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ELBA GUERRIERI CARDOSO
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae)
Dissertação apresentada para obtenção do
título de Mestre em Biologia Animal de
Alimentos, área de Biologia Animal do
Instituto de Biociências, Letras e Ciências
Exatas da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Campus de São
José do Rio Preto.
São José do Rio Preto, 23 de abril de 2007.
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i
Aos meus pais, Osmir e Sônia,
ao meu irmão Nathan
e ao Marcus.
Dedico
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ii
O essencial é invisível aos olhos.
Saint-Exupéry
iii
Agradecimentos
Ao meu pai Osmir por todos os sacrifícios enfrentados ao longo desses anos de ausência,
À minha mãe, Sônia, por aconselhar, compreender e apoiar sempre todas as minhas
decisões e principalmente, por não me deixar desistir...
Ao meu irmão Nathan pela amizade;
Ao Marcus Bronzi por todos esses anos de apoio, solidariedade nos momentos mais
obscuros, compreensão, Paciência, muito Amor e obstinação. Por fazer - me compreender
as diferenças e as dificuldades e tornar - me uma pessoa melhor... Por acreditar até mais do
que eu mesma nesse trabalho;
Ao Professor Reinaldo Feres pelo apoio, orientação e disciplina;
Ao Professor Maurício Boscolo por ter proporcionado todas as oportunidades para meu
crescimento, além da compreensão, das críticas severas e por todas as brincadeiras que
serão sempre lembradas com muito carinho.
Ao Luis Gustavo Galego (LG), Tatiana Miguel (Tati Mi) e Mônica Ceneviva pela amizade e
por todas as sugestões que enriqueceram meu trabalho;
Ao Fábio Akashi e Rodrigo Daud por sempre me apoiar e sugerir melhorias nas fases mais
difíceis do meu mestrado;
Aos colegas de laboratório, Felipe M. Nuvoloni, Raquel Kishimoto, Marcelo Del ‘Arco,
Eduardo R. Silva, Viviane Monteiro, Peterson R. Demite, Yoda (Rodrigo Daud) e Renato
(Lambari) que sempre deram uma mãozona nas várias etapas experimentais, pelas
críticas e sugestões.
À Derci Anésia Borela, secretária do Departamento de Zoologia e Botânica, e Rita Beatriz
Seixas, secretária do Departamento de Química e Ciências Ambientais, pela amizade, apoio
e por todas as orientações.
iv
Ao técnico do Centro de Microscopia Luis pelos “quebra galhos” e pelo serviço árduo de
histologia;
A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para a elaboração e conclusão desse
trabalho.
Obrigada
v
SUMÁRIO
Lista de Figuras......................................................................................................... viii
Lista de Tabelas.........................................................................................................
x
Resumo.......................................................................................................................
1
Abstract....................................................................................................................... 2
1
Introdução...................................................................................................................
3
1.1
Controle químico tradicional................................................................................
3
1.2
Ésteres de sacarose no controle de pragas........................................................
4
1.3
Hevea brasiliensis...............................................................................................
5
2
Revisão Bibliográfica.................................................................................................
6
2.1
Ésteres de sacarose............................................................................................
6
2.2
Ácaros associados às seringueiras.....................................................................
6
3
Objetivos...................................................................................................................... 10
4
Material e Métodos......................................................................................................
11
4.1
Tratamentos.........................................................................................................
11
4.2
Criações...............................................................................................................
12
4.3
Ação ovicida........................................................................................................
13
4.4
Ação direta e residual..........................................................................................
13
4.5
Análise estatística................................................................................................
15
4.6
Análise em microscópio.......................................................................................
16
4.6.1
Microscopia óptica..................................................................................
16
4.6.2
Microscopia de varredura.......................................................................
16
5
Resultados e Discussão............................................................................................ 18
5.1
Efeito ovicida em fitófagos...................................................................................
18
5.2
Ação direta e residual em fitófagos.....................................................................
19
vi
5.3
Ação ovicida em predadores..............................................................................
21
5.4
Ação direta e residual em predadores................................................................
22
5.5
Dados morfométricos..........................................................................................
23
5.6
Microscopia eletrônica........................................................................................
24
6
Conclusões................................................................................................................. 26
7
Literatura citada.........................................................................................................
27
vii
LISTA DE FIGURAS
Página
1
A - Estrutura química representativa da sacarose; B - Exemplo de sucroéster de
cadeia alquílica longa (monolaurato de sacarose)........................................................
36
2
Equipamentos utilizados para criações e tratamentos com sucroésteres. A: Torre de
Potter. B: B.O.D. C: Estereomicroscópio.......................................................................
37
3
Bandejas de criações. A: Criações de fitófagos. B: Criações de fitoseídeos................
38
4
Arenas para estudo da viabilidade dos ovos. A: Fitófagos. B: Fitoseídeos...................
39
5
Arenas de testes de ação direta e residual. A: Fitófagos. B: Fitoseídeos.....................
40
6
Viabilidade dos ovos de ácaros fitófagos em função de diferentes concentrações dos
sucroésteres...................................................................................................................
41
7
Porcentagem de larvas vivas de fitófagos em função do tempo, após a pulverização
dos ovos em diferentes concentrações de sucroésteres...............................................
42
8
Mortalidade média de fitófagos em função do efeito direto e residual de sucroésteres
em diferentes concentrações.........................................................................................
43
9
Viabilidade dos ovos de predadores em função de diferentes concentrações dos
sucroésteres...................................................................................................................
44
10
Proporção de larvas vivas de predadores em função do tempo após a pulverização
dos ovos em diferentes concentrações de sucroésteres...............................................
45
11
Mortalidade média de predadores em função do efeito direto e residual de
sucroésteres em diferentes concentrações...................................................................
46
viii
12
Dispersão de predadores em função das concentrações crescentes de
sucroésteres...................................................................................................................
47
13
Médias m) do comprimento e largura do idiossoma em função das concentrações
testadas de sucroésteres...............................................................................................
48
14
Eletromicrografia de varredura de Calacarus heveae do grupo controle tratado com
álcool etílico a 70%........................................................................................................
49
15
Eletromicrografia de varredura de Calacarus heveae tratado com glutaraldeído
2,5%...............................................................................................................................
50
16
Eletromicrografia de varredura de Eutetranychus banksi tratado com álcool etílico a
70%................................................................................................................................
51
17
Eletromicrografia de varredura de Eutetranychus banksi. Montagem direta.................
52
ix
LISTA DE TABELAS
Página
I
Média e desvio padrão em relação ao comprimento (A) e largura (B) dos segmentos
das pernas I IV de Eutetranychus banksi de acordo com os tratamentos de
sucroésteres......................................................................................................................
53
II
Média e desvio padrão em relação ao comprimento (A) e largura (B) dos segmentos
das pernas I IV de Tenuipalpus heveae de acordo com os tratamentos de
sucroésteres......................................................................................................................
54
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
1
Estudo da atividade acaricida de ésteres de sacarose em ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae)
RESUMO
Visando analisar a atividade acaricida de ésteres de sacarose em organismos presentes
em seringueiras, foram estudados os ácaros fitófagos Calacarus heveae (Eriophyidae),
Tenuipalpus heveae (Tenuipalpidae) e Eutetranychus banksi (Tetranychidae), e
predadores Euseius concordis, Euseius citrifolius e Iphiseiodes zuluagai (Phytoseiidae).
Os resultados obtidos são promissores, pois as concentrações de ésteres de sacarose
testadas foram capazes de controlar e alterar o ciclo de desenvolvimento dos fitófagos
estudados. Houve diminuição da viabilidade dos ovos e alta taxa de mortalidade de larvas
e indivíduos adultos. Quanto aos predadores, as concentrações de sucroésteres que
foram eficientes para o controle dos fitófagos, não afetaram de forma significativa o seu
desenvolvimento, porém causaram sua dispersão. Além de serem produtos
biodegradáveis e de baixo impacto ambiental, os ésteres de sacarose mostraram-se
eficientes no controle dos fitófagos sem causar alta mortalidades aos predadores
estudados, o que viabiliza a utilização desses produtos em programas de manejo
integrados de pragas.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
2
Studies of miticidal activity of sucrose esters to mites (Acari) in Hevea brasiliensis
Müell. Arg. (Euphorbiaceae)
ABSTRACT
Aiming to investigate the acaricid activity of sucrose esters in rubber trees organisms, the
present study analyzed the phytophagous mites Calacarus heveae (Eriophyidae),
Tenuipalpus heveae (Tenuipalpidae) and Eutetranychus banksi (Tetranychidae), and the
predators Euseius concordis, Euseius citrifolius e Iphiseiodes zuluagai (Phytoseiidae). The
results obtained were promising, since the tested concentrations of sucrose esters
controlled and altered the developmental cycle of the phytophagous mites studied. The
viability of the eggs was reduced and the mortality of larvae and adult individuals was high.
The sucrose esters concentrations that were efficient to control the phytophagous mites
didn’t affect significantly the development of the predator ones, although the product
caused their dispersion. Apart from being biodegradable products with low environmental
impact risks, the sugar esters showed to be efficient to phytophagous mites control,
without causing high mortalities to the predator ones, what viabilyzes the use of these
products in integrated pests management program.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
3
1. Introdução
1.1. Controle químico tradicional
Existem vários produtos químicos que são utilizados no controle de pragas. Mais
de 300 princípios ativos distribuídos em mais de 2000 formulações são empregadas nas
mais variadas culturas, finalidades e modalidades de uso. Dos compostos usados em
grande escala, encontram-se essencialmente os organoclorados, organofosforados,
carbamatos, piretróides e toda uma série de derivados de triazinas, dentre outros (Lara &
Batista, 1992).
Embora o controle químico reduza o índice de doenças para homens e animais e
ainda tenha incrementado a produção agrícola, os agentes químicos podem permanecer
ativos no ambiente por longos períodos, afetando os ecossistemas. Os efeitos desses
agentes ao longo do tempo representam grande risco para a saúde, tornando necessária
à vigilância e o monitoramento desses produtos em água, solo, alimentos e ar (Javaroni et
al. 1991). O surgimento de populações resistentes é outro fator limitante ao uso de
inseticidas (Sato et al. 1994a). A resistência aos acaricidas é comum e pode ser
rapidamente desenvolvida pelas populações (Gould 1973). Essa resistência pode ser
definida como: redução da sensibilidade de determinadas populações a um determinado
acaricida; desintoxicação natural, absorção mais lenta da toxina, fuga de locais de perigo
(resistência comportamental); mecanismos utilizados para evitar a ação deletéria de
acaricidas (Pavan 2002). A estratégia para evitar o surgimento de populações resistentes
aos acaricidas é reduzir a pressão de seleção desses compostos sobre as pragas, e isso
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4
pode ser realizado através de programas de manejo integrado de pragas (Pedigo 1999) e
uso de produtos alternativos. São encontrados na literatura muitos estudos quanto ao uso
de produtos naturais para o controle de pragas nas mais diversas culturas. Dentre os
principais compostos estudados estão o extrato de Nim, (Mourão et al. 2004; Meneguim &
Martinez, 1998) extrato pirolenhoso (Morandi Filho et al. 2006), óleos essenciais (Fazolin
et al. 2002, 2005) e ésteres de sacarose (Hawthorne et al. 1992; Neal et al. 1994; Puterka
& Severson 1995; Liu & Stansly 1995; Chortyk et al. 1996; Liu et al. 1996; Chortyk et al.
1997; Puterka et al. 2003; Michaud & McKenzie 2004).
1.2.Ésteres de sacarose no controle de pragas
A sacarose pode ser considerada um poliol com oito grupos hidroxilas livres que
ao reagirem com ácidos aromáticos ou alifáticos, produzem ésteres de sacarose contendo
um ou mais grupos acila na molécula (Figura 1a). Os ésteres de sacarose de cadeias
alquílicas longas (Figura 1b) são substâncias anfifílicas e apresentam interessantes
propriedades biológicas devido ao fato de serem caracterizadas como surfactantes não
iônicos, biodegradáveis e de baixo impacto ambiental (Polat & Linhardt 2001).
Sucroésteres derivados de glicerídeos vegetais são produzidos a partir de óleo vegetal,
sacarose refinada e K
2
CO
3
na ausência de solventes. O fato de não utilizar solventes na
síntese dispensa a purificação do produto e torna o processo de produção mais barato.
Os sucroésteres são naturalmente produzidos por algumas espécies de plantas
para a sua proteção contra predadores naturais. A estrutura sica dos ésteres de
sacarose foi isolada inicialmente da espécie Nicotiana sp. (Chortyk et al. 1996). A partir
desses compostos isolados, tiveram início os processos de síntese de ésteres para o
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estudo de suas características físico-químicas e inseticidas. Os compostos o obtidos
em condições laboratoriais pela reação da sacarose com anidridos, cloretos de ácidos
orgânicos ou por processos de transesterificação.
1.3. Hevea brasiliensis
A seringueira é a principal fonte da borracha natural produzida mundialmente. É a
matéria prima essencial para a indústria e para os transportes devido às suas
propriedades como a elasticidade, plasticidade, resistência ao desgaste, isolante de
eletricidade entre outras (Tanzini 2002). A literatura nacional registra alguns resultados de
pesquisas sobre a seletividade de inseticidas-acaricidas a predadores encontrados em
Hevea (Reis & Souza 2000; Fragoso et al. 2002; Ferla & Moraes 2006), no entanto o As
pesquisas com seringueiras enfatizam o melhoramento genético para características de
desenvolvimento e produção e a fitopatologia, com poucas pesquisas em relação aos
artrópodes presentes e alternativas para seu controle. Devido a isso, a utilização
inadequada de inseticidas-acaricidas químicos leva à seleção de organismos resistentes e
a eliminação de organismos benéficos que poderiam ajudar no controle de artrópodes-
praga. Dessa forma torna-se importante desenvolver métodos alternativos de controle
para as diferentes pragas da seringueira.
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2.Revisão bibliográfica
2.1. Ésteres de sacarose
A literatura apresenta grande número de testes com resultados positivos,
realizados com vários tipos de ésteres de sacarose em diferentes pragas da agricultura.
Tanto ésteres naturais como os sintéticos apresentam efeito tóxico, causando a morte
rápida de artrópodes com exoesqueleto delicado como o ácaro da leprose dos citros,
Brevipalpus phoenicis (Geijskes), afídeos, mosca-branca e psilídeos. Essas substâncias
podem agir na suspensão da alimentação e oviposição de ácaros e minadores de folhas.
(Hawthorne et al. 1992; Neal et al. 1994; Puterka & Severson 1995; Liu & Stansly 1995;
Chortyk et al. 1996; Liu et al. 1996; Chortyk et al. 1997; Puterka et al. 2003; Michaud &
McKenzie 2004). Sobre o modo de ação dos ésteres, Thurston & Webster (1962)
sugeriram que atuam sobre a cutícula dos organismos, causando morte por dessecação.
Liu & Stansly (1995) observaram que ninfas de Bemisia argentifolia (Bellows & Perring)
secaram e caíram da superfície das folhas quando tratadas com extratos de Nicotiana
gossei Domin.
2.2. Ácaros associados às seringueiras
Ácaros podem ser encontrados em uma grande variedade de habitats, com
hábitos alimentares muito variados (Flechtmann 1975). Certos grupos de ácaros têm
grande importância para a agricultura por apresentarem espécies fitófagas ou predadoras.
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7
Dentre o grande número de ácaros existentes, a ordem Acariformes, subordem
Prostigmata, engloba ácaros fitófagos de grande importância para a agricultura. Esses
ácaros se alimentam do conteúdo celular das plantas causando injúrias nas mesmas
(Flechtmann 1975) e como conseqüência, queda da produção. A acarofauna presente em
seringueiras no Brasil é alvo de pesquisas recentes. Feres (2000) analisando material
proveniente de dez clones de Hevea brasiliensis e de outras cinco espécies de Hevea,
cultivados nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo,
encontrou 28 espécies pertencentes a 24 gêneros de 11 famílias. Para o estado de Mato
Grosso, Ferla & Moraes (2002) estudaram a flutuação populacional das espécies acarinas
em seringais localizados nos municípios de Itiquira e Pontes e Lacerda, e registraram 41
espécies. Entre as fitófagas, as mais abundantes foram Tenuipalpus heveae Baker
(Tenuipalpidae), Calacarus heveae Feres (Eriophyidae), Oligonychus gossypii (Zacher) e
Tetranychus mexicanus (McGregor) (Tetranychidae). Entre as predadoras destacaram-se
Euseius concordis (Chant) e Neoseiulus anonymus (Chant & Baker) (Phytoseiidae),
Agistemus floridanus Gonzalez (Stigmaeidae) e Pseudobonzia sp. (Cunaxidae). Nos
municípios de Cedral, Pindorama e Taquaritinga, SP, Feres et al. (2002), registraram a
ocorrência de 22 espécies com predomínio das fitófagas C. heveae e T. heveae, seguidas
de Eutetranychus banksi (McGregor) (Tetranychidae) e Phyllocoptruta seringueirae Feres
(Eriophyidae). Os predadores mais abundantes foram Euseius citrifolius Denmark &
Muma, Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma (Phytoseiidae), Zetzellia quasagistemas
Hernandes & Feres (2006) (Stigmaeidae), além de ácaros da família Tydeidae
Pronematinae (Daud & Feres 2005), Acaridae e Bdellidae (Demite & Feres 2005).
Cardoso, E.G.
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8
Calacarus heveae: Espécie descrita em 1992 a partir de material coletado no
noroeste do estado de São Paulo (Feres 1992) e registrada somente em Hevea
brasiliensis no Brasil. Tem sido observada em grandes populações na face superior das
folhas. Como resultado do seu ataque, as folhas perdem o brilho e apresentam áreas de
amarelecimento progressivo, intercalada com áreas verdes normais, lembrando o sintoma
de mosaico provocado por vírus em diferentes culturas (Vieira et al. 2000). Plantas
atacadas podem perder até 75% das suas folhas, um ou dois meses antes da desfolha
natural (Vieira & Gomes 1999).
Tenuipalpus heveae: Espécie pertencente à família Tenuipalpidae, a qual engloba
também o ácaro da leprose dos citros. É um ácaro plano, achatado dorso ventralmente,
de coloração alaranjada quando jovem (inclusive ovos) e avermelhada na fase adulta.
Ocorre em grandes populações na face inferior dos folíolos e quando em grandes
infestações também podem ser encontrados na face superior (Feres 2000; Feres et al.
2002; Ferla & Moraes 2002).
Eutetranychus banksi: Considerado um dos mais importantes ácaros-praga da
citricultura norte americana (Metcalf 1962). Está presente no sudoeste dos Estados
Unidos, especialmente no Texas e na Flórida, sendo também encontrado no México,
Costa Rica e algumas ilhas do Havaí. Ocorrem primeiramente na superfície superior das
folhas produzindo manchas marrom amareladas e causando queda prematura. Na
tentativa de controlar esta praga, utiliza-se o controle químico.
Cardoso, E.G.
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Predadores: Ácaros Phytoseiidae e Stigmaeidae são os predadores mais comuns
em folhas de seringueira no sudeste e centro-oeste do Brasil, sendo a maior diversidade
apresentada pelos fitoseídeos (Feres 2000, Ferla & Moraes 2002). Eles são importantes
reguladores de populações de ácaros fitófagos nos agrossistemas, por isso, a
preservação desses artrópodes benéficos é uma tática econômica e ambientalmente
importante, por manter populações de ácaros–praga em baixos níveis e reduzir o número
de aplicações de acaricidas. Isso diminui a relação custo/benefício e, principalmente, a
quantidade de resíduos poluentes no meio, o que mostra a importância de se conhecer a
ação seletiva ou tóxica de produtos utilizados no controle de pragas (Mourão et al. 2004).
Euseius citrifolius tem sido relatado no Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil, em
grande diversidade de plantas (Moraes & Mcmurtry 1983, Feres & Moraes 1998, Ferla &
Moraes 1998, Gondim Jr & Moraes 2001). Iphiseiodes zuluagai tem sido relatado em
citros no estado de São Paulo (Gravena 1990, Chiavegato 1991, Sato et al. 1994a),
especialmente durante a época mais seca do ano. Gondim Jr & Moraes (2001)
observaram ser esse predador mais freqüente e abundante em arecáceas nativas e
exóticas no vale do Ribeira e em Piracicaba, SP. Este fitoseídeo também tem sido
encontrado no estado de São Paulo em diversos outros vegetais como euforbiáceas, no
litoral e no cerrado (Zacarias & Moraes 2001). Feres et al. (2002) registraram essa
espécie em seringal circundado por plantação comercial de citros, em Taquaritinga.
Cardoso, E.G.
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brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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3. Objetivos
Averiguar a ação ovicida e acaricida de ésteres de sacarose sobre
diferentes estágios de desenvolvimento de Calacarus heveae, Tenuipalpus
heveae e Eutetranychus banksi, ácaros fitófagos de seringueira;
Avaliar possíveis efeitos negativos ocasionados pelos ésteres de sacarose
sobre os ácaros predadores: Euseius concordis, Euseius citrifolius e
Iphiseiodes zuluagai;
Verificar possíveis alterações ocasionadas pelos ésteres de sacarose no
exoesqueleto dos ácaros estudados.
Cardoso, E.G.
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brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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4. Material e Métodos
Os experimentos foram desenvolvidos no laboratório de Acarologia do
Departamento de Zoologia e Botânica IBILCE – UNESP.
4.1. Tratamentos
Os tratamentos consistiram de soluções de sucroésteres em água destilada com
concentrações de 1,0; 2,0; 5,0 e 10,0 g/L, e água destilada como controle. Para as
pulverizações utilizou-se um pulverizador do tipo Torre de Potter (Figura 2a). Em todos os
tratamentos foi pulverizado o volume de 2,0 mL de solução e com a Torre calibrada para a
vazão de ar comprimento de 7L/min. Todos os experimentos foram mantidos em B.O.D
(Figura 2b) (U.R de 70±10%, fotoperíodo de 14 h luz 10 h escuro, 28º±0,1ºC na fotofase e
24±0,1ºC na escotofase). Utilizou-se um estereomicroscópio para auxiliar na transferência
e contagem dos ácaros (Figura 2c). Foram realizadas cinco repetições por tratamento. Os
ácaros estudados foram os fitófagos C. heveae, T. heveae e E. banksi, e os predadores
E. citrifolius, E. concordis e I. zuluagai.
Cardoso, E.G.
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brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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4.2. Criações
Para a criação de fitófagos foram montadas bandejas contendo manta de espuma
de náilon de 2 cm de altura embebidas em água destilada e recobertas com uma fina
camada de algodão hidrófilo para manutenção da umidade, onde foram colocados folíolos
de seringueira coletados no campus da UNESP de São José do Rio Preto (20º47’S,
49º21’W) com a face abaxial ou adaxial em contato com a espuma, de acordo com o
microhábitat ocupado por cada espécie. Água destilada foi adicionada diariamente às
bandejas para manutenção da umidade. As margens dos folíolos foram recobertas com
algodão hidrófilo para impedir a fuga dos ácaros (Figura 3a). Cada arena foi mantida em
bandejas plásticas (6x16x23cm
3
) sem tampa para evitar a condensação de vapor de água
na superfície dos folíolos.
Nas criações dos predadores as bandejas foram montadas de forma semelhante
às descritas acima, diferindo apenas pela substituição dos folíolos de seringueira por
placas de Paviflex
®
(10×15cm
2
). Uma fina camada de algodão foi colocada sob uma
lamínula de microscopia para servir de abrigo e local de oviposição para as fêmeas. Cada
arena foi mantida dentro de bandeja retangular opaca (16x22x7cm
3
), com abertura
retangular de 3,0 x 3,5 cm
2
no centro da tampa (Figura 3b). Exemplares de E. citrifolius
foram coletados em folhas de goiabeira e citros, e de E. concordis e I. zuluagai em folhas
de Pachira aquática Aubl (Bombacaceae). Os predadores foram mantidos com pólen de
Typha angustifolia L. (Typhaceae) ou de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae), solução
de mel a 10% e Tetranychus ogmophallos Ferreira & Flechtmann (Tetranychidae).
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
13
4.3. Ação ovicida
As arenas utilizadas para estudo da viabilidade dos ovos foram montadas em
bandejas semelhantes às montadas para criações. Os folíolos de seringueira, ou as
placas de Paviflex® foram divididos em arenas de criação de 4,0 cm
2
de área, utilizando-
se tiras de lenço de papel (Ferla & Moraes 2003a), para os fitófagos (Figura 4a), e tiras de
algodão para os fitoseídeos (Figura 4b), num total de 40 arenas por tratamento. Nas
bandejas de fitoseídeos, fios de algodão foram dispostos nas arenas para serem
utilizados como abrigo e locais de oviposição. Pólen de M. fistulifera e T. angustifolia
foram disponibilizados em quantidade superior ao consumo. Foram transferidas cinco
fêmeas por arena e após 24 horas de confinamento, as mesmas foram retiradas
deixando-se apenas os ovos que foram em média de 13 ovos por arena. Retiradas as
fêmeas, fez-se a pulverização das soluções de sucroésteres em diferentes concentrações
e água destilada como controle, sobre os ovos. O acompanhamento do ciclo de vida
ocorreu até o décimo dia após a oviposição para os fitófagos e até o sétimo dia após a
oviposição para os predadores.
4.4. Ação direta e residual
Para os bioensaios de contato residual (Jeppson et al. 1975) com fitófagos foram
recortados quadrados de 4 cm
2
de folíolos de seringueira (arenas) que foram dispostos
sobre placas de Petri de 13 cm de diâmetro contendo algodão hidrofílico umedecido.
Cada placa recebeu quatro arenas que tiveram as bordas cobertas por tiras de papel de
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filtro para evitar a fuga dos ácaros (Figura 5a). Após a pulverização, as arenas foram
colocadas para secar em condição ambiente por cerca de duas horas. Após esse período
os ácaros foram transferidos para as arenas e mantidos em câmara climática tipo B.O.D.
Para os testes de ação direta foram confeccionadas arenas iguais às descritas
para a ação residual, porém as pulverizações das concentrações de sucroésteres foram
feitas após a transferência dos ácaros para as arenas. Em ambos os bioensaios, cada
placa recebeu 40 indivíduos adultos (10 indivíduos por arena), para testes com C. heveae
e 20 adultos (5 indivíduos por arena) para testes com E. banksi e T. heveae. A
mortalidade foi contabilizada 24 horas após a pulverização das concentrações dos
sucroésteres.
Os testes com os predadores foram realizados em lamínulas postas para flutuar
em Placas de Petri contendo água destilada que serviu de barreira para a fuga dos ácaros
e para sua hidratação (Figura 5b). No testes de ação residual as lamínulas foram
pulverizadas com as soluções de sucroésteres e água destilada para o controle, as
mesmas foram deixadas em temperatura ambiente por duas horas para secarem e após
esse período realizou-se a transferência dos ácaros. Nos testes de ação direta os ácaros
foram transferidos para as lamínulas antes das pulverizações e as concentrações dos
sucroésteres foram pulverizadas diretamente sobre os indivíduos. A contagem dos
indivíduos mortos foi realizada 24 h após as pulverizações.
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4.5. Análise Estatística
Para os testes da ação ovicida obteve-se a viabilidade dos ovos através da
fórmula
2
1
n
n
viab =
onde:
1
n
=
ºn
ovos viáveis,
2
n
=
ºn
ovos totais na arena em estudo.
A partir dos valores obtidos foi realizada sua correção através do
(
)
viabenoar cos .
A correção dos valores foi importante para discriminar o número de mortes efetivas das
mortes acidentais (ácaros mortos sobre o algodão) que ocorreram nos tratamentos.
Para os testes estatísticos dos bioensaios de ação direta e ação residual, a
mortalidade em cada tratamento foi corrigida através da fórmula de Abbott.
Os valores foram posteriormente submetidos à análise de variância e
comparados pelo teste de Tukey através do programa estatístico BioEstat 3.0. (Ayres et
al. 2003).
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4.6. Análise em Microscópio:
4.6.1. Microscopia óptica
Foram analisados 10 exemplares de cada tratamento realizado ao longo dos anos
de 2005 e 2006, com E. banksi e T. heveae. Esses exemplares foram obtidos dos
experimentos realizados com concentrações de 5 e 10 g/L de sucroésteres e no controle
realizado com água destilada. Os ácaros foram montados em lâminas de microscopia
com o auxilio de estereomicroscópio, utilizando meio de Hoyer (Fletchmann 1975;
Jeppson et al. 1975). As lâminas foram mantidas em estufa a 60ºC por até três dias, para
a fixação da posição, distensão e clarificação dos espécimes. Posteriormente foi feita a
lutagem dos bordos da lamínula com resina alquídica (Verniz Cristal ®). Foram
mensurados o comprimento e largura do idiossoma e o comprimento e largura dos
segmentos das pernas com o auxilio de um microscópio de contraste de fase. Para
verificar a significância das diferenças morfométricas entre os tratamentos foi realizado o
teste ANOVA com intervalo de confiança de 95%, através do programa BioEstat 3.0.
4.6.2. Microscópio de varredura
Para essas análises utilizou-se tanto C. heveae quanto E. banksi. Foram montados
stubs contendo pedaço de fita adesiva de cobre, com ácaros sem tratamento (controle) e
tratados com concentração de 10g/L de sucroésteres. Três metodologias distintas foram
realizadas (i) fixação dos organismos (C. heveae e E. banksi) em álcool etílico a 70%
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seguido de metalização em ouro (Wergin et al. 2000, Archor, et al. 2001); (ii) fixação de C.
heveae em glutaraldeído 2,5% por 24 h seguido de série crescente de desidratação em
acetona (30, 50, 70, 80, 90, 95, 100, 100, 100%) submersos 30 minutos em cada solução,
passagem ao ponto crítico e metalização em ouro (210 segundos) (Ferla & Moraes
2003b); (iii) montagem direta de E. banksi (sem fixação) seguida de metalização em ouro.
Cardoso, E.G.
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5. Resultados e Discussão
5.1. Efeito ovicida em fitófagos
Em ambos os fitófagos estudados houve diminuição da viabilidade dos ovos de
acordo com o aumento das concentrações de sucroésteres (Figura 6). A eficiência ovicida
do produto variou de 80 a 99,9% a partir da concentração de 2,0 g/L para C. heveae e de
62 a 100% para E. banksi. Esses resultados foram semelhantes aos obtidos por Neal et
al. (1994) em testes feitos com resíduos de ésteres de sacarose sobre ovos de
Tetranychus urticae Koch e por Reis et al. (2005, 2003) em ensaios de ação ovicida
ocasionada por spirodiclofen, azociclotin, abamectin e emamectin em ovos de B.
phoenicis.
Houve diferenças significativas entre o grupo controle e os demais tratamentos
(p<0,01). Foi observado que nas concentrações a partir e 2,0g/L os ovos apresentaram
alteração na aparência como aspecto gelatinoso, murchamento e córion mais elástico, o
que dificultou a eclosão das larvas. Foi possível observar que partir do sétimo dia de
experimento houve proliferação de fungos nas bandejas pulverizadas com sucroésteres.
Quanto à eclosão das larvas, nos experimentos com C. heveae, no tratamento controle
elas eclodiram, em média, no quinto dia, semelhante aos resultados obtidos por Ferla &
Moraes (2003a), e para E. banksi no quarto dia o número de eclosões chegou a 70%
(Figura 7). Os indivíduos sofreram mudança de estágio e permaneceram vivos até o nono
dia de avaliação. Nos tratamentos realizados com os sucroésteres observou-se pequena
taxa de eclosão das larvas (entre 2 e 18%), que ocorreram entre o terceiro e quarto dias
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de experimentos. As larvas que eclodiram não permaneceram vivas, pois ao entrarem em
contato com resíduos dos sucroésteres acabaram morrendo entre o sétimo e oitavo dia de
experimento. Michaud & Mckenzie (2004) observaram resultados semelhantes através de
experimentos realizados com concentrações de octanoato de sacarose, um sucroéster,
em Aphytis melinus, Curinus coeruleus e outros. Segundo os autores a morte desses
organismos poderia ser explicada pela dificuldade de alimentação ocasionada pela
presença dos sucroésteres na superfície das folhas.
5.2. Ação direta e residual em fitófagos
As concentrações testadas ocasionaram altas taxas de mortalidade nos três
fitófagos estudados tanto nos testes de ação direta como de ão residual (Figura 8). A
mortalidade foi crescente conforme o aumento da concentração e os valores de
mortalidade variaram de 56 a 100% para C. heveae, 47 a 100% para E. banksi e 29 a
100% em T. heveae para os testes de ão direta. Na ação residual a mortalidade variou
de 60 a 90% para os três fitófagos nas concentrações a partir de 2,0 g/L; resultados
semelhantes aos obtidos por Neal et al. (1994) em que resíduos de ésteres de sacarose
causaram mortalidade significativa (80%) em fêmeas de Tetranychus urticae Koch. Houve
diferenças significativas entre o controle e os tratamentos em ambos experimentos
(p<0,05).
Foi possível observar que após a pulverização direta com os sucroésteres os
ácaros apresentaram dessecação pida, dificuldades de locomoção sobre a superfície
das folhas, inatividade, dificuldades de alimentação, alteração da aparência e textura do
tegumento. Muitos deles ficaram fortemente aderidos à superfície e aos outros ácaros. A
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dessecação embasa a teoria de ruptura da membrana celular como proposto por Thurston
& Webster (1962), Neal et al. (1994), Puterka & Severson (1995) e Puterka et al. (2003).
Outro efeito dos ésteres sobre os organismos seria o desacoplamento da cadeia de
fosforilação (Puritch 1975) que impediria a formação de ATP e a energia seria dissipada
na forma de calor. Siegler & Popenoe (1925) e Puritch (1975) em testes com afídeos,
sugerem que a morte seja ocasionada por sufocamento, devido à oclusão das aberturas
corporais ocasionada pelas propriedades surfactantes dos sucroésteres (Imai et al. 1994,
1995). Nos testes de ação residual pôde-se observar paralisia das pernas, inabilidade
locomotora, movimentos desorientados e dessecação. Mesmo com dificuldades de
sobrevivência foi possível verificar a oviposição de T. heveae em algumas arenas de
estudo em concentrações até 2g/L. Resultados obtidos por Ferla & Moraes (2003b) com
aplicação de vários inseticidas e inseticidas-acaricidas em diferentes concentrações
mostraram ser essa espécie mais resistente aos efeitos de inseticidas em relação a C.
heveae.
A maneira como os ésteres de sacarose atuam no corpo varia de acordo com
mecanismos dependentes da constituição química do exoesqueleto, estruturas
especializadas e adaptações fisiológicas que envolvem cada espécie em particular, como
observado por Puterka et al. (2003), portanto torna-se necessário maiores estudos nesse
aspecto.
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5.3. Ação ovicida em predadores
Concentrações a partir de 5g/L foram nocivas quanto à viabilidade dos ovos para
E. concordis (85 a 92%) e para E. citrifolius (86%) e levemente nocivas para I. zuluagai
(64%) (Figura 9). Concentrações até 2g/L não ocasionaram efeito ovicida em E. citrifolius
e E.concordis e os ácaros apresentaram desenvolvimento normal. Ovos de I. zuluagai
foram mais resistentes às concentrações testadas de sucroésteres que E. concordis e E.
citrifolius. Resultados semelhantes foram obtidos por Reis & Souza (2001) em estudos
realizados com diferentes concentrações de fenbutatin-oxide e chlofenapyr sobre E.
alatus e I. zuluagai. A eclosão das larvas variou de 13 a 81% de acordo as concentrações
crescentes de sucroésteres. Ocorreram diferenças significativas (p<0.01) da viabilidade
dos ovos em concentrações a partir de 5g/L. Após a eclosão das larvas, que ocorreu em
torno do dia de experimento, como verificado por Moraes & Lima (1983), Yamamoto &
Gravena (1996) e Furtado & Moraes (1998), essas tiveram desenvolvimento normal e
permaneceram vivas até o sexto dia, e partir daí houve um decréscimo do número de
indivíduos vivos (Figura 10). Assim como em Reis & Souza (2001) as larvas eclodidas e
/ou ninfas foram mais suscetíveis à ação do produto que os ovos. Em baixas
concentrações (menores que 5g/L) houve pequena diminuição da proporção de larvas
vivas ao longo do tempo. Algumas larvas foram observadas próximas ao algodão que
delimitava as arenas. Isso, aparentemente se deveu a algum efeito repelente que os
compostos testados exerceram sobre os ácaros.
Cardoso, E.G.
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5.4. Ação Direta e Residual em Predadores
As concentrações até 2g/L foram levemente nocivas para E. citrifolius e E.
concordis nos testes de ação direta. Acima de 2g/L o efeito dos sucroésteres foi nocivo e
a mortalidade variou de 53 a 77% (Figura 11). Essa porcentagem de mortalidade
ocasionada pelos ésteres de sacarose foram semelhantes aos valores obtidos por Reis et
al. (2005, 2003) em testes com inseticidas acaricidas usados em plantações de citros.
Ao contrário do estudo realizado por Mourão et al. (2004) com extrato de Nim sobre I.
zuluagai, os ésteres de sacarose foram seletivos para esse ácaro. As concentrações de
1,0 5,0 e 10,0 g/L testadas foram inócuas. A concentração de 2,0 g/L, por sua vez,
ocasionou em torno de 20% de mortalidade, sendo considerado de baixa nocividade.
Alguns trabalhos como o de Fragoso et al. (2002) também mostraram que a ação de
diferentes inseticidas, como o dissulfotom, foi inócua para I. zuluagai. Os testes de ão
residual por sua vez apresentaram baixa taxa de mortalidade para E. concordis e E.
citrifolius, sendo que os valores variaram de 19 a 21% na maior concentração testada de
sucroésteres. Para I. zuluagai as concentrações foram inócuas e a mortalidade
ocasionada não foi significativa em relação ao grupo controle (p>0.05). Assim como em
Reis & Souza (2001) e Ferla & Moraes (2006), E. concordis e E. citrifolius foram mais
sensíveis às concentrações testadas que I. zuluagai.
Um fator interessante ocasionado pelas baixas concentrações de sucroésteres
(até 2g/L) em E. concordis e E. citrifolius, foi a elevada taxa de dispersão (Figura 12).
Nesse caso os ácaros foram encontrados nas bordas das placas de Petri, fora do campo
de ação dos sucroésteres. O efeito residual foi o que ocasionou maior taxa de dispersão
que variou de 70 a 90%.
Cardoso, E.G.
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Inúmeros são os trabalhos sobre seletividade de produtos visando o controle
integrado. Joness (1983) apud Komatsu & Nakano (1988) realizou estudos do efeito de
vários produtos sobre artrópodes benéficos, constatando que ácaros da família
Phytoseiidae foram bem menos afetados que suas presas, porém Yamamoto et al.
(1992), Sato et al. (1994b), Reis & Souza (2000); Sato et al. (2001); Reis et al. (2003,
2005) e Ferla & Moraes (2006), mostraram que muitos acaricida-inseticidas utilizados
para o controle de diversos fifagos não são seletivos para predadores. Outros, como o
óxido de fenbutatin, em baixas concentrações, ocasionam baixas taxas de mortalidade.
Entretanto, de uma série de praguicidas estudados, poucos são aqueles que não
apresentam efeito tóxico aos predadores naturais dos fitófagos, isso por que as presas
podem apresentar resistência aos produtos utilizados e a dosagem necessária para o
controle das pragas tem boas chances de matar os predadores.
5.5. Dados morfométricos
De maneira geral os exemplares tratados com as concentrações utilizadas de
sucroésteres sofreram reduções significativas quanto ao comprimento do idiossoma
(Figura 13). Essas reduções chegaram a 23% em E. banksi e 15% em T. heveae. Os
artículos das pernas I a IV também sofreram reduções significativas (p<0,01) quanto ao
comprimento e a largura. Assim como demonstrado por Feres & Beliini (2002) em
medidas realizadas em exemplares ativos e em diapausa de Tenuipalponychus tabebuiae
Aguilar, Flechtmann & Ochoa (Acari, Tetranychidae) os artículos que sofreram maiores
reduções foram os fêmures, com valores que variaram de 22,8% de redução no
comprimento e 24,7% na largura e o genu I com redução de 26,7% na largura.
Cardoso, E.G.
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As maiores reduções foram observadas nas pernas posteriores (Tabela I e II), isso
pode ter acontecido pelo fato dessa região ser talvez mais elástica que a anterior para
permitir sua distenção nos períodos de produção de óvulos. Sendo assim, a cutícula
dessa região estaria mais propensa à desidratação.
Como sugerido por Puritch (1975) e Neal et al. (1994) a ação exercida pelos
sucroésteres sobre o exoesqueleto dos ácaros seria semelhante à ação de detergentes,
promovendo a ruptura da integridade das membranas celulares, o que provocaria a perda
de quidos intracelulares e conseqüentemente a desidratação, o que pode ter resultado
as alterações do comprimento e largura das estruturas mensuradas nos exemplares
tratados com os sucroésteres.
5.6. Microscopia Eletrônica
Através das análises em M.E.V. buscamos esclarecer o mecanismo de ação dos
sucroésteres sobre o exoesqueleto dos ácaros. No entanto, não foi obtido sucesso devido
aos problemas metodológicos encontrados para o processamento e preparação dos
espécimes para posterior análise no M.E.V.
Através das eletromicrografias feitas (Figuras 14 - 17), notamos que as alterações
observadas aparentemente não representavam resultados da ação dos sucroésteres, mas
sim da metodologia utilizada, pois tanto o grupo controle quanto o tratado sofreram
alterações severas. Foram observados pontos de murchamento e colabação do corpo e
dobramento das pernas após fixação. A montagem direta, onde não se faz uso de
nenhum fixador sobre os espécimes, também não foi adequada, pois os exemplares ao
serem analisados, sofreram pressão da torre de elétrons do aparelho e perderam água
Cardoso, E.G.
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rapidamente, ocasionando assim alterações morfológicas que mascararam os possíveis
efeitos da ação dos sucroésteres sobre o exoesqueleto dos ácaros. Todos esses
resultados foram semelhantes aos obtidos por Wergin et al. 2000 e Archor et al. 2001.
Esses autores mostraram que algumas das metodologias realizadas são inadequadas
para esses organismos delicados.
Cardoso, E.G.
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6. Conclusões
1. Os ésteres de sacarose apresentaram potencial acaricida, ovicida e larvicida sobre
os fitófagos comuns em Hevea;
2. Os ovos dos ácaros fitófagos foram mais suscetíveis à ação dos sucroésteres que
os indivíduos adultos;
3. T. heveae foi mais tolerante as altas concentrações de sucroésteres que os outros
fitófagos;
4. C. heveae foi mais sensível à ação dos sucroésteres;
5. Os testes de ação residual e ação direta apresentaram resultados satisfatórios no
controle dos ácaros;
6. A porcentagem de dispersão dos fitoseídeos variou diretamente em relação o
aumento das concentrações dos sucroésteres;
7. I.zuluagai mostrou-se mais resistente ação do produto e exibiu uma maior taxa de
dispersão que E. citrifolius e E. concordis;
8. A morte dos ácaros em presença dos sucroésteres deve ocorrer por desidratação;
9. Os sucroésteres além de serem biodegradáveis, de baixo custo de produção,
atóxicos ao homem e ao ambiente, apresentaram bons resultados no controle de
ácaros fitófagos de Hevea. Portanto, podem ser uma alternativa para o uso em
programas de Manejo Integrado de pragas.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
35
Figuras
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
36
O
OH
OH
OH
C
OH
O
O
C
OH
OH
OH
C
OH
4
5
6
2
1'
3'
4'
5'
6'
3
1
2'
A
O
CH
3
O
O
OH
OH
OH
O
O
OH
OH
OH
OH
B
Figura 1: A - Estrutura química representativa da sacarose
B - Exemplo de sucroéster de cadeia alquílica longa (monolaurato de sacarose).
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
37
A B
C
Figura 2: Equipamentos utilizados para as criações e tratamentos com sucroésteres
A: Torre de Potter
B: B.O.D.
C: Estereomicroscópio
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
38
Figura 3: Bandejas de criações
A: Criações de fitófagos
B: Criações de fitoseídeos
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
39
A
B
Figura 4: Arenas utilizadas para estudo da viabilidade dos ovos.
A: Fitófagos
B: Fitoseídeos
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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A
B
Figura 5: Arenas para testes de ação direta e residual
A: Fitófagos
B: Fitoseídeos
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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0
10
20
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60
70
80
90
100
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Viabilidade (%)
C.heveae E.banksi
c b
b
b
b
c
b
a
a
Figura 6: Viabilidade dos ovos de ácaros fitófagos em função de diferentes concentrações dos
sucroésteres. As barras seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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0
10
20
30
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1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tempo (dias)
Larvas vivas (%)
controle 1.0 g/L 2.0g/L 5.0g/L 10.0g/L
A
0
10
20
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50
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70
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100
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tempo (dias)
Larvas vivas (%)
controle 1.0g/L 2.0g/L 5.0g/L 10.0g/L
B
Figura 7: Porcentagem de larvas vivas de fitófagos em função do tempo, após a pulverização dos
ovos em diferentes concentrações de sucroésteres.
A - Calacarus heveae B – Eutetranychus banksi
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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0
10
20
30
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50
60
70
80
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100
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Mortalidadedia (%)
ação direta ão residual
a
a,b
b
c
c
c
c
b
b
a
A
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Mortalidade média (%)
ação direta ação residual
b
c
a
c
b
c
c c c
a
B
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Mortalidade média (%)
ação direta ação residual
a
a
e
b b
c
c
d
d
e
C
Figura 8: Mortalidade média de fitófagos em função do efeito direto
e residual de sucroésteres em diferentes concentrações. Barras
seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente.
A Calacarus heveae
B Eutetranychus banksi
C Tenuipalpus heveae
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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0
10
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70
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100
110
120
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Viabilidade (%)
E. citrifolius E. concordis I. zuluagai
a
a
a
a
a a
a
b
b
b
b
b
b
c
c
Figura 9: Viabilidade dos ovos de predadores em função de diferentes concentrações dos
sucroésteres. Barras seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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0
10
20
30
40
50
60
70
80
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1 2 3 4 5 6 7
Tempo (dias)
Larvas vivas (%)
controle 1g/L 2g/L 5g/L 10g/L
A
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
1 2 3 4 5 6 7
Tempo (dias)
Larvas vivas (%)
controle 1g/L 2g/L 5g/L 10g/L
B
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (dias)
Larvas vivas (%)
controle 1g/L 2g/L 5g/L 10g/L
C
Figura 10
: Proporção de larvas vivas de predadores em função do tempo
após a pulverização dos ovos em diferentes concentrações de
sucroésteres.
A - Euseius citrifolius
B – Euseius concordis
C - Iphiseiodes zuluagai
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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0
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50
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70
80
90
100
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Mortalidade média (%)
ação direta ação residual
b
a
b
b,c c
a
b*
c*
A
0
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20
30
40
50
60
70
80
90
100
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Mortalidade média (%)
ação direta ação residual
a
b
c
a
aa
a
a
b
b
B
0
5
10
15
20
25
30
controle 1 2 5 10
Cocentrações (g/L)
Mortalidade média (%)
ação direta ação residual
a
a
a
a
a
a
a
a,b
c
a,b
C
Figura 11: Mortalidade média de predadores em função do efeito
direto e residual de sucroésteres em diferentes
concentrações. Barras seguidas de mesma letra não
diferem estatisticamente.
A - Euseius citrifolius
B – Euseius concordis
C - Iphiseiodes zuluagai
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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60
70
80
90
100
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Dispersão (% )
ação direta ão residual
A
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Dispersão (%)
ação direta ação residual
B
0
20
40
60
80
100
120
controle 1 2 5 10
Concentrações (g/L)
Dis pers ão (% )
ão direta Ação residual
C
Figura 12: Dispersão de predadores em função das concentrações
crescentes de sucroésteres.
A - Euseius citrifolius;
B – Euseius concordis;
C - Iphiseiodes
zuluagai.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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- 10.000 20.000 30.000 40.000
Controle
5g/L
10g/L
Tratam entos
Médias m)
Comprimento (µm) Largura (µm)
A
0.000 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000
Controle
5g/L
10g/L
T ratam entos
Médias (µm)
Comprimento (µm) Largura (µm)
B
Figura 13: Médias (µm) do comprimento e largura do idiossoma em função das concentrações
testadas de sucroésteres.
A.- Eutetranychus banksi. B - Tenuipalpus heveae.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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A
B
Figura 14: Eletromicrografia de varredura de C. heveae do grupo controle tratado com álcool etílico a 70%.
A: visão geral do corpo do ácaro.
B: Prossoma e parte anterior do opistossoma, grupo tratado com 10 g/L dos sucroésteres. As setas
indicam os pontos que sofreram maior alteração pelo processamento.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
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A
B
Figura 15: Eletromicrografia de varredura de C. heveae tratado com glutaraldeído 2,5%.
A: grupo controle. B. Tratado com 10g/L do sucroéster.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
51
A
B
Figura 16: Eletromicrografia de varredura de E.banksi tratado com álcool etílico a 70%.
A: grupo controle. B: tratado com 10g/L do sucroéster.
Cardoso, E.G.
Estudo da Atividade Acaricida de Ésteres de Sacarose em Ácaros (Acari) de Hevea
brasiliensis Müell. Arg. (Euphorbiaceae).
52
A
B
Figura 17: Eletromicrografia de varredura de E.banksi. Montagem direta.
A: grupo controle. B: tratado com 10g/L do sucroéster.
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