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LUIZ ROBERTO COUTINHO MANHÃES JÚNIOR
CORRELAÇÃO ENTRE A MATURAÇÃO ÓSSEA DAS VÉRTEBRAS
CERVICAIS COM A MATURAÇÃO ÓSSEA DE MÃO E PUNHO E COM
A MINERALIZAÇÃO DENTÁRIA PELO MÉTODO RADIOGRÁFICO
Tese apresentada à Faculdade de
Odontologia de São José dos
Campos, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisitos
para obtenção do título de DOUTOR,
pelo Programa de Pós-Graduação
em Biopatologia Bucal, Área
Radiologia Odontológica.
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LUIZ ROBERTO COUTINHO MANHÃES JÚNIOR
CORRELAÇÃO ENTRE A MATURAÇÃO ÓSSEA DAS VÉRETBRAS
CERVICAIS COM A MATURAÇÃO ÓSSEA DE MÃO E PUNHO E COM
A MINERALIZAÇÃO DENTÁRIA PELO MÉTODO RADIOGRÁFICO
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos
para obtenção do título de DOUTOR, pelo Programa de Pós-
Graduação em Biopatologia Bucal, Área Radiologia Odontológica.
Orientadora Profa. Dra. Mari Eli Leonelli de Moraes
São José dos Campos
2006
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Luiz Roberto e Beatris, que
sempre se doaram aos filhos e possibilitaram,
com grande garra e esforço, a minha
formação. Agradeço todos os dias por tê-los
como pais. Obrigado!
Aos meus irmãos, José Roberto, Luiz Gustavo e
Ana Beatris, por sempre estarem ao meu lado e
acreditarem no meu potencial. Espero ter
deixado-os orgulhosos. Grato brous!!!!
Aos meus avós, Irani e Wolney, Maria Isabel
e José (in memorian), que sempre se
orgulharam com minha conduta de vida.
Espero ter retribuído todo carinho que vocês
dedicaram a mim com esta conquista.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
A minha namorada, Marta, agradeço a convivência, companheirismo e amor
verdadeiro notáveis no brilho dos seus olhos. O seu modo de olhar é único! “
vários motivos para não se amar uma pessoa e um só para amá-la” (Carlos
Drumond de Andrade). Obrigado por ser meu único motivo.....
A Professora Assistente Doutora Mari Eli Leonelli de Moraes, agradeço
eternamente pela orientação. Espero ter sido motivo de orgulho na sua primeira
orientação. Obrigado por me fazer menos objetivo e mais claro no modo de
escrever. Saiba que só enriqueceu minha forma de agir e pensar. “F
F
eliz aquele que
transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina).
Deus e meu Anjo da Guarda que sempre me protegem e me orientam pelos
caminhos a serem seguidos. Tenho certeza que sempre estarão do meu lado e
nunca me abandonarão, nem nos momentos tranqüilo e muito menos nas
dificuldades. Sou uma pessoa abençoada por Deus e protegido pelo meu Anjo.
AGRADECIMENTOS
À Unesp e aos professores da Disciplina de Radiologia que acreditaram no meu
potencial e que me proporcionaram um orgulho de ter feito parte desta família.
Obrigado pela confiança.
Meus agradecimentos ao Professor Titular Luiz Cesar de Moraes, por sempre me
dedicar atenção e ser prestativo naquilo que se propõe a realizar. “D
D
e longe, o
maior prêmio que a vida oferece é a chance de trabalhar muito e se dedicar a algo
que valh
a a pena” (Theodore Roosevelt).
Ao Professor Titular Edmundo Medici Filho, meu carinho e respeito àquele que
na sua essência é centrado e que me ensinou a utilizar mais a razão do que a
emoção.
A franqueza não consiste em dizer tudo, mas em pensar em tudo que se
diz” (Victor Hugo).
Ao Professor Adjunto Julio Cezar de Melo Castilho, agradeço, de coração, pelo
convívio, fidelidade e honestidade na nossa amizade. Não é o fato de se ter
atitudes e pensamentos distintos que irá distanciar nossa união. Valeu Barrigão
pelos bons momentos vividos juntos. “
Um irmão pode não ser um amigo, mas um
amigo será sempre um irmão” (Demétrio).
À Ângela, Diretora Técnica dos Serviços de Biblioteca e Documentação, e todas
as funcionárias que compõem a serviço bibliotecário da Faculdade de
Odontologia de São José dos Campos, sou eternamente grato pela atenção
dedicada a mim e com a eficiência em tudo que solicitei.
Merece meu carinho, Conceição, funcionária da Disciplina de Radiologia, que
sempre esteve ao meu lado em tudo que necessitei. Obrigado pela sua ajuda e
companheirismo. Aos outros funcionários da Disciplina e da Unesp, meu cordial
agradecimento.
Meus colegas de Doutorado Luis Roque e Wilton que se mostraram com o passar
dos anos e da nossa convivência, meus grandes “parceirões”. O respeito adquirido
por vocês jamais cairá em esquecimento. Valeu pela força!
Aos outros colegas de Pós-Graduação, “Belos e Belas”, sendo os que já são
Doutores a Elaine Felix, David, Gustavo, Márcia, Marcos, Patrícia, Sandra
David e Sandra Santos, Doutorandos Breno, Carol, Cleber, Evelise, Jefferson,
Lawrenne, Luciano, Milton e Myrna e aos Mestrandos Ana, Carola, Gisele,
Michele e Rafaela pelo convívio e troca de experiências. Saibam que todos
contribuíram de forma positiva para o meu crescimento, maturidade e
enriquecimento pessoal. A vida é um aprendizado constante tanto nos momentos
adversos quanto nas alegrias. Muito Obrigado!!!!
Aos meus amigos Crébio, Wirtão, Roquito, Locona, Gica, Carolinha, Fabíola da
grea, Marcinha e Mirtão por dedicarem carinho e respeito a mim. Obrigado pela
nossa especial amizade, serão eternos nos meus agradecimentos.
A todos que direta e indiretamente compartilharam o convívio comigo durante
estes anos todos. Àqueles que “vestem a camisa”, têm orgulho da Radiologia e da
Unesp e sempre acreditaram em mim, minhas sinceras lembranças. “
O valor das
coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso,
existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas
incomparáveis...” (Fernando Pessoa).
Não poderia deixar de agradecer especialmente ao Professor Assistente Doutor
João Batista Macedo Becker pelo apoio e pelos conselhos dados durante a
execução deste trabalho. Obrigado pelas portas abertas já que sem sua
contribuição não teria capacidade de desenvolver esta pesquisa.
Agradeço ainda aos meus amigos, impossível enumerá-los, que mesmo distantes
ou próximos mantiveram a chama da amizade acesa. Nem a distancia nem o
tempo são capazes de quebrar a raiz de uma verdadeira amizade. Tenho certeza
que estão felizes e orgulhosos assim como eu. “
Eu poderia suportar, embora não
sem dor, que tivesse morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria
se moresse
todos os meus amigos” (Vinícius de Moraes)
Não poderia deixar de agradecer meus parentes que sempre acreditaram em mim e
mantiveram-se ao meu lado em todos os momentos. Obrigado por confiarem no
meu potencial.
Obrigado à Professora Doutora Fabiana Pastana Dias e equipe por dedicar
confiança e credibilidade aos meus conhecimentos. Obrigado pelas oportunidades
e carinho.
Lembrança importante se faz aos meus grandes amigos da PUC-Campinas.
Professores e Funcionários que sempre foram límpidos nos sentimentos a mim
despejados. Época da minha vida que jamais esquecerei. Saibam que todos têm
um pedacinho desta conquista. Eternamente Grato.
Para finalizar, agradeço a todos que me ajudaram a conquistar tudo que tenho
na vida. Conhecimento e atitudes são riquezas eternas. Muito Obrigado!
"Embora ninguém possa voltar
atrás para fazer um novo
começo, qualquer um pode
começar agora a fazer
um novo
fim” (Chico Xavier)
SUMÁRIO
RESUMO....................................................................................................
1 INTRODUÇÃO........................................................................................
2 REVISÃO DA LITERATURA...................................................................
2.1 Maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária...............
2.2 Maturação óssea das vértebras cervicais............................................
3 PROPOSIÇÃO........................................................................................
4 MATERIAL E MÉTODO..........................................................................
4.1 Material.................................................................................................
4.1.1 Amostra.............................................................................................
4.2 Métodos................................................................................................
4.2.1 Fatores..............................................................................................
4.2.1.1 Vértebras cervicais.........................................................................
4.2.1.2 Maturação óssea de mão e punho.................................................
4.2.1.3 Mineralização dentária...................................................................
4.2.2 Análise radiográfica...........................................................................
4.2.3 Tratamento estatístico.......................................................................
5 RESULTADOS........................................................................................
5.1 Análise para os indivíduos do sexo feminino.......................................
5.1.1 Avaliação da maturação óssea de mão e punho e da
mineralização dentária em relação à maturação óssea das
vértebras cervicais...........................................................................
5.2 Análise para os indivíduos do sexo masculino.....................................
5.2.1 Avaliação da maturação óssea de mão e punho e da
mineralização dentária em relação à maturação óssea das
vértebras cervicais...........................................................................
8
9
12
12
33
47
48
48
48
49
49
49
55
58
59
60
62
62
62
70
70
5.3 Análise para os indivíduos do sexo feminino quanto à comparação
entre a primeira e a segunda avaliação...............................................
5.4 Análise para os indivíduos do sexo masculino quanto à comparação
entre a primeira e a segunda avaliação...............................................
6 DISCUSSÃO...........................................................................................
7 CONCLUSÃO..........................................................................................
8 REFERÊNCIAS.......................................................................................
ANEXO A....................................................................................................
ABSTRACT................................................................................................
77
81
85
98
99
111
112
MANHÃES JÚNIOR, L.R.C. Correlação entre a maturação óssea das
vértebras cervicais com a maturação óssea de mão e punho e com a
mineralização dentária pelo método radiográfico. 2006. 112f. Tese
(Doutorado em Biopatologia Bucal, Área Radiologia Odontológica) –
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, Universidade
Estadual Paulista, São José dos Campos, 2006.
RESUMO
O objetivo nesta pesquisa foi a correlação da maturação óssea da segunda (C2),
terceira (C3) e da quarta (C4) vértebras cervicais com as fases de maturação
óssea de mão e punho e mineralização do segundo molar inferior. A amostra foi
constituída de 252 prontuários nos quais continham radiografias cefalométricas
laterais, de mão e punho e panorâmicas de 138 indivíduos do sexo feminino e
114 do masculino. A faixa etária ficou compreendida entre os cinco anos e zero
mês a 16 anos e 11 meses. Os prontuários foram divididos apenas por sexo já
que a associação entre os parâmetros ocorreu a partir da classificação do
desenvolvimento das vértebras cervicais. As análises estatísticas foram
realizadas separadamente para cada fator e sexo e unidas ao final para se obter
a correlação da maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária com
as vértebras cervicais. Considerando a maturação óssea de mão e punho e
mineralização dentária, não houve diferença na seqüência de aparecimento dos
eventos se comparado os sexos, sendo notado um adiantamento dos indivíduos
do sexo feminino em relação aos do masculino. Verificou-se que para o último
estágio vertebral, os indivíduos do sexo feminino estavam no início do
capeamento do osso rádio e com dois terços de raiz formada do segundo molar
inferior, enquanto os do masculino apresentavam-se com a união total das
falanges distais e com o ápice formado. Conclui-se que tanto os indivíduos do
sexo feminino quanto os do masculino, apresentaram uma alta correlação entre
os fatores.
PALAVRAS-CHAVE: Vértebra cervical; maturação; osso; calcificação
fisiológica; dente.
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento humano deve ser estudado com
perseverança para que possibilite ao profissional da saúde meio de
identificação de um quadro de crescimento considerado anômalo em
relação à média populacional e, sobretudo, saber atuar para que o
indivíduo seja enquadrado ao desenvolvimento normal de uma forma mais
adequada. É clássico afirmar que o uso de parâmetros - o
desenvolvimento ósseo, o dentário e o corporal - é a única forma de se
obter certas informações exclusivas de todos os indivíduos a fim de se
verificar sua situação atual. Importante ressalva se faz na peculiaridade
da estimativa do desenvolvimento humano, sendo variável e diferente
para cada indivíduo, pois chegam ao mesmo estágio em idades
cronológicas distintas.
Tradicionalmente, na Odontologia, a determinação do
desenvolvimento humano se baseia, principalmente, na maturação óssea
e na mineralização dentária. Tanto um fator quanto o outro não guardam
estreita relação com a idade cronológica do indivíduo embora mantenham
próxima relação entre si. No entanto, prefere-se utilizar estes métodos já
que o crescimento, o desenvolvimento e a maturação do organismo são
fatores importantes e decisivos no potencial de crescimento de um
indivíduo do que a própria idade cronológica que fica à deriva de tais
informações. Concentra-se grande parte da atividade profissional na
interpretação dos fatores relacionados ao crescimento e ao
desenvolvimento facial dos indivíduos.
Considerando esta informação, fica claramente justificável
o uso constante da radiografia panorâmica e de mão e punho para análise
10
dos desenvolvimentos dentários e ósseos respectivamente. São utilizadas
com maiores intensidades em algumas especialidades como a Ortodontia,
a Ortopedia Facial e a Odontopediatria uma vez que estas áreas atuam
diretamente relacionadas ao crescimento humano. Guzzi & Carvalho
38
(2000) salientaram que a determinação da maturidade esquelética, por
meio das radiografias de mão e punho, faz parte da listagem dos exames
complementares utilizados para diagnóstico e planejamento do tratamento
ortodôntico. Já para Ferreira Júnior et al.
24
(1993) e Moraes et al.
56
(1998),
a mineralização dentária é de grande valia no estudo de um indivíduo já
que seguem uma seqüência de desenvolvimento relativamente constante
e é mais reprodutível na verificação da idade cronológica.
Apesar de tudo, nota-se que, hoje em dia, a preocupação
em proteger os pacientes frente ao uso das radiações ionizantes é cada
vez mais difundida na classe odontológica. Isso pode ser verificado na
incessante busca de novos métodos de avaliação do desenvolvimento
humano. Em detrimento disto, atualmente, existe a possibilidade de se
utilizar as vértebras cervicais para a verificação do desenvolvimento
ósseo já que a radiografia cefalométrica lateral, sendo um exame de
eleição no protocolo da Ortodontia e Ortopedia Facial e sua visualização
possível neste exame, possa substituir a radiografia de mão e punho. Fato
este que implicaria na redução das radiações ionizantes recebidas pelo
indivíduo que é submetido aos exames radiográficos o que zelaria pelo
controle dos efeitos biológicos.
Atualmente, o método idealizado por Lamparski* (1972)
modificado por Hassel & Farman
42
(1995) é o mais utilizado e pesquisado
no qual se analisa a maturação óssea da segunda à quarta vértebra
cervical. Verifica-se que é um modo alternativo muito prático e confiável
para ser utilizado como estimador de idade óssea. Segundo O’Reilly &
Yanniello
62
(1988) o estudo do desenvolvimento e idade óssea pelas
vértebras cervicais são tão válidos e reprodutíveis quanto ao método que
utiliza as radiografias de mão e punho. Kucukkeles et al.
46
(1999)
__________________________
* LAMPARSKI, D. G. Skeletal age assessment utilizing cervical vertebrae. (Dissertação de Mestrado), 1972,
Pittsburgh – University of Pittsburgh.
11
salientaram ainda que a maturação das vértebras cervicais está
significantemente relacionada à maturação óssea da mão e do punho.
Dada a importância da maturação óssea das vértebras
cervicais, visualizadas pela radiografia cefalométrica lateral, nesta
pesquisa serão correlacionados os estágios do desenvolvimento dos
corpos da segunda (C2), terceira (C3) e quarta (C4) vértebras cervicais
aos estágios de desenvolvimento ósseo e dentário, sendo abordados
distintamente conforme o sexo.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Para facilitar o entendimento, preferiu-se abordar os
assuntos separadamente em dois tópicos, deixando a maturação das
vértebras cervicais à parte para se dar mais destaque a este fator uma
vez que é a base desta pesquisa.
2.1 Maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária
Pryor
64
(1925) estudou o desenvolvimento do esqueleto
humano e numa série de artigos da época analisou desde a fase de
aparecimento dos ossos da mão e do punho até a união epifisária. Para
isso, utilizou-se de radiografias de mão e punho por acreditar que a ordem
de ossificação dos ossos do carpo era aparentemente a mesma para
ambos os sexos. Constatou que a ossificação dos ossos dos indivíduos
do sexo feminino era avançada em relação aos do masculino, sendo esta
diferença mais evidente no desenvolvimento embrionário. Após o
nascimento, a diferença ainda era marcante até a união das epífises com
as diáfises. Concluiu que os ossos da mão eram um bom indicador do
desenvolvimento ósseo do organismo e que o início da união epifisária da
mão indica a correspondência do início da união epifisária do esqueleto
todo.
Schour & Massler
72
(1941) destacaram que o período
entre seis a 12 anos de idade foi caracterizado pela dentição mista que é
caracterizado pela reabsorção e esfoliação dos dentes decíduos e
erupção dos permanentes. Esse intervalo pode ser dividido em duas
13
partes: o primeiro período que era de seis a dez anos de idade e o
segundo, pré-puberal, que ia de dez a 12 anos. O primeiro período se
iniciava com a erupção do primeiro molar permanente aos seis anos,
seguido do aparecimento dos incisivos entre os sete e oito anos de idade,
sendo que o aparecimento ocorria mais cedo nos indivíduos do sexo
feminino.
Greulich & Pyle
37
(1959) elaboraram um atlas realizado
pela seqüência de aparecimento dos centros de ossificação da maturação
óssea de mão e punho. Foram utilizadas cem crianças americanas com a
faixa etária do nascimento a 18 anos para os indivíduos do sexo feminino
e até 19 anos para o masculino. A avaliação é feita pela comparação da
radiografia do paciente com os padrões do Atlas.
Eklöf & Ringertz
21
(1967) divulgaram seu método de
avaliação da maturação esquelética baseado em medidas de oito centros
de ossificação, utilizando para isso radiografias de mão e punho.
Preconizaram o uso deste método em pacientes de um a 15 anos,
obtendo bons resultados. No Brasil, com o advento da tecnologia,
criaram-se programas de computadores específicos para clínicas de
Radiologia nos quais a marcação de alguns pontos na radiografia carpal
digitalizada fornece automaticamente a idade óssea do paciente.
Médici Filho
53
(1974) estudou a cronologia de
mineralização dos caninos, pré-molares e segundos molares permanentes
de 47 crânios secos e 216 crianças brasileiras com idade do nascimento
até 192 meses de vida. Foram realizadas radiografias extrabucais com
filmes oclusais dos crânios e panorâmicas do restante da amostra.
Observou-se que não houve diferença quanto a formação dos dentes
superiores e inferiores. Verificou que o desenvolvimento dentário das
hemi-arcadas foi semelhante. Concluiu que as tabelas de outros países
não são aplicáveis à população brasileira.
Nicodemo et al.
60
(1974) desenvolveram uma tabela da
cronologia da mineralização dentária dos dentes permanentes, utilizando
14
uma amostra de 478 pacientes com idade entre o nascimento até os 25
anos. A elaboração foi direcionada à população brasileira o que a diferiu
das outras tabelas citadas na literatura.
Anderson et al.
1
(1975) estudaram a correlação entre os
estágios de maturação óssea, mineralização dentária, altura e peso de
232 crianças de quatro a 14 anos de idade. Relataram que o
desenvolvimento ósseo é mais correlato com a idade cronológica e que o
desenvolvimento dentário é mais relacionado com a maturidade
morfológica. Concluíram que tanto na pré-adolescência quanto na
adolescência, há uma alta correlação entre os desenvolvimentos ósseo e
dentário com o corporal.
Grave & Brown
34
(1976) examinaram o pico de
crescimento em estatura com relação à mineralização óssea de mão e
punho durante a puberdade. Evidenciaram que os eventos de
crescimento ocorrem razoavelmente numa seqüência constante, sendo
mais aplicado na prática clínica os indicadores da idade do
desenvolvimento. 88 crianças indígenas foram usadas, sendo 36 do sexo
feminino e 52 do masculino, acompanhadas desde o nascimento até a
fase da puberdade. Para a avaliação dos 14 centros de maturação óssea,
foram utilizadas as radiografias de mão e punho, divididas em dois
grupos, avaliação das epífises e do carpo. Verificaram que a seqüência
de mineralização óssea não diferiu entre os indivíduos do sexo feminino e
dos do masculino. A diferença das idades ósseas entre os indivíduos do
sexo feminino e dos do masculino foi de 0,8 a 2,3 anos, dependendo da
região da análise. Todas as correlações foram altas e positivas,
confirmando a associação entre os eventos de desenvolvimento durante o
período da adolescência. Concluíram que os eventos do crescimento
podem ser utilizados na identificação do surto de crescimento puberal.
Kimura
43
(1976) relacionou o tamanho e maturação óssea
dos ossos da mão e do punho com a idade cronológica de 499 indivíduos
do sexo masculino e 424 dos do feminino com idade entre um e 18 anos
15
para verificar o crescimento e a diferença entre os indivíduos do sexo
feminino e dos do masculino. Comprovou que as médias do tamanho dos
ossos são sempre maiores nos indivíduos do sexo masculino do que nos
do feminino quando se considera uma mesma faixa etária. Foi notada
uma diferença estatisticamente significante entre os indivíduos do sexo
feminino e dos do masculino somente depois dos dez e 12 anos de idade
respectivamente.
Marshall
52
(1976) estudou a correlação entre o
desenvolvimento da mão e punho e dos dentes. Destacou que tanto um
como o outro pode ser utilizado para representar o desenvolvimento
humano já que acontecem simultaneamente. Salientou que a
mineralização dentária segue uma seqüência suficiente reprodutível para
comparação entre dois indivíduos. Afirmou que condições patológicas
interferem diretamente no desenvolvimento ósseo e dentário.
Chertkow & Fatti
13
(1979) investigaram a relação entre os
estágios de mineralização de vários dentes e a primeira evidência do
aparecimento do osso ulnar sesamóide da articulação
metacarpofalangeana do primeiro dedo. A amostra era composta por 140
pacientes sendo 93 do sexo feminino e 47 do masculino dos quais tinham
radiografias panorâmicas e da mão e punho esquerda. Utilizaram tanto os
dentes do maxilar quanto da mandíbula. Como resultados, obtiveram que
a relação do segundo molar inferior com a calcificação do osso adutor do
sesamóide foi baixa, sendo que os indivíduos do sexo feminino maturam
antes que os do sexo oposto. Entretanto, o desenvolvimento dentário nos
homens tende a ser acelerado em relação ao ósseo quando comparado
com as mulheres.
Demirjian & Levesque
16
(1980) investigaram a diferença
entre os indivíduos do sexo feminino e dos do masculino na mineralização
dentária numa larga escala com uma população etnicamente homogênea.
Utilizaram 5437 radiografias panorâmicas, sendo 2705 de indivíduos do
sexo feminino e 2732 do sexo masculino com idade entre seis a 15 anos
16
e dez a 19 anos respectivamente. Destacaram que a mineralização
dentária não sofre influência do meio ambiente nem de infecções.
Verificaram que a diferença ente os sexos ficou mais evidente quando já
se tinha a formação completa da coroa, tendo a partir desse momento, os
indivíduos do sexo feminino sempre à frente no processo se comparado
com os do sexo oposto. Para o segundo molar inferior, não houve
diferença entre os indivíduos do sexo feminino e dos do masculino na
formação até os quatro anos de idade. Após, observaram que essa
diferença aumentou conforme a idade cronológica e o estágio de
formação dentária a partir da raiz. Concluíram que em 53% dos casos
para os indivíduos do sexo feminino ocorre em menor tempo do que os do
sexo masculino.
Hägg & Taranger
39
(1982) investigaram os
desenvolvimentos dentários, ósseos e puberal de 212 pacientes desde o
nascimento até a fase adulta. Destacaram que a estatura não é um
indicador de maturidade e que na ortodontia é mais relevante avaliar a
maturação de cada paciente em relação ao seu próprio surto de
crescimento.
Tavano et al.
78
(1982) compararam dois métodos de
avaliação de idade óssea (GREULICH & PYLE
37
, 1959; TANNER &
WHITEHOUSE*, 1959) em 590 crianças, concluindo que houve uma alta
relação entre os dois índices com a idade biológica. Em ambos os
métodos devem ser considerados fatores de correção para ter
aplicabilidade na população estudada. No primeiro método, observa-se
precocidade tanto para os indivíduos do sexo feminino quanto para os do
masculino quando crianças e o inverso para adolescentes. No segundo
método, verifica-se precocidade para os indivíduos do sexo masculino nas
idades menores e atraso nas maiores, sendo o inverso para os do
feminino.
Demirjian et al.
17
(1985) avaliaram o inter-relacionamento
entre a maturidade óssea e dentária, somática e sexual de cinqüenta
__________________________
* TANNER, J. M., WHITEHOUSE, R. H. Standards for skeletal age. s.l.: s.n., Institute of Child Health, University
of London: Jan 1959. 57p. (Biblioteca FOB-USP).
17
meninas canadenses com ascendência francesa. A faixa etária utilizada
foi entre seis e 15 anos. Foi avaliada a maturidade psicológica pela
menarca, pico de crescimento em altura, aparecimento do osso
sesamóide e desenvolvimento ósseo e dentário de cada paciente. As
médias das idades diferiram significativamente entre a menarca e 90% da
mineralização dentária que mostrou pouca variabilidade. Idades do pico
de velocidade de crescimento, menarca e 75% da maturidade esquelética
tiveram correlação significante. Idade da menarca foi maior correlata com
o pico. O aparecimento do osso sesamóide ulnar teve alta relação com os
75% de maturidade esquelética, sendo ambos igualmente correlatos com
a idade do pico e da menarca. A idade nas quais as meninas canadenses
apresentaram 90% do seu desenvolvimento dentário não demonstrou
relação significante com os outros indicadores de maturidade. Os
resultados atestaram que o mecanismo de desenvolvimento dentário tem
baixa associação com o ósseo e é independente dos somáticos e/ou
maturidade sexual.
Roberts et al.
65
(1985) avaliaram o desenvolvimento
dentário de 101 crianças com puberdade precoce. Para a verificação da
idade dentária utilizaram o desenvolvimento radicular. Observaram que
essa idade é precoce em relação à puberdade, sendo retardada quanto à
idade cronológica. Não encontraram nenhum tipo de anormalidade no
desenvolvimento dentário.
Carvalho et al.
10
(1990) avaliaram o desenvolvimento dos
dentes permanentes de crianças brasileiras para estimar as idades
dentárias em comparação com altura e massa corpórea. Foram
estudadas 156 crianças entre 84 e 131 meses de idade, sendo divididas
em quatro grupos segundo a idade cronológica. Encontraram precocidade
na cronologia de formação dentária nas crianças do sexo feminino, sendo
valores médios de idade dentária maiores que o masculino e maiores que
a idade cronológica.
18
Moyers
58
(1991) discorreu sobre o crescimento e
desenvolvimento dentário. Afirmou que alguns fatores interferem na
variação da velocidade, intensidade e tempo de crescimento. Dentre os
fatores destacou a hereditariedade, nutrição, doenças, etnia, efeito
sazonal, nível sócio-econômico, exercício físico e alterações psicológicas.
Na formação dentária, descreveu desde a formação primordial do
elemento dentário até a erupção total, entrando em oclusão. Salientou
que os indivíduos do sexo feminino são cinco meses mais adiantados no
irrompimento dos dentes permanentes em relação aos do masculino e a
correlação entre a mineralização dentária e outros fatores como altura,
peso e maturação óssea raramente são significantes.
Souza-Freitas et al.
77
(1991) destacaram que ocorreram
avanços principalmente quanto aos conhecimentos sobre a formação e
mineralização dentária. Propuseram desenvolver tabelas de evolução
dentária para os dois sexos. Foram estudados 2130 escolares brasileiros,
leucodermas, 1065 de cada sexo com idade variando de três a 18 anos.
As radiografias utilizadas foram a panorâmica e a periapical pela técnica
da bissetriz. Concluíram que a falta de dados relativos às idades médias
das fases de desenvolvimento dentário das crianças não permitiu apontar
possíveis diferenças existentes entre os diversos grupos populacionais
em função das várias regiões brasileiras.
Mappes et al.
51
(1992) propuseram avaliar a diferença
entre duas amostras distintas, uma do meio-leste e outra do meio-sul,
quanto à erupção e mineralização dentária e a idade óssea de mão e
punho. Foram utilizados 575 pacientes leucodermas para a verificação da
idade óssea e 195 pacientes para a análise dos dentes. A faixa etária
utilizada foi entre 12 e 13 anos e seis meses. Verificaram que os pré-
molares e molares superiores desenvolveram anteriormente aos
inferiores. Observaram também que a maturação óssea de mão e punho
foi estatisticamente a mesma para ambas as regiões. Encontraram que os
estágios de mineralização dentária e erupção do segundo molar inferior
19
foram diferentes entre os dois grupos, sendo considerado o causador
dessa diferença a variação regional.
Nicodemo et al.
61
(1992) elaboraram uma tabela para
cada sexo para se verificar as possíveis diferenças do desenvolvimento
das oito fases de mineralização dentária. Estudaram 591 pacientes da
faixa etária que abrange desde o nascimento até os 25 anos de idade,
sendo constituída a amostra até os três anos de 47 crânios macerados.
Verificaram que os dentes dos indivíduos do sexo feminino apresentaram
precocidade na formação, sendo mais evidente na fase de término apical.
Carvalho
8
(1993) comparou a idade óssea, em
radiografias carpais de 156 crianças entre sete a dez anos de idade, com
a idade cronológica, dentária, massa corporal e altura. Observou boa
homogeneidade nos valores da amostra com os resultados obtidos, sendo
os valores da idade óssea significativamente menores que a idade
cronológica tanto para os indivíduos do sexo feminino quanto os do
masculino.
Coutinho et al.
14
(1993) verificaram a relação entre a
calcificação do canino e a maturação esquelética de duzentos indivíduos
do sexo masculino e 215 do sexo feminino. Foram utilizadas as
radiografias de mão e punho e a panorâmica. Para a determinação da
idade esquelética foi utilizado o atlas de Greulich & Pyle
37
(1959) e para
definir o estágio de maturação falangeal e o aparecimento do osso
sesamóide foi utilizado o método de Tanner & Whitehouse* (1959).
Salientaram que o desenvolvimento dentário é de fácil reconhecimento,
tendo grande vantagem por fazer parte do protocolo de exames na prática
ortodôntica e pediátrica. Constataram que o aparecimento de cada
estágio foi anterior no sexo feminino, sendo a falange média do terceiro
dedo foi a que apresentou maior relação com a maturação do canino nos
dois sexos. Pela associação do canino e os estágios de desenvolvimento
ósseo, puderam verificar que permiti ao clínico a identificação dos
estágios do surto de crescimento puberal. Concluíram que há uma
__________________________
* Idem página 16.
20
associação entre os estágios de calcificação do canino e os indicadores
da maturação esquelética.
Ferreira Júnior et al.
24
(1993) ressaltaram que o processo
de mineralização dentária tem sido o método mais apropriado para a
estimativa da idade cronológica. Destacaram ainda que os indivíduos do
sexo feminino tendem à precocidade, havendo uma necessidade de se ter
normas estatísticas específicas quantitativas para cada sexo. Propuseram
avaliar os estágios de mineralização dentária por meio de sua análise
comparativa entre os sexos. Foram analisadas 279 radiografias
panorâmicas de pacientes com idade entre seis a 11 anos e 11 meses,
distribuídas em seis faixas etárias. Verificaram que tanto nas crianças do
sexo feminino quanto nas do masculino, os dentes homólogos, de mesma
arcada sofrem o processo de mineralização e as diferenças entre eles são
estatisticamente insignificantes. Observaram também que aos seis anos
de idade, os indivíduos do sexo feminino apresentavam mineralização
mais acelerada que o sexo oposto para os segundos molares inferiores.
Ursi
80
(1994) destacou a importância da correlação entre
a maturação óssea e o tratamento ortodôntico. Salientou que a idade
cronológica não é correlata com o desenvolvimento do organismo. A
resposta ao tratamento ortodôntico efetuado era imprevisível em função
da grande variabilidade dos estágios de desenvolvimento ósseo e
dentário.
Franco et al.
28
(1996) se propuseram a realizar uma
revisão da literatura a fim de determinar a época da maturação
esquelética, no paciente, por meio de radiografias carpais. Verificaram
que os estágios de maturidade tiveram uma influência decisiva no
diagnóstico, planejamento, prognóstico e resultado final do tratamento
ortodôntico. Salientaram ainda que, para o estudo de crescimento e
desenvolvimento em crianças, várias características físicas têm sido
consideradas: peso, estatura, idade óssea e idade dentária. Dentre os
indicadores de maturação, a idade óssea determinada pelo método
21
radiográfico foi a que melhor retratou a idade biológica, uma vez que o
crescimento físico depende do crescimento dos ossos. Concluíram que a
maturação óssea é um dado radiográfico útil, prático, viável e de grande
aplicabilidade clínica em Ortodontia.
Dias et al.
19
(1996/97) destacaram que os estágios de
maturidade esquelética têm uma influência decisiva no diagnóstico,
planejamento, prognóstico e resultado final do tratamento ortodôntico.
Verificaram que o desenvolvimento esquelético dos indivíduos do sexo
masculino foi atrasado em relação aos do feminino, não havendo uma
correlação significativa entre as idades esqueléticas e cronológicas.
Benemann et al.
5
(1997) analisaram várias formas de se
avaliar o verdadeiro estágio de desenvolvimento do paciente como a
idade dentária, idade óssea, crescimento corporal, menarca e mudança
de voz ao em vez de se utilizar a idade cronológica. Destacaram que a
idade esquelética é definida por meio da avaliação do estágio em que se
encontram os diferentes centros de ossificação. Concluíram que a idade
esquelética pode ser a mais confiável em relação à idade biológica e que
a idade dentária é rejeitada no que tange à maturidade biológica pela
grande exposição a alterações ambientais.
So
76
(1997) estabeleceu a relação entre a idade óssea e
dentária de 117 indivíduos do sexo feminino com 12 anos de idade.
Foram utilizadas as radiografias de mão e punho esquerda e a
panorâmica. Verificou que a idade óssea é muito mais avançada que a
cronológica. Não se observou nenhuma diferença entre a primeira e a
segunda análise. As falanges maturaram mais rápido do que os
metacarpos II, III, IV e V. Concluíram que o completo fechamento do ápice
do canino inferior coincidiu com a mineralização do osso sesamóide da
articulação metacarpofalangeana do primeiro dedo.
Carvalho
9
(1998) realizou estudo radiográfico do
crescimento mandibular e dos ossos da mão e punho em 135 escolares,
tanto dos indivíduos do sexo feminino quanto dos do masculino, com
22
idade entre 84 a 131 meses, divididos em quatro grupos conforme idade
cronológica. Foram feitas radiografias panorâmicas para se realizar a
mensuração de duas dimensões da mandíbula e carpais para a avaliação
da área e diâmetro dos ossos do carpo. Destacou que a maturação
óssea, como parte importante do crescimento, estava estreitamente
associada às variações no tempo e na magnitude do desenvolvimento.
Salientou que a idade cronológica não é um indicador seguro da
maturidade fisiológica. Como resultado obteve que a altura do ramo da
mandíbula apresentou diferença nos valores entre os indivíduos do sexo
feminino quanto dos do masculino, no entanto, não houve diferença
estatística na largura da mandíbula nem entre os comprimentos dos
metacarpos. Foi verificado, entretanto, que os valores médios do diâmetro
máximo dos ossos carpais dos indivíduos do sexo feminino, nos quatro
grupos, foram estatisticamente superiores aos do sexo masculino.
Concluiu que com o uso da radiografia da mão e punho pode-se avaliar o
estado de crescimento e desenvolvimento crânio-facial. Confirmou ainda a
precocidade do desenvolvimento pré-puberal feminino em relação ao
masculino.
Haiter Neto & Tavano
40
(1998) verificaram a utilização do
método de Eklöf & Ringertz
21
(1967) para o cálculo da idade óssea por um
software desenvolvido para realizar esta estimativa. Foram comparados
três métodos, sendo um manual, um misto com cálculos realizado via
computador e um denominado mesa em que as medidas e cálculos eram
realizados pelo computador. Utilizaram 190 pré-escolares tanto indivíduos
do sexo feminino quanto dos do masculino divididos em 19 faixas etárias.
Obtiveram que houve uma alta correlação entre as três maneiras
diferentes de aquisição das idades ósseas em relação a idade cronológica
e idade óssea obtida. Destacaram que é necessário o uso de fatores de
correção para a aplicação dos métodos à população brasileira, sendo o
software desenvolvido altamente confiável.
23
Moraes et al.
56
(1998) propuseram relacionar as fases de
maturação óssea de mão e punho com a mineralização dentária e
verificar a relação das idades cronológica, dentária e óssea quando
agrupadas nas fases do surto de crescimento puberal. Utilizaram 244
pacientes com idade variando de 84 a 191 meses e apenas os caninos,
primeiro e segundo pré-molares e segundos molares inferiores foram
usados devido ao melhor aparecimento na imagem radiográfica.
Destacaram que nem todos os sistemas fisiológicos da criança maturam
em uma mesma velocidade. Separaram os pacientes por sexo e de
acordo com as fases do surto de crescimento puberal em que se
encontravam, independente da idade cronológica, dentária e óssea.
Verificaram que a mão e punho apresentaram variabilidade na seqüência
de aparecimento dos centros de ossificação enquanto nos dentes a
seqüência foi constante. O início do surto de crescimento puberal
masculino se deu aos 11 anos e sete meses e o feminino aos nove anos
e cinco meses de idade, podendo ter uma variação nessa fase.
Salientaram ainda que há variações individuais no que tange à
mineralização dentária e o surto de crescimento. Concluíram que no início
do surto puberal, os pacientes do sexo masculino encontraram-se com o
segundo molar com um terço de raiz formada e o feminino com o início da
formação radicular.
Chaves et al.
11
(1999) propuseram verificar a influência da
diferença étnica entre leucodermas e melanodermas no processo de
maturação esquelética de sessenta crianças femininas com idade de 11
anos. Foram realizadas duas radiografias - uma de mão e punho e outra
da região do polegar. Destacaram que os eventos de crescimento
aconteceram numa seqüência razoavelmente constante em todos os
indivíduos, porém sofreram bastante influência de fatores genéticos e
ambientais. Cada indivíduo expressou padrões de velocidade e aumentos
incrementais no crescimento que foram específicos e únicos, sendo difícil
acontecer uma curva de crescimento da mesma conformação da
24
população em geral. Concluíram que há uma real tendência à
precocidade na maturação esquelética entre as meninas da etnia negra.
Farah et al.
23
(1999) verificaram a mineralização dentária
nas crianças australianas e determinaram seu possível uso na
identificação forense. Foram obtidas 1450 radiografias panorâmicas de
760 pacientes femininos e seiscentos e noventa masculinos, com idade
entre quatro e 16 anos. Para a avaliação da mineralização dentária,
utilizaram os oito estágios definidos por Demirjian et al.* (1973).
Realizaram análises tanto intra como inter-examinadores as quais não
excederam um estágio de diferença. Dos cinco aos sete anos de idade,
houve diferença estatisticamente significante dos estágios entre os dois
sexos, além de notarem que os pacientes femininos apresentaram-se
mais avançados que os masculinos. Já para a idade entre sete e oito
anos, não foi verificada diferença estatisticamente significante para os
indivíduos do sexo feminino nem para os do masculino. Revelaram que
houve uma correlação positiva entre as médias das idades estabelecidas
com a cronológica. A diferença entre os indivíduos do sexo feminino e os
do masculino chegou a ser de 12 meses nos grupos das últimas faixas
etárias da amostra. Para a avaliação individual, a probabilidade de se ter
um acerto na idade cronológica pela dentária foi acima dos 50% tanto
para os indivíduos do sexo feminino quanto para os do masculino.
Concluíram que este método pode ser utilizado satisfatoriamente na
determinação da idade pela prática forense.
Rossi et al.
66
(1999) destacaram que o desenvolvimento
esquelético era um dos mais úteis instrumentos de quantificação de
maturidade e a idade dentária pode ser determinada por meio da
observação dos grupos de dentes irrompidos ou também pela análise do
desenvolvimento dentário pelas radiografias. Procuraram avaliar a
existência de correlação entre os estágios de mineralização radicular dos
segundos molares inferiores e a calcificação da região da articulação
metacarpofalangeana do primeiro dedo. Foram feitas radiografias
_______________________________
* DEMIRJIAN, A.; GOLDSTEIN, H.; TANNER, J. M. Anew system of dental age assessment. Human Biology, v.45:
211-27; 1973
25
intrabucais e do dedo polegar do lado esquerdo no mesmo dia de 72
crianças do sexo feminino na faixa etária entre oito a 13 anos de idade.
Pelos resultados, puderam verificar que a maioria das crianças que
estavam nos estágios seis e sete de Nolla* (1960) ainda não apresentava
o osso sesamóide.
Siqueira
75
(1999) destacou que a idade óssea era
considerada como um registro fiel da idade biológica por se diferenciar,
desenvolver e amadurecer ao longo de linhas definidas. Salientou o
dimorfismo sexual, no início e na maturação dos centros de ossificação,
ocorrendo numa velocidade maior para os indivíduos do sexo feminino.
Concluiu que no diagnóstico ortodôntico, quando houver a necessidade
de intervenção nas más-oclusões caracterizadas por discrepâncias
esqueléticas, a ortopedia funcional dos maxilares ou a ortopedia
mecânica reuniam condições mais apropriadas para uma fase inicial de
tratamento.
Bolaños et al.
6
(2000) se propuseram a descobrir qual
dente apresenta a melhor aproximação quanto à idade cronológica
utilizando o método de Nolla* (1960). Destacaram que o desenvolvimento
dentário é um dos indicadores mais reais da idade cronológica. Variáveis
como sexo e idade foram incluídas nesse estudo para a observação das
525 radiografias panorâmicas inicialmente utilizadas de pacientes com
idade entre três a 14 anos. No entanto, a amostra acabou ficando com
374 radiografias das quais 195 de indivíduos do sexo masculino e 179 do
feminino. Salientaram que os dentes da mandíbula no lado esquerdo são
mais visíveis do que o lado oposto, portanto, são mais usados para
acompanhar a mineralização dentária. Para os indivíduos do sexo
feminino abaixo de dez anos de idade, as melhores predileções para a
idade cronológica foram os dentes 21, 46 e 47 e para os do masculino,
21, 43 e 46. As diferenças entre a idade real e as encontradas foram de
um ano para 21 meninos e 12 meninas.
_______________________________
* NOLLA, C. M. The development of the permanent teeth. J. Dent. Child., v.27: 254-66; 1960.
26
Frught et al.
30
(2000) realizaram estudo vertical em 1003
radiografias panorâmicas de pacientes, das quais 514 eram de indivíduos
do sexo feminino e 489 do sexo masculino, que tinham entre dois e vinte
anos de idade. Verificaram os estágios de desenvolvimento dentário, a
comparação com outras populações e o dimorfismo sexual. Foram
utilizados todos os dentes permanentes inferiores esquerdos exceto o
terceiro molar. Destacaram que existem três meios de se obter a idade
dentária, e que a determinação pela erupção dentária é a mais antiga das
técnicas e que sofre influência de fatores externos como anquilose e
perda precoce do dente decíduo. Observaram que os indivíduos do sexo
feminino apresentaram aceleração no desenvolvimento dentário quando
se teve o início da formação radicular, coincidentemente influenciado pela
puberdade anterior em relação aos indivíduos do sexo oposto.
Concluíram também que o método aplicado para a classificação dos
estágios de mineralização dentária não foi significantemente correlato
com a amostra para os padrões regionais.
Guzzi & Carvalho
38
(2000) salientaram que a
determinação da maturidade esquelética por meio das radiografias de
mão e punho faz parte da listagem dos exames complementares
utilizados para diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico. Por
isso, propuseram estudar comparativamente a idade óssea com a
cronológica tanto dos indivíduos do sexo feminino quanto os do
masculino, a prevalência e o tipo de maturação óssea de 95 crianças
entre nove anos e um mês a 16 anos e oito meses de idade. A avaliação
da maturidade óssea se deu por meio do método inspecional utilizando o
atlas americano de Greulich & Pyle
37
(1959). Constataram que os
indivíduos do sexo feminino apresentaram idade cronológica inferior à
idade óssea e o inverso quando analisado no sexo masculino.
Observaram também que o grupo feminino alcança os estágios de
maturação esquelética mais cedo do que o masculino.
27
Haiter Neto et al.
41
(2000) verificaram a precisão dos
métodos de Greulich & Pyle
37
(1959) e Tanner & Whitehouse* (1959) na
determinação da idade óssea. A amostra foi composta por 160 indivíduos
tanto do sexo feminino quanto do masculino com idade cronológica entre
seis anos e dez meses a 14 anos e nove meses. Foram divididos em
grupos de dez indivíduos – metade para cada sexo - e por períodos de
seis meses entre eles. Verificaram que houve uma superestimativa da
idade para os indivíduos do sexo feminino e uma subestimativa para os
do masculino. Obtiveram também que a correlação linear entre as duas
idades foi positiva e significativa a 1%, sendo considerada quase perfeita.
Mesmo obtendo uma alta correlação, destacaram que se faz necessário o
cálculo da equação da reta para ajustar os métodos empregados à
população brasileira. Concluíram que os métodos apresentaram alta
correlação com a idade cronológica, mas necessário realizar uma
correção para ser aplicado em outras populações.
Koc et al.
44
(2001) utilizaram o atlas de Greulich & Pyle
37
(1959) para verificar se é aplicável a 225 meninos turcos entre sete e 17
anos de idade. Foram realizadas radiografias de mão e punho para a
análise. As médias das idades ósseas estavam abaixo das médias da
idade cronológica no período de sete a 13 anos de idade. Porém,
encontraram avançadas no período de 14 a 17 anos de idade. Concluíram
que os meninos turcos apresentam diferentes tempos de maturação
óssea do que os estudados pelo atlas, devendo ser aplicado nessa
população com um fator de correção.
Liverside & Speechly
47
(2001) investigaram as diferenças
étnicas e descreveram a formação dentária dos dentes permanentes
inferiores de 521 indivíduos com idade entre quatro e nove anos.
Utilizaram para tal o método proposto por Demirjian et al.** (1973),
dividindo os indivíduos em grupos com intervalo de seis meses. Não foi
verificada diferença significante entre os dois grupos étnicos, podendo ser
explicada pela faixa etária utilizada na pesquisa, mas os indivíduos do
______________________
*Idem página 16.
** Idem página 24.
28
sexo feminino têm a formação dentária anterior às do sexo masculino.
Concluíram que não se obteve sucesso na demonstração da diferença
étnica.
Eid et al.
20
(2002) aplicaram o método proposto por
Demirjian et al.* (1973) na população brasileira entre seis a 14 anos de
idade para se criar os próprios padrões e comparar com outros trabalhos
aplicados em outras populações. Compararam também a mineralização
dentária com os índices de massa corpórea para verificar se há alguma
relação entre esses fatores. Foram utilizadas 689 radiografias
panorâmicas, divididas por faixa etária e sexo. Verificaram que a diferença
média entre a idade dentária e a idade cronológica foi de
aproximadamente seis meses para ambos os sexos. Encontraram
precocidade dos indivíduos brasileiros em relação à mineralização
dentária, sendo necessários padrões específicos para cada população.
Krailassiri et al.
45
(2002) investigaram a relação entre os
estágios de mineralização dentária e os de maturação óssea de 222
pacientes femininos e 139 masculinos com idade entre sete e 19 anos.
Foram utilizadas as radiografias panorâmicas e a de mão e punho
esquerda. Apesar de serem considerados homólogos, somente os dentes
inferiores esquerdo foram usados, e nos casos de agenesia dentária, o
lado oposto foi estudado. Observaram que o desenvolvimento dos
indivíduos do sexo feminino foi anterior em comparação com os do sexo
masculino. O segundo pré-molar possibilitou verificar a maior correlação
entre os indivíduos do sexo feminino e os do masculino. Destacaram que
os ossos do carpo para os indivíduos do sexo masculino diferiram com
maior freqüência dos padrões do que os do sexo oposto. Sugeriram que a
associação dos dois fatores seja individual para cada paciente, podendo
ser claramente identificado na rotina clínica o período do surto de
crescimento por meio desses métodos. Concluíram que para um mesmo
estágio de desenvolvimento ósseo, a mineralização dentária está à frente
para os indivíduos do sexo masculino.
______________________
* Idem página 24.
29
Saglam & Gazilerli
67
(2002) avaliaram a relação entre a
maturação óssea e a mineralização dentária de 422 pacientes – 276
femininos e 146 masculinos – com idade entre 91 a 168 meses para se
saber a possibilidade de substituir um método pelo outro. Foram utilizadas
as radiografias de mão e punho, panorâmica e periapical realizadas no
mesmo dia. Obtiveram que o nível da maturação óssea e o
desenvolvirmento do primeiro pré-molar inferior foram a menor correlação
para os pacientes femininos, com o maior índice para a maturação óssea
e a altura tanto para estes quanto para os masculinos. Concluíram que a
mineralização dentária não foi um meio suficiente para substituir a
maturação óssea.
Schusterchitz & Haiter Neto
73
(2002) verificaram a
correlação entre a idade cronológica com os estágios das alterações
ósseas ocorridas na região do carpo na determinação da estimativa da
maturação óssea. A amostra era composta de 240 indivíduos brasileiros
com idade variando entre 85 a 190 meses, divididos em grupos com
intervalo de 12 meses e por sexo, tendo no mínimo dez pacientes em
cada grupo. Para a avaliação do desenvolvimento ósseo, tiveram como
auxilio 14 estágios da região da mão e punho. Puderam observar que a
população brasileira atinge o surto de crescimento puberal anteriormente
aos outros estudos mundiais.
Willems et al.
83
(2002) verificaram a confiabilidade e
reprodutibilidade de dois métodos para se estipular a idade dentária e
calcular a diferença inter e intra-observadores. As análises foram feitas
tanto morfologicamente quanto radiograficamente. Destacaram que saber
a idade dentária, em indivíduos vivos ou mortos, era de grande
importância em várias circunstâncias. Em alguns casos quando não se
teve nenhuma identificação, este tipo de idade era crucial para um
processo de investigação. Na investigação radiográfica, utilizaram cem
dentes específicos. Constataram que não foi notada diferença
estatisticamente significante entre a idade real do dente e os métodos
30
aplicados. Foram observadas diferenças intra-observadores para as duas
técnicas. Concluíram que a técnica radiográfica pode estimar a idade em
adultos vivos e para a Odontologia Forense era recomendado o uso de
diferentes técnicas para descobrir a idade dentária.
Liverside et al.
48
(2003) compararam a eficiência de três
métodos para estimar idade cronológica, utilizando parâmetros dentários.
Foram utilizadas radiografias panorâmicas de 75 meninas e setenta
meninos com idade entre oito e 13 anos. Os dentes usados para a
mensuração digital foram canino, pré-molares, primeiro e segundo
molares, sendo todos inferiores. Destacaram que vários fatores interferem
na predileção da idade cronológica. Tanto nos indivíduos do sexo
feminino quanto no masculino, para os três métodos, a idade encontrada
estava abaixo. Concluíram que a eficácia dos métodos foi apenas para os
pacientes mais jovens enquanto que nos mais velhos houve um
decréscimo na idade.
Moraes et al.
57
(2003) compararam os métodos de
avaliação da idade óssea - Greulich & Pyle
37
(1959) e Eklöf & Ringertz
21
(1967) – na verificação da variabilidade, fidelidade, confiabilidade e
praticidade entre eles com a idade cronológica. Foram utilizados 244
indivíduos nos quais 130 eram do sexo feminino e 114 do masculino. A
faixa etária usada foi entre os sete e 16 anos, ou seja, dos 84 aos 192
meses de idade. Verificaram que houve grande variabilidade nas idades
ósseas pelos dois métodos, mas uma correlação positiva entre os
métodos quando aplicados à população brasileira, com diferenças
estatisticamente insignificantes. Observaram que pelo método de EKlöf &
Ringertz
21
(1967) os indivíduos do sexo feminino apresentaram mais
adiantadas quanto a idade óssea, no entanto, pelo outro método, os
indivíduos do sexo masculino é que se mostraram mais adiantados na
idade óssea. Concluíram que tanto um método quanto o outro podem ser
aplicados à população brasileira com segurança na verificação da idade
óssea.
31
Müller-Bolla et al.
59
(2003) utilizaram um estudo vertical
para avaliar fórmulas de se estimar a idade dentária. A amostra era
composta de 5848 radiografias panorâmicas de pacientes que tinham de
um a 15 anos de idade. Foram utilizadas essas fórmulas para se verificar
a época de erupção e a agenesia dentária. Constataram que não houve
diferença estatisticamente significante para os dentes homólogos entre a
maxila e mandíbula. Concluíram que para a maioria dos dentes,
apresentaram equivalência entre a idade dentária e a estimada.
De Salvia et al.
18
(2004) estudaram o desenvolvimento do
terceiro molar inferior com idade entre 14 e 25 anos para estabelecer
dados capazes de dar o diagnóstico da idade da maioridade. Foram
usadas quatrocentas radiografias panorâmicas, sendo metade de cada
sexo. Observaram que esse método foi muito usual nas aplicações
forenses quando a analise do desenvolvimento ósseo é insuficiente para
determinar a idade de maturação. Concluíram que para pacientes com
idade próxima dos 18 anos a idade biológica pode ser verificada pelo
exame radiográfico do desenvolvimento do terceiro molar.
Flores-Mir et al.
25
(2004) avaliaram em uma revisão da
literatura a predição do crescimento facial utilizando a maturação óssea
de mão e punho. Salientaram que esse tipo de desenvolvimento é
influenciado pela combinação do fator genético e meio ambiente.
Destacaram que o tempo e a seqüência da maturação óssea da área da
mão e punho mostram um polimorfismo e dimorfismo sexual, mas mesmo
assim são ferramentas valiosas nos tratamentos ortodônticos.
Freitas et al.
29
(2004) documentaram a maturação óssea e
avaliaram a influência do padrão sócio-econômico nesse
desenvolvimento. Nesse estudo longitudinal, foram utilizados 507
pacientes, sendo 251 do sexo feminino e 256 do masculino com idade
acompanhada dos oito aos 18 anos. Para a classificação, dois métodos
foram utilizados, um para a maturação óssea e outro para o
enquadramento social. Como resultados, verificaram que os ossos carpais
32
maturam anteriormente nos pacientes do sexo feminino. Observaram
também que os indivíduos, com idade entre dez e 11 anos, do nível social
alto, estavam avançados na maturidade óssea em relação aos outros
grupos. Concluíram que, no geral, a maturidade óssea não está
relacionada com o padrão sócio-econômico.
Manhães Júnior
50
(2004) estudou a correlação entre a
maturação óssea de mão e punho e a mineralização do segundo molar
inferior no período do surto de crescimento médio, ou seja, dos seis aos
nove anos de idade. Foram utilizados 104 prontuários de indivíduos do
sexo feminino e 89 dos do sexo masculino, todos com os dados
anamnéticos dos indivíduos além das radiografias panorâmicas e de mão
e punho. Realizou a divisão da amostra em sexo e em oito grupos etários.
Considerando a altura, pode verificar que não houve diferença
estatisticamente significante entre os sexos, sendo notado, graficamente,
precocidade no pico para os indivíduos do sexo feminino. Destacou que o
surto de crescimento médio ficou compreendido entre 78 a 107 meses de
idade para os indivíduos do sexo feminino e para os do masculino entre
84 a 113 meses de idade. Observou que encontra-se no pico quando
apresentaram a epífise do osso radio igual a diáfise tanto para indivíduos
do sexo feminino quanto para os do masculino. Para a mineralização
dentária, início de formação radicular foi verificado, no pico, para os
indivíduos do sexo feminino e transição entre coroa completa e início de
formação radicular para os indivíduos do sexo masculino. Concluiu que os
indivíduos do sexo feminino, ao final do surto de crescimento médio, já
iniciam o surto de crescimento puberal, embora os indivíduos do sexo
masculino entram num período de latência de aproximadamente um ano.
Silva et al.
74
(2004) se propuseram a verificar o
comportamento do índice e densidade minerais ósseos em adolescentes
do sexo masculino em função da faixa etária. Foram investigados 47
pacientes saudáveis na faixa etária de dez a 19 anos para se mensurar a
massa óssea por meio da densitometria óssea. Destacaram que a
33
mineralização óssea tem seu início na vida fetal, estende-se por toda a
infância e apresenta seu pico máximo de incremento nos anos da
adolescência. Obtiveram que os anos críticos para a aquisição da massa
óssea se dão em torno dos 14 aos 15 anos de idade. Concluíram que há
um aumento importante na mineralização óssea durante a adolescência.
Uysal et al.
81
(2004) investigaram a relação entre os
estágios de calcificação de vários dentes por meio da radiografia
panorâmica e a maturação óssea, utilizando radiografias de mão e punho,
de 215 pacientes masculinos e 285 pacientes femininos. A faixa etária
utilizada foi dos sete aos vinte anos, com média de 12 anos. Destacaram
que a formação dentária é um critério mais real e preferido para se
trabalhar se comparado com o método que analisa a erupção dentária. O
segundo molar inferior apresentou a maior correlação, enquanto o terceiro
molar inferior a menor correlação em se tratando de indivíduos do sexo
feminino e dos do masculino. Verificaram que para um mesmo estágio de
desenvolvimento ósseo, os indivíduos do sexo masculino apresentaram a
formação dentária mais tardia quando comparados com os do sexo
feminino. Os coeficientes de correlação altos possibilitaram determinar
que a radiografia panorâmica pode ser mais utilizada como indicador do
período de crescimento pubertário. Concluíram que a correlação da
mineralização dentária com a óssea pode ser usada com rotina na prática
do diagnóstico ortodôntico e que os indivíduos do sexo feminino
apresentaram maturação óssea anterior aos do sexo masculino, sendo
verificado o oposto para a formação dentária.
2.2 Maturação óssea das vértebras cervicais
Bench
4
(1963) investigou o desenvolvimento da coluna
cervical e sua relação com outras estruturas ósseas de face e com a
mineralização dentária. Estudou, no total, 165 pacientes dos quais 115
34
foram avaliados serialmente e cinqüenta com maturidade adulta. Realizou
mensurações a partir do plano de Frankfurt por uma perpendicular que
passava ao centro das vértebras cervicais. Na faixa etária dos sete aos 12
anos, 2.1, 2.2, 2.9 e 3.2 mm de crescimento em altura, por ano, da
segunda a quinta vértebras cervicais respectivamente. Verificou que nos
dois primeiros anos de vida, a morfologia da primeira, segunda e terceira
vértebras cervicais é estável. Concluiu que as vértebras cervicais são
consideradas como parâmetro no diagnóstico para o tratamento
ortodôntico.
O’Reilly & Yanniello
62
(1988) estudaram a relação entre a
maturação óssea das vértebras cervicais e as mudanças do crescimento
mandibular. Analisaram 13 radiografias cefalométricas laterais de
indivíduos do sexo feminino com idade entre nove e 15 anos. Utilizaram a
média das idades nos estágios de desenvolvimento ósseo cervical para
realizar uma curva que foi sobreposta à curva de crescimento puberal.
Observaram que os estágios de maturação de vértebras cervicais um,
dois e três aparecem antes do pico de velocidade de crescimento, na fase
de aceleração, enquanto os estágios quatro e cinco, após o pico, ou seja,
na fase da desaceleração. Destacaram ainda que a cefalométrica lateral é
aceitável e válida como a radiografia de mão e punho para a análise da
idade óssea. Verificaram que são estatisticamente significantes correlatas
as alterações mandibulares com os estágios de desenvolvimento ósseo.
Gilsanz et al.
33
(1994) se propuseram a determinar a
variação da densidade óssea e a diferença entre os indivíduos od sexo
feminino e os do masculino do tamanho das vértebras lombares durante o
crescimento. Utilizaram 196 tomografias computadorizadas de crianças e
adolescentes com idade variando de quatro a vinte anos para realizar as
análises. Para a comparação entre a maturação óssea e a densidade
óssea, utilizaram o atlas de Greulich & Pyle
37
(1959) e as tomografias
respectivamente. Com base disso, os pacientes adolescentes, que
apresentavam diferenças nas idades cronológica e óssea maiores que um
35
ano, foram excluídos. Verificaram que a densidade da cortical óssea
diminuía conforme o crescimento tanto para os indivíduos do sexo
feminino quanto para os do masculino, não sendo notada diferença entre
os sexos em nenhum estágio. No período pré-pubertal não houve
diferença estatisticamente significante em altura das vértebras entre os
indivíduos do sexo feminino e os do masculino. Concluíram que o
tamanho dos corpos vertebrais lombares é menor em mulheres do que
em homens durante a infância e a adolescência.
Hassel & Farman
42
(1995) avaliaram a maturação
esquelética das vértebras C2, C3 e C4, visualizadas em radiografias
cefalométricas laterais, e correlacionaram com a maturação óssea de mão
e punho. Destacaram que a maturação óssea é mais equivalente com a
maturação sexual do que com a estatura. Desenvolveram um índice de
maturação vertebral dividido em seis estágios distintos: iniciação,
aceleração, transição, desaceleração, maturação e finalização. Utilizaram
11 grupos com dez indivíduos do sexo feminino e dez do sexo masculino,
perfazendo um total de 220 pacientes. A faixa etária utilizada foi entre oito
e 18 anos. Verificaram que as mudanças morfológicas nas vértebras
podem denotar os diferentes estágios de crescimento de um indivíduo,
sendo um método confiável.
Garcia-Fernandez et al.
31
(1998) determinaram se é
possível correlacionar a maturação óssea das vértebras cervicais com as
de mão e punho de 113 pacientes mexicanos, dos quais cinqüenta
femininos e 63 masculinos. A faixa etária utilizada foi entre nove e 18
anos, com todas as radiografias, de mão e punho e cefalométrica lateral,
tiradas no mesmo dia. Os métodos usados para as análises foram de
Fishman* (1982) para as falanges e o de Hassel & Farman
42
(1995) para
as vértebras. Obtiveram que em todas as faixas etárias, a correlação dos
dois métodos foi positiva e alta, tendo a idade de 12 anos a menor
porcentagem com 84,6%. Concluíram que a hipótese é verdadeira já que
não houve diferença entre os métodos aplicados tanto para os indivíduos
__________________________
* FISHMAN, L. S. Radiographic evaluation of skeletal maturation. A clinically oriented method on hand-wrist film.
Angle Orthod., v.52: 88-112, 1982.
36
do sexo feminino quanto para os do masculino. Afirmaram ainda que a
maturação óssea das vértebras cervicais é uma técnica neutra para as
diferentes etnias.
Santos et al.
71
(1998) testaram a aplicabilidade e
confiabilidade da utilização das alterações das vértebras cervicais vistas
pelo exame radiográfico cefalométrico lateral. Destacaram como maior
vantagem desse método o fato de que esse exame faz parte do protocolo
da documentação ortodôntica. Importantes ressalvas fizeram ao salientar
que após a ossificação endocondral das vértebras cervicais, começa a
ocorrer a aposição óssea a partir do periósteo, sendo apenas ventral e
lateralmente. Foram utilizados exames de 77 pacientes, tanto indivíduos
do sexo feminino quanto do masculino, com idade variando entre os oito
anos e cinco meses aos 16 anos e cinco meses. Utilizaram o método de
Hassel & Farman
42
(1995) para realizar a avaliação das vértebras
cervicais. Obtiveram que ambos os métodos são válidos e aplicáveis, no
entanto, nenhum método que analisa a maturação de um paciente deve
ser utilizado isoladamente. Concluíram que a maturação avaliada pelas
vértebras cervicais é útil e aplicável, devendo ser complementada com um
maior número de informações sobre o paciente para que se possa obter
um diagnóstico mais fidedigno e preciso.
Santos & Almeida
70
(1999) objetivaram verificar a
aplicabilidade e possibilidade da utilização das alterações morfológicas
das vértebras cervicais como método de determinação do estágio de
maturação esquelética na prática clínica, comparando-o com os eventos
de ossificação que ocorrem na região de mão e punho. Foram utilizadas
para tal telerradiografias em norma lateral e radiografias carpais de 77
pacientes de indivíduos do sexo feminino e do masculino com idade entre
oito anos e cinco meses aos 16 anos e cinco meses e todas as
radiografias foram avaliadas por seis examinadores. Os métodos
utilizados foram o de Hassel & Farman
42
(1995) e o de Fishman* (1982)
para a maturação das vértebras cervicais e mão e punho
______________________
* Idem página 35.
37
respectivamente. Verificaram que, os dois métodos, quando analisados
separadamente, apresentaram fácil aplicação e puderam ser reproduzidos
com confiança. Destacaram também que foi possível observar uma
correlação positiva e estatisticamente significante entre ambas as
técnicas, mas que a maturação da mão e punho avaliada por radiografias
é o principal recurso utilizado atualmente para os pacientes em tratamento
ortodôntico. Concluíram que as avaliações das alterações das vértebras
cervicais constituem em um método adicional útil e confiável na
determinação da idade esquelética de um indivíduo na prática clínica.
Kucukkeles et al.
46
(1999) verificaram a maturação óssea
das vértebras C2, C3 e C4 no que se trata da associação com a
maturação óssea de mão e punho. Utilizaram para tal cento e oitenta
pacientes, sendo 99 indivíduos do sexo feminino e 81 do sexo masculino,
com idade entre oito a 18 anos. Foram usados os exames radiográficos
cefalométrica lateral e de mão e punho. Para a análise da maturação
óssea de mão e punho o método escolhido foi o de Fishman* (1982),
enquanto que para a análise das vértebras cervicais o método escolhido
foi o de Hassel & Farman
42
(1995). Obtiveram que a porcentagem de
relação entre os dois métodos supracitados foi de 74%. Concluíram que
há uma correlação significante entre as duas formas de se analisar a
maturação óssea e que é indicativo do surto de crescimento puberal.
Franchi et al.
27
(2000) testaram a validade do método que
utiliza as vértebras cervicais como meio de avaliação do crescimento
mandibular, analisando concomitantemente com as variações dos
indicadores do crescimento como a estatura. Relataram que os seis
estágios do desenvolvimento vertebral são indicativos das diferentes
fases de maturidade óssea durante o período pubertário. Foram utilizadas
radiografias cefalométricas laterais anuais de 24 pacientes, 15 do sexo
feminino e nove do masculino, desde os três anos aos 18. Para a
avaliação da maturação óssea, utilizaram para tal o método proposto por
Lamparski** (1972). Obtiveram que o melhor incremento de crescimento,
______________________
* Idem página 35.
** Idem página 10.
38
para todos os pacientes, ocorreu no intervalo entre os estágios três e
quatro, ou seja, durante o pico de crescimento puberal. Durante o estágio
três, a idade cronológica observada esteve em torno dos oito anos e seis
meses a 11 anos e cinco meses para os indivíduos do sexo feminino,
enquanto para os do sexo masculino esteve em torno dos dez aos 14
anos. A desaceleração do crescimento mandibular e facial foi notada
quando a maturação das vértebras estava nos estágios entre quatro e
cinco. Concluíram que o melhor incremento foi entre os estágios três e
quatro, quando houve um desenvolvimento da borda inferior e do corpo
vertebral começou a ficar retangular, tanto para os pacientes do sexo
feminino quanto para os do masculino
Tavano et al.
78
(2000) revisaram sobre os métodos de
avaliação da maturação das vértebras cervicais como parâmetro
alternativo na prática clínica da Ortodontia e Ortopedia Facial.
Destacaram que a fase do surto de crescimento puberal quando ocorrem
as grandes alterações corporais, principalmente na cabeça e pescoço, é a
melhor época para se realizar um tratamento ortodôntico no adolescente.
Como conclusões, verificaram que a inspeção radiográfica das alterações
morfológicas das vértebras cervicais constitui num método prático e
confiável na avaliação óssea e de grande valia na obtenção de
informações de um paciente em tratamento ortodôntico.
Armond et al.
2
(2001) estimaram o crescimento e
desenvolvimento ósseo pelas alterações morfológicas da primeira à
terceira vértebras cervicais de acordo com Hassel & Farman
42
(2001).
Para a classificação no surto de crescimento puberal, foram usados os
eventos de mineralização óssea de mão e punho. A amostra foi
constituída por cento e dez indivíduos brasileiros tanto do sexo feminino
quanto do masculino, sendo oitenta do sexo feminino e trinta do
masculino, com idade compreendida entre oito e 14,6 anos para os
primeiros e 9,5 a 15,4 para os demais. Houve correlação positiva entre os
indicadores da maturação óssea vertebral com o surto de crescimento
39
puberal. A maioria da amostra (59,1%) se encontrava no estágio de
transição da maturação vertebral, enquanto 27,3 % na fase de
aceleração, 9,1% na desaceleração e 3,6 % na maturação. Concluíram
que as avaliações das vértebras cervicais constituem um exame confiável
e pratico na análise da maturação óssea, vindo a complementar a gama
de informações que se deve obter de um paciente. Não deve ser utilizado
de forma absoluta como parâmetro na determinação da idade óssea.
Peluffo
63
(2001) destacou que o crescimento e
desenvolvimento ósseo ocorrem de forma harmônica, regular e continua
com influência do meio em que vive, de enfermidades e do padrão
genético. Para se obter os melhores resultados na Ortopedia Funcional, o
tratamento deve ocorrer no período do pico de crescimento puberal.
Salientou que para os indivíduos do sexo feminino, o pico ocorre
geralmente por volta dos dez aos 12 anos, enquanto para o sexo oposto,
entre 12 a 14 anos. Após revisão, concluiu que a observação cuidadosa
das vértebras cervicais, em radiografia cefalométrica lateral, pode avaliar
a maturação óssea com confiança de quando ainda poderá atuar com o
crescimento.
Wang et al.
82
(2001) documentaram radiograficamente o
crescimento e desenvolvimento da coluna vertebral, estabelecendo
padrões radiográficos de mensuração de colunas de crianças.
Acompanharam a altura e largura da segunda à quinta vértebra cervical,
os valores da densidade e a ossificação do primeiro arco. Foram incluídos
na amostra duzentos pacientes que apresentaram radiografia lateral de
crânio e analisados periodicamente por tempos curtos e depois mais
espaçado. Obtiveram que 96% dos indivíduos do sexo feminino e 94%
dos do masculino fizeram as radiografias até os dez anos de idade, e
desses, metade dos pacientes femininos continuaram até os 15 anos
enquanto os masculinos apenas 17 continuaram. Verificaram que o
crescimento da segunda vértebra cervical foi mais rápido nos cinco
primeiros anos de vida e se tornou linear até a maturidade.
40
Baccetti et al.
3
(2002) apresentaram uma nova versão da
maturação das vértebras cervicais e verificaram se era válida para a
análise da maturidade óssea mandibular. Realizaram a mensuração anual
da altura mandibular de 214 pacientes e utilizaram à concavidade inferior
das vértebras cervicais C2, C3 e C4. Dividiram em seis tempos de
avaliação das concavidades que se iniciam pela C2 e conforme vai
ocorrendo o desenvolvimento, as outras vértebras serão analisadas. No
período três, 100% dos pacientes apresentaram a concavidade na borda
inferior em quanto na C4 ainda não se tem o aparecimento dessas.
Verificaram que o aparecimento da concavidade na C3 é plausível da
identificação do momento pré-pico do crescimento mandibular.
Concluíram que o novo método é possível de se usar quando se têm
apenas uma radiografia cefalométrica lateral com a visualização da
segunda a quarta vértebras cervicais.
Cruz
15
(2002) avaliou a correlação entre os estágios de
maturação óssea das vértebras cervicais C2, C3 e C4 pelo método de
Hassel & Farman
42
(1995) com o desenvolvimento dentário segundo a
classificação de Nolla* (1960). Considerou apenas o sexo e a idade
cronológica. A amostra foi composta por 252 pacientes, tanto do sexo
feminino quanto do masculino, com idade variando entre oito e 15 anos. A
análise radiográfica se deu pelas radiografias cefalométricas laterais e
panorâmicas. Verificou que a maturação das vértebras cervicais é
proporcional à idade cronológica apesar dos pacientes do sexo feminino
estarem avançados em relação aos do masculino. Os dentes 43 e 47
tiveram a correlação positiva com a idade cronológica mesmo não tendo
diferenciação entre os indivíduos do sexo feminino e os do masculino. Já
para a associação entre as vértebras cervicais e o desenvolvimento
dentário, obteve que foi positiva e moderada, ou seja, na medida que um
progride, o outro acompanha linearmente. Nesta correlação foi verificado
que o fator sexo teve pouca influência. Concluiu que com a dificuldade em
se estabelecer uma correspondência entre a idade cronológica,
__________________________
* Idem página 25.
41
maturação óssea e desenvolvimento dentário, a soma do maior número
de informações possíveis é aconselhável para se chegar mais próximo da
idade biológica real.
Mito et al.
54
(2002) estabeleceram um novo método para
avaliar objetivamente a maturação óssea por meio das radiografias
cefalométricas laterais. Para se ter um parâmetro, utilizaram o método de
Tanner & Whitehouse* (1983) em 66 pacientes femininos, enquanto que a
análise das idades ósseas pelas vértebras cervicais foram avaliadas em
176 indivíduos do sexo feminino. O método para se obter as idades
ósseas foi realizado pelas medidas de altura e largura dos corpos
vertebrais. Verificaram que a correlação entre a idade óssea pela mão e
punho e pela maturação das vértebras cervicais foi estatisticamente
significante. Utilizaram a mensuração dos corpos vertebrais da C3 e C4
porque são fáceis de medir uma vez que a C1 e C2 têm uma morfologia
típica a qual dificulta sua análise. A diferença entre as idades ósseas foi
pequena e insignificante estatisticamente se comparado com a idade
cronológica. Concluíram que para a obtenção da idade óssea pelas
vértebras cervicais é viável que se faça o estudo com detalhes e
objetivamente pela radiografia cefalométrica lateral.
San Roman et al.
68
(2002) determinaram a validade das
vértebras cervicais na predileção da maturação óssea. Ressaltaram que o
crescimento e desenvolvimento dos humanos não são uniformes, mas há
períodos de aceleração e desaceleração. Desenvolveram um novo
método no qual se avalia a concavidade da borda inferior, a altura e o
contorno do corpo vertebral de dois a seis, apesar de ter tomado como
base o estudo de Hassel & Farman
42
(1995). A amostra era composta por
quinhentos e trinta indivíduos do sexo feminino e 428 do sexo masculino,
com média das idades em torno de 11 anos. Obtiveram que os estágios
mais freqüentes para as mulheres foram o dois e o três, enquanto que
para os homens, apenas o estágio dois. Verificaram também que houve
uma boa correlação entre a maturação óssea de mão e punho com as
__________________________
* Idem página 16.
42
das vértebras cervicais, sendo melhor nos indivíduos do sexo feminino.
Pelos resultados puderam demonstrar que este novo método de análise
da maturação óssea é muito seguro, sendo designado um método simples
que se baseia nas características morfológicas das vértebras,
principalmente quando se considera a concavidade do bordo inferior o
melhor parâmetro.
Canali et al.
7
(2003) compararam a maturação óssea
vertebral cervical com a idade cronológica e o sexo do indivíduo. 901
pacientes foram selecionados e divididos em grupos etários e por sexo
com idade variando entre cinco a 25 anos. O método para avaliação
vertebral foi o de Hassel & Farman
42
(1995). Salientaram que fatores
como o genético, racial, condições nutricionais, climáticas e sócio-
econômicas contribuem para a diversidade entre as populações. O uso da
análise das vértebras cervicais pelas radiografias cefalométricas laterais –
exames que integram as documentações ortodônticas - tem sido um
método alternativo na verificação da maturação óssea, além da redução
da exposição dos pacientes à radiação X. Com relação ao pico de
crescimento puberal, os indivíduos do sexo feminino alcançaram um ano
antes do que os do masculino, ou seja, a maturidade óssea antes dos 12
anos de idade. Houve fortes indícios da correlação positiva entre o
aumento da idade cronológica e dos índices da maturação óssea das
vértebras cervicais. Concluíram que esse método constitui de um meio útil
e confiável para a determinação da maturidade óssea.
Faltin et al.
22
(2003) investigaram sobre informações dos
efeitos a longo prazo e o melhor tempo do tratamento da Classe II de
Angle, usando um tipo específico de aparelho ortodôntico. 23 pacientes
foram analisados por suas radiografias cefalométricas em três períodos
diferentes e separados conforme sua maturidade óssea avaliada por meio
dos cinco estágios, segundo Frachi et al.
27
(2000), da maturação das
vértebras cervicais em relação ao crescimento mandibular. Obtiveram que
a melhor época para se começar o tratamento é justamente quando
43
começa a aparecer a concavidade na borda inferior da segunda e terceira
vértebra, ou seja, durante o segundo estágio.
Generoso et al.
32
(2003) correlacionaram a maturação
óssea das vértebras cervicais com a idade cronológica de 380 indivíduos
leucodermas, brasileiros, tanto do sexo feminino quanto do masculino
com idade entre seis e 16 anos. Foram divididos em grupos com intervalo
de 12 meses e por sexo, perfazendo vinte pacientes em cada grupo.
Destacaram que dentre alguns fatores como a idade dentaria, altura e
peso são ineficazes pelo fato de serem muito variáveis em decorrência da
etnia, genética, condições climáticas, sócio-econômica e nutricional.
Verificaram que existe uma relação direta entre a idade cronológica e o
aumento do índice de maturação das vértebras cervicais. Não houve
variação entre os sexos até os 12 anos de idade, a partir dessa faixa
etária, os indivíduos do sexo feminino apresentaram aceleração nos
índices de maturação das vértebras cervicais se comparado com os do
sexo masculino. Concluíram que dentro de certo limite, a idade
cronológica pode ser utilizada como fator determinante da fase da idade
óssea que se encontra um indivíduo.
Grave & Townsend
35
(2003) analisaram a aplicação do
método de maturação das vértebras cervicais em 74 indígenas
australianos, relacionando-os ao pico de crescimento tanto na estatura
quanto na mandíbula. Destacaram que o método pode ser aplicado na
prática ortodôntica para se verificar a atividade de crescimento de uma
criança, além de utilizar a cefalométrica lateral que é um exame de rotina
nessa área. Utilizaram para a análise um método que é dividido em
apenas cinco estágios das vértebras cervicais C2, C3 e C4. Esse método
mostrou-se confiável aproximadamente de 75 a 95% dos casos para
ambos os sexos. Salientaram que nos quatro primeiros estágios a
diferença de idade entre os indivíduos do sexo feminino e masculino
esteve em torno de 1,3 ano. O período pré-pico ocorreu no estágio um,
44
sendo o pico de crescimento puberal entre o período dois e três e o pós-
pico no estágio quatro e cinco.
Grave & Townsend
36
(2003) estudaram a ossificação dos
ossos da mão e punho e das vértebras cervicais em períodos antes,
durante e depois da adolescência. Foram utilizadas 27 crianças do sexo
feminino e 47 do masculino, com idades entre oito e 18 anos. A diferença
entre os sexos para o pico de crescimento foi de dois anos. Na maioria
dos casos, os ossos pisiforme e sesamóide maturaram na fase de
aceleração do surto de crescimento puberal. Verificaram que o estágio
dois, para os indivíduos do sexo feminino, é o mais variável em relação à
curva de crescimento, enquanto o estágio três apresenta está
característica para os do sexo masculino. Observaram que na maturação
do osso pisiforme e o segundo estágio da maturação óssea vertebral,
tanto para as mulheres quanto para os homens, é indicativo da melhor
fase para início do tratamento ortopédico. Sugeriram que a radiografia de
mão e punho fosse incluída na coleta de dados pré-tratamento já que os
eventos de ossificação são identificados e seguem uma seqüência
constante. Concluíram que no planejamento do tratamento ortodôntico de
pacientes Class II de Angle, a associação entre a maturação óssea de
mão e punho e as das vértebras cervicais é positiva e confiável.
Madhu et al.
49
(2003) propuseram estabelecer um método
simples de avaliação da maturação óssea pela falange média do terceiro
dedo em substituição às radiografias de mão e punho e cefalométrica
lateral. Essas técnicas necessitam de aparelhagens mais específicas para
serem realizadas, além de ser utilizada mais radiação. 67 pacientes,
sendo 32 do sexo feminino e 35 do masculino, com idade entre dez e 18
anos foram utilizados. O método empregado para a maturação óssea das
vértebras cervicais foi o de Hassel & Farman
42
(1995) que classificaram
os pacientes em pré-pico, pico ou pós-pico. Para a avaliação da falange
média, foi utilizado filme periapical. Obtiveram que o início do pré-pico
para os indivíduos do sexo feminino a idade foi, em média, de 10,36 anos,
45
enquanto para os do masculino de 12,18 anos. Encontraram que houve
uma alta compatibilidade entre os métodos de avaliação óssea do terceiro
dedo e das vértebras cervicais. Concluíram que a utilização do terceiro
dedo é viável na avaliação da maturação óssea com alta correlação com
as vértebras cervicais, sendo um método simples e acessível.
Mito et al.
55
(2003) testaram a possibilidade de usar a
idade óssea da vértebra cervical como meio de análise do potencial de
crescimento mandibular. A amostra era composta por radiografias
cefalométricas laterais e de mão e punho, sendo dividido em dois grupos
de vinte pacientes jovens e do sexo feminino. A faixa etária utilizada foi de
sete a 13,9 anos para o grupo que estava no estágio inicial de
crescimento e após estes a 17 anos para os do estágio final. Foi utilizado
o grupo inicial para se ter a previsão de crescimento mandibular,
enquanto o outro grupo foi usado apenas para comparar com os valores
atuais. A idade óssea da vértebra cervical foi calculada segundo os
valores de altura e largura do corpo vertebral. Obtiveram que a predileção
do potencial de crescimento mandibular usando as vértebras cervicais foi
fidedigna. A diferença entre a idade óssea pelas vértebras cervicais e a
cronológica foi mais que 0,5 ano para o período inicial. Concluíram que
esse novo método pode ser utilizado no planejamento de pacientes
ortodônticos em fase de crescimento.
Chen et al.
12
(2004) estabeleceram uma equação na
verificação do potencial do crescimento mandibular analisado pelo
método de maturação óssea das vértebras cervicais. Dois grupos de 23
indivíduos do sexo feminino foram estudados por suas radiografias de
mão e punho e cefalométrica lateral. No período entre o primeiro e quinto
estágios, o crescimento mandibular foi significante. Não foram verificados
diferenças estatisticamente significantes nas medidas das mandíbulas nos
diferentes períodos de tempo. Concluíram que foi possível equacionar o
potencial de crescimento mandibular e comparar com outros meios de se
predizer isto.
46
Santos et al.
69
(2005) avaliaram a eficiência da
reprodutibilidade do método de determinação da maturação óssea por
meio da imagem radiográfica das vértebras cervicais. Foram estudadas
cem radiografias cefalométricas laterais tanto de indivíduos do sexo
feminino como do masculino com idade variando entre seis e 16 anos,
com média de nove anos e sete meses. Para realizar a avaliação,
utilizaram o método proposto por Hassel & Farman
42
(1995) e a análise
intra e inter-examinadores. Obtiveram que os altos coeficientes de
concordância foram substanciais para todas as comparações, com o nível
maior na avaliação intra-examinadores que denota uma boa
confiabilidade do método. Salientaram que em muitos casos dúbios, este
método pode não permitir a determinação de um estágio com precisão,
principalmente quando há um período de transição entre uma fase e
outra. Concluíram que o método de determinação da maturação óssea
por meio das vértebras cervicais é reproduzível durante o crescimento.
Flores-Mir et al.
26
(2006) correlacionaram a maturação
óssea pelo método de Fishman* (1982) com a maturação óssea das
vértebras cervicais. Radiografias cefalométricas laterais e de mão e punho
de 79 indivíduos foram utilizadas para a análise. Salientaram que a
grande vantagem do método que utiliza a maturação das vértebras
cervicais é o fato de não ser necessário o uso de uma radiação extra ao
paciente. Obtiveram que a correlação entre os dois métodos de
maturação óssea foi moderadamente alta. Destacaram que o uso das
vértebras cervicais é uma ferramenta na determinação da maturação
óssea quando não se tem a radiografia de mão e punho. Concluíram que
o nível de maturação óssea é influenciado pelos valores da correlação
entre os métodos.
______________________
* Idem página 35.
3 PROPOSIÇÃO
O objetivo nesta pesquisa consiste na correlação da
maturação óssea das vértebras cervicais, utilizando os estágios de
desenvolvimento propostos por Lamparski* (1972) modificados por Hassel
& Farman
42
(1995), com:
a) os estágios da maturação óssea de mão e punho,
segundo o atlas de Greulich & Pyle
37
(1959) e com;
b) o segundo molar inferior conforme a tabela da
cronologia de mineralização dentária desenvolvida
por Nicodemo et al.
60-1
(1974 e 1992).
__________________________
* Ídem página 10.
4 MATERIAL E MÉTODO
4.1 Material
4.1.1 Amostra
Após a aprovação, de acordo com o Certificado em Anexo
A, pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de
São José dos Campos - Unesp, sob o protocolo n° 059/2005-PH/CEP,
realizou-se o levantamento da amostra.
Do total de 346 prontuários que fazem parte do acervo da
Disciplina de Radiologia da Unesp – São José dos Campos - foram
utilizados 252 para esta pesquisa. Destes, 138 eram de indivíduos do
sexo feminino enquanto 114 eram de indivíduos do sexo masculino.
Todos os prontuários contêm radiografias cefalométricas laterais, de mão
e punho e panorâmicas, além da ficha de anamnese e cadastro de cada
indivíduo. As radiografias são de brasileiros, filhos de pais brasileiros, da
região do Vale do Paraíba, considerados saudáveis no momento em que
os dados foram colhidos e com idade entre cinco anos e zero mês a 16
anos e 11 meses de idade. Para não se considerar o fator étnico, apenas
os indivíduos leucodermas foram selecionados.
Não fizeram parte desta amostragem os indivíduos que
tiveram histórias de má-formação congênita ou traumas na região de
vértebras cervicais, mãos e punhos e face e que não realizaram os três
exames radiográficos no mesmo dia. Utilizou este fator de exclusão
embasado na ficha de anamnese e pela data dos exames radiográficos.
Não houve diferenciação quanto ao tipo de má-oclusão dentária, nem
49
distinção entre os indivíduos que se apresentaram no início, durante ou
no término do tratamento ortodôntico.
Não houve divisão por grupos etários, pois somente
ocorreu por sexo já que a associação entre os parâmetros foi realizada a
partir da classificação do desenvolvimento das vértebras cervicais. Por
conseguinte, foram associados os estágios da maturação óssea de mão e
punho e por fim, a mineralização dentária. Foi verificado a média das
idades cronológicas dos pacientes selecionados em cada fase da
maturação das vértebras cervicais após todas as classificações terem
sido realizadas.
4.2 Métodos
As análises dos aspectos morfológicos da segunda (C2),
da terceira (C3) e da quarta (C4) vértebras cervicais, da maturação óssea
da mão e punho e do segundo molar inferior foram realizados por meio
dos exames radiográficos.
4.2.1 Fatores
4.2.1.1 Vértebras cervicais
Foram utilizados os seis estágios de desenvolvimento
ósseo definidos por Lamparski* (1972) e modificados por Hassel &
Farman
42
(1995) nos quais se considerou a forma do corpo vertebral
cervical para classificá-las. Neste método, foram utilizados os contornos
anatômicos das vértebras C2, denominado de processo odontóide ou
dens, e das vértebras C3 e C4. Os escores que foram utilizados são:
__________________________
* Ídem página 10.
50
1. INICIAÇÃO: as bordas inferiores de C2, C3 e C4
estão achatadas ou planas, as bordas superiores
de C3 e C4 encontram-se afuniladas de posterior
para anterior. Expectativa de grande quantidade
de crescimento puberal (80 a 100%).
2. ACELERAÇÃO: início do desenvolvimento de
concavidades nas bordas inferiores de C2 e C3,
borda inferior achatada ou plana em C2, C3 e C4
com formatos tendendo a retangularidade.
Expectativa de crescimento puberal significante
(65 a 85%).
3. TRANSIÇÃO: presença de concavidades distintas
nas bordas inferiores de C2 e C3, início do
desenvolvimento da concavidade na borda inferior
de C4, a C3 e a C4 apresentam-se retangulares
em seus formatos. Expectativa moderada de
crescimento puberal (25 a 65%).
4. DESACELERAÇÃO: presença de concavidades
distintas nas bordas inferiores de C2, C3 e C4,
formato da C3 e C4 aproximando-se de um
quadrado. Expectativa reduzida de crescimento
puberal (10 a 25%).
5. MATURAÇÃO: presença de concavidades
acentuadas nas bordas inferiores de C2, C3 e C4,
formato quadrado de C3 e C4. Expectativa de
quantidade insignificante de crescimento puberal
(5 a 10%).
51
6. FINALIZAÇÃO: presença de concavidades
profundas nas bordas inferiores de C2, C3 e C4,
altura de C3 e C4 ultrapassando sua largura.
Crescimento puberal completo nesta fase.
FIGURA 1 – Indicadores da maturação das vértebras cervicais com a utilização
da vértebra C3 como exemplo.
52
FIGURA 2 – Imagem radiográfica das vértebras cervicais C2, C3 e C4 durante o
estágio de “Iniciação”.
FIGURA 3 – Imagem radiográfica das vértebras cervicais C2, C3 e C4 durante o
estágio de “Aceleração”.
53
FIGURA 4 – Imagem radiográfica das vértebras cervicais C2, C3 e C4 durante o
estágio de “Transição”.
FIGURA 5 – Imagem radiográfica das vértebras cervicais C2, C3 e C4 durante o
estágio de “Desaceleração”.
54
FIGURA 6 – Imagem radiográfica das vértebras cervicais C2, C3 e C4 durante o
estágio de “Maturação”.
FIGURA 7 – Imagem radiográfica das vértebras cervicais C2, C3 e C4 durante o
estágio de “Finalização”.
55
4.2.1.2 Maturação óssea de mão e punho
Após a seleção dos indivíduos de acordo com os estágios
de maturação das vértebras cervicais conforme sua maturação óssea, foi
realizada a análise das radiografias de mão e punho (Figura 8). Como
método base de auxílio, foi usado o atlas de Greulich & Pyle
37
(1959) que
avalia a maturação óssea por meio comparativo inspecional. Assim,
possibilitou a verificação do estágio de desenvolvimento ósseo em que o
indivíduo se encontrava e principalmente, ter um parâmetro relativamente
constante para a análise de cada exame radiográfico. Utilizou-se a última
fase mais evidente observada em cada fase preconizado pelo atlas como
forma de se padronizar as classificações deste método.
Procurou-se estabelecer a seqüência dos eventos
baseado em Greulich & Pyle
37
(1959) e Manhães Júnior
50
(2004),
independente dos sexos e da idade cronológica, para a faixa etária
utilizada neste trabalho, para que se obtenha uma padronização da
análise. Notou-se que os indivíduos do sexo feminino apresentaram-se
mais adiantados em relação ao masculino, embora a seqüência de
maturação seja a mesma para os dois sexos. Foram utilizados siglas para
a descrição de cada estágio, sendo que algumas já são consagradas. A
seguir, no Quadro 1, apresenta-se a seqüência em ordem de
aparecimento da maturação dos centros de ossificação da mão e punho
utilizados na classificação desta amostra:
56
FIGURA 8 – Esquema dos ossos da mão e punho (Mercadante*, 1996).
______________________
*MERCADANTE, M. N. N. Radiografia de mão e punho. In: FERREIRA, F. V. Ortodontia: diagnóstico
e planejamento clínico. 1ed. São Paulo: Artes Médicas, 1996. Cap. 10, p.191.
57
Quadro 1 – Relação da seqüência das fases de maturação óssea de mão
e punho utilizada na avaliação
Estágio
s
Siglas Definição
1 SL Início do aparecimento do osso semilunar
2 TTE Início do aparecimento necessariamente do trapézio, trapezóide e
escafóide
3 apU Início do aparecimento da epífise distal do osso ulna
4 <P Início da formação do ângulo do osso piramidal
5 FD= Epífises das falanges distais com a mesma largura das diáfises
6 FP= Epífises das falanges proximais com a mesma largura das diáfises
7 FM= Epífises das falanges médias com a mesma largura das diáfises
8 G1 Início do aparecimento do gancho radiopaco do hamato
9 Psi Ossificação do osso pisiforme
10 R= Epífise do osso rádio com a mesma largura da diáfise
11 FDcap Capeamento nas falanges distais
12 S Visualização do osso sesamóide
13 G2 Gancho nitidamente visível do osso hamato
14 FPcap Capeamento nas falanges proximais
15 FMcap Capeamento nas falanges médias
16 Rcap Capeamento da epífise do rádio
17 FDui Início da união das falanges distais
18 FPui Início da união das falanges proximais
19 FMui Início da união das falanges médias
20 FDut União total epifisária nas falanges distais
21 FPut União total epifisária nas falanges proximais
22 FMut União total epifisária nas falanges médias
23 Riu Início da união epifisária do osso rádio
24 Rut União total epifisária do osso rádio
58
4.2.1.3 Mineralização dentária
Por fim, por meio das radiografias panorâmicas, o
segundo molar inferior foi analisado para se verificar em qual estágio de
desenvolvimento este se encontrava. Escolheu-se trabalhar com este
dente uma vez que o início de sua formação se dá por volta dos seis anos
e sua rizogênese completa ocorre por volta do final da puberdade. Foi
utilizado apenas um dos lados no qual o dente apresentou a melhor
visualização na radiografia, dando preferência ao esquerdo, uma vez que
é sabido que seu desenvolvimento, em ambos os lados, podem ser
considerado homólogo de acordo com Médici Filho
53
(1974) e Moraes et
al.
56
(1998). Para realizar esta análise, foram utilizadas as oito fases de
formação dentária elaboradas por Nicodemo et al.
60-1
(1974 e 1992), a
saber:
59
Estágio 1 - primeiras evidências de mineralização;
Estágio 2 - um terço de coroa formada;
Estágio 3 - dois terços de coroa formada;
Estágio 4 - coroa completa;
Estágio 5 – início de formação radicular;
Estágio 6 – um terço de raiz formada;
Estágio 7 – dois terços de raiz formada;
Estágio 8 – ápice fechado.
FIGURA 9 – Estágios da cronologia de mineralização que serão utilizados para
obter as classificações de cada paciente.
4.2.2 Análise radiográfica
Para a verificação do desenvolvimento humano pelos três
métodos, todas as radiografias foram analisadas em um negatoscópio
convencional e auxiliadas pelo gabarito dos escores como das Figuras 1 e
9 e pelo Quadro1 da página 57. Com objetivo de diminuir o erro na
avaliação, realizou-se a análise radiográfica duas vezes com intervalo
entre elas de uma semana, por um mesmo radiologista experiente. Os
três métodos utilizados nesta pesquisa podem ser considerados
aplicáveis e confiáveis (MARSHALL
52
, 1976; MORAES et al.
56
, 1998;
60
KUCUKKELES et al.
46
, 1999). Sendo assim, com os resultados
estatísticos, pode-se confirmar qual a associação da maturação óssea de
mão e punho e mineralização dentária mais efetiva para cada estágio de
maturação óssea das vértebras cervicais, ou seja, aquele evento que se
apresentou mais expressivamente.
4.2.3 Tratamento estatístico
A maturação das vértebras cervicais foi lançada como
fator base desta pesquisa e a única diferenciação realizada foi apenas
entre os indivíduos do sexo feminino e os do masculino.
Primeiramente, os dados foram submetidos ao teste
estatístico não paramétrico Kruskal-Wallis com intervalo de confiança de
95% para se saber qual a fase da maturação óssea de mão e punho e da
mineralização dentária mais representativa de cada estágio de
desenvolvimento ósseo das vértebras cervicais tanto para os indivíduos
do sexo feminino quanto para os do masculino. Este tipo de teste
estatístico foi utilizado porque não se baseia na média e desvio-padrão e
sim nos postos (Rank = posição do indivíduo na amostra) das médias. Por
este motivo, utilizaram-se os valores obtidos pela mediana para se saber
qual o escore referente da maturação óssea de mão e punho e
mineralização dentária referente a cada fase de maturação óssea das
vértebras cervicais.
Após a aplicação do primeiro teste estatístico, realizou-se
a contagem do número absoluto (n) e relativo (%) de cada fase da
maturação óssea de mão e punho e da mineralização dentária em relação
aos seis estágios de maturação óssea das vértebras cervicais para cada
sexo isoladamente. Na realidade, a aplicação desta contagem numérica
foi no intuito de se confirmar e de deixar mais representativo os
61
resultados, principalmente quando se trata da representação por
porcentagem.
Com o objetivo de se verificar se as fases de maturação
óssea de mão e punho e mineralização dentária são distintas para cada
estágio de maturação óssea das vértebras cervicais, realizou-se, num
terceiro instante, o teste não-paramétrico Mann-Whitney com intervalo de
confiança de 95%. Sua aplicação recai no fato de se realizar uma
comparação das fases subseqüentes de maturação óssea vertebral, ou
seja, comparar par a par, para a verificação de suas distinções.
Por fim, para a verificação da correlação das fases de
maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária para cada
estágio de desenvolvimento ósseo das vértebras cervicais na primeira e
segunda leitura, aplicou-se a correlação de Spearmann com nível de
significância de 5%. Realizou-se este teste na tentativa de se verificar se
realmente havia um forte indício de que as variações entre as leituras ou
análises seriam estatisticamente insignificantes. Em decorrência do
resultado deste teste, estabelecerá uma confiabilidade na correlação
estudada nesta pesquisa.
Como acréscimo final, aplicou-se um teste descritivo para
obtenção dos valores médios das idades cronológicas encontradas em
cada estágio de maturação óssea das vértebras cervicais. Utilizou-se um
teste estatístico paramétrico já que se trata de valores mensuráveis e sua
aplicação nesta pesquisa foi apenas ilustrativa.
5 RESULTADOS
Para o melhor entendimento e simplificação dos
resultados obtidos, a descrição dos dados estatísticos foi realizada
segundo a divisão entre os indivíduos do sexo feminino e os do
masculino, uma vez que se procurou seguir a divisão por sexo durante
todo o trabalho de pesquisa.
5.1 Análise para os indivíduos do sexo feminino
5.1.1 Avaliação da maturação óssea de mão e punho e da mineralização
dentária em relação à maturação óssea das vértebras cervicais
Em se tratando da análise por meio de escores ou postos
(ranks), por intermédio do teste não-paramétrico Kruskal-Wallis, com
coeficiente de significância de 5%, pode-se verificar que para cada
estágio de maturação óssea das vértebras cervicais houve uma fase mais
evidente de desenvolvimento ósseo da mão e punho e dentário do
segundo molar inferior. A identificação das fases ocorreu pelos valores
das medianas por não se tratar de médias, como é possível confirmar
pelas tabelas abaixo:
63
Tabela 1 – Valores estatísticos para as análises da maturação óssea de
mão e punho
Tabela 2 – Valores estatísticos para as análises da mineralização dentária
Estágios das
vértebras
cervicais
Número (n) Mediana Fases Posto
Iniciação 8 2,50
/
11,00
Estágios das
vértebras
cervicais
Número (n) Mediana Fases Posto
Iniciação 8 2,00 TTE 7,60
Aceleração 15 4,00 <P 20,40
Transição 38 5,00 FD= 42,60
Desaceleração 48 9,00 Psi 84,30
Maturação 18 14,00 FPcap 117,30
Finalização 11 16,00 Rcap 132,00
H = 118,21 gl = 5 p = 0,000
Aceleração 15 3,00 21,10
Transição 38 4,00 48,70
Desaceleração 48 5,00 82,80
Maturação 18 6,00 108,30
Finalização 11 7,00 128,50
H = 95,64 gl = 5 p = 0,000
Para a confirmação dos resultados obtidos pelo primeiro
teste estatístico, foi realizado a contagem do número relativo e absoluto
de todas os estágios de maturação óssea de mão e punho e
mineralização dentária em relação aos estágios de maturação óssea das
vértebras cervicais. Pelas tabelas abaixo, pode-se verificar distintamente
os valores mais representativos.
64
Tabela 3 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores para
os valores absolutos e relativos dos estágios da vértebra
cervical 1
Estágio vertebral 1 - Iniciação
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
1 3 37,50 2 4 50,00
2 2 25,00 3 4 50,00
3 3 37,50
Total = 8 Total = 8
Tabela 4 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores para
os valores absolutos e relativos dos estágios da vértebra
cervical 2
Estágio vertebral 2 - Aceleração
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
1 1 6,67 2 4 26,67
2 1 6,67 3 8 53,33
3 5 33,33 4 2 13,33
4 3 20,00 5 1 6,67
5 5 33,33
Total = 15 Total = 15
Tabela 5 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores para
os valores absolutos e relativos dos estágios da vértebra
cervical 3
Estágio vertebral 3 -Transição
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
2 1 2,63 2 1 2,63
3 2 5,26 3 3 7,89
4 1 2,63 4 24 63,16
5 17 44,74 5 9 23,68
6 9 23,68 6 1 2,63
7 4 10,53
8 2 5,26
9 1 2,63
10 1 2,63
Total = 38 Total = 38
65
Tabela 6 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores para
os valores absolutos e relativos dos estágios da vértebra
cervical 4
Estágio vertebral 4 - Desaceleração
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
6 1 2,08 4 7 14,58
7 5 10,42 5 26 54,17
8 7 14,58 6 13 27,08
9 14 29,17 7 2 4,17
10 14 29,17
11 4 8,33
12 1 2,06
13 2 4,17
Total = 48 Total = 48
Tabela 7 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores para
os valores absolutos e relativos dos estágios da vértebra
cervical 5
Estágio vertebral 5 - Maturação
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
10 2 11,11 5 5 27,78
13 4 22,22 6 5 27,78
14 7 38,89 7 8 44,44
15 2 11,11
16 3 16,67
Total = 18 Total = 18
Tabela 8 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores para
os valores absolutos e relativos dos estágios da vértebra
cervical 6
Estágio vertebral 6 - Finalização
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
16 7 63,64 7 10 90,91
20 4 36,36 8 1 9,09
Total = 11 Total = 11
66
De forma complementar, procurou-se avaliar de forma par
a par, pelo teste não-paramétrico Mann-Whitney, com intervalo de
confiança de 95%, ou seja, as fases subseqüentes da maturação óssea
das vértebras cervicais em relação à maturação óssea de mão e punho e
mineralização dentária. Pelas Tabelas 9, 10, 11,12 e 13 pode-se observar
que não houve semelhança entre os fatores – fases distintas - para cada
estágio de maturação cervical exceto em se tratando da comparação
entre o primeiro e o segundo estágios de maturação vertebrais nos quais
na mineralização dentária não foram significantes estatisticamente para
as fases conseguintes. Neste caso, pode-se verificar a proximidade do
valor da mediana.
Tabela 9 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 1 e 2
Comparação entre os estágios vertebrais 1 (Iniciação) e 2 (Aceleração)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
8 2,00 8 2,50
15 4,00 15 3,00
p = 0,005 p = 0,164
Tabela 10 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 2 e 3
Comparação ente os estágios vertebrais 2 (Aceleração) e 3 (Transição)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
15 4,00 15 3,00
38 5,00 38 4,00
p = 0,000 p = 0,000
67
Tabela 11 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 3 e 4
Comparação ente os estágios vertebrais 3 (Transição)e 4
(Desaceleração)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
38 5,00 38 4,00
48 9,00 48 5,00
p = 0,000 p = 0,000
Tabela 12 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 4 e 5
Comparação ente os estágios vertebrais 4 (Desaceleração) e 5
(Maturação)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
48 9,00 48 5,00
18 14,00 18 6,00
p = 0,000 p = 0,000
Tabela 13 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 5 e 6
Comparação ente os estágios vertebrais 5 (Maturação) e 6 (Finalização)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
18 14,00 18 6,00
11
16,00 11 7,00
p = 0,002
p = 0,000
Por fim, para complementação de toda a seqüência de
testes estatísticos aplicados, realizou-se uma análise descritiva dos valores
referentes às idades cronológicas dos seis estágios de maturação ósseo das
68
vértebras cervicais para se obter a média das idades e poder fazer um
parâmetro evolutivo conforme o desenvolvimento ósseo.
6,75
7,08
8,25
9,41
10,66
12,33
0
2
4
6
8
10
12
14
Anos
123456
Estágios das vértebras cervicais
Médias das idades (anos)
FIGURA 10 – Representação gráfica das médias das idades cronológicas de
cada estágio de maturação óssea das vértebras cervicais.
69
FIGURA 11 – Representação gráfica da associação dos estágios de
maturação óssea de mão e punho e da mineralização
dentária em relação aos estágios de maturação das
vértebras cervicais para os indivíduos do sexo feminino.
70
5.2 Análise para os indivíduos do sexo masculino
5.2.1 Avaliação da maturação óssea de mão e punho e da mineralização
dentária em relação a maturação óssea das vértebras cervicais.
Para as análises para os indivíduos do sexo masculino,
tanto a seqüência de execução quanto os testes estatísticos utilizados
foram os mesmos dos do sexo feminino, inclusive com o mesmo intervalo
de confiança.
Portanto, pelo teste não paramétrico de Kruskal-Wallis,
pode-se verificar que houve diferença entre as fases de maturação óssea
de mão e punho e mineralização dentária para cada estágio de maturação
óssea das vértebras cervicais. A confirmação se dá pelo fato de se
verificar que as medianas são diferentes entre si. Pelas tabelas seguintes,
pode-se observar tal afirmação.
Tabela 14 – Valores estatísticos para as análises da maturação óssea de
mão e punho.
Estágios das
vértebras
cervicais
Número (n) Mediana Fases Rank
Iniciação 5 1,00 SL 9,40
Aceleração 24 2,00 TTE 22,50
Transição 36 5,00 FD= 47,70
Desaceleração 36 7,00 FM= 80,20
Maturação 8 13,50 G2 / FPcap 100,80
Finalização 5 20,00 FDut 112,00
H = 84,96 gl = 5 p = 0,000
71
Tabela 15 – Valores estatísticos para as análises da mineralização
dentária
Estágios das
vértebras
cervicais
Número (n) Mediana Fases Rank
Iniciação 5 2,00 5,00
Aceleração 24 4,00 34,40
Transição 36 5,00 45,20
Desaceleração 36 6,00 75,90
Maturação 8 7,00 99,70
Finalização 5 8,00 109,10
H = 65,67 gl = 5 p = 0,000
Com objetivo de deixar mais representativo, realizou-se a
contagem dos números absoluto (n) e relativo (%) de todos os estágios de
maturação óssea das vértebras cervicais para os dois fatores. Procurou-
se realizar desta forma já que foi a metodologia adotada para a análise
dos indivíduos do sexo feminino.
Tabela 16 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores
para os valores absolutos e relativos dos estágios da
vértebra cervical 1
Estágio vertebral 1 – Iniciação
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
1 9 75,00 2 4 33,33
2 2 16,67 3 2 16,67
3 1 8,33 4 2 16,67
5 3 25,00
6 1 8,33
Total = 12 Total = 12
72
Tabela 17 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores
para os valores absolutos e relativos dos estágios da
vértebra cervical 2.
Estágio vertebral 2 -Aceleração
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
1 3 15,00 2 1 5,00
2 7 35,00 3 8 40,00
3 7 35,00 4 4 20,00
4 3 15,00 5 5 25,00
6 2 10,00
Total = 20 Total = 20
Tabela 18 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores
para os valores absolutos e relativos dos estágios da
vértebra cervical 3
Estágio vertebral 3 - Transição
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
1 1 3,03 3 5 15,15
2 1 3,03 4 12 36,36
3 8 24,24 5 9 27,27
4 3 9,09 6 7 21,21
5 15 45,45
6 4 12,12
7 1 3,03
Total = 33 Total = 33
Tabela 19 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores
para os valores absolutos e relativos dos estágios da
vértebra cervical 4
Estágio vertebral 4 - Desaceleração
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
2 1 2,78 4 1 2,78
5 5 13,89 5 11 30,56
6 5 13,89 6 19 52,78
7 8 22,22 7 5 13,89
8 5 13,89
9 5 13,89
10 7 19,44
Total = 36 Total = 36
73
Tabela 20 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores
para os valores absolutos e relativos dos estágios da
vértebra cervical 5
Tabela 21 – Valores estatísticos para as análises de ambos os fatores
para os valores absolutos e relativos dos estágios da
vértebra cervical 6
Estágio vertebral 5 - Maturação
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
10 2 28,57 6 1 14,29
12 1 14,29 7 5 71,43
13 1 14,29 8 1 14,29
14 2 28,57
16 1 14,29
Total = 7 Total = 7
Estágio vertebral 6 - Finalização
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Fase Número (n) Porcentagem (%) Fase Número (n) Porcentagem (%)
16 1 16,67 7 3 50,00
18 1 16,67 8 3 50,00
19 1 16,67
20 2 33,33
22 1 16,67
Total = 6 Total = 6
Para excluir qualquer dúvida quanto a distinção das fases
de maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária em relação
aos estágios de maturação óssea das vértebras cervicais, realizou-se o
teste comparativo não-paramétrico de Mann-Whitney com p-valor = 0,05.
Desta forma pode-se observar que para a avaliação de mão e punho
houve distinção de todas as fases para as comparações realizadas pelas
fases subseqüentes. No entanto, para a avaliação dentária, apenas a
comparação entre os estágios 3 e 4 de maturação óssea das vértebras
cervicais foi estatisticamente distinto já que todas as outras se apresentou
com o valor de confiança maior que o do teste.
74
Tabela 22 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 1 e 2
Comparação ente os estágios vertebrais 1 (Iniciação) e 2 (Aceleração)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
12 1,00 12 3,50
20 2,50 20 4,00
p = 0,002 p = 0,436
Tabela 23 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 2 e 3
Comparação ente os estágios vertebrais 2 (Aceleração) e 3 (Transição)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
20 2,50 20 4,00
33 5,00 33 4,00
p = 0,000 p = 0,069
Tabela 24 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 3 e 4
Comparação ente os estágios vertebrais 3 (Transição) e 4
(Desaceleração)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
33 5,00 33 4,00
36 7,00 71 6,00
p = 0,000 p = 0,000
Tabela 25 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 4 e 5
Comparação ente os estágios vertebrais 4 (Desaceleração) e 5
(Maturação)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
36 7,00 71 6,00
7 13,00 7 7,00
p = 0,000 p = 0,184
75
Tabela 26 – Valores estatísticos para as comparações par a par tanto da
maturação óssea de mão e punho quanto para a
mineralização dentária entre os estágios vertebrais 5 e 6.
Comparação ente os estágios vertebrais 5 (Maturação) e 6 (Finalização)
Estágios de mão e punho Mineralização dentária
Número (n) Mediana Número (n) Mediana
7 13,00 7 7,00
6 19,50 6 7,50
p = 0,004 p = 0,158
Assim como para os indivíduos do sexo feminino, após
realizar toda a seqüência de testes estatísticos, fez-se uma análise descritiva
dos valores referentes as idades cronológicas dos seis estágios de
maturação óssea das vértebras cervicais para se obter a média das idades
para os indivíduos do sexo masculino.
7,83
8,25
9,25
10,66
12,75
14,91
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Anos
123456
Estágios das vértebras cervicais
Médias das idades (anos)
FIGURA 12 – Representação gráfica das médias das idades cronológicas de
cada estágio de maturação óssea das vértebras cervicais.
76
FIGURA 13 – Representação gráfica da associação dos estágios de maturação
óssea de mão e punho e da mineralização dentária em relação
aos estágios de maturação das vértebras cervicais para os
indivíduos do sexo masculino.
77
5.3 Análise para os indivíduos do sexo feminino quanto à
comparação entre a primeira e a segunda avaliação.
Por fim, no intuito de verificar se o método sugerido para a
avaliação dos três fatores era aplicável e confiável, realizou-se uma
correlação linear para se verificar de como a amostra se comportava e
posterior, a correlação de Spearmann para Į = 5%. Em decorrência dos
resultados obtidos, pode-se observar que foram correlatas as duas
avaliações, sendo verificado um alto valor do coeficiente de relação dos
postos (r
s
) e por verificar que o p-valor estava abaixo do intervalo de
confiança.
y = 0,8912x + 0,3361
R
2
= 0,7838
0
1
2
3
4
5
6
7
01234567
FIGURA 14 – Representação gráfica da correlação linear entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de maturação óssea das
vértebras cervicais.
78
Tabela 27 – Valores estatísticos para a correlação entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de maturação óssea
das vértebras cervicais
Maturação óssea das vértebras cervicais
Primeira análise Segunda análise
Estágios Freqüência Posto Estágios Freqüência Posto
1 5 3,00 1 8 4,50
2 18 14,50 2 15 16,00
3 37 42,00 3 38 42,50
4 45 83,00 4 48 85,50
5 21 116,00 5 18 118,50
6 12 132,50 6 11 133,00
r
s
= 0,86 p = 0,000
y = 0,8864x + 1,0593
R
2
= 0,8659
0
5
10
15
20
25
0 5 10 15 20 25
FIGURA 15 – Representação gráfica da correlação linear entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de maturação óssea de mão
e punho.
79
Tabela 28 – Valores estatísticos para a correlação entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de maturação óssea de
mão e punho
Maturação óssea de mão e punho
Primeira análise Segunda análise
Estágios Freqüência Posto Estágios Freqüência Posto
1 3 2,00 1 3 2,00
2 3 5,00 2 3 5,00
3 9 11,00 3 8 10,50
4 6 18,50 4 4 16,50
5 21 32,00 5 17 27,00
6 8 46,50 6 9 40,00
7 7 54,00 7 7 48,00
8 8 61,50 8 9 56,00
9 11 71,00 9 11 66,00
10 10 81,50 10 15 79,00
11 2 87,50 11 3 88,00
12 2 89,50 12 1 90,00
13 5 93,00 13 5 93,00
14 5 98,00 14 5 98,00
15 1 101,00 15 2 101,50
16 7 105,00 16 8 106,50
17 2 109,50 17 0 0,00
18 2 111,50 18 0 0,00
19 0 0,00 19 0 0,00
20 1 113,00 20 4 112,50
21 1 114,00 21 0 0,00
22 0 0,00 22 0 0,00
23 0 0,00 23 0 0,00
r
s
= 0,90 p = 0,000
80
y = 0,9176x + 0,3153
R
2
= 0,9025
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0123456789
FIGURA 16 – Representação gráfica da correlação linear entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de mineralização dentária.
Tabela 29 – Valores estatísticos para a correlação entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de mineralização
dentária
Mineralização dentária
Primeira análise Segunda análise
Estágios Freqüência Posto Estágios Freqüência Posto
1 0 0,00 1 0 0,00
2 5 3,00 2 7 4,00
3 13 12,00 3 11 13,00
4 29 33,00 4 27 32,00
5 30 62,50 5 34 62,50
6 16 85,50 6 17 88,00
7 19 103,00 7 17 105,00
8 2 113,50 8 1 114,00
r
s
= 0,95 p = 0,000
81
5.4 Análise para os indivíduos do sexo masculino quanto à
comparação entre a primeira e a segunda avaliação.
Assim como para os indivíduos do sexo feminino, para os
do masculino realizou-se também a correlação de Spearmann, sendo feita
esta análise separadamente para cada fator.
y = 0,9838x - 0,0255
R
2
= 0,7886
0
1
2
3
4
5
6
7
01234567
FIGURA 17 – Representação gráfica da correlação linear entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de maturação óssea das
vértebras cervicais.
82
Tabela 30 – Valores estatísticos para a correlação entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de maturação óssea
das vértebras cervicais
Maturação óssea das vértebras cervicais
Primeira análise Segunda análise
Estágios Freqüência Posto Estágios Freqüência Posto
1 5 3,00 1 12 6,50
2 24 17,50 2 20 22,50
3 36 47,50 3 33 49,00
4 36 83,50 4 36 83,50
5 8 105,50 5 7 105,00
6 5 112,00 6 6 111,50
r
s
= 0,87 p = 0,000
y = 0,9799x + 0,0431
R
2
= 0,9292
0
5
10
15
20
25
0 5 10 15 20 25
FIGURA 18 – Representação gráfica da correlação entre a primeira e a segunda
avaliação para os estágios de maturação óssea de mão e punho.
83
Tabela 31 – Valores estatísticos para a correlação entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de maturação óssea de
mão e punho
Maturação óssea de mão e punho
Primeira análise Segunda análise
Estágios Freqüência Posto Estágios Freqüência Posto
1 13 7,00 1 13 7,00
2 11 19,00 2 11 19,00
3 12 30,50 3 16 32,50
4 5 39,00 4 6 43,50
5 23 53,00 5 20 56,50
6 9 69,00 6 9 71,00
7 9 78,00 7 9 80,00
8 11 88,00 8 5 87,00
9 1 94,00 9 5 92,00
10 9 99,00 10 9 99,00
11 0 0,00 11 0 0,00
12 0 0,00 12 1 104,00
13 4 105,50 13 1 105,00
14 1 108,00 14 2 106,50
15 0 0,00 15 0 0,00
16 0 0,00 16 2 108,50
17 1 109,00 17 0 0,00
18 2 110,50 18 1 110,00
19 0 0,00 19 1 111,00
20 2 112,50 20 2 112,50
21 0 0,00 21 0 0,00
22 0 0,00 22 1 114,00
23 1 114,00 23 0 0,00
r
s
= 0,95 p = 0,000
84
y = 0,9408x + 0,3723
R
2
= 0,9031
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0246810
FIGURA 19 – Representação gráfica da correlação linear entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de mineralização dentária.
Tabela 32 – Valores estatísticos para a correlação entre a primeira e a
segunda avaliação para os estágios de mineralização
dentária
Mineralização dentária
Primeira análise Segunda análise
Estágios Freqüência Posto Estágios Freqüência Posto
1 0 0,00 1 0 0,00
2 5 3,00 2 5 3,00
3 14 12,50 3 15 13,00
4 27 33,00 4 19 30,00
5 26 59,50 5 28 53,50
6 23 84,00 6 30 82,50
7 15 103,00 7 13 104,00
8 4 112,50 8 4 112,50
r
s
= 0,94 p = 0,000
6 DISCUSSÃO
Sabe-se que atualmente, a busca pela redução da
radiação X aos pacientes causado pelo uso das radiografias, fez com que
novos estudos (BACCETTI et al.
3
, 2002; CANALI et al.
7
, 2003; FLORES-
MIR et al.
26
, 2006) verificassem que é possível analisar o
desenvolvimento humano com poucos exames radiográficos. Desta
forma, fica sucinto evidenciar que as radiografias mais utilizadas nas
documentações ortodônticas para avaliar o potencial de crescimento de
um indivíduo e a sua capacidade de resposta ao tratamento ficam restritas
aos três exames radiográficos – radiografia panorâmica, radiografia
cefalométrica lateral e radiografia de mão e punho. A primeira delas tem
sua indicação na análise da cronologia de mineralização dentária, idade
dentária e na verificação de algum tipo de anomalia no desenvolvimento
dentário. Já a segunda é utilizada para realizar os traçados ortodônticos,
sendo de grande valia para o planejamento, acompanhamento e
prognóstico do tratamento ortodôntico. Por fim, a radiografia de mão e
punho é mais usada para a avaliação do desenvolvimento ósseo, idade
óssea e potencial de crescimento do indivíduo.
Na tentativa de reduzir as execuções de um exame
radiográfico, procuraram desenvolver uma análise do potencial de
crescimento e idade óssea pelas vértebras cervicais, identificadas
facilmente na radiografia cefalométrica lateral, além de serem
consideradas por Bench
4
(1963) como parâmetros do diagnóstico
ortodôntico. Dentre as pesquisas realizadas com as vértebras cervicais no
intuito de avaliar o crescimento humano, destaca-se o trabalho de
Lamparski* (1972) que foi o precursor da análise por seis estágios
__________________________
* Idem página 10.
86
distintos da maturação óssea das vértebras cervicais o que o tornou um
ícone nesse assunto. Na tentativa de simplificar o método proposto por
Lamparski* (1972), no qual utilizavam até a sexta vértebra cervical,
Hassel & Farman
42
(1995) adaptaram a avaliação da segunda à quarta
vértebras cervicais, permitindo a utilização em radiografias cefalométricas
laterais, tornando-o mais viável.
Muitos são os pesquisadores que utilizaram a mesma
linha de pesquisa como é o caso de O’Reilly & Yanniello
62
(1988), Hassel
& Farman
42
(1995), Garcia-Fernandez et al.
31
(1998), Santos et al.
71
(1998), Santos & Almeida
70
(1999), Kucukkeles et al.
46
(1999), Franchi et
al.
27
(2000), Armond et al.
2
(2001), Cruz
15
(2002), San Roman et al.
68
(2002), Canali et al.
7
(2003), Faltin et al.
22
(2003), Madhu et al.
49
(2003) e
Santos et al.
69
(2005), tornando este método aplicável e fidedigno na
avaliação do potencial de crescimento humano. Com base nisso, preferiu-
se utilizar, nesta pesquisa, o método de Lamparski* (1972) modificado por
Hassel & Farman
42
(1995) por se tratar de uma metodologia consagrada
nas pesquisas que envolvem as vértebras cervicais, sendo uma avaliação
segura que elimina qualquer interferência que possa ocorrer por uma
análise deficitária.
Desde os primeiros estudos (BENCH
4
, 1963 e
LAMPARSKI*, 1972) sobre a maturação óssea das vértebras cervicais,
verificou-se que as modificações nas técnicas de avaliação estão
eminentes ao dinamismo da ciência odontológica. Assim como Hassel &
Farman
42
(1995) modificaram o método proposto inicialmente por
Lamparski* (1972), outros pesquisadores têm desenvolvido análises cada
vez mais complexas na principal intenção de adquirir mais informações do
indivíduo. Wang et al.
82
(2001) e Mito et al.
54
(2002) desenvolveram um
método no qual se avalia a altura e largura das vértebras cervicais.
Baccetti et al.
3
(2002) utilizaram a concavidade inferior das vértebras
cervicais para classificar o indivíduo em relação ao surto de crescimento
puberal. San Roman et al.
68
(2002) analisaram a concavidade inferior, a
__________________________
* Idem página 10.
87
altura e o contorno dos corpos vertebrais para avaliar a maturação óssea
e por fim, Mito et al.
55
(2003) calcularam a idade óssea pela altura e
largura das vértebras cervicais.
Deve-se destacar que a avaliação da maturação óssea
pelas vértebras cervicais é um método útil, prático e confiável na
verificação do desenvolvimento humano conforme destacaram Santos et
al.
71
(1998), Santos & Almeida
70
(1999), Tavano et al.
79
(2000), Armond et
al.
2
(2001), San Roman et al.
68
(2002), Canali et al.
7
(2003) e Santos et
al.
69
(2005) apesar de ter-se verificado, nesta pesquisa, que é necessário
uma familiarização do assunto e do tipo de metodologia da análise para
que se realize uma avaliação com destreza. Caso contrário, os resultados
obtidos por diferentes avaliadores podem ficar dispersos e a deriva da
realidade do desenvolvimento do indivíduo.
Grandes são as vantagens do uso das vértebras cervicais
no estudo do desenvolvimento. Dentre elas, pode-se salientar a redução
da dose de radiação X (CANALI et al.
7
, 2003) já que o indivíduo não
precisará realizar o exame radiográfico de mão e punho (FLORES-MIR et
al.
26
; 2006) e quando tiver apenas a radiografia cefalométrica lateral na
qual se pode visualizar as vértebras cervicais de 2 a 4, é possível realizar
a análise da maturidade óssea já que se trata de um método útil
(BACCETTI et al.
3
, 2002). No entanto, para Santos et al.
71
(1998) e
Armond et al.
2
(2001) nenhum método de avaliação da maturação deve
ser utilizado isoladamente o que implica que um sempre deve ser
complementado pelas informações de outros.
Muitos são os fatores como altura, peso, maturação óssea
da mão e punho e mineralização dentária que se podem associar para
avaliar o desenvolvimento humano, mas em se tratando de maturação
óssea das vértebras cervicais, a maioria dos pesquisadores prefere
correlacionar com a maturação óssea de mão e punho (GARCIA-
FERNANDEZ et al.
31
, 1998; SANTOS & ALMEIDA
70
, 1999;
KUCUKKELES et al.
46
, 1999; ARMOND et al.
2
, 2001; MITO et al.
54
, 2002;
88
SAN ROMAN et al.
68
, 2002; GRAVE & TOWNSEND
36
, 2003; CHEN et
al.
12
, 2004; FLORES-MIR et al.
26
, 2006) por acreditarem que há uma boa
relação entre os dois tipos de maturação óssea. Embora Cruz
15
(2002)
tenha destacado que há um acompanhamento linear entre a maturação
óssea das vértebras cervicais com a mineralização dentária mesmo tendo
uma relação positiva moderada, San Roman et al.
68
(2002) afirmaram que
o crescimento e desenvolvimento humano não são uniformes, no entanto,
Santos et al.
71
(1998) e Armond et al.
2
(2001) salientaram que nenhum
método de avaliação do desenvolvimento humano deva ser usado
isoladamente ou plenamente. Visto o largo uso da maturação óssea da
mão e punho associado ao das vértebras cervicais, procurou-se, nesta
pesquisa, explorar além desta consagrada relação, a pouca variabilidade
do desenvolvimento dentário (MARSHALL
52
, 1976; MORAES et al.
56
,
1998) para que se tivesse uma correlação entre os três fatores – vértebra
cervical, mão e punho e dente.
Por se considerar a maturação óssea das vértebras
cervicais como fator base desta pesquisa, a amostra foi separada apenas
por sexo já que o dimorfismo sexual é unânime nos três fatores estudado
de acordo com os autores (CHERTKOW & FATTI
13
, 1979; DEMIRJIAN &
LEVESQUE
16
, 1980; NICODEMO et al.
61
, 1992; COUTINHO et al.
14
, 1993;
FERREIRA JÚNIOR et al.
24
, 1993; DIAS et al.
19
, 1996/1997; FARAH et
al.
23
, 1999; SIQUEIRA
75
, 1999; GUZZI & CARVALHO
38
, 2000; CRUZ
15
,
2002; KRAILASSIRI et al.
45
, 2002; GRAVE & TOWNSEND
35
, 2003;
FREITAS et al.
29
, 2004; UYSAL et al.
81
, 2004). Flores-Mir et al.
25
(2004)
destacaram ainda que além do dimorfismo, encontra-se o polimorfismo
entre os indivíduos do sexo feminino e os do masculino. Embora Grave &
Brown
34
(1976), Marshall
52
(1976) e Chaves et al.
11
(1999) acreditarem
que o desenvolvimento humano segue uma seqüência relativamente
constante para seus fatores, ou seja, apesar de ocorrerem em tempos
diferentes, os eventos tendem a seguir semelhantes tanto para os
indivíduos do sexo feminino quanto para os do masculino. Assim como
89
sugeriram Ferreira Júnior et al.
24
(1993), a avaliação foi realizada
separadamente para cada sexo.
Apesar de Garcia-Fernandez et al.
31
(1998) ressaltarem
que as maturações ósseas das vértebras cervicais não sofram alteração
pela etnia no seu desenvolvimento, Chaves et al.
11
(1999) destacaram
que o fator étnico interfere diretamente na maturação óssea o que não foi
verificado por Liverside & Speechly
47
(2001) em relação ao
desenvolvimento dentário que é inalterado pela distinção étnica. Preferiu-
se selecionar apenas radiografias de indivíduos leucodermas já que a
maioria dos prontuários do arquivo era de indivíduos desta etnia e para
reduzir qualquer interferência externa ao estudo do desenvolvimento.
Como é sabido, a região e o meio em que o indivíduo
habita interferem no desenvolvimento humano apesar de Demirjian &
Levesque
16
(1980) e Mappes et al.
51
(1992) afirmarem que o dente não
sofre com estes fatores. Já para Freitas et al.
29
(2004) a maturação óssea
de mão e punho não tem relação com o padrão sócio-econômico, no
entanto, os índices que analisam o desenvolvimento humano são
indicados o uso de fator de correção para cada população (HAITER
NETO et al.
41
, 2000; KOC et al.
44
, 2001; EID et al.
20
, 2002; MORAES et
al.
57
, 2003)
Na escolha do elemento dentário que seria utilizado nesta
pesquisa, procurou-se selecionar aquele no qual seu desenvolvimento
transcorresse durante o período da pré-adolescência até o final da
puberdade. De acordo com Médici Filho
53
(1974) o desenvolvimento
dentário é semelhante entre as hemiarcadas, sendo o lado esquerdo
inferior mais visível e mais usado nos estudos (BOLAÑOS et al.
6
, 2000;
KRAILASSIRI et al.
45
, 2002; MÚLLER-BOLLA et al.
59
, 2003).
Considerando estas afirmações, a escolha recaiu sobre o segundo molar
inferior porque este preencheu todos os requisitos citados acima e por
isso, foi utilizado na avaliação da mineralização dentária desta pesquisa.
90
A avaliação das vértebras cervicais se deu em três
etapas. Primeiramente procurou-se verificar quais as fases mais evidentes
tanto da maturação óssea de mão e punho quanto a mineralização
dentária de cada estágio da maturação óssea das vértebras cervicais por
meio do teste estatístico não-paramétrico de Kruskal-Wallis. A verificação
das fases se deu pelo valor da mediana já que se trabalha com escores
(subjetivo), não sendo possível obter um valor representativo de uma
média já que se utiliza postos. Em seguida realizou-se a contagem dos
números relativos e absolutos para cada fase de maturação óssea das
vértebras cervicais, o teste de Mann-Whitney para cada estágio
subseqüente na expectativa da confirmação de que as fases de
maturação óssea e mão e punho são distintas para cada um dos seis
estágios vertebrais. Por fim, como complemento, procurou-se realizar uma
análise descritiva dos valores das idades cronológicas para se verificar se
há uma crescente nos valores médios, representando que os achados
estavam de acordo com o desenvolvimento humano.
Para os indivíduos do sexo feminino, pode-se verificar,
pela Tabela 1, que durante o primeiro estágio das vértebras cervicais, a
iniciação, foi notada que o início do aparecimento necessariamente dos
ossos trapézio, trapezóide e escafóide esteve mais evidente com 25% dos
indivíduos do sexo feminino que se enquadraram neste estágio vertebral.
Apesar de ter-se verificado que o primeiro e o terceiro estágios de
maturação óssea de mão e punho (início do aparecimento do osso
semilunar e início do aparecimento da epífise distal do osso ulna
respectivamente) fossem as fases que apresentaram maior valor relativo
(%) (Tabela 3), ficou definido na metodologia que o estágio mais evidente
seria traçado pela mediana que corresponde à fase intermediária. Para a
mineralização dentária, a fase de transição entre a fase de um terço de
coroa formada para dois terços foi a mais evidente já que cada uma
obteve 50% dos indivíduos (Tabelas 2 e 3).
91
Para o segundo estágio de maturação óssea das
vértebras cervicais – a aceleração – foi observado que início da formação
do ângulo do osso piramidal esteve correlato com a mediana (Tabela 1),
apesar das fases três (início do aparecimento da epífise distal do osso
ulna) e cinco (epífises das falanges distais com a mesma largura das
diáfises) apresentarem maiores porcentagens com 33,33% (Tabela 4).
Grave & Townsend
36
(2003) destacaram que para este estágio, foi
verificado o início do aparecimento do osso pisiforme, sendo indicado
como o melhor momento para o começo do tratamento
ortopédico/ortodôntico durante esta fase (FALTIN et al.
22
, 2003). Para o
segundo molar inferior, pode-se afirmar que, pelas Tabelas 2 e 4, tanto
pela mediana quanto pela porcentagem que a fase de dois terços de
coroa formada esteve como a mais evidente com 53,33%.
Durante a transição, ou seja, terceiro estágio de
maturação óssea das vértebras cervicais, a fase de maturação óssea de
mão e punho em que as epífises das falanges distais estão com a mesma
largura das diáfises deteve a mediana e maior porcentagem com 44,74%
(Tabelas 1 e 5). Nesta época é verificado que a maioria dos indivíduos
está iniciando o pico do surto de crescimento puberal conforme O’Reilly &
Yanniello
62
(1988) afirmaram. Já para a mineralização do segundo molar
inferior, segundo as Tabelas 2 e 5, a fase em que se encontra coroa
completa foi mais evidente com 63,16%.
Segundo O’Reilly & Yanniello
62
(1988) e Franchi et al.
27
(2000), o pico de crescimento está compreendido entre os estágios de
maturação óssea das vértebras cervicais três e quatro, sendo destacado
como o melhor incremento. No entanto, Baccetti et al.
3
(2002) concluíram
que a concavidade na terceira vértebra cervical é plausível da fase pré-
pico de crescimento, o que está mais correlato com esta pesquisa já que
a médias das idades cronológicas estiveram abaixo do que normalmente
se verifica para o pico de crescimento.
92
Na desaceleração ou quarto estágio, caracterizado como
início do pós-pico de crescimento segundo O’Reilly & Yanniello
62
(1988), a
mediana apresentou-se como a fase de ossificação do pisiforme como a
mais proeminente na maturação óssea de mão e punho (Tabela 1) apesar
de apresentar o mesmo valor relativo (29.17%) que a fase em que a
epífise do osso rádio está com a mesma largura da diáfise (Tabela 6). Na
mineralização dentária, a mediana e a porcentagem estiveram ímpar já
que a fase de início de formação radicular foi a que mais apareceu com
54,17% dos indivíduos que se enquadraram no quarto estágio de
maturação óssea das vértebras cervicais de acordo com as Tabelas 2 e 6.
O penúltimo estágio de maturação óssea das vértebras
cervicais, a maturação, ficou caracterizado, para a avaliação óssea de
mão e punho, com o capeamento nas falanges proximais, sendo mais
efetivo em 38,89% dos indivíduos do sexo feminino (Tabelas 1 e 7). Na
mineralização dentaria, verificou-se que a fase de um terços de raiz
formada deteve a mediana conforme se pode verificar na Tabela 2, mas
não a maior porcentagem com 44,44% que foi a fase de dois terços de
raiz formada de acordo com a Tabela 7. Mais uma vez o valor encontrado
pela mediana esteve distinto da fase em que apresentou o maior número
relativo. Justifica-se pelo fato da mediana ser uma fase intermediária.
Na finalização, último estágio de maturação óssea das
vértebras cervicais, o capeamento da epífise do osso rádio foi a fase mais
evidente segundo a mediana encontrada pelo teste não-paramétrico e
que está de acordo com a porcentagem encontrada de 63,64% (Tabelas 1
e 8). Para o segundo molar inferior, verificou-se que a grande maioria se
enquadrava na fase em que se têm dois terços de raiz formadas, sendo
esta, detentora da maior porcentagem encontrada para os indivíduos do
sexo feminino que foi de 90,91%, sendo possível de se conferir pelas
Tabelas 2 e 8.
Com relação à idade cronológica, pela análise estatística
paramétrica, pode-se verificar que houve um crescente nos valores
93
médios conforme os estágios de maturação óssea das vértebras
cervicais. Segundo a representação gráfica da Figura 10, pode-se
confirmar o alinhamento crescente das idades para os indivíduos do sexo
feminino.
Para os indivíduos do sexo masculino, com base nas
Tabelas 14 e 16, pode-se observar que durante o primeiro estágio de
maturação óssea das vértebras cervicais, a iniciação, por meio da
mediana e da porcentagem, a maioria dos indivíduos apresentavam-se no
início do aparecimento do osso semilunar, sendo tangível a 75% dos
casos dos indivíduos classificados neste estágio vertebral. Para a
mineralização dentária, foi notada uma superioridade da fase em que se
tem um terço da coroa formada para 33,33%, sendo subseqüente à fase
de início da formação radicular com 25% conforme as Tabelas 15 e 16.
Com relação ao estágio seguinte, ou seja, a aceleração,
foi verificado que os indivíduos do sexo masculino apresentavam-se na
fase em que o início do aparecimento necessariamente dos ossos
trapézio, trapezóide e escafóide foi mais evidente, perfazendo um total de
35%, sendo mesmo valor relativo que a fase do início do aparecimento da
epífise distal do osso ulna. No entanto, como a seleção da fase mais
representativa se deu pela mediana, a fase do aparecimento dos três
ossos foi a obtida pelo teste estatístico não-paramétrico (Tabelas 14 e
17). Apesar do segundo molar inferior apresentar, segundo as Tabelas 15
e 17, na fase de coroa completa com 20% dos indivíduos enquadrados
neste estágio, as maiores porcentagens foram detidas pelas de dois
terços de coroa formada com 40% dos casos e início de formação
radicular com 25 %. O estágio ficou caracterizado pela fase que
apresentou um dos menores valores relativos justamente por está
enquadrada no meio das fases que obtiveram os maiores.
Já para o terceiro estágio de maturação óssea das
vértebras cervicais, a transição, a fase em que as epífises das falanges
distais estão iguais à diáfise foi encontrada como valor de mediana,
94
segundo a tabela 14, com valor relativo de 45,45%, perfazendo a maioria
dos casos deste estágio (Tabela 18). Na mineralização do segundo molar
inferior, conforme indica nas Tabelas 15 e 18, a fase com 36,36% foi a
mais evidente na qual o dente apresentava com coroa completa ou
totalmente formada, mas não a representativa deste estágio já que com
27,27% dos indivíduos, a fase de início de formação radicular obteve o
valor da mediana.
A Desaceleração, quarto estágio de maturação óssea das
vértebras cervicais, ficou caracterizado pela fase em que as epífises
distais das falanges médias estão iguais à diáfise numa parcela de
22,22% dos casos o que representou a maior porcentagem encontrada
para este estágio (Tabelas 14 e 19). Na mineralização dentária,
encontrou-se a grande maioria, 52,78%, na fase em que o segundo molar
inferior está com um terço de raiz formada o que diferiu dos estágios
anteriores em que se obtiveram representações diferentes entre a
mediana e o maior número relativo. Pode-se confirmar tal afirmação
consultando as Tabelas 15 e 19.
O penúltimo estágio de maturação óssea das vértebras
cervicais, a maturação, ficou denotado por uma fase de transição entre o
gancho nitidamente visível do osso hamato e o início do capeamento das
falanges proximais como é possível verificar pela Tabela 14. Já para os
valores relativos, observou-se uma harmonia entre as fases encontradas,
ou seja, as porcentagens estiveram apenas em dois valores como segue
na Tabela 20. A primeira fase da transição apresentou-se com 14,29%
enquanto a segunda com 28,57% dos indivíduos selecionados neste
estágio, sendo que mais uma vez, a fase selecionada para caracterizar o
estágio recaiu sobre o valor da mediana. Para a mineralização dentária, a
fase com dois terços de raiz formada e a maior porcentagem com 71,43%,
pelas Tabelas 15 e 20, foi unânime nas duas análises, tanto no teste
estatístico quanto nos valores relativos.
95
Por fim, de acordo com a Tabela 14, o último estágio de
maturação óssea das vértebras cervicais, conhecido como a finalização,
esteve caracterizado pela união total epifisária das falanges distais. Esta
fase apresentou o maior número relativo com 33,33% conforme Tabela
21. Embora, na mineralização do segundo molar inferior, as porcentagens
foram iguais para as duas exclusivas fases encontradas neste estágio
(Tabela 21), a escolha declinou sobre o valor da mediana obtida pelo
teste estatístico que foi referente à fase em que o dente apresenta-se com
o ápice fechado de acordo com a Tabela 15.
Procurou-se eliminar qualquer variação da análise
realizando duas avaliações por um mesmo examinador. Com base nas
Tabelas de 9 a 13, pode-se verificar que, pela comparação par a par
segundo o teste Mann-Whitney , que não houve semelhança das fases de
maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária nos seis
estágios de maturação óssea das vértebras cervicais para os indivíduos
do sexo feminino. Apenas quando foram comparados os estágios um e
dois, iniciação com a aceleração, é que se encontrou o resultado não
significante estatisticamente para a mineralização dentária mesmo
aparecendo fases distintas nos valores da mediana como confirmado pela
Tabela 9.
Para os indivíduos do sexo masculino, segundo as
Tabelas de 22 a 26, houve distinção de todas as fases de maturação
óssea de mão e punho para os seis estágios de maturação óssea das
vértebras cervicais. Já para a mineralização dentária apenas a
comparação entre os estágios três e quatro, a transição com a
desaceleração, que foi estatisticamente diferente já que para as outras
comparações foi notado um valor acima do intervalo de confiança do teste
como comprovado pela Tabela 24.
Mesmo ocorrendo uma relação crescente quanto as
médias das idades cronológicas e os estágios de maturação óssea das
vértebras cervicais, pela metodologia de Hassel & Farman
42
(1995), o pico
96
de crescimento é correlato com a transição entre o terceiro e quarto
estágio de maturação vertebral. Durante este período, para Grave &
Townsend
36
(2003) e Madhu et al.
49
(2003) há uma diferença de
aproximadamente dois anos entre os indivíduos do sexo feminino e os do
sexo masculino. No entanto, verificou-se pelas representações gráficas
das Figuras 10, 11, 12 e 13 que a diferença é menor, ficando em torno de
um ano e três meses o que está em média similar ao encontrado por
Grave & Townsend
35
(2003) para os outros estágios. No entanto,
diferentemente para Generoso et al.
32
(2003) que destacaram ser iguais
tanto para os indivíduos do sexo feminino quanto para os do masculino
até os 12 anos de idade.
Apesar de Pryor
64
(1925), Bench
4
(1963), Anderson et al.
1
(1975), Ferreira Júnior et al.
24
(1993), Garcia-Fernandez et al.
31
(1998),
Chaves et al.
11
(1999), Kucukkeles et al.
46
(1999), Peluffo
63
(2001), San
Roman et al.
68
(2002), Mito et al.
55
(2003) e Flores-Mir et al.
26
(2006)
relatarem que os fatores – vértebra cervical, mão e punho e dente –
escolhidos nesta pesquisa são confiáveis, aplicáveis e bons indicadores
do desenvolvimento do organismo, procurou-se realizar uma comparação
entre a primeira e a segunda avaliação por meio da correlação linear e de
Spermann para se obter uma confirmação de tal. A primeira delas foi
realizada para a identificação dos valores que estavam dispersos, sendo
verificados durante o emprego do teste estatístico.
Com a descoberta dos valores dispersos, pode-se intervir
diretamente nos dados que estavam mais discrepantes e verificar em qual
momento ocorreu a falha para que fosse realizado uma nova avaliação
com a intenção de se deixar a amostra mais homogênea. A segunda, por
se tratar de valores subjetivos, aplicou-se o melhor teste não-paramétrico
para se obter tal correlação. De acordo com as Figuras de 14 a 19 e as
Tabelas de 27 a 32, em todas as análises, tanto para os indivíduos do
sexo feminino quanto para os do masculino, para todos os fatores foi
obtido que as duas avaliações foram correlatas. Deve-se considerar
97
principalmente o alto valor do coeficiente de relação dos postos (r
s) e os
valores abaixo do p-valor em relação ao intervalo de confiança o que
implica na confiabilidade e aplicação da metodologia.
Apesar de ter-se obtido uma alta correlação com apenas
os três fatores, no estudo do desenvolvimento humano é indicado que se
tenha um maior número de informações referente ao indivíduo
independentemente dos fatores utilizados. Embora Santos et al.
71
(1998)
e Armond et al.
2
(2001) tenham relatado que um fator isolado não seja
capaz de dar todas as informações, Flores-Mir et al.
26
(2006) salientaram
que em casos em que só tem apenas um exame radiográfico,
principalmente a radiografia cefalométrica lateral, é possível verificar o
desenvolvimento humano. O estudo das vértebras cervicais ainda está
muito recente se considerar que Hassel & Farman
42
(1995) foram um dos
grandes propulsores no uso delas para avaliação da maturação óssea,
mas assim como Wang et al.
82
(2001), Baccetti et al.
3
(2002), San Roman
et al.
68
(2002), Mito et al.
55
(2003), Chen et al.
12
(2004) desenvolveram
outros métodos que além de fornecer a idade óssea, possibilitam a
obtenção de mais informações relacionadas a um indivíduo.
Acredita-se que mesmo assim, a maturação das vértebras
cervicais não será capaz de substituir os outros métodos de avaliação do
desenvolvimento humano já que cada um tem a sua peculiaridade, mas é
importante destacar a alta correlação e o desenvolvimento paralelo entre
os fatores verificado durante esta pesquisa.
7 CONCLUSÃO
Ao término desta pesquisa, na correlação entre a
maturação óssea das vértebras cervicais com as fases de maturação
óssea de mão e punho e mineralização dentária, pode-se concluir que:
a) a seqüência de aparecimento das fases de
maturação óssea de mão e punho e mineralização
dentária são constantes tanto para os indivíduos do
sexo feminino quanto para os do masculino em
todos os seis estágios da maturação óssea das
vértebras cervicais porém adiantados para os
primeiros em relação ao segundo para todos os
fatores;
b) tanto os indivíduos do sexo feminino quanto os do
masculino apresentam-se uma alta correlação entre
os fatores;
c) apenas na comparação entre a iniciação e a
aceleração, ou seja, primeiro e segundo estágios
vertebrais, para a mineralização dentária, nos
indivíduos do sexo feminino, que não ocorreu
diferenciação entre as fases subseqüentes;
d) nos indivíduos do sexo masculino, somente a
comparação entre a transição e a desaceleração –
terceiro e quarto estágios vertebrais - que distinguiu
para as fases subseqüentes tanto para a maturação
óssea de mão e punho quanto para a mineralização
dentária.
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Anexo A – Certificado do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de
Odontologia de São José dos Campos – UNESP
MANHÃES JÚNIOR, L.R.C. Correlation between cervical vertebrae
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Bucal, Área Radiologia Odontológica) – Faculdade de Odontologia de São
José dos Campos, Universidade Estadual Paulista, São José dos
Campos, 2006.
ABSTRACT
The aim of this research was the correlation of the second (C2), third (C3) and
fourth (C4) cervical vertebrae bone maturation with the phases of the hand-wrist
bone maturation and dental mineralization of lower second molar. The sample
was constituted of 252 children’s handbooks which had cefalometric, hand-wrist
and panoramic radiographies of the 138 female and 114 male. The chronological
age was between five years and zero month to 16 years and 11 months. The
division of the handbooks is by sex however the association between the factors
done in reference of the cervical vertebrae development classification. The
statistical analyses were realized separately for each sex and factor and added in
the finish to obtain the correlation of the hand-wrist bone maturation and dental
mineralization with the cervical vertebrae. Considering the hand-wrist bone
maturation and dental mineralization, there weren’t differences statistically
significant in the sequence of the events if compare both sex, being noted that
the female was earlier than the male. The last stage of cervical vertebrae was
verified that the female was in the begin of the radio capping and two third of
radicular formation of the second lower molar while the male showed with the
total union of the distal phalange and complete radicular formation. The
conclusions were that the both sex showed a high correlation between the
factors.
KEYWORDS: Cervical vertebrae; bone; maturation; teeth; calcification,
physiologic.
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