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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Cláudia Silva Dias
CINEMÁTICA DA CINTURA ESCAPULAR,
COLUNA CERVICAL E TORÁCICA EM
IDOSOS COM DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA CRÔNICA
Belo Horizonte
2007
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CLÁUDIA SILVA DIAS
CINEMÁTICA DA CINTURA ESCAPULAR,
COLUNA CERVICAL E TORÁCICA EM
IDOSOS COM DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA CRÔNICA
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós–graduação em Ciências da Reabilitação
da Escola de Educação Física, Fisioterapia e
Terapia Ocupacional da Universidade Federal
de Minas Gerais, como requisito parcial para
obtenção do grau de Mestre em Ciências da
Reabilitação.
Área de concentração: Desempenho Funcional
Humano.
Orientadora: Renata Noce Kirkwood, Ph.D.
Co-Orientadora: Verônica Franco Parreira,
Ph.D.
Universidade Federal de Minas Gerais
Belo Horizonte
2007
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Aos meus pais,
que mesmo ausentes
são inspiração em minha vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, a Deus, pelas conquistas grandiosas que Ele tem me oferecido.
Ao Luiz, meu imenso Amor, pela compreensão e constante incentivo na
elaboração desta obra. Você é muito especial na minha vida.
À Renata, que soube ser orientadora, expressando extrema competência,
dedicação e seriedade. Mas também soube ser amiga, compreendendo minhas
dificuldades e respeitando minhas idéias.
Aos meus irmãos e cunhados, pelo respeito a tudo que faço.
Aos amigos e em especial ao Rodrigo e Patrícia, que me acompanharam e
ajudaram a conquistar este título.
A Verônica, João Lucas, Miguel e Nadja, meu muito abrigada, afinal a
contribuição de vocês foi riquíssima neste trabalho.
Por fim, agradeço imensamente aos meus queridos participantes. Vocês não
foram simplesmente os “indivíduos” da minha coleta. Vocês foram peças chaves
nesta construção do saber. E, ainda, cativaram-me com a sensibilidade,
seriedade e dedicação nesta produção. Vocês torceram, assim como eu, para que
esta obra pudesse acontecer.
RESUMO
Introdução: indivíduos com DPOC apresentam hiperinsuflação pulmonar, que
leva a mudanças na conformidade do tórax, possivelmente alterando a
biomecânica da cintura escapular e coluna cervical e torácica. O presente estudo
investigou a cinemática da cintura escapular, coluna cervical e torácica em
indivíduos com DPOC e comparou com um grupo de mesma idade, sem a
doença. Métodos: participaram do estudo 19 indivíduos com DPOC (72.2±5.1
anos) e 19 individuos sem a doença (71.9±4.6 anos). O Sistema Qualisys de
análise de movimento foi usado para a reconstrução em três dimensões de
pontos anatômicos específicos. Foram obtidos os ângulos de rotação superior,
inclinação anterior e rotação interna e as medidas lineares de elevação e abdução
escapular. Foram realizadas ainda as medidas de cifose torácica, de protusão da
cabeça e ombros e diâmetro da caixa torácica superior. Para a comparação entre
grupos foi usada ANOVA; e para intragrupos o teste t-Student para amostras
dependentes. Resultados: o grupo com DPOC apresentou escapulas direita e
(F[1,37]=6.12, p=0.0182; 12.99 mm 95% CI, 12.43 to 13.52) e esquerda
(F[1,37]=10.21, p=0.0029; 12.35 mm, 95% CI, 11.81 to 12.89) significativamente
mais elevadas quando comparado com o grupo-controle. Resultados do test t
pareado mostraram que os indivíduos com DPOC apresentaram assimetria nas
medidas escapulares e da coluna cervical. Conclusão: a elevação escapular
maior no grupo com DPOC se deve possivelmente ao encurtamento do músculo
trapézio fibras superiores. A presença de assimetrias postural nos indivíduos com
DPOC pode favorecer a ocorrência de dores na região escapular e cervical.
Exercícios de alogamento do músculo trapézio devem ser enfatizados nos
programas de reabilitação de individuos com DPOC.
Palavras-chave: Escápula. Cinemática. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
Idoso.
ABSTRACT
Background: Individuals with COPD exhibit lung hyperinflation, changing the
conformity of the thorax and possibly altering the biomechanics of the scapula and
spine. The present study investigated the kinematics of the scapula, cervical and
thoracic spine in individuals with COPD, comparing them to an age-paired group
without the disease. Methods: Nineteen individuals with COPD, at an average age
of 74.2 years (SD 5.1), and 19 without the disease, at an average age of 71.9
years (SD 4.6), participated in the study. The Qualisys motion system was used
for the 3D reconstruction of the specific anatomical points. Upward rotation,
anterior tilt and internal rotation angles were obtained, as were the linear
measures of scapular elevation and abduction. Thoracic kyphosis, protraction of
the head and shoulders, and the diameter of the upper thoracic cage were also
measured. ANOVA and the Student's t-test for dependent samples were used for
the inter-group and intra-group comparisons, respectively. Findings: The COPD
group exhibited significantly higher right (F[1.37]=6.12, p=0.0182;12.99 mm 95%
CI, 12.43 to 13.52) and left (F[1.37]=10.21, p=0.0029; 12.35 mm, 95% CI, 11.81 to
12.89) scapula in comparison with the control group. The COPD group exhibited
asymmetry in the scapular and cervical spine measurements than the control
group (P<0.05). Interpretations: The greater scapular elevation in the group with
COPD is likely due to the shortening of the upper trapezius muscle. The presence
of postural asymmetry in individuals with COPD may favor the occurrence of pain
in the scapular and cervical regions. Stretching exercises involving the upper
trapezius muscle should be included in rehabilitation programs for individuals with
COPD.
Keywords: Scapula. Kinematics. Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Elderly.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................
9
1.1 Objetivo............................................................................................................ 16
1.2 Hipóteses.......................................................................................................... 17
2 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................ 18
2.1 Desenho do estudo........................................................................................... 18
2.2 Amostra............................................................................................................ 18
2.2.1 Idosos com DPOC........................................................................................ 18
2.2.2 Critérios de inclusão e exclusão.................................................................. 19
2.2.3 Idosos assintomáticos................................................................................... 19
2.2.4 Critérios de exclusão para ambos os grupos.............................................. 19
2.3 Aspectos éticos................................................................................................. 20
2.4 Instrumentos e medidas................................................................................... 20
2.4.1 Cinemática escapular, cervical e torácica................................................... 20
2.4.1.1 Rotação superior da escápula (RotS)....................................................... 24
2.4.1.2 Rotação interna da escápula (Rotl).......................................................... 25
2.4.1.3 Inclinação anterior da escápula (IncA)................................................... 25
2.4.1.4 Abdução escapular (AbdE)....................................................................... 28
2.4.1.5 Elevação escapular (EleE)........................................................................ 28
2.4.1.6 Cifose torácica (CifT)................................................................................ 30
2.4.1.7 Protusão de cabeça (PrtC)........................................................................ 30
2.4.1.8 Protusão de ombros (PrtO)....................................................................... 32
2.4.1.9 Caixa torácica superior (CxT).................................................................. 32
2.4.2 Minimental do estado mental (MEM)......................................................... 35
2.4.3 Perfil de atividade humana (PAH).............................................................. 35
2.4.4 Espirometria................................................................................................. 36
2.4.5 Questionário de doenças respiratórias ATS-DLD...................................... 37
2.5 Procedimento................................................................................................... 38
2.6 Redução dos dados.......................................................................................... 39
2.7 Análise estatística............................................................................................ 40
CAPÍTULO 3 - REFERÊNCIAS......................................................................... 42
CAPÍTULO 4 - TÍTULO DO ARTIGO: Kinematics of the shoulder blade,
cervical and thoracic spine in subjects with COPD……………………………
59
CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................... 89
9
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade
respiratória que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo
aéreo. A obstrução é geralmente progressiva e está associada a uma resposta
inflamatória crônica nos brônquios (bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite
obstrutiva) e parênquima pulmonar (enfisema)
1
.
A bronquite crônica é definida pela produção excessiva de muco na
árvore brônquica devido à hipertrofia das glândulas mucosas e inflamação
crônica das vias aéreas de pequeno calibre, levando ao desenvolvimento de
fibrose peribrônquica. O sinal clínico típico é a expectoração excessiva de
secreção
2
.
O enfisema é a distensão dos espaços aéreos distais em relação aos
bronquíolos terminais, com destruição de suas paredes, acarretando quadros de
dispnéia importantes. A maioria dos pacientes enfisematosos apresenta
características das duas enfermidades, simultaneamente, sendo então
designados como portadores de DPOC
2
.
O principal fator de risco da DPOC é o tabagismo, sendo isoladamente
responsável por 75% dos casos de doença
3
. A exposição ocupacional a
poluentes e a poluição ambiental também contribuem como fatores de risco, mas
em apenas 10 a 20% dos casos
3
. A doença é mais comum em homens que em
mulheres e mais grave entre os idosos
3
. Em 2003, a DPOC foi a quinta causa de
internação no sistema público de saúde do Brasil, totalizando 196.698
internações e gerando um gasto de aproximadamente 72 milhões de reais. Em
relação a outras doenças, a DPOC ocupa entre a quarta e a sétima posição nas
10
principais causas de morte no Brasil, ficando o câncer em primeiro lugar, seguido
do acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio, acidentes e homicídios
3
.
O indivíduo com DPOC apresenta como repercussão da doença
hipersecreção, disfunção ciliar, limitação ao fluxo aéreo, anormalidade na
exalação do ar expirado e hiperinsuflação pulmonar
1
. A hiperinsuflação leva a
caixa torácica à posição de inspiração; e o diafragma, principal músculo da
inspiração, torna-se rebaixado, com as suas cúpulas retificadas
4
. Acredita-se que
pacientes hiperinsuflados acomodem parte do volume pulmonar expandindo a
caixa torácica, principalmente aumentando o diâmetro ântero-posterior,
tornando-a mais circular, o chamado tórax em tonel
5
.
Num estudo conduzido por Walsh et al.
6
por meio de radiografias de
tórax em lateral e ântero-posterior, observou-se que o tamanho da caixa torácica
e o arranjo das costelas não diferenciavam entre indivíduos com DPOC grave e
naqueles sem a doença. Entretanto, outros autores
7
, por meio da tomografia
computadorizada, descreveram aumento significativo no diâmetro ântero-
posterior nos acometidos por DPOC grave, de 2 a 3 cm, quando comparados a
pessoas da mesma idade sem a doença. Em ambos os trabalhos o diâmetro
transverso foi similar entre os grupos. O que pode ter influenciado os resultados
é que o exame tomográfico tem melhor resolução do que o raio X e, ainda, na
radiografia de tórax pode haver interferência de ossos e tecidos moles, que
podem comprometer a interpretação dos resultados. Os autores concluíram que
essas diferenças na dimensão da caixa torácica podem ter implicações
consideráveis no comprimento muscular funcional de indivíduos com DPOC.
Embora a literatura seja contraditória em relação às alterações dos
diâmetros torácicos em pessoas com DPOC, os exames físicos tendem a
11
mostrar que essas alterações ocorrem. Mudanças posturais e biomecânicas
decorrentes do aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax podem alterar a
orientação das costelas, passando de obliquas a uma posição mais
horizontalizada
4
. O resultado seria a limitação da expansão da caixa torácica,
principalmente na região superior do tórax
4
.
Além disso, como as costelas são articuladas às vértebras torácicas, a
perda da obliqüidade pode levar ao aumento da curvatura cifótica
8
. Culham e
Peat
8
, avaliando mulheres com osteoporose, constataram que a conformidade
cifótica do tórax estava associada à horizontalização das costelas e ao aumento
do diâmetro ântero-posterior.
De acordo com Sahrmann
9
e Kendall, Mccreary e Provance
10
, o
aumento da cifose torácica contribui para o desalinhamento da escápula,
gerando uma rotação inferior, onde o ângulo inferior se encontra medial à raiz da
espinha da escápula, e uma inclinação anterior, onde o ângulo inferior da
escápula se encontra projetado para fora do tórax. Esses desalinhamentos
influenciam o ritmo escápulo-umeral, ocasionando limitação da rotação superior
e adução escapular durante a elevação do ombro, limitando a amplitude de
movimento de flexão/abdução do ombro. Ainda, de acordo com Sahrmann
9
, esse
tipo de desalinhamento escapular é o mais comum em casos de dor no ombro.
Pesquisas demonstram que em jovens a posição das escápulas é
influenciada pela coluna torácica
11,12
. Kebaetse, Mcclure e Pratt
11
mensuraram a
posição escapular de indivíduos em postura relaxada e com o tronco ereto,
observando diferenças significativas entre as duas. Os resultados mostraram
aumento significativo da cifose torácica na postura relaxada (38,5°) em
comparação com a posição ereta (26,4°). Quando o grupo adotou postura
12
relaxada, também apresentou aumento da rotação interna da escápula (41,9° x
38,1°), aumento da inclinação anterior da escápula (11,8° x 6,7°), diminuição da
elevação escapular (9,4 cm X 10,3 cm), aumento da abdução escapular (12,7 cm
x 11,4 cm) e aumento da rotação superior da escápula (12,8° x 7,8°), quando
comparada à posição de tronco ereto. Os autores concluíram que a postura da
coluna torácica afetou diretamente a cinemática escapular.
Saha
13
relatou aumento na incidência de rigidez e dor no ombro em um
grupo de indivíduos com DPOC. O autor atribui a dispnéia proveniente da DPOC
como fator desencadeante da dor e rigidez articular. Similarmente, Schroeder
14
especulou que o pneumopata com alteração da função do diafragma passa a
utilizar mais os músculos acessórios da respiração para aumentar o volume
pulmonar. O resultado seria a alteração da postura e agravamento da cifose
torácica, limitação da rotação interna de ombros, aumento da protusão de
cabeça e ombros.
Anatomicamente, a escápula é descrita, no adulto, como um osso
triangular localizado póstero-lateral ao tórax entre a segunda e sétima costelas
15
.
Com os braços pendentes ao lado do corpo, em postura relaxada, o ângulo
superior da escápula se encontra no nível do processo espinhoso da segunda
vértebra torácica (T2), a raiz da espinha da escápula se encontra no nível do
processo espinhoso da terceira vértebra torácica (T3) e o ângulo inferior entre os
processos espinhosos da sétima vértebra torácica (T7) e nona vértebra torácica
(T9)
9
. A borda medial da escápula está distante da coluna torácica em torno de 5
a 6 cm, formando um ângulo de aproximadamente 3° com a mesma. Nessa
posição, a escápula forma um angulo de 30° com o plano frontal e se encontra
levemente inclinada anteriormente, no plano sagital
9
.
13
Num estudo conduzido em adultos saudáveis
16
entre 18 e 40 anos de
idade, com o úmero a 0° e alinhado com o tórax, foram descritas as seguintes
posições escapulares em três dimensões: 8° de inclinação posterior, 2° de
rotação superior e 33° de rotação interna. Em estudos similares onde o indivíduo
encontrava-se na postura relaxada, foram observados aumento na abdução do
úmero e elevação de 10° na rotação superior e interna da escápula
17,18
.
Com o envelhecimento, esse padrão postural torna-se deficiente devido
às mudanças graduais na estrutura e mecânica dos tecidos conectivos, o qual
resulta em perda da elasticidade e inabilidade para conter a força externa
gravitacional que age em nosso corpo
19
. No idoso, ocorre aumento da curvatura
cifótica da coluna torácica, diminuição da lordose lombar, deslocamento da
articulação coxo-femural posteriormente e aumento do ângulo de flexão do
joelho, levando à maior inclinação anterior do tronco, projetando a cabeça para
frente. A coluna cervical, portanto, torna-se fletida na região inferior (C3-C7) e
estendida na região superior (C1-C2)
19
.
Endo, Yukata e Yasui
20
, acompanhando indivíduos normais de ambos
os sexos, com idade entre 16 e 73 anos, verificaram que com o envelhecimento
ocorre diminuição da rotação superior da escápula e da inclinação posterior da
escápula, investigado por meio de radiografias em que os avaliados se
encontravam com os ombros a 90º de abdução. Os autores atribuíram os
achados ao aumento da cifose torácica presente no envelhecimento e às
alterações na cinemática da escápula do ombro idoso.
Culham e Peat
8
avaliaram o complexo articular do ombro e coluna
torácica de 57 mulheres com idade entre 50 e 85 anos. A amostra foi dividida em
três grupos de acordo com o grau de cifose torácica: um grupo com cifose
14
torácica (ângulo da cifose maior que 42°), um com cifose toracolombar (curvatura
cifótica localizada no terço inferior da coluna torácica, na região toracolombar ou
lombar) e as demais mulheres que não se encaixavam nos dois primeiros grupos
foram consideradas grupo sem cifose (controle). O sistema Isotrak de captação
eletromagnética foi usado para medir a posição do complexo articular do ombro
em três dimensões.
Os resultados mostraram no plano sagital uma inclinação anterior da
escápula do grupo com cifose (17,88°±7,94) e do grupo com cifose toracolombar
(18,93°±7,27) significativamente maior que no grupo com postura normal
(12,24°±5,87). No plano frontal, o ângulo de rotação superior foi menor nos
grupos com cifose comparada com o grupo normal, entretanto, a diferença não
foi significativa. No plano transverso, o ângulo entre a clavícula e a raiz da
espinha da escápula foi maior no grupo com cifose torácica (55,60 ± 5,39),
comparada com o grupo com cifose toracolombar (48,21±5,86) e grupo normal
(51,22 ± 4,04). Os resultados demonstraram a interferência da cifose torácica na
cinemática da escápula, levando ao aumento da inclinação anterior e diminuição
da rotação superior em mulheres com cifose e, ainda, a influência da
conformidade da caixa torácica na cinemática escapular. Esses achados são
consistentes com os resultados de outras investigações
20,21
.
A projeção anteriorizada da cabeça em idosos é também comum no
exame físico. Raine e Twomey
22
compararam o alinhamento postural da cabeça
e ombros entre grupos com idades diferentes. Foram avaliados 160 indivíduos,
sendo 76 homens e 84 mulheres. O grupo 1 foi composto de pessoas entre 17 e
29 anos, o grupo 2 entre 30 e 54 anos e o grupo 3 entre 55 e 83 anos de idade.
Para a análise postural foram usadas fotografias em perfil esquerdo da posição
15
da cabeça, ombros e coluna torácica. A medida de posição da cabeça foi
calculada pelo ângulo formado entre a interseção de uma linha passando pelo
tragus da orelha esquerda e C7 e outra reta horizontal passando por C7 no plano
sagital. Os valores mais baixos indicavam maior protusão de cabeça. Para a
medida da posição dos ombros foi calculado o ângulo formado por uma linha
interceptando o acrômio lateral esquerdo e C7 e outra linha horizontal passando
pelo acrômio lateral esquerdo no plano sagital. Um aumento angular indicava
posição mais anteriorizada dos ombros. Não foi observada diferença significativa
na medida de protusão de ombro entre os grupos. Em relação à anteriorização da
cabeça, verificou-se tendência a uma maior anteriorização no grupo mais idoso.
Além disso, Griegel-Morris et al.
23
num estudo conduzido em indivíduos
normais entre 20 e 50 anos de idade, observaram que a presença de assimetrias
estava associada a uma maior incidência de dores. Por exemplo, aqueles com
aumento da cifose torácica e protusão de ombros tinham dor na região
interescapular e aqueles com protusão de cabeça apresentavam dor nas regiões
cervical, interescapular e quadro de cefaléia.
Na prática clínica observa-se, muitas vezes, que os indivíduos com
DPOC adotam postura de anteriorização da cabeça, diminuição da lordose
cervical fisiológica, anteriorização dos ombros e aumento da cifose torácica. Por
conseqüência, as escápulas parecem ficar mais elevadas, abduzidas e inclinadas
anteriormente, principalmente nos pacientes em estágios mais avançados da
doença. Entretanto, não existe na literatura qualquer descrição quantitativa das
alterações estruturais na cinemática da cintura escapular, coluna cervical e
torácica em indivíduos acometidos por DPOC.
16
A cinemática tem como objetivo o estudo do movimento a partir das
variáveis deslocamento, velocidade e aceleração
24
. A análise cinemática permite
descrever de forma quantitativa o posicionamento de estruturas corporais
específicas. Em estudo de análises posturais
25
, a cinemática vem sendo aplicada
por meio da fotogrametria baseada em fotografia convencional, na análise de
vídeo ou por sistemas mais sofisticados com sensores infravermelhos. Pelas
marcas colocadas sobre pontos anatômicos específicos, a posição instantânea
desses pontos pode ser determinada. Esse tipo de análise permite determinar de
forma fidedigna e válida a posição de estruturas anatômicas, como da escápula e
da coluna vertebral, entre diferentes situações e indivíduos.
O conhecimento das alterações cinemáticas da escápula, coluna
cervical e torácica em indivíduos com DPOC é importante para demonstrar as
mudanças posturais decorrentes da doença. A utilização de uma análise
tridimensional poderá demonstrar, de forma mais acurada, alterações presentes
nessas pessoas. Além disso, essas informações poderão ser relevantes no
desenvolvimento de intervenções fisioterapêuticas mais eficazes para o
tratamento da DPOC.
1.1 Objetivo
O objetivo deste estudo foi investigar a cinemática da cintura escapular,
coluna cervical e torácica em idosos com DPOC e comparar com um grupo de
idosos assintomáticos.
17
1.2 Hipóteses
Idosos com DPOC apresentam maior abdução, elevação, rotação
interna e inclinação anterior das escápulas quando comparado com
idosos assintomáticos.
Idosos com DPOC apresentam maior diâmetro ântero – posterior do
tórax quando comparado com idosos assintomáticos.
Idosos com DPOC apresentam aumento da cifose torácica e maior
protusão de cabeça quando comparado com idosos assintomáticos
18
CAPÍTULO 2 - MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Desenho do estudo
Trata-se um estudo observacional do tipo transversal.
2.2 Amostra
2.2.1 Idosos com DPOC
Participaram deste estudo indivíduos com DPOC, do sexo
masculino, com idade superior a 65 anos e com estádio de doença em níveis
II e III (moderado e grave) de acordo com os critérios da Global Iniciative for
Chronic Obstructive Lung Desease (GOLD)
1
. A amostra foi obtida do Centro
de Reabilitação Pulmonar da Clínica de Fisioterapia da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC–Minas) e os demais foram
recrutados do Serviço Médico de Pneumologia de referência do Sistema
Único de Saúde (SUS) de Belo Horizonte.
19
2.2.2 Critérios de inclusão e exclusão
Os indivíduos com DPOC deveriam estar clinicamente estáveis
por pelo menos dois meses e com saturação periférica da hemoglobina pelo
oxigênio (SatO
2
) acima de 90% em repouso. Os mesmos foram
encaminhados estadiados e com o exame de espirometria realizado há pelo
menos um ano. Foram excluídos os que apresentassem outros tipos de
doenças pulmonares ou seqüelas de doenças neurológicas.
2.2.3 Idosos assintomáticos
Participaram deste estudo idosos acima de 65 anos, do sexo
masculino, sem disfunção ventilatória avaliada por meio do questionário de
doenças respiratórias recomendado pela American Thoracic Society (ATS-
DLD, 1978)
26
, adaptado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisologia
27
(ANEXO B). Os idosos foram recrutados das comunidades
vizinhas.
2.2.4 Critérios de exclusão para ambos os grupos
dor na coluna;
dor no ombro;
história clínica de escoliose idiopática;
cirurgia espinhal;
20
doenças inflamatórias da coluna;
espondilite anquilosante;
dificuldade de compreensão de comandos verbais.
2.3 Aspectos éticos
Os participantes do estudo foram informados e instruídos quanto
aos procedimentos, que somente foram realizados após a leitura e
assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE A). O
projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (COEP),
parecer nº ETIC 441/05 (ANEXO A).
2.4 Instrumentos e medidas
2.4.1 Cinemática escapular, cervical e torácica
A cinemática da cintura escapular, coluna cervical e torácica foi obtida
pelo Sistema Qualisys ProReflex MCU (Motion Capture Unit - QUALISYS
MEDICAL AB, Gothenburg, Suécia). O Qualisys ProReflex é um sistema de
fotogrametria baseado em vídeo, que permite a reconstrução em três dimensões
(3D) da posição de pontos localizados em segmentos representados por marcas
passivas refletoras. Possui quatro câmeras com iluminação estroboscópia
produzida por um grupo de refletores infravermelhos localizados em volta da
21
lente de cada uma das câmeras. Marcas passivas refletoras colocadas sobre
pontos específicos no corpo captam e refletem a luz infravermelha de volta à
câmera. Os dados captados foram processados no software de aquisição
Qualisys Track Manager 1.6.0.x–QTM, que calculou a posição de cada marca em
três dimensões (3D), computada a partir das informações obtidas em duas
dimensões (2D) por pelo menos duas câmeras. Os dados foram então
exportados para o Programa MATLAB® (Matrix Laboratory), no qual as medidas
angulares e de deslocamento foram calculadas.
O processo de calibração do sistema foi realizado utilizando-se uma
estrutura metálica em forma de L, com três marcas afixadas no eixo X e duas
marcas no eixo Y. As coordenadas de referência do laboratório foram
determinadas pela leitura das marcas sobre a estrutura metálica, definindo-se o
eixo Y como o ântero-posterior, o X como médio-lateral e Z o proximal-distal.
A estrutura metálica foi colocada sobre um banco de 46 cm de altura
(onde os indivíduos se assentaram) para que o volume de interesse fosse
visualizado pelas câmeras durante o processo de calibração e coleta. Uma
segunda batuta em forma de “T” contendo duas marcas refletoras fixas na
extremidade da haste superior a uma distância de 300,1 mm foi usada na
varredura do volume de interesse. A batuta foi movida em todos os planos dentro
do volume por 30 segundos. A calibração permite determinar com precisão e
acurácia a posição das marcas refletoras dentro do volume de interesse com
erros de desvio-padrão menores que 10 mm
28
. A freqüência de captação dos
dados foi de 120 Hz.
Para as medidas da orientação das escápulas, coluna cervical e
torácica, foram utilizadas 17 marcas refletoras de 15 mm de diâmetro, conforme
22
mostra a FIG. 1, nos seguintes pontos anatômicos: processo espinhoso da
primeira vértebra torácica (T1), processo espinhoso da sétima vértebra torácica
(T7), processo espinhoso da 12
a
. vértebra torácica (T12), borda medial da
espinha da escápula (raiz da espinha da escapula) direita e esquerda, ângulo
inferior da escápula direito e esquerdo, ângulo posterior do acrômio direito e
esquerdo no ponto mais látero-dorsal da escápula, parte medial do acrômio
direito e esquerdo (ponto médio do acrômio medido por um paquímetro),
articulação esternoclavicular (EC) direita e esquerda e tragus da orelha direita e
esquerda.
Devido à proximidade entre as marcas passivas colocadas sobre C7 e
T1, dificultando a captação pelas câmeras, foi criada uma nova marca para a
posição de C7, determinada como marca virtual de C7. A marca virtual situava-se
1,5 cm acima de T1. Essa distância foi obtida a partir da medida da distância
23
24
entre C7 e T1 (nos três planos) de coletas de indivíduos, onde as duas marcas
puderam ser vistas.
Para o correto alinhamento dos pacientes com o sistema de
coordenadas global do laboratório, uma haste rígida de plástico de 25 cm de
comprimento contendo duas marcas refletoras, uma em cada extremidade, foi
posicionada na região infra-escapular de cada um dos indivíduos durante a coleta
dos dados (FIG. 1). A haste foi presa ao tronco por meio de um elástico e
amarrada na frente do tórax. Essa posição colocava-a paralela ao eixo X ou no
plano frontal determinado pela calibração do sistema. Para todas as medidas
angulares e de deslocamento, a posição do indivíduo era alinhada a partir da
haste, ao eixo de referência X (médio-lateral) do laboratório.
A orientação das escápulas incluiu três medidas angulares (rotação
superior, inclinação anterior, rotação interna) e duas lineares (elevação e
abdução). Foram realizadas, ainda, as medidas de cifose da coluna torácica, de
protusão da cabeça e ombros e do diâmetro da caixa torácica superior, conforme
se segue.
2.4.1.1 Rotação superior da escápula (RotS)
Ocorre perpendicular ao eixo ântero-posterior e corresponde à
lateralização do ângulo inferior da escápula em relação à coluna vertebral no
plano frontal, de forma que a cavidade glenóide fique orientada superiormente. A
FIG. 2 mostra que o ângulo de RotS foi obtido por meio da interseção de uma
reta que passava sobre as marcas refletoras C7 virtual e T7 e uma reta passando
25
na borda medial da escápula sobre os marcadores na raiz da espinha e no
ângulo inferior da escápula
17
. Valores positivos indicavam escápula rodada
superiormente.
2.4.1.2 Rotação interna da escápula (RotI)
Ocorre paralelo ao eixo longitudinal e corresponde ao afastamento da
borda medial da escápula em relação à caixa torácica no plano transverso. A
FIG. 3 mostra que o ângulo de RotI foi obtido pela interseção do plano frontal do
indivíduo, conseguido a partir da haste horizontal posicionada na região infra-
escapular, com uma reta que passava pelas marcas refletoras localizadas na raiz
da espinha da escápula e no ângulo posterior do acrômio
17
. Valores positivos
indicavam que a escápula estava rodada internamente.
2.4.1.3 Inclinação anterior da escápula (IncA)
Ocorre perpendicular ao eixo médio-lateral e corresponde ao
movimento anterior do processo coracóide no plano sagital. A FIG. 4 mostra que
o ângulo de IncA foi obtido da interseção de uma reta que passava nas marcas
refletoras sobre C7 virtual e T7 e uma reta passando sobre marcas refletoras no
26
27
28
ângulo posterior do acrômio e na centróide da escápula. Valores positivos
indicavam posição mais anteriorizada do processo coracóide da escápula. A
centróide da escápula foi calculada como o ponto médio formado pelas marcas
colocadas no ângulo inferior, raiz da espinha e acrômio posterior da escápula.
2.4.1.4 Abdução escapular (AbdE)
Corresponde ao deslizamento linear lateral da escápula em relação à
coluna vertebral. A distância linear (em centímetros) foi obtida do ponto centróide
da escápula à marca C7 virtual
17
, como mostra a FIG.2. Quanto maior a
distância, mais abduzida se encontra a escápula em relação à marca C7 virtual.
2.4.1.5 Elevação escapular (EleE)
Corresponde ao deslizamento linear superior da escápula sobre a caixa
torácica. A medida de elevação foi obtida a partir da distância vertical (em
centímetros) da marca posicionada sobre C7 virtual e a centróide da escápula
17
,
como mostra a FIG. 2. Quanto menor a distância entre as marcas, maior a
elevação escapular ou a aproximação da escápula de C7.
29
30
2.4.1.6 Cifose torácica (CifT)
A cifose torácica é definida como o aumento da curvatura de flexão da
coluna torácica. Como mostra a FIG. 5, a medida de CifT foi obtida a partir da
somatória dos ângulos formados pela coluna torácica superior (CTS) e coluna
torácica inferior (CTI). O ângulo da CTS foi formado pela intersecção de uma reta
passando sobre T1 e uma marca posicionada a 9 cm abaixo de T1, com o eixo
vertical (paralelo a Z). O ângulo da CTI foi formado pela intersecção de uma reta
passando sobre T12 e uma marca posicionada a 9 cm acima de T12 com o eixo
vertical (paralelo a Z). O ângulo da CifT = CTS + CTI
8
2.4.1.7 Protusão de cabeça (PrtC)
Protusão é o movimento de deslizamento anterior da coluna cervical
projetando a cabeça para frente. Como mostra a FIG. 6, a medida de protusão foi
obtida do ângulo formado pela interseção de uma reta que passava sobre a
marca refletora no tragus da orelha e sobre C7 virtual e uma reta horizontal
interceptando C7 virtual no plano sagital
22
. Esse ângulo descreve a posição da
cabeça em relação à C7 virtual. Quanto menor o ângulo, maior a protusão de
cabeça em relação à marca C7 virtual.
31
32
2.4.1.8 Protusão de ombros (PrtO)
A protusão refere-se a uma postura mais anteriorizada do ombro
25
.
Como mostra a FIG. 6, o ângulo de protusão do ombro foi obtido da interseção de
uma reta passando sobre o ponto médio lateral do acrômio e C7 virtual, com uma
reta horizontal interceptando o acrômio lateral no plano sagital
22
. Quanto maior o
ângulo, maior a protusão do ombro em relação à marca C7 virtual.
2.4.1.9 Caixa torácica superior (CxT)
Para a medida do diâmetro da CxT, foi obtido o ângulo formado por
uma linha passando pelos marcadores sobre a articulação esternoclavicular (EC)
e acrômio lateral e outra linha passando pela marca sobre o acrômio lateral e a
raiz da espinha da escápula, vista no plano transverso (FIG. 7). Um aumento do
ângulo seria indicativo de aumento do diâmetro antero-posterior do tórax superior.
33
34
35
2.4.2 Minimental do estado mental (MEM)
O minimental do estado mental (MEM) foi aplicado para detectar
perdas cognitivas nos idosos com DPOC e nos idosos assintomáticos. Este
questionário é composto de diversas questões agrupadas em sete categorias,
cada uma delas com o objetivo de avaliar “funções” cognitivas específicas:
orientação para tempo (5 pontos), orientação para local (cinco pontos), registro
de três palavras (três pontos), atenção e cálculo (cinco pontos), lembrança das
palavras (três pontos), linguagem (oito pontos) e capacidade construtiva visual
(um ponto). O escore do MEM varia de zero até um máximo de 30 pontos. A
escala é simples de ser usada, sendo administrada em forma de entrevista em 5-
10 minutos (ANEXO C).
Na primeira versão brasileira publicada por Bertolucci et al.
29
,
observou-se forte influência da escolaridade sobre os escores totais do MEM e
algumas modificações foram necessárias
30
. Os autores propuseram a utilização
de pontos de cortes diferentes de acordo com a escolaridade: 13 para
analfabetos, 18 para escolaridade baixa /média (oito anos) e 26 para
escolaridade alta (> 8 anos). No presente estudo, foi adotada a versão brasileira.
2.4.3 Perfil de atividade humana (PAH)
O questionário PAH foi aplicado para avaliar o nível de atividade física
(com e sem DPOC) e estimar o impacto da doença na vida dos indivíduos com
DPOC
31
. O PAH já foi traduzido e adaptado culturalmente para a população
36
brasileira
32
. O instrumento foi aplicado sob forma de entrevista, o que é permitido
pelos idealizadores
33
.
O questionário é simples e rápido de ser aplicado, sendo composto de
94 itens (ANEXO D). Os itens do PAH enfocam atividades rotineiras e têm
seqüência baseada no custo energético de cada um deles, calculado através do
equivalente metabólico. Itens com numeração mais baixa demandam menos
gasto energético e com numeração mais alta demandam mais gasto energético.
Para cada item o indivíduo assinala: se ainda faz; se parou de fazer ou
se nunca fez, sendo que a resposta “nunca fez” não é computada na pontuação.
A partir da resposta, calcula–se o escore máximo de atividade (EMA), que
corresponde à última numeração assinalada da atividade com a mais alta
demanda de oxigênio que a pessoa “ainda é capaz de fazer”, não sendo
necessário nenhum cálculo matemático. Posteriormente, calcula–se o escore
ajustado de atividade (EAA), subtraindo-se do EMA o número de atividades ou
itens que o respondente “parou de fazer”.
Para o cálculo do nível de atividade física do grupo em estudo, foi
utilizado apenas o EAA, por fornecer estimativa mais estável das atividades
diárias do indivíduo
33
.
2.4.4 Espirometria
A espirometria é um exame que avalia a função do pulmão a partir da
medida dos volumes e fluxos pulmonares
34
. O estadiamento dos indivíduos com
DPOC se dá principalmente pela medida do grau de obstrução, por meio das
medidas da capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no
37
primeiro segundo (VEF1º), além da relação entre VEF1°/ CVF
1
. Entende-se por
CVF a quantidade de ar expirado forçosamente, após uma inspiração máxima. O
VEF1º é a quantidade de ar eliminado no primeiro segundo da curva da CVF e
relação VEF1º/CVF; caso abaixo de 70% indica obstrução da via aérea.
Para o grupo com DPOC, a espirometria foi realizada pelo
pneumologista do serviço médico, que encaminhou o paciente para a pesquisa e/
ou para o Centro de Reabilitação Pulmonar da Clínica de Fisioterapia da PUC-
Minas. O pesquisador teve acesso aos resultados das espirometrias do grupo
com DPOC.
2.4.5 Questionário de doenças respiratórias ATS-DLD
O questionário de doenças respiratórias ATS-DLD foi primeiramente
publicado pela American Thoracic Society (ATS) em 1969. Em 1978, após
modificações e adaptações, a Division of Lung Disease lançou o ATS-DLD – 78
26
.
Esse questionário tem como objetivo avaliar a prevalência de sintomas
respiratórios crônicos, podendo ser aplicado em pessoas acima de 13 anos. A
versão brasileira foi publicada pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia em 2002
27
, sendo este o empregado neste estudo.
O questionário investiga a presença dos seguintes sintomas: tosse,
expectoração, chieira torácica e dispnéia, presença de doenças pulmonares
(asma, pneumonia, enfisema, bronquite crônica dentre outras), cardíacas e
sistêmicas, com possível envolvimento respiratório. Além disso, investiga se o
38
indivíduo tem ou teve exposição à poeira e ao tabaco. Somente o grupo-controle
respondeu ao questionário para investigar presença de doenças pulmonares.
2.5 Procedimento
O presente estudo foi realizado no Laboratório de Análise de
Movimento – Departamento de Fisioterapia/ Escola de Educação Física,
Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO)/ Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG).
Primeiramente, os dados demográficos e antropométricos foram
obtidos seguidos das medidas de saturação periférica da hemoglobina em
oxigênio (SatO
2
), freqüência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), freqüência
respiratória (FR) e ausculta pulmonar (APÊNDICE B). Os questionários MEM e
PAH foram aplicados nessa ordem e o grupo-controle também respondeu ao
questionário de doenças respiratórias ATS-DLD modificado.
Em seguida, foram realizadas as medidas da cinemática da escápula,
coluna cervical e torácica. Foi solicitado ao indivíduo que retirasse a camisa para
palpação das referências anatômicas na escápula e coluna vertebral e colocação
das marcas passivas refletoras. Ele foi orientado a se assentar num banco sem
encosto, com os braços relaxados do lado do corpo, os joelhos fletidos a 90° e
alinhados com o quadril e os pés apoiados no chão.
As marcas anatômicas de interesse descritas anteriormente foram
palpadas primeiramente pela pesquisadora do estudo e posteriormente
confirmadas por um fisioterapeuta assistente de pesquisa, sendo marcadas com
39
uma caneta de marca não permanente. Nos casos de discordância à palpação,
uma nova palpação era realizada até se chegar a um ponto em comum. As
marcas passivas refletoras foram fixadas nos pontos de interesse por uma fita de
dupla face. Após a fixação das marcas, o indivíduo era solicitado a ficar de pé
para descansar da posição sentada. Em seguida, era orientado a sentar-se
novamente no banco, como descrito anteriormente.
Os avaliados foram conduzidos a focar seu olhar no horizonte, evitar
falar e fazer uma expiração normal. Ao final da expiração, constatada pela
pesquisadora, era-lhe solicitado o comando de pausar a respiração por três
segundos. O objetivo da pausa respiratória era evitar movimentos da caixa
torácica e escápula durante a coleta.
Foram realizadas três coletas, de três segundos cada, com freqüência
de 120 Hz, com intervalo de 30 a 60 segundos entre elas. Utilizou-se para análise
o valor médio das três medidas. Todos os dados foram coletados pelo mesmo
pesquisador e salvos no computador para análise.
2.6 Redução dos dados
A partir das coordenadas X, Y, e Z de cada marca, foi realizado um
algoritmo desenvolvido no programa MATLAB® para obtenção das medidas
lineares e angulares, do ponto C7 virtual e do ponto centróide da escápula.
Para o cálculo das coordenadas do ponto C7 virtual foi adotada a equação
da reta que passava pelos pontos T1 e T1-9 (9 cm abaixo de T1) e determinado
nessa reta um ponto 15 mm acima de T1. O ponto centróide definido como o
40
ponto médio entre as marcas no acrômio posterior, raiz da espinha da escápula e
ângulo inferior da escápula foi feito pela média entre cada componente dessas
três coordenadas bilateralmente.
As distâncias relativas em milímetros entre os pares de pontos foram
obtidas da diferença entre as coordenadas, seguida da raiz quadrada da soma
dos quadrados de cada componente da coordenada. Os ângulos foram
verificados pela intersecção de duas retas que passavam por dois pares de
pontos. Para esse cálculo foi utilizada a função matemática arco-tangente.
Para o correto alinhamento dos indivíduos com o plano frontal do
laboratório, a reta formada pelas coordenadas dos dois pontos situados nas
extremidades da haste rígida foi orientada paralelamente em relação ao eixo X.
Para isso, foi realizada uma rotação espacial dessa reta e, conseqüentemente, a
mesma rotação foi aplicada a todos os outros pontos, sem descaracterizar seu
posicionamento relativo, garantindo, assim, que a distância relativa vetorial entre
cada ponto girado e o ponto fixo da haste fosse mantida.
2.7 Análise estatística
A normalidade dos dados foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk e
Lilliefors, que mostraram valor de p>0,05 em todas as análises, indicando a
distribuição normal dos dados. A homocedasticidade foi realizada com os testes
de Cochran e Bartlett, indicando a homogeneidade dos erros individuais nas
amostras de cada grupo experimental.
41
A análise das variáveis antropométricas idade, estatura, peso, índice
de massa corporal, anos–maço, SatO
2
e nível de atividade física foi comparada
entre grupos pela Análise de Variância (ANOVA). A comparação entre os grupos
com DPOC e controle das variáveis angulares de rotação superior, inclinação
anterior e rotação interna da escápula, cifose torácica, protusão de cabeça e
ombros e ângulo de caixa torácica superior e as variáveis lineares de abdução e
elevação escapular foi feita por meio da ANOVA, fundamentada em um
delineamento inteiramente casualizado. Para a comparação intragrupos quanto
às variáveis angulares e lineares da escápula, coluna torácica, protusão de
cabeça e ombros e caixa torácica superior foi utilizado o teste t-Student para
amostras dependentes.
As análises foram processadas no programa Statistical Analyis System
(SAS)
®
Versão 6.12 (SAS Intitute Inc. Cary, Nc, USA) e o Sistema para análises
estatísticas (SAEG)
®
Versão 9. O nível de significância foi estabelecido para uma
probabilidade de erro tipo I (p < 0,05) como referência para todas as análises
realizadas.
42
CAPÍTULO 3 - REFERÊNCIAS
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and prevention of chronic obstructive pulmonary disease. HLBI/WHO Global
Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Workshop summary. Am
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45
ANEXOS E APÊNDICES
ANEXO A – Parecer ético
46
ANEXO B – Questionário sobre doenças respiratórias recomendado pela
American Thoracic Society (ATS-DLD, 1978)
e adaptado pela Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisologia. Questionário de doenças respiratórias –
ATS – DLS modificado
Sintomas
1. Você habitualmente fuma ou pigarreia pela manhã?
Não (0) Sim (1)
2. Você habitualmente elimina catarro?
Não(0) Sim(1)
3. Seu peito chia com freqüência?
Não(0) Sim(1)
4. O chiado melhora com algum remédio?
Não(0) Sim(1)
5. Você tem falta de ar
Grau 0 (esperada) – com atividades extraordinárias, tais como correr, carregar
cargas pesadas no plano ou cargas leves subindo escadas.
Não(0) Sim(1)
Grau 1 (leve) – com atividades maiores, tais como subir ladeira muito
inclinada, 2 ou mais andares ou carregando pacote pesado de compras no
plano.
Não (0) Sim(1)
Grau 2 (moderada) – com atividades moderadas, tais como: subir 1 andar,
caminhar depressa no plano, ou carregar cargas leves no plano.
Não (0) Sim(1)
Grau 3 (acentuada) – com atividades leves, tais como: tomar banho, andar
uma quadra em passo regular.
Não (0) Sim (1)
Grau 4 (muito acentuada) – em repouso ou para se vestir ou caminhar poucos
passos devagar .
Não (0) Sim (1)
Doenças pulmonares
6. Já teve alguma doença pulmonar?
Não (0) Sim (1) Qual?
47
7. Tem ou teve asma?
Não(0) Sim (1)
8. Toma atualmente remédio para asma?
Não (0) Sim (1)
9. Já se submeteu a alguma cirurgia do tórax ou no pulmão?
Não(0) Sim (1)
10. Já precisou respirar por aparelho alguma vez?
Não (0) Sim (1)
Outras doenças
11. Cardíaca?
Não (0) Sim (1)
12. Doença sistêmica com possível envolvimento respiratório?
Não (0) Sim (1) Qual?
13. HIV positivo
Não (0) Sim (1)
História profissional
14. Já trabalhou em ambiente com poeira por um ano ou mais?
Não(0) Sim (1) Especifique a trabalho
Tabagismo
15. Fuma ou fumou cigarros
Não (0) Sim (1)
16. Com que idade começou a fumar regularmente?
Aos ______anos
17. Caso você tenha parado de fumar totalmente, há quanto tempo parou?
Há ____ anos.
18. Quantos cigarros, desde que começou a fumar, você tem fumado por dia?
Cálculo dos anos – maço. Multiplique o número de anos fumados pelo número
de cigarros fumados ao dia / 20. ______anos – maço.
48
ANEXO C - MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL
ORIENTAÇÃO TEMPORAL PONTOS
1- Dia da semana 1
2- Dia do mês 1
3- Mês 1
4- Ano 1
5- Hora aproximada 1
ORIENTAÇÃO ESPACIAL PONTOS
1- Local específico (aposento ou setor) 1
2- Instituição ou andar (hospital, residência, clínica) 1
3- Bairro ou rua próxima 1
4- Cidade 1
5- Estado 1
MEMÓRIA IMEDIATA PONTOS
1- Gelo 1
2- Leão 1
3- Planta 1
ATENÇÃO E CÁLCULO (100 – 7 =) PONTOS
. 93 O 1
. 86 D 1
. 79 N 1
. 72 U 1
. 65 M 1
MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO PONTOS
Quais são as três palavras que lhe pedi para repetir há
pouco?
1
cada
LINGUAGEM PONTOS
1- Nomear um relógio e uma caneta 2
2- Repetir: “Nem aqui, nem ali, nem lá.” 1
3- Comando: “Pegue este papel com sua mão direita, dobre
ao meio e coloque no chão.”
3
4- Ler e obedecer à frase abaixo 1
5- Escrever uma frase completa (1 ponto com sujeito e
verbo)
1
6- Copie o desenho abaixo (vale se 10 ângulos e 2 linhas
cruzadas)
1
ESCORE 3
0
Feche os olhos
49
ANEXO D - PERFIL DE ATIVIDADE HUMANA (PAH)
VERSÃO FINAL TRADUZIDA DO PERFIL DE ATIVIDADE HUMANA (PAH)
ATIVIDADES
AINDA
FAÇO
PAREI
DE
FAZER
NUNCA
FIZ
1-Levantar ou sentar em cadeiras ou cama (sem ajuda)
2-Ouvir rádio
3-Ler livros, revistas ou jornais
4-Escrever cartas ou bilhetes
5-Trabalhar numa mesa ou escrivaninha
6-Ficar de pé por mais que um minuto
7-Ficar de pé por mais que cinco minutos
8-Vestir e tirar a roupa sem ajuda
9-Tirar roupas de gavetas ou armários
10-Entrar e sair do carro sem ajuda
11-Jantar num restaurante
12-Jogar baralho ou qualquer jogo de mesa
13-Tomar banho de banheira sem ajuda
14-Calçar sapatos e meias sem parar para descansar
15-Ir ao cinema, teatro ou a eventos religiosos ou esportivos
16-Caminhar 27 metros (um minuto)
17-Caminhar 27 metros sem parar (um minuto)
18-Vestir e tirar a roupa sem parar para descansar
19-Utilizar transporte público ou dirigir por 1 hora e meia (158
quilômetros ou menos)
20-Utilizar transporte público ou dirigir por ± 2 horas (160
quilômetros ou mais)
21-Cozinhar suas próprias refeições
22-Lavar ou secar vasilhas
23-Guardar mantimentos em armários
24-Passar ou dobrar roupas
25-Tirar poeira, lustrar móveis ou polir o carro
26-Tomar banho de chuveiro
27-Subir seis degraus
28-Subir seis degraus sem parar
29-Subir nove degraus
30-Subir 12 degraus
31-Caminhar metade de um quarteirão no plano
32-Caminhar metade de um quarteirão no plano sem parar
33-Arrumar a cama (sem trocar os lençóis)
34-Limpar janelas
35-Ajoelhar ou agachar para fazer trabalhos leves
36-Carregar uma sacola leve de mantimentos
37-Subir nove degraus sem parar
38-Subir 12 degraus sem parar
39-Caminhar metade de um quarteirão numa ladeira
40-Caminhar metade de um quarteirão numa ladeira, sem parar
41-Fazer compras sozinho
42-Lavar roupas sem ajuda (pode ser com máquina)
43-Caminhar um quarteirão no plano
44-Caminhar dois quarteirões no plano
50
45-Caminhar um quarteirões no plano, sem parar
46-Caminhar dois quarteirões no plano, sem parar
47-Esfregar o chão, paredes ou lavar carros
48-Arrumar a cama trocando os lençóis
49-Varrer o chão
50-Varrer o chão por cinco minutos, sem parar
51-Carregar uma mala pesada ou jogar uma partida de boliche
52-Aspirar o pó de carpetes
53-Aspirar o pó de carpetes por cinco minutos, sem parar
54-Pintar o interior ou o exterior da casa
55-Caminhar seis quarteirões no plano
56-Caminhar seis quarteirões no plano, sem parar
57-Colocar o lixo para fora
58-Carregar uma sacola pesada de mantimentos
59-Subir 24 degraus
60-Subir 36 degraus
61-Subir 24 degraus, sem parar
62-Subir 36 degraus, sem parar
63-Caminhar 1,6 quilômetros (± 20 minutos)
64-Caminhar 1,6 quilômetros (± 20 minutos), sem parar
65-Correr 100 metros ou jogar peteca, vôlei, baseball
66-Dançar socialmente
67-Fazer exercícios calistênicos ou dança aeróbica por cinco
minutos sem parar
68-Cortar grama com cortadeira elétrica
69-Caminhar 3,2 quilômetros (± 40 minutos)
70-Caminhar 3,2 quilômetros, sem parar (± 40 minutos)
71-Subir 50 degraus (dois andares e meios)
72-Usar ou cavar com a pá
73-Usar ou cavar com a pá por cinco minutos, sem parar
74-Subir 50 degraus (dois andares e meios), sem parar
75-Caminhar 4,8 quilômetros (± 1 hora) ou jogar 18 buracos de
golfe
76-Caminhar 4,8 quilômetros (± 1 hora), sem parar
77-Nadar 25 metros
78-Nadar 25 metros,sem parar
79-Pedalar 1,6 quilômetros de bicicleta (dois quarteirões)
80-Pedalar 3,2 quilômetros de bicicleta (quatro quarteirões)
81-Pedalar 1,6 quilômetros, sem parar
82-Pedalar 3,2 quilômetros, sem parar
83-Correr 400 metros (meio quarteirão)
84-Correr 800 metros (um quarteirão)
85-Jogar tênis, frescobol ou peteca
86-Jogar uma partida de basquete ou futebol
87-Correr 400 metros, sem parar
88-Correr 800 metros, sem parar
89-Correr 1,6 quilômetros (dois quarteirões)
90-Correr 3,2 quilômetros (quatro quarteirões)
91-Correr 4,8 quilômetros (seis quarteirões)
92-Correr 1,6 quilômetros em doze minutos ou menos
93-Correr 3,2 quilômetros em vinte minutos ou menos
94-Correr 4,8 quilômetros em trinta minutos ou menos
51
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Título do Projeto: CINEMÁTICA DA CINTURA ESCAPULAR, COLUNA
CERVICAL E TORÁCICA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA CRÔNICA
Pesquisadores: Cláudia Silva Dias, Professora Renata Noce Kikwood e
Professora Verônica Franco Parreira
Instituição: Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da UFMG, Campus Pampulha, Departamento de Fisioterapia, 3º
andar. Telefones: (031) 34994781 ou (031) 34994783
Este termo de consentimento pode conter palavras que você não entenda.
Peça ao pesquisador que explique as palavras ou informações não
compreendidas completamente.
1 ) Introdução
Você está sendo convidado a participar da pesquisa CINEMÁTICA DA
CINTURA ESCAPULAR, COLUNA CERVICAL E TORÁCICA EM PACIENTES
COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Se decidir participar dela, é importante que leia estas informações sobre o
estudo e o seu papel nesta pesquisa.
A decisão de participar neste estudo é voluntária e sua participação não é
obrigatória. A qualquer momento você pode desistir e retirar seu consentimento.
Sua recusa não trará prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a
instituição envolvida.
É preciso entender a natureza e os riscos da sua participação e dar o seu
consentimento livre e esclarecido por escrito.
52
2 ) Objetivo
A pesquisa pretende avaliar a posição do ombro, pescoço e coluna de
pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica e comparar com pessoas sem
a doença. Esta avaliação vai fornecer informações das diferenças na posição
dessas estruturas citadas, além daquelas que ocorrem durante o
envelhecimento. Com isso o fisioterapeuta poderá avaliar melhor a pessoa com
essa doença e traçar um plano de tratamento mais adequado.
3 ) Procedimentos do estudo
Se concordar em participar deste estudo você será solicitado a comparecer
ao Laboratório de Análise de Movimento, localizado na Escola de Fisioterapia e
Terapia Ocupacional da UFMG. Departamento de Fisioterapia, Campus
Pampulha. Você será solicitado a ler o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido e, caso concorde em participar da pesquisa, a assinar o termo.
A pesquisadora terá acesso a todos os seus exames, incluindo a
espirometria, bem como o relatório médico em que constará qual é o nível de
comprometimento da sua doença e confirmará sua estabilidade clínica e que
você não precisa utilizar oxigênio suplementar durante o dia ou hora nenhuma.
Algumas informações como seu peso, altura e idade (dentre outras) serão
registradas e arquivadas no computador. Em seguida, você será solicitado a
responder os questionários: Minimental do estado mental, Perfil de Atividade
Humana e, você que é idoso sem a doença, deverá responder também o
Questionário de Doenças Respiratórias. Todos os questionários serão lidos e
preenchidos pela pesquisadora. Responder aos questionários não oferece
qualquer tipo de risco à sua saúde física, psicológica ou mental. Se você sentir
53
cansaço, pode solicitar a interrupção da avaliação e dar continuidade num outro
dia.
Antes da coleta será aferida a sua pressão arterial, freqüência respiratória,
freqüência cardíaca e a saturação periférica da hemoglobina em oxigênio,
através de um aparelho que será colocado no seu dedo.
Para realizar a filmagem dos seus ombros, coluna e cabeça, você será
solicitado a retirar a camisa e se assentar em um banco que será colocado entre
as câmeras. A pesquisadora irá palpar algumas partes ósseas localizadas nas
costas, nos ombros e orelhas e marcar com uma tinta fácil de retirar as partes
palpadas. Bolinhas de isopor serão colocadas, usando-se uma fita adesiva de
dupla-face, sobre esses pontos. Em seguida, você será solicitado a se sentar o
mais relaxado possível, com os braços ao lado do corpo e os pés apoiados no
chão. Você deverá olhar em um ponto fixo na parede à frente, na altura dos seus
olhos. Após realizar uma expiração tranqüila (soltar o ar normalmente dos seus
pulmões), você deverá piscar os olhos e parar de respirar por três segundos.
Serão realizados três registros de três segundos cada, com intervalo de um
minuto entre os registros. O tempo que você permanecerá no laboratório será no
máximo de uma (1) hora.
4 ) Riscos e desconforto
Como o estudo é simples, rápido e não exige esforço físico, não se espera
que ocorra qualquer repercussão à sua saúde.
5 ) Benefícios
A participação na pesquisa não acarretará gasto para você, sendo
totalmente gratuita. Os resultados desta pesquisa não trarão benefício imediato a
54
você, mas futuramente poderá ajudar várias pessoas com alterações no ombro e
sintomas como dor no ombro.
6 ) Tratamento alternativo (se for o caso)
Não aplicável
7 ) Custos/reembolso
Você não terá qualquer gasto com a sua participação no estudo. E como
você tem mais de 60 anos, não tem gasto com passagem, mas caso você
necessite, a pesquisadora arcará com essa despesa.
8 ) Responsabilidade
Toda responsabilidade do presente projeto é da aluna de mestrado
Cláudia Silva Dias.
9 ) Caráter confidencial dos registros
Algumas informações obtidas a partir de sua participação neste estudo
não poderão ser mantidas estritamente confidenciais. Além dos profissionais de
saúde que estarão cuidando de você, agências governamentais locais e o
Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde o estudo está sendo realizado
podem precisar consultar seus registros. Você não será identificado quando o
material de seu registro for utilizado, seja para propósitos de publicação científica
ou educativa. Ao assinar este consentimento informado, você autoriza as
inspeções em seus registros. Para registro de suas informações será assinalado
um número ao seu nome e toda informação buscada será referenciada usando
esse número.
55
10 ) Participação
Sua participação nesta pesquisa consistirá em ficar assentado em um
banco sem encosto, sem camisa. Após uma respiração normal deverá fazer uma
pausa por três segundos apenas.
É importante que você esteja consciente de que a participação neste
estudo de pesquisa é completamente voluntária e de que você pode recusar-se a
participar ou sair do estudo a qualquer momento, sem penalidades ou perda de
benefícios aos quais você tenha direito de outra forma. Em caso de você decidir
retirar-se do estudo, deverá notificar à pesquisadora que o esteja atendendo. A
recusa em participar ou a saída do estudo não influenciará seus cuidados nesta
instituição.
11 ) Para obter informações adicionais
Você receberá uma cópia deste termo, onde consta o telefone e o
endereço do pesquisador principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e
sua participação, agora ou a qualquer momento. Caso você venha a sofrer
reação adversa ou danos relacionados ao estudo ou tenha mais perguntas sobre
o estudo, por favor, ligue para Cláudia Silva Dias no telefone (031) 3484.2267 ou
(031) 9941.0864 ou professora Renata Noce Kikwood nos telefones (031)
3499.4782 ou (031) 3499.4791
Se você tiver perguntas em relação a seus direitos como participante do
estudo clínico, você também poderá contatar uma terceira parte/pessoa que não
participa desta pesquisa, Prof Dr. Dirceu Greco, Coordenador do Comitê de Ética
em Pesquisa da Instituição, no telefone (31) 3248-9364.
56
12 ) Declaração de consentimento
Li ou alguém leu para mim as informações contidas neste documento
antes de assinar este termo de consentimento. Declaro que fui informado sobre
os métodos e meios a serem utilizados, as inconveniências, riscos, benefícios e
eventos adversos que podem vir a ocorrer em conseqüência dos procedimentos..
Declaro que tive tempo suficiente para ler e entender as informações.
Declaro também que toda a linguagem técnica utilizada na descrição deste
estudo de pesquisa foi satisfatoriamente explicada e que recebi respostas para
todas as minhas dúvidas. Confirmo também que recebi uma cópia deste
formulário de consentimento. Compreendo que sou livre para me retirar do
estudo em qualquer momento, sem perda de benefícios ou qualquer outra
penalidade.
Dou meu consentimento de livre e espontânea vontade e sem reservas
para participar como sujeito deste estudo.
________________________________________
Nome do participante (em letra de forma)
______________________________________
Assinatura do participante ou representante legal
Data _________________
Atesto que expliquei cuidadosamente a natureza e o objetivo deste
estudo, os possíveis riscos e benefícios da participação no mesmo, junto ao
participante e/ou seu representante autorizado. Acredito que o participante e/ou
57
seu representante recebeu todas as informações necessárias, que foram
fornecidas em linguagem adequada e compreensível e que ele compreendeu
essa explicação.
___________________________________________
Assinatura do pesquisador
Data______________________
58
APÊNDICE B - Ficha de identificação
Data Entrevistador
Nome
Número de identificação Telefone
Endereço - Rua Nº/APT
Bairro Cidade CEP
Data de nascimento Idade
Naturalidade
Estado civil Raça
Sexo altura peso IMC
Ocupação
Escolaridade
Mão dominante
Atividade física – pontuação do questionário PAH
Médico responsável
Serviço médico de referência
Telefone de contato
Tempo de diagnóstico da DPOC Estadiamento(GOLD)
Medicamentos em uso
Laudo da espirometria
Dados vitais
PA FR FC Sat O2
Ausculta respiratória
59
CAPÍTULO 4 - TÍTULO DO ARTIGO: Kinematics of the scapula,
cervical and thoracic spine in subjects with COPD.
Authors:
1. Cláudia Silva Dias, M.Sc., Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Belo Horizonte,Minas Gerais, Brazil.
2. Renata Noce Kirkwood, Ph.D., Physical Therapy Department, School of
Physical Education, Physiotherapy and Occupational Therapy, Federal
University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil.
3. Verônica Franco Parreira, Ph.D., Physical Therapy Department, School of
Physical Education, Physiotherapy and Occupational Therapy, Federal
University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil.
4. Rosana Ferreira Sampaio, Ph.D, Physical Therapy Department, School of
Physical Education, Physiotherapy and Occupational Therapy, Federal
University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil.
Correspondence:
Renata Noce Kirkwood, Ph.D.
Physical Therapy Department, School of Physical Education, Physiotherapy and
Occupational Therapy, Federal University of Minas Gerais
Antonio Carlos Avenue, 6627 - Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil - 31270-901
Email: renata.kirk[email protected]
60
Abstract
Background: Individuals with COPD exhibit lung hyperinflation, changing the
conformity of the thorax and possibly altering the biomechanics of the scapula and
spine. The present study investigated the kinematics of the scapula, cervical and
thoracic spine in individuals with COPD, comparing them to an age-paired group
without the disease. Methods: Nineteen individuals with COPD, at an average age
of 74.2 years (SD 5.1), and 19 without the disease, at an average age of 71.9
years (SD 4.6), participated in the study. The Qualisys motion system was used
for the 3D reconstruction of the specific anatomical points. Upward rotation,
anterior tilt and internal rotation angles were obtained, as were the linear
measures of scapular elevation and abduction. Thoracic kyphosis, protraction of
the head and shoulders, and the diameter of the upper thoracic cage were also
measured. ANOVA and the Student's t-test for dependent samples were used for
the inter-group and intra-group comparisons, respectively. Findings: The COPD
group exhibited significantly higher right (F[1.37]=6.12, P=0.0182;12.99 mm 95%
CI, 12.43 to 13.52) and left (F[1.37]=10.21, P=0.0029; 12.35 mm, 95% CI, 11.81 to
12.89) scapula in comparison with the control group. The COPD group exhibited
asymmetry in the scapular and cervical spine measurements than the control
group (P<0.05). Interpretations: The greater scapular elevation in the group with
COPD is likely due to the shortening of the upper trapezius muscle. The presence
of postural asymmetry in individuals with COPD may favor the occurrence of pain
in the scapular and cervical regions. Stretching exercises involving the upper
trapezius muscle should be included in rehabilitation programs for individuals with
COPD.
Keywords: Scapula. Kinematics. Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Elderly.
61
1. Introduction
Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is characterized by the
presence of the chronic obstruction of air flow. It is generally progressive and is
associated to a chronic inflammatory response in the bronchus (chronic
bronchitis), bronchioles (obstructive bronchiolitis) and pulmonary parenchyma
(emphysema). The main risk factor of COPD is smoking, which is responsible for
75% of cases. The disease is more common among men than women and more
severe among the elderly (Pauwels et al., 2001). In 2003, COPD was ranked the
fifth leading cause of hospital internments in the Brazilian public health system,
totaling 196.698 admissions and generating an expense of approximately 72
million Reais (Jardim et al., 2001). It is the fourth leading cause of illness and
mortality in the United States and is expected to be the fifth most common disease
worldwide by the year 2020 (Pauwels et al., 2001).
Individuals with COPD exhibit lung hyperinflation, which places the thoracic
cage in the inhalation position, thereby lowering and displacing the diaphragm. It
is believed that hyperinflated patients accommodate part of the lung volume by
expanding the thoracic cage, increasing the anterior-posterior diameter and
changing the positioning of the ribs, which go from being slanted to a more
horizontal position (De Troyer and Estenne, 1988).
Schroeder (2001) reported that pneumopathic individuals with an alteration
to the diaphragm function begin to use the accessory respiratory muscles more in
an effort to increase the lung volume. The result is an alteration in posture, an
aggravation of thoracic kyphosis and limitations in the internal rotation of the
shoulders and an increase in the protraction of the head and shoulders.
62
Furthermore, in a group of individuals with COPD, Saha (1966) observed an
increased incidence of shoulder pain and stiffness. The author attributed the
dyspnea caused by COPD to be the triggering factor of joint pain and stiffness.
In clinical practice, it has been observed that individuals with COPD adopt a
posture of head protraction, with a reduction in physiological cervical lordosis,
protraction of the shoulders and an increase in thoracic kyphosis. Consequently,
the scapulae become elevated, abducted and tilted anteriorly, especially in the
more advanced stages of the disease. However, there is no quantitative
description in the literature on the postural alterations in individuals with COPD.
Further research is needed to determine the effects of COPD on the kinematics of
the shoulder blade and spine.
Therefore, the aim of the present study was to investigate the kinematics of
the scapula, cervical and thoracic spine in individuals with COPD and to compare
with a group of individuals without the disease. The information generated from
the present study will contribute toward the development of more effective
physiotherapeutic interventions in the treatment of COPD.
2. Methods
2.1. Subjects
A total of 19 male individuals over the age of 65 years (mean age: 74.2,
standard deviation: 5.1) with moderate to severe COPD, participated in the study.
The sample was recruited from the Physiotherapy Clinic of the Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais and from the Pneumology Medical
Service, which is a referral service of the Brazilian Public Health System in the city
63
of Belo Horizonte. The inclusion criteria were individuals with COPD who were
clinically stable for at least two months and had a peripheral oxygen saturation of
the hemoglobin (SatO
2
) greater than 90% at rest. Individuals who exhibited other
types of lung diseases or sequelae from neurological diseases were excluded.
The control group was made up of 19 male individuals over the age of 65
years (mean age: 71.9; standard deviation: 4.6), with no respiratory dysfunction,
as assessed by the ATS-DLD respiratory disease questionnaire (Ferris, 1978).
The
elderly individuals without the disease were recruited from neighboring
communities.
The following were the exclusion criteria for both groups: presence of back
and shoulder pain, clinical history of idiopathic scoliosis, having undergone spinal
surgery, ankylosing spondylitis and difficulty in understanding verbal commands.
The "mini-mental" mental state evaluation (MMSE) questionnaire (Bertolucci et al.,
1994; Brucki et al., 2003) was employed to assess the mental condition. The
Human Activity Profile (HAP) questionnaire (Souza et al., 2006; Daughton et al.,
1982) was used to assess the level of physical activity of the individuals with and
without COPD.
2.2.Instruments
The kinematics of the scapula, cervical and thoracic spine were obtained
using the Qualisys ProReflex MCU (Motion Capture Unit - QUALISYS MEDICAL
AB, Gothenburg, Suécia). Qualysis ProReflex is a video-based system that allows
the three-dimensional (3D) reconstruction of the position of points located on
segments represented by passive reflectors. The system has four cameras with
stroboscopic light produced by a set of infrared reflectors located around the lens
64
of each camera. Passive reflectors placed on specific points on the body capture
and reflect the infrared light back to the camera. Data were processed on the
Qualisys acquisition software program, which calculated the position of each
reflective marker in 3D, computed from the information obtained in 2D by at least
two cameras. Data were exported to the MATLAB® Program and the angular and
displacement measures calculated. The system calibration process was performed
following the manufacturer's instructions (Qualisys Medical AB., 2004). Data was
collected at 120 Hz.
For the orientation measures of the scapula, cervical and thoracic spine, 17
passive reflectors, 15 mm diameter, were placed on the following anatomic points:
spinal process of the first thoracic vertebra (T1), spinal process of the seventh
thoracic vertebra (T7), spinal process of the twelfth thoracic vertebra (T12), root of
the spine of the scapula (bilaterally), inferior angle of the scapula (bilaterally),
posterior angle of the acromion (bilaterally), medial portion of the acromion
(bilaterally), obtained by means of a pachymeter), sternoclavicular joint and tragus
of the ear (bilaterally).
Due to the proximity between the markers over C7 and T1, which hampers
capturing on camera, a new marker was placed over the C7 position, which was
determined as the virtual C7 marker. The virtual C7 marker was located 1.5 cm
above the T1 marker.
For the correct alignment of the individuals with the laboratory coordinates,
a rigid plastic rod, 25 cm in length, with one reflective marker placed at each end,
was positioned in the infra-scapular region of each of the individuals during data
collection. The rod was attached to the trunk by an elastic band, tied in front of the
thorax. This position placed the rod parallel to the X axis, or frontal plane,
65
determined by the system calibration. For all angle and displacement
measurements, the position of the individuals were aligned from the rod to the X
axis (mid-lateral) of the laboratory. Measurements were obtained from the right
and left sides.
The orientation of the scapulae included three angular measurements
(upward rotation, anterior tilt, internal rotation) and two linear measurements
(elevation and abduction). Measurements of thoracic kyphosis, protraction of the
head and shoulders and diameter of the upper thoracic cage were taken as
follows:
Upward rotation (U-Rot): occurs perpendicularly to the anterior-posterior
axis and corresponds to the lateralization of the inferior angle of the scapula
in relation to the spine on the frontal plane, such that the glenoid cavity is
oriented upwardly. The U-Rot angle was obtained from the intersection of a
straight line passing over the virtual C7 marker and the T7 marker with a
straight line passing along the medial border of the scapula over the
markers on the root of the spine of the scapula and the inferior angle (Fig.
1) (Lukasiewicz et al., 1999). A positive value indicated an upwardly rotated
scapula.
Internal rotation (I-Rot): occurs parallel to the longitudinal axis and
corresponds to the deviation from the medial border of the scapula in
relation to the thoracic cage on the transverse plane. The I-Rot angle was
obtained from the intersection of the frontal plane of the individual starting
at the horizontal rod positioned in the infra-scapular region, with a straight
line passing through the reflective markers located at the root of the spine
66
of the scapula and the posterior angle of the acromion (Fig. 1) (Lukasiewicz
et al., 1999). A positive value indicated an internally rotated scapula.
Anterior tilt (A-Tlt): occurs perpendicularly to the lateral-medial axis and
corresponds to the forward movement of the coracoid process on the
sagittal plane. The A-Tlt angle was obtained from the intersection of a
straight line passing through the reflective markers over the virtual C7 and
T7, with a straight line passing over the reflective markers on the posterior
angle of the acromion and the centroid of the scapula (Fig. 1). A positive
value indicated a more anterior position of the coracoid process of the
scapula.
Scapular abduction (S-Abd): corresponds to the lateral linear shift of the
scapula in relation to the vertebral column. The linear distance was
obtained from the centroid point of the scapula at the virtual C7 marker
(Lukasiewicz et al., 1999). A greater distance between markers indicated
greater scapular abduction (Fig. 1).
Scapular elevation (S-Ele): corresponds to the upper linear shift of the
scapula over the thoracic cage. The elevation measurement was obtained
from the vertical distance from the virtual C7 marker to the centroid of the
scapula (Lukasiewicz et al., 1999). Greater scapular elevation indicated a
lesser distance between markers (Fig. 1).
Thoracic Kyphosis (T-Kyph): the angle of the upper thoracic kyphosis (UTK)
was formed by the intersection of a straight line passing over T1 and a
marker positioned 9 cm below T1, with the vertical axis parallel to the Z
axis. The lower thoracic kyphosis (LTK) angle was formed by the
intersection of a straight line passing over T12 and a marker positioned 9
67
cm above T12, with the vertical axis parallel to the Z axis. T-Kyph angle =
UTK + LTK (Fig. 2) (Culham and Peat, 1994).
Protraction of the head (P-Head): obtained from the angle formed by the
intersection of a straight line passing over the reflective marker on the
tragus of the ear and virtual C7, with a horizontal line intercepting virtual C7
on the sagittal plane (Raine and Twomey, 1997). A lower angle indicated
greater forward projection of the head in relation to the virtual C7 (Fig. 3).
Protraction of the shoulders (P-Shoul): obtained from the intersection of a
straight line passing over the lateral mid point of the acromion and virtual
C7, with a horizontal line intercepting the lateral acromion on the sagittal
plane (Raine and Twomey, 1997). A greater angle indicated a greater
forward projection of the shoulders in relation to virtual C7 (Fig. 3).
Upper thoracic cage (T-Cg): angle formed by a straight line passing through
the sternoclavicular joint and the lateral acromion, with a straight line
passing through the marker over the lateral acromion and the root of the
spine of the scapula on the transverse plane. A greater angle indicated an
increase in the anterior-posterior diameter of the upper thorax (Fig. 2).
The demographic and anthropometric data were obtained first, followed by
the questionnaires. For the kinematics measurements, the individuals were asked
to remove their shirts for the palpation of the previously described anatomical
references and attachment of the passive reflectors (using double-sided adhesive
tape) and the rod.
During collection, subjects remained seated on a stool with no backrest,
with their arms relaxed alongside the body, knees flexed at 90° and aligned with
68
the hip, and their feet on the floor. They were told to focus their eyes on the
horizon, exhale normally and avoid speaking. After exhalation, a command was
given to pause breathing for three seconds. The aim of the respiratory pause was
to avoid the movement of the trunk during data collection.
Three trials of three seconds each were collected. Thirty to 60 seconds of
interval were given between measurements. The average of the three
measurements was used for analysis.
Data reduction
For the linear and angular measurements of the virtual C7 and the centroid
point of the scapula an algorithm was developed on the MATLAB® program using
the X, Y and Z coordinates of each marker. To obtain the coordinates of the virtual
C7 point, the equation of the straight line passing through the T1 and T1-9 (9 cm
below T1) points was used and a point 15 mm above T1 was determined on this
line. The centroid point, which was defined as the mid point between the markers
on the posterior acromion, root of the spine of the scapula and inferior angle of the
scapula, was determined by the average between each component of these three
coordinates, bilaterally.
The relative distances (in cm) between the pairs of points were obtained
from the difference between coordinates, followed by the square root of the sum of
the squares of each coordinate component. The angles were determined by the
intersection of two straight lines passing through two pairs of points. The
arctangent function was used for this calculation.
For the correct alignment of the individuals with the frontal plane of the
laboratory, the straight line formed by the coordinates of the two points located at
69
the ends of the rigid rod was oriented parallel to the X axis. For such, a spatial
rotation of this line was performed and, consequently, the same rotation was
applied to the other points, without de-characterizing their relative positions,
thereby assuring that the relative vector distance was maintained between each
rotated point and fixed point of the rod.
Statistical analysis
The analysis of the anthropometric variables and the angular and linear
measurements were compared between groups through Analysis of Variance
(ANOVA). For the intra-group comparison, the Student's t-test for dependent
samples was used. The significance level was set at P < 0.05.
3.Results
The 19 individuals with COPD exhibited dyspnea and a history of exposure
to tobacco smoke; 10 exhibited moderate obstruction, with FEV
1
<60% of the
predicted value, and 9 exhibited severe obstruction, with FEV
1
<30% of the
predicted value. Only one exhibited SatO
2
<90%. All were ex-smokers and made
regular use of a bronchodilator. The control group of 19 elderly individuals
presented SatO
2
>95%; most of the control group made use of medications, with
controlled hypertension and no use of bronchodilators. 68% of the control group
were ex-smokers.
Of the demographic variables investigated, pack-years (F[1.37]=62.89,
P=0.0001; 30.09, 95% CI, 19.87 to 40.31), SatO
2
(F[1.37)=13.41, P=0.0008;
70
95.07%, 95% CI, 94.01 to 96.13) and physical activity (F[1.37]=18.65, P=0.0001;
62.34, 95% CI. 54.0 to 70.68) were statistically different between groups (Tab. 1).
No statistically significant difference was found between groups in the
angular measurements of the scapula (U-Rot R and L, I-Rot R and L, A-Tlt R and
L), cervical spine (P-Head R and L), shoulders (P-Shoul R and L), T-Kyph and T-
Cg R and L. Results of the linear measurements of the scapula showed that the
COPD group had a significantly lower S-Ele R (F[1.37]=6.12, P=0.0182; 12.99 mm
95% CI, 12.43 to 13.52) and S-Ele L (F[1.37]=10.21, P=0.0029; 12.35, 95% CI,
11.81 to 12.89) than the control group, indicating proximity of the centroid point of
the scapula to the virtual C7 point, characterizing higher scapular elevation in
relation to the control group. The S-Abd R and L were not significantly different
between groups (Table 2).
The results of the paired t-test are showing on Table 3. The COPD
exhibited significant differences in the angular measurements of the U-Rot R and L
(t[18]=2.73, P<0.01), A-Tlt R and L (t[18]=-4.85, P<0.0001) and P-Head R and L
(t[18]=4.41, P<0.0003), as well as in the linear measurements of the S-Ele R and L
(t[18]=-2.93, P<0.008). In the control group, only the variables A-Tlt R and L
(t[18]=-3.06, P<0.006) and P-Head R and L (t[18]=2.15, P<0.04) differed
significantly.
4.Discussion
The present study investigated the kinematics of the scapula, cervical and
thoracic spine between one group with COPD and another without the disease.
The groups were similar in nearly all the demographic variables investigated,
71
except pack-years, SatO
2
and physical activity level. These findings demonstrate
that the sample was homogenous and exhibited differences only in the items
related to the disease. Smoking is the main cause of COPD and although it
principally affect the lungs, it also cause serious systemic consequences, including
weakness in the peripheral musculature, leading to a low tolerance for physical
activity (Pauwels et al., 2001).
Among the kinematic variables investigated, only scapular elevation proved
statistically different between groups. The COPD group exhibited more elevated
right and left shoulder blades than the control group. Scapular elevation is a linear
movement in which the scapula shifts upward in the thorax. This movement is
composed of elevation of the clavicle in the sternoclavicular joint and inferior
rotation in the acromioclavicular joint, allowing the scapula to become nearly
vertical when raised (Neumann, 2006). According to Sahrmann (2003), the
elevation of the superior angle of the scapula alone suggests a shortening of the
elevator muscle of the scapula. As the elevator of the scapula is also a scapular
adductor, associated to the shortening of the rhomboid muscles and upper
trapezius, it also generates scapular abduction. However, both groups investigated
exhibited an average distance of over 12.0 cm from the centroid point of the
scapula to C7, demonstrating abducted scapulae.
The elevation of the entire scapula, including the acromion, suggests a
shortening of the upper trapezius muscle, where the lateral portion of the clavicle
appears higher than the medial portion, generating a more abducted and upwardly
rotated scapula (Sahrmann, 2003). The data from the present study demonstrated
that both groups exhibited more pronounced upward rotation and scapular
abduction on the left side.
72
Upward rotation and scapular abduction during relaxed posture have been
described in younger individuals, with an average age of 30 years (Kebaetse et al.,
1999; Wang et al., 1999;Lukasiewicz et al. 1999. In asymptomatic individuals,
Lukasiewicz et al. (1999) observed approximately 12.0° of upward rotation and
11.0 cm of scapular abduction. Similarly, Wang et al.(1999) found that the scapula
at rest exhibited 13.5º (SD 6.9º) of upward rotation and 10.7 cm (SD 1.0) of
scapular abduction. In the elderly, a greater tendency toward upward rotation was
observed in a group of women over the age of 65 years (Culham and Peat, 1994).
Clinically, accentuated scapular elevation can be explained by the condition
of lung hyperinflation in individuals with COPD. Hyperinflation leads to the
accommodation of part of the lung volume through the expansion of the thoracic
cage, displacing the ribs in the cranial direction and giving the thoracic cage a
more circular conformity (Cassart et al., 1996). The horizontalization of the ribs
moves the sternum forward and upward (DeTroyer and Estenne, 1988). As the
scapula is connected to the sternum by the sternoclavicular joint, it is possible that
these alterations also favor scapular elevation.
Moreover, lung hyperinflation generates a mechanical overload on the
accessory muscles involved in inhalation (Decramer, 1997). Individuals with
COPD exhibit obstruction of the airways. In order to generate a satisfactory
pulmonary volume during breathing, such individuals need to overcome the
increased resistance of the airways. For such, they make use of the accessory
musculature for inhalation, such as the sternocleidomastoid muscles (Yokoba et
al., 2003), levator scapulae (Neumann, 2006), latissimus dorsi (Orozco-Levi et al.,
1995), serratus anterior (Reid et al., 1976) and upper trapezius (Yokoba et al.,
2003). Over-activity of the accessory musculature, especially the upper trapezius
73
muscle, can lead to the shortening of this musculature and, through its insertion in
the acromion and spine of the scapula, can elevate the entire shoulder blade.
In healthy individuals, Yokoba et al. (2003) described an increase in
electromyographic activity of the scalenus muscles, sternocleidomastoid and
upper trapezius during different measurements of maximum inhalation pressures
(PM
max
) with different degrees of resistance. At lower PM
max
levels, both the
scalene and sternocleidomastoid muscles were activated. In contrast, a pressure
of 90% PM
max
was required to produce even a small activation of the trapezius.
The authors concluded that this muscle plays a moderate role in forced inhalation,
stabilizing the thorax in order to help the other respiration muscles. Schroeder
(2001) stated that the function of the trapezius muscle is to secure the scapulae,
improving the leverage of the serratus anterior and pectoral major muscles,
thereby facilitating the elevation of the ribs both in the posterior and anterior
directions, respectively.
As individuals with COPD exhibit an increase in resistance of the airways
and the primary respiratory musculature is at a mechanical disadvantage, it is
believed that they are subject to a chronic increase in the inhalation force. Thus, it
is possible that they recruit the accessory musculature more, including the upper
trapezius fibers, in order to facilitate the mechanics of the other respiratory
muscles.
Furthermore, one of the postural characteristics of individuals affected by
COPD is the forward lean of the trunk, with the forward support of the upper limbs
upon a stable surface, which is observed mainly when there is accentuated
dyspnea. It is believed that the aim of this posture is to stabilize the distal
anchoring of muscles such as the pectoralis major and the latissimus dorsi,
74
placing them at a mechanical advantage, thereby facilitating the movement of the
ribs and sternum during inhalation (Sharp et al., 1980). In a study on 17 patients
diagnosed with severe COPD, Sharp et al. (1980) came to the conclusion that the
forward lean position compresses the abdomen, generating an upward stretching
of the diaphragm and improving its capacity to generate tension. Although this
strategy facilitates the activity of a greater number of muscles during inhalation, it
is believed that it can increase the overload on the body, often initiating a vicious
cycle of increased fatigue and dyspnea (Neumann, 2006).
Additionally, the forward lean position of the trunk tends to project the
shoulder forward. One study (Raine et al.,1997) reported a tendency toward a
greater projection of the shoulders with age. Among normal individuals between
22 and 45 years of age, using the same shoulder protraction measurement as the
present study, Braun et al.(1989) demonstrated that, in the neutral position, the
shoulder was at 98.53° and at maximum protraction of the shoulder, this figure
reached 131.08°. In the present investigation, although a significant difference
between groups was not found, the group with COPD exhibited a greater tendency
toward shoulder protraction than the control group (123.54° on the R side and
124.26° on the L side in the COPD group x 119.74° on the R side and 118.30° on
the L side in the control group). These findings corroborate results in the literature
(Raine et al.,1997) and demonstrate a tendency toward postural alterations in the
group with COPD.
Regarding postural alterations among individuals with COPD, the present
study observed greater upward rotation and scapular elevation, as well as lesser
head protraction and anterior tilt of the scapula on the left side, in a statistically
significant relation to the right side. Griegel-Morris et al. (1992) reported that in
75
normal individuals between 20 and 50 years of age, there is a greater incidence of
pain when there are more postural alterations and asymmetries. For example,
those with increased thoracic kyphosis and shoulder protraction experienced pain
in the inter-scapular region and those with head protraction experienced pain in
the cervical and inter-scapular regions as well as cephalalgia. In research
conducted on individuals with COPD, Saha (1966) observed a greater incidence of
shoulder pain among such individuals when compared to those of the same age
who did not suffer from the disease. Although the present study excluded subjects
with shoulder pain, the presence of asymmetries may be a characteristic sign of
the disease, making it possible for those affected to evolve toward a condition of
pain in the cervical region and shoulder.
In the present study, the measurement of thoracic kyphosis in both groups
(40.24° ±9.7°
in the group with COPD and 40.17°±8.26° in the control group)
revealed values close to those that the literature has been considering normal
kyphotic curvature (Neumann, 2006;Culham and Peat ,1994). Culham and Peat
(1994) observed that the increase in thoracic curvature (>48.0°) in women at 72.6
years of age (SD 7.0) affected the apposition of the ribs, projecting them in the
cranial direction and, consequently, increasing the distance between the clavicle
and the scapula on the cross-sectional plane. The measurement of the thoracic
cage in our study presented no significant difference between groups, but the
group with COPD revealed more of a tendency toward this projection. Individuals
with COPD certainly exhibit greater lung expansion than those without the disease
(O'Donnell, 2006). However, our measurement of the thoracic cage was not able
to detect differences between groups.
76
It is believed that the increase in the curvature of the thoracic spine leads to
the forward projection of the head (Culham and Peat, 1994). The neutral position
of the head on the sagittal plane in normal individuals is around 51.97°(SD 5.77°).
In the posture of maximum head protraction, this angle reaches 28.48° (SD 5.82°)
(Braun and Amundson, 1989).
In the present study, it was expected that the protraction of the head would
be significantly greater in the group with COPD. However, both groups exhibited
this condition (Tab. 2), even without an increase in thoracic kyphosis. Raine and
Twomey (1997) demonstrated a statistically significant correlation between head
protraction and an increase in age, but found no correlation to an increase in
curvature of the thoracic spine. The results of the present study are in agreement
with the findings of Raine and Twomey (1997), lending no support to a possible
relationship between an increase in thoracic kyphosis and head protraction.
The results obtained in a static posture would be different during dynamic
movement. The literature demonstrates that, with age, there is a reduction in the
upward rotation and posterior tilt of the scapula, as well as an increase in the
anterior tilt of the scapula (Culham and Peat, 1994; Endo et al., 2004). Limitations
in the abduction movement of the shoulder have also been reported (Saha, 1966).
The scapular elevation found in the present study would not allow the
scapulohumeral muscles to maintain an efficient length/tension relationship, which
mainly affects the upward rotation of the scapula produced by the combined force
of the serratus anterior and the trapezius muscles. Moreover, a number of authors
have demonstrated that the reduced range of motion during upward rotation of the
scapula and the increase in the scapular elevation may contribute to the
77
development of Impingement syndrome (Lukasiewicz et al., 1999; Ludewig and
Cook, 2000).
The difficulty in precisely located the bone prominences under the
cutaneous tissue was expected. The anatomical markers selected for the
kinematic measurements are in agreement with various studies described in the
literature (Kebaetse et al., 1999; Lukasiewicz et al.,1999; Wu et al., 2005). The
lowest reliability in the pilot study was obtained in the palpation of the inferior angle
of the scapula. Lukasiewicz et al. (1999) also reported a lack of reproducibility
when this anatomical point was used as a reference in measurements. In order to
obtain more reliable results, we opted for the centroid point of the scapula,
obtained from the average of the points formed by the markers on the inferior
angle, root of the spine of the scapula and the posterior acromion (Culham and
Peat, 1993; Kebaetse et al., 1999). Although the amount of adipose tissue over
the anatomical marker may influence the results, we believe that our
measurements present adequate consistency, as our results are in agreement
with similar measurements described in the literature (Lukasiewicz et al.,1999).
5.Conclusion
The kinematic analysis of the scapula, cervical and thoracic spine
demonstrates that individuals with COPD exhibit more elevated scapulae in
comparison to individuals without the disease. This finding is possibly due to the
shortening of the upper fibers of the trapezius muscle. Additionally, those affected
by the disease exhibited asymmetries that might lead to the occurrence of pain in
the scapular and cervical regions.
78
The results showed the importance of including stretching exercises
involving the upper trapezius muscle in rehabilitation programs for individuals with
COPD. It also demonstrates the importance of using precise measurements in the
postural assessment of individuals with COPD.
79
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82
Figure 1. (a) U-Rot: angle formed by the intersections of a straight lined passing
through virtual C7 and T7 with a straight line passing along the medial edge
of the scapula on the root of the spine of the scapula and the inferior angle
of the scapula. (b) S-Abd: linear distance obtained from the centroid point of
the scapula to the virtual C7 marker. (c) S-Ele: linear distance obtained
from the vertical distance of the marker positioned over virtual C7 and the
centroid of the scapula. (d) A-Tlt: angle obtained from the intersection of a
straight line passing over virtual C7 and T7 with a straight line passing over
the posterior angle of the acromion and the centroid of the scapula. (e) I-
Rot: angle obtained from the intersection of the frontal plane of the
individual, obtained from the horizontal rod positioned in the infra-scapular
region, with a straight line passing through the root of the spine of the
scapula and the posterior angle of the acromion.
Figure 2. (a) T-Cg: angle formed by a line passing over the sternoclavicular joint
(SJ) and lateral acromion and another line passing over the lateral
acromion and the root of the spine of the scapula, seen on the transverse
plane. (b) T-Kyph: determined by the sum of the angles formed by upper
thoracic kyphosis (UTK) and lower thoracic kyphosis (LTK). The UTK
angle was formed by the intersection of a straight line passing over T1 and
a marker positioned 9 cm below T1 with the vertical axis. The LTK angle
was formed by the intersection of a straight line passing over T12 and a
marker positioned 9 cm above T12 with the vertical axis.
Figure 3. (a) Protraction of the head (P-Head): angle formed by the intersection of
a straight line passing over the tragus of the ear and virtual C7 with a
horizontal line intercepting virtual C7 on the sagittal plane. (b) Protraction
of the shoulders (P-Shoul): angle obtained from the intersection of a
straight line passing over the lateral mid point of the acromion and virtual
C7 with a horizontal line intercepting the lateral acromion on the sagittal
plane.
83
Table 1: Comparison of demographic variables between the group with COPD
(n=19) and the control group (n=19).
Variables COPD
Average (SD)
Control
Average (SD)
Age (years) 74.2 (5.1) 71.9 (4.6)
Height (cm) 164.5 (5.3) 170.2 (6.4)
Weight (Kg) 63.4 (12.4) 69.8 (8.5)
BMI 23.3 (4.0) 24.0 (2.5)
Pack/years 54.5 (25.7) 5.6 (7.7)
SatO
2
(%) 93.0 (3.0) 96.7 (1.3)
HAP (AAS) 47.0 (23.0) 76.9 (17.5)
Sat O
2
: Saturation of hemoglobin in oxygen
BMI: body mass index
HAP (AAS): Human Activity Profile (Adjusted Activity Score)
84
Table 2: Analysis of variance of the angular measurements of the scapula, cervical
spine, thoracic spine, position of the head, shoulders and upper thoracic cage, as
well as the linear measurements of the scapula, between the group with COPD
(n=19) and the control group (n=19).
Variables
COPD
Average (SD)
Control
Average (SD)
U-RotR (°)
U-RotL (°)
13.82 (4.75) 13.95 (5.69)
17.23(5.10) 16,23(5.30)
I-RotR (°)
I-RotL (°)
35.86(4.16) 33.70(6.92)
32.83(6.74) 31.42(5.93)
A-TltR (°)
A-TltL (°)
30.01(5.31) 30.99(8.59)
21.00 (7.70) 26.34 (9.84)
S-AbdR (cm)
S-AbdL (cm)
12.33 (1.14) 12.82 (1.32)
12.95(1.31) 12.88(1.44)
S-EleR (cm)
S-EleL (cm)
12.39 (1.70)
*
13.60 (1.27)
*
11.58 (1.62)
13.11 (1.30)
*
T-Kyph (°) 40.24(9.70) 40.17(8.26)
P-HeadR (°)
P-HeadL (°)
28.66 (7.25) 33.35 (7.38)
33.16 (6.03) 35.36 (5.61)
P-ShoulR (°)
P-ShoulL (°)
123.54(9.98) 119.74(11.33)
124.26(14.12) 118.30(11.31)
T-CgR (°)
T-CgL (°)
67.19(4.94) 64.46(3.51)
66.03(6.38) 63.31(4.39)
U-RotR and L – Upward Rotation Measurement of the scapula, right and left
I-RotR and L – Internal Rotation Measurement of the scapula, right and left
A-TltR and L – Anterior tilt of the scapula, right and left
S-AbdR and L – Scapular abduction, right and left
S-EleR and L – Scapular elevation, right and left
T-Kyph – Thoracic kyphosis
P-HeadR and L – Protraction of the head, right and left
P-ShoulR and L – Protraction of the shoulders, right and left
T-CgR and L- Thoracic cage, right and left.
*P<0.05
85
Table 3: Student's t-test for dependent sample of the average difference of the
variables investigated between the left and right sides of the group with COPD (n =
19) and the control (n = 19)
Variables
COPD
Average (SD)
Control
Average (SD)
U-RotR x U-RotL (°) 3.40 (5.41)* 2.28 (7.33)
ns
I-RotR x I-RotL (°) -3.03 (7.49)
ns
-2.27 (6.79)
ns
A-TltR x A-TltL (°) -9.01 (8.09)** -4.65 (6.62)*
S-AbdR x S-AbdL (cm) 6.23 (15.11)
ns
0.59 (16.68)
ns
S-EleR x S-EleL (cm) -8.04 (11.95)* -4.81 (10.95)
ns
P-HeadR xP-HeadL(°) 4.49 (4.44)** 2.00 (4.05)*
P-ShoulR x P-ShouL (°) 0.72 (15.86)
ns
-1.43 (14.71)
ns
T-CgR x T-CgL (°) -1.16 (4.20)
ns
-1.14 (4.15)
ns
For abbreviations, see Table 2
*P<0.05;
**P<0.001;
ns
= not significant
86
Figure 1
a b
c
e
C7
T7
d
d
87
Figure 2
a
T1
T1-9
T12-9
T12
UTK
T-Kyph
LTK
b
88
Figure 3
a
b
acromion
C7
Tragus of the ear
89
CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. A elevação escapular significativa encontrada no grupo com DPOC se
deve, pode ter sido causado pelo encurtamento do músculo trapézio fibras
superiores.
2. O grupo com DPOC apresentou mais tendência à protusão de ombros em
relação àqueles sem a doença.
3. O grupo com DPOC apresentou mais tendência ao aumento do diâmetro
de caixa torácica superior. É possível que a medida utilizada neste estudo
não tenha sido sensível o suficiente para detectar diferenças entre grupos.
4. O grupo com DPOC e o controle apresentaram escápulas rodadas
superiormente, inclinadas anteriormente e abduzidas.
5. O grupo com DPOC e o controle apresentaram protusão de cabeça,
mesmo sem aumento da cifose torácica.
6. Estudos que investiguem a cinemática escapular, cervical e torácica
durante o movimento são necessários para compreenderem-se as
possíveis alterações biomecânicas decorrentes da DPOC.
7. O uso de medidas mais precisas na avaliação postural de indivíduos com
DPOC poderá contribuir para desmistificar possíveis alterações posturais
observadas nas avaliações clínicas.
8. Exercícios de alongamento do músculo trapézio fibras superiores devem
ser enfatizados nos programas de reabilitação de indivíduos com DPOC.
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