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Os fornos, em 33,3% dos estabelecimentos, eram desprovidos de termostatos. As
planilhas de registro de temperatura não foram observadas em nenhum dos restaurantes; os
registros, que comprovavam que os equipamentos e maquinários passavam por manutenção
preventiva, foram verificados em, apenas 22,2% dos estabelecimentos; somente 11,1% dos
restaurantes estavam em conformidade, quanto à existência de registros que comprovassem a
calibração dos equipamentos e instrumentos de medição. O mobiliário, em 77,8% dos
estabelecimentos, era em número suficiente, de material apropriado e estava em adequado
estado de conservação. A maioria dos restaurantes (88,9%) possuía móveis com desenho que
permitia fácil higienização; os demais locais apresentaram mesas com frestas (Tabela 7).
No que diz respeito aos utensílios, 33,3% dos locais avaliados apresentaram estes
objetos de material não contaminante (Anexo H), que permitissem fácil higienização, em
adequado estado de conservação, em número suficiente e apropriado ao tipo de operação
utilizada; nos outros estabelecimentos verificou-se a utilização de utensílios inadequados para
uso, onde alguns tinham seus cabos derretidos e os talheres destinados aos clientes eram, com
freqüência, utilizados para o preparo dos alimentos (Tabela 7).
O armazenamento desses utensílios, em 11,1% dos restaurantes era realizado de
forma adequada, em local apropriado e protegido contra sujidades, insetos ou qualquer outro
tipo de contaminação. Os estabelecimentos inadequados (88,9%), com relação ao
armazenamento dos utensílios, apresentaram más condições de higiene, pois guardavam estes
objetos molhados ou até mesmo sujos (Tabela 7).
Segundo Rossi et al. (2003), verificando as atividades de pré-preparo de carne
bovina, de um restaurante universitário de Uberlândia – MG, foram encontradas, em
superfícies de utensílios utilizados para corte, contagem de bactérias mesófilas, consideradas
acima dos padrões adequados para contato com alimentos.
De acordo com a Tabela 7, a higienização dos equipamentos e maquinários, móveis
e utensílios, era realizada por profissional, comprovadamente, capacitado, em apenas 11,1%
dos estabelecimentos. Em nenhum dos estabelecimentos havia espaço suficiente para
higienização, de modo que, a contaminação cruzada fosse evitada. A freqüência de
higienização era apenas respeitada, em 22,2% dos locais. Os registros relacionados à
higienização não eram realizados em nenhum local.
Machado et al. (2004) revelaram procedimentos precários de higienização de
superfícies de equipamentos e utensílios, em uma indústria de pão de queijo; portanto,
concluíram que seria possível inserir uma rotina de higienização para evitar o surgimento de
bactérias aeróbias mesófilas.
A existência de produtos de higienização, regularizados pelo Ministério da Saúde,
foi observado em 66,7% dos locais; no restante verificou-se a reutilização de garrafas pet,
ausente de rótulos, contendo cloro. A disponibilidade de água quente para higienização foi
verificada de forma satisfatória, em 55,6% dos restaurantes; nos outros estabelecimentos, a
falta desta, foi justificada de forma unânime, com a alegação de que, na época, o equipamento
estava com defeito (Tabela 7).
Ayres et al. (2003) revelaram que, em restaurantes comerciais de Porto Alegre, RS, a
falha mais significativa verificada foi quanto à ausência de água quente encanada, que
prejudicava a eficácia dos procedimentos de limpeza de equipamentos e utensílios.
Segundo a Tabela 7, em 88,9% dos locais, os procedimentos descritos nos rótulos
dos produtos de higienização não eram devidamente seguidos, sendo desrespeitados
proporções e métodos de uso. Os mesmos produtos eram misturados aos alimentos,
armazenados em temperatura ambiente ou deixados em locais desapropriados, como na área
de pré-preparo, em 88,9% dos estabelecimentos. Os utensílios utilizados nos procedimentos
de higienização estavam adequados e em bom estado de conservação, em apenas 22,2% dos
estabelecimentos. Nos outros locais, os utensílios de limpeza utilizados eram: vassouras com