400
hoje fazem parte do quadro” (: 323). tornando-se, dessa forma, referência para a
comunidade na qual estão inseridos” (: 325).
PACA –
PE
“O projeto desenvolve articulações com outras secretarias,
com a Igreja, com a Universidade federal de Pernambuco e
outras instituições. Alguns projetos recebem também
colaboração financeira de organizações como UNICEF e a
ABRINQ. Vários projetos têm recursos do Governo Estadual
e do Ministérios da Previdência e Assistência Social” (: 332).
“Segundo a coordenação, o programa pode
ser considerado bem-sucedido, devido à sua
expansão. No início, havia uma média de 200
adolescentes no Criarte, e chegou-se a
quase 3.200 atendidos em quatro anos. No
segundo semestre de 2000, o PACA atendeu
a cerca de 1.200 jovens” (: 334).
“Mudanças comportamentais dos jovens: passam a
se apresentar melhor após ingresso nos projetos e
modificam seus gostos culturais, valorizando mais
expressões da cultura nacional e regional, como o
maracatu. (...) Quando comparados a jovens que não
passaram por projetos do programa, os que deles
participaram destacam-se por apresentar maior nível
de integração ao grupo, exercendo liderança” (: 336).
Escola de
Rodeio
Erê – PR
“Não há parceria com qualquer organização congênere. A
principal razão para que isso ocorra é a falta de divulgação
do projeto. Em algumas ocasiões, a escola foi tema de
reportagens em jornais, revistas e telejornais. Porém, as
pessoas da comunidade costuma tomar conhecimento do
projeto através dos próprios meninos que dele participam ou
do professor” (: 341).
“O projeto é considerado bem-sucedido,
apesar da precariedade das condições em
que é sustentado. A melhor expressão disso
é o empenho dos jovens, que enfrentam
grandes dificuldades para poder freqüentar a
Escola, além do número extremamente
pequeno de desistências do programa” (:
342).
“Segundo os relatos obtidos nessa pesquisa, são
vários os impactos positivos da Escola Erê na vida
dos jovens que dela participam. (...) A persistência
dos garotos em permanecer no programa e
mudanças radicais nas suas vidas e na mentalidade
do grupo. (...) Segundo a percepção dos informantes
pesquisados, os jovens passam a apresentar uma
melhora em seu comportamento e postura” (: 344 -
345).
Artvistas
MDE Hip
Hop – PR
“Não existe nenhum trabalho de parceria com o projeto, a
não ser com as próprias comunidades envolvidas. Nada está
formalizado. O único acordo firmado refere-se aos jovens que
hoje desenvolvem os trabalhos. Também não existe parceria
de natureza financeira no projeto do Artvista MDE Hip Hop.
Todo o recurso utilizado é proveniente da renda pessoal dos
jovens dirigentes” (: 352).
“O projeto tem sido avaliado pela
comunidade como essencial e transformador
da realidade social vivenciada pelos jovens.
Houve inicialmente uma resistência por parte
das famílias, mas, em pouco tempo, tornou-
se visível o reconhecimento no que se refere
à qualidade do trabalho desenvolvido” (:
354).
“Para os jovens acontecem mudanças extremas, e
muitos que já estiveram envolvidos com algum tipo
de criminalidade conseguiram sair de forma
definitiva. Outros que não faziam parte deste
contexto de forma direta também acabaram por estar
dentro de redes perversas, uma vez que a maioria
desses jovens era usuária de drogas. Com o resgate
da auto-estima, esses jovens adquirem valores como
caráter, entre outros. Há consenso e veemência em
suas falas, quanto à saída do que denominam
‘mundo das drogas’ e marginalidade, como resultado
direto do processo de inserção do Movimento Hip
Hop na comunidade” (: 356).
Cidade
Escola
aprendiz –
Projeto
“100
Muros” –
SP
“O Cidade Escola Aprendiz conta com um grande número de
parceiros entre financiadores e outros de natureza diversas.
Além dos 35 financiadores, a organização conta com
aproximadamente 100 empresas parceiras e profissionais
liberais, como arquitetos e desingners, que trabalham
gratuitamente, oferecendo bens e serviços ao projeto.
Existem também parcerias com outras organizações não-
governamentais, escolas da comunidade, administrações
regionais e meios de comunicação, como por exemplo o
“Existe uma grande discussão acerca da
violência instituída na realidade brasileira,
sendo o jovem seus principais focos, tanto
como vítima quanto como agente. Para os
atores envolvidos, o Projeto 100 Muros é
considerado, dentre outros aspectos, como
um trabalho estratégico no combate à
violência. No discurso desses especialistas, a
cultura, o esporte e as atividades artísticas
“Os jovens do Projeto 100 Muros demosntraram que,
a partir de sua participação nos trabalhos, houve uma
mudança na percepção sobre o contexto
sociocultural no qual estão inseridos, pois
começaram a enxergar suas realidades de uma outra
maneira. Desde então, passaram a discutir de forma
mais comprometida algumas questões como a
violência, esta reconhecida como elemento
preocupante e presente em seu cotidiano” (: 370).