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Centro Universitário Hermínio
Ometto
UNIARARAS
LUCIANO AUGUSTO GUIDI DE FARIAS
CIRURGIÃO DENTISTA
PREVALÊNCIA DA AGENESIA
DENTÁRIA DE JOVENS DO GÊNERO
FEMININO DA REGIÃO DE GOIÂNIA-GO
ARARAS/SP
OUTUBRO/2005
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1
Centro Universitário Hermínio
Ometto
UNIARARAS
LUCIANO AUGUSTO GUIDI DE FARIAS
CIRURGIÃO DENTISTA
PREVALÊNCIA DA AGENESIA
DENTÁRIA DE JOVENS DO GÊNERO
FEMININO DA REGIÃO DE GOIÂNIA-GO
Projeto de Pesquisa apresentado ao Centro
Universitário Hermínio Ometto – UNIARARAS,
como parte integrante da avaliação para
obtenção do Título de Mestre em Odontologia,
Área de Concentração em Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Waldocyr Simões
e-mail: waldocyrsimoes@uniararas.br
Co-Orientador: Prof. Dr. Paulo sar Raveli
Chiavini
ARARAS/SP
OUTUBRO/2005
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Centro Universitário Hermínio Ometto
UNIARARAS
FOLHA DE APROVAÇÃO
A dissertação Intitulada: “PREVALÊNCIA DA AGENESIA DENTÁRIA
DE JOVENS DO GÊNERO FEMININO DA REGIÃO DE GOIÂNIA-GO”,
apresentada à UNIARARAS Centro Universitário Hermínio Ometto, para
obtenção do grau de Mestre em Odontologia, área de concentração em
Ortodontia em __ de ___________ de 2005, à Comissão Examinadora abaixo
nominada, foi aprovada após liberação pelo orientador.
___________________________________________
Profa.
___________________________________________
Prof. Dr.
___________________________________________
Prof. Dr.
3
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Marcos e
Magda, meus verdadeiros mestres que
estão sempre ao meu lado, pelo
incentivo e apoio para a busca dos meus
sonhos.
Às minhas irmãs, Fernanda e
Marielza, pela nossa união e amizade.
À minha esposa, Andressa,
por ser a minha grande
companheira, melhor amiga, sonharmos
os mesmos sonhos e por me fazer tão
feliz.
A toda a minha família,
por desfrutarmos de uma
convivência tão harmoniosa.
4
AGRADECIMENTOS
À UNIARARAS, representada pela sua magnífica Reitora Prof
a
Dra. Miriam de
M. O. Levada e pelo Pró-Reitor de s-Graduação e Pesquisa Prof. Dr.
Marcelo A. M. Esquisatto.
Ao Prof. Dr. Mário Vedovello Filho, Coordenador do curso de Mestrado em
Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UNIARARAS, pela atenção
dispensada e por nos dar esta oportunidade para crescermos
profissionalmente.
Ao Prof. Dr. Eduardo Alvares Dainesi e à Prof
a
Dra. Márcia Yuri Kawauchi,
ilustres Mestres que me guiaram pelos caminhos da ciência dando
ensinamentos valiosos para o exercício da Ortodontia, a minha eterna gratidão.
Aos Profs. Dr. Waldocyr Simões, pela orientação e ao Dr. Paulo César Raveli
Chiavini pela co-orientação neste trabalho.
À Prfof
a
Dra. Heloisa Cristina Valdrighi, pelas sugestões que enriqueceram o
nosso trabalho.
Ao colega e amigo Hassan Yusef Saleh, exemplo de ética e profissionalismo,
pela confiança, apoio e orientações para a minha melhor formação profissional.
Aos colegas e amigos de turma Layrton, Leonardo, Daniel, Jucelino e aos
demais, pelo companheirismo, apoio, conselhos, compreensão, enfim, por
terem transformado todos estes anos em um período agradável e inesquecível.
A todo o corpo docente do Curso de Pós-graduação em Ortodontia da
Faculdade de Odontologia da UNIARARAS, pela cooperação e ajuda nos
momentos necessários.
5
A todos os funcionários do Curso de Pós-graduação da Faculdade de
Odontologia da UNIARARAS, pelo auxílio permanente e momentos de
descontração e alegria.
À clínica Orthoface Odontologia LTDA Goiânia, Go, na pessoa do
coordenador da clínica e responsável cnico Daniel Saddi Domingues, pela
contribuição e por permitir o uso de toda a sua estrutura, sem os quais não
seria possível a realização deste trabalho.
A todas as jovens pesquisadas, por permitirem a análise de suas radiografias
panorâmicas e pela compreensão da importância da sua colaboração para este
trabalho e para a ciência.
A todas as pessoas, presentes fisicamente ou o, que contribuíram para que
este objetivo fosse alcançado.
6
“As pessoas podem duvidar do que você diz,
mas acreditarão sempre no que
você faz”.
Ralph W. Emerson
7
RESUMO
A agenesia de um ou mais dentes apresenta-se como uma anomalia do
desenvolvimento dentário bastante freqüente, podendo atingir ambas
dentições, causar modificações na forma e tamanho dos dentes homólogos e
sucessores. Diante disso, desenvolveu-se um trabalho que apresentou como
objetivos: avaliar a prevalência da agenesia dentária no gênero feminino; a
porcentagem de cada elemento dentário; se existe ou não diferença entre o
arco superior e o inferior, o lado direito e o esquerdo e a relação entre a
unilateralidade e a bilateralidade. Para a realização deste trabalho, foram
utilizadas 1000 (um mil) radiografias panorâmicas de pacientes do gênero
feminino, leucodermas, compreendidos na faixa etária dos 08 aos 15 anos, da
região de Goiânia Goiás. Os dados obtidos radiograficamente foram
submetidos a um levantamento estatístico, e permitiram concluir que: na
amostra populacional examinada a prevalência das jovens que possuem algum
tipo de hipodontia estava ao nível de 7,9%, excluindo-se os terceiros molares e
sendo todos na dentição permanente. Os dentes mais envolvidos na ordem de
ausência foram os incisivos laterais superiores, segundos pré-molares
inferiores e segundos pré-molares superiores. A proporção de agenesias na
maxila é significantemente maior do que na mandíbula, e há um equilíbrio entre
os lados direito e esquerdo sendo que a predominância maior é no direito, e a
maioria dos padrões encontram-se unilateralmente simétricos.
Palavras-chaves: Radiografia Panorâmica / Agenesia dentária
8
ABSTRACT
The agenesis in one or more teeth occurs as a very frequent abnormality
of the dental development with the possibility to reach both teething, causing
modifications on the size and shape of the homologous and following teeth. For
this reason a research was developed with the following objectives: evaluating
the prevalence of dental agenesia in the female gender; percentage of each
dental element; if there is or not a difference between inferior and superior arch,
right and left side and the relation between unilaterality and bilaterality. To
conduct this study, use was made of 1000 (one thousand) panoramic
radiographs of leucoderm women patients, in the age group from 08 to 15 years
old, in Goiania, State of Goias, Brazil. From this radiographic survey, a study
was made to verify the incidence of dental agenesis in this region. The
radiographically obtained data were submitted to a statistical survey that
allowed the following conclusion to be reached: in the populational sample
examined, the level of prevalence in young people with some type of
hypodontia was 7,9%, excluding the third molars and all of them being at the
permanent dentition stage. The teeth most involved in the order of absence
were as follows: maxillary lateral incisors, mandibular second pre-molars and
maxillary second pre-molars. The proportion of agenesis in the maxilla is
significantly greater than in the mandible, and there is a balance between the
right and left sides, respecting that the bigger predominance is in the right one
and most of the patterns are unilaterally harmonious.
Keys Words: Panoramic Radiography/ Dental Agenesis
9
LISTAS
DE
FIGURAS
Figura 01. Gráfico da prevalência de jovens com agenesias
dentárias............................................................................................................34
Figura 02. Gráfico da distribuição das agenesias em relação aos lados
dentários............................................................................................................35
Figura 03. Gráfico do número de agenesias em relação aos arcos
dentários............................................................................................................36
Figura 04. Gráfico do número das agenesias em relação a uni ou
bilateralidade......................................................................................................36
Figura 05. Gráfico da freqüência de agenesias de acordo com o
dente..................................................................................................................37
10
SUMÁRIO
Resumo................................................................................................................7
Abstract................................................................................................................8
Listas de Figuras..................................................................................................9
1. Introdução......................................................................................................11
2. Objetivos........................................................................................................14
3. Revisão de Literatura.....................................................................................15
3.1
Nomenclatura...........................................................................................15
3.2 Etiopatogenia ..........................................................................................16
3.3 Diagnóstico .............................................................................................19
3.4 Terapêutica .............................................................................................20
3.5 Prevalências ...........................................................................................23
4. Material e Métodos........................................................................................32
4.1 Material.....................................................................................................32
4.2
Métodos....................................................................................................32
4.3
Metodologia estatística
............................................................................33
5. Resultados.....................................................................................................34
6. Discussão......................................................................................................38
7. Conclusões....................................................................................................41
Referências bibliográficas..................................................................................42
Anexos...............................................................................................................47
11
1. INTRODUÇÃO
É de importância fundamental que todo Cirurgião-Dentista saiba
observar os dentes e as estruturas bucais circunvizinhas sadias, para que, no
momento em que se deparar com aspectos clínicos e radiográficos que fogem
às condões anatômicas normais possa, com precisão, obter o diagnóstico,
estabelecer o planejamento de tratamento e fazer o devido acompanhamento
do paciente.
ÁLVARES; TAVANO (1998) mencionaram três períodos ou fases
básicas de formação das estruturas corporais: fase de informação genética
(anomalias hereditárias), fase de formação intra-uterina (anomalias congênitas)
e fase de formação pós-natal (anomalias adquiridas). Quando o profissional se
depara com alguma alteração em qualquer uma dessas fases observará um
desvio da normalidade dessas estruturas e, conseqüentemente, um confronto
com anomalias, também denominadas de distúrbios do desenvolvimento.
Anomalias são desvios da normalidade, tais desvios podem ser
produzidos por condições locais. As anormalidades bucais mais comuns são as
que afetam os dentes, e as mais raras são aquelas que resultam de um
desenvolvimento defeituoso de suas estruturas de suporte. As anomalias dos
dentes não só afetam sua forma, tamanho, posição, número e período de
desenvolvimento como também modifica a sua estrutura histológica
(GIBILISCO; STAFNE, 1989).
As anomalias de número ao lado das de posição, são as mais
freqüentes das anomalias dentárias; sendo mais graves devido às
perturbações funcionais que ocasionam. As anomalias de número podem estar
relacionadas com o aumento ou a diminuição da quantidade de dentes,
portanto qualquer número que exceda 32 será considerado supranumerário e
se for menor se constitui numa hipodontia (MATHEUS; MATHEUS, 1985).
12
Vários fatores etiológicos possíveis têm sido sugeridos na literatura.
Estes incluem ruptura localizada do germe dentário, fatores hereditários,
mudanças na evolução e associação com outras síndromes (CHAI; NGEOW,
1999).
Dentre as técnicas radiográficas, a radiografia panomica é a mais
indicada para o estudo da agenesia, por registrar todo o complexo maxilo-
mandibular numa única tomada, suas interações com o crânio e o
desenvolvimento dentário do paciente, com um mínimo de radiação
(ANTONIAZZI et al, 1999).
A agenesia dentária limitada a uns poucos dentes ocorre
freqüentemente, sendo considerada uma variante normal. A dentadura
permanente é mais afetada do que a decídua, sendo que a incidência para esta
agenesia varia de 1,6% a 9,6% na população geral excluindo os terceiros
molares e na decídua, entre 0,5% a 0,9%. A agenesia severa (ausência de 4
ou mais dentes) tem uma prevalência estimada de 0,25%. A incidência de
agenesia dentária varia de acordo com a classe do dente, onde a agenesia do
terceiro molar é a mais comum com uma incidência de 20%. As opiniões
variam sobre o segundo dente mais comumente ausente, alguns
pesquisadores acreditam que é o incisivo lateral superior, enquanto que outros
a agenesia do segundo pré-molar inferior tem uma incidência maior. Em uma
amostra consistindo de 5127 pacientes, as agenesias dos incisivos laterais
superiores ocorreram em uma freqüência de 2,2% e a do segundo pré-molar
em 3,4%. Com relação aos segundos pré-molares, a agenesia de um único
segundo pré-molar é a forma mais comum e a ausência dos três pré-molares
ocorre menos freqüentemente. A preferência pelo gênero tem sido também
investigada em relação à agenesia dentária. Existem relatos que atribuem as
incidências maiores de agenesia dentária ao gênero feminino com uma relação
de 3:2 (SYMONS et al, 1993).
Os achados variam em termos do grau de simetria apresentada nas
agenesias dentárias. De acordo com BAILI (1975), a maioria dos padrões
encontra-se bilateralmente simétricos, com a exceção dos incisivos laterais
13
onde o esquerdo é mais ausente do que o direito. LUNDSTROM (1960)
observou que a agenesia dentária é comumente unilateral; aproximadamente
metades dos dentes ausentes são unilaterais.
A prevalência reportada dos dentes ausentes, excluindo os terceiros
molares, também depende da população estudada. Nos melanodermas, a
agenesia tem sido estimada na maioria no segundo pré-molar inferior. Os
estudos em asiáticos (xantodermas) demonstraram a agenesia dentária
principalmente nos incisivos inferiores (JORGENSON, 1980). Enquanto nos
leucodermas são os segundos pré-molares e incisivos laterais superiores (ZHU
et al, 1996).
14
2. OBJETIVOS
Este trabalho objetivou-se a realizar um levantamento radiográfico
panorâmico, onde propõe:
a) Avaliar a prevalência da agenesia dentária no gênero feminino,
excluindo os terceiros molares;
b) Estabelecer, no grupo de agenesia, a porcentagem de cada elemento
dentário;
c) Estabelecer se existe ou o diferença entre o arco superior e o
inferior, o lado direito e o esquerdo e a relação entre a unilateralidade e a
bilateralidade.
15
3. REVISÃO DA LITERATURA
Para um melhor entendimento, a revisão literária foi dividida em:
nomenclatura, etiopatogenia, diagnóstico, terapêutica e prevalências das
agenesias.
3.1 Nomenclatura
Quanto à nomenclatura, a agenesia (anomalia de número) pode ser
verdadeira ou falsa, podendo envolver as dentições dedua e permanente. A
agenesia verdadeira ou ausência congênita de dentes pode ser total e parcial.
A agenesia falsa ou induzida, que é a extração de dentes, pode ser: total
(extração de todos os dentes), parcial (de alguns dentes) e pseudo-anodontia,
aplicada às vezes, a múltiplos dentes que não fizeram erupção
(TOLEDO,1986).
Para SALZANO (1988), a agenesia dentária pode apresentar-se em
diversos graus, indo desde a anodontia, que é condição bastante rara, até a
hipodontia, mais comum.
A agenesia verdadeira parcial envolve um ou mais dentes e é uma
condição bastante comum sendo classificada em hipodontia e oligodontia. Nos
casos em que é considerável a redução do número de dentes (quatro ou mais),
a nomenclatura utilizada é a oligodontia. Quando ocorre ausência de apenas
um ou poucos dentes, classifica-se de hipodontia (DUTERLOO,1991).
AVERY; MCDONALD (1997) consideraram a agenesia verdadeira total
ou anodontia como ausência total de dentes, relatando ser condição rara e
associada à displasia ectodérmica.
16
3.2 Etiopatogenia
A etiopatogenia das agenesias dentárias relaciona-se a fenômenos de
ordem hereditária, congênita ou adquirida. A sua origem pode advir de uma
obstrução física ou de uma ruptura da lâmina dentária, de falta de espaço, de
alterações funcionais do epitélio dentário, ou ainda, de uma falha na iniciação
do mesênquima subjacente (GRAVELY; JOHNSON em 1971).
Para ANDERSON et al. (1975), um dos pontos de vista que suportava a
teoria da evolução baseava-se no pressuposto que os arcos diminuíam de
tamanho durante a evolução humana, provavelmente resultado de uma
redução evolutiva no tamanho corporal geneticamente determinado, levando ao
desaparecimento de alguns elementos dentários. Dessa forma, os incisivos
laterais superiores, segundos pré-molares e os terceiros molares eram, do
ponto de vista evolutivo, órgãos dentários em vias de desaparecer.
De acordo com HOFFMEISTER (1977), a agenesia dividia-se em
sindrômica e não-sindrômica. Ainda que inicialmente considerando-se uma
anomalia primária do desenvolvimento dentário, poderia estar associada à:
diminuição do tamanho dos laterais superiores, mineralização tardia dos dentes
anteriores e distrofias.
Conforme CONSOLARO; FONSECA (1985), além da hereditariedade,
fatores extragenéticos podem, ocasionalmente, causar a agenesia. Estes
fatores estão relacionados, principalmente, com disfunção endócrina, trauma
local, radiação X e infecção sistêmica.
MATHEUS; MATHEUS (1985) salientaram que os dentes permanentes,
quanto à sua histogênese poderiam ser considerados estáveis ou variáveis. Na
maxila, os incisivos centrais, os caninos, os primeiros pré-molares e molares
consistiriam em dentes estáveis, enquanto os incisivos laterais, segundos pré-
molares e terceiros molares em dentes variáveis. Na mandíbula, os incisivos
17
laterais, os caninos, os primeiros pré-molares e molares como estáveis,
enquanto que os segundos pré-molares, e terceiros molares variáveis.
HOFER (1987) afirmou que a ausência congênita de dentes deduos é
relativamente rara, e envolve geralmente o incisivo lateral superior, e
freqüentemente, associada à ausência de seu sucessor permanente.
A hereditariedade é considerada o fator etiológico principal da agenesia
dentária, e, assim, várias pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de
identificar os genes envolvidos nesta anomalia. Nos relatos de SVINHUFVUD
et al (1988) observou-se que a hipodontia podia ter uma forte base genética e
hereditária. A etiologia hereditária da hipodontia confirmou-se ao observar a
ausência dos germes dentários permanentes em 6 dos 12 membros de uma
família. A hipodontia hereditária apresentava-se uma expressão variável
(48,57% em uma amostra de 35 famílias), e uma transmissão incompleta em
três gerações.
De acordo com PANELLA et al. (1989), a etiologia dessa anomalia na
dentadura humana relacionava-se a um fator patológico traumático ou
infeccioso, endócrino, nutricional, hereditário ou filogenético. No que diz
respeito à patogenia, esta se relacionava a uma alteração na formação e
desenvolvimento da lâmina dentária e do elemento dela derivado. Como a
lâmina dentária resultava do ectoderma, quando da presença da Displasia
Ectodérmica, tinha como repercussão à manifestação da anodontia, que
poderia ser observada na dentição decídua e na permanente ou em apenas
uma delas.
Para GOHO (1993), os fatores ambientais que afetavam a dentadura
ocorriam durante o período pré-natal, em particular a qualidade do meio
ambiente intra-uterino parecia ser importante. As modificações do meio
ambiente poderiam produzir agenesia dentária, como em pacientes pediátricos
submetidos à quimioterapia e/ou radioterapia durante a etapa de
desenvolvimento dentário, sendo, portanto mais agressiva em jovens menores
de 5 anos.
18
Indivíduos com agenesia freqüentemente apresentam: microdentes,
dentes cônicos, desenvolvimento alveolar reduzido, espaço livre aumentado,
defeito de formação no dente contralateral, trajetória de erupção ectópica de
outros dentes, taurodontismo, ausência de outros dentes, formação e erupção
dentária atrasada, retenção prolongada do dente decíduo (ZHU et al, 1996).
De acordo com CHU et al. (1998), a ausência de incisivos laterais
superiores permanentes poderiam resultar de cáries, traumas e agenesias.
Vários modelos histológicos tinham sido propostos para explicar como a
hipodontia ocorria, o que incluía a obstrução física ou a falta de desdobramento
da lâmina dentária, limitação de espaço, anormalidades funcionais e falha de
iniciação do mesênquima subjacente.
Para BRUSCO et al. (2000), os fatores etiológicos causadores da
redução de número atuam nas fases precoces da odontogênese, isto é, nas
fases de iniciação e proliferação dos germes dentários.
Para ESTACIA; SOUZA (2000) foram sugeridos como fatores
predisponentes das agenesias: o trauma, a radiação iônica, as influências
hormonais e algumas teorias como a tendência evolutiva, os distúrbios
embriológicos na fusão dos processos faciais e a herança genética.
VASTARDIS (2000) reafirmou que a agenesia de um ou mais dentes era
a mais comum anomalia do desenvolvimento dentário humano. Os defeitos de
desenvolvimento nos dentes teriam causado muita intriga; e tentativas foram
feitas para explicá-las com modelos evolucionários e anatômicos, tal como a
teoria de Butler e o modelo de Soafer de interações compensatórias do
tamanho dos dentes. Sendo que, a teoria de Butler surgiu em 1939 e tentou
explicar porque determinados dentes falhavam na forma mais do que os outros.
Com base nesta teoria, o terceiro molar e o primeiro pré-molar seriam ditos
como os mais variáveis em tamanho e forma. Com relação ao modelo de
Soafer, o autor teria proposto uma associação entre a ausência dos dentes e a
redução no tamanho. A variação e a penetrância da agenesia dentária seriam
19
preditas como uma interação compensatória entre os germes dentários durante
o desenvolvimento.
MEIRA (2002) verificou a existência de associações entre agenesia
dentária não sindrômica e marcadores dos genes MSX1, PAX9 e TGFA entre
uma população brasileira. Esfregaços de células da mucosa jugal foram obtidos
de 89 famílias nucleares (mãe, pai e filho(a)). Os indivíduos estudados
apresentavam ausência congênita em pelo menos um dente permanente,
excluindo-se os terceiros molares.
De acordo com VIEIRA (2003), a segregação mendeliana pode ser
identificada em famílias com agenesia dentária, mas os genes heterogêneos ou
múltiplos podem ser responsáveis pelo desenvolvimento dos tipos específicos
de agenesia dentária em humanos. As formas sindrômicas e fissurados bucais
de agenesia dentária podem ser os melhores modelos para a agenesia
dentária isolada.
3.3 Diagnóstico
Especialistas em várias áreas da odontologia interagem esforços para
solucionar o tema em questão: odontopediatria, dentística restauradora,
prótese, ortodontia e atualmente a implantodontia. Para o diagnóstico preciso
da agenesia, a Radiologia exerce papel fundamental, pois essa anomalia é
caracterizada pela ausência clínica e radiográfica de um dente que deveria
estar presente (JORGENSON, 1980).
ROCHA et al. (1983) argumentaram que o diagnóstico precoce nos
casos de agenesia seria importante, pois uma conduta clínica e ortodôntica
pode ser estabelecida a fim de se obter uma oclusão mais favorável.
BUENVIAJE (1984) verificou as anomalias dentárias em crianças,
utilizando-se de exames clínicos e radiográficos regulares. O exame
radiográfico consistiu de radiografias panorâmicas e também de radiografias
20
"bite-wing". E relatou que a radiografia panorâmica aumenta a possibilidade da
detecção precoce dessas anomalias, reduzindo o mero de radiografias
intrabucais e conseqüentemente a dose de radiação recebida.
NEAL et al. (1988) verificaram as agenesias dentárias em crianças,
utilizando-se de exames clínicos e radiográficos. Concluíram que todas as
radiografias panorâmicas foram essenciais para avaliar o desenvolvimento da
oclusão e o plano de tratamento para o ortodontista.
FERGUSON; CHENG (1992) averiguaram a confiabilidade do
diagnóstico radiográfico das anormalidades de significância ortodôntica na
região anterior da maxila, de radiografias periapicais e panorâmicas.
Verificaram a acuracidade diagnóstica e as reprodutibilidades foram
positivamente altas e em termos gerais a radiografia panorâmica foi tão
confiável quanto as intrabucais.
Segundo RIBEIRO et al. (2001) a observação e o exame clínico-
radiográfico detalhado aliado ao conhecimento seriam as melhores “armas” que
o cirurgião-dentista dispunha e, a prevenção tornava-se uma condição
essencial para o combate às más oclusões que poderiam ocorrer quando não
havia um acompanhamento de todo o processo odontogênico. O que requeria
um diagnóstico baseado nos fatores determinantes da anomalia e seus
sintomas, considerando-se a completa adaptação do paciente às condições
impostas pela natureza.
3.4 Terapêutica
Os casos de hipodontia podem ser tratados por meios de diversos
procedimentos restauradores e ortodônticos, visando à melhoria da estética e
da oclusão. SHORT (1969) relatou que o diagnóstico precoce da hipodontia
pode reduzir a complexidade do tratamento ortodôntico e auxiliar no seu
planejamento. A opção de tratamento depende da gravidade do problema.
21
Como afirmou HUNT (1985), nas auncias congênitas múltiplas, há
indicação da utilização, ao máximo, dos recursos ortodônticos. Ao se
esgotarem, recorrer às próteses ou implantes, para complementação,
mantendo sempre a preocupação de promover o crescimento e o
desenvolvimento ósseo que, certamente, ficariam comprometidos.
MOYERS (1988) citou opções de tratamento para os casos de
ausências congênitas de incisivos laterais superiores, segundos pré-molares
inferiores e ausências ltiplas de dentes. A escolha, segundo o autor,
depende da idade do paciente, conformação e posição dos caninos,
conveniência dos incisivos centrais e dos caninos como futuros pilares e
profundidade da mordida.
As implicações decorrentes das ausências de dentes permanentes
estabelecem-se em termos de problemas oclusais e periodontais,
especialmente se localizadas no segmento posterior da boca, excluindo-se os
terceiros molares. Podem gerar uma oclusão traumática, inclinações
indesejáveis dos dentes vizinhos, ou ainda, o surgimento de diastemas que
facilitam a impactação alimentar, com conseqüentes danos ao periodonto
interdentário. Por outro lado, as anodontias parciais localizadas na região
anterior do arco dentário superior quase sempre são causas de umas estéticas
indesejáveis e prováveis problemas fonéticos (CONSOLARO; OLIVEIRA,
1989).
HAMAJIMA (1989) sugeriu que é possível resolver os problemas de
agenesias dentárias em crianças, por meio de extrações seriadas, evitando-se,
com isso, o tratamento com o sistema multi-braquetes, próteses ou implantes
para o fechamento dos espaços.
Para MOHL (1989), as informações e perspectivas exigem uma análise
contínua dos conceitos, que provavelmente vão mudar com o tempo. Essa
tendência, acoplada ao conhecimento da variabilidade e adaptação anatômica
e funcional humanas atue em qualquer dogma inalterável com relação a
qualquer conceito ou abordagem terapêutica dos problemas oclusais.
22
Para CIGER; KOCADERELI (1993), a agenesia do incisivo lateral
superior cria um problema estético que pode ser resolvido de várias maneiras,
como: 1) Nenhum tratamento: com espaçamento mínimo, a utilização da resina
composta seria indicada para reduzir os diastemas e melhorar a estética. 2) A
manutenção ou abertura dos espaços para colocação de implantes ou
próteses. 3) O fechamento dos espaços com a mesialização dos caninos para
o lugar do dente ausente e o recontorno anatômico destes.
Para LINO (1994), as ausências dos terceiros molares, na maioria dos
casos, devem ser consideradas como um presente da natureza, devido aos
notórios problemas determinados pelos mesmos, ou melhor, pela sua
impactação dada à falta de espaço de irrupção.
Em relação à agenesia de pré-molares, as melhores condutas são: 1)
Manter ao máximo o molar decíduo e ajustá-lo com os antagonistas o melhor
possível. 2) Diante da não formação de pré-molares, serão realizados a
remoção do elemento dentário deduo na época de sua esfoliação normal e
manter o espaço com o auxílio de mantenedores para uma futura prótese. 3)
Como a incidência de oclusão é grande, a maioria dos casos, após serem
estudados, poderá ser enquadrada no esquema de tratamento ortodôntico
corretivo com remoções de pré-molares. Desta forma, a correção da
oclusão será a melhor solução definitiva para a ausência de pré-molares,
quando assim for possível. 4) Quando a ausência de um dente permanente
sucessor complica a manutenção de espaço na dentadura mista com a
presença de apinhamento, deve ser tratado com a extração dos primeiros pré-
molares e o fechamento do espaço remanescente (GUEDES-PINTO, 1997).
Quanto à anodontia de dentes permanentes, ainda que rara, quando
ocorre, deve receber cuidado especial, visto que a rizólise independe da
presença do dente permanente e o final da manobra será, prótese total
superior e inferior (MIYAMURA; NJAIM, 2000).
23
3.5 Prevalências
GARN; LEWIS (1962) divulgaram que quando um ou mais terceiros
molares estavam ausentes, a incidência de outros dentes ausentes tornava-se
maior. A agenesia dos terceiros molares encontrava-se associada com a
redução do número dos dentes remanescentes em seis ou sete e com a dos
incisivos laterais e segundo pré-molares. Logo, a agenesia dos terceiros
molares também se relacionava com as diferenças na calcificação dentária, na
movimentação dos dentes remanescentes e na variabilidade na formação e
seqüência de erupção. Encontraram em crianças a falta de um ou mais
terceiros molares, incisivos centrais e laterais, caninos e em alguns a falta de
ambos os pré-molares e em outros somente os segundos pré-molares. No
grupo que apresentava os terceiros molares, apenas os incisivos laterais e os
segundos pré-molares estavam ausentes. Eles concluíram que mais de 75% de
todos os dentes ausentes estavam associados à agenesia do terceiro molar.
Conforme MESKIN; GORLIN (1963), a freqüência de agenesias dos
incisivos laterais inferiores permanentes tem sido bem documentada na
literatura odontológica. Foi realizado um estudo com o objetivo de determinar a
freqüência de agenesias dos incisivos laterais inferiores em um grupo
constituído por 8.289 americanos caucasianos do ensino médio, sendo 5.165
do gênero masculino e 3.124 do gênero feminino, demonstrando características
étnicas e do ambiente geográfico similares. Verificaram que a freqüência de
agenesia no gênero feminino foi de 1,28% e no gênero masculino 0,76%.
PATRÍCIO (1979) estudando a prevalência de anodontia em escolares
do município de São Paulo, na faixa etária de 5 a 11 anos de idade, constatou
a ocorrência de 1,1 %. Notou que a agenesia ocorre com maior freqüência no
lado direito, nos indivíduos do gênero masculino e no lado esquerdo para o
feminino.
ROCHA et al. (1983) realizaram um estudo com 641 jovens em fase
escolar de ambos os gêneros, com idade entre 4 e 15 anos foi realizado. Todos
24
os jovens foram submetidos aos exames clínicos e radiográficos, sendo que os
métodos radiográficos utilizados foram periapical, em 424 jovens, e o
panorâmico em 217 pacientes. Dos 641 jovens, 46 apresentaram dentes
ausentes (14,26%). Houve uma predominância de ausências congênitas nos
jovens do gênero feminino. Dos 91 dentes ausentes, 49 eram inferiores,
portanto a maior freqüência foi encontrada na manbula. A maior freqüência
de anodontias segundo os agrupamentos dentários foram dos segundos pré-
molares inferiores e superiores, incisivos laterais superiores e inferiores,
caninos superiores e incisivos centrais inferiores. Nesse estudo, não foi
encontrada ausência congênita em jovens na dentadura decídua.
MAGNUSSON (1984) relataram que a prevalência da agenesia dentária
varia consideravelmente dependendo da população e do tipo da dentadura
estudada. Em dentes permanentes, a literatura nos últimos 30 anos mostrou os
seguintes dados, em pses europeus: na Itália variou de 1,72% na região de
Trieste a 5,2%, em jovens da Ilha de Sardenha reportaram uma prevalência de
18,33%, fazendo uma consideração que se tratou de uma população ilhada de
pescadores; na Alemanha foi de 5,1% a 9,7%; Noruega 6,5%; Irlanda 11,3%;
Croácia 6,25%; Eslováquia 2,34%; Rússia 16,88%; Dinamarca 7,8%; França
1,9% (unicamente agenesia do lateral superior); Islândia 7,9% (terceiros
molares excluídos). Nos países orientais, a prevalência da agenesia dentária
foi: na Austrália 63%; na Malásia 2,8%; na Arábia Saudita 4%; em Hong-Kong
6,9%; na Tailândia 8,6% (terceiros molares excluídos) e 16% (terceiros molares
incluídos). Nos países americanos: Estados Unidos 5,6% e para uma
comunidade religiosa e cultural do Canadá Ocidental 47%. Para a dentadura
mista, os dados disponíveis mostraram: Zagreb 0,47%; Hong Kong 0,086% em
meninas e 0,046% nos meninos; e Islândia 0,5%.
DERMAUT et al. (1986) afirmaram que a ausência congênita de dentes
tem ocorrido na espécie humana desde o peodo paleolítico. Na dentadura
permanente, esta anomalia era relativamente comum com uma prevalência de
3,5% a 6,5%, excluindo a agenesia dos terceiros molares. Ocorria mais
freqüentemente em jovens do gênero feminino a uma proporção de 3:2. Na
dentadura dedua, a hipodontia acontecia com menos freqüência (0,1 % a
25
0,9%) e não era significante a distribuição por gênero. O dente decíduo
ausente apresentou ainda menor freqüência no arco superior (incisivos e
primeiros molares decíduos). A oligodontia (severa hipodontia) teve uma
prevalência na população de 0,3% na dentadura permanente. Entre os
europeus, o segundo pré-molar inferior era comumente o mais ausente, depois
do terceiro molar; em seguida, têm-se os incisivos laterais inferiores e o
segundo pré-molar superior. A agenesia de incisivos centrais superiores,
caninos ou primeiro molar permanente parecia ser um caso excepcional.
Selecionaram dois grupos de pacientes na University Dental School em Gent,
um grupo experimental com agenesia dentária e um de controle com dentadura
completa. A idade dos pacientes melanodermas era de 4 aos 19 anos, e o
critério de seleção adotado consistiu de avaliação de radiografia panorâmica,
telerradiografia em norma lateral e modelo dentário. Concluíram que a
hipodontia incidia com mais freqüência em jovens do gênero feminino do que
nos do masculino; os incisivos laterais superiores e pré-molares inferiores eram
os dentes mais repetidamente ausentes; as relações esqueléticas de Classe I
encontravam-se mais habitualmente em pacientes com agenesia do que em
pacientes sem perda dentária; as relações esqueléticas de Classe II ocorreram
mais rotineiramente no grupo controle do que no grupo com agenesia e o
crescimento padrão da sobremordida era mais usualmente encontrado no
grupo com agenesia. Diferenças não significantes foram achadas entre os
grupos nos casos de relação esquelética vertical normal e o apinhamento na
região ântero-inferior for significantemente mais pronunciado no grupo controle
do que no grupo com agenesia, não sendo considerado o grau de
apinhamento.
CASTILHO et al. (1990) estudaram radiograficamente uma amostra
constituída de 201 indivíduos de ambos os gêneros, numa faixa etária de 12 a
14 anos de idade, onde pesquisaram a anodontia de órgãos dentários inclusive
dos terceiros molares. As observações foram feitas em cada gênero e
hemiarco separadamente e verificaram que 24,37% dos indivíduos possuíam
ausência congênita dentária, sendo 10,44% para indivíduos do gênero
masculino e 13,43% no feminino. Pelos resultados obtidos puderam concluir
que 75,62% dos indivíduos não apresentaram anodontia, sendo 36,31% do
26
gênero masculino e 39,31% no feminino; 29,39% apresentaram anodontia de
um ou mais terceiros molares, sendo 9,95% do masculino e 10,44% do
feminino. O número de casos de anodontia foi maior no gênero feminino.
GLAVAM; SILVA (1995) examinaram prontuários de 1625 jovens de 3 a
12 anos de idade, matriculados no Serviço de Triagem do Departamento de
Estomatologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de
Santa Catarina. Concluíram que a prevalência da hipodontia foi de 3,13%
sendo mais prevalente no gênero feminino; e as localizações preferenciais
foram as regiões de incisivos laterais superiores (38,14%), segundos pré-
molares inferiores (25,77%), segundos pré-molares superiores (17,53%),
primeiros pré-molares superiores (9,27%), primeiros pré-molares inferiores
(6,20%) e outros (3,09%).
RUIDIAZ et al. (1996) realizaram um estudo retrospectivo de radiografias
panorâmicas em pacientes (137 do gênero masculino e 162 do feminino, entre
9 e 20 anos) do Departamento de Ortodontia do Hospital Infantil do México,
entre 1988 a 1994. Das 299 radiografias, 99 (33%) mostraram agenesia
dentária, incluindo os terceiros molares. Quando os terceiros molares foram
excluídos, a prevalência foi de 6,3%. Os órgãos dentários que mostraram a
maior freqüência de agenesia foram os incisivos laterais superiores.
Conforme ZHU et al. (1996), a agenesia tornava-se mais freqüente na
dentadura permanente e tinha uma prevalência de 3,7%, excluindo-se os
terceiros molares, com uma relação de gênero feminino para o masculino de
3:2. Os dentes ausentes mais comuns na dentadura permanente eram os
incisivos laterais superiores e os segundo pré-molares inferiores. A agenesia
dentária na dentadura decídua era rara, geralmente aparecendo na região de
incisivos, e freqüentemente associada à ausência de seu sucessor
permanente.
De acordo com CHU et al. (1998), a hipodontia ou ausência do
desenvolvimento de um ou mais dentes apresentava-se bastante freqüente,
sendo que geralmente a dentadura permanente era a mais afetada do que a
27
decídua e a sua ocorrência permaneciam altas no arco superior. Embora a
prevalência de hipodontia variava entre os diferentes grupos raciais, aceitava-
se que a falta dos terceiros molares ocorria muitas vezes seguida pelos
segundos pré-molares e incisivos laterais.
Nos estudos de FREITAS et al. (1998), sobre a prevalência das
agenesias dentárias apontavam a dentadura permanente como a mais
comprometida. As agenesias na dentadura decídua eram raras e, quando
ocorriam, geralmente acometiam a região dos incisivos, apresentando-se
geralmente associadas às agenesias dos dentes permanentes sucessores.
ANTONIAZZI et al. (1999) estudaram a prevalência de anodontias de
segundos pré-molares e incisivos laterais superiores e inferiores, numa
amostra de 503 radiografias panorâmicas de indivíduos leucodermas
brasileiros, na faixa etária entre 2 a 15 anos de idade, os resultados obtidos
foram analisados e confrontados com os de pesquisas semelhantes na
literatura. Sendo a ordem decrescente da freqüência de anodontias
encontradas foi: segundos pré-molares superiores (1,39%), segundos pré-
molares inferiores (0,99%), incisivos laterais superiores (0,89%), e incisivos
laterais inferiores (0,39%). A diferença de anodontias encontrada entre os
gêneros não foi estatisticamente significante, e encontrou-se maior número de
anodontias na maxila do que na mandíbula.
CHAI; NGEOW (1999) observaram que a hipodontia era raramente vista
em outras espécies de mamíferos, exceto nos animais domésticos. Quando
isto ocorria na dentição humana normalmente afetava a dentadura permanente.
A incidência da hipodontia na dentadura permanente aparecia entre 2,8% e
7,7% da população; até quase 35% se os terceiros molares fossem incluídos. A
hipodontia ocorria com mais freqüência no gênero feminino do que no
masculino, com uma taxa aproximada de 3:2. Os terceiros molares eram os
mais afetados, com uma prevalência que variava nas diferentes raças de 2,5%
a 35%. Os segundos pré-molares e os incisivos laterais superiores eram os
próximos dentes com mais ausências. As raças chinesa e japonesa diferiam
significantemente desta tendência, com os incisivos inferiores sendo os dentes
28
mais ausentes. A hipodontia envolvendo os incisivos centrais superiores,
caninos superiores e inferiores ou primeiros molares mostrava-se rara e ocorria
principalmente em casos de hipodontia severa.
CIAMPONI; FRASSEI (1999) avaliaram 580 radiografias panorâmicas de
crianças com idade entre 5 e 15 anos submetidas a tratamento odontológico na
clínica de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia da Universidade
Paulista. A porcentagem de crianças acometidas pela anomalia foi de 9,31%,
excluindo-se os terceiros molares. Mostrou-se mais prevalente entre as
meninas (56,99%) e na maxila (63,44%). As ausências dentárias mais
freqüentemente observadas foram as de incisivos laterais superiores (37,63%),
seguidos dos segundos pré-molares inferiores (19,35%). Näo houve ausências
de primeiros e segundos molares
.
Em 2000, CHOLITGUL; DRUMMOND estudaram pacientes na faixa de
idade de 10 a 15 anos, utilizando radiografia panorâmicas, encontraram
prevalência de ausência dentária na região anterior da maxila em 18,6 % e na
posterior 34,5 %; para a região anterior da mandíbula 1,7 % e na posterior 45,2
%. O número total de dentes ausentes foi de 301, observados em 128
radiografias panorâmicas.
ESTACIA; SOUZA (2000) salientaram que eram comuns os casos de
pacientes com ausência de incisivos laterais superiores, Essa anomalia atingia
cerca de 2% da população, podendo ser uni ou bilateral, ou ainda,
apresentava-se unilateral associada a um incisivo lateral conóide do outro lado.
Segundo RIBEIRO et al. (2001), a agenesia apresentava-se com mais
freqüência na dentadura permanente e tinha uma prevalência de 3,7% a 9%
excluindo-se os terceiros molares, com uma relação do gênero feminino para o
masculino de 3:2. Os dentes ausentes mais comuns na dentadura permanente
eram os laterais superiores e os segundos pré-molares inferiores.
BACKMAN; WAHLIN (2001) examinaram a prevalência de variações
numéricas e morfológicas de dentes permanentes em crianças com sete anos
29
de idade para aceitar ou rejeitar a hipótese da alta prevalência dessas
condições em caucasianos em relação a outras regiões. A amostra consistiu de
739 crianças caucasianas saudáveis que foram examinadas clínica e
radiograficamente. O resultado revelou a prevalência de hipodontia, excluindo
os terceiros molares em garotas da ordem de 8,4% e em garotos de 6,5% e em
ambos os gêneros de 7,4%. Das crianças com hipodontia, a maioria não
apresentava um ou dois dentes, e os segundos pré-molares inferiores eram os
mais ausentes. A prevalência de hipodontia foi de 1,9%. Das variações
morfológicas, os incisivos laterais conoides foram achados em 0,8% dos
jovens, a formação dupla (germinação) em 0,3%, o taurodontismo em 0,3% e o
dens invaginatus em 6,8%. Logo, não verificaram a hipótese de alta incidência
de variações numéricas e morfológicas geneticamente determinadas.
De acordo com CUELLO et al. (2002), a ausência congênita de dentes
foi mais freqüente na dentadura permanente com 94% e se observaram em 34
jovens, dos quais 20 foram mulheres (60%) e 14 homens (40%). Ao analisarem
a simetria (uni ou bilateral) encontraram 16 indivíduos com a bilateralidade. Os
dentes mais ausentes foram os terceiros molares, seguido pelos incisivos
laterais superiores e dos segundos pré-molares inferiores.
BRÜCKER; STELLO (2003) estudaram a prevalência de agenesias
dentárias, o grupo dentário e o gênero mais atingido, através de radiografias
panorâmicas, em indivíduos da população do Rio Grande do Sul acima de 9
anos de idade. Foram analisadas 1036 radiografias panorâmicas do acervo da
Disciplina de Radiologia da PUC-RS. Destas, 486 (46,9%) foram do gênero
masculino e 550 (53,1%) do feminino. Os resultados obtidos neste estudo
foram submetidos à análise estatística, para verificar o grau de significância
desses valores. Os resultados mostraram uma prevalência de 28% dessa
anomalia em relação à amostra estudada, se considerarmos o número total de
indivíduos. Entretanto, quando for considerar o número total de dentes
analisados, essa prevalência cai para apenas 2%. Não foram observadas
diferenças estatísticas significantes na presença de agenesias entre os
gêneros. Entretanto, nesta amostra onde o gênero feminino estava em maior
número, observou-se uma prevalência maior para o mesmo. Em relação aos
30
grupos dentários, podemos afirmar que os terceiros molares apresentaram a
maior prevalência com o valor de 13,5%, considerado estatisticamente
significante em comparação com os outros grupos. Em seqüência, os
segundos pré-molares, seguidos dos primeiros pré-molares e dos incisivos
laterais apresentaram ordem decrescente de valores para a prevalência.
TRISTÃO et al. (2003) verificaram a freqüência de agenesia em
radiografias panorâmicas em crianças do Ambulatório de Odontopediatria da
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Duzentas e sessenta e oito
radiografias foram examinadas por dois profissionais, com a utilização de um
negatoscópio e uma lupa Lactona 4 X. O dente que apresentou maior
ocorrência de agenesia dentária foi o pré-molar inferior, seguido pelo pré-
molar superior e incisivo lateral superior. A prevalência de agenesia foi
considerada alta; näo foi observada preferência por gênero, arco ou lado,
porém, na maioria dos casos, as agenesias dentárias eram bilaterais.
BRAVO et al. (2004) observaram a agenesia em crianças com idade
entre 2 aos 12 anos da Clinica de Odontopediatria da faculdade UNAM. Foram
analisados 376 casos sendo 198 (53%) do gênero masculino e 178 (47%) do
feminino. Encontraram 10 pacientes com dentes ausentes (2,6%), sendo 7
meninos (3,5%) e 3 meninas (1,7%), onde os incisivos superiores foram os
dentes mais afetados.
Segundo POLDER et al. (2004), a agenesia varia de acordo com o
continente e o gênero. A ocorrência (excluindo os terceiros molares) nos dois
gêneros foi alta na Europa (Masculino M: 4,6% e Feminino F: 6,3%) e na
Austrália (M: 5,5% e F: 7,6%) sendo maior do que os caucasianos da América
do Norte (M: 3,2% e F: 4,6%). De maneira geral o aparecimento da agenesia
dentária no gênero feminino foi 1,37 vezes maior do que no masculino. O
Segundo pré-molar inferior foi o dente mais afetado, seguido do segundo pré-
molar superior. A ocorrência da agenesia no arco superior é semelhante ao
inferior e a ausência de 1 ou 2 dentes permanentes foi encontrada em 83% dos
casos com agenesia.
31
LARMOUR et al. (2005) realizaram uma revisão de literatura para
determinar a prevalência da hipodontia, onde constataram que a agenesia
variava ente 2,6% a 11,3%. As diferenças étnicas também foram
determinadas, onde nos caucasianos estudados os segundos pré-molares
inferiores e os incisivos laterais superiores eram os mais ausentes e nos
asiáticos, o incisivo superior. As taxas de prevalência foram mais elevadas no
gênero feminino comparado ao do masculino (3:2, respectivamente).
KIRKHAM et al. (2005) investigaram a hipodontia em um grupo de 198
jovens (86 masculino e 112 femininos) em Sheffield, Reino Unido. Este estudo
envolvia os tipos dentários, as diferenças entre a maxila e a mandíbula e os
lados direito e o esquerdo. Os resultados revelaram a prevalência na seguinte
ordem decrescente: terceiros molares superiores, seguidos dos segundos pré-
molares inferiores e dos incisivos laterais superiores. Mostrou uma maior
prevalência na maxila do que na manbula e no lado direito do que o
esquerdo.
32
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Material
Foram utilizadas 1000 radiografias panorâmicas, de jovens do gênero
feminino, na faixa etária de 08 a 15 anos, leucodermas, pertencentes ao
arquivo de um consultório particular, representativo da cidade de Goiânia.
Todos os pacientes selecionados não apresentaram problemas sistêmicos ou
fissura de lábio e/ou palato. Constou nestes prontuários a autorização prévia do
paciente para a realização de pesquisas e divulgação (Anexo 02).
4.2 Métodos
A coleta de dados foi realizada com as avaliações radiográficas e em
seguida anotadas em uma ficha apropriada (Anexo 04) para o presente estudo.
As radiografias obtidas dos prontuários foram feitas pelo aparelho panorâmico,
com o colimador e chassi X-Omatic para o écran placa intensificadora lanex de
média intensidade, tensão nominal mínima 60 Kv e com corrente nominal fixa
10 mA. Foram utilizados os Filmes para Raios-X diagnóstico Kodak tipo T-Mat
G/Ra da marca comercial kodak de 13 x 30 cm com 20% a 30% de
magnificação.
Dados do aparelho emissor de radiação (Aparelho Panorâmico)
Tipo: Aparelho de Raios-X do tipo fixo. Marca: Villa Sistem Rotograf Plus.
Filtração inerente: 2,5mm Al. N
o
de Série: 00026037.
Químicos utilizados Revelador e reforçador Cineflure: (para
preparar 20 litros). Lote: M079028B. Fabricação: Junho/03. Validade: Junho/05.
Fixador Cineflure: (para preparar 20 litros). Lote: A64388A. Fabricação:
setembro/03. Validade: Setembro/05.
33
Tempo de Revelação para a tomada radiográfica panorâmica
Método manual. Temperatura: 22
o
. Revelação: 30 segundos. Lavagem: 20
minutos. Fixação: 10 minutos.
Secagem marca: Enxuta. Modelo: Máster Secadora. Tensão
nominal: 120V/220V. Freqüência: 60Hz. Corrente nominal: 11/65A. Poncia
Nominal: 12090W/1400W. Tempo máximo: 120 minutos.
Para a análise das radiografias, primeiramente foi observado o padrão
de qualidade, sendo desprezadas aquelas de qualidade duvidosa.
Posteriormente, as radiografias foram fotografadas para avaliação. O
equipamento e o programa utilizado apresentam-se descritos abaixo:
Computador Processador: Pentium II MMX. Placa Mãe: Soyo.
HD: Quantum 5 Gigahertz. Memória: 64 mega EDO. Placa de Vídeo: 64 mega
Trident.
Máquina fotográfica Sony Cyber-shot, modelo DSC-F 707
digital, com 5 mega pixels.
As fotografias foram tiradas no modo Macro, com resolução de
2560x1920, sendo que a máquina fotográfica ficou fixada (numa estativa) a
uma distância de 40 cm do negatoscópio, no qual estavam as radiografias
posicionadas de maneira uniforme.
A avaliação constou da observação visual das radiografias fotografadas
no monitor, utilizando-se dos recursos que o programa “Adobe Image Ready
7.0” apresentou.
4.3 Metodologia Estatística
Foi aplicado a estatística descritiva para demonstrar a prevalência da
agenesia dentária, a porcentagem de cada elemento dentário (excluindo os
terceiros molares), verificar a diferença ou não existente entre o arco inferior e
o superior, os lados direito e o esquerdo e a bi e a unilateralidade.
34
5. RESULTADOS
A agenesia dentária consiste na ausência de um ou mais dentes. Este
tipo de anomalia, embora raramente observada em outras espécies de
mamíferos, revela-se relativamente comum na espécie humana.
Por isso, fizemos este estudo e para uma melhor compreensão, os
resultados foram apresentados com o auxílio de gráficos.
Os resultados encontrados foram: das 1000 (um mil) jovens examinadas
radiograficamente, 79 (setenta e nove) apresentavam-se com alguma agenesia
dentária (7,90 %), sendo todos na dentição permanente, e 921 (novecentos e
vinte e um) não apresentavam agenesias (92,10 %), conforme a figura 01.
Nessas 79 (setenta e nove) jovens, foram encontradas 135 (cento e trinta e
cinco) agenesias.
Sem agenesia Com agenesia
Figura 01 – Gráfico da prevalência de jovens com agenesias dentárias.
7,9%
92,1%
35
Consideramos também o lado que mais se apresentava com agenesia,
sendo que 72 (setenta e dois) no direito (53,33 %) e 63 (sessenta e três) no
esquerdo (46,67 %), como indicado na figura 02. Em relação à figura 03,
podemos verificar que 78 (setenta e oito) ou (57,78 %) estavam no arco
superior e 57 (cinqüenta e sete) ou (42,22 %) no inferior.
Em relação a uni ou bilateralidade das agenesias, constatou-se que dos
135 dentes ausentes, 119 (cento e dezenove) eram unilaterais (88,15 %) e 16
(dezesseis) eram bilaterais (11,85 %), conforme a figura 04. Também
constatamos que das 16 (dezesseis) bilateralidades, 8 (oito) eram dos incisivos
laterais superiores, 6 (seis) de segundos pré-molares inferiores e 2 (dois) de
segundos pré-molares superiores.
Lado direito Lado esquerdo
Figura 02 – Gráfico da distribuição das agenesias em relação aos lados
dentários.
53,33%
46,67%
36
Arco superior Arco inferior
Figura 03 – Gráfico do número de agenesias em relação aos arcos dentários.
Unilateralidade Bilateralidade
Figura 04 – Gráfico do número das agenesias em relação a uni ou
bilateralidade.
88,15%
11,85%
57,78%
42,22%
37
Dos 135 (cento e trinta e cinco) dentes ausentes; 41 (quarenta e um)
eram dos incisivos laterais superiores (30,37 %); 32 (trinta e dois) segundos
pré-molares inferiores (23,70 %); 18 (dezoito) segundos pré-molares superiores
(13,33 %); e 44 (quarenta e quatro) com os demais dentes (32,60 %), sendo 12
(doze) nos primeiros pré-molares inferiores, 11 (onze) primeiros pré-molares
superiores, 6 (seis) caninos superiores, 5 (cinco) caninos inferiores, 4 (quatro)
incisivos laterais inferiores, 4 (quatro) incisivos centrais inferiores e 2 (dois)
incisivos centrais superiores, como mostra a figura 05.
Incisivo lateral superior Segundo pré-molar inferior
Segundo pré-molar superior Demais dentes
Figura 05 – Gráfico da freqüência de agenesias de acordo com o dente.
13,33%
23,70%
32,60%
30,37%
38
6. DISCUSSÃO
Um dos grandes problemas enfrentados pelos cirurgiões-dentistas, na
clínica diária, foi à observação de pacientes com agenesias de dentes
permanentes.
A tendência evolutiva da espécie humana é considerada um fator
significativo para tais ocorrências. Assim como a característica hereditária teria
influência não menos importante do que a displasia ectodérmica, inflamações
ou infecções localizadas e condições patológicas sistêmicas. Podem ser
também resultantes da falta de iniciação, ou de retenção na proliferação da
lâmina dentária; ou, ainda, originalmente congênita, isto é, instalando-se
durante a vida intra-uterina (MIYAMURA; NJAIM em 2000).
Os dentes permanentes com maior incidência de agenesias, para a
maioria dos autores, o os terceiros molares superiores e inferiores, os
incisivos laterais superiores e os segundos pré-molares superiores e inferiores.
Na seleção da amostra foram incluídos todos os indivíduos que
apresentavam agenesias dentárias de qualquer dente (com exceção dos
terceiros molares), que puderam ser identificados durante a fase de coleta dos
dados, onde as comparações puderam ser realizadas com os estudos
epidemiológicos.
Quanto à freqüência de agenesia encontrada nos diversos trabalhos,
observa-se que elas diferem entre si, porque há influência do impacto de
variação étnica e de localização geográfica.
A análise dos resultados revelou que a porcentagem de jovens que
apresentavam agenesia dentária foi de 7,9%, dados semelhantes aos
resultados apresentados por CIAMPONI; FRASSEI (1999) que obteve 9,31%;
BACKMAN; WAHLIN (2001) com 8,9%; RIBEIRO et al. (2001), com 9%;
POLDER et al. (2004), com 7,2% e LARMOUR et al. (2005) que variou entre
39
2,6% a 11,3%. Por outro lado, nossos resultados foram menores que os
apresentados por ROCHA et al. (1983) com 14,26%; DERMAUT et al. (1986),
com 35%; CASTILHO et al. (1990), com 24,37%; RUI DIAZ et al. (1996), com
33%; CHAI; NGEOW (1999) com 35% e BRUCKER; STELLO (2003) com 28%.
E maiores que os encontrados por FANNING (1962) com 1,9%; PATRÍCIO
(1979), com 1,1%; SYMONS et al. (1993), com variação de 1,6% a 9,6%;
GLAVAM; SILVA (1995) com 3,13%; ZHU et al. (1996), com 3,7% e BRAVO et
al. (2004), com 1,7%.
Observamos também que das 79 jovens que apresentavam alguma
agenesia dentária, foram encontradas 135 agenesias, onde houve uma
concordância com trabalhos de outros autores como ROCHA et al. (1983), das
46 radiografias com a prevalência foram encontradas 91 agenesias e
CHOLITGUL; DRUMOND (2000) das 128 jovens 301 apresentavam agenesias.
E diferente dos estudos de BRAVO et al. (2004) das 170 jovens, verificou-se
que somente 3 estavam afetadas.
No que concerne à freqüência quanto aos lados direito e esquerdo,
encontramos os seguintes dados, 72 para o lado direito (53,33%) e 63 para o
esquerdo (46,67%). Nossos dados foram semelhantes aos de TRISTÃO et al.
(2003), onde semelhança entre os lados direito e esquerdo. Diferentes dos
de PATRÍCIO (1979), lado esquerdo com mais prevalências do que o direito e
KIRKHAN et al (2005), lado direito mais prevalente do que o esquerdo.
Confrontando-se os dados dos trabalhos consultados na literatura
quanto à prevalência na maxila e mandíbula, observou-se que os resultados
deste trabalho (78 para o arco superior, 57,78% e 57 para o inferior, 42,22%)
estão de acordo com os obtidos por alguns autores, embora em muitos
trabalhos a diferença estatística não seja significante. Concordaram com este
resultado ANTONIAZZI et al. (1999); CIAMPONI; FRASSEI (1999) e KIRKHAN
et al. (2005) onde as agenesias do arco superior eram significantemente
maiores do que as do inferior. Porém, nossos resultados diferem daqueles
encontrados por ROCHA et al. (1983), que em suas pesquisas observaram que
as ausências eram mais freqüentes na mandíbula do que na maxila. E também
40
de TRISTÃO et al. (2003) e POLDER et al. (2004), mostrando a equivalência
entre o arco superior e o inferior.
Em relação à bilateralidade ou unilateralidade nossos resultados foram,
119 dentes unilaterais (88,15%) e 16 bilaterais (11,85%), mostrando uma
predominância da unilateralidade, coincidindo com os estudos de Lundstrom
(1960), que relataram que as agenesias são unilaterais. E divergindo dos
estudos de BAILI (1975); CUELLO et al. (2002) e TRISTÃO et al. (2003), pois
relataram que as agenesias são bilaterais.
Os resultados expressos neste trabalho mostram que a ordem
decrescente das agenesias foi a seguinte: 41 ou 30,37% são dos incisivos
laterais superiores; 32 ou 23,70% nos segundos pré-molares inferiores; 18 ou
13,33% nos segundos pré-molares superiores e 44 ou 32,60% aos demais
dentes. Esses dados se aproximam dos encontrados por GARN; LEWS (1962);
MESKIN; GORLIN (1963); GLAVAM; SILVA (1995); RUI DIAZ et al. (1996);
ZHU et al. (1996); GUEDES-PINTO (1997); CIAMPONI; FRASSEI (1999);
BRUSCO et al. (2000); ESTÁCIO; SOUZA (2000); RIBEIRO et al. (2001) e
CUELLO et al (2002) que obtiveram esta mesma seqüência dentária.
Discordando de ROCHA et al. (1983); DERMAUT et al. (1986); SYMONS et al.
(1993); ANTONIAZZI et al. (1999); CHAI; NGEOW (1999); BACKMAN;
WAHLIN (2001); BRUCKER; STELLO (2003) e POLDER (2004), pois
encontraram uma prevalência maior para os segundos pré-molares superiores
seguidos dos incisivos laterais inferiores. Também de TRISTÃO et al. (2003),
que encontrou incidência maior nos segundos pré-molares inferiores seguidos
dos segundos pré-molares superiores e dos incisivos laterais superiores. E de
KIRKHAN et al. (2005) e LARMOUR et al. (2005), com prevalência maior para
os segundos pré-molares inferiores seguidos pelos incisivos laterais superiores.
41
7. CONCLUSÕES
Analisando os resultados encontrados quanto à prevalência, pode-se
concluir que:
a) Na amostra populacional examinada, 79 (7,9%) apresentaram
hipodontia, sendo somente na dentição permanente. Das 79 jovens que
apresentavam alguma agenesia dentária, foram encontradas 135 agenesias;
b) Ocorreu maior incidência de agenesias no incisivo lateral superior 41
(30,37%), segundo pré-molar inferior 32 (23,70%), segundo pré-molar superior
18 (13,33%) e nos demais elementos dentários 44 (32,60%).
c) Não houve diferença estastica significante entre o lado direito 72
(53,33 %) e o esquerdo 63 (46,67 %). A proporção de agenesias na maxila 78
(57,78%) é predominantemente maior do que na mandíbula 57 (42,22 %).
Houve 119 casos de unilateralidade (88,15%) e 16 de bilateralidade (11,85%),
mostrando uma predominância em relação à unilateralidade.
42
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47
ANEXOS
48
ANEXO 01
DECLARAÇÃO PARA TORNAR PÚBLICO OS RESULTADOS DA
DISSERTAÇÃO:
Eu, Luciano Augusto Guidi de Farias, aluno regularmente matriculado
no curso de Mestrado em Odontologia, área de concentração em Ortodontia,
do Centro Universitário Hermínio Ometto, declaro que tornarei público, pelos
meios científicos os resultados de minha dissertação de Mestrado (“Prevalência
da Agenesia Dentária de jovens do Gênero Feminino de Goiânia GO”), após
sua finalização e defesa.
Araras, 18/ 05/ 04
......................................................................
Luciano Augusto Guidi de Farias
49
ANEXO 02
AUTORIZAÇÃO DE CADA SUJEITO DA PESQUISA (PACIENTE):
Ao paciente, ...............................................................................................
Eu, Luciano Augusto Guidi de Farias, abaixo assinado, aluno do
curso de Mestrado em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araras do
Centro Universitário Hermínio Ometto, venho por meio desta solicitar a sua
autorização para realizar a análise de sua radiografia panorâmica para fins de
estudo e avaliação, cujos dados utilizarei para elaboração da minha
dissertação de Mestrado a ser apresentada a esta entidade, conforme Projeto
de Pesquisa entregue a mesma. Salientamos que este estudo não representa
qualquer risco, pois utiliza-se de radiografias existentes em seu prontuário e
assim com o seu consentimento, poderemos realizar uma pesquisa que auxilie
no plano de tratamento e mecanoterapia para obtermos melhores resultados
durante e após os tratamentos ortodônticos.
Nesses termos, pede deferimento,
Goiânia,........./......../.........
..............................................................................
Luciano Augusto Guidi de Farias, Cirurgião – Dentista.
...................................................................................
Autorização do Pai ou Responsável legal.
50
ANEXO 03
AUTORIZAÇÃO DA CLÍNICA PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA:
Ao Coordenador da Clínica responsável,
Eu, Luciano Augusto Guidi de Farias, abaixo assinado, aluno
regularmente matriculado no curso de Mestrado em Odontologia, área de
concentração em Ortodontia, do Centro Universitário Hermínio Ometto, venho
por meio desta solicitar a Vossa Senhoria autorização para realizar os exames
radiográficos em uma amostra de pacientes selecionados por faixa etária e do
gênero feminino, cujos dados utilizarei para elaboração da minha dissertação
de Mestrado a ser apresentada a esta entidade, conforme Projeto de Pesquisa
entregue a mesma.
Nesses termos, pede deferimento,
Araras, 18/ 05/ 04
.................................................................................
Luciano Augusto Guidi de Farias, Cirurgião – Dentista.
....................................................................................
Daniel Saddi Domingues – Coordenador da Clínica
e responsável técnico.
51
ANEXO 04
FICHA INDIVIDUAL PARA A AVALIAÇÃO DAS AGENESIAS DENTÁRIAS:
Ficha n
o
: ; Gênero feminino;
Data Nascimento: / / ; Idade: ; Data Rx: / /
Dentes Permanentes: Dentes Decíduos:
8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
Notação: O – na boca; / - não irrompeu; X – ausente.
52
ANEXO 05
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