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Em 2003, uma nova fase de forte redução do risco associado aos
países emergentes se iniciou. Ainda que o desvio padrão tenha permanecido
elevado nos dois anos seguintes (muito devido à classificação de default da
economia argentina no período), um claro movimento de fechamento de spreads
ocorreu. A contínua melhora na classificação dos países emergentes ganhou novo
fôlego em 2005 com a média dos spreads chegando ao menor nível já observado na
série histórica. O desvio padrão dos spreads soberanos voltou a ser muito baixo em
um movimento, auxiliado, mas, não restrito à reclassificação da dívida argentina.
Como evoluíram os fatores idiossincráticos neste mesmo período? As
tabelas 2 a 5 mostram a dinâmica exibida pelos fatores associados a vulnerabilidade
externa.
Assim como o EMBI, tanto o índice de vulnerabilidade externa quanto a
razão dívida externa sobre exportações exibiram sensível piora entre os anos de
1998 e 2002 na comparação com 1997. A partir de 2003, ambos os indicadores
melhoraram profundamente alcançando níveis sem precedentes na série histórica.
Reduções observadas no desvio padrão das variáveis nos últimos anos mostram
que a melhora destes aspectos não esteve restrita a poucos países.
Média Mínimo Máximo Desv. Padrão
1997 153,7 28,0 642,2 121,0
1998 203,3 28,9 994,7 242,0
1999 163,0 25,5 618,4 142,3
2000 166,3 23,5 593,2 147,7
2001 163,3 27,0 764,7 155,6
2002 172,0 24,9 1188,8 223,8
2003 156,4 24,1 1015,7 208,1
2004 124,8 19,8 757,5 134,4
2005 114,9 16,2 492,9 110,7
Correlação com Embi 0,95 0,84
Tabela 2 - Vulnerabilidade externa