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“Tentei ministrá-las de maneira oposta ao que havia presenciado, levando
meus alunos ao raciocínio com a compreensão do que foi apresentado e
propiciando-lhes interagirem mais uns com os outros.
Cada assunto transmitido aos alunos deveria ser novo, apresentando
problemas a serem solucionados, propondo desafios e motivando-os a
assimilarem seus conhecimentos com treinamento diário, constante,
disciplinado e organizado.
Compreendi que o aluno adquire, ao realizar constantemente suas tarefas
em classe e em casa, com prazer de solucionar variados questionamentos,
uma melhor sedimentação e compreensão das informações obtidas,
resultando no enriquecimento das habilidades cognitivas relacionadas à
ação de analisar, comparar, graduar, exemplificar, agrupar e classificar.
Porém, para seu desenvolvimento, essas habilidades necessitam ser
articuladas a determinadas atividades que permeiem as questões mais
amplas e também possibilitem a reflexão sobre o próprio pensar, sentir e o
agir e o das pessoas que nossos alunos convivem ou possam vir a conviver.
Pressupondo que, sendo o indivíduo um ser dotado de racionalidade, elas
necessitam ser desenvolvidas desde a infância, trabalhando de forma
integrada, cada uma a seu momento de utilização, acionadas por desafios e
resolução de problemas, complexos a uma ótica inicial, mas claros a uma
vivência e empirismo”.
Como surge, então, nessa perspectiva, o Programa de Desenvolvimento
Pessoal e Social (PDPS)? Quais seus referenciais teóricos?
1.1 A proposta do Programa de Desenvolvimento Pessoal e Social
Percebemos como objetivo na proposta do P.D.P.S. (Programa de
desenvolvimento pessoal e social), estimular na criança a aquisição de habilidades
na área afetiva para que, gradualmente, alcançasse uma maior autonomia em seu
pensamento, uma melhor percepção ética dos fatos, ou seja, uma percepção
essencialmente inserida no respeito ao pensamento, ação e opinião do outro. É
necessário compreender, aqui, que esta percepção por ora descrita não se baseia
no moralismo em seu sentido doutrinatário, que impõe e não discute. Ao contrário,
questiona, reflete junto.