Download PDF
ads:
GUSTAVO RAFAEL MAZZARON BARCELOS
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE,
GENOTOXICIDADE E DOS EFEITOS PROTETORES
DO EXTRATO DE Anacardium occidentale L. IN VITRO
Londrina
Universidade Estadual de Londrina
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Universidade Estadual de Londrina
Instituto A
g
ronômico do Paraná
GUSTAVO RAFAEL MAZZARON BARCELOS
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE,
GENOTOXICIDADE E DOS EFEITOS PROTETORES
DO EXTRATO DE Anacardium occidentale L. IN VITRO
Londrina
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
2007
ads:
GUSTAVO RAFAEL MAZZARON BARCELOS
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE,
GENOTOXICIDADE E DOS EFEITOS PROTETORES DO
EXTRATO DE Anacardium occidentale L. IN VITRO
Dissertação apresentada ao programa de
Pós–Graduação em Genética e Biologia
Molecular da Universidade Estadual de
Londrina como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre.
Orientadora: Profa. Dra. Ilce Mara de Syllos Cólus
Londrina
2007
GUSTAVO RAFAEL MAZZARON BARCELOS
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE, GENOTOXICIDADE E DOS EFEITOS
PROTETORES DO EXTRATO DE Anacardium occidentale L. IN VITRO
Dissertação apresentada ao programa de Pós–
Graduação em Genética e Biologia Molecular da
Universidade Estadual de Londrina como
requisito parcial para a obtenção do título de
Mestre.
COMISSÃO EXAMINADORA
Profa. Dra. Ilce Mara de Syllos Cólus
Departamento de Biologia Geral
CCB-UEL
Profa. Dra. Denise Crispim Tavares
Universidade de Franca - SP
Profa. Dra. Berenice Quinzani Jordão
Departamento de Biologia Geral
CCB-UEL
Londrina, 16 de fevereiro de 2007.
APOIO FINANCEIRO
Universidade Estadual de Londrina
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Dedico este trabalho,
à minha mãe, Shirlei
“Podemos resistir a uma invasão de exércitos,
mas não a uma invasão de idéias” (Victor Hugo)
Agradecimentos
A Universidade Estadual de Londrina, ao Centro de Ciências Biológicas, ao
Departamento de Biologia Geral e ao Programa de Pós-Graduação em Genética e
Biologia Molecular;
A minha mãe, pelo apoio e sacrifício, os quais tornaram possível a realização
deste trabalho;
A minha orientadora e segunda mãe em Londrina, Ilce, pela orientação,
mostrando sempre o caminho correto, por me ensinar a “ordem lógica dos
parágrafos”, pela amizade, compreensão nos momentos difíceis e também pela
paciência pelos meus inúmeros esquecimentos;
A Karine, pela companhia, compreensão e ajuda nestes 2 anos de mestrado;
Aos meus irmãos Giuliano e Daniela, pelo carinho e apoio;
A profa. Dra. Maria Aparecida M. Maciel, pelo fornecimento do extrato do caju
utilizado neste trabalho;
A banca examinadora, pela contribuição na melhoria deste trabalho;
Ao meus amigos de laboratório: Zé, pelo enorme companheirismo em tudo, ajuda
com experimentos, artigos e pela amizade demonstrada nestes 2 anos; Ju, pela
amizade, paciência, ajuda nos experimentos e na correção do português; Mari,
pela amizade, pelos inúmeros conselhos e pragas, pela ajuda no slide da aula do
doutorado e pelos jantares; Iara, pela amizade, ajuda no laboratório e
companheira de “ataque”; Hellen, pela amizade, pela dança de salão e ajuda no
laboratório; Roberta pela explicação do artigo do meu exame de doutorado e pela
ajuda no laboratório. Ao Fernando, pela amizade e pelo certificado TRF. Aos
novas amigas de laboratório, Priscila, Priscilla e Natália pela ajuda e pelos
momentos agradáveis na mutagênese;
Ao Mateus e a Karina, pela grande ajuda nos trabalhos de aberrações
cromossômicas e micronúcleo;
A Fernanda, pela grande ajuda no laboratório, amizade e pelos muitos momentos
de descontração;
A Luciana, por me ensinar a técnica de sobrevivência celular;
Ao Marco e a Ana Carol, pela amizade, companheirismo, ajuda extra-laboratório
e traduções;
A Dona Cida e ao Sr. João, pela ajuda na moradia no final do mestrado e pelos
almoços de domingos;
Ao Dário e Melissa, pela ajuda com o material;
A Sueli, pelo cafezinho, bom humor e ajuda nestes dois anos;
A CAPES e a UEL pelo auxílio financeiro;
A todos que de alguma maneira contribuíram para que este trabalho tenha sido
realizado.
Muito obrigado!
BARCELOS, GUSTAVO RAFAEL MAZZARON. Avaliação da citotoxicidade,
genotoxicidade e dos efeitos protetores do extrato de Anacardium occidentale L. in
vitro. 2007. Dissertação (Mestrado em Genética e Biologia Molecular) – Universidade
Estadual de Londrina, Londrina - PR.
RESUMO
O uso de espécies vegetais para fins de tratamento e cura de doenças remonta o início da
civilização, desde o momento em que o homem começou um longo percurso de
manuseio, adaptação e modificação destes recursos naturais para seu próprio benefício.
Dentre as plantas que continuam a ser uma grande fonte de medicamentos para a
humanidade está a espécie Anacardium occidentale L., popularmente conhecida como
cajueiro, o qual possui indicações terapêuticas variadas, tais como: propriedade
cicatrizante, antihipertensivo, combate a distúrbios gástricos, controle do diabetes,
combate a asmas e bronquites. Contudo, alguns estudos demonstraram atividade
mutagênica para o extrato desta planta. Em faces às atividades já descritas para o
cajueiro e com o objetivo de contribuir para um melhor esclarecimento de suas
atividades biológicas, o presente trabalho teve por objetivo avaliar in vitro os possíveis
efeitos citotóxico, genotóxico, mutagênico e protetor do extrato da casca do cajueiro,
utilizando o ensaio do cometa e o teste de aberrações cromossômicas em cultura de
células V-79. O teste de sobrevivência celular avaliou a citotoxicidade de diferentes
concentrações do extrato da casca do caju (500, 1000, 2000, 3000, 4000, 5000 e 6000
µg/mL de meio de cultura) e permitiu a escolha de três (500 µg/mL, 1000 µg/mL e 2000
µg/mL de meio de cultura), as quais não apresentaram citotoxicidade, para a realização
dos testes de genotoxicidade e mutagenicidade. Nos testes de aberrações cromossômicas
e do cometa, foram utilizados, respectivamente, como agentes indutores de danos a
doxorrubicina (DXR) e o metilmetanosulfonato (MMS) e como controle negativo, PBS.
Nas avaliações das atividades protetoras utilizando o ensaio do cometa o extrato foi
associado ao MMS em pré, pós e tratamento simultâneo e sua ação antimutagênica
quando associado à DXR foi avaliada sobre a incidência de aberrações cromossômicas
em tratamento simultâneo contínuo e nas fases G1, S e G2 do ciclo celular. Os
resultados obtidos no teste de aberrações cromossômicas revelaram que nenhuma das
três concentrações utilizadas apresentou efeito mutagênico em todos os protocolos de
tratamentos utilizados e que, no teste de antimutagenicidade, o extrato da casca do
cajueiro proporcionou efeito antimutagênico em todas as fases do ciclo celular testadas.
Na fase G1 as concentrações de 500 e 2000 µg/mL, bem como, a concentração de 1000
µg/mL na fase S também apresentaram efeito protetor. O ensaio do cometa revelou que
as duas menores concentrações utilizadas não apresentaram atividade genotóxica e a
maior mostrou genotoxicidade baixa. Todas as concentrações apresentaram atividade
protetora de danos no DNA causados pelo MMS em tratamento simultâneo e pós-
tratamento, o que sugere que tal extrato possua possivelmente uma ação bio-
antimutagênica. O fato do extrato do cajueiro não ter apresentado genotoxicidade na
maioria das concentrações e protocolos avaliados e ter protegido as células V79 contra
danos causados por agentes alquilantes (MMS) e oxidantes (DXR) fornecem maior
segurança para a utilização terapêutica do mesmo e estimula a continuidade dos estudos
visando contribuir para a compreensão dos mecanismos envolvidos em seu efeito
protetor e identificação dos compostos bioativos encontrados neste extrato.
Palavras-chave: cajueiro, citotoxicidade, aberrações cromossômicas, ensaio do cometa,
antimutagenicidade.
BARCELOS, GUSTAVO RAFAEL MAZZARON. Evaluation of citotoxicity,
genotoxicity and of the protective effects of the extratct of Anacardium occidentale
L. in vitro.. 2007. Dissertation (Master in Genetics and Molecular Biology) –
Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR.
ABSTRACT
The use of vegetable species in order to treat and cure diseases leads us back to the
beginning of our civilization, to the moment in which man started a long journey of
handling, adaptation and modification of these natural resources for his own benefit.
Among the plants that continue to be a great source of medicine to the humanity is the
Anacardium occidentale L., popularly known as cashew tree, which has several
therapeutical indications, such as: scarred property, antihipertensive, gastric disturbance
combat, diabetes control, asthma and bronchitis combat. However, some studies showed
mutagenic activity for this plant’s extract. In the face of activities already described for
the cashew and having as an aim to contribute for a better clarifying of its biological
activities, the present work has as a goal to evaluate in vitro the possible citotoxity,
genotoxicity, mutagenicity and protective effects of the cashew’s stem bark, using the
comet assay and the cromossomic aberration test in cell V-79. The cell survival test
evaluated the citotoxicity of different cashew’s stem bark extract concentrations (500,
1000, 2000, 3000, 4000, 5000 and 6000 µg/mL of culture agent) and allowed the choice
of three (500 µg/mL, 1000 µg/mL and 2000 µg/mL of culture agent), which did not
present citotoxity for the fulfillment of the genotoxicity and mutagenicity tests. In the
cromossomic aberration and comet assays the doxorrubicine (DXR) and methyl
metanosulfonate (MMS) were respectively used as damage inductor agents and, as
negative control, PBS. In the protection activities using the comet assay, the extract was
associated to the MMS in pre, post and simultaneous treatment and its antimutagenic
action, when associated to DXR, was evaluated over the cromossomic aberrations
incidence in simultaneous continuous treatments and in the phases G1, S and G2 of the
cell cycle. The results obtained in the cromossomic aberration test revealed that none of
the three concentrations that were used has showed mutagenic effect in all the treatment
protocols used and that in the antimutagenicity test, the cashew’s stem bark provided
antimutagenic effect in all phases of the cell cycles tested. In the G1 phase, the 500 and
2000 µg/mL concentrations as well as the 1000 µg/mL concentration in the S phase also
presented protective effect. The comet assay revealed that the two minor concentrations
used did not present genotoxic activity and that the major one showed low genotoxicity.
All concentrations presented damage protection activity in the DNA caused by the
MMS in simultaneous treatment and post-treatment, which suggests that such extract
possibly has a bio-antimutagenic action. The fact that the cashew’s stem bark extract did
not show genotoxicidade in the most of concentrations and protocols assessed and it has
protected the V79 cells against damages caused by alquilant (MMS) and oxidant (DXR)
agents gives us more security in its therapeutical usage and stimulates the continuity of
the studies aiming to contribute to the understanding of the mechanism involved in its
protective effect and identification of the bioactive compounds found in this extract.
Keywords: cashew, citotoxity, chromossomic aberration, comet assay,
antimutagenicity.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................12
1.1 MUTAGÊNESE E ANTIMUTAGÊNESE................................12
1.2 Anacardium occidentale L. ..........................................................15
1.3 SISTEMA DE CULTURA DE CÉLULAS DE MAMÍFERO IN
VITRO............................................................................................18
1.4 ENSAIOS IN VITRO ...................................................................20
1.4.1 TESTE DO COMETA ..................................................................................20
1.4.2 ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS........................................................23
REFERÊNCIAS.....................................................................................26
2. OBJETIVO...................................................................................31
3. ARTIGO 1 ....................................................................................32
4. ARTIGO 2 ....................................................................................54
5. CONCLUSÕES............................................................................69
REFERÊNCIAS GERAIS.....................................................................71
12
INTRODUÇÃO
1.1 MUTAGÊNESE E ANTIMUTAGÊNESE
A informação genética de todos os organismos vivos está estocada em grandes
macromoléculas, os ácidos nucléicos chamadas de DNA, especificada pela seqüência de bases
nitrogenadas (SNUSTAD & SIMMONS, 2001). Esta informação genética tem de ser
transmitida fielmente de célula a célula durantes os diversos estágios de desenvolvimento do
indivíduo (BROWN, 1999).
Apesar do “repasse” de informação através da replicação do material genético ser feito
de forma precisa, ele está sujeito a erros, ou seja, eventualmente ocorrem mutações,
produzindo variabilidade genética, que fornece a matéria prima para a evolução (SNUSTAD
& SIMMONS, 2001; BURNS & BOTTINO, 1991).
Mutações são modificações súbitas e hereditárias no conjunto gênico de um
organismo que não são explicáveis pela recombinação da variabilidade genética pré-existente
(ZAHA, 1996). Danos ao DNA podem ser decorrentes de processos celulares normais ou da
exposição do organismo a agentes químicos, físicos ou biológicos. As manifestações das
mutações dependem do tipo celular atingido, ou seja, se é de natureza somática ou
germinativa. Quando o dano ocorre em células somáticas, pode gerar neoplasias, morte
celular, má formação e disfunção tecidual e abortos. Já em células germinativas, os danos no
material genético são transmissíveis, causando desordens genéticas, baixa fertilidade e
síndromes fetais (RABELLO-GAY, 1991).
Agentes mutagênicos são definidos como causadores de danos no DNA resultando em
mutações de ponto, deleções e inserções, recombinações, rearranjos, bem como outros tipos
13
de alterações cromossômicas (SUGIMURA, 2000). Dentre os inúmeros agentes mutagênicos
conhecidos, destacam-se os físicos, como a radiação ionizante; os endógenos, como os
radicais livres e os biológicos, como as infecções virais e bacterianas. Os agentes mutagênicos
podem estar presentes nos alimentos, medicamentos ou no ambiente em que o homem pode se
expor ocupacional ou acidentalmente, como por exemplo, as radiações ionizantes e não
ionizantes.
Os danos no material genético causados por esses agentes mutagênicos tendem a ser
reparados por enzimas de reparo, mas caso a célula se divida antes que o reparo ocorra, este
dano pode levar ao aparecimento de uma alteração permanente no DNA, que é dependente da
quantidade e tipo do agente mutagênico. Para o surgimento de um tumor, esta alteração deve
ocorrer em determinadas regiões de genes que estimulam (proto-oncogenes) e/ou inibam
(genes supressores tumorais) a proliferação celular, levando, assim, ao ganho ou perda de
função destes genes. Essas alterações, invariavelmente, fazem com que a célula afetada tenha
maior chance de adquirir novas alterações. Logo, os danos fixados no DNA além de serem
irreversíveis, são também cumulativos, e após um determinado número de alterações nesses
genes, que varia entre 5 a 7, a célula torna-se uma célula neoplásica (PINTO &
FELZENSZWALB, 2003). Portanto, entre a exposição a agentes mutagênicos e o início da
carcinogênese, existe uma tênue linha; logo, ao ultrapassar esta linha, estes agentes
mutagênicos passam a ser carcinogênicos, sendo relevantes os mais variados estudos sobre o
processo de mutagênese e carcinogênese (SUGIMURA, 2000).
Paralelamente, vários pesquisadores têm relatado os mecanismos de antimutagênese e
anticarcinogênese. Segundo Kada et al. (1982), os agentes antimutagênicos pertencem a duas
classes: desmutagênicos e bio-antimutagênicos. Agentes desmutagênicos são compostos
capazes de inativar química, física ou enzimaticamente um agente mutagênico. As inativações
química e física ocorrem por ligação direta com o agente mutagênico, impedindo sua ativação
14
por seqüestro ou adsorção de agentes mutagênicos e radicais livres, impossibilitando que os
mesmos estabeleçam contato com o material genético. A inativação enzimática de um
mutágeno pode ocorrer por dois mecanismos: a inativação de enzimas de fase I da
biotransformação, como as enzimas da família P450 ou a indução de enzimas de fase II, como
a glutationa S-transferase. Já os compostos bio-antimutagênicos, podem atuar como
moduladores do reparo e replicação do DNA, agindo em nível celular ao aumentar a
fidelidade na replicação do material genético, estimular o reparo livre de erro em danos no
material genético ou inibir os sistemas de reparo sujeitos a erro (KADA et al., 1982;
KURODA et al., 1992).
Outros autores classificam os mecanismos de antimutagênese e anticarcinogênese
como extracelulares e celulares. Entre os processos extracelulares, pode-se citar os físicos,
como a remoção mecânica dos agentes mutagênicos e/ou carcinogênicos e os químicos, tais
como a modificação da microbiota intestinal, complexação, diluição e desativação de
mutágenos e carcinógenos endógenos e exógenos (DE FLORA, 1998; GENTILE et al., 2001;
KNASMÜLLER et al., 2002). Os processos celulares compreendem a inibição de mutação e
iniciação do câncer, dos quais se pode citar: modificação do transporte transmembrana;
modulação do metabolismo; atividade antioxidante; controle da replicação celular; modulação
dos mecanismos de reparo do DNA; controle da expressão gênica e neutralização dos
produtos oncogênicos. Existem também mecanismos de anticarcinogênese que envolvem a
inibição da promoção e progressão tumoral, bem como bloqueio de metástases. Estes
mecanismos envolvem, basicamente, a ação de antioxidantes, bloqueio da angiogênese e
atividades hormonais (DE FLORA, 1998; HEO et al., 2001).
15
1.2 Anacardium occidentale L.
O uso de espécies vegetais para fins de tratamento e cura de doenças e sintomas
remontam ao início da civilização, desde o momento em que o homem começou um longo
percurso de manuseio, adaptação e modificação destes recursos para seu próprio benefício.
Atualmente, a natureza continua a ser uma grande fonte de medicamentos para a humanidade.
Nos últimos 20 anos, o interesse pelas plantas medicinais tem aumentado o volume de
investigações científicas sobre seus efeitos biológicos em seres humanos e animais (VEIGA
JR. et al., 2005).
Dentre estas plantas, está a espécie Anacardium occidentale L., pertencente à família
Anacardiaceae e popularmente conhecida como cajueiro. Caracteriza-se por ser uma árvore
frondosa, facilmente encontrada em todo o país, sendo mais abundante na região nordeste
(Figura 1). De indicações e utilizações terapêuticas variadas, o cajueiro é uma espécie vegetal
também utilizada em reflorestamentos, para fins ornamentais e para sombreamento, além de
servir como componente para fungicidas, inseticidas, vernizes, pinturas, adesivos e até
plásticos de lonas para freios (CORREA, 1978).
Existem vários relatos na literatura demonstrando o uso de folhas, cascas, caule e
frutos desta espécie na medicina popular. A casca do tronco é adstringente, rica em tanino, o
que justificaria sua indicação popular como cicatrizante. Também é indicada no combate à
hipertensão, no tratamento de distúrbios gástricos, como anti-inflamatório (MOTA et al.,
1985) e bactericida (AKINPELU, 2000).
A infusão das cascas do cajueiro apresenta propriedades analgésicas, afrodisíacas,
sendo também indicada para cólicas intestinais, úlceras gástricas, asmas e bronquites. A
castanha do fruto produz uma resina com propriedades anti-sépticas, vermífugas e vesicantes
(CORREA, 1978) e foi observada uma forte capacidade antioxidante contra a
16
hepatocarcinogenicidade induzida pela aflatoxina B1 em ratos Wistar (PREMALATHA &
SACHDANDAUM, 1999).
a
b
Figura 1: Anacardium occidentale L.
a. Cajueiro, b. pseudofruto do caju
Fonte: http://www.arbolesornamentales.com/Anacardiumoccidentale.htm
17
Estudos pré-clinicos realizados com metabólitos isolados da casca da árvore desta
espécie, demonstraram ação antibactericida e antipirética para o ácido anacárdico
(EICHBAUM, 1988) e a atividade anti-inflamatória foi correlacionada com extrato
metanólico, com frações hidro-alcoólicas obtidas de extrato etanólico e com taninos isolados
destas frações (MOTA et al.,
1985). A atividade contra leishmania foi verificada por França
et al. (1993). No entanto, quando testado em altas concentrações, extratos de A. humile e
óleos derivados de A. occidentale apresentaram-se citotóxicos no teste de Salmonella
typhimurium (SANTOS, F.V., comunicação pessoal; GEORGE & KUTTAN, 1997).
Cavalcante et al. (2003) estudaram o suco de caju e verificaram, além de seu benefício
nutricional, potenciais bactericida e antimutagênica. Foram analisados tanto sucos naturais
como processados (cajuína) e estes foram caracterizados como sendo misturas complexas
contendo altas concentrações de vitamina C, diversos carotenóides e metais. Os testes
realizados indicaram que o A. occidentale possui atividade mutagênica, antimutagênica e
comutagênica e que estas propriedades podem estar relacionadas com os constituintes
químicos do suco. Polasa e Rukmini (1987) também realizaram testes mutagênicos com
alguns óleos vegetais e observaram que o derivado do cajueiro apresentou-se mutagênico,
com ou sem ativação da fração S-9.
Em face das atividades relacionadas ao cajueiro, muitos estudos relacionados ao A.
occidentale estão sendo realizados a fim de investigar seus efeitos benéficos nas mais diversas
áreas da ciência.
18
1.3 SISTEMA DE CULTURA DE CÉLULAS DE MAMÍFEROS IN VITRO
Sistemas testes de curta duração são amplamente utilizados na detecção de agentes
mutagênicos e antimutagênicos ambientais (KURODA et al., 1992). Entre esses sistemas,
destaca-se a cultura de células de mamíferos in vitro, como a cultura de linfócitos de sangue
periférico humano, as linhagens celulares provenientes de hamster Chinês, como por
exemplo, as células CHO (células de ovário) e células V79 (fibroblastos de pulmão)
(TAKAHASHI, 2003). Células que se aderem e se dividem em superfície sólida são mais
indicadas para experimentos de antimutagênese in vitro, pois facilitam a manipulação durante
a realização de estudos em condições de pré-tratamento, tratamento simultâneo e pós-
tratamento em relação ao agente mutagênico (KURODA et al., 1992) e de experimentos com
tratamentos nas diferentes fases do ciclo celular (PRESTON, 1981).
Entre as vantagens desse sistema-teste, destacam-se a facilidade na padronização das
condições experimentais (temperatura, pH, composição do meio de cultura, densidade
populacional) devido à uniformidade metabólica e comportamental do material; possibilidade
dos tratamentos das células serem realizados em várias fases do ciclo celular; rapidez;
economia; boa reprodutibilidade; organização dos cromossomos e de seu DNA igual às
células in vivo (RABELLO-GAY, 1991).
As linhagens de células de hamster, como a V79 e CHO, como outras linhagens
celulares, apresentam algumas vantagens e desvantagens. Dentre as desvantagens, podemos
citar que estas linhagens celulares apresentam cariótipo variável, freqüentemente formam
populações celulares não-sincrônicas, apresentam considerável heterogeneidade nos tempos
de ciclo celular, além de serem células transformadas. Contudo, tais desvantagens não
superam as vantagens tais como facilidade de crescimento em cultivo, fácil manutenção,
19
pequeno período de estabilização (15 a 30 h), pequeno número cromossômico, cromossomos
relativamente grandes e ciclo celular curto (10 a 14 horas) (PRESTON, 1997).
A maioria das linhagens celulares utilizadas em ensaios in vitro não têm capacidade de
metabolização de drogas, havendo a necessidade, portanto, da adição de sistemas de
metabolização, como o S9 (fração microssomal de fígado de ratos tratados com Aroclor 1254
(GALLOWAY et al., 1994; PRESTON, 1997). No entanto, o sistema in vitro tem se
mostrado eficiente na detecção de agentes ambientais mutagênicos e antimutagênicos, apesar
dos experimentos com animais vivos reproduzirem com maior semelhança as condições
humanas (KURODA et al., 1992).
Nem sempre o resultado positivo in vitro é garantia de positividade in vivo, mas serve
de alerta. O sistema in vitro é de grande importância por fornecer dados fundamentais sobre a
ação da substância testada, como clastogênica, aneugênica, ação direta ou indireta sobre o
DNA e nível de toxicidade (TAKAHASHI, 2003).
20
1.4 ENSAIOS IN VITRO
Ensaios de curta duração com células de mamíferos têm sido amplamente utilizados
tanto nos estudos de mutagenicidade como nos de antimutagenicidade.
A avaliação dos danos causados por diferentes xenobióticos é feita principalmente
através das técnicas do micronúcleo (JOHNSTON et al., 1997; MILLER et al., 1997), cometa
(OLIVE et al., 1992. FRIEAUFF et al., 2001), aberrações cromossômicas (SASAKI et al.,
1994; MATSUOKA et al., 1997; ALVES et al., 2000) e trocas entre cromátides irmãs
(CORTÉS et al., 1994). Tais testes são essencialmente comparativos. Assim, é sempre
necessária a presença simultânea de controles negativo e positivo para os experimentos
(GONTIJO & TICE, 2003).
Segundo Gebhart (1992), as metodologias citogenéticas clássicas para avaliar in vitro
a mutagenicidade de agentes químicos e físicos também podem ser utilizadas para a avaliação
e identificação de agentes antimutagênicos.
1.4.1 TESTE DO COMETA
O teste do cometa é proposto para estudos de toxicogenética devido às suas
peculiaridades e vantagens quando comparado a outros testes para detecção de substâncias
genotóxicas. Ele é utilizado para detectar lesões genômicas, que após serem processadas,
podem resultar em mutação. Diferente das mutações, as lesões detectadas pelo teste do
cometa são passíveis de correção. Uma vez que danos no DNA são freqüentemente célula e
tecido-específico, uma metodologia como o teste do cometa que permite a detecção de danos
21
e seu reparo em uma única célula, e conseqüentemente, em determinada sub-população
celular, é de extrema relevância para a avaliação de compostos genotóxicos (GONTIJO &
TICE, 2003).
O teste do cometa também conhecido como SCG (single cell gel assay) e MGE
(microgel electrophoresis) foi introduzido primeiramente por Östling e Johanson em 1984
como uma técnica micro-eletroforética para visualização direta de danos no DNA em células
individuais (FAIRBAIN et al, 1995).
O princípio básico do teste do cometa é a migração do DNA em uma matriz de
agarose sob condições eletroforéticas. Quando observadas em microscópio, as células têm a
aparência de um cometa, com cabeça (região nuclear) e uma cauda contendo os fragmentos de
DNA que migraram em direção ao pólo positivo (HARTMANN et al., 2003).
As células podem, portanto, serem classificadas visualmente de acordo com a
categoria de migração da cauda em quatro classes (0, 1, 2 e 3), sendo que a classe 0 representa
nenhum ou mínimo dano e a classe 3 representa máximo dano. É classificado em classe 0
quando não há migração de fragmentos de material genético (cauda); em classe 1 quando o
tamanho da cauda do cometa não excede o diâmetro da cabeça; em classe 2 quando o
tamanho da cauda é entre 1 a 2 vezes o tamanho da cabeça e em classe 3 quando o tamanho
da cauda é maior que 2 vezes o tamanho da cabeça (COLLINS et al. 1997)
(Figura 2).
Durante a última década, o teste tem sido muito utilizado na identificação de agentes
com atividades genotóxicas (FAIRBAIN et al., 1995). A versão alcalina (pH>13) pode ser
usada para detectar danos no DNA (MERK & SPEIT, 1999) do tipo quebra de fita simples e
dupla, as quais apresentam um importante papel na formação de aberrações cromossômicas e
também sítios apurínicos e apirimidínicos (chamados de sítios álcali lábeis), os quais são
provavelmente convertidos em quebras em altos pHs. Contudo, essas lesões primárias são
passíveis de reparo e podem não resultar em alterações genéticas (COLLINS et al., 1997).
22
b
c
d
Figura 2: Classes de cometa: a. classe 0, b. classe 1, c. classe 2, d. classe 3.
Várias pesquisas utilizam tal técnica em seus estudos. Em aplicações clínicas, por
exemplo, o método foi utilizado para analisar as células de pacientes com câncer, antes e após
a quimioterapia para verificar os danos no DNA; no monitoramento humano, a técnica é
usada para detectar as lesões no DNA de pessoas expostas a algum tipo de radiação, por
exemplo (ANDERSON & PLEWA, 1998). Ou seja, a versatilidade de aplicações do teste do
cometa indica sua utilidade em uma ampla área da biologia, medicina, toxicologia, entre
outros (FAIRBAIN et al., 1995).
O teste do cometa deve ser realizado em condições mínimas de toxicidade celular,
visto que o processo citotóxico leva, inevitavelmente, à formação de quebras no DNA. Então,
23
durante os experimentos, é necessária a condução de teste de citotoxicidade independente,
com alíquotas da mesma amostra (GONTIJO & TICE, 2003) ou de sobrevivência celular.
Enfim, o ensaio do cometa possui vantagens como simplicidade, rapidez e relativo
baixo custo, além de diferir de outros ensaios que detectam danos no DNA por requerer
células viáveis, mas não em divisão, permitindo assim, sua aplicação a qualquer tipo de tecido
dos quais células vivas possam ser obtidas. Além disso, o fato do ensaio possibilitar o acesso
às quebras do DNA de uma única célula, poucos milhares de células (de 1 a 10.000 células)
são suficientes para sua realização (GONTIJO & TICE, 2003).
1.4.2 ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS
As aberrações cromossômicas (AC) são mudanças no número ou na estrutura normal
do cromossomo que podem ocorrer espontaneamente ou como resultado da exposição a
agentes genotóxicos físicos, químicos ou biológicos (RUSSEL, 2002).
Existem três níveis de mutações, as mutações gênicas, as aberrações cromossômicas
estruturais como as deleções, duplicações, inversões e translocações e as aberrações
cromossômicas em número, como as aneuploidias e euploidias, que contribuem para o grande
número de abortos, morte pré-natal e nascimento de pessoas com anormalidades estruturais,
fisiológicas e mentais (KIRSCH-VOLDERS et al., 2002).
As primeiras alterações cromossômicas foram analisadas na década de 30 por Sax e
colaboradores utilizando grãos de pólen de Tradescantia. O uso da hipotonização por Hsu em
1952, permitiu uma detalhada análise dos cromossomos humanos (TUCKER & PRESTON,
1996).
24
Em estudos epidemiológicos, foi demonstrado que pessoas com elevadas freqüências
de AC em linfócitos periféricos possuem um elevado risco de desenvolvimento de câncer
(BONASSI et al., 1995; HAGMAR et al., 1998). Desta forma, o teste de AC tem sido
utilizado tanto para avaliação de suscetibilidade individual como para o diagnóstico de alguns
tipos de neoplasias (SKJELBRED et al., 2006).
O processo pelo qual as AC são formadas é muito complexo e não está totalmente
elucidado. Entretanto, Bender et al. (1973) propuseram um modelo para o mecanismo de
formação de AC por agentes mutagênicos, onde a maioria dos aspectos propostos ainda é
válida: (1) o cromossomo antes da replicação é monomérico e contém uma dupla hélice de
DNA; (2) AC é conseqüência de lesões no DNA; (3) lesões primárias no DNA são causadas
por agentes físico/químicos que quebram sua fita ou por danos nas suas bases nitrogenadas,
que são convertidas em quebras de fita de DNA; (4) as quebras nas fitas do DNA são
transformadas em diferentes tipos de AC seja por mecanismos ineficientes de reparo ou
replicação do DNA.
As aberrações cromossômicas podem ser classificadas em numéricas ou estruturais.
As aberrações numéricas originam-se pela ação de agentes aneugênicos, os quais interferem
nas fibras do fuso, gerando uma segregação errada dos cromossomos durante a anáfase e
originando perda ou ganho de cromossomos inteiros. As aberrações cromossômicas
estruturais são alterações na estrutura cromossômica, visíveis microscopicamente, que
envolvem quebras do cromossomo, seguidas por rearranjo anormal do cromossomo quebrado.
A quebra pode ser completa em uma única cromátide ou em ambas, resultando na perda ou
deleção de parte do material genético, translocação ou outro rearranjo. Os agentes capazes de
gerar aberrações estruturais são chamados de clastogênicos (SWIERENGA et al., 1991).
Os agentes químicos ou físicos que causam danos cromossômicos podem ser divididos
em duas classes distintas: S-independentes e S-dependentes. Os agentes S-independentes são
25
aqueles que causam dano no material genético sem que haja a necessidade da replicação do
DNA, por exemplo, Raios-x e alguns quimioterápicos radiomiméticos como a bleomicina. Já
os agentes S-dependentes são compostos que inserem, geralmente, aductos, radicais metil ou
etil ou geram um sítio apurínico no material genético, e, neste caso, o dano cromossômico só
será visualizado após a replicação do DNA (PALITTI, 1998).
O teste de AC em cultura de células de mamíferos é um dos métodos mais sensíveis
para a detecção de agentes mutagênicos e/ou carcinogênicos presentes no ambiente, sendo
complementar ao teste de Ames em Salmonella typhimurium. Ademais, além da utilização de
linfócitos de sangue periférico para a realização do teste, linhagens provenientes de hamster
Chinês (células V-79 - fibroblastos de pulmão e CHO – ovário, por exemplo) são indicadas
para a realização do ensaio de AC (TAKAHASHI, 2003).
26
REFERÊNCIAS
ALVES, I.; OLIVEIRA, N.G.; LAIRES, A.; RODRIGUES, A.S.; RUEFF, J.. Induction of
micronuclei and chromosomal aberrations by the mycotoxin patulin in mammalian cells: role
of ascorbic acid as a modulator of patulin clastogenicity. Mutagenesis, v. 15, p. 229- 234,
2000.
AKINPELU, D.A. Antimicrobial activity of Anacardium occidentale. Fitoterapia, v. 72, p.
286-287, 2000.
ANDERSON, D.; PLEWA M.J. The international Comet Assay Workshop. Mutagenesis, v.
13, p. 67-73, 1998.
Arboles ornamentales http://www.arbolesornamentales.com/Anacardiumoccidentale.htm,
21/08/05.
BENDER, M.A.; GRIGGS, H.G.; WALKER, P.L. Mechanisms of chromosomal aberration
production: I. Aberration induced by 5-bromodeoxyuridine and visible light. Mutation
Research, v. 20, p. 403-416, 1973.
BONASSI, S.; ABBONDANDOLO, A.; CAMURRI, L.; DAL PRA, L.; DE FERRARI, M.;
DEGRASSI, F.; FORNI, A.; LAMBERTI, L.; LANDO, C.; OADOVANI, P. Are
chromosome aberrations in circulating lymphocytes predictive of future câncer onset in
humans? Premilimary results of an Italian cohort study. Cancer Genetic and Cytogenetic, v.
79, p. 133-135, 1995.
BROWN, T. A. Genética um Enfoque Molecular, 3. ed., Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1999.
BURNS, G. W.; BOTTINO, P. J. Genética, 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
CAVALCANTE, A.A.M.; RÜBENSAM, G.; PICADA J.N.; GOMES DA SILVA, E.;
FONSECA MOREIRA J.C.; HENRIQUES J.A. Mutagenicity, antioxidant potential, and
antimutagenic activity against hydrogen peroxide of cashew (Anacardium occidentale) apple
juice and cajuina. Environmental and Molecular Mutagenesis, v. 41, p. 360-369, 2003.
COLLINS, A.R.; DOBSON, V.L.; DUSINKÁ, M.; KENNEDY, G.; STETINA, R. The comet
assay: what can it really tell us? Mutation Research, v. 375, p. 183-193, 1997.
CORREA, M. P. Dicionário de plantas úteis do Brasil. Ministério da Agricultura, IBDF:
Rio de Janeiro, p. 55, 1978.
CORTÉS, F.; DAZA, P.; PIÑERO, J.; ESCALZA, P.. Evidence that SCEs induced by
mutagens do not occur at the same locus in sucessive cell cycles: lack of cancellation in three-
way stained CHO chromosomes. Mutation Research, v. 24, p. 203-207, 1994.
DE FLORA, S. Mechanisms of inhibitors of mutagenesis and carcinogenesis. Mutation
Research, v. 402, p. 151-158, 1998.
27
EICHBAUM, F.W. Biological properties of anacardic acid (O-pentadecadienyl-salicylic acid)
and related compounds. Memórias do Iinstituto Butantã, v. 19, p. 119-133, 1988.
FAIRBAN, D.W.; OLIVE, P.L.; O´NEILL, K.L. The comet assay: a comprehensive review.
Mutation Research, v. 339, p. 37-59, 1995.
FRANÇA, F.; CUBA, C.A.; MOREIRA, E.A.; MIGUEL, O.; ALMEIDA, M.; DAS
VIRGENS, M. L.; MARSDEN, P.D. An evaluation of the effect of a bark extract from the
cashew (Anacardium occidentale L.) on infection by Leishmania (Viannnia) brasiliensis.
Revista Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 26, p. 151-155, 1993.
FRIEAUFF, W.; HARTMANN, A.; SUTER, W.. Automatic analysis of slides processed in
the Comet assay. Mutagenesis, v. 16, p. 133-137, 2001.
GALLOWAY, S.M.; AARDEMA, M.J.; IISHIDATE, M. J.R.; IVETT, J.L.; KIRKLAND,
D.J.; MORITA, T.; MOSESSO, P.; SOFUNI, T. Report from working group in vitro tests for
chromosolmal aberrations. Mutation Research, v. 312, p. 241-261, 1994.
GEBHART, E. Anticlastogenicity in cultured mammalian cells. Mutation Research, v. 267,
p. 211-220, 1992.
GENTILE, J.M.; GENTILE, G.; LOHMAN, P.H.; FERGUSON, L.R.
Antimutagenesis/anticarcinogenesis 2001: mechanistic studies. Mutation Research, v. 480,
p. 1-7. 2001.
GEORGE, J.; KUTTAN, R. Mutagenic, carcinogenic and cocarcinogenic activity of
cashewnut shell liquid. Cancer letters, v. 112, p. 11-16, 1997.
GONTIJO, A.M.M.C.; TICE, R. Teste do cometa para a detecção de dano no DNA e reparo
em células individualizadas. In: Mutagênese Ambiental. Org: Ribeiro, L. R.; Salvadori, D.
M. F.; Marques, E. K. Canoas: Ed. Ulbra, 2003.
HAGMAR, L.; BONASSI, S.; STROMBERG, U.; MIKOCZY, Z.; LANDO, C.;
HANSTEEN, I.L.; MONTAGUD, A.H.; KNUDSEN, L.; NORPPA, H.; REUTERWALL, C.;
TINNERBERG, H.; BROGGER, A.; FORNI, A.; HOGSTEDT, B.; LAMBERT, B.;
MITELMAN, F.; NORDESTON, I.; SALOMAA, S.; SKERFVING, S. Cancer predictive
value of cytogenetic markers used in occupational health surveillance programs: a report from
an ongoing study by the European Study Group on Cytogenetic Biomarkers and Health.
Mutation Research, v. 405, p. 171-178, 1998.
HARTMANN, A.; AGUREL, E.; BEEVERS, C.; BRENDLER-SCHWAAB, S.;
BURLINSON, B.; CLAY, P.; COLLINS, A.; SMITH, A.; SPEIT, G.; THYBAUD, V.; TICE,
R. R.. Recommendations for conducting the in vivo alkaline Comet assay. Mutagenesis, v.
18, p. 45-51, 2003.
HEO, M. Y.; SOHN, S. J.; AU, W. W. Anti-genotoxicity of galangin as cancer
chemopreventive agent candidate. Mutation Research, v. 488, p. 135-150, 2001.
28
KADA T.; INOUE T.; NAMIKI N. Environmental desmutagens and antimutagens. In:
Klekowski, E.J. (Ed.), Environmental Mutagenesis and Plant Biology, Praeger, New York,
p. 137-151, 1982.
KIRSCH-VOLDERS, M.; VANHAUWAERT, A.; DE BOECK, M.; DECORDIER, I.
Importance of detecting numerical versus structural chromosome aberrations. Mutation
Research, v. 504, p. 137-148, 2002.
KNASMÜLLER S.; STEINKELLNER H.B.J.; MAJER E.C.; NOBIS G.; SCHARF G.;
KASSIE F. Search for dietary antimutagens and anticarcinogens: methodological aspect and
extrapolation aspect and extrapolation problems. Food and Chemical Toxicology, v. 40, p.
1051-1062, 2002.
KURODA, Y.; JAIN, K.A.; TEZUKA, H.; KADA, T. Animutagenicity in cultured
mammalian cells. Mutation Research, v. 267, p. 201-209, 1992.
JOHNSTON, P. J.; MACPHAIL, S. H.; STAMATO, T. D.; KIRCHGESSNER, C. U. ;
OLIVE, P. L.. Higher-order chromatin structure-dependent repair of DNA double-strand
breaks: Involvement of the V(D)J recombination double-strand break repair pathway.
Radiation Research., v. 149, p. 455-462, 1998.
MATSUOKA, A.; OZAKI, M.; TAKESHITA, K.; SAKAMOTO, H.; GLATT, H. R.;
HAYASHI, M.; SOFUNI, T.. Aneuploidy induction by benzo[a]pyrene and polyploidy
induction by 7,12-dimethylbenz[a]anthracene in chinese hamster cell lines V79-MZ and V79.
Mutagenesis, v. 12, p. 365-372, 1997.
MERK, O.; SPEIT, G. Detection of crosslinks with the comet assay in relationship to
genotoxicity and cytotoxicity. Environmental and Molecular Mutagenesis, v. 33, p. 167-
172, 1999.
MILLER, B.; ALBERTI, S.; LOCHER, F.; THYBAUD, V.; LORGE, E.. Compartive
evaluation of the in vitro micronucleus test and the in vitro chromosome aberration test:
industrial experience. Mutation Research, v. 192; p. 45-59, 1997.
MOTA, M.L.R.; THOMAS, G.; BARBOSA FILHO, J.M. Anti-inflamatory actions of tannins
isolated from the bark of Anacardium occidentale L. Journal of Ethnopharmacology, v. 13,
p. 289-300, 1985.
OLIVE, P. L.; WLODEK, D.; DURAND, R.E.; BANÁTH, P.. Factors influencing DNA
Migration from Individual Cells Subjected to Gel Electrophoresis. Experimental Cell
Research, v. 198, p. 259-267, 1992.
PALITTI, F. Mechanisms of the origin of chromosomal aberrations. Mutation Research, v.
404, p. 133-137, 1998.
PINTO, L. R. F.; FELZENSZWALB, I. Genética do câncer humano. In: Mutagênese
Ambiental. Org: Ribeiro, L. R.; Salvadori, D. M. F.; Marques, E. K. Canoas: Ed. Ulbra,
2003.
29
POLASA K.; RUBKMINI, B. Mutagenicity tests of cashewnut shell liquid, rice-bran oil and
other vegetable oils using the Salmonella typhimurium/microsome system. Food And
Chemical Toxicology, v. 25, p. 763-766, 1987.
PREMALATHA, B.; SACHDANANDAM, P. Semecarpus Anacardium L. nut extract
administration induces the in vivo antioxidant defence system in aflatoxin B1 mediated
hepatocellular carcinoma. Journal of Ethonopharmacology, v. 66, p. 131-139, 1999.
PRESTON, R.J.; AU, W.; BENDER, M.A.; BREWEN, J.G.; CARRANO, A.V.; HEDDLE,
J.A.; MCFEE, A.F.; WOLF, S.; WASSOM, J.S. Mammaliam in vivo and in vitro cytogenetic
assays: A report of de U. S. EPA’s Gene-Tox Program, Mutation Research, v. 87, p. 143-
188, 1981.
PRESTON, R. J. Short/medium term carcinogenicity tests and genetic and related effects.
IARC Meeting, France, 1997.
RABELLO-GAY, M.N. Teste do Micronúcleo em medula óssea. In: Mutagênese,
Carcinogênese e Teratogênese. Métodos e critérios de avaliação. Ed. Rabello-Gay, M. N.;
Rodrigues, M. A. L. R.; Monteleone-Neto, R. Sociedade Brasileira de Genética, Ribeirão
Preto – SP, 1991.
RUSSEL, P.J., 2002. Chromosomal mutations, in: B. Cummings (Ed.), Genetics, Pearson
Education Inc., San Francisco, p. 595-621, 2002.
SASAKI, Y.F.; SAKAGUCHI, M.; YAMAGISHI, T.; YAMADA, H.; SHIRASU, Y.. Bio-
anticlastogenic effects of unsaturated fatty acids included in fish oil-docosahexaenoic acid,
docosapentaenoic acid, and eicosapentaenoic acid – in cultured Chinese hamster cells.
Mutation Research, v. 320, p. 9-22, 1994
SKJELBRED, C. F.; SVENDEN; M. HAUGAN, V.; EEK, A. D.; CLAUSEN, K. O.;
SVENDSEN, M. V.; HANSTEEN, I. Influence of DNA repair gene polymorphisms of
hOGG1, XRCC1, XRCC3, ERCC2 and thefolate metabolism gene MTHFR on chromosomal
aberration frequencies. Mutation Research, 602, 151-162, 2006.
SNUSTAD, D. P.; SIMMONS, M. J. Fundamentos de Genética, Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2001.
SUGIMURA, T. Nutrition and dietary carcinogens. Carcinogenesis, v. 21, p. 387-395, 2000.
SWIERENGA, S. H. H.; HEDDLE, J. A.; SIGAL, E. A.; GILMAN, J. P.; BRILLINGER, R.
L.; DOUGLAS, G. R.; NESTMANN, E. R. Recommended protocols based in a survey of
current practice in genotoxicity testing laboratories, I. V. Chromossome aberration and sister
chromatid exchange in Chinese hamster ovary, V79 Chinese hamster lung and human
lymphocyte cultures. Mutation Research, v. 246, p. 301-322, 1991.
TAKAHASHI, C. S. Testes citogenéticos in vitro e aneuploidias. In: Mutagênese Ambiental.
Org: Ribeiro, L. R.; Salvadori, D. M. F.; Marques, E. K. Canoas: Ed. Ulbra, 2003.
30
TUCKER, J.D.; PRESTON, R.J. Chromosome aberrations, micronuclei, aneuploidy, sister
chromatid exchanges, and cancer risk assessment. Mutation Research, v. 365, p. 147-159,
1996.
VEIGA JR.; V.F., MACIEL, M.A.M.
Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, v. 28,
p. 519-528, 2005.
ZAHA, A. Biologia Molecular Básica. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1996.
31
2. OBJETIVO
O presente trabalho teve por objetivo verificar os possíveis efeitos citotóxico,
genotóxico, mutagênico, bem como os possíveis efeitos protetores do extrato metanólico da
casca do cajueiro (Anacardium occidentale L.), utilizando como parâmetros o teste de
sobrevivência celular, o ensaio do cometa e o teste de aberrações cromossômicas em células
de mamífero in vitro.
32
3. ARTIGO 1
Genotoxicity and antigenotoxicity of Cashew (Anacardium occidentale L.) in V-79 cells
Gustavo Rafael Mazzaron Barcelos
a
, Fernanda Shimabukuro
a
, Maria Aparecida Medeiros
Maciel
b
, Ilce Mara de Syllos Cólus
a*
a
Departamento de Biologia Geral, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de
Londrina, Rodovia Celso Garcia Cid km 380, 86051-990, Londrina, Paraná, Brasil.
b
Departamento de Química, Centro de Ciências Exatas, Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, Campus Universitário, 59078-970, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.
Running title: Antigenotoxicity of cashew
*
Corresponding author:
+55.43.3371-4527
e-mail:
Artigo a ser submetido ao periódico Toxicology In Vitro
33
Abstract
The use of plants for treatments of diseases has been occurring more and more by
people, although there are only a few studies that prove these effects. Among these plants is
the Anacardium occidentale, popularly known as cashew. The present study evaluated, in
vitro, the possible genotoxic and protective activities of the methanolic extract of the stem
bark of the cashew (Anacardium occidentale) using methyl methanesulfonate (MMS) as the
positive control, to compare the possible mechanisms of induction of DNA damages in the
Comet assay. The antigenotoxicity protocols used were pre, simultaneous and posttreatment
in relation to MMS. In the assessment of genotoxicity and antigenotoxicity, besides the MMS,
PBS was used as the negative control and three concentrations of the extract of A. occidentale
(500 µg/mL, 1000 µg/mL and 2000 µg/mL) were used in Chinese hamster lung fibroblasts –
V79 cells. The Comet assay revealed that the two lower concentrations tested did not present
genotoxic activity and the higher one presented genotoxicity. All of the concentrations
showed a protective activity in the simultaneous and post treatment in relation to MMS.
Future studies are necessary to identify the substances that compose the extract and to better
understand the antigenotoxic mechanism detected in this study.
1. Introduction
One of the major influences on cancer risk appears to be diet (Ferguson, 1999). In the
last decades, many compounds of the diet like vegetables, fruits and substances derived from
plants are being studied to identify the constituents that could have beneficial effects to
health (Paolini and Nestle, 2003; Knasmüller et al., 2002; Ferguson, 1999; DeMarini, 1998).
34
The specie Anacardium occidentale L., Anacardiaceae, it popularly known as cashew
and it is characterized as a leafy tree, easily found in Brazil, especially in the northeast region
(Correa, 1978). A. occidentale L. is indicate to therapeutic uses, like to combat to
hypertension, antidiareic and antiinflamatory activities (Mota et al., 1985). Pre-clinical studies
with isolated metabolites demonstrated bactericidal and antipyretic effects of the anacardic
acid, a compound present in high concentrations in the cashew (Eichbaum, 1988). The
activity against leishmania was verified by França et al. (1993) in extracts obtained of the
plant.
The cashew tree is used in the production of armatures for airplanes, floor tiles
laminates resins, besides serving as a component to varnishes, adhesives, paints and even to
plastic brake linings (Morton, 1961). Regarding its nutritional values, the pseudofruit
contributes to human nutrition by supplying vitamin C, averaging 269 mg/100 g of juice, five
times higher than that of orange juice (Maciel et al., 1986). It is also a rich source of
precursors of vitamins A (Cecchi and Rodriguez-Amaya, 1981).
Members of the family Anacardiaceae, including cashew are the most know sources
of resorcinolic lipids and phenolics, which they exhibit antioxidant properties (Kozubek et al.,
2001). The cashew nut presents high concentrations of tannins, mono and polyunsaturated
fatty acids, proteins and sugars (Venkatachalam and Sathe, 2006).
Some studies were done to evaluate the possible mutagenic or antimutagenic potential
of A. occidentale L. or its constituents. Cavalcante et al. (2003) studied the cashew juice and
verified, besides its nutritional benefits, bactericidal and antitumoral potentials. The tannic
acid, a compound present in the cashew, presented antimutagenic effect in Salmonella
thyphimurium TA 98 (Chen and Chung, 2000) and reduction in the frequency of sister
chromatid exchanges in Chinese hamster ovary (CHO) cells (Kuo et al., 1992).
35
In the present study, the methanolic extract obtained of the stem bark of the cashew
(Anacardium occidentale) was used to assess the possible genotoxic or protective effects
against DNA damages induced by methyl methanesulfonate (MMS) in mammalian culture
cells in vitro, using the Comet assay.
2. Materials and Methods
2.1 Cell line and culture conditions
Chinese hamster lung fibroblasts (V79) were kindly provided by Prof. Dr. Sakamoto-
Hojo (F.F.C.L. – Ribeirão Preto/USP). Cells were grown at 37º C in 10 mL DMEM/Ham-F-
10 (1:1) medium (Sigma) supplemented with 10% fetal calf serum (Gibco), antibiotics
(penicillin 0.06 g/L and streptomycin 0.12 g/L – Sigma) and HEPES (2.38 g/L – Sigma) in 25
cm
2
culture flasks (Nunc).
2.2 Chemicals
As recommended by the International Workshop on Genotoxicity Test Procedures
(Tice et al., 2000), for the positive control we used the mutagenic alkylant agent methyl
methanesulfonate (MMS - CAS: 66-27-3, Aldrich) dissolved and diluted in phosphate-
buffered saline (PBS) in a final concentration in culture medium of 4x10
-4
M in all cases.
Agarose LMP (low melting point, CAS: 9012-36-6, Gibco) at 0.5% (w/v) and agarose
NMP (normal melting point, CAS: 9012-36-6, Gibco) at 1.5% (w/v) were dissolved in Ca
2+
and Mg
2+
free PBS.
36
2.3 Extract
The extract used was provided by the Chemistry Department of the Federal University
of Rio Grande do Norte (UFRN). The stem bark of Anacardium occidentale were collected in
Natal, Capital City of Rio Grande do Norte, were identified by Maria Iracema Bezerra Loiola.
A voucher specimen (number 1782) has been deposited in Herbarium of Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (Natal- Brazil)
The adopted method in the phytochemical investigation involved the extraction of the
powdered bark (1.3 kg) with MeOH in a Soxhlet apparatus, affording 62.28g. The MeOH
extract was chromatography over silica gel column giving two different chemical-type
fractions of a fixed oil rich in apolar hydrocarbon constituents and a polar tannin fraction.
The methanolic extract of the stem bark of the cashew (Anacardium occidentale) was
diluted in water and used in three different concentrations at the genotoxicity and
antigenotoxicity protocols.
2.4 Cell viability assay
In the experiments of cell viability, the cell lineage was treated with the concentrations
of 500; 1000; 2000; 3000; 4000; 5000 and 6000 µg/mL of the cashew’s stem bark, besides the
positive (MMS) and negative (PBS) controls. The cultures were treated for two hours and
afterwards trypsinized and 300 cells were seeded per flask of cultivation (3 flasks per
concentration).The experiments lasted around 7 days, and the flasks were observed daily with
a microscope of inverted objective. The culture medium was then removed, and the cellular
colonies were washed with cold PBS and stained with Giemsa (1:20 phosphate buffer, pH
7.0) during 10 minutes. The colonies were counted with the assistance of a magnifying glass.
37
The results about cytotoxicity, determined the choice of three concentrations of the extract
(500 µg/mL; 1000 µg/mL and 2000 µg/mL) to be evaluated in the genotoxicity and
antigenotoxicity protocols.
2.5 Treatments
Three totally independent experiments were performed to determine the genotoxicity
and antigenotoxicity of the different concentrations of methanolic stem bark of the cashew.
Positive (MMS) and negative (PBS) control groups were also included in the analysis. All
experiments were carried out, in triplicate, using V79 cells between the 3
rd
and 8
th
culture
passage after thawing. For the experiments, 10
6
cells were seeded into tissue-culture flasks,
incubaded for two cycles (24 h) in complete D-MEM/Ham-F-10 medium, washed with PBS
and then submitted to one of the following treatments in serum-free medium: a) PBS for 2 h
(negative control); b) MMS for 2 h (positive control); c) cashew extracts (500; 1000 and 2000
µg/mL) (extract treatment)for 2 h; d) extract plus MMS for 2 h (simultaneous-treatment); e)
cashew extracts (500; 1000 and 2000 µg/mL) for 2 h before washing the cells and adding
MMS for 2 h (pre-treatment with extracts); f) MMS for 2 h before washing the cells and
adding cashew extracts (500; 1000 and 2000 µg/mL) for 2 h (post-treatment with extracts).
Treatment “c” was the genotoxicity experiment and treatments “d”, “e” and “f” were the
antigenotoxicity experiments.
2.6 Comet Assay
The procedures reported by Singh et al. (1988) were used with minor modifications as
described by Speit and Hartmann (1999). Briefly, a base layer of 1.5% NMP agarose was
38
placed on a microscope slide and 10 µL of the V79 test cells suspended in 120 µL of 0.5%
LMP agarose at 37º C, were then spread on the base layer. A coverslip was added and the
agarose was allowed to solidify at 4º C for 15 min, after which the coverslip was gently
removed and the slide immersed in freshly made lysing solution composed by 89 mL a stock
solution (2.5 M NaCl, 100 mM EDTA, 10 mM Tris pH 10.0 and 1% sodium lauryl sarcosine)
plus 10 mL of DMSO, 1 mL of Triton X-100; pH 10.0 at 4º C for at least 1h, protected from
light. At the end of lysing period, slides were transferred to an electrophoresis box containing
a high pH (13.0) buffer (300 mM NaOH, 1 mM EDTA) and incubated at 4º C for 20 min to
allow the DNA to unwind. A current of 25 V (1.0 V/cm, 300 mA) was applied for 20 min,
after which, the slides were submerged in a neutralization buffer (0.4 M Tris HCl, pH 7.5) for
15 min, dried at room temperature and fixed in 100% ethanol for 10 min.
The slides were stored overnight, briefly rinsed in distilled water, stained with 20
mg/mL ethidium bromide and covered with a coverslip. The stained nucleoids were
immediately evaluated at 400X magnification using a Nikon fluorescence microscope fitted
with a 515-560 nm excitation filter and a 590 nm barrier filter.
2.7 Scoring procedures
For each treatment, the extent and distribution of DNA damage indicated by the
Comet assay were evaluated by examining 100 randomly selected and non-overlapping cells
on the slides (i.e. 300 cells per treatment).
On each slide, the cells were visually scored and allocated to one of four classes (0, 1,
2 and 3) according to the tail size as follows: class 0, undamaged, no tail; class 1, a short tail
with a length smaller than the diameter of the head (nucleus); class 2, tail length between 1
and 2 times the diameter of the head; and class 3, maximally damaged, with a long tail more
39
than twice the diameter of the head. The few comets observed with no head and those with
almost all the DNA in the tail, or with a very wide tail, were excluded from the analysis since
they could represent dead cells (Hartmann and Speit, 1997). The total score for 300 comets
was obtained according the formula of Manoharan and Banerjee (1985) with modifications:
Score = (1 X n
1
) + (2 X n
2
) + (3 X n
3
)
where n= number of cells in each class analyzed.
Thus, the total score could range from 0 to 300.
2.8 Statistical Analysis
The means for the cellular survival test were calculated from three independent
experiments. The ANOVA test (p<0,05) followed by the Dunett test were used to compare the
averages of each treatment with the negative control.
The mean scores were calculated from three independent experiments for each
treatment. The ANOVA (p<0.05) test followed by the Tukey test were used for comparing the
means of each treatment with their negative control to assess the genotoxicity and with the
positive control to assess the reduced genotoxicity.
3. Results
40
3.1 Cell viability assay
The cell viability assay was used to obtain a dose-effect curve of the survival of the
cells when exposed to different concentrations of the cashew’s stem bark extract. After the
analysis of variance test (ANOVA) and the Dunett test, it was observed that the cultures
treated with the concentrations of 500; 1000; 2000 and 3000 µg/mL of the extract and with
the positive (MMS) and negative (PBS) control did not present significant differences
between each other. Therefore, these concentrations did not present a cytotoxic effect
(P0.05). On the other hand, the cultures exposed to the concentrations of 4000; 5000 and
6000 µg/mL
of the extract did present significant difference when compared to the negative
control (PBS), presenting a toxic effect on the cells (P0.05). Thus, the concentrations of 500;
1000 and 2000 µg/mL were chosen for the genotoxic and antigenotoxic evaluations (Figure
1).
0
50
100
150
MMS (4x10
-4
M)
PBS
500
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Cashew (µg/mL)
Treatments
Number of colonies
*
*
*
Figure 1: Mean of the number of colonies formed after the exposure of the V79 cells to the
concentrations of 500 to 6000 µg/mL of the cashew’s stem bark extract. 300 cells were seeded per
flask of cultivation. * Statistically different (P<0.05).
3.2 Genotoxicity assessment
41
The concentrations of 500 µg/mL and 1000 µg/mL of the methanolic extract of the
stem bark of the A. occidentale did not demonstrate genotoxic effect in V79 cell culture in
vitro, since the means of scores obtained were statistically similar to the means of negative
control. The mean scores obtained with the concentration of 2000 µg/mL was statistically
different from that obtained with PBS treatment, what indicates a genotoxic activity (Table 1).
42
Table 1 – Number of cells observed in each comet class in a total of 300 analyzed cells per treatment
and their respective mean scores to assess the genotoxicity of three different concentrations of the
methanolic extract of the cashew’s stem bark in V79 cells in vitro.
Comet Class
Treatment 0 1 2 3
Number of
DC Score
Mean ± SD
92 8 0 0 8 8
PBS
91 9 0 0 9 9
19.33 ± 18.77
a
(20µL)
61 37 2 0 39 41
0 1 65 34 100 233
MMS
0 5 65 30 100 225 239 ± 17.77
b
(4 x 10
-4
M)
0 0 41 59 100 259
Extract
(µg/mL)
87 13 0 0 13 13
500
90 10 0 0 10 10 25 ± 23.43
a
56 36 8 0 36 52
84 15 1 0 16 17
1000
71 22 7 0 29 36
51.33 ± 44.04
a
3 93 4 0 97 101
5 87 8 0 95 103
2000
5 89 5 1 95 99 108 ± 12.28
c
0 78 22 0 100 122
PBS: control; MMS: methyl methanesulfonate; SD: standard deviation; DC: damage cells.
Means with the same letter do not differ statistically (P0.05).
3.3 Antigenotoxicity assessment
In the pre-treatment, the only concentration that presented significative antigenotoxic
activity was the 1000 µg/mL. The values of scores obtained to other concentrations were
statistically similar to the positive control (Table 2).
The Comet assay indicated significative antigenotoxic activity of the methanolic
extract of the stem bark of the A. occidentale in the simultaneous treatment (Table 3) and in
post treatment (Table 4). All concentrations presented protective activity, that is, the results
43
were statistically different from that obtained in the MMS treatment alone, indicating a
reduction of DNA damage caused by MMS.
44
Table 2– Number of cells observed in each comet class in a total of 300 analyzed cells per treatment and
their respective mean scores to assess the antigenotoxicity regarding the MMS in the pre-treatment with
three different concentrations of the methanolic extract of the cashew’s stem bark in V79 cells in vitro.
Comet Class
Treatment 0 1 2 3
Number of
DC score
Mean ± SD
93 7 0 0 7 7
PBS
88 12 0 0
12
12 8.33 ± 3.21
a
(20µL)
94 6 0 0 6 6
0 0 73 27 100 227
MMS
0 0 89 11
100
211 217.66 ± 8.32
b
(4 x 10
-4
M)
0 0 85 15
100
215
Extract (µg/mL) +
MMS
0 14 76 10 100 196
500
0 0 87 13
100
213 196.33 ± 16.50
b
0 25 70 5 100 180
0 82 18 0 100 118
1000
0 95 5 0
100
105 110.66 ± 6.65
c
0 91 9 0 100 109
0 14 75 11 100 197
2000
0 17 78 5
100
188 191.33 ± 4.93
b
0 18 75 7 100 189
PBS: control; MMS: methyl methanesulfonate; SD: standard deviation; DC: damage cells.
Means with the same letter do not differ statistically (P0.05).
45
Table 3– Number of cells observed in each comet class in a total of 300 analyzed cells per treatment and
their respective mean scores to assess the antigenotoxicity in the simultaneous treatment with three
different concentrations of the methanolic extract of the cashew’s stem bark and MMS in V79 cells in
vitro.
Comet Class
Treatment 0 1 2 3
Number of
DC score
Mean ± SD
92 8 0 0 8 8
PBS
91 9 0 0
9
9 19.33 ± 18.77
a
(20µL)
61 37 2 0 39 41
0 1 65 34 100 233
MMS
0 5 65 30
100
225 239 ± 17.77
b
(4 x 10
-4
M)
0 0 41 59
100
259
Extract (µg/mL)
+ MMS
0 43 50 7 100 164
500
0 18 74 8
100
190 167 ± 21.65
c
0 53 47 0 100 147
0 88 12 0 100 112
1000
0 81 19 0
100
119 112.33 ± 6.50
c
0 94 6 0 100 106
0 92 8 0 100 108
2000
0 41 59 0
100
159 123.66 ± 30.66
c
0 96 4 0 100 104
PBS: control; MMS: methyl methanesulfonate; SD: standard deviation; DC: of damage cells.
Means with the same letter do not differ statistically (P0.05).
46
Table 4– Number of cells observed in each comet class in a total of 300 analyzed cells per treatment and
their respective mean scores to assess the antigenotoxicity regarding the MMS in the post-treatment with
three different concentrations of the methanolic extract of the cashew’s stem bark in V79 cells in vitro.
Comet Class
Treatment 0 1 2 3
Number of
DC score
Mean ± SD
93 7 0 0 7 7
PBS
88 12 0 0
12
12 8.33 ± 3.21
a
(20µL)
94 6 0 0 6 6
0 0 73 27 100 227
MMS
0 0 89 11
100
211 217.66 ± 8.32
b
(4 x 10
-4
M)
0 0 85 15
100
215
MMS + Extract
(µg/mL)
14 83 3 0 86 89
500
4 93 3 0
96
99 84.66 ± 16.92
c
35 64 1 0 65 66
40 56 4 0 60 64
1000
7 89 4 0
93
97 77 ± 17.57
c
30 70 0 0 70 70
11 82 7 0 89 96
2000
4 91 5 0
96
101 99.66 ± 3.21
c
6 86 8 0 94 102
PBS: control; MMS: methyl methanesulfonate; SD: standard deviation; DC: damage cells.
Means with the same letter do not differ statistically (P0.05).
4. Discussion
Epidemiological studies suggest that over two-thirds of cancers might be prevented
through lifestyle modification (Ferguson, 1999). The dietary imbalance is one of the major
influences on cancer risk, especially the lack of sufficient amounts of dietary fruits and
vegetables (Ames and Gold, 1997).
In the present study, the concentrations of 500; 1000; 2000 e 3000 µg/mL of the
methanolic extract of stem bark of the cashew did not show cytotoxic effect when compared
to negative control while the concentrations of 4000; 5000 and 6000 µg/mL were cytotoxic.
Studies with different strains of S. typhimurium have indicated that extracts or oils obtained of
47
Anacardium genus have shown cytotoxicity in high concentrations (George and Kuttan, 1997;
Santos, F.V., personal communication).
In the face of the several benefits already described for the cashew’s stem bark, the
present study evaluated the genotoxic and antigenotoxic effects of three concentratios of the
methanolic extract of cashew’s stem bark (A. Occidentale L.) using the Comet assay.
The absence of genotoxicity was observed in V79 cells submitted to two
concentrations of the extract: 500 µg/mL and 1000 µg/mL. The concentration of 2000 µg/mL
presented a significant amount of cells with DNA damages when compared to the negative
control. However, the damage class predominant after the treatment of the cells with 2000
µg/mL is mainly class 1, considered with low amount of damage and thus, with possibility of
repair of the DNA damage. The mean score obtained for this treatment is 54,82% lower than
the positive control, so the genotoxic activity presented can be considered as light. In another
work done by our group using the concentration of 2000 µg/mL from the same extract in
chromosomic aberration in vitro test, this concentration did not show mutagenic activity.
Therefore, we can suggest that the lesion of genetic material observed in the Comet assay is
passible for correction, since the result of the chromosomic aberration test (which detects
already established lesions origined from DNA strand breaks) was negative.
Cavalcante et al. (2003) evaluated the fresh and processed (cajuina) cashew juice and
characterized as complex mixtures, containing high concentrations of vitamin C, various
carotenoids, phenolics compounds and metals. The tests with fresh and processed cashew
juice, in Salmonella typhimurium indicated that A. occidentale have shown mutagenic,
antimutagenic and co-mutagenic activity and these properties might be related with the
chemical compounds of the juice.
The low concentrations of the cashew’s stem bark methanolic extract seem to be the
most indicated for consumption, since George and Kuttan (1997) treated strains of S.
48
tyhimurium with different concentrations of extract of cashewnut shell and demonstrated
absence of mutagenicity in lowers doses, while the higher concentration have shown
cytotoxicity. Our results for citotoxicity and genotoxicity confirm these data.
In the present study, to assess the antigenotoxicity of the cashew’s stem bark extract,
different treatments were used: pre, simultaneous and post treatments in relation to the DNA
damage inducer agent, methyl methanesulfonate (MMS). MMS is a direct monofunctional
alkylating agent that has the ability to break the DNA strands directly; it is able to form
monoadducts in the DNA and crosslinks that are expressed as mutations involving different
substitutions of bases.
In pre-treatment experiments, effective antimutagenic agents are capable to induce
some metabolizing enzymes, which act as metabolic inactivaters chemical or enzimatics of
mutagenic agents or inhibit the activation of pro-mutagens (Kada et al., 1982; Kuroda et al.,
1992). In the present study was observed in pre-treatment that only the 1000 µg/mL
concentration had a protective effect, acting as a desmutagenic agent.
Desmutagenic agents are compounds that act directly on mutagens or on their
precursors to inactivate them; they can bind to the mutagenic compound in an irreversible
way, inactivating it chemically through a direct link or inhibiting the activation by the
modulation of the enzymes of phase I and II (Kada et al., 1982). However, in the present
study, it may be discharged the possibility of a modulation of these enzymes, because the
used cells (Chinese hamster lung fibroblasts – V79) practically do not present this active
metabolization system in vitro. Therefore, the methanolic extract of the stem bark of the
cashew did not present a relevant protective effect when the V-79 cells were treated with the
extract before of MMS treatment, that is, the extract used did not present a prominent
desmutagenic activity. Althought in the present study the protective activity have been
observed only with 1000 µg/mL, there is the possibility that in the same kind of protocol,
49
other times of exposition of the cells or other extract concentrations may also lead to
protecting effects.
When the simultaneous and post-treatments were used, the antigenotoxic activity was
observed in all extract’s concentrations evaluated. The three concentrations reduced the
damages caused by MMS. In these kinds of treatments when the protective action is observed,
generally it is by bio-antimutagenesis althought on simultaneous treatments can be occurring
desmutagenesis mechanisms. The bio-antimutagenic agents act on the physiologic
mechanisms of DNA protection and repair, reverting the mutagenic effects and not allowing
the fixation of mutations (Kada et al., 1982; De Flora, 1998). Therefore, the A. occidentale
stem bark’s methanolic extract probably acted as a bio-antimutagenic agent, because the
protective effect was observed in the simultaneous treatment and confirmed in the post-
treatment scheme, which showed a better efficient antimutagenic effect.
In the present study the dose of 2000 µg/mL showed genotoxicity and antigenotoxicity
activities. This indicates that some compounds of this extract can be acting as “Janus
carcinogens and mutagens” that, according von Borstel and Higgins (1998), are mutagenic
agents that, under differing conditions of cell type or exposure, also are antimutagenic.
Cavalcante et al. (2005) assessed cashew juices (fresh and processed) to verify its
inhibitory actions against mutations induced by Aflatoxin B
1
(AFB
1
), using the Ames test in
different treatment protocols. Both juices presented antioxidant potential and suppressed the
mutagenicity of hydrogen peroxide in simultaneous and post-treatments. According to the
authors, the analyzed juices were considered promissing candidates for control of
mutagenicity induced by AFB
1,
and can be considered healthy food with anti-carcinogenic
potency.
The data of the present study in eukaryote cells in vitro summed to the Cavalcante et
al. (2005) with bacterias indicate the bio-antimutagenicity as the action mechanism most
50
probable of the compounds present in the Anacardium occidentale. Cavalcante et al. (2003)
suggest that this anti-mutagenic potential can be attributed to the natural compounds of
cashew, such as carotenoids, phenols, tannins, anacardic acid and ascorbic acid, all with
antioxidants and anti-mutagenic properties.
The chemistry analysis of the methanolic extract of the stem bark of the cashew used
in this work have shown a high concentration of tannins (Maciel, M.A.M. Personal
communication). Chen and Chung (2000) evidenced that the tannin acid and its hydrolyzed
compounds did not present mutagenic effect in Salmonella typhimurium TA 98 and TA 100,
in the absence or in the presence of S9 fraction. The tannic acid presented antimutagenic
effect in S. typhimurium TA 98 in the presence of S9 fraction against benzidine, 4-
aminobiphenyl, 3,3’-4,4’-tetraaminobiphenyl and N,N-N’,N’-tetramethylbenzidine (Chen and
Chung, 2000); 1-nitropyrene (1-NP) and 1.6 dinitropyrene (1.6-DNP) and reduced the
frequency of sister chromatid exchanges and the cytotoxicity induced by 1-NP and 1.6-DNP
in CHO cells (Kuo et al., 1992).
According to Inyang et al. (1997), the cashew juice presents high concentrations of
vitamin C (VitC), so it can be considered a natural source of this nutrient. Franke et al. (2005)
investigated the genotoxic effect of two doses of VitC associated with direct and indirect
mutagens in cells of mice in vivo, using the comet assay. DNA damage caused by MMS was
significantly reduced by the lower dose, but not by the higher dose of VitC. In the present
study, the two lowers concentrations of cashew’s stem bark extract assessed in V79 cells,
were the ones that did not induce primary lesions in the DNA. These results and a lot of
others related to A. occidentale L. or its constituints suggest beneficial effects from this
extract, especially if used in low concentrations which they can be used for prevention of
some diseases. However, there is still the need to carry out future studies that might elucidate
the antigenotoxic mechanism of the cashew observed in this work.
51
References
Ames, B.N., Gold, L.S., 1997. The prevention of cancer. Drug Metabolism Reviews 30, 201-
223.
Cavalcante, A.A.M., Rübensam, G., Picada J.N., Gomes da Silva, E., Fonseca Moreira JC,
Henriques J.A., 2003. Mutagenicity, antioxidant potential, and antimutagenic activity against
hydrogen peroxide of cashew (Anacardium occidentale) apple juice and cajuina.
Environmental and Molecular Mutagenesis 41, 360-369.
Cavalcante, A.A.M., Rübensam, G., Erdtmann, B., Brendel, M., Henriques, J.A.P., 2005.
Cashew (Anacardium occidentale) apple juice lowers mutagenicity of aflatoxin B1 in S.
typhimurium TA 102. Genetics and Molecular Biology 28, 328-333.
Cecchi, H.M., Rodriguez-Amaya, D.B., 1981. Carotenoid composition and vitamin A value of
fresh and pasteurized cashew apple juice. Journal of Food Science 46, 147-149.
Chen, S., Chung, K., 2000. Mutagenicity and antimutagenicity studies of tannic acid and its
related compounds. Food and Chemical Toxicology 38, 1-5.
Correa, M.P., 1978. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF, Rio de Janeiro, p. 57. [in
Portuguese]
De Flora, S., 1998. Mechanisms of inhibitors of mutagenesis and carcinogenesis. Mutation
Research 402, 151-158.
DeMarini, D.M., 1998. Dietary interventions of human carcinogenesis. Mutation Research
400, 457-465.
Eichbaum, F.W., 1988. Biological properties of anacardic acid (O-pentadecadienyl-salicylic
acid) and related compounds. Memórias do Iinstituto Butantã, 19, 119-133. [in Portuguese]
Ferguson, L.R., 1999. Prospects for cancer prevention. Mutation Research 428, 329-338.
França, F., Cuba, C.A., Moreira, E.A., Miguel, O., Almeida, M., das Virgens, M. L., Marsden,
P.D., 1993. An evaluation of the effect of a bark extract from the cashew (Anacardium
occidentale L.) on infection by Leishmania (Viannnia) brasiliensis. Revista Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical 26, 151-155. [in Portuguese]
Franke S.I.R., Prá, D., Silva, J., Erdtmann, B., Henriques, J. A. P., 2005. Possible repair
action of Vitamin C on DNA damage induced by methyl methanesulfonate,
cyclophosphamide, FeSO
4
and CuSO
4
in mouse blood cells in vivo. Mutation Research 583,
75-84.
George, J., Kuttan, R., 1997. Mutagenic, carcinogenic and cocarcinogenic activity of
cashewnut shell liquid. Cancer letters 112, 11-16.
52
Hartmann, A., Speit, G., 1997. The contribution of citotoxicity of edible mushroom in a
histidine-independent bacterial test system. Food and Chemical Toxicology, 29, 159-165.
Inyang, U.E., Abah, U.J., 1997. Chemical composition and organoleptic evaluation of juice
from steamed cashew apple blended with orange juice. Plant Foods for Human Nutrition 50,
295-300.
Kada T., Inoue T., Namiki N., 1982. Environmental desmutagens and antimutagens. In:
Klekowski, E.J. (Ed.), Environmental Mutagenesis and Plant Biology, Praeger, New York,
pp. 137-151.
Knasmüller S., Steinkellner H.B.J., Majer E.C., Nobis G., Scharf G., Kassie F., 2002. Search
for dietary antimutagens and anticarcinogens: methodological aspect and extrapolation aspect
and extrapolation problems. Food and Chemical Toxicology 40, 1051-1062.
Kozubek, A., Zamowski, R., Stasiuk, M., Gubernator, J., 2001. Natural amphiphilic phenols
as bioactive compounds. Cellular & Molecular Biology Letters 6, 351-355.
Kuo, M.L., Lee, K.C., Lin, J.K, 1992. Genotoxicities of nitropyrenes and their modulation by
apigenin, tannic acid, ellagic acid and indole-3-carbinol in the Salmonella and CHO systems.
Mutation Research 270, 87-95.
Kuroda, Y., Jain, K.A., Tezuka, H., Kada, T., 1992. Animutagenicity in cultured mammalian
cells. Mutation Research 267, 201-209.
Maciel, M.I., Hansen, J.T., Aldinger, S.B., Labows, J.N., 1986. Flavor chemistry of cashew
apple juice. Journal of Agricultural and Chemistry 34, 923-927.
Manoharan, K; Banerjee, M.R., 1985. β-Carotene reduces sister chromatid exchange induce
chemical carcinogens in mouse mammary cells in organ culture. Cell Biology International
Reports,
9, 783-789.
Mota, M.L.R., Thomas, G., Barbosa Filho, J.M., 1985. Anti-inflamatory actions of tannins
isolated from the bark of Anacardium occidentale L. Journal of Ethnopharmacology 13, 289-
300.
Morton, J.F., 1961. The cashews brighter future. Economic Botany 15, 57-78.
Paolini, M. and Nestle, M., 2003. Pitfalls of enzyme-based molecular anticancer dietary
manipulations: food for thought. Mutation Research 543, 181-189.
Singh, N.P., McCoy, M.T., Tice, R.R., Schneider, E.L., 1988. A simple technique for
quantification of low levels of DNA damage in individual cells. Experimental Cell Research
175, 184-191.
Speit, G., Hatmann, A., 1999. The comet assay (single cell gel test) – a sensitive genotoxicity
test for the detection of DNA damage and repair. In: Henderson, D.S. (ed). Methods in
molecular biology, 113 DNA-repair protocols: eukaryotic systems. Human Press Inc.,
Totowa, pp 203-212.
53
Tice, R.R., Agurell, E., Anderson, D., Burlinson, B., Hartmann, A., Kobayashi, H. Miyamae,
Y., Rojas, E., Ruy, J.C., Sasaki, Y.F., 2000. Single cell gel/Comet assay: guidelines for in
vitro and in vivo genetic toxicology. Envirolmental and Molecular Mutagenesis 35, 206-221.
Venkatachalam, M., Sathe, S.K., 2006. Chemical composition of selected edible nut seeds.
Journal of Agricultural and Chemistry 54, 4705-4714.
Von Borstel, R.C., Higgins, J.A., 1998. Janus carcinogens and mutagens. Mutation Research
402, 321-329.
54
4. ARTIGO 2
Avaliação da mutagenicidade e antimutagenicidade do extrato da casca do cajueiro in
vitro
Gustavo Rafael Mazzaron Barcelos
a
, Fernanda Shimabukuro
a
, .Mateus Pratis Mori
a
, Maria
Aparecida Medeiros Maciel
b
, Ilce Mara de Syllos Cólus
a
a
Departamento de Biologia Geral, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de
Londrina, Rodovia Celso Garcia Cid km 380, 86051-990, Londrina, Paraná, Brasil.
b
Departamento de Química, Centro de Ciências Exatas, Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, Campus Universitário, 59078-970, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.
*
Corresponding author:
+55.43.3371-4527
e-mail:
Artigo a ser submetido ao periódico Journal of Ethnopharmacology
55
Resumo
As plantas continuam a ser uma grande fonte de medicamentos para a humanidade.
Dentre elas, está a espécie Anacardium occidentale L., popularmente conhecida como
cajueiro, o qual possui indicações terapêuticas variadas, tais como: cicatrizante,
antihipertensivo, hipoglicêmico e antitumoral. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a
mutagenicidade e a antimutagenicidade do extrato metanólico da casca do cajueiro em
culturas de células de fibroblastos de pulmão de hamster chinês (V79). As culturas foram
tratadas com diferentes concentrações do extrato (500; 1000 e 2000 µg/ml) ou com os extratos
associados com doxorrubicina (DXR) (0,75 µg/mL), nas fases G1, S e G2 do ciclo celular e
também em tratamento contínuo. Além destes tratamentos, culturas de células foram tratadas
com PBS (controle-negativo) e DXR (controle-positivo). Os dados obtidos no teste de
aberrações cromossômicas (AC) mostraram uma significativa redução na freqüência de AC
nas culturas tratadas com o extrato e DXR em relação àquelas que receberam somente DXR,
nas fases G1 e S do ciclo celular e em todo o ciclo, bem como ausência de mutagenicidade em
todos os tratamentos realizados. O efeito antimutagênico observado neste trabalho reforça as
propriedades terapêuticas já descritas para o caju e sinaliza um uso mais seguro deste extrato.
1. Introdução
Nos últimos 20 anos, o interesse pelas plantas medicinais tem aumentado o volume de
investigações sobre seus efeitos biológicos em seres humanos e animais (Veiga Jr. e Maciel,
2005). Dentre as plantas utilizadas para fins terapêuticos, está a espécie Anacardium
occidentale L., pertencente à família Anacardiaceae e popularmente conhecida como cajueiro.
56
Caracteriza-se por ser uma árvore frondosa, facilmente encontrada em todo o Brasil, sendo
mais abundante na região nordeste (Correa, 1978).
Existem vários relatos na literatura demonstrando o uso de folhas, cascas, caule e
frutos desta espécie na medicina popular. A casca do tronco é adstringente, rica em tanino, o
que justificaria sua indicação popular como cicatrizante. Também é indicada no combate à
hipertensão, no tratamento de distúrbios gástricos, como anti-inflamatório (Mota et al., 1985)
e bactericida (Akinpelu, 2000). A infusão das cascas do cajueiro apresenta propriedades
analgésicas, afrodisíacas, sendo também indicada para cólicas intestinais, úlceras gástricas,
asmas e bronquites. A castanha do fruto produz uma resina com propriedades anti-sépticas,
vermífugas e vesicantes (Correa, 1978) e foi observada uma forte capacidade antioxidante
contra a hepatocarcinogênese induzida pela aflatoxina B1 em ratos Wistar (Premalatha e
Sachdandaum, 1999).
Estudos pré-clinicos realizados com metabólitos isolados da casca da árvore desta
espécie demonstraram ação antipirética para o ácido anacárdico (Eichbaum, 1988) e a
atividade antiinflamatória foi correlacionada com o extrato metanólico, com frações
hidroalcoólicas obtidas de extrato etanólico e com taninos isolados destas frações (Mota et al.,
1985). A atividade contra leishmania foi verificada por França et al. (1993).
Polasa e Rukmini (1987) realizaram testes mutagênicos com óleo vegetal da castanha
do caju e este apresentou-se mutagênico, com ou sem ativação da fração S-9 em Salmonella
thyphimurium. Entretanto, Chen and Chung (2000) demonstraram que o ácido tanínico,
composto presente no caju (Venkatachalaman e Sathe, 2006), apresentou efeito
antimutagênico em Salmonella typhimurium linhagem TA 98. Kuo et al. (1992) também
realizaram estudos com o ácido tanínico e observaram uma redução na freqüência de trocas
entre cromátides irmãs em células de ovário de hamster Chinês (CHO). Cavalcante et al.
57
(2003) verificaram que o suco do caju, além de seu benefício nutricional, apresentou
atividades bactericida e antimutagênica.
Diante do grande consumo do caju na alimentação da população brasileira, seja em
forma de suco ou in natura, dos proeminentes potenciais terapêuticos atribuídos à casca do
tronco do cajueiro e dos poucos estudos para compreensão de seu mecanismo de ação, o
presente trabalho, teve como objetivo avaliar a possível mutagenicidade ou
antimutagenicidade do extrato metanólico da casca do cajueiro (EMCC) contra danos no
material genético de células V79 induzidos pelo quimioterápico doxorrubicina (DXR),
utilizando o teste de aberrações cromossômicas (AC).
2. Material e métodos
2.1 Extrato
O EMCC foi gentilmente fornecido pelo Departamento de Química da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O método adotado na investigação fitoquímica
envolveu a extração da casca triturada (pó) (1.3 kg) com metanol em um aparato Soxhlet. O
extrato metanólico passou por separação cromatográfica em coluna de gel de silica,
originando dois diferentes tipos de frações químicas, uma rica em óleo (constituintes apolares)
e uma fração polar rica em taninos.
O extrato metanólico da casca do cajueiro (Anacardium occidentale) foi diluído em
água. As concentrações de 500; 1000 e 2000 µg/mL de meio de cultura foram utilizadas para
a avaliação das atividades mutagênicas e antimutagênicas deste extrato e foram determinadas
previamente a partir de experimentos de citotoxicidade (Barcelos et al., dados não
publicados).
58
2.2 Linhagem celular e cultivo
As células de fibroblastos de pulmão de hamster Chinês (V79) foram gentilmente
fornecidas pela Profa. Dra. Sakamoto-Hojo (F.F.C.L. – Ribeirão Preto/USP). As células
foram cultivadas em frascos plásticos de cultura (25 cm
2
, Nunc) em meio de cultura HAM-
F10 (Gibco) e DMEM (Gibco) (1:1), suplementado com 10% de soro bovino fetal,
antibióticos (0,01 mg/mL streptomicina e 0,005 mg/mL de penicilina; Sigma) e 2,38 mg/mL
de HEPES (Sigma) em estufa BOD a 37º C.
2.3 Tratamentos
As células foram cultivadas durante o período de 20 horas em meio de cultura
completo, lavadas duas vezes com PBS e incubadas em meio novo sem soro para a realização
dos seguintes tratamentos: controle negativo (PBS, 10µL/mL); controle positivo (DXR, 0,75
µg/mL); tratamentos com o EMCC em três concentrações (500; 1000 e 2000 µg/mL) e
tratamentos simultâneos, onde o EMCC foi adicionado à cultura concomitantemente com a
DXR. Todos os experimentos foram realizados em triplicata e as células foram expostas pelo
período de uma hora nas fases G1, S e G2 do ciclo celular, 12, 8 e 3 horas antes da fixação,
respectivamente (Preston et al., 1981). Foi realizado também tratamento simultâneo contínuo,
onde as células permaneceram expostas ao EMCC e DXR pelo período de 12 horas
(aproximadamente 1 ciclo de divisão celular) em meio de cultura completo. Visando a
obtenção de células metafásicas, empregou-se a técnica de Preston et al. (1981)
onde
Colcemide (Demecolcine, 5µg/mL – Sigma) foi adicionado às culturas duas horas antes da
fixação. As preparações citológicas foram coradas com Giemsa 3% por 5 minutos.
59
2.4 Análise das lâminas
Para a avaliação de AC, foram analisadas 100 células por repetição, totalizando 300
metáfases por tratamento, as quais foram observadas em microscópio óptico (Nikon, com
amplificação de 1000 X). As AC foram classificadas de acordo com Savage (1975)
e o índice
mitótico (número de metáfases dentre 1000 células analisadas, para cada repetição) foi
calculado. A capacidade do EMCC reduzir danos promovidos pela DXR foi calculada pela
fórmula (Waters et al., 1990):
%R =
A – B
A – C
onde: %R = Porcentagem de Redução
A: Freqüência de AC após o tratamento com DXR
B: Freqüência de AC após o tratamento com EMCC e DXR
C: Freqüência de AC após o tratamento com PBS
2.5 Análise estatística
As freqüências médias de aberrações cromossômicas e índice mitótico foram
calculadas a partir de dados obtidos em três experimentos independentes. Os testes de
Kruskal-Wallis (P0.05) seguido pelo teste de Dum foram usados para a comparação das
médias entre si.
60
3. Resultados
1. Mutagenicidade
As freqüências médias de AC observadas após o uso das concentrações de 500; 1000 e
2000 µg/mL do EMCC em todos os tratamentos simultâneos realizados (tratamento contínuo
e nas fases G1, S e G2 do ciclo celular) em culturas de células V79 in vitro foram
estatisticamente semelhantes àquelas obtidas no grupo controle negativo (PBS), ou seja, não
apresentaram efeito mutagênico (Tabelas I, II, III e IV). Os valores obtidos para os índices
mitóticos de todos os tratamentos realizados em todas as fases do ciclo celular não
apresentaram diferenças significativas entre si (Tabelas I, II, III e IV).
2. Antimutagenicidade
Todas as concentrações do EMCC em tratamento simultâneo com a DXR durante
tratamento contínuo apresentaram efeito antimutagênico, pois freqüências médias de AC
foram estatisticamente diferentes daquelas obtidas no grupo controle-positivo (DXR), sendo
que a concentração de 500 µg/mL reduziu os danos aos níveis do controle-negativo (Tabela I).
No tratamento realizado durante a fase G1 do ciclo celular, foi observado efeito
antimutagênico das concentrações de 500 e 2000 µg/mL. A concentração de 1000 µg/mL não
apresentou redução de danos cromossômicos quando comparados os dados com os do grupo
positivo (DXR) (Tabela II). No tratamento realizado durante a fase S do ciclo celular,
somente a concentração de 500 µg/mL exerceu efeito antimutagênico. As médias das
freqüências de AC obtidas com as demais concentrações (1000 e 2000 µg/mL) apresentaram-
se estatisticamente semelhantes às do controle positivo (Tabela III). Já no tratamento
61
realizado na fase G2 do ciclo celular, nenhuma concentração exerceu efeito protetor aos danos
causados pela DXR (Tabela IV).
Os valores de índices mitóticos de todos os tratamentos realizados em todas as fases
do ciclo celular não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre si (Tabelas I,
II, III e IV).
62
Tabela I: Freqüências de aberrações cromossômicas (AC), porcentagem de redução de danos (% R) e índices
mitóticos (IM) observados em culturas de células V79 submetidas ao tratamento simultâneo contínuo com
diferentes concentrações do extrato metanólico da casca do cajueiro (EMCC), associado ou não com o
quimioterápico doxorrubicina (DXR) e seus respectivos controles.
Tratamentos Aberrações Cromossômicas % R IM (X ± DP)
QC Fr Ex Di Fi Média ± DP
PBS (10µL/mL) 3 0 0 0 0 1,00 ± 1,00
a
7,20 ± 0,75
DXR (0,75 µg/mL) 18 12 2 5 3 13,33 ± 0,58
b
5,80 ± 0,60
EMCC (µg/mL)
500 3 1 0 0 0 1,33 ± 1,15
a
7,80 ± 1,73
1000 1 0 0 1 0 0,67 ± 0,58
a
8,83 ± 2,05
2000 3 1 0 3 1 2,67 ± 1,53
a
7,43 ± 2,66
EMCC + DXR
500 + 0,75 7 3 1 4 1 5,33 ± 2,52
a c
68,57 7,57 ± 1,32
1000 + 0,75 9 8 1 5 1 8,00 ± 2,00
c
45,71 7,37 ± 1,59
2000 + 0,75 11 2 0 0 4 6,33 ± 3,05
c
60 6,37 ± 1,20
QC, quebras cromossômicas; Fr, fragmentos; Ex, “exchange”; Di, dicêntrico; Fi: figuras tri e quadrirradiais.
Letras iguais são semelhante estatisticamente entre si (P0.05).
Tabela II: Freqüências de aberrações cromossômicas (AC), porcentagem de redução de danos (% R) e índices
mitóticos (IM) observados em culturas de células V79 submetidas ao tratamento simultâneo na fase G1 do ciclo
celular com diferentes concentrações do extrato metanólico da casca do cajueiro (EMCC), associado ou não com
o quimioterápico doxorrubicina (DXR) e seus respectivos controles.
Tratamentos Aberrações Cromossômicas % R IM (X ± DP)
QC Fr Ex Di Fi Média ± DP
PBS (10µL/mL) 3 2 0 1 0 2,00 ± 1,73
a
8,60 ± 1,40
DXR (0,75 µg/mL) 18 8 2 7 5 14,00 ± 2,00
b
8,10 ± 2,90
EMCC (mg/mL)
500 2 2 0 2 3 3,00 ± 2,00
a
8,60 ± 0,92
1000 9 6 0 0 0 5,00 ± 1,00
a c
9,00 ± 0,25
2000 9 5 0 2 1 5,00 ± 1,00
a c
8,70 ± 1,57
EMCC + DXR
500 + 0,75 11 9 1 2 2 8,33 ± 1,15
c
48,57 8,13 ± 0,85
1000 + 0,75 14 5 3 5 1 9,33 ± 2,89
b c
6,77 ± 0,51
2000 + 0,75 10 7 1 8 1 9,00 ± 1,00
c
42,86 8,80 ± 0,10
QC, quebras cromossômicas; Fr, fragmentos; Ex, “exchange”; Di, dicêntrico; Fi: figuras tri e quadrirradiais.
Letras iguais são semelhante estatisticamente entre si (P0.05).
63
Tabela III: Freqüências de aberrações cromossômicas (AC), porcentagem de redução de danos (% R) e índices
mitóticos (IM) observados em culturas de células V79 submetidas ao tratamento simultâneo na fase S do ciclo
celular com diferentes concentrações do extrato metanólico da casca do cajueiro (EMCC), associado ou não com
o quimioterápico doxorrubicina (DXR) e seus respectivos controles.
Tratamentos Aberrações Cromossômicas % R IM (X ± DP)
QC Fr Ex Di Fi Média ± DP
PBS (10µL/mL) 5 0 0 0 0 1,67 ± 0,58
a
7,73 ± 2,05
DXR (0,75 µg/mL) 11 14 1 7 3 12,33 ± 1,53
b
8,37 ± 3,31
EMCC (mg/mL)
500 3 2 0 1 0 1,33 ± 1,52
a
8,80 ± 3,12
1000 5 1 0 1 1 2,67 ± 0,58
a
8,10 ± 2,01
2000 6 7 1 0 0 4,67 ± 0,58
a c
6,73 ± 2,06
EMCC + DXR
500 + 0,75 9 19 2 4 2 7,67 ± 1,52
c d
43,75 7,70 ± 2,31
1000 + 0,75 18 7 1 3 2 9,00 ± 2,00
b d
8,90 ± 1,81
2000 + 0,75 21 4 0 3 1 10,33 ± 1,53
b d
8,33 ± 1,96
QC, quebras cromossômicas; Fr, fragmentos; Ex, “exchange”; Di, dicêntrico; Fi: figuras tri e quadrirradiais.
Letras iguais são semelhante estatisticamente entre si (P0.05).
Tabela IV: Freqüências de aberrações cromossômicas (AC), porcentagem de redução de dano (% R) e índices
mitóticos (IM) observados em culturas de células V79 submetidas ao tratamento simultâneo na fase G2 do ciclo
celular com diferentes concentrações do extrato metanólico da casca do cajueiro (EMCC), associado ou não com
o quimioterápico doxorrubicina (DXR) e seus respectivos controles.
Tratamentos Aberrações Cromossômicas IM (X ± DP)
QC Fr Ex Di Fi Média ± DP
64
4. Discussão
A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de
doenças é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. No início da
década de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que 65 a 80% da
população dos países em desenvolvimento dependiam das plantas medicinais como única
forma de acesso aos cuidados básicos de saúde (Akerele, 1993).
O presente trabalho avaliou a possível mutagenicidade e citotoxicidade do EMCC,
bem como sua influência sobre os danos cromossômicos causados pelo quimioterápico
doxorrubicina nas fases do ciclo
65
promover aductos, gerar inúmeras espécies de radicais livres e bloquear a replicação do
material genético (Quiles et al., 2002).
A análise química do EMCC utilizado no presente estudo mostrou que este é um
composto rico em taninos hidrossolúveis e não-hidrossolúveis (dados não publicados). Chen
e Chung (2000) relataram que o ácido tanínico não apresentou efeito mutagênico em
Samonella typhimurium TA 98 e 100, tanto na presença como na ausência da fração S9. No
entanto, o ácido tanínico, na presenca da fração S9, mostrou atividade antimutagênica contra
danos causados por 4-aminobiphenyl, 3,3’-4,4’-tetraaminopiphenyl e N,N-N’,N’-
tetramethylbenzidine. Kuo et al. (1992) também relataram uma redução significativa na
freqüência de trocas entre cromátides irmãs inducidas por nitropirenos em células de ovário
de hamster chinês (CHO) submetidas ao ácido tanínico.
Estudos realizados com o pseudofruto do caju mostraram que este apresenta
aproximadamente 5 vezes mais ácido ascórbico (vitamina C) que a quantidade encontrada em
laranjas (Cavalcante et al.; 2003; Inyang et al., 1997). O ácido ascórbico atua como um
potente antioxidante hidrosolúvel em fluídos biológicos (Frei et al., 1989; Frei et al., 1990).
Franke et al. (2005) demonstraram que a vitamina C atua como um modulador das enzimas
de reparo em células do sangue periférico de camundongos tratadas com
metilmetanosulfonato (MMS) no ensaio do cometa e Cooke et al. (1998) observaram uma
redução dos níveis plasmáticos de 8-oxo-2’-deoxiguanosina em células mononucleares de
sangue periférico humano quando comparado àqueles que receberam somente placebo.
Em trabalho anteriormente realizado por nosso grupo (em preparação), também foi
utilizado o MMS como agente indutor de danos em células V79 e observado que o EMCC
reduziu os danos primários causados pelo MMS. Foi sugerido que o EMCC atuou como um
agente bio-antimutagênico, pois foi mais eficiente em células tratadas simultaneamente com o
extrato e o MMS e em células tratadas com o EMCC após 2 horas do tratamento com o MMS.
66
Em tratamentos simultâneos, agentes antimutagênicos efetivos são capazes de induzir
algumas enzimas metabolizadoras, as quais atuam inativando física ou quimicamente o
mutágeno, antes que este entre em contato com o DNA ou inibindo a ação de prómutágenos
(modulação de enzimas de fase I e fase II), propriedades denominadas de desmutagênicas.
Estes agentes podem também aumentar a fidelidade de replicação do DNA e ativar algumas
enzimas de reparo e, neste caso, são denominados bio-antimutagênicos (Kada et al., 1982;
Kuroda et al., 1992).
A redução das freqüências médias de AC obtidas no presente estudo em tratamentos
realizados durante todo o ciclo e nas fase G1 e S do ciclo celular corroboram os dados obtidos
no ensaio do cometa, anteriormente realizado por nosso grupo com células V-79 expostas ao
EMCC e MMS (dados não publicados). Portanto, o mecanismo pelo qual os compostos
presentes no EMCC protegem o DNA, possivelmente seja do tipo bio-antimutagênese, ou
seja, os compostos presentes no extrato provavelmente atuam aumentando a fidelidade de
replicação do DNA (Kada et al., 1982).
De acordo com Ferguson (2001), há evidências indicando que alguns compostos
podem tanto induzir como prevenir danos no DNA. Por esta razão, antes de estabelecer
qualquer tipo de estratégia quimiopreventiva, faz-se necessário saber sob quais condições tal
composto promove benefícios e previne danos no genoma. O presente estudo mostrou que
baixas concentrações do EMCC são mais recomendáveis para a sua utilização, já que a menor
dose apresentou uma maior redução na freqüência média de AC e nenhuma das concentrações
avaliadas apresentaram atividade mutagênica.
Portanto, nossos resultados indicam que o EMCC poderia ser utilizado na prevenção
de danos contra inúmeros compostos com potenciais mutagênicos, os quais apresentam o
mesmo mecanismo de ação da DXR. Estudos futuros in vitro e in vivo são necessários para
uma melhor compreensão das propriedades protetoras atribuídas ao extrato metanólico da
67
casca do tronco do cajueiro e seus componentes, bem como para sua utilização mais segura na
medicina popular.
Referências
Akerele, O., 1993. Nature’s medicinal bounty: don’t throw it away. World Health Forum 14, 390-395.
Akinpelu, D.A., 2000. Antimicrobial activity of Anacardium occidentale. Fitoterapia 72, 286-
287.
Cavalcante, A.A.M., Rübensam, G., Picada J.N., Gomes da Silva, E., Fonseca Moreira JC,
Henriques J.A., 2003. Mutagenicity, antioxidant potential, and antimutagenic activity against
hydrogen peroxide of cashew (Anacardium occidentale) apple juice and cajuina.
Environmental and Molecular Mutagenesis 41, 360-369.
Chen, S., Chung, K., 2000. Mutagenicity and antimutagenicity studies of tannic acid and its
related compounds. Food and Chemical Toxicology 38, 1-5.
Cooke, M.S., Evans, M.D., Podmore, I.D., Herbert, K.E., Mistry, N., Mistry, P.,
Hickenbotham, P.T., Hussieni, A., Griffiths, H.R., Lunec, J., 1998. Novel reapir action of
vitamin C upon in vivo oxidative DNA damage. FEBS Letters 363, 363-367.
Correa, M. P., 1978. Dicionário de plantas úteis do Brasil. Ministério da Agricultura, IBDF:
Rio de Janeiro, p. 55.
Eichbaum, F. W., 1988. Biological properties of anacardic acid (O-pentadecadienyl-salicylic
acid) and related compounds. Memórias do Iinstituto Butantã 19, 119-133.
Ferguson, L.R., 2001. Role of plant polyphenols in genomic stability. Mutation Research 475,
89-111.
França, F., Cuba, C.A., Moreira, E.A., Miguel, O., Almeida, M., das Virgens, M. L., Marsden,
P.D., 1993. An evaluation of the effect of a bark extract from the cashew (Anacardium
occidentale L.) on infection by Leishmania (Viannnia) brasiliensis. Revista Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical 26, 151-155. [in Portuguese]
Franke S.I.R., Prá, D., Silva, J., Erdtmann, B., Henriques, J. A. P., 2005. Possible repair
action of Vitamin C on DNA damage induced by methyl methanesulfonate,
cyclophosphamide, FeSO
4
and CuSO
4
in mouse blood cells in vivo. Mutation Research 583,
75-84.
Frei, B., England, L., Ames, B.N., 1989. Ascorbate is an outstanding antioxidant in human
blood plasma. Professional National Academic Science USA 86, 6377-6381.
68
Frei, B., Stocker, r., England, L., Ames, B.N., 1990. Ascorbate: the most efecctive antioxidant
in human blood plasma. Advanced Experimental in Biology
264, 155-163.
Inyang, U.E., Abah, U.J., 1997. Chemical composition and organoleptic evaluation of juice
from steamed cashew apple blended with orange juice. Plant Foods for Human Nutrition 50,
295-300.
Kada T., Inoue T., Namiki N., 1982. Environmental desmutagens and antimutagens. In:
Klekowski, E.J. (Ed.), Environmental Mutagenesis and Plant Biology, Praeger, New York,
pp. 137-151.
Kuo, M.L., Lee, K.C., Lin, J.K, 1992. Genotoxicities of nitropyrenes and their modulation by
apigenin, tannic acid, ellagic acid and indole-3-carbinol in the Salmonella and CHO systems.
Mutation Research 270, 87-95.
Kuroda, Y., Jain, K.A., Tezuka, H., Kada, T., 1992. Animutagenicity in cultured mammalian
cells. Mutation Research 267, 201-209.
Mota, M.L.R., Thomas, G., Barbosa Filho, J.M., 1985. Anti-inflamatory actions of tannins
isolated from the bark of Anacardium occidentale L. Journal of Etnopharcology 13, 289-300.
Polasa K., Rubkmini, B., 1987. Mutagenicity tests of cashewnut shell liquid, rice-bran oil and
other vegetable oils using the Salmonella typhimurium/microsome system. Food And
Chemical Toxicology 25, 763-766.
Premalatha, B., Sachdanandam, P., 1999. Semecarpus Anacardium L. nut extract
administration induces the in vivo antioxidant defence system in aflatoxin B1 mediated
hepatocellular carcinoma. Journal of Ethnopharmacology 66, 131-139.
Preston, R.J., Au, W., Bender, M.A., Brewen, J.G., Carrano, A.V., Heddle, J.A., McFee, A.F.,
Wolf, S, Wassom, J.S., 1981. Mammaliam in vivo and in vitro cytogenetic assays: A report of
de U. S. EPA’s Gene-Tox Program, Mutation Research 87, 143-188.
Quiles, J.L., Huertas, J.R., Battino, M., Matais, j., Ramirez-Tortosa, M.C., 2002. Atioxidant
nutrients and adriamycin toxicity. Toxicology 180, 79-25.
Savage, J.R.K., 1975. Classification and relationships of induced chromosomal structural
changes. Journal of Medical Genetics 12, 103-122.
Veiga Jr., V.F., Pinto, A.C., Maciel, M.A.M.,2005. Plantas Medicinais:Cura Segura? Química
Nova 28, 519-528.
Venkatachalam, M., Sathe, S. K., 2006. Chemical composition of selected edible nut seeds.
Journal of Agricultural and Chemistry 54, 4705-4714.
Waters, M.D., Brady, A.L. Satack, H.F., Brockman. H.E., 1990. Antimutagenicity profiles for
some model compounds. Mutation Research 238, 57-85.
69
5. CONCLUSÕES
A partir dos resultados obtidos com os ensaios cometa e de aberrações cromossômicas
em sistema-teste de células de mamíferos in vitro (células V79), realizados com o extrato
metanólico da casca do cajueiro, podemos concluir que:
1) O extrato metanólico da casca do cajueiro apresentou citotoxicidade nas
maiores concentrações avaliadas: 4000, 5000 e 6000 µg/mL de meio de
cultura;
2) A avaliação da genotoxicidade de três concentrações do extrato (500, 1000
e 2000 µg/mL) utilizando o ensaio do cometa indicou que somente a
concentração de 2000 µg/mL apresentou genotoxicidade;
3) Os resultados dos experimentos de antigenotoxicidade indicaram que
somente a concentração de 1000 µg/mL exerceu atividade antigenotóxica
em pré tratamento e que as três concentrações utilizadas em tratamento
simultâneo e em pós tratamento tiveram efeito protetor contra danos
causados pelo metilmetanosulfonato (MMS);
4) Na avaliação da mutagenicidade do extrato da casca do cajueiro, utilizando
o teste de aberrações cromossômicas, não foi observado efeito mutagênico
de nenhuma das três concentrações avaliadas;
5) Quanto à sua antimutagenicidade em relação aos danos causados pela
doxorrubicina (DXR), as três concentrações do extrato da casca do cajueiro
apresentaram efeito protetor quando avaliadas em tratamento simultâneo
durante todo o ciclo celular;
6) Quando as células foram submetidas ao tratamento com o extrato da casca
do cajueiro associado à DXR em diferentes fases do ciclo celular, foi
70
observado efeito antimutagênico nas fases G1 e S do ciclo celular, porém,
isso não ocorreu na fase G2 do ciclo.
7) O mecanismo pelo qual o extrato metanólico da casca do cajueiro exerceu
atividade antimutagênica é provavelmente do tipo bio-antimutagênese.
Entretanto, a ocorrência de mecanismos de desmutagênese não pode ser
descartada diante dos resultados obtidos em pré-tratamento no ensaio do
cometa.
8) Os resultados do presente estudo indicam que as menores concentrações do
extrato metanólico da casca do cajueiro são as mais adequadas para o
consumo popular e que este extrato pode ser um candidato promissor para
futuros usos terapêuticos.
71
REFERÊNCIAS GERAIS
ALVES, I.; OLIVEIRA, N.G.; LAIRES, A.; RODRIGUES, A.S.; RUEFF, J.. Induction of
micronuclei and chromosomal aberrations by the mycotoxin patulin in mammalian cells: role
of ascorbic acid as a modulator of patulin clastogenicity. Mutagenesis, v. 15, p. 229- 234,
2000.
AKERELE, O. Nature’s medicinal bounty: don’t throw it away. World Health Forum, v. 14, p. 390-
395, 1993.
AKINPELU, D.A. Antimicrobial activity of Anacardium occidentale. Fitoterapia, v. 72, p.
286-287, 2000.
AMES, B.N.; GOLD, L.S. The prevention of cancer. Drug Metabolism Reviews, v. 30, p.
201-223, 1997.
ANDERSON, D.; PLEWA M.J. The international Comet Assay Workshop. Mutagenesis, v.
13, p. 67-73, 1998.
Arboles ornamentales http://www.arbolesornamentales.com/Anacardiumoccidentale.htm,
21/08/05.
BENDER, M.A.; GRIGGS, H.G.; WALKER, P.L. Mechanisms of chromosomal aberration
production: I. Aberration induced by 5-bromodeoxyuridine and visible light. Mutation
Research, v. 20, p. 403-416, 1973.
BONASSI, S.; ABBONDANDOLO, A.; CAMURRI, L.; DAL PRA, L.; DE FERRARI, M.;
DEGRASSI, F.; FORNI, A.; LAMBERTI, L.; LANDO, C.; OADOVANI, P. Are
chromosome aberrations in circulating lymphocytes predictive of future câncer onset in
humans? Premilimary results of an Italian cohort study. Cancer Genetic and Cytogenetic, v.
79, p. 133-135, 1995.
BROWN, T.A. Genética um Enfoque Molecular, 3. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1999.
BURNS, G.W.; BOTTINO, P.J. Genética, 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
CAVALCANTE, A.A.M.; RÜBENSAM, G.; PICADA J.N.; GOMES DA SILVA, E.;
FONSECA MOREIRA J.C.; HENRIQUES J.A. Mutagenicity, antioxidant potential, and
antimutagenic activity against hydrogen peroxide of cashew (Anacardium occidentale) apple
juice and cajuina. Environmental and Molecular Mutagenesis, v. 41, p. 360-369, 2003.
CAVALCANTE, A.A.M.; RÜBENSAM, G.; ERDTMANN, B.; BRENDEL, M.;
HENRIQUES, J.A.P. Cashew (Anacardium occidentale) apple juice lowers mutagenicity of
aflatoxin B1 in S. typhimurium TA 102. Genetics and Molecular Biology, v. 28, p. 328-333,
2005.
72
CECCHI, H.M.; RODRIGUEZ-AMAYA, D.B. Carotenoid composition and vitamin A value
of fresh and pasteurized cashew apple juice. Journal of Food Science, v. 46, p. 147-149,
1981.
CHEN, S.; CHUNG, K. Mutagenicity and antimutagenicity studies of tannic acid and its
related compounds. Food and Chemical Toxicology, v. 38, p. 1-5, 2000.
COLLINS, A.R.; DOBSON, V.L.; DUSINKÁ, M.; KENNEDY, G.; STETINA, R. The comet
assay: what can it really tell us? Mutation Research, v. 375, p. 183-193, 1997.
COOKE, M.S.; EVANS, M.D.; PODMORE, I.D.; HERBERT, K.E.; MISTRY, N.; MISTRY,
P.; HICKENBOTHAM, P.T.; HUSSIENI, A.; GRIFFITHS, H.R.; LUNEC, J. Novel reapir
action of vitamin C upon in vivo oxidative DNA damage. FEBS Letters, v. 363, p. 363-367,
1998.
CORREA, M.P. Dicionário de plantas úteis do Brasil. Ministério da Agricultura, IBDF: Rio
de Janeiro, p. 55, 1978.
CORTÉS, F.; DAZA, P.; PIÑERO, J.; ESCALZA, P. Evidence that SCEs induced by
mutagens do not occur at the same locus in sucessive cell cycles: lack of cancellation in three-
way stained CHO chromosomes. Mutation Research, v. 24, p. 203-207, 1994.
DE FLORA, S. Mechanisms of inhibitors of mutagenesis and carcinogenesis. Mutation
Research, v. 402, p. 151-158, 1998.
DEMARINI, D.M. Dietary interventions of human carcinogenesis. Mutation Research, v.
400, p. 457-465, 1998.
EICHBAUM, F.W. Biological properties of anacardic acid (O-pentadecadienyl-salicylic acid)
and related compounds. Memórias do Iinstituto Butantã, v. 19, p. 119-133, 1988.
FAIRBAN, D.W.; OLIVE, P.L.; O´NEILL, K.L. The comet assay: a comprehensive review.
Mutation Research, v. 339, p. 37-59, 1995.
FERGUSON, L.R. Role of plant polyphenols in genomic stability. Mutation Research, v.
475, p. 89-111, 2001.
FRANÇA, F.; CUBA, C.A.; MOREIRA, E.A.; MIGUEL, O.; ALMEIDA, M.; DAS
VIRGENS, M. L.; MARSDEN, P.D. An evaluation of the effect of a bark extract from the
cashew (Anacardium occidentale L.) on infection by Leishmania (Viannnia) brasiliensis.
Revista Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 26, p. 151-155, 1993.
FRANKE S.I.R.; PRÁ, D., SILVA, J.; ERDTMANN, B.; HENRIQUES, J. A. P. Possible
repair action of Vitamin C on DNA damage induced by methyl methanesulfonate,
cyclophosphamide, FeSO
4
and CuSO
4
in mouse blood cells in vivo. Mutation Research, v.
583, p. 75-84, 2005.
FREI, B.; ENGLAND, L.; AMES, B.N. Ascorbate is an outstanding antioxidant in human
blood plasma. Professional National Academic Science USA, v. 86, p. 6377-6381, 1989.
73
FREI, B.; STOCKER, R.; ENGLAND, L.; AMES, B.N. Ascorbate: the most efecctive
antioxidant in human blood plasma. Advanced Experimental in Biology
, v. 264, p. 155-163,
1990.
FRIEAUFF, W.; HARTMANN, A.; SUTER, W.. Automatic analysis of slides processed in
the Comet assay. Mutagenesis, v. 16, p. 133-137, 2001.
GALLOWAY, S.M.; AARDEMA, M.J.; IISHIDATE, M. J.R.; IVETT, J.L.; KIRKLAND,
D.J.; MORITA, T.; MOSESSO, P.; SOFUNI, T. Report from working group in vitro tests for
chromosolmal aberrations. Mutation Research, v. 312, p. 241-261, 1994.
GEBHART, E. Anticlastogenicity in cultured mammalian cells. Mutation Research, v. 267,
p. 211-220, 1992.
GENTILE, J.M.; GENTILE, G.; LOHMAN, P.H.; FERGUSON, L.R.
Antimutagenesis/anticarcinogenesis 2001: mechanistic studies. Mutation Research, v. 480,
p. 1-7. 2001.
GEORGE, J.; KUTTAN, R. Mutagenic, carcinogenic and cocarcinogenic activity of
cashewnut shell liquid. Cancer letters, v. 112, p. 11-16, 1997.
GONTIJO, A.M.M.C.; TICE, R. Teste do cometa para a detecção de dano no DNA e reparo
em células individualizadas. In: Mutagênese Ambiental. Org: Ribeiro, L. R.; Salvadori, D.
M. F.; Marques, E. K. Canoas: Ed. Ulbra, 2003.
HAGMAR, L.; BONASSI, S.; STROMBERG, U.; MIKOCZY, Z.; LANDO, C.;
HANSTEEN, I.L.; MONTAGUD, A.H.; KNUDSEN, L.; NORPPA, H.; REUTERWALL, C.;
TINNERBERG, H.; BROGGER, A.; FORNI, A.; HOGSTEDT, B.; LAMBERT, B.;
MITELMAN, F.; NORDESTON, I.; SALOMAA, S.; SKERFVING, S. Cancer predictive
value of cytogenetic markers used in occupational health surveillance programs: a report from
an ongoing study by the European Study Group on Cytogenetic Biomarkers and Health.
Mutation Research, v. 405, p. 171-178, 1998.
HARTMANN, A.; SPEIT, G. The contribution of citotoxicity of edible mushroom in a
histidine-independent bacterial test system. Food and Chemical Toxicology, v. 29, p.159-
165, 1997.
HARTMANN, A.; AGUREL, E.; BEEVERS, C.; BRENDLER-SCHWAAB, S.;
BURLINSON, B.; CLAY, P.; COLLINS, A.; SMITH, A.; SPEIT, G.; THYBAUD, V.; TICE,
R. R.. Recommendations for conducting the in vivo alkaline Comet assay. Mutagenesis, v.
18, p. 45-51, 2003.
HEO, M.Y.; SOHN, S. J.; AU, W. W. Anti-genotoxicity of galangin as cancer
chemopreventive agent candidate. Mutation Research, v. 488, p. 135-150, 2001.
INYANG, U.E.; ABAH, U.J. Chemical composition and organoleptic evaluation of juice
from steamed cashew apple blended with orange juice. Plant Foods for Human Nutrition, v.
50, p. 295-300, 1997.
74
KADA T.; INOUE T.; NAMIKI N. Environmental desmutagens and antimutagens. In:
Klekowski, E.J. (Ed.), Environmental Mutagenesis and Plant Biology, Praeger, New York,
p. 137-151, 1982.
KIRSCH-VOLDERS, M.; VANHAUWAERT, A.; DE BOECK, M.; DECORDIER, I.
Importance of detecting numerical versus structural chromosome aberrations. Mutation
Research, v. 504, p. 137-148, 2002.
KNASMÜLLER S.; STEINKELLNER H.B.J.; MAJER E.C.; NOBIS G.; SCHARF G.;
KASSIE F. Search for dietary antimutagens and anticarcinogens: methodological aspect and
extrapolation aspect and extrapolation problems. Food and Chemical Toxicology, v. 40, p.
1051-1062, 2002.
KOZUBEK, A.; ZAMOWSKI, R.; STASIUK, M.; GUBERNATOR, J. Natural amphiphilic
phenols as bioactive compounds. Cellular & Molecular Biology Letters, v. 6, p. 351-355,
2001.
KUO, M.L.; LEE, K.C.; LIN, J.K Genotoxicities of nitropyrenes and their modulation by
apigenin, tannic acid, ellagic acid and indole-3-carbinol in the Salmonella and CHO systems.
Mutation Research, v. 270, p. 87-95, 1992.
KURODA, Y.; JAIN, K.A.; TEZUKA, H.; KADA, T. Animutagenicity in cultured
mammalian cells. Mutation Research, v. 267, p. 201-209, 1992.
JOHNSTON, P.J.; MACPHAIL, S.H.; STAMATO, T.D.; KIRCHGESSNER, C.U. ; OLIVE,
P.L.. Higher-order chromatin structure-dependent repair of DNA double-strand breaks:
Involvement of the V(D)J recombination double-strand break repair pathway. Radiation
Research., v. 149, p. 455-462, 1998.
MACIEL, M.I.; HANSEN, J.T.; ALDINGER, S.B.; LABOWS, J.N. Flavor chemistry of
cashew apple juice. Journal of Agricultural and Chemistry, v. 34, p. 923-927, 1986.
MANOHARAN, K; BANERJEE, M.R. β-Carotene reduces sister chromatid exchange induce
chemical carcinogens in mouse mammary cells in organ culture. Cell Biology International
Reports,
v. 9, p. 783-789, 1985.
MATSUOKA, A.; OZAKI, M.; TAKESHITA, K.; SAKAMOTO, H.; GLATT, H.R.;
HAYASHI, M.; SOFUNI, T.. Aneuploidy induction by benzo[a]pyrene and polyploidy
induction by 7,12-dimethylbenz[a]anthracene in chinese hamster cell lines V79-MZ and V79.
Mutagenesis, v. 12, p. 365-372, 1997.
MERK, O.; SPEIT, G. Detection of crosslinks with the comet assay in relationship to
genotoxicity and cytotoxicity. Environmental and Molecular Mutagenesis, v. 33, p. 167-
172, 1999.
MILLER, B.; ALBERTI, S.; LOCHER, F.; THYBAUD, V.; LORGE, E.. Compartive
evaluation of the in vitro micronucleus test and the in vitro chromosome aberration test:
industrial experience. Mutation Research, v. 192; p. 45-59, 1997.
75
MOTA, M.L.R.; THOMAS, G.; BARBOSA FILHO, J.M. Anti-inflamatory actions of tannins
isolated from the bark of Anacardium occidentale L. Journal of Ethnopharmacology, v. 13,
p. 289-300, 1985.
MORTON, J.F. The cashews brighter future. Economic Botany, v. 15, p. 57-78, 1961.
OLIVE, P.L.; WLODEK, D.; DURAND, R.E.; BANÁTH, P.. Factors influencing DNA
Migration from Individual Cells Subjected to Gel Electrophoresis. Experimental Cell
Research, v. 198, p. 259-267, 1992.
PALITTI, F. Mechanisms of the origin of chromosomal aberrations. Mutation Research, v.
404, p. 133-137, 1998.
PAOLINI, M.; NESTLE, M. Pitfalls of enzyme-based molecular anticancer dietary
manipulations: food for thought. Mutation Research, v. 543, p. 181-189, 2003.
PINTO, L. R. F.; FELZENSZWALB, I. Genética do câncer humano. In: Mutagênese
Ambiental. Org: Ribeiro, L. R.; Salvadori, D. M. F.; Marques, E. K. Canoas: Ed. Ulbra,
2003.
POLASA K.; RUBKMINI, B. Mutagenicity tests of cashewnut shell liquid, rice-bran oil and
other vegetable oils using the Salmonella typhimurium/microsome system. Food And
Chemical Toxicology, v. 25, p. 763-766, 1987.
PREMALATHA, B.; SACHDANANDAM, P. Semecarpus Anacardium L. nut extract
administration induces the in vivo antioxidant defence system in aflatoxin B1 mediated
hepatocellular carcinoma. Journal of Ethnopharmacology, v. 66, p. 131-139, 1999.
PRESTON, R.J.; AU, W.; BENDER, M.A.; BREWEN, J.G.; CARRANO, A.V.; HEDDLE,
J.A.; MCFEE, A.F.; WOLF, S.; WASSOM, J.S. Mammaliam in vivo and in vitro cytogenetic
assays: A report of de U. S. EPA’s Gene-Tox Program, Mutation Research, v. 87, p. 143-
188, 1981.
PRESTON, R. J. Short/medium term carcinogenicity tests and genetic and related effects.
IARC Meeting, France, 1997.
QUILES, J.L.; HUERTAS, J.R.; BATTINO, M.; MATAIS, J.; RAMIREZ-TORTOSA, M.C.
Atioxidant nutrients and adriamycin toxicity. Toxicology, v. 180, p. 79-25, 2002.
RABELLO-GAY, M.N. Teste do Micronúcleo em medula óssea. In: Mutagênese,
Carcinogênese e Teratogênese. Métodos e critérios de avaliação. Ed. Rabello-Gay, M. N.;
Rodrigues, M. A. L. R.; Monteleone-Neto, R. Sociedade Brasileira de Genética, Ribeirão
Preto – SP, 1991.
RUSSEL, P.J., 2002. Chromosomal mutations, in: B. Cummings (Ed.), Genetics, Pearson
Education Inc., San Francisco, p. 595-621, 2002.
SASAKI, Y.F.; SAKAGUCHI, M.; YAMAGISHI, T.; YAMADA, H.; SHIRASU, Y.. Bio-
anticlastogenic effects of unsaturated fatty acids included in fish oil-docosahexaenoic acid,
76
docosapentaenoic acid, and eicosapentaenoic acid – in cultured Chinese hamster cells.
Mutation Research, v. 320, p. 9-22, 1994
SAVAGE, J.R.K. Classification and relationships of induced chromosomal structural
changes. Journal of Medical Genetics, v. 12, p. 103-122, 1975.
SINGH, N.P.; MCCOY, M.T.; TICE, R.R.; SCHNEIDER, E.L. A simple technique for
quantification of low levels of DNA damage in individual cells. Experimental Cell
Research, v. 175, p. 184-191, 1988.
SKJELBRED, C.F.; SVENDEN; M. HAUGAN, V.; EEK, A.D.; CLAUSEN, K.O.;
SVENDSEN, M.V.; HANSTEEN, I. Influence of DNA repair gene polymorphisms of
hOGG1, XRCC1, XRCC3, ERCC2 and thefolate metabolism gene MTHFR on chromosomal
aberration frequencies. Mutation Research, 602, 151-162, 2006.
SNUSTAD, D.P.; SIMMONS, M.J. Fundamentos de Genética, Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2001.
SPEIT, G.; HATMANN, A. The comet assay (single cell gel test) – a sensitive genotoxicity
test for the detection of DNA damage and repair. In: Henderson, D.S. (ed). Methods in
molecular biology, 113 DNA-repair protocols: eukaryotic systems. Human Press Inc.,
Totowa, p. 203-212, 1999.
TICE, R.R.; AGURELL, E.; ANDERSON, D.; BURLINSON, B.; HARTMANN, A.;
KOBAYASHI, H.; MIYAMAE, Y.; ROJAS, E.; RUY, J.C.; SASAKI, Y.F. Single cell
gel/Comet assay: guidelines for in vitro and in vivo genetic toxicology. Envirolmental and
Molecular Mutagenesis, v. 35, p. 206-221, 2000.
SUGIMURA, T. Nutrition and dietary carcinogens. Carcinogenesis, v. 21, p. 387-395, 2000.
SWIERENGA, S.H.H.; HEDDLE, J.A.; SIGAL, E.A.; GILMAN, J.P.; BRILLINGER, R.L.;
DOUGLAS, G.R.; NESTMANN, E.R. Recommended protocols based in a survey of current
practice in genotoxicity testing laboratories, I. V. Chromossome aberration and sister
chromatid exchange in Chinese hamster ovary, V79 Chinese hamster lung and human
lymphocyte cultures. Mutation Research, v. 246, p. 301-322, 1991.
TAKAHASHI, C.S. Testes citogenéticos in vitro e aneuploidias. In: Mutagênese Ambiental.
Org: Ribeiro, L. R.; Salvadori, D. M. F.; Marques, E. K. Canoas: Ed. Ulbra, 2003.
TUCKER, J.D.; PRESTON, R.J. Chromosome aberrations, micronuclei, aneuploidy, sister
chromatid exchanges, and cancer risk assessment. Mutation Research, v. 365, p. 147-159,
1996.
VEIGA JR.; V.F., MACIEL, M.A.M.
Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, v. 28,
p. 519-528, 2005.
VENKATACHALAM, M.; SATHE, S.K. Chemical composition of selected edible nut seeds.
Journal of Agricultural and Chemistry, v. 54, p. 4705-4714, 2006.
77
VON BORSTEL, R. C.; HIGGINS, J. A. Janus carcinogens and mutagens. Mutation
Research, v. 402, p. 321-329, 1998.
WATERS, M.D.; BRADY, A.L.; SATACK, H.F.; BROCKMAN. H.E. Antimutagenicity
profiles for some model compounds. Mutation Research, v. 238, p. 57-85, 1990.
ZAHA, A. Biologia Molecular Básica. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1996.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo