que envolve preconceito em relação ao sexo em questão. É a idéia de que um sexo é
superior ao outro, separando as pessoas por grupos, seja de homens, de mulheres, enfim,
não há relação de igualdade, não há uma visão de que todos são iguais como indivíduos,
pois o que pesa é o sexo de cada um. Para os sexistas, o seu sexo é superior ao outro
tipo. E o sexismo pode aparecer contra todos. Pode ser discriminação contra os
homossexuais, discriminação contra os homens, enfim, é contra a algum sexo.
Obviamente, não se tratarão aqui casos como de transsexualismo, homossexualismo,
hemafrodismo, onde o preconceito é muito grande, sendo apenas apontado o sexismo
contra o gênero feminino, pois a publicidade, foco do trabalho, joga é com o homem e a
mulher ( e isso já indica que há um sexismo da sociedade inteira que nem considera
outros tipos sexuais além de “homem” e “mulher” como “normais”, já que quase não se
falam desses, muito menos nos meios de comunicação). O sexismo percebido na
publicidade é geralmente- e aqui nesse estudo sempre-contra a mulher.
Historicamente, as mulheres sempre foram vistas como mais fracas, o status da
mulher sempre foi menor do que o status dos homens. As mulheres geralmente estavam
“sob o comando” dos homens, “obedecendo-os” em casa. Não tinham emprego, não
tinham autonomia. As mais livres, que não estavam respeitando as “ordens” dos homens
eram as consideradas “ilegais”, “imorais”, como as prostitutas, que eram vistas- aliás,
ainda são- como desrespeitosas.
Desde a escola, as crianças aprendem a se portar na sala de aula de modo diferente,
de acordo com o sexo. Aliás, antes mesmo, nas brincadeiras, já é definido o papel de
cada sexo nas relações. A menina precisa ser delicada, quieta (mesmo sendo
considerada mais falante), educada. O menino é o que joga mais, participa mais de
atividades envolvendo o corpo, o físico. Os esportes como o futebol são mais voltados
aos meninos(hoje ainda há maior participação,embora continue ocorrendo preconceito
sexista em relação à mulher). Ainda há a famosa brincadeira de médico, onde o doutor é
o menino, ainda há a idéia de que arrumar quarto, ajudar nos afazeres da casa é tarefa da
menina, o menino é o “cuidador” da menina. As mulheres bem-sucedidas, com cargos
antes exercidos por homens, ainda precisam se portar como estes, usando “terninhos”,
roupa masculina, que trazem mais “seriedade”. As mulheres em cargos não executivos,
mas tidos culturalmente como masculinos, ainda precisam lidar com o preconceito, ou
deboche ao trabalhar, por exemplo, como frentistas (função exercida pelo homem até
então). Entretanto, mesmo com estas dificuldades em se equipararem aos homens, as
mulheres estão cada vez mais alcançando o espaço que até então era só deles.