23,43
23,43
23,43
23,43
23,43
23,43
23,43
23,43
23,43
Additional Depreciation
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Distribution (domestic)
Lucro Bruto
-
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
Verba de Marketing
Outras Despesas
Obsolescência
Lucro Operacional
-
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
13,51
Imposto de Renda (34%)
-
4,59
4,59
4,59
4,59
4,59
4,59
4,59
4,59
4,59
Lucro Líquido
-
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
Investments
(28,75)
Exchange rate
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
WACC rate
12,5%
WACC rate Monthy
1,04%
CASHFLOW
Investment (capex)
(28,75)
-
-
-
Lucro Líquido
-
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
8,92
Depreciação & Obsolescência
-
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
NOPAT w/o Depreciation
-
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
TOTAL CASHFLOW
(28,75)
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
11,79
Cumulative Cashflow
(29)
(17)
(5)
7
18
30
42
54
66
77
Discounted Cash Flow
(29)
(18)
(8)
3
14
25
36
47
58
70
1 1 0 0 0 0 0 0 0
Valor Presente Líquido - (VPL)
29,25
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Taxa Interna de Retorno TIR (%)
39%
Discounted Payback (years)
2,0
Título
Análise financeira para geração térmica (56375 Kw)
MMUSD
114
Análise contábil
da produção de energia elétrica
+ térmica
tomando como base de cálculo o método de
Valero
e Lozano.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Venda de Energia Térmica
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
Custo de Produção
28,29
28,29
28,29
28,29
28,29
28,29
28,29
28,29
28,29
Additional Depreciation
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Distribution (domestic)
Lucro Bruto
-
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
Verba de Marketing
Outras Despesas
Obsolescência
Lucro Operacional
-
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
8,65
Imposto de Renda (34%)
-
2,94
2,94
2,94
2,94
2,94
2,94
2,94
2,94
2,94
Lucro Líquido
-
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
Investments
(28,75)
Exchange rate
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
WACC rate
12,5%
WACC rate Monthy
1,04%
CASHFLOW
Investment (capex)
(28,75)
-
-
-
Lucro Líquido
-
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
5,71
Depreciação & Obsolescência
-
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
NOPAT w/o Depreciation
-
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
TOTAL CASHFLOW
(28,75)
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
8,59
Cumulative Cashflow
(29)
(20)
(12)
(3)
6
14
23
31
40
49
Discounted Cash Flow
(29)
(21)
(13)
(6)
2
10
18
27
35
43
1 1 1 0 0 0 0 0 0
Valor Presente Líquido - (VPL)
14,35
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Taxa Interna de Retorno TIR (%)
26%
Discounted Payback (years)
3,0
Título
Análise financeira para geração térmica (56375 Kw)
MMUSD
115
Análise contábil
da produção de energia elétrica
+térmica
tomando como base de cálculo o método de
Extração
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Venda de Energia Térmica
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
Custo de Produção
23,59
23,59
23,59
23,59
23,59
23,59
23,59
23,59
23,59
Additional Depreciation
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Distribution (domestic)
Lucro Bruto
-
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
Verba de Marketing
Outras Despesas
Obsolescência
Lucro Operacional
-
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
13,35
Imposto de Renda (34%)
-
4,54
4,54
4,54
4,54
4,54
4,54
4,54
4,54
4,54
Lucro Líquido
-
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
Investments
(28,75)
Exchange rate
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
WACC rate
12,5%
WACC rate Monthy
1,04%
CASHFLOW
Investment (capex)
(28,75)
-
-
-
Lucro Líquido
-
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
8,81
Depreciação & Obsolescência
-
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
NOPAT w/o Depreciation
-
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
TOTAL CASHFLOW
(28,75)
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
11,68
Cumulative Cashflow
(29)
(17)
(5)
6
18
30
41
53
65
76
Discounted Cash Flow
(29)
(18)
(8)
3
14
24
35
46
58
69
1 1 0 0 0 0 0 0 0
Valor Presente Líquido - (VPL)
28,75
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Taxa Interna de Retorno TIR (%)
38%
Discounted Payback (years)
2,0
Título
Análise financeira para geração térmica (56375 Kw)
MMUSD
116
Análise contábil
da produção de energia
elétrica + t
érmica
tomando como base de cálculo o método da iIgualdade
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Venda de Energia Térmica
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
36,94
Custo de Produção
26,93
26,93
26,93
26,93
26,93
26,93
26,93
26,93
26,93
Additional Depreciation
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Distribution (domestic)
Lucro Bruto
-
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
Verba de Marketing
Outras Despesas
Obsolescência
Lucro Operacional
-
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
10,01
Imposto de Renda (34%)
-
3,40
3,40
3,40
3,40
3,40
3,40
3,40
3,40
3,40
Lucro Líquido
-
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
Investments
(28,75)
Exchange rate
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
2,1
WACC rate
12,5%
WACC rate Monthy
1,04%
CASHFLOW
Investment (capex)
(28,75)
-
-
-
Lucro Líquido
-
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
6,61
Depreciação & Obsolescência
-
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
2,88
NOPAT w/o Depreciation
-
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
TOTAL CASHFLOW
(28,75)
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
9,48
Cumulative Cashflow
(29)
(19)
(10)
(0)
9
19
28
38
47
57
Discounted Cash Flow
(29)
(20)
(12)
(3)
6
14
23
32
41
50
1 1 1 0 0 0 0 0 0
Valor Presente Líquido - (VPL)
18,52
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Taxa Interna de Retorno TIR (%)
30%
Discounted Payback (years)
3,0
Título
Análise financeira para geração térmica (56375 Kw)
MMUSD
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