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Eduardo Hatschbach
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ANESTESIA VENOSA
TOTAL ALVO-CONTROLADA E POR INFUSÃO
CONTÍNUA EM CÃES PRÉ-TRATADOS COM
LEVOMEPROMAZINA E TRATADOS COM PROPOFOL E
REMIFENTANILA.
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Anestesiologia da Faculdade de Medicina da UNESP,
Campus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor
em Anestesiologia.
Orientador: Prof. Dr. Flávio Massone
Botucatu – SP
2007
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__________________________________________________________Dados Curriculares
__________________________________________________________________
DADOS CURRICULARES
Eduardo Hatschbach
Nascimento: 12/07/1978 – Curitiba / PR
Filiação: João Marlos Hatschbach
Ingrid Regina Hentzchler Hatschbach
1998 / 2002 Curso de Graduação em Medicina Veterinária
Faculdade de Medicina Veterinária Octávio Bastos –
FEOB – São João da Boa Vista - SP
2003 / 2004 Residência em Medicina Veterinária
Área de Anestesiologia Veterinária
Faculdade de Medicina Veterinária Octávio Bastos –
FEOB – São João da Boa Vista - SP
2004 / 2005 Mestrado em Medicina Veterinária
Área de Anestesiologia Animal
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Universidade Estadual Paulista - Botucatu
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________________________________________________________________Dedicatória
__________________________________________________________________
DEDICATÓRIA
Aos meus pais:
João Marlos Hatschbach e Ingrid Regina Hentzchler Hatschbach,
pela educação e ensinamentos.
À minha noiva:
Paula Regina Lopes dos Santos, pelo companheirismo e incentivo.
_______________________________________________________Agradecimentos
__________________________________________________________________
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Ao Prof. Dr. Flávio Massone,
meu agradecimento por ter me dado a grande oportunidade de ser seu orientado. O que
muito me orgulha, uma vez que tu foste o mestre de muitos grandes mestres. E como diria
Edmondo de Amicis “Mestre... depois de pai, é o nome mais nobre que um homem pode
dar ao outro”.
_______________________________________________________Agradecimentos
__________________________________________________________________
AGRADECIMENTOS
Aos amigos e colegas Fernando do Carmo Silva, Suzane Lílian Beier e Alfredo
Feio da Maia Lima pelo auxílio imprescindível no desenvolvimento deste trabalho.
A todos os docentes e funcionários do Departamento de Anestesiologia da
Faculdade de Medicina - UNESP Botucatu, por nos acolher e apoiar durante todo
programa de pós-graduação.
Aos Docentes do Departamento de Cirurgia e Anestesiologia da FMVZ UNESP
Botucatu, Prof. Stélio Pacca de L. Luna, Prof. Francisco José Teixeira Neto e Prof.
Antônio José Araújo Aguiar, pela convivência, amizade e grande aprendizado.
À Profª. Lídia Raquel de Carvalho, pela realização da estatística e enorme
paciência durante minhas inúmeras visitas.
À Neli Aparecida Pavan, pela amizade e grande auxílio em todas as questões
burocráticas do curso de pós-graduação.
À CAPES e CNPq pela bolsa auxílio e auxílio à pesquisa, respectivamente
Aos amigos, companheiros de república, André Crespilho e José Novais.
____________________________________________________________Epígrafe
__________________________________________________________________
EPÍGRAFE
“Sábio é o homem que conhece alguma coisa sobre tudo; e tudo sobre
alguma coisa. O mais sábio é aquele que estuda como se fosse viver
eternamente, e vive como se fosse morrer amanhã.”
(Anônimo)
___________________________________________________Lista de Ilustrações
_________________________________________________________________________
8
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES............................................................................................... 8
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................... 10
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS................................................................. 13
RESUMO .......................................................................................................................... 15
SUMMARY....................................................................................................................... 16
INTRODUÇÃO................................................................................................................. 17
REVISÃO DA LITERATURA......................................................................................... 19
HIPÓTESES e OBJETIVOS........................................................................................ 34
MATERIAL E MÉTODO................................................................................................ 35
RESULTADOS ................................................................................................................. 43
DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 79
CONCLUSÃO................................................................................................................... 90
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 91
ANEXOS ......................................................................................................................... 101
_____________________________________________________Lista de Tabelas
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1:Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S) da temperatura
esôfagica em graus Celsius (°C) de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
ou infusão contínua (GII).
FIGURA 2: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S) da freqüência cardíaca
em batimentos por minuto (bpm) de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
ou infusão contínua (GII).
FIGURA 3: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S) da pressão arterial
sistólica em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
FIGURA 4: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
da pressão arterial
média em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
FIGURA 5: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
da pressão arterial
diastólica em mmHg de es pré-tratados com levomepromazina e tratados
com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
FIGURA 6:Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
da freqüência
respiratória em movimentos por minuto (mpm) de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
FIGURA 7: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
do volume corrente em
ml/min de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
FIGURA 8: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S)
do volume minuto em
L/min de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
FIGURA 9: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
da concentração de
dióxido de carbono no final da expiração em mmHg de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
FIGURA 10: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S)
da saturação de
oxigênio em % de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua GII).
___________________________________________________Lista de Ilustrações
10
FIGURA 11: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
do índice bispectral
(BIS) de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
FIGURA 12: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
da eletromiografia
em % de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua
(GII).
FIGURA 13: Gráfico de dispersão dos valores médios (
X
) da correlação BIS x
Eletromiografia em cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
FIGURA 14: Gráfico de dispersão dos valores médios (
X
) da correlação BIS x
Eletromiografia em cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão contínua (GII).
FIGURA 15: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
da pressão parcial de
dióxido de carbono arterial em mmHg de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
FIGURA 16: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
da pressão parcial de
oxigênio arterial em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
FIGURA 17: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S) da pH do sangue
arterial de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua
(GII).
FIGURA 18: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
do bicarbonato do
sangue arterial em mmol/L de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
FIGURA 19: Variação dos valores dios
(
X
) e desvios-padrão (S) do volume total de
propofol em ml de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
FIGURA 20: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
dos períodos de
recuperação: Extubação, Decúbito esternal e Posição quadrupedal em minutos
de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua
(GII).
____________________________________________________________Lista de Tabelas
_______________________________________________________________________
11
LISTA DE TABELAS
TABELA 1: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S) da
temperatura esofágica em graus Celsius (°C) de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
TABELA 2: Avaliação estatística (análise de variância) da temperatura esofágica com
nível de significância de 5%.
TABELA 3: Variação dos valores médios expressos em dias (
X
), desvio padrão (S) da
freqüência cardíaca em batimentos por minuto (bpm) de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
TABELA 4: Avaliação estatística (análise de variância) da freqüência cardíaca com nível
de significância de 5%.
TABELA 5: Variação dos valores médios expressos em dias (
X
), desvio padrão (S) da
pressão arterial sistólica em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina
e tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
TABELA 6: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão arterial sistólica com
nível de significância de 5%.
TABELA 7: Variação dos valores médios expressos em dias (
X
), desvio padrão (S) da
pressão arterial média em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
TABELA 8: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão arterial dia com
nível de significância de 5%.
TABELA 9: Variação dos valores médios expressos em dias (
X
), desvio padrão (S) da
pressão arterial diastólica em mmHg de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
TABELA 10: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão arterial diastólica com
nível de significância de 5%.
TABELA 11: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
da freqüência respiratória em movimentos por minuto (mpm) de cães pré-
tratados com levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila
através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
TABELA 12: Avaliação estatística (análise de variância) da freqüência respiratória com
nível de significância de 5%.
____________________________________________________________Lista de Tabelas
_______________________________________________________________________
12
TABELA 13: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
do volume corrente em ml/min de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
TABELA 14: Avaliação estatística (análise de variância) do volume corrente com nível de
significância de 5%.
TABELA 15: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
do volume minuto em L/min de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
TABELA 16: Avaliação estatística (análise de variância) do volume minuto com nível de
significância de 5%.
TABELA 17: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
da concentração de dióxido de carbono no final da expiração em mmHg de
cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua
(GII).
TABELA 18: Avaliação estatística (análise de variância) da concentração de dióxido de
carbono no final da expiração
TABELA 19: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
da saturação de oxigênio em % de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
TABELA 20: Avaliação estatística (análise de variância) da saturação de oxigênio com
nível de significância de 5%.
TABELA 21: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
do índice bispectral (BIS) de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
TABELA 22: Avaliação estatística (análise de variância) do índice bispectral com nível de
significância de 5%.
TABELA 23: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
da eletromiografia em % de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
TABELA 24: Avaliação estatística (análise de variância) da eletromiografia com nível de
significância de 5%.
____________________________________________________________Lista de Tabelas
_______________________________________________________________________
13
TABELA 25: Avaliação estatística (análise de variância) da correlação entre índice
bispectral e eletromiografia com nível de significância de 1%.
TABELA 26: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
da pressão parcial de dióxido de carbono arterial em mmHg de es pré-
tratados com levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila
através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
TABELA 27: Avaliação estatística (análise de perfil) da pressão parcial de dióxido de
carbono arterial com nível de significância de 5%.
TABELA 28: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
da pressão parcial de oxigênio arterial em mmHg de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
TABELA 29: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão parcial de oxigênio
arterial com nível de significância de 5%.
TABELA 30: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
do pH do sangue arterial de es pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
TABELA 31: Avaliação estatística (análise de variância) do pH do sangue arterial com
nível de significância de 5%.
TABELA 32: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
do bicarbonato do sangue arterial em mmol/L de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
TABELA 33: Avaliação estatística (análise de variância) do bicarbonato do sangue arterial
com nível de significância de 5%.
TABELA 34: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
do peso, concentração alvo, dose e volume infundido de propofol de cães pré-
tratados com levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila
através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
TABELA 35: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvio padrão (S)
dos períodos de recuperação de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
__________________________________________________LIsta de Siglas e Abreviaturas
_______________________________________________________________________
14
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
BIS
= Índice bispectral
bpm
= Batimentos por minuto
O
C
= Graus Celsius
C
= “Clearance” taxa de depuração metabólica
CAM
= Concentração alveolar mínima
CO
2
= Dióxido de carbono
C
P Calculada
= Concentração plasmática calculada
ECG
= Eletrocardiograma
ED
50
= Dose efetiva
EEG
= Eletroencefalograma
EMG
= Eletromiografia
ETCO
2
= Tensão de dióxido de carbono no final da expiração
ƒ
= Freqüência respiratória
FC
= Freqüência cardíaca
HCO
3
-
= Bicarbonato
Hz
= Hertz
IM
= Intramuscular
IV
= Intravenoso
K
e0
= Constante de eliminação
min.
= Minuto
mL/kg
= Mililitros por quilograma
mmHg
= Milímetro de mercúrio
mmol/L
= Milimol por litro
M
= Momento
MPA
= Medicação pré-anestésica
mpm
= Movimentos por minuto
ms
= Milisegundos
p
= Nível de significância
PaCO
2
= Pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial
PaO
2
= Pressão parcial de oxigênio no sangue arterial
PAD
= Pressão arterial diastólica
__________________________________________________LIsta de Siglas e Abreviaturas
_______________________________________________________________________
15
PAM
= Pressão arterial média
PAS
= Pressão arterial sistólica
PEEP
= Pressão positiva no final da expiração
pH
= Potencial hidrogeniônico
S
= Desvio-padrão
SatO
2
= Saturação de oxigênio pela hemoglobina
SNA
= Sistema nervoso autônomo
SNC
= Sistema nervoso central
SRD
= Sem raça definida
T
= Temperatura
TCI
= Target-controlled infusion”
t
1/2
α = Meia vida de distribuição alfa.
t
1/2
K
e0
= Meia vida de equilíbrio plasma-sítio efetor
V
= Voltz
Vc
= Volume de distribuição no compartimento central.
Vdss
= Volume de distribuição no estado de equilíbrio
V
M
= Volume minuto
V
T
= Volume corrente
X
= Média
µg/mL = Micrograma por mililitro
___________________________________________________________________Resumo
____________________________________________________________15
HATSCHBACH, E. Estudo comparativo entre anestesia venosa total alvo-controlada e
por infusão contínua em cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila. Botucatu. 2007. Tese (Doutorado) Faculdade de Medicina da
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Botucatu.
RESUMO
A anestesia venosa total possui muitas vantagens, o polui ar ambiente, fácil de
usar em lugares remotos, estabilidade cardiovascular e boa qualidade de recuperação. O
propofol, devido sua farmacologia, é um dos fármacos mais usados em infusões contínuas.
Recentes avanços têm acontecido na anestesia venosa total com a utilização de infusões alvo
controlada, baseados em simulações farmacodinâmicas e farmacocinéticas dos rmacos em
tempo real, inclusive na Medicina Veterinária. Em função disto, pretendeu-se colocar em
prática este tipo de anestesia, utilizando-a em cadelas para a realização de cirurgias de
ovariosalpingohisterectomia. Para isso foram anestesiadas 20 cadelas, após o consentimento
livre e esclarecido dos proprietários. Sendo divididos em dois grupos (GI e GII). Em GI, os
animais foram pré-tratados com levomepromazina na dose de 0,5mg/kg IV e anestesiados
com propofol por infusão alvo controlada na dose de indução de 3,5µg/ml e na dose de
manutenção de 1,5 µg/ml IV, através bomba de infusão Harvard pump, associado com
remifentanila na dose de 0,3µg/kg/min, através de bomba de seringa. Em GII, os animais
receberam o mesmo tratamento de GI, que ao invés de receberem o propofol por infusão
alvo controlada, receberam o propofol a 5mg/kg como dose de indução e como manutenção,
receberam o propofol em infusão contínua de velocidade fixa, na dose de 0,2mg/kg/min.
Assim, compararam-se as duas técnicas de infusão, a de velocidade fixa e a alvo controlada,
concluindo-se que as doses de propofol utilizadas em ambas as técnicas, após o pré-
tratamento de levomepromazina e associadas ao opióide, foram eficazes para a realização
cirúrgica, promovendo bradicardia e discreta hipotensão, porém estabilidade
hemogasométrica e respiratória, além de um bom miorrelaxamento, mais evidente na
infusão contínua, e boa hipnose. A cnica de anestesia alvo controlada, obteve um menor
consumo de anestésico (propofol) com conseqüentes períodos mais rápidos de recuperação.
Palavras-chave: anestesia alvo-controlada, cães, infusão contínua, propofol, remifentanila.
__________________________________________________________________Summary
____________________________________________________________16
HATSCHBACH, E. Comparative study between target-controlled-infusion and
continuous-infusion anesthesia in dogs treated with levomepromazine and treated
with propofol and remifentanil. Botucatu. 2007. Dissertation (Doctoral) Faculdade de
Medicina da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Botucatu.
SUMMARY
Total venous anesthesia has many advantages as it does not pollute environmental
air, can be easily used in remote sites, provides cardiovascular stability and good recovery
quality. Due to its pharmacology, propofol is one of the most frequently used drugs in
continuous infusions. Recently, advances have also been observed in total venous anesthesia
with the use of target-controlled infusions based on real-time pharmacodynamic and
pharmacokinetic drug simulations in Veterinary Medicine. As a result, this study aimed at
applying this type of anesthesia by using it in female dogs for the performance of
ovariosalpingohysterectomy surgery. To that end, twenty female dogs were anesthetized
after free consent was given by their owners. The animals were divided into two groups (GI
and GII). In GI, the dogs were pre-treated with methotrimeprazine at a dose of 0.5mg/kg IV
and anesthetized with propofol by target-controlled infusion at an induction dose of
3.5µg/ml and a maintenance dose of 1.5 µg/ml IV by means of a Harvard infusion pump
associated with remifentanil at a dose of 0.3µg/kg/min by means of a syringe pump. In GII,
the animals received the same treatment as that given to GI, except that instead of receiving
propofol by target-controlled infusion, they were given propofol at 5mg/kg as an induction
dose. As maintenance, they received propofol by single-speed continuous infusion at a dose
of 0.2mg/kg/min. Hence, two infusion techniques, fixed-speed infusion and target-controlled
infusion, were compared, leading to the conclusion that the doses of propofol used in both
techniques, after pre-treated with methotrimeprazine, associated with the opioid were
efficient for surgery performance as they promoted bradycardia and discreet hypotension,
but hemogasometric and respiratory stability, futher good muscle relaxation, more evident in
fixed-speed infusion, and good hypnosis levels. The target-controlled anesthesia technique
provided lower anesthetic (propofol) consumption, resulting in faster recovery periods.
Key words: target-controlled anesthesia, dogs, continuous infusion, propofol, remifentanil.
_________________________________________________________________Introdução
____________________________________________________________17
1. INTRODUCÃO
Os primeiros relatos de anestesia intravenosa surgiram em 1875, com a descoberta
do hidrato de cloral. O alto índice de mortalidade evitou que esta modalidade anestésica
fosse praticada e após a metade do século XX, com o surgimento dos barbitúricos, a
anestesia venosa voltou à baila, o somente como indução, mas como manutenção, apesar
dos seus resultados.
Desde a introdução do tiopental, a procura pelo agente hipnótico venoso ideal
resultou no desenvolvimento de vários outros fármacos anestésicos venosos, visando
características de depressão cardiovascular e respiratória menores como a preocupação no
efeito cumulativo. O propofol, criado na metade da década de 80, se tornou o fármaco mais
seguro e estável, entre outros, para a manutenção da anestesia pela técnica intravenosa.
A anestesia venosa total tem como vantagem a maior estabilidade hemodinâmica e
redução do estresse cirúrgico, além de evitar-se a poluição da sala cirúrgica causada pelos
agentes inalatórios. Porém, tem como desvantagens o possível prolongamento do período de
recuperação (dependendo do rmaco utilizado) e a possibilidade de existir a variação
individual dos pacientes frente à farmacocinética dos anestésicos venosos.
Nas duas últimas décadas, houve grandes avanços na anestesia intravenosa tanto
pela inserção de novos rmacos como pelas novas técnicas desenvolvidas, citando como
exemplo, a infusão contínua de fármacos com velocidade fixa, através de diversas bombas
de infusão além da mais nova técnica de anestesia total intravenosa: a infusão alvo-
controlada.
Este sistema requer um controle computadorizado com interface para uma bomba
de infusão, no qual o fármaco é administrado de acordo com sua farmacocinética e
farmacodinâmica, onde o usuário determina a concentração alvo do fármaco no sangue ou
_________________________________________________________________Introdução
____________________________________________________________18
plasma, que atinge o sistema nervoso central e o sitio efetor, promovendo a atividade e
mantendo a concentração alvo pelo tempo que for necessário.
Com o decorrer do tempo a anestesia total alvo-controlada, tornou-se uma técnica
eletiva com grande potencial na área Anestesiológica tanto em Medicina Humana como na
Medicina Veterinária.
A sua introdução em Medicina Veterinária é recente. Atualmente, surgem novos
programas computacionais voltados para a espécie canina, cujos conhecimentos permitirão
efetuar anestesias mais seguras, mais rápidas com maior estabilidade paramétrica resultando
em recuperações mais rápidas.
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________19
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Levomepromazina
A levomepromazina é uma fenotiazina da série mista, com ações tanto
adrenolíticas quanto antihistamínicas (Paradis et al., 1959). Em geral, as fenotiazinas são
classificadas como antipsicóticos ou neurolépticos (Hall & Clarke, 1991) e produzem um
estado de indiferença aos estímulos exteriores, sem efeito hipnótico e sem perda da
consciência (Spinosa et al., 1999).
Os fenotiazínicos promovem efeitos tranqüilizantes, bloqueando no sistema
nervoso central, uma gama de neurotransmissores como serotonina e dopamina, bem como
por depressão do sistema reticular mesencefálico (Fantoni & Cortopassi, 2002), não sendo
possível afirmar sobre a sua habilidade em promover ou potencializar analgesia (Alexander
& Hill, 1987).
As fenotiazinas possuem ainda, reações tais como: hipotensão, sedação,
sonolência, sintomas extrapiramidais, discinesia tardia, toxicidade cardíaca e agranulocitose,
que são mais comuns e severos que os atribuídos aos analgésicos narcóticos Outros efeitos
deste grupo de agentes são: diminuição da agressividade dos animais; inibição das reações
vegetativas emocionais; potencialização dos efeitos hipnóticos, dos anestésicos gerais, dos
opiáceos, e dos analgésicos antiinflamatórios; e diminuição do limiar convulsivo. Sobre o
SNC podem produzir: sonolência, apatia, excitação paradoxal em animais predispostos,
diminuição do limiar convulsivo e hipotermia com participação periférica; sobre o SNA
promovem hipotensão com taquicardia reflexa (Spinosa et al., 1999).
Tanto os derivados fenotiazínicos como os butirofenônicos são absorvidos tanto
pelo trato gastrintestinal como pela via parenteral e uma vez absorvidos, são amplamente
distribuídos pelos tecidos (principalmente fígado, pulmões e encéfalo), sofrendo diferentes
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________20
processos de biotransformação (oxidação, hidroxilação, conjugação), sendo eliminados pela
urina e também pelas fezes (Spinosa et al., 1999).
Quando usados como agentes pré-anestésicos, causam sinergismo diminuindo a
quantidade de anestésico geral requerido (Lumb & Jones, 1996; Massone, 2003).
A levomepromazina apresenta uma ação sedativa 75% superior à da
clorpromazina e efeito antihistamínico 33% superior ao da prometazina, o que a torna um
dos mais potentes antihistamínicos conhecidos (Cailar et al., 1959).
Em cães, a dose indicada é de 0,5 a 1,0 mg/kg pela via intravenosa ou
intramuscular. De um modo geral, a injeção intramuscular de levomepromazina provoca dor
local, em virtude de seu baixo pH. Quando empregada isoladamente produz discreta redução
da temperatura retal, do pulso arterial e da freqüência respiratória (Massone, 2003).
A indução anestésica nos animais pré-tratados com levomepromazina é
destituída de qualquer excitação e a recuperação é isento de vômitos e excitação, com
despertar tranqüilo. É altamente eficiente como potencializadora do pentobarbital sódico,
porém reduz o tempo de recuperação dos animais tratados por este fármaco (Massone,
2003).
Rennemo et al. (1982) compararam 0,1 mg/kg de levomepromazina com 0,15
mg/kg de droperidol para indução de neuroleptoanalgesia, num estudo de perspectiva duplo-
cego, em 60 pacientes que sofreram cirurgia abdominal superior. No dia seguinte à cirurgia,
oito de 30 pacientes (26,7%) que receberam droperidol se lembraram de ter tido ansiedade
desagradável, pesadelos, ou experiências apavorantes durante a indução da anestesia, onde
um único de 30 pacientes (3,3%) que receberam levomepromazina experimentou tais efeitos
adversos desagradáveis. Durante a anestesia, os pacientes induzidos com levomepromazina
precisaram de menos fentanila, tiveram menos intensidade de dor durante as primeiras três
horas após a cirurgia, e requereram a primeira dose de morfina pós-operatória uma hora e
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________21
meia depois que os pacientes que receberam droperidol. Este estudo mostra que a
levomepromazina é superior ao droperidol para indução de neuroleptoanalgesia pois
apresenta menos efeitos adversos psíquicos, mais analgesia, e sedação mais profunda, que
são revertidos facilmente com fisostigmina ao término da anestesia.
Os agentes fenotiazínicos, dependendo da dose, determinam bloqueio -
adrenérgico, com diminuição da regulação vasomotora, levando a hipotensão (Nunes et al.,
1995) e taquicardia, possuindo, entretanto, características antiarrímicas (Short, 1987). Os
agentes -bloqueadores protegem contra irregularidades cardíacas induzidas pela adrenalina
durante anestesia. Tais efeitos podem ser explicados pela prevenção da elevação da pressão
arterial, promovida pela catecolamina (Hoffman & Lefkowitz, 1991), mecanismo que, em
parte atua no desenvolvimento de complexos prematuros ventriculares (Lemke et al., 1994).
Segundo Nunes et al. (1999), após estudarem os efeitos antiarritmogênicos da
levomepromazina em cães submetidos à anestesia pela quetamina, concluíram que este
rmaco pode ser indicado para o controle dos complexos ectópicos ventriculares induzidos
pelas catecolaminas endógenas e exógenas. Rezende et al. (2000), chegaram a mesma
conclusão a respeito da ação antiarritmica da levomepromazina, após estudarem diferentes
doses de adrenalina (1 a 5 µg/kg/min) em cães anestesiados pelo sevofluorano.
2.2. Propofol
O propofol é um derivado alquil-fenólico de baixa solubilidade em água, por ser uma
solução de azeite de soja, fosfolipídeos purificados e lecitina de ovo na concentração de 1%
e pH de 7 8,5 (Shafer & Stanki, 1991). É o anestésico intravenoso mais recente
introduzido na farmacologia anestésica, sendo utilizado pela primeira vez por Kay & Rolly,
em 1977.
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A ligação do propofol às proteínas plasmáticas no o, varia entre 96 e 98%
(Cockshott et al., 1992; Wooten & Lowrie, 1993). Seu período de latência é curto (20 a 60
segundos), e é causado pela distribuição pida no SNC em função de sua elevada
lipossolubilidade (Nociti, 2001) e seu pico de efeito é visto em 90 a 100 segundos (Rolly et
al., 1985).
A redistribuição rápida associada ao clearance” (C) ou índice de depuração
metabólico elevado, justifica o período hábil anestésico de curta duração do propofol de 5 a
8 minutos. (Zoran et al., 1993). A distribuição rápida do compartimento central combinada
com a meia-vida curta de equilíbrio sangue-cérebro (2,9 ± 2 minutos) contribui para uma
elevação rápida da concentração do fármaco no sítio de ação. Essas características explicam
a instalação rápida do efeito hipnótico, observando perda da consciência dentro de um a dois
minutos (Carvalho, 2000).
O propofol possui uma vida média de 322,3 minutos e volume de distribuição em
estado estável de 6,5 L/kg. Sua taxa de depuração é de 50,1 ml/kg/min, e o tempo de
permanência no organismo é de 131,6 minutos (Nolan & Reid, 1993).
Sua eliminação sofre biotransformação por conjugação hepática, associada ao
metabolismo extra-hepático (Langley & Heel, 1988) nos pulmões, parede intestinal e rins
(Cassidy & Houston, 1984), produzindo metabólitos inativos (Robertson et al., 1992)
eliminados por via renal (López et al., 1994). Menos de 1% é excretado de forma inalterada
pela urina e somente 2% são excretados pelas fezes (Simons et al., 1985).
Segundo Rouby et al. (1991), o principal efeito cardiovascular é a redução dose-
dependente da pressão arterial média, devido a um efeito depressor mais importante sobre a
resistência vascular sistêmica que sobre a função ventricular e o débito cardíaco.
Durante a anestesia com propofol observa-se uma redução da ventilação e aumento
na saturação de CO
2
, e por isso se aconselha o uso de suplementação com oxigênio (Weaver
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____________________________________________________________23
& Raptopoulos, 1990). Aguiar et al. (2001), observaram depressão respiratória dose-
dependente representada por diminuição da freqüência respiratória e aumento de ETCO
2
e
PaCO
2
e diminuição da PaO
2
, quando utilizaram propofol em infusão contínua nas
velocidades fixas de 0,2, 0,3 e 0,4 mg/kg/minuto.
Smith et al (1994a) citam que a recuperação anestésica do propofol normalmente é
rápida, mesmo no caso de administrações prolongadas, que a redistribuição rápida do
rmaco para compartimentos periféricos traduz-se em despertar rápido (Watkins et al.,
1987; Hall & Chambers, 1987). Robertson et al. (1992), Vieira (1999) e Mannarino
(2002) observaram em es, períodos de recuperação prolongados após infusões contínuas
de propofol que excedem 30 minutos, em infusões com velocidades fixas.
A taxa de infusão mínima do propofol isolado, encontrado por Mannarino (2005) foi
de 0,51 mg/kg/min. Obtendo uma redução de 0,51 para 0,42 mg/kg/min após administração
de lidocaína (1,5 mg/kg seguido de 0,25 mg/kg/min), resultando em uma baixa de 17,46%
na taxa de infusão mínima do propofol. Vieira (1999) observou uma taxa de propofol de 1,5
mg/kg/min para produzir anestesia em cadelas pré-tratados com levomepromazina e
submetidas à cirurgia de castração eletiva. Aguiar et al. (2001) por sua vez, não observaram
analgesia satisfatória nos testes de sensibilidade cutânea em cães pré-tratados com
levomepromazina e anestesiados com 0,4 mg/kg/min de propofol.
Gimenes (2005), avaliou diferentes doses de remifentanila (0,125, 0,25 e 0,5
µg/kg/min) na associação com propofol em cães. Para isso os animais foram induzidos com
5 mg/kg de propofol e mantidos com 0,2 mg/kg/min. Concluindo que este protocolo de
anestesia intravenosa não produziu resposta endócrina de estresse, causando redução na
concentração plasmática de cortisol, durante o período de infusão dos fármacos, sendo um
procedimento anestésico bastante adequado para realização de procedimentos cirúrgicos
como a ovariosalpingohisterectomia.
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A velocidade de administração do propofol para manutenção da anestesia por
infusão contínua depende da administração concomitante de fármacos adjuvantes e da
intensidade do estímulo cirúrgico (Smith et al., 1994), além de fatores como idade, peso
corpóreo e condições clínicas preexistentes (Vianna, 2001).
Níveis plasmáticos para obtenção de anestesia no homem variam de 2 a 5 µg/ml,
enquanto o despertar ocorre com níveis inferiores a 1,5 (Reves et al, 2000). Em cães,
Wooten & Lowrie (1993) e Nolan et al. (1998) afirmam que concentrações plasmáticas de
propofol de 1,88 a 3,93 µg/ml são suficientes para inibir o reflexo palpebral durante a
indução anestésica, enquanto Mannarino (2002) observou concentrações plasmáticas
variando de 5,03 a 6,74 µg/ml durante infusão contínua de propofol e 3,19 a 3,41 µg/ml com
a infusão do propofol associado à lidocaína. Porém concentrações plasmáticas maiores
foram observadas por Vieira et al. (1999) durante infusão contínua de propofol associado ou
não a quetamina em cães e por Whitwam et al. (2000) que observaram que as respostas aos
reflexos de fibras aferentes C e A [delta] são abolidas com concentrações de 24,3 ± 3,3 e
29,2 ± 2,6 µg/ml, bem como redução em 55% da pressão arterial média e 26% da
freqüência cardíaca. Nolan & Reid (1993) também observaram em cães, plano anestésico
capaz de permitir procedimentos cirúrgicos com concentrações plasmáticas variando entre
20 e 30 µg/ml.
A meia-vida contexto sensível no homem é de aproximadamente 40 minutos, mesmo
após infusões de 8 horas de duração (Hughes et al., 1992), tempo este que pode ser reduzido
desde que trabalhando com infusões alvo-controladas e não velocidades fixas. (Vianna,
2000).
Beths et al. (2001), comparam as doses requeridas de indução e manutenção de
propofol, por infusão alvo controlada em cães submetidos a cirurgias dentárias. As
concentrações de 2 a 3 µg/ml e de 3 a 15 µg/ml, foram suficientes para indução de cães da
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________25
raça Greyhound e sem raça definida (SRD) respectivamente. Para a manutenção anestésica
não houve diferença entre grupos, sendo que as concentrações variaram entre 2,5 a 4,7
µg/ml.
Beier (2007), em um estudo experimental em cães, utilizando a infusão alvo-
controlada com propofol, obteve uma concentração plasmática para perda dos reflexos
protetores, a permitir intubação orotraqueal, de 5,9 ± 0,5 µg/ml e 6,1 ± 0,3 µg/ml em ambos
os grupos, infusão alvo-controlada de propofol (GI) e propofol + remifentanila (GII),
respectivamente. a concentração plasmática motora, ou de manutenção, foi de 2,0 µg/ml
no grupo anestesiado somente com propofol, e 0,3 µg/ml no grupo da associação de
propofol e remifentanila.
2.3. Remifentanila
A remifentanila é um opióide agonista µ-receptor, derivado da piperidina, de ultra-
curta duração (Hoffman et al. 1993). E como todos os opióides, são os únicos, em diferentes
escalas, em controlar a dor e uma série de respostas fisiológicas aos estímulos dolorosos. Na
prática anestésica moderna, os opióides são essenciais, e na anestesia venosa são elementos-
chave.
A fentanila ou seus congêneres (as fenilpiperidinas) dominam como os opióides de
escolha para anestesia venosa. A farmacologia desses compostos, quanto às propriedades
farmacocinéticas e farmacodinâmicas, tornam tais agentes os mais apropriados de todos os
opióides disponíveis para a prática da anestesia venosa. (Bailey, 1993; Egan et al., 1996).
Devido à sua estrutura éster, e sendo o único opióide com esta característica, possui
uma biotransformação rápida extra-hepática, por esterases presentes no sangue e tecidos
inespecíficos (Egan, 1995). A principal via deste metabólito é a desesterificação, que forma
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____________________________________________________________26
um metabólico do ácido carboxílico pouco ativo, o GI90291. Quase 90% do rmaco é
recuperado na urina na forma deste metabólito (Glass et al., 1993). Sua biotransformação
rápida em metabólicos pouco ativos pode estar associada com sua duração curta de ação e
ausência de efeito cumulativo, mesmo em doses repetidas ou em infusão contínua,
permitindo assim uma recuperação anestésica rápida (Burkle et al., 1996).
Egan et al. (1993), relataram um clearance” médio de 2,9 ±
-
0,4 L/min. Um valor
que está bem acima das taxas de fluxo sanguíneo hepático de um adulto comum. Seu
volume de distribuição no estado de equilíbrio é de 31,8 ± 7,4 L/kg. Estes parâmetros
determinam uma meia-vida de distribuição e de eliminação extremamente baixas. Segundo
Michelsen et al. (1996), a meia-vida da remifentanila é de 3,2 minutos, independente do
tempo de infusão. Tornando assim, o remifentanila a melhor escolha para o uso em infusão
contínua.
As alterações das doses geralmente não alteram os perfis farmacocinéticos clássicos
dos opióides (Stanki et al 1982). Esse achado sugere que os mecanismos de
biotransformação e de excreção o são facilmente saturados pelas doses clínicas de
opióides, e a cinética normalmente permanece de primeira ordem (independente da
concentração do fármaco). A farmacocinética dos opióides é linear, porque a forma da curva
concentração versus o tempo não se modifica com o aumento das doses.
A duração de infusão do fármaco também influencia a subseqüente velocidade de
declínio das concentrações plasmáticas do opióides depois que sua administração é
interrompida, daí o conceito ”meias-vidas contexto sensíveis” (Hughs et al, 1992).
A remifentanila possui como características farmacodinâmicas: atividade analgésica
potente e sedativa. (Egan, 1995), que reduz as respostas hemodinâmicas à intubação
orotraqueal (Thompson et al., 1998), reduz a concentração alveolar mínima (CAM) de
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anestésicos inalatórios (Michelsen et al., 1996) e reduz o consumo de propofol quando
administrado por infusão alvo-controlada (Beier, 2007).
A associação de opióides em anestesias balanceadas podem levar a um efeito
sinérgico ou antagonista de seus componentes (Lemmaens, 1995). Entretanto, o objetivo da
associação entre um opióide e o propofol é de se obterem efeitos sinérgicos (Vulk, 1997)
Quando a remifentanila é associada ao propofol, ocorre perda da consciência em
pacientes humanos, com uma menor concentração de propofol, indicado a potencialização
dos efeitos hipnótico e sedativo deste fármaco. Por tanto, o efeito do propofol no sistema
nervoso central pode ser influenciado pela administração simultânea de opióides
(Lysakowski et al., 2000)
A eficácia da associação do propofol com a remifentanila, quando comparada à
associação de isofluorano e fentanila, é melhor em qualidade de recuperação anestésica,
aumentando a sensação de bem estar do paciente humano, além do menor custo total de
anestesia. (Epple et al., 2001)
Os efeitos adversos da remifentanila são semelhantes aos de outros opióides do
grupo da fentanila, como por exemplo, depressão respiratória, bradicardia (Egan, 1995) e
redução da pressão arterial em 15 a 20% (Dershwitz et al., 1995). Michelsen et al. (1996),
observou uma redução de 35% da freqüência cardíaca em relação aos valores basais, em
cães anestesiados com enfluorano associados a diferentes doses de remifentanila.
Em taxas superiores de 0,2 µg/kg/min de remifentanila, a depressão respiratória é
mais frequentemente observada, sendo por isso, indicado o uso de ventilação assistida ou
controlada (Servin et al., 1999).
A dose de infusão deste agente em cães é de 0,05 a 2 mg/kg/min, com doses
adicionais de 1 mg/kg quando necessário (Fantoni & Mastrocinque, 2002). Porém (Bailey et
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________28
al., 2000) afirmam que velocidades de infusão de 0,1 a 1 µg/kg/min são suficientes para
manutenção anestésica, após indução com bolus de 1-2 µg/kg.
Gimenes (2005) comparou os efeitos cardiovasculares e analgésicos de três
diferentes doses de remifentanila (0,125, 0,25 e 0,5 µg/kg/min) associados ao propofol em
cães submetidos a estímulos elétricos e observou que as doses de 0,25 e 0,5 µg/kg/min
obtiveram melhor efeito analgésico, sem comprometer de forma significativa, os parâmetros
cardiovasculares.
Fragen & Fitzgerald (2000) compararam a administração intravenosa de
remifentanila através de bomba de infusão contínua com uma técnica de microgotejamento.
Segundo os autores, a pida biotransformação do remifentanila proporciona uma
administração segura e efetiva em ambos os casos. Entretanto, as bombas de infusão
computadorizadas permitem uma determinada concentração plasmática ideal,
proporcionando maior estabilidade paramétrica e recuperação anestésica mais rápida
(Lemmens, 1995).
2.4. Infusão Alvo Controlada
A infusão alvo-controlada ou Target Controled Infusion”, na qual se origina sua
sigla TCI, é uma forma de administração de fármacos por via intravenosa, na qual consiste
na utilização de programas farmacocinéticos instalados em computadores ligados a uma
bomba de infusão por uma interface. Deste modo, a velocidade da bomba de infusão é
comandada pelo computador, visando obter uma concentração plasmática previsível, com
níveis aproximadamente constantes (Vianna et al., 1995)
Esta modalidade de administração vem sendo desenvolvida desde 10 a 15 anos atrás.
No início dos anos oitenta, a TCI, na qual, ainda não tinha esta definição, foi primeiramente
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relatada por Schuttler et al. (1983). Mais tarde, foi provada por White & Kenny em 1990.
Com o aperfeiçoamento da tecnologia computadorizada e dos avanços no conhecimento
farmacocinético, houve um grande interesse nos sistemas automáticos de administração
venosa, fazendo aumentar o desenvolvimento de vários programas que incorporassem
modelos farmacocinéticos executáveis pelo computador e que controlassem a bomba de
infusão, permitindo assim, a administração do fármaco em velocidade capaz de manter a
concentração plasmática constante, resultando na manutenção do efeito hipnótico pelo
tempo desejável (Bailey et al., 1996)
O desenvolvimento de hipnóticos e analgésicos com duração de ação curta e
previsível e o melhor entendimento de farmacologia clínica melhoram as perspectivas da
TCI (Vianna, et al. 1995)
Pesquisas têm visado alcançar uma maior precisão farmacocinética combinando a
atual tecnologia computadorizada das bombas com a farmacologia clínica moderna.
Modelos farmacocinéticos de alta resolução têm possibilitado a programação de bombas
para controlar a velocidade de infusão de acordo com parâmetros farmacocinéticos do
rmaco. Em vez de estabelecer uma velocidade de infusão, como nas bombas calculadoras,
o usuário identifica uma concentração plasmática ou no sítio efetor, desta forma a bomba
que obedece a um modelo farmacocinético, calcula e ajusta as velocidades de infusão em
relação ao tempo para atingir a concentração-alvo (Viviand & Léone, 2001).
O programa farmacocinético, denominado Stanpump, desenvolvido por Shafer e
colaboradores na Universidade de Stanford (Califórnia-USA), é versátil, pois pode
administrar qualquer anestésico que tenha um modelo farmacocinético adequado, além de
permitir a inclusão dos parâmetros farmacocinéticos da espécie a ser estudada (Egan, 1996)
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________30
Este programa foi aplicado em pesquisas com ratos e coelhos, apresentando um
desempenho comparável ao obtido em seres humanos (Gustafsson et al., 1996). E mais
recentes estudos, revelaram que a utilização da técnica de infusão alvo-controlada de
propofol, utilizando o programa Stanpump, é viável também para a espécie canina (Beths et
al., 2001; Beier, 2007)
O objetivo de qualquer técnica de infusão contínua de anestésicos é atingir a
concentração do(s) fármaco(s) na corrente sanguínea suficiente para produzir a profundidade
necessária da anestesia (Morgan & Legge, 1989) Em função disto necessidade de se
determinar as doses requeridas para atingir o efeito desejado. O conceito de taxa de infusão
mínima para fármacos intravenosos foi introduzido por Sear & Prys-Roberts (1979) para
definir a ED
50
(concentração de um anestésico intravenoso suficiente para prevenir
movimentos em resposta à incisão cirúrgica em 50% dos pacientes)
Diferentemente da CAM de um anestésico inalatório, a taxa de infusão mínima não
necessariamente equivale à concentração do anestésico no sangue (Sneyd, 2004). De acordo
com Hall & Chambers (1987), a mais acurada técnica para determinação da taxa de infusão
mínima está relacionada com a reação e perda de reação à estimulação cirúrgica.
A relação entre dose e resposta pode ser bem distante, e a curva dose resposta é
influenciada pela relação da dose resultante da concentração plasmática ou farmacocinética
e pela farmacodinâmica. Se a relação dose-resposta mudar, pode ser devido a alterações
farmacocinéticas, farmacodinâmicas ou ambas (Hudson et al.,1983).
A variação da farmacocinética e da farmacodinâmica de fármacos venosos entre os
indivíduos é conhecida, mas não deve ser um motivo pra recusar a TCI. No entanto, um grau
semelhante de variação pode existir para agentes inalatórios, que é resolvido pela alteração
da concentração inspirada de anestésicos voláteis. Para os agentes venosos, a mudança da
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________31
velocidade de infusão (com métodos manuais de infusão) ou da “concentração-alvo” (com
bombas de infusão computadorizadas) é usada pra tratar as diferentes sensibilidades dos
pacientes aos efeitos anestésicos. As propriedades farmacocinéticas dos fármacos (relação
entre a concentração e o tempo) são alteradas por alterações fisiológicas durante a anestesia,
perda sanguínea no período intra-operatório, processos patológicos coexistentes e a resposta
aguda de estresse à cirurgia. Os fármacos anestésicos poderão afetar a disposição de outros
anestésicos (Gepts et al, 1988), além de sua própria disposição, se produzirem efeitos
cardiovasculares acentuados (Henthorn et al, 1989).
A descrição matemática da farmacocinética, usando um modelo uni, bi ou
tricompartimental foi estendida para incluir um compartimento efetor, no qual o efeito
mensurável poder ser relacionado à concentração teórica do rmaco (sítio-efetor). Esse
compartimento efetor é caracterizado pela k
e0
, a constante de eliminação do compartimento
efetor. Se a K
e0
for grande, o fármaco entrará rapidamente em equilíbrio com o sangue e o
sítio efetor ou biofase. Pelo contrário se a k
e0
for pequeno, este equilíbrio será lento. Os
conceitos de modelos são úteis para prever a velocidade inicial do efeito do fármaco na
biofase. Após a administração venosa, o início de efeito clínico é governado pela velocidade
em que aumenta a concentração no sítio efetor. A t
1/2
k
e0
(meia vida para ocorrer o equilíbrio
entre as concentrações sanguíneas e as do sítio efetor) é o retardo entre o pico plasmático e o
efeito máximo no local de ação (Camu et al, 1996).
O clearence de distribuição é a medida do movimento do fármaco do
compartimento central (tecidos ricamente vascularizados) em tecidos com fluxo sanguíneo
menor. Um elevado clearence” de distribuição indica que a distribuição do fármaco é
governada pelo débito cardíaco e pelo fluxo sanguíneo regional. O volume de distribuição
no estado de equilíbrio (V
dss
) é a medida de quanto o fármaco se distribui nos tecidos e
depende da lipossolubilidade (Camu et al, 1996).
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________32
2.5. Índice Bispectral
A hipnose é um componente anestésico de difícil mensuração, pois as modificações
da atividade cerebral verificadas durante o estado de inconsciência induzida geralmente são
avaliadas através do eletroencefalograma (EEG). Este método apresenta dificuldades
técnicas especialmente quando surgem alterações causadas por efeitos de fármacos sobre o
SNC causando dificuldade na sua interpretação (Vianna, 2001).
Para melhor se avaliar melhor a profundidade do plano anestésico, tem-se utilizado
no homem e nos animais um monitor de ondas eletroencefalográficas que determina um
índice conhecido como índice bispectral (Bispectral Index Scale ou BIS). O cálculo do BIS
inicia-se com a colheita de sinais do EEG do paciente, que são digitalizados e filtrados para
evitar a interferência de artefatos. Estes sinais sofrem uma biotransformação rápida de
Fourier para atingir o “bispectrum”. A soma destes parâmetros origem ao índice
bispectral ou simplesmente BIS. Este índice é um parâmetro resultante da monitoração
contínua do EEG pelas alterações do traçado de baixa amplitude e alta freqüência (paciente
acordado) ou de alta amplitude e baixa freqüência (paciente em anestesia profunda) (Vianna
et al., 1995).
Dimensionado em escala variando de 0 a 100, observa-se uma diminuição na escala
à medida que o grau de hipnose aumenta (Antognini et al., 2000; Baar et al., 2001; Tsai et
al., 2001).
A análise bispectral do eletroencefalograma tem correlacionado de forma eficiente o
efeito clínico dose-resposta aos fármacos hipnóticos durante a indução, sendo este um
método apropriado para a avaliação da analogia hipnose com plano de profundidade
anestésica (Ortolani et al., 2002; Baar et al., 2000).
Convém salientar que o BIS avalia um estado do cérebro e não a concentração de um
rmaco em particular.(Glass et al., 1997). Um baixo valor de BIS indica hipnose
________________________________________________________Revisão de Literatura
____________________________________________________________33
independente de como ela foi produzida. O BIS se reduz durante o sono natural, embora não
atinja o padrão de supressão causado por doses elevadas de propofol, tiopental, anestésicos
inalatórios, midazolam, (Rosow & Manberg, 1998).
Um valor de BIS inferior a 60 está associado com a probabilidade de resposta baixa
ao comando verbal, o que é comumente utilizado nas escalas de alerta e sedação. Este
comportamento é idêntico para todos os agentes hipnóticos testados, sugere que o BIS pode
ser um excelente monitor do nível de sedação e de perda da consciência (Rosow &
Manberg, 1998).
Quando fármacos hipnóticos como o propofol ou isofluorano são empregados como
anestésicos isolados, as alterações do BIS se correlacionam bem com a resposta de incisão
da pele. Entretanto, em alguns protocolos onde se utilizam opióides em doses elevadas, não
existe uma relação entre o BIS e a probabilidade de movimento, mesmo com doses mais
altas, observando-se um valor do BIS sem alteração significa (Johansen & Sebel, 2000).
A estimulação nociceptiva pode desencadear o despertar de um estado hipnótico e
proporcionar aumento significativo do BIS (March & Muir, 2005). Estudos com ovinos e
felinos observaram valores mais elevados de BIS após a estimulação nociceptiva em relação
ao momento pré-estimulação (Antognini et al., 2000; March & Muir, 2003).
________________________________________________________Hipóteses e Objetivos
____________________________________________________________34
3. HIPÓTESES
Tanto a infusão contínua como a alvo-controlada são eficazes. permitindo
efetuar ováriohisterectomia
A associação de propofol e remifentanila, pré-tratada com levomepromazina,
reduz a quantidade de anestésico a ser infundido..
4. OBJETIVOS
Os objetivos a serem alcançados foram:
Determinar a eficácia da dose alvo de propofol para um procedimento
cirúrgico.
Comparar duas técnicas de anestesia intravenosa.
Correlacionar o BIS com a eletromiografia nas duas técnicas anestésicas
utilizadas durante o procedimento cirúrgico
Avaliar os atributos cardiorrespiratórios destas associações, bem como as
características do período de recuperação.
___________________________________________________________Material e Método
____________________________________________________________35
5. MATERIAL E MÉTODO
Este estudo foi submetido á análise e julgamento da Comissão de Ética em
Experimentação Animal da Faculdade de Medicina de Botucatu, Unesp, sendo aprovado
sem restrições, sob o Protocolo nº497
5.1. Material Biológico
Foram utilizados 20 cães de raças variadas (15 sem raça definida, 2 pitbulls, 1
labrador, 1 pastor alemão e 1 coocker spaniel), fêmeas, com peso médio de 19,8±2,33
(Média e Desvio-padrão), com idade de 2 a 8 anos. Estes animais foram trazidos à sala da
Anestesiologia Experimental, do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina
de Botucatu, Unesp, através de uma campanha realizada através da Prefeitura Municipal de
Botucatu.
Após contato prévio da prefeitura com os proprietários dos animais, foram realizadas
visitas a estes proprietários, uma semana antes de cada experimento. Cada animal era
avaliado clinicamente e após colheita de sangue, realizava-se a avaliação laboratorial
(Hemograma completo, contagem de plaquetas, função renal e hepática). Apenas os animais
dentro dos padrões de normalidade clinica e laboratorial, e com o consentimento livre e
esclarecido assinado pelos proprietários, eram inclusos no projeto.
Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 2 grupos (GI e GII), de 10 animais
cada (n=10), sendo submetidos a jejum hídrico de 2 horas e alimentar de 12 horas antes de
cada anestesia.
___________________________________________________________Material e Método
____________________________________________________________36
5.2. Procedimento anestésico
O grupo I (GI) recebeu uma pré-tratamento de levomepromazina
1
na dose de 0,5
mg/kg aplicado pela via intravenosa. Após 15 minutos eram realizadas as tricotomias nas
regiões das veias cefálicas, femorais, artéria metatarsiana, região frontal, atlantoociptal e
região do flanco esquerdo. Em seguida, os animais eram posicionados em decúbito lateral
direito sobre uma manta térmica
2
, em uma mesa de experimento.
Logo após anti-sepsia, cateterizava-se, com cateteres de polietileno
3
20 ou 22G, a
veia cefálica direita e esquerda, para infusões dos anestésicos, e a veia femoral esquerda
para a administração de fluidoterapia. Todos os cateteres eram conectados a um adaptador
PRN
4
e heparinizados
5
. O eletrodo do BIS era também posicionado após anti-sepsia e
limpeza com éter na região frontal e atlantoociptal
Após a instalação do programa Stanpump, na bomba de infusão Harvard pump
6
,
foram inseridos os dados de cada animal (idade, peso, sexo e concentração alvo desejada) e
através de cálculos matemáticos o programa executou uma estimativa das concentrações no
plasma em função do tempo.
Os animais foram induzidos com a concentração plasmática de propofol
7
de 3,5
µg/mL, aumentando-se em 0,5 µg/mL caso não houvesse a perda do reflexo laringo-
traqueal, permitindo assim a intubação endotraqueal com sonda
8
, conectando-a ao circuito
valvular
9
do aparelho de anestesia
10
para fornecimento de oxigênio a 100% e realização de
1
Neozine 5mg Aventis Pharma Ltda
2
Brasmed Veterinária
3
BD – Angiocath – Becton, Dickinson Ind. Cirúrgicas Ltda
4
BD – Adaptador PRN - Becton, Dickinson Ind. Cirúrgicas Ltda
5
Cellparin, Heparina Sódica 5000UI/ml Cellofarm Ltda.
6
Pump 22 Syring Pumps – Harvard Apparatus®.
7
Propovan® 1% Cristália
8
Tubo traqueal - Willy Rusch AG
9
Circuito valvular Smart Vent
TM
7900OHMEDA
10
Excel-Ohmeda Madison USA.
___________________________________________________________Material e Método
____________________________________________________________37
ventilação controlada a pressão (7 a 10 cm H
2
O), relação i/e de 1:2, freqüência respiratória
entre 10-15mpm, mantendo-se a ETCO
2
entre 35 e 45mmHg.
Após a indução anestésica, posicionava-se o sensor do oxímetro de pulso na
língua, introduzindo-se o sensor de temperatura no esôfago e fixando-se os adesivos nos
coxins plantares e palmares para a monitoração da freqüência e ritmo cardíacos durante o
experimento com o emprego de monitor eletrocardiográfico
11
(2º derivação de Einthoven),.
A artéria metatarsiana foi cateterizada, sendo o cateter conectado a uma torneira de três
vias
12
, que permitiu a colheita de sangue para as análises hemogasométricas, assim como a
mensuração da pressão arterial pelo método invasivo, através de um transdutor
10
de pressão
Quando se chegava à concentração alvo desejada, a concentração plasmática
calculada de propofol foi reduzida à metade da concentração da indução. Caso a resposta
motora frente ao estímulo cirúrgico fosse positiva, ou houvesse indícios de superficialização
da anestesia, observados através dos planos anestésicos ( entre o segundo e terceiro plano do
III
o
. Estágio de Guedell), a concentração plasmática calculada era aumentada
gradativamente em 0,5 µg/mL até que houvesse bloqueio da resposta motora ou plano
anestésico adequado. . Caso a resposta fosse negativa inicialmente, e houvesse indícios de
profundidade anestésica, a concentração plasmática calculada era reduzida gradativamente
em 0,5µg/mL.
Concomitante ao início da indução anestésica, iniciava-se a infusão de cloridrato
de remifentanila
13
na dose de 0,3 µg/kg/min, infundida na veia cefálica oposta a da infusão
de propofol através de uma bomba de seringa
14
. A Remifentanila 5 mg foi diluída em
solução fisiológica (50 mL), resultando na concentração final de 0,1 mg/mL. E a infusão de
11
Datex-Engstrom AS/3 Anaesthesia Monitor
12
ComboJet Biomédica Ltda
13
Ultiva® 5mg GlaxoWellcome
14
Samtronic ST - 680
___________________________________________________________Material e Método
____________________________________________________________38
solução de ringer com lactado de sódio
15
como fluidoterapia, administrado na velocidade de
10 ml/kg/h, na veia femoral, através de uma bomba de infusão
16
de equipo.
O grupo II (GII) recebeu o mesmo pré-tratamento de GI, mas ao invés de receber
o propofol pela técnica de infusão alvo controlada (TCI), recebeu o propofol através de
infusão contínua por velocidade fixa.
Os animais de GII foram induzidos com propofol na dose de 5mg/kg,
administrados lentamente pela via intravenosa, procedendo a seguir com a intubação
endotraqueal. A ventilação artificial foi instituída com o mesmo protocolo de GI, sendo
iniciada imediatamente após a intubação. Ato contínuo à indução, seguiu-se a manutenção
com a administração de propofol, pela via intravenosa por infusão contínua, na dose de 0,2
mg/kg/min. A mesma técnica usada em GI, foi utilizada em GII em relação a resposta
motora frente ao estímulo cirúrgico. Onde caso fosse positiva, ou houvessem indícios de
superficialização da anestesia, a dose era aumentada gradativamente em 0,1 mg/kg/min, até
que houvesse bloqueio da resposta motora ou plano anestésico adequado. No caso da
resposta ser negativa inicialmente, e houvesse indícios de profundidade de anestesia, a dose
era reduzida gradativamente em 0,1 mg/kg/min.
A mesma taxa de infusão de cloridrato de remifentanila de 0,3µg/kg/min, foi
iniciada simultaneamente à indução anestésica, juntamente com a mesma fluidoterapia,
aplicada em G I (10ml/kg/h).
Em ambos os grupos foi administrada a buprenorfina
17
na dose de 0,01 mg/kg
pela via intramuscular, e meloxicam
18
na dose de 0,2 mg/kg pela via subcutânea, 30 e 15
15
Áster Produtos Medicinais Ltda
16
ANNE Anesthesia Infuser,
17
Tengesic 0,3 mg, Schering-Plough
18
Movatec 15 mg,
___________________________________________________________Material e Método
____________________________________________________________39
minutos antes do término das infusões, para o controle da analgesia no período pós-
operatório.
5.3. Momentos avaliados
A manutenção anestésica, bem como as infusões de remifentanila e de fluidoterapia,
em ambos os grupos, tiveram duração de 60 minutos. Em ambos, foi instituído um período
de 30 minutos de manutenção anestésica antes do início da cirurgia
(ovariosalpingohisterectomia), respeitando no caso de GI, o tempo necessário para que o
propofol entrasse em equilíbrio entre os tecidos. E ainda para que houvesse um período
hábil para ser conectado todos os cabos ao monitor hemodinâmico para o registro dos
valores basais.
Os parâmetros foram mensurados nos seguintes momentos:
M0 = Antes do início da cirurgia
M1 = Incisão de pele
M2 = Incisão de musculatura
M3 = Tração e ressecção do ligamento suspensor do ovário esquerdo
M4 = Tração e ressecção do ligamento suspensor do ovário direito
M5 = Ressecção do corpo uterino.
M6 = Laparorrafia
M7 = Sutura de pele
As análises hemogasométricas foram avaliadas em apenas três momentos (M0, M4 e
M7), para a certificação de manutenção das pressões parciais de dióxido de carbono e
oxigênio.
O volume total de propofol infundido foi avaliado, em ambos os grupos, desde a
indução anestésica até o término da manutenção.
___________________________________________________________Material e Método
____________________________________________________________40
Ao final da manutenção anestésica, acompanhou-se a recuperação dos animais,
registrando-se o tempo necessário para extubação, decúbito esternal, posição quadrupedal e
qualidade de recuperação anestésica (excitação, vocalização, tremores).
MPA M0
(BASAL)
M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
5.4. Atributos estudados
Em todos os momentos foram mensurados os seguintes parâmetros:
Temperatura esofágica (T°C) através de um sensor de temperatura
10
localizado na
extremidade de um cabo flexível, introduzido no esôfago do animal
Freqüência cardíaca
(FC) mensurada em bpm, juntamente com o traçado
eletrocardiográfico (ECG), mensurado através de eletrodos fixados nos coxins
plantares e palmares nos quais se conectavam os cabos do eletrocardiograma
10
Pressão arterial (PA) a pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial dia (PAM) e a
pressão arterial diastólica (PAD), foi mensurada em mmHg, pelo método invasivo,
obtidas através da colocação de um cateter na artéria metatarsiana, conectada a um
transdutor
10
de pressão.
Saturação de oxigênio (SatO
2
) foi mensurada em %, através do sensor de oximetria e
pulso cardíaco
10
, posicionado na língua do animal.
Freqüência respiratória (ƒ) - através do sensor de capnometria
10
conectado ao tubo
endotraqueal, evitando-se perda dos gases expirados e inspirados, mesurada em mpm.
Concentração de dióxido de carbono no final da expiração (ETCO
2
) – em mmHg, através
do sensor de capnometria
10
conectado ao tubo endotraqueal, evitando-se perda dos
gases expirados e inspirados,
Indução pelo propofol
Intervalo de
30 minutos
Término
da infusão
Manutenção anestésica
Colheita de sangue arterial
___________________________________________________________Material e Método
____________________________________________________________41
Volume corrente (V
T
) em mL/min, através do sensor de capnometria
10
conectado ao tubo
endotraqueal, evitando-se perda dos gases expirados e inspirados,
Volume minuto (V
M
) - em L/min, através do sensor de capnometria
10
conectado ao tubo
endotraqueal, evitando-se perda dos gases expirados e inspirados,
Análise bispectral (BIS) leitura direta do monitor do aparelho de eletroencefalograma
19
microprocessado, obtida através da colocação de dois eletrodos frontais e um
temporal, sendo o resultado numérico avaliado através da escala abaixo descriminada.
BIS = 90 a 100 - acordado
BIS = 70 a 90 – sedação leve a moderada
BIS = 60 a 70 – sedação profunda (hipnose leve)
BIS = 40 a 60 – anestesia geral (hipnose moderada)
BIS = 0 a 40 – hipnose profunda
BIS = 0 – EEG isoelétrico (supressão)
Eletromiografia (EMG) - leitura direta do monitor do aparelho de eletroencefalograma
16
microprocessado (BIS)
Pressão parcial de dióxido de carbono arterial (PaCO
2
) em mmHg, mensuradas apartir
de amostras de sangue colhidas apartir da artéria metatarsiana, em seringas
previamente heparinizadas
5
, e analisadas posteriormente em um analisador de pH e
gases sanguíneos
20
.
Pressão parcial de oxigênio arterial (PaO
2
) - em mmHg, mensuradas apartir de amostras de
sangue colhidas apartir da artéria metatarsiana, em seringas previamente
heparinizadas
5
, e analisadas posteriormente em um analisador de pH e gases
sanguíneos
17
.
pH do sangue arterial (pH) - mensuradas apartir de amostras de sangue colhidas apartir da
artéria metatarsiana, em seringas previamente heparinizadas
5
, e analisadas
posteriormente em um analisador de pH e gases sanguíneos
17
.
Bicarbonato do sangue arterial (HCO
3
) em mmol/L, mensuradas apartir de amostras de
sangue colhidas apartir da artéria metatarsiana, em seringas previamente
heparinizadas
5
, e analisadas posteriormente em um analisador de pH e gases
sanguíneos
17
.
19
Bispectral Index – BIS Monitor A-2000. Aspect Medical System, Inc - Brasil
20
Rapidlab 865 Chiron Diagnostics Ltd – United Kindom
___________________________________________________________Material e Método
____________________________________________________________42
5.5. Análise estatística
A avaliação estatística foi efetuada, após o término da colheita dos dados. Para as
variáveis cujo interesse era comparar grupos foi utilizado o teste t de Student, pois as
mesmas apresentavam distribuição normal e homogeneidade de variâncias. Para as demais
variáveis, cujo interesse era comparar momentos e grupos, foi utilizada a análise de perfil.
(MORRISON, 1967 e CURI, 1980) com nível de significância de 5%, incluindo: os testes
das hipóteses de interação entre os grupos e momentos, efeito de grupo em cada momento e
efeito de momento dentro de cada grupo.
Foram consideradas as seguintes hipóteses de nulidade:
HO1: Não existe interação momento X grupo ou entre momentos e tratamentos, onde é
verificada existência de similaridade entre perfis dos grupos ao longo do tratamento.
HO2: Não existe efeito grupo para o conjunto de todos os momentos, isto é, o existe
diferença entre grupos para o conjunto dos momentos, onde se verifica a igualdade
ou coincidência dos perfis dos três grupos (igualdade de perfis).
HO3: Não existe efeito de momento para o conjunto de todos os grupos, verificando-se a
existência de diferenças entre médias dos momentos para os três grupos.
HO4: o existe diferença entre os grupos em cada momento individualmente, onde se
verifica a diferença entre as médias de cada grupo, para cada momento
separadamente.
HO5: Não existe diferença entre os momentos dentro de cada grupo, onde se verifica a
existência de diferenças ao longo dos momentos em cada grupo individualmente.
Observação: As hipóteses 2 e 3 serão testadas somente nos parâmetros onde Ho1 não foi
rejeitada.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________43
6. RESULTADOS
6.1. Temperatura esofágica
Observou-se uma estabilidade da temperatura esofágica em ambos os grupos. Em
G1, houve um ligeiro declínio da temperatura no decorrer dos momentos, em décimos de
grau. Já em GII, houve apenas um declínio de 0,1°C de M0 a M1, mantendo-se, nos
momentos seguintes, uma média de 37,7°C.
TABELA 1: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S) da
temperatura esofágica em graus Celsius (°C) de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
37,4±0,7b
A
37,8±0,6a
A
37,6±0,7
M1
37,2±0,7b
B
37,7±0,5a
A
37,5±0,7
M2
37,2±0,7b
B
37,7±0,5a
A
37,4±0,7
M3
37,1±0,7b
B
37,7±0,5a
A
37,4±0,7
M4
37,2±0,7b
B
37,7±0,5a
A
37,4±0,7
M5
37,1±0,7b
B
37,7±0,5a
A
37,4±0,7
M6
37,0±0,7b
B
37,7±0,5a
A
37,4±0,7
M7
37,0±0,8b
B
37,7±0,5a
A
37,3±0,7
X
Geral entre Grupos
37,1±0,7
37,7±0,5
Letras maiúsculas comparam médias de momentos em cada grupo
Letras minúsculas comparam médias de grupos em cada momento
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________44
TABELA 2: Avaliação estatística (análise de variância) da temperatura esofágica com nível
de significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 12,21025 4,08 0,059
Momento 7 0,128286 7,40 0,000
Grupo x Momento 7 0,044107 2,54 0,018
34,0
35,0
36,0
37,0
38,0
39,0
40,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Temperatura em graus Celsius
GI
GII
FIGURA 1: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S) da temperatura
esôfagica em graus Celsius (°C) de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
M0
M1
M2
M3
M4
M5
M6
M7
M0
M1
M2
M3
M4
M5
M6
M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________45
6.2. Freqüência cardíaca
A bradicardia foi predominante em todos os momentos de ambos os grupos. Em GII
esta bradicardia foi levemente mais acentuada que em GI. Observou-se em GI e GII um
aumento da freqüência cardíaca no decorrer dos momentos, atingindo seu valor ximo em
M3 e M4, diminuindo posteriormente em M5 e seguindo, com leve aumento até M7.
TABELA 3: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S) da
freqüência cardíaca em batimentos por minuto (bpm) de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
60,3±16,0
54,6±7,4
57,5±10,1
C
M1
59,6±7,4
55,9±5,9
57,8±9,9
BC
M2
63,1±22,5
58,1±9,7
60,6±11,0
ABC
M3
69,3±22,6
62,7±12,7
65,9±14,3
AB
M4
71,3±17,3
63,3±15,0
67,3±13,3
A
M5
66,6±17,9
56,9±12,0
61,8±14,7
ABC
M6
66,8±17,4
59,7±13,5
63,3±14,5
ABC
M7
70,7±19,8
58,4±11,7
64,6±15,3
ABC
X
Geral entre Grupos
66,9±18,4
58,7±11,2
Letras maiúsculas comparam médias entre momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________46
TABELA 4: Avaliação estatística (análise de variância) da freqüência cardíaca com nível de
significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 2095,256 1,48 0,239
Momento 7 260,9706 3,39 0,002
Grupo x Momento 7 37,77053 0,49 0,840

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Frequência cardíaca em batimentos/minuto
GI
GII
FIGURA 2: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S) da freqüência cardíaca
em batimentos por minuto (bpm) de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
M0 M1 M2
M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________47
6.3. Pressão arterial sistólica
Houve semelhança do comportamento da pressão arterial sistólica entre os grupos.
Em ambos a pressão permaneceu estável até M2, havendo um aumento apartir de M3. Os
maiores valores, em ambos os grupos, foram em M4, com valores de 146 mmHg em GI e
139 mmHg em GII. Após M4 houve um declínio gradativo até o ultimo momento.
TABELA 5: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S) da
pressão arterial sistólica em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina
e tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
102,2±19,7
108,0±12,9
105,1±16,7
D
M1
103,2±20,8
105,4±9,8
104,3±16,2
D
M2
108,2±28,3
113,1±9,7
110,7±21,2
D
M3
131,7±23,1
130,4±16,0
131,1±19,6
B
M4
145,7±30,6
138,7±17,7
142,2±25,2
A
M5
135,0±26,6
135,7±19,3
135,4±23,2
C
M6
126,6±22,9
121,4±17,8
124,0±20,7
C
M7
126,7±21,5
120,1±14,3
123,4±18,6
C
X
Geral entre Grupos
122,4±28,7
121,6±18,6
Letras maiúsculas comparam médias entre momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________48
TABELA 6: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão arterial sistólica. com
nível de significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 34,225 0,01 0,908
Momento 7 3953,857 32,70 0,000
Grupo x Momento 7 136,3107 1,13 0,350
0
40
80
120
160
200
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Pressão arterial sistólica em mmHg
GI
GII
FIGURA 3: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S) da pressão arterial
sistólica em mmHg de es pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________49
6.4. Pressão arterial média
Em ambos os grupos observaram-se uma leve hipotensão de M0 a M2, com posterior
aumento apartir de M3, atingindo valores ximos em M4 e estabilizando posteriormente
até M7.
TABELA 7: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S) da
pressão arterial média em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
63,9±7,5
62,4±7,9
63,2±7,7
D
M1
65,3±7,3
65,0±8,6
65,2±7,9
D
M2
68,2±8,7
70,0±7,4
69,1±8,1
D
M3
91,5±13,5
84,3±12,0
87,9±13,1
B
M4
101,3±17,4
93,2±14,2
97,3±16,4
A
M5
90,1±13,2
88,5±16,4
89,3±14,7
C
M6
81,9±12,1
76,0±14,3
79,0±13,6
C
M7
80,7±13,0
75,5±13,5
78,1±13,5
C
X
Geral entre Grupos
80,4±17,8
76,9±15,6
Letras maiúsculas comparam médias entre momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________50
TABELA 8: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão arterial média com nível
de significância de 5%.
..
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 490 0,62 0,440
Momento 7 3025,796 54,72 0,000
Grupo x Momento 7 63,88572 1,16 0,333
0
40
80
120
160
200
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Pressão arterial média em mmHg
GI
GII
FIGURA 4: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
da pressão arterial
média em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
M0 M1 M2
M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________51
6.5. Pressão arterial diastólica
A pressão arterial diastólica teve um comportamento análogo às pressões sistólica e
média. No inicio houve uma discreta hipotensão até M2, posteriormente, notou-se um
aumento a partir de M3, atingindo valores maiores em M4 e diminuição gradativa, mas
dentro dos valores fisiológicos, até M7.
TABELA 9: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S) da
pressão arterial diastólica em mmHg de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
49,9±7,4
51,1±6,7
50,5±7,0
D
M1
52,3±6,7
52,3±9,0
52,3±7,8
D
M2
55,1±7,4
55,8±8,5
55,5±7,9
D
M3
76,6±12,9
69,9±13,2
73,3±13,4
B
M4
86,7±18,7
77,3±14,9
82,0±17,6
A
M5
74,6±14,4
74,8±16,6
74,7±15,4
B
M6
66,8±10,9
62,1±14,9
64,5±13,3
C
M7
65,1±11,6
61,7±14,5
63,4±13,3
C
X
Geral entre Grupos
65,9±17,4
63,1±15,4
Letras maiúsculas comparam médias entre momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________52
TABELA 10: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão arterial diastólica com
nível de significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 305,2563 0,36 0,555
Momento 7 2613,735 48,90 0,000
Grupo x Momento 7 77,01339 1,44 0,195
0
40
80
120
160
200
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Pressão arterial diastólica em mmHg
GI
GII
FIGURA 5: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S) da pressão arterial
diastólica em mmHg de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________53
6.6. Freqüência respiratória
A freqüência respiratória manteve-se estável em todos os momentos e em ambos os
grupos.
TABELA 11: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
da freqüência respiratória em movimentos por minuto (mpm) de cães pré-
tratados com levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através
de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
11,0±1,9
11,8±3,0
11,4±2,6
M1
10,8±2,3
11,8±2,4
11,3±2,3
M2
11,0±2,5
11,6±2,5
11,3±2,4
M3
11,2±2,3
11,6±2,5
11,4±2,3
M4
11,4±2,5
11,4±2,7
11,4±2,5
M5
11,2±2,3
11,4±2,7
11,3±2,4
M6
11,0±2,2
11,2±2,9
11,1±2,4
M7
11,0±2,2
11,8±3,2
11,4±2,7
X
Geral entre Grupos
11,1±2,2
11,6±2,6
Não houve efeito entre grupos, momentos e da interação grupo x momentos
.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________54
TABELA 12: Avaliação estatística (análise de variância) da freqüência respiratória com
nível de significância de 5%...
.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 10,0000 0,21 0,655
Momento 7 0,2143 0,56 0,786
Grupo x Momento 7 0,6286 1,65 0,128
0
5
10
15
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Frequência respiratória em movimentos/minuto
GI
GII
FIGURA 6: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S) da freqüência
respiratória em movimentos por minuto (mpm) de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
M0
M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________55
6.7. Volume corrente
Houve uma semelhança no volume corrente entre os grupos, com valores médios
entre 15 e 20 ml/kg. Entre os momentos de GI, com discretas alterações em M2, (14,9
ml/kg). Já os momentos de GII foram mais homogêneos.
TABELA 13: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
do volume corrente em ml/kg de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
16,5±4,5a
AB
16,1±9,1b
A
16,3±6,8
M1
17,7±4,7a
AB
17,6±7,7b
A
17,6±6,2
M2
14,9±5,6a
B
18,0±8,9a
A
16,4±7,2
M3
17,4±5,2a
AB
17,0±7,9a
A
17,2±6,5
M4
16,5±5,3a
AB
16,8±7,4a
A
16,6±6,3
M5
18,8±5,0a
A
17,2±7,1b
18,0±6,0
M6
19,1±4,3a
A
15,9±4,9b
A
17,5±4,6
M7
19,1±5,2a
A
16,1±3,7b
A
17,6±4,4
X
Geral entre Grupos
17,5±4,9
16,8±7,0
Letras maiúsculas comparam médias de momentos em cada grupo
Letras minúsculas comparam médias de grupos em cada momento
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________56
TABELA 14: Avaliação estatística (análise de variância) do volume corrente com nível de
significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 223128,9 4,05 0,059
Momento 7 5253,035 2,49 0,020
Grupo x Momento 7 7424,492 3,52 0,002
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Volume corrente em ml/kg
GI
GII
FIGURA 7: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S) do volume corrente em
ml/kg de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________57
6.8. Volume minuto
Houve uma semelhança entre GI e GII no volume minuto. Apesar dos valores de GI,
que foram ligeiramente maiores que em GII. Observou-se uma estabilidade maior em M2,
atingindo valores de 3,2 e 3,4 L/min, respectivamente.
TABELA 15: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
do volume minuto em L/min de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
3,6±0,8a
AB
3,0±0,9a
A
3,3±0,8
M1
3,9±1,0a
AB
3,4±0,8a
A
3,6±0,9
M2
3,2±0,8a
B
3,4±0,9a
A
3,3±0,8
M3
3,8±0,7a
AB
3,2±0,8a
A
3,5±0,7
M4
3,7±0,8a
AB
3,1±0,8b
A
3,4±0,8
M5
4,2±1,0a
A
3,3±1,0b
3,7±1,0
M6
4,3±1,2a
A
3,0±1,0b
A
3,6±1,1
M7
4,2±1,1a
A
3,3±1,2b
A
3,7±1,1
X
Geral entre Grupos
3,8±0,9
3,2±0,7
Letras maiúsculas comparam médias de momentos em cada grupo
Letras minúsculas comparam médias de grupos em cada momento
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________58
TABELA 16: Avaliação estatística (análise de variância) do volume minuto com nível de
significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 19,881 3,54 0,076
Momento 7 0,324821 1,48 0,181
Grupo x Momento 7 0,740143 3,37 0,003
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Volume minuto em Litros/minuto
GI
GII
FIGURA 8: Variação dos valores dios (
X
) e desvios-padrão (S) do volume minuto em
L/min de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
M0 M1 M2
M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________59
6.9. Concentração de dióxido de carbono no final da expiração
A EtCO
2
foi mais estável em todos os momentos em ambos os grupos,
permanecendo dentro dos valores fisiológicos normais (entre 35 e 45 mmHg)
TABELA 17: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
da concentração de dióxido de carbono no final da expiração em mmHg de
cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
40,0±4,1
39,5±4,0
39,8±3,8
M1
40,2±3,3
38,0±3,0
39,1±3,1
M2
40,8±3,0
38,4±3,3
39,6±3,3
M3
42,9±2,8
39,5±2,4
41,2±3,1
M4
41,7±2,8
38,7±3,6
40,2±3,6
M5
39,8±2,9
37,3±3,0
38,6±3,1
M6
39,7±4,0
39,8±3,1
39,8±3,6
M7
41,1±2,7
39,0±2,9
40,1±2,8
X
Geral entre Grupos
40,8±3,4 a
38,8±3,2 b
Letras minúsculas comparam médias entre grupos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________60
TABELA 18: Avaliação estatística (análise de variância) da concentração de dióxido de
carbono no final da expiração com nível de significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 160,0000 4,68 0,044
Momento 7 12,2143 1,79 0,095
Grupo x Momento 7 7,2000 1,05 0,398
0
10
20
30
40
50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ETCO2 em mmHg
GI
GII
FIGURA 9: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S) da concentração de
dióxido de carbono no final da expiração em mmHg de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________61
6.10. Saturação de Oxigênio
A saturação de oxigênio foi muito semelhante entre os grupos e entre os momentos,
obtendo valores médios de 98 a 99.
TABELA 19: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
da saturação de oxigênio em % de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
98,2±2,3
98,9±0,6
98,6±0,7
AB
M1
98,4±2,3
99,0±0,9
98,7±1,8
AB
M2
98,2±2,6
99,0±0,8
98,6±2,0
AB
M3
98,6±0,8
98,8±1,3
98,7±1,1
AB
M4
98,5±0,8
98,7±0,9
98,6±0,9
B
M5
98,4±1,4
98,8±0,9
98,6±1,2
AB
M6
98,6±0,8
99,1±0,9
98,9±0,9
A
M7
98,5±1,0
99,2±0,9
98,9±1,0
A
X
Geral entre Grupos
98,4±1,7
98,9±0,9
Letras maiúsculas comparam médias entre momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________62
TABELA 20: Avaliação estatística (análise de variância) da saturação de oxigênio com
nível de significância de 5%..
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 6,4000 1,67 0,213
Momento 7 5,4536 2,09 0,049
Grupo x Momento 7 1,1714 0,45 0,869
80
85
90
95
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Saturação de oxigênio em %
GI
GII
FIGURA 10: Variação dos valores médios
(
X
) e desvios-padrão (S) da saturação de
oxigênio em % de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
M0 M1 M2
M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________63
6.11. Índice bispectral
Não houve variações dignas de nota no índice bispectral em ambos os grupos nos
respectivos momentos. Os valores variaram de 72 a 76 em GI e de 73 a 75 em GII.
TABELA 21: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
do índice bispectral (BIS) de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
76,0±3,5
73,7±5,3
74,9±4,5
AB
M1
75,7±1,8
73,4±5,1
74,6±4,0
AB
M2
74,8±5,1
74,5±4,2
74,7±4,6
AB
M3
71,5±5,8
72,9±5,7
72,2±5,5
B
M4
73,7±5,6
73,7±4,4
73,7±5,1
AB
M5
76,0±2,5
73,5±4,7
74,8±3,9
AB
M6
76,4±3,3
74,8±2,6
75,6±3,0
A
M7
75,7±4,4
74,5±3,9
75,1±4,1
AB
X
Geral entre Grupos
75,0±4,3
73,9±4,4
Letras maiúsculas comparam médias entre momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________64
TABELA 22: Avaliação estatística (análise de variância) do índice bispectral com nível de
significância de 5%..
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 48,4000 0,61 0,446
Momento 7 21,9000 2,01 0,049
Grupo x Momento 7 9,4286 0,86 0,536
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8
Índice bispectral
GI
GII
FIGURA 11: Variação dos valores médios (
X
) e desvios-padrão (S)
do índice bispectral
(BIS) de es pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________65
6.12. Eletromiografia
Os valores da eletromiografia foram superiores em todos os momentos em GI em
relação à GII. Apesar desta pequena diferença, ambos os grupos mantiveram valores baixos,
atingindo 38% em alguns momentos de GI e 34% em alguns momentos de GII.
TABELA 23: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
da eletromiografia em % de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados
com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
44,2±11,8
39,6±9,2
41,9±10,8
A
M1
39,0±9,0
35,1±4,0
37,1±7,2
B
M2
39,9±9,0
35,6±4,0
37,8±7,3
B
M3
38,0±9,6
35,1±3,4
36,6±6,7
B
M4
39,3±9,6
34,1±3,0
36,7±7,6
B
M5
38,2±8,5
33,9±3,4
36,1±6,7
B
M6
37,9±8,6
34,1±3,8
36,0±6,8
B
M7
37,8±8,6
34,5±3,5
36,2±6,6
B
X
Geral entre Grupos
39,3±9,2
35,3±4,8
Letras maiúsculas comparam médias entre momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________66
TABELA 24: Avaliação estatística (análise de variância) da eletromiografia com nível de
significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 652,0563 1,93 0,182
Momento 7 76,89911 5,79 0,000
Grupo x Momento 7 2,65625 0,20 0,985
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8
Eletromiografia em %
GI
GII
FIGURA 12: Variação dos valores médios
(
X
) e desvios-padrão (S) da eletromiografia em
% de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________67
6.13. Correlação entre o BIS e EMG em GI e GII
TABELA 25: Avaliação estatística (análise de variância) da correlação entre índice
bispectral e eletromiografia com nível de significância de 1%.
Comparação Diferença q Valor p Interpretação
BIS GI vs BIS GII 1.100 2.249 p>0,05 Não sig.
BIS GI vs EMG GI 35.688 72.954 p<0,001 ***
BIS GI vs EMG GII 39.725 81.208 p<0,001 ****
BIS GII vs EMG GI 34.588 70.705 p<0,001 ***
BIS GII vs EMG GII 38.625 78.959 p<0,001 ***
EMG GI vs EMG GII 4.038 8.254 p<0,001 *
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 20 40 60 80 100
Índice Bispectral (BIS)
EMG
FIGURA 13: Gráfico de dispersão dos valores médios (
X
) da correlação BIS x
Eletromiografia em es pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 20 40 60 80 100
Índice Bispectral (BIS)
EMG
FIGURA 14: Gráfico de dispersão dos valores médios (
X
) da correlação BIS x
Eletromiografia em es pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão contínua (GII).
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________68
6.14. Pressão parcial de dióxido de carbono arterial
Não foi observada nenhuma diferença significativa entre os valores da PaCO
2
entre
os grupos e entre os momentos.
TABELA 26: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
da pressão parcial de dióxido de carbono arterial em mmHg de cães pré-
tratados com levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila
através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
38,7±5,1
38,1±4,0
38,4±4,6
M1
M2
M3
M4
39,0±3,9
37,6±3,8
38,3±3,8
M5
M6
M7
38,9±3,8
37,7±4,8
38,3±3,9
X
Geral entre Grupos
38,9±4,1
37,8±4,1
Não houve efeito entre grupos, momentos e da interação grupo x momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________69
TABELA 27: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão parcial de dióxido de
carbono arterial com nível de significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 17,3882 0,42 0,524
Momento 2 0,0500 0,01 0,992
Grupo x Momento 2 0,8667 0,13 0,874
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
0 1 2 3 4
PaCO2 em mmHg
GI
GI
FIGURA 15: Variação dos valores médios
(
X
) e desvios-padrão (S) da pressão parcial de
dióxido de carbono arterial em mmHg de cães pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
M0 M3 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________70
6.15. Pressão parcial de oxigênio arterial
Os valores da PaO
2
foram relativamente baixos em ambos os grupos e em seus
respectivos momentos. Em GI, houve um aumento gradativo, de 248 mmHg em M0,
atingindo 315 mmHg em M7. Já os valores de GII foram mais homogêneos.
TABELA 28: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S) e
coeficientes de variação (CV) da pressão parcial de oxigênio arterial em mmHg
de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
248,7±49,6
320,2±75,3
284,4±73,8
M1
M2
M3
M4
322,4±55,4
315,9±64,9
319,2±59,3
M5
M6
M7
315,3±96,6
330,1±80,5
322,7±72,1
X
Geral entre Grupos
295,5±75,8
322,1±71,5
Não houve efeito entre grupos, momentos e da interação grupo x momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________71
TABELA 29: Avaliação estatística (análise de variância) da pressão parcial de oxigênio
arterial com nível de significância de 5%..
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 10640,02 1,07 0,314
Momento 2 8942,602 3,14 0,065
Grupo x Momento 2 8121,596 2,85 0,071
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
0 1 2 3 4
PaO2 em mmHg
GI
GII
FIGURA 16: Variação dos valores médios
(
X
) e desvios-padrão (S) da pressão parcial de
oxigênio arterial em mmHg de es pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
M0
M3 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________72
6.16. pH do sangue arterial
Não foi observada nenhuma diferença significativa no pH do sangue arterial. Ambos
os grupos mantiveram os mesmos valores médios de 7,3.
TABELA 30: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
do pH do sangue arterial de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI)
e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
7,3±0,1
7,3±0,0
7,3±0,0
M1
M2
M3
M4
7,3±0,0
7,3±0,1
7,3±0,0
M5
M6
M7
7,3±0,0
7,3±0,0
7,3±0,0
X
Geral entre Grupos
7,3±0,0
7,3±0,0
Não houve efeito entre grupos, momentos e da interação grupo x momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________73
TABELA 31: Avaliação estatística (análise de variância) do pH do sangue arterial com
nível de significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 0,001402 0,27 0,609
Momento 2 0,000245 0,34 0,711
Grupo x Momento 2 0,000372 0,52 0,598
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
0 1 2 3 4
pH do sangue arterial
GI
GII
FIGURA 17: Variação dos valores médios
(
X
) e desvios-padrão (S) do pH do sangue
arterial de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua
(GII).
M0 M3 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________74
6.17. Bicarbonato do sangue arterial
Não se notaram alterações do bicarbonato do sangue arterial em ambos os grupos,
havendo entre eles um comportamento igual.
TABELA 32: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
do bicarbonato do sangue arterial em mmol/L de es pré-tratados com
levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila através de infusão
alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Momentos Grupo I Grupo II
X
Geral entre momentos
M0
20,5±1,4
19,8±0,8
20,2±1,2
M1
M2
M3
M4
20,4±1,2
19,6±0,9
20,0±1,1
M5
M6
M7
20,3±0,9
20,0±0,8
20,1±0,9
X
Geral entre Grupos
20,4±1,2
19,8±0,8
Não houve efeito entre grupos, momentos e da interação grupo x momentos.
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________75
TABELA 33: Avaliação estatística (análise de variância) do bicarbonato do sangue arterial
com nível de significância de 5%.
Causas de variação Graus de
liberdade
Quadrado
Médio
F Valor p
Grupo 1 5,704167 2,17 0,158
Momento 2 0,118500 0,38 0,684
Grupo x Momento 2 0,316167 1,02 0,370
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
0 1 2 3 4
HCO3 do sangue arterial
GI
GII
FIGURA 18: Variação dos valores dios
(
X
) e desvios-padrão (S) do bicarbonato do
sangue arterial em
mmol/L
de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados
com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
M0 M3
M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________76
6.18. Peso, Concentração Alvo, Dose e Volume.
O peso pouco variou entre os grupos, houve apenas uma diferença de 3,3kg a mais
na dia de pesos de GI em relação à GII. Mesmo com a média de pesos acima, o Grupo I,
consumiu menos propofol durante todo o procedimento.
TABELA 34: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
do peso, concentração alvo, dose e volume infundido de propofol de cães pré-
tratados com levomepromazina e tratados com propofol e remifentanila
através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Volume em ml
GI
GII
FIGURA 19: Variação dos valores médios
(
X
) e desvios-padrão (S) do volume total de
propofol em ml de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com
propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão
contínua (GII).
Grupos
Concentração
Alvo de
Indução
(µg/ml)
Concentração
Alvo de
manutenção
( µg/ml)
Dose de
indução
(mg/kg)
Dose de
manutenção
(mg/kg/min)
Volume
infundido
(ml/kg)
GI
21,5±6,7
3,6±0,2 1,7±0,4
26,5±8,2
GII
18,2±7,3
5,0±0,0 0,2±0,1
31,6±13,1
Valor p
0,310
0,310
Peso
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
Tempo em momentos
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________77
6.19. Períodos de recuperação
Na recuperação, observou-se que em GI houve valores menores que em GII, em
todos os períodos estudados. A diferença ficou em dez minutos entre os grupos no período
para extubação e para o decúbito esternal, e de dezenove minutos para a posição
quadrupedal, notando-se que nas três modalidades de período observados, em GI (alvo-
controlada) os períodos sempre foram mais precoces quando comparados com GII.
Verificou-se ainda que em ambos os grupos houve uma recuperação tranqüila, com
ausência de efeitos indesejáveis como agitação, vocalização, gemidos, tremores musculares,
êmeses ou sialorréia.
TABELA 35: Variação dos valores médios expressos em médias (
X
), desvios-padrão (S)
dos períodos de recuperação de cães pré-tratados com levomepromazina e
tratados com propofol e remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e
infusão contínua (GII).
GRUPOS Extubação Decúbito esternal Posição quadrupedal
GI
7,4±2,4 12,8±5,4 34,3±11,2
GII
12,4±5,2 18,4±5,8 57,6±18,2
Valor p 0,014 0,038 0,003
_________________________________________________________________Resultados
____________________________________________________________78
0
10
20
30
40
50
60
70
1 2 3
Tempo em minutos
GI
GII
FIGURA 20: Variação dos valores médios
(
X
) e desvios-padrão (S) dos períodos de
recuperação: Extubação, Decúbito esternal e Posição quadrupedal em minutos
de cães pré-tratados com levomepromazina e tratados com propofol e
remifentanila através de infusão alvo-controlada (GI) e infusão contínua (GII).
Extubação
Decúb
ito esternal
Posição quadrupedal
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________79
7. DISCUSSÃO
A principal técnica de anestesia que vem se modernizando com o decorrer do tempo
é a anestesia intravenosa. Entre os diversos esquemas de infusões, manuais ou
automatizados, a finalidade é de se manter uma concentração sanguínea do fármaco
constante durante todo o período trans-anestésico.
Técnicas como a infusão contínua através de bomba de seringa são bem
conhecidas e aplicadas, entretanto, o mais novo sistema de infusão, a alvo-controlada, tem
sido motivo de estudos em pesquisas mais recentes, tentando comprovar a eficácia deste
sistema tanto no homem como nos cães (Beier, 2007)
Diante disso, procurou-se comparar as duas técnicas, empregando-se o
procedimento cirúrgico, estabelecendo-se hipóteses, buscando confirma-las para se obterem
melhores resultados.
Quanto à metodologia aplicada, respeitaram-se os resultados obtidos por alguns
autores, como Beier (2007), na qual determinou a concentração plasmática calculada do
propofol (Cp
calculada
), confirmada através de estimulação elétrica (50V, 50Hz e 10 ms), além
da performance do uso da infusão alvo-controlada de propofol associada ou não pela
remifentanila em cães, chegando às concentrações plasmáticas alvo de propofol para
indução de 6 µg/ml e para manutenção de 3 µg/ml.
A concentração alvo de propofol observada para a perda dos reflexos protetores e
permitir uma intubação endotraqueal foi em média de 3,6±0,2 µg/ml (Tabela 34), muito
semelhante às concentrações observadas por Musk et al. em 2005 (3,5 µg/ml), em cães pré-
tratados com acepromazina e metadona. Entretanto, Beths et al. (2001), observaram uma
amplitude maior nas concentrações plasmáticas alvo de propofol para indução (3 a 15
µg/ml)
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________80
A Cp
calculada
, representa a metade da concentração de propofol para indução usada por
Beier (2007), consequentemente, a dose de manutenção de propofol utilizada por esta autora
(3 µg/ml), também foi reduzida pela metade neste estudo, chegando-se a um valor médio de
1,7±0,4 µg/ml. Esta redução justifica-se pelo uso da levomepromazina que seguramente
causou um sinergismo por potenciação, diminuindo assim a quantidade de anestésico geral
requerido (Lumb & Jones, 1996; Massone, 2003).
A concentração plasmática em equilíbrio entre propofol e opióides, no homem, é
muito bem avaliada através da resposta motora (resposta à incisão da pele ou
movimentação do paciente) e resposta autonômica (índice bispectral, e outros sinais
clínicos) (Smith et al. 1994 e Vuyk et al. 1995). Tanto é verdade que Beier (2007) utilizou
como indicativo à resposta motora através dos estímulos elétricos, de acordo com o
trabalho de Valverde et al. (2003) que respeita os mesmos pré-requisitos para a
determinação da CAM.
Baseado nestes estudos determinou-se então a utilização da resposta motora frente
aos estímulos cirúrgicos, além do índice bispectral e sinais clínicos como reflexos
palpebrais e rotação do globo ocular para se avaliar a concentração plasmática em
equilíbrio com o sítio efetor.
Baseado nos estudos de Stuart et al. (2000), o equilíbrio do propofol entre sangue e
cérebro é de no mínimo 12 minutos. E diante desta evidência, foi instituído um intervalo de
30 minutos para o início da mensuração, respeitando o período necessário para que
ocorresse o equilíbrio entre o plasma, os tecidos mais vascularizados (cérebro, coração,
rins, fígado e músculos) e os menos vascularizados (gordura) conforme Youngs & Shafer,
em 2001, e para que houvesse um período hábil para a adaptação de todos os cabos
necessários para adaptação ao monitor hemodinâmico para o registro dos valores basais,
conduta esta mantida para ambos os grupos.
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________81
A remifentanila foi o opióide de escolha para o uso na infusão contínua e na alvo-
controlada, durante as anestesias efetuadas, devido ao perfil farmacocinético e
farmacodinâmico, tão bem descritos por Bailey (1996), Egan (1996), Burkle et al. (1996) e
Michelsen et al. (1996)
As doses de remifentanila propostas por Gimenez (2005), de 0,25 e 0,5
µg/kg/minuto, obtiveram melhor efeito analgésico, sem comprometer, de forma
significativa, os parâmetros cardiovasculares. Diante destes resultados empregou-se uma
dose intermediária de 0,3 µg/kg/minuto, uma vez que Beier (2007), utilizando a mesma
dose, demonstrou ter um sinergismo na infusão alvo de propofol, capaz de reduzir de
maneira substancial o consumo de propofol.
Diante da diversidade de doses de indução e infusão contínua de propofol, proposta
pelos diferentes autores (Massone, 2003; Fau et al., 1989) estabeleceu-se a dose de 5 mg/kg
de propofol na indução, de acordo com Aguiar et al. (1993), apesar de que estes autores
empregaram a levomepromazina na dose de 1 mg/kg. na manutenção a dose deste
rmaco foi mantida em 0,2 mg/kg/min, que Carareto (2004) e Gimenez (2005)
comprovaram a eficácia desta dose na manutenção anestésica em cães.
A temperatura ideal em cães é de 38 a 39°C (Massone 2003), o que caracteriza
frente aos resultados obtidos como uma discreta hipotermia (Tabela 1), justificada tanto
pelos efeitos centrais de inibição da termorregulação, além da vasodilatação periférica e
miorrelaxamento causados pelo propofol (Fonda, 1991; Thurmon et al., 1996) como pela
vasodilatação causada pelos fenotiazínicos que contribuíram para a redução da temperatura
corporal (Fantoni & Cortopassi, 2002). Esta discreta hipotermia deveu-se às técnicas
utilizadas para reduzir a perda de calor durante a realização do procedimento anestésico,
como colchão térmico, fluiodoterapia aquecida e insuflador de ar aquecido.
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________82
Foram observados em ambos os grupos um predomínio da bradicardia em todos os
momentos (Tabela 3), redução esta que pode ser explicada por dois fatores: A princípio,
uma menor sensibilidade barorreflexa, por inibição da atividade simpática, pois esta função
é justamente a de controlar a estabilidade cardiovascular (Ebert et al. 1992). e segundo Sato
et al. (2005), as concentrações de propofol acima de 5 µg/ml podem inibir este reflexo. O
segundo e principal fator da bradicardia encontrada, se deve ao opióide usado, pois é sabido
que os opióides com alta afinidade pelos receptores do tipo µ, como a remifentanila,
exercem efeitos significativos sobre o sistema cardiovascular, reduzindo a freqüência
cardíaca por meio de um mecanismo central mediado pelo nervo vago.
A remifentanila no bulbo causa estimulação vagal justificando assim a bradicardia,
cujos efeitos cronotrópicos negativos são influenciados pela dose e pela velocidade de
administração do fármaco (White, 2001), além, nos cães, poder propiciar a redução da
freqüência cardíaca e a pressão arterial de forma dose-dependente (James et al. 1992).
Os resultados demonstram a bradicardia, porém sem alterações significativas da
pressão arterial em ambos os grupos. Isso demonstra que o efeito cronotrópico negativo do
opióide não comprometeu os demais parâmetros cardiovasculares, visto que não se optou
pela utilização de fármacos anticolinérgicos.
As pressões arteriais, sistólica, média e diastólica, obtiveram um comportamento
análogo, sem diferenças significativas entre grupo, com discretas diferenças em relação aos
momentos, observados principalmente em M3 e M4, momentos estes em que ocorria a
tração e ressecção do ligamento suspensor do ovário esquerdo e direito, com um maior
estímulo nociceptivo (Tabelas 5, 7 e 9). Esta tração e ressecção de ligamentos são
classificadas como grau três numa escala até quatro graus (Massone, 2003).
A pressão arterial demonstrou ser o parâmetro de maior sensibilidade na avaliação da
resposta autonômica aos estímulos cirúrgicos, quando comparada à freqüência cardíaca,
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________83
variável esta que apresentou diferença estatística entre momentos, porém diferença clinica
irrelevante.
Baseado nos resultados obtidos por Gimenez (2005), onde as taxas de infusão média
de remifentanila, mesmo nos momentos de maior estímulo nociceptivo, mantiveram-se entre
0,28 e 0,31 µg/kg/min, variações que segundo o autor, controlaram de maneira eficiente as
respostas autonômicas causadas pelos estímulos nociceptivos. O aumento significativo
nesses momentos representou mais de 20% dos valores basais. Apesar da não utilização
deste parâmetro como avaliação do grau de analgesia, observou-se que, ao contrário de
Gimenez (2005), a infusão de 0,3 µg/kg/min de remifentanila, não foram suficientes para
abolir por completo as respostas autonômicas causadas pelos estímulos cirúrgicos. A
biotransformação rápida extra-hepática da remifentanila, realizada por esterases presentes no
sangue e tecidos inespecíficos (Egan, 1995), pode explicar este comportamento, pois nesta
taxa de infusão, há um maior período para o equilíbrio plasmático, uma vez que uma fração
do fármaco é imediatamente metabolizada antes de atingir seu sítio efetor.
De acordo com a metodologia aplicada, não houve episódios de movimentação de
membros, pescoço ou cabeça, de recuperação da ventilação espontânea, ou mesmo de
qualquer outro sinal mais evidente de resposta aos estímulos cirúrgicos empregados que
evidência-se uma possível recuperação..
É sabido que, não existe um valor único de pressão arterial em cães, pois existe uma
variação em função do talhe, raça e da idade dos animais (Bodey & Michell, 1996). Este
autor, determinou os valores dios da PAS de 133 mmHg, da PAM, de 98,6 mmHg, e da
PAD de 75,5 mmHg..
De acordo com estas médias, nos momentos iniciais, M0, M1 e M2, as pressões
arteriais estudadas, mantiveram-se em níveis mais baixos que os normais, dados estes
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________84
concordantes com os observados por Rouby et al. (1991), quando estudaram os efeitos
vasculares do propofol.
Durante a anestesia com propofol, a discreta hipotensão observada, pode estar
relacionada à associação dos seguintes fatores: vasodilatação periférica, redução do débito
cardíaco, inibição da atividade barorreflexa e depressão direta sobre o miocárdio
fenômenos estes descritos por diferentes autores. (Robertson et al., 1992; Hoka et al.,
1998). Além disso, o bloqueio -adrenérgico determinada pela levomepromazina, pode
causar hipotensão pela diminuição da regulação vasomotora (Zanini & Oga, 1994).
Diante da depressão respiratória causada pelo propofol e opióides com afinidade ao
receptor µ (Glass et al., 1999) e das indicações do uso de suplementação de oxigênio durante
anestesia com estes fármacos (Weaver & Raptopoulos, 1990; Aguiar et al. 2001; Servin et
al., 1999 e Russel et al. 1995), justificou-se em todos os animais, de ambos os grupos, o
emprego da ventilação controlada a fim de se obter uma boa manutenção ventilatória,
através da oferta de oxigênio a 100%, com o objetivo de manter a ETCO
2
entre 35 e 45
mmHg. Fato este, que não causou nenhuma alteração na freqüência respiratória (Tabela 11),
que permaneceu estável durante todos os momentos.
O volume corrente e volume minuto, tiveram algumas diferenças estatísticas, porém
clinicamente pouco significativas (Tabelas 13 e 15). Em geral, houve uma estabilidade
destes parâmetros em ambos os grupos, isto, devido à utilização da ventilação controlada,
não permitindo a diminuição destes parâmetros. A levomepromazina, o propofol e a
remifentanila, causam depressão respiratória (Massone, 2003; Aguiar, 2001; Egan, 1995)
As pequenas variações nestas variáveis (V
T
e V
M
)
podem ter sido decorrentes dos
constantes ajustes, realizados para manter os valores de capnometria entre 35 e 45 mmHg,
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________85
como mudanças na freqüência respiratória, na pressão e com a utilização do recurso PEEP
(Pressão positiva no final da expiração).
A ETCO
2
verifica a adequação da ventilação (Braz, 1996), e os resultados mostram
que os ajustes realizados durante as anestesias, foram adequados, pois se mantiveram
estáveis em ambos os grupos, permanecendo próximo aos valores fisiológicos (35 e 45
mmHg) (Tabela 17).
A ETCO
2
é uma estimativa da PaCO
2
(Grosenbaugh & Muir, 1998). Os valores
médios da PaCO
2
obtidos (38,9 e 37,8 mmHg, em GI e GII, respectivamente) (Tabela 26),
confere com Haskins et al. (1986) no qual relataram que em condições normais, os valores
da ETCO
2
refletem de 1 a 3 mmHg abaixo da PaCO
2
.
Outros parâmetros hemogasométricos, como pH e HCO
3
, não apresentaram nenhuma
diferença estatística, mostrando que a ventilação foi eficiente (Tabelas 30 e 32).
Quanto à relação saturação de oxigênio, os resultados ficaram acima de 98%, em
ambos os grupos (Tabela 19), dentro dos limites fisiológicos de 97 e 100% (Futema, 2002).
Estes resultados mantiveram-se estáveis durante toda a anestesia, devido ao fornecimento da
alta fração inspirada de oxigênio, refletidas também na PaO
2
.
O índice bispectral (BIS), é um dos índices derivado do eletroencefalograma (EEG),
amplamente utilizado durante anestesias no homem, para avaliar o grau de depressão do
SNC (Rampil, 1998; Rosow & Manberg, 1998) indicando o potencial de despertar, sem
prever movimentos dos pacientes ou resposta hemodinâmica à estimulação dolorosa (Beier,
2007). De acordo com Vianna & Carvalho (2000), no homem, a escala numérica do BIS
(100 a 0) está relacionada ao grau de hipnose, onde os valores de 90 a 100, representam um
estado de vigília (desperto), 80 a 90, sedação leve a moderada, 70 a 80, sedação profunda
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________86
(hipnose leve), 60, anestesia geral (hipnose moderada), 40, anestesia geral (hipnose
profunda) e 0, EEG isoelétrico (supressão).
Relatos recentes demonstram que este método de avaliação de hipnose, é uma
medida quantificável dos efeitos sedativos e hipnóticos de anestésicos no SNC, tanto em
cães (Hatschbach et al. 2006), quanto no homem (Rosow & Manberg, 1998; Vianna, 2001).
Apartir dos valores médios obtidos constatou-se uma sedação profunda ou hipnose
leve (Vianna & Carvalho, 2000) (Tabela 21), na qual, teoricamente, não seria possível a
realização de manipulações cruentas. Apesar disto, foram realizadas com sucesso, não
havendo aumento dos valores após estimulação nociceptiva, demonstrando que a associação
do propofol e remifentanila, nas doses propostas em ambas as técnicas utilizadas, foram
eficazes.
Segundo March & Muir (2005), durante a anestesia, a estimulação nociceptiva pode
desencadear o despertar de um estado hipnótico e proporcionar aumento significativo dos
valores do BIS. Fato este, observado por Antognini et al. (2000) e March & Muir (2003), no
qual relataram valores mais elevados de BIS após a estimulação nociceptiva em relação ao
momento pré-estimulação, com ovinos e felinos, respectivamente. Ainda, Beier (2007), ao
determinar a Cp
calculada
do propofol em cães, relatou que os valores do BIS foram superiores
após o estímulo nociceptivo (estímulo elétrico), justificado pelo plano superficial em que
seus cães se encontravam no momento da estimulação nociceptiva, uma vez que Messner et
al. (2003) observou que a atividade eletromiográfica pode influenciar os valores do BIS em
indivíduos em plano superficial, fato este, não observado, pois em momento algum houve
elevação dos valores tanto do BIS como da EMG, frente as técnicas utilizadas.
Porém, estes valores relativamente altos do BIS não estão relacionados à estimulação
nociceptiva, e sim pela utilização da remifentanila, pois segundo Glass et al. (1997) e Mi et
al. (1999), os opióides o respondem pelo componente hipnótico da anestesia, onde a
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____________________________________________________________87
adição de opióides resulta em perda da consciência com valores mais elevados de BIS. Fato
este, também observado por Carvalho (2000), que notou que, ao aumentar a dose da
sufentanila, era necessário menos propofol para se manter o mesmo plano anestésico,
resultando em valores mais elevados de BIS, e Beier (2007), ao relatar o aumento dos
valores do BIS quando associou-se a remifentanila com propofol comparado ao propofol
isolado em infusão alvo-controlada..
Através da eletromiografia, observou-se certa coerência em relação aos valores do
índice bispectral (Tabela 23). Em ambos os grupos, observaram-se porcentagens baixas de
atividade muscular, (bom miorelaxamento), durante toda a manutenção.
O que chama a atenção é de que o existe uma correlação estreita entre o BIS e a
EMG (Tabela 25), pois o que se observou é que em GII o miorrelaxamento foi mais
pronunciado quando comparado a GI. Entretanto, o valor de BIS entre grupos foi análogo, o
que comprova que na infusão alvo-controlada, apesar do bom miorrelaxamento não houve
alteração dos reflexos protetores frente aos estímulos nociceptivos.
O que se observou foi de que as técnicas utilizadas são diferentes entre si, pois, na
técnica alvo-controlada a massa era medida em µg/ml enquanto que na infusão de
velocidade fixa a massa era medida em mg/kg/min.
O volume de anestésico (propofol) total infundido, incluindo os volumes de indução
e manutenção, foi baseado na a média de peso, onde em GI obteve-se uma média menor
quando comparada com GII (Tabela 34). O que vale dizer que GI empregou-se um menor
volume de propofol, após o término da anestesia, atingindo-se um valor dio de 26,5
ml/kg quando comparado com GII (31,6±13,1 ml/kg de propofol) resultando numa redução
de 16,2% de propofol em relação a infusão de velocidade fixa.
Este fato pode ser explicado pelo mecanismo em que a infusão alvo-controlada
trabalha, pois nesta técnica, o propofol não é infundido em período constante, mas sim em
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________88
infusão intermitente, respeitando a concentração plasmática desejada, onde a meia vida de
distribuição rápida (t½) e o clearancemetabólico são compensados para tentar manter
estável a concentração de propofol no plasma conforme as afirmações de Youngs & Shafer,
em 2001..
Russel et al. (1995), após compararem as duas técnicas de infusão de propofol, a
manual e a alvo-controlada, concluíram que houve um maior consumo de propofol na
técnica de infusão alvo-controlada. A justificativa dos autores perante este resultado, foi que
a flexibilidade e a facilidade do uso desta técnica (alvo), encorajaram os anestesistas,
participantes da pesquisa, a manterem níveis de anestesias mais profundos, consumindo
assim, maior volume de anestésico o que deve ser visto com certo resguardo.
Suttner et al. (1999), compararam três tipos de anestesia em relação ao seu custo
final: a infusão alvo-controlada de propofol, a infusão padrão de propofol (velocidade fixa) e
a anestesia inalatória com isofluorano.
Os autores relataram que a anestesia com infusão alvo-controlada de propofol
associada a infusão de remifentanila, obteve o maior custo por paciente e maior custo por
minuto de anestesia. Porém, esta cnica promoveu uma melhor recuperação com efeitos
colaterais reduzidos no pós-operatório. Consequentemente, o período de permanência dos
pacientes nas unidades de recuperação anestésica foi reduzido, resultando em economia pós-
cirurgica.
Quanto ao período de recuperação, observaram-se em ambos os grupos, que os
animais recuperavam a respiração espontânea em aproximadamente três minutos após o
final das infusões, demonstrando o término pido dos efeitos do opióide (remifentanila).
Por isso, foi administrada a buprenorfina na dose de 0,01mg/kg pela via intramuscular, e
meloxicam na dose de 0,2 mg/kg pela via subcutânea, 30 e 15 minutos antes do término das
__________________________________________________________________Discussão
____________________________________________________________89
infusões, respectivamente, a fim de oferecer um suporte analgésico adequado no período
pós-operatório.
Foram observadas diferenças estatísticas significativas entre os grupos em relação ao
período de recuperação (Tabela 35). Nota-se que a técnica de infusão alvo-controlada obteve
os períodos mais curtos de recuperação, pois os animais anestesiados por esta técnica,
recuperaram o reflexo laringo-traqueal num período dio de 5 minutos a menos que os
animais anestesiados pela infusão de velocidade fixa. A mesma diferença foi observada em
relação ao decúbito esternal. Já a diferença da recuperação até a posição quadrupedal, foi de
23,3 minutos.
Estas diferenças significativas podem ser explicadas pelo efeito cumulativo do
propofol, justificadas por Reid & Nolan (1992) e Estivalet et al. (2002), devido ao acúmulo
do rmaco nos tecidos periféricos menos vascularizados, prolongando assim o período de
recuperação. Mannarino (2005) também observou este efeito após altas taxas de infusão do
propofol durante 60 minutos, daí o fato de Glass et al. (2005) sugerirem a anestesia alvo-
controlada como alternativa para se evitar estes efeitos cumulativos.
Beier (2007) observou valores mais curtos de recuperação (15 minutos) para a
posição quadrupedal em animais anestesiados com propofol e remifentanila por infusão
alvo-controlada. Esta recuperação mais tardia observada nesta pesquisa pode ser atribuída à
aplicação prévia da levomepromazina, já que o mesmo pré-tratamento não foi empregado
por Beier, em 2007.
_________________________________________________________________Conclusão
____________________________________________________________90
8. CONCLUSÃO
A dose de propofol utilizada tanto na técnica de infusão alvo-controlada,
como na técnica de infusão de velocidade fixa, foram eficazes para
procedimentos de ovariosalpingohisterectomia em cadelas, desde que,
associada com infusão de remifentanila e pré-tratadas com
levomepromazina.
Ambas as técnicas de infusões de propofol, com suas devidas associações,
podem ser amplamente aplicadas, porém a técnica de infusão alvo-
controlada proporciona menor consumo deste fármaco.
A infusão de propofol associado à remifentanila, nas doses propostas em
ambas as cnicas, promovem um bom miorrelaxamento, mais evidente na
infusão contínua, e boa hipnose.
Estas associações promovem bradicardia e discreta hipotensão, merecendo
boa monitoração, porém, promovem uma estabilidade hemogasométrica e
respiratória, perante as técnicas utilizadas.
A recuperação dos animais em ambas as técnicas, é tranqüila e sem qualquer
efeito colateral, porém a recuperação dos animais tratados pela técnica de
infusão alvo-controlada é mais rápida em relação aos animais tratados pela
infusão de velocidade fixa.
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____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________101
ANEXOS
TABELA : Variação dos valores individuais da temperatura esofágica (°C)
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
37,9 37,6 37,6 37,4 37,4 37,4 37,3 37,3
2
37,2 36,4 36,4 36,3 36,3 36,3 36,1 35,9
3
37,4 36,5 36,4 36,4 36,7 36,2 36,2 36,2
4
38,3 38,1 38,1 38,1 38,1 38 37,9 37,9
5
37,3 37,3 37,3 37,4 37,4 37,4 37,4 37,3
6
37,9 37,9 37,9 37,9 37,9 37,8 37,8 37,8
7
35,9 36,2 36,1 36,1 36,2 36,2 35,9 35,9
8
37,1 37,1 37,1 37,1 37,1 37,1 37,2 37,3
9
36,9 36,9 36,9 36,9 36,9 36,8 36,8 36,8
10
38,1 37,9 37,8 37,8 37,8 37,7 37,6 37,5
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
37,3 37,2 37,1 37,1 37,1 37,2 37,2 37,1
2
38,4 38,3 38,3 38,3 38,3 38,3 38,3 38,3
3
38,5 38,4 38,4 38,4 38,4 38,3 38,3 38,4
4
37,1 37,1 37,1 37,1 37,2 37,2 37,3 37,3
5
37,9 37,9 37,9 37,9 37,8 37,8 37,8 37,7
6
37,9 37,8 37,8 37,7 37,7 37,7 37,6 37,6
7
37,5 37,5 37,5 37,5 37,5 37,4 37,4 37,4
8
38,2 38,1 38 38 37,9 37,9 37,9 37,9
9
36,9 36,8 36,8 36,8 36,8 36,8 36,8 36,8
10
38,1 38,1 38,1 38,1 38,1 38,1 38,2 38,2
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________102
TABELA : Variação dos valores individuais da freqüência cardíaca (FC) em bpm
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
90 91 117 115 109 89 91 100
2
65 70 67 75 66 68 64 78
3
41 40 36 61 84 74 54 63
4
71 69 66 65 74 64 68 64
5
52 54 54 86 71 58 63 60
6
57 59 63 71 76 83 74 74
7
67 58 59 77 62 85 96 103
8
43 40 49 37 45 38 44 48
9
43 41 43 38 55 38 44 42
10
74 74 77 66 71 69 70 75
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
54 48 49 66 64 60 61 45
2
43 48 57 47 50 44 33 39
3
59 54 57 78 60 63 58 60
4
49 52 54 72 85 62 72 59
5
61 63 69 81 83 82 79 78
6
66 65 64 57 54 54 55 53
7
50 54 48 53 60 42 50 52
8
46 59 45 47 43 44 51 60
9
58 55 75 54 52 56 73 68
10
60 61 63 72 82 62 65 70
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________103
TABELA : Variação dos valores individuais da pressão arterial sistólica (PAS) em mmHg
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
95 95 116 145 148 130 128 122
2
90 106 98 114 115 102 126 134
3
74 72 68 133 150 128 120 121
4
96 102 106 113 136 135 112 110
5
90 78 79 105 121 116 107 118
6
111 115 119 157 179 164 158 155
7
120 124 125 151 147 136 130 129
8
132 133 168 169 208 185 170 165
9
129 123 117 127 149 153 123 124
10
85 84 86 103 104 101 92 89
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
102 100 100 112 125 120 106 110
2
91 91 96 102 100 109 99 98
3
107 106 125 146 143 150 143 142
4
114 111 119 128 139 137 116 119
5
103 90 113 121 143 148 103 104
6
99 108 115 141 153 146 130 121
7
120 122 118 143 151 147 145 138
8
137 114 106 120 136 110 111 123
9
101 105 124 146 132 123 117 114
10
106 107 115 145 165 167 144 132
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________104
TABELA : Variação dos valores individuais da pressão arterial média (PAM) em mmHg
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
60 61 72 98 94 82 80 78
2
57 66 66 94 93 81 84 85
3
54 56 59 104 134 104 82 73
4
60 62 64 73 94 93 70 67
5
67 62 64 90 98 78 74 80
6
69 73 74 106 110 106 101 102
7
77 76 72 101 97 95 90 89
8
68 72 86 99 119 102 97 95
9
71 70 70 85 105 95 80 80
10
56 55 55 65 69 65 61 58
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
51 62 63 72 84 79 68 68
2
58 62 67 71 74 74 65 66
3
65 73 76 97 101 104 98 95
4
65 64 67 73 90 86 66 65
5
55 52 70 84 99 100 82 80
6
61 74 76 96 104 97 75 75
7
80 79 77 91 102 99 90 91
8
63 56 54 69 82 62 55 55
9
59 59 75 91 77 72 67 68
10
67 69 75 99 119 112 94 92
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________105
TABELA : Variação dos valores individuais da pressão arterial diastólica (PAD) em mmHg
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
47 47 61 81 77 66 64 63
2
43 50 49 83 80 60 69 67
3
44 45 49 90 121 88 66 57
4
47 48 50 59 71 73 56 53
5
54 53 54 76 84 64 63 67
6
58 60 61 91 107 93 85 82
7
65 64 58 81 84 82 75 75
8
53 58 69 84 99 93 79 79
9
42 54 56 69 89 76 63 63
10
46 44 44 52 55 51 48 45
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
49
50
50
61
72
67
55
54
2
48
51
56
58
54
63
54
52
3
52
59
63
84
86
92
84
81
4
50
47
53
52
75
72
52
51
5
48
41
69
85
85
70
68
6
49
62
64
83
88
83
60
61
7
68
67
64
79
88
84
75
78
8
46
42
39
54
65
47
39
40
9
45
45
48
71
59
56
50
51
10
56
59
65
88
101
99
82
81
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________106
TABELA : Variação dos valores individuais da freqüência respiratória (ƒ) em mpm
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
12 14 14 14 14 14 14 14
2
14 14 14 14 14 14 14 14
3
10 8 8 10 10 10 10 10
4
12 10 10 10 10 10 10 10
5
8 8 8 8 8 8 8 8
6
12 12 14 14 14 14 12 12
7
12 12 12 12 14 12 12 12
8
10 10 10 10 10 10 10 10
9
8 8 8 8 8 8 8 8
10
12 12 12 12 12 12 12 12
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
10 10 10 10 10 10 10 10
2
10 10 10 10 10 10 10 10
3
10 10 10 10 10 10 10 10
4
12 12 12 12 12 12 12 12
5
12 12 12 12 12 12 12 12
6
12 12 12 12 12 12 12 12
7
12 12 12 12 12 12 12 12
8
10 12 10 10 8 8 8 8
9
20 18 18 18 18 18 18 20
10
10 10 10 10 10 10 8 12
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________107
TABELA : Variação dos valores individuais da volume corrente em ml (Vt)
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
340 292 310 320 300 300 340 315
2
230 340 230 280 300 360 360 360
3
245 214 202 281 182 279 294 286
4
290 430 410 380 410 440 420 320
5
350 320 330 340 350 360 340 410
6
270 290 280 260 270 350 340 320
7
340 380 280 300 310 430 550 550
8
540 530 260 490 450 550 530 490
9
520 500 430 570 510 450 490 580
10
280 340 230 300 280 290 270 290
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
230 276 260 230 260 260 250 250
2
170 190 160 170 160 160 170 170
3
320 460 420 390 420 460 260 430
4
280 300 294 280 260 290 270 290
5
240 230 280 250 240 240 260 230
6
200 290 300 300 280 290 290 290
7
370 330 350 330 300 380 450 460
8
200 270 260 260 280 260 250 250
9
160 170 190 180 190 180 190 180
10
450 420 470 430 410 410 300 270
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________108
TABELA : Variação dos valores individuais da volume corrente em ml/kg (Vt)
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
14,3 12,3 13,0 13,4 12,6 12,6 14,3 13,2
2
13,5 20,0 13,5 16,5 17,6 21,2 21,2 21,2
3
19,1 16,7 15,8 22,0 14,2 21,8 23,0 22,3
4
17,1 25,3 24,1 22,4 24,1 25,9 24,7 18,8
5
26,3 24,1 24,8 25,6 26,3 27,1 25,6 30,8
6
10,3 11,0 10,6 9,9 10,3 13,3 12,9 12,2
7
11,7 13,1 9,7 10,3 10,7 14,8 19,0 19,0
8
17,9 17,5 8,6 16,2 14,9 18,2 17,5 16,2
9
18,6 17,9 15,4 20,4 18,2 16,1 17,5 20,7
10
16,1 19,5 13,2 17,2 16,1 16,7 15,5 16,7
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
15,1 18,2 17,1 15,1 17,1 17,1 16,4 16,4
2
18,9 21,1 17,8 18,9 17,8 17,8 18,9 18,9
3
11,1 15,9 14,5 13,5 14,5 15,9 9,0 14,9
4
18,7 20,0 19,6 18,7 17,3 19,3 18,0 19,3
5
16,0 15,3 18,7 16,7 16,0 16,0 17,3 15,3
6
9,8 14,1 14,6 14,6 13,7 14,1 14,1 14,1
7
11,6 10,3 10,9 10,3 9,4 11,9 14,1 14,4
8
8,8 11,8 11,4 11,4 12,3 11,4 11,0 11,0
9
11,2 11,9 13,3 12,6 13,3 12,6 13,3 12,6
10
39,8 37,2 41,6 38,1 36,3 36,3 26,5 23,9
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________109
TABELA : Variação dos valores individuais da volume minuto em L/min (V
M
)
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
4,1 4,1 4,3 4,5 4,2 4,2 4,8 4,3
2
3,2 4,8 3,2 3,9 4,2 5,0 5,0 5,0
3
2,5 1,7 1,6 2,8 1,8 2,8 2,9 2,9
4
3,5 4,3 4,1 3,8 4,1 4,4 4,2 3,2
5
2,8 2,6 2,6 2,7 2,8 2,9 2,7 3,3
6
3,2 3,5 3,9 3,6 3,8 4,9 4,1 3,8
7
4,1 4,6 3,4 3,6 4,3 5,2 6,6 6,6
8
5,4 5,3 2,6 4,9 4,5 5,5 5,3 4,9
9
4,2 4,0 3,4 4,6 4,1 3,6 3,9 4,6
10
3,4 4,1 2,8 3,6 3,4 3,5 3,2 3,5
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
2,3 2,8 2,6 2,3 2,6 2,6 2,5 2,5
2
1,7 1,9 1,6 1,7 1,6 1,6 1,7 1,7
3
3,2 4,6 4,2 3,9 4,2 4,6 2,6 4,3
4
3,4 3,6 3,5 3,4 3,1 3,5 3,2 3,5
5
2,9 2,8 3,4 3,0 2,9 2,9 3,1 2,8
6
2,4 3,5 3,6 3,6 3,4 3,5 3,5 3,5
7
4,4 4,0 4,2 4,0 3,6 4,6 5,4 5,5
8
2,0 3,2 2,6 2,6 2,2 2,1 2,0 2,0
9
3,2 3,1 3,4 3,2 3,4 3,2 3,4 3,6
10
4,5 4,2 4,7 4,3 4,1 4,1 2,4 3,2
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________110
TABELA : Variação dos valores individuais da concentração de CO
2
no final da expiração
(ETCO
2
) em mmHg
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
46 44 43 40 41 42 39 42
2
43 45 46 47 41 43 38 39
3
33 41 40 43 46 39 35 40
4
45 35 36 40 36 35 35 42
5
37 36 37 44 43 44 48 42
6
41 43 43 45 43 37 39 44
7
39 39 39 47 45 39 37 37
8
36 38 41 41 40 37 41 42
9
38 40 40 40 40 41 42 43
10
42 41 43 42 42 41 43 43
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
35 36 37 40 38 37 39 40
2
36 36 37 37 37 36 37 38
3
45 36 35 38 34 35 39 37
4
38 37 38 38 39 37 38 38
5
38 40 42 43 42 41 41 42
6
43 42 41 39 38 37 40 41
7
38 40 38 42 43 37 38 36
8
41 34 35 37 35 35 36 37
9
46 43 45 43 45 44 45 45
10
35 36 36 38 36 34 45 36
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________111
TABELA : Variação dos valores individuais da saturação de O
2
na hemoglobina (SatO
2
) em
%
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
92 99 99 98 99 99 99 98
2
100 100 100 100 99 100 99 99
3
97 92 91 99 99 99 99 99
4
99 99 99 99 98 96 99 99
5
99 98 98 97 97 96 97 96
6
99 99 99 99 99 100 100 99
7
100 100 100 99 98 99 98 99
8
99 99 98 98 98 98 98 98
9
98 99 99 98 98 98 98 98
10
99 99 99 99 100 99 99 99
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
99 100 99 100 98 99 99 99
2
99 98 99 99 98 98 97 97
3
99 97 97 96 97 98 99 99
4
99 99 99 99 99 99 99 99
5
99 99 99 97 98 97 99 100
6
98 99 99 99 99 99 99 99
7
98 99 99 99 99 99 99 99
8
99 100 100 100 100 100 100 100
9
100 100 100 100 100 100 100 100
10
99 99 99 99 99 99 100 100
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________112
TABELA : Variação dos valores individuais do índice bíspectral (BIS)
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
70 74 72 65 74 77 79 73
2
81 78 79 74 78 80 82 75
3
80 75 80 77 78 77 75 77
4
73 73 71 63 70 72 70 73
5
72 77 76 74 78 76 76 76
6
76 76 78 64 60 74 73 65
7
79 75 63 72 74 77 77 81
8
77 78 78 77 73 74 78 79
9
76 77 75 79 79 79 78 77
10
76 74 76 70 73 74 76 75
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
75 64 71 63 66 63 69 69
2
69 71 68 65 70 69 75 72
3
62 69 69 70 73 76 76 78
4
69 74 74 75 74 71 75 75
5
78 79 75 74 75 76 77 78
6
77 78 81 82 83 78 77 79
7
75 76 77 78 77 78 77 78
8
77 77 77 76 73 76 76 74
9
77 78 79 72 74 75 72 68
10
78 68 74 74 72 73 74 74
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________113
TABELA : Variação dos valores individuais da eletromiografia (EMG) em %
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
45 40 40 40 40 30 30 38
2
40 30 30 30 30 35 37 37
3
40 35 35 35 37 35 35 36
4
40 35 35 30 30 35 30 30
5
70 50 50 40 50 40 40 40
6
35 33 35 34 33 34 35 33
7
33 32 35 33 35 35 35 35
8
53 53 53 53 53 53 53 53
9
54 51 54 53 54 54 53 53
10
32 31 32 32 31 31 31 31
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
40 40 40 40 40 40 40 40
2
40 40 40 40 35 35 35 35
3
40 35 35 35 32 33 37 38
4
50 35 38 37 36 37 37 37
5
60 40 40 35 35 30 30 31
6
31 31 30 31 31 30 29 30
7
31 31 30 31 31 30 29 30
8
34 31 34 32 31 34 34 34
9
33 31 32 33 33 33 33 33
10
37 37 37 37 37 37 37 37
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________114
TABELA : Variação dos valores individuais da pressão parcial de CO
2
arterial (PaCO
2
) em
mmHg
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
37,5 40,2 30,4
2
51,2 45,2 42,2
3
37,1 35,5 36,2
4
35,7 30,7 38
5
34,1 39,1 37,8
6
38,2 40,4 40,5
7
40,3 38,2 37,8
8
37,1 39,8 43,5
9
33,4 38,9 40,6
10
42 42,1 41,6
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
31,7 35,5 33,8
2
35,4 35,9 36,6
3
36,8 35,4 34,8
4
37,2 36,7 33,2
5
36,9 35,3 32,4
6
40,4 39,1 39,7
7
38,2 36,5 39,7
8
38 36,9 38,9
9
47,3 47,8 48,8
10
38,6 36,9 38,6
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________115
TABELA : Variação dos valores individuais da pressão parcial de O
2
arterial (PaO
2
) em
mmHg
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
259,3 366,9 105,5
2
175,5 242,7 299,7
3
226,8 406,3 431,2
4
216,4 356 351,4
5
311,2 344,2 418,2
6
302,7 326 332
7
200,2 33,4 314
8
256,4 259 225,4
9
319,7 343,7 387,8
10
218,6 245 287,8
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
288,8 371,7 460
2
273,3 231,7 205,9
3
310,4 337,6 380,2
4
367,9 373 334,2
5
500,6 427,7 373,9
6
351,1 343,9 365,5
7
328,6 303,6 402,3
8
246,6 255,5 253,5
9
288,1 259 272,3
10
246,6 255,6 253,5
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________116
TABELA : Variação dos valores individuais do pH do sangue arterial
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
7,31 7,30 7,43
2
7,24 7,27 7,30
3
7,30 7,35 7,35
4
7,39 7,40 7,38
5
7,39 7,33 7,35
6
7,35 7,32 7,33
7
7,37 7,35 7,35
8
7,33 7,29 7,28
9
7,36 7,32 7,31
10
7,27 7,27 7,27
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
7,41 7,37 7,38
2
7,36 7,35 7,36
3
7,32 7,32 7,32
4
7,36 7,38 7,39
5
7,32 7,34 7,37
6
7,32 7,33 7,33
7
7,35 7,35 7,33
8
7,38 7,39 7,31
9
7,23 7,21 7,24
10
7,34 7,35 7,34
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________117
TABELA : Variação dos valores individuais de bicarbonato do sangue arterial (HCO
3
) em
mmol/L
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
20,1 20,4 20,0
2
21,7 20,4 20,6
3
20,5 19,4 19,9
4
21,6 21,7 22,0
5
20,6 20,5 20,7
6
20,7 20,7 21,2
7
23,3 23,0 20,6
8
19,2 19,0 19,4
9
18,7 20,0 20,0
10
19,0 19,2 18,6
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
19,8 20,5 19,7
2
19,7 19,8 20,0
3
18,6 18,3 18,0
4
20,7 21,2 21,0
5
18,8 19,0 19,3
6
20,7 20,4 20,5
7
20,7 19,2 20,4
8
19,3 19,3 20,2
9
19,4 18,6 20,3
10
20,5 20,0 20,3
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________118
TABELA : Variação dos valores individuais de volume de propofol infundido em ml
GI
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
6,4 12,3 17,9 18,7 24,5 25,3 26 26,9
2
5,6 11,3 13 14,1 17,2 18 18,7 21
3
5 10,2 13,3 13,7 14,4 14,5 15,7 16,9
4
5,7 13,6 17,5 18,5 18,9 19 19,2 20,9
5
4,5 12,3 13,4 13,7 14,1 15,1 15,9 14,4
6
8,3 21,1 22,4 23,7 34,9 35,6 36,1 37,5
7
9,2 21,4 22,4 22,7 22,8 23,4 24,4 26,3
8
9,6 22,4 24,7 26,8 29,4 31,8 33 35,8
9
9,6 20,6 21,3 22,4 23,1 24,2 25,5 32,4
10
6,8 12,0 13,2 13,6 14,0 15,0 15,7 17,8
GII
Animal
M0 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7
1
7,6 20,6 22,6 23,6 24,1 25,6 26,6 28,6
2
4,5 12,5 14,5 15,5 16,5 17,5 18,5 19,5
3
13,4 26,0 30,0 34,0 35,0 36,0 38,0 39,0
4
9,5 24,0 26,0 27,0 28,0 28,5 29,0 31,0
5
7,5 22,0 23,0 24,0 24,5 25,0 25,5 27,5
6
10,3 18,3 20,3 20,8 22,3 23,3 23,8 24,3
7
16,0 31,0 31,5 32,0 33,0 33,5 35,0 38,0
8
5,6 12,6 14,1 14,6 15,6 16,6 17,1 18,1
9
7,2 12,2 12,6 13,2 14,2 15,2 16,2 17,2
10
11,0 19,0 20,0 21,0 21,5 23,0 24,0 25,0
____________________________________________________________________Anexos
____________________________________________________________119
TABELA : Variação dos pesos individuais de cada animal em kilograma (kg)
GI GII
Animal
Peso
Animal Peso
1
23,8
1
15,2
2
17,0
2
9,0
3
12,8
3
26,9
4
17,0
4
15,0
5
13,3
5
15,0
6
26,3
6
20,5
7
29,0
7
32,0
8
30,2
8
22,8
9
28,0
9
14,3
10
17,4
10
11,3
TABELA : Variação individual dos períodos de recuperação em minutos
GI GII
Animal
Extubação
Decúbito
esternal
Posição
quadrupedal
Animal
Extubação
Decúbito
esternal
Posição
quadrupedal
1
9 10 39
1
14 17 48
2
5 5 14
2
18 24 70
3
6 12 22
3
76 79 100
4
13 27 117
4
13 16 60
5
5 10 31
5
7 14 43
6
9 18 43
6
10 11 58
7
4 10 29
7
10 17 50
8
8 14 34
8
9 16 62
9
12 25 52
9
7 19 29
10
9 11 45
10
24 32 98
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