uma amostra de três crianças com MCP unilateral, que também identificou nelas a
mastigação no lado da MC. Oliveira (1997); Oliveira, Passini (2002), justificando a
mesma filosofia, acreditaram que na MCP unilateral, a mandíbula desvia para buscar
intercuspidação máxima, geralmente para o lado cruzado e então, este passa a ser o
lado de preferência de mastigação. Douglas (1998), estudando sobre mastigação
unilateral, relaciona como causa entre outras, as interferências oclusais, porém não
determinou se nas MC, isto acontece somente do lado cruzado. Ainda neste mesmo
grupo, Gribel (1999), baseando-se na lei de mínima DV, acredita que a mandíbula
seja desviada para o lado da MC, pela contração dos feixes oblíquos e posterior do
MT e pterigóideo medial e lateral do lado não cruzado, onde passa a ficar mais
próximo do crânio, e por isso passa a ser o lado de predominância mastigatória.
Mandetta (1994) considerou, de forma determinante, que o padrão de
mastigação unilateral e restrito é de conveniência, ou seja, de adaptação à dor,
perda de dentes e desarmonias oclusais, e a mastigação, nestes casos, vai ser
realizada do lado mais confortável. Assim como para Bianchini (1999), a mastigação
unilateral é um mecanismo adaptativo para assegurar o mínimo trauma aos tecidos
de suporte. Da mesma opinião foram também Ferreira (2004) e Simões (1985).
Somaram ainda às causas anteriores citadas, o uso de alimentos de textura branda,
que pode levar à mastigação unilateral pela falta de desgastes dentários fisiológicos
e, como conseqüência a instalação de MCP, alterando a morfologia da face. Já
Pond et al (1986), ao contrário, consideram que sensibilidade dental, mobilidade,
DTM, dores musculares e articulares não estão correlacionadas com o lado de
preferência mastigatório. Na prática diária, porém, principalmente nas sensações