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UNESP
Faculdade de Engenharia do Campus de
Guaratinguetá
Guaratinguetá
2007
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JEAN PAULO DOS SANTOS CARVALHO
AÇÃO DE FORÇAS GRAVITACIONAIS E NÃO GRAVITACIONAIS
SOBRE O MOVIMENTO ORBITAL DE SATÉLITES ARTIFICIAIS
Orientador: Prof. Dr. Rodolpho Vilhena de Moraes.
Guaratinguetá
2007
Dissertação apresenta
da à Faculdade
de Engenharia do Campus de
Guaratinguetá, Universidade Estadual
Paulista, para a obtenção do título de
Mestre em Física na área de Dinâmica
orbital.
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C331a
Carvalho, Jean Paulo dos Santos
Ação de forças gravitacionais e não gravitacionais sobre o
movimento orbital de satélites artificiais / Jean Paulo dos Santos
Carvalho . – Guaratinguetá : [s.n.], 2007
196 f. : il.
Bibliografia: f. 141-148
Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, 2007
Orientador: Prof. Dr. Rodolpho Vilhena de Moraes
1. Satélites artificiais I. Título
CDU 629.783
DADOS CURRICULARES
JEAN PAULO DOS SANTOS CARVALHO
NASCIMENTO 14.02.1977 – Alagoinhas / BA
FILIAÇÃO Armando Torres de Carvalho
Enedina dos Santos Carvalho
1998/2003 Curso de Graduação-Licenciatura Plena em Matemática
Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS
2005/2007 Curso de Pós-Graduação em Física, nível de Mestrado,
na Faculdade de Engenharia do Campus de
Guaratinguetá da UNESP.
de modo especial, aos meus pais Armando e Enedina, aos meus
irmãos Leila e Armando, a minha Avó Dalva (in memory) pelo
amor, dedicação e apóio em todos os momentos da minha vida.
E a minha esposa Renata.
In Memory
Ao meu Avô Niciano Portela que muito incentivou e contribuiu para minha
jornada de estudos.
A minha Avó Dalva Torres pelo imenso carinho e apoio em todos os momentos
da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus. Agradeço por tudo que tenho conseguido
pela constante luta e perseverança ao longo da minha vida, obrigado meu Deus.
em especial, agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Rodolpho Vilhena de Moraes
que com muita paciência, amizade e dedicação colaborou imensamente para a
realização deste trabalho
à minha esposa Renata pela imensa compreensão, dedicação, amor e
companheirismo nesta fase, dedico.
à minha família que tem colaborado bastante para realização dos meus
objetivos.
à minha sogra Luzia por suas palavras confortantes em momentos difíceis.
aos professores da pós-graduação pelos ensinamentos e sugestões ao projeto.
ao professor Sandro da Silva Fernandes pela sugestão ao projeto
aos meus colegas da pós-graduação, pela amizade e ajuda nas pequenas
dificuldades que apareceram durante a realização deste trabalho.
a todos os amigos e familiares que me deram apoio nesta caminhada
à Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, UNESP, pelo apóio.
Este trabalho contou com apoio da CAPES.
“Eu mantenho o tema dos meus estudos sempre
diante de mim, e e
gradualmente, pouco a pouco, numa luz clara e
completa”
Isaac Newton
CARVALHO, J. P. S.
Ação de forças gravitacionais e não gravitacionais sobre o
movimento orbital de satélites artificiais. 2007. 196f. Dissertação (Mestrado em
Física) Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade
Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2007.
RESUMO
Uma teoria para estudar o movimento orbital de satélites artificiais sobre efeitos do
arrasto atmosférico e da pressão de radiação solar direta - considerando a sombra da
Terra e alguns termos do geopotencial - é desenvolvida analiticamente. A sombra da
Terra é modelada utilizando a função sombra
ψ
, como introduzida por Ferraz Mello:
ψ
igual zero quando o satélite está na região de sombra e igual um quando é
iluminado pelo Sol. As componentes do arrasto são dadas por Vilhena de Moraes
baseado no modelo atmosférico TD-88. O método de Hori para sistemas não-
canônicos é aplicado para resolver as equações de movimento. Um software para
manipulação algébrica é fundamental para fazer os cálculos necessários. Efeitos
seculares e periódicos que influenciam no movimento orbital dos satélites artificiais
são analisados. Expressões analíticas são apresentadas explicitamente para os
principais termos seculares nas variações dos elementos orbitais. É dada ênfase aos
termos de acoplamento que surgem na solução do sistema de equações diferenciais.
Utilizando dados orbitais do satélite CBERS-1 um estudo é feito para analisar ordens
de grandeza da variação do semi-eixo maior devidas às perturbações consideradas.
PALAVRAS-CHAVE: Teoria de Perturbação, arrasto atmosférico, pressão de
radiação solar, satélites artificiais.
CARVALHO, J. P. S.
Action of gravitational and non-gravitational forces on the
orbital motion of artificial satellites. 2007. 196f. Dissertação (Mestrado em Física)
Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual
Paulista, Guaratinguetá, 2007.
ABSTRACT
A theory to study the orbital motion of artificial satellites under the effects of the
atmospheric drag and of the direct solar radiation pressure - considering the Earth’s
shadow and some terms of the geopotential is developed analytically. The Earth
shadow is modeled using the shadow
ψ
function introduced by Ferraz Mello:
ψ
equal
zero when the satellite is in the shadow region and equal one when it is illuminated by
the Sun. The drag components are given by Vilhena of Moraes based in the TD-88
temospheric model. The Hori’s method for non-canonical systems is applied to solve
the motion equations. A algebric manipulator software is fundamental to do the
necessary calculations. Secular and periodic effects on the orbital motion of artificial
satellites are analyzed. Analytic expressions are presented explicitly for the main
secular terms of the variations of the orbital elements. Emphasis is given to the
coupling terms that appear in the solution of the differential equations system. Using
orbital data of the satellite CBERS-1 a study is done to analyze the order of magnitude
of the variation of the semi-major axis due to the considered perturbations.
KEYWORDS: Theory of perturbations, atmospheric drag, direct solar radiation
pressure, artificial satellites.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- Potencial gravitacional num ponto P
, devido à ação da massa
dM
36
FIGURA 2- Parâmetros orbitais 38
FIGURA 3- Decaimento orbital devido ao arrasto atmosférico 44
FIGURA 4- Variação da densidade atmosférica (HL=3) 56
FIGURA 5- Variação da densidade atmosférica (HL=15) 58
FIGURA 6- Variação da densidade atmosférica 59
FIGURA 7- Variação do semi-eixo ma
ior devido ao arrasto sobre o satélite
Mimosa
122
FIGURA 8- Variação do semi-eixo maior devido ao arrasto atmosférico 131
FIGURA 9- Variação do semi-
eixo maior devido à diferença entre a solução
de ordem um e a solução de ordem dois 132
FIGURA 10- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do arrasto
com a pressão de radiação 133
FIGURA 11- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do arrasto
com o geopotencial 134
FIGURA 12-
Diferença entre os termos de acoplamento do arrasto com
pressão e do arrasto com geopotencial 135
FIGURA 13- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do arrasto
com o geopotencial e do arrasto com a pressão de radiação 136
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- Constantes numéricas K
n,j
50
TABELA 2- Fases p
n
50
TABELA 3- Constantes a
i
51
TABELA 4- Constantes numéricas K
n,j
para altitudes de 750 km até 1200 km.
51
TABELA 5- Constantes a
i
para altitudes de 750 km até 1200 km. 51
TABELA 6- Variação da densidade em relação a altitude (HL=3) 54
TABELA 7- Variação da densidade em relação a altitude (HL=15) 56
TABELA 8-
A ordem da magnitude da pressão de radiação e correção
relativística para diferentes satélites (EL-SAFTAWY; EL-
ENNA, 2002).
63
TABELA 9- Variação do semi-eixo maior sobre o satélite Mimosa 121
TABELA 10- Erros relativos do semi-
eixo maior num período de 24 horas
para abordagem de Delhaise (1991) (modificada)
123
TABELA 11- Variação do semi-eixo maior num período de 24 horas 124
TABELA 12- Variação do semi-eixo maior para o satélite CBERS-1 128
TABELA 13-
Razão entre aceleração da pressão de radiação e a aceleração do
arrasto
129
TABELA 14- Variação do semi-
eixo maior devido ao arrasto atmosférico
(km)
130
TABELA 15- Variação do semi-
eixo maior devido à solução de ordem um e a
solução de ordem dois
131
TABELA 16- Variação do semi-
eixo maior devido à diferença entre a solução
de ordem um e a solução de ordem dois
132
TABELA 17- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do arrasto
com a pressão de radiação
133
TABELA 18- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do arrasto
com o geopotencial
134
TABELA 19-
Diferença entre os termos de acoplamento do arrasto com
pressão e do arrasto com o geopotencial
135
TABELA 20- Magnitude das forças perturbadoras para o satélite CBERS-1 137
LISTA DE SÍMBOLOS
AKP índice geomagnético
ALAT latitude
a semi-eixo maior km
a
e
semi-
eixo equatorial do elipsóide da Terra (raio
equatorial da Terra)
km
PR
A
aceleração causada pela pressão de radiação
A
constante dependendo do arrasto
m
SC
A
D
2
1
=
c
velocidade da luz
km/s
C
D
coeficiente de arrasto
C
R
fator que depende da refletividade do satélite
DAY
dia do ano
D
módulo da aceleração do arrasto
2
2
1
VC
m
S
D
dD
ρ
=
D
operador definido na teoria de Hori
EFX e
EFBAR
fluxo solar
E
anomalia excêntrica
e
excentricidade
f
anomalia verdadeira
)(iF
lmp
função da inclinação normalizada
)(eG
lpq
função da excentricidade
Η
hamiltoniana
HL hora local
i
inclinação da órbita
graus
J
2
constante associada ao achatamento da Terra
J
l
(x)
função de Bessel
L
2
=G
elemento orbital de Delaunay
2
1 eLG =
L
3
=H
elemento orbital de Delaunay
i
G
H
cos
=
l
2
= g elemento orbital de Delaunay
g =
ω
l
3
=h elemento orbital de Delaunay
h =
L
1
=l
anomalia média l=M
L
1
=L elemento orbital de Delaunay
aL
µ
=
j
L
constantes de integração
j
l
constantes de integração
k
constante depende das propriedades de reflexão da
superfície do satélite
K
n,j
constantes numéricas
m
massa do satélite
kg
M
massa da Terra
kg
M anomalia média
n
movimento médio
P
j
componentes da aceleração do arrasto
P
S
pressão de radiação na órbita terrestre
P
n
polinômio de Legendre
Q
j
componentes da aceleração do arrasto
q
razão entre a intensidade de radiação solar e a
velocidade da luz
s
r
ˆ
versor Terra-Sol
r
p
distância do perigeu
R
T
distância da Terra ao Sol
R
0
distância média da órbita da Terra ao Sol
r posição do satélite relativo a Terra km
R
função perturbadora referente a pressão de radiação
solar
S área da secção transversal m
2
S
n
funções geratri
zes do método de Hori para sistemas
canônicos
t tempo
n
j
T
funções geratrizes do método de Hori para sistemas
não-canônicos
U geopotencial
U
J
função que contém termos do achatamento da Terra
u
argu
mento do perigeu somado à anomalia
verdadeira
V
velocidade do satélite em relação à atmosfera da
Terra
Km/s
X
j
são as componentes da aceleração do arrasto
)(
,
eX
mn
k
coeficientes de Hansen
jj
ZZ ,
funções
definidas no método de Hori para sistemas
não-canônicos
distância entre o ponto e o sólido
dM elemento de massa do corpo
µ
parâmetro gravitacional da Terra 3,986x10
5
km
3
/s
2
longitude do nodo ascendente
ω
argumento do perigeu
ε
pequeno parâmetro
τ
0
tempo de passagem pelo pericentro
θ
tempo sideral
d
ρ
densidade atmosférica
ρ
magnitude da pressão de radiação solar
ρ
q
m
S
k=
ρ
ρ
pressão de radiação solar
s
ρ
parte secular da densidade atmosférica
[...] parêntesis de Poisson generalizado
ν
fator de eclipse
τ
parâmetro introduzido pelo sistema auxiliar de Hori
a
δ
variação do semi-eixo maior
L
δ
variação do termo L
Θ
longitude do Sol
λ
ângulo formado pelas direções geocêntricas do
satélite e o pólo escuro do terminador terrestre
i
σ
variável in
troduzida para evitar aparecimento de
termo secular espúrios
ψ
função sombra
representa os termos seculares devido ao
geopotencial
0
w
intensidade de radiação à uma unidade astronômica
w
intensidade de radiação, definida como energia
incidente por unidade de área
η
ξ
,
variáveis canônicas na teoria de Brouwer-Hori
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
INTRODUÇÃO
18
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
23
1.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 23
2 FORÇAS GRAVITACIONAIS E NÃO GRAVITACIONAIS
34
2.1 CAMPO GRAVITACIONAL TERRESTRE 34
2.2 GEOPOTENCIAL EM COORDENADAS ESFÉRICAS 35
2.3 INTERPRETAÇÃO DOS COEFICIENTES E EFEITOS DO
GEOPOTENCIAL
37
2.4 EXPRESSÃO DO GEOPOTENCIAL
EM FUNÇÃO DOS
ELEMENTOS ORBITAIS
37
2.5 GEOPOTENCIAL CONSIDERADO 40
2.6
PERTURBAÇÕES DEVIDAS AO ARRASTO ATMOSFÉRICO
43
2.6.1
Desenvolvimento da densidade em termos da anomalia excêntrica 48
2.6.2 O modelo termosférico TD-88
49
2.6.3 Densidade atmosférica
52
2.6.4 Teoria de Brouwer e Hori
60
2.7
PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR
62
2.7.1 Teoria de Vilhena de Moraes
64
3 EQUAÇÕES DO MOVIMENTO
69
3.1 MÉTODO DE HORI PARA SISTEMAS CANÔNICOS 69
3.1.1 Aplicação do método de Hori para sistema canônico
73
3.1.1.1
Sistema auxiliar do método de Hori 74
3.2 MÉTODO DE HORI PARA SISTEMA NÃO-CANÔNICO 81
3.2.1
O algoritmo de Hori (1971)
82
3.2.2 Aplicação do método de Hori para sistema não-canônico
85
4 SOLUÇÃO DO SISTEMA UTILIZANDO O MÉTODO DE
HORI (1971)
93
4.1 MÉTODO DE HORI (1971) INCLUINDO A PRESSÃO DE
RADIAÇÃO
93
4.2 DEFINIÇÃO DOS NOVOS ELEMENTOS QUE SERÃO
CONSIDERADOS NO SISTEMA DE EQUAÇÕES
DIFERENCIAIS
96
4.2.1 Definição da hamiltoniana
96
4.2.2 Definição da pressão de radiação solar direta
99
4.2.3 Novas componentes do arrasto atmosférico
99
4.3 SOLUÇÃO DOS TERMOS SECULARES ACOPLADOS 103
5 SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DO MÉTODO DE HORI (1971)
115
5.1 ANÁLISE DAS EQUAÇOES DO SISTEMA AUXILIAR DE HORI 115
5.2 SOLUÇÃO DOS
TERMOS SECULARES DEVIDO AOS TERMOS
l
,
g
e
h
117
5.3 REPRESENTAÇÃO DA SOLUÇÃO GERAL DOTODO DE
HORI
118
6 APLICAÇÕES
120
6.1 APLICAÇÃO DA TEORIA: SATÉLITE MIMOSA 120
6.2 APLICAÇÃO DA TEORIA: SATÉLITE EURECA 123
6.3 APLICAÇÃO DA TEORIA: SATÉLITE CBERS-1 124
7 CONCLUSÃO
138
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 141
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 148
APÊNDICE A - Geopotencial em termos das variáveis de delaunay 149
APÊNDICE B -
Definição dos termos que aparecem nas expressões
de ordem dois
150
APÊNDICE C - Funções periódicas 151
APÊNDICE D -
Programa em linguagem Fortran para calcular a
densidade atmosférica
159
APÊNDICE E - Solução de ordem dois devido aos termos seculares
das variáveis angulares
l
,
g
e
h
161
APÊNDICE F - Funções geratrizes
)1(
6
)1(
5
)1(
4
e , TTT
193
INTRODUÇÃO
O espaço sempre fascinou o homem desde a Antigüidade. À medida que a
história do homem avançava com a sua tecnologia, foi ficando cada vez mais claro que
descobrir o que nos rodeava era apenas uma questão de tempo. Soma-se a isso, as
antigas disputas territoriais, que, de uma maneira ou de outra, sempre contribuíram
para o progresso de uma nação em relação às outras. Pensava-se antes que, quem
dominasse os mares dominaria a Terra; depois, que quem dominasse os ares,
conquistaria também a Terra. Depois de conquistar tudo isso o homem ainda queria
mais e continuaram em busca de novas descobertas agora fora do nosso planeta Terra,
passaram a explorar o espaço começando a partir daí a corrida espacial e as conquistas
do século XX.
A disputa entre Estados Unidos e União Soviética (URSS) pela conquista do
espaço foi o grande impulso para a exploração espacial e resultou em grandes avanços
científicos e tecnológicos, além de descobertas importantes. Em 1957, a URSS saiu na
frente, lançando o Sputnik-1, o primeiro satélite artificial a entrar em órbita. Uma
semana depois, foi lançado o Sputnik-2.
Em 1958, os EUA reagiram com a criação da Nasa (National Aeronautics &
Space Administration), responsável pelo programa espacial do país. Nesse mesmo ano
foi lançado o primeiro satélite artificial americano, o Explorer-1.
Satélites Artificiais são lançados em órbita da Terra com diversos fins. Os
principais são: satélites de comunicações que servem para transmissões à distância,
como nas transmissões via satélite” de televisão, satélites de sensoriamento remoto
que estudam a superfície terrestre, satélites meteorológicos que são usados para a
previsão do tempo, satélites de posicionamento global são usados por navios e aviões
(ou por qualquer pessoa) para determinar sua posição em qualquer ponto da Terra,
satélites de pesquisa científica, como o Hubble, são usados principalmente para
19
observações astronômicas; por fim os satélites para fins militares, incluindo
satélites espiões.
Cada finalidade dessas requer que as órbitas dos satélites sejam determinadas
com grande precisão, para que, a cada instante, a posição do satélite possa ser prevista.
Em qualquer missão espacial, quer se exija que a órbita seja conhecida com maior ou
menor precisão, o conhecimento do comportamento da órbita é vital para o sucesso da
missão.
Caso o movimento orbital não fosse perturbado, as órbitas dos satélites artificiais
seriam elipses de tamanhos e excentricidades constantes, em planos fixos e os satélites
permaneceriam nessas órbitas indefinidamente. Os elementos orbitais seriam todos
constantes e o movimento orbital seria o kepleriano, bem conhecido na literatura.
Porém, como veremos, estes elementos variam com o passar do tempo, com isso é
necessário um estudo para aprimorar a dinâmica que rege o movimente dos satélites
artificiais. As órbitas dos satélites são influenciadas por diversos efeitos perturbadores
como, por exemplo, os de origem gravitacionais: a não-homogeneidade da distribuição
da massa da Terra, a atração do Sol e da Lua, marés terrestres; ou os não
gravitacionais: arrasto atmosférico, pressão de radiação solar direta e indireta, o efeito
Poynting-Robertson, o efeito Yarkovsky, perturbações eletromagnéticas, eclipses etc.
Estas perturbações alteram a órbita do veículo espacial fazendo com que ela se
deteriorando ao passar do tempo, com isso são necessárias algumas manobras para
corrigir sua órbita para que o satélite tenha um tempo de vida útil mais longo.
Estudamos o movimento translacional de um satélite artificial sujeito à ação do
geopotencial, da pressão de radiação solar direta (considerando a sombra da Terra) e
do arrasto atmosférico.
Expressões analíticas para as perturbações, considerando-se modelos realísticos,
são desenvolvidas e substituídas nas equações de movimento. As equações são
integradas analiticamente por processos de teoria de perturbações permitindo análise
20
dos termos que compõem a solução. Utilizamos o método de Hori (1971) para resolver
o sistema não-canônico.
Neste trabalho descrevemos a teoria baseada em artigos citados na referência
bibliográfica e utilizamos um software, o Maple 9.5, para resolver as equações de
movimento.
Nosso objetivo é fazer um estudo referente às forças que perturbam o movimento
dos satélites artificiais, em especial ao satélite CBERS (satélite Sino-Brasileiro de
Recursos Terrestres). Este satélite está situado a uma altitude de 778 km sendo,
portanto, influenciado pelo arrasto atmosférico e a pressão de radiação solar que,
segundo Vilhena de Moraes (1978) satélites nesta altitude sofre influência das duas
forças citadas. A órbita do CBERS é heliossíncrona perfazendo cerca de 14 revoluções
por dia. Nesta órbita, o satélite cruza o Equador sempre na mesma hora local, 10:30h
da manhã, permitindo assim que se tenha sempre a mesma condição de iluminação
solar para a comparação de imagens tomadas em dias diferentes. O satélite obtém a
cobertura da Terra em 26 dias.
Este trabalho está dividido em 7 capítulos e 6 apêndices.
No Capítulo 1 apresentamos a revisão bibliográfica de alguns trabalhos
desenvolvidos na área.
No Capítulo 2 apresentamos um breve estudo sobre o geopotencial, a densidade
atmosférica, modelo termosférico, arrasto atmosférico e a pressão de radiação solar
direta considerando a sombra da Terra. Destacamos resumidamente a teoria de
Brouwer e Hori (1961) para o arrasto atmosférico e a teoria de Vilhena de Moraes
(1978) para a pressão de radiação solar direta e o arrasto atmosférico.
No Capítulo 3 consideramos o sistema de equações diferenciais que descreve o
movimento de um satélite artificial influenciado pelo geopotencial e arrasto
atmosférico. Apresentamos o método de Hori (1966, 1971) para sistemas canônicos e
não-canônicos respectivamente. Fazemos também uma aplicação para cada método e
comparamos com outros trabalhos para comprovar a validade do método.
21
No Capítulo 4 consideramos um satélite artificial perturbado pelo geopotencial
(considerando os harmônicos tesserais), pressão de radiação solar direta (considerando
a sombra da Terra) e o arrasto atmosférico, dados em termos das variáveis de
Delaunay. Reescrevemos o método de Hori (1971) para sistemas não-canônicos
conforme nosso propósito, incluindo a pressão de radiação. Definimos a hamiltoniana,
a pressão de radiação, o arrasto e o modelo de densidade atmosférica que são
utilizados no sistema de equações. O sistema é resolvido utilizando o software Maple.
Descrevemos também as novas componentes do arrasto que são usadas no programa.
Mostramos apenas as soluções dos termos seculares e seculares acoplados (pressão de
radiação e arrasto atmosférico) para as variáveis métricas. Pois tais termos são de
considerável importância para o estudo do sistema dinâmico.
No Capítulo 5 expomos as equações do movimento encontradas na aplicação do
método de Hori para os termos seculares angulares. Primeiramente fazemos uma
análise em relação aos termos de ordem zero do sistema auxiliar de Hori, depois
apresentamos as soluções seculares das variáveis angulares. Por fim apresentamos a
solução geral do problema.
No Capítulo 6 apresentamos algumas aplicações para verificar a solução do
sistema proposto, em que utilizamos dados dos satélites: Mimosa, Eureca e CBERS-1.
Fazemos também algumas considerações em relação a pressão de radiação solar.
No último capítulo apresentamos as conclusões e perspectivas para novos
desenvolvimentos.
No Apêndice A explicitamos a hamiltoniana segundo o geopotencial de Wnuk
(1990a) em que separamos a parte secular na hamiltoniana
0
H
e a parte periódica
1
H
considerando (harmônicos zonais e tesserais) até a terceira ordem.
No Apêndice B definimos os termos que aparecem nas expressões devidas à
solução de ordem dois.
No Apêndice C expomos as funções periódicas de primeira ordem que servem
para estudar os efeitos periódicos de curto e longo período.
22
No Apêndice D apresentamos o programa em linguagem Fortran para calcular a
densidade atmosférica utilizando o modelo de densidade TD-88.
No Apêndice E apresentamos as soluções seculares das variáveis angulares.
No Apêndice F apresentamos as funções geratrizes
)1(
6
)1(
5
)1(
4
e , TTT
23
CAPÍTULO 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A partir do século XX, com o surgimento da tecnologia espacial,
questionamentos referentes a sua importância e utilidade têm sido levantados. Ao
decorrer dos anos, os avanços oriundos da exploração espacial foram produzindo
benefícios concretos para toda a sociedade. Citaremos alguns exemplos, como um
simples telefonema, propiciado muitas vezes por satélites, até as previsões
meteorológicas, e isso sem levar em consideração os benefícios indiretos, como o
desenvolvimento de novos materiais e tecnologias, geração de empregos e
conhecimento, entre outros. Portanto, observamos o crescente desenvolvimento nesta
área e com isso, estudos referentes à dinâmica de satélites artificiais necessitam de
aperfeiçoamento para obtermos melhores resultados na elaboração de futuras missões
espaciais. Para tal aperfeiçoamento fazemos primeiramente um estudo bibliográfico
referentes aos trabalhos desenvolvidos na área. Este levantamento bibliográfico é de
suma importância para a realização do trabalho proposto, pois foi fundamental para
descrever as equações de movimento (CARVALHO, 2006a, 2006b, 2006c).
1.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
Brouwer e Hori (1961) apresentam uma solução analítica para o movimento de
um satélite artificial no campo gravitacional terrestre considerando-se o efeito do
arrasto atmosférico. As equações do movimento são postas nas variáveis canônicas de
Delaunay, utilizando propriedades de transformações canônicas para resolver o
sistema proposto. A integração das equações desenvolvidas nas variáveis canônicas
deu-se pelo método das aproximações sucessivas. Nesse trabalho aparecem termos
espúrios de Poisson (função periódica do tempo aparece multiplicada por uma função
24
linear do tempo) e que são eliminados posteriormente (FITZGIBBON; VILHENA DE
MORAES, 1987).
Lála e Sehnal (1969) investigam as perturbações de curto-período das órbitas de
um satélite artificial, durante uma revolução do satélite ao redor da Terra, causadas
pela pressão de radiação solar direta. É de interesse especial, o estudo da influência da
sombra da Terra, que é considerada como uma função matemática especial nas
equações de perturbações. Esta teoria semi-analítica é aplicada para perturbações do
semi-eixo maior e excentricidade.
Ferraz-Mello (1972) desenvolve um novo modelo matemático para estudar o
efeito da pressão de radiação solar na órbita de um satélite artificial da Terra. É
elaborada uma teoria semi-analítica a partir de uma aproximação da função sombra
tornando canônico o sistema de equações. Isto possibilitou a utilização do método de
Von Zeipel (Ferraz-Mello, 2007) para eliminar todos os termos periódicos. O modelo
conduziu a não-existência de perturbações seculares puras devido à pressão de
radiação solar direta nos elementos métricos: semi-eixo maior, excentricidade e
inclinação.
Vilhena de Moraes (1978, 1981) desenvolve uma teoria de primeira ordem semi-
analítica (utilizando o método da variação dos parâmetros) para estudar os efeitos da
pressão de radiação solar direta e do arrasto atmosférico sobre o movimento de um
satélite artificial, considerando a sombra da Terra e incluindo os principais termos
seculares devido ao achatamento da Terra. É dada ênfase aos termos de acoplamento
que surgem como resultado dos fatores comuns das forças citadas. Fazendo a pressão
de radiação igual a zero o problema é reduzido para um resolvido por Brouwer e
Hori (1961). As soluções não são equivalentes, pois na teoria de Brouwer e Hori
apareceram termos espúrios de Poisson. Para evitar esses termos é utilizada uma
transformação sugerida por Ferraz Mello (1981).
Vilhena de Moraes (1979) mostra que acima de 800 km o efeito da pressão de
radiação é maior que do arrasto atmosférico para satélites em órbita circular.
Especialmente para satélites com órbitas muito excêntricas, estes dois efeitos devem
25
ser considerados simultaneamente, para um estudo mais preciso da evolução orbital.
De fato, enquanto o efeito do arrasto ocorre principalmente no perigeu, a pressão de
radiação essempre presente e com intensidade constante exceto na sombra. Além
disso, quando ambos os efeitos são levados em conta, termos acoplados aparecerão
além dos termos devido exclusivamente a cada perturbação. O artigo mostra a
importância em considerar estes termos acoplados para alguns satélites e determina a
solução de um sistema envolvendo ambos efeitos. É feita também uma aplicação para
o satélite Vanguard-I que tem altura do perigeu cerca de 650 km verificando os termos
que surgem do acoplamento.
Em Ferraz Mello (1981) a idéia da transformação de Tisserand é usada para
evitar o aparecimento de termos seculares espúrios ou seculares misto dependentes do
tempo quando estudado o efeito do acoplamento da ação simultânea de duas
perturbações de diferente tipo.
Anselmo et al (1983) analisam as perturbações devido à pressão de radiação solar
na órbita de um satélite artificial com alta altitude. É o primeiro modelo de um modo
simplificado para descrever os efeitos principais para satélites de telecomunicação
existentes. É feita uma análise dos efeitos causados por perturbações de longo período
nos elementos orbitais.
Vilhena de Moraes e Fitzgibbon (1983, 1987) apresentam uma formulação
prática do método de Lagrange para estudar o efeito do acoplamento de forças
gravitacionais e não-gravitacionais em órbitas de satélites artificiais. É feita uma
aplicação para o acoplamento do arrasto atmosférico e o achatamento da Terra. O
artigo faz uma discussão de outros métodos de teoria de perturbação que podem ser
utilizados para resolver o problema em questão, um deles é o método de Hori (1971)
que é aplicado diretamente no sistema original. A solução encontrada utilizando o
método de Lagrange não apresentou termos espúrios como os que surgem no trabalho
de Brouwer e Hori (1961).
O modelo TD (TD-Padrão para Densidade Total) é apresentado por Sehnal
(1988). O modelo TD é descrito para variações e distribuição da densidade total da
26
atmosfera da Terra numa região entre 200 e 500 km. A propriedade do modelo é
comparada com os modelos DTM, C, CIRA 72 e CIRA 86. Os elementos da densidade
que são analisados são mudança na atividade do fluxo solar e geomagnético anual e
diurno, mudança latitudinal, perfis de altura realistas. Variando esses elementos são
construídos gráficos para a comparação dos modelos. O artigo apresenta a formulação
matemática utilizada.
Segan (1988) desenvolve uma interpretação analítica das perturbações dos
elementos orbitais do satélite sob influência do arrasto atmosférico. o determinadas
algumas fórmulas para a perturbação do semi-eixo maior. O modelo de densidade
utilizado é o TD (SEHNAL, 1986a) para desenvolver a teoria, as manipulações
algébricas por serem muito complicadas e requererem muito tempo são resolvidas com
um software. O modelo atmosférico utilizado é satisfatório para a solução analítica da
equação diferencial do movimento.
Wnuk (1988, 1990a) desenvolve uma nova fórmula para o geopotencial expresso
em termos dos elementos orbitais/e ou nas variáveis de Delaunay. Aplicando o método
de perturbação de Hori (1966), novas fórmulas são desenvolvidas para perturbações do
harmônico tesseral em elementos orbitais não-singulares. Com esse novo modelo para
o geopotencial um maior mero de coeficientes com maior precisão para harmônicos
tesserais pode ser aplicado para encontrar as órbitas de satélites de baixa altitude,
quando for levado em conta alta ordens e graus dos harmônicos.
Para resolver analiticamente as equações do movimento de satélites artificiais da
Terra influenciado pelo arrasto atmosférico, Vilhena de Moraes (1989) utiliza o
modelo de densidade TD-88. No presente artigo é desenvolvida uma expressão para
densidade atmosférica (
ρ
d
) em função da anomalia excêntrica/e ou anomalia média
para resolver analiticamente as equações do movimento. É feita uma aplicação para
uma perturbação secular devido ao arrasto atmosférico e o geopotencial da Terra
considerando duas novas componentes do arrasto atmosférico e integrando esse
sistema analiticamente com o modelo proposto para a densidade.
27
Em Wnuk (1990b) são calculadas as fórmulas para perturbações em componentes
radial, transversal e binormal do movimento de satélites artificiais da Terra.
Perturbações devido à parte tesseral do geopotencial são consideradas. O potencial
gravitacional expresso em termos dos elementos orbitais é proposto por Wnuk (1988).
As fórmulas para perturbações o obtidas usando o todo de Hori (1966). Elas
podem ser efetivamente aplicadas em cálculos das perturbações em componentes das
forças incluindo os coeficientes de alta ordem e grau dos harmônicos tesserais. As
fórmulas derivadas não apresentam singularidades para excentricidade zero.
Sehnal (1990) faz uma comparação entre o modelo termosférico densidade total
TD-88 com o CIRA 86. A comparação dos valores de densidade determinada de
ambos os modelos é mostrada em função da altura e algumas variações individuais são
discutidas. É apresentada a formulação matemática e os termos individuais dependem
do fluxo solar médio, densidade média, assimetria norte-sul, variações anuais, semi-
anuais, diurno e semi-diurno. Este modelo é introduzido para desenvolver uma teoria
analítica do movimento do satélite artificial na atmosfera da Terra. O modelo TD 88 é
válido para uma escala de altura entre 150 e 750 km. uma correlação muito boa
entre as mudanças anuais de ambos os modelos, nas amplitudes e nas posições
extremas.
Vokrouhlicky e Sehnal (1993) estudam alguns aspectos da influência
perturbadora da radiação refletida pela superfície da Terra (albedo) no movimento de
um satélite artificial. É feita uma aplicação para o satélite ERS-1. Segundo o autor a
magnitude da pressão de radiação solar direta é cerca de cinco vezes maior que a força
de albedo.
Vilhena de Moraes (1994) faz um levantamento bibliográfico de alguns modelos
analíticos para forças não-gravitacionais de diferentes origens que tem sido usado em
teoria analítica para o movimento rotacional e translacional de satélites artificiais. O
artigo apresenta alguns dos modelos propostos para está finalidade e suas respectivas
equações. Apresenta também um método para estudar perturbações acopladas.
28
Breiter (1997) apresenta uma solução analítica para as perturbações de um
satélite artificial devido à parte zonal do geopotencial em que o hamiltoniano é
normalizado completamente até a segunda ordem utilizando o método de Hori (1966).
As fórmulas permitem um grau arbitrariamente alto dos harmônicos do geopotencial a
ser incluído. O modelo utilizado para o geopotencial é dado por Wnuk (1988).
Em Vilhena de Moraes e Wnuk (1998) é sugerida uma aplicação das expansões
de algumas funções da anomalia excêntrica
E
como também os coeficientes de Hansen
em séries de potência de (e e*), em que e* é um valor fixo da excentricidade
derivado por Da Silva Fernandes (1995). Estas séries são convergentes para todos os
valores de e<1. São obtidas novas fórmulas para computação das perturbações devido
ao geopotencial em componentes radial, transversal e binormal, válidas para órbitas
altamente excêntricas.
Em El-Saftawy et al (1998 a, b) as equações canônicas do movimento de um
satélite de forma complexa (satélites de telecomunicações) sobre os efeitos em comum
do achatamento da Terra e a pressão de radiação solar direta são formuladas e
resolvidas. A hamiltoniana é desenvolvida em termos dos elementos de Delaunay
aumentados para remover a dependência explicita do tempo. É utilizado o método
adaptado de transformação desenvolvido por Lie-Deprit-Kamel (Deprit, 1969; Kamel,
1969) para desenvolver a hamiltoniana em termos de pequenos parâmetros. Em que
J
2
é considerado de primeira ordem e
J
3
,
J
4
de segunda ordem. Analisam também os
termos de ressonância e o procedimento para as transformações no caso de ressonância
é esboçado.
Wnuk (1999) faz um levantamento bibliográfico sobre teoria analítica do
movimento de satélites artificiais e apresenta alguns trabalhos desenvolvidos na área.
A análise qualitativa do movimento de satélite também precisou de uma aplicação de
fórmulas analíticas que descrevem o movimento. O caráter funcional de vários efeitos
de perturbações só pôde ser examinado com o uso de fórmulas analíticas para
perturbações. O autor chama a atenção para os métodos de perturbações gerais que têm
29
um papel importante e que o desenvolvimento de teorias analíticas ainda é uma tarefa
de grande importância.
Breiter e Métris (1999) desenvolvem um algoritmo para estudar órbitas de
satélites e lixos espaciais em longos intervalos de tempo. Utilizam a técnica do
mapeamento simplético. São consideradas as seguintes perturbações: geopotencial
(considerando os harmônicos esféricos), arrasto atmosférico, atração gravitacional do
Sol e da Lua e a pressão de radiação solar direta (sem efeitos da sombra). É feito um
exemplo numérico como aplicação da abordagem desenvolvida.
Em El-Saftawy e El-Enna (2002, 2003) os efeitos da pressão de radiação solar
direta e o achatamento da Terra considerando um potencial com correções
relativísticas (pós Newtoniano) em um satélite artificial da Terra o considerados. O
potencial devido ao achatamento da Terra é limitado para o termos principais e o
segundo harmônico zonal. A hamiltoniana do sistema é desenvolvida em termos dos
elementos de Delaunay aumentado para remover a dependência explícita do tempo,
devido à longitude média do Sol. As equações canônicas do movimento são montadas
retendo termos até (
4
2
J
) para conservar termos surgindo do acoplamento entre a
pressão de radiação e os termos do achatamento pós Newtoniano. O trabalho
desenvolve uma teoria de satélite artificial para calcular o acoplamento devido às
forças consideradas acima, obtendo um conjunto de equações em termos da
hamiltoniana.
Em Da Silva Fernandes (2003a, b) são apresentados dois trabalhos em relação ao
método de Hori para sistemas canônicos e não-canônicos respectivamente. O autor
desenvolve uma nova abordagem para determinar as funções
m
S
e
m
H
para a versão
canônica do algoritmo e depois generaliza para a versão o-canônica. O autor prova
algumas proposições e faz aplicações para comprovar a validade das mesmas.
Em Ahmed A. El-Enna (2003, 2004) o problema do movimento de um satélite
artificial da Terra incluindo a força de pressão de radiação solar é considerado. O
geopotencial é expresso em termos dos harmônicos zonal e tesseral até
J
4
e
S
44
30
respectivamente. A função hamiltoniana é então obtida em termos do conjunto das
variáveis canônicas de Delaunay, aumentado para remover a dependência explícita do
tempo devido à longitude média do Sol e devido ao movimento da Terra sobre seu
eixo. Nesse trabalho as equações de movimento do satélite da Terra incluindo as
perturbações diretas e misturadas devido ao achatamento da Terra e a pressão de
radiação solar são obtidas.
Em El-Saftawy (2004) os termos de ressonância produzidos pelo efeito da
pressão de radiação solar direta no movimento de um satélite artificial no campo
achatado da Terra são analisados. O veículo espacial é assumido axialmente simétrico
com antena e painéis solares. Uma técnica de transformação canônica é desenvolvida,
baseada na técnica de Bohlin da expansão em potências fracionárias, usando série e
transformação de Lie como também o conceito da anomalia de Delaunay.
El-Salam e Sehnal (2004) desenvolvem uma teoria de arrasto atmosférico até
segunda ordem baseado no modelo TD-88 para pequenos parâmetros. As pequenas
perturbações periódicas, de todos os elementos orbitais, são avaliadas. As perturbações
seculares do semi-eixo maior e da excentricidade são obtidas. A teoria é aplicada para
determinar o tempo de vida dos satélites ROHINI (1980 62 A) e o micro-satélite
MIMOSA. As perturbações seculares da longitude do nodo e do argumento do perigeu
devido à gravidade da Terra são levadas em conta até a segunda ordem devido ao
achatamento da Terra. Para integrar as equações do movimento uma expressão
analítica é requerida para a densidade atmosférica. São feitas algumas manipulações
com a força de arrasto e as equações de Gauss para eliminar a dependência do tempo e
escrever em termo da anomalia excêntrica. Com a nova expressão para o arrasto e as
equações de Gauss resultou um novo conjunto de equações em que os elementos
orbitais dependem da anomalia excêntrica e não do tempo. Os seguintes modelos
clássicos empíricos, CIRA 86, CIRA 72 e DTM são inadequados para o trabalho
analítico. Neste artigo é conveniente o uso do modelo TD-88 expresso em termo da
anomalia excêntrica. Com essas transformações as integrais podem ser resolvidas
analiticamente.
31
Ahmed A. El-Enna (2004) neste trabalho é feito o estudo da teoria pós
Newtoniano do geopotencial e pressão de radiação solar direta que causam efeitos no
movimento de um satélite artificial da Terra. O potencial da Terra é desenvolvido em
termos das variáveis de Delaunay, assumindo
J
2
de primeira ordem. A expansão do
geopotencial é expressa em termos do harmônico zonal até
J
5
. São feitas algumas
transformações canônicas para remover a dependência explicita do tempo, ficando
com ordem de magnitude da pressão de radiação e o relativístico dependente da
relação área massa (cm
2
g
-1
) e sua altitude em km.
Vrbik (2005) resolve o problema de Kepler perturbado usando Quatérnio, para
isto, ele faz um simples exemplo de perturbações do achatamento que é bem tratado
na literatura, depois os resultados são estendidos para lidar com alto-grau do
harmônico zonal. O artigo pretende demonstrar a versão mais recente do algoritmo,
daí faz um comentário passo a passo do mesmo. O autor pretende depois investigar
perturbações devidas ao harmônico tesseral e setorial que é de natureza dependente do
tempo e requer uma extensão correspondente deste algoritmo. Para alcançar uma
solução altamente precisa além de incluir termos da ordem de
ε
3
é necessário também
incluir termos mistos que aparecem na solução do problema. Utiliza o programa
Mathematica para integrar as equações. O programa trabalha não só com forças
conservativas, mas também para outras forças não-conservativas. A técnica pode
facilmente ser estendida para perturbações dependentes do tempo incluindo
ressonâncias.
De Saedeleer (2005) apresenta uma teoria de satélite artificial usando
transformação de Lie como técnica de perturbação canônica (eliminando termos de
curto período). É considerada uma perturbação para qualquer harmônico zonal
J
n
(n
2) do primário no satélite no qual nomeou como problema zonal completo do satélite
artificial. Formulou uma expressão analítica para calcular diretamente a média da
hamiltoniana de primeira ordem. Os cálculos são feitos em forma fechada para todos
os termos, válido para todo tipo de órbitas elípticas, calculando a hamiltoniana de
modo mais compacto. Adicionalmente, o gerador de primeira ordem associado com
esta transformação é determinado na mesma forma fechada, e também é validado.
32
Pode ser usado como um primeiro passo para obter em um trabalho subseqüente, uma
teoria de segunda ordem, ou calcular as expressões explícitas direta e inversas da
mudança de variáveis na teoria de primeira-ordem atual.
Estas referências têm como objetivo selecionar alguns trabalhos desenvolvidos
na área que possam contribuir para o estudo do tema abordado. Para complementar
estas referências sugerimos o trabalho de Vilhena de Moraes (1994). O presente
trabalho sedesenvolvido baseado em Brouwer e Hori (1961), Ferraz Mello (1965),
Vilhena de Moraes (1978, 1981, 1989), Fitzgibbon (1982), Vilhena de Moraes e
Fitzgibbon (1983, 1987), Sehnal (1988), Fernandes e Sessin (1989), Wnuk (1988,
1990a), Breiter (1997), Da Silva Fernandes (2003b), El-Salam e Sehnal (2004) e no
método de Hori (1966, 1971) para sistemas canônicos e não-canônicos
respectivamente.
Observamos na literatura que existem diversos trabalhos referentes aos efeitos do
geopotencial, acoplamento entre o geopotencial com arrasto atmosférico, geopotencial
com a pressão de radiação solar, porém o acoplamento das três perturbações citadas é
pouco estudado (VILHENA DE MORAES, 1978, 1981). Com isso pretendemos
desenvolver um trabalho que possa vir a contribuir para o desenvolvimento de teorias
analíticas em que consideramos novos elementos na teoria como, por exemplo, novo
geopotencial dado por Wnuk (1988) considerando os harmônicos tesserais que são
pouco abordados na literatura, novos valores para as componentes do arrasto
atmosférico e um modelo de densidade atmosférica conveniente para integrações
analíticas conforme Vilhena de Moraes (1989) e por fim um método de perturbação
(HORI, 1971) para resolver as equações de movimento. Observamos que a ação
simultânea dos três efeitos acontece, por exemplo, com órbitas de satélites com
altitude da ordem de 700 km (VILHENA DE MORAES, 1978, 1979) e que esse é o
caso de alguns dos satélites brasileiros.
Para obtermos resultados mais realísticos consideramos ainda, na integração
analítica das equações do movimento, um trabalho de Breiter (1997) em que a
33
hamiltoniana
0
H
considerada não é mais a usual em que faz-se igual ao termo o
perturbado do geopotencial e sim todos os termos seculares adotados.
34
CAPÍTULO 2 FORÇAS GRAVITACIONAIS E NÃO
GRAVITACIONAIS
Neste capítulo apresentamos um breve estudo sobre o geopotencial, a densidade
atmosférica, arrasto atmosférico, o modelo termosférico TD-88 e a pressão de radiação
solar direta considerando a sombra da Terra. Apresentamos resumidamente a teoria de
Brouwer e Hori para o arrasto atmosférico e a teoria de Vilhena de Moraes para a
pressão de radiação solar direta e o arrasto atmosférico.
2.1 CAMPO GRAVITACIONAL TERRESTRE
O campo gravitacional terrestre e a força de atração associada a este campo,
exercida sobre uma massa colocada nele, sendo que essa massa pode ser
negligenciada, serão estudados no caso de um satélite artificial. O campo gravitacional
terrestre é uma das principais perturbações nos movimentos dos satélites artificiais,
devido a sua distribuição não-homogênea de massa. O termo principal devido ao
achatamento da Terra é
J
2
, bem conhecido na literatura, os demais termos são
considerados dependendo da precisão da missão. O geopotencial é uma força de
origem gravitacional que perturba as órbitas dos satélites artificiais da Terra.
A Terra não é uma esfera perfeita com distribuição uniforme de massa. Ela não
pode ser considerada, neste contexto como sendo um ponto material, devido ao
achatamento nos los e a forma irregular da sua composição, fato que tem efeito
direto na sua densidade. Estas irregularidades produzem uma perturbação na órbita de
um satélite artificial, tal que os elementos keplerianos que descrevem tal órbita não
permanecem constantes.
35
2.2 GEOPOTENCIAL EM COORDENADAS ESFÉRICAS
Iremos apresentar o geopotencial em coordenadas esféricas utilizado para
satélites artificiais, segundo os desenvolvimentos apresentados por Kaula (1966) e
Osório (1973). Fazendo uma mudança de coordenadas esféricas para keplerianas para
representar os elementos orbitais explicitamente.
Vamos considerar o potencial de um ponto de massa devido a um sólido de
formato e distribuição de massa arbitrários. O ponto de massa está localizado fora do
sólido. Podemos definir o potencial da forma:
=
dM
GU
(2.1 )
em que
é a distância entre o ponto e o sólido,
dM
elemento de massa do corpo e
G=6,6720x10
-11
m
3
/(kg s
2
) é a constante gravitacional universal.
Representando esse potencial em termos dos polinômios associados de Legendre
dado por (OSÓRIO, 1973) temos:
dMm
xsenPsenP
ml
ml
r
r
r
G
U
lmlm
l
l
l
m
M
m
)(cos
)()(
)!(
)!(
)2(
0 0
0
λλ
ββδ
+
=
= =
(2.2)
em que
δ
m o
é o delta de Kronecker e
P
l m
são os polinômios associados de Legendre de
grau
l
e ordem
m
, (
r,
,
) são as coordenadas esféricas da posição do satélite;
λ
e
β
são respectivamente a longitude e a latitude do elemento de massa
dM
. Integrando em
toda distribuição de massa e desenvolvendo
)(cos
λ
λ
m
, o potencial fica da forma
dada por (KAULA, 1966):
)cos( )(
0 0
λλβ
µ
senmSmCsenP
r
a
r
U
lmlmlm
l
l
l
m
e
+
=
= =
(2.3 )
em que
36
dM
senm
m
senPr
ml
ml
Ma
S
C
lm
M
l
e
mo
lm
lm
+
=
λ
λ
β
δ
cos
)'(
)!(
)!(
)2(
(2.4)
e
a é o semi-eixo equatorial do elipsóide da Terra, M a massa da Terra, C
lm
e S
lm
os
coeficientes harmônicos esféricos e
µ
(=GM) é o parâmetro gravitacional da Terra (
3,986x10
5
km
3
/s
2
). O potencial satisfaz a equação de Laplace (
0
2
=
U
), podendo
representá-lo em função dos harmônicos esféricos. O potencial perturbador é avaliado
no ponto localizado pelo módulo do raio vetor r, pela latitude geocêntrica
β
e pela
longitude geocêntrica
λ
, conforme mostrado na Figura1.
Geralmente utilizam-se os coeficientes harmônicos de forma normalizada para
simplificar a sua execução quando calculados numericamente. São representados por
(KUGA; RAO e CARRARA, 2000):
+
+
=
nm
nm
nm
nm
S
C
mn
mn
n
S
C
21
)!(
)!(
24
1
(2.5 )
Figura 1- Potencial gravitacional num ponto P, devido à ação da massa dM
λ
β
r
dM
0
r
X
Y
Z
ϕ
P
P
(r,
λ
,
β
)
37
2.3 INTERPRETAÇÃO DOS COEFICIENTES E EFEITOS DO GEOPOTENCIAL
Considerando a expressão (2.4) e através da inspeção, observa-se que, os
harmônicos com m = 0 não dependem da longitude
λ
. Eles dividem a esfera em
zonas e são chamados harmônicos zonais. O efeito da distribuição não-uniforme de
massa devido ao achatamento dos pólos é refletido no coeficiente zonal C
20
, o efeito
que atribui para a Terra uma forma de pêra é chamado de coeficiente zonal C
30
. Os
harmônicos com m
0 sua distribuição de massa é completamente não-simétrica,
depende da longitude
λ
e são chamados de tesserais. Os termos de ordem m = l = 0
descrevem o potencial principal da Terra, ou seja, C
00
= 0 corresponde a Terra com
distribuição esférica de massa. Se a origem do sistema de coordenadas coincidir com o
centro de massa da Terra pode-se mostrar que C
10
= C
11
= S
1 1
= 0 e S
00
= S
n0
= 0. A
matriz de inércia da Terra é dada por (KUGA; RAO; CARRARA, 2000):
,
=
CE F
FD B
E A D
I
t
(2.6 )
Fazendo algumas considerações os coeficientes resultam:
Ms
D
AB
Ma
C
Ma
F
Ma
E
C
ee
ee
2
22
2
22
2
21
2
21
2
S ),(
4
1
,S ,
==
==
(2.7 )
2.4 EXPRESSÃO DO GEOPOTENCIAL EM FUNÇÃO DOS ELEMENTOS
ORBITAIS
38
Quando desejamos trabalhar com satélites artificiais é conveniente expressar o
geopotencial em termos dos elementos orbitais, que estão representados no sistema de
coordenadas na Figura 2.
A Figura 2 mostra uma órbita no espaço. O arco NQ descreve a órbita do satélite
cortando o equador celeste no ponto N (linha dos nodos). O ângulo i é a inclinação da
órbita, f é a anomalia verdadeira,
é a longitude do nodo ascendente, X aponta para o
ponto vernal (γ),
ω
é o argumento do perigeu (P) e Q representa o satélite na órbita.
Em geral o plano orbital esinclinado em relação ao plano de referência de um
ângulo i. A linha de interseção entre o plano da órbita e o plano de referência é
chamado linha dos nodos. O ângulo entre a linha de referência até o nodo ascendente é
chamado de longitude do nodo ascendente
. O ângulo entre a linha dos nodos até o
pericentro da órbita é o argumento do pericentro
ω
e este ângulo dá a orientação da
órbita no plano orbital.
A inclinação da órbita pode variar de 0°
i
180°. Se i < 90° o movimento é
chamado de prógrado ou direto, enquanto i > 90° o movimento é retrógrado. Quando i
Figura 2- Parâmetros orbitais
N
i
0
Q
f
ω
P
Z (eixo polar)
Y
órbita
39
tende a zero ou 180º o plano da órbita coincide com o plano de referência. Os ângulos
e
ω
podem variar de 0
°
a 360
°
. O tamanho e o formato da órbita são dados pelo
semi-eixo maior
a
e pela excentricidade
e
.
Os cinco parâmetros citados acima
a
,
e
, i,
,
ω
acrescentando τ
o
( tempo de
passagem pelo pericentro) são chamados de elementos orbitais, que são usados na
descrição da forma, tamanho e orientação no espaço da órbita de qualquer objeto sob
atração gravitacional.
Uma fórmula para o geopotencial em termos dos elementos orbitais considerando
os coeficientes zonais e tesserais é dada por (KAULA, 1966):
= =
+=
2 0
,
l
l
m
lm
V
r
U
µ
(2.8)
em que
,),,,()()(
0
−∞==
=
q
lmpq
lmp
l
p
lmp
l
e
lm
MSeGiF
a
a
a
U
θω
µ
(2.9)
a
lmpq
ml
ml
lm
lm
a
lmpq
ml
ml
lm
lm
lmpq
sen
C
S
S
C
S Ψ
+Ψ
=
par
ímpar
par
ímpar
cos
(2.10)
),()2()2(
θω
+++=Ψ mMqplpl
a
lmpq
(2.11 )
sendo que
)(iF
lmp
é a função da inclinação normalizada,
)(eG
lpq
é função da
excentricidade,
lmlm
SC ,
são os coeficientes do geopotencial normalizado,
a
,
e
, i,
ω
,
e M são os elementos orbitais, em que, M é a anomalia média definida como
)(M
o
tn
τ
=
,
θ
é o tempo sideral e
e
a é o raio equatorial da Terra.
Entretanto, Wnuk (1988) mostra que a fórmula dada por Kaula (1966) se torna
muito complexa e custosa quando aumenta a ordem m e o grau l dos coeficientes
harmônicos, tornando-se inconveniente para determinadas missões. Além disso, a
40
fórmula mostra singularidades para pequena excentricidade e inclinação. Portanto, a
aplicação da fórmula é bastante limitada. Para eliminar estas dificuldades, Wnuk
(1988) desenvolveu uma nova fórmula para expressar o geopotencial em termos dos
elementos orbitais e/ou nas variáveis de Delaunay. O significado dessas variáveis em
relação aos elementos orbitais clássicos é:
==
==
==
==
==
==
hl
gl
ll
iGHL
eLGL
aLL
3
2
1
3
2
2
1
M
cos
1
ω
µ
(2.12)
em que
µ
,
a
,
e
, i , M,
ω
, e
já foram definidos.
2.5 GEOPOTENCIAL CONSIDERADO
Com o modelo do geopotencial proposto por Wnuk (1988) um maior número de
coeficientes com maior precisão para os harmônicos zonais e tesserais podem ser
aplicados para encontrar as órbitas dos satélites, quando for levado em conta alta
ordem e grau dos harmônicos simplificando os cálculos e diminuindo o tempo de
execução.
O geopotencial expresso nas variáveis de Delaunay é dado por (WNUK, 1990a):
= = =
Ψ+Ψ+=
N
m
N
Nk
Q
Qq
kq
m
kq
m
km
senSC
Lr
U
0
2
),cos(
γ
µ
µ
(2.13)
em que
41
,
,
1
1
*
*
jm
kq
jm
N
jj
kq
m
jm
kq
jm
N
jj
kq
m
SQS
CQC
=
=
=
=
(2.14)
),()(
,2/)(,
2
eGiA
L
Q
qkjj
k
jm
j
kq
jm
=
µ
(2.15)
,2/)()()(
π
θ
mkhmlqkkg
+
+
+
+
=
Ψ
(2.16)
).(2
)],2/)1((2,max[
,)1(
101
1111
2/)1((
kk
mkE
km
kk
kmEkkj
δδ
γ
++=
+++=
=
+
(2.17)
em que
jmjm
SC ,
são os coeficientes do geopotencial normalizado,
)()(
2/)(,
iFIA
kjmj
k
jm
=
é a função da inclinação normalizado, )(
,2/)(,
eG
qkjj
é função da
excentricidade, E(x) é a função inteira, N é a máxima ordem e grau dos coeficientes
levados em conta e Q é o máximo valor do índice q. O símbolo
*
representa a adição
com um passo 2. Os termos que estão representados na expressão (2.14) é definido por
Wnuk (1988) como lumped coefficients.
A hamiltoniana pode ser escrita da seguinte maneira:
(
)
= = =
Ψ+Ψ+=Η
N
m
N
Nk
Q
Qq
kq
m
kq
m
km
senSC
LL
0
2
2
2
2
cos
2
γ
µµ
(2.18)
Os coeficientes de )(iF
lmp
são funções da inclinação orbital dado por (KAULA,
1966):
(
)
{ } { }
kmmpmínKpmmáx
i
sen
i
k
p
km
p
pp
m
iF
k
l
lmp
22,,222,0
22
cos
222
)1(
)!(!2
!
)(
2
0
+++=
+
=
=
χ
χχ
(2.19)
42
Vilhena de Moraes e Wnuk (1998) mostram que a função da excentricidade
)(
,,
eG
qpl
dada por Kaula (1966) é relacionada pelos coeficientes de Hansen
)(
,
eX
mn
k
pela seguinte equação:
)(
)2(),1(
2,,
eXG
pll
qplqpl
+
= (2.20)
esta fórmula não é numericamente estável para alta ordem da excentricidade. Portanto,
utilizando uma fórmula demonstrada por Da Silva Fernandes (1995), em que é válida
para qualquer valor da excentricidade entre
1
0
<
<
e
temos:
)(
)!1(
)(
)(
,
1
1
1
1*
,
=
=
=
ee
mn
k
l
l
l
l
mn
k
eX
de
d
l
ee
eX
(2.21)
em que
*
e
é um valor fixo da excentricidade. Esta série converge para todos os valores
da excentricidade
1
<
e
tal que
)(
**
eee <
. Os valores do raio de convergência
)(
*
e
são determinados por Da Silva Fernandes (1995).
Os coeficientes são calculados por (GIACAGLIA, 1976):
),()(
js
1
1
)(
,,
0
,
1 1
keJf
mn
s
mn
eX
jmkjsn
s
s
j
sj
mn
k +
= =
+
++
+
=
β
(2.22)
em que J
l
(x) é a função de Bessel.
2
212
,,
e-11
e
com ,)()1()(
+
=+=
βββββ
sjn
jsn
f (2.23)
e
++
++++
=
+
+
+
=
01mn se
01mn se s-1mn
j
01m-n se
01m-n se 1
1
1
mn
S
(2.24)
A função f(
β
) pode ser expressa na seguinte série de potência da excentricidade
e
(JARNAGIN, 1965):
43
sji
i
jsn
e
i
sjin
i
sjin
f
22
0
,,
2
212
222
2)(
++
=
+++
+++
=
β
(2.25)
as derivadas são calculadas por:
+
++
+
=
+
== =
)()(
1
1
)(
00
,
1
keJ
de
d
f
de
d
r
l
js
mn
s
mn
eX
de
d
jmk
rl
rl
r
r
l
r
s
s
j
sj
mn
k
l
l
l
β
(2.26)
para resolver esta derivada usamos a seguinte relação de Bessel
=
+
=
t
r
rtl
r
t
l
t
t
xJ
r
t
xJ
de
d
0
2
)()1(
2
1
)( (2.27)
Usando as fórmulas acima podemos calcular os coeficientes de Hansen para
valores arbitrários da excentricidade entre zero e um e valores arbitrários dos índices.
Os coeficientes de Hansen também são analisados por Osório (1973) de forma
minuciosa.
2.6 PERTURBAÇÕES DEVIDAS AO ARRASTO ATMOSFÉRICO
Um satélite que se move na atmosfera da Terra é influenciado por um atrito, que
é denominado força de arrasto, que atua no sentido contrário ao movimento do satélite
e tende a diminuir sua energia orbital. O arrasto atmosférico é a principal força não-
gravitacional que atua nos satélites de baixa altitude devido ao atrito com a atmosfera.
Toda vez que o satélite passa próximo ao perigeu, ou seja, mais próximo da Terra ele
perde energia devido ao arrasto causando uma redução no semi-eixo maior, com isso a
órbita elíptica contrai-se para uma órbita circular como podemos visualizar na Figura
4. Como um satélite artificial da Terra se move através da atmosfera da Terra, seu
movimento orbital é perturbado pela força resistiva. Está força causa perturbações
seculares nos principais parâmetros orbitais, por exemplo, no semi-eixo maior e na
44
excentricidade reduzindo consideravelmente o tempo de vida do satélite. Em
Lafontaine (1984) é feita uma análise para determinar o tempo de vida de um satélite
influenciado pela força de arrasto. Segundo Vilhena de Moraes (1978) a influência do
arrasto predomina até os 700 Km de altitude.
O módulo da expressão da força de arrasto por unidade de massa é dada por:
2
1
2
V
m
S
CD
Dd
ρ
= (2.28)
em que
d
ρ
é a densidade local do ar depende da posição e do tempo de uma maneira
muito complicada, C
D
é o coeficiente de arrasto, S é a área efetiva, m é a massa do
satélite e V é a velocidade do satélite em relação à atmosfera da Terra. A variação de
d
ρ
com altura depende da forma da atmosfera, sendo que diminui rapidamente com
ligeiro aumento na altitude. O efeito do achatamento da atmosfera é bastante
significante no movimento orbital do satélite.
A densidade
d
ρ
e o coeficiente de arrasto C
D
são modelados, temos diversos
trabalhos que modelam esses coeficientes entre eles podemos citar Sehnal (1982),
Vilhena de Moraes (1994). O coeficiente C
D
é determinado empiricamente tendo um
valor aproximado 2.2 com um erro de 5%. Um artigo apresentado por Sehnal e
Pospísilová (1994) os autores desenvolvem uma expressão para calcular o coeficiente
de arrasto. No estudo da influência do arrasto atmosférico no movimento de satélites
artificiais vários modelos têm sido propostos para descrever a densidade atmosférica
ρ
d
entre eles o modelo TD 88 dado por Sehnal (1988), este modelo é adequado para
teorias analíticas, vários autores têm desenvolvido teorias analíticas utilizando o
modelo TD 88 entre eles Segan (1988); Vilhena de Moraes (1989); El-Salam e Sehnal
(2004). Com este modelo para a densidade as equações de movimento podem ser
Figura 3- Decaimento orbital devido ao arrasto atmosférico
45
integradas analiticamente. O modelo TD 88 é válido para alturas entre 150-750 km.
Temos um trabalho atual de Bezdek e Vokrouhlicky (2004) em que utilizam este
modelo de densidade numa teoria semi-analítica e também estenderam a altitude de
alcance da aplicabilidade do modelo de 750 km para 1200 km.
A densidade atmosférica
d
ρ
, no modelo TD 88, pode ser descrita através das
seguintes equações (SEHNAL, 1988):
=
=
7
1
00
n
nnxd
ghkff
ρ
(2.29 )
em que:
(
)
byx
FFaf
+
=
1
1
(2.30 )
m
faf
+
=
20
(2.31 )
(
)
160
60
=
b
m
F
f
(2.32 )
(
)
31
30
+
=
p
Kak (2.33)
A dependência da altitude é descrita por:
( ) ( )( )
=
+=
7
1
,0,
/29/120exp
j
jnnn
jhKKh
(2.34)
As funções g
n
são descritas por:
1
1
=
g
42
2
a
f
g
m
+=
(
)
ψ
senpdseng
33
=
(
)
(
)
454
1 pdsenfag
m
+
=
(
)
(
)
565
21 pdsenfag
m
+
=
(
)
(
)
ψ
+
=
cosptsenfag
m 676
1
(
)
(
)
ψ+=
2
787
21 cosptsenfag
m
46
De King-Hele (1964), pode-se escrever a seguinte equação para altitude de um
satélite:
(
)
uisen
R
seniREaeah 2cos
2
2
1cos
2
ε
ε
=
(2.35)
em que
a
,
e
,
i
,
E
, e
u
são, respectivamente, o semi-eixo maior, a excentricidade, a
inclinação, a anomalia excêntrica, e
u
é o argumento do perigeu somado à anomalia
verdadeira; R é o raio equatorial da Terra e
ε
é o achatamento da Terra.
A equação para a densidade, com as funções h descritas pela expressão (2.35),
fica da seguinte forma (VILHENA DE MORAES, 1989):
(
)
(
)
= =
+=
7
1
3
1
0,00
] cosexp2cosexp[
n j
njjjnxd
gEucAKkff
βρ
(2.36 )
em que,
j
isenR
c
j
29,2
2
ε
=
,
(2.37 )
j
ae
j
29
=
β
(2.38 )
e
(
)
(
)
(
)
[
]
j/aisenRexpA
j
29
2
1120
2
ε
+= (2.39 )
A hora local t e a latitude
ψ
podem ser descritas através de elementos orbitais
como mostrado nas seguintes expressões (SEHNAL, 1986b; VILHENA DE
MORAES, 1989):
u
sen
i
sen
sen
=
ψ
(
)
ψ
α
cos/cossensen iu
=
(
)
ψ
α
coscoscos u
=
π
α
α
+
=
=
t
em que , α e
α
são respectivamente, o nodo ascendente da órbita, a ascensão reta
do satélite e ascensão reta do Sol.
Das relações entre as anomalias excêntrica e verdadeira, podemos escrever
(VILHENA DE MORAES, 1989):
47
=
+++==
1
2
...3
4
2
2
k
lk
Esen
e
Esen
e
senEsenkEsenf
σ
(2.40)
=
+++
+==
0
2
2
...3cos
4
2cos
2
cos
4
1
1
2
coscos
k
lk
E
e
E
e
Ee
e
kEf
γ
(2.41)
Usando os polinômios de Chebyschev, podemos expressar
mv
cos
como uma
função de
v
i
cos
(i = 1,...,m) e
senmv
como função de
v
v
sen
ii
cos
(i = 1,...,m).
Então, se considerarmos
:
=
γ=
0k
pk
kEcospfcos
(2.42 )
kEsenpfsen
k
pk
=
σ=
1
(2.43 )
As equações g
n
podem então ser escritas da seguinte forma:
(
)
+
=
k
nknkn
senkEGkEGg cos
0
,
=
kn
G para n = 1,2,4,5 e k>0
0
=
nk
G para n= 1, 2, 4, 5 e k > 0
0
10
=
G
2
20
fm
G =
(
)
(
)
4540
1 pdsenfaG
m
+
=
(
)
(
)
5650
21 pdsenfaG
m
+
=
(
)
senisenupdsenG
lkk 33
=
γ
(
)
usenipdsenG
lkk
cos
33
=
σ
(
)
(
)
(
)
(
)
[
]
B
i
B
i
faG
mlkk
++++=
ωωσ
cos
2
cos
4
1
cos
2
cos
4
1
11
22
76
(
)
(
)
(
)
(
)
[
]
Bsen
i
Bsen
i
faG
mlkk
++++=
ωωγ
2
cos
4
1
2
cos
4
1
11
22
76
(
)
(
)
(
)
[
]
[
]
ωωγ
22
2
coscos1
2
2
2
87
++
+
+= BsenBsen
i
iBisensenfaG
kmk
(
)
(
)
(
)
[
]
ωωσ
2cos2cos
2
cos1
2
827
++
+=
BB
i
iisenfaG
mkk
e
6
pB
+
=
π
α
(
)
7
2 pB
+
=
π
α
48
2.6.1 Desenvolvimento da densidade em termos da anomalia excêntrica
O termo
)cosexp( E
j
β
pode ser expandido com a ajuda de expressões assintóticas
em termos de funções modificadas de Bessel, produzindo (King-Hele, 1964):
(
)
(
)
=
=
+==
1
0
0
cos2coscosexp
m
m
m
jmj
mEIImEFE
ββ
em que, para um
j
β
(escala de altura) grande, a expansão de
(
)
jm
I
β
é:
( )
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
( )
=
=
0
0
22222
8!
124...34141
2
exp
k
k
j
k
j
j
jm
K
kmmm
I
β
πβ
β
β
(2.44)
se
j
c for pequeno:
(
)
...4cos
4
1
2cos
4
1
12cosexp
2
++++= ucuccuc
jjjj
Substituindo as equações obtidas na equação da densidade, temos (VILHENA
DE MORAES, 1989):
( )
( ) ( )
[ ]
[ ]
( )
}
EksenAGBG
EmkkBGAGF
c
k
EmksenGEmkGF
c
AK
senkEGkEGKkff
jknkjknk
n j m k k
jknkkjnkjm
j
jn
m k
nknkm
n j
j
jjn
n k
nknknxd
)()(
cos)(
2
cos)(
4
1
cos
,
7
1
3
1
,
, 0 0
1
7
1
3
1
2
,
7
1 0
0,00
δε
δεδ
εε
δε
δε
+
++
+
+
+
++
++
+
+
+=
= =
=
== =
=
=
(2.45)
em que
δ
e
ε
podem ser
±
1 e:
ωωγ
4cos
4
1
cos
2
jkjk
cA +=
ωσωσ
4
4
1
2
42
sensenB
kkjk
+=
A densidade
ρ
d
pode ser expressa em termos da anomalia média
l
, se
considerarmos:
49
plmE
p
mp
coscos
0
=
=
γ
(2.46)
senplsenmE
p
mp
=
=
1
σ
(2.47)
sendo que,
mp
γ
e
mp
σ
podem ser obtidos usando funções de Bessel (Morando, 1974):
[ ]
plpeJpeJ
p
mAmE
p
pmpm
cos)()(
1
cos
1
0
=
+
+=
(2.48)
[ ]
senplpeJpeJ
p
msenmE
pmpm
p
)()(
1
1
+
=
+=
(2.49)
em que
A
0
= 1 se
m
= 0,
A
0
= - e/2 se
m
=
±
1 e
A
0
= 0 se
m
0 e
m
é diferente de
±
1.
2.6.2 O modelo termosférico TD-88
A versão utilizada de modelamento para a densidade total da termosfera é
denominada TD 88. Utiliza a linguagem de programação FORTRAN (veja apêndice
D) para fornecer-nos dados da variação e distribuição da densidade na superfície
terrestre para um intervalo entre 150-750km.
O modelo de Sehnal (1988) para a densidade atmosférica, na versão de
Pospísilová (SEHNAL; POSPÍSILOVÁ, 1988), é caracterizado por fatores
multiplicativos dependendo do fluxo solar médio e do índice geomagnético
K
p
. Assim,
a densidade é dada pela expressão (2.45).
Os símbolos utilizados são:
K
n,j
constantes numéricas (tabeladas)
p
n
fases (tabeladas)
a
i
constantes numéricas (tabeladas)
F
x
fluxo solar medido em 10,7cm, por dia
50
F
b
fluxo solar obtido após três rotações solares
K
P
índice geomagnético do local, obtido três horas antes
h altitude em km
d dia corrente do ano
ϕ
latitude
t tempo local
As constantes numéricas do modelo estão representadas nas Tabelas 1, 2 e 3 em
que os dados são obtidos por EL-Salam e Sehnal (2004):
n j = 0 j = 1 j = 2 j = 3
1
2,96815
×
10
-15
7,66373
×
10
-9
1,65738
×
10
-10
3,87086
×
10
-11
2
2,81456
×
10
-14
-4,40149
×
10
-9
3,34283
×
10
-10
9,35229
×
10
-11
3
-1,23300
×
10
-14
1,18107
×
10
-10
-1,47817
×
10
-10
-1,51755
×
10
-12
4
-1,14892
×
10
-17
-1,59664
×
10
-11
-6,46708
×
10
-12
-2,04955
×
10
-12
5
-3,90064
×
10
-16
-2,40755
×
10
-10
-1,398567
×
10
-11
-3,059493
×
10
-12
6
7,42439
×
10
-15
6,43785
×
10
-11
1,36185
×
10
-10
3,517
×
10
-11
7
-3,41594
×
10
-16
7,44666
×
10
-12
4,5416
×
10
-12
2,07975
×
10
-12
n 3 4 5 6 7
p
n
263 -263 -29,41 8,0913 10,0813
Tabela1- Constantes numéricas
K
n,j
Tabela 2- Fases
p
n
51
i 1 2 3 4 5 6 7 8
a
i
0,007 0,2875 0,04762
0,0471 7,0 7,0 0,3333
15,0
Como vimos o modelo TD 88 é válido para altitudes até 750 km, no entanto,
Bezdek e Vokrouhlicky (2004) fazem uma extensão do modelo para altitudes entre
750-1200 km. Vamos expor as novas constantes numéricas para a abordagem do
modelo segundo o autor citado.
n j=1 j=2 j=3
1
0,766348
×
10
-8
0,15645
×
10
-9
1,943
×
10
-11
2
-0,440146
×
10
-8
0,36649
×
10
-9
2,661
×
10
-10
3
0,118107
×
10
-9
-0,14007
×
10
-9
-1470
×
10
-12
4
-0,159664
×
10
-10
-0,65029
×
10
-11
-2,317
×
10
-12
5
-0,240756
×
10
-9
-0,14318
×
10
-10
-3,506
×
10
-12
6
0,643785
×
10
-10
0,14922
×
10
-9
2,019
×
10
-11
7
0,744666
×
10
-11
0,44938
×
10
-11
2,066
×
10
-12
i 1 2 3 4 5 6 7 8
a
i
0,007243
0,1778 0,1449 -0.01179
7,011 6,968 3,301 14,91
A fase
p
n
é a mesma da Tabela 2.
Tabela 3- Constantes
a
i
Tabela 4- Constantes numéricas
K
n,j
para altitudes de 750 km
até 1200 km.
Tabela 5
-
Constantes
a
i
para altitudes de 750 km até 1200 km.
52
2.6.3 Densidade atmosférica
O Sol e a Atmosfera (JACCHIA, 1975): a maioria das radiações solares visíveis
provém da superfície aparente, também chamada de fotosfera, sua distribuição de
intensidade é apresentada com comprimento de onda semelhante a um corpo negro e
temperatura de aproximadamente 5800 Kelvin. A intensidade total da radiação solar na
Terra impressiona por ser espetacularmente constante. A “constante solar” não
apresenta mudanças sistemáticas superiores a uma ou duas partes em 1000, e mesmo
com o aparecimento de “manchas solares” as mudanças não ultrapassam a faixa de três
ou quatro por cento.
O aquecimento de regiões da atmosfera terrestre descreve uma variação não
linear que vai do topo ao fundo. As nuvens refletem parte da energia de volta ao
espaço, mas a energia que passa é suficiente para aquecer a superfície.
A variação que ocorre entre 0 e 20 km é dada de forma gradativa porque existe
um aquecimento da superfície terrestre por absorção, que acaba por transmitir calor a
atmosfera. Esta temperatura vai caindo quanto maior for a altitude.
O mecanismo de aquecimento do ar à superfície é realizado por contato
(condução), por crescentes correntes de ar quente (convecção), e por absorção de raios
infravermelhos emitidos, motivo pelo qual a nossa atmosfera é opaca.
Utilizando-se de balões, na década de 40 foi possível constatar que a partir de 20-
30 km a temperatura começa a aumentar novamente. Posteriormente, com foguetes, foi
descoberto que esse aumento atinge um valor máximo de 270 Kelvin a
aproximadamente 50 km. A absorção de raios ultravioleta pela camada de ozônio foi
rapidamente identificada como a causa deste aumento de temperatura. O ar vai se
tornando rarefeito com o aumento de altitude e isso faz com que moléculas de
oxigênio (O
2
) se dissolvam como átomos de oxigênio (O). Esses átomos recombinam-
se com outras moléculas de oxigênio formando desta forma o ozônio (O
3
). A reação
53
descrita começa a ocorrer a uma altitude de 25km e processa-se pelos 20km seguintes,
mas a maior concentração de ozônio ocorre a cerca de 35km.
Após o interlúdio do aquecimento da camada atmosférica pelo ozônio, a
temperatura volta a decrescer com a altitude pela mesma razão, da troposfera até
atingir cerca de 185 K a uma altitude de 90km. Após isso, entretanto, existe um
crescimento, primeiro lento até os 100km, e mais rápido no intervalo de 100 a 150 km.
O crescimento continua a ocorrer, de forma mais lenta, entre 200 e 250km. Podemos
mencionar que esse aumento gradativo é dado pela absorção de radiação EUV, que
ocorre na região que ultrapassa os 100km.
Devemos mencionar que as regiões da atmosfera são divididas. Por convenção, é
chamada troposfera à região que compreende a superfície terrestre até onde a
temperatura decresce, por volta de 10-15km. A linha imaginária que delimita esta
camada chama-se tropopausa. A região seguinte é denominada estratosfera que, ainda
por convenção, vai até a altitude de 50km. A linha imaginária que delimita a
estratosfera chama-se estratopausa. Logo após entramos na mesosfera que se estende
até a temperatura mínima, por volta de 90km, onde fica a mesopausa. A partir daí
temos a chamada termosfera.
Utilizando-se do princípio de que a densidade varia de acordo com a altitude, são
construídos tabelas e gráficos com valores de densidade para certos valores de altitude
que, para o Modelo TD 88, compreendem a faixa que vai de 150 km a 750 km.
Para construir tais tabelas, é necessário utilizarmos dados de entrada no programa
constantes que, desta forma, não iriam intervir na análise comparativa. Os valores a
serem considerados constantes no caso da altitude são:
Dia do ano (DAY);
Fluxo Solar (EFX e EFBAR);
Índice Geomagnético (AKP);
Hora Local (HL) e
54
Latitude (ALAT).
São utilizados valores para algumas condições, que são representados nas Tabelas
6 e 7 e nas Figuras 5 e 6. As tabelas são obtidas através da implementação do modelo
matemático TD 88. Sendo que o usuário pode estar sempre atualizando o valor da
densidade já que esta varia de acordo com a altitude e outros fatores como, por
exemplo, fluxo solar, índice geomagnético etc.
Tabelas da Variação da Densidade em relação a Altitude:
Day=80 EFX=EFBAR=150,
AKP=4
HL=3,
ALAT= 0
Densidade (kg/m
3
) Densidade Escala
Altura H (km)
Altitude
(km)
4,51633E-010 31,36007 200
3,29070E-010 31,82579 210
2,40971E-010 32,37737 220
1,77469E-010 33,02762 230
1,31548E-010 33,79000 240
9,82148E-011 34,67802 250
7,39122E-011 35,70446 260
5,61045E-0111 36,88038 270
4,29811E-011 38,21383 280
3,32473E-011 39,70854 290
2,59758E-011 41,36247 300
2,05006E-011 43,16682 310
1,63429E-011 45,10528 320
1,31568E-011 47,15423 330
1,06920E-011 49,28361 340
8,76646E-012 51,45874 350
7,24721E-012 53,64274 360
6,03671E-012 55,79924 370
5,06295E-012 57,89495 380
4,27238E-012 59,90179 490
3,62497E-012 61,79818 400
3,09050E-012 63,56956 410
2,64599E-012 65,20811 420
2,27381E-012 66,71196 430
1,96031E-012 68,08404 440
1,69482E-012 69,33084 450
Tabela 6- Variação da densidade em relação a altitude (HL=3)
55
1,46891E-012 70,46121 460
1,27588E-012 71,48532 470
1,11034E-012 72,41386 480
9,67908E-013 73,25739 490
8,45015E-013 74,02597 500
7,38715E-013 74,72884 510
6,46568E-013 75,37434 520
5,66533E-013 75,96982 530
4,96898E-013 76,52172 540
4,36219E-013 77,03555 550
3,83271E-013 77,51604 560
3,37011E-013 96,71713 570
2,96547E-013 78,39230 580
2,61118E-013 78,79426 590
2,30066E-013 79,17539 600
2,02827E-013 79,53767 610
1,78914E-013 79,88273 620
1,57903E-013 80,21194 630
1,39429E-013 80,52645 640
1,23175E-013 80,82722 650
1,08864E-013 81,11508 660
9,62584E-014 81,39072 670
8,51464E-014 81,65476 680
7,53464E-014 81,90772 690
6,66990E-014 82,15008 700
5,90647E-014 82,38226 710
5,23218E-014 82,60464 720
4,63634E-014 82,81759 730
4,10961E-014 83,02144 740
3,64377E-014 83,21650 750
Com os dados da Tabela 6 plotamos a Figura 4 que representa a variação da densidade
em relação a altitude, como podemos analisar no gráfico a densidade é inversamente
proporcional a altitude.
Tabela 6- Variação da densidade em relação a altitude (HL=3)
56
Variando a hora local para HL=15 temos:
Day=80 EFX=EFBAR=150,
AKP=4
HL=15,
ALAT= 0
Densidade (kg/m
3
) Densidade Escala
Altura H (km)
Altitude
(km)
5,59304E-010 34,44652 200
4,20006E-010 35,40663 210
3,17993E-010 36,50279 220
2,42873E-010 37,74206 230
1,87213E-010 39,12772 240
1,45688E-010 40,65811 250
1,14475E-010 42,32569 260
9,08230E-011 44,11653 270
7,27430E-011 46,01031 280
5,87971E-011 47,98111 290
4,79390E-011 49,99882 300
3,94046E-011 52,03118 310
3,26331E-011 54,04599 320
Tabela 7- Variação da densidade em relação a altitude (HL=15)
Figura 4- Variação da densidade atmosférica (HL=3)
57
2,72105E-011 56,01342 330
2,28294E-011 57,90778 340
1,92597E-011 59,70883 350
1,63282E-011 61,40231 360
1,39031E-011 62,97986 370
1,18837E-011 64,43849 380
1,01919E-011 65,77961 390
8,76706E-012 67,00803 400
7,56113E-012 68,13089 410
6,53619E-012 69,15679 420
5,66180E-012 70,09497 430
4,91336E-012 70,95477 440
4,27085E-012 71,74518 450
3,71784E-012 72,47457 460
3,24077E-012 73,15056 470
2,82836E-012 73,77992 480
2,47120E-012 74,36860 490
2,16137E-012 74,92172 500
1,89219E-012 75,44366 510
1,65801E-012 75,93812 520
1,45404E-012 76,40822 530
1,27616E-012 76,85656 540
1,12087E-012 77,28527 550
9,85173E-013 77,69612 560
8,66479E-013 78,09059 570
7,62570E-013 78,46986 580
6,71527E-013 78,83491 590
5,91694E-013 79,18655 600
5,21640E-013 79,52544 610
4,60121E-013 79,85215 620
4,06062E-013 80,16712 630
3,58527E-013 80,47076 640
3,16702E-013 80,76342 650
2,79880E-013 81,04540 660
2,47443E-013 81,31698 670
2,18853E-013 81,57842 680
1,93642E-013 81,82995 690
1,71398E-013 82,07182 700
1,51762E-013 82,30425 710
1,34421E-013 82,52749 720
1,19100E-013 82,74174 730
1,05558E-013 82,94724 740
9,35829E-014 83,14423 750
Tabela 7- Variação da densidade em relação a altitude (HL=15)
58
Com os dados da Tabela 7 plotamos a Figura 5 que representa a variação da
densidade em relação a altitude.
Plotamos as Figuras 4 e 5 em um único gráfico para efeito de comparação.
Figura 5- Variação da densidade atmosférica (HL=15)
59
As tabelas e os gráficos são apenas representativos, pois os dados não estão
atualizados. Para obtermos valores mais realísticos é necessário atualizar os dados de
entrada conforme o programa solicita.
O fluxo solar é um dos fatores que influencia na densidade atmosférica podendo
ser calculado por (EL-SALAM; SEHNAL, 2004):
145
4
2
75
7.10
+
=
p
D
p
senF
π
em que
p
é o período do ciclo solar (em dias),
D
é o número de dias entre um certo
intervalo de tempo.
Figura 6- Variação da densidade atmosférica
60
2.6.4 Teoria de Brouwer e Hori
Brouwer e Hori (1961) desenvolvem uma teoria de acoplamento do efeito do
arrasto atmosférico no movimento do satélite artificial e o achatamento do campo
gravitacional da Terra, em que apresentam uma solução analítica.
A teoria em si compreende o desenvolvimento das equações do movimento em
variáveis de Delaunay, expressando-as depois, com auxílio de propriedades de
transformações canônicas, em termos da solução do problema sem arrasto.
As equações do movimento de um satélite artificial na presença do arrasto
atmosférico e do potencial gravitacional terrestre são dadas em um sistema de
coordenadas cartesianas por:
1,2,3j
,
2
2
=+
=
j
j
J
j
X
x
U
dt
xd
(2.50)
em que a função
U
J
contém termos do achatamento e os
X
j
são as componentes da
aceleração do arrasto.
A expressão (2.50) pode ser posta em forma canônica estendida e nas variáveis
de Delaunay ficam:
,j
j
j
j
j
j
Q
Ldt
dl
P
ldt
dL
Η
=
+
Η
=
3,2,1
=
j
(2.51)
em que
61
.)exp(
1,2,3)(j
, )exp(
==
=
==
k
j
k
kj j j
j
k
k
kjjj
L
n
qq--AVQ
l
n
pprAVP
ξ
ξα
(2.52)
sendo
A
e
α
constantes (associadas a força de arrasto),
i
p
e
i
q
são encontradas com o
uso das relações do movimento kepleriano.
.0 ,
,
2
,
,
2
2 ),1
2
(
333
222
1
2
111
==
==
+==
qLp
senf
e
qLp
senf
L
L
e
esenEq
r
a
Lp
(2.53)
em que E é a anomalia excêntrica, f a anomalia verdadeira
a
,
e
e r, são funções das
variáveis de Delaunay.
V
é a velocidade do satélite em relação ao ar, sendo que foi desprezada a
velocidade de rotação da atmosfera, dada por:
2
1
2/1
12
=
ar
V
µ
(2.54)
Ficando o sistema a ser integrado da seguinte forma:
jj
j
j
jj
j
qrAVqrAV
L
F
dt
dl
prAVprAV
dt
dL
δαα
δαα
)''exp('')exp(
**
)''exp('')exp(
''
''
''
++
=
=
(2.55)
Devido a presença do fator
)exp( rV
α
ou
)''exp('' rV
α
nas equações acima, um
desenvolvimento em séries em termos da excentricidade e da anomalia média é
necessário antes da integração. Sendo
j
p
δ
e
j
q
δ
as partes que tem J
2
em fator.
62
2.7 PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR
A pressão de radiação solar é uma força de origem não-gravitacional que perturba
o movimento translacional de um satélite artificial. Sendo que podemos representar
sua função perturbadora através do gradiente do potencial (AHMED A. EL-ENNA,
2003, 2004), porém quando consideramos o efeito da sombra da Terra esta
representação não é mais válida, sendo que, a força agora não deriva mais de um
potencial. Vilhena de Moraes (1978) considerou a sombra da Terra no sistema de
equações diferenciais em que o sistema a ser resolvido é não-canônico devido à
sombra da Terra. A pressão de radiação solar é gerada através do contínuo fluxo de
fótons que se chocam com a superfície do satélite, podendo esta absorver ou refletir
este fluxo. A taxa da quantidade de movimento de todos os fótons incidentes na
superfície do satélite origina a força de radiação solar podendo causar perturbações nos
elementos orbitais. A sua variação é praticamente independente da altitude do satélite:
começa a predominar sobre a força aerodinâmica a partir dos 700 km. É grande a sua
influência nos satélites geoestacionários (aproximadamente 36000 km de altitude). O
interesse no estudo do efeito da pressão de radiação solar no movimento de um satélite
artificial é iniciado pela discrepância entre teoria e observação de satélites do tipo
balão. Recentemente, a importância de forças não-gravitacionais aumentou
drasticamente devido ao aumento da precisão da localização e devido à importância da
precisão no planejamento de missões espaciais. O cálculo de órbita para o movimento
do satélite artificial da Terra é uma parte importante da tecnologia espacial.
também um grande interesse no efeito da pressão de radiação e a correção
relativística. Com o aumento das observações houve a necessidade de introduzir
efeitos relativísticos na interpretação e medida da posição dos corpos celestes, natural
e artificial. Vários trabalhos atuais têm inserido os termos devido ao potencial
relativísticos entre eles El-Saftawy e El-Enna (2002); El-Enna e El-Saftawy (2003);
Ahmed A. El-Enna (2004); Ahmed A. El-Enna; M.K.M. Ahmed e Abd El-Salam
(2006). O efeito da pressão de radiação solar e a correção relativística dependem da
63
forma do satélite e da sua altitude. A Tabela 8 descreve a ordem de magnitude
(aceleração cm/s
2
) para o coeficiente harmônico J
2
, a pressão de radiação solar direta
e correção relativística para diferentes satélites dependendo de sua altitude (km) e a
razão entre a área e sua massa (A/m, cm
2
/g). Os dados da Tabela 8 são obtidos de El-
Saftawy e El-Enna (2002).
Tabela 8 A ordem da magnitude da pressão de radiação e correção relativística para
diferentes satélites (EL-SAFTAWY; EL-ENNA, 2002).
Satélites Geosynchronous
Lageos Atarlette Seasat (ERS-1)
Semi-eixo
maior (a)
a = 42160 a = 12270 a = 7300 a = 7100
Taxa área /
massa (A/m)
A/m = 0,1 A/m = 0,007 A/m = 0,01 A/m = 0,2
Harmônico J
2
7,4 × 10
-4
1,0 × 10
-1
8,3 ×10
-1
9,3 × 10
-1
PRS direta
4,6 ×10
-6
3,2 ×10
-7
4,6 ×10
-7
9,2 × 10
-6
Correção
relativística
2,3 × 10
-9
9,5 × 10
-8
4,5 × 10
-7
4,9 × 10
-7
Sendo que no nosso caso não vamos considerar os termos relativísticos, em que
os dados da Tabela 8 são apenas para destacar a ordem de grandeza quando
considerado tais efeitos.
A aceleração causada pela pressão de radiação atua na direção Sol-satélite, no
sentido oposto ao versor Terra-Sol,
s
r
ˆ
, é dada por:
ˆ
ssRPR
rP
m
S
CA
ν
=
(2.56)
em que
ν
é o fator de eclipse, que vale 0 quando o satélite se encontra na sombra da
Terra e um quando o satélite está iluminado (não é considerada a penumbra), C
R
é um
64
fator que depende da refletividade do satélite, denominado de coeficiente de pressão
de radiação, S é a secção transversal quando observada na direção de incidência dos
raios solares e m é a massa do satélite. P
S
é a pressão de radiação na órbita terrestre, e
vale aproximadamente 4,55×10
-6
N/m
2
. E
s
r
é o raio vetor do Sol relativo à Terra.
Neste trabalho estudamos a pressão de radiação solar direta, ou seja, a radiação
que incide sobre o satélite, no entanto existem outras formas de radiação que
perturbam o movimento do satélite, porém de menor magnitude como, por exemplo, a
radiação incidente na Terra parte é refletida parte é absorvida e re-irradiada, a parte
refletida causa uma pequena variação nos elementos orbitais do veículo espacial. A
radiação solar refletida pela Terra de volta ao espaço é chamada de Albedo. O Albedo
depende das características da superfície, é variável com o tempo e a posição. O
albedo é cerca de 90% menor que a radiação solar direta a 700 km de altitude e a
radiação terrestre é aproximadamente 93% menor podendo então ser desprezados.
Ambos decrescem com o aumento da altitude. Segundo Vokrouhlicky e Sehnal (1993)
a magnitude da pressão de radiação solar direta é cerca de cinco vezes maior que a
força de albedo, para maiores detalhes referentes a essa força consultar o artigo citado
logo acima.
2.7.1 Teoria de Vilhena de Moraes
Vilhena de Moraes (1978) desenvolveu uma teoria semi-analítica para o estudo
simultâneo dos efeitos do arrasto atmosférico e da pressão de radiação solar direta
sobre o movimento de um satélite artificial. Dando ênfase aos termos de acoplamento,
que em alguns casos podem tornar-se da ordem de cada uma das perturbações tomadas
isoladamente. A ordem da perturbação devida ao arrasto deve ser considerada a
mesma que a da pressão de radiação solar, fazendo com que a teoria seja válida apenas
para satélites de altura do perigeu entre aproximadamente 500 a 900 km. Os
65
desenvolvimentos são considerados até a ordem do produto das duas perturbações
desprezando-se o quadrado da perturbação do arrasto.
No estudo dos efeitos da pressão de radiação solar em órbitas de satélites
artificiais, levou-se em conta que o satélite o está sempre iluminado e que a pressão
de radiação não é uma função contínua. A sombra da Terra, que pode produzir
perturbações importantes nos elementos orbitais do satélite, é considerada neste
trabalho por meio da função sombra introduzida por Ferraz Mello (1965). A pressão de
radiação solar torna-se importante em casos de satélites de grande razão entre a área e
sua massa. Como por exemplo, satélites do tipo balão. Esta perturbação afeta a
distância do perigeu da órbita do satélite, fazendo-a decrescer periodicamente,
alterando os efeitos do arrasto (que se dá principalmente no perigeu).
Em um referencial geocêntrico cujo plano fundamental é o terminador terrestre, e
cujo eixo polar está dirigido para o pólo escuro, a função de forças devido à radiação
solar é dada por:
,
cos
λ
ρ
r
R
=
(2.57)
q
m
S
k=
ρ
(2.58)
e
=
+=
6
1
)cos(cos
i
ii
fA
λλ
(2.59)
em que r é a distância geocêntrica do satélite,
λ
é o ângulo formado pelas direções
geocêntricas do satélite e o pólo escuro do terminador terrestre, k constante depende
das propriedades de reflexão da superfície do satélite, S a área da secção transversal, m
a massa do satélite e q a razão entre a intensidade de radiação solar e a velocidade da
luz sendo:
25
/1065,4 sgcmxq
=
66
em que A
i
(i=1,...,6) são funções da inclinação do plano da órbita e obliqüidade da
eclíptica, e os
λ
i
(i=1,...,6) são ângulos que envolvem o argumento do perigeu
ω
, a
longitude do nodo ascendente
e a longitude do Sol
Θ
.
As equações do movimento são postas nas variáveis de Delaunay, considerando a
pressão de radiação da expressão (2.57) e a função perturbadora devido ao
geopotencial temos:
.
,
ii
i
i
i
L
R
Ldt
dl
l
R
ldt
dL
Η
=
+
Η
=
(i = 1,2,3) (2.60)
sendo que nesse caso não foi considerada a sombra da Terra. No entanto, o satélite
passa por uma região de sombra, em que cessa o efeito perturbador, ou seja, o efeito da
pressão de radiação existe somente quando o satélite estiver iluminado pelo Sol,
causando uma dificuldade adicional no estudo analítico. Para satisfazer determinadas
condições introduzimos a função sombra definida por Ferraz Mello (1965), que é um
comutador que vale um quando o satélite está iluminado pelo Sol e zero quando ele se
encontra na sombra da Terra (nessa teoria não inclui o efeito da penumbra).
As equações de movimento ficam:
1,2,3)(i ,
,
=
Η
=
+
Η
=
ii
i
ii
i
L
R
Ldt
dl
l
R
ldt
dL
ψ
ψ
(2.61)
em que
ψ
é a função sombra e
Η
é a hamiltoniana.
Cuja solução é dada por Ferraz Mello (1965) que é da forma:
1,2,3) ,( ),(
),(
0
=+=
+=
jilLlll
lLLLL
jjiii
jjiii
ρδ
ρδ
(2.62)
67
em que
j
L
e
j
l
são constantes de integração,
)(
)(
,)(
i0
i
jiii
L
ntLnll
Η
=+=
e
ρ
é a
magnitude da pressão de radiação solar
ρ
.
As equações de movimento de um satélite artificial da Terra submetido aos
efeitos do arrasto atmosférico e da pressão de radiação solar direta, levando em conta a
sombra da Terra, podem ser postas na seguinte forma (VILHENA DE MORAES,
1978):
i
ii
i
i
ii
i
Q
L
R
Ldt
dl
P
l
R
ldt
dL
Η
=
+
+
Η
=
ψ
ψ
(2.63)
em que
1,2,3)(i )(expQ ;)(exp
i
=
=
=
ipipi
qrrAVprrAVP
α
α
(2.64)
sendo A e
α
constantes ( associadas a força de arrasto),
p
r
a altura do perigeu,
i
p e
i
q
são encontradas com o uso das relações do movimento kepleriano, definidos na
teoria de Brouwer-Hori.
A expressão (2.63) é resolvida por Vilhena de Moraes (1978) utilizando o método
da variação dos parâmetros (método de Lagrange). Na aplicação do método a pressão
de radiação solar é desprezada e a solução encontrada é comparada com os resultados
obtidos por Brouwer e Hori (1961), pode-se observar que os resultados são análogos, a
menos da presença de termos espúrios de Poisson (seculares mistos) nas expressões
analíticas obtidas por Brouwer e Hori. O aparecimento de tais termos deve ser evitado
uma vez que eles podem não ter sentido físico algum, quando surgidos apenas de
alguma falha na técnica matemática do tratamento da perturbação. Para resolver este
inconveniente Ferraz Mello (1981) sugere uma transformação para eliminar os termos
de Poisson.
68
Fitzgibbon (1982) utiliza também o método da variação dos parâmetros para o
problema de um satélite artificial sujeito à ação do geopotencial e do arrasto
atmosférico e na solução encontrada não apresentou termos de Poisson como na teoria
de Brouwer e Hori (1961) comprovando o resultado encontrado por Vilhena de
Moraes (1978).
O sistema a ser integrado considerando a pressão e o arrasto é dado por:
.
)l ()l (
n
)L ()L (
k
3
1
k
)(
k
k
3
1
k
)(
+=
=
=
=
i
i
i
i
ik
rr
k
k
i
i
i
i
ik
rr
k
q
L
pqAVen
dt
d
q
L
ppAVe
dt
dL
p
p
σ
δδ
ρρδ
σ
σ
δδ
ρ
α
α
(2.65)
em que as funções devem ser calculadas nas variáveis
. ,
i
σ
i
L
Sendo
i
σ
uma variável
introduzida para evitar o aparecimento de termos seculares espúrios definida por
(FERRAZ MELLO, 1965):
''''''
)()(
ijijii
ltLntLn
++=
δσ
69
CAPÍTULO 3 EQUAÇÕES DO MOVIMENTO
Consideramos o sistema de equações diferenciais que descreve o movimento de
um satélite artificial influenciado pelo geopotencial, arrasto atmosférico e pressão de
radiação solar direta, considerando a sombra da Terra. Tal sistema, como visto no
capítulo dois, pode ser colocado na forma:
i
ii
i
i
ii
i
Q
L
R
Ldt
dl
P
l
R
ldt
dL
Η
=
+
+
Η
=
ψ
ψ
(3.1 )
Para resolver esse sistema de equações diferencias aplicamos neste trabalho o
método de Hori (1971) para sistemas não-canônicos. Inicialmente apresentamos
resumidamente o método de Hori para sistemas canônicos, depois o mesmo método
para sistemas não-canônicos e, por fim, resolvemos o sistema proposto com as
expressões para
Η
, P
i
, Q
i
e a densidade da atmosfera
d
ρ
diferentes das apresentadas
por Vilhena de Moraes (1978). Analisamos os resultados encontrados, dando ênfase
aos termos de acoplamento que surge da junção do arrasto atmosférico com a pressão
de radiação, acoplamento este encontrado por Vilhena de Moraes (1978).
3.1 MÉTODO DE HORI PARA SISTEMAS CANÔNICOS
Apresentamos aqui o algoritmo do método até segunda ordem e fazemos uma
aplicação com um satélite sob influência do campo gravitacional terrestre,
considerando termos até a ordem de
4
J
para os harmônicos zonais.
70
Para desenvolver o algoritmo Hori (1966) utiliza um teorema de Lie (1888) que
será exposto abaixo:
Sejam
jj
η
ξ
, um conjunto de 2
n
variáveis canônicas e
),(
η
ξ
f
,
),(
η
ξ
S
funções
arbitrarias de
j
ξ
e
j
η
. Seja o operador
...)2,1,0(
=nD
n
s
definido por:
{ }
)2( )(
,
11
1
0
=
=
=
nfDDfD
SffD
ffD
s
n
s
n
s
s
s
(3.2)
em que
{
}
denota o parêntesis de Poisson.
Teorema de Lie (1888): Um conjunto de 2
n
variáveis canônicas
jj
yx
, definidas
pela equação:
),(
!
),(
0
ηξ
ε
fD
n
yxf
n
s
n
n
=
=
(3.3)
é canônico se a série do membro da equação converge, em que
ε
é uma pequena
constante independente das variáveis
jj
η
ξ
, .
Baseado em tal teorema, Hori propõe uma nova teoria, a qual será,
resumidamente exposta a seguir, fornecendo um algoritmo para obtenção da nova
hamiltoniana e da função geratriz.
Consideramos um sistema dinâmico cujas equações de movimento são:
j
j
ydt
dx
Η
=
(3.4)
j
j
xdt
dy
Η
=
(3.5)
com a hamiltoniana
71
=
+
=
Η
1
0
),(),(),(
k
k
yxHyxHyx
(3.6)
em que
k
H
tem
k
ε
como fator. É assumido que
Η
não depende explicitamente do
tempo e que o sistema é resolvido se
ε
aproxima-se de zero. Sendo
),(
η
ξ
S
a função
geratriz da transformação canônica
jjjj
yx
η
ξ
,,
.
),(
η
ξ
S
é desenvolvido em
potência de
ε
na forma
=
=
1
),(),(
k
k
SS
η
ξ
η
ξ
ε
(3.7)
em que
k
S
tem
k
ε
como um fator.
Sendo que
Η
é livre do tempo por suposição temos então a integral da energia
= =
=
0 0
),(),(
k k
kk
HyxH
ηξ
.
(3.8)
Expandindo a equação (3.3) substituindo no lado esquerdo da equação (3.8) e
igualando os termos com igual potência de
ε
em ambos os lados, obtemos o seguinte
algoritmo do método dado por (HORI, 1966):
Ordem zero:
=
00
HH
(3.9)
em que
),(
η
ξ
H
,
Ordem um:
{
}
;,
1101
=+ HSHH
(3.10)
em que os colchetes representam o parêntesis de Poisson e
S
n
as funções geratrizes.
Ordem dois:
{ }
{ }
;,,
2
1
2201112
=+++ HSHSHHH
(3.11)
72
generalizando temos:
{
}
.,
0
=Ψ+
nnn
HSH
(3.12)
Para encontramos a nova hamiltoniana
n
H
e a função geratriz
n
S
é introduzido
um parâmetro
τ
através das equações canônicas dada por (Hori, 1966):
j
j
H
d
d
ητ
ξ
=
0
(3.13)
j
j
H
d
d
ξτ
η
=
0
(3.14)
em que
{ }
τ
d
dS
SH
n
n
=
,
0
. (3.15)
Para resolver a expressão (3.12) que temos
n
equações com 2
n
incógnitas que
são
n
H
e
n
S
separamos em parte secular e parte periódica como se faz no princípio da
média. Utilizando as expressões (3.13), (3.14) e (3.15) Hori obteve outra maneira de
escrever o algoritmo dado por:
Ordem zero:
00
HH =
(3.16 )
Ordem um:
s
HH
11
=
(3.17 )
=
τ
dHS
p11
(3.18 )
Ordem dois:
73
{ }
s
s
SHHHH
11122
,
2
1
++=
(3.19)
{ }
τ
dSHHFS
p
p
++=
11122
,
2
1
(3.20)
e assim por diante, em que o índice s representa a parte secular e o índice p a parte
periódica. Para maiores detalhes consultar o artigo de Hori (1966).
A solução das expressões (3.13) e (3.14) é dada por:
),...1( ),,...,,(
),...,,(
221
221
njccc
ccc
njj
njj
=+=
+
=
τηη
τ
ξ
ξ
(3.21)
em que
c
n
são 2
n
constante de integração em relação a
τ
.
3.1.1 Aplicação do método de Hori para sistema canônico
Vários autores têm trabalhado com o método de Hori, por exemplo, Wnuk
(1988); El-Saftawy;
Ahmed e Helali (1998b); El-Enna e El-Saftawy (2003); Ahmed A.
El-Enna (2004); Bernard de Saedeleer (2005); Ahmed A. El-Enna; M.K.M. Ahmed e
Abd El-Salam (2006), geralmente o método utilizado é o canônico (1966). Esses
autores em geral consideram a parte não-perturbada da hamiltoniana apenas o termo
2
2
0
2
L
H
µ
=
que se refere a uma elipse fixa usual. Mas podemos também considerar para
ordem zero não apenas o termo devido à parte não-perturbada da hamiltoniana como
também todos os termos seculares adotados como faz, por exemplo, Breiter (1997), se
for considerado estes termos teremos uma elipse precessionando ao invés de uma
elipse kepleriana usual fixa.
74
3.1.1.1
Sistema auxiliar do método de Hori
As expressões (3.13) e (3.14) representam o sistema de equações diferenciais
ordinárias chamados sistema auxiliar de Hori (que define a teoria de integração). Para
nossa aplicação podemos representá-lo por:
),,(
),,(
0
hgl
H
d
HGLd
=
τ
(3.22)
),,(
),,(
0
HGL
H
d
hgld
=
τ
(3.23)
em que
τ
é o próprio tempo t em aproximação de ordem zero (SESSIN, 1983a).
Se considerarmos uma hamiltoniana da seguinte forma:
ps
HHH
110
+
+
=
Η
(3.24)
e fazendo
S
HHK
100
+
=
temos:
P
HK
10
+
=
Η
(3.25)
em que o índice s representa os termos seculares e
p
representa os termos periódicos.
Considerando estes termos na hamiltoniana
0
H
iremos escrever o algoritmo de Hori
na forma posta por Breiter (1997).
O algoritmo fica:
Ordem zero:
00
KK =
(3.26)
Ordem um (BREITER, 1997):
75
=
π π
π
2
0
2
0
1
2
1
4
1
dldgHK
p
(3.27)
A função geratriz é posta na forma (BREITER, 1997):
=
τ
dHS
P11
(3.28)
Ordem dois (BREITER, 1997):
{ }
+=
π π
π
2
0
2
0
111
2
2
,
2
1
4
1
dldgSKHk
(3.29 )
A função geratriz de ordem dois é posta na forma (BREITER, 1997):
{ }
( )
τ
dKSKHS
,
2
1
21112
+=
(3.30)
os colchetes representam os parênteses de Poisson.
Consideramos o movimento de um satélite artificial ao redor de um esferóide
achatado, dado em termos das variáveis de Delaunay por:
),,,(),,(
10
lGLHHGLk
Η
+
=
Η
(3.31)
Aplicando o método na forma dada por Breiter (1997), vamos considerar as
equações diferenciais dadas por:
),,(
),,(
),,(
),,(
HGLt
hgl
hglt
HGL
Η
=
Η
=
(3.32 )
em que
L,
G, H, l, g,
e
h
são as variáveis de Delaunay e
p
Hk
10
+
=
Η
é dada por
(FITZGIBBON, 1982):
76
+
+
++=
2
5
2
3
8
35
4
15
8
3
8
3
4
3
4
1
2
2
2
4
4
2
2
73
4
4
6
2
2
33
2
2
4
2
2
0
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
L
k
ee
µµ
µ
(3.33)
( )
le
G
H
L
aJ
H
e
P
cos3
4
3
4
1
2
2
6
2
2
4
1
+=
µ
(3.34)
Considerando o sistema auxiliar de Hori temos:
0 0,
d
dG
,0
000
=
==
==
=
h
k
d
dH
g
k
l
k
d
dL
τττ
(3.35)
Cálculo de
L
k
d
dl
=
0
τ
:
+
+
++=
=
2
15
2
15
8
35
4
15
8
3
8
3
4
3
4
1
3
2
2
4
4
2
2
34
2
4
6
2
2
34
2
2
4
3
2
0
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
LL
k
d
dl
ee
µµ
µ
τ
(3.36)
fazendo
+
+
++=
2
15
2
15
8
35
4
15
8
3
8
3
4
3
4
1
3
2
2
4
4
2
2
34
2
4
6
2
2
34
2
2
4
3
2
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
L
n
ee
l
µµ
µ
(3.37 )
integrando obtemos:
τ
l
nll
+
=
0
em que
0
l
é constante de integração.
Cálculo de
G
k
g
=
0
d
d
τ
:
77
+
++
+
+=
=
2
2
5
4
3
2
24
4
2
2
73
2
4
6
2
2
43
2
2
4
0
2
3
2
5
8
385
4
135
8
21
2
15
2
35
8
35
4
15
8
3
8
3
4
15
4
3
L
G
G
H
G
H
GL
G
GG
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
G
k
d
dg
ee
µµ
τ
(3.38)
fazendo
+
+
+
+
+=
2
2
5
4
3
2
24
4
2
2
73
2
4
6
2
2
43
2
2
4
2
3
2
5
8
385
4
135
8
21
2
15
2G
35
8
35
4
15
8
3
8
3
4
15
4
3
L
G
G
H
G
H
G
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
n
ee
g
µµ
(3.39)
integrando obtemos:
τ
g
ngg
+
=
0
em que
0
g é constante de integração.
Cálculo de
H
k
h
=
0
d
d
τ
:
+=
=
2
5
2
3
2
35
2
15
8
3
2
3
-
d
d
2
2
4
3
273
2
4
6
233
2
2
4
0
L
G
x
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
H
k
h
ee
µµ
τ
(3.40)
fazendo
+=
2
5
2
3
2
35
2
15
8
3
2
3
-
2
2
4
3
273
2
4
6
233
2
2
4
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
n
ee
h
µµ
(3.41)
integrando obtemos:
τ
h
nhh
+
=
0
em que
0
h
é constante de integração.
Aplicando o algoritmo obtemos:
Ordem zero:
78
00
kK =
(3.42)
Para calcular a ordem um substituímos a expressão (3.34) na expressão (3.27) e (3.28)
obtendo:
0
1
=
K
(3.43)
( )
+=
τ
µ
dle
G
H
L
aJ
S
e
cos3
4
3
4
1
2
2
6
2
2
4
1
(3.44)
em que
τ
l
nll
+
=
0
então
( )
le
G
H
Ln
aJ
S
l
e
sen3
4
3
4
1
2
2
6
2
2
4
1
+=
µ
(3.45)
Para aplicar o algoritmo para ordem dois temos que calcular o parêntesis de
Poisson de
{
}
111
,SKH
p
+
com
0
1
=
K
e S
1
dado pela expressão (3.45):
{ }
l
L
G
G
H
L
aJ
L
G
G
H
L
aJ
L
G
G
H
Ln
aJ
SH
e
e
l
e
p
2cos1
4
3
4
1
2
9
1
4
3
4
1
2
9
1
4
3
4
1
54
,
2
2
2
2
2
12
42
2
8
2
2
2
2
2
12
42
2
8
2
2
2
2
2
13
42
2
8
11
α
µ
α
µµ
+
+
+=
(3.46)
em que
1
1
=
L
n
l
α
.
Para calcular a hamiltoniana de ordem dois substituindo a expressão (3.46) na
expressão (3.29). Obtemos:
α
µµ
+
+=
2
2
2
2
2
12
42
2
8
2
2
2
2
2
13
42
2
8
2
1
4
3
4
1
2
9
1
4
3
4
1
54
L
G
G
H
L
aJ
L
G
G
H
Ln
aJ
K
e
l
e
(3.47)
A função geratriz utilizando a expressão (3.30) fica:
79
l
L
G
G
H
Ln
aJ
S
l
e
2sen 1
4
3
4
1
8
9
2
2
2
2
2
12
42
2
8
2
α
µ
+=
(3.48)
Iremos calcular os elementos orbitais apenas de primeira ordem:
l
S
LL
+=
1
0
(3.49)
( )
le
G
H
Ln
aJ
LL
l
e
cos3
4
3
4
1
2
2
6
2
2
4
0
++=
µ
(3.50)
0
1
0
GG
g
S
GG =
+=
(3.51)
0
1
0
HH
h
S
HH =
+=
(3.52)
L
S
ll
=
1
0
(3.53)
( )
( )
le
G
H
L
aJ
le
G
H
Ln
aJ
ll
e
l
e
sen 3
4
3
4
1
sen3
4
3
4
1
6
2
2
6
2
2
4
2
2
7
2
2
4
0
α
µ
µ
+
+
+=
(3.54)
lembrando que
τ
l
nll
+
=
0
.
G
S
gg
=
1
0
(3.55)
( )
le
G
H
Ln
aJ
gg
l
e
sen3
2
3
3
2
6
2
2
4
0
+=
µ
(3.56)
H
S
hh
=
1
0
(3.57)
( )
le
G
H
Ln
aJ
hh
l
e
sen3
2
3
26
2
2
4
0
µ
=
(3.58)
80
Iremos comparar aqui apenas o elemento L com Brouwer (1959) sendo que a
comparação tem um caráter formal, mostrando que funcionalmente obtêm-se as
mesmas expressões, mas as variáveis têm significados diferentes no que diz respeito às
perturbações. Para Brouwer (1959) a freqüência
l
n é dada por
3
2
L
n
l
µ
=
no nosso
caso é dado pela expressão (3.37). O resultado encontrado pelo autor é:
++=
3
3
3
3
2
2
3
2
2
0
2
3
2
1
G
L
r
a
G
H
L
k
LL
µ
(3.59)
sendo
( )
( )
lee
r
a
cos31
2
3
2
3
3
+=
(3.60)
e
( )
2
3
2
3
3
1
= e
G
L
(3.61)
subtraindo a expressão (3.60) de (3.61) temos
(
)
le cos3 e substituindo na equação
(3.59) obtemos:
( )
le
G
H
L
k
LL cos3
2
3
2
1
2
2
3
2
2
0
++=
µ
(3.62)
sendo
2
2
2
2
e
aJ
k =
(3.63)
portanto
( )
le
G
H
L
aJ
LL
e
cos3
4
3
4
1
2
2
3
2
2
2
0
++=
µ
(3.64)
Comparando a expressão (3.50) com (3.64) os resultados são os mesmos diferindo
apenas nas freqüências
l
n
por causa dos termos devido ao
2
J
e
4
J
.
Verificamos a validade do método para a primeira ordem, vamos agora apenas
indicar o algoritmo para a segunda ordem.
81
( )
6,5,4j ; 1,2,3i 0,
2
1
3
2
21
'
==+
+
+=
ε
S
l
S
l
S
LL
jj
ii
(3.65)
( )
4,5,6j ; 1,2,3i 0,
2
1
3
2
21
'
==+
+
+=
ε
S
L
S
L
S
ll
ii
jj
(3.66)
Na próxima seção apresentamos o método para sistemas não-canônicos.
3.2 MÉTODO DE HORI PARA SISTEMA NÃO-CANÔNICO
Apresentamos o algoritmo do método até segunda ordem e fazemos uma
aplicação com um satélite sob influência do campo gravitacional terrestre e o arrasto
atmosférico.
Seja o seguinte sistema de equações diferenciais:
)1,...,( ),( mjzZ
dt
dz
j
j
==
(3.67)
agora tomemos a expressão (3.67) e fazemos uma transformação de variáveis
,
jj
z
ζ
em que introduz-se um conjunto de n funções geratrizes
).(
ζ
j
T
O novo
sistema de equações do movimento são:
)1,...,( ),( mjzZ
dt
d
j
j
==
ζ
(3.68)
em que as novas equações de movimento (3.68) tenha alguma vantagem para a
solução. Para maiores informações a respeito da demonstração do método consultar o
artigo de Hori (1971). Na próxima seção apresentamos o algoritmo até a segunda
ordem.
82
3.2.1 O algoritmo de Hori (1971)
Assumindo-se que
,
jj
ZZ
e
j
T possam ser expandidos em séries de potências de
um pequeno parâmetro de primeira ordem temos:
...,
)3()2()1()0(
++++=
jjjjj
ZZZZZ
(3.69)
)1,...,( ...
)3()2()1()0(
mjZZZZZ
jjjjj
=++++=
(3.70)
...,
)3()2()1(
+++=
jjjj
TTTT
(3.71 )
em que,
)0(
j
T
não aparece na expressão (3.71) porque
j
T é assumido ser da ordem do
pequeno parâmetro.
Seja a seguinte expressão dada por (HORI, 1971):
[ ] [ ][ ]
...,,
!
2
1
,)()( +++=
jj
jj
TTZTZZZ
ζζ
(3.72)
em que os colchetes representam o parêntesis de Poisson generalizado definido por
Hori (1971).
Considerando a expressão (3.68), em vista das equações (3.69), (3.70), (3.71),
(3.72) e igualando os termos com igual potência de um pequeno parâmetro obtemos:
Ordem zero:
)0()0(
=
jj
ZZ
(3.73)
Ordem um:
[
]
)1()1()1()0(
,
=+
jjjj
ZZTZ
(3.74)
Ordem dois:
83
[ ] [ ]
)2()2()1()1()1()2()0(
,
2
1
,
=+++
jjjjjjj
ZZTZZTZ
(3.75)
sendo que Hori (1971) apresenta o algoritmo até a quarta ordem.
As m equações em cada ordem contém 2m equações não conhecidas,
)(n
j
T e
),...,1(
)(
mjZ
n
j
=
, tal que um princípio deve ser introduzido para determinar as 2m
equações desconhecidas a partir das m equações conhecidas.
Introduzindo-se o parâmetro
τ
, através do sistema auxiliar de Hori dado pelas
expressões (3.13) e (3.14) temos:
)1,...,( ),(
)0(
mjZ
d
d
j
j
==
ζ
τ
ζ
(3.76)
se a solução for conhecida temos:
m)1,...,( ),,...,,(
21
=
+
=
jccc
mjj
τ
ζ
ζ
(3.77)
em que c
j
são m constantes de integração em relação à
τ
.
No entanto, podemos reescrever o algoritmo da seguinte maneira (HORI, 1971;
FITZGIBBON, 1982; SESSIN, 1983b). Tal forma é também conhecida como teoria de
integração de Sessin.
Ordem zero:
)0(0
=
jj
ZZ
(3.78)
Ordem um:
)1,...,( ,)(
)1()1()1(
1
)0()1(
mjZZT
Z
d
dT
jjk
m
k
k
jj
==+
+
=
τ
ζτ
(3.79)
Ordem dois:
84
[ ]
)1,...,( ,
2
1
)(
)2()2()1()1()1()2(
1
)0()2(
mjZZTZZT
Z
d
dT
jj
j
k
m
k
k
jj
==+++
+
=
τ
ζτ
(3.80)
e assim sucessivamente.
De forma geral, para uma ordem n temos:
)1,...,( ,)()(
)()()(
1
)0()(
mjZT
Z
d
dT
n
j
n
j
n
k
m
k
k
j
n
j
==+
+
=
τφτ
ζτ
ou
)1,...,( ,)()(
)()()(
1
)0()(
mjZT
Z
d
dT
n
j
n
j
n
k
m
k
k
j
n
j
==
=
τφτ
ζτ
(3.81)
com 2m incógnitas que são
)(n
j
T
e
)(n
j
Z
. Os
)(n
j
φ
e )(
)0(
τ
ζ
j
Z
são funções conhecidas de
τ
.
Este sistema de equações diferenciais deve ser resolvido determinando-se
j
Z
de
tal forma que
)(n
j
T
não possua termos seculares ou seculares mistos em
τ
, como é usual
em teoria de perturbação, para que a teoria seja formalmente válida para um intervalo
de tempo ilimitado.
Para resolver a equação (3.81) aplicamos uma condição de tratabilidade (HORI,
1971). Com isso obtemos:
n
k
m
k
k
j
n
j
n
j
T
Z
Z
=
+=
1
)0(
)(
)(
ζ
τ
φ
(3.82)
m)1,...,(j
)(
)()()(
1
)0(
)(
=+
=
=
n
j
n
j
n
k
m
k
k
j
n
ZT
Z
d
dT
φ
ζ
τ
τ
(3.83)
em que a expressão (3.82) só contém termos seculares e (3.83) contém os termos
periódicos. Observemos uma vez que a expressão (3.82) não é geral, um algoritmo
proposto por Sessin (1983b) e mais tarde tratado por Fernandes e Sessin (1989)
85
desenvolve um método geral para resolução da expressão (3.81). No entanto, no nosso
caso é possível resolver o sistema utilizando a condição de tratabilidade proposta por
Hori (1971).
3.2.2 Aplicação do método de Hori para sistema não-canônico
Para aplicação do método proposto consideramos o movimento de um satélite
artificial perturbado pelo geopotencial e arrasto atmosférico, dado pelas variáveis de
Delaunay:
),(
)3,2,1(
),,(
3
jjji
i
i
jjji
i
i
lLZQ
Ldt
dl
j
lLZP
ldt
dL
+
=
Η
=
=
=+
Η
=
(3.84 )
em que L
j
e l
j
são as variáveis de Delaunay já definidas,
Η
é a hamiltoniana.
Iremos representar a hamiltoniana da seguinte maneira:
p
HH
10
+
=
Η
(3.85)
em que todos os termos seculares adotados estarão contidos em
0
H , sendo
(FITZGIBBON, 1982):
++
++=
2
5
2
3
8
35
4
15
8
3
8
3
4
3
4
1
2
2
2
4
4
2
2
73
4
4
6
2
2
33
2
2
4
2
2
0
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
L
H
ee
µµ
µ
(3.86)
e
lee
G
H
L
aJ
H
e
P
cos
8
27
3
4
3
4
1
3
2
2
6
2
2
4
1
+
+=
µ
(3.87)
86
e as componentes de arrastos
i
P e
i
Q são (BROUWER; HORI, 1961):
= 1
2
)exp(
1
r
a
LrAVP
α
(3.88)
GrAVP )exp(
2
α
=
(3.89)
HrAVP )exp(
3
α
=
(3.90)
+= f
eG
L
EerAVQ sen
2
sen2)exp(
1
α
(3.91)
= f
e
rAVQ sen
2
)exp(
2
α
(3.92)
0
3
=
Q
(3.93)
Consideremos:
)1(
3
)0(
33
)1()0(
)3,2,1(
+++
+=
=
+=
jjj
jjj
ZZZ
j
ZZZ
(3.94)
em que
)0(
j
Z
e
)0(
3+j
Z
contém todos os termos seculares adotado do geopotencial,
)1(
j
Z
e
)1(
3+j
Z
contém termos periódicos devido ao geopotencial e termos devido ao arrasto
atmosférico.
Para o sistema auxiliar de Hori temos:
)0(
3
0
)0(
0
),,(
)3,2,1(
),,(
+
=
=
=
=
=
j
j
j
j
Z
HGL
H
d
dl
j
Z
hgl
H
d
dL
τ
τ
(3.95)
em que L, G e H são constantes enquanto l, g e h são funções lineares em
τ
. Assim:
87
0
)0(
1
=
Z
(3.96 )
0
)0(
2
=Z
(3.97 )
0
)0(
3
=
Z
(3.98 )
+
+
++=
2
15
2
15
8
35
4
15
8
3
8
3
4
3
4
1
3
2
2
4
4
2
2
34
2
4
6
2
2
34
2
2
4
3
2
)0(
4
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
L
Z
ee
µµ
µ
(3.99 )
fazendo
+
+
++=
2
15
2
15
8
35
4
15
8
3
8
3
4
3
4
1
3
2
2
4
4
2
2
34
2
4
6
2
2
34
2
2
4
3
2
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
L
n
ee
l
µµ
µ
(3.100)
+
+
+
+=
2
2
5
4
3
2
73
2
4
6
24
4
2
2
73
2
4
6
2
2
43
2
2
4
)0(
5
2
3
2
5
8
385
4
135
8
21
8
3
2
15
2G
35
8
35
4
15
8
3
8
3
4
15
4
3
L
G
G
H
G
H
GGL
aJ
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
Z
e
ee
µ
µµ
(3.101)
fazendo
+
+
+
+
+=
2
2
5
4
3
2
24
4
2
2
73
2
4
6
2
2
43
2
2
4
2
3
2
5
8
385
4
135
8
21
2
15
2G
35
8
35
4
15
8
3
8
3
4
15
4
3
L
G
G
H
G
H
G
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
n
ee
g
µµ
(3.102)
+=
2
5
2
3
2
35
2
15
8
3
2
3
-
2
2
4
3
273
2
4
6
233
2
2
4
)0(
6
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
Z
ee
µµ
(3.103)
fazendo
88
+=
2
5
2
3
2
35
2
15
8
3
2
3
-
2
2
4
3
273
2
4
6
233
2
2
4
L
G
G
H
G
H
GL
aJ
G
H
GL
aJ
n
ee
h
µµ
(3.104)
com isso obtemos:
τ
l
nll
+
=
0
(3.105)
τ
g
ngg
+
=
0
(3.106)
τ
h
nhh
+
=
0
(3.107)
em que
0
l ,
0
g e
0
h são constantes de integração.
Seja a transformação:
jjjj
lLlL
,, por meio de 6 funções geratrizes
),3,2,1;6,...,1( ),(
=
=
jkLlT
jjk
em que:
hlglllHLGLLL
=
=
=
=
=
=
321321
, , , , ,
...),(
)3()2()1(''
+++=
kkkjjk
TTTLlT (3.108)
As novas equações do movimento são:
,
)3,2,1(
3
+
=
=
=
j
j
j
j
Z
dt
ld
j
Z
dt
Ld
(3.109)
com as novas funções sendo:
...,),(
...),(
)2(
3
)1(
3
)0(
33
)2()1()0(
+++=
+++=
+
+
+
+
jjjjjj
jjjjjj
ZZZlLZ
ZZZlLZ
(3.110)
Aplicando o algoritmo do método temos:
89
1,...,6)( ,)(
)1()1()1(
6
1
)0()1(
==
=
jZZT
Z
d
dT
jjk
k
k
jj
τ
ζτ
(3.111)
k
ζ
representa o conjunto das novas variáveis
),,,,,( hglHGL
.
Temos que calcular:
Parte secular:
1,2,3j
)1()1(
==
τ
jj
ZZ
(3.112)
e
6,5,4 )(
)1(
6
1
)0(
)1()1(
=
+=
=
jT
Z
ZZ
k
k
k
j
jj
τ
τ
ζ
(3.113)
Parte periódica:
3,2,1 )(
)1()1()1(
==
jdZZT
jjj
τ
(3.114)
e
)6,5,4( d ))((
)1()1(
6
1
)0(
)1()1(
=
+=
=
jZT
Z
ZT
jk
k
k
j
jj
ττ
ζ
(3.115)
Para fazermos esses cálculos consideramos os P
i
e Q
i
desenvolvidos por Brouwer
e Hori (1961) até a 4ª ordem na excentricidade.
Calculando
τ
)1()1(
jj
ZZ =
temos
s
s
s
PZ
P
l
H
ZZ
1
)1(
1
1
1
)1(
1
)1(
1
=
+
==
então
pois
1
H
é puramente periódica.
90
++
++
+
+++=
4443322
222)1(
1
64
1
8
1
32
9
8
3
64
21
4
1
4
3
1)exp(
eaaaa
eaaaAZ
αααα
αααµ
(3.116)
s
s
s
PZ
P
g
H
ZZ
2
)1(
2
2
1
)1(
2
)1(
2
=
+
==
+++
+
++
+++=
443322
222)1(
2
64
1
8
1
32
9
8
3
64
21
4
1
4
3
1)exp(
eaaa
aeaa
L
G
aAZ
ααα
ααααµ
(3.117)
s
s
s
PZ
P
h
H
ZZ
3
)1(
3
3
1
)1(
3
)1(
3
=
+
==
++
+
++
+++=
4443322
222)1(
3
64
1
8
1
32
9
8
3
64
21
4
1
4
3
1)exp(
eaaa
aeaa
L
H
aAZ
ααα
ααααµ
(3.118)
Calculando
3,2,1 )(
)1()1()1(
==
jdZZT
jjj
τ
temos:
=
τ
dZZT
)(
)1(
1
)1(
1
)1(
1
+
=
τ
dPP
l
H
T
s
p
)(
11
1
)1(
1
( )
[
senleaaa
ea
n
Ae
l
e
e
G
H
Ln
aJ
T
l
a
l
e
+++
++
+
+=
33322
3
2
2
6
2
2
4
)1(
1
8
1
8
7
2
3
4
3
3cos
8
27
3
4
3
4
1
ααα
α
µ
µ
α
(3.119)
=
τ
dZZT )(
)1(
2
)1(
2
)1(
2
91
( )
senleaaaea
L
G
n
Ae
T
l
++++=
33322
a
)1(
2
8
1
8
1
2
1
4
1
1
αααα
µ
α
(3.120)
+
=
τ
dPP
h
H
T
s
p
)(
11
1
)1(
3
( )
senleaaaea
L
H
n
Ae
T
l
++++=
33322
a
)1(
3
8
1
8
1
2
1
4
1
1
αααα
µ
α
(3.121)
Calculando
τ
τ
ζ
)1(
6
1
)0(
)1()1(
)(
k
k
k
j
jj
T
Z
ZZ
=
+=
)6,5,4(
=
j
temos:
0
)1(
4
=
Z
(3.122)
0
)1(
5
=
Z
(3.123)
0
)1(
6
=
Z
(3.124)
Para calcular
,
(1)
5
)1(
4
TT
e
)1(
6
T
utiliza-se:
)6,5,4(j d ))((
)1()1(
6
1
)0(
)1()1(
=
+=
=
ττ
ζ
jk
k
k
j
jj
ZT
Z
ZT
em que os resultados estão no apêndice F.
Calculadas as novas funções bem como as funções geratrizes representadas por T,
obtemos resultados que, comparados com a Tese de mestrado de Fitzgibbon (1982) o
trabalho de Brouwer e Hori (1961) encontramos os mesmos resultados. O trabalho de
Brouwer precisa de duas transformações para eliminar os termos periódicos, enquanto
que com apenas uma transformação utilizando o método de Hori (1971) eliminamos
tais termos simplificando nosso sistema de equação.
Na continuidade do trabalho além de considerarmos os termos seculares na parte
da hamiltoniana
0
H iremos considerar novos valores para P
i
e Q
i
que são as
componentes de arrasto dados por (VILHENA DE MORAES, 1989):
92
) cos(),,(
2
1
3'2'1'321
'
'
lllLLLp
m
SC
P
jjj
j
i
jd
D
i
γβαρ
++=
(3.125)
) (),,(
2
1
3'2'1'321
'
'
lllsenLLLq
m
SC
Q
jjj
j
i
jd
D
i
γβαρ
++=
(3.126)
em que
α
j’ ,
β
j’
, e
γ
j’
são inteiros,
m
SC
D
2
é o coeficiente balístico (será considerado
constante).
93
CAPÍTULO 4 SOLUÇÃO DO SISTEMA UTILIZANDO O MÉTODO
DE HORI
Neste capítulo o método de Hori (1971) é aplicado ao sistema de equações
diferenciais no qual a pressão de radiação solar e os novos elementos citados em
capítulos anteriores o incluídos. O sistema é resolvido utilizando o software Maple
9.5. Apresentamos aqui somente as soluções dos termos seculares acoplados para as
componentes métricas. No capítulo 5 expomos as soluções para as variáveis angulares.
4.1 MÉTODO DE HORI (1971) INCLUINDO A PRESSÃO DE RADIAÇÃO
Consideramos o movimento de um satélite artificial perturbado pelo
geopotencial, pressão de radiação solar direta (considerando a sombra da Terra) e o
arrasto atmosférico, dados em termos das variáveis de Delaunay por (VILHENA DE
MORAES, 1978):
1,2,3)(j ),(
1,2,3)(i ),(
==
Η
=
==+
+
Η
=
jjji
ii
i
jjji
ii
i
lLZQ
L
R
Ldt
dl
lLZP
l
R
Ldt
dL
ψ
ψ
(4.1)
em que
Η
é a hamiltoniana devido ao geopotencial, R a pressão de radiação solar,
ψ
a
função sombra da Terra (FERRAZ MELLO, 1965),
i
P e
i
Q são as componentes do
arrasto (VILHENA DE MORAES, 1989).
94
Para resolver a expressão (4.1) pelo método proposto, iremos dividir o problema
em duas partes primeiro calculamos os termos de primeira ordem depois os de segunda
ordem, com isso temos:
Consideramos a seguinte hamiltoniana
p
HH
10
+
=
Η
, em que
0
H contém os
termos seculares e
p
H
1
os termos periódicos.
Primeira parte:
)1()0(
+=
jjj
ZZZ
)3,2,1(
=
j
(4.2 )
1,2,3)(
)1(
3
)0(
33
=+=
+
+
+
jZZZ
jjj
(4.3 )
Aplicando o algoritmo temos:
Ordem zero:
)0()0(
jj
ZZ =
(4.4 )
)0(
3
)0(
3 +
+
=
jj
ZZ
)3,2,1(
=
j
(4.5 )
em que
),,(
0
)0(
hgl
H
Z
j
=
(4.6 )
),,(
0
)0(
3
HGL
H
Z
j
=
+
)3,2,1(
=
j
(4.7 )
Ordem um:
τ
)1()1(
jj
ZZ =
(4.8 )
)1(
)0(
3
)1(
3
)1(
3
τ
ζ
+=
+
+
+
k
k
k
j
jj
T
Z
ZZ
)3,2,1(
=
j
(4.9 )
95
representa a parte secular de
)1(
j
Z
, sendo
1,2,3)(
1
)1(
=+
+
= jP
l
R
l
H
Z
j
jj
p
j
ψ
(4.10 )
j
jj
p
j
Q
L
R
L
H
Z
=
+
ψ
1
)1(
3
)3,2,1(
=
j
(4.11 )
As funções geratrizes são representadas por:
1,2,3)( )(
)1()1()1(
==
jdZZT
jjjj
τ
(4.12 )
τ
ζ
dZT
Z
ZT
k
jk
k
j
jj
+=
+
+
++
)1(
3
)1(
)0(
3
)1(
3
)1(
3
)3,2,1(
=
j
(4.13 )
Segunda parte:
Ordem dois:
[ ]
1,...,6)( ,
2
1
)1(
3
)1(
3
)1(
3
)2(
)0(
3
)2(
=++
=
+
++
+
jTZZT
Z
Z
k
jjjk
k
j
j
ζ
(4.14)
sendo
[
]
o parêntesis de Poisson generalizado definido por Hori (1971) em que este
pode ser representado por (DA SILVA FERNANDES, 2003):
[ ]
=
=
n
k
k
j
k
k
j
k
j
T
Z
Z
TTZ
1
,
ζζ
(4.15)
A função geratriz é representada por:
[ ]
d,
2
1
)(
)2()1()1()1(2(
)0(
)2(
ττ
ζ
++
=
jjjjk
k
j
j
ZTZZT
Z
T )6,...,1(
=
j (4.16)
A solução final é posta na forma (Hori, 1971):
96
=
+=
1
!
1
n
j
n
T
jj
D
n
z
ζζ
(4.17)
que pode ser expressa por:
1,...,6)( ,
2
1
6
1
)1(
)1()2()1(
=
+++=
=
j
T
TTTz
k
k
j
kjjjj
ζ
ζ
(4.18)
em que
1,...,6)( )( ==
jZ
dt
d
j
j
ζ
ζ
(4.19)
4.2 DEFINIÇÃO DOS NOVOS ELEMENTOS QUE SERÃO CONSIDERADOS
NO SISTEMA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
4.2.1 Definição da hamiltoniana
Apresentamos os termos da forma que são considerados no programa Maple.
Inicialmente consideramos o geopotencial (WNUK, 1990a) de forma arbitrária para os
harmônicos esféricos e na aplicação do capítulo 6 consideramos apenas o J
2
.
Segundo Breiter (1997) o termo
0
H fica:
0,0
2
2
0
2
C
L
H +=
µ
(4.20)
em que
0,0
0
2
2
0 0
0,0
C
L
C
µ
γ
=
97
sendo:
)()(
,2/)(,
2
0,0
0
1
eGiA
L
C
qkjj
k
jm
j
N
jj
=
=
µ
(4.21)
para simplificar nosso desenvolvimento na aplicação do método fazemos:
0,0
0
2
2
0 0
0,0
C
L
CC
µ
γ
==
(4.22)
observamos que C contém apenas termos zonais seculares.
A parte contendo os harmônicos zonais periódicos e os tesserais ficam (WNUK,
1988, 1990a):
= = =
Ψ+Ψ=
N
m
N
Nk
Q
Qq
kq
m
kq
m
kp
senSC
L
H
0
m
2
2
1
)cos(
γ
µ
(4.23)
,2/)()()(
π
θ
mkhmlqkkg
+
+
+
+
=
Ψ
em que
=
=
N
jj
jm
kq
jm
kq
m
CQC
1
sendo
jm
C
os harmônicos esféricos normalizados (WNUK, 1990a).
Separando a parte dos termos periódicos em zonais e tesserais temos:
Para os harmônicos zonais temos:
= =
+++=
N
k
Q
Qq
qk
k
k
klqkkgGAC
L
H
1
,2/)2(,2
20
0
0,2
6
4
1
)
2
)(cos(
π
γ
µ
(4.24)
para nossa simplificação fazemos:
= =
=
N
k
Q
Qq
qk
k
k
GAC
L
E
1
,2/)2(,2
20
0
0,2
6
4
γ
µ
(4.25)
então
98
)
2
)(cos(
1
π
klqkkgEH +++=
em que m=0, k q0.
Para os harmônicos tesserais temos:
= = =
Ψ=
N
m
N
k
Q
Qq
kq
m
km
C
L
H
1 0
2
2
2
cos
γ
µ
(4.26)
fazendo
= = =
=
N
m
N
k
Q
Qq
kq
m
km
C
L
F
1 0
2
2
1
γ
µ
(4.27)
obtemos:
Ψ
=
cos
12
FH
e
= = =
Ψ=
N
m
N
k
Q
Qq
kq
m
km
senS
L
H
1 0
2
2
3
γ
µ
(4.28)
fazendo
= = =
=
N
m
N
k
Q
Qq
kq
m
km
S
L
F
1 0
2
2
2
γ
µ
(4.29)
obtemos:
Ψ
=
senFH
23
em que
=
=
1
jj
jm
kq
jm
kq
m
SQS
e
jm
S
são os harmônicos esféricos normalizados (WNUK,
1990a).
Portanto, a hamiltoniana fica:
99
)cos()
2
)(cos(
2
21
2
2
Ψ+Ψ++++++=Η
senFFklqkkgEC
L
πµ
(4.30)
4.2.2 Definição da pressão de radiação solar direta
Segundo Ferraz Mello (1965) temos:
) ( Θ+++=
δγβαρ
ψ
hglsenB
l
R
j
L
j
(4.31)
Θ+++=
)cos(
δγβαρρψ
hglba
L
R
jj
LL
j
(4.32)
em que a ,
L
L
B e
L
b são funções de L, G e H,
Θ
é a longitude do Sol.
Sendo:
1,2,3)(j )sen(
=
Θ
+
+
+
=
δ
γ
β
α
ρ
hglBR
j
Lj
(4.33)
1,2,3)(j )cos(
3
=
Θ
+
+
+
=
+
δ
γ
β
α
ρ
ρ
hglbaR
jj
LLj
(4.34)
temos que
α
varia de
)12(
+
+
QN
à
)12(
+
+
+
QN
e
Θ
,
,
γ
β
variam de
)1(
+
N
à
).1(
+
+
N
4.2.3 Novas componentes do arrasto atmosférico
No capítulo três descrevemos as componentes do arrasto dadas pelas expressões
(3.125) e (3.126). Fazendo:
100
m
SC
A
D
2
1
=
(4.35)
as componentes ficam:
++=
'
'''
)cos(),,(
321321
j
jjj
í
j
di
lllLLLpAP
γβαρ
(4.36)
++=
'
'''
)sen(),,(
321321
j
jjj
í
j
di
lllLLLqAQ
γβαρ
(4.37)
e
d
ρ
é a densidade atmosférica.
O modelo utilizado para a densidade atmosférica é o TD 88 (SEHNAL, 1988).
Usando o Modelo TD 88 e expressando a hora local e a latitude em termos de
elementos orbitais e desconsiderando os termos periódicos fazendo
0
=
k
na expressão
(2.45) podendo ser representada por:
= =
+
++=
7
1
3
1
0
2
,0,0,00
44
1
n j
j
i
j
jjnnnxs
A
c
c
AKKGkff
ρ
(4.38)
em que G e A
j
são funções da inclinação.
As componentes
j
p
e
j
q
dadas pelas equações (4.36) e (4.37) são dadas pelas
equações (2.53) e a velocidade V é dada pela equação (2.54).
Colocando 1/a em evidência na equação (2.54) obtemos:
2/1
1
2
=
r
a
a
V
µ
(4.39)
usando a relação
)cos1( Eear
=
dada por Prado (2001) em que E é a anomalia
excêntrica, substituindo na expressão (4.39) e expandindo em série de Taylor obtemos:
))(0cos1(
2
eEe
a
V
++
=
µ
(4.40)
sendo que cosE é dado por (VILHENA DE MORAES, 1978):
101
+++=
)(02cos
2
cos
2
cos
2
el
e
l
e
E
(4.41)
portanto, substituindo a expressão (4.41) na expressão (4.40) eliminando os termos
quadrados obtemos:
( )
le
L
V cos1
+=
µ
(4.42)
Para as componentes
j
p temos:
(
)
)(0cos21
2
1
eleLp ++=
(4.43 )
Gp
=
2
(4.44 )
Hp
=
3
(4.45 )
sendo que a expressão
)1
2
(
11
=
r
a
Lp
é expandido em série de Taylor obtendo a
expressão (4.43).
Para as componentes
j
q temos:
senf
L
G
e
esenEq
2
2
1
+=
sendo f a anomalia verdadeira que pode ser representada por (VILHENA DE
MORAES, 1978):
senEe
r
a
senf
2
1
=
(4.46)
senE é dado por (VILHENA DE MORAES,1978):
)(02
22
1
3
2
elsen
e
senl
e
senE
++
=
(4.47)
102
com algumas manipulações algébricas encontramos:
...sen
4
52
2
2
2
1
+
+=
l
e
eL
G
eq
(4.48)
Vale salientar que no desenvolvimento da expressão (4.48) utilizamos a seguinte
equação para expandir sen2E (MORANDO, 1974).
[ ]
senplpeJpeJ
p
k
senkE
p
kpkp
=
+
+=
1
)()(
(4.49)
em que os Jo funções de Bessel, definidas por (MORANDO, 1974):
(
)
=
+
+
=
0
2
)!(!
2
)1()(
n
kn
n
k
knn
x
xJ
(4.50)
e
)()1()( xJxJ
k
k
k
=
(4.51)
Desenvolvimento de
2
q
:
f
e
q sen
2
2
=
substituindo a expressão (4.46), com algumas manipulações algébricas e expansões em
séries de Taylor encontramos:
...sen
4
52
2
+
+=
l
e
eL
G
q
(4.52)
por fim
0
3
=
q (4.53)
Substituímos a expressão (4.42) e os
j
p e 1,2,3)(
=
jq
j
nas equações (4.36) e
(4.37) que serão utilizados nas equações de movimento na aplicação do método de
103
Hori. Utilizando também a expressão (4.38) para a densidade e excluindo os termos de
ordem dois na excentricidade obtemos:
)cos(1
2
1
)cos(
1
2
1
)cos(
],[
],[1
lhglpAlhgl
xpAhglAAP
GLs
GLsss
+++++
++=
γβαµργβα
µργβαµρµρ
(4.54 )
)cos(2
2
1
)cos(
2
2
1
)cos(
],[
],[2
lhglpAlhgl
xpAhgl
L
G
A
L
G
AP
GLs
GLsss
+++++
++=
γβαµργβα
µργβαµρµρ
(4.55 )
)cos(3
2
1
)cos(
3
2
1
)cos(
],,[
],,[3
lhglpAlhgl
xpAhgl
L
H
A
L
H
AP
HGLs
HGLsss
+++++
++=
γβαµργβα
µργβαµρµρ
(4.56 )
e
)sen(2)sen(
2)sen(1
],[
],[],[1
lhglqAlhgl
xqAhglqAQ
GLs
GLsGLs
++++++
+
+
=
γβαµργβα
µρ
γ
β
α
µρ
(4.57)
)sen(4)sen(
4)sen(3
],[
],[],[2
lhglqAlhgl
xqAhglqAQ
GLs
GLsGLs
++++++
+
+
+
=
γβαµργβα
µρ
γ
β
α
µρ
(4.58)
0
3
=
Q
(4.59)
Que são as novas componentes do arrasto atmosférico. Os termos
],[
1
GL
p ,
],[
2
GL
p ,
],,[
3
HGL
p ,
],[
1
GL
q ,
],[
2
GL
q ,
],[
3
GL
q e
],[
4
GL
q estão todos definidos no apêndice B.
4.3 SOLUÇÃO DOS TERMOS SECULARES ACOPLADOS
104
Apresentamos as soluções dos termos seculares devido à aplicação do método de
Hori para os elementos orbitais de Delaunay L, G e H, sendo que desprezamos os
termos de ordem maior ou igual a dois devido à pressão de radiação e ao arrasto.
O modelo conduziu a não-existência de perturbações seculares pura devido à
pressão de radiação solar direta nos elementos métricos: semi-eixo maior,
excentricidade e inclinação que está de acordo com Ferraz Mello (1972) e Vilhena de
Moraes (1978,1981). Encontramos na ordem dois devido a aplicação do método
termos seculares de acoplamento entre o (geopotencial com arrasto) e (arrasto com
pressão de radiação) nos elementos métricos que estão apresentados nas expressões
(4.61), (4.69) e (4.71):
Encontramos para a primeira ordem na variável L a seguinte expressão:
s
ord
AZ
µρ
=
)1(
1
(4.60)
e para a segunda ordem temos:
Z
1
ord2
=
1
4 L N
L, G, H
2
A
s
-2


G
E
L, G, H


g
l, g, h
L N
L, G, H
+
E
L, G, H


g
l, g, h


G
N
L, G, H
L
+ 2 q1
L, G
E
L, G, H


l
l, g, h
2
L N
L, G, H
+ 2 G


G
E
L, G, H


l
l, g, h
N
L, G, H
- G E
L, G, H


l
l, g, h


G
N
L, G, H
- H E
L, G, H


l
l, g, h


H
N
L, G, H
+ E
L, G, H


h
l, g, h


H
N
L, G, H
L
+ 2 q3
L, G
E
L, G, H


l
l, g, h


g
l, g, h
L N
L, G, H
- 2


H
E
L, G, H


h
l, g, h
L N
L, G, H
+ 2 H


H
E
L, G, H


l
l, g, h
N
L, G, H
105
+

2

L

G
C
L, G, H
G E
L, G, H


l
l, g, h
2
+

2

H

G
C
L, G, H
H E
L, G, H


g
l, g, h


l
l, g, h
-

2

L

G
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h


l
l, g, h
L
-

2

G
2
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h
2
L
+

2

G
2
C
L, G, H
G E
L, G, H


g
l, g, h


l
l, g, h
-

2

H
2
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h
2
L
- 2

2

H

G
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h


g
l, g, h
L
- 2

2

L

H
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h


l
l, g, h
L
+

2

L

H
C
L, G, H
H E
L, G, H


l
l, g, h
2
+
1
2 N
L, G, H
A
s
b
H


h
l, g, h
+
A
s
b
G


g
l, g, h
+
A
s
b
L


l
l, g, h
+
O
2
( ) N
L, G, H
(4.61 )
em que
2
)(
,,
π
ψ
klqkkg
hgl
+++=
hglHGL
N
,,],,[
ψ
τ
=
106
= =
=
N
k
Q
Qq
qk
k
kHGL
GAC
L
E
1
,2/)2(,2
20
0
0,2
6
4
,,
γ
µ
224
4224
],[
4
998
1
GLL
GLGL
q
GL
+
=
223
22
],[
4
)9(
3
GLL
GLG
q
GL
=
)()(
,2/)(,
22
2
,,
1
eGiA
LL
C
qkjj
k
jm
j
N
jj
HGL
=
=
µµ
esses termos também aparecem nas expressões (4.69) e (4.71).
Iremos apresentar a expressão (4.61) separando os termos de acoplamento entre o
arrasto com o geopotencial e o arrasto com a pressão de radiação, respectivamente.
Z
1
ord2
=
1
4 L N
L, G, H
2
A
s
-2


G
E
L, G, H


g
l, g, h
L N
L, G, H
+
E
L, G, H


g
l, g, h


G
N
L, G, H
L
+ 2 q1
L, G
E
L, G, H


l
l, g, h
2
L N
L, G, H
+ 2 G


G
E
L, G, H


l
l, g, h
N
L, G, H
- G E
L, G, H


l
l, g, h


G
N
L, G, H
- H E
L, G, H


l
l, g, h


H
N
L, G, H
+ E
L, G, H


h
l, g, h


H
N
L, G, H
L
+ 2 q3
L, G
E
L, G, H


l
l, g, h


g
l, g, h
L N
L, G, H
- 2


H
E
L, G, H


h
l, g, h
L N
L, G, H
+ 2 H


H
E
L, G, H


l
l, g, h
N
L, G, H
107
+

2

L

G
C
L, G, H
G E
L, G, H


l
l, g, h
2
+

2

H

G
C
L, G, H
H E
L, G, H


g
l, g, h


l
l, g, h
-

2

L

G
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h


l
l, g, h
L
-

2

G
2
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h
2
L
+

2

G
2
C
L, G, H
G E
L, G, H


g
l, g, h


l
l, g, h
-

2

H
2
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h
2
L
- 2

2

H

G
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h


g
l, g, h
L
- 2

2

L

H
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h


l
l, g, h
L
+

2

L

H
C
L, G, H
H E
L, G, H


l
l, g, h
2
sendo que A representa os termos seculares devido o arrasto
HGLHGL
EC
,,,,
e denota os
termos devido ao geopotencial e
HGL
N
,,
são os termos devido aos movimentos médios
das variáveis angulares que surgem na expressão de acoplamento devido a aplicação
do método de Hori (1971) na resolução do sistema. Para o acoplamento do arrasto com
a pressão temos:
108
Z
1
ord2
=
1
2 N
L, G, H
A
s
b
H


h
l, g, h
+
A
s
b
G


g
l, g, h
+
A
s
b
L


l
l, g, h
+
O
2
( ) N
L, G, H
sendo que
ρ
representa os termos seculares devido a pressão de radiação.
Uma observação que deve ser feita é que, quando as perturbações de segunda
ordem são incluídas, o semi-eixo maior não tem parte puramente secular devido ao
geopotencial (BROUWER; CLEMENCE, 1961). Este resultado é um teorema de
Poisson.
Os termos seculares devido ao arrasto atmosférico influenciam na trajetória do
satélite. Sendo que esta perturbação é o fator determinante em relação ao tempo de
vida útil do veículo espacial. Sendo assim, analisamos a expressão (4.60) e (4.61) com
relação ao termo secular devido ao arrasto e o acoplamento do arrasto com o
geopotencial. No capítulo 6 apresentamos algumas aplicações envolvendo essas
equações.
Quando substituímos a expressão (4.35) e (4.38) em (4.60) obtemos:
= =
+
++=
7
1
3
1
0
2
,0,0,00
)1(
1
44
1
2
n j
j
i
j
jjnnnx
D
ord
A
c
c
AKKGkff
m
SC
Z
µ
(4.62)
sabemos que
32
an
=
µ
(4.63 )
em que n é o movimento médio e a o semi-eixo maior. A expressão (4.63) pode ser
encontrada em Prado (2001). Também podemos obter as seguintes expressões
(BROUWER; CLEMENCE, 1961):
L
L
a
a
δ
δ
2
=
(4.64 )
109
e
e
G
G
L
L
e
2
1
=
δδ
δ
(4.65 )
γ
γδδ
δγ
4
21
2
=
H
H
G
G
(4.66 )
sendo isen
2
1
22
=
γ
, em que relacionam as variáveis de Delaunay e os elementos
keplerianos. Lembrando que
)1(
1
ord
Z
dt
dL
=
, integrando no tempo obtemos a variação de
L, com a expressão (4.64) encontramos a variação em função do semi-eixo maior.
Substituímos a expressão (4.63) em (4.62), o resultado é substituído em (4.64) daí
obtemos:
= =
+
++=
7
1
3
1
0
2
,0,0,00
2
44
1
n j
j
jj
jjnnnx
D
A
cc
AKKGkffna
m
SC
a
δ
(4.67)
que corresponde ao resultado encontrado por Segan (1988) e Vilhena de Moraes
(1989) para uma revolução.
Para obtermos a variação do perigeu podemos utilizar uma expressão dada por
(VILHENA DE MORAES, 1978):
eaaer
p
δ
δ
δ
=
)1(
Para a variável G temos:
em primeira ordem:
L
G
AZ
s
ord
µρ
=
)1(
2
(4.68)
em segunda ordem:
110
Z
2
ord2
=
1
4 L
5
N
L, G, H
2
-A
s
H E
L, G, H


g
l, g, h


H
N
L, G, H
L
4
- A
s
G E
L, G, H


g
l, g, h


G
N
L, G, H
L
4
- 2 A
s


L
E
L, G, H
G


l
l, g, h
L
4
N
L, G, H
+ 2 A
s
q3
L, G
E
L, G, H


g
l, g, h
2
L
5
N
L, G, H
+ 2 A
s


L
E
L, G, H


g
l, g, h
L
5
N
L, G, H
- 2 A
s


H
E
L, G, H
G


h
l, g, h
L
4
N
L, G, H
+ 2 A
s
E
L, G, H


l
l, g, h
G
L
3
N
L, G, H
+ A
s
E
L, G, H


h
l, g, h
G


H
N
L, G, H
L
4
+
2 O A
2
( ) L
5
N
L, G, H
2
- A
s
E
L, G, H


g
l, g, h


L
N
L, G, H
L
5
+ 2 A
s
H


H
E
L, G, H


g
l, g, h
L
4
N
L, G, H
+
3 A
3
s
E
L, G, H


l
l, g, h


g
l, g, h
L
- 3 A
3
s
E
L, G, H


l
l, g, h
2
G
- 2 A
s
E
L, G, H


g
l, g, h
L
4
N
L, G, H
+ 2 A
s
q1
L, G
E
L, G, H


l
l, g, h


g
l, g, h
L
5
N
L, G, H
- A
s

2

L
2
C
L, G, H
E
L, G, H


l
l, g, h
2
G
L
4
111
- 2 A
s

2

L

H
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h
G


l
l, g, h
L
4
- 2 A
s

2

H

G
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h
G


g
l, g, h
L
4
- A
s

2

H
2
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h
2
G
L
4
+ A
s

2

H

G
C
L, G, H
H E
L, G, H


g
l, g, h
2
L
4
+ A
s

2

L

G
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h
2
L
5
+ A
s

2

L
2
C
L, G, H
E
L, G, H


l
l, g, h


g
l, g, h
L
5
+ A
s

2

L

H
C
L, G, H
H E
L, G, H


l
l, g, h


g
l, g, h
L
4
-
A
s

2

L

G
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h
G


l
l, g, h
L
4
+
1
2 L N
L, G, H
A
s
G
b
L


l
l, g, h
+ A
s
G
b
H


h
l, g, h
+ A
s
G
b
G


g
l, g, h
+
O
2
( ) N
L, G, H
L
(4.69)
sendo que as expressões (4.68) e (4.69) nos dão a variação da excentricidade quando
se utiliza a expressão (4.65).
Para a variável H temos:
em primeira ordem:
L
H
AZ
s
ord
µρ
=
)1(
3
(4.70)
112
em segunda ordem obtemos:
Z
3
ord2
=
1
4 L
5
N
L, G, H
2
2 O A
2
( ) L
5
N
L, G, H
2
+
3 A
3
s
E
L, G, H


l
l, g, h


h
l, g, h
L
- 3 A
3
s
E
L, G, H


l
l, g, h
2
H +
2 A
s
E
L, G, H


l
l, g, h
H
L
3
N
L, G, H
+ 2 A
s
G


G
E
L, G, H


h
l, g, h
L
4
N
L, G, H
+ A
s
E
L, G, H


g
l, g, h
H


G
N
L, G, H
L
4
+ 2 A
s
q1
L, G
E
L, G, H


h
l, g, h


l
l, g, h
L
5
N
L, G, H
- A
s
H E
L, G, H


h
l, g, h


H
N
L, G, H
L
4
- A
s
G E
L, G, H


h
l, g, h


G
N
L, G, H
L
4
- 2 A
s


G
E
L, G, H
H


g
l, g, h
L
4
N
L, G, H
+ 2 A
s
q3
L, G
E
L, G, H


g
l, g, h


h
l, g, h
L
5
N
L, G, H
+ 2 A
s


L
E
L, G, H


h
l, g, h
L
5
N
L, G, H
- 2 A
s
E
L, G, H


h
l, g, h
L
4
N
L, G, H
- 2 A
s


L
E
L, G, H
H


l
l, g, h
L
4
N
L, G, H
- A
s
E
L, G, H


h
l, g, h


L
N
L, G, H
L
5
113
- A
s

2

H

G
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h
H


g
l, g, h
L
4
- A
s

2

G
2
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h
2
H
L
4
- 2 A
s

2

L

G
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h
H


l
l, g, h
L
4
- A
s

2

L
2
C
L, G, H
E
L, G, H


l
l, g, h
2
H
L
4
+ A
s

2

G
2
C
L, G, H
G E
L, G, H


g
l, g, h


h
l, g, h
L
4
- A
s

2

H
2
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h
2
H
L
4
- A
s

2

L

H
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h
H


l
l, g, h
L
4
+ A
s

2

L

G
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h


h
l, g, h
L
5
+ A
s

2

L

G
C
L, G, H
G E
L, G, H


l
l, g, h


h
l, g, h
L
4
+
A
s

2

L
2
C
L, G, H
E
L, G, H


l
l, g, h


h
l, g, h
L
5
+
1
2 L N
L, G, H
A
s
H
b
H


h
l, g, h
+ A
s
H
b
G


g
l, g, h
+ A
s
H
b
L


l
l, g, h
+
O
2
( ) N
L, G, H
L
(4.71)
podemos encontrar a variação da inclinação da órbita em função do parâmetro i pela
expressão (4.66).
114
Quando substituirmos as expressões (4.60), (4.61), (4.68), (4.69), (4.70) e (4.71)
na expressão (4.19) integrando em relação ao tempo e substituindo na expressão (4.18)
obtemos a solução geral do problema, observamos que a teoria de perturbação
utilizada não aparece termos mistos de Poisson como aparecem no trabalho de
Brouwer e Hori (1961). O método de Hori (1971) torna-se então eficaz em relação ao
trabalho citado.
Vale salientar que todas as variáveis métricas possuem na solução do sistema
termos seculares acoplados (arrasto com o geopotencial e arrasto com a pressão de
radiação) que são de suma importância para alguns tipos de satélites como é o caso do
satélite CBERS, cuja altitude está na faixa dos 700 a 800 km, e segundo Vilhena de
Moraes (1978) nessa altitude as duas forças possuem a mesma magnitude podendo
alterar a órbita do satélite consideravelmente.
No próximo capítulo apresentamos as soluções para as variáveis angulares
seculares.
115
CAPÍTULO 5 SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DO MÉTODO DE HORI
Neste capítulo expomos as equações do movimento encontradas na aplicação do
método de Hori para os termos seculares das variáveis angulares. Primeiramente
fazemos uma análise em relação aos termos de ordem zero do sistema auxiliar de Hori
depois apresentamos as soluções seculares das variáveis angulares. Por fim
apresentamos a solução geral do problema.
5.1 ANALISE DAS EQUAÇOES DO SISTEMA AUXILIAR DE HORI
O sistema auxiliar de Hori fornece as seguintes equações:
H
C
Z
G
C
Z
L
C
L
Z
Z
Z
Z
=
=
=
=
=
=
0,0
)0(
6
0,0
)0(
5
0,0
3
2
)0(
4
)0(
3
)0(
2
)0(
1
0
0
0
µ
(5.1)
Portanto obtemos:
0
0 LL
dt
dL
==
(5.2)
em que
0
L é constante de integração.
116
0
0 GG
dt
dG
==
(5.3)
em que
0
G é constante de integração.
0
0 HH
dt
dH
==
(5.4)
em que
0
H é constante de integração.
t
L
C
t
L
ll
L
C
L
dt
dl
+=
=
0,0
3
2
0
0,0
3
2
µµ
(5.5)
fazendo
L
C
L
n
l
=
0,0
3
2
µ
(5.6)
obtemos
tnll
l
+
=
0
(5.7)
em que
0
l
é constante de integração.
t
G
C
gg
G
C
dt
dg
=
=
0,0
0
0,0
(5.8)
fazendo
G
C
n
g
=
0,0
(5.9)
obtemos
tngg
g
+
=
0
(5.10)
em que
0
g
é constante de integração.
117
Por fim:
t
H
C
hh
H
C
dt
dh
=
=
0,0
0
0,0
(5.11)
fazendo
H
C
n
h
=
0,0
(5.12)
obtemos
tnhh
h
+
=
0
(5.13)
em que
0
h
é constante de integração. Sendo
gl
nn ,
e
h
n
denominados na literatura por
movimento médio. Devido ao fato de escolhermos na hamiltoniana
0
H não só o termo
do movimento elíptico mais também todos os termos seculares adotados, com isso,
aparecem nos elementos angulares de ordem zero termos do potencial perturbador que
corresponde a precessão da órbita . Com estas equações obtemos seis constantes de
integração de ordem zero.
5.2 SOLUÇÃO DOS TERMOS SECULARES DEVIDO AOS TERMOS l, g e h
Apresentamos as soluções dos termos seculares devido à aplicação do método de
Hori para os elementos orbitais de Delaunay l, g e h, sendo que desprezamos os termos
de ordem maior ou igual a dois devido à pressão de radiação e ao arrasto. Observamos
que até a segunda ordem do método o modelo conduziu a não-existência de
perturbações seculares pura devido ao arrasto nas variáveis angulares, que está de
acordo com Vilhena de Moraes (1978,1981). Na solução de primeira ordem do método
encontramos o termo secular puro devido à pressão de radiação solar. Na solução de
segunda ordem do todo surgem termos seculares puro devido ao geopotencial e
118
termos seculares acoplados devido ao geopotencial e a pressão de radiação solar, que
era esperado como, por exemplo, em Vilhena de Moraes (1978).
Apresentamos a expressão da anomalia média em função da variável de Delaunay
ular
Z
dt
dl
sec
4
= dada por:
ρ
L
ord
Z a
)1(
4
=
(5.14)
Apresentamos a expressão do argumento do perigeu em função da variável de
Delaunay
ular
Z
dt
dg
sec
5
= dada por:
ρ
G
ord
Z a
)1(
5
=
(5.15)
Apresentamos a expressão do nodo ascendente em função da variável de
Delaunay
ular
Z
dt
dh
sec
6
= dada por:
ρ
H
ord
Z a
)1(
6
=
(5.16)
as respectivas soluções de ordem dois estão representadas no apêndice E.
5.3 REPRESENTAÇÃO DA SOLUÇÃO GERAL DO MÉTODO DE HORI
Podemos escrever a solução dos termos métricos da seguinte maneira:
...periódicos 0
)()(
termos
tAtAALL
+
+
+
+
=
ρ
(5.17)
em que
representa os termos seculares devido ao geopotencial,
A
representa os
termos seculares devido ao arrasto e
ρ
representa os termos seculares devido a
pressão de radiação.
119
Considerando a solução completa do método de Hori para as variáveis métricas
obtemos:
...periódicos 000
)()(),,(),,(
termos
tAtAAHGLGHL
+
+
+
+
=
ρ
(5.18 )
Para as variáveis angulares a solução pode ser escrita da seguinte maneira:
...periódicos0
)(
termosl
tttnll
+
+
+
+
+
=
ρ
ρ
(5.19 )
Generalizando obtemos:
...periódicos000
)(),,(),,(),,(
termoshgl
tttnnnhglhgl
+
+
+
+
+
=
ρ
ρ
(5.20 )
sendo que os termos periódicos podem ser encontrados utilizando a expressão (4.18) e
as funções geratrizes de primeira ordem estão representadas no apêndice C.
120
CAPÍTULO 6 APLICAÇÕES
Neste capítulo apresentamos algumas aplicações, construímos tabelas e gráficos
para comparação com outros trabalhos. Desenvolvemos algumas considerações em
relação à pressão de radiação.
6.1 APLICAÇÃO DA TEORIA: SATÉLITE MIMOSA
O satélite Mimosa por ser um satélite de baixa altitude é influenciado pelo efeito
do arrasto atmosférico que este predomina sobre órbitas de satélites entre altitudes
de 200 a 700 km (VILHENA DE MORAES, 1978), causando assim variações
consideráveis nos elementos orbitais em especial o semi-eixo maior e a excentricidade.
Para termos soluções mais precisas é necessário considerar os parâmetros devido ao J
2
, J
3
, J
4
e
2
2
J
do potencial perturbador na hamiltoniana considerada.
Consideramos a solução devido ao arrasto expressão (4.60) e o acoplamento do
arrasto com termos do potencial perturbador expressão (4.61). Inicialmente, fazemos
uma análise na variação do semi-eixo maior, construímos tabelas e gráficos para
comparação com El-Salam e Sehnal (2004). Fazemos uma aplicação com o satélite
Mimosa em que os dados dos elementos orbitais o apresentados por (EL-SALAM;
SEHNAL, 2004). O trabalho citado também utiliza o modelo TD 88 para analisar o
efeito do arrasto atmosférico, sendo que o autor constrói uma teoria de segunda ordem
utilizando as equações de Gauss, a expressão para a densidade encontra-se em função
da anomalia excêntrica.
121
Consideramos a altura do perigeu e do apogeu de 320km e 820km
respectivamente. A inclinação da órbita igual a 98º, excentricidade 0,034591 e o semi-
eixo maior de 6948,578 km.
Algumas características do satélite são:
kgm
kgmA
C
mS
D
66
/004532,0
2,2
27190,0
2
2
=
=
=
=
(6.1)
Variação do semi-eixo maior devido ao
arrasto atmosférico
Tempo em dias
-0,7238493424e-2 1
-0,7834274996e-1 10
-0,1553655076 20
-0,2418104485 30
-0,3480512543 40
-0,4796197070 50
-0,6378367824 60
-0,8180471957 70
-1,010284562 80
-1,199672682 90
-1,368490113 100
-1,498245687 110
-1,572422615 120
-1,579532224 130
-1,516537432 140
-1,391000337 150
-1,222267150 160
-1,040877585 170
-0,8849715638 180
-0,7950092670 190
-0,8075425592 200
-0,9506079820 210
-1,240009692 220
-1,679154152 230
-2,260226831 240
-2,967004005 250
Tabela 9- Variação do semi-
eixo maior devido ao arrasto
atmosférico sobre o satélite Mimosa
122
Neste caso fazemos o argumento do perigeu e o nodo ascendente igual a zero, ou
seja, a posição inicial do perigeu é no equador da órbita. Sabe-se que o fluxo solar é
quase constante para um intervalo de tempo de um ano, então calculamos o valor da
densidade atmosférica utilizando o modelo TD 88 para um valor fixo do fluxo solar e
depois calculamos a variação do semi-eixo maior para um intervalo de 250 dias.
Apresentamos os valores obtidos através da Tabela-9 e a Figura-7 que estão de
acordo com El-Salam e Sehnal (2004), sendo que utilizamos a expressão (4.61).
Com os dados da Tabela 9 construímos a Figura 7.
Utilizando a solução de ordem dois dada pela expressão (4.61) considerando
somente a parte devido ao acoplamento do arrasto com o geopotencial em que
consideramos apenas o
2
J encontramos:
Figura 7- Variação do semi-eixo maior devido ao a
rrasto sobre o
satélite Mimosa
123
mm
dt
ad
84,62=
δ
/dia
O valor obtido é comparado com o de outros autores citados no início do
capítulo. Apesar de ser um valor pequeno comparado com a primeira ordem não pode
ser negligenciado, pois, para obtermos o estudo do tempo de vida útil mais preciso é
necessário considerarmos essa variação. É necessário também considerarmos outros
termos do potencial perturbador.
6.2 APLICAÇÃO DA TEORIA: SATÉLITE EURECA.
Em Delhaise (1991) é desenvolvida uma solução analítica para o movimento de
um satélite artificial da Terra sujeito aos efeitos combinados do campo gravitacional
terrestre e do arrasto atmosférico. O modelo de densidade leva em conta uma variação
linear da altura de escala da densidade com altitude. A teoria de perturbação é baseada
em transformações de Lie. A autora constrói uma tabela para representar a variação do
semi-eixo maior do satélite Eureca que está representado na Tabela-10.
a
0
(km)
h
0
(km)
ρ
0
(kg/m
3
)
a
δ
(km)
6780
400
1.210 ×10
-11
-5,130
6680
300
2.210 ×10
-11
-3,729
6640
250
6.810 ×10
-11
-16,168
6590
200
2.710
×
10
-10
-73,584
Tabela 10- variação do semi-
eixo maior
num período de 24 horas para abordagem
de Delhaise (1991) (modificada)
124
Algumas características do satélite são:
kgm
A
C
mS
D
2200
025,0
2,2
50
2
=
=
=
=
(6.2)
Com esses dados fornecidos substituímos na expressão (4.61), utilizando nossa
teoria obtivemos os valores apresentados na Tabela-11. Nosso resultado aproxima-se
do valor apresentado na Tabela 10.
a
0
(km)
h
0
(km)
ρ
0
(kg/m
3
)
a
δ
(Km)
6780
400
1,210 ×10
-11
-2.717
6680
300
2,210 ×10
-11
-4.926
6640
250
6,810 ×10
-11
-15.135
6590
200
2,710 ×10
-10
-60.002
6.3 APLICAÇÃO DA TEORIA: SATÉLITE CBERS-1.
Considerando as expressões (4.60) e (4.61) fazemos uma aplicação com o satélite
CBERS-1 cujos dados orbitais são dados por:
Tabela 11- Variação do semi-eixo
maior num período de 24 horas
125
kgmA
mkg
mS
C
i
e
km
a
s
D
/01342,0
/101,72507
37,15
62,2
406,98
00001,0
9448
,
7148
2
314-
2
=
×=
=
=
=
=
=
ρ
(6.3)
em que a densidade é calculada utilizando o programa em linguagem Fortran que está
exposto no apêndice D. Os dados de entrada são:
Dia do ano (DAY) = 1
Fluxo Solar (EFX e EFBAR) = 145
Índice Geomagnético (AKP) = 3
Hora Local (HL) = 3
Latitude (ALAT) = 0
Altitude (ALTI) = 770,80 km
Substituindo esses valores na expressão (4.60) e fazendo os cálculos
encontramos:
variação do semi-eixo maior
(
)
a
δ
Ordem um:
km
dt
ad
3
1013541,2
×=
δ
/dia
(6.4)
que corresponde a solução de primeira ordem. Para a solução de segunda ordem
utilizamos a expressão (4.61) apenas os termos de acoplamento do arrasto com o
geopotencial obtemos:
Ordem dois:
126
km
dt
ad
1089932,6
7
×=
δ
/dia
(6.5)
Para calcular a variação da excentricidade utilizamos as expressões (4.68), (4.69)
e (4.65) encontramos para o caso do satélite CBERS-1 uma variação da ordem de 10
-7
.
Observamos que, para o caso real, como a excentricidade é próxima de zero, devemos
utilizar variáveis não-singulares.
Para o acoplamento do arrasto com a pressão apresentamos um comentário a
respeito da pressão para depois fazermos uma aplicação utilizando a expressão (4.61).
Considerando a expressão (2.56) cujo módulo é dado por:
sRpr
P
m
S
CA
ν
=
(6.6)
em que o coeficiente
R
C pode ser modelado. O valor do coeficiente de pressão de
radiação é maior em satélites que possuem superfícies altamente refletoras, e depende
tanto da geometria quanto das propriedades das superfícies externas. Segundo Kuga;
Rao e Carrara (2000) o valor de
R
C está compreendido entre 1 e 1,44 para satélites
esféricos.
As órbitas de satélites cuja razão entre a área e sua massa for muito grande
podem sofrer efeitos significativos devido à força de pressão de radiação solar
(VILHENA DE MORAES, 1978). A força aplicada ao satélite depende da energia
irradiada pelo Sol. Na órbita da Terra esta energia é constante (não varia com a
atividade solar) e vale aproximadamente
2
/ 1350 mw
(KUGA; RAO e CARRARA,
2000).
Nas proximidades da órbita da Terra
s
P é definida por:
cwP
s
/
=
(6.7)
127
em que c é a velocidade da luz (300000 km/s) e w é a intensidade de radiação,
definida como energia incidente por unidade de área, por unidade de tempo emitida
pelo Sol. Sendo:
2
0
0
=
T
R
R
ww
(6.8)
em que
0
w
é a intensidade de radiação à uma unidade astronômica, igual a 1350 w/m
2
,
R
T
é a distância da Terra ao Sol e R
0
é a distância média da órbita da Terra ao Sol
(uma unidade astronômica). Substituindo a expressão (6.8) em (6.7) obtemos:
2
2
0
6
2
00
/105,4 mN
R
R
R
R
c
w
P
TT
s
×=
=
(6.9)
Em primeira aproximação vamos supor que
0
RR
T
=
, ou seja, supondo que o
satélite esteja na superfície da Terra, pois a distância do satélite ao Sol é muito maior
do que a distância do satélite à Terra. Portanto, obtemos:
26
/105,4 mNP
s
×=
(6.10)
que substituído na expressão (6.6) temos:
26
/105,4 mN
m
S
CA
Rpr
×
=
ν
(6.11)
fazendo
ρ
=
pr
A
temos:
26
/105,4 mN
m
S
C
R
×
=
νρ
(6.12)
lembrando que S é área efetiva e m a massa do satélite.
128
Para a aplicação consideramos:
kgm
mS
C
R
1550
37,15
1
44,1
2
=
=
=
=
ν
(6.13)
encontramos para a variação do semi-eixo maior.
Ordem dois (acoplamento do arrasto coma pressão de radiação):
km
dt
ad
101,18190
11-
×=
δ
/dia
(6.14)
em que utilizamos a expressão (4.61) somente o termo de acoplamento entre o arrasto
e a pressão de radiação. O termo b
L
que aparece na expressão (4.61) é dado por
(FERRAZ MELLO, 1965):
µ
L
b
L
2=
.
Sabemos que o efeito da pressão de radiação é importante principalmente para
satélites cuja razão entre a área e sua massa for muito grande (VILHENA DE
MORAES, 1978), então vamos supor que a razão área massa do satélite CBERS-1 seja
20,7 m
2
/kg sendo que este valor é de um satélite do tipo balão, com isso obtemos:
Forças perturbadoras Variação do semi-eixo maior (km/dia)
arrasto -4,31489
acoplamento do arrasto com o
geopotencial
-1,39411×10
-3
acoplamento do arrasto com a pressão de
radiação
-3,67564×10
-8
Tabela 12-Variação do semi-eixo maior para o satélite CBERS-1
129
Comparando estes resultados com as expressões (6.4), (6.5) e (6.14) observamos
o aumento da variação do semi-eixo maior como, por exemplo, para o arrasto a
variação era de 2 m passando aproximadamente para 4 km, nesse caso o satélite cairia
rapidamente, para o acoplamento do arrasto com a pressão cuja ordem de grandeza era
de 10
-11
passa para 10
-8
que é um efeito considerável para determinada missão
espacial. Confirmando assim, o resultado encontrado por Vilhena de Moraes (1978).
Com os dados orbitais do satélite CBERS-1 calculamos à aceleração do arrasto
utilizando a expressão (2.28) e encontramos:
28
m/s 1029076,1
×=D
(6.15)
Calculamos também à aceleração da pressão de radiação utilizando a expressão
(6.12) encontramos:
28
/1063984,6 sm
×=
ρ
(6.16 )
Dividindo a expressão (6.16) por (6.15) encontramos 14414,5=
D
ρ
, ou seja, na
altitude do satélite CBERS-1 prevalece o efeito da aceleração da pressão de radiação.
Fazendo a relação da taxa de pressão de radiação pelo arrasto atmosférico numa
órbita circular obtemos:
Altitura
da órbita
h, (km)
200 300 400 500 600 700 800
D
ρ
0,00029 0,00540 0,04155 0,17836 0,64585 2,20225 7,27311
Em que o valor da densidade
d
ρ
é calculado usando o modelo TD-88 para
Day=1.
Tabela 13- Razão entre aceleração da pressão de radiação e a aceleração do arrasto
130
Nós mostramos que a taxa é inversamente proporcional a densidade do ar (
d
ρ
) e
aumenta com a altitude h. Portanto, para o satélite CBERS-1 o arrasto atmosférico
predomina até 600 km de altitude no intervalo entre 600 e 700 km as duas
perturbações são consideráveis e a partir dos 700 km a pressão de radiação predomina
em relação ao arrasto.
Uma questão importante é que, se fazermos o produto da expressão (6.15) com
(6.16) obtemos uma grandeza da ordem de 10
-16
devido ao acoplamento do arrasto
com a pressão, porém, utilizando teoria de perturbação para resolver o sistema
percebemos que esse acoplamento na verdade não é dessa ordem e sim da ordem de
10
-11
. Está queda na ordem de grandeza é devido aos termos do movimento médio os
quais, devido ao processo de integração, aparecem no denominador das expressões de
acoplamento representados por
HGL
N
,,
.
A Tabela 14 e a Figura 8 mostram a variação do semi-eixo maior devido ao
arrasto na solução de ordem um dado pela expressão (4.60), em que variamos o valor
da densidade atmosférica conforme o modelo TD 88. Na Tabela 15 consideramos a
expressão (4.60) e a expressão (4.61), ou seja, consideramos a solução de ordem um e
a solução de ordem dois (acoplamento do arrasto com geopotencial e arrasto com a
pressão) novamente variando a densidade atmosférica.
Variação do semi-eixo maior (km) Tempo em dias
-0,2135407722e-2 1
-0,2041908462e-1 10
-0,4043626776e-1 20
-0,6274065096e-1 30
-0,8962967128e-1 40
-0,1224522864 50
-0,1612631821 60
-0,2046532524 70
-0,2498106202 80
-0,2929004127 90
-0,3295533104 100
Com os dados da Tabela 14 plotamos a Figura 8.
Tabela 14- Variação do semi-eixo maior devido ao arrasto atmosférico (km)
131
Variação do semi-eixo maior (km) Tempo em dias
-0,2136097672e-2 1
-0,2042568203e-1 10
-0,4044933278e-1 20
-0,6276092261e-1 30
-0,8965863115e-1 40
-0,1224918519 50
-0,1613152887 60
-0,2047193806 70
-0,2498913420 80
-0,2929950615 90
-0,3296598078 100
Observamos que a Tabela 15 apresenta uma variação maior que a Tabela 14 na
ordem de 10
-4
, por causa do efeito proveniente do acoplamento do arrasto com o
geopotencial e do arrasto com a pressão.
Tabela 15- Variação do semi-eixo maior devido à solução de
ordem um e a
solução de ordem dois
Figura 8- Variação do semi-eixo maior devido ao arrasto atmosférico
132
Considerando a diferença entre a Tabela 14 com a Tabela 15 obtemos:
Variação do semi-
eixo maior devido à
diferença entre as Tabelas 12 e 13
(km)
Tempo em dias
0,689950e-6 1
0,659741e-5 10
0,1306502e-4 20
0,2027165e-4 30
0,2895987e-4 40
0,395655e-4 50
0,521066e-4 60
0,661282e-4 70
0,807218e-4 80
0,946488e-4 90
0,1064974e-3 100
Com os dados da Tabela 16 plotamos a Figura 9.
Tabela 16- Variação do semi-
eixo maior devido à diferença entre a solução
de ordem um e a solução de ordem dois
Figura 9- Variação do semi-e
ixo maior devido à diferença entre a solução
de ordem um e a solução de ordem dois
133
Apresentamos a Tabela 17 e a Figura 10 em que consideramos a expressão (4.61)
somente os termos de acoplamento entre o arrasto e a pressão de radiação.
Variação do semi-eixo maior (km) Tempo em dias
-0,1819048619e-10 1
-0,1739401467e-9 10
-0,3443753146e-9 20
-0,5340778053e-9 30
-0,7623367944e-9 40
-0,1040393711e-8 50
-0,1368188643e-8 60
-0,1732678731e-8 70
-0,2109962462e-8 80
-0,2466542894e-8 90
-0,2765284421e-8 100
Tabela 17- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do arrasto
com a pressão de radiação
Figura 10- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do
arrasto com a pressão de radiação
134
Utilizando ainda a expressão (4.61) construímos a Tabela 18 e a Figura 11
considerando o efeito do acoplamento do arrasto com o geopotencial.
Variação do semi-eixo maior (km) Tempo em dias
-0,6899321370e-6 1
-0,6597234168e-5 10
-0,1306153087e-4 20
-0,2025660221e-4 30
-0,2891405161e-4 40
-0,3946024623e-4 50
-0,5189291366e-4 60
-0,6573000472e-4 70
-0,8004244616e-4 80
-0,9356949828e-4 90
-0,1049024040e-3 100
Tabela 18- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do
arrasto com o geopotencial
Figura 11- Variação do semi-
eixo maior devido ao acoplamento do arrasto
com o geopotencial
135
Apresentamos também a diferença entre a Tabela 17 e 18 para obtermos a
magnitude dos efeitos considerados, esboçamos os resultados através da Tabela 19 e
da Figura 12.
Variação do semi-eixo maior (km) Tempo em dias
0,6899139465e-6
1
0,6597060228e-5
10
0,1306118649e-4
20
0,2025606813e-4
30
0,2891328927e-4
40
0,3945920584e-4
50
0,5189154547e-4
60
0,6572827204e-4
70
0,8004033620e-4
80
0,9356703174e-4
90
0,1048996387e-3
100
Tabela19- Di
ferença entre os termos de acoplamento do arrasto com
pressão e do arrasto com o geopotencial
Figura 12- Diferença entre os termos de acoplamento do arrasto com
pressão e do arrasto com geopotencial
136
Iremos apresentar o resultado das Figuras 10 e 11 em uma única figura para
efeito de comparação.
Construímos a Tabela 20 para expor a magnitude da variação do semi-eixo maior
devido às forças perturbadoras atuando sobre o satélite CBERS-1.
Esses resultados
são importantes para determinadas missões que necessitam de uma precisão acurada
da órbita do veículo espacial.
Sendo que esta ordem de grandeza representada na Tabela 20 depende das
características do satélite e de sua altitude.
Figura 13- Variação do semi-eixo maior devido ao acoplamento do arrasto
com o geopotencial e do arrasto com a pressão de radiação
137
Forças perturbadoras Variação do semi-
eixo maior (km/
dia)
Arrasto 10
-3
Arrasto acoplado com geopotencial 10
-7
Arrasto acoplado com a pressão 10
-11
No próximo capítulo apresentamos as conclusões e abordagens subseqüentes.
Tabela 20- Magnitude das forças perturbadoras para o satélite CBERS-1
138
CAPÍTULO 7 CONCLUSÃO
Estudamos o movimento translacional de um satélite artificial sujeito à ação do
geopotencial, da pressão de radiação solar direta (considerando a sombra da Terra) e
do arrasto atmosférico.
Expressões analíticas para as perturbações, considerando-se modelos realísticos,
são desenvolvidas e substituídas nas equações de movimento. As equações são
integradas analiticamente por processos de teoria de perturbações permitindo análise
dos termos que compõem a solução. É utilizado o método de perturbação de Hori
(1971) para resolver o sistema não-canônico.
Resolvido o sistema de equações diferencias encontramos, para as perturbações
devidas à pressão de radiação solar, soluções de acordo com Vilhena de Moraes (1978)
e Ferraz Mello (1972). É dada ênfase a variável métrica de Delaunay L em que
fazemos algumas manipulações encontrando resultados convenientes para serem
comparados com trabalhos que citamos ao longo do texto. Para fazermos aplicações
colocamos o resultado em função do semi-eixo maior que o mesmo encontra-se em
função das variáveis de Delaunay.
São feitas algumas aplicações para o satélite CBERS-1 em que as perturbações
consideradas são analisadas determinando a ordem de grandeza de cada efeito
considerado. Na solução de primeira ordem devido a aplicação do método de Hori
(1971) encontramos uma variação para o semi-eixo maior da ordem de 10
-3
km/dia.
Considerando a solução de ordem dois é feita uma análise dos termos de acoplamento
em duas etapas; na primeira consideramos o acoplamento entre o geopotencial e o
arrasto em que obtivemos uma variação para o semi-eixo maior da ordem de 10
-7
km/dia, na segunda etapa consideramos o arrasto e a pressão de radiação, cuja variação
é da ordem de 10
-11
km/dia. Esses resultados são importantes para determinadas
missões que necessitam de uma precisão acurada da órbita do veículo espacial.
139
Principalmente para satélites com grande razão área/massa (VILHENA DE MORAES,
1978) o efeito do acoplamento da pressão de radiação e o geopotencial são muito
importantes.
Mostramos que a ordem do acoplamento da perturbação do arrasto com a pressão
de radiação, não é simplesmente a multiplicação da ordem de ambas as perturbações.
A multiplicação daria uma ordem de grandeza de 10
-16
km/dia e ao utilizarmos a teoria
encontramos, para os termos acoplados uma variação da ordem de 10
-11
km/dia. Está
queda na ordem de grandeza é devido aos termos do movimento médio os quais,
devido ao processo de integração, aparecem no denominador das expressões de
acoplamento.
Expressões Analíticas estão expostas nos capítulos 4, 5 e no apêndice E, sendo
que estas servem para estudos referentes a perturbações seculares nos elementos
orbitais a, e, i, M,
ω
e
. Para estudar os efeitos de curto e longo período apresentamos
no apêndice C as funções periódicas de primeira ordem.
Utilizando o método de Hori (1971), fazemos uma transformação canônica e
obtemos a solução do sistema original sem necessidade de efetuarmos transformação
inversa. Também termos espúrios de Poisson não surgem na resolução do sistema
como os que surgiram no trabalho de Brouwer e Hori (1961). Portanto, o método de
Hori (1971) é eficiente e dinâmico para resolução de sistemas não-canônicos. Outro
fator importante é que a solução encontrada nos permite calcular diretamente a
variação dos seis principais elementos orbitais tanto para analisarmos os efeitos
seculares como também os periódicos, de curto e longo período.
Para trabalhos subseqüentes pode-se melhorar o modelo de densidade TD 88
considerando além dos termos seculares também os termos periódicos que no nosso
caso não são considerados. Sabe-se que o efeito da pressão de radiação depende da
geometria do satélite além da descontinuidade da região entre sombra (esta teoria o
considera o efeito de penumbra) ou iluminado entre outros fatores. Então, é necessária
uma nova modelagem para a pressão de radiação em que considere esses fatores
podendo assim, obter resultados mais convenientes. O satélite CBERS-1, por exemplo,
140
possui um corpo cúbico e painel solar, como a pressão depende da atitude do satélite
ela varia ao longo do tempo. Portanto, podemos perceber a importância de um novo
modelo para a pressão de radiação solar (
ρ
) que no nosso caso é considerado
constante.
Um estudo que pode ser feito em relação a esse trabalho é analisar os efeitos de
curto e longo período proveniente das soluções periódicas, utilizando as expressões do
apêndice C.
141
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149
APÊNDICE A – Geopotencial em termos das variáveis de delaunay
Geopotencial em termos das variáveis de Delaunay dado por Edwin Wnuk (1990a):
)se nc o s(
0
2
2
Ψ+Ψ+=
= = =
k q
m
k q
m
N
m
N
NK
Q
Qq
k m
SC
L
r
V
γ
µµ
) ,()( ,S ,
,2/)(,
2
**
11
eGIA
L
QSQCQC
qkjj
k
jm
j
k q
jm
jm
k q
jm
N
jj
k q
mjm
k q
jm
N
jj
k q
m
==
===
µ
)],
2
1
(2,[ m a xj
,)1( ,
2
)()()(
1
11
)
2
1
(
km
+
+=
=++++=Ψ
+
km
Ekk
mkhmlqkk g
mk
E
γ
π
θ
)(2
11 ko k
kK
δδ
++=
Parteseculardahamiltoniana
H
0
2
0
L
2
4
0
C
2,0
A
20
0
G
2,1,0
2L
6
Parte periódicada hamiltoniana
H
1
1
2L
6
4
C
2,0
Cos
2g
2l
2o
A
20
2
G
2,0,0
Cos
2g
3l
2o
A
20
2
G
2,0,1
Cos
2g
4l
2o
A
20
2
G
2,0,2
Sin
g
l
o
A
20
G
2,
1
2
,0
Sin
g
2l
o
A
20
G
2,
1
2
,1
Sin
g
3l
o
A
20
G
2,
1
2
,2
1
L
2
2
Cos
l
2
h
Sin
l
2
h
0
Cos
2l
2
h
Sin
2l
2
h
0
Cos
h
Sin
h
0
Cos
2
h
Sin
2
h
0
Cos
h
l
Sin
h
l
0
Cos
h
2l
Sin
h
2l
0
Cos
g
h
l
Sin
g
h
l
1
Cos
g
l
2
h
Sin
g
l
2
h
2
Cos
2g
h
2l
Sin
2g
h
2l
2
Cos
2g
2l
2
h
Sin
2g
2l
2
h
4
1
Cos
g
h
2l
C
1
Sin
g
h
2l
S
1
2
Sin
2g
h
3l
C
1
2
Cos
2g
h
3l
S
1
2
1
Cos
g
h
3l
C
1
2
Sin
g
h
3l
S
1
2
2
Sin
2g
h
4l
C
1
4
Cos
2g
h
4l
S
1
4
2
Sin
g
2l
2
h
C
2
Cos
g
2l
2
h
S
2
2
Sin
g
3l
2
h
C
2
2
Cos
g
3l
2
h
S
2
2
4
Cos
2g
3l
2
h
C
2
2
Sin
2g
3l
2
h
S
2
2
4
Cos
2g
4l
2
h
C
2
4
Sin
2g
4l
2
h
S
2
4
150
APÊNDICE B
-
Definição dos termos que aparecem nas expressões de ordem dois
Uma observação que deve ser feita em relação à solução encontrada é que o
movimento médio n
l
, n
g
e n
h
estão representados por:
],,[],,[ hglHGL
nN
=
Iremos representar algumas componentes que estão na solução das equações:
L
GL
p
GL
22
],[
31
=
2
22
],[
2
L
GLG
p
GL
=
2
22
],,[
3
L
GLH
p
HGL
=
224
4224
],[
4
998
1
GLL
GLGL
q
GL
+
=
3
2
],[
2
L
G
q
GL
=
223
22
],[
4
)9(
3
GLL
GLG
q
GL
=
2
],[
4
L
G
q
GL
=
Para os argumentos das funções periódicas temos:
2
)(
,,
π
ψ
klqkkg
hgl
+++=
Θ
+
+
+
=
Θ
δ
γ
β
α
ψ
hgl
hgl ,,,
+++= )(2
,,
lhgl
hgl
γβαψ
++= )(3
,,
lhgl
hgl
γβαψ
2
)()()(
,,,
π
θψ
θ
mkhmlqkkg
hgl
++++=
hglHGL
N
,,],,[
ψ
τ
=
θ
ψ
τ
,,,],,[
2
hglHGL
N
=
Θ
=
,,,],,[
3
hglHGL
N
ψ
τ
hglHGL
N
,,],,[
24
ψ
τ
=
hglHGL
N
,,],,[
35
ψ
τ
=
151
APÊNDICE C – Funções periódicas
As funções periódicas de primeira ordem podem ser substituídas na expressão
(4.18) para encontrar a solução dos termos periódicos e fazer análise em relação aos
termos de curto e longo período que também são importantes para o estudo de satélites
artificiais. Estão aqui representadas:
T
1
ord1
=
E
L, G, H


l
l, g, h
cos
l, g, h
( )
N
L, G, H
+
F1
L, G, H


l
l, g, h,
cos
l, g, h,
( )
N2
L, G, H
+
F2
L, G, H


l
l, g, h,
sin
l, g, h,
( )
N2
L, G, H
-
B
L
cos
l, g, h,
( )
N3
L, G, H
-
A
s
sin
l, g, h
( )
N
L, G, H
-
A
s
p1
L, G
sin

l, g, h
( )
2 N5
L, G, H
-
A
s
p1
L, G
sin

l, g, h
( )
2 N4
L, G, H
T
2
ord1
=
E
L, G, H


g
l, g, h
cos
l, g, h
( )
N
L, G, H
+
F1
L, G, H


g
l, g, h,
cos
l, g, h,
( )
N2
L, G, H
+
F2
L, G, H


g
l, g, h,
sin
l, g, h,
( )
N2
L, G, H
-
B
G
cos
l, g, h,
( )
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L, G, H
-
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G sin
l, g, h
( )
L N
L, G, H
-
A
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L, G
sin

l, g, h
( )
2 N5
L, G, H
-
A
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p2
L, G
sin
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l, g, h
( )
2 N4
L, G, H
T
3
ord1
=
E
L, G, H


h
l, g, h
cos
l, g, h
( )
N
L, G, H
+
F1
L, G, H


h
l, g, h,
cos
l, g, h,
( )
N2
L, G, H
152
+
F2
L, G, H


h
l, g, h,
sin
l, g, h,
( )
N2
L, G, H
-
B
H
cos
l, g, h,
( )
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L, G, H
-
A
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l, g, h
( )
L N
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-
A
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L, G, H
sin
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l, g, h
( )
2 N5
L, G, H
-
A
s
p3
L, G, H
sin
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l, g, h
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L, G, H
T
4
ord1
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

L
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( )
N
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-


L
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L, G, H
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( )
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L
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L, G, H
cos
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N2
L, G, H
+
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+
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-
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-
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-
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2
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L
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G
C
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g
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-
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2
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L
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F2
L, G, H
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l, g, h,
( )
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
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N2
L, G, H
2
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2
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2
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2
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2
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2
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G
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l, g, h
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L, G, H
2
+

2

L
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G
C
L, G, H
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L, G, H


l
l, g, h,
cos
l, g, h,
( )
N2
L, G, H
2
+

2

G
2
C
L, G, H
F2
L, G, H
cos
l, g, h,
( )


g
l, g, h,
N2
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2
156
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2
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2
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G
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L, G, H
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H
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G
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C
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l, g, h
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L, G, H
2
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2
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H
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C
L, G, H
A
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p3
L, G, H
cos

l, g, h
( )
2 N4
L, G, H
2
159
APÊNDICE D Programa em linguagem Fortran para calcular a densidade
atmosférica
O modelo, programado em linguagem Fortran, para calcular a densidade atmosférica
utilizando o TD 88 é representado a seguir (SEHNAL; POSPÍSILOVÁ, 1988):
SUBROUTINE TD88
(DAY,EFX,EFBAR,AKP,ALTI,HL,ALAT,ROA,DENSCH)
C
C....................................................................
C
C INPUT
C DAY ...... DAY NUMBER IN THE YEAR
C EFX ...... SOLAR FLUX ON 10.7 CM FOR DAY - 1
C EFBAR .... MEAN SOLAR FLUX
C AKP ...... GEOMAGNETIC KP INDEX FOR HL - 3
C ALTI ..... ALTITUDE IN KM
C HL ....... LOCAL TIME IN HOURS
C ALAT ..... LATITUDE IN DEGREES
C
C OUTPUT
C ROA ...... TOTAL DENSITY (KG/M**3)
C DENSCH.... DENSITY SCALE HEIGHT
C...................................................................
C
IMPLICIT REAL *8 (A-H,O-Z)
REAL*8 K
00210 DIMENSION K (7,4),G(12),H(7),A(8),D(7)
DATA P3,P4,P5,P6,P7/263D0,-263D0,-29.41D0,8.0913D0,10.0813D0/
DATA K/ 2.96815D-15, 2.81456D-14,-1.23300D-14,-1.14892D-17,
1 -3.90065D-16, 7.42439D-15,-3.41594D-16,
2 7.66373D-09,-4.40149D-09, 1.18107D-10,-1.59664D-11,
3 -2.40755D-10, 6.43785D-11, 7.44666D-12,
4 1.65738D-10, 3.34283D-10,-1.47817D-10,-6.46708D-12,
5 -1.39856D-11, 1.36185D-10, 4.54160D-12,
6 3.87086D-11, 9.35229D-11,-1.51755D-12,-2.04955D-12,
7 -3.05949D-12, 3.51700D-11, 2.07975D-12/
DATA
A/0.007D0,0.2875D0,0.04762D0,0.0471D0,2*7D0,0.3333D0,15D0/
00320 DATA CDR/0.01745329252D0/,PI/3.14159265D0/
C
C ................................................................
C
00360 ALAR=ALAT*CDR
160
00370 DPI=2D0*PI
00380 OV=DPI/365D0
00390 OM=DPI/24D0
00400 FX=1D0+A(1)*(EFX-EFBAR)
00410 AK0=1D0+A(3)*(AKP-3D0)
00420 FM=(EFBAR-60D0)/160D0
00430 F0=A(2)+FM
00440 DA=DCOS(ALAR)
C
C ..............................................................
C
00480 G(1)=1D0
00490 G(2)=FM/2D0+A(4)
00500 G(3)=DSIN(OV*(DAY-P3))*DSIN(ALAR)
00510 G(4)=(A(5)*FM+1D0)*DSIN(OV*(DAY-P4))
00520 G(5)=(A(6)*FM+1D0)*DSIN(2D0*(OV*(DAY-P5)))
00530 G(6)=(A(7)*FM+1D0)*DSIN(OM*(HL-P6))*DA
00540 G(7)=(A(8)*FM+1D0)*DSIN(2D0*(OM*(HL-P7)))*DA*DA
C
C ...............................................................
C
90 DO 45 N=1,7
00590 H(N)=0D0
00600 D(N)=0D0
DO 45 J=2,4
00620 AUX=K(N,J)*DEXP((120D0-ALTI)/29D0/(J-1))
00630 D(N)=D(N)+AUX
00640 H(N)=H(N)-AUX/29D0/(J-1)
45 CONTINUE
00660 D(N)=D(N)+K(N,1)
00670 ROA=0D0
00680 DROA=0D0
00690 DO 41 I=1,7
00700 DROA=DROA+H(I)*G(I)
41 ROA=ROA+D(I)*G(I)
00720 DENSCH=-ROA/DROA
00730 ROA=ROA*FX*F0*AK0
C
C ...............................................................
C
00770 RETURN
00780 END
161
APÊNDICE E Solução de ordem dois devido aos termos seculares das variáveis
angulares l, g e h
Z
4
ord2
=
-
1
4 N
L, G, H
3
N2
L, G, H
3
L
5
-2 O A
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L, G, H
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N2
L, G, H
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L
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L, G, H
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g
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L, G, H
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L, G, H
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L, G, H
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- E
L, G, H
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
g
l, g, h
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
L
E
L, G, H
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
G
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L, G, H
N
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- F2
L, G, H

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h
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
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L, G, H
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L
5
- F1
L, G, H
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L, G, H
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L, G, H
N
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L, G, H
L
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- E
L, G, H
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l
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
L
E
L, G, H
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L
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N
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l
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L, G, H
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L
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L
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3
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2
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3
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G
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L, G, H
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L, G, H
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G
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C
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g
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C
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L, G, H
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L
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L, G, H
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C
L, G, H
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H
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L, G, H
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
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N
L, G, H
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5
+
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L, G, H
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2
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3
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L
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H
2
C
L, G, H
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
163
+
F1
L, G, H
2


g
l, g, h,
2

3

L
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G
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C
L, G, H
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+
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2

G
2
C
L, G, H
F2
L, G, H


g
l, g, h,
2


L
F2
L, G, H
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
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5
+
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2
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G
2
C
L, G, H
E
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g
l, g, h
2
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L
E
L, G, H
N
L, G, H
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L, G, H
3
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5
- 2
F1
L, G, H
2
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l, g, h,
2
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2
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2
C
L, G, H
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L
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3
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5
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L, G, H
2
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2
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H
C
L, G, H
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N
L, G, H
N2
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3
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5
+ 2 F1
L, G, H


l
l, g, h,
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2
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L
2
F1
L, G, H
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
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5
- 6
F1
L, G, H
2
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l, g, h,
2
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l
l, g, h,
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H
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
+ 6
2
E
L, G, H


l
l, g, h
2
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
L
E
L, G, H
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
+ 2


G
F1
L, G, H


L
F1
L, G, H


g
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
L
5
- 12
F2
L, G, H
2


l
l, g, h,
2
2
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
+ 6
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
L
F2
L, G, H
2
F2
L, G, H


l
l, g, h,
2
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
- 6
E
L, G, H
2
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
h
l, g, h
2
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
l
l, g, h


H
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
+ 6


G
E
L, G, H
2
E
L, G, H


g
l, g, h


l
l, g, h
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
+ 2


L
F1
L, G, H
2


l
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
L
5
164
+ 2


H
F1
L, G, H


L
F1
L, G, H


h
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
L
5
+ 6
2
F1
L, G, H


l
l, g, h,
2


L
F1
L, G, H
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
+ 2


G
F2
L, G, H


L
F2
L, G, H


g
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
L
5
+ 2


L
E
L, G, H
2


l
l, g, h
N
L, G, H
2
N2
L, G, H
3
L
5
+ 2


H
F2
L, G, H


L
F2
L, G, H


h
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
L
5
+ 2


L
F2
L, G, H
2


l
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
L
5
+ 6 F2
L, G, H


h
l, g, h,
2


H
F2
L, G, H


l
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
+ 3 E
L, G, H


h
l, g, h
2


H
E
L, G, H


l
l, g, h
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
+ 6 F2
L, G, H


g
l, g, h,
2


G
F2
L, G, H


l
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
- 12
F1
L, G, H
2
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
l
l, g, h,
2
2
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
- 6
F2
L, G, H
2


g
l, g, h,
2


l
l, g, h,


G
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
+ 6 F1
L, G, H


h
l, g, h,
2


H
F1
L, G, H


l
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
- 6
F1
L, G, H
2


g
l, g, h,
2


l
l, g, h,


G
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
- 6
F2
L, G, H
2


h
l, g, h,
2


l
l, g, h,


H
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
165
- 6
E
L, G, H
2
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
g
l, g, h
2


l
l, g, h


G
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
+ 2


G
E
L, G, H


L
E
L, G, H


g
l, g, h
N
L, G, H
2
N2
L, G, H
3
L
5
+ 6


G
F1
L, G, H
2
F1
L, G, H


g
l, g, h,


l
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
- 12
E
L, G, H
2


l
l, g, h
2
2
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
+ 2 F2
L, G, H


h
l, g, h,

2

L

H
F2
L, G, H
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
L
5
+ 3

2

L
2
C
L, G, H
E
L, G, H


l
l, g, h
2


L
E
L, G, H
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
- 2
E
L, G, H
2


l
l, g, h

2

L

G
C
L, G, H


g
l, g, h


L
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
-
2
F1
L, G, H
2


l
l, g, h,

2

L

H
C
L, G, H


h
l, g, h,


L
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
5
+ 2
F1
L, G, H
2


l
l, g, h,

3

L
2

G
C
L, G, H


g
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 2
E
L, G, H
2


l
l, g, h

3

L
2

G
C
L, G, H


g
l, g, h
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
+ 2

2

H

G
C
L, G, H
F1
L, G, H


h
l, g, h,


L
F1
L, G, H


g
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L,
G, H
L
5
+ 3

2

L

H
C
L, G, H
E
L, G, H


h
l, g, h


L
E
L, G, H


l
l, g, h
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
+ 2


G
E
L, G, H

2

L
2
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h


l
l, g, h
N
L,
G, H
N2
L, G, H
3
L
5
166
- 2
E
L, G, H
2
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
g
l, g, h
2

2

L

G
C
L, G, H


G
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
+ 4

2

L

G
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h


L
E
L, G, H


l
l, g, h
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
+ 2 F1
L,
G, H


g
l, g, h,

2

L
2
C
L, G, H


G
F1
L, G, H


l
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 4


L
F2
L, G, H

2

L

G
C
L, G, H
F2
L, G, H


l
l, g, h,


g
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
- 2
F2
L, G, H
2


h
l, g, h,

2

L

G
C
L, G, H


g
l, g, h,


H
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
5
+ 2


G
E
L, G, H

2

L

H
C
L, G, H
E
L, G, H


g
l, g, h


h
l, g, h
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
- 2
F2
L, G, H
2


l
l, g, h,
2

2

L
2
C
L, G, H


L
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
5
+ 2


G
F2
L, G, H

2

L

G
C
L, G, H
F2
L, G, H


g
l, g, h,
2
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 2


H
F1
L, G, H

2

L
2
C
L, G, H
F1
L, G, H


h
l, g, h,


l
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L,
G, H
L
5
+ 2
F2
L, G, H
2


g
l, g, h,

3

L

H

G
C
L, G, H


h
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 2 F2
L, G, H


h
l, g, h,

2

L

G
C
L, G, H


H
F2
L, G, H


g
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
- 2
F1
L, G, H
2


g
l, g, h,
2

2

L

G
C
L, G, H


G
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
5
+ 2 F1
L, G,
167
H


h
l, g, h,

2

L

G
C
L, G, H


H
F1
L, G, H


g
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
- 2
E
L, G, H
2


g
l, g, h

2

L
2
C
L, G, H


l
l, g, h


G
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
+
2


G
F1
L, G, H

2

L

H
C
L, G, H
F1
L, G, H


g
l, g, h,


h
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 2

2

H

G
C
L, G, H
F2
L, G, H


h
l, g, h,


L
F2
L, G, H


g
l, g,
h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 2 E
L, G, H


g
l, g, h
2

2

L

G
C
L, G, H


G
E
L, G, H
N
L, G, H
N2
L, G, H
3
L
5
+ 2 E
L, G, H


l
l, g, h

2

L
2
E
L, G, H
N
L, G, H
2
N2
L, G, H
3
L
5
- 2
F2
L, G, H
2
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
h
l, g, h,
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2
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L
2
C
L, G, H
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l
l, g, h,

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H
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
5
+ 4
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2
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L
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H
C
L, G, H
F2
L, G, H
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F2
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L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 2 E
L, G, H
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h
l, g, h
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2
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L

H
E
L, G, H
N
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2
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L, G, H
3
L
5
+ 3
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L
F2
L, G, H

2
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L
2
C
L, G, H
F2
L, G, H


l
l, g, h,
2
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 2 F2
L, G, H


g
l, g, h,

2
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L

G
F2
L, G, H
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
2
L
5
+ 4
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L
F1
L, G, H
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2
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L

G
C
L, G, H
F1
L, G, H


l
l, g, h,


g
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L, G, H
L
5
+ 2 F2
L, G, H


g
l, g, h,

2

L

H
C
L, G, H


G
F2
L, G, H


h
l, g, h,
N
L, G, H
3
N2
L,
168
G, H
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+
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+
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+
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+
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+
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+
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L, G, H
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
g
l, g, h,
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H
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
g
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
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- F1
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g
l, g, h
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
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
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g
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3
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F2
L, G, H
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G
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g
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
H
N
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L, G, H
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C
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H
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l
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L
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H
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G
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N2
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+ 2
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F1
L, G, H
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
H
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
g
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F1
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
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

G
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

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+
2
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2
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
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
g
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N2
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
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
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l, g, h,


H
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L, G, H
N
L, G, H
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188
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+ 2 E
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

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
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
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E
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N2
L, G, H
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N
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

H
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
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
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G
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g
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+ 4
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H
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2
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L
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C
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
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N2
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2
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2
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
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l, g, h,
N2
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G
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L, G, H
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
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N2
L, G, H
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L, G, H
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L, G, H
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
l
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2

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G
C
L, G, H
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L
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
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
l
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H
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G
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L, G, H
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g
l, g, h,

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L
N2
L, G, H
N
L, G, H
3
L
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+ 2 F2
L, G, H

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l
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
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H
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C
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L
F2
L, G, H

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
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C
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
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L
N
L, G, H
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L, G, H
3
L
4
+ 2 F1
L, G, H
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l, g, h
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192
193
APÊNDICE F- Funções geratrizes
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7
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2
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+
35 H
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L
7
G
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L
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G
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2
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2
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1
+
1
L n
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2
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G
4
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45 H
2
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+
3
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-
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+
135 H
2
4 G
10
-
385 H
4
8 G
12
-
15
2 L
6
G
5
+
15
2 L
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G
7
+
3
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4
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4
3
8 G
7
-
15 H
2
4 G
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35 H
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-
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G
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A
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1
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-
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2
a
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-
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2
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13
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G
5
-
5
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J
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4
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135 H
2
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-
385 H
4
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12
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5
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G
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J
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-
385 H
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G
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-
5
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3
G
7
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J
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2 G
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35 H
3
2 G
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-
15
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35 H
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2 G
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15
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J
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2
+
1
8
3
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3
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3
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1
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1
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4
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L
3
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6
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3
8
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4
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4
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10
-
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3
2 G
12
3
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5
G
5
-
5
2 L
3
G
7
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3
8
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J
4
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e
4
-
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9
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3
2 G
11
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15
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5
G
6
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35
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G
8
A
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G
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