Download PDF
ads:
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos
Programa de Mestrado e Doutorado em Ciência de Alimentos
Avanço Metodológico no
Biocontrole de Cianobactérias
Toxigênicas com Ênfase a
Degradação de Microcistina-LR e
Bioensaio na Qualidade de Água e
Piscicultura
Elisabete Hiromi Hashimoto
Londrina – PR
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos
Programa de Mestrado e Doutorado em Ciência de Alimentos
Avanço Metodológico no Biocontrole de
Cianobactérias Toxigênicas com Ênfase a
Degradação de Microcistina-LR e Bioensaio na
Qualidade de Água e Piscicultura
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciência de Alimentos da
Universidade Estadual de Londrina,
como requisito final à obtenção do título
de Doutor.
Doutoranda: Elisabete Hiromi Hashimoto
Orientadora: Profa. Dra. Elisa Yoko Hirooka
Co-orientador: Prof. Dr. Ken-ichi Harada, PhD
Londrina - PR
2007
ads:
Comissão Examinadora
Profa. Dra. Elisa Yoko Hirooka
Depto. de Ciência e Tecnologia de Alimentos.
Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR.
Prof. Dr. Eduardo Vicente
Centro de Química.
Instituto de Tecnologia de Alimentos, Campinas-SP.
Profa. Dr. Dalva Trevisan Ferreira
Depto. de Química.
Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR.
Profa. Dra. Ana Paula F. R. L. Bracarense
Depto. de Medicina Veterinária Preventiva.
Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR.
Prof. Dr. Alexandre Rodrigo Coelho
Depto. de Engenharia e Tecnologia de Alimentos.
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, S.J. Rio Preto-SP.
Suplentes
Prof. Dr. Edson Rodrigues Filho
Depto. de Química.
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP
Profa. Dra. Ilce Mara de Syllos Cólus
Depto. de Biologia Geral.
Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR.
Londrina - PR
2007
A adversidade desperta em nós capacidades que, em
circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.
(Horácio)
Esta Tese de Doutorado não resultou de um ato solitário,
contando ao longo do seu desenvolvimento com colaboradores e
incentivadores que tornou possível, com a bênção de Deus a
conclusão desta importante etapa de minha vida.
Agradeço aos meus pais, pelo amor incondicional, cuja
certeza é essencial em minha vida.
Agradeço aos mestres sábios e experientes pela arte de
formar recursos humanos.
Agradeço aos amigos de sempre, que dão
brilho a minha vida com sorrisos simples,
palavras de apoio, choros de alegria e
risadas à toa.
Agradeço ao meu amor, que
preenche meu coração, estando
sempre presente.
Agradeço a Deus, sempre.
AGRADECIMENTOS
À Profa. Dra. Elisa Yoko Hirooka, pelo incentivo, confiança, oportunidades,
compreensão das minhas dificuldades e orientação proporcionando amadurecimento
científico e profissional.
Ao Prof. Dr. Ken-Ichi Harada, da Universidade de Meijo do Japão, pelo incentivo,
confiança e exemplo profissional.
Aos professores do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da
Universidade Estadual de Londrina, pela contribuição na formação acadêmica.
À Chefia e Coordenação do curso de Pós-Gradução em Ciência de Alimentos, pela
colaboração.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, pela
concessão da bolsa de doutorado, pela oportunidade de estágio no exterior através da
bolsa sandwiche e apoio financeiro.
À Fundação Araucária, CNPq, JICA, FINEP, SIGEP e Fundo SETI pelo apoio
financeiro.
À comissão examinadora pela disponibilidade e contribuição.
À Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR, por disponibilizar a estação
de tratamento de esgoto São Lorenço, Londrina-PR para coleta de amostras de água.
À Profa. Dra. Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira, da Escola Superior de
Agricultura Luis de Queiroz – ESALQ/Piracicaba, por disponibilizar os cultivos de
Microcystis aeruginosa.
À Profa. Dra. Ilce Mara de Syllos Cólus, do Departamento de Biologia Animal e
Vegetal da UEL, pela colaboração e orientação nos ensaios de genotoxicidade.
À Profa. Dra. Ana Paula F. R. L. Bracarense, do Departamento de Medicina
Veterinária Preventiva da UEL, pelo incentivo, colaboração no ensaio imunoistoquímico.
Ao Mauro Caetano Filho e Heitor Frossard do Departamento de Biologia Animal
e Vegetal da UEL, por disponibilizar os animais, instalações na piscicultura. Ao Jurandir
Batista, Waldemar Ferreira da Silva, Valdenir da Silva pelo auxílio durante a execução do
experimento.
À Profa Dra. Sandra Cesário, Prof Dr Fernando Fernandes e Dra Emília Kuroda
do Depto de Engenharia Sanitária-CTU-UEL, pelas valiosas sugestões.
À Profa. Dra. Elisabete Y. Sataque Ono e Mário Augusto Ono, pelo incentivo e
sugestões.
À Profa Dra Cláudia B. R. Martinez pelas sugestões e ensinamentos na área de
fisiologia de peixes.
À Profa Dra Eiko Itano pelo incentivo e sugestões.
À Patrícia Sambatti e Sandra Rezende pela colaboração, auxílio e prontidão.
Aos amigos da Universidade de Meijo – Japão Yoshito Kawasaki, Hajime Kato,
Masahiko Tachi, Masateru Hasegawa Tsuyoshi Mayumi, e tantos outros pela recepção,
colaboração, abrigo e principalmente pela amizade.
A Dra Kiyomi Tsuji, Dra Emiko Ito, Dr Atsukabe pelo apoio, incentivo e valiosas
sugestões.
À Profa Dra Tatsuko Sakai por disponibilizar o Centro de Análises da Faculdade
de Farmácia, Universidade de Meijo para análise em LCMS.
À Anie Ieda Francabandiera, pela contribuição e colaboração no ensaio biológico
e amizade.
À Ana Paula M. E. S. Trad, pela contribuição com a análise histológica,
colaboração e amizade.
À Tatiana Perez Vanzela, pela colaboração nas análises de cometa e pela amizade.
À Letícia Schiavo pela amizade e colaboração nas coletas de amostras e
processamento das análises de cometa, micronúcleo e histológica.
Aos Doutores e amigos Alexandre Rodrigo Coelho e Simone Fujii, pelo auxílio,
dedicação, companheirismo e alegria durante todo o trabalho e, sobretudo amizade.
Aos amigos do grupo de pesquisa, Luciana Hayashi, Márcia Kamogae, Luciana
Bernd, Joice Sifuentes dos Santos, Cássia R.Takabayashi,Marcelo Silva, Ricardo Reche,
Cleiton Ramos, Tatiane de Oliveira, Elaine Moreno, Alexandre Morey pelo amizade e
suporte.
Aos amigos sempre presentes, mesmo na distância, Caroline M. Caliari, Alessandra
Braga Ribeiro, Cláudio Ueno, Camilla de Pádua, Edson Luiz Zangrando Figueira, Carlos
José Ono, Natalia Dincao, Suzana Hashimoto, Neusa Seibel, Flávio H. Itano.
Aos amigos e colegas Rafael Dias, Luis Rodrigo, Marly Katsuda, Vanessa Dias,
Rubia Casagrande, Valeria Garcia Pereira, Laisiane da Nóbrega, Lyssa Sakanaka, Elvis
Perboni, Ana Augusta, Luciane Yoshiara, Michele Rossi, Denis Marchi, Marcos Giovani
Celli Alexandre Sasaki, Daniel, Josimeire, Fernando Fracão, Marcos, Heberty, pela
alegria, companheirismo e momentos de descontração, tornando mais suaves os dias mais
difíceis;
À Marli, Berenice, Elza Youssef, Nelson, Alessandra, D. Marília, Célia, Alice,
Rubens, pela colaboração.
Aos meus pais Takashi Hashimoto e Kazue T. Hashimoto pela educação, incentivo e
amor.
Aos meus familiare, principalmente aos irmãos Marisa T. Hashimoto Yamada, Eni
Megumi Hashimoto, Jorge Minoru Hashimoto, Flávio Yuiti Hashimoto e a minha avó
Matsuko Hashimoto pelo apoio e amor.
Aos meus queridos primos Wayner Hashimoto, Érica Hashimoto, Eliane Hashimoto,
Kanji Takahashi, Helena Takahashi e tios Emília Kuriki, Mamoru Hashimoto, Michiko
Hashimoto pela amizade e incentivo nos momentos difíceis.
Aos amigos que tornaram a saudades do Brasil mais amena D. Kajihara, Yoko
Sakumoto, Ines Mari, Teruo e Masahiro Matsuda.
Aos meus avós (in memorian) Toshio Hashimoto, Masuko e Katsuji Takahashi pelo
exemplo de vida.
Ao Fernando Menegon Basso pelo amor, confiança, companherismo e amizade
sempre.
Aos peixes que literalmente deram a vida ao meu trabalho.
A todos que colaboraram afetiva e efetivamente para a realização deste trabalho.
LISTA DE ABREVITURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS.
% : Porcentagem
‰: Por mil
Adda: (2S,3S,8S,9S) 3-amino-9-metoxi-10-fenil-
2,6,8-trimetildeca-4,6- ácido dienóico.
AFB
1
: Aflatoxina B
1
AFBO:epóxido de AFB
1
-8,9B.
ABPx: Avidin biotin peroxidase
AFL: aflatoxicol
AFLAs: aflatoxinas.
Ala: alanina
ALT: alanina aminotranferase
API :atmospheric pressure ionization
arb:arbitrária
Arg: arginina
AST: aspartame aminotransferase
C: coagulação
CAT: catalase
CB9: crude B9 cell
CCBUSP: Centro de ciências biológicas da
Universidade de São Paulo
CCD: cromatografia em camada delgada
céls: células
CG: cromatografia gasosa
CIA: coluna de imunoafinidade
CID : collision induced dissociation
CLAE: Cromatografia Líquida de Alta
Eficiência
D-βMeAsp: β-eritro-β-metil ácido aspártico.
DAB:dihydrate 3,3'-diaminobenzidine
tetrahydrochloride
D-Ala: D-alanina
DEN: dietilnitrosamina
D-Glu: γ-ácido glutâmico
DmAdda: ácido 3-amino-2,6,8-trimetil-10-
fenildeca-4E, 6E dienóico
7D-MCLR: 7 desmethyl-MCLR
EB9: B9 cell extract
EC: eletroforese capilar
ELISA : enzyme-linked immunosorbent assay
EMC: extrato celular Microcystis aeruginosa
EROs: espécies reativas de oxigênio.
ESI: electrospray ionization
ex. : exemplo
F: floculação
FAB : Fast Atomic Bombardment
FDAA:1-Flúor-2,4-dinitrofenil-5-L-alaninamida
g : grama
o
GL: graus Gay Lussac
GSH: glutationa
GSH-Px: peróxido de glutationa
GSTm: glutationa S transferase microssomal
GSTs: glutationa S transferase solúvel
h : Hora(s)
i.e. : Isto é
IHQ: imunoistoquímica
IHC: immunohistochemsitry
ip : Intraperitonial
IFN-γ: interferon gama
IL-1, -6: interleucinas 1 e 6
Kg: Quilograma
km: Quilômetros
kV: Quilovolt
L : Litro
LCMS: Liquid chromatography-mass
spectrometry
LC/ITMS: Liquid chromatography/ion trap
mass spectrometry
Leu: Leucina
L-FDLA:1-Flúor-2,4-dinitrofenil-5-L-
leucinaminamida
LMP: Low melting point
LPS: lipopolissacarídeos
LR: leucina-arginina
LW: leucina-tirosina
m/z: massa/carga
m: Metros
MAb: Monoclonal antibody
MCLR: microcistina-LR
MCs : Microcistinas
Mdha: N-metildehidroalanina
mg : Miligrama
min : Minuto(s)
mL: Mililitro
MMPB: ácido 2 metil-3metoxi-4fenil-butírico.
MN: micronúcleo
MS : Mass spectrometry
MS/MS: método de espectrometria por massa
em tandem
n.d. : não detectável
NO: óxido nítrico
º C: Graus Celsius
ODS C
18
: octadecyl silanized silica
PBS: Phosphate Buffer Saline
PCR: Polimerase Chain Reaction
PDA: photo diode array
PMSF: fenilmetil sulfonil fluoreto
p-NPP: fosfato de p-nitrofenol
PP1: proteína fosfatase 1
PP2A: proteína fosfatase 2A
Px: peroxidase
RR: arginina-arginina
S: sedimentação.
seg :Segundo (s)
SIM: Selected íon monitoring
SOD: superóxido dismutase.
TNFα: fator de necrose tumoral alfa
TOF : Time-of-flight
UV :Ultravioleta
V: Volts
YR: tirosina-arginina
WB9: B9 washed cell
µg : Micrograma
µL: Microlitro
LISTA DE FLUXOGRAMAS
Fluxograma 1 - Etapas para desenvolvimento de biocontrole de cianobactérias....................8
Fluxograma 2 - Etapas de metodologia físico-química na análise de cianotoxinas .............16
Fluxograma 3 - Delineamento experimental geral da pesquisa............................................42
Fluxograma 4 - Delineamento experimental do bioensaio com Tilápias (Oreochormis
niloticus) expostas à extrato celular de Microcystis aeruginosa e Aflatoxina B
1
.................43
Fluxograma 5 - Cultivo de Microcystis aeruginosa, preparo do extrato celular, extração e
análise de microcistina..........................................................................................................44
Fluxograma 6 - Teste do Micronúcleo e Ensaio do Cometa para avaliação de efeitos
genotoxicológicos da interação Aflatoxina B
1
e extrato celular de Microcystis
aeruginosa.............................................................................................................................45
Fluxograma 7 - Ensaio imunoistoquímico para detecção de microcistina em tecido hepático
e muscular de Tilápia (Oreochromis niloticus).....................................................................46
Fluxograma 8 - Seleção de microrganismos antagônicos contra cianobactérias
toxigênica..............................................................................................................................47
Fluxograma 9 - Aplicação do método avançado de Marfey para elucidação do mecanismo
de biodegradação de MCLR pela cepa B9...................................................................48
LISTA DE FIGURAS
Revisão Bibliográfica:
Figura 1 - Estrutura química de microcistina..........................................................................3
Figura 2 - Estrutura química de 1-Flúor-2,4-dinitrofenil-5-L-leucinaminamida (FDLA),
ligação com L- aminoácido e representação da conformação...............................................14
Figura 3 - Estrutura química de Aflatoxina B1.....................................................................36
Figura 4 - Biotransformação de Aflatoxina B1 por reação de epoxidação ..........................37
Artigo 1:
Figure 1 - Chemical structure and mass spectra of 7D-MCLR analysed by LC/ITMS
2
…...61
Figure 2 - Comet class 0. 1. 2 and 3 in O. niloticus blood sample, exposed to AFB
1
and M.
aeruginosa cell extract. ........................................................................................................61
Figure 3 - Micronucleous in O. niloticus erythrocyte, exposed to AFB
1
and M. aeruginosa
cell extract.............................................................................................................................61
Figure 4 - Comet Score average in O. niloticus: ip AFB
1
, immersion or ip EMC, and
AFB
1
+EMC interaction. .......................................................................................................62
Figure 5 - Micronucleus frequency (‰) average in O. niloticus: ip AFB
1
, immersion or ip
EMC, and AFB
1
+EMC interaction. .....................................................................................63
Figure 6 - Immunohistochemistry of Nile Tilapia (Oreochromis niloticus) Microcystis
aeruginosa CCBUSP262 exposed, MC marcation in liver (in Brow, A) and negative
immuno reaction (B)(100 X). ...............................................................................................64
Figure 7 - Immunohistochemistry of Nile Tilapia (Oreochromis niloticus) Microcystis
aeruginosa CCBUSP262 exposed, negative immuno reaction in muscle ( 100 X). ………64
Artigo 2:
Figura 1 - Efeito antagônico de 7 isolados obtido de ETE contra M. aerugionosa NIES 298
(A); Isolado R2P5 inibindo M. aerugionosa NIES 298 (incolor) e respectivo controle
negativo (verde) após 96h de cultivo (B)..............................................................................78
Figura 2 - Cromatografia em Camada Delgada de extrato celular do isolado R2P5, fase
móvel isopropanol:água:amônia (80:15:5)...........................................................................79
Figura 3 - (a) Perfil cromatográfico do isolado EFA7 inoculado com MCLR em 0 e 72 h;
(b) perfil cromatográfico e espectro de absorção máxima de Adda a partir da cepa B9
(controle positivo) inoculado com MCLR após 24 h; (c) perfil cromatográfico e espectro de
absorção máxima dos picos A e B a partir do isolado R2P5 inoculado com MCLR em 0
h.............................................................................................................................................80
Artigo 3:
Figure 1- Microcystin-LR structure......................................................................................82
Figure 2 - MCLR Biodegradation process by B9 crude cell, B9 cell extract and B9 washed
cell, analyzed by HPLC and confirmed with LCMS at 238 nm UV detector…...…………93
Figure 3 - Selected ion chromatogram and mass spectra of MCLR degradation products:
tetrapeptide and tripeptides derivatized with L-FDLA.........................................................94
Figure 4 - Selected ion chromatogram and mass spectra of MCLR degradation product:
Adda and Glu-Mdha and Mdha-Ala derivatized with L-FDLA...........................................95
Figure 5 - Selected ion chromatogram and mass spectra of N-Methyl derivatized with L-
FDLA, from Mdha residue………........................................................................................96
Figure 6 - B9 strain biodegradation behavior of Adda-Glu-Mdha-Ala tetrapeptide from
MCLR.……..........................................................................................................................96
Figure 7 - Selected ion chromatogram and mass spectra of MCLR degradation product
tripeptide derivatized with L-FDLA…………..……...........................................................97
Figure 8 - B9 strain biodegradation behavior of Arg-βMeAsp-Leu tripeptide from
MCLR……………………………………………………………………………………...98
Figure 9 - MCLR biodegradation pathway using B9 washed cell………...........................99
LISTA DE TABELAS
Artigo 1:
Table 1 - Comet classification and damaged nuclei average in Oreochromis niloticus
erythrocyte exposed to AFB
1
10µg/Kg and M. aeruginosa BCCUSP 262 extract ………65
Table 2 - Immunohistochemistry reaction using avidin-biotin peroxidase and polymer
peroxidase system……….....................................................................................................66
Table 3 - Immunohistochemistry using M8H5-MAb and polymer peroxidase system in
liver and muscle of tilapia exposed to M. aeruginosa BCCUSP 262 extract………...........66
Artigo 2:
Tabela 1 - Identificação (provável) dos microrganismos isolados em amostras coletadas na
Estação de Tratamento de Esgoto São Lorenço, Londrina-PR............................................78
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................................i
ABSTRACT ..........................................................................................................................ii
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA………………………………………………………….2
2.1. Cianobactéria Toxigênica.............................................................................................2
2.2 Microcistina...................................................................................................................2
2.2.1 Mecanismo de ação de microcistina...........................................................................3
2.2.2 Propriedades da Microcistina ....................................................................................5
2.3 Métodos físico-químicos para remoção de cianobactéria e microcistina......................6
2.4 Controle biológico de cianobactéria.............................................................................7
2.5 Biodegradação de microcistina..................................................................................10
2.5.1 Mecanismo de biodegradação de microcistina.........................................................12
2.6 Metodologia Analítica para detecção de Microcistina...............................................14
2.6.1 Métodos físico-químicos para análise de microcistina............................................15
2.6.2. Ensaios biológicos para análise de microcistina.....................................................20
2.7 Ensaio imuno-histoquímico na detecção de microcistinas.........................................22
2.8 Ensaios de genotoxicidade para monitorar contaminantes na piscicultura................23
2.9 Risco de Microcystis spp. Toxigênica no Cenário da Piscicultura Brasileira...........25
2.10 Associação Aflatoxina e Microcistina.......................................................................33
2.10.1 Aflatoxina na piscicultura......................................................................................34
2.10.2 Estrutura química e atividade tóxica de aflatoxina................................................36
2.10.3 Efeito tóxico de Aflatoxinas em peixe ..................................................................37
2.11 Considerações finais................................................................................................39
3. OBJETIVOS ...................................................................................................................39
3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................40
3.2 Objetivos Específicos .................................................................................................40
4. MATERIAL E MÉTODOS ...........................................................................................40
4.1 Delineamento experimental…………………………………………………………40
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................49
Capítulo I: Biomonitoring assay in analysis of Co-occurring microcystin and Aflatoxin
in Aquaculture………………………………………………………………………….50
Capítulo II: Potencial Anti-Cianobactéria em Microbiota Pertecente ao Ecossistema de
Estação de Tratamento de Esgoto...................................................................................67
Capítulo III: Novel Microcystin-LR biodegradation products detected by Advanced
Marfey’s Derivatization Method………….……………………………………….…...81
5.1. PUBLICAÇÃO E TRABALHOS CIENTÍFICOS .................................................100
6. CONCLUSÃO...............................................................................................................102
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................103
i
HASHIMOTO, E.H., Avanço Metodológico no Biocontrole de Cianobactérias
Toxigênicas com Ênfase a Degradação de Microcistina-LR e Bioensaio na Qualidade
de Água e Piscicultura. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos)
da Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 2007.
RESUMO
A freqüente ocorrência de floração de cianobactéria toxigênica e a ineficiência do tratamento de
água convencional para remoção de microcistina (MC) tornaram relevante o desenvolvimento de
alternativa para prevenir ou diminuir o risco de contaminação. Rações utilizadas na piscicultura são
compostas por grão susceptível à contaminação com aflatoxina B
1
(AFB
1
) e seu manejo inadequado
favorece a eutrofização da água. A interação de Microcystis aeruginosa e AFB
1
foi avaliada em
tilápia (Oreochromis niloticus). Os ensaios de genotoxicidade cometa e micronúcleo (MN) e a
imunoistoquímica (IHQ) para detecção de MC em peixe foram aplicados, visando métodos
adequados para o monitoramento destes contaminates. Amostras de água foram coletadas na
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE São Lourenço, Londrina-PR) com objetivo de isolar
antagonistas contra cianobactéria. O mecanismo de biodegradação de MCLR pela cepa B9 foi
investigado através do método avançado de Marfey e ESI-LCMS (Electrospray Ionization – Liquid
Chromatography Mass Spectrometry) para detecção dos produtos da biodegradação. O ensaio com
tilápias (N=96) foi realizado através de exposição intraperitoneal (ip) de AFB
1
(10µg/Kg) e extrato
celular de M. aeruginosa cepa CCBUSP262 nas dose de 2x10
5
, 4x10
5
e 1x10
6
céls/Kg (0,602, 1,204
e 3,011 µg/Kg de 7D-MCLR) e exposição por imersão em 1x10
4
e 1x10
5
céls/mL e em doses
cumulativas de 1x10
4
, 2x10
4
e 5x10
4
céls/mL (30,1, 60,2, 150,5 e 301 µg/L de 7D-MCLR). Para
seleção de microrganismos com atividade anti-cianobactéria, as cepas Microcystis aeruginosa NIES
298, M. viridis NIES 102, Anabaena mendotae NIES 808, Phormidium tenue NIES 611 foram
inoculadas com cada isolado e após 0, 24, 48, 72 e 96 h a absorbância do extrato da biomassa foi
medida em 405 e 665 nm. Uma colônia de cada isolado foi adicionada em 10 µg/mL de MCLR e
após 0, 24, 48 e 72h foi analisado por CLAE. O método avançado de Marfey, utilizando
derivatização com L-FDLA (L-1-flúor-2,4-dinitrofenil-5-alaninamida) foi padronizado e aplicado
para análise dos produtos de biodegradação de MCLR (1mg/mL) pela cepa B9. A freqüência de
MN e escore de cometa mostraram efeito mutagênico e genotoxicidade sinérgica do extrato celular
de M. aeruginosa com AFB
1
(ip). A IIQ detectou MC em todos os fígado de peixe ip inoculados e
imersos a 1x10
5
cells/mL (301µg/L de 7D-MCLR). Embora MC não tenha sido detectada no
músculo (comestível) a resistência dos peixes às doses mostrou possibilidade de contaminação e
risco na cadeia alimentar. Entre os 35 isolados, apenas 7 microrganismos mostraram atividade
antagônica contra M. aeruginosa NIES 298 e nenhum foi capaz de degradar MCLR. Os resultados
indicaram potencial para isolamento de microrganismos antagonistas em pontos de ocorrência de
florações. Peptídeos e aminoácidos derivatizados com L-FDLA foram detectados por ESI-LCMS. A
biodegradação de MCLR pela cepa B9, inicia-se pela linearização de MCLR que é clivada
formando Adda-Glu-Mdha-Ala e Arg-βMeAsp-Leu. O tetrapeptídeo é preferencialmente degradado
em Adda e Glu-Mdha-Ala, sendo este degradado em Glu-Mdha e Mdha-Ala. A ligação βMeAsp-
Leu é clivada cujo principal produto é Arg-βMeAsp. Entre os resíduos de aminoácido Arg, Adda e
Mdha foram detectados como produtos finais da biodegradação. A identificação destes compostos é
uma ferramenta importante para entender a atividade enzimática hidrolítica da cepa B9 nos
processos de detoxificação de microcistina.
Palavras-chave: Microcistina, biocontrole, monitoramento, piscicultura
ii
HASHIMOTO, E.H., Methodogical Advances in Biocontrol of Toxic Cyanobacteria
with emphasis in Microcystin-LR Biodegradation and Bioassay on Water Qualilty
and aquaculture. Tesis (Food Science Master and Doctorate Program) of State
University of Londrina. Londrina, 2007.
ABSTRACT
The frequently toxic cyanobacteria bloom and inadequate remotion of microcystin (MC) by
conventional water treatment, the development of alternative to prevent and reduce contamination
risk become a topic in concerning. Fish feed is composed by grains susceptible to aflatoxin B
1
(AFB
1
) contamination and inadequate feeding management enhances water eutrophication. The
interaction between Microcystis aeruginosa and AFB
1
was evaluated in tilapia (Oreochromis
niloticus). Comet and micronucleous (MN) assay to evaluate effect of genotoxicity and
immunohistochemistry (IHC) for MC detection in fish were applied to have in view suitable and
profitable monitoring method. Water were sampled from Sewage treatment of Londrina (ETE São
Lourenço, Londrina-PR) aiming to select antagonistis against cyanobacteria. The MCLR
biodegradation pathway by B9 strain was investigated using the advanced Marfey’s method and
ESI-LCMS (Electrospray Ionization- Liquid Chromatography Mass Spectrometry) for
biodegradation products detection. The bioassay with tilapia (N=96) was carried out with
intraperitoneal (ip) exposure of AFB
1
(10 µg/Kg ) and M. aeruginosa BCCUSP262 cellular extract
at 2x10
5
, 4x10
5
e 1x10
6
cells/Kg (0.602, 1.204 and 3.011 µg/Kg of 7D-MCLR) and immersion
exposure 1x10
4
e 1x10
5
cells/mL and cumulative doses at 1x10
4
, 2x10
4
e 5x10
4
cells/mL (30.1, 60.2,
150.5 and 301 µg/L of 7D-MCLR). To select microorganisms with anti-cyanobacteria activity the
strains Microcystis aeruginosa NIES 298, M. viridis NIES 102, Anabaena mendotae NIES 808,
Phormidium tenue NIES 611 were inoculated with each isolated and after 0, 24, 48, 72 and 96 h the
absorbance of biomass extract was mensured at 405 and 665 nm. One colony of each isolated was
added to 10 µg/mL of MCLR and after 0, 24, 48 e 72 h was analyzed by HPLC. The advanced
Marfey method with L-FDLA (L-1-fluor-2,4-dinitrophenyl-5-alaninamide) derivatization was
standardized and applied for detection of biodegradation products of MCLR (1 mg/mL) by B9
strain. The MN frequency and comet score showed synergic mutagenic and genotoxic effects of M.
aeruginosa cellular extract interaction with AFB
1
(ip). The IHC detected MC in all ip inoculated
fish liver and immersed at 1x10
5
cells/mL (301 µg/L de 7D-MCLR). Although MC has not been
detected in edible muscle, fish doses resistence showed the possibility of contamination and risk in
the food chain. Among 35 microorganisms isolated, only 7 microorganisms showed antagonic
activity against M. aeruginosa NIES 298 and none was able to degrade MCLR. The results
indicated the potencial of antagonist isolation at bloom ocorrence point. L-FDLA derivatization
detected aminoacid residues and peptides. The biodegradation of MCLR by B9 strain begins by
MCLR linearization that is degraded to Adda-Glu-Mdha-Ala and Arg-βMeAsp-Leu. The
tetrapeptide is mainly degraded in Adda and Glu-Mdha-Ala, which is cleaved as Glu-Mdha and
Mdha-Ala. The linkage between βMeAsp-Leu is cleaved, forming mainly dipeptide Arg-βMeAsp.
Among amino acid residues we detected Arg, Adda and Mdha, as MCLR biodegradation final
products. The identification of these compounds is an important tool to understand tha hydrolitic
enzimatic activity of B9 strain in the microcystin detoxification process.
Key words: microcystin, biocontrol, monitoring, aqualculture.
1
1. INTRODUÇÃO
As microcistinas (MCs) são hepatotoxinas produzidas por cianobatérias que
compõem as comunidades fitoplanctônicas de ocorrência comum em ambientes aquáticos
eutrofizados. A lixiviação de solo fertilizado pela agricultura, a contaminação ambiental
através de esgotos, as atividades industriais e piscicultura contribuem para elevação de
nutrientes nos corpos d’água.
O aumento da produção agrícola com vistas às exportações tem exigido maior rigor
nos mecanismos de controle e fiscalização da cadeia produtiva de alimentos. O controle de
qualidade deve prevenir ou diminuir o risco de contaminação, em especial de MCs
presentes na água para consumo humano ou destinada à irrigação e produção de alimentos.
Quimicamente as MCs são muito estáveis devido a pequena estrutura cíclica. Os
processos convencionais de tratamento de água mostraram-se ineficientes para remoção de
MCs. Muitos métodos físicos e químicos foram desenvolvidos para sanar este problema.
No entanto, o alto custo e problemas secundários de poluição representam o maior
obstáculo para a generalização destes métodos. Desta forma dentre os métodos mais
econômicos e menos agressivo ao meio ambiente, destaca-se o biocontrole.
Tendo em vista o aumento da demanda de produtos de pescado, a implementação de
práticas capazes de assegurar a qualidade desde a água, composição de rações formuladas,
aspectos sanitários do processamento à comercialização tornam-se fundamental. A
produção brasileira deve seguir a tendência da piscicultura no agronegócio globalizado com
implementação de processos de controle baseados em metodologias analíticas químicas e
biológicas. O fato implica na inserção dos testes de toxicidade capazes de estabelecer
limites visando avaliar o impacto de MCs sobre os organismos aquáticos e acumulação na
cadeia alimentar.
Considerando a limitação dos métodos convencionais para remoção de MCs aliado
ao alerta de contaminação na piscicultura, a seleção de antagonistas a cianobactérias
toxigênicas e a aplicação de bioensaio visando o monitoramento em peixes são
indispensáveis sob o ponto de vista de minimizar os riscos a saúde humana. Neste contexto,
o estudo do mecanismo de biodegradação é essencial para aprofundar o conhecimento da
complexa dinâmica de produção e detoxificação de microcistina no ecossistema.
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Cianobactéria toxigênica
As cianobactérias ou cianofíceas são microrganismos aeróbios fotoautotróficos,
popularmente conhecidas como algas azuis. Os processos vitais desses microrganismos
requerem somente água, dióxido de carbono, substâncias inorgânicas e luz. A fotossíntese é
o principal modo de obtenção de energia para o metabolismo de cianofíceas. A origem das
cianobactérias foi estimada em cerca de 3,5 bilhões de anos, sendo provavelmente os
primeiros produtores primários de matéria orgânica no planeta. Entretanto, a organização
celular demonstra que estes organismos são procariontes e semelhantes bioquimicamente a
bactérias (CHARMICHAEL, 1992).
O fator preocupante referente a cianofíceas é freqüente ocorrência de florações
tóxicas. A produção de cianotoxina depende do estágio da floração, linhagens e espécies
envolvidas. A liberação da toxina ocorre durante a formação da floração, caracterizada por
intensa proliferação de cianobactérias em lagos e reservatórios de água doce enriquecidos
principalmente com nitrogênio e fósforo (YOO et al., 1995). Existem aproximadamente
150 gêneros e 2000 espécies de cianobactérias, das quais 40 gêneros são toxigênicos com
destaque para Microcystis aeruginosa, Microcystis viridis, Aphanizomenom flos aquae,
Anabaena spp., Oscillatoria spp., produtoras de microcistina (MC), uma classe de toxina
hepatotóxica (CHARMICHAEL et al., 2001).
Muitos estudos avaliaram o efeito de fatores ambientais na produção de MCs,
incluindo a disponibilidade de metais traços, nutrientes, luz, temperatura, pH, meio de
cultura, estabilidade na coluna d’água e atividade de zooplâncton predador. No entanto, há
muita controvérsia seja sobre os estudos laboratoriais ou de campo a respeito da dinâmica
de produção de MCs (WANG et al., 2007).
2.2 Microcistina
As MCs constituem heptapeptídeos monocíclicos, compostos de três D-aminoácidos
na porção invariável da molécula, além de dois L aminoácidos e dois aminoácidos raros. Os
D-aminoácidos consistem de alanina, β-eritro-β-metil ácido aspártico e γ-ácido glutâmico
(D-Ala, D-βMeAsp, D-Glu). Os dois aminoácidos raros correspondem a N-
3
metildehidroalanina (Mdha) e a (2S,3S,8S,9S) 3-amino-9-metoxi-10-fenil-2,6,8-
trimetildeca-4,6- ácido dienóico (Adda) (BOTES et al.,1982 ).
Os dois resíduos de L-aminoácidos variáveis e respectivas combinações incluem,
por exemplo, leucina e arginina para MCLR. Estas diferenças estruturais dependem
principalmente dos dois resíduos de aminoácidos variáveis e secundariamente, da presença
ou ausência de grupamentos metil em β-Me-Asp e/ou Mdha (CARMICHAEL, 1992).
Atualmente, já foram isolados mais de 80 análogos, sendo MCLR a mais tóxica e mais
freqüente (FALCONER & HUMPAGE, 2005; HOEGER et al., 2005).
Figura 1 - Estrutura química de Microcistina.
2.2.1 Mecanismo de ação de microcistina
A evidência de propriedades toxicológicas de MCs em diversas espécies animais se
deve a efeitos principalmente hepatotóxicos. Os mecanismos envolvidos decorrem da
inibição específica da atividade da proteína fosfatase 1 (PP1) e 2A (PP2A) de células
eucariontes, provocando subseqüente acúmulo de fosfoproteínas, perda da integridade do
citoesqueleto e apoptose em hepatócitos (FUJIKI et al., 1996; GOLDBERG et al., 1995;
MACKINTOSH et al., 1990; NISHIWAKI-MATSUSHIMA et al., 1990; YOSHIZAWA et
al., 1990).
O aminoácido Mdha é capaz de se ligar covalentemente a um resíduo de cisteína da
subunidade catalítica da PP1 e PP2A (MACKINTOSH et al., 1995; ZHANG et al., 1993),
porém a inativação efetiva requer a introdução do grupamento Adda na cavidade
hidrofóbica do sítio catalítico das PPs (GOLDBERG et al., 1995, XING et al., 2006). O
aminoácido Adda, por estar presente intacto em todos os análogos de MCs, tem sido
4
apontado como o principal responsável pela atividade biológica de MCs (HARADA et
al.,1990; NISHIWAKI-MATSUSHIMA et al.,1992).
Nishiwaki-Matsushima et al. (1992)
demonstraram inibição de proteína fosfatase 1 e
2A
membranar e de frações citosólicas de hepatócitos por MCLR, YR (tirosina-arginina), e
RR (arginina-arginina), com o aumento na fosforilação de proteínas em intensidade
próxima ao ácido okadáico (NISHIWAKI-MATSUSHIMA et al., 1992). Estas potentes
hepatotoxinas causam alteração estrutural na arquitetura hepática pelo rearranjo de
organelas e reorganização de microfilamentos. A intoxicação aguda por MC caracterizou-se
pelo aparecimento de pontos vermelho-escuro e hepatomegalia com acúmulo de sangue,
com aumento do volume hepático de duas vezes em relação ao fígado de rato normal
(HOOSER et al., 1990).
A letalidade de MC se atribui a choque hipovolêmico, devido ao seqüestro de
sangue pelo fígado (LeCLAIRE et al.,1995). Pesquisas intensivas foram realizadas para
explicar o mecanismo de ação destas hepatotoxinas, desencadeando seqüência de eventos
até o choque hemorrágico. A toxina é absorvida no íleo através de carreadores bile-ácidos,
que funcionam como transportadores das toxinas peptídicas através da membrana celular,
preferencialmente para os hepatócitos (CARMICHAEL, 1992; DABHOLKAR &
CARMICHAEL, 1987). A seguir, as MCs atuam sobre os microfilamentos de actina,
componentes de citoesqueleto celular, causando uma agregação densa de microfilamentos
próximos ao centro da célula. O fato pode ser interpretado como perda de suporte celular,
conduzindo à destruição de sinusóides endoteliais. A destruição de parênquima celular e
sinusóide hepático resultam em hemorragia intrahepática (após horas) e/ou insuficiência
hepática (após dias) (HOOSER et al., 1991).
Evidência da atividade promotora de tumor por MCLR foi apresentada em fígados
de ratos iniciados com dietilnitrosamina (DEN), através da mesma via promotora de tumor
do ácido okadaico (YOSHIZAWA et al., 1990). A inibição da atividade de proteínas
fosfatases (PP) resulta no acúmulo de proteínas fosforiladas que provavelmente
representam um papel significante na expressão de genes envolvidos no crescimento celular
(NISHIWAKI-MATSUSHIMA et al., 1992). O envolvimento MCs na geração de espécies
reativas de oxigênio (EROs) resultando em danos oxidativos em hepatócitos, oxidação de
5
pirimidinas e purinas, emerge como elemento contribuinte na genotoxicidade e indução de
apoptose por MCLR (DING et al., 1998; 2001; ZEGURA et al., 2004).
A ingestão de água de valas e açudes contaminados com cianofíceas no Norte de
Xangai - China foi relacionada à incidência de câncer hepático primário com freqüência
oito vezes superior a população abastecida com água de qualidade adequada (YU, 1989,
NISHIWAKI-MATSUSHIMA et al.,1992).
Baseado na toxicologia de MCLR e contaminação em reservatórios de água, a
Organização Mundial de Saúde estabeleceu o limite máximo de 1 µg/L de MCLR em água
destinada ao consumo humano. Este limite é adotado pela legislação vigente na grande
maioria dos países, inclusive no Brasil. A exposição humana decorre da exposição por
inalação, via dérmica, intravenosa (diálise) e, principalmente, via oral, através da ingestão
de água, alimentos irrigados com água contaminada, além do perigo de ingestão indireta
por peixes contaminados. Assim, a ingestão diária tolerável de MCLR foi estabelecida em
0,04 µg/Kg de peso corpóreo (WHO, 1998) .
2.2.2 Propriedades da Microcistina
Devido a sua estrutura peptídica cíclica, as microcistinas são muito estáveis à
fervura e resistentes a hidrólise química e oxidação em pH próximo a neutralidade. As MCs
podem persistir por meses ou anos em condições ambientais sem incidência de luz.
Hidrólises lentas de MCs foram observadas em temperaturas próximas a 40º C e em
condições de pH extremos, sendo necessário aproximadamente 10 semanas em pH 1 e mais
12 semanas em pH 9 para degradação de cerca de 90% da concentração total de MCs
(HARADA & TSUJI, 1998).
Degradação fotoquímica lenta de MCs foi observada sob exposição solar. A taxa
desta reação é aumentada pela presença de substâncias húmicas e de pigmentos
fotossintéticos hidrossolúveis, provavelmente ficobiliproteínas. Nessas condições, o tempo
para a degradação de 90% de MCs varia de 2 a 6 semanas, dependendo da concentração de
toxina e de pigmentos (TSUJI et al., 1995).
Chen et al. (2006) testaram a adsorção de MCs em 3 tipos de solos da China e
verificaram correlação negativa entre a adsorção de MCs e a concentração de argila no solo.
Portanto, solos compostos com menor teor de argila apresentam maior lixiviação de MCs.
6
Os riscos da persistência de MCLR e outros análogos no solo foram alertados, inclusive o
perigo de contaminação de aqüíferos.
2.3 Métodos físico-químicos para remoção de cianobactéria e microcistina
Os processos e seqüências de tratamento de água para abastecimento público devem
ser analisados em função da sua capacidade de remover as células viáveis (biomassa
fitoplanctônica) e de não promover a lise dessas células, assim como a capacidade de
remover a fração dissolvida da cianotoxina (SCHMIDT et al., 2002).
Florações de cianobactérias tóxicas na piscicultura são freqüentemente tratadas com
sulfato de cobre. Os algicidas em geral, são efetivos na lise celular, mas possuem o efeito
negativo de liberar a toxina intracelular. Muitos métodos químicos foram desenvolvidos
para sanar este problema (WETZEL, 2001). No entanto, o alto custo e problemas
secundários de poluição representam o maior obstáculo para a generalização destes
métodos (AHN et al., 2003).
A combinação seqüencial de coagulação (C), floculação (F), sedimentação (S) e
filtração são ineficientes para remoção de cianotoxinas (GRÜTZMACHER et al., 2002).
Estes processos apresentam elevada eficiência na remoção de células viavéis e
conseqüentemente de toxina intracelular. No entanto, a promoção da fragilidade e
conseqüente lise celular limitam a eficiência do processo (CHOW et al., 1998).
A pré-oxidação melhora a eficiência da filtração direta e também da flotação por ar
dissolvido. Por outro lado, o risco de liberação das cianotoxinas e compostos
potencialmente carcinogênicos como trialometanos originados em processos de cloração
devem ser alertados (GEHR et al., 1993).
Estudos intensivos visando a remoção de fitoplâncton abordam as mais variadas
tecnologias, como procedimentos de filtração lenta, ultrafiltração, nanofiltração, flotação
por ar dissolvido, radiação UV ou gama e oxidação utilizando ozônio (GIJSBERTSEN-
ABRAHAMSE et al., 2005; GRUTZMACHER et al., 2002; KAUR et al., 1994;
RODRIGUES et al., 2007; SAKAI et al., 2007; ZHANG et al., 2007). A adsorção em
carvão ativado e a pós-oxidação combinados com tratamento de água convencional têm
sido consideradas processos efetivos para remoção de cianotoxinas (FALCONER, 1999).
Não obstante, o perigo de contaminação não deve ser descartado nos casos de florações
7
tóxicas intensas.
Desta forma, o tratamento de água seja para consumo direto ou produção de
alimentos requer tecnologias eficientes, ecologicamente corretas e com custo-benefício
aplicável (HAIDER et al., 2003).
2.4 Controle biológico de cianobactéria
O biocontrole destaca-se dentre os métodos mais econômicos e menos agressivos ao
meio ambiente. Vírus, protozoários, fungos, actinomicetos e bactérias apresentam potencial
antagonista promissor à cianobactérias. A ação dos organismos antagonistas engloba desde
o parasitismo específico de contato celular ou captura até a produção não específica de
enzimas extracelulares ou antibióticos capazes de lisar cianobactérias (WRIGHT &
THOMPSON, 1985). O desenvolvimento destes organismos como controle biológico
envolve o isolamento a partir de amostras ambientais, caracterização da atividade anti-
cianobactéria, experimentos de campo em micro e macro-escala e o estudo final para
aplicação do controle biológico na estratégia de manejo no ambiente (Fluxograma 1).
Ambientes aquáticos com florações de cianobactéria apresentam alto potencial para
isolamento de antagonistas competitivos capazes de lisar células de cianofíceas
(IMAMURA et al., 2001). Em geral, técnicas de difusão em ágar e inibição da fotossíntese
com degradação de clorofila, através da leitura da absorbância a 405 nm são aplicadas para
seleção de microrganismos antagonistas (YAMAMOTO & SUZUKI, 1990). A produção de
substâncias ativas pode ser otimizada através da engenharia genética com microrganismos
que preencham requisitos como resistência a condições adversas e não patogenicidade. A
extrapolação da atividade microbiana para o ambiente aquático deve considerar
previamente a condições físico-químicas e efeito de diluição do corpo d’água. Na etapa
final, a produção em larga escala e comercialização requer uma avaliação rigorosa do
custo-benefício (SIGEE et al., 1999).
Safferman & Morris (1963) isolaram um vírus que infecta cianobactéria (cianófago
LPP) com ação direta no ciclo de florações de Lyngbya, Plectonema e Phormidium. Porém,
a complexidade da interação cianobactéria-fago devido ao alto grau de especificidade do
hospedeiro, aliada ao surgimento de hospedeiros mutantes resistentes limitam a aplicação
de vírus como biocontrole de cianobactérias (BARNET et al., 1981).
8
Fluxograma 1 - Etapas para desenvolvimento de biocontrole de cianobactérias (SIGEE, et
al., 1999, modificado).
As cianobactérias representam uma fonte de alimentos para protozoários ciliados
Nassula, flagelados Ochromonas e amebas Achantomoeba, Mayorella e Nuclearia
(CANTER et al., 1990; COLE & WYNNE, 1974; LAYBOURNE-PARRY et al., 1987;
WRIGHT et al., 1981; YAMAMOTO, 1981). No entanto, a eficiência da aplicação de
protozoários no biocontrole depende da especificidade de predação e ausência de
predadores contra estes protozoários na cadeia trófica (BRABRAND et al., 1983). Inamori
et al. (1998), sugerem a aplicação de Aeolosoma hemprichi e Philodina erythrophthalma no
controle de Microcystis viridis toxigênica em biofilme de reatores no tratamento de água.
Neste processo, os protozoários após digerirem a cianobactéria, excretariam a toxina que
por sua vez seria degradada por bactérias aderidas ao biofilme.
A atividade cianobacteriolítica por antibióticos fúngicos foi promovida por
cefalosporina C purificado a partir de Emericellopsis salmosynnemata e Acremonium
9
kiliense, cujo antibiótico β-lactama afetou diretamente a membrana celular de
cianobactérias (REDHEAD & WRIGHT, 1980).
A atividade antagônica à cianobactéria é comum em actinomicetos isolados de solos
ou ambientes aquáticos. Entre 83 espécies de actinomicetos isolados de sedimentos, 50%
apresentou atividade cianobacteriolítica, com destaque para Streptomyces phaeofaciens S9.
L-lisina, aminoácido secretado por S9, foi apontanda como um dos fatores capazes de
causar danos na parede celular de M. aeruginosa (YAMAMOTO et al., 1998).
Antagonismo por Streptomyces spp. foi relatado contra Nostoc, Phormidium, Lyngbya,
Plectonema, Anabaena, Oscillatoria e Microcystis (SAFFERMAN & MORRIS, 1962;
SIGEE et al., 1999; YAMAMOTO et al., 1998). Choi et al. (2005), apontaram que o
contato celular libera enzimas presentes no periplasma celular responsáveis pela atividade
lítica de S. neyagawaensis.
A atividade antagônica de Pseudomonas contra Anabaena, Phormidium e
Oscillatoria spp. foi atribuída a 1-metil-β-carbonila e a pigmentos fenazinas como 1-
hidroxifenazina e oxiclororafina (DAKHAMA et al., 1993; KODANI et al., 2002).
A lise de cianobactéria (Anabaena e Microcystis) por Bacillus sp. foi atribuído ao
antibiótico gramicidina e compostos voláteis, como álcool isoamílico (3-metil-1-butanol)
(REIM et al., 1974, WRIGHT et al., 1991; WRIGHT &THOMPSON, 1985). Surfactina,
um biosurfactante lipopeptídico cíclico produzido por Bacillus subtilis C1 apresentou
inibição seletiva de crescimento contra cianobactérias (Microcystis aeruginosa e Anabaena
affinis), sendo menos efetiva contra clorofíceas (Chlorella vulgaris e Scenedesmus sp.) e
diatomáceas (Navicula sp.), sugerindo um potencial para o biocontrole seletivo contra
cianobactérias sem afetar outras espécies e minizando o impacto no ecossistema (AHN et
al., 2003).
Sphingomonas M-17 isolada de amostras de florações de cianobactéria do lago
Biwa-Japão, apresentou potente atividade lítica contra M. aeruginosa e M. viridis
(IMAMURA et al., 2001). A atividade de M-17 foi atribuída a um pentapetído
denominado argimicina A e aos análagos B e C, que são produzidos em menor quantidade
(IMAMURA et al., 2000, YAMAGUCHI et al., 2003). A inibição da fotossíntese em
cianobactérias é o principal mecanismo de ação de argimicina A, tal inibição não foi
observada em fitoplâncton eucariótico, sugerindo atividade seletiva contra cianobactérias
10
(HIBAYASHI & IMAMURA, 2003). Inibição da reação de tranporte de elétrons na
fotossíntese, inibição das enzimas glicolato desidrogenase e nitrogenase de Oscillatoria
williamsii também foram relatadas como antagonismo por Flexibacter (SALLAL, 1994).
Embora vários microrganismos com atividade anti-cianobactéria sejam citados, não
foram encontradas informações sobre a aplicação de microrganismos in situ, provavelmente
devido a dificultade de prever os efeitos desses microrganismos em ecossistemas
complexos (CHOI et al., 2005).
2.5 Biodegradação de microcistina
Até o momento, poucos microrganismos com capacidade de remover efetivamente
MCs foram relatados (SAITO et al, 2003). As bactérias ácido-láticas e bifidobactérias
geralmente são selecionadas devido às propriedades benéficas à saúde. Linhagens de
Lactobacillus e Bifidobacterium capazes de remover MCs do meio através de propriedades
de adsorção são sugeridas como base para tecnologia de tratamento de água (MERILUOTO
et al., 2005).
Maruyama et al. (2003) relataram a degradação de MC por um grupo de bactérias
Cytophaga/Flavobacterium presentes em mucilagem de Microcystis. Uma protease alcalina
isolada de Pseudomonas aeruginosa foi capaz de degradar MCLR formando DmAdda
(ácido 3-amino-2,6,8-trimetil-10-fenildeca-4E, 6E dienóico). A aplicabilidade desta
protease foi sugerida, pois a atividade máxima desta enzima ocorre em pH alcalino similar
ao de ambientes eutrofizados (TAKENAKA & WATANABE, 1997). Recentemente,
Burkholderia sp. capaz de degradar MCLR e D-Leu-MCLR foi isolada na Lagoa dos Patos-
Rio Grande do Sul, com eliminação de aproximadamente 90% das MCs após 43 dias de
monitoramento por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e confirmado através
de kits de ELISA (ensaio imunoenzimático) (LEMES et al., 2007).
Jones et al. (1994) isolaram a linhagem MJ-PV na Austrália, inicialmente
identificada como Pseudomonas, MJ-PV foi posteriormente classificada Sphingomonas sp.
ACM3962 (BOURNE et al., 1996). O extrato celular de Sphingomonas ACM3962
degradou MCLR e RR in vitro. No entanto, ACM 3962 não foi capaz de degradar
nodularina, um pentapeptidío que difere de MCs apenas pela ausência dos 2 aminoácidos
11
variáveis e substituição de N-metil-deidro-alanina por N-metil-deidrobutirina (JONES et al.,
1994).
O isolamento de outras cepas fenotipicamente similares a ACM3962 e com
capacidade de degradar MCs foi relatado principalmente no Japão (ISHI et al., 2004;
HARADA et al., 2004; PARK et al., 2001; SAITOU et al., 2003), Austrália (HO et al.,
2007) e Argentina (AMÉ et al., 2006).
A cepa Y2, capaz de degradar MCLR, RR e YR apresentou taxa de degradação
máxima na temperatura de 30º C, degradando 13 e 5,4 mg/L/dia de MCRR e LR,
respectivamente (PARK et al., 2001). A degradação de MCRR e YR após a indução da
atividade com MCLR foi relatada por Saitou et al. (2003), cuja atividade máxima da cepa
MD ocorreu em pH neutro. A degradação induzida também foi comprovada pela cepa 7CY,
que foi capaz de degradar, MCLR, RR, LY, LW e LF isoladamente, mas a degradação de
nodularina-Har só foi possível em presença de MCRR (ISHI et al., 2004). A degradação de
nodularina através da cepa B9 é descrita por Imanishi et al. (2005), que relata também a
degradação de MCLR, RR, 3-desmetil-MCLR, di-hidro-MCLR e MCLR-cisteína
conjugada. A degradação de MCLA é relatada por Ho et al. (2007), que identificou
Sphingopyxis LH21 capaz de degradar MCLR. Desmetilação de MCRR é relatada como a
primeira etapa de degradação pela cepa CBA4, (AMÉ et al., 2006).
Estas cepas pertencentes à família Sphingomonadaceae, de colônias amarelas,
aeróbias e Gram negativas (MARUYAMA et al., 2006) mostraram ser capazes de degradar
análogos diferentes, embora a indisponibilidade de padrões de MCs seja fator limitante para
avaliar o espectro de biodegradação de cada cepa.
A principal enzima envolvida na degradação de MCs é codificada pelo gene mlrA.
Este gene isolado da cepa ACM3962 possui uma seqüência nucleotídica extremamente rara,
sendo detectado também em outras cepas através de PCR nested (Polimerase Chain
Reaction). Baseado na seqüência 16S rDNA. MD-1 e Y2 apresentaram similaridade a
Sphingomonas ACM3962 de 98% e 84%, respectivamente (SAITO et al., 2003). As
linhagens B9 (HARADA et al., 2004) e 7CY (ISHI et al., 2004) apresentaram uma alta
similaridade à linhagem Y2, que foi então denominada Sphingosinicella microcystinivorans
(MARUYAMA et al., 2006). Saito et al. (2003) verificaram que nem todas as espécies de
Sphingomas são capazes de degradar MC. Por outro lado, o gene mlrA, presentes em todas
12
as espécies com capacidade de degradar MC, apresentou-se conservado em pelo menos 3
espécies bacterianas, sugerindo que a capacidade de degradar MC tenha sido adquirida
através da transferência de genes em algum ponto de evolução de Sphingomonas (SAITO et
al., 2003).
Recentente, a aplicação das cepas ACM3962 e B9 foram relatadas. Em escala piloto
de reservatório de água em filtros de areia de filtração lenta, ACM3962 mostrou-se efetiva
na eliminação de mais de 80% de MCLR em reservatórios inoculados com 1x10
6
cels/mL
(BOURNE et al., 2006). A imobilização de 7,9 x 10
6
céls/mL da cepa B9 em resinas de
poliéster de biorreatores mostrou eliminação completa de MCLR após 1 dia de tratamento.
A adição continuada de MCRR (600 µg) eliminou 80% da toxina, cuja eficiência persistiu
durante 2 meses em plantas de tratamento de água (TSUJI et al., 2006).
2.5.1 Mecanismo de biodegradação de microcistina
A quebra da ligação peptídica em MCs requer proteases com estruturas específicas,
pois a toxina apresentou estabilidade contra várias proteases, tripsina, quimiotripsina,
elastase, trombina, papaína, colagenase, carboxipeptidase e pepsina. Sphingomonas
ACM3962 apresentou cluster de genes A, B, C e D que codificam enzimas responsáveis
pela quebra da ligação peptídica entre Adda-Arg (gene mlrA) abrindo a estrutura cíclica do
heptapeptídeo. MCLR linear é facilmente degradada pelas peptidases codificadas pelos
genes mlrB e mlrC. O gene mlrD possivelmente codifica a proteína transportadora que
carreia a MC para dentro da célula. MlrA, supostamente uma metaloprotease foi
considerada a enzima mais importante do mecanismo de metabolização de MC, pois a
estrutura cíclica promove estabilidade contra outras proteases e outros fatores químicos
(BOURNE et al., 1996; 2001).
Bourne et al. (1996), utilizando ACM3962, testaram uma série de inibidores
enzimáticos visando o acúmulo dos compostos intermediários da biodegradação de MCs e
posterior identificação por espectrometria de massas. A aplicação de EDTA resultou no
acúmulo de MCLR linear m/z (massa/carga) 1013,5 (H-Adda-Glu-Mdha-Ala-Leu-βMeAsp-
Arg-OH). Na etapa seguinte, a aplicação de 1mMd e PMSF (fenilmetil sulfonil fluoreto)
resultou no acúmulo de tetrapeptídio m/z 615 (H-Adda-Glu-Mdha-Ala-OH). A porção
Adda (m/z 332) foi isolada intacta, purificada e caracterizada após biodegradação pela cepa
13
B9 inoculada com 40 mg de MCLR. A toxina linear, tetrapeptídeo e Adda apresentaram
menor atividade tóxica em camundongos e menor capacidade de inibir proteínas fosfatases
que MCLR, indicando a eficiência de detoxificação deste microrganismo (BOURNE et al.,
1996, HARADA et al., 2004, HO et al., 2007). No entanto, os demais produtos de
biodegradação, peptídeos e aminoácidos ainda não foram detectados (BOURNE et al., 2001,
HARADA et al., 2004).
A cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) com detector UV (238 nm) têm
sido amplamente utilizada para avaliar a biodegradação de MCs. Devido ao principal
cromóforo dieno conjugado que permite a detecção de produtos de degradação de MCs que
contém Adda na estrutura.
Em 1984, Marfey propôs um método para determinação da configuração absoluta
de aminoácidos, separando aminoácidos enantiômeros após derivatização com um reagente
quiral, no caso 1-Flúor-2,4-dinitrofenil-5-L-alaninamida (FDAA). Os aminoácidos
derivatizados são separados por CLAE e detectados a 340 nm. Este método utilizado para
caracterização estrutural de compostos peptídicos devido à sensibilidade e capacidade de
identificar corretamente aminoácidos na configuração absoluta (FUJII et al., 1997). A
combinação do método de Marfey com a espectrometria de massas foi denominada Método
Avançado de Marfey. Após a derivatização com L-FDLA (1-Flúor-2,4-dinitrofenil-5-L-
leucinaminamida), os aminoácidos foram identificados baseados no tempo de retenção e
espectro de massas dos derivados. Neste método, a ordem de eluição de enantiômeros D e
L aminoácido foi elucidada pela comparação da hidrofobicidade entre o grupo α-carbonil e
a cadeia lateral do aminoácido na conformação tipo cis e trans, para D e L aminoácido,
respectivamente. Em geral, L-aminoácido é eluído da coluna cromatográfica antes do
correspondente enantiômero D-aminoácido (FUJII et al, 1997).
Desta forma, o método avançado de Marfey com ESI-LCMS para identificação de
aminoácidos e peptídeos representa uma alternativa promissora para o estudo do
mecanismo de biodegradação de MCs.
14
Figura 2 – Tipo de conformação de D e L aminoácidos derivatizados com L-FDLA.
2.6 Metodologia Analítica para detecção de Microcistina
A conscientização dos riscos da exposição de MCs à saúde humana culminou no
desenvolvimento de métodos para a análise dessa classe de toxinas. Para minimizar os
perigos de contaminação e intoxicação por MCs são necessários métodos sensíveis e
confiáveis, capazes de detectar um amplo espectro de toxinas em matrizes diversas e
capazes de monitorar MCs na faixa da concentração mínima permitida em água de 1 µg/L e
dose diária tolerável de 0,04 µg/Kg /dia, estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde
(WHO- Word Health Organization, 1998 ).
Entre os métodos desenvolvidos para proceder à análise quantitativa e qualitativa de
MCs destaca-se a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) combinada com
detector ultra violeta –UV e foto-diodo (PDA- photo diode array) (LAWTON et al.,1994,
MERILUOTO, 1997). Preconizada para a separação com alta eficiência de uma extensa
variedade de compostos químicos e biológicos, a CLAE permite análise quantitativa com
15
eficiência e sensibilidade, embora a detecção por espectrometria de massas (MS - Mass
spectrometry) forneça uma identificação mais exata dos análogos (ZWEIGENBAUM et al.,
2000). Ainda assim, nenhuma metodologia isolada, entre as disponíveis, é suficiente para
analisar precisamente a toxicidade e exato perfil dos diferentes análogos de MCs
(HARADA et al., 1999).
2.6.1 Métodos físico-químicos para análise de microcistina
O fluxograma 2 apresenta as etapas da metodologia analítica de cianotoxinas.
Frascos de vidro são recomendados para coleta de amostras, devido ao risco de falsos-
negativo decorrente da adsorção de MCs em materiais plásticos (CODD & BELL, 1996).
Em amostras de floração ou cultivo, a centrifugação permite a concentração da biomassa,
além de reservar o sobrenadante para análise da toxina extracelular remanescente. De forma
geral, têm-se utilizado biomassa amostral de 1 mg a 26 g (peso seco). A determinação da
massa inicial é etapa primordial para quantificação exata da concentração de cianotoxinas
(DELL AVERSANO et al., 2004; MERILUOTO & ERIKSSSON, 1988; MOOLLAN et al.,
1996; SAITO et al., 2002).
A extração da toxina pode ser realizada através da agitação overnight da biomassa
em solvente, mas comumente realiza-se o rompimento celular por métodos físicos como
sonicação, agitação mecânica (vortex) e processos de congelamento/descongelamento. O
sonicador é amplamente empregado, no entanto o uso prolongado em pequenas amostras
pode elevar a temperatura do extrato, resultando em evaporação e/ou degradação, além
disso, pode ocorrer a desintegração de membranas de filtro de vidro utilizados na etapa de
concentração da biomassa, inteferindo na quantificação de MCs (SPOOF et al., 2003).
A escolha do solvente para extração deve considerar a polaridade dos diferentes
análogos de MCs. A recuperação da toxina é melhorada por re-extrações, em geral 3 vezes
com o mesmo solvente ou extração sequencial (combinações de solventes). Os principais
solventes utilizados consistem de soluções de metanol, água e combinação de metanol-água.
A solução aquosa de metanol 75% (v/v) é considerada a mais apropriada para extração de
MCs com polaridade variada (FASTNER et al., 1998). MCs hidrofílicas, como MCLR, RR
e YR, apresentam melhor recuperação na extração com ácido acético 5% aquoso (v/v),
seguida de metanol (90%, v/v) (LAWTON & EDWARDS, 2001). EDTA pirofosfato de
16
sódio é recomendado para extração de MCs em solos e sedimentos (CHEN et al., 2006).
Metcalf & Codd et al. (2000) propuseram o uso de microondas ou fervura para extração de
MCs, evitando-se o uso de solventes orgânicos, que interferem em métodos sensíveis como
o imunoensaio.
Fluxograma 2 - Etapas de metodologia físico-química na análise de cianotoxinas (Fonte:
SANGOLKAR et al., 2006)
Pré-limpeza e pré-concentração de MCs em minicolunas (cartridge) é requisito
indispensável em análises que exigem baixo limite de detecção, constituindo fator
fundamental na proteção de coluna cromatográfica utilizada em CLAE. Minicolunas de
pré-limpeza ODS (octadecyl silanized C
18
silica gel) amplamente empregadas, retêm MCs
através de interações hidrofóbicas (RAPALA & LAHTI, 2002). As colunas de
imunoafinidade (CIAs) representam uma alternativa a minicolunas de fase sólida C
18
para
remoção de interferentes de matriz e concentração de amostras com uso mínimo de
solventes orgânicos (KONDO et al., 2000). Apesar da recuperação ser comparável a
minicoluna C
18
, o alto custo da produção de anticorpos é a principal limitação das CIAs
(ARANDA-RODRIGUEZ et al., 2003).
Para evitar a degradação fotoquímica, hidrolítica ou oxidação o extrato deve ser
seco e conservado em frascos âmbar. O liofilizador, fluxo de gás nitrogênio ou argônio
Centrifugar/
Filtrar
Liofilizar a
biomassa
Pesar r o pelete
Amostra
BIOMASSA
Adicionar
solvente / sonicar
Centrifugar
Re-extração do
Pelete
Homogenizar a
biomassa
EXTRAÇÃO
Extração de fase
sólida
Evaporar o
eluato/ secar
Redissolver
Centrifugar/
coletar
sobrenadante
CONCENTRAÇÃO
Tempo de
reteão (tR)
Espectro UV/
Espectro de
Massa
Comparar tR e
espectro com
padrões
Analisar por
HPLC-PDA/ MS
Tandem MS
IDENTIFICAÇÃO
HPLC-UV
Curva de calibração
(plotar área do pico x
concentração do
padrão
Determinar a
concentração da
toxina
Padrão de toxina
QUANTIFICAÇÃO
17
acoplado a rotavapor a 40-60º C têm sido utilizados para remoção total do solvente
(LAWTON et al., 1994; SPOOF et al., 2003).
Entre as diversas fases estacionárias de CLAE aplicáveis na separação de MCs
destaca-se as colunas de fase reversa C
18
, além de colunas de amida C
16
e colunas de troca
iônica. A escolha apropriada da fase móvel permite uma boa resolução do analito, sendo
empregados principalmente metanol ou acetonitrila (LAWTON et al., 1994).
Medidas de absorbância de UV é a técnica mais comum na detecção de MCs após
separação por CLAE. A maioria das MCs possuem absorção máxima de UV em 238 nm
atribuído ao principal cromóforo, o dieno conjugado na porção Adda, comum em todos os
análogos. Com exceção dos análogos contendo triptofano, como MCLW que apresentam
absorção máxima no comprimento de onda de 222 nm (LAWTON et al., 1994). No entanto,
a co-eluição de interferentes de matriz com absorção em comprimento de onda próxima a
238 nm resultando em falsos-positivo devem ser considerados (MOOLLAN et al., 1996). A
comparação com o tempo de retenção, espectro UV e área do pico de padrões de toxinas é a
base para identificação e quantificação de MCs (RAPALA et al., 2002). Assim, o principal
obstáculo na análise de MCs é a falta de padrões de toxinas, entre os 80 análogos
identificados, apenas alguns possuem padrões comercialmente disponíveis. Na ausência de
padrões, muitos análogos são quantificados e a concentração expressa em MCLR-
equivalente (McELHINEY & LAWTON, 2005).
A cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas (LCMS) tem sido
empregada para análise qualitativa de MCs. Na espectrometria de massa, as moléculas são
ionizadas e um analisador de massas separa os íons formados de acordo com a razão
massa/carga (m/z), detector que quantifica os íons e transforma o sinal em corrente elétrica,
onde a magnitude do sinal elétrico em função da m/z é convertida por um processador de
dados representando um espectro de massa correspondente (GAVES & HAYSTEAD,
2002).
A exatidão de determinações de MCs tem sido relatadas em análises por
cromatografia líquida acoplada a diferentes métodos de espectrometria de massas, tais
como bombardeamento atômico rápido (Fast Atomic Bombardment – FAB), massa em
tandem (MS/MS) técnicas de ionização em pressão atmosférica (atmospheric pressure
ionization –API) e ionização por eletron-spray (electrospray ionization-ESI) (EDWARDS
18
et al., 1993; KONDO & HARADA, 1996; NAMIKOSHI et al.,1992; OTT &
CARMICHAEL, 2006; SIVONEN et al., 1992). Análogos de MCs apresentam diferentes
padrões de fragmentação ([M+H]
+
, [M+2H]
+
íons) dependendo do resíduo de aminoácido
presente (PÉREZ & AGA, 2005). Na indisponibilidade de padrões de MCs comerciais, a
toxina pode ser identificada por tentativa comparando-se espectros de massas descritos na
literatura.
A cromatografia líquida acoplada a MS com interface ESI é uma técnica simples,
sensível e apropriada para o monitoramento e identificação de uma ampla variedade de
MCs. Metodologia baseada em LC-MS-ESI tem sido desenvolvida possibilitando a
detecção simultânea de várias cianotoxinas como microcistinas, saxitoxinas, anatoxina e
nodularina em uma única corrida cromatográfica (DAHLMANN et al., 2003).
Espectrometria de massas em tandem (MS/MS) identifica compostos desconhecidos
com mais exatidão. MS/MS é usado para fragmentar um peptídio específico em peptídios
menores no qual a seqüência aminoacídica é deduzida (GAVES & HAYSTEAD, 2002)
Na ausência de informações sobre a massa do analito, o perfil de fragmentação fornecido
por MS/MS tem sido uma ferramenta para identificar análogos de MCs em matrizes
complexas (LAWTON et al., 1995). Fragmentos ionizados gerados pela dissociação
induzida por colisão (CID – collision induced dissociation) tem mostrado grande potencial
para confirmação da presença de MCs em amostras ambientais (ZHANG et al., 2004). Em
especial, o fragmento íon m/z 135 característico, derivado de Adda, fornece um diagnóstico
útil para identificar a presença de MCs mesmo em amostras ambientais com grande número
de interferentes (HARADA et al., 1999).
Fastner et al. (2001) identificaram MCs e outros oligopeptídeos em colônias de
Microcystis empregando ionização por MALDI com analisador de TOF (Matrix Assisted
Laser Desorption Ionization- Time of flight). No método de MALDI-TOF MS, a amostra
contendo a espécie de interesse é misturada com uma matriz (geralmente ácido α-ciano
hidroxicinâmico-CHCA, ácido sináptico-SA ou ácido 2,5-dihidroxidobenzóico-DBH)
formando uma mistura sólida. Um pulso de laser, com comprimento de onda próximo ao
UV, incide sobre essa mistura e a energia do laser é absorvida pela matriz, que evapora e o
analito se dispersa na fase gasosa altamente energética. A ionização ocorre através da
transferência de carga das moléculas da matriz para o composto que fica na forma de
19
[M+H]
+
. Os íons formados recebem uma alta energia cinética inicial que os impulsiona
para o analisador de massas Time-of-flight (TOF), onde são separados de acordo com o
tempo de vôo, considerando a distância na qual o íon se movimenta até atingir o detector. A
principal vantagem de MALDI-TOF é a possibilidade de analisar pequenas amostras sem
necessidade de pré-limpeza. A análise direta de colônias simples de Microcystis é uma
ferramenta para prevenir com antecedência floração de espécies toxigênicas
(SANGOLKAR et al., 2006).
Outras alternativas analíticas para análise de MCs inclui a cromatografia em camada
delgada (CCD), eletroforese capilar (EC), cromatografia gasosa (CG) entre outros. CCD
constitui técnica conveniente para detecção de MCs. Devido à facilidade e rapidez na
execução, análise de extratos brutos, baixo custo, detecção múltipla de compostos e
visualização direta do perfil cromatográfico baseado na cor, fluorescência e aspecto da
corrida (fator de retenção do analito - fr) é aplicável para triagem e apresenta boa
correlação com ELISA e ensaio de inibição de proteínas fosfatases (McELHINEY &
LAWTON, 2005). A EC separa a toxina por diferenças de tamanho e carga da molécula.
Apesar da baixa sensibilidade a EC pode ser melhorada acoplando-se detectores de
fluorescência ou ESI-MS (SIRÈN et al., 1999). A CG pode ser aplicada para separar
MMPB (ácido 2 metil-3metoxi-4fenil-butírico) formado pela oxidação de Adda através de
ozônio, permanganato ou periodato (HARADA et al., 1996, KAYA & SANO, 1999).
Apesar de consumir tempo e não apresentar especificidade, a análise de MMPB têm se
mostrado útil na detecção de MCs em amostras complexas como as de sedimentos (TSUJI
et al., 2001).
Atualmente, biosensores têm se destacado como ferramenta promissora no
monitoramento contínuo, in sittu e em tempo real. Biosensores são dispositivos que
transformam uma informação química em um sinal analítico, como a variação da
concentração de um componente específico de uma amostra. Estes sistemas contêm duas
unidades funcionais básicas: um receptor e um transdutor. A portabilidade e simplicidade
de análise são as principais vantagens dos bionsensores eletroquímicos. No entanto, a
necessidade de re-utilização através de várias etapas de lavagens é um dos maiores
obstáculos no desenvolvimento de biosensores como método rápido. Biosensores
imunoenzimáticos, com anticorpos anti-MCs acoplados apresentam mais sensíveis que os
20
biosensores enzimáticos com proteínas fosfatases com limite de detecção de 100 ng/L e 37
µg/L, respectivamente (CÀMPAS et al., 2007; ZHANG et al., 2007).
2.6.2 Ensaios biológicos para análise de microcistina
Até recentemente, o bioensaio com camundongo foi aplicado em muitos
laboratórios como método de triagem para determinar a presença de hepatotoxinas em
amostras de água. Porém, o ensaio apresenta baixa sensibilidade e especificidade. Além
disso, o uso de animais em testes de toxicidade tem sofrido implicações éticas com
oposições públicas (MOUNTFORT et al., 2005). O emprego de animais invertebrados tais
como Daphnia sp., Drosophila melanogaster e larvas de mosquitos foi investigado, no
entanto não foram validados para monitoramento de rotina. O bioensaio com camarões
(Artemia salina) tem se mostrado aplicável, no entanto não apresenta especificidade e sofre
interferências de matriz (McELHINEY & LAWTON, 2005).
O ensaio de inibição de proteínas fosfatases (PP) é baseado na capacidade de MCs
inibir PP. Este ensaio bioquímico fornece uma indicação da atividade da toxina, além de ser
rápido e a enzima ser comercialmente disponível. O método detecta MCs na faixa de
concentração limite (1 µg/L) permitida pela OMS, embora a inibição enzimática varie entre
os análogos de MCs (RAPALA et al., 2002; WHO, 1998). A reação pode ser quantificada
por substrados
32
P (fósforo) marcado ou substratos cromogênicos como fosfato de p-
nitrofenol (p-NPP) com boa correlação com HPLC (RIVASSEAU et al., 1999). O método
PP utlizando substratos fluorescentes como 4-metilumbeliferil fosfato e 6,8-difluor-4-
metilumbelirefil fosfato foi 2 vezes mais sensível que p-NPP (BOIAICHA et al., 2002).
O imunoensaio ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) é promissor para
triagem e detecção de MCs em rotina laboratorial de controle de qualidade e
monitoramento ambiental. ELISA utilizando anticorpos anti-MCs policlonais e
monoclonais (METCALF et al., 2000; NAGATA et al.,1995, ZECK et al., 2001) são
sensíveis o suficiente para monitorar MCs de acordo com os limites da OMS (WHO, 1998).
Atualmente, vários kits de ELISA são disponíveis comercialmente (Abraxis LLC,
Pensilvania Inc, USA; EnviroLogix Inc., Portland, ME, USA; Strategic Diagnostic Inc,
Newark, DE, USA e WAKO Chemicals, Osaka, JP). Apesar da praticidade, estes kits
apresentam baixa reatividade cruzada contra diferentes análogos de MCs. Na maioria dos
21
casos os anticorpos são produzidos a partir de imunização de animais com um análogo
específico, geralmente MCLR. Uma inovação recente é o uso de anticorpos anti-Adda, o
resíduo de β-aminoácido presente em todos os análogos (ZECK et al., 2001). Além da
possibilidade de resultados falsos-positivo em matrizes complexas, os kits de ELISA
podem superestimar a concentração de MCs, o uso de anticorpos anti-Adda não referencia
o grau de toxicidade, pois impossibilita a distinção entre os análogos de MCs.
O anticorpo monoclonal de melhor performance (M8H5) possui limite de detecção
de 0,025 µg/L, sendo capaz de detectar 5 variantes de MCs (MCLR, MCRR, MCYR, 3-
desmetil MCLR e 7-desmetil MCLR) e nodularina. M8H5 foi utilizado para
desenvolvimento de coluna de imunoafinidade (CIA) para pré-limpeza de amostras de
material biológico (tecido animal) e para concentração de amostras com quantidade traços
de toxina (KONDO et al., 2002, TSUTSUMI et al., 2000).
O tempo e alto custo inicial requerido na produção de anticorpos a partir de
hibridomas são as principais desvantagens dos métodos imunológicos. O uso da tecnologia
de anticorpos recombinantes tem sido proposto como uma alternativa a produção de
hibridomas. Esta inovação utiliza fragmentos de anticorpos selecionados a partir de
biblioteca de fagos. Os fagos são expostos na superfície de bacteriófagos filamentosos, e
em seguida são selecionados através da exposição ao antígeno. Os fragmentos selecionados
são expressos em Escherichia coli com um maior rendimento e custos consideravelmente
menores que anticorpos gerados por métodos tradicionais. Anticorpo de cadeia simples 3A8
clonado de biblioteca de anticorpos humano semi-sintético naïve (não imunizado)
apresentou aplicabilidade em CIA e em biosensores. Selecionados contra MCLR, 3A8 é o
fragmento de anticorpo mais sensível, possuindo limite de detecção de 0,8 µg/L para
ELISA, sendo capaz de detectar MCRR, MCLW, MCLF e nodularinas na faixa de nM
(McELHINEY et al., 2000, 2002).
Embora células produtoras e não produtoras de toxinas não apresentem diferenças
fenotípicas, o uso de técnica como PCR (polimerase chain reaction) vem sendo aplicada
para detecção de cluster de gene mcy que codificam microcistinas sintetases para análise da
ocorrência de espécies toxigênicas de M. aeruginosa (DITTIMAN et al., 1997).
22
2.7 Ensaio imunoistoquímico na detecção de microcistinas
Pela combinação de técnicas anatômicas, imunológicas e bioquímicas a
imunoistoquímica permite localizar toxinas em componentes tissulares definidos
(GIMENO et al.,1997). A metodologia baseia-se na reação antígeno-anticorpo, visualizada
por anticorpo marcado em tecidos fixados, processados por métodos histológicos
convencionais. Devido a especificidade a técnica se tornou crucial e largamente empregada
em laboratórios médicos e diagnósticos clínicos.
Inicialmente foram utilizados anticorpos marcados com substâncias fluorescentes
(COONS et al., 1941) com a expansão da imunoistoquímica, foi introduzido anticorpo
marcado como peroxidase (AVRAMEAS & URIEL 1966; NAKANE & PIERCE 1966) e
fosfatase alcalina (MASON & SAMMONS 1978). Sistema peroxidase aplicado
diretamente nos tecidos animais pode resultar em falsos-positivo, devido à presença de
peroxidases endógenas. O bloqueio prévio de peroxidase endógena com soluções de
peróxido de hidrogênio melhorou a performance desse sistema (MALORNY, et al., 1988).
Ouro coloidal foi introduzido e aplicado para análises em microscópio optico e eletrônico
(FAULK & TAYLOR, 1971).
Dados de experimentos in vivo sobre a biocumulação de MCs e transferência na
cadeia alimentar humana não têm sido relatadas, portanto técnicas capazes de localizar
MCs em tecidos animais representam uma ferramenta importante para marcar o percurso de
MCs e prever os riscos de contaminação na cadeia alimentar. Patogenia, hepatotoxicidade e
marcação de MCLR foram observadas em tecidos de camundongos (YOSHIDA et al., 1998,
ITO et al., 2000). A distribuição de MCLR foi observada em intestino, plasma, fígado,
pulmão, coração e em capilares do corpo todo em ratos oralmente administrados com 500
µg/Kg de MCLR (ITO et al., 2000).
Em peixes MCLR foi detectada em hepatócitos de trutas (O. mykiss) após 3 h da
administração gavage de 5,7 mg/Kg da toxina. A investigação através de anticorpo M8H5,
utilizando doses letais (2 mg/Kg ) de MCs em tilápias (O. niloticus) permitiu a detecção de
MC somente no fígado (FISHER & DIETRICH 2000; HITSFELD et al., 2000;
KAMOGAE et al., 2002).
23
2.8 Ensaios de genotoxicidade
Ensaios de toxicidade e citotoxicidade são empregados para avaliar a qualidade da
água em estudos de biomonitoramento de rios e na avaliação da genotoxicidade de
poluentes em ensaios de laboratório ou no campo (BICKHAM et al., 2000; HOUK, 1992).
O alimento é a principal rota de exposição a substâncias químicas tóxicas. Peixes e
crustáceos são freqüentemente apontados como vetores na transmissão de contaminantes
aos humanos. Por outro lado, os peixes reúnem características que os tornam excelentes
modelos experimentais para estudos de toxicologia aquática, pois alertam sobre o perigo
potencial de novas substâncias químicas ou para a possibilidade de poluição ambiental
(POWERS, 1989). Além disso, os peixes podem indicar o potencial de exposição das
populações humanas a substâncias genotóxicas presentes na água, sendo um excelente
modelo para estudos carcinogênicos e mutagênicos em amostras de água (AL-SABTI &
METCALFE, 1995).
Ensaio do cometa
O Teste do Cometa ou Ensaio de Eletroforese em Microgel é um teste sensível e
com grande potencial para a detecção de danos no DNA. Este ensaio avalia quebras
primárias na fita de DNA em células individuais e é relativamente rápido, simples e de
baixo custo (BELPAEME et al., 1998; LOVELL et al., 1999; SINGH et al., 1988).
No teste do Cometa, células são suspensas em agarose de baixo ponto de fusão
sobre uma lâmina de vidro para microscopia. As lâminas são colocadas em solução de lise
para permitir o relaxamento do DNA e em seguida é realizada a eletroforese. Durante a
eletroforese, os fragmentos de DNA danificados migram para além do core nuclear,
formando um cometa com cauda; os fragmentos danificados migram mais rapidamente do
que as moléculas de DNA intactas e as células que não foram expostas a um agente
genotóxico não formam cauda (PANDRANGI et al., 1995). Assim, quanto maior o dano,
maior a cauda do cometa.
O ensaio conduzido sob condições alcalinas (pH = 13) mede quebras de fita simples
e lesões em sítios álcali – lábeis (SINGH et al., 1988; LEE & STEINERT, 2003). O Teste
do Cometa mede danos genotóxicos, cujo efeito pode ser transitório, ou seja, reparáveis
(DEARFIELD et al., 2002; LOVELL et al., 1999). A sensibilidade aliada à aplicabilidade
24
em diversos tipos celulares e a necessidade de baixo número de células para a realização do
teste são as principais vantagens do ensaio (LEE & STEINERT, 2003; TICE, 1995).
Teste do micronúcleo
O teste do micronúcleo (MN) é um ensaio citogenético rápido e serve tanto para
detectar alterações cromossômicas estruturais como numéricas, i.e., efeitos mutagênicos
persistentes (HEDDLE et al., 1983). O teste do micronúcleo é comumente usado em vários
sistemas biológicos para o monitoramento de genotoxicidade ambiental (DEARFIELD et
al., 2002; MERSCH & BEAUVAIS, 1997).
Os micronúcleos são massas de cromatina citoplasmática com a aparência de
pequenos núcleos que surgem da condensação de fragmentos cromossômicos ou de
cromossomos acêntricos inteiros que não foram incluídos no núcleo principal, perdidos na
anáfase (AL-SABTI & METCALFE, 1995; HEDDLE et al., 1983). Os micronúcleos se
assemelham ao núcleo principal e podem ser observados facilmente em vários tipos
celulares após um ciclo de divisão celular (AYLLÓN & GARCIA-VAZQUEZ, 2000). O
MN representa um indicativo de danos citogenéticos de curta duração e promovem a
evidência de quebras cromatídicas ou cromossômicas e de disfunção nas fibras do fuso
causada por clastógenos e venenos do fuso, respectivamente (MINISSI et al, 1996).
O teste do micronúcleo em peixes é um teste promissor nas investigações de
mutagênese ambiental, a freqüência de micronúcleos parece estar fortemente relacionada
com a qualidade da água dos diferentes ambientes examinados (AL-SABTI & METCALFE,
1995; GRISOLIA & STARLING, 2001).
25
2.9. Risco de Microcystis spp. Toxigênica no Cenário da Piscicultura Brasileira
Hashimoto, E.H. Bittencourt-Oliveira, M.C, Hirooka, E.Y.
Risco de Microcystis spp. Toxigênica no Cenário da
Piscicultura Brasileira. Revista Biosaúde, 1/2 (5),69-81,
2003. (Atualizado)
Abstract
Aquaculture has been a growing affair in the recent Brazilian agribusiness, stimulated by adequate climate
condition and abundant supply of water reservoir. Nevertheless, an uncontrolled fish harvest activity can
result in deleterious impact in environment caused by increasing nutrient level in water due to feed input,
mainly of nitrogen and phosphorus, and consequent eutrophication and toxic cyanobacteria bloom. The fish
places in the top of aquatic food chain system, which exposes directly to toxic cyanobacteria. Experimental
studies reported the toxicity of microcystins (MCs) and others toxic components of Microcystis sp. cells, such
as fat acids and lipopolysaccharides (LPS). General acute toxicity and death caused by MCs were associated
with symptoms include damages in heart, kidney, gills, and spleen, as progressive and chronic hepatocyte
injury and necrosis. However, further systematic studies are required concerning tumor-promoting effect of
some cyanotoxins. This review compiles the information about toxicity of Microcystis sp. in fish and its
implication in the aquaculture system.
Key-words: Microcystis, aquaculture, fish and toxicity.
Introdução
O uso de recursos hídricos para a criação de peixe experimentou um crescimento
substancial nos últimos anos, cujo sistema de policultivo aliado ao incremento de ração
resultou na eutrofização nos tanques. O acúmulo de nutrientes no ambiente aquático,
principalmente de nitrogênio e fósforo resulta na queda da qualidade de água, constituindo
em causa mais comum de floração de cianofíceas toxigênicas, onde Microcystis spp.
destacam-se pela floração cosmopolita e produção de microcistina (MC). A intoxicação e
letalidade em peixe devido à floração de cianofíceas (exposição aguda) decorrem da
hepatotoxicidade desencadeada pela MC, e/ou diminuição dos teores de oxigênio
dissolvido, decorrente de crescimento microbiano.
Os peixes predominantemente cultivados no Brasil são tilápias e carpas pela
excelência na rusticidade, rápido ganho de peso e habilidade de aproveitar resíduos
agropecuários. Ocupando o topo da cadeia alimentar no ambiente aquático, o peixe,
principalmente de espécies fitoplanctófagas como tilápia e carpa, expõe-se diretamente às
cianotoxinas seja por contato ou ingestão.
As cianofíceas, além de causarem prejuízos econômicos na piscicultura, podem
afetar a qualidade da carne pela bioacumulação de cianotoxina, atingindo indiretamente a
26
saúde humana. Conseqüentemente, a produção de peixe requer rigoroso controle de
qualidade desde a água, composição de rações e aspecto sanitário no manejo,
processamento e comercialização. No contexto, a inserção dos testes de toxicidade capazes
de estabelecer limites permissíveis perante contaminantes químicos, assim como
caracterizar as injúrias teciduais, constituiria em ferramenta primordial na segurança e
qualidade da carne de peixe.
Considerando as atribuições crescentes na piscicultura, a revisão discerne sobre o
efeito de Microcystis spp. toxigênica em peixe e o impacto na piscicultura brasileira no
cenário de agronegócio globalizado.
Panorama sobre Piscicultura Brasileira
A piscicultura tem se desenvolvido rapidamente nos últimos anos, constituindo na
alternativa eficaz na obtenção de proteína nobre de baixo custo. A atividade consiste na
produção comercial em cativeiro, cujos aspectos inerentes dependem de rigoroso controle
de qualidade em todas as etapas de cultivo e produção (SEAB, 2003).
O fator climático brasileiro favorece a competitividade comercial de peixe,
permitindo produção com o custo quatro vezes inferior à Europa. Tradicionalmente, o país
exporta pescado para os EUA (70 %), Japão (20 %), Argentina (2 %), com perspectiva de
ampliação no Mercosul e Comunidade Econômica Européia (CEE). Uma análise
comparativa do crescimento da aqüicultura com outros setores produtores de proteína no
Brasil, revelou uma taxa anual média, entre 1990 e 2003, de 23,3 % para a aqüicultura,
frente às taxas de crescimento do setor de aves (10 %), bovinos (4 %), suínos (7,9 %) e soja
(8,6 %). A aqüicultura atualmente representa 5% da produção animal nacional (SEAP,
2007).
No Paraná, cerca de 20 mil produtores dedicam-se à atividade, o que representa
5,7% do total de propriedades rurais no estado, responsáveis pela produção de
aproximadamente 18 mil toneladas por ano. A piscicultura paranaense destaca-se entre os
três maiores produtores nacionais, sendo 62 % destinada ao pesque-pague, 26 % às
indústrias, 10 % ao consumo direto e 2 % comercializadas em feiras. Entre as principais
espécies produzidas, destaca-se a tilápia com participação de 64,9 % e carpas, 15,5 % na
produção estadual (AEN, 2007; ANDRADE et al., 2005; ARAGÃO, 2003; SEAB, 2003).
27
O requisito básico da água para o cultivo aquático depende da perfeita interação
entre oxigênio disponível, temperatura, matéria orgânica, nutrientes, espécie e densidade
mantida no sistema. A quantidade excedente de ração resulta em desequilíbrio ecológico,
alterando parâmetros físico-químicos do meio aquático. Salienta-se que 80 % do nitrogênio
de ração são excretados como amônia, cuja elevada concentração provoca desde atraso no
crescimento até intoxicação letal em peixe. Em síntese, por mais que se desenvolvam
rações balanceadas, estas podem comprometer o meio ambiente por lixiviação de nutrientes.
(TABOLT & HOLE, 1994).
A introdução excessiva de matéria orgânica acelera o crescimento de microalgas e
plantas superiores, perturbando o balanço de biota aquática. A conseqüente floração algal
diminui níveis de oxigênio e resulta na liberação de cianotoxinas e morte de peixes
(CARMICHAEL, 1992). Microcystis aeruginosa, espécie unicelular de distribuição
universal, é a principal produtora de MCs durante floração em meses favorecidos com
temperatura da água em torno de 22º C (REYNOLDS et al, 1981).
O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) determina que águas
destinadas à criação natural e/ou intensiva na aqüicultura devem preencher requisitos para
classe 2, perante limites de nutrientes e características físicas e químicas (CONAMA, 2002).
O limite máximo permitido de MCLR em água potável é de 1 µg/L (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2000; WHO, 1998).
A análise físico-quimica de águas de piscicultura da região de Londrina-PR
(Julho/2001) mostrou alteração marcante nos níveis de alcalinidade, condutividade,
nitrogênio total, nitrito, nitrato e amônia, possivelmente devido ao incremento de rações. O
teor de nitrogênio total apresentou-se elevado (41,63 a 83,26 mg/L) principalmente em
tanques com alta densidade de peixe, indicando que a atividade propicia a eutrofização e
condições para a floração de cianofíceas (HASHIMOTO, 2002).
Eler et al. (2001) relacionaram a mortalidade de peixes em pesque-pague
(Descalvado-SP) a floração de Anabaena spiroides e Microcystis aeruginosa. O
monitoramento durante um ano de fitoplâncton em um pesqueiro de São Paulo-SP
identificou 112 táxons compostos principalmente por Cholorophyceae (52,7%) e
Cyanophyceae (17,9%) (MATSUZAKI et al., 2002).
28
Tamanaha et al. (2002), monitorando seis tanques de piscicultura (Agosto–
Outubro/2000) no Alto Vale do Itajaí-SC, onde predomina o cultivo de tilápia (80%), carpa
(15%) e bagre africano (5%), detectaram fitoplâncton composto de 51 espécies, com
floração predominante de Microcystis spp. atingindo densidade máxima de 5,12 x 10
6
céls/mL. Segundo os autores, o modelo de policultivo aplicado pela Empresa de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - EPAGRI integrava a atividade de
suinocultura, visando diminuição do impacto ambiental, i.e. os dejetos constituíam fonte
alimentar direta (resíduos) e indireta (crescimento de fitoplâncton e zooplâncton) na
produção de pescado. Todavia, a piscicultura como alternativa para o aproveitamento de
dejetos e sobras afeta a qualidade sanitária de peixe (ZOCCARATO et al., 1995), além da
conseqüência indesejada de eutrofização (GOWEN, 1994).
Mais recentemente, em 2007, no Rio de Janeiro, noticiou-se a proibição da pesca e
venda de pescado no complexo lagunar da Barra da Tijuca. A presença de MC, produzida
por M. aeruginosa foi confirmada na água, em concentração 6 vezes acima da tolerável e
nas vísceras e carne de tilápia superando 0,06 µg/Kg (O GLOBO, 2007).
Efeito tóxico de microcistina em peixe
Estudos demonstram o acúmulo de MCs em tecidos, incluindo fígado e músculo de
organismos aquáticos (FISCHER & DIETRICH, 2000; LI et al., 2004; MAGALHÃES et
al., 2001, 2003; SOARES et al., 2004). Portanto, a saúde humana pode ser afetada pela
ingestão indireta de MCs, cujos riscos depende de toxicidade de florações na área de pesca.
Inicialmente, a letalidade de peixes devido a florações tóxicas foi correlacionada
com a hipóxia, causada pela alta demanda bioquímica de oxigênio no ambiente aquático.
Todavia, Rodger et al. (1994)
observaram dano hepático similar em truta tratada com
Microcystis spp. toxigênica in vitro, indicando que o efeito ocorreu principalmente pela
ação direta de MC e não pela redução de oxigênio dissolvido (PHILIPS et al., 1985;
RABERGH et al., 1991; SUGAYA et al., 1990).
Os peixes apresentaram maior sobrevivência e tolerância a altas doses de MCs, se
comparados a ratos e camundongos com LD
50
de 122 e 72 µg/Kg (massa corpórea),
respectivamente (MIURA et al., 1991). A cinética de absorção da toxina parece ser mais
lenta no hepatócito de peixe (ANDERSEN et al., 1993), devido à possibilidade de
29
adaptação ecológica dos animais que compartilham o mesmo habitat de florações de
cianofíceas. A dose letal (LD
50
) intraperitoneal (ip) de MCLR varia entre as espécies de
peixes, sendo considerada 550 µg/Kg (de massa corpórea) para carpa (RABERGH et al.,
1991), 2,6 mg/Kg para “goldfish” (SUGAYA et al., 1990), 1,6 mg/Kg para Salmão
(ANDERSEN et al., 1993) e 2 mg/Kg para tilápia do nilo (KAMOGAE et al., 2002).
Efeito agudo de MCs em peixe resulta principalmente em danos hepáticos
(PHILIPS et al., 1985; RABERGH et al., 1991; SUGAYA et al., 1990). Além de necrose
tecidual, a exposição crônica da toxina reduz a taxa de crescimento em trutas, devido ao
estresse comprometendo a absorção e eficiência na conversão de alimentos (BURY et
al.,1996).
As principais alterações histológicas por MC em peixe ocorrem no fígado, rim e
brânquias. O salmão (Salmo salar) submetido à dose cumulativa ip 1,66 mg/Kg de MCLR
apresentou alteração hepática após 36 dias da injeção ip, sendo observado necrose difusa e
megalocitose hepática (ANDERSEN et al., 1993).
Em carpa, as doses ip de 130-250 µg/Kg de MCLR causaram dano hepático com
dissociação de hepatócitos e degeneração hidrópica, enquanto que no rim ocorreram
dilatação da cápsula de Bowman e glomérulo. A administração ip de 550 µg/Kg causou
perda total da arquitetura de parênquima hepático com degeneração de túbulos renais
(RABERGH et al.,1991). A partir de 400 µg/Kg (ip), além de danos no hepatopâncreas e
rim, foi possível detectar MC procedendo marcação imunoistoquímica, após 1 hora da
aplicação da dose (FISCHER & DIETRICH, 2000).
Em truta administrada com 5,7 mg/Kg (massa corpórea) por gavage, o pico (517
ng/mL) máximo de MC-LR* (marcada) no plasma ocorreu após 3hrs, reduzindo ao nível de
6,0 ng/mL (limite de detecção) após 48hrs. No fígado, a detecção de MC-LR* ocorreu em 1
hora após a administração, com o pico máximo após 3hrs da administração (524 ng/g de
tecido) e permaneceu detectável mesmo após 72 horas (TENCALLA et al., 1997).
Os parâmetros bioquímicos de toxidez de MCs baseados na análise de enzimas
hepáticas e íons plasmáticos foram avaliados em carpas submetidas a diferentes vias de
administração (injeção ip, imersão e ingestão forçada – ‘gavage’ de extratos semi-
purificados de M. aeruginosa toxigênica). Nas doses ip de 2,5 a 50 mg/Kg ocorreu aumento
na atividade de aspartame e alanina aminotransferase (AST e ALT), indicando dano
30
hepático. O aumento na concentração de ácidos biliares e bilirrubinas foram
correlacionados com a excreção da toxina. O decréscimo de Na
+
e Cl
-
plasmático ocorreu
em todas as vias: gavage de 2,5- 250 µg/Kg (massa corpórea) e imersão em aquário com
1,7 µg/mL , resultado similar foi observado em carpas coletadas em lago contaminado com
MCs (CARBIS et al.,1996; 1997). A redução de Na
+
e Cl
-
plasmático indicaram excreção
desses íons em nível excedente a absorção, levando a alterações metabólicas e estresse
(CARBIS et al.,1996; 1997).
As lesões em brânquias por MCLR foram avaliadas em tilápia, truta e em carpa,
observando-se necrose e estrutura vacuolar, ponta lamelar dobrada e esfoliação do epitélio
lamelar (CARBIS et al., 1997). Lesões brânquiais podem ocorrer devido ao alto pH
resultante de atividade fotossintética e excesso de amônia procedente da decomposição de
cianofíceas, aumentando a absorção de MC e incrementando necrose hepática (RODGER et
al., 1994).
Em peixes de água doce, o sistema renal elimina a água, enquanto que o sódio e
cloro são mantidos pelas células clorídricas e células respiratórias do epitélio branquial na
lamela secundária. As células clorídricas inibem a saída de sais, enquanto as células
respiratórias realizam a troca de metabólitos por sódio e cloro na água (ex.: Na
+
/NH
4
+
,
Na
+
/H
+
e Cl
-
/HCO
3
). A depressão na atividade da bomba iônica afeta o movimento de
amônia e dióxido de carbono corporal, conduzindo a depressão respiratória pela redução da
afinidade de hemoglobina pelo oxigênio (efeito Bohr) (CARBIS et al., 1997). Os distúrbios
na homeostase iônica diminuem a capacidade de regulação da pressão osmótica, balanço de
água e equilíbrio ácido-base, influenciando a irritabilidade muscular, permeabilidade de
membrana, manutenção do potencial de membrana, transmissão de impulso nervoso e
produção de secreção contendo sódio ou cloro (ex: KCl, HCl, NaCl) (CARBIS et al., 1996;
1997).
A hiperfosforilação de proteína celular pela inibição de proteína fosfatase PP1 e
PP2A por MCs (MACKINTOSH et al., 1990) pode afetar as enzimas Na
+
/K
+
ATPase e
Ca
2+
ATPase Mg
2+
dependente. A mortalidade em massa repentina foi inicialmente atribuída
a efeitos inibitórios nas bombas de íons das brânquias (GAETE et al., 1994).
Posteriormente, Bury et al. (1998)
constataram que na verdade, a inibição de bombas
iônicas seja devido a determinados ácidos graxos, que extraídos de M. aeruginosa inibem a
31
absorção de Ca
2+
e atividade de paranitrofenolfosfatase-potássio-dependente em tilápia (O.
mossambicus). Pois, o mesmo efeito inibitório não foi demonstrado por MCLR in vitro
(BURY et al., 1996; 1998).
Em peixe saudável, a maior parte da toxina é absorvida pelo trato gastrointestinal,
sendo a absorção branquial ou dérmica desprezível (TENCALLA et al., 1997). No entanto,
o extrato lisado de M. aeruginosa contém uma variedade de substâncias tóxicas como
ficocianinas, capazes de causar reações inflamatórias na superfície epitelial ou mucosa.
Uma reação inflamatória moderada a severa pode aumentar a permeabilidade superficial,
inclusive perante MCs (JUBB et al.,1985).
Os lipopolissacarídeos (LPS) presentes na parede celular de bactérias Gram
negativas, incluindo cianofíceas, são tóxicos e altamente inflamatórios, estimulando a
liberação de fatores inflamatórios, como: fator de necrose tumoral alfa (TNFα), interferon
gama (IFN-γ) e interleucinas 1 e 6 (IL-1, -6) (BEST et al., 2002). LPS também estimulam a
produção de óxido nítrico (NO), agente de vasodilatação, hipotensão, ativando o sistema
renina-angiotensina (HEWETT et al., 1993). O aumento nos níveis de angiotensina II
circulante estimula a ingestão de água, conduzindo a maior exposição intestinal a
componentes presentes como microrganismos e toxinas e consequente absorção e danos em
outros órgãos (FUENTES et al., 1998).
A exposição de peixes ao extrato de cianofíceas promove desbalanço
osmorregulatório, com aumento na ingestão e incapacidade de remover o excesso de água.
O aumento da massa hepática resultante decorre da exposição e absorção da toxina no
intestino e efeito no fígado. Florações de cianofíceas não são axênicas e tipicamente contêm
bactérias heterotróficas (FUENTES et al., 1998), portanto os LPS de florações podem ser
originários da própria cianofícea, ou de bactérias associadas (BEST et al., 2002; 2003).
A biotransformação de MC ocorre através da bile, através da conjugação com
glutationa via glutationa S-transferase (GST) (BEATTIE et al., 2003). As preparações de
LPS de cianofíceas (Microcystis CYA43, bloom de Microcystis e Glotrichia) reduziram a
atividade de GST microssomal (GSTm) e solúvel (GSTs) em carpa. A tolerância de
tilápias a MCs correlacionada com a alta expressão de GSTs induzida (biostransformação
fase II) indicou que a fase II da biostranformação é mais importante que a fase I, pois
alterações em enzimas de fase I (CYP1A) não foram significativas após exposição a MCs
32
(WANG et al., 2006). A redução da atividade GST compromete severamente a capacidade
de detoxicação, aumentando a susceptibilidade a outras toxinas de cianofíceas, assim como
outros contaminantes presentes no corpo d’água (BEST et al., 2002).
Estudos têm demosntrado que extratos de cianobactérias e MC pura induzem o
estresse oxidativo e produtos de danos oxidativos como peróxidos de lipídio em muitos
organismos inclusive peixes (DING et al., 1998, 2001, LI et al., 2007). A exposição de 10
µg/L MCLR em carpas (C. Carpio L.) aumentou enzimas antioxidantes: superóxido
dismutase (SOD), catalase (CAT), peróxido de glutationa (GSH-Px). A elevação
enzimática indica a importância destas na eliminação de espécies de oxigênio reativo
(EROs) e regeneração de GSH, devido ao estresse oxidativo resultante de exposição à MC.
A continuidade de estresse induzido pela toxina (exposição crônica) pode resultar em danos
a hepatócitos como apoptose e necrose celular (LI et al., 2003).
Espécies que se alimentam de fitoplâncton são denominadas fitoplanctófagas. Estas
espécies apresentam uma rápida capacidade de depurar MCs, provavelmente devido a
freqüente exposição a cianobactérias tóxicas na história natural (XIE et al., 2004).
As cianofíceas são componentes regulares na dieta de peixes ciclídeos e ciprinídeos
(Cichlidae e Cyprinidae). Não obstante, tilápia (Oreochromis niloticus) e carpa
(Hypophthalmichthys molitrix) expostas a cianofíceas tóxicas demonstram redução na
ingestão na presença de células tóxicas (BEVERIDGE et al.,1993). A correlação
significativa (r= -0.98) indicou que maior proporção de células toxigênicas (toxina
intracelular) resultou em menor consumo de células por carpas e tilápias, sugerindo
capacidade de distinção entre linhagens tóxicas e não tóxicas (BEVERIDGE et al.,1993;
KESHAVANATH et al.,1994).
A carpa prata (H. molitrix) nativa do leste da Ásia consiste de herbívoros adaptados
a filtrar o alimento constituído de fitoplâncton. O aumento numérico de carpas prata no
Lago Donghu (China) eutrofizado com Microcystis spp., Anabaena spp. e Oscillatoria spp.
eliminou completamente as florações, indicando a sua aplicação para conter a
contaminação de cianotoxinas em águas eutrofizadas (XIE, 2001).
Moriaty & Moriaty (1973) afirmaram que o suco gástrico estomacal de O. niloticus
atinge pH<1 e facilita a digestão, podendo assimilar de 70-80% de carbono oriundo de
Microcystis spp. e Anabaena spp. Em contraste, baixa digestibilidade e eficiência de
33
conversão de M. aeruginosa no estômago de H. molitrix foram relatadas por Beveridge, et
al. (1993). Carpas e tilápias possuem um mecanismo de filtração envolvendo revestimento
mucóide produzido pelo filamento branquial. Este mecanismo interrupto retem as
cianofíceas através do revestido mucóide, sendo então eliminadas praticamente intactas
(BEVERIDGE et al., 1993). Desta forma, a aplicação de peixes fitoplanctófagos para o
controle de floração toxigênicas foi sugerida. No entanto mesmo que o as cianobacérias
sejam eliminadas praticamente intactas, contaminação secundária no ambiente pode ocorrer
através da ressuspensão das fezes de peixes contendo cianobactérias na água (KE et al.,
2007).
O monitoramento da Lagoa de Jacarepaguá-RJ (Agosto/1996 a Novembro de 1999)
mostrou contaminação de MC em praticamente todos os períodos, com nível máximo de
980 µg/L. MCs foram detectadas em 75% das tilápias (Tilapia rendalli) coletadas na lagoa,
com positividade no fígado (nd - 31,1 µg/g), vísceras (nd - 67,8 µg/g) e tecido muscular
(nd- 26,4 ng/g), porém sem mortalidade, indicando que os peixes embora resistentes não
evitaram a ingestão de cianofíceas tóxicas. Em novembro de 1996, a concentração de MCs
em tecido muscular atingiu 16,2 ng/g, representando ingestão de 0,081 µg/Kg de MC.
Considerando a ingestão de 300 g de peixe por indivíduo de 60 Kg, a concentração
detectada representa o dobro da dose diária tolerável por peso corpóreo para MCLR (0,04
µg/Kg) em humano (MAGALHÃES et al., 2001; WHO, 1998).
2.10 Associação Aflatoxina e Microcistina
Existem poucos relatos acerca de prováveis efeitos tóxicos desencadeados pela
associação entre micotoxina e microcistina. Atualmente, tem se mostrado possível a
ocorrência de sinergismo entre substâncias tóxicas quando da exposição de um iniciador a
um promotor tumoral.
Estudos com populações de Haimen e Fusui, regiões de alta incidência de câncer
hepático na China, demonstrou freqüente ocorrência de aductos de AFB
1
–albumina em soro
humano, sugerindo AFB
1
como um importante agente iniciador de hepatocarcinomas
(KAWAMURA et al., 1996; YU, 1995). Salienta-se que nestas regiões freqüente
contaminação da água de abastecimento por MCs também foi correlacionado com alta
34
incidência de câncer hepático primário, sugerindo o sinergismo tóxico dessas duas toxinas
(SEKIJIMA et al., 1999).
UENO et al. (1992) demonstraram que nivalenol e fumonisinas elevaram expressão
de glutationa S-transferase placental (GST-P) em ratos iniciados com aflatoxina B
1
(AFB
1
),
sugerindo que co-exposição de um iniciador potente com agentes promotores poderia
conduzir ao aumento de incidência de câncer hepático primário. Tal fato torna-se mais
preocupante à medida que a co-ocorrência de aflatoxina e outras micotoxinas, como
fumonisina, em cereais é rotineiramente verificada (HIROOKA et al., 1996; ONO et al.,
1999; 2002; ONO & HIROOKA, 2002; UENO, 1991).
O processo de carcinogênese envolve geralmente duas etapas distintas, a iniciação e
a promoção da neoplasia. A fase de iniciação é resultante de mutação, marcada por
alterações na seqüência de bases nitrogenadas do DNA celular, ao passo que a promoção
relaciona-se com a expressão fenotípica da mutação ocorrida na primeira fase. Mutações
provocadas por exposição à aflatoxina representam alterações genéticas permanentes nas
células afetadas, possibilitando a iniciação do processo de carcinogênese (FERREIRA et al,
2006).
MCLR, considerada agente promotor tumor, aumentou sinergicamente o
desenvolvimento de focos positivos de GST-P em ratos iniciados com AFB
1
, indicando
capacidade de induzir hepatocarcinogenicidade modulada por AFB
1
(SEKIJIMA et al.,
1999).
2.10.1 Aflatoxina na piscicultura
A expansão da piscicultura no Brasil tem sido acompanhada pela produção
industrial de ração, considerada o principal elemento de custo da atividade (CARNEIRO,
1999). O setor classifica-se como o sexto maior consumidor nacional de ração,
apresentando crescimento anual médio de 24,1% na demanda entre 1998 e 2001, em que
foram consumidas 80 mil e 152,8 mil toneladas, respectivamente (PADILHA, 2001).
A contaminação por micotoxinas atinge 25% do suprimento alimentar mundial,
constituindo-se no grupo de compostos tóxicos mais freqüentes em cereais e sementes
oleaginosas. Fungos micotoxigênicos crescem sob condições favoráveis nos mais variados
substratos durante a colheita, armazenamento e industrialização (BALDISSERA et al.,
35
1993; EPPLEY, 1968). Entre os fatores ambientais que determinam a contaminação
destacam-se o excesso de umidade no campo e no armazenamento, temperaturas extremas,
estiagem, práticas de colheita e infestação por insetos (COULOMB JR, 1993, ONO et al.,
2000).
As aflatoxinas (AFLAs) são micotoxinas provenientes do metabolismo secundário
de Aspergillus flavus e A. parasiticus, que contaminam as culturas desde o campo
(GOURAMA & BULLERMAN, 1995). As AFLAs são responsáveis por graves
intoxicações em doses elevadas, em adição ao efeito mutagênico e teratogênico em animais,
inclusive ao ser humano (WOGAN, 1992) .
Entre as AFLAs, a AFB
1
caracteriza-se por ser hepatocarcinógeno mais potente,
sendo que “International Agency For Research on Cancer” alocou AFB
1
no grupo de
carcinogênicos de Classe 1 – carcinógeno primário (IARC, 1993). AFB
2
, AFG
1
e AFG
2
derivam da AFB
1
e caracterizam-se pela menor toxicidade, porém acarretam sinergismo
tóxico (SMITH & MOSS, 1985).
A contaminação por aflatoxinas em rações e matérias-primas destinados ao
consumo animal tem sido relatada mundialmente (MADHUSUDHANAN, 2004; RAMOS
& HERNÁNDEZ, 1997; SCUDAMORE et al., 1997). Entre os produtos agrícolas com
maior risco de contaminação por aflatoxina distinguem-se os grãos, como amendoim, milho,
trigo e arroz, componentes da maioria das rações para animais, incluindo para peixes, assim
como da dieta humana.
A análise de AFLAs, por cromatografia em camada delgada, em 42 amostras de
rações utilizadas na piscicultura da região de Londrina-PR, detectou níveis de não
detectado até 15,60 ng/g. Entre as AFLAs, AFB
1
apresentou maior freqüência e
concentração (n.d. a 13,13 ng/g). Os níveis de AFLAs nas rações apresentaram-se dentro
dos limites estabelecidos pela legislação brasileira, conforme a Portaria n
o
. 183 de
21/3/1996 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 1996), que
estabelece níveis de AFLAs (B
1
+B
2
+G
1
+G
2
) em 20 ng/g. No entanto, considerando-se o
limite de 10 ng/g de ração, imposto pela maioria dos membros da comunidade importadora
da União Européia (FAO, 2001), 88,1% dos valores estiveram acima de 10 ng/g
(HASHIMOTO et al., 2003).
36
2.10.2. Estrutura química e atividade tóxica de aflatoxina
As aflatoxinas são difurocumarolactonas, pertencentes ao grupo de furocumarinas.
A AFB
1
apresenta atividade hepatocarcinogênica comprovada, cuja característica
heterocíclica confere degradação lenta pelo sistema microssomal hepático (EATON, 1994).
O problema se agrava, já que o sistema monoamino-oxidase, normalmente destinado a
biotransformação, executa reação indesejável de ativação metabólica de AFB
1
; o resultado
é a formação de aductos de DNA, conduzindo à mutagenicidade, carcinogenicidade e
efeitos teratogênicos (LOTLIKAR, 1989)
O mecanismo sobre genotoxicidade de AFB
1
tem sido parcialmente elucidado,
baseado no metabolismo hepático de sistema microssomal de citocromo P450 (CYP450). A
reação produz um intermediário altamente reativo constituído de epóxido de AFB
1
-8,9B
(AFBO), um composto altamente eletrofílico capaz de reagir covalentemente com sítios
nucleofílicos de macromoléculas, seja DNA, RNA ou proteínas, formando aductos (ABD-
ALLAH et al., 1999). O evento representa etapa inicial importante no processo de iniciação
da carcinogênese (NAKATSURU et al., 1989).
As espécies animais diferem significativamente quanto à sensibilidade perante
AFB
1
. Entre os mais diversos mecanismos, o grupo de enzimas citosólicas constituídas de
glutationa S transferases (GSTs) desempenham papel importante na modulação de ligação
AFB
1
-DNA e carcinogenicidade, através da inativação de epóxido-AFB
1
por conjugação
com glutationa (GSH) (EATON & GALLAGHER, 1994; LOTLIKAR, 1989).
Figura –3: Estrutura química de aflatoxina B
1
.
AFB
1
encontra-se entre os mais potentes agentes genotóxicos, capaz de induzir
formação de micronúcleo entre outras alterações genéticas. Aproximadamente 1% da dose
de aflatoxina administrada via ip em ratos forma ligação covalente com DNA, atingindo
37
seu pico após 2 h da inoculação. A formação de aductos parece ser dependente da dose bem
como do número de exposições (WOOGAN, 1992).
A AFB
1
induz aberrações cromossômicas, micronúcleo, troca de cromatídes irmãs e
quebras cromossômicas (WANG & GROOPMAN, 1999). Além da formação de aductos de
AFB
1
-DNA, espécies de oxigênio reativo (EROs) e danos oxidativos no DNA também
contribuem para a genotoxicidade de AFB
1
(SHEN et al., 1994; 1995). As EROs oxidam
ácidos graxos polinsaturados iniciando uma cadeia de reações levando a peroxidação de
ácidos graxos causando danos em mebrana fosfolipídica celular e desregulando funções
celulares (MADHUSUDHANAN et al., 2004).
Figura 4- Biotransformação de Aflatoxina B
1
por reação de epoxidação.
2.10.3 Efeito tóxico de Aflatoxinas em peixe
Micotoxicoses em peixes representam um problema de difícil diagnóstico, devido a
confusão de síndromes induzidas com infecções e desequilíbrios/deficiências nutricionais
(SMITH & MOSS, 1985). A hepatocarcinogenicidade da AFB
1
foi demonstrada em peixes
(HENDRICKS, 1982; SINNHUBER et al., 1977), embora a toxicidade aguda e o potencial
carcinogênico varie amplamente entre as espécies (PLAKAS et al., 1991). Nestes animais,
o principal metabólito da biotransformação da AFB
1
é o aflatoxicol (AFL), formado pela
redutase citosólica NADPH-dependente, o qual representa um mecanismo de detoxicação,
quando conjugado com ácido glucurônico e excretado, mas também de reserva de AFB
1
,
quando re-convertido a AFB
1
por oxidação microssomal (GALLAGHER & EATON, 1995).
38
A contaminação da ração com AFB
1
pode acarretar em perdas econômicas
consideráveis na produção de peixes. Estudos demonstraram que tilápias (Oreochromis
niloticus) alimentadas com dietas contendo AFB
1
apresentaram menor ganho de peso e
comprimento, pior conversão alimentar (TUAN et al, 2002). Em carpas (Labeo rohita) foi
demonstrada imunossupressão, favorecendo o aparecimento de doenças (SAHOO &
MUKHERJEE, 2001). Baixo peso e qualidade sanitária de peixe afetada são causas de
perdas econômicas significativas na piscicultura.
Halver (1969) relatou que a ingestão prolongada de 0,4 µg/g de AFB
1
causou
neoplasmas hepáticos, necrose de hepatócitos e mudanças degenerativas em tecidos
pancreáticos e renais de truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss). Neste animal extremamente
sensível, a dose letal efetiva média (DL
50
) intraperitoneal de 0,81 mg/Kg de peso corpóreo
elegeu-o como modelo de estudo metabólico de AFB1 (BAILEY et al., 1984).
Em contraste, o bagre de canal (Ictalurus punctatus) requereu DL
50
intraperitoneal
de 11,5 mg/Kg de AFB
1
durante 10 dias (ASHLEY, 1970; JANTRAROTAI & LOVELL,
1990), sendo mais resistentes do que as tilápias (ABDELHAMID & KHALIL, 1994).
Plakas et al. (1991) procedendo a administração oral de AFB
1
-C
14
250 µg/Kg de peso
corpóreo em bagre de canal, detectaram a concentração máxima (40 µg/Kg) no músculo
após 4 horas. Alta concentração na bile foi observada após 24 horas, reduzindo bastante a
concentração no plasma e demais tecidos, demonstrando baixo potencial de acumulação de
AFB
1
e metabólitos em bagre de canal. No entanto, risco potencial deve ser advertido,
considerando que a bioacumulação varia entre espécies de peixes, freqüência e níveis de
exposição, taxa e extensão da absorção e metabolização.
A genotoxicidade induzida por AFB
1
foi demonstrada através do teste de
micronúcleo em eritrócito de ciprinídios (Cyprinus carpio, Tinca tinca e
Ctenopharyngodon idella). A truta arco-íris (O. Mykiss) inoculadas ip com AFB
1
(0,5
mg/Kg) apresentaram, após 4h, danos intensos no DNA de sangue total e rim com
reparação após 24h, enquanto no fígado os danos foram progressivos. Em constraste o
bagre de canal (I. punctatus) igualmente exposto à AFB
1
não apresentou aumento de danos
no DNA, quando comparados com controle (ABD-ALLAH et al., 1999).
39
2.11 Considerações finais
Diante da escassez de informação sobre efeito tóxico de cianofíceas na piscicultura
brasileira, assim como a falta de monitoramento nesta atividade em ascensão, investigações
abrangentes devem objetivar amplo controle de qualidade, envolvendo desde qualidade da
água a produto final, evitando a bioacumulação e risco à saúde humana.
Desta forma, a etapa inicial deste trabalho objetivou a aplicação de
imunoistoquímica para detecção de MCLR e ensaios genotóxicos para avaliar a interação
entre Microcystis aeruginosa e aflatoxina B
1
em tilápias, espécie amplamente cultivada no
Brasil.
Na etapa seguinte, considerando a necessidade de métodos alternativos para
controle de cianobactéria toxigênicas, foram isolados microrganismos da Estação de
Tratamento de Esgoto São Lourenço de Londrina-PR com intuito de selecionar
microrganismos antagonistas.
Na etapa avançada do experimento o método avançado de Marfey e ESI-LCMS
foram aplicados para investigação de aminoácidos e peptídeos, como produtos ainda não
identificados da biodegradação de MCLR utilizando a cepa B9, visando à qualidade de
água e o estudo dos mecanismos de biodegradação.
40
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Propor o biocontrole de cianofíceas toxigênicas, utilizando microrganismo
antagonista diante da limitação dos métodos convencionais na remoção de microcistinas.
Paralelamente, avaliar a aplicabilidade de métodos biológicos visando monitoramento de
Microcystis aeruginosa toxigênica na piscicultura.
3.2 Objetivos Específicos
Avaliar a aplicabilidade de ensaios de genotoxicidade micronúcleo e cometa, para o
monitoramento de Microcystis aeruginosa e aflatoxina B
1
e ensaio imunoistoquímico
para detectar microcistina em fígado e músculo de tilápias do nilo (Oreochromis
niloticus);
Avaliar o potencial da Estação de tratamento de esgoto São Lorenço de Londrina-PR
para isolamento e seleção de microrganismos com atividade anti-cianobactéria e/ou
capacidade de degradar microcistina-LR;
Detectar peptídeos e aminoácidos derivatizados com reagente de Marfey (L-FDLA),
visando elucidar o mecanismo de biodegradação de microcistina-LR pela cepa B9.
4 MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia executada no transcurso da pesquisa foi esquematizada sob forma de
fluxograma no tópico Delineamento Experimental, conforme abaixo apresentado. O
procedimento técnico, redigido em detalhes, foi inserido em cada capítulo descrito no item
Resultados e Discussão, visando posterior publicação.
4.1 Delineamento experimental
Tendo como metas a aplicação de métodos biológicos para monitoramento e
controle de cianobactéria toxigênica na piscicultura e para o tratamento de água, o
delineamento experimental (Fluxograma 3) foi baseado no fluxograma iniciado no ano de
41
2001 com a dissertação de Mestrado e a partir da integração de grupos de pesquisas a nível
nacional e internacional. O Fluxograma 3 ilustra o delineamento geral do experimento
envolvendo o bioensaio com tilápias e interação de Microcystis aeruginosa e aflatoxina B
1
e controle de cianofíceas toxigênicas, através do isolamento e seleção de microrganismos
com atividade antagônica a cianobactéria e biodegradação de MCLR. Na etapa inicial, o
bioensaio com tilápias (Fluxograma 4) foi realizado na Estação de Piscicultura (EPUEL-
CCB-UEL) sob responsabilidade do Dr. Heitor Frossard e Mauro Caetano Filho, para este
bioensaio foi utilizado a cepa Microcystis aeruginosa CCBUSP262 (Fluxograma 5) cuja a
produção e o cultivo foi realizado no Laboratório de Cianobactérias CCB-ESALQ/USP
sob supervisão da Profa. Dra. Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira, a análise de MCs no
extrato celular de M. aeruginosa foi realizada através de Cromatografia líquida acoplado a
espectrometria de massas; A aplicação de métodos de genotoxicidade cometa e
micronúcleo para avaliar o efeito do extrato celular M. aeruginosa e aflatoxina B
1
(Fluxograma 6) foi realizada sob orientação da Profa. Dra. Ilce M. S. Cólus do Laboratório
de Mutagênese-CCB-UEL e para a análise do acúmulo de MCs em fígado e tecido
muscular dos peixes expostos ao extrato celular de M. aeruginosa, foi aplicado o ensaio
imunoistoquímico (Fluxograma 7), executado sob orientação da Profa. Dra. Ana Paula F. R.
L. Bracarense do Depto. de Medicina Veterinária Preventiva-CCA-UEL. Na etapa seguinte,
amostras de água de esgoto foram coletadas na Estação de esgoto São Lorenço, Londrina-
PR de acordo com a sugestão da Profa. Dra. Sandra Cesário do Depto de Engenharia
Sanitária – CTU-UEL, sendo coletadas 29 amostras de água no: afluente, reator 1 e 2, lagoa
de estabilização e efluente. A atividade anti-cianobactéria e a capacidade de degradar
MCLR de microrganismos isolados nestas amostras foram testadas na etapa avançada do
experimento (Fluxograma 8). A biodegradação de MCLR foi investigada utilizando a cepa
B9 e aplicando-se o método de derivatização com o reagente de Marfey (Fluxograma 9). A
análise de microcistina (Fluxograma 5), seleção de microrganismo antagonista (Fluxograma
8) e investigação do processo de biodegradação de MCLR (Fluxograma 9) foram realizadas
a partir de intercâmbio com o suporte do Programa de Doutorado no País com Estágio no
Exterior (PDEE) da CAPES. O trabalho foi realizado no Laboratory of Environmental
Science, Faculty of Pharmacy, University of Meijo – Nagoya, Japão, sob orientação do Prof.
Dr. Ken-ichi Harada.
47
Fluxograma 8 – Seleção de microrganismos antagônicos contra cianobactérias
toxigênica.
48
Fluxograma 9 – Aplicação do método avançado de Marfey para elucidação do mecanismo de
biodegradação de MCLR pela cepa B9.
49
5 RESULTADOS E DISCUSSAO
Os resultados e discussão foram redigidos sob forma de capítulos para
publicação, listados abaixo:
Capítulo I:
BIOMONITORING ASSAY IN ANALYSIS OF CO-OCCURRING
MICROCYSTIN AND AFLATOXIN IN AQUACULTURE
Capítulo II:
POTENCIAL ANTI-CIANOBACTÉRIA EM MICROBIOTA
PERTENCENTE AO ECOSSISTEMA DA ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO
Capítulo III:
NOVEL MICROCYSTIN-LR BIODEGRADATION PRODUCTS
DETECTED BY ADVANCED MARFEY’S DERIVATIZATION
METHOD
50
BIOMONITORING ASSAY IN ANALYSIS OF CO-OCCURRING
MICROCYSTIN AND AFLATOXIN IN AQUACULTURE
Abstract
Aquaculture has been a recent growing affair in the Brazilian agribusiness, with successful goal
dependent on quality of water and feed supply. Aflatoxin B
1
(AFB
1
) in vegetable origin feed is a
topic of concern, where the overfeeding in fishpond can cause bloom of Microcystin aeruginosa
producing microcystin (MC). Exposure of Oreochromis niloticus (N = 96) to AFB
1
and crude-
extract of M. aeruginosa strain CCBUSP262 (MC analyzed by ESI-LCMS) was carried out, and
designed as
(EMC)
: intraperitoneal M. aeruginosa cell extract injected at 0.602
(EMC1)
, 1.204
(EMC2)
and 3.011
(EMC3)
µg/Kg of 7D-MCLR;
(AFB1+EMC)
: AFB
1
(ip10 µg/Kg)
and three ip M. aeruginosa
(AFB1+EMC1, AFB1+EMC2, AFB1+EMC3)
doses; (
i-EMC
): immersion in unique M. aeruginosa dose at 1x10
4 (i-
EMC1)
and 1x10
5 (i-EMC2)
cells/mL, and two months intervals cumulative doses at 1x10
4
, 2x10
4 (i-
EMC3)
and 1x10
4
, 2x10
4
and 5x10
4(i-EMC4)
cells/mL, corresponding: 30.1, 60.2, 150.5 and 301 µg/L
of 7D-MCLR. Blood sample was collected after 8, 24 and 48 h to analyze micronucleus (MN)
frequency and comet score. Immunohistochemistry in tissues was carried out with M8H5
monoclonal antibody by polymer peroxidase system. Comparing the ip EMC and ip
AFB
1
+EMC group, higher MN frequency at
(AFB1+EMC1, AFB1+EMC2, AFB1+EMC3)
than
(EMC1, EMC2, EMC3)
showed mutagenic response of this synergism. Slight genotoxic synergism was also observed in
comet score average comparing
(EMC1, EMC2, EMC3)
and
(AFB1+EMC1, AFB1+EMC2, AFB1+EMC3)
.
Immunohistochemistry detected MC in all fish liver treated with ip M. aeruginosa cell extract,
but immersed group showed positive only at 301 µg/L
(i-EMC3)
concentration, indicating lower
contamination of immersion route. Although MC was not detected in edible meat (muscle),
sensitive immunoassay combined with genotoxicity assay could be an attractive biomonitoring
tool.
Keywords: Microcystis aeruginosa, aflatoxin and biomonitoring.
INTRODUCTION
Microcystins (MCs) are hepatotoxic cyclic heptapeptides produced by
cyanobacteria of the genera Microcystis, Anabaena, Nostoc and Oscillatoria, which
cause bloom in eutrophied fresh water lakes and reservoirs (CARMICHAEL, 2002).
The MCLR is one of the most toxic in the group, where a single intraperitoneal dose
(ip) can cause hemorrhagic and coagulative necrosis in liver. MCLR inhibits activity of
protein phosphatase 1 (PP1) and 2A (PP2A) by covalent binding, and leads to
51
hyperfosforilation of cytoeskeletal proteins, rearrangement of intermediate actin
filaments, and microtubules with alteration of cell structure (HOOSER et al., 1991).
Aquaculture has been a recent growing affair in the Brazilian agribusiness,
stimulated by adequate climate and abundant supply of water reservoir. Inadequate
management in fish farming can cause deleterious environmental impact, regarding the
fish placed on top of aquatic food chain to toxic cyanobacteria (MAGALHÃES et al.,
2001). The hazard due to intake of such fish meat has been unknown. Monitoring of
aquaculture ponds in Northern Parana state-Brazil showed eutrophication and
Cyanophyceae bloom along October 2002 to October 2003. MC was detected in 95 %
of samples, but at low concentration (mean: 0.275 µg/L, range: not detected to 3.13
µg/L). However, the aquaculture samples collected at December/2002 and January/2003
showed >1 µg/L levels (KAMOGAE et al., 2006), i.e. higher than WHO Drinking
Water Guideline (1998).
Additional hazard can be incorporated from fish feed, as the aflatoxin B
1
(AFB
1
) has been a topic of concern in vegetable origin ingredients (GOURAMA &
BULLERMAN, 1995). Aflatoxin B
1
is classified as group 1 carcinogen by International
Agency for Research on Cancer and it is hepatotoxic, hepatocarcinogenic and
mutagenic in human and several animal species (IARC, 1993). The industries supply
aquaculture with a variety of feeds, where the main ingredient is mycotoxin susceptible
grain. The survey of 42 commercial fish feed in Northern Parana state detected aflatoxin
in levels ranging from non-detectable to 15.60 µg/Kg, and 61.90% were < 4 µg/Kg
(HASHIMOTO et al., 2003). The Brazilian guideline settled the limit in 20 µg/Kg for
feed (BRASIL, 1996).
The aquaculture activity is stimulated in tropical countries, whereas the same
condition favors fungal growth and mycotoxin production. The inadequate management
due to overfeeding exposes the fish simultaneously to carcinogen aflatoxin (EATON &
52
GROOPMAN, 1994) and tumor promoting MC (NISHIWAKI-MATSUSHIMA et al.,
2002). The MC bioaccumulation was evaluated by immunohistochemistry, as well as
AFB
1
and MC synergism was monitored by micronucleus and comet assay in Nile
tilapia (Oreochromis niloticus).
MATERIAL AND METHODS
Toxins, reagents and M. aeruginosa cell extract
Aflatoxin (AFB
1
) purchased from Sigma-USA (approx. 98% purity) was
subdivided into 100 µg each vial. The injection solution was prepared with sterile
mineral oil to reach final concentration of 25 µg/mL. Aflatoxin B
1
(molar absortivity,
21,800) was previously dissolved in methanol and calibrated at 360 nm (UV-VIS Cintra
20, GMB, Melbourne, Australia).
MCLR and 7desmethyl-MCLR (7-D-MCLR) standards were isolated from
lyophilized cyanobacterial cells collected from Laguna Bay-Philippines and Lake Suwa-
Japan, respectively. The toxins were purified (> 95% purity) according with Harada et
al. (1996).
M. aeruginosa CCBUSP262 isolated from Lago das Garças- Sao Paulo, Brazil
was cultivated in BG11 medium at 21-24
º
C with 14:10 hours light:dark photoperiod
(irradiance 30-40 µmol/m
2
/s) for 2-3 months. The concentration (cells/mL) was
determinated in Fuchs-Rosental chamber (Nikon E200, Melville, NY, USA). Crude
extract was obtained disrupting the cells by 8 cycles of freeze-thawing and 10 min
sonication process. The MCs in lyophilized samples (1 g) was extracted with 5% acetic
acid (4000 x g/30 min), filtrated (GF/C) and cleaned up in ODS cartridge. The residue
was dried and stored at 4
o
C until analysis by LC/IT-MS
2
(liquid chromatography/ ion
trap mass spectrometer, Agilent 1100 HPLC system, Palo Alto, CA, USA). Five
microliters of sample was submitted to LC separation using TSK-gel Super-ODS
53
column (2 µm, 2.0 x 100 mm, TOSOH) at 40
o
C. The mobile phase was water
containing 0.1 % formic acid (A); methanol containing 0.1 % formic acid (B) under
gradient elution from 10 % B to 90 % B at 30 min. The flow rate was 200 µL/min, with
PDA detector at 238 nm. MS analysis was performed by Finnigan LCQ Deca XP plus
IT mass spectrometer equipped with an ESI interface (Thermo Fisher Scientific, San
Jose, CA, USA). Scan ranges were selected according to the molecular m/z of analytes
(HARADA et al., 1996).
Exposure protocol
Juvenile Nile Tilapia (Oreochromis niloticus) of 40-60 g weight (N = 96) were
cultivated in Fish Hatchery Station at the State University of Londrina – Brazil. The fish
were acclimatized during 2 week in well-aerated water (dissolved oxygen > 4 mg/L),
pH 6.5 ± 1, temperature at 25 ± 1
o
C (500 L tanks). Daily feeding was carried out with
AFB
1
negative pellet feed, which was withdrawn 24 h before exposure. The fish were
exposed to M. aeruginosa CCBUSP262 cell extract by two routes: intraperitoneal (ip)
injection and immersion in tank containing cell-extract. The aflatoxin (AFB
1
) was ip
injected (single dose of 10 µg/Kg).
Intraperitoneal exposure was carried out in groups divided in 8 tanks with 6
fish each. Three groups were injected ip with a single dose of M. aeruginosa
CCBUSP262 cell extract at 2.0x10
5 (EMC1)
, 4.0x10
5 (EMC2)
and 1.0x10
6
cells/Kg
(EMC3)
.
AFB
1
and M. aeruginosa CCBUSP262 cell extract interaction test was carried out in 3
groups injected with ip AFB
1
(10 µg/Kg), and after 2 h, injected ip with M. aeruginosa
CCBUSP262 cell extract: AFB
1
(10 µg/Kg) + 2.0x10
5
cells/Kg
(AFB
1
+EMC1)
; AFB
1
(10
µg/Kg) + 4.0x10
5
cells/Kg
(AFB
1
+EMC2)
and AFB
1
(10 µg/Kg) + 1.0x10
6
cells/Kg
(AFB
1
+EMC3)
. The
(AFB
1
)
control was 6 fish with ip AFB
1
(10 µg/Kg), while negative
control was 6 fish ip injected with sterile mineral oil.
54
Immersion exposure in 3 tanks resulted in 4 experimental groups. Negative
control was carried out in tank A (18 fish), while the fish was immersed in tank B and C
with increasing concentration of M. aeruginosa CCBUSP262 cell extract during 72h
each exposure, replacing the water immediately after fish sampling. Fish in tank B (n =
18) were exposed at 1x10
4
cells/mL, and
6 fish sampled
at 72h
(i-EMC1)
; after 2 months,
remained 12 fish were exposed at 2x10
4
cells/mL/72h and 6 fish were sampled
(i-EMC3)
;
after 2 months, the last 6 fish were exposed at 5x10
4
cells/mL/72h
(i-EMC4)
. Fish in tank C
(n=6) were exposed once at 1x10
5
cells/mL/72h
(i-EMC2)
. The negative control in tank A
was sampled following the same protocol.
Genotoxicity tests (micronucleus and comet assay) were carried out in ip AFB
1
,
ip M .aeruginosa cell extract, ip AFB
1
+cell extract interaction assay and fish immersed
at 1x10
5
cells/mL, collecting the blood at 8, 24 and 48h after exposure. The
immunohistochemistry was carried out in liver and muscle, after 72 h of ip and
immersion in M .aeruginosa cell extract (
EMCs
) assay.
MC Immunohistochemistry
The M8H5 anti-MC monoclonal antibody (MAb) was used as primary
antibody (NAGATA et al., 1995). MC immunohistochemistry assay was performed
with paraffin-embedded tissues (5 µm) (liver and muscle of fish exposed to
CCBUSP262
(EMCs)
) adhered onto 5% poly-L-Lysine acetate-coated glass slides,
deparaffinized in xylene, and routinely hydrated in ethanol series. Endogenous
peroxidase was denatured with 3% H
2
O
2
in methanol (5 min), and washed with PBS
(pH 7.2). Tissue was incubated with 0.1% tripsine (10 min) and fetal bovine serum (30
min) at 37º C. M8H5 MAb diluted in PBS (1:10, 1:100 and 1:1000) was added, and
after incubation (30 min), unbounded antibodies were removed by washing sections in
PBS (pH 7.2). Then, the slides were incubated at 4º C with secondary antibody,
55
comparing two peroxidase systems: avidin-biotin peroxidase (ABPx) overnight, and
polymeric peroxidase (polymer-Px) system for 30 min (Dako Envision System,
Carpinteria, USA). After washing with PBS, the slides were incubated with dihydrate
3,3'-diaminobenzidine tetrahydrochloride (DAB-substrate system, Sigma, St. Louis
USA) and H
2
O
2
solution for 3 min. The slides were washed with distilled water,
counterstained with Mayer hematoxylin, dehydrated in ethanol and cover slips applied
onto aqueous mounting medium for microscopy (Leica Microscopy, Wetzlar, Germany).
Genotoxicity tests
The micronucleus (MN) test was carried out in blood (two-smears each fish)
under ip AFB
1
, ip M. aeruginosa cell extract
(EMCs)
and ip AFB
1
+EMC interaction assay.
After 24 h, smear slide were fixed with absolute methanol and stained with Giemsa (in
phosphate buffer 1:20). The frequency of micronucleated erythrocytes was analyzed in
2000 cells per fish. Scoring criteria was oval shaped cell and nuclei with intact
membrane; non-refringent and clearly separated micronuclei of 1/3 the main nuclei
size (MATSUMOTO & CÓLLUS, 2000).
Comet assay was performed as described by Singh et al. (1988) and modified
by Speit & Hartmann (1999). A 10µL aliquot of blood sample (diluted 1:100 in saline),
was mixed with 120µL LMP agarose (0.5% in PBS), spread on slides (coated with
normal agarose) and then conditioned at 4
o
C for 10 min. In the following step, cells
were lysed for 60min at 4
o
C and slides were immersed in a solution of 10N NaOH and
200 mM EDTA, pH>13. The DNA was denaturated for 20min and the nuclei
electrophoresed at 300 mA and 25V (~1.5V/cm). The slides were neutralized in Tris
buffer and fixed in ethanol for 10min. Finally, the samples were stained with ethidium
bromide (200 µg/mL) and examined by fluorescence microscopy (EX 420-490, BA 520,
Melville, NY, USA). Analysis of the slides involved 100 nuclei per fish, utilizing the
56
visual classification from the nucleus of class 0 (no damage), class 1 (mild damage), 2
(moderate damage) and 3 (severe damage), according to DNA migration (SPEIT &
HARTMANN, 1999). The data are presented as the frequency of cells with and without
damage, score and distribution of classes. The score was calculated by multiplying the
number of nuclei found in a class times the class number.
Statistical analysis
The frequency of MN and comet data from M. aeruginosa cell extract
(EMCs)
,
AFB
1
-cell extract interaction
(AFB
1
+EMCs)
assays and negative control group were
compared by one way analysis of variance (ANOVA), followed by Tukey test for
multiple comparison of averages (p=0.05) by System for Statistical Analysis (Statistica
6.0, Statsoft, Tulsa, Oklahoma, USA).
RESULTS AND DISCUSSION
The cell extract was prepared with M. aeruginosa strain CCBUSP262 isolated
from Lago das Garças, Sao Paulo-Brazil, located in a region characterized by intensive
development of aquaculture. Both immersion and ip M. aeruginosa cell extract
concentrations were based on cell counting.
The higher immersion exposure simulated the alert level 2 (contamination with
risk for human health) of Alert Framework of Guidance in Drinking Water (WHO,
1998). Strain produced 1054.75 and 8.65 µg/g, respectively of 7D-MCLR and MCLW
per liophylized biomass. Main MC detected in cell extract was 7D-MCLR ([M+H]
+
, m/z
981) by LC/ITMS (Figure 1). The ip doses at 2x10
5
, 4x10
5
and 1x10
6
cells/Kg
corresponded respectively to 0.602, 1.204 and 3.011 µg/Kg of 7D-MCLR. Immersion
doses at 1x10
4
, 2x10
4
, 5x10
4
and 1x10
5
cells/mL corresponded to 30.1, 60.2, 150.5 and
57
301.0 µg/L of 7D-MCLR. Desmethylation of Mdha residue in MCLR (as 7-DMCLR)
decreased the toxicity to intermediate level in mice (HARADA et al., 1991).
This experiment used M. aeruginosa cell extract (Table 3), because
cyanobacterial cell components as lipopolysaccharide (LPS) can also be involved in
toxicity. LPS indirectly actives the rennin-angiotensin system, increasing MC uptake in
immersion assays. LPS also reduces the GST (glutathione S transferase) activity of
biotransformation pathways, including MC detoxication (BEST et al., 2003).
Liver and kidney are the main targets of MC in fish (FISCHER & DIETRICH,
2000). Regarding that fish erythropoieses take place in kidney, peripheral blood proved
to be adequate for biomonitoring purpose (PALHARES & GRISOLIA, 2002).
Therefore the genotoxicity effects (comet and micronucleus) were evaluated in tilapia’s
blood (Figures 2 - 5). Immunohistochemistry was carried out in liver and edible portion
of fish muscle (Tables 2 and 3, Figures 6 and 7). No fish death was observed during ip
or immersion assay, and the visual behavior was similar with control group throughout
the experiment, except by erratic swimming at EMC3, but without macroscopic
alterations.
Table 1 and Figure 4 detache the genotoxicity in all treatments (p<0.005). The
class 0 (non-damage) predominated in all group, while class 3 frequency was higher in
EMC ip group (1x10
6
cells/Kg, 3.011 µg/Kg of 7D-MCLR), increasing the comet score
independently on AFB
1
(10 µg/Kg) contamination. This AFB
1
dose was chosen based
on previous survey of fish farming feed monitoring, and fixed as a half concentration of
Brazilian guideline for feed (BRASIL, 1996). Comparing ip AFB
1
with non-ip AFB
1
data (EMC versus AFB
1
+EMC), the AFB
1
increased the genotoxicity in lower EMC
dose at 8 h (2x10
5
cells/Kg) (Figure 4, data
◆◆
p<0.005 ), and mutagenicity in all EMC
doses at 24h (2x10
5
to 1x10
6
cells/Kg) (Figure 5, data
p<0.05).
58
Concerning AFB
1
, no difference was detected in MN frequency at 8h treatment,
but high MN frequency occurred in all treatments after 24 h, when compared with
negative control (p>0.05, Figure 4 and 5). Such a delay may be related with variable
response of O. niloticus to genotoxic agents (PALHARES & GRISOLIA, 2002), as well
as the maximum MN induction normally occurred one to five day post-exposure of
toxins (AL-SABTI & METCALFE, 1995). The MN is chromosome fragment or whole
chromosome lost during anaphase, and then MN frequency depends on kinetic of cell
cycle in a population (AL-SABTI & METCALFE, 1995).
In the other hand, the EMC dose-response was not significant (p > 0.05) in both
MN and comet data, but EMC addition increased AFB
1
mutagenicity (Figure 4, data
p<0.05). MC is a potent tumor promoter (NISHIWAKI-MATSUSHIMA et al., 1992),
which can also act as tumor initiator (ITO et al., 1997), with increasing evidence of
genotoxicity. High MC dose was involved in clastogenic chromosome breakage
(REPAVICH et al., 1990).
Non-significant difference (Figure 4, data
p>0.05) was found between comet
score of fish immersed at 1x10
5
cells/mL (alert level 2 of Alert Levels Framework,
WHO guideline, 1993) and two lowest dose of EMC or AFB
1
+EMC interaction.
Immersion concentration was as genotoxic as ip dose at 0.602 - 1.204 µg/Kg. However,
the spontaneous MN frequency (negative control) did not differ from MN frequency in
fish immersed at 1x10
5
cells/mL with 300 µg/L 7D-MCLR (p>0.05). Comparing the
comet score and MN frequency in all treatments (Figures 4 and 5), apparently the comet
assay was more sensitive than MN test regarding this dose-concentration range (Figures
4 and 5). Lankoff et al. (2004) reported negative correlation between apoptotic cell
frequency and level of DNA-damage. I.e., MCLR-induced DNA-damage in comet assay
may indicate earlier stage of apoptosis, which triggers cytotoxicity without genotoxicity.
59
Summarizing, reversible capacity of alkaline comet assay allows measuring of
DNA repair kinetic, while an impaired repair of DNA-damage may be detected by
micronucleus assay, i.e. mutagenicity (LANKOFF et al., 2004).
The effectiveness of avidine-biotine-peroxidade versus polymeric-peroxidase
system in immunohistochemistry was compared using anti-MC M8H5-MAb at 1:10 to
1:1000 dilutions (Table 2). Polymeric-peroxidase system showed higher performance
for marking of MC in fish liver using M8H5-MAb diluted at 1:10 and 1:100; therefore
1:100 was chosen for further immunohistochemical assay. This technology uses an
enzyme-labelled inert spine molecule of dextran, where approximately 70 enzymes and
10 antibodies can be attached, increasing signal response (Dako Envision System,
Carpinteria, USA). This staining with polymeric peroxidase system also reduces the 24
h analysis-time to 12 h.
Concerning the liver and muscle tissues, only the liver was
immunohistochemically MC-positive with polymeric-peroxidase system (Table 2),
suggesting the target specificity. Unique organotropy of MC in liver has been reported
in both intraperitoneal and oral administration in mice and rat, with immediate massive
intra-hepatic hemorrhage and cellular necrosis (TENCALLA & DIETRICH, 1997).
However, residual MC in muscle tissue was observed in fish collected in highly natural
contaminated lagoon in Jacarepaguá Lagoon, Rio de Janeiro-Brazil (MAGALHÃES et
al., 2003).
All ip EMC fish showed positive MC marking in liver (Figure 6A), but in
immersion test only higher dose was positive (1.0x10
5
cells/mL, 300µg/L of 7D-MCLR).
MC was not detected in muscle tissue (Figure 7), as well as in liver of animals
immersed in <1.0x10
5
cells/mL (Figure 6B, Table 3). Gill and skin epithelia of
freshwater fish have a barrier against MC transport, therefore ingestion is the main route
of MC uptake. Fish immersed several days in dense culture of toxigenic M. aeruginosa
60
remained unaffected, but i.p. injection of extract from same strain or purified MC
caused rapid severe liver damage and kidney degeneration, and death within hours
(CARBIS et al. 1996). MC was detected in liver of tilapia exposed at the concentration
equivalent to alert level 2 (WHO, 1993), indicating possibility of further contamination
of edible meat.
Immunohistochemical analysis performed with M8H5- MAb detected MCLR in
cytoplasm and some nuclei of fish hepatocyte. This finding suggested modulation of
nucleolar phosphatase affecting cellular growth and differentiation (YOSHIDA et al.,
1998). AFB
1
-iniatiated hepatocyte nuclei showed affinity for MCs, the combined effects
of these natural toxins in the development of tumor promotion can be expected
(SEKIJIMA et al., 1999).
Attending the request of sensitive method to detect contamination in situ, the
immunochemistry would be an ideal direct assay in fish, which combined with
genotoxicity tests could compose an efficient quality control tool intended for profitable
biomonitoring alternative in aquaculture.
61
Figure 1 - Chemical structure and mass spectra of 7D-MCLR analysed by LC/ITMS
2
.
Figure 2 – Comet classification: Class 0 - no damage 0, Class 1 – mild damage ( than to the
diameter of one nucleus) , Class 2 - modarate damage (> than the diameter of one nucleus and
to the diameter of two nuclei) and Class 3 – severe damage (> than two times the diameter of
one nucleus) in O. niloticus blood sample, exposed to AFB
1
and M. aeruginosa cell extract.
Figure 3- Micronucleous in O. niloticus erythrocyte, exposed to AFB
1
and M.
aeruginosa cell extract.
H
OCH
3
H
CH
3
H H
CH
3
NH
H
H
O
H
CH3
NH
H
N
H
CO
2
H
O
NH
H
2
C
H
N
O
NH
O
H
N
O
O
O
N
H
H
2
N
NH
H
H
CH
3
H
CH
3
CO
2
H
H
MN
erythrocyte
64
A B
cytoplasm cytoplasm
hepatocyte hepatocyte nucleous
Figure 6- Immunohistochemistry of Nile Tilapia (Oreochromis niloticus) Microcystis
aeruginosa CCBUSP262 exposed, MC marcation in liver (in Brow, A) and negative
immuno reaction (B)(100 X).
Figure 7- Immunohistochemistry of Nile Tilapia (Oreochromis niloticus) Microcystis
aeruginosa CCBUSP262 exposed, negative immuno reaction in muscle (100 X).
nucleous
65
Table 1 – Comet classification and damaged nuclei average in Oreochromis niloticus
erythrocyte exposed to AFB
1
10µg.Kg
-1
and M. aeruginosa BCCUSP 262 extract
Comet Class
Time Treatments N 0 1 2 3
Damaged nuclei
(Class 1+2+3 Average± SD)
Negative control 6 567 28 5 0 5.5±5.2
AFB
1
10µg/Kg
(ip)
6
403 118 49 28
32.5±7.55****
MC Immersion 301µg/L
6
389 144 48 23
35.83±4.79****
MC 0.602µg/Kg
(ip)
6
449 109 32 10
25.16±6.76****
8h
AFB
1
10 + MC 0.602µg/Kg
(ip)
6
390 110 67 27
34.0±4.09****
MC 1.204µg/Kg (ip)
6
422 80 60 38
29.66±8.80****
AFB
1
10 + MC 1.204µg/Kg (ip)
6
399 112 55 34
31.5±6.09****
MC 3.011µg/Kg (ip)
6
393 102 64 41
34.5±3.61****
AFB
1
10 + MC 3.011µg/Kg(ip)
6
349 116 75 50
40.16±7.256****
Negative control 6 574 17 8 0 4.16±3.76
AFB
1
10µg/Kg
(ip)
6
402 137 39 16
32.0±6.75****
MC Immersion 301µg/L
6
419 134 39 7
30.0±4.97****
MC 0.602µg/Kg
(ip)
428 116 37 19
28.66±6.47****
24h
AFB
1
10 + MC 0.602µg/Kg
(ip)
6
402 112 53 33
33.0±4.93****
MC 1.204µg/Kg (ip)
6
382 156 39 23
36.33±8.16****
AFB
1
10 + MC 1.204µg/Kg (ip)
6
382 136 36 39
35.16±6.43****
MC 3.011µg/Kg (ip)
6
349 126 73 42
40.16±6.21****
AFB
1
10 + MC 3.011µg/Kg(ip)
6
348 121 84 47
43.0±6.89****
Negative control 6 579 18 3 0 3.50±2.88
AFB
1
10µg/Kg
(ip)
6
405 138 37 19
32.3±5.54****
MC Immersion 301µg/L
6
413 136 30 21
31.16±5.1****
MC 0.602µg/Kg
(ip)
6
432 95 61 22
29.66±15.42****
48h
AFB
1
10 + MC 0.602µg/Kg
(ip)
6
406 116 54 23
32.16±4.791****
MC 1.204µg/Kg (ip)
6
425 102 44 29
29.16±7.41****
AFB
1
10 + MC 1.204µg/Kg (ip)
6
393 108 66 33
34.5±2.58****
MC 3.011µg/Kg (ip)
6
363 142 58 35
39.16±10.08****
AFB
1
10 + MC 3.011µg/Kg(ip)
6
349 102 98 49
41.6±6.83****
Statiscally different from negative control: level **** 0.005%
66
Table 2 – Immunohistochemistry reaction using avidin-biotin peroxidase and polymer
peroxidase system in tilapia liver ip exposed to Microcystis aeruginosa
CCBUSP262extract
Immunohistochemistry
(System)
Monoclonal antibody
(M8H5) dilution
Reactivity
1:1000 -
Avidin-Biotin 1:100 -
peroxidase 1:10 -
1:1000 -
Polymer peroxidase 1:100 +
1:10 +
Microcystin immunostaining: (+) positive, (-) negative
Table 3 - Immunohistochemistry using M8H5-MAb and polymer peroxidase system in
liver and muscle of tilapia exposed to Microcystis aeruginosa CCBUSP262extract
M. aeruginosa
7desmethyl-
MCLR
Reactivity
liver muscle
(ip)
Dose (cells/Kg) (µg/Kg)
EMC1
2.0 x 10
5
0.602 + -
EMC2
4.0 x 10
5
1.204 + -
EMC3
1.0 x 10
6
3.011 + -
immersion
Concentration (cells/mL) (µg/L)
i-EMC1
1.0 x 10
4
30 - -
i-EMC2
1.0 x 10
5
300 + -
i-EMC3
1.0 x 10
4
+ 2.0 x 10
4
30 + 60 - -
i-EMC4
1.0 x 10
4
+ 2.0 x 10
4
+ 5.0 x 10
4
30 + 60 + 150 - -
Microcystin immunostaining: (+) positive, (-) negative
67
POTENCIAL ANTI-CIANOBACTÉRIA EM MICROBIOTA PERTENCENTE
AO ECOSSISTEMA DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Resumo
A intensa atividade agrícola e industrial, sem consciência logística e sustentável, causa impacto
negativo aos recursos hídricos devido à eutrofização e deterioração da água. A poluição aquática
se agrava pela ocorrência de floração de cianobactérias, com destaque a Microcystis aeruginosa,
produtora de hepatotoxina, pertencente ao grupo de microcistinas. Com o intuito de obter nova
alternativa no controle de cianobactérias e remoção de cianotoxinas, amostras de água da
Estação de esgoto (ETE São Lourenço de Londrina-PR) foram coletadas, para isolar
microrganismos antagonistas. Entre os 35 isolados obtidos do afluente, reatores 1 e 2, efluente e
lagoa de estabilização, nenhum apresentou capacidade de degradar microcistina-LR (MCLR).
Não obstante, 7 isolados apresentaram atividade anti-M. aeruginosa, com destaque a
Pseudomonas spp. (R2P5 e R2P8), sendo estes obtidos no reator 2. O isolamento de
antagonistas, em ambiente com freqüente floração (reator 2 e lagoa de estabilização), indicou o
potencial de ETE como ambiente altamente competitivo para obter antagonistas contra
cianobactérias; soma-se ainda, o potencial direcionado ao emprego da própria microbiota
presente no ecossistema, para o controle natural de floração toxigênica.
Palavras-chaves: Cianobactéria, microcistina e biocontrole
INTRODUÇÃO
As microcistinas (MCs) são hepatotoxinas produzidas principalmente por
Microcystis aeruginosa, Microcystis viridis, Aphanizomenom flos-aquae, Anabaena
spp., Oscillatoria spp., sendo estas cianobatérias pertencentes à comunidade
fitoplanctônica de ocorrência comum em ambientes aquáticos eutrofizados
(CHARMICHAEL, 2001).
Em 1996, a notificação pela comunidade científica internacional da intoxicação
por MCs em sessão de hemodiálise em Caruaru-PE, (JOCHIMSEN et al., 1998),
repercutiu diretamente sobre a necessidade de constante vigilância na qualidade da água
brasileira. A ocorrência de cianobactérias toxigênicas, em reservatório de água, tem sido
68
confirmada nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Paraná,
Bahia, Pernambuco e Distrito Federal (FUNASA, 2003).
Os registros refletem estudo sobre o tema concentrado na região Centro-Sul do
Brasil, porém certamente a ocorrência de cianobactérias toxigênicas não se restringe a
esses Estados (FUNASA, 2003). Salienta-se ainda, a extensa atividade agrícola e
industrial em plena ascensão no país, em resposta ao competitivo agronegócio
globalizado. O desenvolvimento acelerado, sem consciência logística e sustentável, tem
sido motivo preocupante perante impacto negativo aos recursos hídricos, conduzindo à
eutrofização e deterioração da água. O Estado do Paraná ocupa somente 2,3 % do
território nacional e está estrategicamente posicionado no Mercosul, posicionando-se
em primeiro lugar na produção de grãos e de frango (ONO et al., 2000). No entanto, a
lixiviação de solo fertilizado pela agricultura, contaminação ambiental através de esgoto,
atividade industrial e piscicultura contribuem para elevação de nutrientes nos corpos
d’água, gerando impactos ambientais e deterioração da qualidade e disponibilidade de
água (CHARMICHAEL, 2002).
A aplicação de algicidas químicos para o controle de fitoplâncton na
piscicultura representa um problema sério ao ecossistema, já que provoca lise celular e
liberação de cianotoxinas (AHN et al., 2003). Soma-se ainda, o alerta da comunidade
científica perante uso indiscriminado de cloro nos sistemas de tratamento de água,
devido à liberação de carcinógenos potenciais, a exemplo de trialometanos no ambiente
(GEHR et al., 1993). Na tentativa de obter alternativas eficientes, microrganismos com
atividade antagônica, cuja ação engloba desde o parasitismo específico de contato
celular ou captura, até a produção inespecífica de enzimas extracelulares ou antibióticos
líticos, constituem alvo de constante investigação (WRIGHT & THOMPSON, 1985).
69
Entre os primeiros estudos, Jones et al. (1994) demonstraram a eficiência de
uma cepa inicialmente identificada como Pseudomonas MJ-PV na degradação de
MCLR, posteriormente classificada como Sphingomonas sp. Microrganismos similares,
apresentando colônias amarelas, aeróbios e Gram negativos têm sido isolados e com
capacidade de degradar MCs em produtos com toxicidade reduzida no fator de 20 a 160
vezes em relação a MCLR (BOURNE et al., 1996; ISHI et al., 2004; HARADA et al.,
2004; PARK et al., 2001; SAITOU et al., 2003; HO et al., 2007; AMÉ et al., 2006).
Considerando a ineficácia de métodos convencionais e impactos negativos de
agentes químicos ao meio ambiente, o biocontrole com microrganismos capazes de
controlar a proliferação de cianobactérias e/ou degradar MC demonstra perspectiva
promissora no controle de qualidade de água (AHN et al., 2003). O presente trabalho
teve como objetivo avaliar o potencial da Estação de tratamento de esgoto (ETE São
Lourenço, Londrina-PR) para isolamento e seleção de microrganismo antagônico contra
cianobactéria toxigênica.
MATERIAL E MÉTODOS
Padrão de Microcistina-LR e Adda
MCLR foi obtida de cultivo liofilizado de Microcystis aeruginosa TAC 95
(Tsukuba Algal Collection, Tsukuba, Japan). O β-aminoácido Adda [(2S,3S,8S,9S) 3-
amino-9-metoxi-10-fenil-2,6, 8-trimetildeca-4,6- ácido dienóico] foi isolado e
purificado a partir da biodegradação de MCLR com cepa B9. A pureza (mínimo 95%)
de MCLR e Adda foi analisada por CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) e
Espectrometria de massas (MS) no Laboratório de Ciências Ambientais - Centro de
Análises, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Meijo, Nagoya – Japão.
70
Isolamento de microrganismos antagônicos
Entre setembro a dezembro/2005, amostras de água foram coletadas, na estação
da Estação de Tratamento de Esgoto de Londrina, Empresa de Saneamento e Esgoto do
Paraná (ETE- São Lourenço-SANEPAR, Londrina-PR). O isolamento de
microrganismos foi realizado em 29 amostras de água coletadas a cada 2 semanas em 5
pontos distintos: afluente - AF (7), Reator 1 - R1 (7), Reator 2 - R2 (7), Efluente - EF
(6), floração na lagoa de estabilização- B (2). Para o isolamento procedeu-se a técnica
de diluição seriada com água peptonada 1% (m/v) estéril até o fator de 10
10
. Três
diluições de cada amostra foram plaqueadas em 2 tipos de meio de cultura: meio A
contendo 2 % de peptona de gelatina, 0,14 % de cloreto de magnésio, 1 % de sulfato de
potássito e 1,36 % de ágar ou meio P, composto de meio A adicionado de irgasan
(0,0025 % - Meio seletivo para Pseudomonas – Acumedia Manufactures, Ltd). As
placas foram incubadas a 25º C por 24 a 48 h. As colônias com aspecto diferente de
cada diluição foram isoladas e mantidas em ágar nutriente, procedendo caracterização
preliminar por testes bioquímicos (VM, VP, nitrato , citrato, motilidade e indol).
A cepa B9, (99% geneticamente similar a Sphingosinicella microcystivorans)
(MARUYAMA et al., 2006) foi utilizada como controle positivo da biodegradação de
MCLR. Esta cepa foi isolada do Lago Tsukui, Kanagawa-Japão (TSUJI et al., 1997). A
cepa foi cultivada em caldo (peptona de caseína 0,2%, extrato de levedura 0,1% e
glicose 0,05%) sob agitação a 200 rpm a 27º C/48 h e mantida em ágar nutriente após
incubação a 25º C / 48-72 h.
Cianobactéria-teste
As cepas Microcystis aeruginosa NIES 298, M. viridis NIES 102, Anabaeba
mendotae NIES 808 e Phormidium tenue NIES 611 gentilmente cedidas pelo National
Institute of Environmental Studies (NIES) de Tsukuba-Japão, constituíram organismo-
71
teste para seleção de isolados anti-cianobactéria. Estas linhagens foram mantidas em
meio MA (pH 8,6 contendo 50 mg de Ca(NO
3
)
2
4H
2
O, 100 mg de KNO
3
, 50 mg de
NaNO
3
, 40 mg de Na
2
SO
4
, 50 mg de MgCl
2
6H
2
O, 100 mgd e β-sodioglicerofosfato, 5
mg de Na
2
EDTA, 0,5 mg de FeCl
3
.6H
2
O, 5 mg de MnCl
2
.4H
2
O, 0,5 mg de ZnCl
2
, 5 mg
de CoCl
2
.6H
2
O, 0,8 mg de Na
2
MoO
4
H
2
O, 20 mg de H
3
BO
3
, 50 0mg de bicina em 1L
de água purificada) a 25º C e luz constante no Laboratório de Ciências Ambientais da
Universidade de Meijo, Nagoya-Japão.
Seleção de microrganismos com atividade anti-cianobactéria
As cianobactérias NIES 102, 298, 611 e 808 foram cultivadas em meio MA
(300 mL) a 25 ºC / 7 dias sob luz constante e agitação a 80 rpm. Paralelamente, os
isolados da estação de esgoto foram cultivados em ágar nutriente (0,2 % de peptona de
caseína) a 25º C / 24 a 48 h. O cultivo de cada cianobactéria (70 mL) foi adicionado em
30 mL de meio MA, seguida de inoculação de 1 mL da cultura ou 1 colônia de cada
isolado. Após 0, 24, 48, 72 e 96 h, 10 mL da mistura foi filtrada (membrana GF/C,
Whatman®, Maidstone, England) e a membrana com biomassa foi acondicionada em
tubos de 15 mL (17x120 mm, DB Falcon, NJ, USA) contendo 5 mL de metanol p.a. Os
tubos foram incubados sob ausência de luz a 4º C / 24 h. A leitura da absorbância do
extrato metanólico foi realizada em microplacas tipo ELISA (96 poços, Nalgen Nunc
International, USA) e espectrofotômetro em 405 e 665 nm (Biocrhom Ltd, Cambridge,
UK). O controle negativo consistiu do cultivo de cianobactéria adicionado de 1 mL de
caldo nutriente. Realizou-se uma triagem com todos os isolados, com 3 repetições para
as cepas que apresentaram atividade antagônica.
Análise da biodegradação de microcistina por CLAE-PDA
72
Uma colônia de cada isolado foi introduzida em solução aquosa com 10 µg/mL
de MCLR e incubada a 27 ºC sob ausência de luz. Após 0, 24, 48 e 72 h, uma alíquota
de 50 µL do cultivo foi transferida em microtubo (Eppendorf, Hamburg, Germany).
Uma solução de ácido fórmico 0,2 % em metanol (50 µL) foi adicionada ao microtubo
para o bloqueio da reação de biodegradação. A mistura foi centrifugada (15.000 x g /10
min) e filtrada (membrana hidrofílica 0,2 µm PTFE, Millipore®, Bedford, MA, USA).
O controle negativo consistiu de isolado-teste sob as mesmas condições, sem a adição
de MCLR.
MCLR e produtos de biodegradação (MCLR linear, tetrapeptídeo e Adda) no
sobrenadante foram analisados por CLAE (Shimadzu, Kyoto, Japan) com detector PDA
(photodiode-array) a 238 nm. O sistema gradiente consistiu de duas bombas (LC-
10AVP), coluna TKS-gel-ODS (5 µm, 2,0 x 150 mm, TOSOH, Tokyo, Japan) a 40º C.
A fase móvel foi composta de (A) ácido fórmico 0,1% em água e (B) ácido fórmico
0,1% em metanol, sendo o gradiente inicial de 40 a 90% de B em 20 min. O fluxo foi de
200 µL/min.
Cromatografia em camada delgada de extrato celular de isolado anti-cianobactéria
A cepa com melhor performance anti-cianobactéria foi inoculada em 300 mL
de caldo nutriente estéril (peptona de caseína 2 %) por 27 ºC/ 48 h a 80 rpm (shaker
orbital). O cultivo foi centrifugado (3.000 x g por 15 min) e o sobrenadante descartado.
O pelete obtido foi lavado duas vezes, procedendo ressuspensão em tampão Tri-Cl (50
mM, pH 7,6) e centrifugação (3.000 x g / 15 min). O pelete lavado foi transferido para
Erlenmeyer contendo 100 mL de clorofórmio p.a. e, o extrato celular obtido
concentrado a 40 ºC (rotavapor). O extrato bruto foi dissolvido em 1 mL de clorofórmio
e submetido a cromatografia em camada delgada (20 x 20 cm Sílica gel 60F254 1mm,
73
Merck, Frankfurter, Germany) procedendo corrida com isopropanol:água:amônia
(80:15:5) como fase móvel (DAKHAMA et al., 1993).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Considerando a alta contagem microbiana em amostras de esgoto, os fatores de
diluição de 10
3
, 10
5
e 10
10
foram selecionados para a escolha dos isolados. Trinta e
cinco microrganismos foram selecionados e isolados, sendo 8 do afluente (AF), 8 do
reator 1 (R1), 9 do reator (2), 8 do efluente (EF) e 2 de floração na lagoa de
estabilização (Tabela 1).
O uso de meio de cultura específico para Pseudomonas, foi considerado devido
aos relatos da literatura da atividade antagônica Pseudomonas aeruginosa e da
similaridade bioquímica com Sphingomonas sp. capaz de degradar MCs (TAKENAKA
& WATANABE, 1997; JONES et al., 1994). Porém, a adição de irgasan (agente
bactericida) no meio seletivo (P) para Pseudomonas sp. não inibiu o crescimento de
outros microrganismos (Tabela 1).
A Tabela 1 mostra a identificação provável dos microrganismos isolados nos
diferentes pontos e data de coleta. De forma geral, em todos os pontos de coleta
observou-se uma predominância de Enterobacteriaceae, principalmente no afluente e
efluente, com presença de Pseudomonas sp. nos reatores 1, 2 e lagoa de estabilização,
principalmente no período de floração (5ª coleta). A co-ocorrência de Pseudomonas e a
floração de fitoplâncton em R2 e lagoa de estabilização, sugeriu a interação entre esses
organismos. A análise microscópica destas florações indicou a presença de
cloroflagelados (Euglena), clorofíceas, cianofíceas e protozoários ciliados (não
identificados). Considerando o fluxo do esgoto a partir do afluente (AF) Æ reator R1 e
R2 Æ lagoa de estabilização Æ efluente (EF), a presença de floração na lagoa de
estabilização indica a sobrecarga da ETE na primeira quinzena de novembro/2005. Por
74
outro lado, a atuação de organismos na cadeia trófica, principalmente protozoários e
zooplâncton, reduziu a carga de cianobactérias e Pseudomonas sp., não detectadas no
efluente (EF). Estas informações apontam a dinâmica do ecossistema microbiano no
processo de tratamento de água. Inamori et al. (1998), sugerem a aplicação de
protozoários como Aeolosoma hemprichi e Philodina erythrophthalma no controle de
Microcystis viridis toxigênica em biofilme de reatores no tratamento de água. Neste
processo, os protozoários após digerirem a cianobactéria, excretariam a toxina que por
sua vez seria degradada por bactérias aderidas a biofilme.
Apenas 7 microrganismos mostraram atividade somente contra M. aeruginosa
NIES 298, observados quando comparados com controle negativo (C-) (Figura 1A).
Após 96 h, M. aeruginosa NIES 298 (C-) apresentou crescimento (Figura 1B) com
aumento na absorbância (405 nm) o que não ocorreu com M. aeruginosa NIES 298
inoculadas com Pseudomonas sp. (BP5, R2P5 e R2P8), Serratia sp. (EFP3B e R2A8) e
Enterobacter sp. (EFP8 e AFP1) (Figura 1A).
Os isolados que apresentaram maior atividade antagônica foram R2P5 (Figura
1B) e R2P8 ambos isolados do Reator 2 da ETE. No entanto, esse resultado só foi
possível com M. aeruginosa NIES 298 em concentração inicial (0 h) entre DO 0,15 -
0,20 em concentração inicial superior a 0,25 (DO), os isolados não apresentaram efeito
antagônico.
Enfatizamos que esses dados foram obtidos após 3 repetições inoculando os 7
isolados com cultura de M. aeruginosa NIES 298 toxigênica. A aplicação de caldo
nutriente (1 mL com 0,2 % de peptona de caseína) apresentou lise celular de M.
aeruginosa NIES 298 (controle negativo), fato este justificado pela presença de L-
Lisina proveniente do meio de cultura. A adição de 50 µM de L-Lisina resultou em
perda da capacidade de flutuação, redução da concentração de clorofila a e morte
celular em cultivo de Microcystis sp (TAKAMURA et al., 2004). A análise do caldo
75
nutriente estéril por LCMS detectou tanto D como L-Lisina em sua composição (dados
não apresentados). Portanto, para confirmação da atividade cianobacteriolítica dos 7
isolados ativos, estes foram plaqueados e 1 colônia foi adicionada ao cultivo de
cianobactéria, utilizando como controle negativo 1 gota de água estéril.
Dakhama, et al. (1993) separaram por cromatografia em camada delgada 4
frações com pigmentos fluorescentes de extrato de Pseudomonas aeruginosa. As
frações apresentaram pigmentos fluorescente azul, azul-palha, amarelo e alaranjado,
posteriormente identificados como piocianina, ácido fenazina-1-carboxílico,
oxiclororafina e 1-hidroxifenazina, respectivamente. Oxiclorafina e 1-hidroxifenazina
apresentaram atividade cianobacteriolítica contra Anabaena sp., Phormidium bohneri e
Oscillatoria agardhii.
A cromatografia em camada delgada do extrato celular de R2P5 separou
compostos com Rf e fluorescência semelhantes aos pigmentos descritos por Dakhama et
al. (1993), inclusive de 1-hidroxifenazina (fator de retenção - Rf 0,72) no entanto o
efeito antagônico de cada fração não foi testado (Figura 2).
Em geral, a seleção de microrganismos com atividade anti-cianobactéria
envolve triagens com número extensivo de microrganismos. Yoshikawa et al. (2000)
selecionaram 37 microrganismos com atividade anti-cianobactéria a partir de 2594
bactérias isoladas no mar em Okinawa, Japão. Enquanto que o isolamento de 510
espécies no Lago Biwa, também no Japão, selecionou 17 microrganismos ativos
(IMAMURA et al., 2001). Comparando-se o isolamento de microrganismos a partir de
amostras de água com florações e diretamente de florações de cianobactéria, as
florações apresentaram maior freqüência de microrganismos antagônicos (IMAMURA
et al., 2001).
Entre os 35 microrganismos isolados na Estação de Tratamento de Água de
Londrina-PR, nenhum apresentou capacidade de degradar microcistina, mantendo a
76
concentração de MCLR constante mesmo após 72h. A Figura 3a exemplifica a
persistência de MCLR inoculada com a cepa EFA7 no tempo 0 e 72 h.
Por outro lado, a cepa B9 (controle positivo) reduziu significativamente o pico
MCLR após 24 h, além de apresentar 2 picos de produto de biodegradação (A e B,
Figura 3b). Posteriormente, o produto B foi identificado como Adda, cujo padrão
apresentou tempo de retenção similar ao produto B (R.T.= 10 min) e o produto A
provavelmente o tetrapeptideo Adda-Glu-Mdha-Ala.
Os produtos de degradação de MCLR inoculada com a cepa B9 foram
confirmados pela análise do espectro de absorção máxima dos picos detectados no
cromatograma em 238 nm, atribuído ao dieno conjugado presente em Adda (em azul,
Figura 3b). Perfil cromatográfico com 3 picos (MCLR, A e B) foi observado no tempo 0
h com as cepas R2P5 (Figura 3c) e R2P8. No entanto o espectro de absorção máxima
em 248-250 nm dos picos A e B nas cepas R2P5 e R2P8, descartou a hipótese de
formação de produtos de biodegradação por estes microrganismos (em azul e verde,
Figura 3c).
A caracterização bioquímica de R2P5 e R2P8 identificou estes microrganismos
como Pseudomonas sp. A análise por CCD detectou pigmentos fluorescentes,
provavelmente responsáveis pelos picos de absorção de 248-250 próximos a MCLR
(238 nm). Os pigmentos fluorescentes isolados por Dakhama, et al. (1993) a partir de
extrato celular de Pseudomonas aeruginosa apresentaram espectros de absorção
máxima em metanol de 238 nm para piocianina, 264-265 nm para 1-hidroxi-fenazina,
este último com capacidade de lisar cianobactéria.
Os resultados preliminares mostraram correlação positiva entre florações de
cianobactéria e presença de Pseudomonas sp. antagonista. Os dados indicam o potencial
do reator 2 (R2P5 e R2P8) e a lagoa de estabilização (BP5) para o isolamento de
77
microrganismos adaptados às condições tropicais e com potencial de controlar
cianofíceas toxigênicas.
Salienta-se que na ETE, o esgoto tratado sai do efluente e é gradativamente
diluído em córregos, cujo destino são corpos d’água utilizados para captação de água
para abastecimento público. Portanto, assumindo-se que a qualidade de água é um fator
limitante para o desenvolvimento social e econômico do país, verifica-se que várias
lacunas precisam ser preenchidas para que possamos garantir, de forma segura e
confiável, a qualidade de água em nossos mananciais e nos sistemas de abastecimento
público.
78
Tabela 1 - Identificação (provável) dos microrganismos isolados em amostras coletadas
na Estação de Tratamento de Esgoto São Lourenço, Londrina-PR.
Data da
coleta
Ponto de
coleta
Meio de
cultura
Isolado spp. (provável)
Afluente P AFP1
Enterobacter
19/09/05 Reator 1 A R1A1
Enterobacter
1ª coleta Reator 2 A R2A1
Proteus
Efluente A EFA1
Proteus
03/10/05 Afluente A AFA2
Yersinia
Reator 1 P R1P2
Enterobacter
2ª coleta Reator 2 A R2A2
Enterobacter
Efluente A EFA2
Citrobacter
Afluente P AFP3A
Enterobacter
Afluente P AFP3B
Enterobacter
17/10/05 Reator 1 A R1A3
Klebsiella
3ª coleta Reator 2 A R2A3
Proteus
Reator 2 P R2P3
Enterobacter
Efluente A EFA3A
Enterobacter
Efluente A EFA3B
Serratia
Efluente P EFP3
Enterobacter
Afluente A AFA4
Proteus
01/11/05 Reator 1 P R1P4
Klebsiella
4ª coleta Reator 2 A R2A4
Klebsiella
Efluente P EFP4
Enterobacter
Floração lagoa P BP4
Proteus
14/11/05 Afluente P AFP5
Enterobacter
5ª coleta Reator 1 P R1P5
Pseudomonas
Reator 2 P R2P5
Pseudomonas
Floração lagoa P BP5
Pseudomonas
29/11/05
As amostras foram acidentalmente descartadas
6ª coleta
Afluente P AFP7
Enterobacter
05/12/05 Reator 1 A R1A7
Yersinia
7ª coleta Reator 2 P R2P7A
Enterobacter
Efluente A EFA7
Shiguella
Afluente P AFP8
Enterobacter
Reator 1 A R1A8
Citrobacter
19/12/05 Reator 1 P R1P8
Pseudomonas
8ª coleta Reator 2 A R2A8
Serratia s
Reator 2 P R2P8
Pseudomonas
Efluente P EFP8
Enterobacter
79
A B
Figura 1 - Efeito antagônico de 7 isolados obtidos de ETE contra M. aerugionosa NIES
298 (A); Isolado R2P5 inibindo M. aerugionosa NIES 298 (incolor) e respectivo
controle negativo (verde) após 96h de cultivo (B).
Figura 2 - Cromatografia em Camada Delgada de extrato celular do isolado R2P5, fase
móvel isopropanol:água:amônia (80:15:5).
1-hidroxifenazina
80
a
b
c
Figura 3 – (a) Perfil cromatográfico do isolado EFA7 inoculado com MCLR em 0 e 72
h; (b) perfil cromatográfico e espectro de absorção máxima de Adda a partir da cepa B9
(controle positivo) inoculado com MCLR após 24 h; (c) perfil cromatográfico e
espectro de absorção máxima dos picos A e B a partir do isolado R2P5 inoculado com
MCLR em 0 h.
81
NOVEL MICROCYSTIN-LR BIODEGRADATION PRODUCTS DETECTED
BY ADVANCED MARFEY’S DERIVATIZATION METHOD
Abstract
The development of safe tool in cyanobacterial control has been a topic in concern due to
increased frequency of cyanobacterial toxic blooms. Biocontrol as an economical and
environment-friendly solution has pointed as the most promising option of detoxification
process in aquatic ecosystem. Taking into account the enzymatic hydrolysis activity of bacterial
strain B9 on structurally different cyanobacterial cyclic peptides, the mechanism of MCLR
degradation, which outcome peptides and amino acids were investigated by advanced Marfey’s
method. MCLR (1.0 mg/mL) degradation by strain B9 cell was carried out, and 120 µL was
sampled at 0, 6, 12, 24, 48, 72 and 96 h. The reaction was stopped adding 120 µL of methanol,
and the mixture was derivatized with 1% 1-fluoro-2,4-dinitrophenyl-5-L-leucinamide (L-
FDLA) in acetone prior to analysis by liquid chromatography/ion trap mass spectrometry
(LC/ITMS). Novel L-FDLA derived amino acids and peptides were detected at respective m/z
values: [Arg-L-DLA+H]
+
m/z 468.9; [N-methyl-L-DLA+H]
+
m/z, 325.7, from Mdha; [Arg-
βMeAsp-L-DLA+H]
+
m/z 598; [Mdha-Ala-L-DLA+H]
+
m/z 467.0; [Glu-Mdha-L-DLA+H]
+
m/z
524.7; [Arg-βMeAsp-Leu-L-DLA+H]
+
m/z 711.0; [Glu-Mdha-Ala-L-DLA+H]
+
m/z 595.6;
[Adda-Glu-Mdha-L-DLA+H]
+
m/z 839.0, in addition to [Adda-L-DLA+H]
+
m/z 625.8 and
[Adda-Glu-Mdha-Ala-L-DLA+H]
+
m/z, 908.9. The detection of novel products fulfilling the
biodegradation metabolites would be essential to complete the elucidation of very unique
hydrolytic microcystin detoxification by B9 strain.
Key words: microcystin, biodegradation, B-9 strain, Advanced Marfey’s Method
INTRODUCTION
Microcystins (MCs) are a group of hepatotoxins and protein phosphatase
inhibitors, produced by cyanobacteria of the genera Microcystis, Anabaena, Nostoc and
Planktrotrix (CHARMICHAEL, 1992). These structures are cyclic heptapeptides
consisting of D-Ala-R
1
-D-MeAsp(iso)- R
2
-Adda-D-Glu(iso)-Mdha. Among the 80
variants fully identified, MCLR (R
1
: Leu, R
2
: Arg) is the most toxic(Figure 1) (BOTES
et al., 1984; HOEGER et al., 2005).
82
Following, the first isolation of a MC-degrading bacteria was an Sphingomonas
sp. strain (ACM-3962) by Jones et al. (1994); phenotypically similar bacteria capable to
degrade MC were reported (PARK et al., 2001, SAITOU et al., 2003, ISHI et al., 2004,
HARADA et al., 2004, RAPALA et al., 2005, AMÉ et al., 2006). In pilot-scale study,
the ACM-3962 effectively degraded MCLR in slow sand-filtration (BOURNE et al.,
2006), as well as a feasible bioreactor with B9 strain immobilized in polyester resin
removed MC of lake water (TSUJI et al., 2006).
Figure 1- Microcystin-LR
The molecular study of Sphingomonas strain ACM-3962 revealed three
hydrolytic enzymes involved in MCLR degradation. Microcistinase MlrA catalyzes the
initial ring opening of MCLR at Adda-Arg peptide bond to give linearized MCLR,
which is further degraded to a tetrapeptide by MlrB. The third enzyme MlrC hydrolyzes
tetrapeptide to smaller peptides and amino acids. The putative protein MlrD provided
the transport of MCLR and its degradation products across the bacterial cell wall
(BOURNE et al. 1996; 2001). Intact Adda was first isolated from MCLR by
degradation using strain B9, as a final product (HARADA et al., 2004).
OCH
3
NH
O
HN
N
COOH
O
NH
O
O
N
H
NH
NH
2
H
N
H
N
O COOH O
HN
O
3-Amino-2,6,8-trimethyl-9-methoxy-
10-phenyldeca-4(E), 6(E)-dienoic acid
(Adda)
D-Glu (iso)
N-Methyl-dehydro-Ala
(Mdha)
D-Ala
L-Leu
D—MeAsp (iso)
L- Arg
83
Further use of classic protease inhibitor as EDTA accumulated linear (Adda-
Glu-Mdha-Ala-Leu-βMeAsp-Arg) and (Adda-Glu-Mdha-Ala) tetrapeptide, which
allowed classification of these enzymes as MlrA and MlrC metallopeptidases, whereas
1,10-phenanthroline characterized MlrB as a possible serine peptidase (BOURNE et al.,
1996; 2001).
Liquid chromatography (LC) coupled with photodiode (PDA), and mass
spectrometry (MS) detection has been widely used in screening of MC-degrading
microorganism. The linear MC and tetrapeptide intermediates also contain Adda portion,
with a diene as the main chromophore and maximum absorption spectra at 238 nm
(LAWTON et al., 1994, MCELHINEY & LAWTON, 2005).
The restriction of chromatographic methods concerning complete identification
of degradation products is the lack of unusual amino acid and/or peptide standards. Fujii
et al. (1997) proposed advanced Marfey’s method as a nonempirical liquid
chromatography/mass spectrometry (LCMS) to determine the absolute configuration of
amino acid in a peptide without standard. Marfey (1984) using liquid chromatography at
340 nm, separated by D and L- amino acid enantiomers derivatized with 1-fluoro-2,4-
dinitrophenyl-5-alaninamide (FDAA), a chiral chromogenic reagent. The elution order
of a desired amino acid can be elucidated from the comparison of hydrophobicity of the
two more hydrophobic substituent at α-carbons and the side chain of the amino acid in
FDLA, which are arranged as cis or trans type conformation. The L-amino acid
derivative is usually eluted from the column before its correspondent D-amino acid
derivative (FUJII et al., 1997).
The strain B9, which is 99% similar with Sphingosinicella microcystinivorans
strain Y2 (GenBank accession no. AB084247) (MARUYAMA et al., 2006) showed
promising potential concerning degradation of MCLR, MCRR 3-desmethyl-MCLR,
dihydro-MCLR and nodularin (IMANISHI et al., 2005). In this study, the MCLR
84
degradation behavior of strain B9 was carefully investigated monitoring its products by
HPLC-PDA and LC/MS, as well as Marfey’s derivatization coupled with LC/ITMS
(liquid chromatography/ion trap mass spectrometry).
MATERIAL AND METHOD
Chemicals
The NaCl, Tris-Cl buffer (pH 7.6), HPLC grade methanol, acetonitrile and
formic acid were purchased from Nacalai Tesque (Kyoto, Japan). The ultra-pure
(distillated) water used in mobile phases was purchased from Kanto Chemical (Tokyo,
Japan). As derivatization reagent, 1-fluoro-2,4-dinitrophenyl-5-L-leucinamide (L-
FDLA) was purchased from Kokusan Chemicals (Tokyo, Japan). Amino acids standard
(D-Ala, L-Arg, D-Glu, L-Leu, D-βMeAsp) were purchased from Sigma (St. Louis, MO,
USA), Wako (Osaka, Japan), Tokyo Kasei Kokyo (Tokyo, Japan), or Nacalai Tesque
(Kyoto, Japan). Purified Adda was produced by MCLR degradation using the cell
extract of B9 strain (HARADA, et al., 2004). MCLR was isolated and purified (>95%
on HPLC) from lyophilized cyanobacterial cells collected from Laguna de Bay,
Philippines.
MC-degrading bacterium
The bacterial strain B9 (isolated from Lake Tsukui, Kanagawa, Japan) was
inoculated in 100 mL of Sakurai medium (0.2 g peptone, 0.1 g yeast extract and 0.05 g
glucose), and incubated at 27
o
C / 3 days at 200 rpm. The cells were harvested (3,000 x
g/ 30 min, room-temperature), and the pellet was suspended in 50 mM Tris-Cl buffer
(pH 7.6), and again centrifuged (3,000 x g / 30 min). The degradation assay was carried
out with cell pellet as: (1) crude B9 cell, named CB9, was MCLR added directly into
freshly harvested pellet; (2) washed B9 cell, named WB9, was MCLR added into pellet
85
previously rinsed three times with 50 mM Tris-Cl buffer (3,000 x g /30 min), followed
by sequential rinsing with 0.9% NaCl at 7,500, 12,000 and 15,000 x g/5 min (three
repetitions each one); (3) B9 cell extract named EB9, MCLR added into crude B9 cell
pellet lyophilized and dissolved in water. The viability of CB9 and WB9 was checked
inoculating 10 µL of cell suspension in 10 mL of Sakurai medium at 27
o
C for 24-48h.
Negative biodegradation control was performed with CB9, WB9 and EB9 without
MCLR.
Advanced Marfey’s method
The advanced Marfey’s method was calibrated testing 50 mM of each pure D,
L and D-L amino acid (Ala, Arg, Glu, Leu, βMeAsp) and Adda (FUJII, et al., 1997).
The detection limit was established comparing 0.05, 0.1, 0.5, 5, 50 mM of amino acids
pool (D-Glu, D-Ala, D-βMeAsp, L-Arg, L-Leu and Adda) in 50 mM Tris-Cl buffer or
H
2
O. Each amino acid pool concentration was added with 20 µL of 1 M NaHCO
3
and
50 µL of 1% L-FDLA in acetone, followed by vortexing and incubating at 37
o
C / 60
min. The reaction was quenched adding 20 µL of 1 N HCl and dried-centrifuged. The
residue was dissolved in 300 µL of acetone, centrifuged to precipitate the NaHCO
3
(three repetitions, 15,000 x g, 2 min). The collected supernatant (900 µL) was dried, and
the residue was dissolved in acetonitrile (1 mL). Five microliter was screened by TLC
(thin layer chromatography, 20 x 20 cm Sílica gel 60F254 1mm, Merck, Frankfurter,
Germany) with chloroform:methanol (1:1) as the mobile phase, while 5µL was analyzed
by LC/ITMS (liquid chromatography / ion trap mass spectrometry). The performance of
Advanced Marfey’s method in the analysis of MCLR biodegradation products was
evaluated testing 100 µg/mL and 1 mg/mL of MCLR incubated with B9 cell extract
(EB9) at 27
o
C in the dark. The 120 µL of mixture was sampled after 0, 24, 48 and 72 h,
followed by addition of 120 µL of methanol to quench the degradation reaction and
86
stored at -20
o
C. Forty microliter was used for HPLC-PDA analysis at 238 nm, while the
remaining 200 µL was dried, dissolved in 50 µL of H
2
O, derivatized with L-FDLA and
analyzed by LC/ITMS as described.
MCLR-biodegradation assay
Biodegradation of 1 mg/mL of MCLR in H
2
O was carried out adding 200 µL
of bacterial strain B9 (crude, CB9; washed, WB9; extract cell, EB9), and incubated at
27
o
C in the dark. An aliquot of 120 µL was sampled after 0, 6, 12, 24, 36, 48 72 and 96
h, and filtrated by Ultrafree-MC membrane centrifuge filtration unit (hydrophilic PTFE,
0.20 µm, Millipore, Bedford, MA, USA). Biodegradation reaction was quenched adding
120 µL of methanol. Forty microliter was analyzed by HPLC-PDA (238 nm) for
biodegradation monitoring, followed by biodegradation products identification by
LC/ITMS (238 nm). The remained 200µL was dried and dissolved in 50 µL of H
2
O to
perform advanced Marfey’s derivatization with L-FDLA as previously described. The
derivatized residue was dissolved in acetone, centrifuged, and the dried supernatant
residue was dissolved in 100 µL of acetonitrile for LC/ITMS analysis (340 nm).
High-Performance Liquid Chromatography
MCLR degradation process was monitored by HPLC-PDA (238 nm). The
system consisted of a pair of LC 10A VP pumps, DGU 12A degasser, CTO 6A column
oven, SPD 10A VP photodiode array detector, and SCL 10A VP system controller
(Shimadzu, Kyoto, Japan). Five microliter of filtrated sample (hydrophilic PTFE, 0.20
µm, Millipore, Bedford, MA, USA) was loaded onto TSK-gel Super ODS column (2.0
µm, 2.0 X 100 mm, TOSOH, Tokyo Japan) at 40
o
C. The mobile phase was 0.1%
formic acid in water (A) and 0.1% formic acid in methanol (B). The gradient conditions
were initially 40 to 90% B at 20min, and the flow rate was 200 µL/min.
87
Liquid Chromatography/ Ion Trap Mass Spectrometry
Prior L-FDLA derivatization, MCLR cyclic, MCLR linear, tetrapeptide (Adda-
D-Glu-Mdha-D-Ala) and Adda were confirmed by LCMS (238 nm). The sample,
column, mobile phase and gradient conditions were the same of HPLC analysis. L-
FDLA derivatized sample was analyzed by LC/ITMS. The LC separation was
performed by Agilent 1100 HPLC system (Agilent Technologies, Palo Alto, CA, USA).
Five microliter of the sample was filtrated through Ultrafree-MC membrane centrifuge-
filtration unit (hydrophilic PTFE, 0.20 µm, Millipore, Bedford, MA, USA) and loaded
onto TSK-gel Super ODS column (2.0 µm, 2.0 X 100mm, TOSOH, Tokyo Japan) at 40
o
C. The mobile phase was 0.1% formic acid in water (A) and 0.1% formic acid in
acetonitrile (B). The flow rate was 200µL/min with UV detection at 340 nm. The
gradient conditions were initially 10-90% B at 40min. The entire eluate was directed
into the mass spectrometer where it was diverted to waste for 2.5 min after injection to
avoid any introduction of salts into ion source. The MS analysis was accomplished by
Finningan LCQ Deca XP plus ITMS (Thermo Fischer Scientific, San Jose, CA, USA)
equipped with electrospray ionization (ESI) interface. The ESI conditions in the positive
ion mode were as follows: capillary temperature, 300
o
C, sheat gas flow rate, 35
(arbitrary unit), ESI source voltage, 5000V, capillary voltage, 43V, tube lens offset,
15V. Various scan ranges were used according to the molecular weights of possible
amino acid and peptides from MCLR biodegradation.
RESULTS AND DISCUSSION
LCMS detected all pure amino acids in pool derivatized with L-FDLA,
including the lower concentration tested (0.05 mM, corresponding about 50 µg/mL of
MCLR), while the detection limit of TLC was 0.5 mM. Amino acids pool dissolved in
88
both water and Tris-Cl buffer showed no interference in the L-FDLA derivatization and
LCMS detection performance.
In a preliminary test prior to L-FDLA derivatization, the intermediate products
(linear, tetrapeptide and Adda) arisen from EB9 in 100 µg/mL of pure MCLR could be
monitored from 0 to 48 h at 238 nm. However, only Adda-L-DLA was detected by
LC/ITMS (340 nm), when the sample was derivatized with L-FDLA. Regarding that
MCLR is degraded in different products (tetrapeptide, tripeptides, dipeptides and amino
acids), probably the concentration of each product was below the threshold of LCMS
detection. In addition, L-FDLA derivatization is better performed with small peptide
and amino acid, i.e. it does not react with linear MCLR.
Therefore the test was performed with 1mg/mL of MCLR, and the degradation
process was monitored by HPLC-PDA and confirmed by LCMS analysis in both pre
and post-L-FDLA derivatization. Figure 2 shows MCLR biodegradation carried out
with CB9 (B9 crude cell), EB9 (B9 cell extract) and WB9 (B9 washed cell), analyzed
by LCMS at 238 nm. Intermediate products as linear MCLR, Adda-Glu-Mdha-Ala and
Adda were detected in all reaction, but at different degradation rate and profile. EB9 (12
h) degraded MCLR faster than CB9 and WB9 (18 h). The EB9 and CB9 showed similar
MCLR biodegradation profile, with a tetrapeptide peak at 24h, followed by its rapid
degradation, in contrast of slow tetrapeptide degradation observed in WB9.
Advanced Marfey’s derivatization was carried out in all MCLR biodegradation
test, as well as the corresponding negative control, i.e. B9 cell incubated in water
without MCLR. Due to unavailability of unusual small peptide standards,
biodegradation products were tentatively identified comparing ion chromatogram and
selected ion monitoring (SIM) of negative control (B9) versus B9 strain+MCLR (Figure
3, 4, 5 and 7). Only the data from WB9 was feasible for further study, as in CB9 and
EB9 negative control, the LCMS analyses showed ion chromatogram with various
89
peaks with closed m/z of investigated peptide and amino acid (data not shown). These
interferences probably were trace peptide from medium (casein hydrolyzed peptone and
yeast extract), which was remained around B9 cell and contaminated the microtube with
MCLR in water. I.e., Sphingomonas sp. usually produces a mucilaginous
exopolysacharide biopolymer, which can adsorb culture components even though after
once Tris-Cl buffer centrifugation.
MCLR as the sole carbon and nitrogen source has been used to select MCLR-
degrading Sphingomonas sp., but microcystinase could be expressed in absence of
MCLR, indicating induction by other oligopeptides (BOURNE et al., 1996). Therefore,
this oligopeptide enzimatic cleavage can accumulate low molecular weight peptides
similar with these ones investigated. Such interference was overcome by repetitive
washing. The cell viability checking demonstrated B9 washed cells (WB9) growth after
24 h. Then, WB9 was chosen for the follow experiment. In addition, other advantage of
WB9 was the slower behavior of MCLR degradation than CB9 and EB9, which
improved monitoring of biodegradation process. Probably the repetitive washing
process retarded the transportation of biodegradation products into the cell, mainly for
tetrapeptide (Figure 2). EDTA, an ion chelator, has been applied as protease inhibitor to
improve tetrapeptide detection (Bourne et al., 1996). In our experiment we did not use
protease inhibitor, but washing process could affect ion availability for metalloprotease
activity.
Figures 3, 4, 5 and 7 show ion chromatogram and mass spectra of MCLR
biodegradation products arisen from the tetrapetide Adda-Glu-Mdha-Ala (Figure 3-5)
and tripeptide Arg-βMeAsp-Leu (Figure 7), while Figure 6 and 8 show their
biodegradation behavior along 0 to 96h.
Concerning amino acid, all 7 residue of MCLR were investigated. Due to the
closed chemical structure between D-Glu and D- βMeAsp a very carefully condition
90
control of the liquid chromatography was required to standardize the retention time of
each analyte. In this way, the initial pressure of LC was standardized at 90 ± 1.0 Pa.
After derivatization with L-FDLA, [L-Leu-L-DLA+H]
+
m/z 425.8 and both D and L
[Ala-LDA+H]
+
m/z 383.7 were detected in B9 (negative control) and B9+MCLR
without quantitative difference (data not shown). Fujii et al. (1997) used MCLR
hydrolyzed with 6.0 N HCl and established advanced Marfey’s method for
determination of the absolute configuration of constituent amino acid in a peptide. The
authors distinguished D-Glu and βMeAsp residue with the same molecular weight and
similar hidrophobicity. However, in our data no difference between B9 (negative
control) and B9+MCLR in m/z 441.8 ion chromatogram was observed due to the closed
retention time. The [Adda-L-DLA+H]
+
m/z 625.8 was detected only in B9+MC (Figure
4). Though [L-Arg-L-DLA+H]
+
m/z 468.9 (Figure 7) was detected in both B9 (negative
control) and B9+MCLR, the addition of MCLR increased its concentration after 48h,
indicating as MCLR biodegradation product (Figure 6). Regarding the unstable
characteristic of Mdha residue, which is spontaneously converted to methylamine
(HARADA, et al., 1990), its concentration was monitored (Figure 5 and 6).
Methylamine [CH
3
NH-L-DLA+H]
+
m/z 325.7 was detected from 48 to 96 h.
Figure 6 summarizes the MCLR biodegradation behavior of the tetrapeptide
(Adda-Glu-Mdha-Ala) with peak at 36 to 48 h (Figure 6A), and further its cleavage in
Adda (Figure 6C) and tripeptide Glu-Mdha-Ala (Figure 6D) as the major degradation
route. This tripeptide (Figure 6D) was cleaved to dipetides Glu-Mdha (Figure 6E) and
Mdha-Ala (Figure 6F). The last dipetide [Mdha-Ala-L-DLA+H]
+
m/z 467.0 was the
major component with peak at 24 h, followed by decrease due to Mdha appearance
(Figure 6F), indicated by methylamine increase from 48 to 96h (Figure 6G).
Regarding that [Adda-Glu-Mdha-L-DLA+H]
+
m/z 839.0 was detected
at low
concentration (Figure 6 B), and its putative dipeptide [Adda-Glu-L-DLA+H]
+
was not
91
detected, the main tetrapeptide cleavage route would be at Adda-Glu peptide bond in B9
strain.
We first detected the tripeptide [Arg-βMeAsp-Leu-L-DLA+H]
+
m/z 711.1 as
one of direct biodegradation product from MCLR (Figure7A and 8A), and its dipeptide
[Arg-βMeAsp- L-DLA+H]
+
m/z 597.8 (Figure 7B and 8B), while the βMeAsp-Leu was
not detected. Therefore, the B9 strain hydrolyses the βMeAsp-Leu peptide bond,
followed by immediate intake of L-Leu as nitrogen and carbon source. Even though
negative control showed same [Arg-βMeAsp- L-DLA+H]
+
ion peak at m/z 597.8, its
intensity was lower (7.38E6) than B9+MCLR (4.34E8) (Figure 7B). This peak was not
detected in the previous ion chromatogram of negative control, and then the possibility
of equipment contamination should not be discarded.
Concerning the tripeptide Arg-βMeAsp-Leu, its putative βMeAsp-Leu was not
detected, therefore Arg-βMeAsp arisen was the major route, with its peak at 24 h,
followed by decrease due to [L-Arg L-DLA+H]
+
m/z 468.9 (Figure 7C) increase from
48h to 96h (Figure 8C).
Summarizing, biodegradation kinetics indicated that both tetrapeptide and
tripeptide were synchronically arisen with higher detection at 24 h. Afterward, the
succeeding enzymatic cleavage released free unusual and L- amino acid residues, which
can be used as N and C source.
The breakdown of cyclic MCLR decreased the toxicity in 160-fold (linear
MCLR) and 20-fold (tetrapeptide) and the protein phosphatase ininhition activity was
preserved by the interaction involving Adda side chain, glutamate and covalent bind
between Mdha and cysteine residue of protein phosphatase (BOURNE et al., 1996;
2001). Our data demonstrated the MCLR degradation until non-toxic amino acids
residue by B9 strain, where the initial pathway was similar with Sphingomonas ACM-
3962 (BOURNE et al., 1996; 2001).
92
Figure 9 summarizes the sequential cyclic MCLR breakdown started at Adda-
Arg peptide bond cleavage, with opening of the ring producing a linear MCLR (Adda-
Glu-Mdha-Ala-Leu-βMeAsp-Arg). Rupture at Ala-Leu linkage provides tetrapeptide
(Adda-Glu-Mdha-Ala) and tripetide (Arg-βMeAsp-Leu). The first mainly products of
tetrapeptide are Adda and Glu-Mdha-Ala tripeptide, which is cleaved to dipeptides
(Glu-Mdha and Mdha-Ala). The main biodegradation product from the tripeptide (Arg-
βMeAsp-Leu) was the Arg-βMeAsp dipeptide. Detection of methylamino-L-LDA and
L-Arg-L-DLA in the later stage settled up the MCLR degradation pathway.
The mlrA gene, which codifies the enzyme MlrA synthesis is conserved at least
three different bacterial species, and it has been detected in MC degraders but not to the
all Sphingomonas, suggesting that MC degradation gene was acquired during evolution
of Sphingomonas (SAITO et al., 2003).
The mlrA gene was confirmed in B9 strain, the identification of complete cluster
involved in MCLR degradation must be confirmed. B9 strain hydrolyzes toxic MCs as
well as non-toxic cyanobacteria peptide (KATO et al., 2006). The identification of
intermediated and final products of MCLR would be an important tool to understand a
very unique hydrolytic activity. In order to understand the MCLR degrading ability of
B9 strain, the isolation of the MC degrading enzymes is also in course, to complete this
study. The explanation of the B9 and other MC-degrading microorganism function and
role in the natural environment is required. Bacteria, as B9 strain may contribute to the
detoxification of the ecosystem, and the understanding of the mechanism for this
process would facilitate overcoming pollution problems.
93
Figure 2 - MCLR Biodegradation process by B9 crude cell, B9 cell extract and B9
washed cell, analyzed by HPLC and confirmed with LCMS at 238 nm UV detector.
CB9
EB9
WB9
94
A
B
C
Figure 3 - Selected ion chromatogram and mass spectra of MCLR degradation products:
tetrapeptide and tripeptides derivatized with L-FDLA.
95
A
B
C
Figure 4 - Selected ion chromatogram and mass spectra of MCLR degradation product:
Adda and Glu-Mdha and Mdha-Ala derivatized with L-FDLA.
96
Figure 5 - Selected ion chromatogram and mass spectra of N-Methyl derivatized with L-
FDLA, from Mdha residue.
Figure 6 - B9 strain biodegradation behavior of Adda-Glu-Mdha-Ala tetrapeptide from
MCLR.
Adda-Glu-Mdha-L-DLA
0,E+00
3,E+07
5,E+07
0 6 12 18 24 36 48 7 2 96
Time (h)
Area
Mdha-Ala-L-DLA
0,E+00
1,E+08
2,E+08
0 6 12 18 24 36 48 7 2 96
Time (h)
Area
Adda-Glu-Mdha-Ala-L-DLA
0,E +00
3,E +07
6,E +07
0 6 12 18 24 36 48 7 2 96
Time (h)
Are
a
CH3-NH-L-FDLA
0,E+00
2,E+08
4,E+08
0 6 12 18 24 36 48 72 96
Time (h)
Area
Glu-Mdha-A la-L-FD LA
0,E+00
1,E+09
3,E+09
0 6 12 18 24 36 48 72 96
Time (h)
Area
0,E+00
7,E+07
1,E+08
0 6 12 18 24 36 48 72 96
A
r
e
a
Time (h)
Glu-Mdha-L-FDLA
Adda-L-DLA
0,E +00
8,E +07
2,E +08
0 6 12 18 24 36 48 7 2 96
Time (h)
Area
A
B
C
D
E F
G
97
A
B
C
Figure 7 - Selected ion chromatogram and mass spectra of Arg-βMeAsp-Leu, Arg-
βMeAsp and Arg derivatized with L-FDLA.
98
Figure 8 - B9 strain biodegradation behavior of Arg-βMeAsp-Leu tripeptide from
MCLR.
Arg-BMeAsp-L-DLA
0,E+00
2,E+10
3,E+10
0 6 12 18 24 36 48 72 96
Time (h)
Area
Arg-L-DLA
0,E+00
5,E+08
9,E+08
0 6 12 18 24 36 48 72 96
Time (h)
Area
Arg-BMeAsp-Leu-L-FDLA
0,E+00
4,E+07
8,E+07
0 6 12 18 24 36 48 72 96
Time (h)
Area
A B
C
100
5.1. PUBLICAÇÃO E TRABALHOS CIENTÍFICOS
Os resultados obtidos no transcurso da pesquisa foram apresentandos em
eventos, visando publicação na forma de artigo científico, revisão, capítulo de livro listados
abaixo:
Publicão de revio:
HASHIMOTO, E. H., BITTENCOURT-OLIVEIRA, M. C., HIROOKA, E. Y. Risco de
Microcystis spp toxigênica no cenário de piscicultura brasileira. Biosaúde. 1/2 (5), 69-81,
2003.
Capítulo de livro
HASHIMOTO, E.H.; COLUS, I.M.S; BITTENCOURT-OLIVEIRA, M.C; ITANO, E.;
BRACARENSE, APFL; UENO, Y., HARADAK-I; HIROOKA, E.Y. Biomonitoring assay
in analysis of Co-occurring Microcystin and Aflatoxin in Aquaculture. Proceeding of XII
International IUPAC Mycotoxins and Phycotoxins ed. Istambul- Turkey : IUPAC, 2007,
v.1. (enviado)
Apresentação oral:
HASHIMOTO, E.H., Biodegradação de microcistina-LR: elucidação de mecanismo e
caracterização de metabólitos intermediários. XXIV Congresso Brasileiro de
Microbiologia. 03-06 de outubro de 2007. Brasília-DF. Convite para participação em Mesa
redonda sobre Ficotoxinas.
HASHIMOTO, E.H.; COLUS, I.M.S; BITTENCOURT-OLIVEIRA, M.C; ITANO, E.;
BRACARENSE, APFL; UENO, Y., HARADA, K-I; HIROOKA, E.Y. Biomonitoring
assay in analysis of Co-occurring Microcystin and Aflatoxin in Aquaculture. In: XII
International IUPAC Mycotoxins and Phycotoxins ed. Istambul- Turkey : IUPAC, 2007.
HASHIMOTO, E.H., TRAD, A.P.M.S., KAMOGAE, M., BITTENCOURT-OLIVEIRA,
M.C., BRACARENSE, A.P.F.R.L., KAWAMURA, O., TSUTSUMI, T., NAGATA, S.,
HARADA, K-I., UENO, Y., HIROOKA, E.Y.,
Detecção de microcistina em tilápias
expostas a extrato de Microcystis aeruginosa. XI Reunião da Sociedade Brasileira de
Ficologia, Itajaí-SC, 2006.
HASHIMOTO, E.H., PÁUDA, C.G., BRACARENSE, A.P.F.R., BITTENCOURT-
OLIVEIRA, M.C., ONO, E.Y.S. HARADA, K-I, HIROOKA, E.Y.
. Interação Aflatoxinas-
Fumonisinas e Microcistinas. XI Encontro Nacional de Micotoxinas. Piracicaba-SP, 2004.
101
Apresentação de Poster:
HASHIMOTO, E, H., KATO, H. TSUJI, K, KAWASAKI, Y., HIROOKA, E.Y.,
HARADA, K.-I. Elucidation of a Biodegradation Mechanism of Microcystin-LR Using
Advanced Marfey’s Method. 7
th
ICTC International Conference on Toxic
Cyanobacteria. 5-10 August 2007. Angra dos Reis-RJ, Brasil..
HASHIMOTO, E.H., VANZELLA, T.P., SCHIAVO, L., SANTOS, A.P.M.,
FRANCABANDIERA, A.I., BRACARENSE, A.P.F.R., BITTENCOURT-OLIVEIRA,
M.C., CAETANO FILHO, M., FROSSARD, H., HARADA, K-I., UENO, Y., COLLUS, I.
M. S., HIROOKA, E.Y.
Genotoxicidade de Microcystis aeruginosa em Tilápia. XI
Reunião da Sociedade Brasileira de Ficologia, Itajaí-SC, 2006.
HASHIMOTO, E.H., VANZELLA, T.P., SCHIAVO, L., SANTOS, A.P.M.,
FRANCABANDIERA, A.I., BRACARENSE, A.P.F.R., BITTENCOURT-OLIVEIRA,
M.C., HARADA, K-I., UENO, Y., COLLUS, I. M. S., HIROOKA, E.Y.
Análise da
genotoxicidade oriunda da interação aflatoxina e Microcystis aeruginosa em tilápias
(Oreochromis niloticus). IX Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia, 2006, São Pedro/SP.
HASHIMOTO, E. H., KAMOGAE, M., BRACARENSE, A. P. F. R. L., LONCAR, M.,
BITTENCOURT-OLIVEIRA, M. C., HIROOKA, E. Y. Marcação imuno-histoquímica de
microcistina em fígado de tilápia (Oreochromis niloticus) In: VI Congresso Londrinense
de Biologia Aplicada a Saúde, 2004, Londrina-PR. Revista Biosaúde. 2004.
HASHIMOTO, E. H., PADUA, C. G., KAMOGAE, M., YABE, M. J. S., IMANISHI, S.,
UENO, Y., HARADA, K- I., HIROOKA, E. Y. Monitoramento de microcistinas e
eutrofização em águas de pesqueiros na região de Londrina, Norte do Paraná In: XXII
Congresso Brasileiro de Microbiologia, 2003, Florianópolis-SC.
102
6. CONCLUSÃO
O ensaio de cometa e micronúcleo e imunoistoquímica mostraram-se favoráveis e
aplicáveis para monitoramento de efeitos de genotoxicidade e detecção de AFB
1
e
Microcystis aeruginosa em tilápias (O. niloticus). A combinação desses ensaios biológicos
sem a necesidade de equipamentos sofisticados se mostrou adequada e vantajosa para
monitorar e minizar os riscos de contaminantes na cadeia alimentar.
O isolamento de microrganismos com atividade anti-cianobactéria apontou as
florações de cianobactéria na ETE - São Lourenço Londrina, como ambiente favorável para
seleção de antagonistas, devido à alta competitividade e carga microbiana deste meio. O
trabalho preliminar abriu perspectivas para seleção de um potente antagonista adaptado às
condições tropicais com requisitos adequados para aplicação em biocontrole.
A detecção de aminoácidos e peptídeos, como produtos de biodegradação de MCLR
pela cepa B9, representa uma ferramenta importante para o estudo de degradação de
cianotoxinas. Este estudo contribui para compreensão da complexa dinâmica de produção e
detoxificação de microcistina no ecossistema.
103
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ABD-ALLAH, G.A., EL-FAYOUMI, R., SMITH,M.J., HECKMANN, R.A., O’NEILL, K., A Comparative
Evaluation of Aflatoxin B
1
Genotoxicity In Fish Models Using The Comet Assay. Mutation Research, 446,
181-188, 1999.
ABDELHAMID, A.M., KHALIL, F.F., Problem of Mycotoxin in Fish Production. Egyptian Journal Of
Nutrion And Feeds, 1, (1), 63-71, 1998.
AEN- AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS., Emater Propõe Ampliação de Produção e Lucratividade da
Piscicultura. Acesso:< http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=943
> em 28 de
abril de 2007.
AHN, C-Y., JOUNG, S-H., JEON, J-W., KIM, H-S., YOON, B-D., OH, H-M., Selective Control Of
Cyanobacteria By Surfactin-Containing Culture Broth Of Bacillus subtilis C1. Biotechnology Letters, 25,
1137-1142, 2003.
AL-SABTI, K., METCALFE, C.D., Fish Micronuclei for Assessing Genotoxicity in Water. Mutation
Reserarch, 343, 121-135, 1995.
AMÉ, V., ECHENIQUE, R., PFLUGMACHER, S., WUNDERLIN, A., Degradation of Microcystin-RR by
Sphingomonas sp. CBA4 Isolated from San Roque Reservoir (Cordoba - Argentina). Biodegradation, 17, (5),
447–455, 2006.
ANDERSEN, R.J., LUU, H.A., CHEN, D.Z.X., HOLMES, C.F.B., KENT, M.L., LeBLANC, M., TAYLOR,
F.J.R., WILLIANS, D.E., Chemical and Biological Evidence Links Microcystins to Salmon ‘Netpen Liver
Disease’. Toxicon, 31, 1315-1323, 1993.
ANDRADE,R.L.B., WAGNER, R.L., MAHL I., MARTINS, R.S., Custos de Produção de Tilápias
(Oreochromis niloticus) em Um Modelo de Propriedade da Região Oeste do Estado do Paraná, Brasil.
Ciência Rural, 35, (1), 198-203, 2005.
ARAGÃO, W., Gazeta do Povo- Matérias. Acesso:< http://tudoparana.globo.com/gazetadopovo/arquivo
>
Acesso em 21/04/2002.
ARANDA-RODRIGUEZ, R., KUBWABO, C., BENOIT, F.M., Extraction of 15 Microcystins and Nodularin
Using Immunoaffinity Columns. Toxicon, 42, (6), 587–599, 2003.
AVRAMEAS, S., URIEL, J., Methode de Marquage D’Antigenes et D’Anticorps Avec Des Enzymes et Son
Application en Immunodiffusion. C. R. Acad. Sci. Paris, 262, 2543-2545, 1966.
AYLLON, F., GARCIA-VAZQUEZ, E., Induction of Micronuclei and Other Nuclear Abnormalities in
European Minnow Phoxinus phoxinus and mollie Poecilia latipinna: an Assessment of The Fish
Micronucleus Test. Mutation Research, 467, 177-186, 2000.
BAILEY, G.S., HENDRICKS, J.E., NIXON, N.E., The Sensitivity of Rainbow Trout and Other Fish to
Carcinogens. Drug Metabolism Reviews, 15, 415-419, 1984.
BALDISSERA, M.A., SANTURIO, J.M., CANTO, S.H., PRANKE, P.H., ALMEIDA, C.A.A., SCHIMIDT,
C., Aflatoxinas, Ocratoxina e Zearalenona em Alimentos para Consumo Animal no Sul do Brasil – Parte II.
Ver. Instituto Adolfo Lutz, 53, (1 e 2), 5-10, 1993.
BARBRAND, A., FAAGENG, A., KALLQUIST, T., NILSSEN, J.P., Biological Cntrol of Undesirable
Cyanobacteria in Culturally Eutrophic Lakes. Oecologia, 60, (1-5), 1983.
BARNET, Y.M., DAFT, M.J., STWART, W.D., Cyanobacterial-Cyanophage Interactions in Continuos
Culture. Journal Applied Bacteriology, 51, 541-552, 1981.
BEATTIE, K.A., RESSLER, J., WIEGAND, C., KRAUSE, E., STEINBERG, C. E., PFLUGMACHER, S.,
Comparative Effects and Metabolism of Two MCYSTs and Nodularin in the Brine Shrimp Artemia salina.
Aquatic toxicology, 62, 219-226, 2003.
104
BELPAEME, K., DELBEKE, L., ZHU, L., KIRSCH-VOLDERS, M., Cytogenetic Studies of PCB77 on
Brown Trout (Salmo trutta fario) Using the Micronucleus Test and the Alkaline Comet Assay. Mutagenesis,
11, 485-492, 1996.
BERTOLETTI, E., Ensaios Biológicos com Organismos Aquáticos e Sua Aplicação no Controle da Poluição.
CETESB. São Paulo, 1990.
BEST, J.H., EDDY, F.B., CODD, G.A., Effects of Microcystis Cells, Cell Extracts and Lipopolysaccharide
on Drinking and Liver Function in Rainbow Trout Oncorhynchus mykiss Walbaum. Aquatic toxicology, 64,
419-426, 2003.
BEST, J.H., EDDY, F.B., CODD, G.A., Effects of Microcystis Cells, Cell Extract and Lipopolysaccharide on
Drinking and Liver Function in Rainbow Trout Oncorhynchus mykiss Walbaum. Aquatic Toxicology, 64,
419-426, 2003.
BEST, J.H., PFLUGMACHER, S., WIEGAND, C., EDDY, F.B., METCALF, J.S., CODD, G.A., Effects of
Enteric Bacterial and Cyanobacterial Lipopolysaccharides, and of Microcystin-LR, on Glutathione S
Transferase Activities in Zebra Fish (Danio rerio). Aquatic Toxicology, 60, 223-231. 2002.
BEVERIDGE, M.C.M., BAIRD, D.J., RAHMATULLAH, S.M., LAWTON, L.A., BEATTIE, K.A., CODD,
G.A., Grazing Rates on Toxic and Non-Toxic Strains of Cyanobacteria by Hypophthalmichthys molitrix and
Oreochromis niloticus. Journal of Fish Biology, 43, 901-907, 1993.
BICHKHAM, J.W., SANDHU, S., HEBERT, P.D.N., CHIKHI, L., ATWHWAL, R., Effects of Chemical
Contaminants on Genetic Diversity in Natural Populations: Implications for Biomonitoring and
Ecotoxicology. Mutation Research, 463, 33-51, 2000.
BOTES, D.P., KRUGER, H., VILJOIN, C.C., Isolation and Characterization of Four Toxins from the Blue-
green Algae, Microcystis aeruginosa. Toxicon, 20, 945-954, 1982.
BOUAICHA, N., MAATOUK, I., VINCENT, G., LEVI, Y., A Colorimetric and Fluorometric Microplate
Assay for the Detection of Microcystin-LR in Drinking Water Without Preconcentration. Food Chem.
Toxicol, 40, 1677-1683, 2002.
BOURNE, D.G., BLAKELEY, R.L., RIDDLES, P., JONES, G.J., Biodegradation of the Cyanobacterial
Toxin Microcystin LR in Natural Water and Biologically Active Slow Sand Filters. Water Research, 40, (6),
1294–1302, 2006.
BOURNE, D.G., JONES, G.J., BLAKELEY, R.L., JONES, A., NEGRI, A.P., RIDDLES, P., Enzymatic
Pathway for the Bacterial Degradation of the Cyanobacterial Cyclic Peptide Toxin Microcystin-LR. Applied
Environmental Microbiology, 62, 4086-4094, 1996.
BOURNE, D.G., RIDDLES, P., JONES, G.J., SMITH, W., BLAKELEY, R.L. Characterization of a Gene
Cluster Involved in Bacterial Degradation of the Cyanobacterial Toxin Microcystin-LR. Environmental
Toxicology,16, 523-534, 2001.
BRASIL. Portaria MAARA No. 183 de 21 de março de 1996. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 25 mar
1996. Seção I. 4929.
BRASIL. Portaria MAARA No. 183 de 21 de março de 1996. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 25 mar
1996. Seção I. 4929. 1996.
BURY, N.R., CODD, G.A., WEDELAAR BONGA, S.E., FLIK, G., Fatty Acids from Cyanobacterium
Microcystis aeruginosa with Potent Inhibitory Effects on Fish Gill Na
+
/K
+
-ATPase Activity. The Journal of
Experimental Biology, 201, 81-89,1998.
BURY, N.R., FLIK, G., EDDY, F.B., CODD, G.A., The Effects of Cyanobacteria and the Cyanobacterial
Toxin Microcystin –LR on Ca
2+
Transport and Na
+
/K
+
-ATPase in Tilapia Gills. The Journal of
Experimental Biology,199, 1319-1326, 1996.
CAMPAS, M., SYDŁOWSKA, D., TROJANOWICZ, M., MARTY, J-L., Enzyme Inhibition-Based
Biosensor for the Electrochemical Detection of Microcystins in Natural Blooms of Cyanobacteria. Talanta,
72, 179–186, 2007.
105
CARBIS, C.R., MITCHELL, G.F., ANDERSON, J.W., McCAULEY, The Effects of Microcystins on the
Serum Bbiochemistry of Carp, Cyprinus carpio L., When Toxins Are Administered by Gavage, Immersion
and Intraperitoneal Routes. Journal of Fish Disease, 19, 151-159, 1996.
CARBIS, C.R., RAWLIN, G.T., GRANT, P., MITCHELL, G.F., ANDERSON, J.W., MacCAULEY, A
Study of Feral Carp Cyprinus carpio L., Exposed to Microcystis aeruginosa at Lake Mokoan, Australia, and
Possible Implication on Fish Health, H. Journal Fish Disease, 20, 81-91, 1997.
CARMICHAEL, W.W., AZEVEDO, S.M.F.O., AN, J.S., MOLICA, R.J.R., JOCHIMSEN, E.M., LAU, S.,
RINHEHART, K.L., SHAW, G.R., EAGLESHAM, G.K., Human Fatalities from Cyanobacteria: Chemical
and Biological Evidence for Cyanotoxins. Environmental Health Perspectives, 109, 663-668, 2001
CARMICHEL, W.W., Cyanobacteria Secundary Metabolites – the Cyanotoxins. Journal of Applied
Bacteriology, 72, 445-459, 1992.
CARNEIRO, P.C.F. Estudo de Caso de Criação Comercial de Tilápia Vermelha em Tanques-Rede –
Avaliação Econômica. Inf. Econ., 29, (3), 52-61, 1999.
CHEN, W., LI, L., GAN, N., SONG, L., Optimization of an Effective Extraction Procedure For the Analysis
of Microcystins in Soils and Lake Sediments. Environ. Pollut, 143, (2), 241–246, 2006.
Chen, W., Song, L., Gan, N., Li, L., Sorption, Degradation and Mobility of Microcystins in Chinese
Agriculture Soils: Risk Assessment for Groundwater Protection. Environmental Pollution, 144, 752-758,
2006.
CHOI, H-J., KIM, B-H., KIM, J-D., HAN, M-S., Streptomyces neyagawaensis as a Control for the
Harzardous Biomass of Microcystis aeruginosa (Cyanobacteria) in Eutrophic Freshwaters. Biological
Control, 33, 335-343, 2005.
CHOW, C.W.K., HOUSE, J., VELZEBOER, R.M.A., DRIKAS, M., BURCH, M.D., STEFFENSEN, D.A.
The Effect of Ferric Chloride Flocculation on Cyanobacterial Cells. Water Research, 32, (3), 808-814, 1998.
CODD, G.A., BELL, S.G., The Occurrence and Fate of Blue-Green Algal Toxins in Freshwaters, National
Rivers Authority, R&D Report 29, Her Majesty’s Stationary Office, London, 26, 1996.
COLE, G.T., WYNNE, M.J., Endocytosis of Microcystis aeruginosa by Ochromonas danica. Journal of
Phycology, 10, 397-410, 1974.
CONAMA, Conselho Nacional do Meio ambiente, RESOLUÇÃO CONAMA Nº 20, de 18 de junho de 1986/
D.O.U. de 30/7 /86, CONAMA. Acesso: <http://www.agricultura.gov.br/dpa/decreto/resolucao020.htm
> em
30 de março de 2002.
COONS, A.H., CREECH, H.J., JONES, R.N., Immunological Properties of an Antibody Containing a
Fluorescent Group. Proc. Sot. Exp. Biol. Med, 47, 200-202, 1941.
COULOMB JR, R.A, Biological Action of Mycotoxins. Journal of Dairy Science, 76, 880-891, 1993.
DABHOLKAR, A.S., CARMICHAEL, W.W., Ultra-Structural Changes in the Mouse Liver Induced by
Hepatotoxin from Freshwater Cyanobacterium Microcystis aeruginosa Strain 7820. Toxicon, 25, 285-292,
1987.
DAHLMANN, J., BUDAKOWSKI, W.R., LUCKAS, B., Liquid Chromatography-Electrospray Ionisation-
Mass Spectrometry Based Method For the Simultaneous Determination of Algal and Cyanobacterial Toxins
in Phytoplankton from Marine Waters and Lakes Followed by Tentative Structural Elucidation of
Microcystins. J. Chromatogr. A 994, 45–57, 2003.
DAKHAMA, A., NOUE, J.L, LAVOIE, M.C. Isolation and Identification of Antialgal Substances Produced
by Pseudomonas aeruginosa. Journal of Applied Phycology, 5, 297-306, 1993.
DEARFIELD, K.L., CIMINO, M.C., MCCARROLL, N.E., MAUER, I., VALCOVIC, L.R. Genotoxicity
Risk Assessment: a Proposed Classification Strategy. Mutation Research, 521, 121- 135, 2002.
DELL’ AVERSANO, C., EAGLESHAM, G.K., QUILLIAM, M.A., Analysis of Cyanobacterial Toxins by
Hydrophilic Interaction Liquid Chromatography–Mass Spectroscopy. J. Chromatogr. 1028, 155–164, 2004.
106
DING, W-X., SHEN, H-M., ONG, C-N., Critical Role of Reactive Oxygem Species Formation in
Microcystin-Induced Cytoskeleton Disruption in Primary Cultured Hepatocytes. Journal of Toxicology
Environmental Health, Part A 64, 507-519, 2001.
DING, W-X., SHEN, H-M., ZHU, H-G., LEE, B-L., ONG, C-N., Genotoxicity of Microcystic Cyanobateria
Extract of a Water Source in China. Mutation Research, 442, 69-77, 1999.
DING, W-X., SHEN, H-M., ZHU, H-G., ONG, C-N., Studies on Oxidative Damage Induced by
Cyanobacteria Extract in Primary Cultured Rat Hepatocytes. Environmental Research, 78, 12-18, 1998.
DITTMANN, E., NEILAN, B., ERHARD, M., VON DÖHREN, H., BÖRNER, T., Insertional Mutagenesis
of a Peptide Synthetase Gene Which is Responsible for Hepatotoxin Production in the Cyanobacterium
Microcystis PCC7806. Mol. Microbiol, 26, 779-787, 1997.
EATON, D.L., GALLAGHER, E.P., Mechanism of Aflatoxin Carcinogenesis. Annu. Ver. Pharmacol.
Toxicol., 34, 135-172, 1994.
EDWARDS, C., LAWTON, L.A., BEATTIE, K.A., PLEASANCE, S., CODD, G.A., Analysis of
Microcystins from Cyanobacteria by Liquid Chromatography With Mass Spectrometry Using Atmospheric
Pressure Ionization. Rapid Commun. Mass Sp., 7, 714–721, 1993.
ELER, M.N., CECCARELLI, P.S., BUFON, A.G.M., ESPÍNDOLA, E.L.G., Mortandade de Peixes
(Matrinxã, Brycon cephalus, e Pacu, Piaractus mesopotamicus) Associada a uma Floração de Cianobactérias
em Pesque-Pague, Município de Descalvado, Estado de São Paulo, Brasil. Boletim Técnico do CEPTA,
Pirassununga, 14, 35-45, 2001.
EPPLEY, R.M., Screning method for Zearalenone, Aflatoxin and Ochratoxin. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 51,
(1), 74-78, 1968.
FALCONER, I.R., An Overview of Problems Caused by Toxic Blue-Green Algae (Cyanobacteria) in
Drinking Water and Recreational Water. Environmental Toxicology, 1, (14), 5-12, 1999.
FALCONER, I.R., HUMPAGE, A.R., Health Risk Assessment of Cyanobacterial (Blue-Green Algal) Toxins
in Drinking Water. International Journal of Environmental Research and Public Health, 2, (1), 43–50,
2005.
FALCONER, I.R., Measurement of Toxins from Blue-Green Algae in Water and Foodstuffs. In: Falconer, I.R.
(Ed.), Algal Toxins in Seafood and Drinking Water. Academic Press, London, 165– 175, 1993.
FASTNER, J., ERHARD, M., DOHREN, H., Determination of Oligopeptide Diversity Within a Natural
Population of Microcystis spp. (cyanobacteria) by Typing Single Colonies by Matrixassistedlaser Desorption
Ionization-Time of Flight Mass Spectrometry. Appl. Environ. Microbiol., 67, (11), 5069–5076, 2001.
FASTNER, J., FLIEGER, I., NEUMANN, U., Optimized Extraction of Microcystins from Field Samples a
Comparison of Different Solvents and Procedures. Water Res. 32, (10), 3177–3181, 1998.
FAULK, W.P., TAYLOR, G.M., An Immunocolloid Method for the Electron Microscope .
Immunochemistry, 8 ,1081, 1971.
FERREIRA, H., PITTNER, E., SANCHES, H.F., MONTEIRO, M.C. Aflatoxinas: Um Risco A Saúde
Humana e Animal. Ambiência. Revista do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, 2, (1), 2006.
FISCHER, W.J., DIETRICH, D.R., Pathological and Biochemical Characterization of Microcystin-Induced
Hepatopancreas and Kidney Damage in Carp (Cyprinus carpio). Toxicology and Applied Pharmacology,
167, 73-81, 2000.
FUENTES, J., EDDY, F.B., Cardiovascular Responses in Vivo to Angiotensin II and the Peptide Antagonist
Saralasin in Rainbow Trout Oncorhynchus mykiss. Journal Experimental Biology. 201, 267-272, 1998.
FUJII, K., IKAI, Y., MAYUMI, T., OKA, H., SUZUKI, M., HARADA, K-I., A Nonempirical Method Using
LC/MS for Determination of the Absolute Configuration of Constituent Amino Acids in a Peptide:
Elucidation of Limitations of Marfey’s Method and of Its Separation Mechanism. Analytical Chemistry, 69,
(16), 3346-3352, 1997.
107
FUJII, K., IKAI, Y., OKA, H., SUZUKI, M., HARADA, K-I., A Nonempirical Method Using LC/MS for
Determination of the Absolute Configuration of Constituent Amino Acids in a Peptide: Combination of
Marfey’s Method With Mass Spectrometry and its Pratical Application. Analytical Chemistry, 69, (24),
5146-5151, 1997.
FUJIKI, H., SUEOKA, E., SUGANUMA, M., Carcinogenesis of Microcystins. In: WATANABE, M.F.,
HARADA, K., CARMICHAEL, W.W., FUJIKI, H. (Eds.): Toxic Microcystis. Boca Raton, Florida, CRC
Press, 203-232, 1996.
GAETE, V., CANELO, E., LAGOS, N., ZAMBRANO, F., Inhibitory Effects of Microcystis aeruginosa
Toxin on Ion Pumps of the Gill of Freshwater Fish. Toxicon., 32, 121-127,1994.
GAVES, P.R., HAYSTEAD, T.A.J., Molecular Biologist’s Guide to Proteomics. Microbiol. Mol. Biol. Rev.,
66, (1), 39–63, 2002.
GAVES, P.R., HAYSTEAD, T.A.J., Molecular Biologist’s Guide to Proteomics. Microbiol. Mol. Biol. Rev.,
66, (1), 39–63, 2002.
GEHR, R., SWATZ, C., OFFRINGAM O., Removal of Trihalomethane Precursors from Eutrophic Water by
Dissolved Air Flotation. Water Research, 27, (1), 41-49, 1993.
GIJSBERTSEN-ABRAHAMSE, A.J., SCHMIDT W., CHORUS I., HEIJMAN, S.G.J., Removal of
Cyanotoxins by Ultrafiltration and Nanofiltration. Journal of Membrane Science, (1-2), 252-259, 2005.
GIMENO, E.J., MASSONE, A.R., PORTIANSKY, E.L., Introducción a las Técnicas de
Inmunonohistoquímica y Aplicaciones en Patologia Veterinaria. Octavo Curso Internacional de PosGrado em
Técnicas e Inmunhohistoquimica, lectinohistoquimica y Microscopia Eletronica. La Plata, 45-77, 1997.
GOLDBERG, J., HUANG, H., KWON, Y., GREENGARD, P., NAIRN, A.C., KURIYAN, J., Three
Dimensional Structure of the Catalytic Subunit of Proteinserine/Threonine Phosphatase-1. Nature, 376, 745–
753, 1995.
GOURAMA, H., BULLERMAN, L.B., Aspergillys flavus: Aflatoxigenic Fungi of Concern in Food and Feed.
Journal of Food Protection, 58, 1395-1404, 1995.
GOWEN, R J., Managing Eutrophication Associated With Aquaculture Development. Journal of Applied
Ichthyology, 10, 245-257, 1994.
GRISOLIA, C.K., STARLING, F.L.R.M. Micronuclei Monitoring of Fishes from Lake Paranoá, under
Influence of Sawage Treatment Plant Discharges. Mutation Research, 491, 39-44, 2001.
GRUTZMACHER, G., BO TTCHER, G., CHORUS, I., BARTEL, H., Removal of Microcystins by Slow
Sand Filtration. Environ. Toxicol., 17, (4), 386–394, 2002.
HAIDER, S., NAITHANI, V., VISWANATHAN, P.N., KAKKAR, P., Cyanobacterial Toxins: a Growing
Environmental Concern. Chemosphere, 52, 1-21, 2003.
HALVER, J.E., Aflatoxicosis and Trout Hepatoma. In Goldblatt, la. (Ed). Aflatoxin Scientific Background,
Control, and Implications. Academic Press, New York., 265-306, 1969.
HARADA, K., MURATA, H., QIANG, Z., SUZUKI, M., KONDO, F., Mass Spectrometric Screening
Method for Microcystins in Cyanobacteria. Toxicon, 34, (6), 701-710, 1996.
HARADA, K.I., KONDO, F., LAWTON, L., Laboratory Analysis of Cyanotoxins. In: Chorus, I., Bartram, J.
(Eds.), Toxic Cyanobacteria in Water. E&FN Spon, London, 369–405, 1999.
HARADA, K-I., IMANISHI, S., KATO, H., MIZUNO, M., ITO, E., TSUJI, K., Isolation of Adda from
Microcystin-LR by Microbial Degradation. Toxicon, 44, 107-109, 2004.
HARADA, K-I., MATSUURA, K., SUZUKI, M., WATANABE, M.F., OISHI, S., DAHLEM, A.M.,
BEASLEY, V.R., CARMICHAEL, W.W., Isolation and Characterization of the Minor Components
Associated with Microcystin LR and RR in the Cyanobacterium (Blue-green Algae). Toxicon, 28, 55-64,
1990.
108
HARADA, K-I., OGAWA, K., MATSUURA, K., MURATA, H., SUZUKI, M., WATANABE, M.F.,
ITEZONO, Y., AND NAKAYAMA, N., Isolation of Two Toxic Heptapeptide Microcystins from an Axenic
Strain of Microcystis aeruginosa, K-139. Toxicon, 29, 479-489, 1991.
HARADA, K-I., TSUJI, K., Persistence and Decomposition of Hepatotoxic Microcystins Produced by
Cyanobacteria in Natural Environment. J. Toxicol. Toxin Ver, 17, (3), 385–403, 1998.
HASHIMOTO, E H. Interação Microcistina-Fumonisina-Aflatoxina e o Impacto na Piscicultura. Londrina –
2002. Tese de Mestrado. Programa de Mestrado e Doutorado em Ciência de Alimentos. Universidade
Estadual de Londrina. 2002.
HASHIMOTO, E.H., SANTOS, M.A., ONO, E.Y.S., BRACARENSE, A.P.F.R.L., HIROOKA, E.Y.,
Bromatology and Fumonisin/Aflatoxin Contamination in Aquaculture Feed of the Region of Londrina, State
of Parana, Brazil. Semina. 24 (1), 123-132, 2003.
HEDDLE, J. A., HITE, M., JRKHART, B., MACGREGOR, J. T., SALAMONE, M. F. The Indution of
Micronuclei as a Measure of Genotoxicity. Mutation Research, 123, 61-118, 1983.
HENDRICKS, J.D., Chemical Carcinogenesis in Fish. In Aquatic Toxicology. Ed. Weber, L.J. Raven Press.
New York, 149-211,1982.
HEWETT, J.A., ROTH, R.A., Hepatic and Extra-Hepatic Pathobiology of Bacterial Lipopolysacharides.
Pharmacology, 45, 381-411,1993.
HIBAYASHI, R., IMAMURA, N., Action Mechanism of a Selective Anti-Cyanobacterial Compound,
Argimicin A. The Journal of Antibiotics, 56, (2), 154-159, 2003.
HIROOKA, E.Y., YAMAGUCHI, M.M., AOYAMA, S., UENO, Y. The Natural Occurrence of Fumonisin in
Brazilian Corn Kernels. Food Additives and Contaminants, New York ,13, 173-183, 1996.
HITZFELD, B., FISCHER, W., EROKSSON, J., MIKHAILOV, A., DIETRICH, D., Immunochemical
Localization of Microcistina-LR Associated Pathological Changes in Rainbow Trout (Oncorhynchus mykiss).
Abstracts. Harmful algal blooms, Ninth Conference Tasmania, 2000.
HOEGER, S.J., HITZFELD, B.C., DIETRICH, D.R., Occurrence and Elimination of Cyanobacterial Toxins
in Drinking Water Treatment Plants. Toxicol. Appl. Pharmacol., 203, 231–242, 2005.
HOOSER S.B., BEASLEY V.R., BASGALL, E.J., CARMICHAEL, W.W., HASCHEK W.M., Microcystin-
LR- Induced Ultra-Structural Changes in Rats. Veterinary Pathology, 27, 9-15, 1990.
HOOSER, S.B, BEASLEY, V.R., WAITE, L.L., KUKLENSCHMIDT, M.S., CARMICHAEL, W. W.,
HASCHEK, W. M., Actin Filament Alterations in Rat Hepatocytes Induced in vivo and in vitro by
Microcystin-LR, a Hepatotoxin from the Blue-Green Algae Microcystis aeruginosa. Veterinary Pathology,
28, 259-266, 1991.
HOUK, V.S., The Genotoxicity of Industrial Wastes and Effluents: A Review. Mutation Research, 277, 91-
138, 1992.
HUNTER, S A., BURSTEIN, S., SEDOR, C., Stimulation of Prostaglandin Sinthesis in WI-38 Human Lung
Fibroblasts Following Inhibition of Phospholipid Acylation by p-hydroxy Mercurebenzoate. Biochemistry
Biophysics Acta, 793, 202, 1984.
IARC., IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risk to Human: Some Naturally Occuring
Substances. In: Food Items and Constituents Heterocyclic Aromatic Amines and Mycotoxins. 56. IARC,
Lyon, France, 245-395, 1993.
IMAMURA, N., MOTOIKE, I., NODA, M., ADACHI, K., KONNO, A., FUKAMI, H., Argimicin A, a
Novel Anti-Cyanobacterial Coumpound Produced by an Algal-Lysing Bacterium. The Journal of
antibiotics, 53, (11), 1317-1319, 2000.
IMANISHI, S., KATO, H., MIZUNO, M., TSUJI, K., HARADA, K.-I., Bacterial Degradation of
Microcystins and Nodularin. Chem.Res. Toxicol, 18, (3), 591–598, 2005.
109
INAMORI, Y., SUGIURA, N., IWAMI, N., MATSUMURA, M., HIROKI, M., WATANABE, M.M.,
Degradation of the toxic Cyanobacterium Microcystis viridis Using Predaceous Micro-Animals Combined
with Bacteria. Phycological Research, 46, 37-44, 1998.
ISHII, H., NISHIJIMA, M., ABE, T., Characterization of Degradation Process of Cyanobacterial
Hepatotoxins by a Gram-Negative Aerobic Bacterium. Water Research, 38 (11), 2667–2676, 2004.
ITO, E., KONDO, F., TERAO, K., HARADA, K-I., Neoplastic Nodular Formation in Mouse Liver Induced
by Repeated Intraperitoneal Injections of Microcystin-LR. Toxicon, 35, (9), 1453-1457, 1997.
JANTRAROTAI W., LOVELL, R.T., Subchronic Toxicity of Dietary Aflatoxin B1 to Channel Catfish. J.
Aquatic Animal Health, 2, 248-254, 1990.
JOCHIMSEN, E.M.; CARMICHAEL, W.W.; AN, J.; CARDO, D.; COOKSON, S.T.; HOLMES, C.E.M.;
ANTUNES, M.B.C.; MELO FILHO, D.A.; LYRA, T.M.; BARRETO, V.; AZEVEDO, S.M.F.O.; JARVIS,
W.R. Liver failure and death following exposure to microcystin toxins at a hemodialysis center in Brazil. The
New England Journal of Medicine, 338 (13), 873-878, 1998.
JONES, G.J., BOURNE, D., BLAKELEY, R.L., DOELLE, H., Degradation of the Cyanobacterial
Hepatotoxin Microcystin by Aquatic Bacteria. Natural Toxins, 2, 228–235, 1994.
JUBB, K.V.F., KENNEDY, P.C., PALMER, N.; Chronic Inflammation of the Intestine May Render the
Mucosa Permeable to Antigen Present in the Lumen. In: Pathology of Domestic Animals. Academic Press,
Fl., 39,1985.
KAMOGAE, M., HASHIMOTO, E.H., PÁDUA, C.G., SOARES, F.S., BRACARENSE, A.P.F.L., YABE,
M.J.S., ONO, E.Y.S., BITTENCOURT-OLIVEIRA, M.C., SANT´ANA, C.L., TSUTSUMI, T., NAGATA,
S., UENO, Y., HARADA, K-I., HIROOKA, E.Y., Monitoring Microcystin and Physicochemical Parameters:
Role of Agricultural-Aquaculture Activity in the Water Quality. In: Mycotoxins and Phycotoxins – Advances
in Determination, Toxicology and Exposure Management. Eds. Njapau, H., Trujillo, S., Van Egmond, H.P.,
Park, D.L., Wageningen Academic Publishers, 321-331, 2006.
KAMOGAE, M., Monitoramento de Microcistinas e Estudo de Parâmetros que Favorecem o Seu
Desenvolvimento nas Rrepresas de Itaipu, Capivara e Três Bocas. Dissertação de Doutorado Apresentado ao
Programa de Mestrado e Doutorado em Ciência de Alimentos-CCA-TAM, Universidade Estadual de
Londrina- Londrina-PR,111, 2002.
KATO, H., IMANISHI, S., TSUJI, K., HARADA, K-I. Microbial Degradation of Cyanobacteria Cyclic
Peptides. Water Research, 41 (8), 1754-1762, 2007.
KAUR, K., BATT, T.R, HEALTHCOTE, G.R, KEAY, G., LEADBEATER, B.S.C., Treatment of Algal-
Laden Water: Pilot Plant Experiences. Journal IWEM, 8, 22-32, 1994.
KAWAMURA, O., LIM, J., UENO, Y., Analysis of Aflatoxin B1-Human Serum Albumin Adducts by a
Sanwich Enzyme-Linked Immunosorbent Assay. Mycotoxins, 43, 43-46, 1996.
KAYA, K., SANO, T., Total Microcystin Determination Using Erythro-2- Methyl-3- (Methoxy-(3))-4-
Phenylbutyric Acid (MMPB-(3)) as the Internal Standard. Anal. Chim. Acta, 386, 107–112, 1999.
KE, Z., XIE, P., GUO, L., LIU, Y., YANG, H., In situ Study on the Control of Toxic Microcystis Blooms
Using Phytoplanktivorous Fish in the Subtropical Lake. Taihu of China: A large Fish Pen Experiment.
Aquaculture, 265, 127-138, 2007.
KESHAVANATH, P., BEVERIDGE, C.M., BAIRD, D.J., LAWTON, L.A., NIMMO, A., CODD, A., The
Functional Grazing Response of a Phytoplanktivorus Fish Oreochormis niloticus to Mixtures of Toxic and
Non-Toxic Strains of the Cyanobacterium Microcystis aeruginosa. Journal of Fish Biology, 45, 123-129,
1994.
KODANI, S., IMOTO, A., MITSUTANI, A., MURAKAMI, M., Isolation and Identification of the Antialgal
Compound, Harmane (1-Methyl-β-Carbonile), Produced by the Algicidal Bacterium, Pseudomonas sp. K44-
1. Journal of Applied Phycology, 14, 109-114, 2002.
110
KONDO, F., IKAI, Y., OKA, H., OKAMURA, M., ISHIKAWA, N., HARADA, K-I., MATSUURA, K.,
MURATA, H., SUZUKI, M., Formation, Characterization and Toxicity of the Gluthatione and Cystine
Conjugates of Toxic Heptapeptide Microcystins. Chemical Research Toxicology, 5, 591-596, 1992.
KONDO, F., ITO, Y., OKA, H., YAMADA, S., TSUJI, K., IMOKAWA, M., NIIMI, Y., HARADA, K.,
UENO, Y., MIYAZAKI, Y., Determination of Microcystins in Lake Water Using Reusable Immunoaffinity
Column. Toxicon, 40, 893–899, 2002.
LANKOFF, A., KRZOWSKI, L., GLAB, J., BANASIK, A., LISOWSKA, H., KUSZEWSKI, T., GOZDZ, S.,
WOJCIK, A., DNA Damage and Repair in Human Peripheral Blood Lymphocytes Following Treatment with
Microcystin-LR, Mutation Research, 559, 131-142, 2004.
LAWTON, L.A., BEATTIE, K.A., HAWSER, S.P., CAMPBELL, D.L., CODD,G.A., Evaluation of Assay
Methods for the Determination of Cyanobacterial Hepatotoxicity. In: Codd, G.A., JeffriesT.M., Keevil, C.W.,
Potter, E. (Eds.), Special Publication - Detect Methods Cyanobacterial Toxins, vol. 149. The Royal Society
of Chemistry, Cambridge, 111–116, 1994.
LAWTON, L.A., EDWARDS, C., Purification of Microcystins - Review. J. Chromatogr. A, 912, 191–209,
2001.
LAYBOURN-PARRY, J., JONES, K., HOLDICH, J.P. Grazyng by Mayorella sp (Protozoa: Sarcodina) on
Cyanobacteria. Functional Ecology, 1, 99-104, 1987.
LeCLAIRE, R.D., PARKER, G.W., FRANZ, D.R., Hemodynamic and Colorimetric Changes Induced by
Microcystin -LR in the Rat. Journal Applied Toxicology, 15, 4, 303-311, 1995.
LEE, R. F., STEINERT, S., Use of the Single Cell Gel Electrophoresis/Comet Assay for Detecting DNA
Damage in Aquatic (Marine and Freshwater) Animals. Mutation Research, 544, 43-64, 2003.
LEMES, G.A.F., KERNSANACH, R., PINTO, L.S., DELLAGOSTIN, O.A., YUNES, J.S.,
MATTHIENSEN, A., Biodegradation of Microcystin by Aquatic Burkholderia sp. From a South Brazilian
Coastal Lagoon. Ecotoxicology and Environmental Safety, doi:10.1016/j.ecoenv.2007, 03, 013, 2007.
LI, L., XIE, P., CHEN, J., Biochemical and Ultrastructural Changes of the Liver and Kidney of the
Phytoplanktivorous Silver Carp Feeding Naturally on Toxic Microcystis Blooms in Taihu Lake, China.
Toxicon, 49, 1042-1053, 2007.
LI, X., LIU, Y., SONG, L., LIU, J., Response of Antioxidant Systems in the Hepatoticytes of Common Carp
(Cyprinus carpio L.) to the Toxicity of Microcystin-LR. Toxicon, 42, 85-89, 2003.
LI, X-Y., CHUNG, I-K., KIM, J-I., LEE, J-A., Subchronic Oral Toxicity of Microcystin in Common Carp
(Cyprinus carpio L.) Exposed to Microcystis Under Laboratory Conditions. Toxicon, 44, 821-827, 2004.
LOTLIKAR, P.D., Metabolic Basis Susceptibility and Resistance to Aflatoxin B
1
Hepatocarcinogenesis in
Rodents. J. Toxicol. Toxin Ver., 9, 97-109, 1989.
LOVELL, D. P., THOMAS, G., DUBOW, R., Issues Related to the Experimental Design and Subsequent
Statistical Analysis of In Vivo and In Vitro Comet Studies. Teratogenesis, Carcinogenesis, and
Mutagenesis, 19, 109-119, 1999.
MACKINTOSH, C., BEATTIE, K.A., KLUMPP, S., COHEN, P., COOD, G.A., Cyanobacterial Microcystin
LR is a Potent and Specific Inhibitor of Protein Phosphatases 1 and 2A. Febs Letters, 264, 187-192, 1990.
MACKINTOSH, R.W., DALBY, K.N., CAMPBELL, D.G., COHEN, P.T.W., COHEN, P., MACKINTOSH,
C., The Cyanobacterial Toxin Microcystin Binds Covalently to Cysteine-273 on Protein Phosphatase 1. FEBS
Lett., 371, 236– 240, 1995.
MADHUSUDHANAN, N., KAVITHALAKSHMI, S.N., SHANMUGASUNDARAM, K.R.,
SHANMUGASUNDARAM, E.R.B., Oxidative Damage to Lipids and Proteins Induced by Aflatoxin B
1
in
Fish (Labeo rohita) – Protective Role of Amrita Bindu. Environmental Toxicology and Pharmacology, 17,
73-77, 2004.
111
MAGALHÃES, V.F., MARINHO, M.M., DOMINGOS, P., OLIVEIRA, A.C., COSTA, S.M.., AZEVEDO,
L.O., AZEVEDO, S.M.F.O., Microcystins (Cyanobacteria hepatotoxins) Bioaccumulation in Fish and
Crustaceans from Sepetiba bay (Brazil, RJ). Toxicon, 42, 289-295, 2003.
MAGALHÃES, V.F., SOARES, R.M., AZEVEDO, S.M.F.O., Mycrocystin Contamination in Fish from the
Jacarepaguá Lagoon (Rio de Janeiro, Brasil): Ecological Implication and Human Health Risk. Toxicon, 39, 7,
1077-85, 2001.
MALORNY, U., BILDAU, H., SORG, C., Efficient Inhibition of Endogenous Peroxidase without Antigen
Denaturation in Immunohistochemistry. J. Immunol Methods, 111, (1), 101-107, 1988.
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Departamento de Pesca e Aqüicultura - DPA.
Acesso: <http://www.agricultura.gov.br/dpa
> Em 10 de outubro de 2002.
MARFEY, P., Determination of D-amino Acids, II. Use of a Bifunctional Reagent, 1,5-Difluoro-2,4-
Dinitrobenzene. Carlsberg Res. Commun, 49, 591-596,1984.
MARUYAMA, T., KATO, K., YOKOYAMA, A., TANAKA, T., HIRAISHI, A., PARK, H.D., Dyamicis of
Microcystin-Degrading Bacteria in Mucilage of Microcystis. Microbial Ecology, 46, (2), 279-288, 2003.
MARUYAMA, T., PARK, H.D., OZAWA, K., TANAKA, Y., SUMINO, T., HAMANA, K., HIRAISHI, A.,
KATO, K., Sphingosinicella microcystinivorans gen. nov., sp. nov., a Microcystin-Degrading Bacterium. Int.
J. Syst. Evol. Microbiol, 56, (1), 85–89, 2006.
MASON, D.Y. Immunoenzymatic Labelling of Monoclonal Antibodies Using Immune Complexes of
Alkaline Phosphatase and Monoclonal Anti-Alkaline Phosphatase (APAAP Complexes). J. Histochem.
Cytochem, 32, (2), 219-229, 1984.
Matsumoto, F.E. and Cóllus, I.M.S.,. Micronucleus frequencies in Astynax bimaculatus (Characidae) treated
with cyclophosphamide or vinblastine sulfate. Genetics and Molecular Biology, 23 (2), 489-492. 2000.
MATSUMOTO, F.E., CÓLLUS, I.M.S., Micronucleus Frequencies in Astynax bimaculatus (Characidae)
Treated with Cyclophosphamide or Vinblastine Sulfate. Genetics and Molecular Biology, 23, (2), 489- 492,
2000.
MATSUZAKI, M., MUCCI, J.L.N., SANT’ANNA, C.L., Comunidade Fitoplanctônica de um Pesqueiro no
Município de São Paulo: Aspectos Ecológicos e Sanitários. IX Reunião Brasileira de Ficologia. Algas –
Biodiversidade e Exploração Racional. Sociedade Brasileira de Ficologia.p.159. Fundação Ecossistemas do
Espírito Santo, Santa Cruz, Aracruz, ES. 02-06/03/2002.
McELHINEY, J., DREVER, M., LAWTON, L.A., PORTER, A.J., Rapid Isolation of a Single Chain
Antibody Against the Cyanobacterial Toxin Microcystin- LR Using Phage Display, and Its Use in the
Immunoaffinity Concentration of Microcystins from Water. Appl. Environ. Microbiol, 68, 5288– 5295,
2002.
McELHINEY, J., LAWTON, L.A., Detection of the Cyanobacterial Hepatotoxins Microcystins. Toxicol.
Appl. Pharmacol, 203, (3), 219–230, 2005.
McELHINEY, J., LAWTON, L.A., PORTER, A.J.R., Detection and Quantification of Microcystins
(Cyanobacterial Hepatotoxins) with Recombinant Antibody Fragments Isolated from a Naive Human Phage
Display Library. FEMS Microbiol. Lett, 193, 83– 88, 2000.
MERILUOTO, J., GUEIMONDE, M., HASKARD, C.A., SPOOF, L., SJÖVALL, O., SALMINEN, S.,
Removal of the Cyanobacterial, Toxin Microcystin-LR by Human Probiotics. Toxicon , xx, (1-4) , 2005.
MERILUOTO, J.A.O., Chromatography of Microcystins. Anal.Chim. Acta, 352, 277–298,1997.
MERILUOTO, J.A.O., ERIKSSON, J.E., Rapid Analysis of Peptide Toxins in Cyanobacteria. J.
Chromatogr, 438, 93–99, 1988.
MERSCH, J., BEAUVAIS, M-N., The Micronucleus Assay in the Zebra Mussel, Dreissena polymorpha, to in
Situ Monitor Genotoxicity in Freshwater Environments. Mutation Research, 383, 141-149, 1997.
METCALF, J.S., BELL, S.G., CODD, G.A., Production of Novel Polyclonal Antibodies Against the
Cyanobacterial Toxin Microcystin-LR and Their Application for the Detection and Quantification of
112
Microcystins and Nodularin. Water Res, 34, 2761–2769, 2000.
METCALF, J.S., BELL, S.G., CODD, G.A., Production of Novel Polyclonal Antibodies Against the
Cyanobacterial Toxin Microcystin- LR and Their Application for the Detection and Quantification of
Microcystins and Nodularin. Water Res, 34, 2761–2769, 2000.
MINISSI, S., CICCOTTI, E., RIZZONI, M., Micronucleus Test in Erytrocytes of Barbus plebejus (Teleostei
Pisces) from to Natural Environments: A Bioassay for the in situ Detection of Mutagens in Freshwater.
Mutation Research, 367, 245-251, 1996.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria 1469 - Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano.
Ministério da Saúde. 29/12/2000.
MIURA, G.A., ROBINSON, N.A., LAWRENCE, W.B., PACE, J.C., Hepatotoxicity of Microcystin-LR in
Fed and Fasted Rat. Toxicon, 29, 337, 1991.
MOOLLAN, R.W., RAE, B., VERBEEK, A., Some Comments on the Determination of Microcystin Toxins
in Waters by High Performance Liquid Chromatography. Analyst, 121, 233–238, 1996.
MOUNTFORT, D.O., HOLLAND, P., SPROSEN, J., Method for Detecting Classes of Microcystins by
Combination Protein phosphatase inhibition assay and ELISA: comparison with LC-MS. Toxicon, 45(2),
199-206, 2005
NAGATA, S., SOUTOME, H., TSUTSUMI, T., HASEGAWA, A., SEKIJIMA, M., SUGAMATA, M.,
HARADA, K.-I., SUGANUMA, M., UENO, Y., Novel Monoclonal Antibodies against Microcystin and
Their Protective Activity for Hepatotoxicity. Nat. Toxins, 3, 78–86, 1995.
NAKANE, P.K., PIERCE, G.B., Enzyme Labelled Antibodies: Preparation and Application for the
Localization of Antigens. J. Histochem. Cytochem, 14, 929-931, 1966.
NAKATSURU, Y., QIN, X., MASAHITO, P., ISHIKAWA, T., Immunological Detection of in vitro
Aflatoxin B
1
-DNA Adduct Formation in Rats, Rainbow Trout and Coho Salmon. Carcinogenesis, 11, (9),
1523-1526, 1989.
NAMIKOSHI, M., RINEHART, K. L., SAKAI, R., SCOTTS, R.R., DAHLEN, A.M., BEASLEY, V.R.,
CARMICHAEL, W.W., EVANS, W.R., Identification of 12 Hepatotoxins from Homer Lake Bloom of
Cyanobacteria Microcystis aeruginosa, M. viridis, M. wesenbergii: nine New Microcystins. Journal Organic
Chemistry, 57, 866-872, 1992.
NASSEM, S.M., HINES, H.B., CREASIA, D.A., Inhibition of Microcystin-Induced Release of
Cycloxygenase Products from Rat Hepatocytes by Anti-Inflamatory Steroids. Proc. Soc. Exp. Biol. Med.,
195, 345-399, 1990.
NISHIWAKI-MATSUSHIMA, R., OHTA, T., NISHIWAKI, S., SUGANUMA, M., KOHYAMA, K.,
ISHIKAWA, T., CARMICHAEL, W.W., FUJIKI, H., Liver Tumor Promotion by the Cyanobacterial Cyclic
Peptide Toxin Microcystin-LR. Journal of Cancer Research Clinical Oncology, 118, 420-424, 1992.
O GLOBO. Análise da Feema Revela: Peixes das Lagoas da Barra estão Contaminados. Tilápias, Vendidas na
Ceasa, têm Toxina acima do Recomendado para Consumo. Rio de janeiro, RJ, Brasil, 2007.
ONO, E.Y.S., HIROOKA, E.Y., Hazards of Fusarium verticillioides, a Mycotoxigenic Fungus. In:
KUSHWAHA, R.K.S. (Ed.) Fungi in Human and Animal Health. Índia: Scientific Publishers, 355-385,
2002.
ONO, E.Y.S., KAWAMURA, O., ONO, M.A., UENO, Y., HIROOKA, E.Y., A Comparative Study of
Indirect Competitive ELISA and HPLC for Fumonisin Detection in Corn of the State of Paraná, Brazil. Food
and Agricultural Immunology, 12, (1), 5-14, 2000.
ONO, E.Y.S., SASAKI, E.Y., HASHIMOTO, E.H., HARA, L.N., CORRÊA, B., ITANO, E.N., SUGIURA,
Y., UENO, Y., HIROOKA, E.Y., Post-Harvest Storage of Corn: Effect of Beginning Moisture Content on
Mycoflora and Fumonisina Contamination. Food Additives and Contaminants, 19, (11), 1081-1090, 2002.
113
ONO, E.Y.S., SUGIURA, Y., HOMECHIN, M., KAMOGAE, M., UENO, Y., HIROOKA, E.Y., Effect of
Climatic Condition on Natural Mycoflora and Fumonisin in Freshly Harvested Corn of the State of Paraná,
Brazil. Mycopathologia, 147, (3), 139-148, 1999.
OTT, J.L., CARMICHAEL, W.W., LC/ESI/MS Method Development for the Analysis of Hepatotoxic Cyclic
Peptide Microcystins in Animal Tissues. Toxicon, 47, (7), 734–741, 2006.
PADILHA, J.B., Rações: Consumo Deverá Crescer 7% em 2002. Folha rural, Folha de Londrina,
29/11/2001.
PALHARES, D., GRISOLIA, C.K., Comparison Between the Micronucleus Frequencies of Kidney and Gill
Erythrocyte in Tilapia Fish, Following Mitomycin C Treatment. Genetic Molecular Biology. 25, 281-284,
2002.
PANDRANGI, R., PETRAS, M., RALPH, S., VRZOC, M., Alkaline Single Cell Gel (Comet) Assay and
Genotoxicity Monitoring Using Bullheads and Carp. Environmental Molecular Mutagenesis, 26, 345-356,
1995.
PARK, H.D., SASAKI, Y., MARUYAMA, T., YANAGISAWA, E., HIRAISHI, A., KATO, K.,. Degradation
of the Cyanobacterial Hepatotoxin Microcystin by a New Bacterium Isolated from a Hypertrophic Lake.
Environ. Toxicol, 16, (4), 337–343, 2001.
PEREZ, S., AGA, D.S., Recent Advances in the Sample Preparation, Liquid Chromatography Tandem Mass
Spectrometric Analysis and Environmental Fate of Microcystins in Water. TrAC Trends Anal. Chem., 24,
(7), 658–670, 2005.
PHILIPS, M.J., ROBERTS, R.J., STEWART, J.A., CODD, G.A., The Toxicity of the Cyanobacterium
Microcystis aeruginosa to Rainbow Trout, Saomogairderi Richardson. Journal Fish Disease, 8, 339-344,
1985.
PLAKAS S.M., LOVELAND, P.M., BAILEY, G.S., WILSON, G.L. Tissue Disposition and Excretion of
C14-Labelled Aflatoxin B1 After Oral Administration in Chanel Catfish. Food Chem. Toxic., 29, (12), 805-
808, 1991.
RABELLO-GAY, M.N., RODRÍGUEZ, M.A.R., MONTELEONE-NETO, R., Testes com Organismos
Superiores. In: Mutagênese, Teratogênese e Carcinogênese: Métodos e Critérios de Avaliação. Ribeirão Preto,
Sociedade Brasileira de Genética, Revista Brasileira de Genética, 59 e 75, 1991.
RABERGH, C.M.I., BYLUND, G., ERIKSSON, J. E., Histopathological Effects of Microcystin-LR, a Cyclic
Peptide Toxin from the Cyanobacterium (Blue-Green Alga) Microcystis aeruginosa, on Common Carp
(Cyprinus carpio L.). Aquatic Toxicology, 20, 131-146, 1991.
RAMOS, A.J., HERNÁNDEZ, E., Prevention of Aflatoxicosis in Farm Animals by Means of Hygrated
Sodium Calcium Aluminosilicate Addition to Feedstuffs: a Review. Animal Feed Science Technology, 65,
197-206, 1997.
RAPALA, J., KIRSTI, E., JAANA., SIVONEN, K., LAHTI, K., Detection of Microcystins with Protein
Phosphatase Inhibition Assay, High-Performance Liquid Chromatography–UV Detection and Enzyme-Linked
Immunosorbent Assay, Comparison of Methods. Anal. Chim. Acta, 466, (2), 213–231, 2002.
RAPALA, J., LAHTI, K., Methods for Detection of Cyanobacterial Toxins. In: Franca, Palumbo,
GiulianoZiglip, Andre’Van der Beken (Eds.), Detection Methods for Algae, Protozoa and Helminthes in
Fresh and Drinking Water. Water Quality Measurement Series.Wiley, New York, 107–128, 2002.
REDHEAD, K., WRIGHT, S.J. Lysis of the Cyanobacterium Anabaena flos-acquae by Antibiotic Producing
Fungi. Journal of Microbiology, 119, 95-101, 1980.
REIM, R.L., SHANE, M.S., CANNON, R.E., The Characterization of a Bacillus Capable of Blue-Green
Bactericidal Activity. Canadian Journal of Microbiology, 20, 981-986, 1974.
Repavich, W.M., Sonzogoni, W.C., Standridge, J.H., Wedepohl, R.E., Meisner, L.F., 1990. Cyanobacterial
(blue-green algae) in Wiscosin waters: acute and chronic toxicity. Water Research. 24, 225-231.
114
REPAVICH, W.M., SONZOGONI, W.C., STANDRIDGE, J.H., WEDEPOHL, R.E., MEISNER, L.F.,
CYANOBACTERIAL (Blue-Green Algae) in Wiscosin Waters: Acute and Chronic Toxicity. Water
Research, 24, 225-231, 1990.
REYNOLDS, C.S,, JAWORSKI, G,H,M,, CMIECH, H,A,, LEEDALE, G.F., On the Annual Cycle of the
Blue-Green Algae Microcystis aeruginosa Kútz Elekin. Proceedings and Philosophical Transactions of the
Royal Society of London. Biological Sciences, 293, 1068, 419-477, 1981.
RINEHART, K.L., NAMIKOSHI, M., CHOI, B.W., Structure and Biosynthesis of Toxins from Blue-Green
Algae (Cyanobacteria). Journal of Applied Phycology, 6, 159-176, 1994.
RIVASSEAU, C., RACAUD, P., DEGUIN, A., HENNION, M.-C., Development of a Bioanalytical
Phosphatase Inhibition Test for the Monitoring of Microcystins in Environmental Water Samples. Anal.
Chim. Acta, 394, 243– 257, 1999.
RODGER, H.D., TURNBULL, T., EDWARDS, C., CODD, GA., Cyanobacterial Bloom Associated
Pathology in Brown Trout Salmo trutta L. Journal Fish Disease, 17, 117-181, 1994.
RODRIGUEZ, E., ONSTAD, G.D., KULL, T.P.J., METCALF., J.S. Acero, J.L., Gunten., U.V. Oxidative
Elimination of Cyanotoxins: Comparison of Ozone, Chlorine, Chlorine Dioxide and Permanganate, Water
Research, doi:10.1016/j.watres.2007.03.033, 2007.
RUNNEGAR, M.T.C., GERDES, R.G., FALCONER, I.R., The Uptake of the Cyanobacterial Hepatotoxin
Microcystin by Isolated Rat Hepatocytes. Toxicon, 29, 43-51, 1991.
SAFFERMAN, R.S., MORRIS, M., Evaluation of Natural Products for Algicidal Properties. Applied
Microbiology, 10, 289-292, 1962.
SAITO, K., ISHII, H., NISHIDA, F., SAITO, H., ABE, T., TOYOTA, Y., Purification of Microcystins by
DEAE and C18 Cartridge Chromatography. Toxicon, 40, (1), 97–101, 2002.
SAITO, T., OKANO, K., PARK, H-D., ITAYAMA, T., INAMORI, Y., NEILAN, B.A., BURNS, B.P.,
SUGIURA, N., Detection and Sequencing of the Microcystin LR-Degrading Gene, mlrA, from New Bacteria
Isolated from Japanese Lakes. FEMS Microbiology Letters, 229, 271-276, 2003.
SAITOU, T., SUGIURA, N., ITAYAMA, T., INAMORI, Y., MATSUMURA, M., Degradation
Characteristics of Microcystins by Isolated Bacteria from Lake Kasumigaura. J. Wat. Supply Res. Technol.
Aqua, 52, (1), 13–18, 2003.
SAKAI, H., OGUMA, K., KATAYAMA, H., OHG, S., Effects of Low or Medium-Pressure UV Irradiation
on the Release of Intracellular Microcystin Water Research., doi:10.1016/j.watres.2007.04.031, 2007.
SALLAL, A.K., Lysis of Cyanobacteria with Flexibacter spp Isolated from Domestic Sewage. Microbios,
77, 57-67, 1994.
SANGOLKAR, L.N., MASKE, S.S., CHAKRABARTI, T., Methods for Determining Microcystins
(Peptidehepatotoxins) and Microcystin-Producing Cyanobacteria. Water Research, 40, 3485 – 3496, 2006.
SCHIMIDT, W., WILMITZER, H., BORNMANN, K., PIETSC, J., Production of Drinking Water from Raw
Water Containing Cyanobacteria-Pilot Plant Studies for Assessing the Risk of Microcystin Breakthough.
Environmental Toxicology, 17, 375-385, 2002.
SCUDAMORE, K.A., HETMANSKI, M.T., CHAN, H.K., COLLINS, S., Occurrence of Mycotoxins in Raw
Ingredients Used for Animal Feeding Stuffs in the United Kingdom in 1992. Food Addit Contam, 14, (2),
157-73, 1997.
SEAB - Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. Aspectos da Agropecuária Paranaense
Piscicultura. Acesso:<: http://www.pr.gov.br/seab/aspectos/piscicu.html
/>. Acesso em: 01/09/2003.
SEAP – SECRETARIA ESPECIAL DE AQUICULTURA E PESCA. Diretoria de Desenvolvimento da
Aqüicultura, Aqüicultura no Brasil. Acesso:< :
http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seap/aqui/
> em 28 de abril de 2007.
115
SEKIJIMA, M., TSUTSUMI, T., YOSHIDA, T., HARADA, T., TASHIRO, F., CHEN, G., YU, S-Z., UENO
Y., Enhancement of Glutathione S-Transferase Placental-Form Positive Liver Cell Foci Development by
Microcistin-LR in Alfatoxin B
1
-Iniciated Rats. Carcinogenesis, 20, (1), 161-165, 1999.
SHEN, H.M., SHI, C.Y., LEE, H.P., ONG, C.N., Aflatoxin B
1
-Induced Peroxidation in Rat Liver. Toxicol.
Appl. Pharmacol., 127, (1), 145-150, 1994.
SIGEE, D.C., GLENN, R., ANDREWS, M.J., BELLINGER, E.G., BUTLER, R.D., EPTON, H.A.S.,
HENDRY, R.D., Biological Control of Cyanobacteria: Principle and Possibilities. Hydrobiologia, 395/396,
161–172. 1999.
SINGH, N.P., MCCOY, M.T., TICE, R.R., SCHNEIDER, E.L., A Single Technique for Quantification of
Low Levels of DNA Damage in Individual Cells. Experimental Cell Research, 175, 184-191, 1988.
SINNHUBER, R.O., WALES, J.H., HENDRICKS, J.D., PUTNAM, G.B., NIXON, J.E. PAWLOWSKI, N.E.,
Trout Bioassay of Mycotoxins. In Mycotoxins. In: Human and Animal Health (RODRICKS, J.D., Ed.)
Pathotox, 731-744, 1977.
SIREN, H., JUSSILA, M., LIU, H., PELTONIEMI, S., SIVONEN, K., RIEKKOLA, M.L., Separation, Purity
Testing and Identification of Cyanobacterial Hepatotoxins with Capillary Electrophoresis and Electrospray
Mass Epectrometry. J. Chromatogr. A, 839, 203–215,1999.
SIVONEN, K., CARMICHAEL, W.W., NAMIKOSHI, M., RINEHART, K., DAHLEM, A .M., NIEMELA,
S.I., Isolation and Characterization of Hepatotoxic Microcystin Homologs from the Filamentous Freshwater
Cyanobacterium Nostoc sp Strain 152. Appl. Environ. Microbiol., 56, 2650-57, 1990.
SIVONEN, K., JONES, G., IN: I. CHORUS, J. BARTRAM (Eds.), Toxic Cyanobacteria in Water—A Guide
to Their Public Health Consequences, Monitoring and Management. E&FP Spon, London, 41–112,1999.
SMITH J.E., MOSS, M.O. (ed)., Mycotoxins, Formation, Analysis and Significance, John Wiley & Sons Ltd,
148, 1985.
SOARES, R.M., MAGALHAES, V.F., AZEVEDO, S.M., Accumulation and Depuration of Microcystins
(Cyanobacteria Hepatotoxins) in Tilapia rendalli (Cichlidae) Under Laboratory Conditions. Aquat. Toxicol.,
70, (1), 1-10, 2004.
SPEIT, G., HARTMANN, A., The Comet Assay (Single Cell Gel Test) – A Sensitive Genotoxicity Test for
Detection of DNA Damage and Repair. Methods in Molecular Biology, DNA-Repair Protocols: Eucaryotic
Systems. New York, Henderson, D. S. Human Press Inc.: Totowa, 113, 1999.
SPOOF, L., VESTERKVIST, P., LINDHOLM, T., MERILUOTO, J., Screening for Cyanobacterial
Hepatotoxins Microcystins and Nodularin in Environmental Water Samples by Reversed-Phase Liquid
Chromatography–Electrospray Ionisation Mass Spectrometry. J. Chromatogr. A, 1020, (1), 101–115, 2003.
STOTTS, R R., NAMIKOSHI, M., HASCHEK, W.M., RINEHART, K.L., CARMICHAEL, W.W.,
DAHLEN, A.M., BEASLEY, V.R., Structural Modifications Imparting Reduced Toxicity in Microcystins
from Microcystis sp. Toxicon, 31, 783-793, 1993.
SUGAYA, Y., YASUNO, M., YANAI, T., Effect of Toxic Microcystis viridis and Isolated Toxins on Gold
Fish. Japan Journal Limnology, 51, 149 - 153, 1990.
TABOLT, C., HOLE, R., Fish Diets and the Control of Eutrophication Resulting from Aquaculture. Journal
of Applied Ichthyology, 10, 258-270, 1994.
TAKAMURA, Y., YAMADA, T., KIMOTO, A., KANEHAMA, N., TANAKA, T, NAKADAIRA, S.,
YAGI, O. Growth Inhibition of Microcystis Cyanobacteria by L-Lysine and Disappearance of Natural
Microcystis Blooms with Spraying. Microbes Environ. 19 (1), 31-39, 2004.
TAKENAKA, S., WATANABE, M.F., Microcystin-LR Degradation by Pseudomonas aeruginosa Alkaline
Protease. Chemosphere, 34, (4), 749-757, 1997.
TAMANAHA, M.S., GARCIA, M., RÖRIG, L.R., TAMASSIA, S.T.J., SCHAPPO, C.L., Modelo Alto do
Itajaí de Piscicultura Integrada: (4) Composição Qualitativa e Quantitativa do Fitoplâncton. IX Reunião
116
Brasileira de Ficologia. Algas – Biodiversidade e Exploração Racional. Sociedade Brasileira de
Ficologia.p.185. Fundação Ecossistemas do Espírito Santo, Santa Cruz, Aracruz, ES. 02-06/03/2002.
TENCALLA, F., DIETRICH, D., Biochemical Characterization of Microcystin Toxicity in Trout
(Oncorhynchus mykiss). Toxicon, 35, 583-595, 1997.
TENCALLA, F.G., DIETRICH, D.R., Biochemical Characterization of Microcystin Toxicity in Rainbow
Trout (Oncorhynchus mykiss). Toxicon, 35, 583-595, 1997.
TICE, R., The Single Cell/ Comet Assay: A Microgel Eletroforetic Technique for the Detection of DNA
Damage and Repair in Individual Cell. In: PHILLIPS, D. H., VENNIT, S. (Eds.). Environmental
Mutagenesis. Bios Scientific Publishers Ltd. Oxford, UK, 315-339, 1995.
TSUJI, K., ASAKAWA, M., ANZAI, Y., SUMINO, T., HARADA, K.-I., Degradation of Microcystins Using
Immobilized Microorganism Isolated in an Eutrophic Lake. Chemosphere, 65, (1), 117–124, 2006.
TSUJI, K., MASUI, H., UEMURA, H., MORI, Y., HARADA, K.I., Analysis of Microcystins in Sediments
Using MMPB Method. Toxicon, 39, 687–692, 2001.
TSUJI, K., WATANUKI, T., KONDO, F., WATANABE, M.F., SUZUKI, S., NAKAZAWA, H., SUZUKI,
M., UCHIDA, H., HARADA, K.-I., Stability of Microcystins from Cyanobacteria—II. Effect of UV Light on
Decomposition and Isomerization. Toxicon, 33, 1619–1631, 1995.
TSUTSUMI, T., NAGATA, S., HASEGAWA, A., UENO, Y., Immunoaffinity Column as Clean-up Tool for
Determination of Trace Amounts of Microcystins in Tap Water. Food Chem. Toxicol, 38, 593– 597, 2000.
TUAN, N.A., GRIZZLE, J.M., LOVELL, R.T., MANNING, B.B., ROTTINGHAUS, G.E., Growth and
Hepatic Lesions of Nile Tilapia (Oreochromis niloticus) Fed Diets Containing Aflatoxin B
1
. Aquaculture,
212, 311-319, 2002.
UENO, Y., Mycotoxins in Food. In: KROGH, P. (Ed.). Toxicological Aspects on Food. Elsevier Science,
139-204, 1991.
UENO, Y., YABE, T., HASHIMOTO, H., SEKIJIMA, M., MASUDA, T., KIM, D.J., HASEGAWA, R.,
Enhancement of GST-P Positive Liver Foci by Nivalenol, a Trichotecene Mycotoxin. Carcinogenesis, 13,
787-791, 1992.
WANG, J., PANG, X., GE, F., MA, Z. An Ultra-Performance Liquid Chromatography–Tandem Mass
Spectrometry Method for Determination of Microcystins Occurrence in Surface Water in Zhejiang Province,
China. Toxicon, 49, 1120–1128, 2007.
WANG, J-S., GROOPMAN, J.D., DNA Damage by Mycotoxins. Mutation Research, 424, 167–181, 1999.
WANG, L., LIANG, S-F., LIAO, W-Q., LEI, L-M., HAN, B-P., Structural and Functional Characterization of
Microcystin Detoxification-Related Liver Genes in a Phytoplanktivrorous Fish Nile Tilapia (Oreochromis
niloticus). Comparative Biochemistry and Physiology, Part C, 144, 216-227, 2006.
WETZEL, R G., Limnology: Lake and River Ecosystems, 3rd edn. San Diego: Academic Press.
WHO- Word Health Organization., Guidelines for Drinking-Water Quality. Volume 1, Recomendations.
Geneve, 1993.
WHO- Word Health Organization., Guidelines for Drinking-Water Quality. 2nd ed. Addendum to Volume
2. Geneva, 1998.
WHO- World Health Organization. Health Criteria and Other Supporting Information Guidelines for
Drinking water Quality: Second Edition, Addendum to Volume 2. WHO, Geneva, 1998.
WILLIAMS, D.E., CRAIG, M., DAWE, S.C., KENT, M.L., ANDERSEN, R.J., HOLMES, C.F.B., 14C
Labeled Microcystin-LR Administered to Atlantic Salmon Via Intraperitoneal Injection Provides in vivo
Evidence for Covalant Binding of Microcystin-LR in Salmon Livers. Toxicon, 35, 6, 985-989, 1997.
WOOGAN, G.N., Aflatoxins as Risk Factors for Hepatocellular Carcinoma in Humans. Cancer Research, 52,
2114-2118, 1992.
117
WRIGHT, S.J., LINTON, C.J., EDWARDS, R.A., DRURY, E., Isoamyl Alcohol (3-Methyl-1-Butanol), a
Volatile Anti-Cyanobacterial and Phytotoxic Product of Some Bacillus spp. Letter Applied Microbiology,
13, 130-132,1991.
WRIGHT, S.J., REDHEAD, K., MAUDSLEY, H., Acanthamoeba castellanii, a Predator of Cyanobacteria.
Journal of Genetic Microbiology, 125, 293-300, 1981.
XIE, L., XIE, P., OZAWA, K., HONMA, T., YOKOYAMA, A., PARK, H.D., Dynamics of Microcystins-LR
and RR in the Phytoplanktivorous Silver Carp in a Sub-Chronic Toxicity Experiment. Environmental
Pollution, 127, 431-439, 2004.
XIE, P., Gut Contents of Bighead Carp (Aristichthys nobilis) and the Processing and Digestion of Algal Cells
in the Alimentary Canal. Aquaculture, 195, 149-161, 2001.
XING, Y. XU, Y., CHEN, Y., JEFFREY, P.D., CHAO, Y., LIN, Z., LI, Z., STRACK, S., STOCK, J.B., SHI,
Y., Structure of Protein Phosphatase 2A Core Enzyme Bound to Tumor-Inducing Toxins. Cell, 127, (2), 341-
353, 2006.
YAMAGUCHI, T., KOBAYASHI, Y., ADACHI, K., IMAMURA, N., Argimicin B and C, New Anti-
Cyanobacterial Compounds Produced by Sphingomonas sp. M-17. The Journal of Antibiotics, 56, (7), 655-
657, 2003.
YAMAMOTO, Y., KOUCHIWA, T., HODOKI, Y., HOTTA, K., UCHIDA, H., HARADA, K-I.,
Distribution and Identification of Actinomycetes Lysing Cyanobacteria in an Eutrophic Lake. Journal of
Applied Phycology, 10, 391-397, 1998.
YAMAMOTO, Y., Observations on the Occurrence of Microbial Agents which Cause Lysis of Blue-Green
Algae in Lake Kasumigaura. Japan Journal of Limnology, 42, 20-27, 1981.
YAMAMOTO, Y., SUZUKI, K., Distribution and Algal-Lysing Activity of Fruiting Myxobacteria in lake
Suwa. Journal of Phycology, 26, 457-462, 1990.
YOO, S.R., CARMICHAEL, W.W., HOEHN, N., HURDEY, R.C.S.E., Cyanobacterial (Blue-Green Algae)
Toxins: a Resource Guide. AWWA Research Foundation and American Water Works Association,
USA1995.
YOSHIDA, T., MAKITA, Y., TSUTSUMI, T., NAGATA, S., TASHIRO, F., YOSHIDA, F., SEKIJIMA, M.,
TAMURA, S-I., HARADA, T., MAITA, K., UENO, Y., Immunohistochemical Localization of Microcystin-
LR in the Liver of Mice: a Study of Pathogenisis of Microcystin-LR-Induced Hepatotoxicity. Toxicol
Pathology, 26(3):411-8.
YOSHIZAWA, S., MATSUSHIMA, R., WATANABE, M.F., HARADA, K-I., ICHIHARA, A.,
CARMICHAEL, W.W., FUJIKI, H., Inhibition of Protein Phosphatases by Microcystin and Nodularin
Associated with Hepatotoxicity. Journal Cancer Research Clinical Oncology, 116, 609-614, 1990.
YU, S-Z., Drinking Water and Primary Liver Cancer. In: TANG, Z.Y., WU, M.C., XIA, S.S. (Eds.): Primary
Liver Cancer. China Academic Publishers, Beijing Springer-Verlag, Berlin, 30-37, 1989.
YU, S-Z., Primary Prevention of Hepatocellular Carcinoma. J. Gastroenterol. Hepatol., 10, 674-682, 1995.
ZECK, A., EIKENBERG, A., WELLER, M.G., NIESSNER, R., Highly Sensitive Immunoassay Based on a
Monoclonal Antibody Specific for [4-Arginine] Microcystins. Anal. Chim. Acta, 441, 1-13, 2001.
ZEGURA, B., LAH. T.T., FILIPIC, M., The Role of Reactive Oxygen Species in Microcystin-LR Induced
DNA Damage. Toxicology, 200, 59-68, 2004.
ZHANG, J.B., ZHENG, Z., YANG, G.J., ZHAO, Y.F. Degradation of Microcystin by Gamma Irradiation.
Nucl. Instr. and Meth. A, doi:10.1016/j.nima.2007.05.109, 2007.
ZHANG, L., PING, X., YANG, Z., Determination of Microcystin- LR in Surface Water Using High-
Performance Liquid Chromatography/Tandem Electrospray Ionisation Mass Detector. Talanta, 62, 193–200,
2004.
ZHANG, L., ZHAO, S., DEANS ZIRATTU, S., LEE, E.Y.C. Mutagenesis of the Catalytic Subunit of Rabbit
Muscle Protein Phosphatase-1. Mol. Cell. Biochem., 127, 113– 119, 1993.
118
ZOCCARATO, I., BENATTI, G., CALVIS, S.L., Use of Pig Mature as Fertilizer with and without
Supplement Feed in Pond Carp Production in Northern Italy. Aquaculture, 29, 387-390, 1995.
ZWEIGENBAUM, J.A., HENION, J.D., BEATTIE, K.A., CODD, G.A., POON, G.K., Direct Analysis of
Microcystins by Microbore Liquid Chromatography Electrospray Ionization Ion-Trap Tandem Mass
Spectrometry. J. Pharm. Biomed. Anal, 23, 723–733, 2000.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo