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Termo de Consentimento Informado Livre e Esclarecido
“Associação entre Marcadores Inflamatórios e Auto-anticorpos,
Aspectos Morfológicos e Histológicos da Placa Aterosclerótica, e
Apresentação Clínica, na Doença Obstrutiva Grave de Artérias
Carótidas”
I- Justificativa e objetivos da pesquisa:
A circulação e o suprimento sangüíneo do cérebro se dá principalmente
através das artérias carótidas, que estão situadas no pescoço, e levam o sangue
proveniente do coração até o crânio. Doença obstrutiva de artérias carótidas
(DOAC) significa a presença de placas de gordura (ateromas), que determinam
entupimento progressivo da passagem do sangue ao nível destas artérias, e que
se não tratadas podem causar o derrame cerebral. No caso de obstruções
graves, a melhor opção de tratamento para evitar-se o derrame é a cirurgia,
denominada de “endarterectomia de carótida”, a qual é atualmente indicada com
base exclusivamente no percentual de estreitamento. Por outro lado, estudos
recentes demonstram que na doença obstrutiva de coronárias, há um
componente de inflamação que contribui para instabilidade da doença,
aumentando a chance de angina de peito e de infarto do miocárdio, e que esta
atividade inflamatória pode ser medida através de determinadas substâncias no
sangue. . O objetivo deste trabalho é verificar se a presença destas substâncias
inflamatórias e de anticorpos no sangue de pacientes com doença obstrutiva de
carótidas, está associada a sinais de instabilidade da placa de ateroma e risco
aumentado de derrame cerebral .
II-Os procedimentos a serem utilizados:
Nos pacientes com DOAC e possível indicação de endarterectomia de
carótida, será realizada uma Ressonância Magnética da região cervical, mais
propriamente das artérias carótidas, para determinar as características da placa
de ateroma. Para verificarmos a presença dos marcadores de inflamação e dos
anticorpos no organismo dos pacientes com DOAC, necessitaremos da coleta de
20 ml de sangue de veia periférica, no momento da cirurgia, no bloco cirúrgico.
Será utilizada a mesma punção (agulha) que o anestesista utilizará para
administrar a anestesia. Para a análise das características microscópicas da placa
de ateroma, a mesma será armazenada após removida da artéria, fixada em
formol, e submetida a exame subseqüente.
III-Os desconfortos ou riscos esperados:
Poderá ocorrer desconforto ou fobia durante a Ressonância Magnética,
com o que o exame será interrompido. Há um risco remoto (menor que 1%) de
reações alérgicas ao contraste utilizado, que estão previstos quanto ao seu
tratamento dentro da rotina desta unidade.
O paciente poderá apresentar dor no local da punção durante e após a
coleta de sangue, que não seriam evitados sem este estudo, pois esta punção é
essencial à anestesia para o procedimento cirúrgico.