energia do v´acuo fosse t˜ao grande quanto prevista por essas teorias, o universo
em que vivemos seria dra sticamente diferente (veja, e.g., [15] para uma discuss˜ao
qualitativa desse pro blema).
Para agravar ainda mais a situa¸c˜ao, resultados observacionais recentes, tais
como medidas de distˆancia-luminosidade a partir de supernova s do tipo Ia
(SNe Ia) [16, 17, 18, 19], anisotropias na radia¸c˜ao c´osmica de fundo (RCF)
[20], estimativas da fra¸c˜ao de mat´eria escura e bariˆonica em aglomerados de
gal´axias [21] e estimativas da idade do universo [22, 23, 24] indicam que
vivemos em um universo espacialmente plano e que se expande aceleradamente,
sendo que, cerca de 70% de seus constituintes est˜ao na forma de uma
componente ex´otica denominada energia escura, cujo candidato mais prov´avel
´e a constante cosmol´ogica. Essas indica¸c˜oes observacionais para o valor da
constante cosmol´ogica est˜ao entre 50 − 120 ordens de magnitudes abaixo das
previs˜oes te´oricas. Ta l discrepˆancia constitui o chamado problema da constante
cosmol´ogica [5, 6, 7, 9]. Este problema tem-se mostrado t˜ao impass´ıvel de solu¸c˜ao
que alguns autores o comparam com os resultados nulos das experiˆencias de
Michelson-Morley no final do s´eculo XIX e que s´o uma nova teoria fundamental
da F´ısica poderia resolvˆe-lo [25].
Teorias ainda n˜ao muito bem estabelecidas tamb´em n˜ao oferecem uma
explica¸c˜ao satisfat´oria ao problema da constante cosmol´ogica. Diante desse
dilema, surgiram no final da d´ecada de 80 v´arias propostas fenomenol´ogicas
como tentativas de resolvˆe- lo . Nessas propostas, o termo cosmol´og ico ´e pensado
como sendo uma entidade dinˆamica que varia ao longo da expans˜ao do universo
[26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33]. Em tais modelos, n˜ao se chega propriamente a uma
solu¸c˜ao do problema, mas permite que ele seja reformulado de modo a indicar um
novo caminho ainda n˜ao considerado. Dessa forma, sugerem-se leis baseadas em
argumentos f´ısicos plaus´ıveis, onde o termo cosmol´ogico ´e uma fun¸c˜ao decrescente
do tempo. Apesar de alguns desses modelos explicarem de maneira razo´avel o
universo o bserva do , eles n˜ao s˜ao derivados de primeiros princ´ıpios. No sentido de
estabelecer um status melhor para esses cen´arios fenomenol´ogicos faz-se necess´ario
relacion´a-los de alg uma maneira a teorias mais fundamentais.
Um caminho poss´ıvel para chegar a esse proposito ´e fa zendo uma descri¸c˜ao de
campo escalar para tais modelos. Uma vez que teoria s de part´ıculas element ares
prevˆeem a existˆencia de tais campos em determinadas condi¸c˜oes de energia e
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