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FUNÇÃO PULMONAR TARDIA E QUALIDADE DE
VIDA EM PACIENTES DISFÁGICOS QUE ASPIRAM
SIMONE APARECIDA CLAUDINO DA SILVA
Dissertação apresentada à Fundação Antônio
Prudente para obtenção do título de Mestre em
Ciências
Área de concentração: Oncologia
Orientadora: Dra. Elisabete Carrara-de Angelis
Co-Orientador: Dr. Daniel Deheinzelin
São Paulo
2007
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FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca do Centro de Tratamento e Pesquisa
Hospital do Câncer A. C. Camargo
Silva, Simone Aparecida Claudino da
Função pulmonar tardia e qualidade de vida em pacientes disfágicos que
aspiram / Simone Aparecida Claudino da Silva -- São Paulo,
2007.
52p.
Dissertação (Mestrado)-Fundação Antônio Prudente.
Curso de Pós-Graduação em Ciências - Área de concentração: Oncologia.
Orientadora: Elisabete Carrara-de Angelis
Descritores: 1. DISFAGIA/complicações. 2. PNEUMONIA ASPIRATIVA/
complicações. 3. TOMOGRAFIA/diagnóstico. 4.ESPIROMETRIA/ uso
diagnóstico. 5. QUALIDADE DE VIDA. 6. PULMÃO/ tomografia.
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais Nelson e Maria
Aparecida, por tudo que me
possibilitaram na vida e pelo simples
fato de existirem. Essa mera condição
me encoraja a seguir em frente e
acreditar que conquistarei tudo que
almejo.
AGRADECIMENTOS
À minha querida orientadora Elisabete Carrara-de Angelis, pelo amor,
determinação e garra que luta pela fonoaudiologia. Demonstrando sempre que atrás
da alteração existe um indivíduo, sendo ele a nossa mola propulsora. Não tenho
palavras para expressar o quanto você é importante na minha vida não apenas
profissional (a quem devo todas as minhas conquistas), mas também pessoal.
Obrigada por tudo!
Ao meu co-orientador Dr. Daniel Deheizelin pelo inestimável auxílio para
realização e concretização deste estudo. Foi um privilégio poder contar com um
profissional como você.
À Fonoaudióloga Renata Guedes por ter auxiliado em todas as etapas deste
estudo, sempre com incentivo e dedicação e as Fonoaudiólogas Neyller Montoni e
Érika Nalli por toda contribuição. É sempre bom poder contar com pessoas especiais
como vocês. Obrigada por tudo!
Ao Dr. Mauro Kazuo Ikeda e ao Dr. Geraldo Jotz por toda a contribuição,
críticas e sugestões durante o desenvolvimento deste trabalho.
Ao Dr. André Lopes Carvalho, por toda contribuição e pelas sugestões que
só engrandeceram este estudo.
Ao Departamento de Fonoaudiologia por todo incentivo e contribuição na
realização deste trabalho. Em especial às Fonoaudiólogas Irene de Pedro Netto,
Luciana Passuello do Vale-Prodomo e Monica Caiafa Bretas por toda amizade
que me dedicam.
Ao Departamento de Cabeça e Pescoço em especial ao Dr. José
Guilherme Vartanian pelo auxílio na solicitação dos exames.
Aos Departamentos de Imagem e Tórax/Pneumologia pela realização dos
exames.
Ao Dr. Rubens Chojniak pela disponibilidade e contribuição na análise das
tomografias.
Às secretárias do Departamento do Tórax/Pneumologia Kelly e Rita pelo
auxílio no agendamento dos pacientes.
A toda minha família em especial aos meus irmãos Valéria, Vanderson e
Vanessa, meus cunhados Rogério, Juliana e André, minhas sobrinhas Isabella e
Maria Eduarda, meus afilhados Pedro, Isabela e Nathalia e minha prima Cintia
pela compreensão da minha ausência, pelo incentivo para concretização de mais uma
etapa e acima de tudo pelo amor que me dedicam.
À minha amiga Anna Karinne Costa Bandeira, pelo incentivo e
contribuição nos momentos mais difíceis deste estudo. Você fará muita falta.
Obrigada por tudo!
À Pós-Graduação da Fundação Antônio Prudente, em especial ao Dr. Luiz
Fernando Lima Reis, as secretárias Ana Maria Kuninari e Luciana Pitombeira
por sempre estarem disponíveis, nos auxiliando em todo o processo deste estudo.
Ao SAME em especial a Sra. Hirde Contesine pela disponibilização dos
prontuários.
Às minhas amigas da pós-graduação Ana Paula Salvia e Elma Azevedo, por
compartilhar os momentos de estresse, sempre dando força uma para outra.
A todos os pacientes que participaram desta pesquisa, fonte inspiradora dos
meus esforços.
À bibliotecária Suely Francisco por sua dedicação na formatação do
trabalho, e a todas as funcionárias da biblioteca em especial a Rosinéia Aguiar
Carneiro e a Francyne Polen Gomes de Lima pela contribuição em todas as etapas
deste estudo.
A todas as pessoas que direta ou indiretamente participaram na realização
desse estudo.
RESUMO
Silva, SAC. Função pulmonar tardia e qualidade de vida em pacientes disfágicos
que aspiram. São Paulo; 2007. [Dissertação de Mestrado-Fundação Antônio
Prudente].
As disfagias podem vir acompanhadas de penetração e aspirações laríngeas. Muitas
vezes, a penetração freqüente de alimento no pulmão leva ao aparecimento de
pneumonias aspirativas. Ainda não há critérios bem estabelecidos sobre a segurança
da alimentação via oral de pacientes que apresentam aspirações laríngeas. O objetivo
deste estudo foi avaliar a evolução do quadro pulmonar no longo prazo de pacientes
com aspirações laríngeas crônicas. A casuística constitui-se de 29 pacientes que
foram submetidos ao exame de videofluoroscopia da deglutição e apresentaram
diagnóstico de disfagia com a presença de aspiração laríngea. Todos os pacientes
estavam com alimentação via oral ou alimentação mista liberada há pelo menos 6
meses antes da convocação para realização dos procedimentos. Os pacientes foram
submetidos ao exame de tomografia de alta resolução, ao teste da Função Pulmonar –
Espirometria e aplicação dos questionários de qualidade de vida (SF-36 -
Questionário genérico de avaliação de qualidade de vida; SGRQ - Questionário do
Hospital Saint George na doença respiratória e Swal-QOL - Qualidade de Vida em
Disfagia). Histórico de pneumonia aspirativa e aumento de tosse foi observado em
17,2% dos pacientes, 34,5% apresentaram achados de aspiração pela tomografia de
alta resolução de pulmão e 24,1% apresentaram síndrome obstrutiva pela
espirometria. Nos questionários de qualidade de vida foi observado bons escores no
SF-36 e no Swal-QOL, e impacto no SGRQ nos domínios atividades, impacto e no
escore total. Este estudo demonstra que alterações pulmonares estão presentes em
pacientes que aspiram cronicamente, sugerindo que exames específicos devem fazer
parte da rotina de pacientes com diagnóstico de disfagia caracterizada por aspiração,
para melhor estabelecimento das condutas e seguimento. Estudos prospectivos
devem ser conduzidos para o estabelecimento preciso destas relações.
SUMMARY
Silva, SAC. Late pulmonary function and quality of life in patients with
dysphagia who aspirate. São Paulo; 2007. [Dissertação de Mestrado-Fundação
Antônio Prudente].
Dysphagia may come with laryngeal penetration and aspiration. Frequent penetration
of secretions or food on the lungs may lead to aspiration pneumonias. There are not
well established criteria about the security of oral feeding on patients presenting
laryngeal aspiration. The objective of this study was to evaluate late pulmonary
function on patients with chronic laryngeal aspirations. Twenty nine patients
participate on this study. They were submitted to a videofluoroscopy swallowing test,
with the diagnostic of oropharyngeal dysphagia, and presented laryngeal aspiration.
All patients had oral feeding at least six months before the procedures realization.
Patients were submitted to a high resolution computed tomography, to a pulmonary
function test – spirometry and application of quality of life questionnaires (SF-36
Medical Outcomes Short-Form Health Survey; Swal-QOL Quality of Life in
Swallowing Disorders and SGRQ - Saint George´s Respiratory Questionnaire).
Aspiration pneumonia history and increase on cough were observed on 17.2% of the
patients, 34.5% presented aspiration signs on a high resolution computed
tomography and 24.1% showed obstructive syndrome on spirometry. On the quality
of life questionnaires good scores were observed on SF-36 and on Swal-QOL, and
impact on SGRQ on activities and impact domains and on total score. This study
demonstrates that pulmonary alterations are present on patients with chronic
aspiration, suggesting that specific exams should be part of the routine exams of
patients with dysphagia characterized by aspiration, to better establishment of the
management and follow-up. Prospective studies should be lead to the establishment
of these relationships.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterização da amostra quanto à idade, sexo, raça, fumo, álcool e
local da lesão primária................................................................................22
Tabela 2 Caracterização da amostra quanto as variáveis estadiamento, cirúrgicas
e tratamento................................................................................................23
Tabela 3 Caracterização da amostra queixas em relação à deglutição via oral.........24
Tabela 4 Caracterização da amostra quanto à conclusão da avaliação
videofluoroscópica da deglutição, grau de severidade, sistematicidade
da aspiração, escala de penetração/aspiração e escala de severidade.........25
Tabela 5 Resultados da tomografia de alta resolução de pulmão, relacionadas a
alterações decorrentes da fibrose, aspiração, radioterapia e doença
pulmonar obstrutiva crônica .......................................................................26
Tabela 6 Distribuição de freqüência de acordo com as medidas de tendência
central e de variabilidade relacionadas aos achados na espirometria.........28
Tabela 7 Distribuição de freqüências de acordo com as medidas de tendência
central e de variabilidade relacionadas aos diferentes domínios do
questionário SF-36......................................................................................29
Tabela 8 Distribuição de freqüências de acordo com as medidas de tendência
central e de variabilidade relacionadas aos diferentes domínios do
questionário SWAL-QOL ............................................................................30
Tabela 9 Distribuição de freqüências de acordo com as medidas de tendência
central e de variabilidade relacionadas aos diferentes domínios do
questionário SGRQ .....................................................................................31
LISTA DE ABREVIATURAS
%CVF valor do predito da capacidade vital forçada
%FEF
25-75
Valor do predito do fluxo expiratório forçado 25 a 75 %
%PEF Valor do predito do pico de fluxo expiratório
%VEF
1
Valor do predito do volume expiratório forçado no primeiro
segundo
ATB Antibioticoterapia
BCP Pneumonia aspirativa
BTPS Body temperature pressure standard
CT Tomografia computadorizada
CVF Capacidade vital forçada
dp Desvio padrão
DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica
FEF
25-75
Fluxo expiratório forçado 25 a 75 %
Freq Freqüência
LHSG Laringectomia horizontal supraglótica
LV Laringectomia vertical
M Metástase à distância
Min-Máx Mínimo– máximo
Mx Mestástase à distância não pode ser avaliada
N Linfonodos regionais
n Número de pacientes
PEF Pico de fluxo expiratório
PG Pelveglossectomia
PGM Pelveglossomandibulectomia
SAME Serviço de arquivamento médico
SF-36 Questionário genérico de avaliação de qualidade de vida
SGRQ Questionário do Hospital Saint George na doença respiratória
SNE Sonda nasoenteral
SWAL-QOL Questionário de qualidade de vida em disfagia
T1 - T4 Indica o tamanho do tumor de acordo com o diâmetro e extensão
local
TAC Tomografia computadorizada de alta resolução
TQT Traqueostomia
VEF% Razão entre volume expiratório forçado e capacidade vital forçada
VEF
1
Volume expiratório forçado no primeiro segundo
VF Videofluoroscopia da deglutição
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO 1
2 OBJETIVOS 8
2.1 Geral 8
2.2 Específico 8
3 CASUÍSTICA E MÉTODOS 9
3.1 Critérios de Inclusão 9
3.2 Critérios de Exclusão 10
3.3 Tomografia de alta resolução 11
3.4 Espirometria 15
3.5 Questionários de Qualidade de Vida 18
3.6 Análise Estatística 20
4 RESULTADOS 21
4.1 Caracterização dos pacientes 22
4.2 Caracterização das queixas de deglutição 24
4.3 Caracterização dos achados da avaliação videofluoroscópica da deglutição25
4.4 Caracterização dos achados da tomografia de alta resolução de pulmão 26
4.5 Caracterização dos achados da espirometria 28
4.6 Caracterização das respostas referentes aos diferentes domínios
dos questionários de qualidade de vida 29
5 DISCUSSÃO 32
5.1 Tomografia de alta resolução 36
5.2 Espirometria 37
5.3 Qualidade de vida 38
5.3.1 SF-36 38
5.3.2 SWAL-QOL 40
5.3.3 SGRQ 43
6 CONCLUSÃO 46
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47
ANEXOS
Anexo 1 Comitê de Ética
Anexo 2 Consentimento pós-informado
Anexo 3 Ficha de Registro de Dados
Anexo 4 Escala de severidade da disfagia
Anexo 5 Escala de penetração e aspiração
Anexo 6 Questionário SF-36
Anexo 7 Questionário SWAL-QOL
Anexo 8 Questionário SGRQ
Anexo 9 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas aos domínios limitação por aspecto físico e
aspecto emocional referidas no questionário SF-36
Anexo 10 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas aos domínios vitalidade e saúde mental
referidas no questionário SF-36
Anexo 11 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas à primeira parte do domínio estado geral
da saúde e uma questão comparando a saúde de 1 ano
atrás referidas no questionário SF-36
Anexo 12 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas à última parte do domínio estado geral da
saúde referidas no questionário SF-36
Anexo 13 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas ao domínio capacidade funcional referidas
no questionário SF-36
Anexo 14 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas à primeira parte do domínio aspectos
sociais e ao domínio dor referidas no questionário SF-
36
Anexo 15 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas a última parte do domínio aspectos sociais
e ao domínio dor referidas no questionário SF-36
Anexo 16 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas ao domínio fardo e desejo de se alimentar
referidas no questionário SWAL-QOL
Anexo 17 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas ao domínio freqüência de sintomas
referidas no questionário SWAL-QOL de freqüências
das variáveis da alimentação
Anexo 18 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas aos domínios seleção de alimento e função
social referidas no questionário SWAL-QOL
Anexo 19 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas aos domínios comunicação, fadiga e sono
referidas no questionário SWAL-QOL
Anexo 20 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas ao domínio medo referidas no questionário
SWAL-QOL
Anexo 21 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas ao domínio saúde mental referidas no
questionário SWAL-QOL
Anexo 22 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis
relacionadas a melhor consistência (comida e líquido)
referida no questionário SWAL-QOL
Anexo 23 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à saúde referida no questionário SWAL-
QOL
Anexo 24 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à primeira parte do domínio atividade
referida no questionário SGRQ
Anexo 25 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à última parte do domínio atividade referida
no questionário SGRQ
Anexo 26 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à primeira parte do domínio impacto
referida no questionário SGRQ
Anexo 27 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à segunda parte do domínio impacto
referida no questionário SGRQ
Anexo 28 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à terceira parte do domínio impacto referida
no questionário SGRQ
Anexo 29 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à quarta parte do domínio impacto referida
no questionário SGRQ
Anexo 30 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à última parte do domínio impacto referida
no questionário SGRQ
Anexo 31 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à primeira parte do domínio sintomas
referida no questionário SGRQ
Anexo 32 Distribuição de freqüências de acordo com a variável
relacionada à última parte do domínio sintomas referida
no questionário SGRQ
1
1 INTRODUÇÃO
A deglutição normal envolve um complexo grupo de estruturas
interdependentes conectadas ao mecanismo neuronal – os nervos cranianos, os
sistemas sensório-motor e límbico, e a correta configuração, simetria e tamanho das
estruturas envolvidas no processo. Todos estes componentes entram em ação de
forma interrelacionada causando uma ação pressórica que desencadeia a deglutição
(MARCHESAN 2001; CARRARA-DE ANGELIS et al. 2002).
Disfagia é qualquer alteração do processo da deglutição e pode envolver
desde o comprometimento do vedamento labial, da propulsão do alimento pela ação
da língua, do atraso do início da deglutição, até dificuldades no trânsito
traqueoesofágico e na anatomofisiologia do esôfago (SANTINI 2001; CARRARA-
DE ANGELIS et al. 2002).
As disfagias podem vir acompanhadas de penetração e aspiração laríngeas.
Penetração refere-se à presença de material alimentar na laringe sem que este
ultrapasse as pregas vocais e atinja a traquéia. A aspiração é um termo genérico que
se refere à penetração de alimento na laringe, abaixo das pregas vocais
(LOGEMANN 1994). O material que penetra na corrente aérea geralmente
desencadeia o reflexo de tosse, através do nervo laríngeo superior, e pode então ser
expectorado. Em pacientes neurológicos ou quando há lesão do nervo laríngeo
superior, o reflexo de tosse encontra-se ausente ou atrasado, dificultando ou
impossibilitando a expectoração do alimento e impedindo assim a identificação
clínica das aspirações, as chamadas aspirações silentes. Muitas vezes, a penetração
2
freqüente de material no pulmão leva ao aparecimento de pneumonias aspirativas.
Quando há aspiração de material sólido podem ocorrer obstruções do espaço aéreo e
conseqüentemente dificuldades respiratórias (CARRARA-DE ANGELIS et al.
1997).
A pneumonia aspirativa ocorre quando há entrada de alimento, secreções do
próprio corpo ou outras substâncias, da via aérea superior ou do estômago para
dentro dos pulmões. Geralmente é causada por um anaeróbio (bactéria que pode
viver na ausência do oxigênio). Muitas vezes o conteúdo que é aspirado para um ou
ambos os pulmões é o suco gástrico do estômago, o qual, por ser ácido, inicialmente
causa uma pneumonite, para posteriormente ocorrer a pneumonia propriamente dita
(EPSTEIN 1988; MARIK 2001; FALESTINY e YU 2006).
Existem duas condições predisponentes para que ocorra a aspiração do
inóculo (pequena quantidade de substâncias contendo bactéria) para os pulmões.
Uma delas é a falha nos mecanismos de defesa que protegem os pulmões, e a outra
acontece porque o inóculo que alcançou o pulmão tem de ser suficientemente
deletério para iniciar o processo inflamatório da pneumonia (EPSTEIN 1988).
Se por algum motivo, o fechamento da laringe não proteger a via aérea da
entrada do alimento/secreções, são acionados os mecanismos de defesa. Inicialmente,
deve ocorrer o reflexo de tosse, idealmente ao nível laríngeo. Se o reflexo de tosse
não expulsar o material que está indo em direção ao pulmão, um movimento de cílios
iniciará a limpeza destes. Os cílios revestem a parte interna dos brônquios
(tubulações que espalham o ar dentro dos pulmões) e funcionam como cerdas de uma
escova que trabalha de forma unidirecional, levando a “sujeira” dos pulmões em
direção à boca. Se, porventura, todos estes mecanismos forem vencidos e o inóculo
3
alcançar os alvéolos, ainda terá a fagocitose dos macrófagos para combater aquela
bactéria deletéria contida no inóculo aspirado. Os alvéolos são diminutos sacos onde
ocorrem as trocas gasosas dos pulmões. Já os macrófagos são as células que
combatem as bactérias que chegam aos alvéolos. Portanto, para que ocorra a
pneumonia aspirativa, a bactéria agressiva que está no inóculo aspirado da via aérea
superior para os pulmões terá que vencer todos os mecanismos de defesa
supracitados (CAMERON et al. 1973; EPSTEIN 1988).
A aspiração de substâncias diferentes nas vias aéreas e nos pulmões pode
causar uma variedade de complicações pulmonares, como a pneumonia, a
broncopneumonia, o abscesso pulmonar, e o enfisema lombar ou segmental. O
segmento posterior dos lóbulos superiores e o segmento superior dos lóbulos mais
baixos são os locais geralmente envolvidos nas doenças pulmonares ocasionadas pela
aspiração. Caso não seja utilizado um exame mais detalhado, estes achados podem
ser confundidos com outras doenças pulmonares, tais como a proteinose alveolar ou
neoplasias. A tomografia computadorizada (CT) provou ser útil na avaliação das
doenças da aspiração que não são visíveis no raio X de tórax convencionais
(FRANQUET et al. 2000).
Durante anos a aspiração laringotraqueal foi considerada o principal fator
responsável pelo desenvolvimento da pneumonia aspirativa (SCHMIDT et al. 1994;
KAYE et al. 1997; PÉRIÉ et al. 1998; ESPARZA et al. 2001). Entretanto, sabemos
que nem todos os pacientes que apresentam aspiração laringotraqueal desenvolvem
pneumonia. Na literatura encontramos uma incidência de 50%, sugerindo que outros
fatores, além da aspiração traqueal, como a presença de sonda nasoenteral, são
4
importantes no seu desencadeamento (CROGHAN et al. 1994; GOMES et al.
2003b).
Com o objetivo de verificar a associação entre a presença da sonda
nasoenteral (SNE) com a aspiração e pneumonia aspirativa, GOMES et al. (2003a)
realizaram um estudo com 123 pacientes com doença cerebrovascular, complicada
por disfagia orofaríngea. Estes pacientes foram acompanhados por 6 meses, e neste
período 36 pacientes apresentaram pneumonia aspirativa. O critério de definição da
pneumonia foi a presença de febre (T=37,5ºC), tosse, escarro purulento, associados a
evidências radiológicas de condensações pulmonares, coloração de Gram com
bactérias intracelulares, e culturas positivas de escarro do aspirado traqueal, líquido
pleural ou do sangue. Observaram que os pacientes com SNE apresentaram maior
freqüência de pneumonia aspirativa e aspiração do que os sem SNE (p=0,001 e
p=0,048, respectivamente). Estes autores concluíram que os pacientes com doenças
cerebrovascular complicados por disfagia e portadores de SNE promovem acúmulo
de secreções na faringe e aumento do pH intragástrico com conseqüente colonização
bacteriana. Esta situação aumenta o risco de aspiração e pneumonia.
FEINBERG et al. (1997) correlacionaram a freqüência de pneumonia com a
aspiração de líquidos e as condições de alimentação em pacientes idosos (78-96
anos) com cuidados especiais em casa. Foram analisados 152 pacientes que haviam
feito a avaliação videofluoroscópica da deglutição, dos quais 81 com disfagia
orofaríngea, 19 com disfagia torácica (aspiração traqueobrônquica) e 52 sem
disfagia. Os pacientes com alteração orofaríngea foram orientados a realizar
fonoterapia ou utilizar via alternativa de alimentação. Estes pacientes foram
acompanhados por 3 anos e as condutas foram categorizadas de acordo com o grau
5
de aspiração e as condições de alimentação. Os resultados deste estudo indicaram
não existir uma relação simples e óbvia entre aspiração de líquidos e pneumonia. A
alimentação artificial não pareceu ser uma solução satisfatória para prevenção de
pneumonias em pacientes idosos com aspiração de líquidos.
PIKUS et al. (2003) estudaram 381 pacientes através da videofluoroscopia da
deglutição, separando-os em cinco grupos: 1) deglutição normal; 2) paciente com
alteração da deglutição, mas sem penetração laríngea ou aspiração traqueobrônquica;
3) paciente com penetração laríngea; 4) paciente com aspiração traqueobrônquica e
5) paciente com aspiração traqueobrônquica silente. Revisaram dados clínicos para
determinar quantos haviam desenvolvido pneumonia durante os seis meses que
antecederam ou sucederam a avaliação videofluoroscópica. Concluíram que o risco
de desenvolver pneumonias aumenta significantemente de acordo com as
características da penetração e/ou aspiração, ou seja, os pacientes que apresentavam
penetração laríngea tinham 4 vezes mais chance de evoluir com pneumonia, os
pacientes com aspiração traqueobrônquica 10 vezes e os pacientes com aspiração
traqueobrônquica silente 13 vezes mais.
BRETAS et al. (2004) realizaram um estudo retrospectivo nesta instituição,
cujo objetivo foi acompanhar as possíveis complicações pulmonares, no decorrer de
seis meses após a videofluoroscopia, dos pacientes portadores de disfagia orofaríngea
decorrentes de qualquer modalidade de tratamento para tumores de cabeça e pescoço.
Analisaram 524 exames de videofluoroscopia e agruparam os pacientes em 4 grupos:
deglutição funcional ou alteração da deglutição, mas sem penetração ou aspiração
laríngea, penetração laríngea, aspiração laríngea e aspiração laríngea silente.
Revisaram o prontuário destes pacientes para anotação das complicações
6
pulmonares. Dos 524 pacientes 11,1% apresentaram broncopneumonia e 11,9%
utilizaram antibioticoterapia, 15,9% tiveram aumento de secreção e 15,5% aumento
de tosse. Quando correlacionaram estes dados com os 4 grupos acima citados
observaram uma prevalência significativa de presença de complicações pulmonares
nos pacientes que apresentaram entrada de alimento na via aérea, principalmente
com aspiração e aspiração silente.
As mudanças nos aspectos físicos, emocionais e funcionais decorrentes de
alterações na deglutição ou na respiração dos pacientes que evoluem com disfagia
após a cura do câncer podem trazer conseqüências indesejáveis em termos
psicossociais, acarretando maior ou menor impacto na qualidade de vida dos
indivíduos, a depender de sua representação pessoal e da necessidade de interação
social, familiar ou profissional.
Avaliar a qualidade de vida cada vez mais tem sido importante no contexto
científico. Os questionários de saúde geral foram desenvolvidos para expressar, em
termos numéricos, distúrbios da saúde percebidos do ponto de vista do pacientes
(SOUSA et al. 2000).
Existem inúmeros questionários de qualidade de vida em saúde geral, entre
eles o Questionário genérico de avaliação de qualidade de vida - Medical Outcomes
Study 36 – Item Short-form Health Survey – SF-36 (BRAZIER et al. 1992) que é um
instrumento genérico de avaliação de qualidade de vida, de fácil administração e
compreensão, porém não tão extenso quanto aos demais questionários de saúde geral
(CICONELLI et al. 1999).
Os questionários de medida de saúde geral são a melhor tentativa de abranger
todo o espectro da “doença”, mas inevitavelmente reduzem o número de itens que se
7
referem às condições clínicas específicas. Por isso, os questionários de doença-
específicos foram desenvolvidos para avaliar uma doença específica e quantificar
ganho de saúde após o tratamento (SOUZA et al. 2000).
Para observarmos o impacto de forma mais específica nas possíveis
alterações que a aspiração laringotraqueal pode interferir na qualidade de vida destes
indivíduos encontramos os questionários Qualidade de vida em disfagia - Quality of
live in Swallowing Disorder –SWAL-QOL (MCHORNEY et al. 2002) e o
Questionário do Hospital Saint George na doença respiratória - Saint George’s
Respiratory Questionnaire – SGRQ (JONES et al. 1991). Estes questionários avaliam
de forma específica as alterações decorrentes da disfagia e dos distúrbios
respiratórios.
Ainda não há critérios bem estabelecidos sobre a segurança da alimentação
via oral de pacientes que apresentam penetrações e/ou aspirações laríngeas, o que faz
com que as condutas de alimentação careçam de embasamento científico. Em alguns
estudos encontramos a evolução clínica pulmonar imediata nos pacientes que
aspiram, entretanto não sabemos no longo prazo o que acontece com os pacientes
que não apresentam sintomas e/ou evolução clínica pulmonar imediata. Desta forma,
se faz necessário a observação das complicações pulmonares no longo prazo para
melhor intervirmos. Além disso, são escassas as publicações que avaliam a qualidade
de vida de pacientes que evoluem com complicações pulmonares decorrentes da
aspiração laringotraqueal.
8
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Avaliar a função pulmonar tardia e a qualidade de vida de pacientes com
disfagia mecânica que apresentem aspirações laríngeas crônicas.
2.2 ESPECÍFICO
2.2.1 Avaliar a função pulmonar através da tomografia de alta resolução e
espirometria de pacientes que apresentem aspirações laríngeas crônicas
2.2.2 Avaliar a qualidade de vida geral através do questionário genérico de
avaliação em qualidade de vida – Medical Outcomes Study 36 – Item Short –
Form Health Survey – SF-36
2.2.3 Avaliar a qualidade de vida específica em disfagia através do questionário de
qualidade de vida em disfagia – Quality of life in Swallowing Disorder –
Swal-QOL
2.2.4 Avaliar a qualidade de vida específica em alterações respiratórias através do
questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória – Saint
George’s Respiratory Questionnaire – SGRQ
9
3 CASUÍSTICA E MÉTODO
Trata-se de um estudo transversal. Primeiramente foi realizado um
levantamento nos arquivos do Departamento de Fonoaudiologia do Hospital
A.C.Camargo de todos os pacientes submetidos ao exame de videofluoroscopia da
deglutição, no período de 1998 (início da realização dos exames na instituição) a
janeiro de 2006, que apresentaram diagnóstico de disfagia com a presença de
aspiração laríngea, há pelo menos 6 meses antes da convocação para realização dos
procedimentos
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição em
30 de novembro de 2005 sob no. 734/05 (Anexo 1). Após este período, iniciamos o
levantamento dos prontuários para a identificação dos pacientes elegíveis, o que
ocorreu entre dezembro de 2005 e março de 2006.
3.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Foram incluídos pacientes submetidos à videofluoroscopia da deglutição no
período de janeiro de 1998 a janeiro de 2006, tratados do câncer de cabeça e pescoço,
que apresentaram aspiração laringotraqueal durante o exame, independente de sexo,
idade e forma de tratamento curativo, e sem apresentar doença em atividade. Todos
os pacientes deviam estar alimentando-se com dieta via oral ou mista (via oral e
sonda nasoenteral ou via oral e gastrostomia) há pelo menos 6 meses. Os pacientes
tinham que ser capazes de compreender e responder respostas, e concordar em
10
participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Pós-Informado (Anexo
2).
3.2 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO
Foram excluídos os pacientes:
que apresentaram penetração laríngea ou não tiveram entrada de contraste na
via aérea inferior diagnosticada pela avaliação videofluoroscópica da
deglutição,
com alterações neurológicas que pudessem comprometer a compreensão ou
expressão da linguagem,
com doença em atividade,
submetidos à laringectomia total,
com traqueostomia,
alimentando-se exclusivamente por sonda nasoenteral ou gastrostomia,
que não aceitaram participar da presente pesquisa,
que não completaram todos os procedimentos que compõem a metodologia
do estudo,
que não tiveram retorno no hospital no período da coleta,
cujo plano de saúde não dava cobertura aos procedimentos deste estudo,
realizando acompanhamento clínico em outro serviço, e
com endereço e telefone desatualizados.
Após estes critérios de seleção, foi realizado um levantamento dos dados
demográficos e clínicos dos pacientes selecionados junto ao Serviço de Arquivo
11
Médico (SAME) e dos principais achados selecionados para este estudo, de acordo
com a ficha de Registro de Dados (Anexo 3). Os exames foram reavaliados e
classificados de acordo com as escalas de Severidade da Disfagia (O’Neil et al.
1999-Anexo 4) e de Penetração e Aspiração (ROSENBEK et al. 1996-Anexo 5).
A escala de penetração e aspiração foi adaptada para a seguinte classificação:
Aspiração audível sem resíduo: quando o contraste passa o nível glótico, mas
não há resíduos no nível subglótico, e o paciente apresenta tosse e/ou engasgo
(Nível 6);
Aspiração audível com resíduo: contraste passa o nível glótico com resíduo
no subglótico, e o paciente apresenta tosse e/ou engasgo (nível 7);
Aspiração silente: contraste passa a glote com resíduo na subglote, mas o
paciente não responde (nível 8).
Em seguida, foram verificados, através das anotações do prontuário, os
parâmetros quanto à presença ou não de pneumonia (BCP), antibioticoterapia (ATB),
aumento de tosse, aumento de secreção e dispnéia, até seis meses após a avaliação
videofluoroscópica.
Todos os pacientes foram convocados, aproveitando seu retorno ao hospital,
para a realização dos seguintes procedimentos:
3.3 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR
Para avaliar a função pulmonar os pacientes foram encaminhados pelo
departamento de cabeça e pescoço para o setor de imagem e ao departamento de
pneumologia para realização da tomografia de alta resolução do pulmão e
espirometria.
12
3.3.1 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO
DE PULMÃO - TAC
Este exame foi realizado pelos médicos do departamento de imagem da
instituição. Optou-se por tal avaliação por permitir melhor demonstração das
interfaces parenquimatosas normais e anormais, propiciando melhor visualização de
pequenos vasos, vias respiratórias e anormalidades intersticiais sutis. As tomografias
foram analisadas de acordo com o consenso brasileiro (PEREIRA-SILVA et al.
2005) por dois radiologistas experientes e por um pneumologista.
Foram consideradas as seguintes alterações descritas:
Fibrose: quando os pacientes apresentavam alteração fibrótica no ápice
bilateral; bronquiectasia de tração com redução volumétrica; bronquiectasia
de tração; densificações intersticiais tipo vidro fosco e micronodular esparsas
nas bases; dilatação dos brônquios basais bilateralmente; focos irregulares de
densificação do parênquima, poupando parcialmente as regiões periféricas,;
infiltrado alveolar; infiltrado intersticial micronodular, com áreas de
faveolamento; infiltrado reticular; infiltrado reticulo nodular na base do
pulmão direito; opacidades nodulares irregulares, com estrias associadas;
opacidades pulmonares irregulares distribuídas em mais de um segmento;
espessamento pleural; pinçamento pleuro diafragmático; pleuropneumopatia
bilateral (fibrocicatricial); sinais de pneumopatia intersticial
Alterações decorrentes da aspiração: quando os pacientes apresentavam
alteração fibrótica em ápices bilateralmente; bronquiectasia; bronquiectasia
13
de tração com redução volumétrica do segmento medial do lobo médio
direito; bronquiectasia de tração no ápice; bronquiectasia de tração no lobo
inferior direito; bronquiectasias e infiltrados intersticiais apicais;
densificações intersticiais tipo vidro fosco e micronodular esparsas nas bases;
dilatação dos brônquios basais bilateralmente; focos irregulares de
densificação do parênquima em lobo inferior direito e no segmento lateral do
lobo médio, poupando parcialmente as regiões periféricas, algumas com base
pleural; imagem de adição arredondada no interior da parede lateral direita do
terço inferior da traquéia que se mobiliza nos corte adicionais; infiltrado
alveolar em base direita; infiltrado alveolar lobo inferior esquerdo; infiltrado
compatível com a aspiração; infiltrado intersticial em pulmão direito
(compatível com pneumonite aspirativa); infiltrado intersticial micronodular
no lobo inferior direito, com áreas de faveolamento/ pequena dilatação dos
brônquios nos lobos inferiores; infiltrado reticulado alveolar na base pulmão
esquerdo; infiltrado reticular; infiltrado reticulo nodular na base do pulmão
direito; infiltrado reticulo nodular em base pulmão direito; infiltrado reticulo
nodular no pulmão direito; opacidade nodular irregular, com estrias
associadas, no segmento posterior do lobo inferior esquerdo; opacidades
pulmonares irregulares distribuídas nos segmentos superior do lobo inferior
esquerdo, medial do lobo médio e lingular superior; pequeno foco de
espessamento pleural no terço médio posterior a esquerda; pinçamento
pleuro diafragmático basal posterior esquerdo
Alterações decorrentes da radioterapia: quando os pacientes apresentavam
alteração fibrótica no ápice bilateral; alterações fibrocicatriciais nos lobos
14
superiores; bronquiectasia de tração com redução volumétrica do segmento
medial do lobo médio direito; bronquiectasia de tração no ápice;
bronquiectasias e infiltrados intersticiais apicais notadamente a direita; estrias
e traves fibróticas apicais bilaterais, associado a espessamento pleural; estrias
fibrocicatriciais apicais bilaterais; estrias, brônquios dilatados e reação pleural
nos lobos superiores; ; infiltrado alveolar e bronquiectasia em lobo superior
direito; infiltrado em ápice de pulmão esquerdo compatível com seqüela
actinica; infiltrado reticular; infiltrado reticular em ápice pulmão esquerdo;
opacidade e estrias irregulares com características fibro-retrateis nos ápices
pulmonares compatíveis com alterações pós-radioterapia; opacidades
intersticio-alveolares associada a reação pleural adjacente localizada nos
segmentos apical do lobo superior direito e apico posterior esquerdo
(pleuropneumopatia apical bilateral); opacidades pulmonares irregulares
distribuídas nos segmentos superior do lobo inferior esquerdo, medial do lobo
médio e lingular superior; pleuropneumopatia bilateral (fibrocicatricial);
seqüela actinica em ápice; seqüela em ápice difusa com bronquiectasia de
tração; seqüelas fibrocicatriciais em ápices.
Alterações decorrentes de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC):
quando os pacientes apresentavam bolha de enfisema centrolobular; bolha
enfisematosas esparsas bilateralmente, predominando nas regiões subpleurais
dos lobos superiores; bolhas de enfisema; bolhas de enfisema com
predomínio em ápice; bolhas enfisematosas para-septais e centrilobulares
difusamente distribuídas em ambos os pulmões (alterações enfisematosas
15
difusas); bolhas enfisematosas periféricas, predominando nos ápices; bolhas
pulmonares enfisematosas esparsas; bolhas subpleurais predominando nos
ápices centrolobular bilaterais; enfisema pulmonar; enfisema centrolobular;
enfisema para-septal; estrias fibróticas (atelectasia laminar); hiperinsuflação
pulmonar (enfisema); imagens hipoatenuante distribuídas em ambos os
pulmões, predominando nos ápices e regiões subpleurais que distorcem a
arquitetura vascular pulmonar; múltiplas bolhas de enfisema.
Algumas características são encontradas em mais de um quadro pulmonar,
por exemplo, a alteração fibrótica no ápice bilateral que pode ser indicativa tanto de
fibrose, quanto de aspiração ou seqüela da radioterapia. Estas foram consideradas
para todos os quadros associados.
3.3.2 TESTE DA FUNÇÃO PULMONAR – ESPIROMETRIA
Este teste foi realizado e interpretado por um pneumologista da instituição.
Foi utilizado o Espirômetro Portátil Microloop 3535, sistema aberto, ou seja, o
indivíduo realiza uma inspiração máxima fora do sistema, antes de colocar o tubete
na boca e expirar.
É uma avaliação que permite medir o volume de ar inspirado e expirado e os
fluxos expiratórios, sendo especialmente útil a análise dos dados derivados da
manobra expiratória forçada. É um teste que auxilia na prevenção e permite o
diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios (PEREIRA et al. 1996).
Todos os testes são medidos e comparados a valores preditos, obtidos de estudo
populacionais aplicados em pessoas isentas de comprometimento clínico
(KNUDSON et al. 1979).
16
Foram consideradas as seguintes medidas:
Capacidade Vital Forçada (CVF): representa o volume máximo de ar exalado
com esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração. O paciente foi
orientado a realizar uma inspiração máxima seguida de uma expiração rápida
e completa. A CVF fornece informações importantes acerca da função
ventilatória, como o grau de dificuldade imposta pelas vias aéreas ao fluxo de
ar e a quantidade máxima do ar que pode ser deslocado entre os pulmões e o
meio ambiente em um único movimento expiratório (TERRA FILHO 1998).
Seu resultado é expresso em valores absolutos e em percentual de predito,
sendo que o valor normal é 80% do predito. Esta grandeza é expressa em
litros, (BTPS - Body temperature pressure standard).
Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF
1
): representa o
volume de ar exalado no primeiro segundo da manobra expiratória forçada. É
a mais importante das variáveis espirométricas para caracterização da
limitação do fluxo nas doenças. É conveniente pensar no VEF
1
como o fluxo
médio durante o primeiro segundo da CVF e avalia basicamente os distúrbios
obstrutivos. O valor normal é 80% do predito. Usa-se também o VEF
1
para
quantificar o grau da obstrução: obstrução leve (79 a 60% do predito),
moderada (59 a 40% do predito) e severa (menos de 40% do predito). Esta
grandeza é expressa em litros (BTPS).
17
Pico de Fluxo Expiratório (PEF%): representa o fluxo máximo de ar durante
a manobra de CVF. Esta grandeza é expressa em litros/segundo (BTPS). O
valor normal é 80% do predito.
Fluxo Expiratório forçado 25-75% (FEF
25-75%
): representa o fluxo expiratório
forçado médio na faixa intermediária da CVF, isto é entre 25 e 75% da curva
de CVF. Esta grandeza é expressa em litros/segundo (BTPS). O valor normal
é 60% do predito.
Razão entre volume expiratório forçado e capacidade vital forçada (VEF%): é
obtido através da razão derivada da equação VEF1/CVF x 100, é um dos
testes mais sensíveis na detecção precoce da obstrução das vias aéreas. O
VEF% é a fração da CVF que pode ser exalada no primeiro segundo da
expiração. Este índice é tradicionalmente conhecido como “índice de
Tiffeneau”. O valor normal é 80% do predito.
Principais interpretações dos achados:
síndrome restritiva: CVF menor que 80% do predito e VEF% dentro do
predito, indicada a medida da capacidade pulmonar total para confirmação
diagnóstica
síndrome obstrutiva: CVF maior que 80% e VEF% menor que o valor do
predito
FEF
25-75%
: menor que 60% do predito é indicativo de distúrbio obstrutivo
leve, se visto isoladamente na presença de sintomas e/ou tabagismo.
18
3.4 QUALIDADE DE VIDA
Para avaliar o quanto as alterações decorrentes da aspiração laringotraqueal
crônica poderiam afetar a qualidade de vida dos pacientes, foi aplicado três
questionários de qualidade de vida, um em saúde geral e dois específicos: um em
disfagia e um em doença respiratória.
3.4.1 Questionário Genérico de Avaliação de Qualidade de Vida - Medical
Outcomes Study 36 – Item Short-form Health Survey: SF-36 (BRAZIER et al.
1992, Anexo 6)
É um questionário genérico multidimensional formado por 36 itens,
englobados em 8 escalas ou componentes: “capacidade funcional” (10 itens),
“aspectos físicos” (4 itens), “dor” (2 itens), “aspectos emocionais” (3 itens), “saúde
mental” (5 itens) e mais uma questão de avaliação comparativa entre as condições de
saúde atual e a de um ano atrás. Avalia tanto os aspectos negativos da saúde (doença
ou enfermidade), como os aspectos positivos (bem-estar). Para avaliação de seus
resultados, após sua aplicação é dado um escore para cada questão que
posteriormente é transformado numa escala de 0 a 100, onde zero corresponde a um
pior estado de saúde e 100 a um melhor, sendo analisada cada dimensão em
separado. Não existe um único valor que resuma toda a avaliação, traduzindo-se num
estado geral de saúde melhor ou pior, justamente para que, numa média de valores,
evite-se o erro de não se identificar os verdadeiros problemas relacionados à saúde
do paciente ou mesmo de subestimá-los. O SF-36 foi validado para o Português por
CICONELLI et al. (1997).
19
B Qualidade de Vida em Disfagia - Quality of Life in Swallowing Disorder
SWAL-QOL (MCHORNEY et al. 2002, Anexo 7).
Ferramenta de 44 questões que avaliam 10 domínios de qualidade de vida
(“fardo”, “desejo de se alimentar”, “freqüência dos sintomas”, “seleção do alimento”,
“comunicação”, “medo”, “saúde mental”, “função social”, “sono” e “fadiga”).
Obtidas as respostas, todo o questionário terá seus valores convertidos numa
pontuação variável de 0 a 100, onde 0 corresponde a um escore ruim e 100 a um
escore bom, sendo 100 o escore máximo para cada domínio. Após a conversão, os
valores de cada resposta dentro de cada domínio são somados para cada paciente e o
resultado dividido pelo número de questões do referente domínio analisado, sendo a
resultante, o valor do escore do domínio. O SWAL-QOL foi traduzido e adaptado
para a nossa cultura, de acordo com normas aceitas internacionalmente por
MONTONI et al. (2006).
C Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória - Saint
George’s Respiratory Questionnaire SGRQ (JONES et al. 1991, Anexo 8)
É um questionário doença-específico desenvolvido para avaliação da
qualidade de vida em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC). Esse questionário aborda os aspectos relacionados a três domínios:
sintomas, atividade e impactos psicossociais que a doença respiratória inflige ao
paciente. Cada domínio tem uma pontuação máxima possível; os pontos de cada
resposta são somados e o total é referido como um percentual deste máximo. Valores
acima de 10% refletem uma qualidade de vida alterada naquele domínio. Alterações
iguais ou maiores que 4% após uma intervenção, em qualquer domínio ou soma total
20
dos pontos, indica uma mudança significativa na qualidade de vida dos pacientes. O
SGRQ foi validado para o português por SOUSA et al. (2000).
3.6 ANÁLISE DESCRITIVA
Medidas de tendência central e de variabilidade foram utilizadas para
descrever as variáveis numéricas e a distribuição de freqüências nas variáveis
categóricas.
21
4 RESULTADOS
Foram levantados 314 pacientes elegíveis. Destes, 279 foram excluídos (131
óbitos, 25 por apresentarem doença em atividade, 19 por não aceitarem participar, 19
de outro estado que não tiveram retorno no período da coleta, 17 não conseguimos
contato, 15 submetidos à laringectomia total, 12 com traqueostomia, 11 estão com
acompanhamento fora do hospital, 6 com alterações neurológicas que
comprometeram a compreensão e/ou a expressão da linguagem, 16 cujo plano de
saúde não dava cobertura aos procedimentos deste estudo, 4 não completaram todas
as etapas do estudo, 3 alimentando-se exclusivamente por gastrostomia e 1 por estar
acamado).
Desta forma, nossa casuística constituiu-se de 29 pacientes. Sua
caracterização quanto às variáveis demográficas e clínicas, estadiamento e
tratamento estão apresentadas nas Tabelas 1 e 2.
22
Tabela 1 - Caracterização da amostra quanto à idade, sexo, raça, fumo, álcool e local
da lesão primária.
V
V
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
l
l
C
C
a
a
t
t
e
e
g
g
o
o
r
r
i
i
a
a
n
n
(
(
%
%
)
)
Sexo
Masculino
Feminino
19 (65,5)
10 (34,5)
Idade
Mediana
Min-Máx
Média +
dp
65
41-86
63,3 +
10,6
Raça
Branca
Negra
Parda
Amarela
25 (86)
2 (6,9)
1 (3,4)
1 (3,4)
Fumo
Mantém o hábito
Parou
Nunca
5 (17,2)
21 (72,4)
3 (10,3)
Álcool
Mantém o hábito
Parou
Nunca
1 (3,4)
16 (55,2)
12 (41,4)
Lesão primária
Cavidade oral
Orofaringe
Hipofaringe
Laringe
Traquéia
Rinofaringe
8 (27,6)
8 (27,6)
1 (3,4)
10 (34,5)
1 (3,4)
1 (3,4)
min – mínimo; máx – máximo; dp – desvio padrão
23
Tabela 2 - Caracterização da amostra quanto as variáveis estadiamento, cirúrgicas e
tratamento.
V
V
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
l
l
C
C
a
a
t
t
e
e
g
g
o
o
r
r
i
i
a
a
n
n
(
(
%
%
)
)
/
/
m
m
e
e
d
d
i
i
d
d
a
a
Estadiamento (T)
1
2
3
4
2 (6,9)
8 (27,6)
11 (37,9)
8 (27,6)
Estadiamento (N)
0
1
2
3
14 (48,3)
10 (34,5)
3 (10,3)
2 (6,9)
Estadiamento (M)
0
x
27 (93,1)
2 (6,9)
Cirurgia
Não
Cavidade oral
Orofaringe
Laringe
Outras
5 (17,2)
6 (20,7)
9 (31)
4 (13,8)
5 (17,2)
Esvaziamento
Cervical
Não
Sim
9 (31)
20 (69)
Radioterapia
Dose da Radioterapia
Não
Sim
Min-máx
Mediana
Média+
dp
1 (3,4)
28 (96,6)
5000-7200
6040
6281+
672,9
Quimioterapia
Não
Sim
20 (69)
9 (31)
T – tumor primário; N – linfonodos regionais; M – metástase distante; PG – Pelveglossectomia;
PGM – pelveglossomandibulectomia; LHSG – laringectomia horizontal supraglótica; LV –
laringectomia vertical; min-máx – mínima –máxima; dp – desvio padrão.
24
Dos 29 pacientes, 26 (89,7%) utilizaram alimentação enteral em algum
momento do tratamento por um tempo médio de 102 dias, sendo que durante a
videofluoroscopia da deglutição apenas 9 (31%) estavam com SNE.
Todos os pacientes realizaram fonoterapia, sendo que 5 (17,2%) permaneciam
em processo fonoterápico durante a realização deste estudo.
Vinte cinco (86,2%) pacientes apresentaram queixas de deglutição, sendo a
consistência sólida a mais referida (72,4%). Oito (27,6%) pacientes não se
alimentavam com a consistência sólida, 2 (6,9%) tinham restrição de pastoso e sólido
e 1 (3,4%) não ingeria líquido. As queixas mais freqüentes eram engasgos e estases,
ambos em 15 (51,7%) pacientes (Tabela 3).
Tabela 3 - Caracterização da amostra queixas em relação à deglutição via oral.
Variável
Categoria
n
n
(
(
%
%
)
)
QUEIXA DE DEGLUTIÇÃO
Consistências
Sintomas
Não
Sim
Líquido
Líquido-Pastoso
Pastoso
Sólido
Tosse
Engasgo
Odinofagia
Estase
4 (13,8)
25 (86,2)
14 (48,3)
9 (31)
11 (37,9)
21 (72,4)
9 (31)
15 (51,7)
1 (3,4)
15 (51,7)
25
Em relação aos achados da videofluoroscopia, a maior parte dos pacientes foi
diagnosticada com disfagia orofaríngea discreta caracterizada por aspiração de grau
discreto, assistemática e silente (Tabela 4).
Tabela 4 - Caracterização da amostra quanto à conclusão da avaliação
videofluoroscopia, grau de severidade e sistematicidade da aspiração, escala de
penetração/aspiração e escala de severidade.
V
V
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
l
l
C
C
a
a
t
t
e
e
g
g
o
o
r
r
i
i
a
a
n
n
(
(
%
%
)
)
Conclusão VF
Disfagia Orofaríngea
Disfagia Faríngea
27 (93,1)
2 (6,9)
Grau da aspiração
Discreta
Moderada
20 (69)
9 (31)
Sistematicidade da
aspiração
Assistemática
Sistemática
23 (79,3)
6 (20,7)
Escala de Penetração/
Aspiração
Aspiração audível sem resíduo
Aspiração audível com resíduo
Aspiração silente
4 (13,8)
3 (10,3)
22 (75,9)
Escala de Severidade da
Disfagia
Discreta
Discreta/Moderada
Moderada
Moderada/Severa
10 (34,5)
9 (31)
6 (20,7)
4 (13,8)
VF – videofluoroscopia da deglutição
26
Quanto à evolução clínica pulmonar, observamos que 5 (17,2%) apresentaram
história de pneumonia aspirativa, sendo que todos foram tratados com
antibioticoterapia. O aumento de tosse foi observado em 5 (17,2%) pacientes e o
aumento de secreção e dispnéia em 4 (13,8%).
Dos pacientes que apresentaram diagnóstico de BCP, 100% utilizaram SNE
em algum momento do tratamento. Ointenta porcento destes pacientes apresentavam
estadiamento clínico avançado, sendo que 80% foram estadiados como T4 e 60%
com linfonodo positivo.
Em relação aos achados da tomografia de alta resolução de pulmão
observamos que 10 (34,5%) pacientes apresentaram alterações decorrentes da
aspiração, sendo que estes pacientes também apresentaram fibrose (Tabela 5).
Tabela 5 – Resultados da tomografia de alta resolução de pulmão, relacionadas a
alterações decorrentes da fibrose, aspiração, radioterapia e DPOC
V
V
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
l
l
C
C
a
a
t
t
e
e
g
g
o
o
r
r
i
i
a
a
n
n
(
(
%
%
)
)
Fibrose
Não
Sim
19 (65,5)
10 (34,5)
Alterações decorrentes da Aspiração
Não
Sim
19 (65,5)
10 (34,5)
Alterações decorrentes da
Radioterapia
Não
Sim
13 (44,8)
16 (55,2)
Alterações decorrentes de DPOC
Não
Sim
20 (69)
9 (31)
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
27
Na espirometria, 11 (37,9%) pacientes apresentaram valores do predito menor
que 80% e 18 (62,1%) apresentaram valores do predito da CVF normal.
Treze pacientes (44,8%) apresentaram valor VEF
1
menor que 80%, 15
(51,7%) com valor do predito dentro da normalidade.
Encontramos valores do predito reduzido de PEF% em 23 (79,3%) e dentro
da normalidade em 5 (17,2%).
Em 1 (3,4%) paciente não foi possível obter o valor do predito dos
parâmetros CVF, VEF
1
e PEF%.
Dezoito (62,1%) pacientes tiveram valores do predito de FEF
25-75%
acima da
normalidade e 10 (34,5%) abaixo da normalidade
O valor do predito de VEF% foi acima da normalidade em 16 (55,2%)
pacientes e abaixo de 80% do predito em 12 (41,4%).
Na interpretação dos resultados da espirometria, observamos que 7 (24,1%)
pacientes apresentaram síndrome obstrutiva.
Encontram-se na Tabela 6 os resultados referentes aos parâmetros analisados
através da espirometria.
28
Tabela 6 – Distribuição de freqüências de acordo com as medidas de tendência
central e de variabilidade relacionadas aos achados na espirometria.
V
V
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
l
l
M
M
i
i
n
n
M
M
á
á
x
x
M
M
e
e
d
d
i
i
a
a
n
n
a
a
M
M
é
é
d
d
i
i
a
a
+
+
d
d
p
p
CVF
1,0 – 4,8
2,7
2,7 +0,8
%CVF
43 – 114
82
79 +19
VEF1
0,77 – 3,6
2,2
2,2 +0,7
%VEF1
41 – 120
81
82 +21
PEF%
81 – 462
225
233 +
108
%PEF%
31 – 114
61
64 +
22
FEF
25-75%
0,5 – 4,5
2,1
2,0 +1
%FEF
25-75%
14 – 246
78
80 +47
VEF%
54 – 98
81
81 +
10
CVF - Capacidade Vital Forçada; VEF1 - Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo;
PEF% - Pico de Fluxo Expiratório; FEF
25-75%
- Fluxo Expiratório forçado; VEF% - Razão entre
volume expiratório forçado e capacidade vital forçada;
Nota: todas os parâmetros que apresentam a % antes da sigla, refere-se ao valor do predito
29
No questionário genérico em qualidade de vida SF-36, no qual a escala de
pontuação varia de 0 a 100, onde zero é o pior escore e 100 é o melhor. Encontrou-se
bons escores em todos os domínios, com média acima de 57,2 o que demonstra boa
qualidade de vida. Os domínios “aspecto físico” e “aspecto emocional" foram os
menos pontuados (Tabela 7).
Tabela 7 – Distribuição de freqüências de acordo com as medidas de tendência
central e de variabilidade relacionadas aos diferentes domínios, do questionário SF-
36 (BRAZIER et al. 1992).
V
V
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
l
l
M
M
i
i
n
n
M
M
á
á
x
x
M
M
e
e
d
d
i
i
a
a
n
n
a
a
M
M
é
é
d
d
i
i
a
a
+
+
d
d
p
p
Capacidade Funcional
10 – 100
90
74 +27,1
Aspecto Físico
0 – 100
75
57,2 +41,6
Dor
0 – 100
100
84,3 +
25,2
Estado geral da saúde
15 – 100
80
71 +
22
Vitalidade
10 – 100
70
70 +
26,6
Aspectos sociais
0 – 100
87,5
74,6 +
30,2
Aspectos emocionais
0 -100
66,6
60,9 +
41,9
Saúde mental
40 – 100
84
74,2 +
16,4
30
Considerando que no SWAL-QOL, quanto mais próximo os escores estiverem
de 100, melhor a qualidade de vida relacionada à deglutição, encontramos bons
escores na população estudada, sendo o domínio “fardo” o que apresentou menor
pontuação (Tabela 8).
Tabela 8 – Distribuição de freqüências de acordo com as medidas de tendência
central e de variabilidade relacionadas aos diferentes domínios, do questionário
SWAL-QOL (MCHORNEY et al. 2002).
V
V
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
l
l
M
M
i
i
n
n
M
M
á
á
x
x
M
M
e
e
d
d
i
i
a
a
n
n
a
a
M
M
é
é
d
d
i
i
a
a
+
+
d
d
p
p
Fardo
0 – 100
75
59,9 +37,3
Desejo de se alimentar
0 – 100
60
64,1 +27,5
Freqüência dos sintomas
26,8 – 96,4
69,6
69,3 +
14,7
Seleção de alimento
12,5 – 100
75
71,1 +
32,5
Comunicação
0 – 100
75
69+
26,9
Medo
6,3 – 100
75
67,2 +
28,3
Saúde mental
0 -100
90
74,7 +
34,9
Função social
0 – 100
75
66,6 +
32,2
Sono
0 – 100
87,5
72,4 +
34,8
Fadiga
16,6 – 100
83,3
79 +
23,9
31
No questionário SGRQ, valores acima de 10% refletem uma qualidade de
vida alterada naquele domínio. Os resultados deste estudo demonstraram impacto na
qualidade de vida nos domínios “atividades”, “impacto” e no escore total (Tabela 9).
Tabela 9 – Distribuição de freqüências de acordo com as medidas de tendência
central e de variabilidade relacionadas aos diferentes domínios e escore final, do
questionário SGRQ (JONES et al. 1991).
V
V
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
l
l
M
M
i
i
n
n
M
M
á
á
x
x
M
M
e
e
d
d
i
i
a
a
n
n
a
a
M
M
é
é
d
d
i
i
a
a
+
+
d
d
p
p
Sintomas
0 – 35
3
8,7 +
9,9
Atividades
0 – 81
17
24,4 +
23,9
Impacto
0 - 58
15
17,2 +
17,9
Escore Total
0 – 55
15
18 +
16,6
Nota: Valores em porcentagem
32
5 DISCUSSÃO
A prática de avaliação e reabilitação dos distúrbios da deglutição iniciou-se
na década de 80, nos Estados Unidos, e cerca de 10 anos após, no Brasil. Por muito
tempo, foi um consenso na rotina clínica de médicos e fonoaudiólogos suspender a
dieta via oral nos pacientes que apresentavam aspiração laringotraqueal,
independentemente de seu grau. Como muitos pacientes que apresentam aspiração
não necessariamente evoluem para quadros pulmonares, no decorrer dos anos, a
conduta passou a basear-se também na evolução pulmonar, com exceção dos casos
graves. Entretanto, até o momento, não há evidências que embasem cientificamente
tais condutas, principalmente no que diz respeito às complicações, no pulmão, no
longo prazo.
Desta forma, inicou-se o interesse nesta pesquisa, a fim de avaliar o pulmão
destes indivíduos no longo prazo, à procura de alterações que norteiem a intervenção,
visto que não é de rotina nos pacientes disfágicos serem submetidos a exames
específicos para alterações decorrentes da aspiração.
Nos tumores de cabeça e pescoço é freqüentemente observado uma incidência
maior no sexo masculino, numa proporção de 5:1, entre a 4º e 6º década, em
indivíduos da cor branca (Ministério da Saúde 2005; KOWALSKI et al. 2006;
MAGRIN et al. 2006). Estes dados vêm ao encontro com o presente estudo no qual
65,5% dos pacientes eram do sexo masculino com mediana de idade de 65 anos
(variação de 41-86) e 86% da raça branca (Tabela 1).
33
O consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas é um dos principais fatores de
risco para o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço (KOWALSKI et al.
2006; MAGRIN et al. 2006). Nesta casuística observou-se que o hábito de fumar e o
consumo de bebida alcoólica foram interrompidos antes do inicio do tratamento para
72,4% e 55,2% dos pacientes, respectivamente (Tabela 1).
Em relação à lesão primária, houve uma prevalência de tumores na laringe
seguidos de lesão na cavidade oral e na orofaringe (Tabela 1), o que também é
encontrado na literatura, a qual descreve que a maior parte dos tumores de cabeça e
pescoço ocorre nas vias aerodigestivas superiores, principalmente na boca, faringe e
laringe (KOWALSKI et al. 2000).
Nesta casuística, o estadiamento avançado (T3 e T4) foi observado em 65,5%
dos pacientes e o linfonodo positivo em 51,7%, o que acarretou em tratamento mais
agressivo, necessitando de associação de modalidades, como a radioterapia
realizada em quase todos os pacientes (Tabela 2).
Sabe-se que uma das principais seqüelas após o tratamento do câncer de
cabeça e pescoço é a disfagia, independentemente da modalidade ou da associação de
modalidades de tratamento realizada. É comum que estes pacientes com disfagia
necessitem de alimentação enteral. Geralmente, a sonda nasoenteral (SNE) é a opção
inicial de escolha, visto que sua indicação é provisória e de curto período. Entretanto,
alguns autores sugerem que seu uso deveria ser mais criterioso e com indicações
clínicas restritas, pois pode acarretar dessensibilização de oro e hipofaringe, acúmulo
de saliva e secreções na faringe, aspiração pós-deglutição, aumento do pH gástrico e
colonização bacteriana intragástrica. Estes fatores, por sua vez, podem aumentar o
34
risco de pneumonia aspirativa, agravando o estado clínico do paciente (HOLAS et al.
1994; AVIV et al. 1998; ESPARZA et al. 2001).
Neste estudo, 89,7% dos pacientes utilizaram SNE com média de 102 dias
(variação de 11 a 307 dias) e no momento da avaliação videofluoroscópica da
deglutição, 31% a utilizavam.
A pneumonia aspirativa (BCP) ocorreu em 17,2% dos pacientes. Apesar desta
baixa ocorrência, 100% destes pacientes utilizaram SNE em algum momento do
tratamento. Idealmente, a SNE deveria ser indicada apenas nos pacientes com melhor
prognóstico de reabilitação da disfagia, reservando a gastrostomia para os demais
casos.
CABANILLAS et al. (2005) realizaram um estudo com 55 pacientes com
câncer de laringe e observaram uma incidência de 18% de pneumonia aspirativa.
Encontraram associação estaticamente significante entre a presença de pneumonia e
o estadiamento avançado. O mesmo pode ser observado neste estudo no qual, dos
pacientes que apresentaram BCP, a maior parte tinha estadiamento avançado (80%
T4 e 60% N positivo).
Apesar da maior parte dos pacientes terem sido reabilitados, 86,2%
apresentavam queixas de deglutição, principalmente nas consistências sólida (Tabela
3).
Observou-se uma prevalência de disfagia orofaríngea em 93,1% dos pacientes
(tabela 4), o que já era esperado devido à localização do tumor e consequente
tratamento (Tabela 1 e 2).
Em um estudo retrospectivo realizado nesta instituição por BRETAS et al.
(2004), com 524 pacientes, 270 (51,5%) apresentavam aspiração laringotraqueal. A
35
BCP ocorreu em 16,7%, antibioticoterapia em 15,2%, aumento de tosse em 17% e
aumento de secreção em 14,1%, resultados semelhantes ao encontrado neste estudo .
Observou-se uma maior ocorrência de aspiração de grau discreto (69%),
sendo que nenhum paciente apresentou aspiração severa. O mesmo pôde ser
observado em relação ao grau geral da disfagia (Tabela 4). Acreditamos que pelo
fato de termos selecionado o último exame videofluoroscópico da deglutição, muitos
dos pacientes já haviam sido submetidos à fonoterapia, estando apenas em
acompanhamento.
Apesar de não termos encontrado nenhum estudo que relate a correlação do
grau da aspiração com a presença de BCP, acredita-se que quanto mais grave é o
grau da aspiração, maior a chance de desenvolvê-la. Talvez se avaliássemos
pacientes com grau severo de disfagia ou de aspiração, a ocorrência de complicações
pulmonares fosse maior.
Na literatura pesquisada encontramos estudos que referem correlação da
entrada do alimento na via aérea com a presença de BCP (SCHMIDT et al. 1994;
PIKUS et al. 2003; MAMUN e LIM 2005; MARTINO et al. 2005; SMITH-
HAMMOND e GOLDSTEIN 2006), principalmente em relação à aspiração silente,
conforme descrito por PIKUS et al. (2003). Estes autores observaram que os
pacientes com aspiração silente apresentavam 13 vezes mais chance de desenvolver
BCP, quando comparados com pacientes que não apresentavam entrada de alimento
na via aérea.
Em relação à sistematicidade da aspiração, encontrou-se uma maior
prevalência de aspiração assistemática (79,3%), sendo que, dos 20,7% dos pacientes
que apresentaram aspiração sistemática (Tabela 4), apenas 1 (16,7%) apresentou grau
36
moderado. Isto também pode ter contribuído para a baixa incidência de BCP deste
estudo, pois os pacientes considerados assistemáticos foram aqueles que não
apresentaram aspiração em todas as consistências e/ou quantidades.
5.1 RESULTADOS DECORRENTES DO DIAGNÓSTICO DA
TOMOGRAFIA DE ALTA RESOLUÇÃO DE PULMÃO - TAC
Optou-se por realizar a TAC por ser o exame mais preciso para diagnosticar
alterações decorrentes da aspiração (PEREIRA-SILVA et al. 2005)
Apesar de termos encontrado apenas 17,2% dos pacientes com BCP, quando
analisou-se a tomografia de alta resolução (TAC) de pulmão, 34,5% dos pacientes
(tabela 5) apresentavam achados de aspiração. Quarenta por cento dos pacientes com
evolução clínica de pneumonia foram diagnosticados pela TAC. Acreditamos que os
pacientes que tiveram evolução clínica de pneumonia mas não apresentaram achados
de aspiração pela TAC, tenham se beneficiado do tratamento medicamentoso
realizado para todos estes indivíduos.
Dos 34,5% dos pacientes que tiveram achados de aspiração pela TAC, 80%
não apresentaram quadro clínico de BCP, o que nos sugere a necessidade de
indicação deste exame em todos os pacientes disfágicos, independentemente da
evolução clínica. Isto deveria ser ainda mais reforçado nos pacientes idosos, onde a
pneumonia é um problema particular e muitas vezes com sinais e sintomas clínicos
mínimos ou ausentes (PIKUS et al. 2003; CABANILLAS et al. 2005; TERAMOTO
et al. 2005).
37
Para verificar se os achados associados à aspiração não poderiam ser
decorrentes de outras alterações, avaliamos os achados decorrentes de DPOC, fibrose
e radioterapia. Neste estudo observamos que todos os pacientes com achados de
aspiração também apresentaram fibrose, o que não foi observado nos pacientes com
achados de DPOC e radioterapia.
5.2 RESULTADOS DOS ACHADOS DA ESPIROMETRIA
A casuística deste estudo foi composta por pacientes com aspiração no longo
prazo, independente de terem evolução clínica pulmonar. Ou seja, estes pacientes
poderiam apresentar alterações na função respiratória decorrentes de outras
etiologias. Assim, optou-se por realizar a espirometria por ser um teste que, além de
permitir diagnóstico, quantifica os distúrbios ventilatórios (PEREIRA et al. 1996).
Observou-se média de CVF de 79% (Tabela 6), sendo que o normal esperado
é de 80%. Esta restrição pode ser justificada pela presença de fibrose pulmonar
observada em 34,5% dos pacientes e também pelo efeito da radioterapia realizada em
quase todos os indivíduos (Tabela 5). PEREIRA et al. (1996) descrevem que a
restrição pode resultar de um aumento na quantidade ou tipo de colágeno como na
fibrose pulmonar.
O PFE é um parâmetro respiratório esforço-dependente, que reflete o calibre
das vias aéreas proximais. O PFE pode ser utilizado como um índice da capacidade
de tossir ou, indiretamente, da força expiratória. A média encontrada neste estudo foi
de 64%, o que indica uma obstrução (Tabela 6).
38
A média de VEF
1
encontrada no neste estudo foi de 82%, e a média de VEF%
de 81%. Estes resultados indicam distúrbio ventilatório restritivo, conforme sugerido
por PEREIRA et al. (1996).
Analisando parâmetro por parâmetro em cada paciente, observou-se
alterações em pelo menos um dos parâmetros em 100% dos pacientes.
Na interpretação dos achados, 24,1% dos pacientes tiveram indicativos de
síndrome obstrutiva, o que sugere que o fluxo aéreo pode estar reduzido pela
presença de material no interior das vias aéreas, conforme sugerido por TERRA
FILHO (1998).
5.3 QUALIDADE DE VIDA
Para avaliar a qualidade de vida, foram aplicados três questionários, um
relacionado à saúde geral (SF-36), um específico em deglutição (SWAL-QOL) e um
em respiração (SGRQ) sendo os mesmos escolhidos por englobarem as principais
alterações encontradas nestes pacientes.
5.3.1 SF-36
O SF-36 é um questionário multidimensional composto por 36 questões, que
avalia as medidas de percepção de saúde pelo paciente. Demonstra o quanto o
paciente está envolvido com a doença, e sua aplicação relaciona-se com as
intervenções dos cuidados de saúde, em programas de saúde comunitária e em
pesquisa clínica (WARE e SHERBOURNE 1992; GARRATT et al. 1993;
MYRDAL et al. 2003).
39
Na análise dos resultados do SF-36, observou-se uma média elevada para
todos os domínios, com pouca variabilidade, demonstrando boa qualidade de vida. O
domínio menor pontuado foi o “aspecto físico” (57,2) e a pergunta mais pontuada
dentro deste domínio foi “realizou menos tarefas do que gostaria” (51,7% - Anexo
9).
Encontrou-se média de 60,9 no domínio “aspecto emocional”, sendo que
44,8% dos pacientes “não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto
cuidado como geralmente faz” (Anexo 9).
No domínio “vitalidade” obteve-se média de 70, sendo que 86,2% dos
pacientes responderam ter alguma “alteração no que se refere a quanto tempo eles
tem se sentido cheio de vigor, cheio de vontade, e cheio de energia” (Anexo 10), o
que também pode ser justificado pela média de idade encontrada em nosso estudo
que foi de 63,3 (Tabela 1).
Em relação ao domínio “estado geral da saúde”, a média encontrada foi de 71,
sendo que 31% dos pacientes referem não ser tão “saudável quanto qualquer pessoa
que conhece” e 27,6% acham que sua “saúde não é excelente”, porém apenas 10,3%
dos pacientes consideraram sua “saúde ruim”. Quando comparada a um ano atrás,
observa-se que 55,2% dos pacientes referiram quase a mesma coisa e 27,6%
referiram melhora da saúde. Estes dados nos demonstram que quanto mais tempo
passa o tratamento, menores são as seqüelas, refletindo numa estabilidade ou
melhora da saúde, do ponto de vista do paciente (Anexos 11).
A média do domínio “capacidade funcional” foi de 74, visto que 82,8% dos
pacientes relataram “dificuldade em atividades vigorosas, que exigem muito esforço,
40
tais como correr, levantar objetos pesados, e participar de esportes árduos” (Anexo
13).
No domínio “saúde mental”, a média foi de 74,2, sendo que 82,8% relataram
se “sentir uma pessoa nervosa” e 48,3% dos pacientes referiram se “sentir
desanimado, abatido” (Anexo 10). No “aspecto social” foi encontrada média de 74,6,
sendo que durante as últimas 4 semanas, 48,3% dos pacientes tiveram “interferência
em relação ao tempo que a saúde física ou problemas emocionais atrapalharam e
suas atividades socias como ir visitar um amigo” e 44,7% apresentaram
“interferência na suas atividades sociais normais em relação à família, vizinhos,
amigos ou em grupo devido a saúde física ou problemas emocionais” (Anexos 14-
15).
A melhor média foi no domínio “dor” (84,3%), sendo que 37,8% referiam
“dor no corpo nas últimas 4 semanas” (Anexo 14).
Como era de se esperar por ser um questionário geral, as questões não
abrangem as alterações decorrentes da aspiração e sim o que o câncer e seu
tratamento pode afetar na vida dos pacientes.
5.3.2 SWAL-QOL
Todos os domínios tiveram pontuação alta, o que significa uma boa qualidade
de vida referente à disfagia. Acreditamos que pelo fato de termos selecionado o
último exame de videofluoroscopia, muitos dos pacientes já estavam de alta ou em
processo de acompanhamento fonoaudiológico, ou seja, já não apresentavam mais
sistematicidade das alterações. Além disso, 75% das aspirações foram silentes, sem
sintomas.
41
Apesar dos pacientes não apresentarem impacto na qualidade de vida
referente à disfagia, observou-se que 86,2% dos pacientes apresentavam alguma
queixa de deglutição. A maior parte dos pacientes (62,1%) estavam se alimentando
com todas as consistências, mas 37,9% tinham restrição de uma ou mais
consistência.
A média menor foi a do domínio “fardo” (59,9), sendo que 72,4% dos
pacientes referiram que é difícil lidar com o problema de deglutição (sempre verdade
em 34,5%, algumas vezes verdade em 20,7% e um pouco verdade em 17,2% –
Anexo 16). Demonstram que, apesar da adaptação, esta não deixa de ser difícil de
lidar.
No domínio “desejo de se alimentar”, foi observado média de 64,1, com
75,9% dos pacientes referindo que “levam mais tempo para comer do que as outras
pessoas” e 72,5% que “levam muito tempo para comer sua refeição” (Anexo 16). Isto
pode ser justificado pela disfagia em si, e também pela necessidade muitas vezes
presente de realizar manobras de proteção de vias aéreas, de postura ou de limpeza, o
que acaba gerando em tempo extra de refeição.
Em relação ao domínio freqüência de sintomas, com média de 69,3, as
perguntas mais pontuadas foram “tosse” em 82,8%, “engasgo quando se alimenta” e
“saliva grossa” em 79,3% dos pacientes, “tosse para retirar o líquido ou a comida
para fora da boca quando estão parados” em 75,9%, “comida para na garganta” em
72,4%, “pigarros” e “dificuldade de mastigação” em 65,5% (Anexo 17); Estes dados
vêm ao encontro com os achados clínicos, no qual os pacientes apresentaram como
principais queixas engasgos, estases e tosse (tabela 3). Embora a maior parte das
aspirações diagnosticadas na videofluoroscopia foram silentes, estes achados podem
42
ser justificados pela assistematicidade das aspirações.
No domínio “seleção de alimento”, encontrou-se média de 71,1, sendo que
34,5% dos pacientes referem que “saber o que pode ou não pode comer é um
problema” (Anexo 18).
Em relação ao domínio “comunicação”, foi observado média de 69,3, sendo
que 72,4% dos pacientes responderam que “as pessoas tem dificuldade de entendê-
los” (sendo que 34,5% refere que isto ocorre poucas vezes, 20,7% algumas vezes,
13,8% maior parte das vezes e 3,4% todas as vezes – Anexo 19). Acreditamos que
esta dificuldade esteja relacionada ao local da lesão, onde observamos uma
prevalência de tumores na cavidade oral e orofaringe (Tabela 1).
O domínio “medo” teve média de 67,2, tendo 55,2% dos pacientes referindo
“preocupação em ter pneumonia” e “não saber quando ia engasgar” (Anexo 20).
No domínio “saúde mental”, encontrou-se média de 74,7, sendo que 44,8%
dos pacientes referiram que ficam “impacientes em lidar com o problema de
deglutição”. Todas as dificuldades e limitações que os pacientes disfágicos
apresentam acabam afetando a saúde mental como demonstrado neste estudo, no
qual 41,4% dos pacientes relataram que o “problema de deglutição os deprime”
(Anexo 21).
O mesmo pode ser observado nas questões referentes à “função social”,
mesmo com média de 66,6, considerada boa, quando analisou-se as questões, 48,3%
dos pacientes referiram “não sair para comer devido ao problema de deglutição” e
44,8% referem que seu “problema de deglutição torna difícil ter uma vida social”
(Anexo 18). Alguns autores relatam que, além da dificuldade da deglutição, muitos
pacientes se isolam devido a outros fatores, como descrito por SNOW et al. (1976)
43
que estudaram 58 casos de mandibulectomias parciais em pacientes com câncer e
constataram que o auto-isolamento do paciente deve-se tanto à dificuldade para falar
quanto para deglutir, além do descontentamento com a própria aparência.
Apesar do questionário não ter demonstrado um impacto na qualidade de
vida, observou-se que estes pacientes apresentam alterações decorrentes da disfagia
que afetam seu cotidiano. Pelo fato de terem passado por um tratamento agressivo e
estarem relativamente bem, estas alterações acabam fazendo parte da rotina de cada
paciente, e o fato de estarem curados acaba minimizando tais alterações. Isto pode
ser observado quando no final do questionário é perguntado sobre a saúde, e 37,9% a
consideram boa, 20,7% satisfatória, 17,5% muito boa e excelente e apenas 6,9%
referem ter saúde ruim (Anexo 23).
5.3.3 SGRQ
Apesar deste questionário ter sido desenvolvido para pacientes portadores de
DPOC, foi o questionário que mais abordava questões referentes ao quadro
respiratório.
Este questionário foi o que mais evidenciou o impacto das alterações na
qualidade de vida, podendo ser observados nos domínios “atividades”, “impacto” e
“escore final”. Apenas o domínio sintomas não apresentou impacto na qualidade de
vida.
O domínio com maior porcentagem, o que significa alteração na qualidade de
vida, foi o de “atividades” com média de 24,4, sendo que 51,7% dos pacientes
referem que a “respiração torna difícil a atividade como carregar peso, cuidar do
jardim, correr ou andar rápido, jogar tênis ou nadar”, 44,8% relatam que “se correm
44
ou andam rápido, necessitam parar ou ir mais devagar” e “dificuldade para realizar
trabalhos manuais pesados, andar a pé, andar de bicicleta, nadar rápido ou praticar
esportes competitivos” e 31% apresentam “falta de ar quando pratica uma atividade
física ou esportiva” (Anexos 24-25).
A média encontrada no domínio “impacto” foi de 17,2, sendo que 37,9% dos
pacientes referiram que “em frente aos outros se sentem incomodados de tossir ou ter
falta de ar” (Anexo 27). As demais médias das questões referentes ao domínio
impacto podem ser observados nos Anexos 26-30.
No domínio “sintoma”, obteve uma média de 8,7, tendo 55,2% dos pacientes
com “tosse e catarro nos últimos 12 meses”, sendo que 27,6% apresentaram “tosse
quase todos os dias” e 20,7% apresentaram “catarro apenas durante uma infecção
respiratória” (Anexos 31).
Quando se analisou os dados junto com a coleta de evolução pulmonar
observamos que dos 17,2% que apresentaram BCP, 60% apresentaram tosse e falta
de ar, 80% apresentaram aumento de secreção. Isto demonstra que, apesar da
casuística pequena, o questionário foi sensível nos pacientes que tiveram evolução
clínica pulmonar.
Apesar de não ser um questionário específico em qualidade de vida
relacionada a alterações respiratórias decorrentes de aspiração laringotraqueal, ele
pode ser usado como um instrumento que indica problemas respiratórios, cabendo ao
profissional discernir os achados a fim de correlacionar com o impacto que as
alterações decorrentes da aspiração podem causar na qualidade de vida.
Este estudo demonstra que alterações pulmonares estão presentes em
pacientes que aspiram cronicamente. Indica que a tomografia de alta resolução de
45
pulmão e a espirometria são exames que podem auxiliar no diagnóstico da função
pulmonar nos pacientes que apresentam aspirações crônicas e que, portanto, devem
fazer parte da rotina de pacientes com diagnóstico de disfagia caracterizada por
aspiração, para melhor estabelecimento das condutas e seguimento. Estudos
prospectivos devem ser conduzidos para o estabelecimento preciso destas relações.
46
6 CONCLUSÕES
Da análise da função pulmonar tardia e da qualidade de vida em pacientes
disfágicos que aspiram, pode-se concluir que:
a. A função pulmonar de pacientes disfágicos que aspiram está alterada num
grande número de pacientes, o que foi observado em 34,5% dos pacientes que
apresentaram achados de aspiração na tomografia de alta resolução e 24,1%
que apresentaram achados de síndrome obstrutiva pela espirometria;
b. O questionário de saúde geral – SF-36 demonstrou boa qualidade de vida,
sendo os piores domínios o “aspecto físico” e os “aspectos emocionais”;
c. O questionário específico em disfagia – Swal-QOL demonstrou boa
qualidade de vida, sendo os piores domínios o “desejo de se alimentar” e a
“função social”;
d. O questionário específico em doença respiratória SGRQ demonstrou impacto
negativo na qualidade de vida, nos domínios “atividades”, “impacto” e
“escore total”
47
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Anexo 1 – Aprovação do Projeto pelo Comitê de Ética
Função pulmonar tardia e qualidade de vida em pacientes disfágicos que aspiram
Introdução
Convidamos você a participar de um estudo que pretende identificar a evolução clínica pulmonar a longo prazo.
Ainda não há critérios bem estabelecidos sobre a liberação da dieta via oral nos pacientes que aspiram, ou seja,
que há entrada de alimento no pulmão, muito menos o que acontece a longo prazo nestes pacientes que apesar de
apresentarem aspirações não desenvolvem complicações pulmonares imediatas.
O Objetivo do presente estudo é de caracterizar a evolução do quadro pulmonar a longo prazo nos pacientes que
apresentam penetrações e/ou aspirações laríngeas e estão com a alimentação exclusiva por via oral.
A participação neste estudo é completamente voluntária. Você terá tempo suficiente para decidir se quer
participar ou não. Se decidir não participar, seu médico vai lhe oferecer o melhor tratamento disponível.
Se concordar em participar deste estudo, o pesquisador (um fonoaudiólogo) pedirá o seu consentimento por
escrito. Então, você será convidado a preencher 3 questionários: 1 para observar a sua interpretação sobre a sua
qualidade de vida relacionada à sua saúde, 1 sobre a qualidade de vida relacionada à deglutição e outro sobre os
sintomas clínicos respiratórios (o tempo previsto para aplicação dos questionários é de 1 hora); e realizar dois
exames: a tomografia de alta resolução e a espirometria.
Aplicação dos Questionários
O SF-36 (Medical Outcomes Short-Form Health Survey: Questionário Genérico de avaliação de qualidade
de vida – BRAZIER et al. 1992) questionário composto por 36 itens, englobados em 8 escalas ou componentes:
capacidade funcional (10 itens) , aspectos físicos (4 itens), dor (2 itens), aspectos emocionais (3 itens), saúde
mental (5 itens) e mais uma questão de avaliação comparativa entre as condições de saúde atual e a de uma ano
atrás.
O SWAL-QOL (Quality of Life in Swallowing Disorders: Qualidade de Vida em Disfagia, MCHORNEY
et al. 2002, anexo 7): ferramenta de 44 questões que avaliam 10 domínios de qualidade de vida (fardo, desejo de
se alimentar, freqüência dos sintomas, seleção do alimento, comunicação, medo, saúde mental, função social,
sono e fadiga).
O SGRQ (Saint George´s Respiratory Questionnaire: Questionário do Hospital Saint George na doença
respiratória, JONES et al. 1991) questionário desenvolvido para avaliação de qualidade de vida em pacientes
portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Esse questionário aborda os aspectos relacionados a
três domínios: sintomas, atividade e impactos psicossociais que a doença respiratória inflige o paciente.
Benefícios e riscos potenciais do estudo
Os benefícios potenciais obtidos com este estudo incluem a possibilidade de aquisição de informações que
poderão proporcionar melhor conhecimento sobre os pacientes, podendo resultar em mudanças no planejamento
terapêutico e de reabilitação, visando melhora na qualidade de vida após o tratamento oncológico. Tentaremos
identificar complicações tardias para melhor intervirmos.
Não há qualquer risco esperado na realização deste estudo.
Sua participação neste estudo é completamente voluntária e você é livre para descontinuar do estudo a qualquer
momento, sem que isto afete a qualidade do tratamento oferecido por seu médico. Você não precisará dizer por
que deseja desligar-se do estudo, porém deverá informar seu médico sua decisão.
Registro dos Pacientes
Se você participar do estudo, seus registros precisarão ficar disponíveis para o Pesquisador, as autoridades
regulatórias e sanitárias pertinentes ou poderão ser publicados com fins científicos, porém sua identidade
permanecerá confidencial.
Dúvidas
Se qualquer problema ou pergunta surgirem a respeito do estudo, quanto a seus direitos como participante de uma
pesquisa clínica ou a respeito de qualquer dano relacionado à pesquisa, você deverá entrar em contato com:
Fga. Simone Aparecida Claudino da Silva Tel. 2189-5123/ 5124
Se o pesquisador principal não fornecer as informações/esclarecimentos suficientes, por favor entre em contato
com o Coordenador do Comitê de Ética do Hospital do Câncer – SP, pelo telefon3 2189-5000, ramais 1113 ou
1117
Por favor guarde estas informações para consulta futura.
FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO DO PACIENTE
Li e entendi este folheto de informações ao paciente e formulário de consentimento compostos de 2 páginas.
Concordo voluntariamente em participar do estudo acima. Entendo que mesmo após ter assinado o formulário de
consentimento, posso deixar de participar do estudo a qualquer momento, sem dizer o motivo, e sem detrimento
ao meu tratamento presente ou futuro pelo médico.
Recebi uma cópia deste folheto de informações ao paciente e formulário de consentimento para levar comigo.
Em:.................................................200
Nome por extenso: .........................................................................................
Assinatura: ....................................................................................................
Investigador: ......................................................................................(Nome)
...................................................................................................(Assinatura)
IDENTIFICAÇÃO ID ________
1.Nome:_________________________________________RGH:__________
2.Endereço:______________________________________________________
3.Telefone:________________________Cidade:________________________
4. Sexo: (1) M (2)F |__|
5. Data de Nascimento_____/_____/_____ Idade:________________
6. Estado Civil: S(1) C(2) V(3) D(4) |__|
7. Grau de Escolaridade: (0) analfabeto (1) 1º grau Incompleto (2) 1º grau completo (3) 2º grau incompleto
(4) 2º grau completo (5) Superior incompleto (6) Superior completo |__|
8. Raça (1) branca (2) preta (3) parda (4) amarela (9)ign. |__|
9. Trabalha atualmente: (0) Não (1) Sim |__|
10. Fumo: (0) nunca (1) parou (2) mantém o hábito |__|
11. Álcool: (0) nunca (1) parou (2) mantém o hábito |__|
12. Medicamentos (0) Não (1) Sim |__|
Quais________________________________________________________
13. Outras complicações (0) Não (1) diabético
(2) problemas respiratórios (3) hipertenso (8) Outros |__|
Descrever a complicação ________________________________________
HISTÓRIA DA DOENÇA
14. Data de Admissão ____/____/____
15. Estadiamento: (0)T0 (1)T1 (2) T2 (3) T3 (4) T4 (5) Tx |__|
(0)N0 (1) N1 (2) N2 (3) N3 (4)Nx . |__|
(0) M0 (1)M1 (2) Mx |__|
16. Sítio da lesão Primária: (1) Cavidade Oral (2) Orofaringe
(3) hipofaringe (4) Laringe (8) Outra _________________ |__|
TRATAMENTO REALIZADO
17. Tipo de Cirurgia: |__|
(1) Glossectomia parcial (2) Glossectomia total (3) Pelveglossectomia parcial
(4) Pelveglossectomia total (5) Pelveglossomandibulectomia parcial (6) Pelveglossomandibulectomia
total (7) Ressecção de Palato (8) LHSG (9) Laringectomia vertical (10) outra __________________
18. Esvaziamento Cervical |__||
__|
(0) não (1) ECJC B (2) ECJC U (3) (4) ECRM U
(5) ECRM B (6) SOH B (7) SOH U (8) outro _________________
19. Radioterapia |__|
(0) não (1) pré (2) pós (3) pré e pós (4) exclusiva
(5) concomitante QT (8) não espec
Anexo 3 - Ficha de Registro de Dados
Data de Início____/____/____ Data de Término ____/____/____
Dose:_____________cGry
20.Quimioterapia |__|
(0) não (1) pré (2) pós (3) pré e pós (4) exclusiva
(5) concomitante RDT (8) não espec
Data de Início____/____/____ Data de Término ____/____/____
21.Sonda |__|
(1) SNE (2) SNG (3) Gastrostomia
Data de início: ____/____/____
Data de término: ____/____/____
22.Traqueostomia |__|
(1) Sim (2) Não
Data de início: ____/____/____
Data de término: ____/____/____
DADOS FONOAUDIOLÓGICOS
23. Data da. Avaliação Videofluoroscópica da Deglutição: ___/___/___
24. Conclusão: |__|
(1) Deglutição funcional (2) Disfagia Mecânica Oral
(3) Disfagia Mecânica Orofaríngea (4) Disfagia Mecânica faríngea
25. Grau da aspiração
25.1 Líquido
Grau ( 0 ) não (1) discreta (2) moderada (3) severa
(1) Audível (2) silente
(1) assistemática (2) sistemática
25.2 Líquido-Pastoso
Grau ( 0 ) não (1) discreta (2) moderada (3) severa
(1) Audível (2) silente
(1) assistemática (2) sistemática
25.3 Pastoso
Grau ( 0 ) não (1) discreta (2) moderada (3) severa
(1) Audível (2) silente
(1) assistemática (2) sistemática
25.4 Sólido
Grau ( 0 ) não (1) discreta (2) moderada (3) severa
(1) Audível (2) silente
(1) assistemática (2) sistemática
25.5 Aspiração grau geral ( ) discreta ( ) moderada ( ) severa
(1) Audível (2) silente
(1) assistemática (2) sistemática
26. Escala de Severidade: |__|
Nível – 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( )
27. ESCALA DE PENETRAÇÃO/ASPIRAÇÃO:
Nível – 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( )
28. Queixas quanto à Deglutição: (0) não (1) sim |__|
28.1. Líquido: |__||__||__||__||__|
( 1 ) tosse ( 2 ) engasgos ( 3 ) odinofagia ( 4 ) estase (5) dispnéia (6) NA
28.2 Líquida-Pastosa: |__||__||__||__||__|
( 1 ) tosse ( 2 ) engasgos ( 3 ) odinofagia ( 4 ) estase ( 5 ) dispnéia (6) NA
28.3. Pastosa: |__||__||__||__||__|
( 1 ) tosse ( 2 ) engasgos ( 3 ) odinofagia ( 4 ) estase ( 5 ) dispnéia (6) NA
28.4 Sólida: |__||__||__||__||__|
( 1 ) tosse ( 2 ) engasgos ( 3 ) odinofagia ( 4 ) estase ( 5 ) dispnéia (6) NA
EVOLUÇÃO DO QUADRO PULMONAR
29. Pneumonia / BCP |__| (1) Sim (2) Não
30. Antibiótico |__| (1) Sim (2) Não
Motivo___________________________________________________
31. Aumento de Tosse |__| (1) Sim (2) Não
32. Aumento de secreção |__| (1) Sim (2) Não
33. Dispnéia |__| (1) Sim (2) Não
34. ESPIROMETRIA
Medidas Valor Normal (1)
Alterado (2)
CVF
CVF%
VEF1
VEF1%
PEF
PEF%
FEF
25-75
FEF
25-75
%
VEF%
34.1 Observação
(0) não (1) obstrução alta (2) obstrução leve (3) obstrução moderada
(4) obstrução moderada a grave (5) obstrução grave (6) compatível enfisema
35. TOMOGRAFIA DE ALTA RESOLUÇÃO DE PULMÃO
V.
O DIETA NORMAL
Nível 7 – Normal em todas as situações. Nenhuma estratégia ou tempo extra necessário.
Nível 6 – Dentro dos limites funcionais/compensações espontâneas.
Dieta normal, deglutição funcional.
O paciente pode ter: discreto atraso oral ou faríngeo, estase ou vestígio cobrindo epiglote, mas
consegue clarear espontaneamente.
Pode necessitar de tempo extra para as refeições. Não há aspirações ou penetrações em todas as
consistências
.
V.O DIETA MODIFICADA E/OU INDEPENDÊNCIA
Nível 5 – Disfagia discreta: supervisão distante, pode necessitar de restrição de uma consistência. O paciente pode
apresentar:
Aspiração somente de líquidos, mas com forte reflexo de tosse para completo clareamento;
Penetração supra ppvv com uma ou mais consistência, ou sobre ppvv com uma consistência, mas com
clareamento espontâneo;
estase na faringe, que é clareada espontaneamente; discreta disfagia oral com redução da mastigação
e/ou estase oral que é clareada espontaneamente.
Nível 4 – Disfagia discreta/moderada: supervisão intermitente, restrição a uma ou duas consistências. O paciente
pode apresentar:
estase na faringe, clareada com orientação;
aspiração com uma consistência, com reflexo de tosse fraco ou ausente;
ou penetração ao nível das ppvv com tosse com duas consistências
ou penetração ao nível das ppvv sem tosse com uma consistência
Nível 3 – Disfagia moderada: total assistência, supervisão ou estratégias, restrição a duas ou mais consistências.
Pode apresentar:
estase moderada na faringe, clareada por orientação;
estase moderada na cavidade oral, clareada por orientação;
penetração ao nível das ppvv sem tosse com duas ou mais consistências;
ou aspiração com duas consistências, com reflexo de tosse fraco ou ausente
ou aspiração com uma consistência, sem tosse na penetração.
V. O SUSPENSA – NECESSIDADE DE NUTRIÇÃO NÃO ORAL
Nível 2 – Disfagia moderada/severa: máxima assistência ou uso de estratégias com V.O. parcial (tolerância ao menos
a uma consistência com segurança, com uso total das estratégias). O paciente pode apresentar:
estase severa na faringe, incapaz de clarear ou necessita de vários comandos;
estase severa ou perda do bolo na fase oral, incapaz de limpar ou necessita de vários comandos;
aspiração com duas ou mais consistências, sem reflexo de tosse, tosse voluntária fraca;
ou aspiração de uma ou mais consistências, sem tosse e penetração até ppvv com uma ou mais
consistências, sem tosse.
Nível 1 – Disfagia severa: V.O suspensa. O paciente pode apresentar:
estase severa na faringe sendo incapaz de clarear;
estase ou perda do bolo severa na fase oral, sendo incapaz de clarear;
aspiração silente com duas ou mais consistências, com tosse voluntária não funcional ou incapaz de
deglutir.
Anexo 4 - Escala de Severidade da Disfagia
O’Neil et al. (1999)
CATEGORIA
PONTUAÇÃO
DESCRIÇÃO
1
Contraste não entra em via aérea
PENETRAÇÃO
2
Contraste entra até acima das ppvv, sem
resíduo
3
Contraste permanece acima de ppvv, resíduo
visível
4
Contraste atinge ppvv, sem resíduo
5
Contraste atinge ppvv, resíduo visível
ASPIRAÇÃO
6
Contraste passa o nível glótico, mas não há
resíduos no nível subglótico
7
Contraste passa o nível glótico com resíduo no
subglótico apesar do paciente responder
8
Contraste passa a glote com resíduo na
subglote, mas o paciente não responde
Anexo 5 - Escala de Penetração e Aspiração
(Rosenbek et al. 1996)
Nome:____________________________________________Data: ___/___/___
RGH ____________________ ID _________________
INSTRUÇÕES: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão
informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer atividades de vida diária.
Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro e como
responder, por favor, tente responder o melhor que puder.
1. Em geral, você diria que sua saúde é:
(circule uma)
Excelente...................................................................................... 1
Muito boa..................................................................................... 2
Boa.............................................................................................. 3
Ruim............................................................................................ 4
Muito ruim..................................................................................... 5
2. Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
(circule uma)
Muito melhor agora do que há uma ano atrás..................................... 1
Um pouco melhor agora do que há um ano atrás................................. 2
Quase a mesma coisa do que há uma ano atrás.................................. 3
Um pouco pior agora do que há uma ano atrás................................... 4
Muito pior agora do que há um ano atrás........................................... 5
3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum.
Devido à sua saúde, você tem dificuldades para fazer essas atividades? Neste caso, quanto?
(circule um número em cada linha)
Atividades
Sim.
Dificulta muito
Sim.
Dificulta pouco
Não.
Não dificulta de
modo algum
A) Atividades vigorosas, que exigem muito
esforço, tais como correr, levantar objetos
pesados, participar de esportes árduos
1 2 3
B) Atividades moderadas, tais como mover uma
mesa, passar aspirador de pó, jogar bola,
varrer casa
1 2 3
C) Levantar ou carregar mantimentos
1 2 3
D) Subir vários lances de escada
1 2 3
E) Subir um lance de escadas
1 2 3
F) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se
1 2 3
G) Andar mais de 1 Km
1 2 3
H) Andar vários quarteirões
1 2 3
I) Andar um quarteirão
1 2 3
J) Tomar banho ou vestir-se
1 2 3
Anexo 6 - Questionário do SF-36 (Medical Outcomes Short-
Form Health Survey: Questionário Genérico de avaliação de
qualidade de vida, BRAZIER et al. 1992)
4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho
ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de sua saúde física?
(circule um número em cada linha)
Sim Não
A) Você diminui a quantidade de tempo que dedicava ao
seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
B) Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2
C) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras
atividades?
1 2
D) Teve dificuldades para fazer seu trabalho ou outras
atividades (p.ex.: necessitou de um esforço extra)?
1 2
5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho
ou com outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional
(como sentir-se deprimido ou ansioso)?
(circule um número em cada linha)
Sim Não
A) Você diminui a quantidade de tempo que dedicava ao
seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
B) Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2
C) Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com
tanto cuidado como geralmente faz?
1 2
6. Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferem nas suas atividades sociais normais, m relação à família, vizinhos, amigos ou em
grupo?
(circule uma)
De forma alguma............................................................................... 1
Ligeiramente..................................................................................... 2
Moderadamente................................................................................. 3
Bastante........................................................................................... 4
Extremamente................................................................................... 5
7. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
(circule uma)
De forma alguma............................................................................... 1
Ligeiramente..................................................................................... 2
Moderadamente................................................................................. 3
Bastante........................................................................................... 4
Extremamente................................................................................... 5
8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho normal (incluindo
tanto trabalho fora ou dentro de casa)
(circule uma)
De forma alguma............................................................................... 1
Ligeiramente..................................................................................... 2
Moderadamente................................................................................. 3
Bastante........................................................................................... 4
Extremamente................................................................................... 5
9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante
as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais se aproxime
da maneira como você se sente.
(circule um número em cada linha)
Todo o
tempo
A maior
parte do
tempo
Uma boa
parte do
tempo
Alguma
parte do
tempo
Uma
pequena
parte do
tempo
Nunca
A) Quanto tempo você tem se sentido
cheio de vigor, cheio de vontade,
cheio de força?
1 2 3 4 5 6
B) Quanto tempo você tem s sentido
uma pessoa muito nervosa?
1 2 3 4 5 6
C) Quanto tempo você tem se sentido
tão deprimido que nada pode
animá-lo
1 2 3 4 5 6
D) Quanto tempo você tem se sentido
calmo ou tranqüilo?
1 2 3 4 5 6
E) Quanto tempo você tem se sentido
com muita energia?
1 2 3 4 5 6
F) Quanto tempo você tem se sentido
desanimado e abatido?
1 2 3 4 5 6
G) Quanto tempo você tem se sentido
esgotado?
1 2 3 4 5 6
H) Quanto tempo você tem se sentido
uma pessoa feliz?
1 2 3 4 5 6
I) Quanto tempo você tem se sentido
cansado?
1 2 3 4 5 6
10. Durante as últimas 4 semanas¸ quanto do seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram em suas atividades sociais (como visitar amigos, parente, etc...)?
(circule uma)
Todo o tempo................................................................................. 1
A maior parte do tempo................................................................... 2
Alguma parte do tempo.................................................................... 3
Uma pequena parte do tempo........................................................... 4
Nenhuma parte do tempo................................................................. 5
11. O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
Definitivamente
verdadeiro
A maioria
das vezes
verdadeiro
Não
sei
A maioria
das vezes
falsa
D
efinitivamente
A) Eu costumo adoecer um
pouco mais facilmente
que as outras pessoas
1 2 3 4 5
B) Eu sou tão saudável quanto
qualquer pessoa que eu
conheço
1 2 3 4 5
C) Eu acho que a minha saúde
vai piorar
1 2 3 4 5
D) Minha saúde é excelente 1 2 3 4 5
Instruções para Completar os Estudos da Qualidade de Vida em Disfagia - SWAL-QOL
Esse questionário foi feito para saber como seu problema de deglutição tem afetado sua qualidade de
vida dia - a - dia. Por favor, tenha atenção para ler e responder cada questão. Algumas questões podem
parecer iguais às outras, mas cada uma é diferente.
Exemplo de como as questões irão estar neste protocolo.
1 No último mês quantas vezes você sentiu os sintomas abaixo:
Sempre A maioria das
vezes
Algumas
vezes
Poucas
vezes
Nenhuma
vez
Sentiu-se fraco 1 2 3 4 5
Obrigada por fazer parte deste estudo!!!!!
NOTA IMPORTANTE: Entendemos que você pode ter vários problemas físicos. Algumas vezes é
difícil separá-los das dificuldades de deglutição, mas esperamos que você dê o seu melhor para se
concentrar somente nas dificuldades de deglutição. Obrigada pelo seu esforço em completar este
questionário.
SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002)
1 Abaixo estão algumas questões gerais que podem ser mencionadas pelas pessoas com distúrbios
de deglutição. No último mês, o quanto às questões a seguir tem sido verdadeiras para você?
(circular um número em cada linha)
Sempre
verdade
Muitas vezes
verdade
Algumas vezes
verdade
Um
pouco
verdade
Nunca
verdade
Lidar com meu problema de
deglutição é muito difícil.
1 2 3 4 5
Meu problema de deglutição
é a maior perturbação de
minha vida.
1 2 3 4 5
2. Abaixo estão alguns aspectos da alimentação do dia-a-dia relatados pelos pacientes com distúrbios
de deglutição. No último mês, o quanto essas questões tem sido verdadeiras para você? (circular um
número em cada linha)
Sempre
verdade
Muitas vezes
verdade
Algumas vezes
Verdade
Um pouco
verdade
Nunca
verdade
Na maioria dos
dias, não me
importo se
como ou não.
1 2 3 4 5
Levo mais
tempo para
comer do que
outras pessoas.
1 2 3 4 5
Estou
raramente com
fome.
1 2 3 4 5
Levo muito
tempo para
comer minha
refeição
1 2 3 4 5
Não tenho
mais prazer em
comer
1 2 3 4 5
Anexo 7 - SWAL-QOL (Quality of life in Swallowing
Disorders): Qualidade de Vida em Disfagia
(McHORNEY et al. 2002) (página 1/ 6)
3. Abaixo estão alguns problemas físicos que as pessoas com distúrbios de deglutição podem
apresentar. No último mês, qual a periodicidade que apresentou cada um destes problemas como
resultado do seu problema de deglutição? (circular um número em cada linha)
Quase
sempre
Freqüentemente Algumas
vezes
Dificilmente Nunca
Tosse
1 2 3 4 5
Engasgo Quando se
alimenta
1 2 3 4 5
Engasgo com líquidos
1 2 3 4 5
Apresento saliva
grossa ou secreção
1 2 3 4 5
Vômito
1 2 3 4 5
Enjôo
1 2 3 4 5
Dificuldades na
mastigação
1 2 3 4 5
Excesso de saliva ou
secreção
1 2 3 4 5
Pigarros
1 2 3 4 5
A comida para na
garganta
1 2 3 4 5
A comida para na
boca
1 2 3 4 5
Bebida ou comida
escorrem da boca
1 2 3 4 5
Bebida ou comida
saem pelo nariz
1 2 3 4 5
Tosse para retirar o
líquido ou a comida
para fora da boca
Quando estes estão
parados
1 2 3 4 5
3. Responda algumas perguntas sobre como os problemas de deglutição têm afetado sua
alimentação no último mês. (circular um número em cada linha)
Concordo
totalmente
Concordo Não sei Discordo Discordo
totalmente
Saber o que posso ou
não posso comer é
um problema para
mim
1 2 3 4 5
É difícil de achar
alimentos que posso
e gosto de comer
1 2 3 4 5
4. No último mês, qual a freqüência que as afirmativas abaixo sobre a comunicação
aplicam-se a você devido a seu problema de deglutição? (circular um número em cada linha)
Todas as
vezes
Maior parte
das vezes
Algumas
vezes
Poucas vezes Nenhuma vez
As pessoas têm
dificuldade em
me entender
1 2 3 4 5
Tem sido
difícil me
comunicar
claramente
1 2 3 4 5
5. Abaixo estão algumas preocupações que as pessoas com problema de deglutição às
vezes mencionam. No último mês, qual a periodicidade que apresentou cada uma dessas
preocupações? (circular um número em cada linha)
Quase
sempre
Freqüentemente Algumas
vezes
Dificilmente Nunca
Tenho medo de
engasgar quando me
alimento
1 2 3 4 5
Preocupo-me em ter
pneumonia
1 2 3 4 5
Tenho medo de me
engasgar com
líquidos
1 2 3 4 5
Nunca sei quando
vou engasgar
1 2 3 4 5
6. No último mês, quanto as afirmativas a seguir têm sido verdadeiras devido ao seu
problema de deglutição? (circular um número em cada linha)
Quase
sempre
verdade
Muitas vezes
verdade
Algumas vezes
verdade
Um pouco
verdade
Nunca
verdade
Meu problema de
deglutição me deprime
1 2 3 4 5
Ter que tomar muito
cuidado quando bebo
ou como me aborrece
1 2 3 4 5
Tenho estado
desanimado com meu
problema de
deglutição
1 2 3 4 5
Meu problema de
deglutição me frustra
1 2 3 4 5
Fico impaciente em
lidar com meu
problema de
deglutição
1 2 3 4 5
7. Pense em sua vida social no último mês. Como poderia concordar ou discordar das afirmativas a
seguir? (circular um número em cada linha)
Concordo
totalmente
Concordo Não sei Discordo Discordo
totalmente
Não saio para comer
devido ao meu
problema de
deglutição
1 2 3 4 5
Meu problema de
deglutição torna
difícil ter uma vida
social.
1 2 3 4 5
Meu trabalho ou
minhas atividades de
lazer mudaram pelo
problema de
deglutição
1 2 3 4 5
Programas sociais e
férias não me
satisfazem devido ao
1 2 3 4 5
problema de
deglutição
Meu papel com
família e amigos têm
mudado devido ao
problema de
deglutição
1 2 3 4 5
8. No último mês, quantas vezes você sentiu algum desses sintomas físicos? (circular um
número em cada linha)
Todas as vezes A maioria
das vezes
Algumas
vezes
Poucas
vezes
Nenhuma vez
Sente-se fraco?
1 2 3 4 5
Tem problema para
dormir?
1 2 3 4 5
Sente-se cansado?
1 2 3 4 5
Tem problema para
manter-se dormindo?
1 2 3 4 5
Sente-se exausto?
1 2 3 4 5
9. Hoje, você recebe algum tipo de alimento (comida ou líquido) por sonda? ( 1) Não (2) Sim
10. Circule a letra da descrição abaixo que melhor descreve a consistência ou textura da comida que
você vem se alimentando mais freqüente nesta última semana:
A- Circule esta se você está se alimentando com uma dieta normal, com uma variedade de
alimentos, incluindo alimentos mais difíceis de mastigar como carne, cenoura, pão,
salada e pipoca.
B- Circule esta, se você está comendo alimentos macios, fáceis de mastigar como caçarola,
frutas em conserva, vegetais cozidos, raízes e sopas cremosas.
C- Circule esta, se você está comendo alimentos mais pastosos, passadas no liquidificador
ou processador.
D- Circule esta se a maior parte de sua alimentação tem sido via sonda, porém algumas
vezes toma sorvete, pudim , purê de maçã e outras comidas prazerosas.
E- Circule esta caso toda sua alimentação seja pela sonda.
11. Circule a letra da descrição abaixo que melhor descreve a consistência dos líquidos que
tem ingerido na última semana.
A- Circule esta se você ingere líquidos como água, leite, chá, suco e café.
B- Circule esta se você ingere líquidos um pouco mais espessos como suco de tomate ou
néctar de damasco. Este tipo de líquido goteja lentamente da colher quando você vira
para baixo.
C- Circule esta se você ingere líquidos moderadamente espessos, como milkshake. Este
tipo de líquido é difícil de sugar pelo canudo, como um milkshake muito grosso, ou
goteja da colher lentamente, gota a gota, quando a colher é inclinada, como se fosse
mel.
D- Circule esta se você ingere líquidos bem engrossados, como o pudim. Este tipo de
líquido muito espesso, fixa-se na colher quando esta for virada.
E- Circule esta se você não ingere líquidos pela boca ou tem-se limitado a gelo picado.
12. Você diria que sua saúde é:
(1) Ruim (2) Satisfatória (3) Boa (4) Muito Boa (5) Excelente
Questões gerais sobre você
Quando é seu aniversário? _____/______/_____ Qual é a sua idade?_____
dia mês ano
Seu sexo: (1) Masculino (2) Feminino
Qual é sua raça ou grupo étnico?
(1) Branca (2) Negra (3) Amarela (4)Ignorada
Qual a sua graduação?
(0) analfabeto (1) 1
o
grau completo (2) 1
o
grau incompleto
(3) 2
o
grau completo (4) 2
o
grau incompleto (5) 3
o
grau completo
Qual seu estado civil? (1) Nunca casou (2) Casado (3) Divorciado
(4) Separado (5) Viúvo
Alguém te ajudou responder essas questões?
(1)Não, respondi sozinho (2) Sim, alguém me ajudou responder
Como alguém te ajudou a responder essas questões?
(1) Leu as questões e/ou escreveu as respostas que você deu
(2) Respondeu as questões para você
(3) Foi ajudado de outra forma
_____/______/_____
dia mês ano
Comentários:
Você tem algum comentário sobre esse questionário? Agradecemos os comentários gerais ou sobre
perguntas específicas, especialmente se tiver alguma que não ficou clara ou confusa para você.
__________________________________________________________________________________
________________________________________________________
Obrigada por completar o estudo dos cuidados com a deglutição!
Nome:____________________________________________Data: ___/___/___
RGH ____________________ ID _________________
PRIMEIRA PARTE
As questões seguintes procuram determinar a importância dos problemas respiratórios que você sentiu AO
LONGO DOS ÚLTIMOS 12 MESES.
(Marque uma cruz no quadrado que corresponde a sua resposta a cada questão)
Quase todos os
dias da
semanas
(5 a 7 dias)
Vários dias da
semana (2 a 4
dias)
Algum dia
da semana
(1 dia)
Somente durante
uma infecção
respiratória
Nunca
1) Ao longo dos últimos 12
meses, você tossiu?
2) Ao longo dos últimos 12
meses, você teve catarro?
3) Ao longo dos últimos 12
meses, você teve falta de ar?
4) Ao longo dos últimos 12
meses, você teve crises de chiado
no peito?
5) Ao longo dos últimos 12 meses, quantas vezes você teve crises graves?
(Marque uma)
Mais de 3 crises ..................................................|__|
3 crises .............................................................|__|
2 crises .............................................................|__|
1 crise ...............................................................|__|
Nenhuma crise ...................................................|__|
(PASSE À QUESTÃO 7 SE VOCÊ NÃO TEVE CRISE GRAVE)
6) Ao longo dos últimos 12 meses, quanto tempo durou a pior crise?
Uma semana ou mais...........................................|__|
3 dias ou mais.....................................................|__|
1 ou 2 dias .........................................................|__|
Menos de 1 dia....................................................|__|
7) Ao longo dos últimos 12 meses, em uma semana comum, quantos dias você teve SEM
grandes problemas
respiratórios?
Nenhum dia........................................................|__|
1 ou 2 dias ........................................................|__|
3 ou 4 dias .........................................................|__|
Quase todos os dias (5 ou 6 dias)..........................|__|
Todos os dias .....................................................|__|
8) Quando você tem chiado, é pior pela manhã?
Sim.................................................................................................|__|
Não.................................................................................................|__|
Anexo 8 - SGRQ (Saint George´s Respiratory
Questionnaire: Questionário do Hospital Saint George
na doença respiratória) JONES et al. 1991
SEGUNDA PARTE
SEÇÃO 1 Marque uma cruz no quadrado correspondente a sua resposta a cada questão.
O QUE VOCÊ ACHA DE SEU ESTADO RESPIRATÓRIO?
É o meu principal problema..........................................................................|__|
Ele me dá muito problema ..........................................................................|__|
Ele me dá algum problema ..........................................................................|__|
Ele não me dá problema algum ...................................................................|__|
SE VOCÊ TEM OU TINHA UMA ATIVIDADE PROFISSIONAL
Meus problemas respiratórios me impossibilitaram continuar trabalhando...........|__|
Meus problemas respiratórios me dificultaram às vezes trabalhar......................|__|
Meus problemas respiratórios não me dificultaram trabalhar ............................|__|
SEÇÃO 2 AQUI HÁ SITUAÇÕES QUE, HABITUALMENTE, LHE DÃO FALTA DE AR
Responda marcando uma cruz no quadrado correspondente a sua situação no dia de hoje
SIM NÃO
Sentar-se em repouso
|__| |__|
Lavar-se ou se trocar
|__| |__|
Andar em casa
|__| |__|
Andar fora de casa no plano
|__| |__|
Subir uma escada
|__| |__|
Subir um lance de escadas
|__| |__|
Praticar uma atividade física ou esportiva
|__| |__|
SEÇÃO 3 AQUI HÁ TAMBÉM ALGUMAS SITUAÇÕES RELACIONADAS A SUA TOSSE E
SUA FALTA DE AR
SIM NÃO
Sinto-me mal quando eu tusso
|__| |__|
Canso-me Quando eu tusso
|__| |__|
Sinto falta de ar quando eu falo
|__| |__|
Sinto falta de ar quando me deito
|__| |__|
Minha tosse ou minha respiração perturba meu sono
|__| |__|
Eu me canso rápido quando faço uma atividade cotidiana (Por
exemplo: banho, troca de roupa, arrumar a casa)
|__| |__|
SEÇÃO 4 AQUI HÁ OUTROS EFEITOS QUE SEUS PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS PODEM
CAUSAR EM SUA CASA.
Assinale, por favor, o que se aplica a você no dia de hoje.
SIM NÃO
Em frente aos outros eu me sinto incomodado de tossir ou ter falta de
ar
|__| |__|
Meus problemas respiratórios incomodam minha família, meus
amigos ou minha vizinhança
|__| |__|
Eu tenho medo ou me assusto quando eu não consigo respirar
|__| |__|
Eu sinto que não consigo controlar minha respiração
|__| |__|
Eu não espero nenhuma melhora da minha doença respiratória
|__| |__|
Eu me tornei uma pessoa muito doente por causa de meu estado
respiratório
|__| |__|
O exercício é perigoso para mim
|__| |__|
Eu tenho que me esforçar para tudo
|__| |__|
SEÇÃO 5 ESTA SEÇÃO É SOBRE SEU TRATAMENTO (Medicamentos, inalações, oxigênio,
fisioterapia,.....)
SIM NÃO
Minha medicação não está ajudando muito
|__| |__|
Em frente aos outros, eu me sinto incomodado de seguir meu
tratamento
|__| |__|
Meu tratamento tem efeitos desagradáveis para mim
|__| |__|
Meu tratamento me incomoda muito em meu dia-a-dia
|__| |__|
SEÇÃO 6 ESTA SEÇÃO É SOBRE AS ATIVIDADES COTIDIANAS QUE PODEM SER
INCOMODADAS POR SUA RESPIRAÇÂO
SIM NÃO
Eu preciso de muito tempo para me banhar ou me trocar
|__| |__|
Eu não posso me banhar, ou agora eu preciso de muito tempo para
me banhar
|__| |__|
Eu ando mais devagar que os outros, ou eu paro para descansar
|__| |__|
Os trabalhos como arrumar a casa me tomam muito tempo ou eu
tenho que parar para descansar
|__| |__|
Se eu subo um lance de escada (um andar), eu devo ir lentamente ou
parar
|__| |__|
Se eu corro ou ando rápido, eu devo parar ou ir mais devagar
|__| |__|
Minha respiração torna difícil as atividades como subir um lance de
escadas, carregar objetos ao subir escada, fazer trabalhos leves de
jardinagem, dançar, jogar bola
|__| |__|
Minha respiração torna difícil as atividades como carregar peso,
cuidar do jardim, correr ou andar rápido, jogar tênis, nadar
|__| |__|
Minha respiração torna difícil as atividades como trabalhos manuais
pesados, andar a pé, andar de bicicleta, nadar rápido ou praticar
esportes competitivos
SEÇÃO 7 DESCREVA COM QUE INTENSIDADE SEU ESADO RESPIRATÓRIO AFETA SUA
VIDA COTIDIANA
SIM NÃO
Eu não posso praticar nenhum esporte
|__| |__|
Eu não posso sair para me distrair ou relaxar
|__| |__|
Eu não posso sair para nadar
|__| |__|
Eu não posso cuidar de casa
|__| |__|
Eu não posso me distanciar muito de minha cama ou poltrona
|__| |__|
AGORA, VOCÊ PODERIA MARCAR O QUE MELHOR CORRESPONDE AO QUE DESCREVE
MELHOR, SEGUNDO VOCÊ, A MANEIRA QUE SEU ESTADO RESPIRATÓRIO LHE INCOMODA?
(Marque apenas uma alternativa)
Ele não me impede de fazer o que eu gosto.............. ................................................................................|__|
Ele me impede de fazer uma ou duas coisas que eu gostaria de fazer.......................................................|__|
Ele me impede de fazer a maioria das coisas que eu gostaria de fazer......................................................|__|
Ele me impede de fazer tudo o que eu gostaria de fazer............................................................................|__|
Anexo 9 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas aos domínios
limitação por aspecto físico e aspecto emocional referidas no questionário SF-36 (BRAZIER et al.
1992).
Questões
Sim
Não
Não respondeu
Aspecto físico
Você diminui a quantidade de
tempo que dedicava ao seu trabalho
ou a outras atividades?
10 (34,5)
18 (62,1)
1 (3,4)
Realizou menos tarefas do que
gostaria?
15 (51,7) 14 (48,3) 0 (0)
Esteve limitado no seu tipo de
trabalho ou em outras atividades?
12 (41,4) 16 (55,2) 1 (3,4)
Teve dificuldades para fazer seu
trabalho ou outras atividades (p.ex.:
necessitou de um esforço extra)?
11 (37,9) 18 (62,1) 0 (0)
Aspecto Emocional
Você diminui a quantidade de
tempo que dedicava ao seu
trabalho ou a outras atividades?
9 (31)
20 (62,1)
0 (0)
Realizou menos tarefas do que
gostaria?
12 (41,4) 17 (58,6) 0 (0)
Não trabalhou ou não fez qualquer
das atividades com tanto cuidado
como geralmente faz?
13 (44,8) 16 (55,2) 0 (0)
Anexo 10 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas aos domínios
vitalidade e saúde mental referidas no questionário SF-36 (BRAZIER et al. 1992).
Questões Todo o
tempo
A maior
parte
Uma
boa
parte
Alguma
parte
Uma
pequena
parte
Nunca
Vitalidade
Quanto tempo você tem se sentido
cheio de vigor, cheio de vontade, cheio
de força?
10 (34,5)
3 (10,3)
4 (13,8)
3 (10,3)
5 (17,2)
4 (13,8)
Quanto tempo você tem se sentido com
muita energia?
9 (31) 4 (13,8) 4 (13,8) 2 (6,9) 6 (20,7) 4 (13,8)
Quanto tempo você tem se sentido
esgotado?
1 (3,4) 1 (3,4) 0 (0) 4 (13,8) 4 (13,8) 19 (65,5)
Quanto tempo você tem se sentido
cansado?
2 (6,9) 1 (3,4) 1 (3,4) 4 (13,8) 10 (34,5) 11 (37,9)
Saúde Mental
Quanto tempo você tem se sentido uma
pessoa muito nervosa?
1 (3,4)
3 (10,3)
5 (17,2)
4 (13,8)
11 (37,9)
5 (17,2)
Quanto tempo você tem se sentido tão
deprimido que nada pode animá-lo
1 (3,4) 2 (6,9) 1 (3,4) 1 (3,4) 7 (24,1) 17 (58,6)
Quanto tempo você tem se sentido
calmo ou tranqüilo?
6 (20,7) 12 (41,4) 7 (24,1) 1 (3,4) 3 (10,3) 0 (0)
Quanto tempo você tem se sentido
desanimado e abatido?
2 (6,9) 1 (3,4) 0 (0) 4 (13,8) 7 (24,1) 4 (13,8)
Quanto tempo você tem se sentido uma
pessoa feliz?
11 (37,9) 8 (27,6) 5 (17,2) 2 (6,9) 3 (10,3) 0 (0)
Anexo 11 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas a primeira parte do
domínio estado geral da saúde e uma questão comparando a saúde com 1 ano atrás referidas no
questionário SF-36 (BRAZIER et al. 1992).
Variável Categoria n (%)
Saúde
Excelente
Muito boa
Boa
Ruim
4 (13,8)
4 (13,8)
18 (62,1)
1 (10,3)
Comparada há 1 ano atrás, como
classificaria sua saúde
Muito melhor
Um pouco melhor
Quase a mesma coisa
Um pouco pior
Muito pior
4 (13,8)
4 (13,8)
16 (55,2)
4 (13,8)
1 (3,4)
Anexo 12 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas a última parte do
domínio estado geral da saúde referida no questionário SF-36 (BRAZIER et al. 1992).
Questões Definitivamente
verdadeiro
A maioria
das vezes
verdadeira
Não sei A maioria
das vezes
falsa
Definitivamente
Eu costumo adoecer
um pouco mais
facilmente que as
outras pessoas
2 (6,9)
1 (3,4)
1 (3,4)
6 (20,7)
19 (65,5)
Eu sou tão saudável
quanto qualquer
pessoa que eu conheço
14 (48,3) 5 (17,2) 1 (3,4) 3 (10,3) 6 (20,7)
Eu acho que a minha
saúde vai piorar
3 (10,3) 1 (3,4) 4 (13,8) 1 (3,4) 20 (69)
Minha saúde é
excelente
15 (51,7)
5 (17,2)
1 (3,4)
4 (13,8)
4 (13,8)
Anexo 13 – Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas ao domínio
capacidade funcional referidas no questionário SF-36 (BRAZIER et al. 1992).
Atividades
Sim.
Dificulta muito
n (%)
Sim.
Dificulta Pouco
n (%)
Não.
Não dificulta de
modo algum
n (%)
Não respondeu
n (%)
Atividades vigorosas, que
exigem muito esforço, tais
como correr, levantar objetos
pesados, participar de
esportes árduos
14 (48,3)
9 (31) 5 (17,2) 1 (3,4)
Atividades moderadas, tais
como mover uma mesa,
passar aspirador de pó, jogar
bola, varrer casa
4 (13,8) 4 (13,8) 21 (72,4) 0 (0)
Levantar ou carregar
mantimentos
4 (13,8) 6 (20,7) 19 (65,5) 0 (0)
Subir vários lances de
escada
6 (20,7) 7 (24,1) 16 (55,2) 0 (0)
Subir um lance de escadas
1 (3,4) 6 (20,7) 22 (75,9) 0 (0)
Curvar-se, ajoelhar-se ou
dobrar-se
4 (13,8)
3 (10,3) 22 (75,9) 0 (0)
Andar mais de 1 Km 5 (17,2) 5 (17,2) 19 (65,5) 0 (0)
Andar vários quarteirões 8 (27,6) 3 (10,3) 18 (62,1) 0 (0)
Andar um quarteirão 4 (13,8) 2 (6,9) 23 (79,3) 0 (0)
Tomar banho ou vestir-se
1 (3,4) 1 (3,4) 27 (93,1) 0 (0)
Anexo 14 – Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas a primeira parte do
domínio aspectos sociais e ao domínio dor referidas no questionário SF-36 (BRAZIER et al. 1992).
Questões De forma
alguma
Ligeiramente
Moderadamente
Bastante
Extremamente
Aspecto Social
Saúde física ou
problemas
emocionais
interferem nas suas
atividades sociais
normais
16 (55,2)
4 (13,8)
5 (17,2)
3 (10,3)
1 (3,4)
Dor
Dor no corpo
18 (62,1)
4 (13,8)
3 (10,3)
2 (6,9)
2 (6,9)
Dor interferiu no seu
trabalho
23 (79,3) 2 (6,9) 3 (10,3) 0 (0) 1 (3,4)
Anexo 15 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas a última parte do
domínio aspecto social referidas no questionário SF-36 (BRAZIER et al. 1992).
Questão Todo o
tempo
A maior
parte
Alguma
parte
Uma
pequena
parte
Nunca
Quanto do seu tempo a sua saúde
física ou problemas emocionais
interferiram em suas atividades
sociais
2 (6,9)
2 (6,9)
6 (20,7)
4 (13,8)
15 (51,7)
Anexo 16 – Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas ao domínio fardo e
domínio desejo de se alimentar referidas no questionário SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002).
Sempre
Verdade
Muitas vezes
verdade
Algumas
vezes
Verdade
Um pouco
verdade
Nunca
verdade
Fardo
Lidar com meu problema
de deglutição é muito
difícil.
10 (34,5)
0 (0)
6 (20,7)
5 (17,2)
8 (27,6)
Meu problema de
deglutição é a maior
p
erturbação de minha
vida.
7 (24,1)
1 (3,4)
3 (6,9)
2 (6,9)
18 (62,1)
Desejo alimentar
N
a maioria dos dias, não
me importo se como ou
não.
4 (13,8)
0 (0)
4 (13,8)
1 (3,4)
20 (69)
Levo mais tempo para
comer do que outras
pessoas.
17 (58,6)
2 (6,9)
1 (3,4)
2 (6,9)
7 (24,1)
Estou raramente com
fome.
5 (17,2)
0 (0)
2 (6,9)
1 (3,4)
21 (72,4)
Levo muito tempo para
comer minha refeição
13 (44,8)
0 (0)
3 (10,3)
5 (17,2)
8 (27,6)
N
ão tenho mais prazer
em comer
1 (3,4)
3 (10,3)
1 (3,4)
2 (6,9)
22 (75,9)
Anexo 17 – Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas ao domínio
freqüência de sintomas referidas no questionário SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002).
Quase
sempre
Freqüentemente Algumas
vezes
Dificilmente Nunca
Tosse
3 (10,3)
1 (3,4)
13 (44,8)
7 (24,1)
5 (17,2)
Engasgo quando se
alimenta
1 (3,4)
1 (3,4) 11 (37,9)
10 (34,5)
6 (20,6)
Engasgo com líquidos
1 (3,4)
1 (3,4)
5 (17,2)
6 (20,6)
16 (55,2)
Apresento saliva grossa
ou secreção
11 (37,9)
4 (13,8)
7 (24,1)
1 (3,4)
6 (20,6)
Vômito
0 (0)
0 (0)
0 (0)
1 (3,4)
28 (96,6)
Enjôo
0 (0)
0 (0)
3 (10,3)
1 (3,4)
25 (86,2)
Dificuldades na
mastigação
12 (41,4)
3 (10,3)
3 (10,3)
1 (3,4)
10 (34,5)
Excesso de saliva ou
secreção
5 (17,2)
3 (10,3)
2 (6,9)
2 (6,9)
17 (58,6)
Pigarros
4 (13,8)
2 (6,9)
7 (24,1)
6 (20,7)
10 (34,5)
A comida para na
garganta
3 (10,3)
3 (10,3)
14 (48,1)
1 (3,4)
8 (27,6)
A comida para na boca
3 (10,3)
3 (10,3)
1 (3,4)
3 (10,3)
19 (65,5)
Bebida ou comida
escorrem da boca
3 (10,3)
1 (3,4)
2 (6,9)
0 (0)
23 (79,3)
Bebida ou comida saem
pelo nariz
1 (3,4)
1 (3,4)
3 (10,3)
4 (13,8)
20 (69)
Tosse para retirar o
líquido ou a comida
para fora da boca
quando estes estão
parados
4 (13,8)
6 (20,7)
10 (34,5)
2 (6,9)
7 (24,1)
Anexo 18 – Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas aos domínios seleção
de alimento e função social referidas no questionário SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002).
Questões Concordo
totalmente
Concordo Não sei Discordo Discordo
totalmente
Seleção alimento
Saber o que posso ou
não posso comer é
um problema para
mim
4 (13,8)
6 (20,7)
0 (0)
6 (20,7)
13 (44,8)
É difícil de achar
alimentos que posso
e gosto de comer
2 (6,9)
5 (17,2)
0 (0)
4 (13,8)
18 (62,1)
Função Social
Não saio para comer
devido ao meu
problema de
deglutição
12 (41,4)
2 (6,9)
0 (0)
5 (17,2)
10 (34,5)
Meu problema de
deglutição torna
difícil ter uma vida
social.
7 (24,1)
6 (20,7)
0 (0)
3 (10,3)
13 (44,8)
Meu trabalho ou
minhas atividades de
lazer mudou pelo
problema de
deglutição
4 (13,8)
5 (17,2)
0 (0)
5 (17,2)
15 (51,7)
Programas sociais e
férias não me
satisfazem devido ao
problema de
deglutição
4 (13,8)
4 (13,8)
0 (0)
4 (13,8)
17 (58,6)
Meu papel com
família e amigos têm
mudado devido ao
problema de
deglutição
1 (3,4)
1 (3,4)
0 (0)
10 (34,5)
17 (58,6)
Anexo 19 – Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas aos domínios
comunicação, fadiga e sono referidas no questionário SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002).
Todas as
vezes
Maior parte
das vezes
Algumas
vezes
Poucas vezes Nenhuma vez
Comunicação
As pessoas têm
dificuldade em
me entender
1 (3,4)
4 (13,8)
6 (20,7)
10 (34,5)
7 (27,6)
Tem sido difícil
me comunicar
claramente
1 (3,4)
2 (6,9)
10 (34,5)
4 (13,8)
12 (41,4)
Fadiga
Sente-se fraco?
1 (3,4) 1 (3,4) 5 (17,2) 6 (20,7) 16 (55,2)
Sente-se cansado?
1 (3,4)
3 (10,3)
6 (20,7)
5 (17,2)
14 (48,3)
Sente-se exausto?
1 (3,4)
3 (10,3)
3 (10,3)
3 (10,3)
19 (65,5)
Sono
Tem problema
para dormir?
4 (13,8)
2 (6,9)
1 (3,4)
1 (3,4)
21 (72,4)
Tem problema
para manter-se
dormindo?
5 (17,2)
2 (6,9)
5 (17,2)
2 (6,9)
15 (51,7)
Anexo 20 – Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas ao domínio medo
referidas no questionário SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002).
Quase
sempre
Freqüentemente Algumas
vezes
Dificilmente Nunca
Tenho medo de
engasgar quando
me alimento
2 (6,9)
3 (10,3)
3 (10,3)
5 (17,2)
16 (55,2)
Preocupo–me em
ter pneumonia
6 (20,7)
1 (3,4)
5 (17,2)
4 (13,8)
13 (44,8)
Tenho medo de
me engasgar com
líquidos
6 (20,7)
0 (0)
0 (0)
4 (13,8)
19 (65,5)
Nunca sei quando
vou engasgar
7 (24,1)
5 (17,2)
0 (0)
4 (13,8)
13 (44,8)
Anexo 21 Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas ao domínio saúde
mental referidas no questionário SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002).
Quase
sempre
verdade
Muitas vezes
verdade
Algumas vezes
verdade
Um pouco
verdade
Nunca
verdade
Meu problema de
deglutição me deprime
4 (13,8)
3 (10,3)
1 (3,4)
4 (13,8)
17 (58,6)
Ter que tomar muito
cuidado quando bebo
ou como me aborrece
6 (20,7)
2 (6,9)
0 (0)
3 (10,3)
18 (62,1)
Tenho estado
desanimado com meu
problema de
deglutição
3 (10,3)
1 (3,4)
4 (13,8)
2 (6,9)
19 (65,5)
Meu problema de
deglutição me frustra
5 (17,2)
0 (0)
2 (6,9)
2 (6,9)
19 (65,5)
Fico impaciente em
lidar com meu
problema de
deglutição
4 (13,8)
2 (6,9)
5 (17,2)
2 (6,9)
16 (55,2)
Anexo 22 – Distribuição de freqüências de acordo com as variáveis relacionadas a melhor
consistência (comida e líquido) referida no questionário SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002).
Questões
n (%)
Comida
Dieta normal, com variedade de alimentos, incluindo
variedade de alimentos, incluindo alimentos mais difíceis de
mastigar como carne, cenoura, pão, salada e pipoca
11 (37,9)
Alimentos macios, fáceis de mastigar como caçarola, frutas
em conserva, vegetais cozidos, raízes e sopas cremosas
13 (44,8)
Alimentos mais pastosos, passadas no liquidificador ou
processador
3 (10,3)
Maior parte de sua alimentação tem sido via sonda, porém
algumas vezes toma sorvete, pudim , purê de maçã e outras
comidas prazerosas
2 (6,9)
Líquido
Ingere líquidos como água, leite, chá, suco e café
27 (93,1)
Ingere líquidos um pouco mais espessos como suco de tomate
ou néctar de damasco. Este tipo de líquido goteja lentamente
da colher quando você vira para baixo
1 (3,4)
Ingere líquidos bem engrossados, como o pudim. Este tipo de
líquido muito espesso, fixa-se na colher quando esta for
virada
1 (3,4)
Anexo 23 – Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada a saúde referida no
questionário SWAL-QOL (McHORNEY et al. 2002).
Você diria que sua saúde
n (%)
Ruim
2 (6,9)
Satisfatória
6 (20,7)
Boa
11 (37,9)
Muito Boa
5 (17,2)
Excelente
5 (17,2)
Anexo 24 – Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada a primeira parte do
domínio atividade referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991)
Situações que no dia de hoje, habitualmente, lhe
dão falta de ar
Sim Não Não respondeu
Sentar-se em repouso
1 (3,4) 27 (93,1) 1 (3,4)
Lavar-se ou se trocar
1 (3,4) 27 (93,1) 1 (3,4)
Andar em casa
1 (3,4) 27 (93,1) 1 (3,4)
Andar fora de casa no plano
2 (6,9) 26 (89,7) 1 (3,4)
Subir uma escada
7 (24,1) 21 (72,4) 1 (3,4)
Subir um lance de escadas
8 (27,6) 20 (69) 1 (3,4)
Praticar uma atividade física ou esportiva
9 (31) 19 (65,5) 1 (3,4)
Anexo 25 Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada a última parte do
domínio atividade referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991).
ATIVIDADES COTIDIANAS QUE PODEM
SER INCOMODADAS POR SUA
RESPIRAÇÂO
SIM NÃO
Eu preciso de muito tempo para me banhar ou me
trocar
4 (13,8) 25 (86,2)
Eu não posso me banhar, ou agora eu preciso de
muito tempo para me banhar
1 (3,4) 28 (96,6)
Eu ando mais devagar que os outros, ou eu paro para
descansar
11 (37,9) 18 (62,1)
Os trabalhos como arrumar a casa me tomam muito
tempo ou eu tenho que parar para descansar
9 (31) 20 (69)
Se eu subo um lance de escada (um andar), eu devo
ir lentamente ou parar
7 (24,1) 22 (75,9)
Se eu corro ou ando rápido, eu devo parar ou ir mais
devagar
13 (44,8) 16 (55,2)
Minha respiração torna difíceis as atividades como
subir um lance de escadas, carregar objetos ao subir
escada, fazer trabalhos leves de jardinagem, dançar,
jogar bola
8 (27,6) 21 (72,4)
Minha respiração torna difíceis as atividades como
carregar peso, cuidar do jardim, correr ou andar
rápido, jogar tênis, nadar
15 (51,7) 14 (48,3)
Minha respiração torna difíceis as atividades como
trabalhos manuais pesados, andar a pé, andar de
bicicleta, nadar rápido ou praticar esportes
competitivos
13 (44,8) 16 (55,2)
Anexo 26 – Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada à primeira parte do
domínio impacto referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991)
TRATAMENTO
(Medicamentos, inalações, oxigênio,
fisioterapia,.....)
Sim
Não Não
respondeu
Minha medicação não está ajudando muito
11 (37,9) 17 (58,6) 1 (3,4)
Em frente aos outros, eu me sinto incomodado
de seguir meu tratamento
0 (0) 28 (96,6) 1 (3,4)
Meu tratamento tem efeitos desagradáveis para
mim
1 (3,4) 28 (96,6) 0 (0)
Meu tratamento me incomoda muito em meu
dia-a-dia
0 (0) 29 (100) 0 (0)
COM QUE INTENSIDADE SEU ESADO
RESPIRATÓRIO AFETA SUA VIDA
COTIDIANA
Eu não posso praticar nenhum esporte
10 (34,5) 18 (62,1) 1 (3,4)
Eu não posso sair para me distrair ou relaxar
6 (20,7) 22 (75,9) 1 (3,4)
Eu não posso sair para nadar
10 (34,5) 18 (62,1) 1 (3,4)
Eu não posso cuidar de casa
6 (20,7) 22 (75,9) 1 (3,4)
Eu não posso me distanciar muito de minha
cama ou poltrona
5 (17,2) 23 (79,3) 1 (3,4)
Anexo 27 Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada à segunda parte do
domínio impacto referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991).
Outros efeitos que seus problemas respiratórios podem
causar em sua casa no dia de hoje
SIM NÃO
Em frente aos outros eu me sinto incomodado de tossir ou ter
falta de ar
11 (37,9) 18 (62,1)
Meus problemas respiratórios incomodam minha família,
meus amigos ou minha vizinhança
4 (13,8) 25 (86,2)
Eu tenho medo ou me assusto quando eu não consigo respirar
5 (17,2) 24 (82,8)
Eu sinto que não consigo controlar minha respiração
5 (17,2) 24 (82,8)
Eu não espero nenhuma melhora da minha doença respiratória
10 (34,5) 19 (65,5)
Eu me tornei uma pessoa muito doente por causa de meu
estado respiratório
0 (0) 29 (100)
O exercício é perigoso para mim
6 (20,7) 23 (79,3)
Eu tenho que me esforçar para tudo
4 (13,8) 25 (86,2)
Anexo 28 – Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada à terceira parte do
domínio impacto referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991)
Questões
n (%)
O QUE VOCÊ ACHA DE SEU ESTADO
RESPIRATÓRIO?
Dá algum problema
8 (27,6)
Não dá problema algum
21 (72,4)
SE VOCÊ TEM OU TINHA UMA ATIVIDADE
PROFISSIONAL
Impossibilitaram-me continuar trabalhando
1 (3,4)
Dificultaram-me as vezes trabalhar
7 (24,1)
Não dificultaram-me trabalhar
21 (72,4)
Anexo 29 – Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada à quarta parte do
domínio impacto referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991).
Situações relacionadas a sua tosse e sua falta de ar no dia
de hoje
SIM NÃO
Sinto-me mal quando eu tusso
5 (17,2) 24 (82,8)
Canso-me quando eu tusso
8 (27,2) 21 (72,4)
Sinto falta de ar quando eu falo
4 (13,8) 25 (86,2)
Sinto falta de ar quando me deito
1 (3,4) 28 (96,6)
Minha tosse ou minha respiração perturba meu sono
3 (10,3) 26 (89,7)
Eu me canso rápido quando faço uma atividade cotidiana (Por
exemplo: banho, troca de roupa, arrumar a casa)
3 (10,3) 26 (89,7)
Anexo 30 Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada à última parte do
domínio impacto referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991).
MANEIRA QUE SEU ESTADO RESPIRATÓRIO
LHE INCOMODA?
n (%)
Não me impede de fazer nada do que gosto
17 (58,6)
Me impede de fazer uma ou duas coisas que eu gostaria de
fazer
4 (13,8)
Me impede de fazer a maioria da coisas que eu gostaria de
fazer
4 (13,8)
Me impede de fazer tudo que eu gostaria de fazer
3 (10,3)
Não respondeu
1 (3,4)
Anexo 31 – Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada a primeira parte do
domínio sintomas referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991).
Questões Quase todos os
dias da
semana
(5 a 7 dias)
Vários dias
da semana
(2 a 4 dias)
Algum dia
da semana
(1 dia)
Somente
durante uma
infecção
respiratória
Nunca
Ao longo dos últimos 12
meses, você tossiu?
8 (27,6) 3 (10,3) 2 (6,9) 3 (10,3) 13 (44,8)
Ao longo dos últimos 12
meses, você teve catarro?
5 (17,2) 3 (10,3) 2 (6,9) 6 (20,7) 13 (44,8)
Ao longo dos últimos 12
meses, você teve falta de
ar?
3 (10,3) 0 (0) 4 (13,8) 1 (3,4) 21 (72,4)
Ao longo dos últimos 12
meses, você teve crises de
chiado no peito?
0 (0) 0 (0) 2 (6,9) 4 (13,8) 23 (79,3)
Anexo 32 Distribuição de freqüências de acordo com a variável relacionada a última parte do
domínio sintomas referida no questionário SGRQ (JONES et al. 1991).
Questões
n (%)
Ao longo dos últimos 12 meses, quantas vezes você teve
crises graves?
1 crise
4 (13,8)
Nenhuma crise
25 (86,2)
Ao longo dos últimos 12 meses, quanto tempo durou a
pior crise?
Uma semana ou mais
3 (10,3)
Menos de 1 dia
1 (3,4)
Não respondeu a questão
25 (86,2)
Ao longo dos últimos 12 meses, em uma semana comum,
quantos dias você teve SEM
grandes problemas
respiratórios?
Nenhum dia
1 (3,4)
1 ou dois dias
4 (13,8)
Quase todos os dias
2 (6,9)
Todos os dias 19 (65,5)
Quando você tem chiado, é pior pela manhã?
Não
22 (75,9)
Não respondeu a questão
7 (24,1)
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