Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DO TREINAMENTO DE NADADORES:
BUSCANDO ENTENDER RELAÇÕES ENTRE VOLUME E CARGA DE
TREINAMENTO.
CLEBERSON TAVOLONE BATISTA
PIRACICABA – SP
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DO TREINAMENTO DE NADADORES:
BUSCANDO ENTENDER RELAÇÕES ENTRE VOLUME E CARGA DE
TREINAMENTO.
Dissertação apresentada à banca
examinadora do curso de pós-graduação
em Educação sica da Universidade
Metodista de Piracicaba como exigência
parcial para obtenção do titulo de Mestre
em Educação Física sob orientação do
Prof. Dr. João Paulo Borin
CLEBERSON TAVOLONE BATISTA
PIRACICABA – SP
2007
ads:
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DO TREINAMENTO DE NADADORES:
BUSCANDO ENTENDER RELAÇÕES ENTRE VOLUME E CARGA DE
TREINAMENTO.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. João Paulo Borin
Prof. Dr. Marcelo de Castro César
Prof. Dr. Orival Andries Junior
PIRACICABA – SP
2007
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus;
Aos meus familiares, meus pais e irmão, que sempre me incentivaram em
todos meus desafios e comemoraram comigo a cada conquista;
A minha noiva Renata Pascoti Zuzzi pelo apoio e a quem eu dedico o meu
Amor;
Ao Prof. Dr. João Paulo Borin pela dedicação e orientação do presente
trabalho;
Ao técnico de natação Rossano Jacon Chanquetti e a todos os atletas da
equipe de natação do Gran São João/Limeira, que sem a participação e colaboração
deles este trabalho não se concretizaria;
A todos os professores do programa de mestrado da UNIMEP;
Aos professores Dr. Carlos Roberto Padovani e Prof. Carlos Roberto Pereira
Padovani, por me auxiliar na análise estatística do presente trabalho;
Ao Prof. Dr. Orival Andries Junior e Prof. Dr. Marcelo de Castro sar pelas
colaborações;
A todos os amigos do mestrado, e a todos que contribuíram direta e
indiretamente para a conclusão do meu mestrado.
Muito Obrigado!
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS .............................................................................................. ii
LISTA DE QUADROS ............................................................................................ v
LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................... vi
RESUMO................................................................................................................ viii
ABSTRACT ............................................................................................................ ix
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 01
OBJETIVOS ........................................................................................................... 03
1. TREINAMENTO EM NATAÇÃO......................................................................... 04
2. AVALIAÇÕES NO DESPORTO ......................................................................... 10
3. CONTROLE E MONITORAMENTO DO TREINAMENTO ................................. 15
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................... 25
5. DESCRIÇÃO DA PROGRAMAÇÃO DO TREINAMENTO ................................. 28
6. RESULTADOS................................................................................................... 36
7. DISCUSSÃO ...................................................................................................... 56
8. CONCLUSÕES .................................................................................................. 68
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 69
ANEXOS ................................................................................................................ 77
ii
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 Escala de Borg, do nível 6 ao 20 (Borg, 1982) ....................................... 21
Tabela 02 Escala de Borg, com apenas 10 níveis de esforço (Borg, 1982) ............ 22
Tabela 03 Escala de Borg adaptada por Foster (1998) ........................................... 23
Tabela 04 Quantificação, em metros, e em porcentagem das variáveis do
treinamento na água durante o período de preparação de base (8 semanas)......... 30
Tabela 05 Quantificação, em metros, e em porcentagem das variáveis do
treinamento na água durante o período de preparação específica (8 semanas) ..... 32
Tabela 06 Quantificação, em metros, e em porcentagem das variáveis do
treinamento na água durante o período de polimento (2 semanas)......................... 34
Tabela 07 Medidas descritivas da metragem diária segundo etapa de treinamento36
Tabela 08 Medidas descritivas da duração da sessão segundo etapa de treinamento
................................................................................................................................. 36
Tabela 09 Medidas descritivas da PSE da sessão segundo etapa de treinamento. 37
Tabela 10 Medidas descritivas da PSE da sessão do cnico segundo etapa de
treinamento .............................................................................................................. 37
Tabela 11 Medidas descritivas da carga da sessão segundo etapa de treinamento38
Tabela 12 Medidas descritivas da carga semanal segundo etapa de treinamento.. 38
Tabela 13 Medidas descritivas da monotonia segundo etapa de treinamento ........ 39
Tabela 14 Medidas descritivas do strain segundo etapa de treinamento ................ 39
Tabela 15 Medidas descritivas da metragem diária segundo categoria do nadador40
Tabela 16 Medidas descritivas da duração da sessão segundo categoria do nadador
................................................................................................................................. 40
Tabela 17 Medidas descritivas da PSE da sessão segundo categoria do nadador. 41
Tabela 18 Medidas descritivas da PSE do técnico segundo categoria do nadador. 41
iii
Tabela 19 Medidas descritivas da carga da sessão segundo categoria do nadador42
Tabela 20 Medidas descritivas da carga semanal segundo categoria do nadador.. 42
Tabela 21 Medidas descritivas da monotonia segundo categoria do nadador ........ 43
Tabela 22 Medidas descritivas do strain segundo categoria do nadador ................ 43
Tabela 23 Medidas descritivas da metragem diária segundo estilo......................... 44
Tabela 24 Medidas descritivas da duração da sessão segundo estilo .................... 44
Tabela 25 Medidas descritivas da PSE da sessão segundo estilo .......................... 45
Tabela 26 Medidas descritivas da PSE do técnico segundo estilo .......................... 45
Tabela 27 Medidas descritivas da carga da sessão segundo estilo ........................ 46
Tabela 28 Medidas descritivas da carga semanal segundo estilo ........................... 46
Tabela 29 Medidas descritivas da monotonia segundo estilo.................................. 47
Tabela 30 Medidas descritivas do strain segundo estilo.......................................... 47
Tabela 31 Medidas descritivas da metragem diária segundo competição............... 48
Tabela 32 Medidas descritivas da duração da sessão segundo competição .......... 48
Tabela 33 Medidas descritivas da PSE da sessão segundo competição ................ 49
Tabela 34 Medidas descritivas da PSE do técnico segundo competição ................ 49
Tabela 35 Medidas descritivas da carga da sessão segundo competição .............. 50
Tabela 36 Medidas descritivas da carga semanal segundo competição ................. 50
Tabela 37 Medidas descritivas da monotonia segundo competição........................ 51
Tabela 38 Medidas descritivas do strain segundo competição................................ 51
Tabela 39 Medidas descritivas da metragem diária segundo especialidade ........... 52
Tabela 40 Medidas descritivas da duração da sessão segundo especialidade....... 52
Tabela 41 Medidas descritivas da PSE da sessão segundo especialidade............. 52
Tabela 42 Medidas descritivas da PSE do técnico segundo especialidade............. 53
Tabela 43 Medidas descritivas carga da sessão segundo especialidade................ 53
iv
Tabela 44 Medidas descritivas da carga semanal segundo especialidade.............. 53
Tabela 45 Medidas descritivas da monotonia segundo especialidade .................... 54
Tabela 46 Medidas descritivas do strain segundo especialidade ............................ 54
Tabela 47 Medidas descritivas das variáveis segundo etapa de treinamento ......... 88
Tabela 48 Medidas descritivas das variáveis segundo categoria do nadador ......... 89
Tabela 49 Medidas descritivas das variáveis segundo estilo................................... 90
Tabela 50 Medidas descritivas das variáveis segundo competição......................... 91
Tabela 51 Medidas descritivas das variáveis segundo especialidade ..................... 92
Tabela 52 Medidas descritivas das variáveis estudadas ......................................... 93
Tabela 53 Resultados da avaliação antropométrica dos nadadores velocistas....... 94
Tabela 54 Resultados da avaliação antropométrica dos nadadores de meio-fundo 96
Tabela 55 Resultados da avaliação antropométrica dos nadadores fundistas ........ 97
v
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 Período de coletas de dados das avaliações antropométricas.............26
Quadro 02 Periodização proposta pelo técnico......................................................27
Quadro 03 Dinâmica em função do tempo do esforço, intensidade da carga e vias
energéticas (Maglischo, 1999; Platonov, 2005; CBDA, 2002)................................28
Quadro 04 Distribuição do volume total do programa de treinamento....................35
Quadro 05 Período de uma semana da programação de um microciclo do mesociclo
do período de preparação de base .........................................................................85
Quadro 06 Período de uma semana da programação de um microciclo do mesociclo
do período de preparação especifica ......................................................................86
Quadro 07 Período de uma semana da programação de um microciclo do mesociclo
do período de polimento..........................................................................................87
vi
LISTA DE ABREVIATURAS
CPK Creatina Fosfofrutocnase
PSE Percepção Subjetiva de Esforço
POMS The Profile of Moode States
FC Freqüência Cardíaca
TGOS Transaminase Glutâmico-Oxalacética Sérica
LDH Lactato Desidrogenase
PEE Perfil de Estado de Espírito
[La-] Concentração de Lactato
VO
2
max Consumo Máximo de Oxigênio
m Metros
FAP Federação Aquática Paulista
Cm Centímetros
%G Porcentagem de Gordura
Kg Quilogramas
A1 Avaliação 1
A2 Avaliação 2
A3 Avaliação 3
SB Dobra Cutânea Subescapular
TR Dobra Cutânea Tricipital
SI Dobra Cutânea Suprailíaca
AB Dobra Cutânea Abdominal
C Carga Diária
t Duração da Sessão Diária
Cs Carga Semanal
vii
C Somatória das Cargas
M Monotonia
DPCS Desvio padrão da carga semanal
S Strain
FINA Fédération Internationale de Natation
CBDA Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
VC Velocidade Crítica
AI Aeróbio I
AII Aeróbio II
AIII Aeróbio III
Vm Valores Médios
Me Mediana
VM Valores Máximos
ξ Média
DP Desvio Padrão
viii
RESUMO
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DO TREINAMENTO DE NADADORES:
BUSCANDO ENTENDER RELAÇÕES ENTRE VOLUME E CARGA DE
TREINAMENTO.
O objetivo do presente estudo foi avaliar e monitorar a carga de treinamento de
nadadores em diferentes períodos de treinamento do segundo semestre de 2005.
Participaram 26 atletas da equipe da Sociedade Esportiva Gran São João da cidade
de Limeira SP, sendo: 17 do sexo masculino e 9 do feminino, pertencentes às
categorias de Infantil I a Sênior, com idades entre 13 a 21 anos. Foram realizadas
medidas antropométricas de peso, estatura e % gordura em três momentos (primeira
semana da preparação geral, primeira semana da preparação especial segunda
semana do polimento) e para monitoramento das cargas de treinamento foram
utilizadas as escalas de percepção subjetiva de cansaço e de percepção subjetiva
de esforço (PSE), diariamente. Após coleta de dados os valores foram transcritos em
planilha especifica e armazenados em banco computacional, produzindo-se
informações no plano descritivo por meio de medidas de centralidade e dispersão e,
no inferencial análise de variância não paramétrica (Kruskal-Wallis) Normam &
Streiner (1994). Os principais resultados permitiram observar que: i) entre as
variáveis estudadas os maiores valores foram encontrados na preparação geral; ii)
quanto a duração da sessão foi encontrado maior valor na categoria Juvenil I; iii) a
PSE dos atletas foi maior na categoria Infantil I; iv) a carga da sessão de treinamento
segundo as categorias foram encontrados os maiores valores para as categorias
Juvenil I e Junior I; v) a carga semanal apresentou o maior valor nas categorias
Infantil I e II, Juvenil I e II, e Junior I; vi) a “monotonia do treinamento” e o strain
apresentaram maiores valores na categoria Infantil I; vii) na duração da sessão foi
maior no nado crawl; (viii) a carga das sessões de treinamento apresentou maior
valor no nado borboleta; ix) na carga semanal foram encontrados maiores valores
nos nados borboleta e costas; x) no strain o nado borboleta apresentou o maior
valor; xi) nas variáveis segundo as competições foram encontrados as maiores
metragens diárias nas competições Regional I, Regional II e Paulista; xii) a duração
da sessão foi maior na competição Paulista; xiii) a PSE dos atletas mostrou maior
valor na competição Regional II; vx) a maior PSE do técnico foi na competição
Paulista; xvi) a carga da sessão apresentou maior valor na competição Paulista; xvii)
a carga semanal foi maior na competição Regional I; xviii) na monotonia foram
encontrados os maiores valores nas competições Paulista e Brasileiro. A avaliação e
monitoramento do treinamento durante o mesociclo permitiram compreender melhor
o comportamento da carga e volume do treinamento, demonstrando a importância
do controle, avaliação e monitoramento dos mesmos, juntamente com a metodologia
de treinamento empregada, ser adequada as características dos nadadores.
PALAVRAS CHAVES: natação; periodização; treinamento desportivo
ix
ABSTRACT
VALUATION AND MONITORING TRAINING OF SWIMMERS: SEARCHING
UNDERSTAND THE REPORT BETWEEN VOLUME AND TRAINING LOAD.
The purpose of this study was valuate and monitoring the load of swimmers training
on different periods of 2005-second semester. Took part 26 athletes from Sociedade
Esportiva Gran São João from Limeira city-SP, as: 17 male and 9 female, from
infantile to senior degrees, and ages from 13 to 21 years old. Realized
anthropometrics measures of weight, tallness and perceptual of fat ness an three
times (general preparation first week, special preparation first week and taper second
week) and for monitoring the training loads was daily used the rating of perceived
exertion (RPE). After collect the basis, the numbers was transcript in a specific chart
in a computer file, bringing information in a descriptive plan using measures of
centrality and diffusion and inferential analysis of parametric variation (Kruskal-
Wallis) – Normam & Streiner (1994). The main results shows us that: i) in all
information studied, the higher values was in the general preparation; ii) referring to
the duration of session, was find higher value on the Juvenile I category; iii) the
athletes RPE was higher in the Infantile I; iv) the training load of training session in
relation of the categories shows higher results for the Juvenile I and Junior I; v) the
weekly load shows higher results in the Infantile I and II, Juvenile I and II, and Junior I
categories; vi) the higher levels of “training monotony” and strain we found in Infantile
I category; vii) the duration of session was higher in the freestyle stroke; viii) the
session load shows a higher level in the butterfly stroke; ix) in the weekly load we
found higher level in the butterfly stroke and backstroke; x) as the strain the butterfly
stroke shows the higher level; xi) in the information according to the competition we
found longest daily in the Regional I, Regional II e Paulista competition; xii) the
duration of session was longer in the Paulista competition; xiii) the athletes RPE
shows higher levels in the Regional II competition; vx) the RPE of coaches was in the
Paulista competition; xvi) the session load was higher in the Paulista competition;
xvii) the weekly load was higher in the Regional I; xviii) we found higher levels of
monotony in the Paulista e Brasileiro competition. The valuation and monitoring
training duration of mesocycle let us to understand in a better way the manner of the
loads and volume of training, showing the importance of the control, valuation and
monitoring of bolter, join there used methodology of training been adapted to the
swimmers characteristics.
Key Words: swimming; periodization; desportive training.
1
INTRODUÇÃO
A natação vem sofrendo transformações de forma sistematizada,
principalmente em relação à preparação física dos nadadores e assim, nota-se o
aumento de pesquisas cientificas desenvolvidas com intuito de melhorar o
embasamento teórico dos profissionais envolvidos (MAGLISCHO, 1999).
Stewart e Hopkins (1997); Platonov e Fessenko (2003)b afirmam que devido a
sua elevada complexidade, a natação necessita de planejamento específico ao
longo do período de treinamento de uma temporada, seguindo assim os objetivos
constituídos previamente por treinadores e nadadores, considerando o calendário
das competições.
O planejamento solicita uma periodização apropriada, para que assim os
nadadores possam atingir sua melhor forma desportiva nas etapas mais importantes
de uma temporada de competição ou na principal competição (STEWART e
HOPKINS, 2000). Na natação, implica na subdivisão do ano de treinamento em
unidades menores, denominadas microciclos, nas quais enfatiza-se o
desenvolvimento de capacidades físicas predominantes. Ao descrever o objetivo do
planejamento, deve-se organizar aplicações de metodologias de treinamento na
seqüência em que proporcione adequada performance atlética. Nessa direção a
periodização para nadadores tem como objetivo buscar o aprimoramento da forma
atlética especifica máxima durante o microciclo competitivo para se chegar aos
melhores resultados em competições importantes (MAGLISCHO, 1999; PLATONOV,
2005).
Vários exemplos são sugeridos por inúmeros treinadores e pesquisadores do
treinamento em natação, tendo a incumbência a cada profissional ligado a natação
distinguir a melhor proposta para o treinamento de seus nadadores (MAGLISCHO,
1999; ISSURIN et al., 2001; PLATONOV e FESSENKO, 2003b). Desta maneira se
faz necessário o processo de avaliação dos diferentes elementos do treinamento
desportivo como: técnico, tático, físico, social, psicológico, entre outros, para melhor
compreensão dos estímulos aplicados ao atleta, podendo informar periodicamente,
sobre as condições e a evolução do atleta dentro do processo de treinamento
(WEINECK, 1999; ZAKHAROV e GOMES, 2003).
2
Alguns estudos também salientam a importância da avaliação e
monitoramento das cargas de treinamentos em diferentes modalidades desportivas
(LEHMANN et al., 1993; MACKINNON et al., 1997; FOSTER, 1998; ATLAOUI et al.,
2004; BISHOP, 2004; DAY et al., 2004; SWEET et al., 2004; IMPELLIZZERI et al.,
2004; BORIN e MOURA, 2005; FOSTER et al., 2001). Diante disso torna-se cil
compreender porque a avaliação e monitoramento das cargas de treinamento na
natação constituem uma prática imprescindível entre os técnicos e nadadores que
competem no alto nível.
A literatura vinculada à ciência do desporto faz referência a alguns meios
empregados a avaliação e monitoramento do treinamento de nadadores e
performance dos mesmos, a fim de otimizar seus resultados e programas de
treinamento auxiliando os atletas e técnicos na prevenção da síndrome do excesso
de treinamento, e suas causas no organismo dos mesmos.
Na tentativa de minimizar estes problemas muitos pesquisadores utilizam uma
variação de procedimentos. Entre os mais empregados, estão a utilização da análise
de enzimas como a creatina fosfofrutocnase (CPK), infecções do trato respiratório,
alterações nos níveis de cortisol e cortisona, alterações hormonais, distúrbios do
sono, alterações da freqüência cardíaca basal e em repouso, bem como no estado
de humor, modificações comportamentais, decorrentes de elevadas cargas de
trabalho no treinamento, e utilização da escala de percepção subjetiva de esforço
(PSE) CR-10 elaborada por BORG (1982), aliada ao tempo da sessão de
treinamento (LEHMANN et al., 1992; MACKINNON e HOOPER, 1996; BORG, 1998;
FOSTER, 1998; HOOPER et al., 1999; FOSTER et al., 2001; WALDECK e
LAMBERT, 2003; ATLAOUI et al., 2004; BISHOP, 2004; MACGUIGAN et al., 2004;
GOUARNE et al., 2005; SUZUKI et al., 2006).
Desta forma diante dos fatos expostos, o presente estudo pretende avaliar e
monitorar as cargas de treinamento de nadadores, durante uma temporada de
treinamento e competições, nas diferentes variáveis: metragem diária, duração da
sessão, PSE dos nadadores, PSE do técnico em relação à sessão de treinamento,
carga da sessão de treinamento, carga semanal de treinamento, monotonia e strain.
3
OBJETIVOS
1 - OBJETIVO GERAL
O estudo tem como objetivo avaliar e monitorar os efeitos do treinamento de
nadadores.
2 - OBJETIVO ESPECÍFICO
Buscar possíveis associações entre as variáveis:
Metragem diária; períodos do treinamento; categoria; nado dos atletas;
competições; especialidades; duração da sessão do treinamento; PSE da sessão do
treinamento dos nadadores; PSE da sessão do treinamento do técnico; carga da
sessão do treinamento; carga semanal do treinamento; monotonia e strain.
4
1. TREINAMENTO EM NATAÇÃO
O termo treinamento é empregado nos mais diferentes segmentos da
sociedade moderna, com significado de exercícios que aperfeiçoam e melhoram o
estado atual de desempenho em determinada área. Quando se refere às atividades
esportivas tem-se várias definições que tentam abranger o segmento do esporte de
competição ou não (BARBANTI, 1979).
Barbanti (1979) define treinamento no segmento do esporte como um
processo sistemático de movimentos, com base em princípios científicos, que
produzem reflexos de adaptação morfológica e funcional no organismo, objetivando
aumentar o rendimento num determinado espaço de tempo do esportista.
Dantas (2003, pág. 28) aponta que o: “Treinamento Desportivo é o conjunto
de procedimentos e meios utilizados para se conduzir um atleta à sua plenitude
física, técnica e psicológica dentro de um planejamento racional, visando executar
performance máxima num período determinado”.
Zakharov e Gomes (2003) relatam que o treinamento desportivo representa o
processo pedagogicamente organizado e constituído de exercícios físicos que visam
o aprimoramento máximo do desportista, de acordo com as particularidades da
modalidade escolhida.
Segundo Platonov e Bulatova (2003) a organização do programa de
preparação dos nadadores de alto nível é um processo complexo de escolha e
determinação da ótima relação entre distintos meios de ação de treinamento, e, por
fim, de estruturação das diferentes concepções estruturais do processo de
treinamento, tais como: macrociclos, períodos e etapas, mesociclos, microciclos e
sessões de treinamento. A finalidade do processo de treinamento varia de um
mesociclo para outro, não se realizando subitamente, mas com mudanças
gradativas de acordo com a finalidade de cada microciclo, dentro dos limites do
mesociclo.
A preparação física pode ser entendida como um conjunto de procedimentos
adotados, utilizados de forma coerente e que visam elevar a forma física a um
estado ótimo de desempenho do nadador (MAGLISCHO, 1999).
5
Segundo Verkhoshanski (1996) existem diferentes tipos de trabalho que
produzem diferentes tipos de adaptações no organismo do atleta. Os diferentes
sistemas do corpo não se adaptam a uma única metodologia de treinamento. Os
efeitos positivos do treinamento não surgem de um dia para outro, o treinamento tem
um efeito cumulativo sobre o organismo das pessoas, por isso, as adaptações ao
estresse do treinamento são um processo gradual e demanda tempo para causar as
mudanças desejadas. O formato do programa muda gradualmente para incluir um
equilíbrio atenciosamente planejado entre a duração e a intensidade do esforço.
Diante destas afirmações, Maglischo (1999), apresenta alguns métodos de
trabalho realizado por técnicos de natação como:
1. Métodos Contínuos: são aplicadas cargas de formas contínua, tendo
uma predominância do volume sobre a intensidade. São destacados
dois métodos: natação continuada (treino de capacidades aeróbias,
utilizadas muito para iniciantes) e natação combinada (Fartlek,
treinamento aeróbio, mais podendo atingir certos percentuais
anaeróbio).
2. Métodos Intervalados: São aplicadas cargas sucessivas
intercaladas por intervalos: natação intervalada curta (treino aeróbio,
com intervalos não recuperadores), natação intervalada média
(treino para resistência de velocidade, com intervalos de média
recuperação, com intensidade media e um mero de repetições
médio), natação intervalada longa (treino anaeróbio, com distância
utilizada curta, com intervalos de recuperação, com alta intensidade
e a numero de repetições pequeno).
3. Métodos Neuromusculares: musculação, flexibilidade, elástico.
4. Método Misto: sendo considerado um método complementar,
compreende diversos métodos de trabalho.
Encontrar o equilíbrio adequado no programa de treinamento, entre volume e
carga de treinamento, será muito importante para um bom planejamento do mesmo.
Fatores como idade, sexo, nível de capacidade, diferenças individuais, por exemplo,
6
tipos de fibras musculares, e provas de competição dos atletas são alguns fatores
que devem ser levados em consideração quando ser for montar um programa
(MAGLISCHO, 1999, ISSURIN et al., 2001).
As estimativas de volume de treinamento para cada categoria e especialidade
estão relacionadas em duas formas segundo Maglischo (1999); Issurin et al., (2001):
(1) como porcentagens da metragem semanal total e (2) como metragem semanal
total. A porcentagem é a forma mais apropriada de informar o equilíbrio do
treinamento. Elas são particularmente úteis na comparação dos programas de
nadadores fundistas, de meio-fundo e velocistas. Aparentemente, os nadadores
velocistas podem ter uma porcentagem de treinamento aeróbio semelhante a das
outras especialidades. Porém, sua metragem semanal é, habitualmente, metade a
um terço inferior á metragem dos fundistas e meio-fundo; assim, a quantidade total
de sua metragem é significantemente inferior.
Em relação às cargas de treinamento, Gomes (2002) aponta que o conceito
de carga envolve, em primeiro lugar, a medida fisiológica do organismo provocado,
por um trabalho muscular específico, que, no organismo, se expressa na forma
concreta às adaptações funcionais de uma certa intensidade e duração do
treinamento, por isso surge a idéia de carga externa e carga interna e da introdução
dos conceitos de potencial de treinamento e seu efeito no organismo.
Em relação às cargas de treinamento, o critério de orientação especial
implica, a divisão de todas as cargas de treino em função do seu grau de influência
sobre o organismo do atleta. As cargas podem ser de orientação seletiva e
complexa. As cargas de orientação seletiva estão predominantemente dirigidas à
influência sobre um sistema funcional que garanti o nível de manifestação de tal ou
qual qualidade ou capacidade. As cargas de orientação complexas presumiram
garantir o trabalho de dois ou mais sistemas funcionais. A orientação da carga pode
ser satisfatória por meio de modificações dos parâmetros dos exercícios, tais como:
intensidade, duração, número de repetições, duração dos intervalos de descanso e
caráter de descanso (GOMES, 2002; ZAKHAROV e GOMES, 2003).
O fator principal que causa o grau de influência da sessão de treinamento
sobre o organismo do atleta é a grandeza da carga. Quanto maior ela for, maior será
7
o estresse no organismo do atleta, assim como maiores são as modificações da
situação dos sistemas funcionais do organismo, os quais participam fortemente da
execução de um trabalho. A carga reflete também no caráter dos processos de
recuperação: após o emprego de cargas de pouca magnitude, esses processos
duram apenas várias horas; as cargas grandes, por outro lado, podem provocar um
longo período de efeitos futuros que se prolongue até vários dias (STEWART,
HOPKINS, 1997; PLATONOV e FESSENKO, 2003b).
A prescrição da carga de treinamento parece ser complexa, devido o
entendimento das respostas orgânicas serem na maioria das vezes satisfatórias
para estimular a adaptação, em que se sugere que as cargas não devem ser
intensas demais, ou o efeito do treinamento irá perder-se, em decorrência de lesões
ou do excesso de treinamento. Se a carga atribuída ao organismo do atleta exceder
a tolerância determinada ao seu organismo, facilmente as adaptações esperadas
irão desestruturar-se (STEWART e HOPKINS, 1997; MAGLISCHO, 1999).
Diante destas afirmações na natação ainda é considerável a controvérsia
sobre o número de metros que os nadadores devem nadar cada dia e cada semana
(STEWART e HOPKINS, 1997; MAGLISCHO, 1999 ISSURIN et al., 2001). Nos
últimos vinte anos, as distâncias diárias dias de treinamento aumentaram de
cinco mil metros para doze mil a vinte mil metros por sessão. Sabe-se que algumas
equipes treinam trinta mil metros diários por curtos períodos no decorrer da
temporada e, no mesmo período, as metragens semanais médias aumentam de
vinte e cinco mil para cem mil metros (COSTILL, 1991; MAGLISCHO, 1999;
PLATONOV, 2005).
No tocante a metragem de treinamento, é extremamente difícil separar causa
e efeito. Excelentes nadadores destacam-se tanto de programas de alta metragem
como de programas de baixa metragem (COSTILL, 1991; STEWART e HOPKINS,
1997; MAGLISCHO, 1999). Os nadadores mais talentosos e mais motivados com
freqüência ingressam em clubes com programas de alta quilometragem por que
nesta última6.01148 0 Td(t)Tj3 Td(e)Tj6.7a
8
Como acontece com a maioria das controvérsias, o debate sobre o
treinamento de qualidade (alta intensidade e baixa metragem) e de quantidade
(intensidade moderada e alta metragem) obscureceu a verdadeira natureza do
treinamento eficaz (COSTILL, 1991; STEWART e HOPKINS, 1997). O treinamento
precisa incluir nados de qualidade e de quantidade, com o volume de cada nadador
sendo determinado pelas necessidades metabólicas das provas de competição para
as quais os nadadores estão treinando, bem como pela potencia e deficiência de
cada nadador (STEWART e HOPKINS, 1997; MAGLISCHO, 1999; PLATONOV,
2005).
Os nados de intensidade moderada e alta metragem parecem ser o método
mais eficaz para o treinamento do limiar anaeróbio. Ainda não se sabe se existe uma
metragem diária ideal para esse treinamento. Por enquanto, a regra para o
treinamento eficaz é: quanto maior a metragem na intensidade adequada melhor. Os
atletas com mais altos limiares anaeróbios são os que participam nas provas de
competição de resistência, que exigem grandes volumes de treinamento sub-
máximo (COSTILL, 1991; ISSURIN et al., 2001). No tocante a esse tipo de
treinamento, vinte mil metros por dia, é uma distância aceitável para nadadores
fundistas (MAGLISCHO, 1999; PLATONOV e FESSENKO, 2003a; PLATONOV,
2005).
A aplicação eficiente do treinamento de VO
2
max., tolerância ao lactato, ritmo
de prova e de velocidade, requer velocidade mais altas e mais descanso, limitando,
forçosamente, o número de metros que se pode nadar numa sessão de treinamento
(COSTILL, 1991; ISSURIN et al., 2001; PELLEGRINOTTI et al., 2002). Um programa
eficaz de treinamento incluirá alguns dias de alta metragem nos nados para treinar o
limiar anaeróbio e dias nos quais a metragem é reduzida para que haja tempo para
nadar repetições destinadas ao VO
2
max., tolerância ao lactato e ritmo de prova na
velocidade adequada (COSTILL, 1991; PELLEGRINOTTI et al., 2002). Além disso, o
tempo que os nadadores dedicam a cada forma de treinamento dependerá das
provas de competição para as quais estão treinando (ISSURIN et al., 2001;
PELLEGRINOTTI et al., 2002). É evidente que os nadadores de longa distância
nadarão uma metragem diária e semanal maior por que o treinamento de
intensidade moderada e descansos curtos para o limiar anaeróbio são mais
9
importantes para eles (MAGLISCHO, 1999; PLATONOV e FESSENKO, 2003b;
PLATONOV, 2005).
Por outro, os velocistas devem nadar uma metragem diária e semanal menor
por que seu treinamento deve incluir mais nados de alta intensidade e descansos
curtos para a velocidade e tolerância ao lactato. Evidentemente, os nadadores de
meia distância devem incluir proporções iguais de nados de quantidade e qualidade
em seu treinamento. Portanto, eles nadarão uma metragem menor por dia do que os
nadadores de longa distância e maior do que os velocistas (MAGLISCHO, 1999;
PLATONOV e FESSENKO, 2003b).
Planejamento da temporada de treinamento
Uma temporada de natação bem sucedida requer semanas de planejamento
cuidadoso. A primeira etapa é dividi-la em fases com diferentes ênfases para que os
nadadores possam atingir o pico do seu desempenho no momento certo da
temporada (STEWART e HOPKINS, 1997; MAGLISCHO, 1999; STEWART e
HOPKINS, 2000; PLATONOV e FESSENKO, 2003b; PLATONOV, 2005).
Uma vez estabelecida à estrutura, metragens diárias e semanais, para a
temporada, deve-se projetar os programas de treinamento especializados para cada
estilo competitivo e para cada prova de competição (COSTILL, 1991; STEWART e
HOPKINS, 1997). Esses programas devem incluir todas as formas de treinamento
em proporções semelhantes às contribuições relativas da velocidade, metabolismo
anaeróbio, metabolismo aeróbio e ritmo, para alcançar o êxito em determinada prova
de competição (MAGLISCHO, 1999; STEWART e HOPKINS, 2000; USSURIN et al.,
2001).
Os programas também devem ser individualizados para corrigir as diferenças
de cada nadador. Os nadadores que participam da mesma prova de competição
talvez precisem de programas ligeiramente diferentes se, por exemplo, alguns
carecem de velocidade, mas têm uma capacidade de resistência aeróbia razoável,
ao passo que outros não têm problemas para iniciar a prova, mas carecem da
capacidade para terminá-las (COSTILL, 1991). Completando todo esse
10
planejamento pode-se preencher a temporada com exercícios semanais e diários
cuidadosamente elaborados, que incluem todas as capacidades citadas
anteriormente, com treinamento nas proporções adequadas e na seqüência certa
(COSTILL, 1991; STEWART e HOPKINS, 2000; INAL et al., 2001; COLWIN, 2000).
Planejamento anual
A maioria dos nadadores de categorias internacional e nacional treina dez a
onze meses por ano. Em geral, divide-se o ano em duas temporadas, cada um delas
culminando com um campeonato, a temporada de piscinas curtas, por que as
competições são realizadas em piscinas de vinte e cinco metros. E a temporada de
piscinas longas, onde as competições são realizadas em piscinas de cinqüenta
metros (MAGLISCHO, 1999; PLATONOV e FESSENKO, 2003b).
Cada uma das temporadas é dividida em várias fases e diferentes aspectos
do treinamento, todos conduzindo ao pico do desempenho próximo do término de
cada temporada específica (COSTILL, 1991). Cada temporada deve ser estruturada
de modo a haver um aumento gradativo na intensidade do treinamento desde o
começo da temporada, assim chamado de período preparatório, passando pelo
período especifico de treinamento, e com, o treinamento atingindo sua intensidade
máxima imediatamente antes do trabalho de polimento (MUJIKA, 1996; STEWART e
HOPKINS, 1997; MAGLISCHO, 1999; STEWART e HOPKINS, 2000, ISSURIN,
2001).
2. AVALIAÇÕES NO DESPORTO
Medir genericamente significa estabelecer ou designar um valor a algo físico.
Este valor é estabelecido por meio da comparação com instrumentos numéricos; ou
melhor, instrumentos de medida. Os instrumentos de medida são pré-determinados,
e visam registrar os resultados alcançados, e estabelecer a relação numérica, por
meio da comparação entre os resultados com aqueles contidos no próprio
instrumento (MARINS e GIANNICHI, 2003).
11
Os testes podem ser divididos em qualitativos e quantitativos. Os testes
qualitativos são aqueles que ostentam as características voltadas para análise das
habilidades físicas. Os testes quantitativos fazem comparação, julgamento e
classificação por meio de tabelas estabelecidas previamente. As tabelas podem ser
criadas a partir dos resultados alcançados individualmente ou em grupo e
comparados por meio de tratamento estatístico (MARINS e GIANNICHI, 2003).
Após a obtenção dos resultados aplica-se a avaliação que significa
interpretar os resultados, comparando-os com tabelas ou com os resultados
extrapolados. A avaliação possui duas características distintas como, a objetividade
e a subjetividade (WEINECK, 1999). A avaliação deve ser entendida como um
processo onde a partir de medidas e testes, quer seja através de meios complexos
ou simples, são fornecidas informações para a tomada de decisões e de
responsabilidades em ocasiões distintas. Assim constitui-se em um importante
instrumento, que possibilita o conhecimento da situação e o desenvolvimento de
determinado sistema (MATHEWS, 1980; KISS, 1987).
A característica que confere objetividade é efetuada por meio de instrumental
padronizado (numérico matemático) estabelecido por normas científicas, ou seja,
julga-se utilizando padrões estabelecidos e comprovados. A característica que
estabelece subjetividade à avaliação, é efetuada por meio do julgamento pessoal
(WEINECK, 1999).
Algumas pesquisas realizadas por meio da subjetividade, como Foster et al.
(2001) que utilizaram a escala de PSE em jogadores de basquetebol e ciclistas, para
determinar o nível de carga interna que o treinamento estava impondo aos atletas.
Borg et al. (1985) empregaram a tabela de PSE durante exercícios realizados em
bicicletas ergométricas, associando com o lactato sanguíneo e a freqüência
cardíaca.
Em outro estudo realizado Hooper et al. (1995) foram avaliados o tempo de
preparação física e a estimativa subjetiva da intensidade de treinamento de
nadadores, classificada numa escala de sete pontos, sendo numero “1” corresponde
a “muito, muito fácil” e “7” a “muito, muito difícil”. Segundo Hooper et al (1999) um
dos instrumentos de avaliações psicológicas mais utilizados para detecção do
12
excesso da carga no treinamento é o The Profile of Moode States (POMS). Este
questionário avalia o perfil de humor, analisando parâmetros de tensão-ansiedade,
depressão, raiva, vigor, fadiga, confusão e humor total. Atletas com treinamento
inadequado apresentam altos valores de distúrbios no humor total, depressão,
tensão e queda nos valores de vigor (HOOPER et al. 1995; MORGAN et al. 1987).
Raiva, vigor e fadiga também foram correlacionadas a elevadas cargas de
treino impostas ao organismo dos atletas (HOOPER et al. 1999). Vale lembrar que o
POMS não serve como diagnósticos da síndrome do excesso de treinamento, mas é
um método válido para detecção de mudanças do estado de humor consistente com
a condição do excesso de carga no treinamento (MORGAN et al. 1987). Bem como,
Sweet et al. (2004) utilizaram a escala de PSE, para determinar a intensidade de
treinamento em ciclo ergômetro no treinamento de resistência.
Algumas avaliações realizadas na natação a fim de diagnosticar o estado do
atleta durante o programa de treinamento são: o consumo máximo de oxigênio em
velocidade máxima padronizada parece ser um indicador satisfatório para predizer
as condições físicas do nadador. Este teste também pode ser chamado de T-30,
onde o nadador realiza um esforço ximo num ritmo regular durante todo o tempo
de 30 minutos, em seguida, os resultados são convertidos em velocidade média para
cada 100 metros, diante da divisão da distância nadada nos 30 minutos pelo tempo
total em segundos. Deve-se estabelecer alguns critérios, com o intuito de diferenciar
a fadiga normal causada pelo aumento no treinamento e o cansaço debilitante
decorrente do treinamento exagerado. Provavelmente quando o atleta nada com
maior lentidão em determinada concentração de lactato no sangue, ou quando faz o
mesmo tempo com uma concentração mais elevada, é possível que esteja sendo
muito exigido. Outra maneira de avaliação através do lactato é o lactato sangüíneo
em repouso, os atletas que exibem uma elevada concentração de lactato sangüíneo
numa situação de repouso provavelmente estarão apresentando sintomas de
cansaço (MAGLISCHO, 1999; COLWIN, 2000).
As avaliações por meio da freqüência cardíaca (FC) em situações de repouso
durante o treinamento o metodologias que podem ser utilizadas para determinar o
estado que se encontra o nadador em diferentes etapas e sessões do treinamento.
Uma FC mais elevada em repouso ou durante os nados mais padronizados pode
13
indicar que o atleta apresenta sinais negativos em relação ao treinamento (HOOPER
et al., 1995). Outros métodos mais sofisticados para a avaliação e monitoramento do
treinamento seriam a análise de enzimas como creatina fosfofrutocinase (CPK),
transaminase glutâmico-oxalacética sérica (TGOS) e lactato desidrogenase (LDH).
Grandes elevações de CPK podem constituir-se em sinal confiável de excesso de
treinamento. A análise de uréia, cortisol e 3-metil-histidina talvez sejam os melhores
métodos para o diagnostico do estado de treinamento do atleta. Uma grande
elevação na uréia sangüínea implica maior uso de proteína muscular. Quando isso
ocorre, os atletas podem perder a resistência e a potência muscular, afetando a
performance do nadador. O teste chamado de Perfil de Estado de Espírito (PEE),
pode ser uma metodologia muito boa para a identificação do excesso de
treinamento, caso possam ser estabelecidas normas para as elevações normais e
extranormais durante um treinamento puxado. Os treinadores devem estar aptos
para diferenciar entre a redução normal da perspectiva otimista do atleta, que
acompanha um aumento na metragem de treinamento, e uma tendência para a
depressão, que pode indicar cansaço (MAGLISCHO, 1999).
Um procedimento muito conveniente e fácil para a determinação da carga de
treinamento seria a escala de BORG (1998). O treinamento de acordo com uma
pontuação de esforço percebido também permite que os nadadores compensem as
variações periódicas ocorrentes na capacidade fisiológica. Talvez a vantagem deste
procedimento de avaliação é permitir que nadadores motivados progridam em seu
próprio ritmo e não de acordo com alguns testes pré-selecionados, ou seja, os
nadadores podem aumentar seus ritmos de treinamento ao se sentirem capazes de
fazê-lo, não tendo de esperar por novos resultados de testes, que vão lhe indicar
quando fazê-lo (MAGLISCHO, 1999).
A avaliação é o meio como se verifica o rendimento ou as respostas sobre as
atividades aplicadas no decorrer de um programa de treinamento pré-estabelecido
(PLATONOV, BULATOVA, 2003). Tenta-se averiguar se os critérios
preestabelecidos no plano geral de treinamento estão sendo atingidos durante o
processo de treinamento, ela deve ser dividida por etapas para facilitar o controle e a
aplicação. As etapas que compõem a avaliação estão enumeradas abaixo para um
melhor entendimento segundo (MARINS e GIANNICHI, 2003):
14
1. Definição de atributos.
2. Seleção de procedimentos.
3. Coleta dos dados.
4. Interpretação dos resultados.
5. Conclusão.
A definição de atributos é realizada após o planejamento minucioso dos
objetivos a serem atingidos, visando determinar o que se deve ou necessita-se
medir. A seleção de procedimentos é parte integrante e principal, na ocasião da
escolha das técnicas de medidas que serão adotadas e os instrumentos
necessários, ou seja, como medir. A coleta de dados é realizada imediatamente
durante a aplicação do teste e visa à catalogação dos resultados obtidos. A
interpretação dos resultados é feita por meio da análise e comparação dos dados
obtidos nos testes, onde estes dados podem ser comparados com dados pessoais
obtidos anteriormente, ou mesmo fazer uso de comparação com tabelas de
pesquisas de grupos. A conclusão é para que haja a tomada de consciência do
estado atual do indivíduo ou grupo de indivíduos (MARINS e GIANNICHI, 2003).
A avaliação é composta por três fases distintas e compreendidas como:
primeira fase a diagnóstica, a segunda é a fase formativa e a terceira e ultima é a
fase somatória. A fase diagnóstica é realizada logo no início do processo de
treinamento e objetiva caracterizar o indivíduo ou grupo a ser trabalhado. Assim
como estabelecer as bases para a aplicação dos treinamentos, e sobre bases
conscientes de conhecimento do estado atual dos atletas. A fase formativa é
realizada durante o processo de aplicação dos treinos, visa o acompanhamento
constante sobre a evolução/ involução do indivíduo ou do grupo de trabalho. A fase
somatória é aplicada ao final do processo de treinamento e objetiva concluir se a
proposta de trabalho ou meta foi alcançada ou mesmo quantificá-la em percentuais
ótimos de trabalho (WEINECK, 1999).
Os critérios básicos para a seleção de testes citados por Marins e Giannichi
(2003) e Kiss (1987) são:
15
1. Validade
2. Fidedignidade
3. Objetividade
A validade do teste relaciona-se ao fato de que se deve saber se o teste que
esta sendo aplicado, mede realmente aquilo que se deseja medir (KISS, 1987). A
fidedignidade do teste é obtida, quando da aplicação e reaplicação do teste em
condições (grupos, indivíduos) idênticas, dentro de seus padrões diretivos ou
protocolos legitimados, não se constata diferenças significativas, nos resultados
colhidos (KISS, 1987). A objetividade diz respeito ao fato de que independentemente
dos indivíduos que aplicam o teste, não diferenças significativas entre os
resultados (MARINS e GIANNICHI, 2003).
Não basta medir, o importante é avaliar, ou seja, julgar e interpretar de forma
justa, e, além disso, aplicar os resultados, visando o aperfeiçoamento do
desempenho (KISS, 1987). O processo de avaliação é um importante meio para,
controlar e monitorar o treinamento, para transferir conhecimentos e motivar os
atletas sobre o seu estado de condicionamento atual (WEINECK, 1999).
3. CONTROLE E MONITORAMENTO DO TREINAMENTO
Segundo Zakharov e Gomes (2003) podem ser utilizados três tipos de
controle do treinamento: controle por etapas, controle corrente e controle
operacional, sendo que cada um deles corresponde ao efeito do tipo de treinamento
utilizado. O controle por etapas avalia o estado do atleta em relação ao efeito
cumulativo de treinamento empregado em etapas prolongadas de preparação.
Controle corrente, ou contínuo, consiste em avaliar os resultados da soma das
cargas das séries, de várias sessões de treinamento, em etapas não prolongadas de
preparação, por exemplo, macrociclo. O controle operacional consiste em avaliar o
efeito imediato do treinamento, em uma sessão, ou no período de recuperação
depois da sessão diária de treinamento.
16
Com o objetivo de controlar os níveis de adaptação das cargas de
treinamento, surgem várias classificações que levam em conta a especificidade
motora dos desportos, a intensidade do trabalho muscular, as tarefas pedagógicas
que se desenvolvem durante o treinamento, a influência dos processos de
recuperação, o efeito sobre o trabalho sucessivo e a interação de um trabalho de
diferentes orientações (GOMES, 2002).
Os índices utilizados durante o controle do treinamento devem corresponder
às demandas de cada forma concreta de controle, à qualificação do atleta, ao nível
de aptidão, aos objetivos e tarefas de cada etapa da preparação anual (PLATONOV
e BULATOVA, 2003).
A avaliação e o monitoramento do treinamento é eficaz para a preparação de
atletas de alto nível, e para exercícios físicos voltados para a qualidade de vida e
saúde, para que não ocorram procedimentos incompatíveis com sua organização.
Segundo Borin e Moura (2005), o controle do treinamento é importante e
fundamental no desporto presente, por que permite conhecer o estado que o atleta
se encontra e pode auxiliar no ajustamento do programa de treinamento, levando em
conta o fracasso dos desempenhos objetivados inicialmente.
Em alguns casos é possível encontrar um ciclo continuo ou reincidente de
doenças, principalmente sobre o trato respiratório, dores corporais e lesões no
sistema muscular (HOOPER et al., 1995; MACKINNON e HOOPER, 1996; PYNE et
al., 2000). As citadas doenças assim como as modificações comportamentais que as
acompanham, no caso de serem observadas com antecedência, podem tornar-se
um meio para uma possível adequação sobre o volume e ou intensidade dos
treinamentos (MACKINNON e HOOPER, 1996; FOSTER, 1998).
Estabelecendo desta maneira um elemento para preservar energia vital e
diminuir os distúrbios causados pela quebra do equilíbrio orgânico, a avaliação e o
controle das cargas de treinamento, são antecipações que visam diminuir as
manifestações negativas as quais tornam-se muitos casos, um ciclo vicioso e
degradante da condição física e da saúde dos atletas. Quando diagnosticadas as
doenças e avaliadas ao longo do período de treinamento, podemos observar o ciclo
de treinamento com cargas mais altas, coincidindo em alguns casos, com condições
17
físicas dos atletas adversas ou pouco adaptadas aos mesmos, constituindo se um
risco para a integridade física deles (BUDGETT, 1998; KUIPERS, 1998).
Se durante as observações diárias as coincidências forem diagnosticadas
positivamente, pode-se antecipar possíveis modificações orgânicas e controlar seus
efeitos sobre o organismo, ou seja, as manifestações negativas deixam de existir ou
desaparecem por meio da manipulação antecipada sobre os elementos causadores
de distúrbio prejudiciais aos atletas (LEHMANN, et al., 1993; BUDGETT, 1998;
FOSTER, 1998).
Segundo Platonov, Bulatova (2003), a avaliação objetiva das qualidades e
capacidades físicas e dos principais sistemas funcionais, permite aos treinadores, e
aos próprios atletas a obter indicadores claros e precisos que sirvam de fundamento
para uma melhor tomada de decisões e administração do programa de treinamento,
para melhor desenvolvimento das capacidades físicas, velocidade, força,
coordenação, resistência e flexibilidade.
A prática regular de exercícios ocasiona adaptações fisiológicas benéficas ao
organismo. As principais mudanças dependem do tipo de exercício realizado, como:
aumento do consumo máximo de oxigênio, diminuição da FC de repouso em cargas
submáximas, aumento da força muscular, aumento do débito cardíaco máximo e
modulação da atividade de enzimas do metabolismo aeróbio e anaeróbio
(MAGLISCHO, 1999; PLATONOV e FESSENKO, 2003). Estas adaptações
fisiológicas estão associadas à menor prevalência de doenças degenerativas
(ACSM, 2000).
Segundo Halso e Jeukendrup (2004); Gouarne et al. (2005) durante um
período de treinamento agudo, a concentração de hormônios estressantes aumenta
com a intensidade do treinamento, por isso que atletas de alto nível devem após
sessões de treinos extenuantes devem ter períodos de recuperação. Além disso,
quando a concentração de cortisol no sangue é elevada, a produção de testosterona
é inibida, e, conseqüentemente, diminui a concentração sangüínea desse hormônio.
Dessa forma é lógico pensar que, quanto maior a intensidade do exercício, maior o
risco de aumento da degradação de proteínas musculares. O hormônio do estresse
altera r
18
de defesa têm, por exemplo, a capacidade de se multiplicar, o que aumenta as
chances de remover o agente infeccioso, visto que o estresse crônico diminui a
proliferação linfocitária (MACKINNON et al., 1997; HALSON e JEUKENDRUP,
2004).
Diferentes pesquisadores utilizam a medida de concentrações sangüíneas
basais de cortisol para avaliar o “estado catabólico” ou índice sanguíneo de
testosterona/cortisol para avaliar o equilíbrio anabólico/catabólico produzido por
diferentes tipos de treinamento (HALSON e JEUKENDRUP, 2004; MASO et al.,
2004).
Lehmann et al. (1998); Atlaoui et al. (2004) afirmam que quando o cortisol
esta em doses elevadas no organismo, sua presença estimula o catabolismo
protéico em certos órgãos (músculos, osso e tecido linfóide). Gabriel et al. (1998);
Atlaoui et al. (2004); Maso et al. (2004); Gouarne et al. (2005) comprovaram em suas
pesquisas que o cortisol inibe a incorporação de aminoácidos radiativos em
proteínas do músculo esquelético, isto é, tem um efeito “antianabólico” sobre a
síntese protéica. Estas ações determinam o balanço negativo do nitrogênio,
debilidade muscular e perda da matriz protéica do tecido ósseo. A perda da proteína
muscular determina a elevação dos níveis urinários de creatinina e a dissolução dos
linfócitos aumenta a excreção de acido úrico.
Lehmann et al. (1998); MacGuigan et al. (2004) afirmam que a deficiência do
cortisol ocorrerá diminuição da taxa de filtração e do fluxo renal plasmático;
diminuição evidente da capacidade de eliminar uma sobrecarga hídrica (podendo
acarretar uma intoxicação); aumento da excreção urinaria de dio e cloro com
retenção de potássio.
Atlaoui et al. (2004) analisaram os níveis de cortisol e cortisona na urina de
quatorze nadadores de alto nível (5 mulheres e 9 homens) submetido a um
programa de treinamento intenso, e foram testados após quatro semanas de
treinamento intenso, três semanas de treinamento de média intensidade e cinco
semanas de treinamento reduzido, a fim de controlar os níveis de estresse físico
decorrente do treinamento, e constataram diferenças nos níveis de cortisol e
cortisona nas diferentes intensidades e etapas, onde quanto maior a intensidade e
19
mais prolongadas as etapas, maiores os níveis de cortisol e cortisona, podendo
desta maneira realizar avaliações periódicas e monitorar o programa de treinamento.
Outros estudos apontam para a questão do distúrbio do sono e mudanças no
humor, que podem indicar fenômenos de superestimulação nervosa central, e que
podem surgir principalmente em treinamentos excessivos, treinamentos de força e
velocidade, por exemplo, e treinamentos realizados em períodos noturnos
(BUDGETT, 1998; WALDECK e LAMBERT, 2003).
A mensuração da FC basal de forma rotineira pode indicar treinos excessivos,
que conduzem conseqüentemente ao estado de vigília e desencadeia distúrbios que
elevam o estresse e produzem doenças (WALDECK e LAMBERT, 2003).
Quando a FC basal eleva-se se torna um indicativo residual do treinamento
do dia anterior, se a mesma permanecer em elevação, mostra-se um quadro de
estresse e possível excesso de treinamento. Caso FC basal começa a elevar-se
bruscamente e sem um motivo aparente, mesmo quando nenhuma mudança nos
treinamentos foi realizada, devem-se suspender os treinos a que a mesma
regularize-se (WALDECK e LAMBERT, 2003).
Waldeck e Lambert (2003) verificaram a FC durante o sono, e as possíveis
alterações decorrentes do treinamento (circuit training), em 10 mulheres submetidas
ao um programa de treinamento intenso por três semanas consecutivas, e
verificaram que a FC basal durante as semanas de treinamento mantiveram-se
elevadas.
Foster et al. (2001) aplicaram escalas de PSE (escala de Borg), e análise da
FC em ciclistas e jogadores de basquetebol durante o treinamento, com o propósito
de monitorar o treinamento aplicado a estes atletas.
Hooper et al. (1999) realizaram estudos para verificar o efeito do polimento na
natação. Foram monitoradas algumas variáveis importantes da recuperação durante
o polimento como: as variações fisiológicas, força dos nadadores, estado de humor e
classificação de bem-estar, mensurados em 10 nadadores de elite antes e depois de
duas semanas de polimento. Medidas fisiológicas incluíram FC em repouso; pressão
sangüínea; concentração de lactato sangüíneo; células vermelhas no sangue,
20
células brancas no sangue; cortisol plasmático, testosterona livre, e concentração de
catecolamina. Medidas coletadas depois do teste de natação realizando 100 m no
máximo esforço e 200 m submáximo incluíram FC, pressão sangüínea, cortisol e
concentração de lactato sangüíneo. Os resultados da análise de regressão mostrou
que mudanças na concentração de cortisol plasmático, FC depois do esforço
máximo e confusão mental medido pelo POMS, obtiveram mudanças significativas
com a diminuição do treinamento, os autores concluíram que o período de polimento
pode ser monitorado e que a precisão do prognostico de alterações da performance
se deve às mensurações de fatores fisiológicos e psicológicos antes e após este
período.
Bishop (2003) analisou a concentração de lactato [La-] e a FC, e análise de
gases em remadores de Kayak por meio de testes de intensidades máximas, foram
avaliados 16 remadores, onde realizaram testes de 10 e 20 minutos de cargas
constante no ergômetro de Kayak, e os resultados mostraram que a FC e o VO
2
max., foram excelentes indicativos da intensidade durante os testes de 20 minutos
no ciclo ergômetro, sendo possível o monitoramento das intensidades durante o
processo de treinamento aplicado aos atletas.
Foster (1998), utilizou a escala de PSE (CR-10) estabelecida por Borg (1982),
em 25 patinadores (16 do sexo masculino e 9 do sexo feminino), que participavam
de um programa de treinamento sistematizado e de competições nacionais e
internacionais. Foi aplicado aos atletas no inicio e no final de cada sessão de
treinamento uma escala de cansaço, e no final de cada sessão uma escala de
intensidade do treinamento. Estas escalas, ligadas ao tempo da sessão de
treinamento, a fim de estimar a carga interna diária e semanal de treinamento, foram
realizados os seguintes cálculos, o produto da duração da sessão pelo grau de
dificuldade obtido na escala, a monotonia, foi obtida através da média das cargas
dividida pelo desvio-padrão, e o strain, que seria a demanda da carga sobre o
organismo do atleta, é o produto da carga semanal pela monotonia. O autor pode
observar que altos índices de cansaço apresentados pelos atletas está relacionado
quando os mesmo excedem seu limiar individual de treinamento, principalmente em
relação às altas cargas impostas ao seu organismo.
21
A escala de Borg foi originalmente desenvolvida com a finalidade de monitorar
o treinamento durante a reabilitação cardíaca Tabela 01. Ensinava-se aos pacientes
a igualar as intensidades de trabalho a um número existente numa escala. Os
pesquisadores notaram que seus pacientes aprendiam a monitorar a intensidade do
treinamento com rapidez e precisão aceitável (BORG, 1982; BORG, 2000).
Tabela 01. Escala de Borg, do nível 6 ao 20 (Borg, 1982).
6
7 Extremamente fácil (Very, very light)
8
9 Muito fácil (Very light)
10
11 Fácil (Fairly light)
12
13 Moderado (Somewhat hard)
14
15 Forte (Hard)
16
17 Muito forte (Very hard)
18
19 Extremamente forte (Very, very hard)
20
A escala de Borg original classificava a intensidade dos exercícios de 6
(extremamente fácil) a 20 (extremante forte) (BORG, 1982). Mais recentemente foi
estabelecida uma nova escala (CR-10), com menos níveis de esforço (de 0 a 10), de
melhor empregabilidade e entendimento dos indivíduos avaliados Tabela 02 (BORG,
1982).
22
Tabela 02. Escala de Borg, com apenas 10 níveis de esforço (Borg, 1982).
0 Nada (Nothing at all)
0,5 Extremamente fraco (Very, very weak) Apenas observável (just noticeable)
1 Muito fraco (Very weak)
2 Fraco (Weak) Leve (light)
3 Moderado (Moderate)
4 Algo pesado (Somewhat strong)
5 Forte (Strong) Pesado (Heavy)
6
7 Muito forte (Very strong)
8
9
10 Extremamente forte (Very, very strong) Máximo percebido (almost max)
Segundo Foster (1998, 2001); Impellizzeri et al. (2004); Suzuki (2006) a
escala adaptada, graduada de 1 a 10, aliada ao tempo de treinamento ao longo do
micro ciclo, procura estimar a carga interna da semana (em unidades arbitrarias),
monotonia e a demanda dessa carga (strain) sobre o organismo do atleta. O mesmo
autor aponta que cada um desses aspectos parece guardar uma certa
independência dos demais e ajudam a explicar episódios de doenças infecciosas
que podem estar associados a uma queda na atividade do sistema imunológico,
provocada por uma carga interna acima dos valores desejáveis (SWEET et al.,
2004); portanto a escala de Borg foi adaptada como mostra a Tabela 03.
23
Tabela 03. Escala de Borg adaptada por Foster (1998).
1 Muito fraco
2 Fraco
3 Moderado
4 Algo forte
5 Forte
6
7 Muito forte
8
9
10 Muito, muito forte
Outros estudos utilizando a mesma metodologia para estimativa da carga
interna de treinamento em modalidades desportivas coletivas e individuais, porém
com a correção pela duração da sessão, também tem se mostrado uma alternativa
válida para a avaliação e monitoração do treinamento (GEARHART et al., 2001,
2002; DAY et al., 2004; IMPELLIZZERI et al., 2004; LAMBERTS et al., 2004;
PETTEYS e FOSTER, 2004; SUZUKI at al., 2006).
O strain, segundo Foster (1998); Dantas, (2003) vem em decorrência do
emprego de excessivas cargas de trabalhos dentro de um processo de treinamento.
Ele poderá ser detectado, precocemente, pela observação de diversos sintomas
como: aumento da freqüência cardíaca basal, diarréia, irritabilidade, perda de peso,
insônia, lesões musculares constantes, diminuição da capacidade de concentração
entre outras.
No entanto, quando a prática de exercícios é mal orientada, o praticante pode
desenvolver condições indesejadas, tal como a ndrome do excesso de
treinamento. Tal síndrome é uma condição complexa, caracterizada por um conjunto
de sinais e sintomas, em respostas a um planejamento inadequado do treinamento
esportivo (HOOPER, 1996). Esta síndrome é comumente notada em atletas que
24
realizam um programa de treinamento mal planejado, caracterizado por grandes
volumes e altas intensidades, sem um período de recuperação adequado
(BUDGETT, 1990), podendo haver uma complicação por fatores estressores
psicossociais, calendário esportivo preenchido por várias competições, treinamento
monótono, dieta imprópria e muitos outros fatores o necessariamente
relacionados ao treinamento.
O principal indício da síndrome do excesso de treinamento é a diminuição
constante do desempenho mesmo após um período de treinamento leve ou
moderado e de descanso total, sendo que o desequilíbrio entre o treinamento e a
recuperação, pode ocorrer à fadiga crônica, dores musculares, perda de peso, sono
inadequado, alterações no estado de humor e doenças freqüentes, principalmente
infecções do trato respiratório superior (MACKINNON e HOOPER, 1996;
MACKINNON et al., 1997).
O tratamento para a síndrome do excesso de treinamento poderá ser feito por
meio da interrupção do treinamento, podendo durar semanas a meses. Apesar de
serem bem apresentados e constituídos, os sinais e sintomas do excesso de
treinamento ainda não são suficientes para a afirmação de um diagnostico padrão
para a detecção da síndrome. Muitos trabalhos apresentados pela literatura
empregam alterações hormonais, imunológicas, fisiológicas, hematológicas e
psicológicas, na expectativa de detectar os indício de excesso de treinamento
(LEHMANN et al., 1991; LEHMANN, 1992; LEHMANN et al., 1993).
25
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Amostra
A amostra foi composta por 26 nadadores: sendo 17 atletas do sexo
masculino 9 atletas do sexo feminino, com pelo menos cinco anos de participação na
equipe de treinamento pertencente à equipe de natação Sociedade Esportiva Gran
São João da cidade de Limeira - SP, filiada a Federação Aquática Paulista (FAP). As
categorias analisadas foram: Infantil I e Infantil II (13-14 anos, respectivamente),
Juvenil I e Juvenil II (15-16 anos, respectivamente), Júnior I e Junior II (17-18 anos,
respectivamente) e Sênior, acima de 18 anos, das especialidades, velocistas, meio-
fundistas e fundistas, onde pertenciam 5 atletas da categoria Infantil I, 2 atletas da
categoria Infantil II, 4 atletas da categoria Juvenil I, 7 atletas da categoria Juvenil II, 2
atletas da categoria Junior I, 3 atletas da categoria Junior II e 3 atletas da categoria
Sênior.
A participação dos atletas na pesquisa foi espontânea e voluntária após terem
assinado o termo de esclarecimento (Anexo A). O projeto teve aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa da UNIMEP protocolo nº 47/06 (Anexo B).
Protocolos de Avaliações:
Avaliações Antropométricas
Foi determinado em todos os atletas o peso em quilogramas (Kg), medido em
uma balança Filizola ® com precisão de 100 gramas, a estatura em estadiômetro
com precisão de 0,1 centímetro (cm) e o percentual de gordura (%G) por dobras
cutâneas determinadas pelo compasso de dobras cutâneas de marca Sanny ® com
definição de 0,1 mm. As avaliações foram realizadas na primeira semana do período
de base (A1), na primeira semana do período específico (A2) e na última semana do
polimento do programa de treinamento (A3) – Quadro 01.
A avaliação da composição corporal foi medida por meio da técnica de dobras
cutâneas. Os valores de todas as dobras foram coletados do lado direto do corpo
com os atletas em posição anatômica e com a musculatura relaxada utilizando o
protocolo Faulkner (1968), citado por Marins e Giannichi (2003) que constitui as
dobras cutâneas triciptal, subescapular, supra-ilíaca e abdominal.
26
Quadro 01. Período de coletas de dados das avaliações antropométricas.
Macrociclo de treinamento
Meso. Base Específico Polimento
Micro. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Avaliações
Antropométricas
A1 A2 A3
Controle de carga do treinamento:
Para a realização da avaliação e monitoramento do treinamento foram
utilizadas duas escalas: a de percepção de cansaço Borg, (1982) (Anexo C) e de
PSE do treinamento (FOSTER, 1998) (Anexo D). As escalas foram aplicadas todos
os dias, no inicio e no final de cada microciclo, sendo feita nas dependências da
piscina, a fim de avaliar o impacto das cargas do treinamento sobre o organismo dos
nadadores. A escala de PSE do treinamento também foi aplicada ao cnico no final
de cada sessão de treinamento, a fim de comparar com o grau de esforço obtido
com os nadadores.
A pesquisa teve duração de 18 semanas, 5 dias por semana no horário de
treinamento da equipe, com duração aproximada de duas horas e trinta minutos.
Realizou-se a coleta de dados todos os dias, correspondente ao macrociclo
semestral de treinamento, denominado de período de base, período especifico e
período de polimento, organizado pelo técnico responsável pela equipe (Quadro 02).
O programa de treinamento de todos os atletas abrangeu o treinamento
dentro e fora da água. O treinamento fora da água consistiu de exercícios de
resistência de força executados com elástico, além de abdominais, exercícios de
flexibilidade e corridas, enquanto o treinamento dentro da água consistiu de
exercícios de nado completo, desenvolvendo as capacidades físicas força,
velocidade, resistência aeróbia e anaeróbia, coordenação em suas manifestações
(Anexo E). Não houve diferença no treinamento entre as categorias e os gêneros,
todos realizaram o mesmo treinamento até o final do programa. Apenas os
nadadores que obtiveram índices participaram das competições Paulistas de (26
nadadores) e Brasileiros (5 nadadores), no Troféu José Finkel apenas dois
27
nadadores participaram e não houve modificação no treinamento. Cabe aqui
destacar, que a elaboração do programa de treinamento foi de total responsabilidade
do técnico da equipe e que não houve por parte do investigador qualquer
interferência na sua aplicação ou possíveis modificações realizadas no mesmo.
Quadro 02. Periodização proposta pelo técnico.
Macrociclo de treinamento
Meso. Base Específico Polimento
Micro. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Em relação ao volume de treinamento 100 % dos atletas (26 atletas),
nadaram em média no período de base 23.150 metros semanais, no período de
preparação especifica de treinamento 17.381,2 metros semanais e 8.737,5 metros
semanais no período de polimento.
Local de realização das avaliações:
As avaliações foram realizadas sempre em piscinas de 25 metros,
descoberta, que apresentavam todos os critérios mínimos exigidos pela Fédération
Internationale de Natation (FINA), quanto às medidas, para realização de
competições oficiais, inclusive raias antimarolas. A temperatura da água variou entre
26 e 27ºC;
Procedimentos Estatísticos:
Após a coleta de dados os valores, foram transcritos em planilha específica e
armazenados em banco de dados computacional, produzindo-se informações no
plano descritivo por meio de medidas de centralidade e dispersão e, no inferencial
utilizou-se a analise de variância não paramétrica (Kruskal-Wallis) – Normam &
Streiner (1994).
28
5. DESCRIÇÃO DA PROGRAMAÇÃO DO TREINAMENTO
O treinamento foi elaborado de acordo com Maglischo (1999), sendo que a
periodização foi composta por um macrociclo, dividido em três mesociclos (base,
específica e polimento) (Anexo F). O técnico elaborou sua programação utilizando a
nomenclatura de acordo com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
(CBDA, 2002). Não houve diferença no treinamento para as categorias.
Quadro 03. Dinâmica em função do tempo do esforço, intensidade da carga e
vias energéticas (Maglischo, 1999; Platonov, 2005; CBDA, 2002).
Sistemas Objetivos A B C D E F F.C. Lac.
Fontes
Energéticas
Exemp.
Séries
Regenerativo Recuperação A1 Reg. Reg. I Reg.
A0
100
0-02
mmol/l
Oxigênio 400
nadando
Mínimo/ Endurance Manutenção A2 End1 SUB II
Aerób.
fraco
A1
120
160
0-04
mmol/l
Oxigênio
10x100
20”
Endurance Resistência geral End1 End2
Super
Aeróbio
III
Aerób.
forte
A2
140
180
02-04
mmol/l
Oxigênio
8x100
30”
VO2max/
LimiarAnaer.
Resistência geral End2 End3 VO2 III VO2
A3
160
200
04-06
mmol/l
Oxigênio/
Glicogênio
6x100
45”
Resist. e Tolerância
ao lactato
Potência (Pot.) An1 SP1
R. An
T. lac.
IV
R. Na
T. lac.
An1
An2
180
200
06-16
mmol/l
Glicogênio
Muscular
4x100
3’ ou
3x100 5’
Produção máxima
lactato
Potência/ força
explosiva
An2 SP2 P. An. V P. An
An3
200
220
Acima 10
mmol/l
Glicogênio
Muscular
4x50
5’
Anaeróbio alático Velocidade (Vel.) An3 SP3 Velo Velo Velo
AA
180
200
0-02
mmol/l
ATP/ CP 4x25 1’
Fonte: Adaptado de Maglischo, 1999; Platonov, 2005; CBDA, 2002.
Período de Preparação de Base
Este período (Anexo E) teve duração de 8 semanas, que corresponde a 40 %
do total de microciclos de treinamento do semestre. O volume semanal médio de
nado foi de 23.150 metros semanais, no total de 185.200 metros, com cinco sessões
semanais de treinamento. A ênfase do treinamento na água foi trabalhar a
resistência aeróbia, velocidade e técnica de nado. O treinamento fora da água teve
como objetivo a resistência de força e flexibilidade. Foram realizadas corridas de
vinte a quarenta minutos de duração antes do trabalho na água em todas as
29
sessões durante do o período, trabalhos de resistência de força com elásticos de
cinco a dez séries de um minuto e exercícios de abdominal.
O trabalho aeróbio foi realizado por meio de ries com repetições curtas e
pouco tempo de descanso e séries de repetições longas com ênfase no nado crawl,
porém com algumas repetições no nado principal de cada nadador (borboleta,
costas, peito e medley). Foram também, realizados séries de repetições apenas com
os membros superiores (braçadas) e apenas com os membros inferiores (pernadas).
A intensidade da resistência aeróbia foi programada para estar próximo ou abaixo do
limiar anaeróbio individual. Esta quantificação da intensidade foi estipulada por
testes de lactato individual no nado crawl, no início do mesociclo pelo técnico
responsável pela equipe. Foi utilizado o protocolo proposto por Mader; Heck e
Hollmann (1978), onde os nadadores realizaram duas repetições de 200 metros
nado crawl, a 90 e 95% da velocidade máxima atingida na mesma distancia. Após o
primeiro e o terceiro minuto da realização de cada “tiro”, coletou-se 25 ml de sangue
do lobo da orelha, para dosagem do lactato. Por meio de interpolação linear
determinou-se a velocidade correspondente a uma concentração de 4 mM de lactato
(limiar anaeróbio).
Foram realizados diversos exercícios educativos para aprimorar a técnica dos
quatros nados mais o medley, e exercícios de saídas e viradas. Estes exercícios
foram realizados com baixa intensidade e os atletas executaram o nado
concentrado-se na técnica mais correta e atendendo-se para suas particularidades
técnicas e limitações individuais. Foram realizadas repetições de velocidade de 25m
com intensidades máximas e intervalos para recuperação completa.
A resistência de força específica foi realizada por meio de exercícios com
palmares para membros superiores, nadadeiras para membros inferiores e utilização
de calção com bolsos. Durante este período, trabalho-se os exercícios de resistência
de força todos os dias.
A flexibilidade foi trabalhada durante todo o semestre de maneira homogenia,
sendo que os atletas realizavam três séries de quinze segundos cada exercício de
flexibilidade, individualmente ou em duplas todos os dias no treinamento fora da
água.
30
Tabela 04. Quantificação, em metros, e em porcentagem das variáveis do
treinamento na água durante o período de preparação de base (8 semanas).
Variáveis Metragem Porcentagem
Aeróbio I 47.200 35,02%
Aeróbio II 19.900 14,77%
Aeróbio III 6.900 5,12%
Potência 3550 2,63%
Tolerância ao lactato 900 0,67%
Velocidade 5.000 11,13%
Educativo/ Aquecimento 41.300 30,65%
Total 124.750 100%
Para a nomenclatura utilizada acima, pode-se também relacioná-la com a
intensidade de esforço conforme a nomenclatura citada por Maglischo (1999), sendo
que a resistência aeróbia envolve os nados em intensidades de AI, AII; o limiar
anaeróbio, determinado por meio da velocidade crítica (VC) corresponde a AIII, onde
os nadadores realizaram “tiros” de 100, 200 e 400 nado crawl, registrando-se os
tempos para calculo da velocidade média. A velocidade crítica foi encontrada através
da inclinação da reta de regressão entre as distâncias e seus respectivos tempos; a
velocidade pode também ser classificada como AN3 e AA; os exercícios educativos
não possuem uma intensidade padrão, em alguns casos são classificados como A0;
o aquecimento pode ser classificado como AII; e o nado solto como AI. Os trabalhos
de tolerância ao lactato e potencia são chamados respectivamente de AN1 e AN2.
Período de Preparação Específica
Este período (Anexo E) teve duração de 08 semanas, que corresponde 40%
dos microciclos de treinamento do semestre. O volume semanal médio de nado foi
de 17.381,2 quilômetros, sendo realizado em cinco sessões. Neste período,
observamos uma diminuição de 24,9% na metragem em relação ao período anterior.
31
Neste período, a ênfase do treinamento na água continuou sendo a
resistência aeróbia, com acréscimo do trabalho anaeróbio, velocidade e técnica de
nado, sendo que a intensidade do treinamento aumentou e o volume diminuiu. O
treinamento fora da água foi diminuído no volume e foram feitos apenas exercícios
com elástico. As outras atividades como, corridas, flexões de membros superiores e
o trabalho de flexibilidade foram desenvolvidos durante todo o semestre de maneira
homogênea, seguindo a mesma metodologia do período anterior.
O trabalho aeróbio foi realizado por meio de séries com repetições de
distancias dias e longas com descansos curtos entre as repetições, nadando
crawl e nos nados de competição, completos ou apenas trabalhos para membros
superiores (braçada) e membros inferiores (pernadas). Os atletas também
realizaram repetições em sobrecarga, nadando com palmares, nadadeiras e calção
com bolsos. As intensidades das repetições com ênfase na resistência aeróbia foram
programadas para o tempo no limiar anaeróbio individual ou abaixo desta
intensidade, determinado por testes de lactato, ou VC. Esta quantificação da
intensidade teve como parâmetros a VC, sendo denominada de AIII, as intensidades
inferiores ao limiar anaeróbio foram denominadas AI e AII, como descrito
anteriormente, onde houve um acréscimo de 10% no tempo individual para a
intensidade AI na distância de 100 m, e na intensidade AII houve um acréscimo de
5% no tempo individual, ou seja, uma diminuição de 10% e 5% na velocidade de
nado individual respectivamente.
Foram realizados diversos exercícios educativos para aprimoramento da
técnica dos quatros nados, com maior ênfase no nado de competição individual. Os
atletas executavam o nado concentrando-se na técnica mais correta e atentando-se
para suas particularidades técnicas e limitações individuais.
Os atletas realizaram séries de velocidade de 25 m com intensidade máxima
com intervalo completo, para que não houvesse acumulo de lactato muscular.
Também houve séries de velocidade com recuperação incompleta, mas com ries
curtas, 20m e 15m. Foram realizados exercícios de velocidade de saída e viradas,
séries de repetições de 50 metros.
32
O treinamento de resistência anaeróbia (AIII) foi realizado com baixo volume
de nado, sendo realizado por meio de repetições curtas, de alta intensidade e
recuperação incompleta.
Nesta fase também foi priorizado o trabalho de força dentro da água. Foram
utilizados os materiais palmares, nadadeiras e calções de bolsos. A característica
deste trabalho em sobrecarga foi de repetições de velocidade em sobrecarga,
caracterizando um treinamento de potência.
A resistência de força específica foi realizada por meio de repetições maiores
utilizando palmares para trabalho de membros superiores e nadadeiras para
membros inferiores. Durante este período, o programa de resistência de força foi
realizado todos os dias.
Tabela 05. Quantificação, em metros, e em porcentagem das variáveis do
treinamento na água durante o período de preparação específica (8 semanas).
Variáveis Metragem Porcentagem
Aeróbio I 37800 29,05%
Aeróbio II 18000 14,06%
Aeróbio III 13500 10,54%
Potência 3000 7,03%
Tolerância ao lactato 1000 1,95%
Velocidade 14700 11,4%
Educativo/ Aquecimento 40000 31,87%
Total 128.000 100%
33
Período de Polimento
Este período (Anexo E) teve duração de 02 semanas, que corresponde a 20%
dos microcilos de treinamento do semestre. O volume semanal médio foi de 8.737,5
quilômetros semanais com cinco sessões semanais de treinamento. Neste período
pode-se observar uma diminuição de 49% na metragem em relação ao período
anterior. A distribuição do volume de nado nas duas semanas esta representada no
Quadro 04.
Neste período, o treinamento enfatizou a resistência aeróbia, resistência
anaeróbia e a velocidade, sendo que a intensidade do treinamento não se alterou e
o volume diminuiu. O treinamento fora da água consistiu em apenas no trabalho de
flexibilidade.
O trabalho foi realizado por meio de séries com repetições de distâncias
medias e longas com descanso curto entre as repetições, nadando no estilo de
competição ou apenas membros superiores (braçada) ou apenas membros inferiores
(pernadas). A intensidade das repetições com ênfase na resistência aeróbia foi
programada para o tempo no limiar anaeróbio individual (AIII) ou abaixo desta
intensidade (AII e AI).
Os exercícios educativos foram menos enfatizados comparando aos períodos
anteriores, sendo que os atletas realizaram exercícios para aprimorar a cnica dos
nados de competição individual. Os atletas executavam o nado concentrando-se na
técnica mais correta e atentando-se para suas particularidades técnicas e limitações
individuais. Nesta fase também foi trabalhada a parte técnica e saídas e viradas,
com intensidade máxima (velocidade).
A velocidade foi trabalhada por meio de repetições de 25m com intensidades
máximas com intervalos de recuperação completa, para que não houvesse acúmulo
de lactato muscular. Foram realizados repetições de velocidade com intervalos
curtos de recuperação incompleta, mas com séries curtas, para não elevação
acentuada de lactato sangüíneo. Foi mais explorada, comparado aos períodos
anteriores, a velocidade de saídas e viradas, repetições de 12,5 e 25 metros, além
de repetições máximas na metragem do nado de competição.
34
O treinamento de resistência anaeróbia foi realizado maior volume de nado,
sendo realizado por meio de repetições curtas, de alta intensidade de recuperação
incompleta e por meio de repetições no nado de competição e recuperação
completa e incompleta.
A flexibilidade continuou sendo desenvolvida conforme os períodos
anteriores, sendo que os atletas realizavam três séries de exercícios de flexibilidade,
individual ou em duplas, três vezes por semana.
Tabela 06. Quantificação, em metros, e em porcentagem das variáveis do
treinamento na água durante o período de polimento (2 semanas).
Variáveis Metragem Porcentagem
Aeróbio I 9200 25,04%
Aeróbio II 2000 5,05%
Aeróbio III 1700 4,07%
Potência 1400 3,08%
Tolerância ao lactato 0 0%
Velocidade 3000 8,03%
Educativo/ Aquecimento 18800 52%
Total 19.180 100%
35
36
6. RESULTADOS
A partir dos dados coletados nas variáveis: metragem diária, duração da
sessão, PSE da sessão dos nadadores, PSE da sessão do técnico, carga da
sessão, carga semanal, monotonia e strain apresentadas na tabelas de 7 a 46,
divididas em: i) Etapas do Treinamento, ii) Categoria do Nadador, iii) Nado dos
Atletas, iv) Competições e v) Especialidade.
I) Etapas do Treinamento
Tabela 07. Medidas descritivas da metragem diária segundo etapa do treinamento
Medida Etapas do Treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V. Mínimo 2800,0 1900,0 300,0
Metragem Mediana 5000,0c 5000,0b 3000,0a P<0,01
Diária(m) V. Máximo 6000,0 5100,0 4600,0
Média 5036,2 4321,7 2923,6
D. Padrão 774,5 874,0 1115,8
(1) Duas medianas seguidas de pelo menos uma mesma letra minúscula não diferem entre si (p<0,01).
Particularmente quanto à etapa de treinamento (Tabela 07) verifica-se pelos
valores medianos que a metragem diária aplicada aos atletas diferem nos três
períodos, tendo seu menor valor no polimento.
Tabela 08. Medidas descritivas da duração da sessão segundo etapa do treinamento
Medida Etapas do Treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V. Mínimo 90,0 30,0 40,0
Duração Mediana 180,0c 120,0b 80,0a P<0,01
da Sessão V. Máximo 240,0 180,0 120,0
(minutos) Média 174,7 113,8 77,9
D. Padrão 49,3 32,3 21,7
37
Quanto a duração da sessão (Tabela 08) observa-se pelos valores medianos
que no período de preparação geral apresentou uma maior duração em minutos da
sessão de treinamento. Onde o tempo de duração de cada sessão diferem em cada
etapa, apresentando seu menor valor no polimento.
Tabela 09. Medidas descritivas da PSE da sessão segundo etapa do treinamento
Medida Etapas do Treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V. Mínimo 1,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 6,0c 5,0b 3,0a P<0,01
Sessão V. Máximo 10,0 10,0 6,0
Média 5,6 4,9 3,1
D. Padrão 2,2 2,1 1,8
Os resultados da PSE da sessão do treinamento (Tabela 09) segundo os
atletas, demonstrados pelos valores medianos observa-se que o período de
preparação geral apresentou o maior valor. O polimento apresentou o menor valor
em relação aos outros períodos de treinamento.
Tabela 10. Medidas descritivas da PSE da sessão do técnico segundo etapa do treinamento
Medida Etapas do Treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V. Mínimo 1,0 2,0 2,0
PSE da Mediana 6,0c 5,0b 3,0a P<0,01
Sessão do V. Máximo 10,0 9,0 5,0
Técnico Média 5,9 4,7 2,9
D. Padrão 2,1 2,1 1,0
38
A PSE segundo o técnico (Tabela 10), observa-se pelos valores medianos
que no período de preparação geral foi maior em relação aos outros períodos, tendo
seu menor valor no polimento.
Tabela 11. Medidas descritivas da carga da sessão segundo etapa do treinamento
Medida Etapas do Treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V. Mínimo 60,0 60,0 40,0
Carga da Mediana 960,0c 480,0b 180,0a P<0,01
Sessão V. Máximo 2400,0 1800,0 720,0
Média 1010,1 576,1 271,3
D. Padrão 529,4 336,4 99,9
Quanto à carga da sessão de treinamento (Tabela 11), apresentadas pelos
valores medianos que no período de preparação geral foi maior em relação aos dois
outros períodos, sendo que o polimento apresentou o menor valor.
Tabela 12. Medidas descritivas da carga semanal segundo etapa do treinamento
Medida Etapas do Treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V. Mínimo 800,0 660,0 240,0
Carga Mediana 3770,0c 2470,0b 715,0a P<0,01
Semanal V. Máximo 6917,0 5320,0 52380,0
Média 3897,9 2506,2 1269,1
D. Padrão 1087,9 962,0 889,0
Na carga semanal (Tabela 12) verifica-se pelos valores medianos que no
período de preparação geral a carga imposta aos atletas foi maior que aos outros
períodos, onde o período de polimento demonstrou a menor carga.
39
Tabela 13. Medidas descritivas da monotonia segundo etapa do treinamento
Medida Etapas do Treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V. Mínimo 1,0 1,2 1,4
Monotonia Mediana 2,6b 2,0a 2,3ab P<0,01
V. Máximo 14,6 9,4 6,1
Média 3,3 2,4 3,0
D. Padrão 2,4 1,1 1,6
Na monotonia de treinamento (Tabela 13) demonstrado pelos valores
medianos no período de preparação geral e de polimento foram encontrados os
maiores valores, tendo seu menor valor no especial.
Tabela 14. Medidas descritivas do strain segundo etapa do treinamento
Medida Etapas do Treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V. Mínimo 1038,0 205,0 362,0
Strain Mediana 9775,0c 4705,0b 3674,0a P<0,01
V. Máximo 88162,0 23868,0 9790,0
Média 13614,2 5609,2 3735,2
D. Padrão 13155,1 3309,0 2885,7
O strain quanto a etapa de treinamento (Tabela 14), verifica-se pelos valores
medianos que diferem nos três períodos, tendo seu maior valor no geral e menor no
polimento.
40
II) Categoria do Nadador
Tabela 15. Medidas descritivas da metragem diária segundo categoria do nadador
Medida Categorias P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V. Mínimo 1900,0 1900,0 1900,0 1900,0 300,0 300,0 300,0
Metragem Mediana 5000,0 5000,0 5000,0 5000,0 5000,0 4600,0 5000,0 P>0,05
Diária(m) V. Máximo 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0
Média 4599,6 4586,8 4699,1 4700,3 4471,0 4260,7 1099,1
D. Padrão 908,6 894,2 878,7 883,4 1089,0 1182,7 1099,1
Quanto as categoria dos nadadores (Tabela 15) verifica-se pelos valores
medianos que a metragem diária aplicada aos atletas não diferem nos três períodos.
Tabela 16. Medidas descritivas da duração da sessão segundo categoria do nadador
Medida Categorias P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V. Mínimo 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0
Duração Mediana 130,0ab 130,0ab 135,0b 130,0ab 120,0a 120,0a 130,0ab P<0,05
da V. Máximo 240,0 240,0 240,0 130,0 240,0 240,0 240,0
Sessão Média 137,6 137,0 145,9 130,0 133,8 125,2 135,6
(minutos) D. Padrão 50,6 49,6 50,8 51,3 52,5 52,3 52,6
Na da duração da sessão de treinamento (Tabela 16) observado pelos
valores medianos que as categorias Infantil I, Infantil II, e Juvenil II e Sênior não
houve diferenças entre elas, onde apenas na categoria Juvenil I apresentou maior
tempo que as outras categorias.
41
Tabela 17. Medidas descritivas da PSE da sessão segundo categoria do nadador
Medida Categorias P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V. Mínimo 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 6,0b 5,0ab 5,0ab 5,0ab 6,0b 5,0ab 4,0a P<0,01
Sessaõ V. Máximo 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 9,0 8,0
Média 5,7 5,3 5,0 4,9 5,4 4,8 4,1
D. Padrão 2,0 1,9 2,2 2,2 2,2 2,2 2,1
Nos resultados da PSE da sessão do treinamento (Tabela 17) segundo os
atletas, observa-se pelos valores medianos que as categorias Infantil I e Junior I
apresentaram os maiores valores, tendo apresentado o menor valor a categoria
Sênior.
Tabela 18. Medidas descritivas da PSE da sessão do técnico segundo categoria do nadador
Medida Categorias P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V. Mínimo 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 5,0 5,0 6,0 6,0 5,0 5,0 5,0 P>0,05
Sessaõ do V. Máximo 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 9,0 8,0
Técnico Média 5,7 5,3 5,0 4,9 5,4 4,8 4,1
D. Padrão 2,0 1,9 2,2 2,2 2,2 2,2 2,1
Quanto PSE segundo o técnico (Tabela 18) verifica-se pelos valores
medianos para todas as categorias que não houve diferença significativa.
42
Tabela 19. Medidas descritivas da carga da sessão segundo categoria do nadador
Medida Categorias P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V. Mínimo 63,0 60,0 90,0 90,0 40,0 40,0 40,0
Carga da Mediana 780,0b 650,0ab 720,0b 660,0ab 720,0b 520,0a 520,0a P<0,01
Sessão V. Máximo 2400,0 21600,0 2400,0 2400,0 2400,0 2160,0 1680,0
Média 825,9 762,6 775,7 752,9 783,3 653,7 602,8
D. Padrão 503,0 461,4 480,2 484,2 519,1 490,0 423,0
Na carga da sessão de treinamento (Tabela 19), demonstradas pelos valores
medianos, observa-se que nas categorias Infantil I, Juvenil I e Junior I apresentaram
as maiores cargas da sessão de treinamento, e as categorias Junior II e Sênior
apresentaram as menores cargas.
Tabela 20. Medidas descritivas da carga semanal segundo categoria do nadador
Medida Categorias P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V. Mínimo 800,0 980,0 750,0 660,0 300,0 300,0 240,0
Carga Mediana 3225,0b 3050,0b 2920,0b 3075,0b 3025,0b 26,50,0a 2480,0a P<0,01
Semanal V. Máximo 6917,0 6495,0 6070,0 6030,0 6070,0 6750,0 4725,0
Média 3353,5 3130,8 3112,7 3095,4 3185,5 2718,1 2366,0
D. Padrão 1388,9 1205,6 1112,8 1185,2 1337,1 1389,3 1027,3
Quanto à carga semanal (Tabela 20) verifica-se pelos valores medianos que
nas categorias Infantil I, Infantil II, Juvenil I, Juvenil II e Junior I, foram encontradas
as maiores cargas semanais de treinamento, tendo as categorias Junior II e Sênior
as menores cargas. Pode esta relacionado ao fato do mesmo treinamento para
todas as categorias e especialidades de competições, as categorias menores e os
nadadores suportavam menos as cargas dos treinamentos e as categorias maiores
poderiam suportar mais.
43
Tabela 21. Medidas descritivas da monotonia segundo categoria do nadador
Medida Categorias P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V. Mínimo 1,1 1,0 1,1 1,0 1,1 1,1 1,0
Monotonia Mediana 2,6c 2,5c 2,0ab 2,1ab 2,6c 2,3bc 1,7a P<0,05
V. Máximo 14,6 12,9 9,4 14,6 7,1 6,9 7,4
Média 3,2 2,9 2,4 2,5 2,8 2,7 2,3
D. Padrão 2,3 1,9 1,5 1,7 1,5 1,4 1,5
Na monotonia de treinamento (Tabela 21) demonstrado pela mediana nas
categorias Infantil I, Infantil II e Junior I, apresentou os maiores valores entre as
categorias, porém a categoria Sênior apresentou o menor valor em relação a todas
as outras categorias.
Tabela 22. Medidas descritivas do strain segundo categoria do nadador
Medida Categorias P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V. Mínimo 1927,0 1038,0 205,0 1329,0 205,0 566,0 362,0
Strain Mediana 6671,0c 6640,0bc 5049,0b 5872,0b 6185,0bc 5354,0b 3884,0a P<0,01
V. Máximo 78366,0 49517,0 29405,0 88162,0 29405,0 27618,0 28297,0
Média 12043,4 9729,7 7296,5 8855,1 8718,1 7659,6 5542,0
D. Padrão 13204,6 8822,8 5815,4 11759,8 6544,8 6823,6 5221,2
Quanto ao strain (Tabela 22) apresentado pelos valores medianos na
categoria Infantil I foi o mais alto em relação a todas as outras categorias. As
categorias Infantil II, Juvenil I, Juvenil II, Junior I e Junior II não apresentaram
diferenças significativas entre si, porém foram semelhantes às categorias Infantil II e
Junior I foram semelhantes à categoria Infantil I, porém com valores menores. A
categoria sênior apresentou o menor valor em relação a todas categorias.
44
III) Nado dos Atletas
Tabela 23. Medidas descritivas da metragem diária segundo nado dos atletas
Medida Nado P
Variável Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V. Mínimo 300,0 1900,0 1900,0 300,0 300,0
Metragem Mediana 5000,0 5000,0 5000,0 5000,0 4600,0 P>0,05
Diária(m) V. Máximo 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0
Média 4521,4 4656,3 4537,9 4608,5 4269,6
D. Padrão 1024,8 903,8 899,2 961,1 1210,1
Os resultados da metragem diária segundo os nados dos atletas (Tabela 23),
demonstrados pelos valores medianos não houve diferenças significativas, todos
nadaram a mesma metragem diária, no período específico era dividido o treinamento
de acordo com sua especialidade, mas foi mantida a metragem.
Tabela 24. Medidas descritivas da duração da sessão segundo nado dos atletas
Medida Nado P
Variável Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V. Mínimo 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0
Duração Mediana 130,0ab 130,0ab 130,0ab 130,0b 120,0a P<0,05
da sessãoV. Máximo 240,0 240,0 240,0 240,0 240,0
(minutos) Média 135,4 136,8 136,6 141,3 122,9
D. Padrão 51,8 50,9 48,7 51,9 51,4
Quanto a duração da sessão de trei
45
mesma metragem das outras nados, mas no período específico eles treinam nas
suas especialidades de competição e levavam mais tempo para terminar o
treinamento.
Tabela 25. Medidas descritivas da PSE da sessão segundo nado dos atletas
Medida Nado P
Variável Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V. Mínimo 1,0 2,0 1,0 1,0 2,0
PSE da Mediana 6,0 5,0 5,0 5,0 4,0 P>0,05
Sessão V. Máximo 9,0 9,0 10,0 10,0 9,0
Média 5,5 5,3 5,1 5,0 4,4
D. Padrão 2,0 1,9 2,0 2,2 2,9
Nos resultados da PSE da sessão do treinamento segundo os atletas (Tabela
25), demonstrados pelos valores medianos, o houve diferença significativa entre
todos os nados.
Tabela 26. Medidas descritivas da PSE da sessão do técnico segundo nado dos atletas
Medida Nado P
Variável Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V. Mínimo 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 5,0 5,0 5,0 5,0 4,0 P>0,05
Sessão doV. Máximo 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Técnico Média 5,0 5,2 5,1 5,2 4,5
D. Padrão 2,1 2,1 2,2 2,1 2,2
Na PSE segundo o técnico em relação aos nados (Tabela 26), verifica-se
pelos valores medianos que não houve diferença significativa.
46
Tabela 27. Medidas descritivas da carga da sessão segundo nado dos atletas
Medida Nado P
Variável Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V. Mínimo 40,0 140,0 60,0 40,0 6,0
Carga da Mediana 780,0b 650,0ab 650,0ab 700,0b 480,0a P<0,01
Sessão V. Máximo 2160,0 2160,0 2400,0 2400,0 2160,0
Média 798,4 771,4 740,1 753,2 586,5
D. Padrão 493,5 486,5 460,1 491,1 457,0
Quanto à carga da sessão de treinamento segundo o nado (Tabela 27),
demonstrados pela mediana, pode-se observar que o nado borboleta, costas, peito e
crawl não houve diferenças significativas, apresentando os maiores valores, porém
nos nados costas e peito os resultados foram semelhantes estatisticamente,
apresentando resultados menores que os nados borboleta e crawl. O nado medley
apresentou os menores valores em relação aos outros nados.
Tabela 28. Medidas descritivas da carga semanal segundo nado dos atletas
Medida Nado P
Variável Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V. Mínimo 300,0 870,0 820,0 240,0 340,0
Carga Mediana 3135,0c 3210,0c 2850,0ab 2920,0c 2280,0a P<0,05
Semanal V. Máximo 6750,0 6030,0 6495,0 6917,0 5160,0
Média 3348,9 3165,2 2947,4 3043,3 2537,6
D. Padrão 1402,0 1207,6 1230,6 1254,0 1182,9
Quanto a carga semanal de treinamento segundo o nado (Tabela 28),
demonstrada pelos valores medianos os nados borboleta, costas e crawl
apresentaram as maiores cargas de treinamento semanais, tendo o nado medley a
menor carga entre todos os nados.
47
Tabela 29. Medidas descritivas da monotonia segundo nado dos atletas
Medida Nado P
Variável Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V. Mínimo 1,1 1,2 1,0 1,0 1,3
Monotonia Mediana 2,6 2,5 2,4 2,1 2,1 P>0,05
V. Máximo 6,9 7,0 12,9 14,6 6,0
Média 2,9 2,6 3,0 2,7 2,3
D. Padrão 1,3 1,3 2,1 1,9 1,1
O resultado da monotonia de treinamento demonstrado pela mediana, não
houve diferenças significativas entre todos os nados.
Tabela 30. Medidas descritivas do strain segundo nado dos atletas
Medida Nado P
Variável Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V. Mínimo 566,0 1927,0 1038,0 205,0 1261,0
Strain Mediana 6530,0b 5620,0ab 6386,0ab 5552,0ab 5399,0a P<0,05
V. Máximo 32045,0 33507,0 49517,0 88162,0 21059,0
Média 10114,3 8672,8 9611,7 8845,9 6085,5
D. Padrão 7279,3 6534,9 10041,2 10946,0 4380,3
O strain segundo o nado, verifica-se pelos valores medianos que o maior
valor foi encontrado no nado borboleta, e o nado medley apresentou o menor valor
entre todos os nados.
48
IV) Competições
Tabela 31. Medidas descritivas da metragem diária segundo competições
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V. Mínimo 4000,0 4000,0 1900,0 2200,0
Metragem Mediana 4000,0b 4000,0b 4000,0b 2200,0a P<0,01
Diária(m) V. Máximo 5000,0 4000,0 4000,0 2200,0
Média 4480,0 4000,0 3533,3 2200,0
D. Padrão 509,9 0,0 898,3 0,0
A metragem diária segundo as competições (Tabela 31) demonstradas pela
mediana nas competições Regional I, Regional II e Paulista, apresentando os
maiores valores em relação ao campeonato Brasileiro que apresentou a menor
metragem.
Tabela 32. Medidas descritivas da duração da sessão segundo competições
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V. Mínimo 90,0 70,0 40,0 50,0
Duração Mediana 90,0b 70,0a 110,0c 50,0a P<0,01
da sessão V. Máximo 150,0 70,0 130,0 50,0
346.871 ( )Tj2.52488 0 Td(V)Tj Td(o)Tj5.04976 0 Td(m)Tj7.57464 0 Td(i)Tj2.04395 0 Td(l)Tj2.04395 0 Td(a)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(ã)Tj5.04976 00 Td(m)Tj7.57464 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td(é)Tj5.04976 0 Td(d)Tj5.04976 0 Td(i)Tj2.04395 0 Td(a)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(8)Tj4.92953 0 Td(0)Tj5.04976 0 Td(0)Tj5.04976 0 Td(8)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(0)Tj4.92953 0 Td(,)Tj2.52488 0 Td(0)Tj5.04976 0 Td(a)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td(0)Tj4.92953 0 Td(8)Tj4.92953 0 Td(0)Tj5.04976 0 Td(0)Tj5.04976 0 Td(0)Tj4.92953 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(5)Tj5.04976 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.52488 0 Td( )Tj2.40465 0 Td( )Tj2.52488 0 Td(0)Tj5.04976 0 Td(,)Tj2.52488 0 Td(0)Tj4.92953 0 Td(-31 )T8 . Padimo 5
020 ,0 530
,0
488 0Q22.39.3779d(V)Tj Td(e)Tj6.73286 0 Td(n)Tj6.61263 0 Td(d)Tj6.73286 0 Td(o)Tj6.61263 0 Td( )Tj4.92941 0 Td(s)Tj5.89125 0 Td( )Tj6.73286 0 Td(,)Tj2.52488 0 Td(,)Tj2.52488 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td(g)Tj6.61263 0 Td(ã)Tj6.61263 0 Td(o)Tj6.73286 0 Td( )Tj6.61263 0 Td(,)Tj2.52488 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td( )Tj6.73286 0 Td(,)Tj2.52488 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(n)Tj6.73283 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(e)Tj6.73286 0ãTd(n)Tj6.73283 0 Td( )Tj6.61263 0 Td(,)1698752488 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td( )Tj6.4924 0 Td(a,)1698752488 0 Td(r)Tj3.96758 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td(i)Tj2.64505 0 Td(r)Tj2.13182 0 Td(d)Tj6.61263 0 Td( )Tj7.33401 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(t)Tj3.36643 0 Td(d)Tj6.73286 0 Td(o)Tj6.61263 0 Td( )Tj4.92941 0 Td(,)1698752488 02.5248884(m)T2488 0 Td(a)Tj6.61263 0 Td(p)Tj6.73286 0bTd( )Tj4.92941 0 Td(l)Tj2.64505 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td( )Tj4.80919 0 Td(,)Tj2.52488 0 Td(1)Tj6.73286 02Td(1)Tj6.73286 00 Td( )Tj4.92941 0 Td( )Tj7.45424 0 Td(,)1698752488 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td(l)Tj2.64505 0 Td(i)Tj2.64505 0 Td(a)Tj6.73286 0fTd(i)4866664505 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td(a)Tj6.61263 0 Td(m)Tj6.61263 0-Td(i)Tj2.64505 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(n)Tj6.73283 0 Td(,)Tj2.52488 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(l)Tj2.64505 0 Td(a)Tj2.13182 0 Td(s)Tj-448.456 -20.76 Td(m)Tj10.0993 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td(l)Tj2.64505 0 Td(o)Tj6.73286 0 Td(r)Tj3.96758 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(s)Tj6.01148 0 Td( )Tj6.61263 0 Td()Tj6.73286 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(d)Tj6.73286 0 Td(i)Tj2.52482 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td( )Tj6.73286 0 Td(d)Tj6.61263 0 Td(s)Tj-448.456 -20.7 ia lim .
49
Tabela 33. Medidas descritivas da PSE da sessão segundo competições
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V. Mínimo 1,0 2,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 2,0a 3,0b 2,0ab 3,0ab P<0,01
Sessão V. Máximo 3,0 4,0 5,0 3,0
Média 1,7 2,6 2,5 2,2
D. Padrão 0,5 0,7 1,1 0,9
A PSE da sessão do treinamento segundo os atletas (Tabela 33), observa-se
pelos valores medianos que o menor valor foi encontrado na competição Regional I
e Paulista, tendo no Regional II o maior valor em relação as outras competições.
Tabela 34. Medidas descritivas da PSE da sessão do técnico segundo competições
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V. Mínimo 2,0 2,0 2,0 2,0
PSE da Mediana 2,0a 2,0a 4,0b 2,0a P<0,01
Sessão do V. Máximo 2,0 2,0 5,0 2,0
Técnico Média 2,0 2,0 4,0 2,0
D. Padrão 0,0 0,0 1,1 0,0
A PSE segundo o cnico (Tabela 34) observa-se que nas competições
Regional I, Regional II e Brasileiro, não se diferem, onde apenas na competição
Paulista foi encontrado o maior valor
.
50
Tabela 35. Medidas descritivas da carga da sessão segundo competições
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V. Mínimo 90,0 140,0 40,0 50,0
Carga da Mediana 180,0ab 210,0bc 260,0c 125,0a P<0,01
Sessão V. Máximo 270,0 280,0 650,0 150,0
Média 162,0 186,6 284,4 112,5
D. Padrão 45,0 51,1 177,2 47,8
Na carga da sessão de treinamento (Tabela 35), demonstrados pela mediana,
observa-se que a maior carga de treinamento foi na competição Paulista. O
Brasileiro apresentou menor valor em relação as outras competições.
Tabela 36. Medidas descritivas da carga semanal segundo competições
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V. Mínimo 2130,0 930,0 240,0 365,0
Carga Mediana 3155,0c 1980,0b 910,0a 600,0a P<0,01
Semanal V. Máximo 4155,0 2980,0 1470,0 715,0
Média 3187,2 2009,5 836,6 570,0
D. Padrão 557,6 619,1 359,2 147,0
Quanto a carga semanal de treinamento (Tabela 36) verifica-se pela mediana
que na competição Regional I foi encontrado a maior carga em relação às outras
competições, tendo o Paulista o Brasileiro os menores valores diante das outras
competições.
51
Tabela 37. Medidas descritivas da monotonia segundo competições
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V. Mínimo 1,0 1,0 1,5 1,5
Monotonia Mediana 1,2a 1,9b 3,4c 4,1c P<0,01
V. Máximo 1,4 4,4 9,4 6,1
Média 1,1 2,0 3,6 3,9
D. Padrão 0,1 0,6 1,9 2,4
Na monotonia demonstrada pela mediana, foram observados os maiores
valores nas competições Paulista e Brasileiro, tendo o Regional I apresentado o
menor valor.
Tabela 38. Medidas descritivas do strain segundo competições
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V. Mínimo 1038,0 1800,0 362,0 554,0
Strain Mediana 3961,0 4034,0 3118,0 2617,0 P>0,05
V. Máximo 5532,0 6640,0 7117,0 3674,0
Média 3609,2 4139,6 3241,1 2365,5
D. Padrão 1156,1 1303,4 2045,8 1565,7
No strain não foi encontrada diferença entres as competições.
52
V) Especialidades
Tabela 39. Medidas descritivas da metragem diária segundo especialidades
Medida Especialidade P
Variável Descritiva Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V. Mínimo 300,0 300,0 1900,0
Metragem Mediana 5000,0 5000,0 5000,0 P>0,05
Diária(m) V. Máximo 6000,0 6000,0 6000,0
Média 4539,8 4605,1 4714,4
D. Padrão 976,9 997,4 885,2
Tabela 40. Medidas descritivas da duração da sessão segundo especialidades
Medida Especialidade P
Variável Descritiva Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V. Mínimo 30,0 30,0 30,0
Duração da Mediana 130,0 130,0 135,0 P>0,05
Sessão V. Máximo 240,0 240,0 240,0
(minutos) Média 137,2 137,9 146,6
D. Padrão 51,3 52,1 50,6
Tabela 41. Medidas descritivas da PSE da sessão segundo especialidades
Medida Especialidade P
Variável Descritiva Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V. Mínimo 1,0 2,0 1,0
PSE da Mediana 5,0 5,0 4,0 P>0,05
Sessão V. Máximo 10,0 10,0 10,0
Média 5,2 5,1 4,7
D. Padrão 2,1 2,1 2,2
53
Tabela 42. Medidas descritivas da PSE da sessão do técnico segundo especialidades
Medida Especialidade P
Variável Descritiva Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V. Mínimo 1,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 5,0 5,0 6,0 P>0,05
Sessão V. Máximo 10,0 10,0 10,0
Técnico Média 5,1 5,0 5,3
D. Padrão 2,1 2,1 2,1
Tabela 43. Medidas descritivas da carga da sessão segundo especialidades
Medida Especialidade P
Variável Descritiva Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V. Mínimo 40,0 60,0 90,0
Carga da Mediana 700,0 660,0 650,0 P>0,05
Sessão V. Máximo 2400,0 2400,0 2400,0
Média 756,1 760,5 706,3
D. Padrão 486,5 514,1 433,8
Tabela 44. Medidas descritivas da carga semanal segundo especialidades
Medida Especialidade P
Variável Descritiva Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V. Mínimo 240,0 340,0 770,0
Carga Mediana 3020,0 3070,0 2745,0 P>0,05
Semanal V. Máximo 6917,0 6070,0 5320,0
Média 3069,0 3133,0 2863,7
D. Padrão 1317,5 1248,6 1028,3
54
Não foram encontradas diferenças em nenhuma das variáveis, como:
metragem diária, duração da sessão, PSE dos nadadores, PSE do técnico, carga da
sessão, carga semanal (Tabelas 39, 40, 41, 42, 43, 44).
Tabela 45. Medidas descritivas da monotonia segundo especialidades
Medida Especialidade P
Variável Descritiva Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V. Mínimo 1,0 1,0 1,2
Monotonia Mediana 2,4b 2,1a 1,9a P<0,01
V. Máximo 14,6 9,4 5,6
Média 137,2 137,9 146,6
D. Padrão 51,3 52,1 50,6
Particularmente quanto à especificidade (Tabela 45), verifica-se pelos valores
medianos, que a monotonia de treinamento apresentada pelos atletas difere apenas
pelos velocistas com os maiores valores, tendo seu menor valor para os meio-
fundistas e fundistas.
Tabela 46. Medidas descritivas do strain segundo especialidades
Medida Especialidade P
Variável Descritiva Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V. Mínimo 205,0 205,0 1329,0
Strain Mediana 6185,0b 5399,0ab 5049,0a P<0,01
V. Máximo 88162,0 33507,0 24011,0
Média 9850,9 7609,0 6406,5
D. Padrão 11234,3 5985,1 4573,6
55
Quanto ao strain os maiores valores foram encontrados para os nadadores
velocistas e meio-fundistas. Os nadadores fundistas apresentaram os menores
valores de strain.
56
7. DISCUSSÃO
Ao organizar um programa de treinamento desportivo periodizado, torna-se
importante o controle em cada período do treinamento, visto que permite observar
quanto o treinamento esta sendo assimilado em cada período e se esta de acordo
com os objetivos propostos inicialmente. As características do modelo de
treinamento em determinada modalidade são um importante parâmetro do nível de
preparação especial do atleta que deve ser alcançado no treinamento, e ao mesmo
tempo apresentar critérios para a avaliação da sua eficiência, isto também permite
levar o processo de treinamento a um nível que prevê um controle e uma direção
objetiva do seu andamento (VERKHOSHANSKI, 1996; BOMPA, 2002).
O volume e as características das atividades de treinamento e das
competições dependem, em grande parte, da distância e da especialidade de
competição de cada nadador. Assim, um nadador pode nadar determinada
quantidade de metros por semana ou sessão. Outro principal fator determinante da
ação da tarefa do treinamento sobre o organismo do nadador é a intensidade, que é
a exigência mediante a qual se realiza um exercício na unidade de tempo (grau da
carga, máxima, submáxima, média e mínima). A intensidade também pode ser
expressa em percentagens, velocidade de execução dos movimentos entre outras.
Quando o volume é grande, a intensidade pode ser menor e vice-versa. Isto pode
variar de acordo com o período do treinamento, mas é normal dar ênfase ao volume
no período de preparação de base e intensidade nos períodos de competições
(MAGLISCHO, 1999).
A magnitude e a orientação das cargas de treinamento pode ser determinada
pela duração e caráter de alguns exercícios, intensidade durante a execução,
duração e caráter dos intervalos entre repetições e entre o número de exercícios em
estruturas do processo de treinamento. Pode-se mudar a orientação das cargas
variando um dos componentes indicados. A variabilidade das cargas de treinamento
aplicada em programas de treinamentos sistematizado possibilita as adaptações
neuromusculares e fisiológicos que podem ter influência positiva na performance dos
atletas. Desta forma, variar a intensidade e a duração dos exercícios de um dia para
outro e de uma semana para outra resulta numa aplicação clica do programa de
57
treinamento em períodos mais longos (OLBRECHT, 2000; ZAKHAROV E GOMES,
2003).
Assim sendo, o planejamento do programa de treinamento para uma
temporada envolve mais trabalho do que projetar uma série de treinamento que
levem uma equipe ou nadador aseu pico em uma competição específica. Não se
deve usar métodos de treinamentos padronizados para todos os nadadores. Esse
cuidado permitirá que o planejamento seja cuidadosamente elaborado de acordo
com a capacidade de cada nadador. Os nadadores reagem diferentemente às
mesmas cargas de trabalho do treinamento e tem diferentes potenciais de melhora.
Pode-se esperar diferentes reações de atletas de diferentes categorias e
especialidades, especialmente no que diz respeito a reações ao estresse e a
capacidade de lidar com a carga de trabalho do treinamento nos diferentes períodos
do programa de treinamento (STEWART e HOPKINS, 1997; MAGLISCHO, 1999;
PLATONOV E FESSENKO, 2003B; PLATONOV, 2005).
O período de preparação geral no presente estudo foi composto por oito
semanas de treinamento com características de intensidade moderada, com alguns
momentos de trabalho de velocidade e técnica de nado. Todos nadadores
realizaram o mesmo treinamento, com ênfase no nado crawl, porém com alguns
exercícios realizados nos nados de competição. Foram feitos exercícios em terra
para força, flexibilidade e corridas.
Segundo Maglischo, (1999); Platonov e Fessenko, (2003)b; Platonov, (2005)
a ênfase para o começo da temporada é melhorar a mecânica do nado e as técnicas
de saídas e viradas. Sugere-se realizar este trabalho no começo do programa, antes
que os nadadores se preocupem em nadar velozmente nos campeonatos. Os
nadadores devem nadar a maior parte da metragem usando o nado ou nados que
nadarão nas competições; melhorar a força muscular, em trabalhos específicos
dentro e fora d’água, melhorar a resistência muscular, e realizar trabalhos de
flexibilidade; estabelecer os objetivos da temporada. Os objetivos têm uma função
de motivação, pois determinam a orientação para a temporada e as metas para as
quais os nadadores devem trabalhar em termos de velocidade, tolerância ao lactato,
potência e exercícios de ritmo de prova; melhorar a velocidade xima de natação.
58
Para Costill (1991) em muitos programas, este aspecto do treinamento em geral fica
para o final da temporada, pois como acontece com as adaptações de outros
processos metabólicos, ela talvez precise de tempo considerável para produzir
mudanças no sistema ATP-CP. Já para Maglischo (1999); Stewart e Hopkins, (2000)
os exercícios de velocidade devem ser usados no decorrer de toda a temporada
para haver tempo para as adaptações adequadas de treinamento.
As repetições para a tolerância ao lactato e para exercitar o ritmo de prova
devem ser usadas com cautela no período inicial da temporada. Essas repetições
são mentais e fisicamente estafantes, podendo ocorrer treinamento excessivo mais
tarde, e durante o período específico se forem usados em excesso no começo da
temporada (MAGLISCHO, 1999; INAL et al., 2001; PLATONOV e FESSENKO,
2003b; PLATONOV, 2005).
Embora todos os nadadores devam nadar em ritmo de prova da competição
para melhorar o limiar anaeróbio e VO
2
max., durante esse período, a ênfase deverá
diferir de acordo com a prova ou provas de competições em que cada nadador
pretende participar. Naturalmente, os nadadores de meia e longa distância devem
passar mais tempo nadando repetições para o limiar anaeróbio e VO
2
max.. Os
velocistas devem nadar esses repetições com menos freqüência. Os exercícios de
velocidade e de força devem ocupar uma boa parcela do seu treinamento diário
(STEWART e HOPKINS, 1997; MAGLISCHO, 1999; STEWART e HOPKINS, 2000,
USSURIN, 2001; PLATONOV, 2005).
O período de preparação especial do presente estudo foi composto por oito
semanas de treinamento com características de intensidade superior a fase de
anterior. Nesta etapa do treinamento ainda foi mantida a metragem semanal e diária
inicial, com intensidades fortes e no nado de competição. Ainda foram mantidos os
exercícios realizados em terra, porém com diminuição no volume. Dentre os
exercícios foram aplicados treinamento de velocidade máxima assistida de acordo
com (PLATONOV, 2005).
59
Para Maglischo (1999); Olbrecht (2000) os efeitos do treinamento
especifico são curtos e às vezes parecem voláteis. O nível de preparação resultante
desse período raramente dura por mais de três meses, quando realizado de maneira
adequada, pode haver uma melhora considerável do nadador em apenas seis
semanas. O treinamento específico pode levar ao nadador a um estado de
supertreinamento se for mantido por um período muito longo, e conseqüentemente
deve ser interrompido depois de três meses ou quando os sintomas do cansaço
começarem a ser percebidos.
Segundo Maglischo (1999); Platonov e Fessenko, (2003)b; Platonov (2005);
Smith (2002) durante o período específico da temporada deve-se dar ênfase a:
manter as adaptações do limiar anaeróbio e do VO
2
max. desenvolvidas no começo
da temporada; desenvolver os componentes anaeróbios das provas; nadar mais
repetições numa velocidade de competição, ou mais rápido (treinamento de ritmo de
prova) para adaptar o organismo o mais rápido possível as características para a
prova de competição; treinamento do ritmo e a estratégia das provas de competição;
melhorar a capacidade de manter a mecânica correta do nado e as cnicas de
virada e saída; continuar a aumento progressivo na intensidade de treinamento
necessária para manter a sobrecarga e a progressão no programa de treinamento.
A temporada de treinamento específico corresponde ao período de tempo em
que as competições mistas mais importantes são programadas. Deve haver um
aumento no treinamento de ritmo de prova para os nadadores em todas as provas
de competição (STEWART e HOPKINS, 1997). Porém é melhor esperar pelo
período das principais competições antes de aumentar as quantidades de nados de
ritmo de prova, por que poucos nadadores não toleram um treinamento tão intenso
por mais de seis a oito semanas sem que haja treinamento excessivo (GRECO,
2003; MAGLISCHO, 1999)
A metragem diária deve diminuir ligeiramente durante o período especifico
para permitir períodos de descanso maiores nas repetições de alta qualidade. A
metragem do treinamento semanal diminuirá consideravelmente porque os tempos
60
de prática nos fins de semana são agora dedicados a competições propriamente dita
(STEWART e HOPKINS, 1997; STEWART e HOPKINS, 2000).
Para o presente estudo o polimento foi composto por duas semanas com
características de menor volume em relação aos períodos anteriores e enfatizando
ritmo de prova e velocidade, com momentos de exercícios de nado solto. Porém em
determinados momentos foram realizados exercícios de potencia com metragem
reduzida. O polimento foi o momento que os atletas apenas mantiveram seus índices
alcançados no período anterior. Para este grupo foi observado que não houve uma
melhora nos seus índices. Este fato pode ser explicado pelo fato de ter sido
realizado um período de descanso muito curto, no qual não apresentou os efeitos
adaptativos em uma fase subseqüentes ao treinamento.
O período de polimento compreende as duas a quatro últimas semanas da
temporada, culminando com a competição mais importante (MUJIKA et al. 1996;
MUJIKA e PADILLA, 2003). O processo de descanso para essa competição chama-
se polimento principal. Costuma-se planejar um período de polimento principal por
temporada. Os nadadores talvez queiram fazer também polimentos secundários
(mais curtos) durante a temporada (TRAPPE et al., 2001). Usa-se um polimento
secundário quando um bom desempenho é necessário em determinada competição
antes da competição principal (HOOPER et al. 1999; MAGLISCHO, 1999;
PLATONOV e FESSENKO, 2003b; PLATONOV, 2005).
Porém, a lógica favorece um polimento principal por temporada, com talvez
um ou dois polimentos secundários. O exagero na freqüência dos polimentos faz
com que os nadadores percam um tempo precioso de treinamento que pode resultar
na sua deterioração (MIJIKA, 1996; TRAPPE et al., 2001). Uma temporada típica de
natação dura de vinte a vinte e quatro semanas. Como cada polimento principal
reduz o tempo de treinamento em duas ou quatro semanas, com os polimentos
secundários interrompendo os treinamentos por três a sete dias, os nadadores que
passam por dois polimentos principais e vários secundários durante uma temporada
perdem uma quantidade considerável de tempo de treinamento (MUJIKA et al. 1996;
MUJIKA e PADILLA, 2003). Como resultado, o tempo dedicado ao treinamento pode
61
reduzir-se em cinqüenta por cento (MAGLISCHO, 1999; TRAPPE et al., 2001). É
recomendado o máximo de um polimento principal por temporada; os polimentos
secundários são recomendados somente quando absolutamente necessários
(HOOPER et al., 1999; MAGLISCHO, 1999; COLWIN, 2003).
Os resultados apontam que para as categorias não houve diferença na
metragem diária de treinamento. Demonstrando que um treinamento com ênfase em
altos índices de metragem não devem ser aplicados em categorias menores. Isso
pode ser explicado pelo fato de apesar de que nadadores mais jovens poderem
realizar a mesma metragem das categorias maiores, eles não nadam de forma tão
econômica quanto os adultos, portanto elas casam-se mais cedo, caso tenham que
trabalhar no mesmo esforço que os mais velhos, tanto em metragem quanto na
intensidade (MAGLISCHO, 1999).
Para a duração da sessão observa-se que a categoria Juvenil I apresentou o
maior tempo de treinamento em relação as outras categorias e pode ser explicado
que é a categoria onde se apresenta o maior número de nadadores meio-fundistas e
fundistas. De acordo com Platonov (2005) esta faixa etária poderá treinar quase
como os nadadores adultos. Eles estarão competindo em provas mais longas, e
treinamento adicional deverá desempenhar um papel importante em sua
performance.
Os resultados para PSE dos nadadores apontam para as categorias Infantil I
e Juvenil I para os maiores valores. Este fato poder explicado que nas categorias
inferiores, Infantil I, por exemplo, a carga de treinamento foi maior em relação as
outras categorias por não conseguirem manter por muito tempo a intensidade e
volumes tão altos de treinamento. Para PLATONOV e FESSENKO (2003b) o volume
e a intensidade do treinamento devem ser semelhantes ao que ocorre com os
nadadores mais velhos, mas deve nadar menor número de séries fortes por semana.
para os nadadores da categoria Junior I, pode-se explicar pelo fato de que a
maior parte dos nadadores de velocidade estarem nesta categoria, onde foi mantido
volume de treinamento igual as outras especialidades. Os nadadores nas provas de
cinqüenta e cem metros devem treinar pelo menos cinco dias por semana, embora
62
se recomenda seis dias por semana (OLBRECHT, 2000). Eles devem concentrar-se
em aumentar a velocidade, força e melhorar seu limiar anaeróbio (INAL et al., 2001).
O trabalho em velocidade deve constituir principalmente de “sprints” de vinte e cinco
metros, ou menos (STEWART e HOPKINS, 1997). Talvez se deva dedicar uma
distância de oitocentos a mil e duzentos metros a este tipo de treinamento em
velocidade máxima, em quatro sessões por semana (MAGLISCHO, 1999;
PLATONOV, 2005).
Por outro lado não houve diferença entre a PSE dos nadadores e PSE do
técnico, isto pode ser explicado pelo fato do técnico e nadadores estarem de acordo
com a intensidade do treinamento, pois desta maneira o técnico deverá ajustar o
treinamento de acordo com a performance, no treinamento e nas competições, de
cada atleta ou de cada categoria (PETTEYS e FOSTER, 2004).
Diante destes resultados observa-se que as categorias menores não
suportam cargas elevadas em períodos longos de treinamento. Assim os resultados
mostram que um programa de treinamento periodizado em natação, conforme
aplicado no presente estudo, deverá ser ajustado de acordo com a faixa etária
respeitando as qualidades físicas (força, velocidade, resistência...) apresentadas por
elas. Atletas mais novos não estão prontos fisiologicamente para cargas de
treinamento elevadas. O desempenho geralmente esta relacionando mais com a
idade e nível de maturidade do que com medidas físicas como VO2max. e o limiar
anaeróbio (BÖHME e KISS, 1998; MAGLISCHO, 1999).
Observando os resultados da metragem diária do treinamento de acordo com
os nados de competição não houve diferença. Todos os nadadores em seus nados
de competição (borboleta, costas, peito, crawl e medley) nadaram a mesma
metragem diária no presente programa de treinamento. Não é aconselhável aplicar
um método de trabalho uniforme, geralmente o que é bom para um pode não ser
bom para outro nadador. O planejamento e o ajuste das cargas deve ser feito
cuidadosamente, de acordo a especialidade de cada nadador. Os nadadores
reagem variavelmente as mesmas cargas de trabalho do treinamento e tem
diferentes potenciais de melhora (COSTILL, 1991; OLBRECHT, 2000).
63
Para a duração da sessão dos nadadores, o nado crawl apresentou os
maiores tempos, este resultado pode ser explicado pelo fato de que neste nado esta
concentrado os nadadores fundistas onde requerem e p ps
64
séries serem mais longas em relação aos outros nados. O nado borboleta é muito
rigoroso, por causa das grandes flutuações de velocidade ocorrentes a cada ciclo de
braçadas, exigindo desta maneira um grau muito elevado de esforço do nadador. Os
nadadores do nado borboleta não devem treinar séries longas de treinamento, as
distancias das repetições e o volume das séries deve ser aumentado gradualmente
(MAGLISCHO, 1999; COLWIN, 2000).
Os resultados da monotonia de treinamento não apresentaram diferenças
entre os diferentes nados, segundo Foster (1998) índices de monotonia até três são
considerados bons resultados. Pode-se explicar este resultado também pelo fato de
que o programa de treinamento não apresentar diferenças em relação a metragem e
a intensidade. Já em relação ao strain, Tabela 30, apresentado pelos nadadores, foi
encontrado o maior valor novamente no nado borboleta, demonstrando que os
atletas deste nado estavam muito mais cansados em relação aos outros nadadores
de outros nados. Os nadadores do nado borboleta devem ser capazes de realizar as
séries utilizando o nado borboleta, porém se reduzir suas potenciais adaptações ao
treinamento (MAGLISCHO, 1999; OLBRECHT, 2000).
O programa de treinamento periodizado conforme apresentado no presente
estudo permite observar, por meio da analise da metragem diária de treinamento
que o houve diferença para as competições Regionais I e II e o Paulista, havendo
uma queda na metragem apenas na competição Brasileiro, que corresponde à
etapa final do programa de treinamento que polimento. Dessa maneira o programa
de treinamento deve haver uma correlação entre várias orientações do trabalho que
depende, em geral, da especialização do nadador em determinada distancia de
competição, por este motivo as cargas aplicadas, tanto no volume quanto na
intensidade, devem sofre alterações significativas no decorrer da periodização e nas
competições (STEWART e HOPKINS, 1997, 2000; OLBRECHT, 2000; SMITH,
2002).
Porém, a maior duração da sessão de treinamento foi na competição Paulista,
este fato poder ser explicado pelo fato da metragem total de trabalho neste período
da periodização, que corresponde a etapa de preparação especial, foi maior em
relação aos outros períodos, e um aumento no volume do trabalho de limiar
65
anaeróbio (AIII). Assim, o programa de treinamento devera respeitar as datas das
principais competições e realizar ajustes para que não haja um aumento excessivo
nas cargas de trabalho no período de competições. Um cuidado especial deve é
necessário, porque, se as escolhas das cargas nos períodos de competição não for
feita adequadamente, poderá resultar em um decréscimo na performance dos
nadadores (COSTILL, 1991; PLATONOV e FESSENKO, 2003b).
Os resultados da PSE dos nadadores e do técnico não apresentaram
harmonia em relação as competições. Na PSE dos nadadores foram encontrados os
maiores valores nas competições Regional II e Brasileiro. Em relação a PSE de
treinamento na competição Regional II pode ser explicado pelo fato dos nadadores
realizarem grande metragem de treinamento na intensidade Aeróbio I e II (AI, AII), e
por não estarem realizando as principais séries em seus nados de competição.
para PSE na competição Brasileiro de categorias, como discutido anteriormente,
esta etapa de polimento pode ter sido realizado em um período de descanso muito
curto, no qual o houve os efeitos adaptativos do treinamento. Por outro lado a
PSE do técnico apresentou o maior valor na competição Paulista, onde pode esta
relacionada com os maiores tempos de duração das sessões de treinamento, mas
com os atletas nadando as principais séries na metragem e no nado de competição.
Programa de treinamento deve ser ajustado de acordo com os resultados
apresentados pela PSE dos atletas nos diferentes períodos do treinamento dando
ênfase as principais competições, a fim de se evitar esforços desnecessários e
conseqüentemente uma sobrecarga elevada no organismo do atleta
(IMPELLIZZERI, 2004; SUZUKI, 2006).
Diante dos resultados apresentados pela carga da sessão de treinamento,
onde os maiores valores foram encontrados nas competições Paulista e Regional II,
este fato pode ser observado diante das grandes metragens realizadas nas
intensidades AI e AII na etapa do Regional II e pelas intensidades nadadas nas
principais séries na etapa da competição Paulista. para a carga semanal de
treinamento o maior valor foi encontrado no Regional I, nesta fase de treinamento foi
realizado um grande volume total de nado.
66
A sobrecarga e a progressão do treinamento podem sofrer ajustes de uma ou
mais das variáveis que compõem um programa de treinamento sistematizado na
natação (velocidade das repetições ou intensidade, número de repetições ou volume
e o intervalo para descanso ou densidade do treinamento). Os programas de
treinamento devem atentar-se para a progressão dos atletas com atenção, pois os
aumentos sistemáticos na intensidade, duração e densidade de treinamento podem
gerar maiores níveis de adaptação com menor risco de falhas ou prejudicar a
performance do atleta (MAGLISCHO, 1999; OLBRECHT, 2000; PLATONOV, 2005).
A monotonia de treinamento apresentou os maiores valores nas competições
Paulista e Brasileiro, este fato pode ter ocorrido devido a intensidade de treinamento
no período da competição do Paulista ser elevada, e pelo pouco tempo de polimento
que os atletas que participaram do Brasileiro tiveram. o strain não apresentou
diferença entre competições, podendo ser causado pelo fato da metragem diária de
treinamento ser iguais para todas as categorias e nados de competições. Após uma
sessão de treinamento, é natural que o atleta esteja cansado, porém, é
imprescindível que, após um período de descanso ele consiga recuperar-se
totalmente e esteja em boas condições para o próximo treinamento e para a
competição principal, caso continuar sendo aplicado estímulos muito fortes, em um
período de recuperação, não haverá a restauração física e psicológica do atleta,
entrando em um processo de exaustão prejudicando sua performance, provocando
um declínio da capacidade de trabalho (BORG, 1982; FOSTER, 1998, LEHMANN et
al. 1998; FOSTER et al. 2001; IMPELLIZZERI, 2004; SWEET et al. 2004; SUZUKI,
2006).
Na metragem diária, não houve diferença para as diferentes especialidades,
velocistas, meio-fusndistas e fundistas, onde todos os atletas nadaram a mesma
metragem. Na duração da sessão de treinamento. também não houve diferenças,
devido ser realizado o mesmo treinamento. Não houve também diferenças na PSE
dos nadadores e do técnico, onde todos estavam de açodo com o esforço do
treinamento. Para a carga as sessão e carga semanal também não houve diferença
entre estas variáveis, pois, como foi mencionado, todos os atletas realizaram o
mesmo treinamento. Porém, para a monotonia de treinamento o maior valor foi
encontrado para os nadadores velocistas, isso pode ser explicado pelo alto volume
67
de treinamento, visto que para estes atletas não há necessidade de grandes
volumes, e sim ênfase no treinamento de acordo com as características que sua
prova de competição exige. Da mesma forma o strain foi maior para os nadadores
velocistas em relação às outras especialidades.
Os velocistas devem passar mais tempo fazendo exercícios de tolerância ao
lactato do que os nadadores de meia e longa distância, a maior parte desses
treinamentos ocorre no período de competição. Não deve haver mais de uma ou
duas sessão de treinamento de ritmo de prova ou tolerância ao lactato por semana.
As distâncias dedicadas a esses exercícios devem ser de aproximadamente
oitocentos a mil e duzentos metros por sessão. Os exercícios para limiar anaeróbio
devem ocupar o restante da metragem de treinamento de
68
2005). Deve-se dedicar quarenta a cinqüenta por cento da metragem diária dos
nadadores as repetições de distâncias superiores as das provas em intensidades
moderadas. Outros dez a vinte por cento da metragem serão na forma de repetições
em distâncias inferiores as das provas, de intensidade elevada e com curtos
períodos de descanso. De vinte a trinta por cento da metragem de treinamento
devem ser na forma de repetições de meia distância para trabalho específico de VO
2
max. (STEWART e HOPKINS, 1997; MAGLISCHO, 1999; INAL et al., 2001). Os
treinamentos de velocidade com os nadadores descansados devem compreender
três sessões por semana. Os nados de velocidade com os nadadores cansados
devem ser completados em uma ou duas sessões por semana (MAGLISCHO, 1999;
OLBRECHT, 2000). Os nadadores de provas de quatrocentos metros devem unir-se
aos nadadores de longa distância no começo da temporada se sua segunda prova
de competição for oitocentos e mil e quintos metros. Se sua segunda prova de
competição for duzentos metros, será melhor que eles nadem com o grupo de longa
distância dois dias por semana e passem as sessões restantes com os nadadores
de meia distância. (MAGLISCHO, 1999; PLATONOV e FESSENKO, 2003b).
69
8. CONCLUSÕES
Os resultados da PSE dos atletas e do técnico mostraram que não houve
diferença entre as variáveis analisadas, assim pode-se dizer que atletas e técnico
estão de acordo com a intensidade e esforço imposto no treinamento. Esse dado
indica a alta associação positiva e significativa entre os esforços percebidos dos
nadadores e as cargas aplicadas em diferentes períodos da periodização.
A metodologia de avaliação e monitoramento adotada possibilitou
compreender os resultados das cargas das sessões de treinamento e cargas
semanais impostas aos atletas em cada período do programa, mostrar o
procedimento da metragem e duração da sessão do treinamento em cada período
do programa para cada categoria e nado conforme a especialidade e competição.
A monotonia do treinamento e o strain apresentaram valores distintos entres
as variáveis estudadas. Os resultados segundo etapa do treinamento mostraram os
maiores valores nas etapas iniciais do programa, na categoria do nadador os
resultados mostram os maiores valores nas categorias menores, no nado dos atletas
a monotonia não apresentou diferença entre eles, já o strain o maior valor foi
encontrado no nado borboleta, na variável competição a monotonia apresentou os
maiores valores nas competições paulista e brasileiro no strain não houve diferença,
na variável competição os maiores valores foram encontrados, tanto para monotonia
quanto para strain, nos velocistas.
A periodização do treinamento não seguiu o recomendado na literatura, e
deveria basear-se objetivamente no desempenho dos atletas em testes ou
competições, no progresso deles em todos os fatores de treinamento, e
considerando o calendário de competições, podendo ser modificada conforme o
nível de progresso e a elevação do conhecimento e refinamento metodológico por
parte do atleta, possibilitando, desta maneira, atingir melhores desempenhos no
momento importante do marcrociclo ou nas principais competições.
70
REFERÊNCIAS
ALVES, S.C.C.; BORIN, J.P.; CESAR, M.C.; PELLEGRINOTTI, I.L. Intervenção e
conhecimento em Performance Humana: atividades físicas no âmbito do treinamento
desportivo e da saúde. In: MREIRA, W.W.; SIMÕES, R. (ORG.). Educação Física:
intervenção e conhecimento cientifico. Piracicaba, Ed. UNIMEP, 2004. p.207-19.
AMERICAM COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. ACSM’S Guidelines For Exercise
Testing and prescription. Baltimore: Willims & Wilkins, 2000; 6º ed. 368.
ATLAOUI, D., MARTINE, D., GOUARNE, C., LACOSTE, L., BARALE, F.,
CHATARD, J-C. The 24h urinary cortisol/cotisone ratio for monitoring training in elite
swimmers. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 36, n. 2, p. 218-223,
2004.
BARBANTI, V.J. Teoria e pratica do treinamento desportivo. ed. São Paulo.
Ed. Edgard Blücher, 1979.
BISHOP, D. The validity of physiological variables to assess training intensity in
kayak athletes. International Journal Sports Medicine, v. 25, p. 68-72, 2004.
BÖHME, M.T.S.; KISS, M.A.P.D.M. Avaliação da evolução da aptidão física de
jovens atletas. Revista da Associação dos Professores de Educação Física de
Londrina. v. 13, n. 1, p. 35-43, 1998.
BOMPA, T.O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. ed. São
Paulo: Phorte Editora, 2002.
BORIN, J.P.; MOURA, N.A. Avaliação e controle do treinamento : limitações e
possibilidades na preparação desportiva. XIV Conbrace,
71
___________. Escalas de Borg para a Dor e o Esforço Percebido. São Paulo: Ed.
Manole, 2000.
___________. Psychophysical bases of perceived exertion. Medicine and Science
in Sports and Exercise, v. 14, n. 5, p. 377-381, 1982.
BORG, G., LJUNGGREN, G., CECI, R. The increase of perceived exertion, aches
and pain in the legs, heart rate and blood lactate during exercise on a bicycle
ergometer. European Journal Applied Physiology, v. 54, p. 343-349, 1985.
BUDGETT, R. Fatigue and underperformance in athletes: the overtraining syndrome.
British Journal of Sports Medicine, v. 32, p. 107-110, 1998.
COSTA, R.F. Composição corporal: teoria e pratica da avaliação. São Paulo. Ed.
Manole, 2001.
COSTILL, D.L., THOMAS, R.A.R. Adaptations to swimming training: influence of
training volume. Medicine and Science in Sports and Exercise. v. 20, p. 249-254,
1991.
COLWIN, C. M. Nadando para o século XXI. São Paulo: Ed. Manole, 2000.
DANTAS, E. H. M. A pratica da preparação física. Rio de Janeiro: Shape Editora,
ed, 2003.
DAY, M.L., MACGUIGAN, M.R., BRICE, G., FOSTER, C. Monitoring exercise
intensity during resistance training using the session RPE scale. Journal of
Strenght and Conditioning Research, v. 18, n. 2, p. 353-358, 2004.
DEKERLE, J., SIDNEY, M., HESPEL, J.M., PELAYO, P. Validity and reliability of
critical speed, critical stroke rate, and anaerobic capacity in relation to front crawl
swimming performances. International Journal Sports Medicine, v. 23, p. 93:98,
2002.
72
DUARTE, R. B.; TEUMA, L. H.; PÉREZ, L. C. Valoración del esforzo percibido em el
control del entreinamiento em triatlón, Revista Digital. Buenos Aires. Ano 10, nº 77,
Octubre de 2004.
FELLMAN, N. Effects of endurance training on the androgenic response in men.
International Journal Sports Medicine, v. 6 n. 2, p. 9-15 1985.
FAULKNER, J.A. Physiology of swimming and diving. In: FALLS, H. Exercise
physiology. Baltimore Academy Press, 1968.
FOSTER, C., FLORHAUG, J.A., FRANKLIN, L.G., HROVATIN, L.A., PARKER, P.D.,
DODGE, C. A new approach to monitoring exercise training. Journal of Strength
and Conditioning Research, v. 15, n. 1, p, 109-115, 2001.
FOSTER, C. Monitoring training in athletes with reference to overtraining syndrome.
Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 30, n. 7, p. 1164-1168, 1998.
GABRIEL, H.H.W., URHAUSEN, A., GÜNTER, V., HEIDELBACH, U.,
KINDERMANN, W., Overtraining and immune system: a prospective longitudinal
study in endurance athletes. Medicine and Science in Sports and Exercise. v. 30,
n. 7, p. 1151-1157, 1998.
GEARHART, R.F., GOSS, F.L., LAGALLY, K.M., JAKICIC, JM., GALLAGHER, J.,
GALLAGHER, K.I., ROBERTSON, R.J. Ratings of perceived exertion in active
muscle during high-intensity and low-intensity resistance exercise. Journal of
Strenght and Conditioning Research, v. 16, n. 1, p. 87-91, 2002.
GEARHART, R.F., GOSS, F.L., LAGALLY, K.M., JAKICIC, J.M., GALLAGHER, J.,
ROBERTSON, R.J. Standardized scaling procedures for rating perceived exertion
during resistance exercise. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 15,
n. 3, p. 320-325, 2001.
GRECO, A.C. Limiar anaeróbio (4mMol de lactato sanguíneo), velocidade crítica
determinada a partir de diferentes distancias e performance aeróbia em nadadores e
nadadoras de 10 a 15 anos. Tese (Doutorado) Universidade Estadual de
Campinas, 2003.
73
GOMES, A.C. Treinamento Desportivo : estrutura e periodização. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
GOUARNÉ, C., GROUSSARDE, C., GRATS-DELAMARCHE, A., DELAMARCHE,
P., DUCLOS, M. Overnight urinary cortisol and costisone add new insights into
adaptation to training. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 37, n. 7, p.
1157-1167, 2005.
HALSON, S.L., JEUKENDRUP, A. Does overtraining exist? An analysis of
Overreaching and Overtraining Research. Sports Medicine, v. 34, n. 14, p, 967:981,
2004.
HEDELIN, R., KENTTÁ, G., WIKLUND, U., BJERLE, P., HENRIKSSON-LARSÉN, K.
Short-term overtraining: effects on performance, circulatory responses, and heart rate
variability. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 32, n. 8, p.1480-1484,
2000.
HOOPER, S.L., MACKINNON, L.T., HOWARD, A., GORDON, R.D., BACHMANN,
A.W. Markers for monitoring overtraining and recovery. Medicine and Science in
Sports and Exercise, v. 27, n. 1, p, 106-112, 1995.
HOOPER, S.L., MACKINNON, L.T., HOWARD, A. Physiological and psychometric
variables for monitoring recovery during tapering for major competition. Medicine
and Science in Sports and Exercise, v. 31, n. 8, p. 1205-1210, 1999.
HOOPER, S.L., MACKINNON, L.T., GORDON, R.D., BACHMANN, A.W. Hormonal
responses of elite swimmers to overtraining. Medicine and Science in Sports and
Exercise, v. 25, n. 6, p. 741-747, 1993.
IMPELLIZZERI, F.M., RAMPININI, E., COUTTS, A.J., SASSI, A., MARCORA, S.M.
Use of RPE-Based training load in soccer. Medicine and Science in Sports and
Exercise, v. 36, n. 6, p. 1042-1047, 2004.
74
INAL, M.F., AKYUZ, A., TURGUT, W.M., GETSFRID, W.M. Effect of aerobic and
anaerobic metabolism on free radical generation swimmers. Medicine and Science
in Sports and Exercise, v. 33, n. 4, p. 564-567, 2001.
ISSURIN, V.B., KAUFMAN, L.E., TENENBAUM, G. Modeling of velocity regimes for
anaerobic and aerobic power exercise in high-performance swimmers. The Journal
of Sports Medicine and Physical Fitness, v. 41, p. 433-440, 2001.
KISS, M.A.P.D. Avaliação em educação física: aspectos biológicos e
educacionais. São Paulo. Editora Manole, 1987.
KUIPERS, H. Training and overtraining: an introduction. Medicine and Science in
Sports and Exercise. 30(7):1137-1139, 1998.
LAMBERTS, R.P., LEMMINK, K.A.P.M., DURANDT, J.J., LAMBERT, M.I. Variation
in heart rate during submaximal exercise: Implications for monitoring training.
Journal of Strength and Conditioning Research, v. 18, n. 3, p. 641-645, 2004.
LEHMANN, M., FOSTER, C., DICKHUTH, H-H., GASTMANN, U. Autonomic
imbalance hypothesis and overtraining syndrome. Medicine and Science in Sports
and Exercise, v. 30, n 7, p, 1140-1145, 1998.
LEHMANN, M., SCHNEE, W., SCHEU, R. Decreased nocturnal catecholamine
excretion: parameter for an overtraining syndrome in athletes? International Journal
Sports Medicine, v. 13, p. 236-42, 1992.
LEHMANN, M., DICKHUTH, H.H., GENDRISCH, G. Training-overtraining: a
prospective, experimental study with experienced middle-and long-distance runners.
International Journal Sports Medicine, v. 12, p. 444-52, 1991.
LEHMANN, M.; FOSTER, C. KEUL, J. Overtraining in endurance athletes: a brief
review. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 25, n. 7, p. 854-862,
1993.
MACGUIGAN, M.R., EGAN, A.D., FOSTER, C. Salivary cortisol responses and
perceived exertion during high intensity and low intensity bouts of resistance
exercise. Journal of Sports and Science and Medicine, v. 3, p. 8-15, 2004.
75
MACKINNON, L.T., HOOPER, S.L., JONES, S., GORDON, R.D., BACHMANN,
A.W., Hormonal, immunological, and hematological responses to intensified training
in elite swimmers. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 29, n. 12, p.
1637-1645, 1997.
MACKINNON, L.T., HOOPER, S.L. Plasma glutamine and upper respiratory tract
infection during intensified training in swimmers. Medicine and Science in Sports
and Exercise, v. 28, n. 3, p. 285-290, 1996.
MADER, A.; HECK, H.; HOLLMANN, W. Evaluation of lactic acid anaerobic energy
contribution by determination of post-exercise lactic concentration of ear capillary
blood in meddle-distance runners and swimmers. Axer Physiology, v. 4, p. 187-94,
1978.
MAGLISCHO, E.W. Nadando ainda mais rápido. São Paulo: Ed. Manole, 1999.
MARINS, J.C.B., GIANNICHI, R.S. Avaliação e prescrição de atividade física:
guia prático. 3º ed., Rio de Janeiro: Shape Editora, 2003.
MASO, F., LAC, G., FILAIRE, E., MICHAUX, O., ROBERT, A., Salivary testosterone
and costisol in rugby players: correlation with psychological overtraining and items.
British Journal of Sports Medicine, 38:260-263, 2004.
MATHEWS, D.K. Medida e avaliação em educação física. ed, Rio de Janeiro,
Ed. Interamericana, 1980.
MATVEEV, L.V. Fundamentos do treino desportivo. Lisboa, Livros Horizonte,
1991.
MORGAN, W.P., BROWN, D.R., RAGLIN, J.S., O'CONNOR, P.J., ELLICKSON, K.A.
Psychological monitoring of overtraining and staleness. British Journal of Sports
Medicine, v. 21, p. 107-114, 1987.
MUJIKA, I., BUSSO, T., LACOSTE, L., BARALE, F., GEYSSANT, A., CHATARD, J-
C. Modelet responses to training and taper in competitive swimmers. Medicine and
Science in Sports and Exercise, v. 28, n. 2, p. 251-258. 1996.
76
MUJIKA, I., PADILLA, S. Scientific bases for precompetition tapering strategies.
Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 35, n. 7, p. 1182-1187, 2003.
NORMAM, G.R., STREINER, D.L. Biostatistics – The bore essentials. Mosby-Year
Books, St. Louis, 1994.
OLBRECHT, J. The science of swimming: planning, periodizing and optimizing
swim training. Luton, Swimshop, 2000.
PELLEGRINOTTI, I.L., CESAR, M.C., ROCHELLI, S.L.A., ROCHELLI, M.C.S.A.,
CAVAGLIERI, C.R. Determinação de uma intensidade de esforço para treinamento
de natação de longa duração. Revista Brasileira de Ciência do Esporte. v. 24, n.
1, p. 117-125, 2002.
PETTEYS, C. FOSTER, C. A comparison of athletes’ and coaches’ rating of training.
Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 36, n.5 Supplement, p. 144,
2004.
PLATONOV, V. Treinamento desportivo para nadadores de alto nível. ed. São
Paulo, Phorte Editora, 2005.
PLATONOV, V.N., BULATOVA, M.M. A preparação física. Rio de Janeiro, Sprint,
2003.
PLATONOV, V.N., FESSENKO, S.L. Sistema de treinamento dos melhores
nadadores do mundo. v. 1, Rio de Janeiro, 2003a.
_______________________________. Sistema de treinamento dos melhores
nadadores do mundo. v. 2, Rio de Janeiro, 2003b.
PYNE, D.B., MACDONALD, W.A., GLEESON, M., FLANAGAN, A., CLANCY, R.L.,
FRICHER, P.A. Mucosal immunity, respiratory illness, and competitive performance
in elite swimmers. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 33, n. 3, p.
348-353, 2000.
SMITH, D.J.; NORRIS, S.R.; HOOG, J.M. Performance evaluation of swimmers:
scientific tools. Sports Medicine, v. 32, n. 9, p. 539-54, 2002.
77
STEWART, A.M., HOPKINS, W.G. Swimmers’ compliance with training prescription.
Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 29, n. 10, p. 1389-1392, 1997.
___________________________. Consistency of swimming performance within and
between competitions. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 32, n. 5,
p. 997-1001, 2000.
SWEET, T.W., FOSTER, C., MACGUIGAN, M.R., BRICE, G. Quantitation of
resistance training using the session rating of perceived exertion method, Journal of
Strength and Conditioning Research, v. 18, n. 4, p. 796-802, 2004.
SUZUKI, H., SATO, T., MAEDA, A., TAKAHASHI, Y. Program design based on a
mathematical model using rating of perceived exertion for an elite Japanese sprinter:
A case study. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 20, n. 1, p. 36-
42, 2006.
TRAPPE, S., COSTILL, D., THOMAS, R. Effect of swim taper on whole muscle and
single muscle fiber contractile properties. Medicine and Science in Sports and
Exercise, v. 32, n. 12, p. 48-56, 2000.
VERKHOSHANSKI, Y.V. Problemas atuais de metodologia de treino desportivo.
Revista Treinamento Desportivo, v. 1, n. 1 p. 33-45, 1996.
WALDECK, M.R., LAMBERT, M.I. Heart rate during sleep: implications for monitoring
training status. Journal of Sports Science and Medicine, v. 2, p. 133-138, 2003.
WEINECK, J. Biologia do esporte286 0 Td(d)Tj7.33401 0 Td(i)Tj3.363.36643 0 Td(o)Tj66.73286 0 Td(i)Tj86 0 Td(s)Tj6.01148 0 Td(.)Tj3.36j8.05539 0 Td(r)Tj6.73286 0 Td( )Tj6.73286 0 Td(s)Tj2.64505 0 Td(o)Tj6.73263 0 Td(.)Tj3.36643 0 Td( )Tj3.36643 0 Td(3)Tj7.93516 0 Td(I)Tj6.73286 0 Td(e)Tj3.36643 0 Td( )Tj3.36643 0 Td(3)Tj9.97906 0 Td(e)Tj6.61263 0 Td(n)Tj6.73286 0 Td( )Tj6.73286 0 Td(l)Tj2.64505 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td( )Tj3.2462 0 Td( )Tj3.36643 0 Td(1)Tj6.73286 0 Td(9)Tj6.61263 0 Td(9)Tj6.73286 0 Td(6)Tj6.73286 0 Td(9)Tj-318.50.958.76 Td(V)Tj6.73286 0 Td(_)Tj6.73286 0 Td(_)Tj6.61263 0 Td(_)Tj6.73286 0 Td(_)Tj6.73286 0 Td(_)Tj6.61263 0 Td(_)Tj6.73286 0 Td(_)Tj6.61286 0 Td(_)Tj6.61263 0 Td(_)Tj6.73286 0 Td(_)Tj3.36643 0 Td( )Tj/R25 12 Tf3.36643 0 Td(B)Tj7.33401 0 Td(r)Tj4.68873 0 Td(c)Tj6.73286 0 Td(i)Tj3.36643 0 Td(n)Tj7.33401 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td(m)Tj10.7004 0 Td(e)Tj6.73286 0 Td(n)Tj7.33401 0 Td(t)Tj3.96758 0 Td(o)Tj7.33401 0 Td( )Tj3.3662 0 Td( )Tj3.36643 0 Td(,)Tj7.33401 0 Td(o)Tj6.73286 0 Td(a)Tj6.73286 0 Td(r)Tl/R12 12 Tf6.76643 0 Td(,)Tj3.2462 0 Td(,)Tj3.36643 0 Td(1)Tj6.61263 0 Td(9)Tº4.688448 Td( )Tj3.36643 0 Td(f)Tj6.61263 0 Td(d)Tj6.73286 0 Td( )T 0 Td(d)Tj7.33401 0 Td(i)Tj3.363.36643 0 Td(o)Tj66.73286 0 Td(i)Tj86 0 Td(s)Tj6.01148 0 TdiP s
78
ANEXOS
79
ANEXO A
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Título do Projeto: Avaliação e monitoramento do treinamento de nadadores:
Buscando entender relações entre volume e carga de treinamento.
Justificativa: A natação atualmente vem passando por transformações de forma
ordenada principalmente em relação à preparação física dos atletas, e as pesquisas
cientificas estão sendo desenvolvidas no intuito de melhor embasar os profissionais
envolvidos com esta modalidade. Devido a sua alta complexidade, a modalidade
necessita de um planejamento específico ao longo da temporada de competições e,
seguindo assim os objetivos estabelecidos pela equipe e, acima de tudo, o
calendário proposto. Tal planejamento requer uma periodização adequada, para que
assim os atletas possam atingir sua melhor forma desportiva nas fases mais
importantes de uma competição ou na principal da temporada. Nesse sentido, a
presente pesquisa procurará avaliar e controlar as cargas de treinamento de
nadadores velocistas e fundistas, por meio do emprego de tabelas de percepção de
cansaço e intensidade do treinamento em natação.
Objetivo: Avaliar e monitorar os efeitos do treinamento de natação em atletas, por
meio de controle do treinamento e quantificação das cargas aplicadas nos diferentes
períodos do programa de treinamento, das diferentes categorias, especialidades,
gênero e competições, e o efeito dessas cargas na performance dos nadadores.
Metodologia, riscos e benefícios: A amostra será composta por 26 nadadores (17
do sexo masculino e 9 do sexo feminino) das categorias Infantil a Sênior, com idades
entre 13 e 21 anos, pertencentes à equipe de natação Sociedade Esportiva Gran
São João da cidade de Limeira/ SP, filiada a Federação Aquática Paulista. Será feita
a avaliação biométrica (peso, estatura e % de gordura) dos nadadores no final de
cada etapa da periodização. Serão utilizadas duas escalas, uma de percepção de
cansaço e outra de intensidade do treinamento. As aplicações das tabelas de
percepção de cansaço e intensidade do treinamento serão realizadas em dois
momentos: no inicio e no final de cada sessão de treinamento, nas dependências
80
das piscinas de treinamentos da equipe. Será utilizada a metodologia proposta por
Foster (1998), em que a escala de percepção de esforço (CR-10), ligada ao tempo
da sessão de treinamento, estima à carga diária e semanal de treinamento. A tabela
de intensidade de treinamento será aplicada também ao técnico da equipe para
comparações com os resultados obtidos na mesma tabela aplicada aos atletas. A
coleta de dados será realizada pelo pesquisador do programa de Pós-Graduação,
Mestrado em Educação Física, da Universidade Metodista de Piracicaba, UNIMEP.
Todos os encargos para realização das avaliações ficarão a cargo do pesquisador,
tendo os atletas apenas a preocupação de responder as tabelas. Como benefícios
os voluntários poderão ter conhecimento do seu estado físico durante uma
temporada de treinamento de natação. Para a população, este estudo será
importante porque pode colaborar para o conhecimento científico, permitindo
fornecer maiores informações na área de estudos da Performance Humana e
Treinamento Desportivo. A presente pesquisa não implicará em riscos para os
participantes, pois a participação estará restrita a responder as tabelas.
Acompanhamento e assistência: Os voluntários terão acompanhamento de todos
os docentes do projeto. Toda e qualquer dúvida sobre o projeto poderá ser
esclarecida pela equipe do projeto através do telefone (19) 34691784 com
Cleberson, do e-mail: ctbatista@gmail.com ou telefone (19) 31241515 R:1240 com
João Paulo Borin, do e-mail jpborin@unimep.br ou pessoalmente na UNIMEP,
Campos Taquaral, Faculdade de Ciências da Saúde, Bloco 7, sala 32.
Sigilo e utilização dos dados coletados: é garantido ao participante o segredo das
informações obtidas durante o trabalho.
Desistência: Os voluntários do projeto terão liberdade de desistir da participação na
pesquisa em qualquer momento, sem prejuízo de sua assistência no Projeto.
Ressarcimento e Indenização: o há despesas pessoais de sua parte para a
participação no projeto, assim como não compensação financeira. No caso do
voluntário ter alguma despesa devido a sua participação no projeto (anexo causal
81
comprovado), terá tratamento médico na Instituição, bem como ás indenizações
legalmente estabelecidas.
Este documento será feito em duas vias (uma que ficará com o voluntário e
outra com o pesquisador responsável).
Devido às informações que me foram apresentadas e esclarecidas referentes aos
procedimentos da pesquisa:
Eu ........................................................................,RG................................., Residente
a rua.....................................................................,N........,Bairro,..............................,
SP declaro que concordo em participar como voluntário (a) no projeto: “Avaliação e
monitoramento do treinamento de nadadores: Buscando entender relações
entre volume e carga de treinamento”.De minha parte garanto o meu
compromisso de enquanto estiver participando do trabalho, seguir as orientações
recebidas e assim garantir a confiabilidade dos resultados da pesquisa.
Piracicaba,........................ de 2006.
Assinatura do voluntário/ ou responsável: _____________________________
Assinatura do responsável pela pesquisa: _____________________________
Professor Responsável: Prof. Msdo.Cleberson Tavolone Batista
Telefones: (19) 81227275 ou (19) 34691784
Declaração de responsabilidade: Expliquei a natureza, objetivos, riscos e
benefícios desse estudo. Coloquei-me a disposição para perguntas e respondi a
todas. Obtive o consentimento de maneira livre e me coloquei a disposição para
esclarecimentos de qualquer dúvida sobre o estudo pelo endereço indicado.
Nome dos Pesquisadores: João Paulo Borin e Cleberson Tavolone Batista.
82
83
ANEXO C
Controle de Percepção Subjetiva de Cansaço de ___/___/___ a ___/___/___
Atleta Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
6
7
Muito Muito Bem
8
9
Muito Bem
10
11
Bem
12
13
Pouco Cansado
14
15
Cansado
16
17
Muito Cansado
18
19
Muito Muito Cansado
84
ANEXO D
Controle de Percepção Subjetiva de Esforço do Treinamento de ___/___/___ a ___/___/___
Atleta Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
1 Muito Fraco
2 Fraco
3 Moderado
4 Algo Forte
5
6
Forte
7
8
9
Muito Forte
10 Muito Muito Forte
85
ANEXO E
Programa de Treinamento 2º Semestre 2005.
Legendas:
Metragem Mesociclo Competições
Braço * Troféu José Finkel
Super Aeróbio * Paulista Juvenil
Aeróbio * Paulista Infantil
Educativo * Brasileiro Juvenil
Perna * Brasileiro Infantil
Velocidade Alática * Brasileiro Junior
Potência
VO
2
1500
** * * *
1400
* *
1300
* *
1200
* * * * * * *
1100
* * *
*
1000
* * * * * * * * ** *** **** ** *** ** *** ** ** * * *
900
** * *
800
* * ** ** * * *** ** ** * ** ** *** ** ** *
700
** ** * * * * *
600
** * * ** *** ** * * * * * * * * *
500
* * * * *
400
* * * * * * ** * ** **
300
** * *
200
** * *
100
*
A1 A2 A3 A4 S5 S6 S7 S8 O9 O10 O11 O12 O13 N14 N15 N16 N17 D18
Microciclo
01-
06
08-
13
15-
20
22-
27
29-
03
05-
10
12-
17
19-
24
26-
01
03-
08
10-
15
17-
22
24-
29
31-
05
07-
12
14-19 21-26 28-03
Terrestre
Corridas, abdominais, elástico, alongamento Corridas, abdominais, elástico, alongamento
Mesociclos
BASE ESPECÍFICO POLIMENTO
Competições
Semestrais
* * * * *
*
86
ANEXO F
Quadro 05. Período de uma semana da programação de um microciclo do
mesociclo do período de preparação de base.
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
Treino
fora da
água
Corrida 40’
Flexibilidade 03x 15”
Elástico - 05x1’ com
30” descanso
Flexibilidade 3x15
Elástico 05x1’ com 30”
descanso
Corrida 20’
Elástico Td(s)Tj3.96764 0 Td(t)Tj2.2844 0 Td(i)Tj1.68324 0 Td(c)Tj4.08787 0 0c
El
87
Quadro 06. Período de uma semana da programação de um microciclo do
mesociclo do período de preparação especifica.
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
Treino fora
da água
Flexibilidade 03x
15”
Elástico - 05x1’
com 30” descanso
Flexibilidade 3x15
Elástico 05x1’ com 30”
descanso
Elástico 5x1’00”
com 30”
descanso
Flexibilidade
3x15”
Elástico 10x1’ c/
1’00” descanso
Abdominal 6x50
Elástico 10x1’ c/
1’00’ descanso
Flexibilidade
3x15”
Treino
dentro da
água
1x400m braço
4x(4x50m) perna
estilo, chegando p/
55” saindo p/ 1’10”
1x400m braço
costas
4x(6x15m) 1ªsérie
estio c/ saída, 2ª
série crawl c/
nadadeira, 3ºsérie
estilo c/ nadadeira,
4ªsérie crawl c/
palmar
Velocistas
4x (1x200crawl AII
saindo p/
3’10”,3x100estilo
AI saído p/ 1’50”)
4x50 braço 100%
Fundistas
4x400m – 1º AI, 2º
AII
800 nadando
2x (1x200
crawl,2x100medley,8x25
estilo)
5x100m perna costas
saindo p/ 2’10”
1x400m braço AI
4x(6x12,5) 100%
4x100m AIII intervalo de
2’00”
1x500m perna estilo
15x100m crawl p/ 1’45”
Fundistas 1x400 AIII
2x(8x50 crawl,
1x200 medley,
4x25 estilo, 8x25
os 4 estilos)
600m braço de
costas
4x(4x12,5 o
estilo, 2ºcrawl,
1x25m
5x100m perna
estilo saindo p/
2’00”
4x100 AI saindo
p/ 1’50”
400m braço
4x100m AI, 1º
estilo saindo p/
2’00’, 2ºcrawl
saindo p/ 1’50”
300m costas
2x(1x200crawl,
12x25 os 4 estilos,
6x25 perna crawl,
1x50 estilo)
4x100m AI
3x(4x50m) perna
estilo p/ 1’00”
3x(4x12,5) crawl
saindo 40”
800 braço
16x100 crawl
saindo p/ 50”
4x(1x200 livre,
12x25 0s 4
estilos, 4x12,5
estilo 100%, 100
costas, 4x25
estilo, 6x50
crawl)
88
Quadro 07. Período de uma semana da programação de um microciclo do
mesociclo do período de polimento.
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
Treino fora
da água
Flexibilidade 03x 15” Flexibilidade
3x15”
Flexibilidade
3x15”
Treino
dentro da
água
2x(1x200crawl,2x100medley,8x50
4estilos)
3x(6x12,5m) c/ nadadeira
400m nadando
100m AIII
700m nadando
800m nadando
10x50m,
crawl,2ºestilo
200m perna estio
10x50m 100%
200m perna estilo
800m
12x50m crawl
100m estilo
100%
4x50 costas
2x25m 100%
estilo
400m nadando
2x25m 100%
estilo
800m nadando
800m variando
estilo
4x50m estilo
p/ 1’00”
4x12,5 100%
estilo
800 nadando.
800 nadando
400m perna
costas c/
nadadeira
4x(4x25m) c/
saída e
nadadeira,
saído p/ 30”
200m crawl
100m 100%
estilo
12’ soltando
89
ANEXO G
Tabela 47. Medidas descritivas das variáveis segundo etapa de treinamento
Medida Etapas do treinamento P
Variável Descritiva Geral Especial Polimento Valor
V.Mínimo 2800,0 1900,0 300,0
Metragem Mediana 5000,0c 5000,0b 3000,0a P< 0,01
Diária (m) V.Máximo 6000,0 5100,0 4600,0
Média 5036,2 4321,7 2923,6
D.Padrão 774,5 874,0 1115,8
V.Mínimo 90,0 30,0 40,0
Duração Mediana 180,0c 120,0b 80,0a P< 0,01
da Sessão V.Máximo 240,0 180,0 120,0
(minutos) Média 174,7 113,8 77,9
D.Padrão 49,3 32,3 21,7
V.Mínimo 1,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 6,0c 5,0b 3,0a P< 0,01
Sessão V.Máximo 10,0 10,0 6,0
Média 5,6 4,9 3,1
D.Padrão 2,2 2,1 1,8
V.Mínimo 1,0 2,0 2,0
PSE da Mediana 6,0c 5,0b 3,0a P< 0,01
Sessão do V.Máximo 10,0 9,0 5,0
Técnico Média 5,9 4,7 2,9
D.Padrão 2,1 2,1 1,0
V.Mínimo 60,0 60,0 40,0
Carga da Mediana 960,0c 480,0b 180,0a P< 0,01
Sessão V.Máximo 2400,0 1800,0 720,0
Média 1010,1 576,1 271,3
D.Padrão 529,4 336,4 199,9
V.Mínimo 800,0 660,0 240,0
Carga Mediana 3770,0c 2470,0b 715,0a P< 0,01
Semanal V.Máximo 6917,0 5320,0 2380,0
Média 3897,9 2506,2 1269,1
D.Padrão 1087,9 962,0 889,0
V.Mínimo 1,0 1,2 1,4
Monotonia Mediana 2,6b 2,0a 2,3ab P< 0,01
V.Máximo 14,6 9,4 6,1
Média 3,3 2,4 3,0
D.Padrão 2,4 1,1 1,6
V.Mínimo 1038,0 205,0 362,0
Strain Mediana 9775,0c 4705,0b 3674,0a P< 0,01
V.Máximo 88162,0 23868,0 9790,0
Média 13614,2 5609,2 3735,2
D.Padrão 13155,1 3309,0 2885,7
90
Tabela 48. Medidas descritivas das variáveis segundo categoria do nadador
Medida Categorias
P
Variável Descritiva Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II Junior I Junior II Sênior Valor
V.Mínimo 1900,0 1900,0 1900,0 1900,0 300,0 300,0 300,0
Metragem Mediana 5000,0 5000,0 5000,0 5000,0 5000,0 4600,0 5000,0 P>0,05
Diária (m) V.Máximo 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0
Média 4599,6 4586,8 4699,1 4700,3 4471,0 4260,7 4458,7
D.Padrão 908,6 894,2 878,7 883,4 1089,0 1182,7 1099,1
V.Mínimo 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0
Duração Mediana 130,0ab 130,0ab 135,0b 130,0ab 120,0a 120,0a 130,0ab P<0,05
da Sessão V.Máximo 240,0 240,0 240,0 130,0ab 240,0 240,0 240,0
(mi
91
Tabela 49. Medidas descritivas das variáveis segundo estilo
Medida Estilos P
Variável
Descritiva Borboleta Costas Peito Crawl Medley Valor
V.Mínimo 300,00 1900,00 1900,00 300,00 300,00
Metragem Mediana 5000,0 5000,0 5000,0 5000,0 4600,0 P>0,05
Diária (m) V.Máximo 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0 6000,0
Média 4521,4 4656,3 4537,9 4608,5 4269,6
D.Padrão 1024,8 903,8 899,2 961,1 1210,1
V.Mínimo 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0
Duração Mediana 130,0ab 130,0ab 130,0ab 130,0b 120,0a P<0,5
da Sessão V.Máximo 240,0 240,0 240,0 240,0 240,0
(minutos) Média 135,4 136,8 136,6 141,3 122,9
D.Padrão 51,8 50,9 48,7 51,9 51,4
V.Mínimo 1,0 2,0 1,0 1,0 2,0
PSE da Mediana 6,0 5,0 5,0 5,0 4,0 P>0,05
Sessão V.Máximo 9,0 9,0 10,0 10,0 9,0
Média 5,5 5,3 5,1 5,0 4,4
D.Padrão 2 1,9 2,0 2,2 1,9
V.Mínimo 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 5,0 5,0 5,0 5,0 4,0 P>0,05
Sessão do V.Máximo 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Técnico Média 5,0 5,2 5,1 5,2 4,5
D.Padrão 2,1 2,1 2,2 2,1 2,2
V.Mínimo 40,0 140,0 60,0 40,0 60,0
Carga da Mediana 780,0b 650,0ab 650,0ab 700,0b 480,0a P<0,01
Sessão V.Máximo 2160,0 2160,0 2400,0 2400,0 2160,0
Média 798,4 771,4 740,1 753,2 586,5
D.Padrão 493,5 486,5 460,1 491,1 457,0
V.Mínimo 300,0 870,0 820,0 240,0 340,0
Carga Mediana 3135,0c 3210,0c 2850,0ab 2920,0bc 2280,0a P<0,05
Semanal V.Máximo 6750,0 6030,0 6495,0 6917,0 5160,0
Média 3348,9 3165,2 2947,4 3043,3 2537,6
D.Padrão 1402,0 1207,6 1230,6 1254,0 1182,9
V.Mínimo 1,1 1,2 1,0 1,0 1,3
Monotonia Mediana 2,6 2,5 2,4 2,1 2,1 P>0,05
V.Máximo 6,9 7,0 12,9 14,6 6,0
Média 2,9 2,6 3,0 2,7 2,3
D.Padrão 1,3 1,3 2,1 1,9 1,1
V.Mínimo 566,0 1927,0 1038,0 205,0 1261,0
Strain Mediana 6530,0b 5620,0ab 6386,0ab 5552,0ab 5399,0a P<0,05
V.Máximo 32045,0 33507,0 49517,0 88162,0 21059,0
Média 10114,3 8672,8 9611,7 8845,9 6085,4
D.Padrão 7279,3 6534,9 10041,2 10946,0 4380,3
92
Tabela 50. Medidas descritivas das variáveis segundo competição
Medida Competições P
Variável Descritiva Regional I Regional II Paulista Brasileiro Valor
V.Mínimo 4000,0 4000,0 1900,0 2200,0
Metragem Mediana 4000,0b 4000,0b 4000,0b 2200,0a P<0,01
Diária (m) V.Máximo 5000,0 4000,0 4000,0 2200,0
Média 4480,0 4000,0 3533,3 2200,0
D.Padrão 509,9 0,0 898,3 0,0
V.Mínimo 90,0 70,0 40,0 50,0
Duração Mediana 90,0b 70,0a 110,0c 50,0a P<0,01
da Sessão V.Máximo 150,0 70,0 130,0 50,0
(minutos) Média 92,4 70,0 102,7 50,0
D.Padrão 12,0 0,0 35,6 0,0
V.Mínimo 1,0 2,0 1,0 1,0
PSE da Mediana 2,0a 3,0b 2,0ab 3,0ab P<0,01
Sessão V.Máximo 3,0 4,0 5,0 3,0
Média 1,7 2,6 2,5 2,2
D.Padrão 0,5 0,7 1,1 0,9
V.Mínimo 2,0 2,0 2,0 2,0
PSE da Mediana 2,0a 2,0a 4,0b 2,0a P<0,01
Sessão do V.Máximo 2,0 2,0 5,0 2,0
Técnico Média 2,0 2,0 4,0 2,0
D.Padrão 0,0 0,0 1,1 0,0
V.Mínimo 90,0 140,0 40,0 50,0
Carga da Mediana 180,0ab 210,0bc 260,0c 125,0a P<0,01
Sessão V.Máximo 270,0 280,0 650,0 150,0
Média 162,0 186,6 284,4 112,5
D.Padrão 45,0 51,1 177,2 47,8
V.Mínimo 2130,0 930,0 240,0 365,0
Carga Mediana 3155,0c 1980,0b 910,0a 600,0a P<0,01
Semanal V.Máximo 4155,0 2980,0 1470,0 715,0
Média 3187,2 2009,5 836,6 570,0
D.Padrão 557,6 619,1 359,2 147,0
V.Mínimo 1,0 1,4 1,5 1,5
Monotonia Mediana 1,2a 1,9b 3,4c 4,1c P<0,01
V.Máximo 1,4 4,4 9,4 6,1
Média 1,1 2,0 3,6 3,9
D.Padrão 0,1 0,6 1,9 2,4
V.Mínimo 1038,0 1800,0 362,0 554,0
Strain Mediana 3961,0 4034,0 3118,0 2617,0 P>0,05
V.Máximo 5532,0 6640,0 7117,0 3674,0
Média 3609,2 4139,6 3241,1 2365,5
D.Padrão 1156,1 1303,4 2045,8 1565,7
93
Tabela 51. Medidas descritivas das variáveis segundo especialidade
Medida Especialidade P
Variável Descritiva
Velocista Meio-Fundo Fundista Valor
V.Mínimo 300,0 300,0 1900,0
Metragem Mediana 5000,0 5000,0 5000,0 P>0,05
D
94
Tabela 52. Medidas descritivas das variáveis estudadas
Medida Descritiva
Variável
V. Mínimo Quartil Mediana Quartil V. Máximo Média D. Padrão
Metragem
Diária (m) 300,0 4000,0 5000,0 5000,0 6000,0 4574,3 971,4
Duração
da Sessão 30,0 100,0 130,0 180,0 240,0 138,6 51,5
PSE da
Sessão 1,0 3,0 5,0 7,0 10,0 5,1 2,2
PSE da
Sessão do 1,0 4,0 5,0 7,0 10,0 5,2 2,2
Técnico
Carga da
Sessão 40,0 360,0 660,0 1050,0 2400,0 750,9 486,0
Carga
Semanal 240,0 2220,0 2960,0 3850,0 6917,0 3056,6 1273,2
Monotonia 1,0 1,7 2,2 3,1 14,6 2,8 1,9
Strain 205,0 3960,0 5711,0 10523,0 88162,0 8980,7 9843,3
95
ANEXO H
Tabela 53. Resultados da avaliação antropométrica dos nadadores velocistas
Atletas Variáveis Período do Treinamento
Base Específico Polimento
1 Estatura 157 157,3 157,3
Peso 42 43 42
%G 10% 10% 10%
2 Estatura 155 155 155
Peso 55 56 56
%G 18% 18% 18%
3* Estatura 169 169 169
Peso 63,8 63,5 63
%G 20% 22% 15%
4 Estatura 175 175 175
Peso 72 69 69
%G 17,4% 14% 14%
5 Estatura 173 173 173
Peso 63,5 61,5 61
%G 13% 9% 9%
6 Estatura 177 177 177
Peso 64 64 64
%G 9% 9% 9%
7 Estatura 174 174 174
Peso 59 60 60
%G 13% 14% 14%
8* Estatura 168 168,2 168,5
Peso 71 70 70
%G 20% 19% 18%
9 Estatura 172 172 172
Peso 61,5 61,5 61
%G 8% 7% 7%
10* Estatura 183 183 183
Peso 83 81 81
%G 5% 5% 5%
11 Estatura 178 178 178
Peso 71 71 71
%G 10% 10% 10%
12 Estatura 174 174,2 174
Peso 70 70 70
%G 10% 10% 10%
96
continuação
13 Estatura 154 154,3 154,3
Peso 44 44 44
%G 16% 15% 15%
14 Estatura 159 159,2 159,2
Peso 47 47 47
%G 16,6% 16,6% 16,6%
15 Estatura 181 181 181
Peso 58 57 57
%G 11% 10% 10%
16 Estatura 171 171 171
Peso 66 65 65
%G 10% 9,5% 9,5%
* Atletas que nadaram o Brasileiro
97
Tabela 54. Resultados da avaliação antropométrica dos nadadores de meio-fundo
Atletas Variáveis Período do Treinamento
Base Específico Polimento
1* Estatura 188 188 188
Peso 84 82 81
%G 8,2% 5,% 4,2%
2 Estatura 159 159,2 159,2
Peso 45 45 45
%G 14% 13% 13%
3 Estatura 168 168 168
Peso 59 58 58
%G 11% 10% 10%
4 Estatura 157 157 157
Peso 45 45 44,5
%G 9% 8% 8%
5 Estatura 169 169 169
Peso 52 52 52
%G 15% 15% 15%
* Atletas que nadaram o Brasileiro
98
Tabela 55. Resultados da avaliação antropométrica dos nadadores fundistas
Atletas Variáveis Período do Treinamento
Base Específico Polimento
1 Estatura 171 171 171
Peso 53 52 51,5
%G 13% 11% 11%
2 Estatura 165 165,3 165,3
Peso 62 62 61
%G 9% 8% 7%
3* Estatura 181 181 181
Peso 82 80 78
%G 17% 14% 13%
4 Estatura 183 183 183
Peso 83 80 80
%G 14% 12% 12%
5 Estatura 165 165 165
Peso 65 63 62
%G 18% 17% 16%
* Atletas que nadaram o Brasileiro
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo