CAP
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ITULO 4. INVARIANTES ENDS E DECOMPOSIC¸
˜
AO DE GRUPOS 7 8
Exemplo 4.2.1 Como j´a observam os no Exe mplo 1.5.1, item 2, Z ⊕ Z = Z∗
Z
, isto
´e, Z ⊕ Z se decomp˜oe sobre Z e e(Z ⊕ Z, Z) = e(Z) = 2.
Finalizando esta se¸c˜ao, observamos que Scott esperava prova r a implica¸c˜ao contr´aria
da Proposi¸c˜ao 4.2.1: se e(G, S) ≥ 2 ent˜ao G se decomp˜oe sobre S, ou ainda, sobre
alguma extens˜ao finita T de S, uma vez que para S ⊂ T ⊂ G, com (T : S) < ∞,
tem-se e(G, T ) = e(G, S); logo, e(G, S) ≥ 2 ⇔ e(G, T ) ≥ 2. No entanto, ele
observou que isto era falso em geral:
Temos que se G = A∗C, onde A e C s˜ao grupos n˜ao-t riviais, ent˜ao ou e(G, C) =
∞, ou ambos A e C tˆem ordem dois e e(G, C) = 1, ([17], Lema 2.6). Al´em disso,
se G = A ∗ C, ent˜ao G se decomp˜oe sobre C se, e somente se, A ´e um produto livre
n˜ao-trivial ou ´e c´ıclico infinito ([17], Lema 2.7). Assim, considerando A e C grupos
simples infinitos finitamente gerados e G = A ∗ C, ent˜ao e(G, C) = ∞.
´
E claro
tamb´em que A n˜ao ´e um produto livre n˜ao trivial, nem c´ıclico infinito. Da´ı, temos
que G n˜ao se decomp˜oe sobre C.
O resultado obtido por Scott foi o seguint e:
Teorema 4.2.1 ([17], Teorema 4.1) Se G e S s˜ao grupos finitamen te gerados e G
´e S-residualmente finito (isto ´e, dado g ∈ G − S, existe um subgrupo G
1
de ´ındice
finito em G tal que G
1
⊃ S mas g ∈ G
1
). Ent˜ao e(G, S) ≥ 2 se, e somente se,
G tem um subgrupo G
2
de ´ındice finito em G tal que G
2
⊃ S e G
2
se deco mp˜oe
sobre S.
Como j´a mencionado, decomposi¸c˜ao de grupos surge naturalmente quando cal-
culamos, atrav´es do Teorema de Van Kamp em, o grupo fundamental de superf´ıcies.
Tamb´em h´a um interpreta¸c˜ao topol´ogica para e(G, S) quando G ´e o grupo fun-
damenta l de uma superf´ıcie fechada. Atrav´es dessa interpreta¸c˜ao, podemos dar
exemplos de pares (G, S), com G finitamente g erado, para os quais e(G, S) assume
valores diferentes de 0, 1 , 2 ou ∞, como segue.
Defini¸c˜ao 4.2.2 (a) Seja H uma superf´ıcie e C uma c ircunferˆencia mergulhada
em H. Dizemos que C ´e incompress´ıvel em H se a aplica¸c˜ao natural
Π
1
(C) → Π
1
(H) ´e injetiva (onde Π
1
indica o grupo fundamental).