Download PDF
ads:
1
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Administrativas
Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas
Evidências Empíricas dos Fatores Determinantes das Políticas de
Dividendos das Firmas no Brasil
Wanderley Ottoni Ferreira Junior
São Paulo
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
Wanderley Ottoni Ferreira Junior
Evidências Empíricas dos Fatores Determinantes das Políticas de
Dividendos das Firmas no Brasil
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Administração de Empresas da
Universidade Presbiteriana Mackenzie para
obtenção do título de Mestre em Administração
de Empresas.
Orientador: Prof. Dr. Wilson Toshiro Nakamura
São Paulo
2006
ads:
3
Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Professor Dr. Manasses Claudino Fontelis
Coordenadora Geral da Pós-Graduação
Professor Dr. José Geraldo Simões Junior
Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas Contábeis e Administrativas
Professor Dr. Reynaldo Cavalheiro Marcondes
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Administração de
Empresas
Professora Dra. Eliane Pereira Zamith Brito
4
DEDICATÓRIA
Ao meu pai (in memorium) e mãe, pelo amor e pelo exemplo
entregues por toda uma vida, ao meu irmão, irmã e
respectivas famílias pelo apoio, carinho e paciência.
Aos meus sobrinhos e sobrinhas, que felicidade.
À Wayne Alves e família por uma vida ao meu lado.
À todos aqueles nunca citados cuja existência parecemos
esquecer mas que, de fato, nunca a notamos; pelas vezes em
que não pude estender-lhes a mão.
5
Agradecimentos
Meu primeiro agradecimento não poderia ser para outra
pessoa que não Wilson Toshiro Nakamura amigo e orientador que
soube com humildade, conhecimento e paciência conduzir-me e
apoiar-me pessoal e profissionalmente durante todo este período,
sua contribuição vai muito além das páginas que este caderno
encerra e traz novo significado ao meu futuro; sem a sua presença
este trabalho não seria possível.
Meus sinceros agradecimentos também à Diógenes Leiva
Martin, sua energia e dedicação valiosas foram decisivas para que
a apresentação do presente estudo tomasse corpo e forma.
Agradeço também ao prof. Emerson Marçal e a Alexandre
Mendes cujas contribuições em momentos críticos permitiram que
eu continuasse seguindo adiante. Ao prof.s Eduardo Kayo e Sérgio
Lex pela amizade e solidariedade durante esta jornada. À Prof.
Eliane Zamith Brito pelo apoio e orientação espontâneos, desde o
princípio, dando-me norte para o dia de hoje e o de amanhã.
Quero estender minha gratidão e reconhecimento à todo o
corpo docente do núcleo de Pós-Graduação do Mackenzie pela sua
postura e contribuição ímpares para minha formação, à Dagmar
Dollinger e toda a equipe de apoio da Escola sempre receptivos e
dispostos a buscar soluções para alunos novos aflitos com velhos
problemas. Não poderia deixar de agradecer aos colegas do grupo
de finanças, à Patrícia, Mariano, Carlos, Elesbão, Paulo e Sérgio
por suas participações dentro e fora de aula, pela amizade e
companheirismo.
Qualquer esforço para registrar todos aqueles que no campo
pessoal, familiar ou profissional estiveram ao meu lado para que eu
pudesse inciar, participar e concluir este projeto será injusto, mas
quero registrar João Buzone Junior, pai que a vida me trouxe e que
faz a palavra padrinho adquirir caráter superlativo, Samuel
Angarita guia para minha elevação, Samantha Gaeta, Cassia
Buffolin, Ana B., José Orlando Barilli, Edson&Ana Pfeiffer, e os
amigos da Lonza do Brasil.
À todos e a cada um de vocês, citados acima ou não, muito
obrigado.
Que a fé que me trouxe até aqui, permita que eu possa
retribuir tantas graças recebidas.
6
RESUMO
A política de dividendos tem sido um dos temas mais recorrentes na literatura
financeira. As decisões de dividendos têm impacto em inúmeros aspectos do dia-a-dia das
firmas, como, por exemplo, na mitigação de conflitos de agência ou na definição do nível de
fundos retidos para financiar oportunidades futuras de investimento ou no reflexo na
composição de sua estrutura de capital entre outras. A diversidade e as divergências nos
estudos foram os motivadores da escolha do tema para a realização deste estudo, cujo objetivo
foi analisar os fatores determinantes das políticas de dividendos no Brasil. Dois modelos
foram utilizados, Dados de Corte e Painel de Dados Estático, os resultados alcançados
mostraram relação positiva com a Escola de Pensamento da Relevância dos Dividendos,
evidenciada pela Teoria de Lintner e pela Teoria de Agência expressa através de oportunidade
de crescimento e tamanho de firma. O estudo teve como amostra as firmas listadas na Bolsa
de Valores de São Paulo (BOVESPA) no período compreendido entre Dezembro de 1997 e
Dezembro de 2004.
7
ABSTRACT
The Dividend Policy has been one of the most recurrent themes in the financial
literature, whose approach covers its several aspects and inter-relations. The dividend
decisions impact many subjects of the daily routines of the firms, for instance, the mitigation
of agency conflicts or the definition of the level of retained earnings to finance future
investment opportunities or even reflecting in the capital structure profile, amongst others.
The diversity and the divergencies found in the articles about the Dividend Policies adopted
by the firms were the reasons to choose this subject for this study, which aims to analyse the
determinants of the Dividend Policies, in place, of the Brazilian firms based on the related
theories. Two models were used, Cross Section e Static Panel Data, the results achieved
presented the prevalence of the Relevance of Dividends, expressed by the Lintner Theory and
the Agency Theory, the latter thru the growth oportunities and the firm size. The study's
sample was the firms listed in the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) in the period from
December 1997 to December 2004.
8
Se o teu projeto for para um ano,
semeia o grão.
Se o teu projeto for para dez anos,
planta uma árvore.
Se o teu projeto for para cem anos,
educa o povo.
Provérbio Chinês
9
SUMÁRIO
I INTRODUÇÃO..................................................................................13
I.1 Tema e Justificativa..............................................................................13
II OBJETIVO..........................................................................................27
III REVISÃO DE LITERATURA..........................................................28
III.1 Um breve histórico sobre o surgimento dos dividendos......................30
III.2 Considerações Iniciais sobre Decisões de Financiamento...................32
III.2.1 Trade-Off Theory..................................................................................32
III.2.2 Pecking Order Theory..........................................................................33
III.3 Informação Total..................................................................................34
III.3.1 Miller e Modigliani..............................................................................34
III.3.2 Efeito Clientela (Clientelle Effect).......................................................36
III.4 Assimetria de Informação....................................................................38
III.4.1 A Teoria da Sinalização (Signalling Theory).......................................39
III.4.2 A Teoria de Agência (Agency Theory).................................................43
III.4.3 A teoria da Propriedade Interna (Insider Ownership)..........................46
III.5 Princípios Comportamentais................................................................49
III.5.1 Finanças Comportamentais (Behavioral Finance)...............................49
III.5.2 Lintner..................................................................................................52
III.5.3 A Teoria do Pássaro-na-mão (Bird-in-Hand Theory)..........................54
III.5.4 A Teoria dos Dividendos Residuais....................................................55
III.5.5 Aspectos Gerais das Políticas de Dividendos......................................57
III.6 A questão tributária no Brasil..............................................................62
III.6.1 Os Dividendos.....................................................................................62
III.6.2 Os Juros sobre o Capital Próprio.........................................................63
III.7 A questão do Valor..............................................................................66
III.8 As Três Escolas de Pensamento..........................................................69
III.9 Estudos Empíricos...............................................................................72
IV METODOLOGIA............................................................................100
IV.1 Método...............................................................................................100
IV.2 Amostra.............................................................................................101
IV.3 Definição das Variáveis....................................................................104
IV.4 Modelo..............................................................................................107
IV.4.1 O Modelo de Regressão Linear Múltipla..........................................108
IV.4.2 O Modelo de Painel de Dados...........................................................111
V RESULTADOS.................................................................................121
V.1 Estatística Descritiva…………………………………....….....…….121
V.2 Modelo de Regressão Linear Múltipla……….………....….....…….126
V.2.1 Comentários sobre os resultados........................................................135
V.3 Modelo de Painel de Dados….………………………....…......…….141
V.3.1 Comentários sobre os resultados........................................................146
VI CONCLUSÃO...................................................................................150
VII BIBLIOGRAFIA..............................................................................153
VII.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................153
VII.2 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA………………….….…....……159
VIII APÊNDICE…………….…………………………….........………...167
10
Lista de Tabelas
Tabela - 001 - As 50 Maiores "Instituições".................................................................. 14
Tabela - 002 - A lista das 50 maiores "Instituições"...................................................... 15
Tabela - 003 - Estatística Descritiva............................................................................... 122
Tabela - 004 - Matriz de Correlação -
Variável Dependente - IPDIV (Payout Ratio)........................................ 129
Tabela - 005 - Matriz de Correlação - Variável Dependente -
RENDIV (Dividend Yield)...................................................................... 129
Tabela - 006 - Fator de Inflação da Variância dos Modelos.......................................... 130
Tabela - 007 - Teste de White para heteroscedasticidade.............................................. 136
11
Lista de Quadros
Quadro - 001 - Perfil de Pagamento da Amostra............................................................... 102
Quadro - 002 - Resultados do Primeiro Objetivo Específico -
Var.Depend.: IPDIV (Payout Ratio)……………………………………. 131
Quadro - 003 - Resultados do Segundo Objetivo Específico -
Var.Depend.: RENDIV (Dividend Yield)……………………………….. 131
Quadro - 004 - Resultados do Primeiro Objetivo Secundário -
Var.Depend.: IPDIV (Payout Ratio)……………………………………. 132
Quadro - 005 - Resultados do Primeiro Objetivo Secundário -
Var.Depend.: RENDIV (Dividend Yield)……………………………….. 132
Quadro - 006 - Resultados do Segundo Objetivo Secundário -
Var.: TAM1 (Valor de Mercado)............................................................... 133
Quadro - 007 - Resultados do Segundo Objetivo Secundário -
Var.: TAM2 (Ativos Totais)...................................................................... 133
Quadro - 008 - Resultados do Segundo Objetivo Secundário -
Var.: TAM3 (Vendas Líquidas)................................................................. 133
Quadro - 009 - Resultados do Terceiro Objetivo Secundário -
Var.Depend.: IPDIV (Payout Ratio)………………...…………………... 134
Quadro - 010 - Resultados do Terceiro Objetivo Secundário -
Var.Depend.: RENDIV (Dividend Yield)…………...…………………… 134
12
Lista de Figuras
Figura - 001 - Capitalização Relativa - Países Industrializados....................................... 17
Figura - 002 - Capitalização Relativa - Países Emergentes.............................................. 17
Figura - 003 - Capitalização Média - Países Industrializados.......................................... 18
Figura - 004 - Capitalização Média - Países Emergentes................................................. 18
Figura - 005 - Juros e Bolsa de Valores - 1994-99........................................................... 19
Figura - 006 - Capitalização de Mercado.......................................................................... 20
Figura - 007 - BOVESPA - Valores de Mercado dos Índices........................................... 21
Figura - 008 - Evolução IBOVESPA versus IBrX-50...................................................... 21
Figura - 009 - Volume Médio Diário................................................................................ 21
Figura - 010 - Participação dos Investidores no Volume Total
Negociado no Ano (%).............................................................................. 22
Figura - 011 - IPDIV (Payout Ratio)............................................................................... 123
Figura - 012 - RENDIV (Dividend Yield)........................................................................ 123
Figura - 013 - INSTREC ln(EBITDA) (Cross)................................................................ 123
Figura - 014 - INSTREC desvios da média do ln(EBITDA) (Panel)............................... 123
Figura - 015 - OPOR (Market-to-Book Ratio).................................................................. 124
Figura - 016 - TAM1 ln(Valor de Mercado)..................................................................... 124
Figura - 017 - TAM2 ln(Ativos Totais)............................................................................ 124
Figura - 018 - TAM3 ln(Vendas Líquidas)....................................................................... 124
Figura - 019 - ESTDIV Div
13
I - INTRODUÇÃO
I.1 - Tema e Justificativa
Dividendos existem e são pagos praticamente em todas as partes do mundo, mas
baseado em que as firmas definem suas políticas que regulam o pagamento de dividendos?
Entre outras razões possíveis podemos citar que talvez seja por não terem outras opções mais
atrativas para fazer uso de seu de caixa, talvez por razões tributárias ou legais, talvez devido
ao perfil de seus acionistas, talvez por apresentarem excesso de caixa e querer simplesmente
reduzi-lo ou talvez queiram reduzi-lo para este não se tornar objeto de uso inadequado pelos
seus gerentes. Talvez ainda por uma combinação de alguns destes fatores, ou num caso
extremo por nenhum dos motivos acima ou algum aqui não citado.
Buscar uma explicação possível para a pergunta acima é o objetivo deste estudo,
veremos que existem diversas teorias que buscam suportar uma ou algumas das razões
apresentadas acima, além de outras que aparecerão ao longo do texto. Com base nestas teorias
buscaremos encontrar a razão ou o conjunto de razões que caracterizam as políticas e práticas
de dividendos das firmas. Antes, porém, acreditamos ser necessário caracterizar a importância
que os dividendos se revestem, consideradas as firmas e o meio no qual existem.
A política de dividendos pode ter sua importância caracterizada:
- pela sua relevância econômica
- por abordar um dos temas mais críticos em finanças, a saber:
- pela abrangência das áreas que envolve
- pela falta de consenso que ainda pesa sobre o tema
No tocante ao primeiro quesito acima, a sua relevância econômica está relacionada à
magnitude dos mercados de capitais e das firmas que neles operam. Entre as formas que as
14
firmas se organizam: firmas individuais, sociedades por quotas e sociedades por ações, as
últimas são de longe as melhores e mais bem sucedidas, suportadas pelo modelo de separação
de propriedade do controle.
O pagamento de dividendos está diretamente associado às sociedades por ações, para
ilustrarmos a representatividade destas firmas podemos dizer que elas são usualmente
apresentadas com base em seu valor de mercado ou de capitalização, que é o produto do
número total das ações da firma pelo valor de mercado da ação. Se alinharmos as maiores
firmas existentes pelo seu valor de capitalização lado a lado com os países de maior economia
do planeta veremos que muitas firmas têm uma representatividade e pujança econômica maior
que diversos países. A tabela abaixo foi preparada para ilustrar este impacto englobando o
15
Tabela - 002 - Lista das 50 maiores "Instituições"
Nas 20 primeiras posições só países Nas 30 seguintes: países e firmas
# pos. "Instituição" USD (000) # pos. "Instituição" USD (000)
1
Estados Unidos
10.871.095 21
Tailândia
470.086
2
China
6.435.838 22
Argentina
444.627
3
Japão
3.582.515 23
Polônia
443.937
4
Í
ndia
3.096.239 24
General Electric
372.089
5
Alemanha
2.279.134 25
Filipinas
352.179
6
França
1.632.119 26
Microsoft
326.639
7
Reino Unido
1.606.853 27
Colômbia
301.216
8
Itália
1.559.321 28
Exxon Mobil
299.820
9
Brasil
1.371.655 29
Bélgica
293.843
10
Rússia
1.318.827 30
Paquistão
292.641
11
Cana
963.550 31
Arábia Saudita
281.121
12
México
934.553 32
Wal-Mart Stores
273.219
13
Espanha
915.072 33
Egito
266.843
14
Coréia do Sul
858.028 34
Ucrânia
264.604
15
Indonésia
721.583 35
Citigroup
255.299
16
Austrália
579.662 36
Pfizer
249.020
17
Turquia
477.256 37
Bangladesh
246.526
18
Holanda (Países Baixos)
476.912 38
Á
ustria
241.548
19
Á
frica do Sul
475.215 39
Malásia
240.210
20
Irã
474.383 40
Suécia
238.727
41
Suíça
221.687
42
Grécia
213.314
43
Intel
203.838
44
Vietnã
202.462
45
BP
200.794
46
Argélia
198.890
47
Johnson & Johnson
197.912
48
Hong Kong, China
191.031
49
Royal Dutch/Shell
189.913
50
A
merican International Group
188.464
Elaborado por este autor à partir de:
Site: www.ipib.com.br
Site: htttp://specials.ft.com/ft500
Dissemos acima, que sua relevância econômica está associada à magnitude dos
mercados de capitais e às firmas que neles atuam, pudemos até o presente momento fazer uma
breve exposição da expressividade das firmas, vejamos agora o papel dos mercados de
capitais.
O crescimento do setor produtivo é vital para a economia de qualquer país e requer
para tanto investimentos contínuos para a expansão/melhoria da sua capacidade de produção,
este investimento pode ser financiado, grosso modo, por 3 formas:
16
- pelo autofinanciamento através de recursos próprios gerados pela operação
das próprias firmas
- pelo governo através de mecanismos oficiais de fomento
- através do uso do mercado de capitais
Podemos observar que a primeira opção é com certeza a mais simples, e por isto
mesmo, com maiores limitações, a segunda opção por sua vez estará sujeita à críticas e
distorções, no mínimo no tocante à interferência do Estado na economia. Resta, pois, a
terceira opção como a que apresentará o desempenho mais eficiente, através da qual
promover-se-á a pulverização da propriedade do capital, e que permitirá aos poupadores a
chance de alcançar rendimentos melhores que os proporcionados por outras opções
financeiras.
Neste rol de poupadores podemos destacar os fundos de pensão, seguradoras e outros
investidores institucionais, com capacidade de grande aporte e ainda com capacidade para
monitorar o desempenho das firmas nas quais investem.
Falamos acima em rendimentos aos poupadores, afinal como este rendimento se dará?
Através da remuneração ao acionista, que o receberá na forma do pagamento de dividendos
ou através de ganhos de capital.
A relevância que o funcionamento destes mercados se reveste pode ser ilustrada
através da aferição do Índice de Capitalização Relativa, que é obtido pela razão entre o valor
total das ações negociadas em bolsa (Valor de Mercado) e o Produto Interno Bruto (PIB), uma
medida usada muito comumente. Vejamos como este índice se comporta quando comparamos
os países desenvolvidos, ou industrializados, com os países em desenvolvimento, ou
emergentes; dos quadros a seguir podemos tirar 2 conclusões: como este índice é superior nos
17
países industrializados frente aos emergentes, e como a presença de um mercado de capitais
forte é significativa e mensurável relativamente ao crescimento de um país.
Figura – 001- Capitalização Relativa: Países Industrializados
Fonte: Site CVM – GDE/Maio2003
Figura – 001- Capitalização Relativa: Países Industrializados
Fonte: Site CVM – GDE/Maio2003
Figura – 002- Capitalização Relativa: Países Emergentes
Fonte: Site CVM – GDE/Maio2003
Figura – 002- Capitalização Relativa: Países Emergentes
Fonte: Site CVM – GDE/Maio2003
Observamos no eixos à direita, com o cuidado de desconsiderar o efeito visual da
diferença de escala, que a capitalização relativa é em média o dobro nos países
industrializados frente aos emergentes, e tão significativo quanto isto é o fato que o valor de
mercado aproxima-se do valor do próprio PIB nos países industrializados enquanto nos
emergentes sua maior expressão fica em torno dos 30% do valor do PIB.
18
Outra medida que podemos apresentar para ilustrar a diferença entre o nível de
evolução do mercado de capitais dos países industrializados frente aos países emergentes é a
capitalização média, medida como a razão entre o valor de mercado (já apresentado) e o
número de firmas listadas em bolsa. Os dois quadros a seguir mostram esta comparação para
os países industrialzados e para os emergentes respectivamente.
Figura – 003- Capitalização Média: Países Industrializados
Fonte: Site CVM – GDE/Maio2003
Figura – 003- Capitalização Média: Países Industrializados
Fonte: Site CVM – GDE/Maio2003
Figura – 004 - Capitalização Média: Países Emergentes
Fonte: Site CVM – GDE/Maio2003
Figura – 004 - Capitalização Média: Países Emergentes
Fonte: Site CVM – GDE/Maio2003
19
Observamos que se não uma diferença significativa entre o número de firmas em
cada um dos quadros, representado pelo traço em vermelho e medido pelo eixo vertical à
direita de cada gráfico, há uma diferença significativa no valor de capitalização média,
apresentado no eixo vertical à esquerda de cada gráfico, aonde os países industrializados
apresentam um valor entre 4 a 5 vezes superior que o dos emergentes.
Estreitando o foco para a realidade brasileira, podemos registrar a importância deste
estudo, não apenas frente aos fatos apresentados mas também pelo campo que para
expansão do mercado brasileiro, como apresentado no relatório da BOVESPA (2000, p. 8):
"O mercado brasileiro de ações e títulos de dívida tem significativo potencial de expansão.",
entre outras razões podemos citar a evolução do nível de poupança relativamente ao PIB nas
últimas décadas e o baixo nível de participação de ativos de renda variável no conjunto desta
poupança, em números: o patrimônio de investidores institucionais saltou de 5% do PIB em
1985 para 33% do PIB em 1999, todavia o valor de ações transacionadas no Brasil em 1998
representou 43% do PIB enquanto nos Estados Unidos este índice chegou a incríveis 200% e
no Japão a 78%.
Parte desta situação se explica pela atuação marcante dos juros como elemento de
administração da política econômica, aspectos conjunturais à parte, o desempenho de papéis
atrelados à SELIC no passado recente foi superior ao do índice da BOVESPA, ver quadro a
seguir:
Figura – 005 – Juros e Bolsa de Valores no Brasil: 1994-99
(valores acumulados desde 1994)
Fonte: Site BOVESPA
Figura – 005 – Juros e Bolsa de Valores no Brasil: 1994-99
(valores acumulados desde 1994)
Fonte: Site BOVESPA
20
Ainda na esfera da realidade brasileira, registramos o crescimento expressivo dos
diversos índices que mensuram o movimento de nosso mercado de capitais, numa clara
evidência que este é um segmento em franca expansão. Alguns destaques extraídos do
relatório anual da BOVESPA, edição de 2005, relativos aos resultados de 2004:
- o mercado acionário apresentou-se como a melhor aplicação do ano
- sua valorização nominal foi de 27,7%
- sua valorização foi de 44,8% frente à variação cambial
- o índice IBOVESPA bateu seu recorde histórico 22 vezes ao longo do ano
- o volume negociado atingiu R$ 401,1 Bilhões, 31,9% superior ao ano anterior
- a média diária de negócios, 62.247, foi 15,8% superior à 2004
- o valor de mercado das firmas atingiu R$ 1.128,5 Bilhões com crescimento de 24,7%
- o IBOVESPA e o IBrX-100 representaram 74,5% e 84,9% respectivamente do valor
total de capitalização
Os quadros abaixo dão uma dimensão gráfica aos itens expostos acima:
Figura – 006 - Capitalização de Mercado (R$ Bilhões)
21
Figura – 007 – BOVESPA – Valores de Mercado dos Índices
Elaborado pelo autor
Fonte: Site BOVESPA
0
200
400
600
800
1.000
1.200
2001 2002 2003 2004 2005
BRL (000.000)
Índice BOVESPA
Índice IBX
Total BOVESPA
Figura – 007 – BOVESPA – Valores de Mercado dos Índices
Elaborado pelo autor
Fonte: Site BOVESPA
0
200
400
600
800
1.000
1.200
2001 2002 2003 2004 2005
BRL (000.000)
Índice BOVESPA
Índice IBX
Total BOVESPA
Figura – 008 – Evolução IBOVESPA versus IBrX-50
Fonte: Site BOVESPA – RA-2005
Figura – 008 – Evolução IBOVESPA versus IBrX-50
Fonte: Site BOVESPA – RA-2005
Figura – 009 – Volume Médio Diário (R$ Milhões)
Fonte: Site BOVESPA – RA-2005
Figura – 009 – Volume Médio Diário (R$ Milhões)
Fonte: Site BOVESPA – RA-2005
22
Figura – 010 – Participação dos Investidores no Volume
Total Negociado no Ano (%)
Fonte: Site BOVESPA – RA-2005
Figura – 010 – Participação dos Investidores no Volume
Total Negociado no Ano (%)
Fonte: Site BOVESPA – RA-2005
Podemos, por fim, resumir a questão da relevância econômica destacando os seguintes
pontos:
¾ a presença de um mercado de capitais eficiente e pujante está intrinsicamente
associada às economias mais desenvolvidas
¾ o caso brasileiro apresenta enorme campo para o desenvolvimento deste
mercado
¾ o vetor associado à situação brasileira esem crescimento, ou seja, as ações
direcionadas à exploração/expansão deste mercado se intensificam
Abordaremos agora, o segundo aspecto supra mencionado, o de ser um dos temas mais
críticos da área financeira, na sua abrangência e no nível de divergência que pesa sobre o
tema. A política de dividendos em seus diversos aspectos e inter-relações tem merecido
freqüentes estudos, seja contextualizando seu papel como instrumento para administração de
conflitos de agência, como os estudos realizados por Jensen (1986) e Belden et al (2005), seja
no papel de sinalizadora de informações da firma ao mercado de capitais, como discutido por
Elfakhani (1998) e Ross (1977), apenas para citar dois entre tantos outros papéis possíveis.
23
Verificamos que além da ampla diversidade de tópicos, tais estudos também se caracterizam
por um grau razoável de divergência, ora expresso nos resultados obtidos ora pela posição
teórica que evocam.
As divergências e a extensão da diversidade, citados acima podem ser exemplificados
respectivamente por Ross (1995, p.375) que cita: “Em parte, todas as discussões a respeito de
dividendos são prejudicadas pelo problema do advogado de dois lados.” uma metáfora, que
de forma breve, retrata o advogado que quando consultado sempre manifesta fortes razões
para apoiar uma causa e igualmente fortes razões para não apoiar a mesma causa; e por Black
(1976, p.8) ao citar: “Quanto mais olhamos para a figura dos dividendos, mais ela parece com
um quebra-cabeça, cujas peças simplesmente não se encaixam”.
Black aborda também em seu estudo diversos aspectos associados à política de
dividendos como as questões de agência e de sinalização entre outras, e ao terminar sua
redação com as duas perguntas abaixo, sugere o quanto aberto o campo está a novas
explorações:
“- O que deve o investidor fazer com respeito aos dividendos em seu portfolio?
- O que deve fazer a firma com respeito à política de dividendos?”
Hubbard e Michaely re-examinaram o caso de uma firma de utilidades, Citizens
Utitlities (CU), com duas classes de ação sob a ótica do comportamento do investidor com
relação aos impostos. A transcrição de suas conclusões nos parece ilustrativa quanto à
abrangência e divergência do tema citadas acima:
um número de teorias que tentam explicar porque investidores
podem ou não podem ter uma preferência pelo pagamento de
dividendos. Estas teorias incluem argumentos baseados em custos de
transação, explicações comportamentais (behavioristas), conflitos de
interesse entre a administração e os acionistas, e o aspecto da
sinalização de informação. Contudo, nenhuma delas pode explicar o
24
fato dos acionistas da CU exibirem preferências que são indiferentes
à tributação de dividendos frente aos ganhos de capital. O que então
explica a precificação das ações da CU ? Nós estamos abertos a
sugestões (HUBBARD e MICHAELY, 1997, p.134),
A amplitude de aspectos a explorar, como expresso acima, acentua a importância
do seu papel no dia-a-dia das firmas pois uma firma toma basicamente dois tipos de decisão
financeira: decisões de investimento (que afetam o lado esquerdo do balanço patrimonial) e
decisões de financiamento (que afetam o lado direito do balanço patrimonial), a política de
dividendos pode ser enquadrada dentre as últimas.
É pois, a política de dividendos, o instrumento através do qual o administrador
determina o quanto dos lucros será retido na firma e o quanto será distribuído aos acionistas,
seja de forma direta como dividendos seja de forma indireta com as recompras de ações.
De acordo com Ross (1995, p.375): “As firmas consideram a decisão sobre
dividendos muito importante porque determina que fundos serão pagos aos investidores e que
fundos serão retidos pela firma para re-investimento”.
Considerando a afirmativa descrita no parágrafo anterior temos de um lado o grau de
retenção dos lucros, ou em outras palavras a sua não-distribuição aos acionistas na forma de
dividendos, que poderá ter efeitos sobre o comportamento dos administradores da firma pela
exposição a um maior nível de caixa livre, podendo advir deste fato problemas de agência.
Do outro lado a distribuição de recursos na forma de dividendos, em excesso, poderá
ter igualmente efeitos ao comprometer a capacidade da firma de financiar oportunidades de
investimento futuras, o que entre outras implicações poderá impactar o valor de mercado da
firma pelo comprometimento da sua capacidade de geração de fluxos de caixa futuros.
Segundo Brealey et al (2001, p.466) “uma das agradáveis capacidades do estudo
econômico é que ele pode acomodar não apenas dois, mas três pontos de vista conflitantes. E
assim é com a Política de Dividendos”.
25
Ou, de forma mais abrangente: “Logo, nós nos movemos de uma posição de um
número não suficiente de boas razões para explicar o porquê os dividendos são pagos para
uma posição de razões em excesso” Ang (apud BAKER 2002, p.267).
Afirmações como estas parecem deixar claro, que não deverá haver uma única
resposta ao problema de como definir uma política de dividendos, haverá então respostas que
sejam adequadas dentro de um contexto econômico e temporal.
A preocupação com o contexto econômico pode ser verificada em estudos empíricos
com ênfase em fatores estruturais, como por exemplo, Omran e Pointon (2004) para o Egito e
Bebczuk (2004) para a Argentina.
O aspecto tributário, por exemplo, no Brasil nos permite observar como dentro de um
contexto específico, resultados conflitantes podem ser encontrados.
O Brasil possui em seu arcabouço tributário vantagens fiscais para a prática de
distribuição de dividendos, determinadas pela Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76)
que rege que os dividendos distribuídos serão isentos de tributação para os acionistas, não
obstante a Lei 9.249/95 criou o instrumento do pagamento de juros sobre o capital próprio,
uma segunda forma de distribuir lucros aos acionistas, tributados neste caso em 15%, e cujo
valor é dedutível para fins de imposto de renda da pessoa jurídica.
Firmino et al (2004), estudaram a relevância da política de dividendos sob a ótica de
seu impacto no preço das ações tendo como referência a Taxa de Dividendos (Dividend
Yield), seu estudo envolveu 58 firmas listadas na BOVESPA no intervalo de 1996-2002
segregadas entre as de alto e de baixo Dividend Yield, usou a metodologia de event study,
objetivou verificar se havia retornos anormais nos preços das ações de alto Dividend Yield e
como resultado não apurou evidência estatística nos retornos de ações com alto Dividend
Yield, ou seja, não se reflete nos preços das ações uma política de dividendos mais generosa.
26
Outro trabalho no âmbito brasileiro, foi realizado por Correia e Amaral (2002), buscou
verificar se é possível explicar o preço das ações também pela Taxa de Dividendos (Dividend
Yield), além do risco sistemático como previsto pelo CAPM. O estudo cobriu o período de
1994 a 2000 e os autores concluíram que a política de dividendos é relevante na definição do
preço das ações assim como o risco sistemático.
Pelo exposto dos 2 últimos parágrafos, o conflito nos resultados dos estudos dese tema
também se manifesta no espectro brasileiro.
Considerando o exposto até o momento, acreditamos ser necessário o conhecimento
dos fatores determinantes das políticas de dividendos correntemente praticadas pelas firmas
brasileiras ou estabelecidas no Brasil relativamente às teorias associadas ao tema, respeitada
as limitações deste estudo, verificamos através de pesquisa eletrônica a publicação de
aproximadamente 30 estudos envolvendo o tema de dividendos nos principais centros de
pesquisa nos últimos anos, destes apenas um, de Procianoy (2003) tratou o tema dos fatores
determinantes da política de dividendos, e será abordado no capítulo de estudos empíricos.
Acreditamos, pois, que estas informações poderão contribuir para um melhor
entendimento por parte dos administradores dos impactos, presentes e futuros, que suas
práticas poderão acarretar, e permitir a eventual execução de ações corretivas por parte dos
mesmos, respeitada a individualidade de cada caso. O estudo terá como amostra as firmas
listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA).
27
II - OBJETIVO
Objetivo Geral:
x
Identificar os fatores determinantes que suportam a formação das políticas de
dividendos praticadas pelas firmas brasileiras ou estabelecidas no Brasil
Objetivos Específicos:
x
Identificar os fatores determinantes das políticas de dividendos tendo as
mesmas sido expressas através da proxy Payout Ratio.
x
Verificar se o Dividend Yield expressa melhor as políticas de dividendos frente
ao Payout Ratio
Objetivos Secundários:
x
Estudar se as políticas de dividendos das firmas de um mesmo setor, segundo
classificação setorial da BOVESPA, possuem similaridades estatisticamente
signficantes, e se entre setores há distinções
x
Verificar se há uma distinção entre os fatores determinantes das políticas de
dividendos relativamente ao tamanho das firmas
x
Validar se firmas com alto Índice de Pagamento de Dividendos (Dividend
Payout) consideram fatores diferentemente daquelas com baixo Índice de
Pagamento de Dividendos (Dividend Payout). O mesmo para o Rendimento de
Dividendos (Dividend Yield)
28
III - REVISÃO DE LITERATURA
Esta revisão de literatura procurará estruturar as bases para o estudo empírico que se
seguirá, e sua intenção é fazê-lo em consonância com a apresentação do problema e tanto
quanto possível, procurará privilegiar os artigos e estudos disponíveis mais recentemente.
Introduziremos o tema com um breve histórico dos dividendos, a seguir julgamos necessária a
caracterização de duas teorias sobre decisões de financiamento, tema correlato e abordado em
alguns dos estudos que aqui serão citados.
A apresentação das teorias associadas ao tema dos dividendos é a próxima etapa, o
propósito desta parte é permitir ao leitor a compreensão dos temas que serão os pilares deste
estudo empírico, é mister registrar que estas teorias poderiam ser apresentadas e lidas em
qualquer ordem distintamente de um estudo que aborda um único tema cujo discurso
usualmente é linear, posto que à despeito de suas inter-relações as mesmas possuem temática
própria.
Para evitar que o arbítrio deste autor na definição da forma de apresentação destas
teorias venha agredir o leitor adotaremos a taxonomia apresentada por Frankfurter (2002, p.
111), que ao abordar o tema das teorias sobre políticas de dividendos registra que ao longo do
século passado 3 escolas de pensamento emergiram, tomando por base a política de
dividendos e seu efeito no preço das ações:
- a que defende que os dividendos são atrativos e influenciam positivamente o preço
das ações
- a que defende que os dividendos não são atrativos e influenciam negativamente o
preço das ações
- a que defende que os dividendos não possuem influência alguma sobre o preço das
ações e portanto são irrelevantes
29
Todavia, registra o autor que os estudos empíricos mais recentes permitiram uma
melhor segregação dos temas sob os critérios da natureza da estrutura do mercado e/ou do
racional do investidor, permitindo a visualização de três novos grandes grupos:
- o que versa sobre informação total (full information)
- o que versa sobre informação assimétrica (information assimetries)
- o que versa sobre princípios comportamentais (behavioral principles)
Assumiremos esta última estruturação como base para a apresentação das teorias
abordadas neste estudo, com o objetivo de facilitar a leitura e compreensão das respectivas
teorias uma introdução sobre as mesmas será apresentada ao início de cada tópico antes de
abordarmos sua relação com o tema dos dividendos em si. É mister também registrar que em
cada teoria o discurso não será consensual, pelo contrário, privilegiará e destacará a
controvérsia, uma característica e um motivador deste tema e deste estudo respectivamente,
como registro citamos HO (2003):
A extensa pesquisa sobre política de dividendos nos últimos 50 anos não
foi capaz de chegar a um consenso ou uma teoria geral de dividendos que
possa ou explicar o processo de tomada de decisão sobre dividendos ou
predizer uma polítca de dividendos ótima (HO, 2003, p.92).
O desdobramento da última segregação apresentada por Frankfurter conduz ao
seguinte rol de temas:
- Informação Total
- Miller e Modigliani
- Efeito Clientela
- Informação Assimétrica
- Teoria da Sinalização
30
- Teoria da Agência
- Propriedade Interna (Insider Ownership)
- Princípios Comportamentais
- Finanças Comportamentais
- Lintner
- Teoria do Pássaro-na-mão
A última parte desta revisão abordará os temas que julgamos necessários para
completar a compreensão da natureza e do ambiente relativos aos dividendos, por exemplo,
nos seus aspectos particulares à realidade brasileira (caso dos tributos), desta forma os temas
que apresentaremos serão: as características gerais que regem uma política de dividendos, o
aspecto particular da tributação brasileira, a questão do valor associado aos dividendos, um
breve relato sobre as 3 correntes de pensamento que emergiram no século passado citadas por
Frankfurter para as quais ainda encontramos referências e por fim, mas não menos importante,
os estudos empíricos cujo propósito, como o do presente estudo, foi analisar os fatores
determinantes das políticas de dividendos.
III.1 – Um breve histórico sobre o surgimento dos dividendos
De acordo com Lease et al (2000, p.5), na Inglaterra e Grã-Bretanha do início do
século XVI, os capitães dos navios mercantes iniciaram a venda para investidores de direitos
sobre os resultados financeiros que se apuravam quando do retorno de suas viagens.
Estes direitos eram, à época, direitos de liquidação, ou seja, uma vez encerrada a
viagem, nenhum ativo deveria restar daquele empreendimento. Com esta prática os
31
investidores se esquivavam de procedimentos de controle e registro, além de minimizarem as
possibilidades de fraude.
Ao final do respectivo século, tais direitos eram comercializados abertamente no
mercado.
Com o avanço do tempo, alguns fatores contribuíram para que os direitos passassem a
ser não mais de liquidação total e sim parcial, por exemplo expressos como uma porcentagem
dos lucros apurados, entre estes fatores os autores citam a alta dos custos de abertura e
encerramento dos empreendimentos marítimos, o surgimento de um histórico estatístico do
desempenho dos capitães e a melhoria dos procedimentos de registro e controle. Os
investidores deixaram de negociar com empreendimentos finitos no tempo, no caso a duração
das viagens, e passaram a obter pagamentos regulares dos seus direitos adquiridos, que
segundo o autor a partir daqui já é possível chamar de dividendos.
As duas primeiras leis sobre dividendos foram aprovadas em 1700, pelo Parlamento
Britânico, o que mais tarde desencadeou para outros setores o sucesso da estrutura de controle
acionário na área mercantil marítima.
Nos Estados Unidos o conceito de controle acionário, ou suas características, tem
registro em 1768 na Filadélfia, surgindo desde então o que se pode chamar de políticas de
dividendos, que tem sua primeira legislação específica aprovada em Nova Iorque em 1825,
outros estados rapidamente adotaram o novo modelo e a história assim como novos avanços
prosseguem até os dias de hoje.
32
III.2 – Considerações iniciais sobre decisões de financiamento
Considerando, como foi exposto anteriormente, que a política de dividendos pode ser
vista como parte das decisões de investimento, posto que o argumento primário para a
retenção dos lucros (ou seja, a sua não distribuição na forma de dividendos) é o financiamento
de projetos futuros, acreditamos ser necessário registrar duas teorias sobre decisões de
financiamento que serão referenciadas ao longo da obra: a Trade-off Theory e a Pecking
Order Theory.
III.2.1 – Trade-off Theory
A Trade-off Theory postula que as decisões de investimento devem ser tomadas com
base no balanço entre as vantagens tributárias da dedutibilidade dos juros incorridos em
financiamentos e o custo de obter estes mesmos financiamentos.
Em outras palavras, os administradores devem buscar um índice de endividamento, ou
uma relação debt/equity, que vise otimizar o balanço exposto no parágrafo anterior.
Sua aplicação leva em conta o perfil da firma, o que acaba conduzindo diversos
índices ótimos possíveis de debt/equity. O perfil da firma refletir-se-á como a seguir.
Firmas com ativos reais elevados poderão oferecer melhores garantias aos bancos e
provavelmente incorrerão em menores custos de financiamento, o que permitirá aos seus
administradores operar uma taxa debt/equity mais elevada. De forma contrária o raciocínio é
igualmente válido.
No primeiro caso incluem-se as firmas da “velha economia”, indústrias de base ou
capital intensivo; no segundo caso firmas de tecnologia, de serviços ou de pesquisa.
33
De forma análoga, firmas com pouca volatilidade em seus fluxos de caixa, tenderão a
enfrentar menores dificuldades no acesso aos mercados financeiros, o que igualmente
permitirá aos seus administradores operar com uma taxa debt/equity mais elevada. O contrário
é igualmente válido.
No primeiro caso, encontram-se as firmas de utilidades, fornecedoras de eletricidade,
água, ou firmas num estágio de amadurecimento mais adiantado; no segundo caso as firmas
de tecnologia e as firmas ainda em fase inicial de operações e sem um histórico de receitas.
III.2.2 – Pecking Order Theory
A Pecking Order Theory postula que decisões de financiamento envolvem o uso de
informação assimétrica, em outras palavras que os administradores têm melhor conhecimento
das receitas futuras da firma que os investidores externos. Isto pode se tornar particularmente
importante no caso de firmas com alta lucratividade.
Esta condição acaba concorrendo de forma negativa para o caso de emissão de novas
ações posto que, a princípio tanto o administrador quanto o investidor estarão sempre
buscando a maximização de seus resultados. Todavia o administrador neste caso está em
vantagem pela informação que detém, a emissão de ações nestas condições dar-se-ia quando
elas estivessem sobre-valorizadas.
Restará como única defesa para o investidor tentar “puxar” o preço das ações para
baixo quando de novas emissões.
Resumidamente, as firmas considerarão:
- nenhum financiamento é mais vantajoso que o financiamento interno, com fundos
próprios, e sem a possibilidade de envio de mensagens ao mercado
34
- caso o financiamento externo seja necessário, o financiamento através de débito terá
prevalência sobre o financiamento através de patrimônio (emissão de novas ações)
Deixa de haver uma busca pelos administradores por uma relação ótima debt/equity, à
despeito das considerações tributárias a relevância do sigilo de informações será priorizada.
III.3 – Informação Total
Este grupo assume como premissa que a existência de tributos será considerada pelos
investidores na sua decisão sobre os dividendos, uma conseqüência disto é a segregação de
investidores em diferentes agrupamentos (clientelas) com base em suas preferências
tributárias. O trabalho de Miller e Modigliani (1961) desenvolvido sob a premissa da não
existência de tributos é a base deste grupo.
III.3.1 - Miller e Modigliani
Seu estudo, considerado seminal, é o marco também de uma das 3 correntes de
pensamento citadas por Frankfurter (2002, p. 111): a que defende que os dividendos são
irrelevantes. Nele os autores assumem as premissas de uma economia ideal, a saber: mercados
de capitais perfeitos, comportamento racional dos agentes e inexistência de incerteza.
De forma mais detalhada, por mercados perfeitos entenda-se um mercado sem custos
de transação de qualquer natureza seja para a emissão dos títulos, seja de corretores ou outros;
um mercado com acesso sem custos e irrestrito à informações para todos os agentes; um
mercado aonde nem negociante, seja comprador ou vendedor, nem emissor terão capacidade
de, individualmente, influenciar os preços dos papéis; um mercado aonde não haja diferença
35
no tratamento tributário a que se subordinam os lucros distribuídos ou retidos, assim como
para dividendos ou ganhos de capital. No aspecto da racionalidade perfeita entenda-se que o
único objetivo do investidor é a sua maximização de riqueza, indiferente à forma como esta
vier a ocorrer e que ele possui capacidade ilimitada para sempre alcançar a melhor alternativa
de investimento. Por fim por inexistência de incerteza leia-se a garantia plena de cada
investidor dos lucros futuros de cada firma.
Uma vez consideradas as premissas acima, os autores demonstram em seu estudo que
a política de dividendos de uma firma é irrelevante para a valorização de suas ações.
Desenvolvem primeiro, os autores, o “Princípio Fundamental de Valor” (Fundamental
Principle of Valuation):
o preço de cada ação deve ser tal que a taxa de retorno, expressa como
dividendos mais ganhos de capital por dólar investido, deve ser o mesmo
para todas as ações e ao longo de qualquer intervalo de tempo.
(MILLER, 1961, p.412)
Após a demonstração desta proposição, os autores seguem discorrendo sobre as mais
usuais expressões de valor de uma ação: o fluxo de caixa descontado, os ganhos correntes
mais as oportunidades de investimento, o fluxo futuro de dividendos, e o fluxo futuro de
ganhos. A exposição destas expressões à luz das premissas adotadas conduz ao mesmo
resultado: a indiferença do valor da ação com relação à política de dividendos adotada.
Não obstante a dualidade de suas posições Miller e Modigliani, assim como Lintner
(que veremos mais adiante), afirmam a importância do tema para a pesquisa:
O efeito da política de dividendos no preço corrente das ações é um
assunto de considerável importância, não somente para os
administradores cuja obrigação é defini-las, mas para os investidores ao
planejarem seus portfolios e também para os economistas na busca pelo
entendimento do funcionamento dos mercados de capitais (MILLER e
MODIGLIANI, 1961, p.411)
36
III.3.2 - O Efeito Clientela (Clientelle Effect)
Podemos introduzir o Efeito Clientela começando por registrar que não estamos mais
dentro do contexto previsto por Miller e Modigliani (1961), mais especificamente
consideramos a existência de impostos, em segundo lugar devemos considerar qual deverá ser
a opção do investidor para a realização de seus rendimentos: pagamento de dividendos ou
ganhos de capital.
O Efeito Clientela prediz três situações:
-os investidores, pessoas físicas, optarão por ganhos de capital considerando que
estes são menos taxados que os dividendos pagos
- corporações, cuja posição tributária é o oposto da anterior, isentas de impostos,
tenderão a receber dividendos
- investidores institucionais, beneficiados por isenções tributários serão indiferentes
entre o pagamento de dividendos e os ganhos de capital.
Em seu estudo sobre a preferência em pagar dividendos ao invés de recompras de
ações, Allen et al (2000) usaram como uma de suas premissas o efeito clientela, os autores
distinguem com base na exposição tributária (que aqui define a razão da preferência) duas
classes de acionistas: “instituições isentas” e “indivíduos tributados”. Suas conclusões
corroboram com a teoria em questão, firmas que pagam dividendos regulares atraem
investidores institucionais, que no contexto do estudo são isentos para fins tributários, que
além de aportarem maiores valores acabam detendo uma parcela maior da firma e o que é
igualmente importante acabam atuando de forma mais severa no monitoramento dos
administradores.
37
Este monitoramento acaba levando os administradores a buscarem maior eficiência em
sua gestão e o resultado final é o aumento da riqueza da firma. Um ponto interessante
abordado pelo autor é a questão do porque estas firmas não buscam uma forma mais barata de
monitorar seus administradores.
Em seu estudo Bagwell (1991) verifica a heterogeneidade, ou seja o oposto ao
conceito de clientela, na composição dos acionistas e como isto se reflete nas decisões
relativas à política de dividendos da firma.
Primeiro, as mudanças nas decisões sobre dividendos podem ser resultado da
heterogeneidade dos acionistas; acionistas dentro de uma mesma firma podem ter interesses
diferentes, por exemplo, podemos ter um grupo interessado em tomar o controle acionário de
uma firma e outro grupo na mesma firma não desejando este movimento acionário forçando,
hipoteticamente falando, uma recompra de ações ao invés do pagamento regular de
dividendos.
Segundo, os acionistas podem não estar interessados em ver o equilíbrio existente
entre eles alterado acarretando o pagamento de dividendos, visto como um instrumento neutro
para a composição acionária, mesmo quando houver desvantagens fiscais.
Terceiro, os acionistas mesmo estando em conflito podem decidir permanecer na
mesma firma face aos custos de uma mudança acionária, o que acabará impactando o
desempenho da firma.
Easterbrook (1984, p.652), estudando a razão das firmas pagarem dividendos expõe,
em oposição, ceticismo quanto à abordagem da clientela, “As explicações baseadas nos
efeitos de clientela são também insatisfatórios”.
38
III.4 - Assimetria de Informação
Miller e Modigliani assumiram, em seu estudo, a premissa dos mercados perfeitos, que
considera que todos os agentes terão acesso irrestrito e sem custo à todas as informações e que
estas informações serão refletidas no preço das ações, a hipótese de assimetria de informação
representa exatamente o abandono deste pressuposto.
Assimetria de informação pode ser relacionada com a Teoria de Sinalização, com a
Pecking Order Theory ou com os conflitos de agência.
Deshmukh (2005) estudou o efeito da assimetria de informação na política de
dividendos, relacionando-a tanto com a Pecking Order Theory (POT) quanto com a Teoria de
Sinalização (Signalling Theory) e usou como proxy para a variável assimetria de informação o
número de analistas de mercado acompanhando o desempenho da firma.
Seus resultados indicaram que os dividendos relacionam-se inversamente com o nível
de assimetria de informação e sua conclusão foi que tal resultado é consistente com a POT e
inconsistente com a Signalling Theory; em outras palavras o baixo nível de dividendos está
associado ao alto nível de assimetria de informação, e vice-versa, o que permite dizer que
firmas com bons projetos e gerando caixa precisam constantemente de fundos e para tanto não
distribuem dividendos usando o próprio caixa para financiamento (POT).
Estudo desenvolvido por Myers e Majluf (1984) relata que a retenção de informações
na área de projetos é crítica para a sustentabilidade da firma, as questões que eles postulam
são:
- qual deve ser o comportamento dos administradores na tomada de decisão
sobre como financiar novos projetos?
- quais as considerações devem eles fazer em respeito à criação de valor para
os acionistas, atuais e futuros (eventualmente)?
39
- qual o instrumento de financiamento deve ser usado considerando as
informações que ele potencialmente carrega para o mercado?
Tais considerações foram abordadas no estudo, e dentro das premissas assumidas para
a confecção do mesmo os autores concluem que a firma:
x pode reter dividendos para formação do seu caixa (financial slack) quando esta
necessidade for de pequena monta
x não deve pagar dividendos se tiver que fazer emissões para recuperar seu caixa
x o uso do mercado de dívida terá preferência sobre a retenção de dividendos
para formação de caixa
Observamos que esta última é consistente com a posição de Jensen (1976) para a
redução de conflitos de agência pela exposição freqüente dos administradores ao julgo dos
detentores de débito do mercado, e conflitante com a Pecking Order Theory (POT).
III.4.1 - A Teoria da Sinalização (Signalling Theory)
O objetivo da Teoria da Sinalização é o equacionamento das situações que resultam do
fato dos mercados operarem com informação assimétrica. A teoria surge com o ensaio
seminal de Spence (1973) desenvolvido sobre o mercado de trabalho que aborda o problema
de que a forma pela qual a informação transmitida será recebida pelo destinatário depende das
expectativas deste último sobre a longevidade que o emissor permanecerá envolvido com o
mercado relacionado com o tema da informação transmitida.
Se o destinatário acreditar que o emissor permanecerá envolvido por longo tempo
então ele possivelmente dará crédito à informação que está sendo transmitida no presente
40
momento. Se a crença do destinatário for que o emissor está envolvido apenas pontualmente
com o mercado então haverá pouca chance de que a informação seja tida como crível.
O ponto em questão é: quando os meios de comunicação usuais não são suficientes
para suprir a demanda por informação do investidor para a tomada de decisão, este último irá
procurar cobrir esta lacuna valendo-se de outros meios de comunicação.
No caso dos mercados financeiros, esta é uma das fricções não contempladas no
modelo de mercados perfeitos que assume que todos os agentes têm acesso irrestrito e sem
custos à todas informações.
A Teoria da Sinalização com respeito aos dividendos levanta a hipótese da capacidade
dos dividendos transferirem ao mercado informações que até o momento os investidores não
têm ou não terão, considerado o uso dos meios regulares de comunicação. Segundo Elfakhani:
A literatura suporta a hipótese de informação dos dividendos...A
premissa sob esta hipótese é que as mudanças nos dividendos podem
conter informação valiosa previamente desconhecida
41
Por outro lado entre as informações disponíveis de forma convencional encontram-se
os demonstrativos contábeis-financeiros divulgados em concordância com a legislação
aplicável, no caso brasileiro o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do
Exercício, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração de Origens
e Aplicações de Recursos e por fim as Notas Explicativas; estes demonstrativos todavia não
contém informações que envolvam as decisões de investimentos futuros e projetos que
poderão garantir a sustentabilidade e crescimento da firma no curto e longo prazos, estas
informações não são divulgadas de forma tão transparente considerando o ambiente
competitivo aonde as firmas atuam, como cita Vaughan (1998, p.7): "Especialmente,
administradores têm conhecimento à respeito dos resultados futuros que não aparecem nos
relatórios financeiros".
As decisões de investimento e financiamento são feitas a critério dos agentes
(administradores). Num mundo de informação corporativa assimétrica, agentes não podem
diretamente revelar toda informação privada relacionada a estas decisões sem incorrer em
alguns custos, como o acesso pelos concorrentes à informação privada da firma e à facilitação
de ações de retaliação ou da entrada destes concorrentes ao mercado. Laux et al (1998),
estudaram os efeitos de anúncios de dividendos em firmas da mesma indústria, efeitos intra-
indústria, e encontraram evidências de contágio nos preços de firmas rivais a partir do
anúncio de dividendos em uma delas, em alguns aspectos que eles denominaram aspectos de
“abrangência da indústria”.
Venkatesh também reconhece o pagamento de dividendos como um dos instrumentos
capazes de enviar ao mercado informações sobre a firma, notadamente informações sobre o
futuro da firma e que não estão disponíveis no contexto dos relatórios financeiros:
42
Uma razão geralmente apresentada para o pagamento de dividendos, à
despeito de sua desvantagem tributária, é que eles provêem um
mecanismo de sinalização
. (VENKATESH, 1989, p.175)
Asquith e Mullins reforçam os aspectos da clareza, transparência e de foco no futuro
que os dividendos carregam em detrimento de outros meios de levar informações ao mercado:
Diferentemente do foco detalhado de outros anúncios, dividendos podem
ser usados como um sinal simples e compreensivo da interpretação dos
administradores sobre o desempenho recente da firma e seu prospecto
para o futuro.... Como complemento à credibilidade da sinalização de
caixa, os dividendos são também muito visíveis comparados com outros
anúncios (
ASQUITH e MULLINS, 1983, p.94)
Vaughan e Williams (1998) avaliaram o poder relativo de sinalização de recompras de
ações e de dividendos, para o período de 20 anos analisado eles concluíram que somente os
dividendos mostraram aderência com o prospecto de receitas futuras o que confirma o uso
pelas firmas destes instrumentos como sinalizadores ao mercado.
Devemos também registrar os estudos que questionam a capacidade dos dividendos
transferirem informações ao mercado, seja pela natureza desta informação seja pela
possibilidade do seu uso, citamos respectivamente Ross (1977), EasterBrook (1984).
Ross registra o caráter subjetivo das informações enviadas ao mercado quando
observa:
Implícito na teoria de irrelevância está a premissa de que o mercado sabe
o valor da trilha de retornos futuros da firma e o utiliza para calcular o
valor da mesma. Contudo o que o mercado utiliza é o valor percebido da
trilha de retornos futuros da firma (ROSS, 1977, p.25)
Easterbrook questiona o conjunto de atributos que possam ser oferecidos pelos
dividendos:
43
O problema aqui é que não é claro qual o sinal que os dividendos
emitem, como eles sinalizam, ou porque os dividendos são melhores
sinalizadores que outros métodos aparentemente mais baratos
(EASTERBROOK,
1984, p.651)
O autor (1984, p.652) ainda argumenta sobre a falta de clareza do sinal que os
dividendos podem emitir: "Mas dividendos não revelam diretamente os prospectos das firmas,
assim a mensagem que eles carregam pode ser ambígua".
III.4.2 - Teoria de Agência (Agency Theory)
A teoria da agência lançada por Jensen e Meckling (1976) pode ser vista como um
aprofundamento da teoria da firma, esta última de autoria de Coase (1937) apresenta a firma
como um locus de contratos que estão associados à custos de transação e que estes custos
impactam o valor da firma, tais afirmações contrariam a premissa soberana dos mercados
perfeitos na determinação do valor das firmas e que este valor não está associado à custos de
transação.
Jensen e Meckling aprofundam a questão sobre o papel da firma:
Enquanto a literatura econômica está repleta de referências à Teoria da
Firma, o material geralmente encontrado sob este tópico não é de fato a
Teoria da Firma mas sim a Teoria dos Mercados nos quais as firmas são
importantes participantes (atores). (JENSEN e MECKLING, 1976,
p.307)
Definem uma relação de agência como aquela em que a um agente, no nosso caso
administrador, é delegada autoridade por um ou mais controladores, no nosso caso
acionista(s), e que se assumirmos ambos como maximizadores de suas utilidades um conflito
de agência emergirá entre ambos.
44
Dividendos mantém relação com os problemas derivados de agência, pelo fato de
poderem ser um dos meios de uso e controle do caixa livre da firma (FCF, Free Cash Flow).
O FCF pode tornar-se objeto do uso discricionário dos administradores, e sob esta ótica passar
a ser o mote de conflito entre o interesse dos administradores e o interesse dos acionistas.
Exemplificando: os administradores podem estar interessados no crescimento do tamanho, e
não do valor, da firma para suprir possíveis anseios de aumento do seu poder, mesmo que este
crescimento se à custa de investimentos cujo retorno estiver abaixo do custo de capital,
Jensen aborda o tema:
O pagamento de caixa aos acionistas cria conflitos enormes que têm
recebido pouca atenção. Pagamentos para acionistas reduzem os recursos
sob o controle dos administradores, logo reduzindo o poder dos
administradores e tornando mais provável que eles incorram no
monitoramento dos mercados de capitais quando precisarem obter novos
recursos (capital) (JENSEN, 1986, p.323)
Tão importante, neste contexto, quanto o controle do uso do FCF é também a
manutenção da motivação dos administradores na busca pela maximização do valor da firma,
Fama relata:
Economistas longo tempo têm se preocupado com os problemas de
incentivo que surgem quando a tomada de decisão numa firma é a
província de administradores que não são acionistas da firma (FAMA,
1980, p.288)
45
aspectos impactam a criação de valor para o acionista. Estes dois aspectos são registrados por
Easterbrook (1984, p.655) como benefícios da existência dos dividendos, a despeito de outras
limitações, segundo a visão do próprio “o papel dos dividendos em disparar o monitoramento
pelo mercado de capitais é fácil de ver”. E em sua conclusão:
dividendos podem ser úteis na redução dos custos de agência da
administração. Eu sugiro que os dividendos podem manter as firmas no
mercado de capitais, onde o monitoramento dos administradores é
disponível a um custo mais baixo, e podem ser úteis no ajuste do nível de
risco assumido pelos administradores e às diferentes classes de
investidores
(EASTERBROOK, 1984, p.657)
Borokhovich (2005) em seu estudo concluiu que dividendos são um instrumento
redutor dos custos de agência, consistente com Jensen (1976). Observou que seu uso, no
entanto, não é gratuito seja por submeter os acionistas a uma maior exposição tributária seja
por submeter a firma à custos de novas emissões.
O estudo se desenvolveu em torno da relação entre a reação do mercado expressa na
variação do preço da ação e 3 proxies que refletirão os custos de monitoramento (ou redução)
dos custos de agência quando do anúncio de mudanças nos dividendos. As proxies são:
participação de diretores externos à organização em seu board, a presença de acionistas
organizados em blocos (blockholders) e a presença de instrumentos de defesa dos
administradores contra possíveis ações de acionistas para mudança no controle da firma (uma
tradução livre para poison pills) na firma.
Em outro estudo que também reconhece a validade dos dividendos como instrumento
redutor dos custos de agência e igualmente tomando como uma de suas variáveis a
participação de diretores externos à firma em seu board, Belden (2005) estudou e concluiu
que a participação destes diretores está positivamente relacionada com um maior nível de
pagamentos de dividendos (dividend payout), e que todo o resto mantido igual reduz o poder
discricionário dos administradores sobre os fluxos de caixa livre disponíveis.
46
III.4.3 - A Teoria da Propriedade Interna (Insider Ownership)
Outro elemento que pode ser identificado no contexto da definição da política de
dividendos são os acionistas internos, uma tradução livre para insider ownershipers, ou a
propriedade interna se quisermos trocar o sujeito por um substantivo.
O termo refere-se à porção da firma que é possuída por acionistas que também são, da
firma, funcionários; caso particularmente especial para os administradores.
Esta situação particular leva ao cruzamento de interesses originalmente de dois agentes
distintos: o administrador e o acionista, que neste momento passam a ser representados por
um único indivíduo e gera questionamentos sobre a sua capacidade de decisão de forma
imparcial para os benefícios ou prejuízos gerados, seja do ponto de vista econômico seja do
ponto de vista legal.
Iniciaremos pelo ponto de vista legal tomando, por exemplo, a legislação norte-
americana, que define no Securities and Exchange Comission Act of 1933, o insider como
sendo qualquer parte que atenda às seguintes condições:
- possua ou controle no mínimo 10% de qualquer tipo de ação da firma
- pertença ao Conselho de Administração da firma
- esteja numa posição gerencial que o caracterize como administrador da firma
- possua habilidades que o permitam influenciar significativamente as políticas
operacionais da firma
- cujas atividades permitam presumir seu acesso à informações não-públicas
Vemos desta forma que a lei, no caso norte-americana, não é omissa na definição do
insider, permitindo-nos dizer que o faz até com razoável abrangência.
47
Considerada a data de sua publicação é possível dizer que a prática da negociação por
insiders remonta à época da Grande Depressão nos Estados Unidos da América, entre outras
razões segundo Haddock :
Por que proprietários, diretores e administradores, assim como seus
advogados, contadores, e outros fiduciários similares, rotineiramente
possuem informação que não é disponível para o público em geral
(
HADDOCK, 2002, p.1)
Bahattacharya (2002) observa em seu estudo realizado em 1990, que afora os Estados
Unidos, os governos de 87 dos 103 países com bolsas de valores possuíam legislação a
respeito.
Limitaremos para fins deste estudo, neste ponto, o registro sobre os aspectos legais.
Do ponto econômico, as questões recaem sobre os efeitos positivos ou negativos que a
reunião destes dois papéis traz para aquele cujo objetivo é agir na direção de maximizar o
valor da firma e que pode potencialmente se ver à frente do conflito entre a maximização de
sua riqueza ou a da firma a que pertence.
Tomemos, a título de ilustração, a literatura que registra positivamente o papel
sinalizador das políticas de dividendos, ou seja, os preços das ações refletirão positivamente
mudanças favoráveis (p.ex.: o aumento do Índice de Pagamento de Dividendos, Payout Ratio)
nestas políticas; neste caso pode-se prever a potencial situação aonde administradores poderão
passar um falso sinal ao mercado, que os prospectos futuros da firma são positivos, e obter
vantagens nas negociações realizadas enquanto a verdade não é revelada .
O impacto do insider pode ser sentido diferentemente dependendo das características
da firma, os acionistas de firmas com grande dispersão de propriedade terão pouco estímulo
em monitorar seus administradores, se os administradores tiverem uma pequena parcela de
48
ações seu interesse na riqueza da firma também será pequeno; no entanto à medida que esta
parcela dos administradores vier a aumentar o seu interesse também o fará.
Dois efeitos podem ser observados, derivados da clássica questão da “separação da
propriedade do controle” base das sociedades por ações, o primeiro quanto ao estímulo à
maximização da riqueza e o segundo com relação ao estímulo pelo controle.
Gugler et al (2004) desenvolvem um estudo aonde tentam isolar cada um destes dois
efeitos pelo uso de proxies específicas. O efeito da maximização da riqueza pela parcela no
valor da firma representada pelas ações detidas por administradores frente ao valor total das
ações, o efeito do controle pela parcela do número de ações frente ao número total de ações.
Encontram os autores relação positiva no caso da maximização de riqueza, ou seja,
quanto maior a participação do insider maior seu estímulo em fazer a firma crescer, e negativa
quanto ao controle.
Esta situação também foi estudada por Jensen (1985) aonde mostra que existe
influência da propriedade interna em relação à política de dividendos. Esta influência varia de
maneira inversa à medida que varia a proporção de propriedade do administrador, desta forma
uma proporção crescente de propriedade reduzirá o conflito entre o administrador e o
acionista, exemplificando a redução do conflito pode-se citar a redução na apropriação
(efetiva ou desejada) de benefícios não-pecuniários pelo administrador.
Jensen et al (1992) também estudou a relação entre propriedade interna, débito e
política de dividendos dentro de um único modelo, no presente caso a equação que
contemplava como variável dependente os dividendos e como variável explicativa a
propriedade interna mostrou relação negativa entre ambas, indicando que os benefícios dos
dividendos na redução dos custos de agência reduzem-se à medida que aumenta o nível de
propriedade interna.
49
Chen e Steiner (1999), assim como Rozeff (1982) também estudaram a relação entre
dividendos e propriedade interna, chegando à mesma relação negativa entre ambos, o que
demonstra que altos níveis de propriedade interna reduzem ou inibem o montante de
dividendos pagos, mais especificamente o índice de pagamento de dividendos (payout ratio).
III.5 - Princípios Comportamentais
III.5.1 - Finanças Comportamentais (Behavioral Finance)
Entre as premissas da economia clássica, utilizadas por Miller e Modigliani (1961) e
que fez surgir a corrente de pensamento da irrelevância dos dividendos, encontra-se a que o
agente econômico é: racional, possui estáveis e bem-definidas preferências e uma capacidade
ilimitada para racionalmente maximizar estas preferências. As Finanças Comportamentais,
que têm como marco o estudo de Simon (1955), representam o campo em que tais premissas
são reconsideradas à luz de uma realidade mais humana, o que significa menos precisa e com
maiores limitações, usando para isto ferramentas da psicologia.
Simon (1955) registra em seu estudo sua preocupação que as premissas do agente
racional necessitam de urgente revisão, e que passem a ser consideradas a efetiva capacidade
de escolha, leia-se maximização do resultado, do agente e a influência do ambiente em que
estas escolhas ocorrem; e de forma marcante, no meu ponto de vista, assinala que naquele
instante uma distância intransponível entre o que a teoria econômica precisa e o que a
psicologia pode oferecer neste campo.
Ilustrando, citamos Barber e Odean, observamos que esta citação ocorre 44 anos
depois do estudo de Simon:
50
Nós destacamos dois erros usuais que os investidores cometem: negociam
em excesso e tendem de maneira desproporcional a manter ações que estão
perdendo valor enquanto vendem ações que estão ganhando valor
(
BARBER e ODEAN, 1999, p.41)
Statman usa o exemplo dos dividendos como um bom paralelo para explicar a
importância desta nova corrente:
As ferramentas das finanças comportamentais incluem suscetibilidade à
prospectos e outros erros de cognição, variando de atitudes em face do
risco, aversão ao arrependimento, auto-controle imperfeito, e preferências
simultâneas à características de utilidade e de valor. O papel dos
prospectos é bem ilustrado pelo quebra-cabeça (puzzle) dos dividendos
(STATMAN,
1999, p.19)
Em seu estudo ele conceitua em três tópicos a questão do problema do investidor com
os dividendos. Primeiro porque o investidor geralmente separa "mentalmente" sua riqueza,
segmentando-a em diferentes "contas-correntes" com base na finalidade a que se destinam:
para uso geral, para poupança, para diversão, para manutenção, etc etc; tal segmentação
conduz o investidor à percepção de diferentes tipos de perda: a perda do valor da ação sai de
uma "conta", a suspensão de dividendos sai de outra "conta". Desta forma, deixando o
investidor de levar em consideração as relações de risco entre ambas, a saber: a inexistência
de maximização de portfolio pelo investidor.
Segundo, porque investidores diferentes m reações diferentes frente aos riscos dos
diversos segmentos ("contas") de sua riqueza e ainda, tendo geralmente alta aversão ao risco
de suas "contas" para sua segurança e pouca, nenhuma, ou mesmo propensão ao risco em suas
"contas" de uso geral.
Terceiro, porque dividir sua riqueza em diferentes segmentos implica ao investidor, do
ponto de vista racional, deixar de considerar as inter-relações entre as contas, leia-se
covariâncias, e a eficiência de cada uma individualmente; e do ponto de vista não-racional,
conseguir superar potenciais limitações de auto-controle: "gasto o dinheiro do dia, mas não
51
mexo no dinheiro da poupança"; registra também que para o investidor tomar decisões sobre
vendas de ações implica na possibilidade de arrependimento no caso do preço das mesmas
subirem logo em seguida. Investidores não-profissionais, em suma, deveriam ter auto-
controle, o que se encontra nos investidores profissionais.
Miller também desenvolve estudo sobre a questão das finanças comportamentais e a
política de dividendos que segundo ele:
área do cerne principal em finanças, que nomeamos, a demanda e
suprimento de dividendos, onde, por consentimento geral é
essencialmente um paradigma “racionalista” e parece estar tendo
dificuldades mais notadamente...Comportamentalistas (behavioristas)
fizeram seu lar precisamente nos mesmos pontos frágeis do corpo atual
de teoria para este tema.
(MILLER, 1986, p.S451)
Centra sua atenção, no entanto, na questão tributária (1986, p.S452): “As anomalias
em questão aqui são principalmente relacionadas à tributação”, e o dilema dos
administradores, do porque continuar a pagar dividendos quando a avaliação racional do
ponto de vista tributário conduz a uma solução de não o fazer e distribuir a riqueza aos
acionistas de outra forma, por exemplo ganhos de capital ou recompras. Esta atenção ao
aspecto tributário por parte de Miller já era manifesta, pelo próprio, em seu estudo anterior:
Finalmente, nós podemos notar que desde que o diferencial de tributação
em favor de ganhos de capital é indubitavelmente a grande imperfeição
sistemática no mercado, é claro que ninguém pode invocar
“imperfeições” como responsáveis pelas diferenças entre nossa proposta
de irrelevância e a visão padrão do papel da política de dividendos
encontrada na literatura financeira
(MILLER, 1961, p.432)
52
III.5.2 – Lintner
Lintner (1956) em seu estudo seminal sobre a formação da política de dividendos
apresenta o resultado de um conjunto de entrevistas com administradores de firmas e mostra
que a política de dividendos é a base na decisão quando a questão é lucros retidos e
economias, e que estas últimas são um sub-produto das decisões tomadas à luz de uma bem
estabelecida prática e política de dividendos. Este estudo marca o nascimento da corrente de
pensamento que os dividendos são relevantes para a firma.
O ponto central que observamos como resultado da sua pesquisa é a demonstração que
as taxas de distribuição de dividendos são ajustadas numa escala menor que a prevista para as
taxas dos lucros, o objetivo alcançado através deste comportamento é uma maior estabilidade
no curso dos dividendos ao longo do tempo, esta estabilidade no comportamento dos
dividendos vai então permitir à administração um convívio mais confortável contra as
flutuações, nem sempre prováveis mas sempre possíveis, das receitas futuras e o que é mais
53
UD
i,t .....................
representa a mudança no pagamento dos dividendos
a
i .....................
uma constante, que pode ser zero ou positiva podendo
expressar a intenção de manter um crescimento gradual dos
dividendos
c
i ....................
representa uma fração da diferença abaixo descrita
(D
*
i,t
– D
i (t-1)
) representa a diferença entre o pagamento de dividendos
esperado, considerado taxa-objetivo de payout para este ano e
os dividendos efetivamente pagos no ano anterior
ȣ
i,t ...................
representa todos os demais fatores não identificados nas
variáveis anteriores
Os resultados apurados em seu trabalho afirmam que os administradores acreditam ser
mais relevante a forma como o curso do pagamento dos dividendos ocorre, sinteticamente o
quão estável eles ocorrem historicamente, do que a magnitude do Índice de Pagamento de
Dividendos (Payout Ratio).
Estes administradores, por sua vez, transferem para a política de dividendos durante
sua definição e formação, o seu entendimento e impressões tanto dos aspectos particulares do
mercado aonde a firma atua como da firma em si, por exemplo, o ciclo de negócios do
mercado e as exigências médias de capital de giros, e submetem estes aspectos ao seu próprio
escrutínio baseado em sua formação profissional e experiências passadas:
...na maioria das firmas um crescente corpo de experiências e precedentes
acumulados de numerosas decisões individuais tomadas de forma imprevista
54
gradualmente foi racionalizado e formalizado numa razoavelmente fixa e definitiva
política. Entre os fatores mais importantes, que foram de maneira mais ou menos
consciente e racionalmente incluídos, temos: o crescimento e os juros previstos de
uma particular firma; o movimento cíclico médio de oportunidades de investimento,
exigências de capital de giro, e fluxo interno de fundos, julgados pelas experiências
passadas; a importância relativa associada pela administração aos ganhos de capital
de longo prazo quando comparados com os ganhos de dividendo para os seus
acionistas, e a visão da administração das preferências dos acionistas entre taxas de
dividendos flutuantes ou razoavelmente estáveis, e seu julgamento do tamanho e
importância de qualquer prêmio que o mercado poderia conceder à estabilidade ou
crescimento estável na taxa de dividendos como tal.
55
Baker (2002) pesquisou um sub-conjunto de firmas listadas na NASDAQ, que pagam
regularmente dividendos, e entre outros resultados encontraram que a maioria dos
administradores não concorda com os pressupostos desta teoria.
Battacharya (1979) em seu estudo argumenta que a vida útil dos ativos frutos dos
investimentos em uma firma, financiados pela retenção dos lucros, é mais longa que a vida
útil do acionista que prefere receber o dividendo em caixa. Sob esta ótica, e sob a premissa de
que não há risco associado aos fluxos gerados pelos investimentos, sua argumentação é que os
investimentos frutos da retenção dos lucros, na visão do acionista "o suspeito Bird in Bush",
gerarão maior riqueza que os investimentos do acionista ao receber o dividendo, na visão do
próprio acionista o "líquido e certo Bird in Hand"; tendo como diferencial o horizonte de
tempo do fluxo de caixa futuro.
III.5.4– A Teoria dos Dividendos Residuais
A Teoria dos Dividendos Residuais tem por base que dividendos só, e somente só,
poderão ser pagos quando todas as oportunidades de investimento da firma tiverem se
esgotado, assume a premissa que os acionistas delegarão aos administradores autoridade para
a decisão de quando os referidos investimentos se esgotam, algumas referências citam que tais
investimentos devem ter retorno maior do que o que seria alcançado pelos acionistas
investindo externamente em outras oportunidades de igual risco, outras referências são
omissas quanto à este ponto.
Mantém relação com a Pecking Order Theory (POT), pois como a POT privilegia o
uso de recursos internos para o financiamento de projetos, e colide frontalmente com as
premissas levantadas por Lintner(1956), pois tal procedimento resulta num fluxo de
56
dividendos que flutuará ao sabor do volume de oportunidades de investimento presentes.
Bueno (2000) apresenta os principais pontos desta teoria:
- a busca por uma estrutura ótima de endividamento quando do financiamento dos
investimentos futuros
- execução pela firma de todos os investimentos cujo retorno seja superior ao custo de
capital
- novas emissões só serão admitidas no financiamento de projetos quando esgotados os
recursos próprios
- distribuições de fundos somente serão permitidas após a realização de todos os
investimentos que atenderem às regras acima
Bueno (2000) ainda observa que, desta, forma influenciarão a política de dividendos:
as oportunidades de investimento, a estrutura de capital e a geração de recursos interna.
Observamos neste ponto que os dois elementos de decisão, o acionista e o
administrador (ou agente), tomam suas decisões com base em critérios diferentes: de um lado
o administrador distribuirá ou não dividendos com base na existência de oportunidades de
investimentos com retorno maior que o custo de capital, de outro lado o acionista preferirá
receber dividendos com base na existência de oportunidades de investimento externas à firma
e com retorno maior do que esperado da firma, considerado o mesmo risco.
57
III.5.5 – Aspectos Gerais das Políticas de Dividendos
É possível identificar algumas características associadas à prática do pagamento de
dividendos, respeitada a legislação pertinente e as particularidades dos Estatutos Sociais das
diversas firmas.
O pagamento de dividendos obedece um cronograma de eventos, apresentados em
ordem cronológica, a seguir:
A) - Data do anúncio dos dividendos – é a data em que o Conselho de
Administração declara sua decisão sobre os dividendos para o período que se
encerra.
Diversos estudos se concentram no efeito que as informações divulgadas pelo
Conselho de Administração causam sobre o preço das ações, o aumento dos
dividendos ou no caso contrário sua diminuição são fatos que podem ser
interpretados respectivamente, numa primeira instância, como um sinal de que
os fluxos de caixa futuros serão melhores ou o contrário.
A ressalva no parágrafo acima “numa primeira instância”, deve-se ao fato que
investidores podem reagir de forma cautelosa à mudanças nos dividendos e
submetê-las ao julgo do tempo, como cita Brealey et al (2001 p.435) relatórios
contábeis podem expressar diversas realidades mas o pagamento de dividendos
requer caixa, e o longo prazo será uma das provas possíveis da coerência do
aumento dos dividendos.
B) Data ex-Dividendos é a data divulgada, que determina o limite até o
qual as ações negociadas terão direito aos dividendos anunciados (ver item
“A” anterior). Ações negociadas após o fechamento do pregão deste dia,
58
deixam de ter direito aos dividendos anunciados em compensação é de se
esperar que o mercado faça o ajuste de seu preço considerando esta perda,
assim o preço das ações negociadas até a data ex-dividendo levam em
consideração o dividendo a receber, após esta data seu preço tenderá a ajustar-
se diminuindo seu valor num montante correspondente aos dividendos a que
deixou de ter direito
C) – Data de Registro – é a data em que a firma formalmente registra o
encerramento dos seus livros referente ao período dos dividendos anunciados
em A” acima, comumente o mercado, à saber os preços das ações, não é
impactado por este procedimento, e que permite à firma fazer o registro dos
acionistas que receberão os dividendos anunciados.
D) – Data de Pagamento – data do efetivo pagamento dos dividendos,
obedecidos os passos acima e em conformidade com a legislação.
Os dividendos podem ainda ser caracterizados conforme os critérios a seguir:
- Quanto à forma de pagamento:
- Dividendos pagos em espécie
os dividendos pagos em espécie são também objeto de estudo pois obrigam o
investidor ao recolhimento do imposto devido, não lhe permitindo um
planejamento tributário, as teorias da clientela e da preferência tributária
exploram a questão
- Dividendos pagos em ações adicionais
59
- Quanto à freqüência de pagamentos:
- Dividendos regulares
são os dividendos pagos conforme o período de apuração regular da firma,
por exemplo trimestral, semestral, anual
- Dividendos especiais
são os dividendos pagos conforme decisão do Conselho de Administração,
respeitado o Estatuto Social e a legislação
- Dividendos de Liquidação
são os dividendos pagos quando da liquidação total ou parcial da firma
Os dividendos são usualmente expressos por duas medidas:
- Rendimento dos Dividendos (Dividend Yield) cujo cálculo é:
(Dividendos Anuais por Ação) / (Preço da Ação)
O Rendimento dos Dividendos pode ser utilizado como referência na análise do
desempenho de uma ação frente a outras, assim como uma referência também para o risco
relativo entre ações.
- Índice de Pagamento de Dividendos (Dividend Payout Ratio) cujo cálculo é:
(Dividendos) / (Lucros)
O Índice de Pagamento de Dividendos, pode ser usado para estimar os dividendos
futuros, por exemplo, se uma firma que tenha um Índice de Pagamento de Dividendos
constante ao longo do tempo e obtivermos uma informação sobre qual a previsão que o
60
mercado está fazendo para a respectiva firma poderemos facilmente obter os dividendos
futuros.
O Índice de Pagamento de Dividendos tende também a seguir ciclo de vida das
organizações, firmas jovens usualmente precisam de caixa para financiar tanto seu capital de
giro quanto sua expansão representada pelas suas oportunidades de investimento. Firmas mais
maduras tendem a apresentar menos oportunidades de investimento logo demandam menos
caixa e assim estão aptas a pagar dividendos maiores. Ou em outras palavras: quanto menor a
idade da firma menor tenderá a ser o Índice de Pagamento de Dividendos e o contrário é
igualmente válido.
Se subtrairmos da unidade o valor do Índice de Pagamento de Dividendos, obteremos
o seu oposto que é o Índice de Retenção, exemplificando uma firma que tenha um Índice de
Pagamento de Dividendos igual a 5% (distribui 5% dos seus lucros na forma de dividendos)
terá em contrapartida um Índice de Retenção de 95%. Firmas com alto índice de ativos
intangíveis geralmente possuem também alto Índice de Retenção, isto porque geralmente são
firmas de serviços ou de tecnologia e, por conseguinte, têm poucos ativos reais o que lhes
confere maiores dificuldades para negociar financiamentos externos devido ao baixo nível de
garantias, logo procuram reter a maior parcela de seus lucros que for possível.
Apenas para ilustração verificamos junto a algumas das firmas listadas na Bolsa de
Valores de São Paulo (BOVESPA), os seus Estatutos Sociais especificamente na parte da
Política de Dividendos mostram alguns resultados interessantes relativos aos tópicos acima:
- duas firmas jovens e do setor de tecnologia, a Submarino e a IdeiasNet, em ambas os
respectivos Estatutos Sociais declaram que os dividendos serão de 25%, o mínimo
permitido por lei, ambas também reportam não ter havido pagamentos de dividendos
ou juros sobre o capital próprio; tal resultado corrobora com as colocações anteriores:
61
firmas com poucos ativos reais, e/ou ainda em fase de crescimento tendem a distribuir
pouco ou nenhum dividendo
- duas firmas maduras e do setor industrial, a Natura e a Klabin, em ambas os
Estatutos Sociais declaram respectivamente “distribuição de dividendos num
percentual mínimo obrigatório de 30%” e “distribuição de dividendos não inferior a
25%”; também encontramos aderência ao exposto: firmas maduras, com ativos reais
que podem vir a facilitar o acesso a outras fontes de financiamento, podem se assim o
desejarem pagar dividendos maiores
- duas firmas maduras e do setor de utilidades, a AES-Eletropaulo e a SANEPAR, em
ambas os Estatutos Social declaram respectivamente “dividendo mínimo de 25%” e
"obrigatório de 25%”; também encontramos um histórico de pagamentos de dividendos ou
juros sobre capital próprio com uma regularidade condizente com o perfil esperado para o
setor, que usualmente se caracteriza por elevado índice de ativos reais e fluxos de caixa
estáveis (baixa oscilação na demanda).
62
III.6 – A Questão Tributária no Brasil
III.6.1 – Os Dividendos
Vejamos a questão tributária, sob a nossa realidade local, o Brasil é um país que muito
incentiva o pagamento de dividendos, fique registrado que de forma distinta de muitos outros
países como citado anteriormente, a Lei 6.404/76 estipula na sua Seção III, com revisão pela
Lei 10.333/01, no seu artigo 202, inciso I parágrafo § a obrigatoriedade de seu pagamento
respeitados os limites da lei, a saber:
“Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral deliberar alterá-lo para
introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser
inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do
inciso I deste artigo”
E a Lei 9249/95, no que toca à apuração do Imposto de Renda sobre estas mesmas
receitas, declara:
“Art. 10º Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados
a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, não ficarão sujeitos
à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do
imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País
ou no exterior.”
63
Como se observa, dos dois registros acima, não só o pagamento de dividendos é
obrigatório como também é dedutível, o que no entanto se observa é que tal fato não parece
ter estimulado as firmas, no Brasil, à prática disseminada do pagamento de dividendos.
III.6.2 – Os Juros sobre o Capital Próprio
Até a consecução do Plano Real de estabilidade econômica o capital investido em uma
firma era objeto de correção monetária de balanço o que implicava na correção dos direitos
que tinham os sócios/acionistas junto à firma em que haviam investido na forma de Capital.
Registre-se que por Capital, segundo Iudícibus et al:
O investimento efetuado na firma pelos acionistas é representado pelo
capital social; este abrange não as parcelas entregues pelos acionistas
como também os valores obtidos pela sociedade e que, por decisão dos
proprietários, se incorporam ao capital social, representando uma espécie
de renúncia à sua distribuição na forma de dinheiro ou de outros bens.
(IUDÍCIBUS et al, 1995, p.420)
A extinção da correção monetária do balanço deu-se em 31 de Dezembro de 1995 com
a publicação da Lei 9.249/95, que nos Artigos 4º e 6º, dita:
Art. 4º Fica revogada a correção monetária das demonstrações financeiras
de que tratam a Lei nº 7.799, de 10 de julho de 1989, e o art. 1º da Lei nº
8.200, de 28 de junho de 1991.
Parágrafo único. Fica vedada a utilização de qualquer sistema de correção
monetária de demonstrações financeiras, inclusive para fins societários.
Art. 6º Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apuração do
Lucro Real, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão
corrigidos monetariamente até essa data, observada a legislação então
vigente, ainda que venham a ser adicionados, excluídos ou compensados
em períodos-base posteriores.
64
Em seu lugar, todavia, previu o legislador a existência dos Juros Sobre o Capital
Próprio (JSCP), conforme Art. 9º:
Art. A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro
real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou
acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as
contas do patrimônio quido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa
de Juros de Longo Prazo - TJLP.
Os valores pagos a título de JSCP apresentam a particular característica de serem
dedutíveis, seja o JSCP pago à pessoa física ou pago à pessoa jurídica, no caso de firmas que
operem sob o regime de competência e de apuração do lucro real, observados os limites da
lei, a saber:
- 50% do lucro quido do período de apuração antes da dedução destes juros,
deduzida a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e considerando
a provisão para Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
- 50% dos lucros acumulados e das reservas de lucros
A base de cálculo do JSCP será o patrimônio líquido existente no início do período
sobre o qual o cálculo dos juros, utilizando-se a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)
instituída pela lei 9.365/96, pro-rata die, será aplicada. Segundo parecer normativo 20 de
1.987 o lucro líquido a ser considerado para a apuração do lucro real deverá ser calculado
segundo os procedimentos usuais o que inclui o encerramento das contas de resultado.
Não deverão ser incluídas nesta base:
- as reservas de reavaliação de bens e direitos de pessoas jurídicas (lei
9.249/95 Art. 9º § 8);
- reserva especial oriunda da diferença da correção monetária especial das
contas do ativo permanente (RIR/99 art. 460 e § 1);
65
- reserva de reavaliação capitalizada nos termos do RIR/99 art.s 436 e 437 em
relação às parcelas não realizadas
A alíquota de tributação é de 15%, e o imposto será descontado na data de pagamento
ou de crédito e recolhido até o dia útil da semana subseqüente ao desconto, o imposto será
considerado uma antecipação ao apurado no encerramento do exercício no caso de pessoas
jurídicas sob o regime de lucro real ou presumido ou arbitrado. No caso de pessoa física o
imposto é definitivo.
Os valores pagos a título de JSCP poderão ainda ser imputados ao valor dos
dividendos a que tem direito os acionistas conforme lei 6.404/76 art.202, sem prejuízo com
relação ao imposto de renda retido na fonte (IRRF) quando do seu pagamento.
A vantagem tributária beneficiará tanto a firma que paga o JSCP quanto o detentor do
direito de receber o JSCP seja ele pessoa física ou pessoa jurídica. No caso da firma pagadora
seu benefício advirá da dedutibilidade na base de cálculo da apuração do lucro real. No caso
da pessoa física o IRPF no Brasil possui 2 alíquotas, a de 15% e a de 27,5%, neste caso fica
evidente a vantagem tributária para aqueles investidores que estão na faixa de 27,5% pois
estes rendimentos serão taxados exclusivamente a apenas 15%. No caso da pessoa jurídica,
como se pode observar um claro incentivo, do ponto de vista legal, ao uso deste
instrumento como forma de remuneração dos acionistas e também como forma de redução da
carga tributária da firma.
Em outras palavras, para ilustrar, temos de um lado o caso dos Estados Unidos da
América, aonde não incentivo fiscal em pagar dividendos mas a prática não cessa, nem
deixa de ser bem recebida pelos investidores (FRANKFURTER, 1999 p.76), de outro lado
temos o Brasil aonde há uma real, amparada por lei, vantagem em pagar dividendos, e
66
registre-se juros sobre capital próprio, e sua prática não se populariza, nem é motivo de
aclame por parte dos investidores.
Mais uma vez as peças parecem não se encaixar no quebra-cabeça.
III.7 - A Questão do Valor
O valor da ação de uma firma pode, a princípio, ser determinado de algumas formas
por exemplo temos o valor "de livro" que é determinado pela diferença entre o total de seus
ativos subtraídos do total de seus passivos e dividindo-se esta diferença pelo número total de
ações; outro caso é o valor "de liquidação" que é igual à diferença obtida no caso da firma
vender todos os seus ativos, no estado de uso em que se encontrarem, e usar o montante
apurado para a liquidação de todos os débitos ainda em aberto, a diferença será dividida pelo
número total de ações.
Todavia, partindo-se de qualquer um dos dois casos acima não será possível
determinar o valor correto da ação, que é definido pelo valor presente dos fluxos de
dividendos futuros (Discounted Dividend Model - DDM).
Qualquer que seja o comportamento deste fluxo: de crescimento constante, nulo, ou
alternado, será sempre possível o cálculo do valor da ação. O valor calculado desta forma
(DDM) será idêntico se o compararmos com o modelo do Valor Presente Líquido das
Oportunidades de Crescimento (VPLOC).
Baker e Powell (1999) estudaram a relação entre a política de dividendos e valor sob a
ótica da percepção dos administradores, procurando explorar as hipóteses do "pássaro-na-
mão", sinalização, preferência tributária e conflitos de agência.
O estudo abrangeu 3 tipos de indústria: manufatura, atacado/varejo e utilidades; e
utilizaram uma pesquisa enviada à 603 Diretores Financeiros (Chief Financial Officer - CFO)
67
de firmas listadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque, tendo como retornos válidos 198
questionários respondidos.
O resultado foi que os respondentes, de forma unânime (mais de 90%), acreditam na
contribuição da política de dividendos para a criação de valor; suas crenças também suportam
a hipótese da sinalização, as hipóteses de preferência tributária e do "pássaro-na-mão" não
tiveram resultados conclusivos; foram todavia inconsistentes as respostas que envolveram o
tema de conflitos de agência embora os autores reconheçam a possibilidade do tema não ter
sido compreendido pelos respondentes; por fim, o expressivo resultado (88%) de que os
administradores acreditam no inter-relacionamento das decisões de investimento,
financiamento e dividendos.
Os resultados encontrados dão suporte à Teoria da Relevância dos Dividendos
proposta por Lintner (1956).
Ohlson (1995) desenvolveu um modelo em que o valor de mercado da firma é
expresso: pelo fluxo de ganhos futuros, pelo valor de livro e pelos dividendos. Seu estudo
busca esclarecer dois temas:
- clean surplus ou "acréscimo livre" que é definido como sendo a mudança no
valor de livro determinada pelo acréscimo dos lucros e pelo decréscimo dos
dividendos
- dividendos reduzem o valor de livros mas não afetam os lucros correntes
Seu modelo busca conciliar a prática contábil de definição de valor (clean surplus) que
não leva em consideração a perspectiva do acionista com a deste último, que entende valor e
sua respectiva criação como fruto do valor presente líquido dos dividendos futuros.
Demonstra, pois o autor, de forma teórica que é possível substituir o conceito de valor
presente dos dividendos esperados (DDM) pelo conceito de valor de livros somado ao valor
68
presente dos ganhos anormais esperados, e desta forma sem violar o conceito do DDM poder
expressar valor e retorno relacionados à dados contábeis.
Suas conclusões suportam a hipótese de Miller e Modigliani, e nas palavras de Ohlson:
Com os “corretos” construtos contábeis incluindo: o "acréscimo livre" e
“os dividendos deduzem o valor corrente de livro mas deixam os ganhos
correntes inalterados”, é possível conceituar o valor da firma pela
predição da seqüência variável que
não
depende dos dividendos mas sim
dos ganhos futuros (OHLSON, 1999, p.682)
Jose e Stevens (1989) estudaram um teste alternativo para a relação entre a política de
dividendos e o valor capitalizado da firma sob a ótica do equilíbrio de longo prazo, sua
preocupação era eliminar efeitos de curto prazo como, por exemplo, anúncios de mudança nos
dividendos.
Utilizaram para expressar a política de dividendos: a média, a tendência e a variação
ao redor da tendência do (1) Índice de Pagamentos de Dividendos (Payout Ratio) e também
do (2) Rendimento de Dividendos (Dividend Yield); e a tendência e a variação ao redor da
tendência dos dividendos por ação. E para expressar a valorização da firma utilizaram a
relação dada pelo valor de mercado dividido pelos custos de reposição, suas conclusões
foram:
- de um lado que a hipótese de Lintner foi validada:
As crenças dos administradores na Política de Dividendos como descrito
por Lintner, estão confirmadas. As maiores (premium) valorizações de
mercado estão associadas com os dividendos por ação estáveis e positivos.
(JOSE e STEVENS, 1989, p.659)
- de outro lado que a hipótese de Miller e Modigliani também é confirmada:
A análise suporta a proposição de Miller e Modigliani da irrelevância dos
dividendos e confirma a percepção dos administradores que o mercado
69
valoriza dividendos estáveis ao invés de índices de pagamento de
dividendos estáveis (JOSE e STEVENS, 1989, p.659)
Concluem os autores:
Enquanto pesquisa adicional deste tipo é necessária para prover um corpo
de conclusões consistentes,
as conclusões indicam que as práticas
gerenciais descritas por Lintner aumentam o valor e coexistem com as
hipóteses clássicas da irrelevância dos dividendos (destaque sublinhado
por este autor). (JOSE e STEVENS, 1989, p.660)
Tal afirmação nos parece colocar mais uma peça no quebra-cabeça dos dividendos.
Ryan (1974), em seu estudo sobre o efeito da política de dividendos sobre o valor de
mercado da firma, assume que a firma deve ter como objetivo principal a maximização da
riqueza dos acionistas, uma decisão usual com relação à quanto deverá ser a retenção dos
lucros pode ser conflituosa por oferecer de um lado a possibilidade de reter o máximo
possível reinvestindo em projetos que gerarão fluxos de caixa futuros e de outro lado
distribuir dividendos pois o valor de uma ação se baseia no seu fluxo de dividendos.
O autor partiu do modelo de Lintner e experimentou vários ajustes ao modelo, como
por exemplo a possibilidade da firma demorar para reagir à mudanças nos lucros, se o modelo
funcionará igualmente com o fluxo de lucros futuros ao invés do fluxo de dividendos futuros,
a adequação às necessidades de capital e ao risco. Suas principais conclusões partindo dos
diversos modelos ajustados foram: dividendos futuros ou lucros futuros apresentaram o
mesmo peso na explicação da criação do valor, risco e alavancagem em muitas instâncias
podem ser vistos como um efeito conjunto.
Por fim, não deixando de admitir a questão tributária favorável à época para a retenção
dos lucros, seus resultados apontaram que (RYAN, 1974, p.422): "cada libra de dividendos
distribuídos contribui substancialmente mais para a valorização da firma que uma libra de
lucros retidos" ou seja, o valor da firma depende substancialmente da política de dividendos
70
praticada; seu último teste buscando determinar um nível ótimo de Índice de Pagamento de
Dividendos (Payout Ratio) não foi conclusivo.
III.8 – As Três Escolas de Pensamento
Utilizamos, conforme enunciado, até o presente momento a segunda estruturação
descrita por Frankfurter (2002, pag.111), todavia acreditamos que será útil ao leitor
dispendermos algumas palavras sobre como seria a primeira estruturação enunciada por
Frankfurter, a das três escolas de pensamento, cabe registrar que o leitor teve contato
durante o texto até aqui com menções a estas mesmas escolas.
Miller e Modigliani apresentaram a proposta da irrelevância dos dividendos (1ª escola
de pensamento), ou em outras palavras, que os dividendos não trazem contribuição para o
valor da firma, seu estudo todavia tomou por premissa a existência de mercados perfeitos de
capital, esta premissa apesar de servir como uma referência no campo do estudo acadêmico
tem, todavia, pouca ou nenhuma aplicabilidade prática, como exemplifica Vaughan et al:
No mundo de Miller e Modigliani
o anúncio de distribuição de caixa aos
acionistas não tem efeito no valor da firma. No mundo real
, aumentos
não-anunciados em dividendos ou recompra de ações estão
correlacionados com saltos nos preços das ações...
(destaque em
sublinhado deste autor) (VAUGHAN et al, 1998, p.3)
Desta forma se este não for o caso, dividendos são irrelevantes, qual o tipo de
contribuição os dividendos oferecem à firma? Positiva aumentando o seu valor, expresso por
suas ações, ou o caso contrário negativa diminuindo seu valor.
Brealey et al (2001), ao estudarem o efeito do pagamento dos dividendos sobre o valor
da firma compilaram as duas outras escolas de pensamento: contribuição para o aumento do
valor da firma e contribuição para a diminuição do valor da firma. Cada uma destas escolas
71
apoiar-se-á em desvios, relaxamentos, específicos das premissas dos mercados perfeitos
utilizada por Miller e Modigliani, como os próprios autores admitiram ao final de seu trabalho
em 1961:
Para completar a análise da política de dividendos, logicamente o
próximo passo seria presumivelmente abandonar as premissas do
mercado perfeito de capitais. Isto, contudo, é uma posição muito mais
fácil de dizer do que de fazer. (MILLER e MODIGLIANI, 1961,
p.31)
Podemos citar como exemplos destes relaxamentos e suas respectivas linhas de
estudo: o conservadorismo do acionista e a bird in hand theory, o agrupamento dos acionistas
dadas suas preferências tributárias e o clientelle effect, desvios no comportamento dos
administradores e a agency theory, e os diferentes aspectos tributários; como registro dos
exemplos descritos acima podemos citar Lease (2000, p.181):
Administradores Financeiros devem examinar como as várias fricções de
mercado afetam suas firmas, assim como seus credores correntes (em sua
forma mais geral claimholders), para chegar à políticas de dividendos
razoáveis. (LEASE, 2000, p.181)
A escola que discursa que os dividendos contribuem positivamente para a firma e
aumentam o seu valor discorre sobre as imperfeições de mercado como, por exemplo,
limitações legais à liberdade de pagar ou não pagar dividendos, custos de transação,
comportamento não racional do investidor, preferências do investidor por firmas com perfis
específicos de políticas de dividendos; por fim o papel de sinalização ao mercado que os
dividendos carregam sobre a pujança corrente e futura do seu desempenho, como citam
Brealey et al (2001, p.471) citam: “Relatórios contábeis podem mentir, mas dividendos
exigem que a firma apresente caixa em espécie”.
72
Uma sinalização eficiente, traduzida entre outras por um comportamento histórico
confiável e saudável refletir-se-á nos preços das ações.
A escola que discursa que os dividendos contribuem negativamente para a firma e
diminuem o seu valor, é suportada pela consideração de mais uma imperfeição do mercado, a
existência de tributos nas operações financeiras e que estes tributos não têm o mesmo peso
para todas as operações, neste caso a firma perde valor quando paga dividendos e estes são
tributados à uma alíquota maior do que a dos ganhos de capital.
III.9 – Estudos Empíricos
A seguir abordaremos estudos empíricos sobre a questão dos determinantes das
políticas de dividendos, que é o propósito final deste trabalho, este capítulo se propõe a ser
uma amálgama dos temas até aqui apresentados. Acreditamos ser importante registrar que
cada estudo nesta seção contemplará, à critério de cada autor, um ou alguns dos temas
anteriores, daí nosso interesse em apresentar antes as teorias para que à partir de agora o leitor
possa melhor acompanhar a formatação deste tipo de análise.
Alli et al (1993) estudou a política de dividendos com o objetivo de re-examinar o
tema através de um teste simultâneo das teorias de dividendos, em suas palavras o teste
simultâneo é garantido pois captura o impacto simultâneo das diferentes dimensões que
afetam o pagamento de dividendos, seu trabalho concentrou-se especificamente nos seguintes
temas:
- teoria da clientela
- custos de transação de financiamentos externos (teoria dos dividendos residuais)
- o papel sinalizador dos dividendos
- o papel dos dividendos na redução dos custos de agência
73
Considerou ainda, relativamente às pesquisas já efetuadas:
- o papel referente aos dividendos passados
- a existência de reservas financeiras na formação da política de dividendos
Acredita o autor, que a metodologia empregada em seu trabalho, Análise Fatorial e
Regressão Múltipla, buscou evitar alguns erros usualmente encontrados em outros estudos,
que usualmente utilizam análises de regressão tradicionais, e que levam a resultados confusos,
destacam-se entre estes erros:
- o tratamento das variáveis como elementos mutuamente exclusivos, geralmente
através de uma equação de regressão, podendo ocorrer correlação espúria ou
problemas de especificação
- o uso de proxies que muitas vezes não são uma representação fiel do fenômeno
que se deseja observar, embora possam existir substitutos próximos
- a ocorrência de parcimônia por parte de pesquisadores frente à problemas de
multicolinearidade entre as variáveis independentes
- posto que as proxies não refletem fielmente os fenômenos, erros de variáveis podem
ocorrer na equação de regressão
Para a eliminação dos erros acima o autor utilizou em duas etapas a técnica de Análise
Fatorial e Regressão Múltipla, para a análise simultânea das teorias ao invés de equação de
regressão, o que também mitigaria os erros de multicolinearidade, e definiu o autor também
um conjunto específico e distinto de proxies.
A variável independente foi o Índice de Pagamento de Dividendos (Dividend Payout
Ratio), e as proxies utilizadas dados os temas escolhidos foram:
74
- para o efeito da clientela a proxy foi o status tributário dos acionistas majoritários,
assumindo que os mesmos são investidores institucionais e isentos de impostos ou tributados
à alíquotas reduzidas, o que deverá levar a uma relação positiva
- para os custos de transação e teoria dos dividendos residuais as duas proxies para os
custos de transação serão o BETA do patrimônio líquido (com relação negativa) e o log
natural dos ativos totais (relação positiva); as duas proxies para a teoria dos dividendos
residuais serão os gastos médios em investimentos de capital e o crescimento da receitas
operacionais (ambas com relação negativa); e por fim, medindo o acesso aos mercados de
capital a variabilidade da estrutura de capital tomada como o desvio-padrão da média das
mudanças na estrutura de capital (relação positiva)
- para o papel de sinalizador dos dividendos a proxy escolhida foi a variabilidade dos
fluxos de caixa medida pelo seu coeficiente de variação dos mínimos quadrados ordinários
(relação negativa)
- para o papel na redução dos custos de agência três proxies foram eleitas, o grau de
dispersão de propriedade medida pela relação entre número de acionistas e número de ações
(relação positiva); o grau de acionistas insiders medida pela relação entre o número de ações
detidas por insiders e o número total de ações (relação negativa); o grau de comprometimento
da firma no acesso à novos financiamentos pela relação entre os ativos livres e os ativos totais
(relação positiva)
- para o papel dos dividendos passados – a proxy foi se o valor dos dividendos
correntes é no mínimo 90% do valor do ano imediatamente anterior (relação positiva)
75
- para o papel das reservas financeiras a proxy foi a soma dos saldos de caixa e das
aplicações no mercado (relação negativa)
Os resultados alcançados mostraram que:
- relações negativas foram encontradas em:
- custos de emissão, pecking order, investimentos e reservas financeiras
- relações positivas foram encontradas em:
- estabilidade de dividendos, impostos e custos de agência, flexibilidade na
estrutura de capital
- relações não-significantes em:
- papel sinalizador, variabilidade de fluxos de caixa
Baker et al (2001) estudou os fatores que envolvem a política de dividendos de firmas
listadas na bolsa eletrônica Nasdaq dos Estados Unidos da América, a Nasdaq é uma bolsa de
valores que opera preponderantemente com ações de firmas de tecnologia, ou seja, da “nova
economia”. Seu estudo, um survey qualitativo objetivou validar três questões:
x a primeira, identificar os fatores mais importantes usados pelas firmas americanas
negociadas na Nasdaq na confecção de suas políticas de dividendos e compará-los
com o que a literatura recomenda que fosse usado
x a segunda, determinar se estes fatores influenciando a política de dividendos diferem
entre os tipos de industria
76
x a terceira, coletar e reportar informações a respeito de como os administradores
gerenciam a política de dividendos, a saber, quem é a pessoa mais influente no
desenvolvimento da política de dividendos, quão freqüente as firmas re-examinam sua
política de dividendos e se as firmas têm um objetivo explícito de nível de pagamento
de dividendos (dividend payout ratio)
O estudo foi qualitativo e os principais fatores na determinação da política de
dividendos encontrados foram: o padrão de dividendos passados, a estabilidade dos ganhos, e
o nível corrente esperado dos ganhos futuros, observamos que tais resultados são condizentes
com a proposta de Lintner (1956). As pessoas mais influentes encontradas foram o presidente
(Chief Executive Officer - CEO) e o diretor financeiro (Chief Financial Officer - CFO), a
política de dividendos é revista uma vez por ano no mínimo, e quase metade das firmas têm
um objetivo explícito quanto ao nível de pagamento de dividendos foram as demais
conclusões mais relevantes, igualmente compatíveis com a proposta de Lintner (1956).
Baker et al (2001) também desenvolveram estudo similar ao realizado na Bolsa de
Valores Nasdaq agora para a Bolsa de Valores de Nova Iorque (New York Stock Exchange -
NYSE), abstendo-nos de descrições anteriormente apresentadas os resultados mais
relevantes obtidos foram: os principais fatores determinantes da política de dividendos são o
nível corrente e passado de ganhos e o padrão de dividendos passados, e estes fatores
parecem ser marcadamente estáveis ao longo dos anos (quando comparados com o mesmo
tipo de pesquisa realizado 14 anos antes), o tipo de industria tem seu peso na formatação do
modelo da política de dividendos, este peso têm diminuído aparentemente ao longo do
tempo, a continuidade dos dividendos parece ter um peso menor na percepção dos
administradores, todavia os mesmos administradores demonstram preocupação com
77
mudanças nas políticas de dividendos. Novamente, observa este autor, os resultados são
coerentes com a proposta de Lintner (1956).
Damodaran (2004) apresenta dois métodos para a determinação da política de
dividendos. O primeiro é a comparação da política da firma em questão com firmas similares,
ou que estejam no mesmo setor, segundo o autor este procedimento todavia pode levar a
resultados errôneos:
- por assumir que todas as firmas têm necessidades de financiamento e custos de
capital idênticos, o que pode ser verdade se estiverem no mesmo estágio do ciclo de
vida
- mesmo que estejam no mesmo estágio, o setor como um todo pode ter uma prática
errônea de política de dividendos
- por não considerar as recompras
O segundo é a análise por meio de instrumentos estatísticos de todo um grupo de
firmas, do mesmo setor ou não, neste caso o autor elenca um grupo de variáveis que serão
objeto de sua análise estatística:
- a variável dependente será o índice de pagamento de dividendos: Dividendo/L.Líq.
- as variáveis independentes serão:
- REN = Rendimento dos dividendos = Dividendo / Preço da Ação
- ȕ = Beta das ações
- VM = Valor de Mercado de Patrim. Líq. + Valor Contábil da dívida
- DIV = Dívida / (Dívida + Valor de Mercado do Patrim. Líq.)
- ROE = Retorno sobre o Patrim. Líq. do ano mais recente
- INS = Investimentos de pessoas de dentro da firma
78
Suas variáveis refletem respectivamente: escolhas nas alternativas de investimento o
que está relacionado ao pipeline de ganhos futuros da firma (relação negativa), risco e
incerteza de investimentos (relação negativa), capitalização de mercado onde firmas maiores
têm maior acesso ao mercado e podem pagar mais dividendos (relação positiva), alavancagem
financeira (relação negativa), escolhas nas alternativas de investimento também se refletem no
retorno sobre o PL (relação negativa), e nível de propriedade interna (relação negativa).
Sem apresentar maiores detalhes sobre sua amostra apenas cita que os dados são de
1998, assim como do método estatístico empregado apenas menciona que foi realizada uma
regressão, o autor reporta que seus resultados mostraram que os dois principais fatores são o
risco e o tamanho de mercado.
A política de dividendos também oferece campo para estudos, por exemplo, sobre os
diferentes aspectos decorrentes da tributação vigente em diferentes países, ou de fatores
estruturais que impactam as condições sob as quais as firmas atuam, por exemplo a existência
de um mercado de crédito (financiamento) maior e mais acessível em um país do que em
outro.
No tocante ao aspecto tributário, um grande número de estudos tem se focado no
porque a prática do pagamento de dividendos continua sendo utilizada, como ilustra
Frankfurter ao citar o aspecto paradoxal do imposto versus a disseminação da prática:
O intrigante, é que os dividendos no contexto corporativo e pessoal são
duplamente taxados como uma receita comum, ainda assim investidores
amam dividendos e recompensam corporações pelo pagamento de
dividendos ao puxarem para cima o preço de suas ações. (FRANKURTER,
1999, p.76)
A questão da tributação é com certeza um foco maior de atenção, os próprios Miller e
Modigliani citam a questão entre as conclusões ao final de seu estudo seminal:
79
De todas as imperfeições de mercado que podem ser detalhadas, a única
que pareceria ser capaz de produzir certa concentração é a substancial
vantagem associada aos ganhos de capital quando comparados aos
dividendos sob a égide do imposto de renda de pessoa física... Finalmente,
nós podemos registrar que a diferença tributária em favor dos ganhos de
capital é indubitavelmente a maior imperfeição sistemática do mercado..
(MILLER e MODIGLIANI,
1961, p.31-32)
Omran e Pointon (2004) estudaram três aspectos específicos da política de dividendos
no Egito:
- Quais fatores determinam o preço das ações no mercado egípcio?
- O que determina o nível de pagamento de dividendos nas firmas egípcias?
- Uma vez decidida uma mudança no nível de dividendos, quais fatores podem estar
associados a esta decisão?
O estudo incluiu 94 firmas, por um intervalo de 5 anos findo em 1999, esta amostra
possuía firmas com negociações ativas na Bolsa de Valores e sem negociação ativa na Bolsa
de Valores. A metodologia empregada consistiu em:
- análise de regressão múltipla para a estudar o preço da ação, considerados 3
atributos: retenção, dividendos e valor de livros
- análise de regressão múltipla para estudar os possíveis determinantes do índice de
pagamentos dos dividendos (payout ratio)
- regressão logística para estudar a estabilidade dos dividendos
Os resultados apresentados mostraram que:
Para a análise do preço da ação (variável dependente):
- primeira fase, todas as ações analisadas como um grupo único:
80
três fatores explicaram os preços das ações: retenção, valor de livros e
dividendos; os dividendos foram o fator mais predominante na determinação
dos preços das ações. Não houve problemas de multicolinearidade.
- segunda fase, as ações analisadas em dois grupos distintos, negociadas e o
negociadas na Bolsa:
- para as firmas negociadas:
os mesmos três fatores explicaram a determinação do preço: retenção, valor de
livros e dividendos; todavia a retenção mostrou peso quase 3 vezes maior que
os dividendos na determinação do preço, uma possível explicação foi a
necessidade de investimentos pelo estágio de econômico do país (em
desenvolvimento). Registra que houve alguns problemas de multicolinearidade
nesta sub-amostra.
- para as firmas não negociadas:
o termo dos dividendos deixa de ser incluído entre os fatores, e desta vez o
valor de livros mostra o maior peso entre os fatores que determinam o valor da
ação, demonstrando a importância de uma prática contábil ética e transparente
para o acionista. Desta vez, o autor reconhece que houve problema de
multicolinearidade entre as duas variáveis restantes.
Para a análise dos determinantes do índice de pagamentos (variável dependente):
A análise elegeu as seguintes variáveis para o estudo: liquidez corrente,
crescimento do ativo, desvio-padrão dos ganhos, tamanho (log dos ativos totais
ou log do valor de capitalização), estrutura de ativos e índice valor de mercado
81
por valor de livros (q-ratio). Foi realizada considerando as duas sub-amostras
mencionadas no ítem acima, e ainda compreendeu duas etapas a saber:
x a primeira etapa investigou individualmente as variáveis e seu
comportamento em cada grupo, usando o teste ANOVA os resultados
mostraram, grosso modo, uma diferença expresssiva no seu comportamento
como descrito a seguir:
- liquidez e crescimento dos ativos: não foram encontradas diferenças
significativas nos valores médios entre as duas amostras
- alavancagem e risco financeiro: diferenças significativas na variabilidade
de ambas as variáveis mas não há diferença nas medianas
- tamanho: diferenças significativas no valor da média e da mediana,
indiferente à qual medida de tamanho for utilizada, firmas cujas ações são
negociadas são geralmente maiores
- estrutura de ativos (razão entre ativos fixos por ativos totais) : as firmas cujas
ações não são negociadas possuem um valor médio da razão maior assim como
sua variabilidade, mas a mediana não é significativamente maior que a da outra
sub-amostra
- oportunidades de investimento: o q-ratio médio é maior para as firmas de
ações negociadas assim como sua variabilidade, existindo grandes diferenças
entre as duas sub-amostras
x a segunda etapa investigou o efeito combinado destas mesmas variáveis na
determinação do índice de pagamento de dividendos (payout ratio), através de
regressão múltipla, agora considerando 3 cenários: todas as ações juntas numa
82
única amostra, e as ações separadas nas sub-amostras mencionadas
anteriormente, os resultados obtidos foram os seguintes:
- para a amostra contendo todas as ações, alavancagem e tamanho foram as
variáveis mais expressivas, não mostrando muticolinearidade entre ambas;
alavancagem apresentou uma relação negativa com o índice de pagamento de
dividendos (payout ratio), ou de outra forma quanto maior a alavancagem
maior será a retenção de lucros; tamanho também apresentou resultado
expressivo e uma relação positiva permitindo afirmar que firmas maiores
pagam mais dividendos
- para as duas sub-amostras, análise dos fatores determinantes mostra de
forma geral diferenças significantes entre os fatores determinantes do índice de
pagamentos.
- para a sub-amostra das ações negociadas, os fatores mais significativos foram
alavancagem e q-ratio (este um substituto para oportunidades de
investimento), não foi observada multicolinearidade entre estas variáveis. A q-
ratio mostra uma relação negativa sugerindo que maiores oportunidades de
investimento implicam em menores pagamentos de dividendos, o que é
consistente com a teoria. Risco e tamanho não mostraram significância
estatística.
- para a sub-amostra das ações não negociadas o conjunto de fatores torna-se
mais complexo. A 1% de significância os fatores-chave são: tamanho e q-ratio.
O efeito do tamanho é impactado por um aspecto problemático desta variável,
ele depende de como é medido e a presença de duas variáveis para tamanho
introduz multicolinearidade no modelo, se o tamanho for dado pelo total de
ativos a relação é positiva mas se for pelo valor de mercado a relação é
83
negativa. A 5% de significância os fatores passam a incluir: alavancagem,
risco e estrutura de ativos (ativos fixos dividido por ativos totais, uma proxy
para ativos em garantia). Não foram verificadas ocorrências de
multicolinearidade com estas últimas variáveis, no caso em estudo maior risco
é remunerado através do pagamento de maior dividendo.
Para a análise da estabilidade de dividendos (variável dependente):
Foi utilizada regressão logística, e foram construídos dois modelos cada um
deles segregando a amostra, cada um a seu tempo, em dois sub-grupos
diferentes de acordo com critérios específicos, os resultados conforme os sub-
grupos são apresentados a seguir:
- sub-grupo 1: a amostra foi segregada entre as firmas que mantiveram
constante e as que diminuíram o pagamento de dividendos. Os fatores mais
relevantes foram lucro líquido (antes e depois de I.R.) e liquidez. Menor
liquidez implica em maior tendência para reduzir os dividendos, e maior lucro
implica em maior tendência em manter os dividendos. Os autores ainda
observam que o lucro antes de I.R. é mais significante que o depois de I.R.
- sub-grupo 2: a amostra foi segregada entre as firmas que mantiveram
constante e as que aumentaram o pagamento de dividendos. O resultado
apresentou que firmas com maior lucro líquido antes de I.R. tendem a
aumentar o pagamento de dividendos. De forma geral, lucratividade relaciona-
se positivamente com aumento no pagamento de dividendos.
Como último comentário para esta análise de estabilidade de dividendos, em
ambos os casos, imediatamente acima descritos, lucro é uma variável
84
significativa, bem como liquidez sendo esta negativamente relacionada com a
redução de dividendos e positivamente relacionada com sua manutenção. Em
contrapartida risco não apresentou significância estatística. Concluindo se a
desestabilização for em direção à redução do pagamento de dividendos ela
estará associada, de forma geral, à falta de liquidez e lucratividade; se por
outro lado for em direção ao aumento ela estará associada com maior
lucratividade.
O impacto dos aspectos regionais foi estudado por Ho (2003), de forma direta analisou
as diferenças entre as políticas de dividendos da Austrália e do Japão dois dos países com
maior desenvolvimento no eixo Ásia-Pacífico; em suas considerações encontramos:
Estes fatores ambientais causam diferenças no nível das exigências de
abertura (disclosure) dos mercados de capitais em resposta aos vários
níveis de riscos político, financeiro e econômico, os quais têm
implicações nas políticas de dividendos (HO, 2003, p.91)
O autor deixa claro que a determinação da política de dividendos deve levar em
consideração tanto fatores específicos da firma como fatores estruturais como o ambiente
legal, tributário e econômico em que estas firmas desenvolvem suas operações, sem deixar de
citar as diferenças culturais e políticas. Sua amostra contemplou os dados de ações de 192
firmas no Japão e 140 firmas na Austrália pelo período de 10 anos, entre 1992 e 2001, e
utilizou dados em painel não balanceado, um modelo de análise de regressão múltipla com
efeito fixo como modelo estatístico.
Seu modelo partiu dos fatores identificados por Aivazian (2003) acrescentando
liquidez, assim o modelo teve como variável dependente e regressores:
- índice de pagamento de dividendos, payout ratio (variável independente)
85
- lucratividade (proxy = Retorno sobre Capital Empregado; lucratividade) (+)
- tamanho (proxy = ln do valor de mercado; custo de transação) (+)
- endividamento (proxy = índice dívida/patrimônio; alavancagem) (-)
- risco (proxy = Beta das ações; risco) (-)
- tangibilidade (proxy = tangibilidade; mix de ativos) (-)
- crescimento (proxy = índice valor de mercado/valor de livros; crescimento) (-)
- liquidez (proxy = nível de capital de giro; liquidez) (+)
Os sinais entre parentêsis indicam se o fator será positivamente ou negativamente
relacionado com a variável dependente. A hipótese nula é que os dividendos não são afetados
pelos fatores acima (ȕ' = 0). A equação seguiu o modelo:
Y
it
= Į
i
+ ȕ'X
it
+ İ
it
Onde:
Y
it
= Índice de Pagamento de Dividendo da firma i no ano t
Į
i
= Intercepto do coeficiente da firma i
ȕ' = Vetor de inclinação dos coeficientes dos regressores
X
it
= Vetor das variáveis financeiras da firma i no ano t
İ
it
= Erro residual para a firma i no ano t
A análise descritiva (média, mediana e desvio-padrão), para a amostra como um todo e
para os 2 países em separado, entre os resultados destaca-se que a Austrália possui um Índice
de Pagamento de Dividendos (payout ratio) mais alto que o Japão, uma maior lucratividade e
crescimento, mas indica menor peso nas variáveis tamanho, alavancagem, risco, e mix de
ativos; não obsevando-se diferença no quesito da liquidez.
86
Os resultados gerais evidenciam que a Austrália tem índices de pagamento de
dividendos (payout ratio) significativamente mais altos que o Japão o que leva a suportar a
hipótese do efeito da estrutura do ambiente na definição da política de dividendos; sobre os
fatores financeiros que impactam a formação das políticas de dividendos temos: o tamanho
influindo positivamente na Austrália e a liquidez também positivamente no Japão, e o risco de
forma negativa para o Japão somente. Registra, o autor, a importância da demonstração da
influência do meio ambiente (industria) na política de dividendos.
Bebczuk (2004) procurou estudar os fatores que justificam ou impactam a formação
das políticas de dividendos na Argentina, destacamos sua preocupação para a questão do
ambiente econômico em que afirma que uma parcela significativa das premissas usualmente
consideradas em estudos para países do primeiro mundo estão distantes da realidade da
Argentina e de países emergentes em geral. Lista como as mais relevantes:
- as firmas tem elevado grau de concentração de propriedade, o que reduz a
preocupação dos administradores com os acionistas externos
- a eficiência dos mercados financeiros é questionável devido ao fato que os
mesmos são pequenos e sua transparência questionável o que compromete a
capacidade da informação associada aos anúncios de dividendos serem
refletidas claramente no preço das ações (signalling theory)
- os recursos disponíveis nos mercados financeiros são restritos e levam a crer
que causam um impacto relevante nas políticas de dividendos e na capacidade
das firmas em aproveitar as oportunidades de investimento
Sua amostra contou com 55 firmas listadas na Argentina, usando dados anuais para o
período de 1996-2002, excluídas as firmas financeiras.
87
Suas primeiras conclusões foram que há uma parcela significativa de firmas que
definitivamente não pagam dividendos, variando entre 19 a 38 firmas no período. Três
períodos podem ser identificados no tocante à pagamento também, de 1996 até 2000 com
pagamentos estáveis de dividendos, 2001 com um pico e 2002 com uma queda acentuada, o
que pode ser explicado pela crise que a Argentina passou no período 2001-2002.
A seguir uma análise descritiva, das médias e medianas da amostra dividida em 2 sub-
grupos, firmas que pagam e que não-pagam dividendos, permite concluir que as firmas que
pagam dividendos são maiores, ganham mais, e têm menos dívidas.
A seguir, a análise utiliza-se de um modelo desenvolvido pelo autor intitulado
Concentrated Ownership Model (Modelo de Propriedade Concetrada numa tradução livre).
Teve como variável dependente a razão dividendos para fluxo de caixa, que ele acredita
melhor reflete a escolha de distribuir ou não os fundos gerados a cada ano, e como variáveis
independentes:
- a disponibilidade de recursos a distribuir após investimentos, as proxies
foram retorno dos ativos (ROA) e a razão fluxo de caixa para investimento por
ativos de longo prazo
- a demanda por fundos para investimento, relação negativa, proxy foi
representada pelo q de Tobin
- o risco de negócio, com relação positiva, as proxies foram o endividamento
(razão dívida por ativos) e pelo coeficiente de variação do ROA
- a disponibilidade de financiamento por terceiros, a proxy foi a mudança no
nível de endividamento
- tamanho, proxy log do nível de vendas
- a estabilidade de dividendos, uma avaliação da proposta de Lintner
88
- dummy para emissores de ADR, pois firmas com papéis no exterior podem
vir a competir com investidores no exterior e por isto imitar as políticas globais
- dummy para firmas de capital estrangeiro, pois elas podem vir a ter maiores
facilidades de acesso à financiamento e superar mais facilmente crises
financeiras locais
Seus resultados demonstram que não preocupação com a continuidade de
dividendos, tamanho, disponibilidade de recursos (algo que poderíamos chamar de FCF, nota
deste autor), fluxo de caixa apresentam relações positivas (e esperadas), oportunidades de
investimento apresenta relação negativa (e esperada), e maior endividamento implica em
maiores dividendos. Um resultado não esperado pelo modelo foi que a incerteza aparece com
relação negativa com os dividendos, o que pode ter como fundo razões psicológicas no
comportamento dos administradores (conservadorismo e receio de enfrentar uma falência),
não obstante a regressão mostra que o pagamento de dividendos aumentou quando da
escalada da instabilidade econômica, provavelmente por conta de remessa de dólares de
firmas e particulares como forma de proteger seus ativos (hedge). Os fatores macro-
econômicos novamente parecem explicar a queda no pagamento de dividendos no período
imediatamente após a crise quando houve uma queda acentuada de linhas de financiamento.
Por fim, firmas emissoras de ADR's apresentaram pagamentos mais substanciais de
dividendos (o que era esperado) e firmas de capital estrangeiro pagaram menos dividendos
que as locais (o que não era esperado), e uma menor relevância para os conflitos de agência,
por exemplo, ao registrar que firmas maiores e mais lucrativas, mas sem boas oportunidades
de investimento pagam dividendos maiores.
Aivazian e Booth (2003) compararam os aspectos relativos à formação da política de
dividendos de firmas em mercados emergentes com firmas no mercado dos Estados Unidos
89
da América, as variáveis financeiras das respectivas firmas foram escolhidas com base em
estudos anteriores que sugeriam a inter-relação entre as políticas de investimentos, de
estrutura de capital e de dividendos.
Sua amostra incluiu as maiores firmas de oito países emergentes comparadas com 99
firmas que operam nos Estados Unidos da América (EUA). Os dados dos países emergentes
são limitados em sua abrangência, Balanços Patrimoniais e Demonstrações de Resultado do
Exercício resumidos, com poucas informações de mercado e fluxo de caixa, por fim não
representam um conjunto uniforme tanto entre países como no aspecto temporal.
De forma similar à Ho (2003) destacaram a importância de se tomar em consideração
os fatores estruturais quando do estudo de políticas de dividendos, desta forma suas primeiras
análises descritivas basearam-se em dados comparativos de variáveis de desempenho dos
diversos países, a saber: taxa de retenção, retorno sobre o patrimônio, crescimento
sustentável, crescimento real do PIB, taxa de inflação e crescimento nominal. Também
compararam a orientação financeira das firmas dos países emergentes com as dos EUA. Suas
conclusões foram que firmas de países emergentes têm maior necessidade de financiamento
que as americanas e em complemento, dependem na sua maioria mais do sistema financeiro
do que do mercado de capitais, posto que seus mercados de capitais ainda são reduzidamente
desenvolvidos, concentrados e com fragilidades como falta de transaparência; registramos que
tais conclusões no nosso ponto de vista são coerentes com Bebczuk (2004).
Os dados compilados por país também mostram que em seis dos oito países o imposto
corporativo é menor que o pessoal, e que fatores institucionais para os oito países emergentes
indicam custos altos para o pagamento de dividendos.
A estatística descritiva dos países comparados incluiu as seguintes variáveis, três
medidas de operação, três medidas de endividamento, duas medidas de cobertura geral, e
quatro medidas de política de dividendos, a saber são:
90
- Medidas de Operação:
- tangibilidade (proxy = (ativos totais - ativos correntes) / ativos totais)
- risco (proxy = desvio-padrão do Retorno de Investimento (ROI)
- tamanho (proxy = ln das vendas)
- Medidas de Endividamento:
- Nível de Endividamento (proxy = passivo total / ativo total)
- Cobertura
- Endividamento Corrente
- Medidas de Cobertura Geral
- Retorno sobre o Patrimônio (proxy = ROE)
- Índice Mercado-Livros (proxy = Valor de Mercado / Valor de Livros)
- Medidas de Política de Dividendos
- Taxa de Rendimento de Dividendos (Dividend Yield)
- Índice de Pagamento de Dividendos (Dividend Payout)
- Dividendos / Ativos Totais
- Dividendos / Patrimônio
Os resultados descritivos, média e mediana e desvio-padrão, mostram: as firmas
americanas são de primeira linha e lucrativas, a situação (saúde) financeira das firmas nos
países emergentes é pior do que das americanas, as firmas dos países emergentes também são
menos endividadas que as americanas e a maior parte desta dívida parece ser de curto prazo
com base nas evidências; no tocante às medidas das políticas de dividendos puderam concluir
91
que de forma geral as firmas em países emergentes pagam dividendos de forma comparável às
americanas com exceção da Turquia.
As medidas de política de dividendos foram comparadas entre si, numa estrutura que
considerou cada país emergente individualmente contra os EUA, contra os EUA e os
emergentes, e contra os emergentes. As conclusões foram que as políticas de dividendos das
firmas de países emergentes diferem substancialmente das dos EUA mas que também diferem
entre si, de país para país dentro do grupo de emergentes, o que demonstra uma alta
heterogeneidade dentro do grupo de países emergentes. Ainda sobre estas medidas, os autores
chegaram a outras conclusões insatisfatórias: o resultado para o Índice de Pagamento de
Dividendos (payout ratio) é instável e não-normal o que o desqualifica como variável
dependente para análises de regressões (cross section), a Taxa de Rendimento dos Dividendos
(Dividend Yield) pode refletir aspectos de preço cujo controle está fora da administração e os
dois últimos índices podem refletir distorções contábeis. Como último registro, em seis dos
oito países emergentes o pagamento de dividendos foi maior que nos EUA, o que "coloca
mais uma peça no quebra-cabeça dos dividendos", pois não dever-se-ia esperar este
comportamento para firmas com maiores restrições de acesso à financiamento e pior saúde
financeira.
A análise da influência dos fatores na política de dividendos é feita através de técnicas
de painel de dados agrupando cross-section e séries temporais, num painel de dados anuais
não-balanceado. As variáveis da equação foram:
- risco (proxy = desvio-padrão do Retorno sobre Investimento (ROI)) (-)
- tangibilidade (proxy = (ativos totais - ativos correntes) / ativos totais) (+)
- nível de endividamento (proxy = dívida / ativo) (-)
- tamanho (proxy = ln vendas) (+)
- oportunidades de investimento (proxy = valor de mercado / valor de livro) (-)
92
- valor presente das oportunidades existentes (proxy = ROE) (+)
Entre os resultados destacam-se: dividendos são inversamente relacionados com
dívida e positivamente com ROE e oportunidades de investimento (não esperado), o que pode
ser expresso como firmas mais lucrativas e com menos dívidas, são melhor precificadas no
mercado e pagam mais dividendos. Com menor peso pode-se também afirmar que firmas
grandes com ativos mais tangíveis e menos riscos pagam igualmente mais dividendos, isto
não é válido para firmas fora dos EUA e uma explicação possível é que os ativos podem estar
disponíveis como garantias para financiamentos bancários posto que o mercado de capitais
nestes países, grosso modo, é inexpressivo.
Suas conclusões foram que a lucratividade afetará o nível de pagamento de dividendos
tanto para as firmas americanas quanto para as dos países emergentes, e que níveis mais altos
de Retorno sobre o Patrimônio tendem a estar associados com maiores pagamentos de
dividendos, de forma oposta maiores índices de endividamento levam à pagamentos de
dividendos menores.
Estas duas últimas afirmações sugerem como a questão de operar sob restrições
financeiras pode influenciar a política de dividendos e podem estar ainda relacionadas com o
fato de um menor índice de ativos tangíveis estar relacionado com menor pagamento de
dividendos. Ou seja, maior dificuldade de acesso à financiamento associado à níveis de
endividamentos mais altos correspondem a menores níveis de pagamentos de dividendos,
consistente com Jensen (1976).
De forma mais geral, as políticas de dividendos de ambos os grupos, firmas
americanas e firmas de países emergentes, são de forma geral associadas aos níveis de
lucratividade, dívida e relação valor de mercado por valor de livros. A tentativa de estudar um
93
modelo de forma agregada mostrou a grande heterogeneidade dos dados levando a concluir
que políticas de dividendos são fortemente sujeitas às questões locais.
Os autores, como último comentário, reconhecem a ocorrência do paradoxo do
quebra-cabeça ao constatar que as firmas de países emergentes pagam mais dividendos do que
as firmas americanas mesmo operando em mercados com maiores restrições de crédito.
Zeng (2003) estudou os determinantes das políticas de dividendos dentro do contexto
canadense, sua abordagem parte do fato que devem existir benefícios que justifiquem o
pagamento de dividendos posto que há uma vantagem tributária a favor dos ganhos de capital;
acredita o autor que seu estudo diferencia-se dos demais por 3 fatores:
- primeiro, por analisar a relação entre características específicas das firmas e a
política de dividendos, numa abordagem distinta dos estudos de eventos
- segundo, por usar dados financeiros corporativos ao invés de pesquisas por
questionário, argumenta o autor que questionários podem carregar impressões posteriores dos
administradores além de serem muito vulneráveis ao viés, severo quando a taxa é elevada, da
não-resposta
- terceiro, por ser um teste compreensivo, não focando em um aspecto sómente da
política de dividendos
Grosso modo, estes benefícios puderam ser agupados em:
- relacionados ao Efeito Clientela, neste caso com relação negativa entre o pagamento
de dividendos e os acionistas com alta tributação e positiva entre o pagamento de dividendos
e os acionistas isentos.
- relacionados à Teoria de Agência, sua abordagem partiu da possibilidade de restrição
ao uso discricionário do FCF pelos administradores se, por hipótese, o tamanho das firmas
pode ser relacionado à diversificação e descentralização isto levará à maior dificuldade do
94
monitoramento dos administradores e maiores custos de agência logo firmas maiores tenderão
a pagar maiores dividendos (relação positiva)
- relacionados à Teoria da Sinalização, e tendo em vista que dividendos podem
carregar uma sinalização não disponível para outros sinalizadores como os lucros correntes e
fluxo de caixa
- relacionados à Liquidez Corporativa, firmas muito alavancados tenderão a pagar
menores dividendos
Sua amostra cobriu o período de 1984 até 1988, 5 anos, envolvendo 313 firmas e
1.565 observações, e os critérios de seleção foram:
- ter informações disponíveis para os 5 anos de pesquisa
- não ser firma financeira, seguradora ou imobiliária
O método de análise envolveu a segregação das firmas entre aquelas que pagam (242)
e as que não pagam (71) dividendos, fazendo uma comparação com base na estatística
descritiva entre os dois grupos.
As variáveis utilizadas foram:
- Variável dependente:
- Duas variáveis para medir o pagamento de dividendos: (1) dividendos por ação, (2)
taxa de dividendos (dividend yield).
- Variáveis explicativas:
- Teoria da Clientela - investidores corporativos e/ou isentos (bancos, seguradoras,
fundos de pensão, etc), e investidores individuais com alta tributação. Foram expressos como
95
a razão entre os inventv esãtã4.700442(t)20.80256(r)-0.292424tr nã esrjzã
96
Heinenberg e Procianoy (2003) estudaram os aspectos determinantes do pagamento de
proventos em dinheiro das firmas negociadas na BOVESPA, por proventos entenda-se
dividendos e juros sobre capital próprio. Embora ambos tenham tratamento tributário distinto,
os autores não fizeram distinção entre ambos considerando a soma dos valores
correspondentes como o total de proventos pagos, em dinheiro, aos acionistas. Acreditam os
autores que o Brasil representa um campo interessante para testar a estabilidade das políticas
de dividendos, posto que estas podem flutuar em consonância com os fatores estruturais que
as determinam.
As variáveis escolhidas para o estudo foram:
- proventos em dinheiro (variável dependente)
- lucro/prejuízo líquido (proxy para proventos pagos) (+)
- lucro/prejuízo por ação, dummy (0 = lucro, 1 = prejuízo) (proxy para a
obrigatoriedade legal de pagamento de dividendos, no mínimo 50% do Lucro Líq.
ajustado caso o estatuto da firma seja omisso ou 25%, no mínimo, do Lucro Líq.
ajustado quando o estatuto social assim o estabelecer), (+) lucros (-) prejuízos
- proventos pagos no ano anterior (proxy para estabilidade dos dividendos) (+)
- tributação, dummy (proxy para dizer se a alíquota de I.R. sobre dividendos é maior
ou menor que sobre o JSCP), observamos que no período estudado pelos autores
houve mudança na condição tributária (+)
- IGP-M (proxy para efeito da inflação) (-), diferentemente dos países desenvolvidos a
inflação pode ter um efeito significativo com uma relação negativa com o pagamento
de dividendos, pois indicaria maior instabilidade econômica
- Dívidas/Patrimônio Líquido (proxy para endividamento) (-), firmas mais alvancadas
tendem a sofrer uma redução do seu caixa-livre (FCF), o que acarretaria uma redução
também do pagamento dos dividendos pela redução de recursos disponíveis
97
- Valor de Mercado/Valor de Livros (proxy para oportunidades de crescimento e/ou
investimento da firma) (-), firmas com bons projetos tendem a pagar menos
dividendos pois sua retenção significa recursos livres para financiamento
- Receita Bruta (proxy para tamanho da firma) (+), firmas com maior faturamento
tendem a distribuir maiores proventos aos seus acionistas
- Setor, dummy (proxy para o setor da industria em que a firma se insere) ( ), não
relação esperada, aspectos específicos podem ser inerentes à diferentes setores, como
necessidades de capital de giro, ou uso de instrumentos de financiamento
A metodologia empregada foi a de painel de dados, não balanceado, a saber dados de
cross-section e séries temporais combinados e estimados, com vantagem sobre o uso destas
mesmas técnicas em separado como, por exemplo, aumento do número de observações,
redução de multicolinearidade, ainda registram que o uso de painel com efeito fixo permite
capturar a diferença entre as unidades no termo fixo. Dos sete anos analisados, somente
firmas com dados em pelo 3 anos foram aproveitadas.
A regressão utilizou como variáveis independentes: Lucro Líq., dummy para Lucro
Líq., estabilidade da política de proventos, tributação (dummy), inflação, endividamento, e
oportunidades de crescimento/investimento; e como variáveis de controle: a Receita Bruta e
os setores.
A amostra foi composta por todas as firmas com ações negociadas na BOVESPA, o
período foram os balanços publicados entre 31 de Dezembro de 1994 até 31 de Dezembro de
2000. A amostra original contituía de 416 firmas e 2912 balanços, após a eliminação das
firmas que não apresentavam dados em pelo menos três anos chegou-se à amostra final com
951 balanços de 196 firmas.
98
Foram identificados 27 setores industriais, que os autores decidiram reagrupar em
apenas 6, a amostra também permitiu verificar que 55 ações representavam 48 firmas distintas
e destas 38 estavam incluídas e respondiam por 79,2% do índice IBOVESPA, o que uma
idéia da representatividade da amostra.
A estatística descritiva mostrou que a média do Índice de Pagamentos de Dividendos
(Payout Ratio) da amostra é 61,5%, observação deste autor: bem, acima dos 25% mínimos
exigidos por lei, com uma mediana de 34,8% e a relação vaor de mercado sobre valor
patrimonial (proxy para oportunidades de investimento) é de 82,1%, todas as médias
conforme os autores apresentam variâncias bastante elevadas.
Foi realizada uma análise de correlação prévia para verificar se multicolinearidade
entre as variáveis independentes, pois reconhecem a alta correlação entre as variáveis como
um fator que pode deixar a interpretação difícil e confusa mas os resultados foram
favoravelmente positivos não implicando na eliminação de nenhuma das variáveis, a maior
correlação foi de 0,623 entre o Lucro Líq. e os Proventos do ano Anterior. O R
2
foi bastante
positivo também e igual a 74,8%. As variáveis com maior poder explicativo foram o Lucro
Líq (ȕ = 0,547) e Proventos Pagos no Ano Anterior (0,368), nota deste autor: compatíveis
com as propostas de Lintner.
Os autores registram em sua análise que pesquisas em outros mercados emergentes
não constataram o mesmo resultado, ou seja, nestes mercados as pesquisas mostraram
instabilidade ao invés de estabilidade na política de dividendos. Importante registrar que os
autores destacam a soberania do Lucro Líq. sobre os Proventos o que demonstra um
comportamento dos administradores compatível com a exigência da legislação brasileira. As
demais variáveis não apresentaram resultados expressivos.
A análise por setor mostrou que apenas em dois dos seis preparados o R2 ficou
próximo do resultado geral obtido anteriormente, o que os fez concluir que para os restantes
99
quatro outras variáveis deveriam ser escolhidas para tentar se buscar uma explicação para o
tema em estudo.
Por fim a amostra foi segmentada com base no Índice de Pagamento de Dividendos
(Payout Ratio) em cinco partes iguais, quintis, os resultados novamente mostraram o peso do
Lucro Líq. para todos os quintis analisados e que os quintis centrais apresentaram resultados
mais próximos do resultado da amosta global. Em suas conclusões finais os autores acreditam
que o estudo pôde apresentar um padrão consistente das políticas de dividendos.
100
IV - METODOLOGIA
IV.1 - Método
De acordo com Cervo e Bervian, o método científico avança pela trilha da dúvida
sistemática devendo o pesquisador, à falta de evidências, argüir sobre o que o interessa; a
pesquisa por sua vez, estrutura-se em três elementos: o problema, o método científico e a
solução.
Segundo Ander-Egg (1978, p.28 apud Marconi e Lakatos 2003, p.155) um
procedimento reflexivo sistemático controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou
dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento".
As pesquisas, quanto a sua natureza podem ser vistas como puras ou como aplicadas,
por puras aquelas que buscam o saber como realização, por aplicadas aquelas cujo objetivo é
a solução de uma situação prática.
Quanto aos procedimentos que utilizam podemos, entre outros, citar: bibliográfica,
quantitativa, descritiva, quantitativa-descritiva e experimental.
No presente estudo, utilizamos a pesquisa quantitativa-descritiva; a pesquisa descritiva
tem por objetivo observar, descrever e registrar as características de uma situação,
correlacionando fatos ou fenômenos, no âmbito da precisão possível (CERVO e BERVIAN,
2002, p.66). No nosso caso específico as relações entre o pagamento de dividendos e os seus
fatores determinantes.
A pesquisa quantitativa relaciona-se com a busca dos dados, sua mensuração conforme
modelos, e por fim o resultado destas análises que serão submetidos ao crivo das teorias,
então podendo ser considerados como válidos, de forma conclusiva ou não.
101
O problema de pesquisa a ser respondido é: quais fatores, à luz das teorias,
determinam a formação das políticas de dividendos correntemente em prática no Brasil?
IV.2 - Amostra
A necessidade de uma amostra segundo Marconi e Lakatos (2003, p.223) ocorre
quando a pesquisa não é de caráter censitário, sendo que uma amostra deverá ser o mais
eficientemente quanto possível representativa da população de que foi extraída.
O estudo procurou avaliar, 2 cenários possíveis, ambos iniciando em 31/Dez/2004 e
retroagindo no tempo, um pelo período de 6 anos encerrando-se em 31/Dez/1999 e outro por
8 anos encerrando-se em 31/Dez/1997. Verificamos que a amostra aumentava em apenas 4
firmas e desta forma decidimos pelo período mais longo.
A amostra possível, desta forma, que utilizamos foi não-probabilística e compreendeu
dados anuais históricos relativos aos balanços publicados datados entre 31 de Dezembro de
1997 e 31 de Dezembro de 2004, um período de cobertura de 8 anos. Foram excluídas desta
amostra as instituições financeiras, e para as firmas restantes dois critérios foram
hierarquicamente estabelecidos para aceitação das firmas restantes na amostra, devendo cada
firma atender à ambos:
- firmas que apresentaram pagamento de Dividendos ou JSCP em pelo menos 4
anos quaisquer do período pesquisado
2º - firmas que apresentaram dados anuais em pelo menos 4 anos quaisquer do
período pesquisado
A base de dados escolhida como fonte de informações foi a da Economática,
assumimos também não efetuar o cálculo de variáveis que não houvessem na base, por que?
102
para evitar introduzir um novo elemento de erro, a saber, a possibilidade da interpretação
errônea deste autor da forma como os dados são armazenados e disponibilizados pela
Economática, exemplificamos: o índice de líquidez pode ser calculado a partir dos dados do
balanço todavia a própria Economática divulga este mesmo índice, optamos pois em usar o
divulgado pela Economática ao invés de procedermos o cálculo; 390 firmas estavam listadas
na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) na data de 30/Dez/2004 conforme observação
efetuada em 23 de Fevereiro de 2006.
Foram identificadas e analisadas originalmente 449 firmas com dados registrados na
Economática durante o período, observe-se aqui que entre Dezembro de 1997 e Dezembro de
2004 várias firmas cancelaram seu registro na BOVESPA, fato que por si não as
descredenciavam de participar da amostra. Os dados quando submetidos ao primeiro critério
apresentaram o seguinte comportamento quanto ao pagamento de dividendos declarado ao
longo dos anos:
Pagou Dividendos: # Firmas Acumulado Acumulado%
nos 8 anos 60 60 13%
em 7 dos 8 anos 28 88 20%
em 6 dos 8 anos 28 116 26%
em 5 dos 8 anos 23 139 31%
em 4 dos 8 anos 22 161 36%
em 3 dos 8 anos 22 183 41%
em 2 dos 8 anos 53 236 53%
em 1 dos 8 anos 59 295 66%
em nenhum ano 154 449 100%
Elaborado por este autor
Quadro - 001 - Perfil de Pagamento da Amostra
Foram identificadas ainda 10 firmas do setor financeiro o que reduziu a amostra para
151 firmas, o equivalente à 1208 pontos de observação possíveis. Ao submetermos estas
mesmas 151 firmas ao segundo critério a amostra então reduziu-se ao seu número final de 108
firmas, ou 864 pontos de observação, o que ainda julgamos condizente para evitar erros de
103
micronumerosidade, ou "problemas com amostras de tamanho pequeno" (GOLDBERGER
apud WOOLDRIDGE 2002, p. 98).
Sua representatividade pode ser mensurada tomando-se por base o seu valor de
mercado que neste caso atinge a soma de R$ 501.199.578,34, sua representatividade é
expressiva como demonstrado abaixo:
Relativamente à Em número de firmas Em valor de mercado
IBX-100 46,99% 59,62%
IBOVESPA 46,67% 63,09%
IBX-100 conforme site da BOVESPA é:
Índice de ações calculado e divulgado pela Bolsa de Valores de São
Paulo. Mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações
selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA, classificadas em
ordem decrescente por liquidez, em termos de seu índice de
negociabilidade (número de negócios e volume financeiro medidos nos
últimos doze meses). Essas ações são ponderadas na carteira do índice
pelo respectivo número de ações disponíveis à negociação no mercado.
Os dados financeiros e secundários correspondentes aos relatórios
contábeis das respectivas firmas serão obtidos da firma Economática
.
IBOVESPA conforme site da BOVESPA é:
Índice que acompanha a evolução média das cotações das ações
negociadas na Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo. É o valor atual,
em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações, constituída em
1968 a partir de uma aplicação hipotética. A carteira teórica é integrada
pelas ações que, em conjunto, representaram 80% do volume
transacionado a vista nos 12 meses anteriores à formação da carteira. A
carteira teórica é composta pelas ações que atenderam cumulativamente
aos seguintes critérios, com relação aos doze meses anteriores à
formação da carteira:
a) estar incluída em uma relação de ações cujos índices de
negociabilidade somados representem 80% do valor acumulado de todos
os índices individuais;
b) apresentar participação, em termos de volume, superior a 0,1% do
total;
c) ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.
104
Para que sua representatividade se mantenha ao longo do tempo, é feita
uma reavaliação quadrimestral, alterando-se composição e peso da
carteira. Considerando-se seu rigor metodológico e o fato de que a
Bovespa concentra mais de 90% dos negócios do País, trata-se do mais
importante índice disponível, permitindo tanto avaliações de curtíssimo
prazo como observações de expressivas séries de tempo.
A mensuração acima só considerou firmas e valores, que efetivamente participavam da
composição dos índices, em Dezembro de 2004 o IBOVESPA era composto por 45 firmas, e
o IBX por 83 firmas. Se considerarmos o valor de mercado total da amostra citado acima
comparado contra os respectivos índices sua participação salta em valor para 78,07% e
68,13%.
IV.3 - Definição das Variáveis
As variáveis, que atuaram como proxies das teorias apresentadas, são as listadas
abaixo.
Variável Dependente:
IPDIV - Índice de Pagamento de Dividendos (Payout Ratio)
Definida como a razão entre o Dividendo Pago e o Lucro Líquido, utilizada por Alli et
al (1993), por Omran e Pointon (2004), por Zeng (2003) e por Ho (2003) em seus estudos
empíricos.
Alternativamente também estudamos como variável dependente o Rendimento de
Dividendos (Dividend Yield) definido como a razão entre os Dividendos Anuais por Ação
pelo Preço da Ação (RENDIV).
Variáveis Explicativas:
ESTDIV - Estabilidade dos Dividendos, o critério foi o dividendo atual ser maior ou
igual à 90% ao anterior, refletindo as proposições de Lintner (1956), utilizada por Alli et al
105
(1993). Uma relação positiva é esperada (+), dividendos estáveis deverão estar positivamente
relacionados com o Índice de Pagamento de Dividendos - IPDIV (Payout Ratio).
INSTREC - Instabilidade das Receitas, desvio-padrão do log natural do Lucros antes
dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EBITDA), teoria da Sinalização, de acordo
com Aivazian e Booth (2003, p. 372) o raciocínio por trás dos modelos de sinalização é que
firmas com alta irregularidade nos ganhos tenderão a comprometer-se menos quanto ao
pagamento de dividendos, devido ao risco de evasão de caixa caso as receitas esperadas não
venham a ocorrer; os investidores, por sua vez, cientes deste comportamento tomarão o
pagamento de dividendos como um sinal da qualidade dos fluxos de futuros. Uma relação
negativa é esperada (-). Para o estudo através do Modelo de Regressão Linear (MRL) a
variável INSTREC foi calculada e expressa como apresentada acima, como o desvio-padrão
apurado para os 8 anos de dados coletados, todavia para o estudo através do Painel de Dados
foi expressa como a diferença com a relação à média aritmética apurada para o período
analisado, em outras palavras calculamos a média aritmética dos log natural dos EBITDA's do
período e depois registramos para cada ano a diferença apurada entre este valor e o valor do
log natural do EBITDA efetivamente praticado no ano
Conforme Omran e Pointon, ao maior risco está associado usualmente maior
remuneração:
RISCO1 - foi medido pelo índice de liquidez corrente, razão entre ativos correntes e
passivo correntes, pois firmas em países em desenvolvimento geralmente possuem
endividamento de curto prazo, definido como a razão entre os ativos circulantes e passivos
circulantes, uma relação positiva é esperada (firmas mais líquidas terão menos restrições ao
comprometimento com pagamento de dividendos).
106
RISCO2 - alavancagem, firmas com maior endividamento tenderão a pagar menos
dividendos, definida como a razão entre o capital de terceiros e o capital próprio (patrimônio
líquido) uma relação negativa é esperada (-).
Participação de Insiders - relativa à Insider Ownership Theory, poderia ser expressa
pela razão entre o número de ações detidas por funcionários e o número de ações total, e que
tem profundas relações com a Agency Theory, esta informação não está disponível no banco
de dados da Economática. A Agency Theory pode ser checada através de outras proxies, a
participação de insiders não foi abordada no modelo
Teoria da Agência:
OPOR - Oportunidades de Crescimento - proxy será Market-to-book Ratio - relação do
Valor de Mercado pelo Valor de Livros, de acordo com Ho (2003), Aivazian e Booth (2003),
Omran e Pointon (2004) firmas com boas oportunidades de crescimento tendem a pagar
menos dividendos, uma relação negativa é esperada (-)
TAM
S
- Tamanho - Ho (2003), Omran e Pointon (2004) estudaram que firmas maiores
tendem a ter mais acesso aos mercados financeiros e menores custos de financiamento, foi
utilizado ln do Valor de Mercado (TAM1), podendo incorrer em uma maior exposição ao
pagamento de dividendos, uma relação positiva é esperada (+). Observamos que Aivazian e
Booth (2003), Zeng (2003) assim como Alli et al (1993) também concordam com esta posição
apenas utilizam outras proxies para expressar este efeito, a saber log natural de Ativos Totais
(Aivazian) e log natural das Vendas dos ativos (Alli), alternativamente estas proxies também
serão avaliadas (TAM2) ln dos ativos e (TAM3) ln das Vendas. Registramos ter encontrado
no âmbito brasileiro o uso por Silva (2003), estudando o conflito de agência, desta variável
como proxy para a participação de acionistas externos no controle algo que julgamos
incomum.
107
Efeito Clientela - versa sobre a decisão das firmas na elaboração das suas políticas de
dividendos com base no comportamento do investidor que, sendo pessoa física, preferiria
receber ganhos de capital (isentos) do que dividendos ou, sendo pessoa jurídica isenta,
dividendos do que ganhos de capital. No caso brasileiro tal efeito não se verifica, pois a lei
isenta do pagamento de Imposto de Renda, retido na fonte ou na declaração de ajuste, o
beneficiário do recebimento de dividendos pagos à partir de 01/jan/96, seja ele pessoa física
ou jurídica (lei 9249/95 Art. 10º). No caso dos JSCP, além de serem dedutíveis como os
dividendos para o beneficiário, na mesma forma da lei, ainda são dedutíveis para a pessoa
física. Considerando o exposto, não levamos em consideração este efeito.
IV.4 - Modelo
O modelo utilizado de Regressão Linear Múltipla (RLM), neste caso foram calculadas
as médias aritméticas das variáveis apresentadas com base no número de anos em que a
mesma ocorreu; todavia considerando, genericamente, a natureza do evento, suscetível aos
efeitos temporais acreditamos que poderíamos estender a análise dos objetivos específicos
para o modelo de Painel de Dados e assim estaríamos aumentando nossas chances de obter
um melhor ajuste, o que de fato ocorreu, além do que o mesmo suporta a possibilidade da
falta de algumas variáveis, caso de painéis desequilibrados, e fizemos as verificações
referentes a cada modelo. Acreditamos ser pertinente a apresentação das características de
cada um dos modelos que o estudo se propôs a executar, o que faremos a seguir.
108
IV.4.1 - O Modelo de Regressão Linear Mútlipla
O Modelo de Regressão Linear Múltipla possui a seguinte notação genérica:
Y
i
= Į + ȕ
2
X
2i
+ ȕ
3
X
3i
+ ȕ
n
X
ni
+ µ
i
Onde Y é a variável dependente, Xn é a variável explicativa ou regressor e Į é o
interecepto, ȕ
i
são os parâmetros ou estimadores e µ
i
é o termo de pertubação estocástica. A
denominação "Linear" faz referência à linearidade dos parâmetros (ȕ) e não necessariamente
dos regressores (X
n
), e o termo de pertubação estocástica representa todas as variáveis não
incluídas no modelo mas que de forma geral afetam a variável dependente. Suas premissas
são as do Modelo Clássico de Regressão Linear (MCRL) ou gaussiano, a saber:
1 - Linearidade nos parâmetros (ȕ), ou seja os regressores (X) podem não ser lineares
2 - O uso de amostragem repetida para defnição dos valores de X
3 - Valor Médio esperado para o termo de pertubação (µ) é zero, E (µ | X
i
) = 0
4 - Homoscedasticidade, ou µ terá variância constante para todas as observações,
var(µ
i
| X
i
) = ı
2
= E[µ
i
- E(µ
i
) | X
i
]
2
= constante
5- Ausência de auto-correlação entre as pertubações (µ), em outras palavras dados dois
valores quaisquer de X, a correlação entre os dois termos de pertubação µ
correspondentes será zero, cov(µ
i
, µ
j
| X
i
, X
j
) = 0
6 - Ausência de covariância entre cov(µ
i
, X
i
) = 0
7 - Número de observações deve ser maior que o número de parâmetros a estimar
8 - Presença de variabilidade nos valores de X
9 - Ausência de viés de especificação no modelo
10 - Ausência de multicolinearidade perfeita, não existir relações lineares perfeitas
entre os regressores
109
Os estimadores deverão obedecer ao Teorema de Gauss-Markov, serão pois lineares
(como previsto na hipótese 1 acima), não-viesados, terão o valor médio igual ao esperado, e
terão variância mínima o que lhes conferirá a qualidade de serem eficientes, mas devemos
também considerar que o Termo de Pertubação deverá obedecer à hipótese de normalidade:
média igual à zero, variância constante e covariância igual a zero. Desta forma os estimadores
além de: Não-Viesados, Variância Mínima e Consistência não serão restritos à linearidade e
denominar-se-ão Melhores Estimadores Não-Viesados (MENV) (GUJARATI, 2000 p. 97);
tais estimadores que também podem ser denominados coeficientes de regressão parcial devem
ser interpretados como os coeficientes que expressam o impacto no valor médio da variável
dependente para cada mudança unitária no valor da variável explicativa correspondente
mantendo constante todos os demais fatores (ceteris paribus).
A regressão poderá ser avaliada pelo valor do Coeficiente Múltiplo de Determinação
(R
2
) que determina o quanto a regressão múltipla se ajusta aos dados, R2 igual a 0 (zero)
significa nenhum ajuste, R2 igual à 1 (um) significa ajuste pleno, ou seja quanto mais
próximo de 1 melhor poderá ser considerado o modelo, que se observar que no caso
específico de comparações entre modelos com base no R2, ajustado ou não, o tamanho da
amostra e a variável dependente devem ser os mesmos em ambos modelos, por fim a busca de
um valor de R2 alto não é necessariamente o propósito de uma pesquisa mas sim a busca de
coeficientes confiáveis e verdadeiros à luz da relevância teórica das variáveis explicativas
(GUJARATI, 200 p. 202). Da mesma forma a avaliação poderá ser feita através do nível de
significância observado ou exato, o valor p (p-value), quanto menor o valor apresentado em p
melhor o ajuste. À despeito das hipóteses do MCRL apresentadas, o uso da opção de Erros-
padrão Robustos quanto à Heteroscedasticidade será considerada, ou seja a possibilidade da
hipótese 4 acima não ser atendida, conforme Stock et Watson (2004, p.87), a
110
homoscedasticidade é uma situação particular da heteroscedasticidade, e não o contrário,
assim procederemos as análises tomando por base que a hipótese 4 possa ou não ser atendida.
O software utilizado foi o GNU Regression, Econometric and Time-series Library
GRETL versão 1.3.3, de 14/Março/2005, vide
http://gretl.sourceforge.net, que apresenta
quando do cálculo do modelo, os testes de hipótese sobre um coeficiente de regressão parcial
ou individual, teste t, e o teste de significância global, teste F, que para o caso de amostras
pequenas ou finitas, de acordo com Davidson et Mackinnon:
Para modelos de regressão linear, com ou sem erros normais,
naturalmente não é necessário olhar para a tríade dos testes de hipótese: o
teste de Razão de Verossimilhança (RV), Wald (W) e o Multiplicador de
Lagrande (ML) que, fazendo isso, não se obtém nenhuma informação
além da que está contida em F (DAVIDSON et MACKINNON
apud
GUJARATI 2000, p. 262)
Os possíveis problemas de Multicolinearidade, que ocorrem quando duas ou mais
variáveis independentes apresentam relação linear, ou quase-linear, entre si e que é um
sintoma da amostra serão detectados através da verificação da Matriz de Correlação e segundo
Gujarati (2000, p. 334) observando-se:
- a ocorrência de R
2
altos, porém com estatísticas t pouco significativas
- a ocorrência de altas correlações, dois a dois, entre os regresores, para tanto, ao início
de cada análise será elaborada a matriz de correlação entre as variáveis independentes
observando o valor de 0,8 como significativo da ocorrência de correlação
No caso da presença de Heteroscedasticidade, a saber, quando a variância do termo de
pertubação não é constante e fere a hipótese 4 das hipóteses de MCRL utilizamos o teste de
White, onde se n*R
2
> Ȥ
2
do nível crítico então há hesteroscedasticidade.
A equação de regressão teve, como forma básica a seguinte:
111
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
S
+ ȝ
E alternativamente:
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
S
+ ȝ
Onde em ambos os casos, TAM
S
, onde S será (todos valores em ln):
1 - para TAM
S
= TAM
1
- tamanho expresso pelo Valor de Mercado
2 - para TAM
S
= TAM
2
- tamanho expresso pelos Ativos Totais
3 - para TAM
S
= TAM
3
- tamanho expresso pelas Vendas Líquidas
IV.4.2 - O Modelo de Painel de Dados (Panel Data)
A primeira consideração que faremos com relação ao Painel de Dados é que ele
permite uma análise com premissas menos restritivas e possibilita a consideração do nível
individual.
Quanto ao método de coleta das informações o Painel pode, a princípio, ser
Independente ou não. Ele será dito Independente quando a amostragem for realizada
aleatóriamente em diversos períodos, exemplificando um estudo pode considerar a evolução
de diversos atributos relativos aos Estados de um País por um período de tempo todavia ao
realizar a amostra em cada momento no tempo, por exemplo anos, geralmente mas não
necessariamente a intervalos regulares, não o rigor de se acompanhar os mesmos Estads
nos diversos pontos no tempo; este procedimento eliminará os riscos de correlação. O Painel
será não independente quando a amostragem acompanhar a evolução das mesmas entidades
(ou indivíduos) durante o período de análise e este foi o nosso caso no presente estudo, neste
112
caso deve-se atentar para a possível falta de dados, seja ela de caráter sistemático ou
randômico, além de ter maior cuidado na análise de modelos dinâmicos (que será comentado
adiante).
É importante registrar dois conceitos que aparecerão nas colocações que se seguem, o
de variáveis endógenas e exógenas. Uma variável se diz exógena quando seu valor é
determinado independentemente do termo de erro, ou seja é determinada fora do modelo
(VERBEEK 2000, p. 123); uma variável é denominada endógena quando é conjuntamente
dependente de outras, colocando isto de outra forma primeiro tomemos um modelo linear
onde usualmente temos uma variável Y (dependente) e diversas variáveis X (explicativas)
sendo Y é explicada exclusivamente pelas variáveis X (a relação de causa e efeito é
unidirecional), partindo desta imagem imaginemos agora um modelo onde algumas variáveis
X são explicadas por Y e simultaneamente Y é explicado por X, sob tais condições poderá
ficar duvidosa a decisão entre qual é a variável dependente e quais são explicativas, assim
dever-se-á reunir um conjunto com uma parte das variáveis do modelo que possa determinado
simultaneamente pelo conjunto restante de variáveis do modelo, às variáveis que formam o
primeiro conjunto poderemos dar-lhes a denominação de endógenas (GUJARATI 2000, p.
641).
De forma genérica, nos modelos a variável será indexada por i, no nível de indivíduo e
por t no nível temporal, exemplificando no modelo a seguir:
Yit = x'
it
ȕ
it
+ İ
it
Ou sendo um pouco mais específico,
Yit = Į
i
+ x'
it
ȕ
it
+ İ
it
Em ambos os casos İ
it
por pressuposto será independente e igualmente distribuido ao
longo dos indivíduos e do tempo, ou seja com média zero e variância constante, Į
i
por seu
lado expressará os efeitos de todas as variáveis não expressas no modelo e que sejam
113
constantes ao longo do tempo. Se estas condições ocorrerem o modelo acima poderá ser
chamado de modelo de efeitos fixos.
Se por acaso assumirmos a seguinte condição: que os interceptos dos elementos da
amostra são diferentes mas que por pressuposto irão se comportar tendo uma variabilidade
em torno de uma média µ e variância ı
Į
2
e que estes desvios serão independentes de x
it
então
este será um modelo de efeitos randômicos, podemos agora descrever o modelo como abaixo:
Yit = µ + Į
i
+ x'
it
ȕ
it
+ İ
it
Yit = µ + x'
it
ȕ
it
+ ( Į
i
+ İ
it
)
A expressão entre parentêsis é o termo de erro onde Į
i
é a parte invariante e İ
it
é a
parte não correlacionada ao longo do tempo.
De acordo com Terra (2002) um Painel de Dados típico possui poucas unidades de
tempo e muitas unidades seccionais, descrição aonde o presente estudo se encaixa pois temos
8 unidades de tempo e 108 unidades seccionais.
Painéis, via-de-regra, possuem maior número de observações que os Dados de Corte
(Cross Section) e Séries Temporais (Time series) e podem, considerada a sua natureza,
disponibilizar instrumentos para o tratamento de regressores endógenos ou sujeitos à erros de
mensuração, exemplificando é possível transformar as variáveis originais para evitar sua
correlação com o termo de erro, e considerando que as variáveis explicativas possuem duas
dimensões (temporal e individual), passam os painéis de dados a apresentarem algumas
vantagens como:
- gerarem estimadores usualmente mais precisos comparados à outros métodos, a
despeito do fato que ao acompanhar os mesmos indivíduos ao longo do tempo pode-se
incorrer em menor variabilidade das observações
- reduzirem os problemas de identificação relativamente à regressores endógenos ou
erros de medição
114
- serem mais robustos no tratamento de variáveis omitidas
- terem maior identificação frente às dinâmicas individuais, por exemplo,
experimentos passados fazem aumentar a propensão nos indivíduos quanto a vivenciá-
los no futuro, ou quanto às diferenças individuais e não observadas que podem influir
na probabilidade de ocorrência de um evento
Os Painéis são caracterizados em dois tipos: Estáticos e Dinâmicos. Os Painéis
Estáticos podem ainda ser: de efeitos fixos, de efeitos aleatórios, ou uma combinação dos dois
útlimos.
Denominar-se-ão Painéis Estátiscos de Efeitos Fixos (FE ou FE nas notações de
software em inglês) os Painéis cujo modelo de regressão linear tenha o intercepto variando
com os indivíduos, exemplificando:
y
it
= Į
i
+ x'
it
ȕ + İ
it
onde: İ
it
~ IID ( 0, ı
2
), e todos os x'
it
são independentes de todos os İ
it
(Observação:
por IID leia-se Independente e Identicamente Distribuídos)
Podemos reescrever a equação acima através da inclusão de variáveis dummies para
cada unidade i :
y
it
= Ȉ
N
j=1
Į
j
d
ij
+ x'
it
ȕ + İ
it
onde d
ij
= 1 se i = j e 0 nos demais casos.
Nesta situação torna-se possível estimar os parâmetros Į
1
, Į
2
, ......Į
N
e ȕ por OLS,
sendo que ȕ então denominar-se-á estimador LSDV (Least Square Dummy Variable). Outra
forma de se alcançar o resultado acima é através do processamento das diferenças relativas às
médias individuais, ilustrando:
115
i
= Į
i
+ x'¯
i
ȕ + ݯ
i
que transformando, obteremos:
y
it
- y¯
i
= ( x
it
– x¯
i
)' ȕ + ( İ
it
ݯ
i
)
Esta transformação não inclue o Į
i
, os efeitos individuais, é do tipo within e assim
seus estimadores também serão chamados, ou estimadores de efeitos fixos e serão iguais aos
estimadores LSDV.
No caso em que as premissas abaixo são consideradas:
todos os x'
it
são independentes de todos os İ
it
se İ
it
é normal então ȕ^
FE
, também é normal
Donde, por consistência:
E { ( x
it
– x¯ İ
it
} = 0 em que x
it
é não condicionado com İ
it
Neste caso, x
it
é chamado de estritamente exógeno, em outras palavras, não depende
dos valores presentes, passados e futuros do termo de erro, o que se não ocorresse traria
algumas restrições em determinadas aplicações. Com as variáveis
De forma mais estreita o modelo de efeitos fixos concentra-se nas diferenças “entre”
os indivíduos, ou dentro within, ou seja o ponto é porque y
it
difere de
i
e não porque
i
difere
j
(outras médias). As premissas de ȕ por outro lado impõem que uma mudança em X
tem o mesmo (ceteris paribus) efeito, seja a mudança em ȕ fruto de uma mudança de um
período e ou indivíduo para o outro. Registramos pois, que na interpretação de resultados não
podemos deixar de observar que os regressores de efeito fixo não privilegiam o tempo e sim a
dimensão within.
Denominar-se-ão Painés de Dados de Efeitos Dinâmicos aqueles em que identificamos
o termo de erro randômico, que de forma genérica expressa todos os fatores que afetam a
variável dependente mas não foram incluídos como regressores, sendo que estes fatores
randômicos (Į
i
) são independentemente e identicamente distribuídos (IID) ao longo dos
indivíduos.
116
Apresentamos na expressão abaixo sua forma genérica:
y
it
= µ + x'
it
ȕ + ( Į
i
+ İ
it
)
onde: İ
it
~ IID ( 0, ı
2
İ
) e Į
i
~ IID ( 0, ı
2
)
Sendo que identificamos ( Į
i
+ İ
it
) como o termo de erro contendo duas partes: a
primeira parte é um componente específico do indivíduo que não varia ao longo do tempo e a
segunda parte é um componente residual que não se correlaciona ao longo do tempo, visto de
outra forma, toda a correlação dos termos de erro ao longo do tempo é atribuída à efeitos
individuais Į
i
, sendo assumido que Į
i
e İ
it
são simultaneamente independentes e
independentes de x
js
(para todos os
j
e todos os
s
), à luz destas colocações os estimadores de µ
e ȕ serão não-viesados e consistentes.
A última variação, neste modelo, que pudemos encontrar consideradas as premissas
acima apresenta-se como a expressão abaixo:
Ǻ^
GLS
= ǻ ȕ^
B
+ ( Ik - ǻ ) ȕ^
FE
donde:
ȕ^
B
= ( Ȉ
N
i=1
( x
i
¯ - x¯' )
-1
* ( Ȉ
N
j=1
( y
i
¯ - y¯' )
Sendo ǻ uma matriz ponderada proporcional ao inverso da matriz de
convariância de ȕ^
B
, este modelo introduz o estimador GLS (Generalized Least Square), que
é a média da matriz ponderada de um estimador between e do estimador within onde o peso
da ponderação depende das variâncias relativas dos dois estimadores. Lembramos que o
estimador between ignora qualquer informação entre os indivíduos (within) e por isto
representa a melhor combinação entre ambos, podendo-se dizer que será mais eficiente que
ambos (VERBEEK 2000 p.316 ).
Se as variáveis explanatórias forem independentes de todos İ
it
e de todos Į
i
o
estimador GLS será não-viesado, e será consistente se N ou T ou ambos tenderem ao infinito.
117
Acreditamos que tenha sido necessária esta introdução à estes modelos que nos
permitem o cálculo dos estimadores de nossa regressão, resumindo nossas possibilidades
quanto ao tipo de regressor, temos:
1 - Between – explora as diferenças entre indivíduos determinando como um estimador
OLS numa regressão de médias individuais de y sobre médias individuais de x, mais uma
constante, será consistente desde que as variáveis sejam estritamente exógenas e não
correlacionadas com o efeito específico do indivíduo Į
i
2 - Efeito Fixo (EF ou FE) - explora a dimensão dos dados dentro do mesmo indivíduo
(a dimensão within), determinando como um estimador OLS numa regressão com desvios das
médias dos indivíduos. É consistente para em que T J ou N J . Requer que as variáveis
X sejam estritamente exógenas mas não impõe quaisquer relacionamentos entre Į
i
e x
it
.
3 - OLS (Mínimos Quadrados Ordinários) - explora amabas as dimensões (within e
between) mas não eficientemente É consistente para em que T J ou N J , as variáveis
aleatórias não podem ser correlacionadas com Į
i
mas não precisam ser estritamente exógenas.
4 - GLS (Efeito Randômico) - combina a informação de ambas as dimensões (between
e within) de forma eficiente. É consistente para em que T J ou N J . Pode ser visto
como a melhor combinação, ponderada, dos estimadores citados.
De acordo com Verbeek (2000) não uma forma única de escolha entre os diversos
estimadores, e diferentes resultados poderão ser alcançados utilizando diferentes
metodologias, o que é importante é fazer o melhor uso dos dados, principalmente quando
poucas observações.
118
Ainda de acordo com Verbeek (2000) a forma mais comum é buscar a “verdadeira
natureza” dos efeitos de Į
i
a abordagem de efeitos fixos é condicional aos valores de Į
i
, e
considera prioritariamente a distribuição de y
it
dado Į
i
, onde Į
i
's podem ser estimados. De
acordo com o autor, isto faz sentido se os indivíduos da amostra são únicos e não podem ser
vistos como uma amostra aletória de uma população específica, de forma mais pragmática tais
indivíduos podem ser vistos como países ou grandes firmas e se desejamos fazer predições
para um indivíduo específico, tais predições serão então válidas com respeito à amostra.
Por outro lado, a abordagem de efeitos randômicos não é condicional aos indivíduos
Į
i
's, mas à "integração" dos mesmos, desta forma não deverá o interesse particular em um
indivíduo Į
i
em específico. Com o efeito randômico nos é permitido fazer inferências
relativamente às características da população.
Resumidamente, havendo interesse em um indivíduo Į
i
é possível visualizar o uso de
efeitos fixos para o cálculo dos estimadores, contribui ainda neste quesito se o número de
indivíduos for relativamente pequeno ou de uma natureza específica o que acaba destacando a
identidade dos mesmos. Não obstante, mesmo quando houver interesse na população, de
forma global, é possível utilizar os efeitos fixos em detrimento da aparente melhor adequação
dos efeitos randômicos à situação, e um motivo pode ser se Į
i
e x
it
forem correlacionados pois
o modelo de efeitos fixos elimina Į
i
do cálculo.
Considerando o ponto em que 4 tipos de estimadores/modelos apresentados pode
ser necessário o uso de uma ferramenta que nos auxilie na decisão entre qual modelo está
apresentando melhor ajuste aos dados a saber ausência de endogeneidade, para tal propósito
utlizamos o teste de Hausman cuja idéia é a comparação entre dois estimadores, o primeiro
refere-se ao efeito fixo e que é consistente sob as duas hipóteses (nula e alternativa) e o outro
referente ao efeito aleatório é consistente somente na hipótese nula. Uma grande diferença
119
entre os dois estimadores pode denotar que a hipótese nula é improvável de ser sustentada, a
correlação pode ser uma, entre outras, razão para tanto.
Denominar-se-ão Modelos Dinâmicos os modelos capazes de ajustar-se à dinâmica,
hábitos, dos indivíduos; muitos modelos econômicos sugerem que comportamentos passados,
como hábitos persistência etc, podem determinar o comportamento presente e futuro do
indivíduo.
O modelo auto-regressivo, pode ser exemplificado como abaixo:
y
it
= x'
it
ȕ + Ȗ y
it-1
+ Į
i
+ İ
it
onde İ
it
é IID ( 0, ı
2
)
A variável defasada y
it-1
representa o efeito passado influenciando o presente e o
futuro e irá depender de como tratamos Į
i
Se o modelo não contiver variáveis exógenas :
y
it
= Ȗ y
it-1
+ Į
i
+ İ
it
onde | Ȗ | < 1
E temos observações de y
it
para t = 0,1,2,...T isto vai gerar um estimador viesado se
N J e T é fixo, pois os dados não convergem o termo Ȗ será consistente se T J ou
N J . Caso tenhamos amostras pequenas o método de momentos poderia unificar os
estimadores e eliminar as desvantagens de amostras pequenas.
Se o modelo contiver variáveis exógenas:
y
it
= x'
it
ȕ + Ȗ y
it-1
+ Į
i
+ İ
it
Neste caso poderá ser estimado pelo método de GMM ou variáveis instrumentais, o
efeito randômico vai ignorar tal situação e conduzirá à estimadores não consistentes.
Considerado o exposto, a primeira avaliação que fizemos envolveu uma reflexão entre
a natureza dos dados e as especificações gerais de cada modelo. Não optamos pelo Modelo
Dinâmico pois acreditamos que a auto-regressividade não é uma característica essencial do
grupo de variáveis como um todo, desta forma optamos pelo uso do Modelo Estático.
120
Uma vez escolhido o Modelo Estático coube-nos a apreciação de qual tipo de
modelagem iríamos executar: efeitos fixos, efeitos dinâmicos ou sua combinação. Nossa visão
foi que não teríamos interesse em um indivíduo em particular, o presente estudo se propõe a
estudar os fatores determinantes das políticas de dividendos de uma forma geral, que nos
conduz ao modelo de estimador between o qual nos permitiria ainda fazer inferências quanto à
população, todavia o fato da amostra não ser grande o suficiente para podermos dizer que a
mesma tende ao infinito conforme apresentado anteriormente, aumenta a representatividade
de cada indivíduo dentro da amostra e o estimador within continua tendo que ser avaliado.
Desta forma procuramos submeter a amostra aos dois modelos, fazer os testes de validação
específicos e ao final a verificação de qual dos dois apresentará melhor ajuste.
As análises realizadas seguiram a sequência abaixo:
1 - Estatística Descritiva
Uma análise de Estatística Descritiva analisando média, mediana e desvio-padrão das
variáveis que compõem a amostra.
2 - Estudo Empírico
Para a amostra como um todo, foram feitas as regressões com base no modelo de
Cross Section, e analisados e apresentados os resultados considerando a equação supra
mencionada e submentendo-a aos objetivos previstos para este estudo.
No caso do modelo de Painel de Dados, assumimos a correlação entre as variáveis
TAM1, TAM2 e TAM3 verificada anteriormente, realizamos então as regressões
individuais primeiro adotando IPDIV (Payout Ratio) como variável dependente e depois
adotando RENDIV (Dividend Yield) como variável dependente.
O software utilizado foi o STATA, da StataCorp, 2005, Stata Statistical Software,
Release 9, College Station, Texas, StataCorp LP.
121
V - RESULTADOS
V.1. - Estatística Descritiva
As principais evidências que surgem da análise da Estatística Descritiva, vide quadro e
gráficos nas páginas seguintes, são que o comportamento do Índice de Pagamento de
Dividendos - IPDIV (Payout Ratio) se encontra próximo sim, mas acima também, do nível
mínimo estipulado pela legislação local de 25%, ou seja as firmas não se limitam
exclusivamente a pagar o mínimo previsto em lei, embora tal afirmação neste momento chega
desacompanhada de uma distribuição de frequência.
A Curva de Endividamento mostra claramente 2 picos em 1999 e 2002 que podem ser
atribuídos, respectivamente, às crises:
- cambial, acompanhada da mudança do regime de câmbio e sua respectiva
flexibilização
- e de incerteza frente à eleições presidenciais respectivamente.
Outra conclusão que julgo relevante é que a tendência da curva de Oportunidades de
Crescimento é francamente ascendente o que corrobora com o exposto na Introdução deste
trabalho que o vetor associado ao mercado de capitais está ascendente, o que entedemos ser
muito positivo sendo que parte deste efeito pode ser atribuído à entrada mais efetiva de
capitais estrangeiros nos últimos 2 anos.
122
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Mínimo
(137,160) (131,096) (138,987) (117,297) (90,003) (157,117) (179,400)
(13,317) (13,317) (13,317) (13,317) (13,296) (13,315) (14,640) (14,640)
(2,161) (1,672) (0,729) (0,554) (0,632) (1,409) (1,075) (1,197)
(0,729) (0,602) (0,171) (0,038)
(0,050)
(89,600)
0,000
Máximo
726,349 2.349,408 815,475 5.031,356 1.439,602 1.825,714 484,396 168,327
IPDIV Média 47,597 58,301 46,965 92,713 58,725 48,474 45,419 41,928
Mediana 32,571 31,808 28,793 34,081 35,834 27,697 30,680 34,686
Desvio-Padrão
84,074 226,869 93,185 483,199 143,025 180,398 59,305 44,360
Mínimo 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo 73,600 47,600 22,700 88,900 92,600 34,100 18,300 55,500
RENDIV Média
5,884 9,556 4,212 7,587 8,007 6,621 4,594 5,252
Mediana 3,250 5,900 2,700 4,650 5,850 4,400 3,800 4,150
Desvio-Padrão 9,057 10,563 4,974 11,651 11,063 7,031 4,307 6,573
Mínimo 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo 15,043 15,224 16,211 16,792 16,738 16,866 17,367 17,380
INSTREC Média
8,881 9,370 10,313 10,488 10,410 9,633 9,966 9,845
(
CROSS
)
Mediana
9,717 10,081 10,606 10,698 10,926 10,866 10,983 11,228
Desvio-Padrão 4,092 3,826 3,058 3,009 3,628 4,659 4,420 4,745
Mínimo
Máximo 1,889 1,968 2,643 0,983 1,044 1,759 1,601 2,521
INSTREC Média
(
PANEL
)
Mediana
0,156 0,277 0,354 0,556
Desvio-Padrão 3,793 3,134 2,525 2,259 2,733 3,954 3,719 4,355
Mínimo
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo
3,897 2,542 6,901 6,160 5,161 19,330 8,624 17,432
OPOR Média 0,572 0,362 0,945 0,888 0,787 1,093 1,251 1,617
Mediana 0,399 0,274 0,703 0,673 0,626 0,618 0,938 1,104
Desvio-Padrão
0,691 0,444 1,136 0,999 0,765 2,319 1,345 2,062
Mínimo 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo
17,161 16,516 17,727 17,722 17,833 17,736 18,244 18,484
TAM1 Média 9,122 8,588 11,123 11,082 11,408 10,767 11,722 12,197
Mediana 11,287 10,838 12,064 12,265 12,249 12,227 12,811 13,320
Desvio-Padrão
5,562 5,564 4,394 4,506 4,140 5,057 4,586 4,401
Mínimo 0,000 6,812 6,395 6,688 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo 18,196 18,040 18,067 18,136 18,191 18,420 18,602 18,740
TAM2 Média
12,428 13,115 13,217 13,336 13,224 12,879 12,676 12,507
Mediana 12,788 12,928 13,090 13,182 13,293 13,362 13,388 13,457
Desvio-Padrão 3,229 1,713 1,749 1,754 2,559 3,652 4,052 4,434
Mínimo
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo 16,629 16,577 17,107 17,614 17,709 17,847 18,158 18,265
TAM3 Média
11,640 12,194 12,612 12,784 12,853 12,504 12,285 12,073
Mediana
12,082 12,375 12,598 12,853 13,132 13,107 13,266 13,358
Desvio-Padrão 3,396 2,508 1,916 1,960 2,351 3,424 4,023 4,536
Mínimo
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo 765,102 882,466 1.004,709 2.168,432 1.756,746 715,674 1.192,417 613,261
ESTDIV Média 122,826 111,212 115,661 171,119 139,703 108,495 151,292 137,887
(
CROSS
)
Mediana
100,000 100,000 100,000 101,400 104,194 97,626 101,850 110,001
Desvio-Padrão
115,712 123,108 128,252 261,290 194,150 120,655 174,049 127,327
Mínimo
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo
1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
ESTDIV Média 0,667 0,546 0,593 0,713 0,611 0,509 0,509 0,639
(
PANEL
)
Mediana 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
Desvio-Padrão
0,474 0,500 0,494 0,454 0,490 0,502 0,502 0,483
Mínimo 0,000 0,173 0,392 0,129 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo
6,440 5,895 4,603 9,984 4,675 4,544 5,184 5,414
RISCO1 Média
1,685 1,681 1,629 1,812 1,641 1,507 1,550 1,461
Mediana 1,525 1,454 1,458 1,459 1,413 1,299 1,372 1,314
Desvio-Padrão
1,075 1,008 0,889 1,246 0,950 0,976 1,038 1,001
Mínimo 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Máximo 254,800 185,100 3.133,200 195,000 188,400 2.592,500 1.600,600 1.570,600
RISCO2 Média
31,846 35,085 66,288 37,395 43,356 91,763 58,311 54,510
Mediana 18,900 24,550 28,850 24,650 30,400 34,750 26,650 22,950
Desvio-Padrão 39,556 38,241 300,641 39,397 46,756 280,930 159,018 155,953
Tabela - 003 - Estatística Descritiva
123
Figura – 011 – IPDIV (Payout Ratio)
0,000
10,000
20,000
30,000
40,000
50,000
60,000
70,000
80,000
90,000
100,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 011 – IPDIV (Payout Ratio)
0,000
10,000
20,000
30,000
40,000
50,000
60,000
70,000
80,000
90,000
100,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 012 – RENDIV (Dividend Yield)
0,000
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 012 – RENDIV (Dividend Yield)
0,000
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 013 – INSTREC ln(EBITDA) (Cross)
0,000
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 013 – INSTREC ln(EBITDA) (Cross)
0,000
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 014 – INSTREC - desvios da média do ln (EBITDA) (Panel)
(2,500)
(2,000)
(1,500)
(1,000)
(0,500)
0,000
0,500
1,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
(2,500)
(2,000)
(1,500)
(1,000)
(0,500)
0,000
0,500
1,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 014 – INSTREC - desvios da média do ln (EBITDA) (Panel)
124
Figura – 015 – OPOR (Market-to-Book Ratio)
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
1,000
1,200
1,400
1,600
1,800
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 015 – OPOR (Market-to-Book Ratio)
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
1,000
1,200
1,400
1,600
1,800
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 016 – TAM1 ln(Valor de Mercado)
0,000
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
14,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 016 – TAM1 ln(Valor de Mercado)
0,000
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
14,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 017 – TAM2 ln(Ativos Totais)
125
Figura – 019 – ESTDIV - Div
(ano)
vs Div
(ano-1)
(Cross)
0,000
20,000
40,000
60,000
80,000
100,000
120,000
140,000
160,000
180,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 019 – ESTDIV - Div
(ano)
vs Div
(ano-1)
(Cross)
0,000
20,000
40,000
60,000
80,000
100,000
120,000
140,000
160,000
180,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 020 – RISCO1 (Liquidez Corrente)
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
1,000
1,200
1,400
1,600
1,800
2,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 020 – RISCO1 (Liquidez Corrente)
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
1,000
1,200
1,400
1,600
1,800
2,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 021 – RISCO2 (Alavancagem)
0,000
10,000
20,000
30,000
40,000
50,000
60,000
70,000
80,000
90,000
100,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
Figura – 021 – RISCO2 (Alavancagem)
0,000
10,000
20,000
30,000
40,000
50,000
60,000
70,000
80,000
90,000
100,000
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004
Ano
Média
Mediana
126
V.2 - Modelo de Regressão Múltipla
No intuito de facilitar a ordenação das análises, estruturamos um pequeno fluxograma
com base nos objetivos propostos, tal fluxo é apresentado nos quadros a seguir:
Identificar os fatores determinantes das Pol. de Div.s
com base no Índice de Pagamento de Dividendos
Variável Dependente:
IPDIV (Payout Ratio)
Incluindo somente Incluindo somente Incluindo somente
TAM1 (Valor de Mercado) TAM2 (Ativos Totais) TAM3 (Vendasquidas)
Figura - 022 - Fluxo de Análise do Primeiro Objetivo Específico
Identificar os fatores determinantes das Pol. de Div.s
com base no Rendimento de Dividendos
Variável Dependente:
RENDIV (Dividend Yield )
Incluindo somente Incluindo somente Incluindo somente
TAM1 (Valor de Mercado) TAM2 (Ativos Totais) TAM3 (Vendas Líquidas)
Figura - 023 - Fluxo de Análise do Segundo Objetivo Específico
127
Identificar os fatores das Políticas de Dividendos
com base no
Setor de Atuação da Firma
(Base Classificação - IBOVESPA)
Variável Dependente: Variável Dependente:
IPDIV (Payout Ratio ) RENDIV (Dividend Yield )
Incluindo somente Incluindo somente
TAM1 (Valor de Mercado) TAM1 (Valor de Mercado)
Incluindo somente Incluindo somente
TAM2 (Ativos Totais) TAM2 (Ativos Totais)
Incluindo somente Incluindo somente
TAM3 (Vendasquidas) TAM3 (Vendas Líquidas)
Figura - 024 - Fluxo de Análise do Primeiro Objetivo Secundário
Identificar os fatores das Políticas de Dividendos
com base no
Tamanho da Firma
Incluindo somente Incluindo somente Incluindo somente
TAM1 (Valor de Mercado) TAM2 (Ativos Totais) TAM3 (Vendas Líquidas)
Variável Dependente Variável Dependente Variável Dependente
IPDIV (Payout Ratio ) IPDIV (Payout Ratio ) IPDIV (Payout Ratio )
Variável Dependente Variável Dependente Variável Dependente
RENDIV (Dividend Yield ) RENDIV (Dividend Yield ) RENDIV (Dividend Yield )
Figura - 025 - Fluxo de Análise do Segundo Objetivo Secundário
128
Identificar os fatores das Políticas de Dividendos
com base na
Agressividade da Política de Dividendos
Variável Dependente: Variável Dependente:
IPDIV (Payout Ratio ) REND Dividend Yield )
Incluindo somente Incluindo somente
TAM1 (Valor de Mercado) TAM1 (Valor de Mercado)
Incluindo somente Incluindo somente
TAM2 (Ativos Totais) TAM2 (Ativos Totais)
Incluindo somente Incluindo somente
TAM3 (Vendasquidas) TAM3 (Vendasquidas)
Figura - 026 - Fluxo de Análise do Terceiro Objetivo Secundário
IV (
Uma das premissas da regressão múltipla diz respeito à multicolinearidade das
variáveis independentes, ou seja, uma grande associação entre estas variáveis pode fazer com
que os coeficientes de regressão sejam incorretamente estimados e tenham até mesmo os
sinais errados. Desta forma, utilizamos dois procedimentos para detectar multicolinearidade.
O primeiro foi calcular as correlações entre as variáveis e verificar se alguma delas
ultrapassa o valor de 0,80 (Hair et al, 2005), a Matriz de Correlação foi preparada e está
apresentada nos quadros 004 e 005 para as variáveis dependentes IPDIV (Payout Ratio) e
RENDIV (Dividend Yield) respectivamente, pudemos observar que colinearidade entre as
variáveis TAM1 (tamanho dado pelo ln(Valor de Mercado)), TAM2 (tamanho dado pelo
129
ln(Ativos Totais)) e TAM3 (tamanho dado pelo ln(Vendas Líquidas)), trataremos então
individualmente estas variáveis.
IPDIV ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3
1,0000 0,0319 0,0399
(0,1421) (0,0146)
(0,0225) (0,2888)
(0,0347) (0,0746)
(0,3153) (0,3246) (0,4266) (0,5146) (0,5102)
(0,0623) (0,0199) (0,0228)
0,0134 0,0663 0,0502 0,0506
1,0000 0,1138 0,1376 0,1473 0,1264 0,1021
1,0000 0,0700 0,0691 0,0246 0,0050
1,0000
1,0000 0,3950
1,0000 0,4223 0,2083 0,2815
1,0000 0,8468 0,8356
1,0000
0,8493
1,0000
Tabela - 004 - Matriz de Correlação - Variável Dependente: IPDIV (
Payout Ratio
)
Total - 108 observações
5% valor crítico (bi-caudal) = 0,1891 para n = 108
RENDIV ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3
1,0000 0,0201
(0,0601) (0,0759) (0,1556) (0,0886) (0,1339)
(0,0225) (0,2888)
(0,0347) (0,0746)
(0,3153) (0,3246) (0,4266) (0,5146) (0,5102)
(0,0623) (0,0199) (0,0228)
0,0281 0,0348
1,0000 0,1138 0,1376 0,1473 0,1264 0,1021
1,0000 0,0700 0,0691 0,0246 0,0050
1,0000
1,0000 0,3950
1,0000 0,4223 0,2083 0,2815
1,0000
0,8468 0,8356
1,0000
0,8493
1,0000
Tabela - 005 - Matriz de Correlação - Variável Dependente: RENDIV (
Dividend Yield
)
Total - 108 observações
5% valor crítico (bi-caudal) = 0,1891 para n = 108
130
A tabela 006 abaixo, apresenta o resultado do teste do Fator de Inflação de Variância
(FIV) para os diversos modelos analisados elaborados baseados na Matriz de Correlação
apresentada imediatamente acima, como pode-se contatar não houve ocorrência de
Colinearidade.
Valores maiores que 10 podem indicar Colinearidade
Valor mínimo igual à 1
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3
Relativos aos Quadros:
002 e 003
Só com TAM1 1,094 1,031 1,525 1,481 1,569 1,626
Só com TAM2 1,095 1,023 1,726 1,349 1,281 1,469
Só com TAM3 1,098 1,017 1,700 1,370 1,330 1,513
Relativos aos Quadros:
004 e 005
Só com TAM1 1,139 1,123 1,685 1,489 1,802 1,929
Só com TAM2 1,139 1,123 1,904 1,363 1,353 1,565
Só com TAM3 1,140 1,129 1,821 1,395 1,444 1,758
Relativos ao Quadro 006
Var.s Dep.s: IPDIV ou RENDIV 1,176 1,053 1,531 1,504 1,618 5,521
Relativos ao Quadro 007
Var.s Dep.s: IPDIV ou RENDIV 1,118 1,032 1,751 1,389 1,326 3,895
Relativos ao Quadro 008
Var.s Dep.s: IPDIV ou RENDIV 1,112 1,037 1,755 1,371 1,345 5,745
Relativos ao Quadro 009
Só com TAM1 1,097 1,084 1,544 1,508 1,760 1,646
Só com TAM2 1,098 1,075 1,738 1,366 1,427 1,474
Só com TAM3 1,101 1,067 1,726 1,397 1,506 1,552
Relativos ao Quadro 010
Só com TAM1 1,109 1,086 1,533 1,482 1,583 1,659
Só com TAM2 1,110 1,083 1,733 1,350 1,314 1,476
Só com TAM3 1,114 1,079 1,709 1,371 1,362 1,517
Tabela - 006 - Fator de Inflação de Variância dos Modelos
Os quadros 002 à 010 a seguir, apresentam um resumo dos resultados das regressões,
nos quadros NS significa "Não Significativo", se houver valor numérico este significa o valor
do estimador para a variável e o asterisco o quanto significativo ele é (vide observação no
rodapé dos quadros), áreas hachuradas significam que aquelas variáveis não foram
consideradas naquele modelo.
131
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef.
NS NS NS NS NS NS NS 0,0276 0,8230
Coef. c/ EPR
89,2129*** (14,7884)* 0,0202 0,6792
c/ TAM2
Coef. NS NS NS NS NS NS NS 0,0275 0,8250
Coef. c/ EPR 89,2129*** (14,7884)* 0,0202 0,6792
c/ TAM3
Coef.
186,135* NS NS (21,0404)* NS NS NS 0,0304 0,0120 0,1970
Coef. c/ EPR
89,2129*** (14,7884)* 0,0202 0,0109 0,3249
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef.
NS NS NS NS NS NS NS 0,0312 0,7750
Coef. c/ EPR
14,3027*** (0,4580)* 0,0242 0,5449
c/ TAM2
Coef. NS NS NS NS NS NS NS 0,0209 0,9030
Coef. c/ EPR NS NS NS NS NS NS NS 0,0209 0,8650
c/ TAM3
Coef.
NS NS NS NS NS NS NS 0,0300 0,7910
Coef. c/ EPR
15,1668*** 0,0179 0,4583
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Quadro - 002 - Resultados do Primeiro Objetivo Específico - Var.Depend.: IPDIV (
Payout Ratio
)
Quadro - 003 - Resultados do Segundo Objetivo Específico - Var.Depend.: RENDIV (
Dividend Yield
)
(0,0302)
0,0109
(0,0303)
0,0109
(0,0264)
0,0150
(0,0373)
(0,0373)
(0,0276)
(0,5088)
0,0087
132
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 D-CONS D-IND D-UTIL R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef.
NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0408 0,8960
Coef. c/ EPR 94,5010*** (14,6568)* NS (21,2580)* 0,0324 0,1190
c/ TAM2
Coef. NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0402 0,9000
Coef. c/ EPR
94,5010*** (14,6568)* (21,2580)* 0,0324 0,1190
c/ TAM3
Coef.
NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0434 0,0158 0,2010
Coef. c/ EPR
94,5010*** (14,6568)* (21,2580)* 0,0324 0,0140 0,1190
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 D-CONS D-IND D-UTIL R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef.
16,4262*** (0,5711)** (2,7198)*** NS NS 0,0669 0,0491 0,0264
Coef. c/ EPR 16,4262*** (0,5711)** (2,7198)*** 0,0669 0,0491 0,0150
c/ TAM2
Coef. 9,1421*** (2,2604)* 0,0305 0,0213 0,2308
Coef. c/ EPR
9,1421*** (2,2604)** 0,0305 0,0213 0,2347
c/ TAM3
Coef.
20,2483*** (0,7526)* (3,1077)** 0,0714 0,0354 0,1030
Coef. c/ EPR 20,2483*** (0,7526)** (3,1077)*** 0,0715 0,0354 0,0628
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Quadro - 004 - Resultados do Primeiro Objetivo Secundário - Var.Depend.: IPDIV (
Payout Ratio
)
Quadro - 005 - Resultados do Primeiro Objetivo Secundário - Var.Depend.: RENDIV (
Dividend Yield
)
(0,0473)
0,0140
(0,0479)
0,0140
133
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 D-MED D-GRA R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
Var.Dep: IPDIV
Coef. 102,897*** (18,8923)* 0,0314 0,0129 0,1880
Coef. c/ EPR 102,897*** (18,8923)** 0,0314 0,0129 0,0961
Var.Dep: RENDIV
Coef. NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0450 0,7900
Coef. c/ EPR NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0450 0,7080
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 D-MED D-GRA R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
Var.Dep: IPDIV
Coef. 109,631*** (21,6985)* 0,0371 0,0188 0,1370
Coef. c/ EPR 109,631*** (21,6985)** 0,0371 0,0188 0,0875
Var.Dep: RENDIV
Coef. NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0268 0,9480
Coef. c/ EPR NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0268 0,9210
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 D-MED D-GRA R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
Var.Dep: IPDIV
Coef. 186,135* (21,0404)* 0,0304 0,0120 0,1970
Coef. c/ EPR 89,2129*** (14,7884)* 0,0202 0,0109 0,3249
Var.Dep: RENDIV
Coef. 9,2341*** (2,0338)* 0,0286 0,0194 0,5481
Coef. c/ EPR 9,2341*** (2,0338)** 0,0286 0,0194 0,5300
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Quadro - 006 - Resultados do Segundo Objetivo Secundário - Var. : TAM1 (Valor de Mercado)
Quadro - 007 - Resultados do Segundo Objetivo Secundário - Var.: TAM2 (Ativos Totais)
Quadro - 008 - Resultados do Segundo Objetivo Secundário - Var.: TAM3 (Vendas Líquidas)
(0,0322)
(0,0322)
(0,0518)
(0,0518)
134
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 D-MED D-ALTO R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef. 33,8929*** 90,7133*** 0,2576 0,2506 0,2177
Coef. c/ EPR 60,4998*** (12,1589)* (13,8193)** 14,5635*** 104,135*** 0,2870 0,2593 < 0,00001
c/ TAM2
Coef. 33,8929*** 90,7133*** 0,2576 0,2506 0,2177
Coef. c/ EPR
60,4998*** (12,1589)* (13,8193)** 14,5635*** 104,135*** 0,2870 0,2593 < 0,00001
c/ TAM3
Coef.
33,8929*** 90,7133*** 0,2576 0,2506 0,2177
Coef. c/ EPR
60,4998*** (12,1589)* (13,8193)** 0,2870 0,2593 < 0,00001
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 D-MED D-ALTO R2 R2 Ajust. p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef.
3,64097*** 3,79929*** 10,9463*** 0,6398 0,6329 < 0,00001
Coef. c/ EPR
6,6336*** 3,5493*** 10,7978*** 0,6455 0,6353 < 0,00001
c/ TAM2
Coef.
3,64097*** 3,79929*** 10,9463*** 0,6398 0,6329 < 0,00001
Coef. c/ EPR 3,64097*** 3,79929*** 10,9463*** 0,6398 0,6329 < 0,00001
c/ TAM3
Coef. 9,76875*** (0,4642)** 3,5781*** 10,8781*** 0,6545 0,6445 < 0,00001
Coef. c/ EPR 9,76875*** (0,4642)* 3,5781*** 10,8781*** 0,6545 0,6449 < 0,00001
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Quadro - 010 - Resultados do Terceiro Objetivo Secundário - Var.Depend.: RENDIV (
Dividend Yield
)
Quadro - 009 - Resultados do Terceiro Objetivo Secundário - Var.Depend.: IPDIV (
Payout Ratio
)
135
V.2.1 - Comentários sobre os resultados
A análise dos resultados obtidos através do MRL mostra, de forma geral, baixo ajuste
do modelo às variáveis escolhidas, três variáveis apareceram nos resultados que tiveram
significância estatística: liquidez corrente (RISCO1), tamanho expresso pelo Valor de
Mercado (TAM1), oportunidades de crescimento expresso pelo índice Market-to-Book Ratio
(OPOR).
Os testes de White não demonstraram a ocorrência de heteroscedasticidade nos dados,
ver tabela-007 na página seguinte. Os estimadores se obtidos junto à presença de
heteroscedasticidade continuariam lineares e não-viesados, todavia não seriam mais
eficientes, não obstante decidimos pelo uso da opção de Erros Padrão Robustos (Robust
Standard Errors), seguindo o exposto por Stock et al (2004) que afirma que o mais simples é
usar sempre esta opção uma vez que caso haja a presença de homoscedasticidade não
perdas na análise, ainda segundo os autores:
De modo geral, a teoria econômica raramente oferece qualquer motivo
para se acreditar que os erros sejam homoscedásticos. É, portanto,
prudente supor que sejam heteroscedásticos, a menos que você tenha
motivos convincentes para pensar o contrário. (STOCK et al, 2004, p.
88).
Isto é particularmente comum em amostras onde se encontram por exemplo dados
heterogêneos ou ainda a presença de observações outliers, a saber muito observações muito
distintas das demais, e em análises de dados de corte (GUJARATI, 2000 p. 357-358), e este é
o nosso caso no presente conjunto de análises que desenvolvemos.
136
R2 não ajustado Tam. da Amostra (A) * (B) Graus de
(A) (B) Liberdade a 5% a 10% a 25% Heteroscedasticidade?
Relativos ao Quadro 002
Só com TAM1 0,073 108 7,901 27 40,113 36,741 31,528 NÃO
Só com TAM2 0,065 108 7,037 27 40,113 36,741 31,528
NÃO
Só com TAM3 0,066 108 7,108 27 40,113 36,741 31,528 NÃO
Relativos ao Quadro 003
Só com TAM1 0,137 108 14,784 27 40,113 36,741 31,528 NÃO
Só com TAM2 0,149 108 16,121 27 40,113 36,741 31,528 NÃO
Só com TAM3 0,213 108 23,008 27 40,113 36,741 31,528 NÃO
Relativos ao Quadro 006
Var.s Dep.: IPDIV 0,187 108 20,203 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Var.s Dep.: RENDIV 0,222 108 24,006 41 55,759 51,805 45,616
NÃO
Relativos ao Quadro 007
Var.s Dep.: IPDIV 0,154 108 16,612 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Var.s Dep.: RENDIV 0,228 108 24,670 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Relativos ao Quadro 008
Var.s Dep.: IPDIV 0,147 108 15,828 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Var.s Dep.: RENDIV 0,248 108 26,742 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Relativos ao Quadro 009
Só com TAM1 0,194 108 20,818 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Só com TAM2 0,185 108 19,996 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Só com TAM3 0,184 108 19,907 41 55,759 51,805 45,616
NÃO
Relativos ao Quadro 010
Só com TAM1 0,208 108 22,129 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Só com TAM2 0,208 108 22,428 41 55,759 51,805 45,616 NÃO
Só com TAM3 0,353 108 38,089 41 55,759 51,805 45,616
NÃO
Valor Crítico de
Ȥ
2
Tabela - 007 - Testes de White para heteroscedasticidade
Não obstante, algumas variáveis mostraram sinais contrários ao esperado com base na
literatura pesquisada, para a variável RISCO1 que expressa a liquidez corrente esperava-se
uma relação positiva como reportado por Zeng (2003, p. 308), ou seja, firmas mais líquidas
traduziriam menor risco aos administradores quando do pagamento dos dividendos frente à
outros compromissos com terceiros, todavia a relação verificada foi o contrário (negativa).
Da mesma forma tamanho, onde era esperado uma relação positiva também, firmas
maiores teriam maior facilidade de acesso aos mercados financeiros e menores custos de
financiamento e de emissão e por isto teriam menos obstáculos para o pagamento de
dividendos, e o que se constatou foi o contrário (relação negativa), além disto o tamanho da
firma foi testado com três interpretações possíveis pudemos, ao final, descartar uma destas
137
três interpretações pois não apresentou significância estatística em nenhum dos modelos
executados que foi o tamanho expresso pelos Ativos Totais (TAM2).
Por último, as oportunidades de crescimento da firma (OPOR), neste caso além de ter
apresentado significância estatística o sinal da relação encontrado nos modelos confirmou o
sinal esperado com base nas teorias, a saber negativo, ou seja firmas com boas oportunidades
de crescimento tenderão a pagar menos dividendos direcionando os fundos gerados na
operação para investimentos evitando a sangria do caixa.
Vejamos agora sob a ótica dos objetivos propostos neste trabalho.
Quanto ao primeiro objetivo específico verificar os fatores determinantes tomando-se
como variável dependente o Payout Ratio (IPDIV), somente a modelagem utilizando como
proxy para o tamanho o valor das Vendas Líquidas (TAM3) apresentou uma relação
estatisticamente relevante, com relação à RISCO1 (liquidez corrente), o sinal encontrado foi
contrário ao esperado conforme foi comentado anteriormente e o nível de significância
global não foi elevado. De forma geral pode-se dizer que houve baixo ajuste dos dados ao
modelo e que não foi possível responder conclusivamente à este objetivo.
Quanto ao segundo objetivo específico, verificar se o Dividend Yield (RENDIV)
possui melhor representatividade frente às variáveis escolhidas, fizemos os testes individuais
para as proxies de tamanho considerada a correlação encontrada na matriz de correlação entre
TAM1, TAM2 e TAM3; o modelo não mostrou um resultado conclusivo, ou seja, as variáveis
escolhidas não explicam o comportamento do pagamento dos dividendos expresso pelo
Dividend Yield (RENDIV), e considerado o exposto não é possível dizer se ele é melhor ou
pior que o Payout Ratio. O segundo objetivo do trabalho não pôde ser respondido.
O primeiro objetivo secundário consistia na verificação das similaridades e diferenças
entre os setores em que as firmas da amostra se encontravam, novamente aqui tivemos o
cuidado de executar regressões independentes para as diferentes expressões de tamanho posto
138
que a matriz de correlação apresentou valores elevados para as mesmas (TAM1, TAM2 e
TAM3), além de executar estas mesmas regresões independentes tanto para o Payout Ratio
(IPDIV) quanto para o Dividend Yield (RENDIV). As firmas foram agrupadas em 4 setores
partindo-se da classificação da IBOVESPA: Básico, Consumo, Indústria, e Utilidades; tais
grupos podem ser descritos como contendo firmas de materiais básicos como papel,
siderurgia, petróleo, químcos no grupo Básico; firmas de consumo ciclíco e não ciclíco para o
grupo de Consumo (dummy DUMCONS); firmas de máquinas e equipamentos, construção e
engenharia, material de transporte no grupo de Indústria (dummy DUMIND)e, por fim firmas
de utilidades, energia elétrica e saneamento, e telefonia para o grupo de Utilidades (dummy
DUMUTIL). O setor-base foi o grupo denominado Básico (não associado à dummy).
Nesta análise, o traço mais evidente que encontramos é que o setor de Consumo
possue um comportamento menos agressivo que o do setor-base (Básico), ou seja paga menos
dividendos que o setor-base em todas as regressões feitas, e foram seis considerando as três
para Payout Ratio (IPDIV) e as três para Dividend Yield (RENDIV), seu regressor apresentou
significância estatística e com sinal negativo, cabe registrar que nesta modelagem mesmo para
a variável dependente Dividend Yield (RENDIV) o regressor de Consumo apresentou
significância estatística, uma possível evidência para este resultado pode estar no fato que o
setor de Consumo apresentou um nível médio de oportunidade de crescimento (Market-to-
Book ratio) 10% acima do setor Básico durante o período analisado. Além deste resultado, a
liquidez corrente (RISCO1) apresentou signficância estatística na modelagem com variável
dependente Payout Ratio (IPDIV) reforçando o resultado anterior, e o tamanho expresso pelo
valor de mercado e pelas vendas líquidas (TAM1 e TAM3 respectivamente) mostrou
significância estatística a 5% na modelagem com variável dependente Dividend Yield
(RENDIV), a ausência de TAM2 pode ser atribuída ao fato de firmas de consumo não
139
necessariamente terem prevalência no valor de ativos, mas sim no giro, indiferente à este fato
o sinal do regresssor foi negativo contrariando o esperado.
O segundo objetivo secundário dizia respeito à avaliação das firmas quanto ao seu
tamanho, novamente foram tratadas individualmente as diversas expressões de tamanho: valor
de mercado, ativos totais e vendas líquidas (TAM1, TAM2 e TAM3 respectivamente); e para
cada um destes casos a verificação para Payout Ratio (IPDIV) e Dividend Yield (RENDIV).
Para esta análise a amostra foi ordenada com relação à proxy de tamanho para cada uma das
hipóteses consideradas (TAM1, TAM2 e TAM3), uma vez ordenada a amostra foi sub-
dividida em três terços e à cada terço associadas dummies, DUMMED para as firmas de
tamanho médio e DUMGRA para as firmas de maior tamanho, as firmas de tamanho menor
formaram o grupo que consideramos como grupo base. Neste grupo de análise novamente a
variável liquidez corrente (RISCO1) mostrou-se presente para as três variaveis de tamanho
sempre associada à variável dependente IPDIV (Payout Ratio) e sempre com o sinal
corroborando o resultado da primeira fase de análises.
O último objetivo secundário dizia respeito à análise do comportamento das firmas no
tocante à sua agressividade no pagamento de dividendos, as firmas foram agrupadas em três
grupos ordenados pela nível de agressividade de pagamento expresso pela variável
dependente, por agressividade entenda-se que será tão mais agressiva a firma que maior
volume de dividendos pagar, o grupo de menor agressividade foi considerado o grupo-base e
foram definidas dummies para os dois grupos restantes, de nível de agressividade mediano
(DUMMED) e de nível de agressividade alto (DUMALTO) novamente a análise foi feita
para as duas proxies da variável dependente (IPDIV e RENDIV) e para cada uma delas três
variações respeitando a correlação verificada quanto às proxies de tamanho (TAM1, TAM2 e
TAM3), neste grupo de análises quando a variável dependente foi o Payout Ratio (IPDIV)
surge pela primeira vez a variável oportunidades de crescimento (OPOR) com significância
140
estatística (a 5%) e com o sinal de acordo com o esperado, ou seja firmas com maiores
oportunidades de crescimento tenderão a pagar menos dividendos, a proxy para liquidez
corrente continua presente e continua com sinal trocado (RISCO1), e as dummies de
agressividade apenas indicam a direta correlação com a variável dependente. A variável
dependente alternativa RENDIV novamente não apresentou resultados signficativos
consistente com o primeiro grupo de análise.
141
V.3 - Modelo de Painel de Dados
Novamente procuramos através do uso de um fluxograma, facilitar a ordenação das
análises com base nos objetivos propostos, tal fluxo é apresentado nos quadros a seguir:
Identificar os fatores determinantes das Pol. de Div.s
com base no Índice de Pagamento de Dividendos
Variável Dependente:
IPDIV (Payout Ratio )
Efeito Fixo Efeito Variável
(Within ) (Between )
Incluindo somente Incluindo somente
TAM1 (Valor de Mercado) TAM1 (Valor de Mercado)
Incluindo somente Incluindo somente
TAM2 (Ativos Totais) TAM2 (Ativos Totais)
Incluindo somente Incluindo somente
TAM3 (Vendasquidas) TAM3 (Vendasquidas)
142
Identificar os fatores determinantes das Pol. de Div.s
com base no Índice de Pagamento de Dividendos
Variável Dependente:
RENDIV (Dividend Yield )
Efeito Fixo Efeito Variável
(Within ) (Between )
Incluindo somente Incluindo somente
TAM1 (Valor de Mercado) TAM1 (Valor de Mercado)
Incluindo somente Incluindo somente
TAM2 (Ativos Totais) TAM2 (Ativos Totais)
Incluindo somente Incluindo somente
TAM3 (Vendasquidas) TAM3 (Vendas Líquidas)
Figura - 028 - Fluxo de Análise do Segundo Objetivo Específico
143
Efeito Fixo Ranmico
Within Between
Ponderações sobre o teste
Figura - 029 - Validação dos Resultados Obtidos
Teste Hausman
Qual modelo
é
melhor ?
Os quadros 011 à 014 e o 016 apresentados a seguir, informam um resumo dos
resultados das regressões, nos quadros NS significa "Não Significativo", se houver valor
numérico este significa o valor do estimador para a variável e o asterisco o quanto
significativo ele é (vide observação no rodapé dos quadros), áreas hachuradas significam que
aquelas variáveis não foram consideradas naquele modelo.
O quadro 015 apresenta o resultado do teste Hausman.
144
Efeito Fixo
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef. NS NS NS NS NS NS NS 0,6552
c/ TAM2
Coef. NS NS NS NS NS NS NS 0,6515
c/ TAM3
Coef. NS NS NS NS NS NS NS 0,6807
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Efeito
Randômico
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef. 48,1646 57,3122 NS NS NS 0,2767
c/ TAM2
Coef. 48,1646 57,3122 NS NS NS 0,2767
c/ TAM3
Coef. 48,1646 NS NS NS NS 0,2767
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Quadro - 011 Resultados da Análise do Primeiro Objetivo Específico - Var. Depend.: IPDIV (
Payout Ratio
)
Quadro - 012 Resultados da Análise do Primeiro Objetivo Específico - Var. Depend.: IPDIV (
Payout Ratio
)
(14,9729) (0,0607)
(14,9729) (0,0607)
(14,9729) (0,0607)
145
Efeito Fixo
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef. 1,3105 1,1304** 0,0891 NS NS (1,202)*** 0,5313*** < 0,00001
c/ TAM2
Coef. 1,1462** NS NS NS (0,7401)*** 0,5662*** < 0,00001
c/ TAM3
Coef. 1,9042 1,1600** 0,0730 NS NS (0,7349)*** 0,3754** < 0,00001
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Efeito
Randômico
Į
ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3 p-value
( + ) ( - ) ( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( + ) ( + )
c/ TAM1
Coef. 7,1538*** 1,3994 0,3389 0,3309
c/ TAM2
Coef. 6,5338*** 1,1740 0,3361 0,3254
c/ TAM3
Coef.
6,5338*** 1,1740 0,3361 0,3254
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Quadro - 013 Resultados da Análise do Segundo Objetivo Específico - Var. Depend.: RENDIV (
Dividend Yield
)
Quadro - 014 Resultados da Análise do Segundo Objetivo Específico - Var. Depend.: RENDIV (
Dividend Yield
)
(0,8426)
(0,1049)
(0,4000)
(0,4000)
146
Variável Efeito Fixo Efeito Randômico Fixo - Rand. S.E.
INSTREC 0,0891 0,3432
(0,2541)
(1,2020) (0,2799) (0,9221)
(0,6991)
(0,2698)
(30,08000)
-
OPOR -
TAM1 0,5313 0,6012 -
ESTDIV 1,1304 1,4003 -
chi2 (4)
Quadro -015 - Teste Hausman - Variável Dependente: RENDIV (
Dividend Yield
)
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística Z 2 Prob (z > |Z|)
INSTREC 0,1579 0,0917 1,7200 0,0850
**
OPOR
(1,0396) (4,5100)0,2305 0,0000 ***
TAM1 0,3777 0,0698 5,4100 0,0000 ***
ESTDIV 1,0684 0,6025 1,7700 0,0760
**
termo constante 2,9272 0,9000 3,2500 0,0010 ***
(p-value) < 0,00001
* - significativo à 10% ** - significativo à 5% *** - significativo à 1%
Quadro -016 - Modelo GLS - Variável Dependente: RENDIV (
Dividend Yield
)
V.3.1 - Comentários sobre os resultados
147
Valor de Mercado, Ativos Totais e Vendas Líquidas respectivamente (todos expressos em ln)
que mostraram valor elevado na matriz de correlação.
Os resultados mostraram que as variáveis independentes não permitiram explicar a
política de dividendos expressa pela variável dependente IPDIV (Payout Ratio) seja através
do uso de efeitos fixos seja com o uso de efeitos randômicos, considerados estes resultados o
primeiro objetivo do trabalho não pôde ser respondido, em outras palavras, as proxies
escolhidas não nos permitem identificar os fatores determinantes das políticas de dividendos.
Quando do uso da variável dependente alternativa RENDIV (Dividend Yield), para a
qual também foi verificada com o uso de efeitos fixos e de efeitos aleatórios, o uso deste
último método nos permitiu chegar a um modelo com ajuste bastante bom, na categoria de
efeitos fixos. Desta forma com o uso do modelo de efeitos fixos, pudemos responder o
segundo objetivo deste trabalho, se as variáveis independentes permitiriam identificar os
fatores determinantes das políticas de determinantes sendo a mesma representada pela proxy
RENDIV (Dividend Yield). Por fim, realizamos o teste Hausman selecionando o grupo de
variáveis explicativas que apresentaram o melhor ajuste, e utlizando os modelos de efeitos
fixos e de efeitos randômicos e o teste mostrou que devemos rejeitar a hipótese nula, a saber,
que o modelo de efeitos fixos é preferível ao de efeitos randômicos.
Não obstante o exposto até este momento decidimos fazer, por último, uso do modelo
GLS que, conforme exposto, representa a melhor combinação entre os dois modelos
apresentados (fixos e randômicos), o resultado alcançado corroborou com o anterior
apresentando um bom ajuste e confirmou a identificação das variáveis dependentes e
estatisticamente significantes: INSTREC (Instabilidade de Receitas), OPOR (Oportunidades
de Crescimento), TAM1 (Tamanho, ln do Valor de Mercado), ESTDIV (Estabilidade dos
Dividendos). Quanto aos sinais foram positivo (e não esperado), negativo (e esperado),
positivo (e esperado), e positivo (e esperado).
148
De acordo com nossa revisão de literatura pudemos identificar duas das segregações
propostas por Frankfurter (2002), Princípios Comportamentais e Informação Assimétrica, ou
uma das três escolas de pensamento que emergiram no passado, aquela que discursa que os
dividendos são relevantes e impactam positivamente a firma e seu valor, conforme Brealey et
al (2001). Ou de forma mais específica no capítulo de Princípios Comportamentais a Teoria
de Lintner, e no capítulo de Informação Assimétrica as Teorias de Agência e Sinalização (esta
última com sinal contrário ao esperado).
Acreditamos com base na revisão de literatura e nos resultados alcançados que o
estudo mostrou que os dividendos são uma peça importante na gestão das firmas, e que o
papel desempenhado pelos administradores, com base em sua experiência e seus valores são
relevantes neste tema conforme atestado por Lintner, registramos ainda que à despeito de no
Brasil haver uma imposição legal para a prática de um volume de dividendos mínimo, as
firmas têm praticado políticas de dividendos, na média, superiores ao mínimo previsto em lei.
De forma análoga, acreditamos que foi possível demonstrar que as questões de agência
ocupam igualmente papel central na definição das práticas de dividendos, o que julgamos
coerente com o momento em que as firmas tomadas pelo impacto dos, ainda recentes,
escândalos contábeis na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) que levaram à edição da
Lei Sarbannes Axley (SOX) mais e mais focam sua gestão na eficiência da gestão de caixa em
detrimento da antiga gestão focada no lucro; no Brasil o reflexo destes acontecimentos pode
ser comprovado pela adoção da BOVESPA, em Dezembro de 2000, da classificação das
empresas listadas sob os conceitos de: Novo Mercado, Nível 1 de Governança Corporativa e
Nível 2 de Governança Corporativa; todas medidas com enfoque na transparência e
disseminação da prática da Governança Corporativa na empresas listadas.
Ainda sob o tema de agência, o estudo indica que o tamanho das empresas relaciona-se
positivamente com o nível de dividendos, o que nos parece coerente considerando que no
149
Brasil a participação do sistema bancário como fonte de financiamento ainda é bastante
proeminente expondo as empresas à sua dependência, e neste contexto maiores firmas
tenderão a enfrentar menores obstáculos e obter melhores condições de acesso ao
financiamento bancário.
150
VI - CONCLUSÃO
Como síntese, acreditamos que o presente estudo permitiu a apreciação das teorias
sobre o tema proposto, política de dividendos, sua avaliação quanto à aplicabilidade no
contexto brasileiro, e por fim a obtenção de quais teorias presentemente se manifestam nas
políticas de dividendos. O principal resultado foi que as evidências foram todas associadas à
escola da relevância dos dividendos, e mostraram aderência à Teoria de Lintner e à Teoria de
Agência, esta última confirmando estudos referenciados que firmas com boas oportunidades
de crescimento tenderão a pagar menos dividendos e firmas maiores tenderão a pagar maiores
dividendos sob a hipótese que enfrentarão menor restrição de acesso ao financiamento
bancário assim como menores custos no caso de uma eventual emissão.
A obtenção destes resultados utilizando o modelo de Painel de Dados Estático com
efeitos fixos confirma as características da amostra, conforme Verbeek (2000, p.318) tal
modelo mostra-se particularmente interessante se possuímos um "T" pequeno e um "N"
grande, o caso aqui em pauta, ainda neste caso segundo o autor devemos considerar o modelo
de efeitos fixos quando os elementos amostrados não podem ser vistos como resultados de
amostragem aleatória, nosso caso também uma vez que amostra o foi probabilística; outro
ponto a registrar ainda em conformidade com Verbeek (2000) é que os elementos da amostra
neste caso possuem representatividade individual e as inferências neste caso serão particulares
à amostra.
O autor ainda recomenda a necessidade de refletirmos a natureza dos efeitos
representados por Į, posto que a modelagem de efeitos fixos considera seu efeito na
estimação da variável dependente, do ponto de vista estrutural é mister registrar que a Bolsa
de Valores sofreu durante o período analisado o impacto de uma onda de crises cambiais que
151
o país teve de enfrentar, a saber a crise do leste asiático em 1997, a crise russa em 1998 e por
fim a crise brasileira em 1999 (ALVES JR et al, 2000 p. 94).
Em todas estas crises, houve forte movimento no fluxo de capitais estrangeiros e o
principal instrumento de política monetária utilizada pelo Governo para combater a potencial
fuga de capitais estrangeiros do país em busca de maior segurança em economias mais
estáveis foi o incremento dos juros básicos da economia, em 1997 a taxa de juros nominal
mais que dobrou deixando um patamar inferior a 20% a.a. para mais de 40% a.a., igual
estratégia foi utilizada em 1998; tais medidas, mesmo que tomadas por períodos de tempo
limitados, são fortemente desestimuladoras em relação ao investimento em bolsas de valores e
podem ter estimulado as empresas à adoção de medidas individualizadas para proteção de
seus acionistas.
Caminhando em sentido contrário, ainda sob a ótica estrutural, a reforma do sistema
previdenciário à partir de 1998 com a promulgação da Emenda Constitucional nº 20,
conforme Pinheiro (2006), decorrente do recrudescimento dos deficits do sistema
previdenciário oficial principalmente após o Plano Real de 1994 no entender deste autor,
incentiva e estimula a política de investimentos em Bolsas de Valores e o fortalecimento da
indústria de Fundos de Pensão visando ocupar o espaço deixado aberto pelo Estado dada sua
incapacidade de gerir e suprir à população um provimento pecuniário digno como
aposentadoria.
Entendemos também que o trabalho abre campo para pesquisas como a de Baker
(2000) e que conforme comentário anterior o surgimento num passado bastante recente da
indústria de fundos de pensão no país pode ser visto como um fomento potencial para o
fortalecimento deste tema e de novos estudos sobre o mesmo, tal afirmação parece-nos
coerente frente aos resultados alcançados que corroboraram com a escola de pensamento da
relevância dos dividendos, devemos também registrar que os resultados alcançados aqui estão
152
alinhados com os de Heinenberg e Procianoy (2003) que igualmente encontraram forte
evidência em direção à teoria de Lintner; por fim que no ambiente brasileiro onde não o
efeito tributário por força da legislação vigente, invalidam-se as considerações de Miller e
Modigliani ao final de seu trabalho seminal, em 1961, de que a maior distorção a ser
considerada para a revisão de suas considerações seria a consideração dos tributos.
153
VII - BIBLIOGRAFIA
VII.1 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
Aharony, Joseph; Swary, Itzahk Quarterly Dividend and Earnings Announcements and
Sotckholders’ Returns: An Empirical Analysis The Journal of Finance, v. XXXV, n. 1, p.
1-12, March 1980
Aivazian, Varouj; Booth, Laurence; Cleary, Sean Do Emerging Market Firms follow
different dividend policies from US Firms? The Journal of Financial Research, v. XXVI, n.
3, p. 371-387, Fall 2003
Allen, Franklin; Bernardo, Antonio; Welch, Ivo A Theory of Dividends based on tax
clienteles The Journal of Finance, v. IX, n. 6, Dez 2000
Alli, Kasim L.; Khan, A. Qayum; Ramirez, Gabriel G. Determinants of Corporate Dividend
Policy: A Factorial Analysis, The Financial Review, v. 28, n. 4, p. 523-547, November 1993
Alves Jr, Antonio J.; Ferrari Filho, z( )9.76300752(z26335k(n)o0.499472(T)0.a499472(T)0..499472(T)0.d499472(T)0.o499472(T)0.;499472(T)0.9.768]TJ)0.d499472(T)0..4816302
154
Belden, Susan ; Fister, Todd; Knapp, Bob Dividends and Directors: Do Outsiders Reduce
Agency Costs? Business and Society Review v. 110, n. 2 p. 171-180, 2005
Benesh, Gary A.; Keown, Arthur J.; Pinkerton, John M. An Examination of Market
Reaction to Substantial Shifts in Dividend Policy The Jounral of Financial Research, Vol
VII, n.2, Sumer 1984
Bhattacharya, Sudipto Imperfect Information, dividend policy, and “the bird in the hand”
fallacy, The Bell Journal of Economics, v. 10, n. 1, p. 259-270, 1979
Bhattacharya, Utpal; Daouk, Hazem The World Price of Insider Trading, The Journal of
Finance, v. 57, n. 1, p. 75-108, Feb 2002
Black, Fisher; The Dividend Puzzle Journal of Portfolio Management pp. 8-12 December
1996
Born, Jeffrey A. Insider Ownership and Signals Evidence from Dividend Initiation
Announcements Effects Financial Management V. 17, 1 pp. 38 Spring 1988
Borokhovich, Kenneth A.; Brunarski, Kelly R.; Harman, Yvette; Kehr, James B. Dividends,
Corporate Monitors and Agency Costs The Financial Review v. 40, p. 37-65, 2005
BRASIL. Congresso Nacional da Republica Federativa do Brasil Lei 6404 de 15 de
Dezembro de 1976, Versão Consolidada até 01/Nov/2001 www.cvm.gov.br acessado em 13
de Janeiro de 2.006
BRASIL. Congresso Nacional da Republica Federativa do Brasil Lei 10.303 de 31 de
Outubro de 2001
www.cvm.gov.br acessado em 13 de Janeiro de 2.006
BRASIL. Congresso Nacional da Republica Federativa do Brasil Lei 9.249 de 26 de
Dezembro de 1995
www.cvm.gov.br acessado em 18 de Janeiro de 2.006
Brealey, Richard A.; Myers Stewart C.; Marcus Alan J. Fundamentals of Corporate
Finance. 3ª edição, Mcgraw Hill Inc ISBN 007233777X, pag.s 423-482 2001
Brigham, Eugene F.; Houston, Joel F. Fundamentos da Moderna Administração
Financeira Rio de Janeiro - Editora Campus 1999
Bueno, Artur F. Análise Empírica do Dividend Yield das Ações Brasileiras Dissertação de
Mestrado, Dezembro de 2000, disponível em
www.saber.usp.br acessado em Março de 2006
Chen, Carl R.; Steiner, Thomas L. Managerial Ownership and Agency Conflicts: A non
linear Simultaneous Equation Analysis of Managerial Ownership, Risk Taking, Debt
Policy, and Dividend Policy, The Financial Review, v. 34, p.119-136, 1999
Coase, Ronald H. The Nature of the Firm, Economica, New Series, Vol. 4, No. 16 (Nov.,
1937) , pp. 386-405
155
Correia, Laise F.; Amaral, Hudson, F. O impacto da Política de Dividendos sobre a
Rentabilidade de Títulos Negociados na BOVESPA no Período de 1994 a 2000,
ENANPAD, encontro de 2002, trabalho da área financeira 195, site www.anpad.org.br,
acessado em 30/abr/2006
Cervo, Amado L.; Bervian, Pedro A. Metodologia Científica São Paulo, Prentice Hall, 2002
Dhaliwal, Dan S.; Erickson Merie; Trezevant, Robert. A test of the Theory of Tax Clienteles
for Dividend Policies, National Tax Journal, June 1999
Damodaran, Aswath Finanças Corporativas, teoria e prática Bookman, edição, Porto
Alegre, 2004
Deshmukh, Sanjay The Effect of Assymetric Information on Dividend Policy Quarterly
Journal of Business & Economics, v. 44, n. 1 e 2, Winter 2005
Dickens, Ross N.; Casey, K. Michael; Newman, Joseph A. Bank Dividend Policy:
Explanatory Factors, Quarterly Journal of Business & Economics v. 41, n. 1&2 p. 3-12,
Winter/Spring 2002
Easterbrook, Frank H. Two Agency-Cost Explanations of Dividends, The American
Economic Review, Vol. 74, n.4 pp.650-659 September 1984
Elfakhani, Said The expected favourableness of dividend signals, the direction of
dividend change and the signalling role of dividend announcements Applied Financial
Economics, v. 8, p. 221-230, 1998
Fama, Eugene F. Agency Problems and the Theory of the Firm Journal of Political
Economy, v. 88, n. 2, pp 288-307 1980
Fimino, Adilson L. G.; Santos, Alex G. Q. dos; Matsumoto, Alberto S. Dividendos
Interessam? Uma Constatação Empírica Recente sobre a Relevância da Política de
Dividendos na Bolsa de Valores de São Paulo (1996 a 2002). ENANPAD, encontro de
2004 (02/08/2004), trabalho da área financeira 2268, site
www.anpad.org.br acessado em
30/abr/2006
Frankfurter, George M. What is the Puzzle in "The Dividend Puzzle" Journal of Investing,
v. 8, n. 2, 1999
Frankfurter, George M.; Wood, Bob G. Jr Dividend Policy Theories and Their Empirical
Tests International Review of Financial Analysis, Greenwich, vol.11, n. 2, 2002
Graham, Benjamin; Dodd, David Security Analysis McGraw Hill, 1934
Gugler, Klaus; Mueller, Dennis C.; Yurtoglu, B. Burcin Separating the wealth and
Entrechment Effects of Insider, Ownership on Investment Performance, Março 2004
www.ssrn.com acessado em 28 de Janeiro de 2006
Gunser, Roxane University of Wiscounsin - PlatteVille disponível em
www.uwplatt.edu/~gunser/fmchapter14.ppt acessado em 10/Set/06
156
Haddock, David Insider Trading
http://www.econlib.org/library/Enc/InsiderTrading.html
acessado em 24/Maio/2005, copyright 2002
Hair, J.F.; Anderson, R.E.; Tatham R.L.; Black, W.C. Análise Multivariada de Dados Porto
Alegre, Bookman, 2005
Heineberg, Ricardo; Procianoy, Jairo Laser Aspectos Determinantes do Pagamento de
Proventos em Dinheiro das Empresas com Ações Negociadas na BOVESPA tese de
Mestrado, PPGA da UFRGS, defesa em 13 de Dezembro de 2002
Ho, Horace Dividend Policies in Australia and Japan International Advances in Economic
Research, v. 9 n. 2, p. 91, May 2003
Hubbard, Jeff; Michaely, Roni Do Investors Ignore Dividend Taxation? A Reexamination
of the Citizens Utilities Case, The Journal of Financial and Quantitative Analysis, v. 32, n. 1,
p. 117-135, Mar 1997
Jensen, Michael.C.; Meckling, William H.; Theory of the Firm: Managerial Behavior,
Agency Costs and Ownership Structure Journal of Financial Economics, v. 3, n. 4, pp. 305-
360 Oct 1976
Jensen, Michael Stockholder, Manager and Creditor Interests: Applications of Agency
Theory Recent Advances in Corporate Finance, E. Altman and M. Subrahmanyam, 1985
Jensen, Gerald R.; Solberg, Donald P.; Sorn, Thomas S. Simultaneous Determination of
Insider Ownership, Debt and Dividend Policies Journal of Financial and Quantitative
Analysis, v. 27, n. 2, Jun 1992
Jensen, Michael C. Agency Costs of free cash flow, corporate finance, and takeovers The
American Economic Review, v. 76, n. 2, p. 323-329, May 1986
Jose, Manuel L.; Stevens, Jerry L. Capital Market Valuation of Dividend Policy Journal of
Business Finance & Accounting, Vol.16, Nº 5, pages 651-662, Winter 1989
Kaestner, Robert; Liu, Feng-Ying New Evidence on Information Content of Dividend
Announcements The Quarterly Review of Economics and Finance, Vol.38, 2, pages 251-
274, 1998
Laux, Paul; Starks T. Laura; Yoon, Pyung Sig The Relative Importance of Competition
and Contagion in Intra-Industry Information Transfers: An investigation of Dividend
Announcements Financial Management, Vol 27, Nº 3 , pages 5-16, Autumn 1998
Lease, R. C.; John K.; Kalay, A.; Loewenstein, U.; Sarig, O. H. Dividend Policy: Its impact
on Firm Value, Boston, Harvard Business School Press, 2000
Lintner, John Distribution of Incomes of Corporations Among Dividends, Retained
Earnings, and Taxes, The American Economic Review, Vol.46, N.2 May 1956
157
Marconi, Marina de A.; Lakatos, Eva M. Fundamentos da Metodolgia Científica São Paulo,
Atlas, 2003
Miller, Merton H.; Modigliani, Franco Dividend Policy, Growth, and the valuation of
shares The Journal of Finance, v. 34, n. 4, pag 411-434 Outubro 1961
Miller, Merton H. Behavioral Rationality in Finance: The case of Dividends The Journal
of Business, v. 59, n. 4, p.S451-S468, 1986
Myers, S. C.; Majluf, Corporate Financing and Investment Policy when Firms have
information that Investors do not have Journal of Financial Economics, v. 13, pp 187-221,
1984
Morris, Richard D. Signalling, Agency Theory and Accounting Policy Choice Accounting
and Business Research, Vol. 18, Nº 69 pp 47-56, 1987
Ohlson, James A. Earnings, Book Values, and Dividends in Equity Valuation,
Contemporary Accounting Research, v. 11, n. 2, p. 661-687, Spring 1995
Omran, Mohammed; Pointon, John Dividend Policy, Trading Characteristics and share
prices: Empirical Evidence from Egyptian Firms International Journal of Theoretical and
Applied Finance, v. l7, n. 2, p. 121-133, 2004
Pinheiro, Vinicius C. Balanço da Reforma da Previdência Social no Brasil (1998-2001)
acessado em 06 de Outubro de 2006 e disponível em
http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/polsoc/previd/reforma/apresent.htm
Ross, Stephen A. The Determination of Financial Structure: the incentive-signalling
approach The Bell Journal of Economics, v. 8, n. 1, p. 23-40, Spring 1977
Ross, Stephen A.; Westerfield, Randolph W.; Jaffe, Jeffrey F. Administração Financeira
Editora Atlas ISBN 85-224-1342-8 1995
Rozeff, Michael S. Growth, Beta and Agency Costs as Determinants of Dividend Payout
Ratios The Journal of Financial Research, v. V, n. 3, p. 249-259, Fall 1982
Ryan, Terence M. Dividend Policy and Market Valuation in British Industry Journal of
Business Finance & Accounting, v. I, n. 3, p. 415-428, 1974
Schaffer, Burton F. Sacramento State University Education, disponível em
www.csus.edu/indiv/s/schafferb/133CHAPTER182002.ppt acessado em 10/Set/06
Silva, Silvia M. de B. e The Influence of Agency Costs on the Dividend Policy of Brazilian
Listed Companies ENANPAD, encontro 2003 trabalho da área financeira 0002, site
www.anpad.org.br acessado em 30/Abr/2006
Simon, Herbert A. A Behavioral Model of Rational Choice The Quarterly Journal of
Economics, Vol. 69, , n. 1, p. 99-118, Feb. 1955
158
Spence, Michael Job Market Signaling Quarterly Journal of Economics, Vol. 87 Issue 3,
p355-374, 20p, Aug73
Statman, Meir Behavioral Finance: Past Battles and Future Engagements Financial
Analysis Journal, v. 55, n. 6, p.18-27, Nov/Dec 1999
Stock, James H.; Watson, Mark W. Econometria São Paulo, Addison Wesley, 2004
Terra, Paulo Renato Soares An empirical Investigation on the Determinants of Capital
Structure in Latin America trabalho apresentado no XXVI ENANPAD, 2002, disponível
em
www.anpad.org.br acessado em 20/Jun/2006
Vaughan, Mark D.; Williams, Michael G. Dividends, Stock Repurchases and Signalling:
Evidence from US Panel Data Federal Reserve Bank of Saint Louis, pp 1-26 May 1998
Venkatesh, P. C. The Impact of Dividend Initiation on the information Content of
Earnings Announcements and Returns Volatility The Journal of Business, v. 62; n. 2,
p.175-197, Apr 1989
Walter, James E. Dividend Policy: Its influence on the value of the enterprise The Journal
of Finance, Vol. 18 Issue 2, p280, May 1963
Wooldridge, Jeffrey M. Introductory Econometrics: A modern approach Thomson South-
Western Publishers, Second Edition, ISBN 0-324-11364-1, 2002
Young, S. David; O'Byrne, Stephen F. EVA e gestão baseada em valor, guia prático para
implantação Porto Alegre; Bookman 2003
Zeng, Tao What determines dividend policy: A comprehensive test Journal of American
Academy of Business, v. 2, n. 2, p. 304-309, Mar/2003
159
VII.2 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Adams, P. A.; Wyatt S. B.; Walker, M. C. Dividends, Dividend Policy and Option
Valuation: a new perspective Journal of Business Finance & Accounting Vol. 21, Issue 7, p
945-962 October 1994
Adelegan, Olatundun J. Capital Market Efficiency and the effects of Dividend
Announcements on share prices in Nigeria African Development Bank pp.218-220
Blackwell Publishing Ltd UK 2003
Agrawal, A.; Jayaraman, N. The Dividend Policies of All-Equity Firms: A direct test of
the Free Cash Flow Theory Managerial and Decision Economics, Vol 15, N 2 p 139-148
March-April 1994
Agundu, U. C. Democracy Dividends in nigeria: Efficay of the Bird-in-Hand Logic
Finance India Vol XVII, N 4, p 1357-1364, December 2003
Aivazian, V.; Booth, L.; Clearly S. Dividend Policy and the organizaton of capital markets
Journal of Multinationl Financial Management Vol 13, p. 101-121, 2003
Anderson, Hamish; Cahan, Steven; Rose, Lawrence C. Stock Dividend Announcement
Effects in an Imputation Tax Environment Journal of Business & Accounting Vol 28 5
& 6 pp653-669 June/July 2001
Ang, J. S. Dividend Policy: Informational Content or Partial Adjustment? The Review of
Economics and Statistics, Vol 57, N 1, p 65-70, Feb 1975
Ardalan, Kavous; Prisman, Eliezer Z. Corporate Investment, Dividend Decisions,
Differential Taxation and the Non-arbitrage Condition Journal of Economics and Finance
Vol 22, Nº 1, pp. 49-58 Spring 1998
Arnott, R. D.; Clifford, S. A. Surprise! Higher Dividends = Higher Earnings Growth
Financial Anlysts Journal Vol 59, Issue 2, p. 70-87, January/February 2003
Bagwell, Laurie S.; Shoven, John B. Cash Distributions to Shareholders Journal of
Economic Perspectives Vol 3 Nº 3 pp.129-140 Summer 1989
Bailine, Richard W. When is a Dividend not a Dividend? Corporate Taxation Vol 31, 2,
pp. 30-33 March/April 2004
Bainbridge, Stephen M. Insider Trading: An Overview Encycolopedia of Law and
Economics pp. 1-39, 2000
Baker, H. K.; Mukherjee, T. K.; Powell, G. E. Distributing excess cash: the role of specially
designated dividends Financial Services Review Vol 14, p 111-131, 2005
Bar-Yosef, S.; Kolodny, R. Dividend Policy and Capital Market Theory The Review of
Economics and Statistics Vol 58, Issue 2, p181-190, May 1976
160
Bäuerle, Nicole Approximation of Optimal Reinsurance and Divdend Payout Policies
Mathematical Finance Vol 14, Nº 1 p 99-113 January 2004
Bernartzi, S.; Michaely, R.; Thaler R. Do changes in Dividends signal the future or the
past ? The Journal of Finance, Vol 52, N 3 p. 1007-1034, July 1997
Bhattacharya, Sudipto Nondisspiative Signalling Structures and Dividend Policy The
Quarterly Journal of Economics Vol XCV Nº 1 pp-1-24 August 1980
Bhattacharya, Sudipto Corporate Finance and the Legacy of Miller and Modigliani
Journal of Economic Perspectives Vol 2, Nº 4 pp 135-147 Fall 1998
Bond, Stephen R.; Chennells, Lucy; Devereux, Michael P. Taxes and Company Dividends:
A microeconomic investigation exploiting Cross-Section Variation and Taxes The
Economic Journal, Vol 106, Nº 435 pp. 320-333 March 1996
Bradley, M.; Capozza, D. R.; Seguin, P. J. Dividend Policy and Cash-Flow Uncertainty
Real Estate Economics Vol 26 p.555-580, Winter 1998
Brennan, M. J.; Thakor, A. V. Shareholder Preferences and Dividend Policy The Journal of
Finance Vol XLV, n 4, p 993-1017 September 1990
Briggs, L. L. Dividends and the General Corporation Statutes The Accounting Review,
Vol. 8, N 2 p. 130-144 June 1933
Brook, Y.; Charlton, W. T.; Hendershott, R. J. Do Firms use dividends to signal large
future cash flow increases? Financial Management, Vol 27, N 3, p 46-57, Autumn 1998
Brown Christine, Davis Kevin Dividend Protection at a Price The Journal of Derivatives pp
62-68 Winter 2004
Brunarski, K.; Harman, Y.; Kher, J. Agency Costs and the Dividend Decision Corporate
Ownership & Control, Vol 1, Issue 3, Spring 2004
Camerer, C. F.; Loewenstein, G. Behavioral Economics: Past, Present, Future
http://www.hss.caltech.edu/~camerer/ribe239.pdf acessado em 5/Nov/2005
Campbell, O. Is Dividend Policy Still Irrelevant? The Journal of Wealth Management p.
61-66 Winter 2003
Carroll, Robert; Hassett, Kevin A.; Mackie III, James B.; The Effect of Dividend Tax Relief
on Investments Incentives National Tax Journal, Vol. LVI, 3, pp.629-651 September
2003
Casagrande Neto, Humberto; Cintra Neto, Manoel C.; Magliano Filho, Raymundo Mercado
de Capitais A Saída para o Crescimento, Série Abamec pp. 21-134 2002
Cavalcanti, F.; Misumi, Jorge Y. Mercado de Capitais pp.25-192 Rio de Janeiro, Editora
Campus 2001
161
Chaplinsky, susan; Seyhun, H. N. Dividends and Taxes: Evidence on Tax-Reduction
Strategies The Journal of Business Vol. 63, Nº 2 pp. 239-260 April 1990
Choulli, Tahir; Taksar, Michael; Zhou, Xun Y. A Diffusion Model for optimal dividend
distribution for a company with constraints on risk control Society for Industrial and
Applied Mathematics Vol 41, Nº 6 pp 1946-1979 2003
Constantinides, G. M. To pay or Not to pay Dividends: Discussions The Journal of Finance
Vol 37, N 2, p 470-472, May 1982
Correia, L. F.; Amaral, H. F. O Impacto da Política de Dividendos sobre a Rentabilidade
de Títulos Negociados na BOVESPA no Período de 1994-2000, ENANPAD, encontro
2002 trabalho da área financeira 0195, site
www.anpad.org.br acessado em 25/Nov/2005
Crutchley, C. E.; Hansen, R. S. A Test of Agency Theory of Managerial Ownership,
Corporate Leverage, and Corporate Dividends Financial Managment Association Vol 18,
Issue 4, p 36-46, Winter 1989
Darling, Paul G. The Influence of Expectations and Liquidity on Dividend Policy The
Journal of Political Economy, Vol 65, Nº 3 pp. 209-224, June 1957
Desai, Mihir, A. Hines Jr., James R. Old Rules and New Realities: Corporate Tax Policy in
a Global Setting National Tax Journal Vol LVII Nº 4 pp. 937-960 December 2004
Deshmukh, Sanjay Dividend Initations and Asymetric Information: A Hazard Model The
Financial Review Vol 38, pp 351-368 2003
Divecha, A.; Morse, D. Market responses to dividend increases and changes in payout
ratios The Journal of Financial and Quantitative Analisys Vol 18, N 2, p 163-173 June 1983
Downes, D. H.; Heinkel, R. Signaling and the Valuation of Unseasoned New Isuues The
Journal of Finance Vol. XXXVII, N 1, March 1982
Dyl, E. A.; Hoffmeister A note on Dividend policy and beta Journal of Business Finance &
Accounting Vol 13, Issue 1, p 107-115, Spring 1986
Elton, E. J.; Gruber, M. J. Marginal Stockholder tax rates and the clientelle effect The
Review of Economics and Statistics, Vol 52, Issue 1, p 68-74, February 1970
Fama, E. F.; Jensen, M. C. Agency Problems and Residual Claims site da Social Science
Research Network SSRN,
www.ssrn.com acessado em 4/Nov/2005
Fama, E. F.; Jensen, M. C. Separation of Ownership and Control site da Social Science
Research Network SSRN,
www.ssrn.com acessado em 17/Out/2005
Fama, E. F. The empirical relationships between the dividend policy and investment
decisions of firms The American Economic Review, Vol 64, N 3, p 304-318, June 1974
162
Farinha, J. Dividend Policy, Corporate Governance and the Managerial Entrenchment
Hypothesis: An Empirical Analysis Journal of Business & Accounting Vol 30, Issue 9/10 p
1173-1209 Nov/Dec 2003
Feldstein, M.; Green, J. Why do Companies Pay Dividends ? The American Economic
Review, Vol 73, N 1 p. 17-30, Mar 1983
Fidrmuc, J.; Goergen, M.; Renneboog, L. Insider Trading, News Releases and Ownership
Concentration
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=796033 site do Social
Science Research Network acessado em 10 de Janeiro de 2006
Frankfurter, G.; Kodesag, A.; Schmidt H.; Topalov, M. The perception of Dividends by
Management The Journal of Psychology and Financial Markets Vol 3, N 4, p 202-217, 2002
Garrett, I.; Priestley, R. The Journal of Financial and Quantitative Analysis, Vol 35, N 2,
June 2000
Gibson, S. On the Information Content of Bank Loan-loss Disclosures: A Theory and
Evidence from Japan International Review of Finance, Vol 1, Issue 1, p. 53-80, 2000
Giner, B.; Reverte, C Valuation implications of capital structure: a contextual approach
The European Accounting Review, Vol 10, N 2, p. 291-314, 2001
Glen, Jack; Karmokolias, Y.; Miller, R.; Shah, S. Corporate Dividend Policy in Emerging
Markets Emerging Markets Quarterly Vol 1, Issue 4, p 5-19, Winter 1997
Gordon, M. J. Dividends, Earnings, and Stock Prices The Review of Economics and
Statistics, Vol 41, N 2, p 99-105, May 1959
Grubber, Martin J. Determinants of Common Stock Prices The Journal of Finance, pp. 747-
748 1966
Grullon, G.; Michaely, R. Dividends, Share Repurchases and the Substitution Hipothesys
The Journal of Finance Vol LVII Nº 4 pp 1649-1684 August 2002
Grullon, G.; Michaely, R.; Benartzi, S.; Thaler, R. H. Dividend Changes do not Signal
changes in future profitability The Journal of Business, Vol 78, N 5, p 1659-1682
September 2005
Hanlon, M.; Myers, J. N.; Shevlin, T. Dividend taxes and firm valuation: a re-
examinationJournal of Accounting and Economics Vol 35 p. 119-153, 2003
Hannah, B. Approaches to current stock market valuations Bank of Canada Review, p. 27-
36, Summer 2000
Harris, Trevor S.; Kemsley, Deen Dividend Taxation in Firm Valuation: New Evidence
Journal of Accounting Research Vol 37 Nº 2 pp 275-291 Autumn 1999
163
Healy, Paul M.; Modigliani, Franco Dividend Decisions and Earnings Journal of
Accounting, Auditing and Finance Vol 5, Nº. 1 & 2 pp 3-26 1989
Ho, Shih-Jen K.; Wu, Chunchui The earnings information content of dividend initiation
and omissions Journal of Business Finance & Accounting Vol 28, 7 & 8 pp 963-977
September/October 2001
Højgaard, Bjarne; Taksar, Michael Controlling Risk Exposure and Dividends Payout
Schemes: Insurance Company Example Mathematical Finance Vol 9, 2 pp 151-182
April 1999
Holder, M. E.; Langrehr, F. W.; Hexter, J. L. Dividend Policy Determinants: An
Investigation of the Influences of Stakeholder Theory Financial Management Association
Vol 27, N 3, p 73-82 Autumn 1998
Horngren, C. T. Stock Dividends and The Entity Theory The Accounting Review Vol 32,
Issue 3, p 379-385 Jul 1957
Jiang, X.; Lee, B. An Empirical test of the Accounting-based residual income model and
the tradional dividend model The Journal of Business Vol 78, Issue 4, p. 1465-1504, July
2005
Jinnes Jr., James R. Dividends and Profits: Some Unsubtle Foreign Influences The Journal
of Finance Vol 51, Nº 2 pp 661-689 June 1996
Kalay A.; Michaely, R. Dividends and Taxes: A Re-examination Financial Managament
Association Vol 29, Issue 2, p 55-75, Summer 2000
Kanatas, G.; Qi, J. Dividends and Debt with Managerial Agency and Lender Holdup
Management Science, V. 50; n. 9, p.1249-1260, September 2004
Kao, Chihwa; Wu, Chunchui Tests of dividend signalling using the Marsh-Merton Model:
A generalized friction approach The Journal of Business Vol 67, 1 pp 45-68 January
1994
Kim, J. Y.; Ettredge, M. LIFO Adoption and Dividend Payout Managerial and Decision
Economics, Vol. 13, N 6 p 475-484, Nov-Dec 1992
Krainer, R. E. A Pedagogic Note on Dividend Policy Journal of Financial and
Quantitative Analisys Journal of Financial & Quantitative Analysis Vol 6, Issue 4, p 1147-
1154 September 1971
Krawczyk, K. Dividends and Capital Gains Planning After the 2003 Tax Act The CPA
Journal, Vl 74, Issue 10, p 36-39 October 2004
Kumar, P.; Lee, B. Discrete Dividend Policy with Permanent Earnings Financial
Management Association, Vol 30, Issue 3, p 55-76 Autumn 2001
La Porta, R.; Lopez-de-Silanes, F.; Shleifer, A.; Vishny, R. W. Agency Problems and
Dividend Policies Around the World, Journal of Finance, Vol 55, Issue 1, p 1-50 Feb 2000
164
Lauricella, Leonard J. Foreign Withholding Tax and the 15 Percent Rate on
Dividends The International Tax Journal Vol. 30, Nº 4, pp.82-92, Fall 2004
Lee, Bong-Soo Time-Series Implications of Agregate Dividend Behavior The Review of
Financial Studies, Vol 9, N 2 p. 589-618 Summer 1996
Lee, H.; Ryan, P. A. Dividend and Earnings revisited: cause or effect? American Business
Review, Vol 20, N 1, p 117-122 January 2002
LeRoy, S. F.; Porter, R. D. The Present Value Relation: Tests based on implied variance
bounds Econometrica, Vol 49, N 3, p 555-574, May 1981
Lie, Erik; Lie, Heidi, J. The Role of Personal Taxes in Corporate Decisions: An empirical
Analysis of Share Repurchases and Dividends The Journal of Financial and Quantitative
Analysis, Vol 34, Nº 4 pp. 533-552 December 1999
Lintner J. Dividends, Earnings, Leverage, Stock Prices and the supply of capital to
corporations The Review of Economics and Statistics Vol XLIV, N 3, p 243-269 August
1962
Lintner, J. Optimal Dividends and Corporate Growth under Uncertainty Quarterly
Journal of Economics Vol 78, p 49-95, February 1964
Madura, J.; Akhigbe, A. Dividend Policy and Corporate Performance Journal of Business
Finance & Accounting Vol 23, Issue 9/10, p 1267-1287 December 1996
Mascareñas, Juan La Política de Dividendos site da Universidade Complutense de Madrid
pp 1-29 Junio 2002 acessado em 10/Dez/2005
Masulis, R. W.; Trueman, B. Corporate Investment and Dividend Decisions under
diferential personal taxation The Journal of Financial and Quantitative Analisys, Vol 23, N
4, p 369-385 December 1988
Matherly, Walter J. The Why of Stock Dividends The University Journal of Business, Vol 2,
Nº 1, pp. 72-80, December 1923
Means, D. B.; Yang, C A Note on M&M's Dividend Irrelevancy and the 1986 Tax
Reform Act: Some Empirical Evidence American Business Review Vol 10, Issue 1, p 60-
67 January 1992
Michel, A. Industry Influence on Dividend Policy Financial Management Vol 8, Issue 3,
Autumn 1979
Miller, Merton H.; Scholes, Myron S. Dividends and Taxes: Some Empirical Evidence The
Journal of Political Economy, Vol. 40 Nº 6, pp 1118-1141 December 1982
Modigliani, F. Debt, Dividend Policy, taxes, inflation and Market valuation The Journal of
Finance Vol XXXVII, N.2, May 1982
165
Mozes, H.; Rapaccioli, D. The relation among dividend policy, firm size, and the
information content of earnings announcements The Journal of Financial Research, Vol
XVIII, N 1, p 75-88, Spring 1995
Mukherjee, T. K.; Baker; H. K.; Hingorani, V. L. Why Firms adopt and discontinue new-
issue dividend reinvestment plans Journal of Economics and Finance, Vol 26, Issue 3, p
284-296 Fall 2002
Ohlson, James A. A Synthesis of Security Valuation theory and the role of dividends,
cash flows, and earnings Contemporary Accounting Research Vol 6, 2 - II pp. 648-676
Spring 1990
Page, Daniel E.; Jahera, John S.; Pugh, William, N. The Effect of Takeover Defenses on the
Dividend Decision Journal of Economics and Finance, Vol 20, Nº 3, pp. 49-58 Fall 1996
Penman, S. H.; Sougiannis, T. The Dividend Displacement Property and the Substitution
of Antecipated Earnings for Dividends in Equity Valuation The Accounting Review Vol
72, N 1, p 1-21, January 1997
Plehn, Carl C. The Income Tax as Applied to Dividends The American Economic Review,
Vol. 9, Nº 4, pp. 771-775 December 1919
Santos, J. O. dos; Watanabe, R. Uma análise entre o EVA e o MVA no contexto das
empresas brasileiras de capital aberto p 1-16 site da Sociedade Brasileira de Finanças
www.sbfin.org.br acessado em 11/out/2005
Scordis, Nicos A.; Pritchett, S. T. Policyholder Dividend Policy and the Cost of
Managerial Discretion The Journal of Risk and Insurance Vol 65 Nº 2 pp 319-330 June 1998
Schaffer, T. F. The information content of current cost income relative to dividends and
historical cost income Journal of Accounting Research Vol 22, 2 pp 647-656 Autumn
1984
Shaffer, S. Investors preferences and Dividend Payouts Applied Economic Letters, n 8, p
489-491, 2001
Shiller, R. Do stock prices move too much to be justified by subsequent changes in
dividends? The American Economic Review Vol 71, N 3, p 421-436 June 1981
Simon, L. S.; Shoven, J. B. Cash Distributions to shareholders Journal of Financial
Perspectives Vol 3, N 3, p 129-140, Summer 1989
Sine, E. P. Accounting for Dividends The Accounting Review, Vol. 28, N 3 p. 320-324 July
1953
Spal, Sam G. The Treatment of Non-cumulative Preferred Shareholders with regard to
Dividends The Journal of Business of the University of Chicago, Vol. 15, 3 pp. 248-265
July, 1942
166
Squyres, James G. A Quick Peek According to Graham and Dodd Journal of Financial
Statement Analysis, Vol 4, Nº 1, pp 79-83Fall 1998
Statman, M. Normal Investors, Then and Now Journal of Financial Analisys, Vol 61, N 2, p
31-37, March/April 2005
Tirole, J. A Theory of Income and Dividend Smoothing Based on Incumbency Rents
Journal of Policital Economy , Vol 103, Issue 1, p 75-93 February 1995
Twite, Garry. Capital Structure Choices and Taxes: Evidence from the Australian
Dividend Imputation Tax System International Review of Finance, Vol 2, Issue 4, pp. 217-
234, 2001
Watts, R. The information content of dividends The Journal of Business, Vol 46, N 2, p
191-211 April 1973
West, R. R.; Bierman, H. Jr. Corporate Dividend Policy and Preempetive Security Issues
The Journal of Business, Vol. 41, N 1, p. 71-75, Jnuary 1968
Whitaker, A. C. The Stock Dividend Decision The American Economic Review Vol 19, N 1
p 20-42, Mar 1929
Willens, Robert When will a Distribution be a "Dividend" and who bears the tax
burden? Journal of Taxation, Vol 102, Nº 6, pp. 345-350 June 2005
Wu, Chunchui Taxes and Dividend Policy International Reivew of Economics and Finance
Vol 5 Nº 3 pp 291-305 1996
Yang, C.; Lin, C.; Lu, Y. Investment Strategy, Dividend Policy and Financial Constraints
of the Firm Review of Pacific Basin Financial Markets and Policies, Vol 3, N 2 p 235-267,
2000
167
VIII - APÊNDICE
Modelo 1 - Validação da Variável Dependente IPDIV
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ ȕ
7
TAM
2
+ ȕ
8
TAM
3
+ ȝ
IPDIV ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPO
R
TAM1 TAM2 TAM3
1,0000 0,0319 0,0399
(0,1421) (0,0146)
(0,0225) (0,2888)
(0,0347) (0,0746)
(0,3153) (0,3246) (0,4266) (0,5146) (0,5102)
(0,0623) (0,0199) (0,0228)
0,0134 0,0663 0,0502 0,0506
1,0000 0,1138 0,1376 0,1473 0,1264 0,1021
1,0000 0,0700 0,0691 0,0246 0,0050
1,0000
1,0000 0,3950
1,0000 0,4223 0,2083 0,2815
1,0000
0,8468 0,8356
1,0000
0,8493
1,0000
Tabela - 004 - Matriz de Correlação - Variável Dependente: IPDIV (
Payout Ratio
)
Total - 108 observações
5% valor crítico (bi-caudal) = 0,1891 para n = 108
Modelo - 1.1 - Apenas com TAM1
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ ȝ
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependent
e
IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 120,4970 82,7949 1,4550 0,1487
ESTDIV
(0,0145) (0,0940)
(18,2933) (1,4500)
(0,0715) (0,6280)
(2,5214) (0,4610)
(0,03016)
0,1543 0,9255
INSTREC 2,4316 3,9795 0,6110 0,5426
RISCO1 12,6130 0,1501
RISCO2 0,1138 0,5312
OPOR 6,1188 11,2785 0,5430 0,5887
TAM1 5,4683 0,6457
R2
0,02761
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,82300
Quadro - 017 - Resultado do Modelo 1.1 para o Primeiro Objetivo Específico
168
Este modelo não deu um bom ajuste deu um bom ajuste, R2 e R2 ajustados muito
baixos e p-value muito alto. Tentamos a opção de Erros Padrão Robustos (EPR).
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependent
e
IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 120,4970 51,9287 2,3200 0,0223 **
ESTDIV
(0,0145) (0,1000)
(18,2933) (2,0000)
(0,0715) (0,9380)
(2,5214) (0,6100)
(0,03016)
0,1444 0,9204
INSTREC 2,4316 3,2597 0,7460 0,4574
RISCO1 9,1478 0,0482 **
RISCO2 0,0763 0,3507
OPOR 6,1188 6,6897 0,9150 0,3625
TAM1 4,1326 0,5431
R2 0,02761
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,31600
Quadro - 018 - Resultado do Modelo 1.1 com EPR para o Primeiro Objetivo Específico
Procedendo o ajuste final do modelo teremos:
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EP
R
Variável Dependent
e
IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 89,2129 18,6615 4,7810 < 0,00001 ***
RISCO1
(14,7884) (1,9380)7,6290 0,0552 *
R2 0,02019
R2 Ajustado
0,01094
Quadro - 019 - Resultado do Modelo 1.1 com EPR (final) para o Primeiro Objetivo Específico
O ajuste é muito baixo, praticamente 1% à despeito da variável RISCO1 ter dado
signficativa à 10%, não poderemos considerar este modelo.
Modelo - 1.2 - Apenas com TAM2
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
7
TAM
2
+ ȝ
169
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 126,0340 95,3949 1,3210 0,1894
ESTDIV
(0,0177) (0,1150)
(19,0079) (1,4170)
(0,0639) (0,5880)
(2,5273) (0,4500)
(0,03026)
0,1543 0,9090
INSTREC 2,3552 3,9642 0,5940 0,5538
RISCO1 13,4181 0,1597
RISCO2 0,1086 0,5577
OPOR 4,4334 10,1886 0,4350 0,6644
TAM2 5,6129 0,6535
R2 0,02751
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,82500
Quadro - 020 - Resultado do Modelo 1.2 para o Primeiro Objetivo Específico
Este modelo também não deu um bom ajuste, tentamos a opção de Erros Padrão
Robustos (EPR).
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 126,0340 58,9855 2,1370 0,0350
**
ESTDIV
(0,0177) (0,1240)
(19,0079) (1,9190)
(0,0639) (0,8730)
(2,5273) (0,6480)
(0,03026)
0,1426 0,9016
INSTREC 2,3552 3,1958 0,7370 0,4628
RISCO1 9,9066 0,0578
*
RISCO2 0,0731 0,3845
OPOR 4,4334 4,7401 0,9350 0,3519
TAM2 3,9027 0,5187
R2 0,02751
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,36000
Quadro - 021 - Resultado do Modelo 1.2 com EPR para o Primeiro Objetivo Específico
Com o ajuste final do modelo.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 89,2129 18,6615 4,7810 < 0,00001 ***
RISCO1
(14,7884) (1,9380)7,6290 0,0552 *
R2 0,02019
R2 Ajustado 0,01094
Quadro - 022 - Resultado do Modelo 1.2 com EPR (final) para o Primeiro Objetivo Específico
170
Eset modelo também não deu um bom ajuste.
Modelo - 1.3 - Apenas com TAM3
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
8
TAM
3
+ ȝ
Este modelo também não deu um bom ajuste, R2 e R2 ajustado muito baixos, como
apresentado no quadro abaixo, apesar da variável RISCO1 ter dado significativa,tentamos a
opção de Erros Padrão Robustos (EPR).
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 213,1300 107,3380 1,9860 0,0498 **
ESTDIV
(0,0278) (0,1810)
(24,3638) (1,8420)
(0,0905) (0,8330)
(8,5413)
(0,01629)
0,1535 0,8564
INSTREC 2,1452 3,9254 0,5470 0,5859
RISCO1 13,2273 0,0684 *
RISCO2 0,1087 0,4069
OPOR 6,8685 10,3121 0,6660 0,5069
TAM3 6,7652 1,2630 0,2097
R2 0,04070
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,63900
Quadro - 023 - Resultado do Modelo 1.3 para o Primeiro Objetivo Específico
Os dois quadros a seguir mostram os resultados com a opção EPR.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 213,1300 99,9293 2,1330 0,0354 **
ESTDIV
(0,0278) (0,2110)
(24,3638) (2,1110)
(0,0905) (1,0680)
(8,5413) (1,1630)
(0,01629)
0,1318 0,8331
INSTREC 2,1452 3,0454 0,7040 0,4828
RISCO1 11,5394 0,0372 **
RISCO2 0,0847 0,2880
OPOR 6,8685 5,8818 1,1680 0,2457
TAM3 7,3465 0,2477
R2 0,04070
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,29800
Quadro - 024 - Resultado do Modelo 1.3 com EPR para o Primeiro Objetivo Específico
171
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 89,2129 18,6615 4,7810 < 0,00001 ***
RISCO1
(14,7884) (1,9380)7,6290 0,0552 *
R2 0,02019
R2 Ajustado 0,01094
Quadro - 025 - Resultado do Modelo 1.3 com EPR (final) para o Primeiro Objetivo Específico
Com base em todos os resultados alcançados até aqui, não é possível explicar a
Política de Dividendos representada pelo Índice de Pagamento de Dividendos (Payout Ratio)
com as variáveis escolhidas, nenhum modelo mostrou-se representativo apesar da variável
RISCO1, liquidez corrente, ter alcançado significância à 10%.
Modelo 2 - Validação da Variável Dependente RENDIV
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ ȕ
7
TAM
2
+ ȕ
8
TAM
3
+ ȝ
RENDIV ESTDIV INSTREC RISCO1 RISCO2 OPOR TAM1 TAM2 TAM3
1,0000 0,0201
(0,0601) (0,0759) (0,1556) (0,0886) (0,1339)
(0,0225) (0,2888)
(0,0347) (0,0746)
(0,3153) (0,3246) (0,4266) (0,5146) (0,5102)
(0,0623) (0,0199) (0,0228)
0,0281 0,0348
1,0000 0,1138 0,1376 0,1473 0,1264 0,1021
1,0000 0,0700 0,0691 0,0246 0,0050
1,0000
1,0000 0,3950
1,0000 0,4223 0,2083 0,2815
1,0000 0,8468 0,8356
1,0000 0,8493
1,0000
Tabela - 005 - Matriz de Correlação - Variável Dependente: RENDIV (
Dividend Yield
)
Total - 108 observações
5% valor crítico (bi-caudal) = 0,1891 para n = 108
172
Modelo - 2.1 - Apenas com TAM1
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ ȝ
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 14,3689 5,5650 2,5820 0,0113
**
ESTDIV 0,0036 0,0104 0,3490 0,7282
INSTREC
(0,1549) (0,5790)
(0,1702) (0,2010)
(0,2496) (0,3290)
(0,4434) (1,2060)
(0,02636)
0,2675 0,5637
RISCO1 0,8478 0,8412
RISCO2 0,0022 0,0076 0,2820 0,7782
OPOR 0,7581 0,7426
TAM1 0,3675 0,2305
R2 0,03119
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,77500
Quadro - 026 - Resultado do Modelo 2.1 para o Segundo Objetivo Específico
Este modelo não apresentou um bom ajuste, tentamos a opção de EPR.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EP
R
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 14,3689 5,2741 2,7240 0,0076 ***
ESTDIV 0,0036 0,0114 0,3160 0,7524
INSTREC
(0,1549) (0,6170)
(0,1702) (0,2050)
(0,2496) (0,3440)
(0,4434) (1,3790)
(0,02636)
0,2509 0,5384
RISCO1 0,8287 0,8376
RISCO2 0,0022 0,0117 0,1850 0,8539
OPOR 0,7258 0,7316
TAM1 0,3215 0,1709
R2 0,03119
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,63100
Quadro - 027 - Resultado do Modelo 2.1 com EPR para o Segundo Objetivo Específico
Este modelo também não deu bom ajuste (ver quadros acima e abaixo).
173
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 14,3027 3,1310 4,5680 < 0,00001
***
TAM1
(0,4580) (1,9190)0,2387 0,0577
*
R2 0,02423
R2 Ajustado
0,01502
Quadro - 028 - Resultado do Modelo 2.1 com EPR (final) para o Segundo Objetivo Específico
Modelo - 2.2 - Apenas com TAM2
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
7
TAM
2
+ ȝ
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 12,0527 6,4457 1,8700 0,0644
*
ESTDIV 0,0032 0,0104 0,3080 0,7587
INSTREC
(0,1802) (0,6730)
(0,0321) (0,0350)
(0,5998) (0,8710)
(0,2320) (0,6120)
(0,03731)
0,2679 0,5027
RISCO1 0,9066 0,9718
RISCO2 0,0046 0,0073 0,6230 0,5344
OPOR 0,6884 0,3857
TAM2 0,3793 0,5421
R2
0,02086
R2 Ajustado
(
p-valu
e
)
0,90300
Quadro - 029 - Resultado do Modelo 2.2 para o Segundo Objetivo Específico
174
Modelo - 2.3 - Apenas com TAM3
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
8
TAM
3
+ ȝ
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 16,2771 7,2680 2,2400 0,0273 **
ESTDIV 0,0026 0,0104 0,2540 0,8000
INSTREC
(0,1974) (0,7430)
(0,2701) (0,3020)
(0,4681) (0,6700)
(0,5289) (1,1550)
(0,02759)
0,2658 0,4595
RISCO1 0,8956 0,7636
RISCO2 0,0033 0,0074 0,4490 0,6542
OPOR 0,6982 0,5041
TAM3 0,4581 0,2510
R2 0,03003
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,79100
Quadro - 031 - Resultado do Modelo 2.3 para o Segundo Objetivo Específico
175
Modelo 3 - Validação de fatores específicos por Setor
Serão utilizadas variáveis dummy para a análise por setor, o setor base é o setor Básico
(que não possui dummy), e os demais setores e respectivas dummies são: Consumo
(DUMCONS), Indústria (DUMIND) e Utilidades (DUMUTIL).
Modelo 3.1 - Utilizando a Variável IPDIV (Payout Ratio)
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ ȕ
7
TAM
2
+ ȕ
8
TAM
3
+ DUMCONS + DUMIND + DUMUTIL + ȝ
As variáveis TAM1, TAM2 e TAM3 apresentaram alta correlação e serão tratadas
individualmente.
Modelo 3.1.1 - Apenas com TAM1
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ DUMCONS + DUMIND + DUMUTIL + ȝ
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 145,1370 88,2245 1,6450 0,1032
ESTDIV
(0,0210) (0,1320)
(18,8351) (1,4090)
(0,0668) (0,5800)
(3,6969) (0,6160)
(24,8112) (1,1090)
(3,8163) (0,1580)
(5,8034) (0,2090)
(0,04726)
0,1587 0,8950
INSTREC 1,7787 4,1876 0,4250 0,6720
RISCO1 13,3665 0,1620
RISCO2 0,1150 0,5631
OPOR 7,4926 12,1846 0,6150 0,5400
TAM1 6,0048 0,5396
DUMCONS 22,3667 0,2700
DUMIND 24,1918 0,8750
DUMUTIL 27,8309 0,8353
R2 0,04083
R2 Ajustado
(
p
-value
)
0,89600
Quadro - 033 - Resultado do Modelo 3.1.1 para o Primeiro Objetivo Secundário
Este modelo não deu um bom ajuste e tentamos a opção de EPR.
176
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 145,1370 58,5552 2,4790 0,0149 **
ESTDIV
(0,0210) (0,1560)
(18,8351) (1,9000)
(0,0668) (0,9380)
(3,6969) (1,0840)
(24,8112) (1,3550)
(3,8163) (0,1670)
(5,8034) (0,1880)
(0,04726)
0,1344 0,8762
INSTREC 1,7787 3,7913 0,4690 0,6400
RISCO1 9,9138 0,0604 *
RISCO2 0,0712 0,3506
OPOR 7,4926 5,1685 1,4500 0,1503
TAM1 3,4103 0,2810
DUMCONS 18,3125 0,1786
DUMIND 22,8375 0,8676
DUMUTIL 30,8950 0,8514
R2 0,04083
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,52200
Quadro - 034 - Resultado do Modelo 3.1.1 com EPR para Primeiro Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 94,5010 21,0068 4,4990 0,0000 ***
RISCO1
(14,6568) (1,9150)
(21,2580) (1,8020)
7,6546 0,0582
*
DUMCONS 11,7942 0,0743 *
R2 0,03241
R2 Ajustado 0,01398
Quadro - 035 - Resultado do Modelo 3.1.1 com EPR (final) para Primeiro Objetivo Secundário
Com base nos valores de R2 e R2 ajustado o modelo tem pouco poder explicativo,
todavia apresentou RISCO1 e DUMCONS com significância estatística.
Modelo 3.1.2 - Apenas com TAM2
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
7
TAM
2
+ DUMCONS + DUMIND + DUMUTIL + ȝ
Este modelo não apresentou bom ajuste, ver primeiro quadro a seguir, tentamos então
com a opção de EPR.
177
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 147,7650 98,8461 1,4950 0,1382
ESTDIV
(0,0238) (0,1500)
(20,0336) (1,4090)
(0,0553) (0,5020)
(3,2937) (0,5640)
(23,8770) (1,0790)
(2,9162) (0,1220)
(8,5420) (0,3140)
(0,04791)
0,1588 0,8810
INSTREC 1,8050 4,1895 0,4310 0,6675
RISCO1 14,2151 0,1619
RISCO2 0,1101 0,6164
OPOR 4,6501 10,5629 0,4400 0,6607
TAM2 5,8438 0,5743
DUMCONS 22,1382 0,2834
DUMIND 23,9836 0,9035
DUMUTIL 27,1766 0,7539
R2 0,04023
R2 Ajustado
(
p-valu
e
)
0,90000
Quadro - 036 - Resultado do Modelo 3.1.2 para o Primeiro Objetivo Secundário
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 147,7650 69,7029 2,1200 0,0365 **
ESTDIV
(0,0238) (0,1790)
(20,0336) (1,8160)
(0,0553) (0,7870)
(3,2937) (0,9010)
(23,8770) (1,2940)
(2,9162) (0,1270)
(8,5420) (0,2680)
(0,04791)
0,1333 0,8584
INSTREC 1,8050 3,8075 0,4740 0,6365
RISCO1 11,0296 0,0724
*
RISCO2 0,0703 0,4330
OPOR 4,6501 4,0645 1,1440 0,2554
TAM2 3,6569 0,3700
DUMCONS 18,4587 0,1989
DUMIND 22,9046 0,8989
DUMUTIL 31,9249 0,7896
R2 0,04023
R2 Ajustado
(
p-valu
e
)
0,62400
Quadro - 037 - Resultado do Modelo 3.1.2 com EPR para Primeiro Objetivo Secundário
Utilizando a opção de EPR o modelo continou sem ajuste, e quando o ajustamos até o
final encontramos o mesmo resultado da seção anterior.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 94,5010 21,0068 4,4990 0,0000
***
RISCO1
(14,6568) (1,9150)
(21,2580) (1,8020)
7,6546 0,0582 *
DUMCONS 11,7942 0,0743
*
R2
0,03241
R2 Ajustado 0,01398
Quadro - 038 - Resultado do Modelo 3.1.2 com EPR (final) para Primeiro Objetivo Secundário
178
Modelo 3.1.3 - Apenas com TAM3
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
8
TAM
3
+ DUMCONS + DUMIND + DUMUTIL + ȝ
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 236,1500 113,9610 2,0760 0,0405 **
ESTDIV
(0,0287) (0,1820)
(23,4127) (1,6960)
(0,0812) (0,7340)
(9,6330) (1,3100)
(25,2589) (1,1570)
(11,3397) (0,4560)
(6,0233) (0,2230)
(0,03321)
0,1577 0,8559
INSTREC 1,3666 4,1704 0,3280 0,7439
RISCO1 13,8035 0,0930 *
RISCO2 0,1106 0,4648
)
179
Modelo 3.2 - Utilizando a Variável RENDIV (Dividend Yield)
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ ȕ
7
TAM
2
+ ȕ
8
TAM
3
+ DUMCONS + DUMIND + DUMUTIL + ȝ
As variáveis TAM1, TAM2 e TAM3 apresentaram alta correlação e serão tratadas
individualmente.
Modelo 3.2.1 - Apenas com TAM1
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ DUMCONS + DUMIND + DUMUTIL + ȝ
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 19,1081 5,7716 3,3110 0,0013
***
ESTDIV 0,0019 0,0104 0,1840 0,8547
INSTREC
(0,3295) (1,2030)
(0,7834) (1,9940)
(3,2849) (2,2450)
(1,1635) (0,7350)
0,2740 0,2319
RISCO1 0,0949 0,8744 0,1080 0,9138
RISCO2 0,0023 0,0075 0,3050 0,7609
OPOR 0,3063 0,7971 0,3840 0,7017
TAM1 0,3928 0,0489
**
DUMCONS 1,4632 0,0270 **
DUMIND 1,5826 0,4640
DUMUTIL 1,5476 1,8207 0,8500 0,3974
R2 0,09471
R2 Ajustado 0,01157
p(value
)
0,34300
Quadro - 041 - Resultado do Modelo 3.2.1 para o Primeiro Objetivo Secundário
Este modelo precisou ser ajustado, resultando no quadro a seguir.
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 16,4262 3,6523 4,4980 0,0000
***
TAM1
(0,5711) (2,0240)
(2,7198) (2,1910)
0,2822 0,0455 **
DUMCONS 1,2413 0,0307 **
R2
0,06689
R2 Ajustado 0,04911
p(
valu
e
)
0,02640
Quadro - 042 - Resultado do Modelo 3.2.1 para Primeiro Objetivo Secundário
180
Utilizando agora a opção de EPR, chegamos ao seguinte quadro:
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
181
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
7
TAM
2
+ DUMCONS + DUMIND + DUMUTIL + ȝ
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 15,0986 6,5587 2,3020 0,0234
**
ESTDIV 0,0015 0,0105 0,1430 0,8865
INSTREC
(0,3276) (1,1790)
(0,3939) (0,5620)
(0,4005) (1,0330)
(2,8953) (1,9710)
(0,7646) (0,4800)
(0,01746)
0,2780 0,2414
RISCO1 0,1451 0,9432 0,1540 0,8780
RISCO2 0,0060 0,0073 0,8280 0,4095
OPOR 0,7009 0,5754
TAM2 0,3878 0,3042
DUMCONS 1,4689 0,0515 *
DUMIND 1,5914 0,6319
DUMUTIL 0,8585 1,8032 0,4760 0,6351
R2
0,06812
R2 Ajustado
(
p-valu
e
)
0,62100
Quadro - 045 - Resultado do Modelo 3.2.2 para o Primeiro Objetivo Secundário
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 9,1422 0,6304 14,5020 < 0,00001
***
DUMCONS
(2,2260) (1,8260)1,2381 0,0707 *
R2 0,03049
R2 Ajustado
0,02134
Quadro - 046 - Resultado do Modelo 3.2.2 para o Primeiro Objetivo Secundário
Este modelo não apresentou bom ajuste, e apresentamos a seguir os quadros relativos
ao mesmo modelo mas utlizando a opção EPR.
182
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 15,0986 6,7625 2,2330 0,0278 **
ESTDIV 0,0015 0,0121 0,1240 0,9014
INSTREC
(0,3276) (1,3440)
(0,3939) (0,5680)
(0,4005) (0,9490)
(2,8953) (2,3090)
(0,7646) (0,4040)
(0,01746)
0,2438 0,1820
RISCO1 0,1451 0,7968 0,1820 0,8558
RISCO2 0,0060 0,0110 0,5500 0,5836
OPOR 0,6940 0,5717
TAM2 0,4219 0,3448
DUMCONS 1,2538 0,0230
**
DUMIND 1,8919 0,6870
DUMUTIL 0,8585 1,8988 0,4520 0,6522
R2 0,06812
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,47900
Quadro - 047 - Resultado do Modelo 3.2.2 com EPR para o Primeiro Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 9,1422 0,6986 13,0870 < 0,00001 ***
DUMCONS
(2,2604) (2,4040)0,9401 0,0179 **
R2
0,03049
R2 Ajustado 0,02134
Quadro - 048 - Resultado do Modelo 3.2.2 com EPR (final) para o Primeiro Objetivo Secundário
Este modelo também não apresentou bom ajuste nem sob esta condição mais tênue.
Modelo 3.2.3 - Apenas com TAM3
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
8
TAM
3
+ DUMCONS + DUMIND + DUMUTIL + ȝ
183
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 19,5921 7,5508 2,5950 0,0109 **
ESTDIV 0,0012 0,0105 0,1180 0,9064
INSTREC
(0,3631) (1,3110)
(0,1919) (0,2670)
(0,7385) (1,5120)
(2,9059) (2,0050)
(1,3069) (0,7920)
(0,00509)
0,2770 0,1930
RISCO1 0,0375 0,9168 0,0410 0,9675
RISCO2 0,0047 0,0073 0,6440 0,5212
OPOR 0,7196 0,7902
TAM3 0,4884 0,1337
DUMCONS 1,4496 0,0478
**
DUMIND 1,6507 0,4304
DUMUTIL 0,9975 1,7966 0,5550 0,5800
R2 0,07945
R2 Ajustado
(
p-valu
e
)
0,49500
Quadro - 049 - Resultado do Modelo 3.2.3 para o Primeiro Objetivo Secundário
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 20,2483 5,6130 3,6070 0,0005
***
INSTREC
(0,3141) (1,2010)
(0,7526) (1,8690)
(3,1077) (2,3090)
(2,2260) (1,0760)
0,2617 0,2327
TAM3 0,4027 0,0645
*
DUMCONS 1,3460 0,0230 **
DUMUTIL 1,5200 0,2846
R2 0,07145
R2 Ajustado 0,03539
(
p-valu
e
)
0,10300
Quadro - 050 - Resultado do Modelo 3.2.3 para o Primeiro Objetivo Secundário
Este modelo apresentou um ajuste similar ao anterior, vejamos com a opção EPR.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 19,5921 7,6885 2,5480 0,0124
**
ESTDIV 0,0012 0,0124 0,1240 0,9211
INSTREC
(0,3631) (1,4470)
(0,1919) (0,2790)
(0,7385) (1,5940)
(2,9059) (2,3500)
(1,3069) (0,7290)
(0,00509)
0,2510 0,1512
RISCO1 0,0375 0,8465 0,0440 0,9648
RISCO2 0,0047 0,0115 0,4120 0,6814
OPOR 0,6871 0,7806
TAM3 0,4632 0,1141
DUMCONS 1,2367 0,0208 **
DUMIND 1,7919 0,4675
DUMUTIL 0,9975 1,8289 0,5450 0,5867
R2
0,07945
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,42800
Quadro - 051 - Resultado do Modelo 3.2.3 com EPR para o Primeiro Objetivo Secundário
184
Quadro COEF-038
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 20,2483 5,1102 3,9620 0,0001 ***
INSTREC
(0,3141) (1,2070)
(0,7526) (2,1940)
(3,1077) (2,8710)
(1,6350) (0,9680)
0,2602 0,2301
TAM3 0,3430 0,0305 **
DUMCONS 1,0823 0,0050 ***
DUMUTIL 1,6897 0,3355
R2 0,07145
R2 Ajustado
0,03539
(
p-value
)
0,06280
Quadro - 052 - Resultado do Modelo 3.2.3 com EPR (final) para o Primeiro Objetivo Secundário
Modelo 4 - Validação de fatores específicos por Tamanho de Firma
As firmas foram divididas em três grupos de igual número de participantes, 36 firmas
em cada um, após terem sido todas ordenadas da de menor tamanho para a de maior tamanho,
para os dois terços superiores foi associada uma dummy, as firmas de menor tamanho foram
consideradas o grupo base, para as firmas de tamanho médio a dummy DUMMED, e para as
de maior tamanho DUMGRA. Este procedimento repetiu-se para cada uma das proxies
escolhidas para tamanho, TAM1, TAM2 e TAM3 e para cada uma destas proxies foram
realizadas regressões individuais para IPDIV (Payout Ratio) e RENDIV (Dividend Yield).
Modelo 4.1 - Utilizando a Variável TAM1 (Tamanho pelo Valor de Mercado)
Modelo 4.1.1 - Para a variável dependente IPDIV (Payout Ratio)
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ DUMMED + DUMGRA + ȝ
185
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 57,5784 118,4530 0,4860 0,6280
ESTDIV
(0,0623) (0,3900)
(19,4149) (1,5390)
(0,0529) (0,4620)
(29,7875) (0,6670)
(0,02650)
0,1597 0,6974
INSTREC 2,5681 4,0142 0,6400 0,5238
RISCO1 12,6142 0,1270
RISCO2 0,1144 0,6452
OPOR 3,0843 11,4319 0,2700 0,7879
TAM1 3,8981 10,0570 0,3880 0,6991
DUMMED 10,9435 28,3750 0,3860 0,7006
DUMGRA 44,6423 0,5062
R2 0,05025
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,73000
Quadro - 053 - Resultado do Modelo 4.1.1 para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 102,8970 22,5269 4,5680 0,0000
***
RISCO1
(18,8923) (1,7710)
(1,1010)
10,6696 0,0795 *
DUMGRA 20,1714 18,3200 0,2734
R2 0,03137
R2 Ajustado 0,01292
(
p-value
)
0,18800
Quadro - 054 - Resultado do Modelo 4.1.1 para o Segundo Objetivo Secundário
Este modelo como outros continua apresentando um baixo valor de R2 e R2 ajustado,
mas um bom valor de p, 0,188, estudamos também o modelo com o uso da opção EPR.
186
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 57,5784 66,6887 0,8630 0,3900
ESTDIV
(0,0623) (0,3750)
(19,4149) (1,9690)
(0,0529) (0,7440)
(29,7875) (1,4150)
(0,02650)
0,1661 0,7085
INSTREC 2,5681 3,1545 0,8140 0,4175
RISCO1 9,8608 0,0518 *
RISCO2 0,0711 0,4587
OPOR 3,0843 7,1867 0,4290 0,6687
TAM1 3,8981 6,5922 0,5910 0,5557
DUMMED 10,9435 24,6225 0,4440 0,6577
DUMGRA 21,0475 0,1601
R2 0,05025
R2 Ajustado
(p-value) 0,41000
Quadro - 055 - Resultado do Modelo 4.1.1 com EPR para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 102,8970 24,7770 4,1530 0,0000 ***
RISCO1
(18,8923) (2,1810)
(20,1714) (1,2120)
8,6634 0,0314 **
DUMGRA 16,6428 0,2282
R2 0,03137
R2 Ajustado 0,01292
(p-value) 0,09610
Quadro - 056 - Resultado do Modelo 4.1.1 com EPR (final) para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo 4.1.2 - Para a variável dependente RENDIV (Dividend Yield)
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ DUMMED + DUMGRA + ȝ
Este modelo não deu ajuste, como apresentado no Quadro 043 abaixo, tentamos
também o uso da opção de EPR, apresenta a seguir.
187
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 13,1272 7,9984 1,6410 0,1039
ESTDIV 0,0005 0,0108 0,0460 0,9631
INSTREC
(0,1627) (0,6000)
(0,2199) (0,2580)
(0,3963) (0,5130)
(0,3106) (0,4570)
(0,4596) (0,1520)
(0,03217)
0,2711 0,5498
RISCO1 0,8518 0,7968
RISCO2 0,0033 0,0077 0,4230 0,6729
OPOR 0,7719 0,6088
TAM1 0,6791 0,6484
DUMMED 1,2472 1,9160 0,6510 0,5166
DUMGRA 3,0144 0,8791
R2 0,04500
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,79000
Quadro - 057 - Resultado do Modelo 4.1.2 para o Segundo Objetivo Secundário
Uilizando a opção de EPR.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 13,1272 8,2944 1,5830 0,1167
ESTDIV 0,0005 0,0121 0,0410 0,9670
INSTREC
(0,1627) (0,6310)
(0,2199) (0,2680)
(0,3963) (0,5360)
(0,3106) (0,4980)
(0,4596) (0,1710)
(0,03217)
0,2577 0,5292
RISCO1 0,8205 0,7893
RISCO2 0,0033 0,0118 0,2730 0,7828
OPOR 0,7399 0,5935
TAM1 0,6242 0,6199
DUMMED 1,2472 2,0086 0,6210 0,5361
DUMGRA 2,6904 0,8647
R2 0,04500
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,70800
Quadro - 058 - Resultado do Modelo 4.1.2 com EPR para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EPR
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 109,6310 24,0207 4,5640 0,0000 ***
RISCO1
(21,6985) (1,9390)
(26,0946) (1,3580)
11,1916 0,0552 *
DUMGRA 19,2162 0,1774
R2
0,03710
R2 Ajustado 0,01876
(
p-valu
e
)
0,13700
Quadro - 059 - Resultado do Modelo 4.1.2 com EPR (final) para o Segundo Objetivo Secundário
Este modelo também não apresentou ajuste.
188
Modelo 4.2 - Utilizando a Variável TAM2 (Tamanho pelos Ativos Totais)
Modelo 4.2.1 - Para a variável dependente IPDIV (Payout Ratio)
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
7
TAM
2
+ DUMMED + DUMGRA + ȝ
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 19,3930 121,8700 0,1590 0,8739
ESTDIV
(0,0491) (0,3090)
(21,6092) (1,6060)
(0,0798) (0,7270)
(7,3874) (0,2900)
(54,5239) (1,3980)
(0,02058)
0,1552 0,7583
INSTREC 2,5507 3,9625 0,6440 0,5213
RISCO1 13,4527 0,1114
RISCO2 0,1097 0,4687
OPOR 7,5945 10,3197 0,7360 0,4635
TAM2 7,4302 9,0979 0,8170 0,4161
DUMMED 25,4740 0,7724
DUMGRA 38,9917 0,1651
R2 0,05572
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,66400
Quadro - 060 - Resultado do Modelo 4.2.1 para o Segundo Objetivo Secundário
Este modelo não apresentou, ver também o quadro abaixo Quadro 047, tentamos também o
uso da opção de EPR, ver quadros a seguir.
Quadro COEF-047
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 109,6310 24,0207 4,5640 0,0000 ***
RISCO1
(21,6985) (1,9390)
(26,0946) (1,3580)
11,1916 0,0552 *
DUMGRA 19,2162 0,1774
R2 0,03710
R2 Ajustado 0,01876
(
p-value
)
0,13700
Quadro - 061 - Resultado do Modelo 4.2.1 para o Segundo Objetivo Secundário
Quadros com a opção EPR também não apresentaram ajuste.
189
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 19,3930 56,2035 0,3450 0,7308
ESTDIV
(0,0491) (0,3070)
(21,6092) (1,9710)
(0,0798) (1,1210)
(7,3874) (0,2970)
(54,5239) (2,0850)
(0,02058)
0,1506 0,7595
INSTREC 2,5507 3,1054 0,8210 0,4134
RISCO1 10,9662 0,0516 *
RISCO2 0,0712 0,2651
OPOR 7,5945 5,4466 1,3940 0,1663
TAM2 7,4302 4,3995 1,6890 0,0944 *
DUMMED 24,8873 0,7672
DUMGRA 26,1550 0,0397 **
R2 0,05572
R2 Ajustado
(
p-valu
e
)
0,50700
Quadro - 062 - Resultado do Modelo 4.2.1 com EPR para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 109,6310 27,5630 3,9770 0,0001
***
RISCO1
(21,6985) (2,2330)
(26,0946) (1,4110)
9,7172 0,0277
**
DUMGRA 18,4904 0,1611
R2 0,03710
R2 Ajustado 0,01876
(
p-valu
e
)
0,08750
Quadro - 063 - Resultado do Modelo 4.2.1 com EPR (final) para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo 4.2.2 - Para a variável dependente RENDIV (Dividend Yield)
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
7
TAM
2
+ DUMMED + DUMGRA + ȝ
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 10,0979 8,3312 1,2120 0,2284
ESTDIV 0,0020 0,0106 0,1930 0,8476
INSTREC
(0,1827) (0,6740)
(0,1179) (0,1280)
(0,5238) (0,7430)
(0,0513) (0,0820)
(1,0023) (0,3760)
0,2709 0,5016
RISCO1 0,9196 0,8982
RISCO2 0,0045 0,0075 0,6000 0,5498
OPOR 0,7055 0,4595
TAM2 0,6219 0,9344
DUMMED 0,3683 1,7414 0,2110 0,8330
DUMGRA 2,6655 0,7077
R2 5,84559
R2 Ajustado 0,02680
(
p-valu
e
)
0,94800
Quadro - 064 - Resultado do Modelo 4.2.2 para o Segundo Objetivo Secundário
190
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 10,0979 8,3609 1,2080 0,2300
ESTDIV 0,0020 0,0116 0,1760 0,8604
INSTREC
(0,1827) (0,7080)
(0,1179) (0,1370)
(0,5238) (0,7280)
(0,0513) (0,0890)
(1,0023) (0,4110)
(0,05184)
0,2580 0,4805
RISCO1 0,8627 0,8916
RISCO2 0,0045 0,0113 0,3970 0,6920
OPOR 0,7198 0,4685
TAM2 0,5772 0,9294
DUMMED 0,3683 1,7718 0,2080 0,8358
DUMGRA 2,4413 0,6823
R2 0,02680
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,92100
Quadro - 065 - Resultado do Modelo 4.2.2 com EPR para o Segundo Objetivo Secundário
Em ambos os modelos, com e sem o uso da opção EPR, apresentados acima não foi
possível chegar à um ajuste.
Modelo 4.3 - Utilizando a Variável TAM3 (Tamanho pelas Vendas Líquidas)
Modelo 4.3.1 - Para a variável dependente IPDIV (Payout Ratio)
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
8
TAM
3
+ DUMMED + DUMGRA + ȝ
Ambos os modelos sem e com a opção EPR a seguir não apresentaram ajuste, nem
inicial nem final.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 304,2350 166,4050 1,8280 0,0705 *
ESTDIV
(0,0405) (0,2600)
(23,1605) (1,7110)
(0,0889) (0,8120)
(16,6700) (1,2550)
(0,03139)
0,1556 0,7952
INSTREC 1,7683 3,9928 0,4430 0,6588
RISCO1 13,5395 0,0903
*
RISCO2 0,1095 0,4187
OPOR 6,1367 10,4482 0,5870 0,5583
TAM3 13,2803 0,2123
DUMMED 13,5405 28,8891 0,4690 0,6403
DUMGRA 34,6366 48,9814 0,7070 0,4811
R2 0,04572
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,78200
Quadro - 066 - Resultado do Modelo 4.3.1 para o Segundo Objetivo Secundário
191
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 186,1350 93,8920 1,9820 0,0500
*
RISCO1
(21,0404) (1,8090)
(6,6435) (1,0540)
11,6300 0,0733 *
TAM3 6,3055 0,2945
R2 0,03044
R2 Ajustado 0,01197
(p-value) 0,01970
Quadro - 067 - Resultado do Modelo 4.3.1 para o Segundo Objetivo Secundário
Quadros com a opção EPR.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 304,2350 151,6530 2,0060 0,0476
**
ESTDIV
(0,0405) (0,3220)
(23,1605) (2,1010)
(0,0889) (1,0370)
(16,6700) (1,3730)
(0,03139)
0,1259 0,7483
INSTREC 1,7683 3,3939 0,5210 0,6035
RISCO1 11,0213 0,0381
**
RISCO2 0,0857 0,3022
OPOR 6,1367 5,7151 1,0740 0,2855
TAM3 12,1429 0,1729
DUMMED 13,5405 22,4469 0,6030 0,5477
DUMGRA 34,6366 30,6471 1,1300 0,2611
R2 0,04572
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,37300
Quadro - 068 - Resultado do Modelo 4.3.1 com EPR para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 89,2129 18,6615 4,7840 < 0,00001 ***
RISCO1
(14,7884) (1,9380)7,6290 0,0552 *
R2
0,02022
R2 Ajustado 0,01094
Quadro - 069 - Resultado do Modelo 4.3.1 com EPR (final) para o Segundo Objetivo Secundário
192
Modelo 4.3.2 - Para a variável dependente RENDIV (Dividend Yield)
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
8
TAM
3
+ DUMMED + DUMGRA + ȝ
Os o modelo apresenout um grau de ajuste muito baixo descrito nos quadros 56 e 57 a
seguir, quando utlizada a opção de EPR o modelo continuou com um ajuste ruim (p-value =
0,709), os quadros mostram os resultados para esta modelagem.
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 7,9875 11,2358 0,7110 0,4788
ESTDIV 0,0038 0,0105 0,3630 0,7173
INSTREC
(0,1585) (0,5880)
(0,3459) (0,3780)
(0,3903) (0,5530)
(0,7999) (0,4100)
(3,0140) (0,9110)
(0,03699)
0,2696 0,5578
RISCO1 0,9142 0,7060
RISCO2 0,0031 0,0074 0,4250 0,6719
OPOR 0,7055 0,5813
TAM3 0,1897 0,8967 0,2120 0,8329
DUMMED 1,9506 0,6826
DUMGRA 3,3073 0,3643
R2 0,04054
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,83700
Quadro - 070 - Resultado do Modelo 4.3.2 para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 9,2341 0,6652 13,8820 < 0,00001 ***
TAM3
(2,0338) (1,7650)1,1521 0,0804 *
R2
0,02856
R2 Ajustado 0,01939
Quadro - 071 - Resultado do Modelo 4.3.2 para o Segundo Objetivo Secundário
193
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 7,9875 9,9851 0,8000 0,4257
ESTDIV 0,0038 0,0115 0,3310 0,7416
INSTREC
(0,1585) (0,6070)
(0,3459) (0,3850)
(0,3903) (0,5620)
(0,7999) (0,4920)
(3,0140) (1,2160)
(0,03699)
0,2613 0,5455
RISCO1 0,8991 0,7013
RISCO2 0,0031 0,0121 0,2600 0,7956
OPOR 0,6950 0,5756
TAM3 0,1897 0,7204 0,2630 0,7928
DUMMED 1,6270 0,6241
DUMGRA 2,4776 0,2267
R2 0,04054
R2 Ajustado
(
p-value
)
0,70900
Quadro - 072 - Resultado do Modelo 4.3.2 com EPR para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 9,2341 0,7451 12,3940 < 0,00001 ***
DUMGRA
(2,0338) (2,0450)0,9947 0,0434 **
R2
0,02022
R2 Ajustado 0,01094
Quadro - 073 - Resultado do Modelo 4.3.2 com EPR (final) para o Segundo Objetivo Secundário
Modelo 5 - Validação de fatores específicos por Agressividade da Política
As firmas foram analisadas de acordo com o seu nível de pagamento de dividendos
medido pelo valor de RENDIV (Payout Ratio) e pelo seu nível de RENDIV (Dividend Yield);
foram divididas em três grupos de igual número de participantes, 36 firmas em cada um, após
terem sido todas ordenadas da de nível mais baixo de pagamento para a de nível mais alto de
pagamento, para os dois terços superiores foi associada uma dummy, as firmas de nível mais
baixo de pagamentos foram consideradas o grupo base, para as firmas de nível médio de
pagamanetos a dummy DUMMED, e para as de nível mais alto de pagamentos DUMALTO.
194
Modelo 5.1 - Utilizando a Variável Dependente IPDIV (Payout Ratio)
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ ȕ
7
TAM
2
+ ȕ
8
TAM
3
+ DUMMED + DUMALTO + ȝ
As variáveis TAM1, TAM2 e TAM3 apresentaram alta correlação e foram tratadas
individualmente.
Modelo 5.1.1 - Para a Variável TAM1 (Tamanho pelo Valor de Mercado)
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ DUMMED + DUMALTO + ȝ
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 53,3506 73,1041 0,7300 0,4672
ESTDIV
(0,0218) (0,1640)
(12,2806) (1,1210)
(14,2465) (1,3810)
0,1334 0,8703
INSTREC 1,8719 3,5232 0,5310 0,5964
RISCO1 10,9575 0,2651
RISCO2 0,0080 0,0991 0,0810 0,9355
OPOR 10,3127 0,1703
TAM1 0,4275 4,7495 0,0900 0,9285
DUMMED 16,5378 18,0337 0,9170 0,3613
DUMALTO 105,0900 18,6119 5,6460 < 0,00001
***
R2 0,28947
R2 Ajustado 0,23205
(
p-value
)
0,00000
Quadro - 074 - Resultado do Modelo 5.1.1 para o Terceiro Objetivo Secundário
195
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 33,8929 8,6353 3,9250 0,0002 ***
DUMALTO 90,7133 14,9568 6,0650 < 0,00001 ***
R2
0,02856
R2 Ajustado 0,01939
Quadro - 075 - Resultado do Modelo 5.1.1 para o Terceiro Objetivo Secundário
Utilizando a opção de EPR o modelo conseguiu um ajuste bom, com p-value bastante
baixo, ver quadros a seguir.
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 53,3506 37,8504 1,4100 0,1618
ESTDIV
(0,0218) (0,1690)
(12,2806) (1,7820)
(14,2465) (1,7440)
0,1293 0,8662
INSTREC 1,8719 2,8427 0,6590 0,5117
RISCO1 6,8927 0,0779 *
RISCO2 0,0080 0,0457 0,1760 0,8607
OPOR 8,1675 0,0842 *
TAM1 0,4275 3,4267 0,1250 0,9010
DUMMED 16,5378 4,7240 3,5010 0,0007 ***
DUMALTO 105,0900 24,1694 4,3480 0,0000 ***
R2 0,28947
R2 Ajustado 0,23205
(
p-value
)
< 0,00001
Quadro - 076 - Resultado do Modelo 5.1.1 com EPR para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 60,4998 16,0121 3,7780 0,0003 ***
RISCO1
(12,1589) (1,8660)
(13,8193) (2,0940)
(2,0338)
6,5157 0,0649
*
OPOR 6,6001 0,0387 **
DUMMED 14,5635 3,0408 4,7890 < 0,00001 ***
DUMALTO 23,4351 4,4440 0,0000 ***
R2 0,28697
R2 Ajustado 0,25928
(
p-value
)
< 0,00001
Quadro - 077 - Resultado do Modelo 5.1.1 com EPR (final) para o Terceiro Objetivo Secundário
196
Modelo 5.1.2 - Para a Variável TAM2 (Tamanho pelos Ativos Totais)
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
7
TAM
2
+ DUMMED + DUMALTO + ȝ
Os modelos a seguir expressos nos quadros sem a opção de EPR, e nos quadros com a
opção de EPR, apresentaram ajuste final idêntico ao do grupo imediatamente anterior.
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 78,5112 83,2467 0,9430 0,3479
ESTDIV
(0,0225) (0,1680)
(14,2575) (1,2270)
(0,0020) (0,0210)
(13,4695) (1,4510)
(1,2629) (0,2600)
(0,00002)
0,1334 0,8666
INSTREC 1,9910 3,5078 0,5680 0,5716
RISCO1 11,6228 0,2228
RISCO2 0,0943 0,9831
OPOR 9,2834 0,1500
TAM2 4,8537 0,7953
DUMMED 16,7419 18,0371 0,9280 0,3556
DUMALTO 104,8310 18,5679 5,6520 < 0,00001 ***
R2 0,28989
R2 Ajustado
0,23251
(
p-value
)
Quadro - 078 - Resultado do Modelo 5.1.2 para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 33,8929 8,6353 3,9250 0,0002 ***
DUMALTO 90,7133 14,9568 6,0650 < 0,00001 ***
R2 0,25762
R2 Ajustado 0,25062
Quadro - 079 - Resultado do Modelo 5.1.2 para o Terceiro Objetivo Secundário
197
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 78,5112 45,4913 1,7260 0,0875
*
ESTDIV
(0,0225) (0,1770)
(14,2575) (1,7940)
(0,0020) (0,0490)
(13,4695) (2,0240)
(1,2629) (0,3960)
0,1271 0,8601
INSTREC 1,9910 2,7958 0,7120 0,4780
RISCO1 7,9492 0,0759
*
RISCO2 0,0408 0,9609
OPOR 6,6551 0,0457 **
TAM2 3,1867 0,6927
DUMMED 16,7419 4,8376 3,4610 0,0008 ***
DUMALTO 104,8310 24,0187 4,3650 0,0000 ***
R2 0,28989
R2 Ajustado
0,23251
(
p-value
)
< 0,00001
Quadro - 080 - Resultado do Modelo 5.1.2 com EPR para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 60,4998 16,0121 3,7780 0,0003 ***
RISCO1
(12,1589) (1,8660)
(13,8193) (2,0940)
6,5157 0,0649 *
OPOR 6,6001 0,0387 **
DUMMED 14,5635 3,0408 4,7890 < 0,00001 ***
DUMALTO 104,1350 23,4351 4,4440 0,0000 ***
R2 0,28697
R2 Ajustado
0,25928
(
p-value
)
< 0,00001
Quadro - 081 - Resultado do Modelo 5.1.2 com EPR (final) para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo 5.1.3 - Para a Variável TAM3 (Tamanho pelas Vendas Líquidas)
IPDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
8
TAM
3
+ DUMMED + DUMALTO + ȝ
O comportamento deste grupo de análise foi idêntico ao anterior, notadamente quando
do uso da opção de EPR.
198
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 112,7730 94,8575 1,1890 0,2373
ESTDIV
(0,0263) (0,1980)
(16,3271) (1,4120)
(0,0132) (0,1380)
(12,2492) (1,2870)
(3,6471) (0,6140)
(0,00002)
0,1334 0,8438
INSTREC 1,9204 3,4891 0,5500 0,5833
RISCO1 11,5638 0,1611
RISCO2 0,0952 0,8904
OPOR 9,5211 0,2013
TAM3 5,9442 0,5409
DUMMED 17,1354 18,0205 0,9510 0,3440
DUMALTO 103,7500 18,6156 5,5730 < 0,00001 ***
R2 0,29210
R2 Ajustado
0,23490
(
p-value
)
Quadro - 082 - Resultado do Modelo 5.1.3 para o Terceiro Objetivo Secundário
199
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 60,4998 16,0121 3,7780 0,0003
***
RISCO1
(12,1589) (1,8660)
(13,8193) (2,0940)
6,5157 0,0649
*
OPOR 6,6001 0,0387 **
DUMMED 14,5635 3,0408 4,7890 < 0,00001 ***
DUMALTO 104,1350 23,4351 4,4440 0,0000 ***
R2 0,28697
R2 Ajustado 0,25928
(
p-value
)
< 0,00001
Quadro - 085 - Resultado do Modelo 5.1.3 com EPR (final) para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo 5.2 - Utilizando a Variável Dependente RENDIV (Dividend Yield)
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ ȕ
7
TAM
2
+ ȕ
8
TAM
3
+ DUMMED + DUMALTO + ȝ
As variáveis TAM1, TAM2 e TAM3 como era esperado apresentaram alta correlação
e serão tratadas independentemente.
Modelo 5.2.1 - Para a Variável TAM1 (Tamanho pelo Valor de Mercado)
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
6
TAM
1
+ DUMMED + DUMALTO + ȝ
200
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 5,2384 3,5230 1,4870 0,1402
ESTDIV
(0,0012) (0,1950)
(0,2053) (0,9170)
0,0063 0,8458
INSTREC 0,1664 0,1657 1,0040 0,3177
RISCO1 0,1987 0,5130 0,3870 0,6994
RISCO2 0,0035 0,0046 0,7690 0,4438
OPOR 0,1837 0,4595 0,4000 0,6901
TAM1 0,2240 0,3616
DUMMED 3,7979 0,8714 4,3580 0,0000 ***
DUMALTO 11,0569 0,8494 13,0170 < 0,00001 ***
R2 0,65410
R2 Ajustado
0,62615
(p-value) < 0,00001
Quadro - 086 - Resultado do Modelo 5.2.1 para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 3,6410 0,5755 6,3260 < 0,00001 ***
DUMMED 3,7993 0,8139 4,6680 < 0,00001 ***
DUMALTO 10,9463 0,8139 13,4490 < 0,00001
***
R2 0,63981
R2 Ajustado 0,63294
(p-value) < 0,00001
Quadro - 087 - Resultado do Modelo 5.2.1 para o Terceiro Objetivo Secundário
Nos quadros abaixo utilizamos a opção EPR.
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 5,2384 2,6434 1,9820 0,0503
*
ESTDIV
(0,0012) (0,1920)
(0,2053) (1,1230)
0,0064 0,8480
INSTREC 0,1664 0,1555 1,0700 0,2871
RISCO1 0,1987 0,4046 0,4910 0,6245
RISCO2 0,0035 0,0058 0,6070 0,5450
OPOR 0,1837 0,2749 0,6680 0,5054
TAM1 0,1828 0,2640
DUMMED 3,7979 0,4105 9,2510 < 0,00001 ***
DUMALTO 11,0569 0,9568 11,5570 < 0,00001 ***
R2 0,65410
R2 Ajustado 0,62615
(p-value) < 0,00001
Quadro - 088 - Resultado do Modelo 5.2.1 com EPR para o Terceiro Objetivo Secundário
201
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 6,6336 1,8169 3,6510 0,0004 ***
TAM1
(0,2279) (1,6550) (1,6550)0,1377
DUMMED 3,5493 0,3263 10,8770 < 0,00001 ***
DUMALTO 10,7978 0,9663 11,1740 < 0,00001
***
R2
0,64548
R2 Ajustado
0,63525
(p-value) < 0,00001
Quadro - 089 - Resultado do Modelo 5.2.1 com EPR (final) para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo 5.2.2 - Para a Variável TAM2 (Tamanho pelos Ativos Totais)
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
7
TAM
2
+ DUMMED + DUMALTO + ȝ
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 4,8562 3,9752 1,2220 0,2247
ESTDIV
(0,0014) (0,2270)
(0,1555) (0,6800)
0,0063 0,8212
INSTREC 0,1607 0,1657 0,9700 0,3346
RISCO1 0,2005 0,5465 0,3670 0,7145
RISCO2 0,0044 0,0044 0,9990 0,3203
OPOR 0,0396 0,4194 0,0940 0,9249
TAM2 0,2287 0,4981
DUMMED 3,8640 0,8673 4,4550 0,0000 ***
DUMALTO 11,1153 0,8471 13,1210 < 0,00001 ***
R2 0,65279
R2 Ajustado
0,62473
(p-value) < 0,00001
Quadro - 090 - Resultado do Modelo 5.2.2 para o Terceiro Objetivo Secundário
202
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 3,6410 0,5755 6,3260 < 0,00001 ***
DUMMED 3,7993 0,8139 4,6680 < 0,00001 ***
DUMALTO 10,9463 0,8139 13,4490 < 0,00001
***
R2 0,63981
R2 Ajustado 0,63294
(p-value) < 0,00001
Quadro - 091 - Resultado do Modelo 5.2.2 para o Terceiro Objetivo Secundário
Os quadros abaixo consideraram o uso da opção de EPR.
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
com EP
R
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 4,8562 3,0232 1,6060 0,1114
ESTDIV
(0,0014) (0,2240)
(0,1555) (0,8370)
0,0064 0,8229
INSTREC 0,1607 0,1535 1,0470 0,2978
RISCO1 0,2005 0,4173 0,4800 0,6320
RISCO2 0,0044 0,0058 0,7560 0,4517
OPOR 0,0396 0,2256 0,1760 0,8610
TAM2 0,1857 0,4045
DUMMED 3,8640 0,4057 9,5240 < 0,00001 ***
DUMALTO 11,1153 0,9545 11,6450 < 0,00001
***
R2 0,65279
R2 Ajustado 0,62473
(p-value) < 0,00001
Quadro - 092 - Resultado do Modelo 5.2.2 com EPR para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo -nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 3,6410 0,2238 16,2680 < 0,00001
***
DUMMED 3,7993 0,2673 14,2130 < 0,00001 ***
DUMALTO 10,9463 0,9861 11,1010 < 0,00001 ***
R2 0,63981
R2 Ajustado 0,63294
(p-value) < 0,00001
Quadro - 093 - Resultado do Modelo 5.2.2 com EPR (final) para o Terceiro Objetivo Secundário
203
Modelo 5.2.3 - Para a Variável TAM3 (Tamanho pelas Vendas Líquidas)
RENDIV = Į + ȕ
1
ESTDIV + ȕ
2
INSTREC + ȕ
3
RISCO1 + ȕ
4
RISCO2 + ȕ
5
OPOR +
ȕ
8
TAM
3
+ DUMMED + DUMALTO + ȝ
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t >
|
T
|
)
termo constante 9,5896 4,4131 2,1730 0,0322
**
ESTDIV
(0,0020) (0,3240)
(0,0834) (0,1560)
(0,4817) (1,7610)
0,0062 0,7469
INSTREC 0,1467 0,1633 0,8980 0,3713
RISCO1 0,5356 0,8766
RISCO2 0,0030 0,0044 0,6790 0,4987
OPOR 0,1712 0,4215 0,4060 0,6855
TAM3 0,2736 0,0814
*
DUMMED 3,8274 0,8551 4,4760 0,0000 ***
DUMALTO 11,1032 0,8357 13,2850 < 0,00001 ***
R2 0,66175
R2 Ajustado
0,63442
(p-value) < 0,00001
Quadro - 094 - Resultado do Modelo 5.2.3 para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS)
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 9,7688 2,9722 3,2870 0,0014 ***
TAM3
(0,4642) (2,1000)0,2210 0,0381 **
DUMMED 3,5781 0,8079 4,4290 0,0000 ***
DUMALTO 10,8781 0,8017 13,5690 < 0,00001 ***
R2 0,65446
R2 Ajustado 0,64449
(p-value) < 0,00001
Quadro - 095 - Resultado do Modelo 5.2.3 para o Terceiro Objetivo Secundário
204
Modelo - Mínimos Quadrados Ordinários (OLS) com EPR
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 9,5896 4,6702 2,0530 0,0427 **
ESTDIV
(0,0020) (0,3170)
(0,0834) (0,2200)
(0,4817) (1,6080)
0,0064 0,7520
INSTREC 0,1467 0,1533 0,9570 0,3410
RISCO1 0,3784 0,8261
RISCO2 0,0030 0,0063 0,4700 0,6390
OPOR 0,1712 0,2488 0,6880 0,4929
TAM3 0,2996 0,1110
DUMMED 3,8274 0,4466 8,5700 < 0,00001 ***
DUMALTO 11,1032 0,9344 11,8820 < 0,00001
***
R2 0,66175
R2 Ajustado 0,63442
(p-value) < 0,00001
Quadro - 096 - Resultado do Modelo 5.2.3 com EPR para o Terceiro Objetivo Secundário
Modelo - nimos Quadrados Ordinários (OLS) com EP
R
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
termo constante 9,7688 3,1138 3,1370 0,0022 ***
TAM3
(0,4642) (1,9670)0,2360 0,0518 *
DUMMED 3,5781 0,3345 10,6980 < 0,00001 ***
DUMALTO 10,8781 0,9456 11,5040 < 0,00001 ***
R2 0,65446
R2 Ajustado 0,64493
(p-value) < 0,00001
Quadro - 097 - Resultado do Modelo 5.2.3 com EPR (final) para o Terceiro Objetivo Secundário
205
Modelo de Análise do Primeiro Objetivo Específico - Var. Dep. IPDIV (Payout
Ratio) , vide Figura - 027
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO FIXO
WITHIN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,8484 2,6541 0,3200 0,7490
OPOR
(4,2549) (0,6200)
(2,2680) (0,2100)
(0,0094) (0,1900)
6,8896 0,5370
TAM1 1,8576 2,1501 0,8600 0,3880
ESTDIV 9,1008 16,4853 0,5500 0,5810
RISCO1 10,9516 0,8360
RISCO2 0,0501 0,8510
termo constante 38,7640 29,7840 1,3000 0,1950
(p-value) 0,93970
Quadro - 098 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM1
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO FIXO WITHIN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
OPOR
(4,6214) (0,6900)6,7094 0,4910
TAM1 1,9969 2,0429 0,9800 0,3290
ESTDIV 10,2040 15,7795 0,6500 0,5180
termo constante 31,7819 22,9736 1,3800 0,1670
(p-value) 0,65520
Quadro - 099 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM1
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO FIXO
WITHIN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,1049 2,8879 0,0400 0,9710
OPOR
(2,9495) (0,4500)
(5,3999) (0,4600)
(0,0163) (0,3300)
6,4988 0,6500
TAM2 4,4205 4,4369 1,0000 0,3190
ESTDIV 8,2456 16,5023 0,5000 0,6170
RISCO1 11,6852 0,6440
RISCO2 0,0500 0,7450
termo constante 5,4517 55,3047 0,1000 0,9220
(p-value) 0,91830
Quadro - 100 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM2
206
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO FIXO WITHIN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
TAM2 4,1032 3,8933 1,0500 0,2920
ESTDIV 8,8113 16,0899 0,5500 0,5840
RISCO1
(5,2834) (0,4500)11,6571 0,6510
termo constante 5,2804 45,2908 0,1200 0,9070
(p-value) 0,65150
Quadro - 101 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM2
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO FIXO
WITHIN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC
(0,1699) (0,0500)
(3,0401) (0,4600)
(3,2582) (0,2900)
(0,0153) (0,3100)
3,2266 0,9580
OPOR 6,5413 0,6420
TAM3 3,3236 4,0880 0,8100 0,4160
ESTDIV 8,9569 16,4866 0,5400 0,5870
RISCO1 11,1837 0,7710
RISCO2 0,0500 0,7590
termo constante 17,2871 52,4340 0,3300 0,7420
(p-value) 0,94640
Quadro - 102 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM3
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO FIXO WITHIN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
OPOR
(3,4079) (0,5300)6,3980 0,5940
TAM3 2,8278 3,0787 0,9200 0,3590
ESTDIV 8,8080 16,0078 0,5500 0,5820
termo constante 17,9724 37,5054 0,4800 0,6320
(p-value) 0,68070
Quadro - 103 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM3
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO RANDÔM. BETWEEN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC
(0,5511) (0,1100)
(14,0196) (1,2500)
(0,0614) (0,5700)
5,0600 0,9130
OPOR 2,0547 11,2666 0,1800 0,8560
TAM1 0,3135 3,0460 0,1000 0,9180
ESTDIV 56,1438 47,6982 1,1800 0,2420
RISCO1 11,2504 0,2160
RISCO2 0,1074 0,5690
termo constante 41,4026 47,3160 0,8800 0,3840
(p-value) 0,69090
Quadro - 104 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM1
207
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO RANDÔM.
BETWEEN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
ESTDIV 57,3122 41,9903 1,3600 0,1750
RISCO1
(14,9729) (1,4300)
(0,0607) (0,6200)
10,4403 0,1550
RISCO2 0,0983 0,5380
termo constante 48,1646 32,4406 1,4800 0,1410
(p-value) 0,27670
Quadro - 105 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM1
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO RANDÔM. BETWEEN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC
(0,8820) (0,1700)
(13,4509) (1,1600)
(0,0628) (0,6200)
5,2937 0,8680
OPOR 2,1486 10,1279 0,2100 0,8320
TAM2 0,9067 4,0633 0,2200 0,8240
ESTDIV 55,3828 47,4641 1,1700 0,2460
RISCO1 11,5752 0,2480
RISCO2 0,1015 0,5380
termo constante 32,1842 66,2569 0,4900 0,6280
(p-value) 0,68550
Quadro - 106 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM2
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO RANDÔM. BETWEEN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
ESTDIV 57,3122 41,9903 1,3600 0,1750
RISCO1
(14,9729) (1,4300)
(0,0607) (0,6200)
10,4403 0,1550
RISCO2 0,0983 0,5380
termo constante 48,1646 32,4406 1,4800 0,1410
(p-value) 0,27670
Quadro - 107 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM2
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO RANDÔM.
BETWEEN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC
(0,9728) (0,1600)
(13,8781) (1,2100)
(0,0639) (0,6300)
6,2259 0,8760
OPOR 2,2160 10,4244 0,2100 0,8320
TAM3 0,6568 5,4078 0,1200 0,9040
ESTDIV 56,4813 47,1135 1,2000 0,2330
RISCO1 11,4496 0,2280
RISCO2 0,1015 0,5310
termo constante 35,6998 80,5748 0,4400 0,6590
(p-value) 0,69030
Quadro - 108 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM3
208
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO RANDÔM.
BETWEEN
Variável Dependente: IPDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
ESTDIV 57,3122 41,9903 1,3600 0,1750
RISCO1
(14,9729) (1,4300)
(0,0607) (0,6200)
10,4403 0,1550
RISCO2 0,0983 0,5380
termo constante 48,1646 32,4406 1,4800 0,1410
(p-value) 0,27670
Quadro - 109 - Resultado para o Primeiro Objetivo Específico - com TAM3
Modelo de Análise do Segundo Objetivo Específico - Var. Dep. RENDIV
(Dividend Yield) , vide Figura - 028
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO FIXO
WITHIN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,0883 0,1009 0,8800 0,3820
OPOR
(1,2144) (4,6400)
(0,0193) (0,0500)
0,2619 0,0000
***
TAM1 0,5333 0,0817 6,5300 0,0000
***
ESTDIV 1,1464 0,6267 1,8300 0,0680
**
RISCO1 0,4163 0,9630
RISCO2 0,0004 0,0020 0,2200 0,8250
termo constante 1,2987 1,1356 1,1400 0,2530
(p-value) < 0,00001
Quadro - 110 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM1
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO FIXO WITHIN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,0891 0,0988 0,9000 0,3670
OPOR
(1,2020) (4,7100)0,2554 0,0000
***
TAM1 0,5313 0,0807 6,5800 0,0000 ***
ESTDIV 1,1304 0,6202 1,8200 0,0690
**
termo constante 1,3105 0,9762 1,3400 0,1800
(p-value) < 0,00001
Quadro - 111 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM1
209
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO FIXO
WITHIN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,0920 0,1121 0,8200 0,4120
OPOR
(0,7100) (2,8100)
(0,2097) (0,4600)
(0,0010) (0,5400)
0,2524 0,0050
***
TAM2 0,5358 0,1723 3,1100 0,0020
***
ESTDIV 1,0342 0,6408 1,6100 0,1070
*
RISCO1 0,4538 0,6440
RISCO2 0,0019 0,5190
termo constante 0,0916 2,1477 0,0400 0,9660
(p-value) < 0,00001
Quadro - 112 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM2
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO FIXO WITHIN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
OPOR
(0,7401) (2,9900)
(0,8426) (0,4800)
0,2475 0,0030 ***
TAM2 0,5662 0,1387 4,0800 0,0000 ***
ESTDIV 1,1462 0,6233 1,8400 0,0660
**
termo constante 1,7561 0,6310
(p-value) < 0,00001
Quadro - 113 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM2
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO FIXO
WITHIN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,0730 0,1256 0,5800 0,5610
OPOR
(0,7131) (2,8000)
(0,0009) (0,4700)
0,2547 0,0050
***
TAM3 0,3729 0,1592 2,3400 0,0190
**
ESTDIV 1,1212 0,6419 1,7500 0,0810
**
RISCO1 0,0690 0,4354 0,1600 0,8740
RISCO2 0,1195 0,6390
termo constante 1,8736 2,0414 0,9200 0,3590
(p-value) 0,00030
Quadro - 114 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM3
210
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO FIXO WITHIN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,0730 0,1254 0,5800 0,5610
OPOR
(0,7349) (2,9400)0,2499 0,0030
***
TAM3 0,3754 0,1544 2,4300 0,0150 **
ESTDIV 1,1600 0,6355 1,8300 0,0680
**
termo constante 1,9042 2,0279 0,9400 0,3480
(p-value) < 0,00001
Quadro - 115 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM3
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO RANDÔM. BETWEEN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,3395 0,2523 1,3500 0,1820
OPOR
(0,1958) (0,3500)
(0,0837) (0,5500)
(0,0019) (0,3500)
0,5619 0,7280
TAM1 0,1519 0,5830
ESTDIV 1,2831 2,3787 0,5400 0,5910
RISCO1 0,0638 0,5611 0,1100 0,9100
RISCO2 0,0054 0,7250
termo constante 7,1762 2,3597 3,0400 0,0030 ***
(p-value) 0,69780
Quadro - 116 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM1
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO RANDÔM.
BETWEEN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,3389 0,2489 1,3600 0,1760
TAM1
(0,1049) (0,8500)0,1240 0,4000
ESTDIV 1,3994 2,3214 0,6000 0,5480
termo constante 7,1538 1,8674 3,8300 0,0000
***
(p-value) 0,33090
Quadro - 117 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM1
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO RANDÔM. BETWEEN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,3411 0,2644 1,2900 0,2000
OPOR
(0,3336) (0,6600)
(0,0178) (0,0900)
(0,0009) (0,1800)
0,5059 0,5110
TAM2 0,2030 0,9310
ESTDIV 1,0745 2,3710 0,4500 0,6510
RISCO1 0,1162 0,5782 0,2000 0,8410
RISCO2 0,0051 0,8540
termo constante 6,6268 3,3098 2,0000 0,0480
(p-value) 0,73830
Quadro - 118 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM2
211
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO RANDÔM.
BETWEEN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,3361 0,2485 1,3500 0,1790
OPOR
(0,4000) (0,8700)0,4598 0,3860
ESTDIV 1,1740 2,2764 0,5200 0,6070
termo constante 6,5338 1,5739 4,1500 0,0000
***
(p-value) 0,32540
Quadro - 119 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM2
Modelo – Painel Estático de Dados EFEITO RANDÔM. BETWEEN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,2888 0,3109 0,9300 0,3550
OPOR
(0,3825) (0,7300)
(0,0008) (0,1500)
0,5205 0,4640
TAM3 0,0676 0,2700 0,2500 0,8030
ESTDIV 0,9836 2,3524 0,4200 0,6770
RISCO1 0,1733 0,5717 0,3000 0,7620
RISCO2 0,0051 0,8820
termo constante 5,4975 4,0232 1,3700 0,1750
(p-value) 0,73080
Quadro - 120 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM3
Modelo – Painel Estático de Dados
EFEITO RANDÔM.
BETWEEN
Variável Dependente: RENDIV
Variável Coeficiente Desvio-Padrão Estatística T 2 Prob (t > |T|)
INSTREC 0,3361 0,2485 1,3500 0,1790
OPOR
(0,4000) (0,8700)0,4598 0,3860
ESTDIV 1,1740 2,2764 0,5200 0,6070
termo constante 6,5338 1,5739 4,1500 0,0000
***
(p-value) 0,32540
Quadro - 121 - Resultado para o Segundo Objetivo Específico - com TAM3
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo