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sistema junto indústrias, a gente só confirma o pedido de acordo com as negociações feitas
aqui. Ai o RM (recebimento de mercadoria) já sabe o vai receber, já está tudo pronto.O
pedido já está na tela, só bate e dá ok. Isso ai, a gente já tem 60% da indústria fazendo isso.
Então isso é uma transmissão que eu não conheço muito bem, mas o Mercador faz a
conversão para a indústria. E o pedido quando chega, chega paletizado. E a grande vantagem
é ele chegar paletizado, pois o tempo de descarga é bem mais rápido.A gente até dá um
desconto para a industria que envia os produtos paletizados. Se ela mandar sem ser paletizado,
é ela que tem que pagar a descarga. Porque tudo tem que ser na base da agilidade. Quanto
mais a gente conseguir puxar o produto para cá, levar para a loja, expedir o produto, mais
você ganha. Você tem que ter uma logística muito grande.
Entrevistador:
E em termos de serviço nas lojas? Você tem inovado?
Entrevistado: Temos, a entrega da loja faz da seguinte forma, no auto-serviço, a entrega é
cobrada, porque o preço é muito baixo e a gente não agüenta bancar. Agora, nas loja de varejo
já é de graça, mas dentro de uma kilometragem. A gente dá é o Banco. A gente tem o Banco
do Brasil dentro da loja e eles gostam muito.
Só para você ter idéia, esse auto-serviço do horto, deu tão certo que a gente não está querendo
mais clientes. Você já ouviu falar num negócio desses? A gente quer vender para os que tem
lá. Até Banco, a gente evitou colocar lá para não poluir a loja. A gente quer vender 5 milhões,
mas o cliente entra e sai. Então, isso ai, Kênia, é muito dinâmico e não tem um padrão, é no
dia a dia. Você muda no dia a dia.
Entrevistador:
Na área administrativa, você implementou alguma nova tecnologia, tipo
workflow?
Entrevistado: É quando eu vim para cá não tinha nada, nenhum controle. O que a gente fez,
foi através da informática ter todo o controle. Igual, por exemplo, uma empresa faturando 50
milhões, se não tiver um controle, eu estou morto. Colocamos trava na loja, limite. Então tudo
isso, a gente foi aprimorando. Tudo é on-line. Por exemplo, se um cliente me comprar em
uma loja, no auto-serviço ele tem que fazer o cadastro, é obrigatório. No varejo, se ele vai
comprar a vista, ele não é obrigado. Mas, o que acontece, ele for querer me dar o cano em
uma loja e for em outra loja, ele já não passa. Eu coloquei limite máximo de R$ 500,00. Então
quando eu coloco o limite de R$ 500,00, ele é para toda a empresa.
O resto, como fluxo de caixa é tudo automatizado. Tanto é que no dia 30 eu informo quanto a
empresa vai dar de resultado. Porque eu já sei o que vendeu, a margem que deu e a despesa
que tem, eu já sei o resultado da empresa. Eu só passo o resultado global e ate o dia 15 eu
passo loja a loja.
Entrevistador: E vocês tiveram que adaptar alguma loja para atender algum nicho de
mercado?
Entrevistado: Nesses casos específicos é o ele mesmo que gera o conta corrente dele. O
limite dele, independente de quem seja no atacado de auto-serviço, é de R$ 1.000,00. Se ele
não tiver uma historia comigo de 2 mil, 3 mil, ele não consegue. Agora isso ai é analisado
caso a caso. A gente faz uma trava geral, porque o financeiro é frio. Eu não posso abrir
exceção para esse aqui, nem nada. A trava ate no PDV. No PDV não deixa ele passar mais do
que foi aprovado. Então, o que acontece... quem tem a senha do PDV é o gerente. O gerente
autoriza e o supervisor passa a senha. Agora para você ter idéia, a gente nunca... neste 5, 6
anos cobramos pouco do gerente, onde o gerente tenha aberto crédito sem o bom senso. Se
eles não tiverem bom senso, a gente cobra deles. Então ele não perde a venda. Ele pode ver se
o cliente tem cartão de credito, pegar a placa do carro do cliente. Fica mais para ele... ele que
esta na linha de frente é que decide.
Igual no atacado, a gente tem a vida do cliente, a média de compra, tem tudo dele normal. Se
o vendedor vai na loja, porque ele está inaugurando uma nova loja e precisa do dobro do