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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
EXTRATO DE LEVEDURA (Saccharomyces cerevisiae) E
PREBIÓTICO NA DIETA PRÉ-INICIAL PARA FRANGOS DE
CORTE CRIADOS EM DIFERENTES TEMPERATURAS
Vanessa Karla Silva
Zootecnista
JABOTICABAL O PAULO – BRASIL
Outubro de 2006
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
EXTRATO DE LEVEDURA (Saccharomyces cerevisiae) E
PREBIÓTICO NA DIETA PRÉ-INICIAL PARA FRANGOS DE
CORTE CRIADOS EM DIFERENTES TEMPERATURAS
Vanessa Karla Silva
Orientadora: Profª. Drª. Vera Maria Barbosa de Moraes
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias
UNESP, Câmpus de
Jaboticabal, como parte das exincias para a obtenção
do Título de Mestre em Zootecnia.
JABOTICABAL O PAULO – BRASIL
Outubro de 2006
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Silva, Vanessa Karla
S586e
Extrato de levedura (Saccharomyces cerevisiae) e prebiótico na
dieta pré-inicial para frangos de corte criados em diferentes
temperaturas / Vanessa Karla Silva. – – Jaboticabal, 2006
xvii, 151 f. : il. ; 28 cm
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2006
Orientadora: Vera Maria Barbosa Moraes
Banca examinadora: Maria Cristina Thomaz, Alexandre Oba
Bibliografia
1. Extrato de levedura. 2. Prebiótico. 3. Estresse térmico. 4.
Morfometria . 5. Imunologia. 6. Digestibilidade. I. Título. II. Jaboticabal-
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 636.087.2:636.5
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
iii
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
VANESSA KARLA SILVA nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 21 de
junho de 1975. Em março de 1998 iniciou o curso de Zootecnia pela Universidade
Federal de Lavras, concluindo em dezembro de 2002. No período de julho de 2003 a
julho de 2004 foi bolsista de apoio técnico do CNPq na Universidade Federal de Lavras.
Em agosto de 2004 iniciou seus estudos de Mestrado em Zootecnia pela Universidade
Estadual Paulista, sendo que em outubro de 2006 foi selecionada para o curso de
Doutorado em Zootecnia, na mesma instituição para início em março de 2007. Em 11
de outubro de 2006 submeteu sua Dissertação de Mestrado à banca examinadora.
iv
Concedei-me Senhor,
a Serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar,
Coragem para modificar aquelas que posso, e
Sabedoria para distinguir umas das outras
(Oração ecumênica)
v
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vi
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vii
SUMÁRIO
Página
ÍNDICE DE TABELAS ...................................................................................
ix
ÍNDICE DE FIGURAS ...................................................................................
xii
APÊNDICES..................................................................................................
xiv
RESUMO.......................................................................................................
xvi
ABSTRACT ...................................................................................................
xvii
CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
Introdução .....................................................................................................
1
Extrato de levedura .......................................................................................
2
Prebiótico .....................................................................................................
5
Temperatura ambiente ..................................................................................
8
Sistema imune associado à mucosa.............................................................
11
Referências ...................................................................................................
13
CAPÍTULO 2 – DETERMINAÇÃO DA DIGESTIBILIDADE DO EXTRATO
DE LEVEDURAS EM FRANGOS DE CORTE
Resumo.........................................................................................................
24
Abstract ........................................................................................................
25
Introdução .....................................................................................................
26
Material e métodos........................................................................................
27
Resultados e discussão ................................................................................
32
Conclusão .....................................................................................................
35
Referências ...................................................................................................
36
CAPÍTULO 3 -
INFLUÊNCIA DO EXTRATO DE LEVEDURAS
(Saccharomyces cerevisiae) E PREBIÓTICO NA FASE PRÉ-
INICIAL DE
FRANGOS DE CORTE CRIADOS EM DIFERENTES T
EMPERATURAS
SOBRE O DESEMPENHO E RENDIMENTO DE CARCAÇA
Resumo.........................................................................................................
41
Abstract .........................................................................................................
42
viii
Introdução ....................................................................................................
43
Material e métodos........................................................................................
44
Resultados e discussão ................................................................................
47
Conclusão .....................................................................................................
59
59
Referências Bibliográficas.............................................................................
CAPÍTULO 4
INFLUÊNCIA DO EXTRATO DE LEVEDURAS
(SACCHAROMYCES CEREVISIAE) E PREBIÓTICO NA FASE PRÉ-
INICIAL DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS EM DIFERENTES
TEMPERATURAS SOBRE A MORFOMETRIA INTESTINAL E ULTRA-
ESTRUTURA DA MUCOSA INTESTINAL
Resumo.........................................................................................................
66
Abstract .........................................................................................................
67
Introdução .....................................................................................................
68
Material e métodos........................................................................................
69
Resultados ....................................................................................................
72
Discussão......................................................................................................
105
Conclusão .....................................................................................................
110
111
Referências Bibliográficas.............................................................................
CAPÍTULO 5
RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE FRANGOS DE
CORTE CRIADOS EM DIFERENTES TEMPERATURAS E
ALIMENTADOS COM DIETA PRÉ-
INICIAL CONTENDO EXTRATO DE
LEVEDURAS (Saccharomyces cerevisiae) E PREBIÓTICO
Resumo.........................................................................................................
119
Abstract .........................................................................................................
120
Introdução .....................................................................................................
120
Material e métodos........................................................................................
121
Resultados e discussão ................................................................................
126
Conclusão .....................................................................................................
133
Referências Bibliográficas.............................................................................
133
ix
ÍNDICE DE TABELAS
Página
CAPÍTULO 2
Tabela 1. Composição percentual e calculada da ração referência..............
28
Tabela 2. Composição química e valores de energia do extrato de
leveduras fornecido para frangos de corte ....................................................
32
Tabela 3. Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca
(CDAMS) e coeficiente de digestibilidade a
parente da proteína bruta
(CDAPB) do extrato de leveduras, com base na matéria seca, fornecido
para frangos de corte ....................................................................................
33
Tabela 4. Valores de aminoácidos totais e coeficientes de digestibilidade
aparente e verdadeira de aminoácidos no extrato de levedu
ras, com base
na matéria seca.............................................................................................
35
CAPÍTULO 3
Tabela 1. Temperaturas utilizadas na criação dos frangos de corte ±
desvio padrão da média ................................................................................
44
Tabela 2. Composição percentual e calculada das dietas experimentais
nas fases 1-7 dias, 8-21 e 22-42 dias ...........................................................
46
Tabela 3. Características produtivas de frangos de corte alimentados com
dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico,
criados em diferentes temperaturas na fase de 1 a 7 dias de idade .............
48
Tabela 4. Desdobramento da interação e
ntre o extrato de levedura e
prebiótico para consumo de ração (g) de frangos de corte na fase de 1 a 7
dias de idade.................................................................................................
50
Tabela 5. Características produtivas de frangos de corte alimentados com
dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e pre
biótico,
criados em diferentes temperaturas na fase de 1
a 21dias de idade ............
50
Tabela 6. Desdobramento da interação entre temperatura e prebiótico para
GP (g) de frangos de corte na fase de1 a 21 dias de idade ..........................
52
Tabela 7. Desdobramento da interação
entre prebiótico e extrato de
53
x
leveduras para CA de frangos de corte na fase de 1 a 21 dias de idade.....
Tabela 8. Características produtivas de frangos de corte alimentados com
dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico,
criados em diferentes temperaturas no período de 1-42 dias de idade.........
54
Tabela 9. Desdobramento da interação entre temperatura e prebiótico para
ganho de peso de frangos de corte no período de 1-42 dias de idade .........
55
Tabela 10. Desdobramento da interação entre
temperatura de criação e
extrato de levedura para conversão alimentar de frangos de corte no
período de 1-42 dias de idade.......................................................................
56
Tabela 11. Características do rendimento de carcaça e cortes de frangos
de frango alimentados com dietas suplementadas ou não
com extrato de
leveduras e prebiótico, criados em diferentes temperaturas aos 42 dias de
idade .............................................................................................................
58
CAPÍTULO 4
Tabela 1. Temperaturas utilizadas na criação dos frangos de corte ±
desvio padrão da média ................................................................................
70
Tabela 2. Características de altura de v
ilos (AV) m) e profundidade de
cripta (PC) m) de frangos de corte, alimentados com dietas
suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em
diferentes temperaturas aos 8 dias de idade.................................................
72
Tabela 3. Características de altura de
vilos (AV) m) e profundidade de
cripta (PC) (µm) de frangos de corte alimentados com dietas
suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em
diferentes temperaturas aos 21 dias de idade ..............................................
79
Tabela 4. Características de altura d
e vilos (AV) m) e profundidade de
cripta (PC) m) de frangos de corte, alimentados com dietas
suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico e criados em
diferentes temperaturas aos 42 dias de idade...............................................
86
Tabela 5. Características de de
nsidade de vilos de frangos de corte
alimentados com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e
prebiótico, criados em diferentes temperaturas na fase de crescimento aos
8 dias de idade..............................................................................................
93
Tabela 6. Características de densidade de vilos
de frangos de corte
xi
alimentados com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e
prebiótico, criados em diferentes temperaturas aos 21dias de idade ...........
94
Tabela 7. Desdobramento da interação entre temperatura e prebiótico
sobre a densidade de
vilos no duodeno e íleo de frangos de corte aos 21
dias de idade.................................................................................................
95
Tabela 8. Características de densidade dos vilos de frangos de corte
alimentados com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e
prebióticos, criados em diferentes temperaturas aos 42 dias de idade ........
98
Tabela 9. Desdobramento da interação entre temperatura e prebiótico
densidade de vilos no duodeno de frangos de corte aos 42 dias de idade. .
99
Tabela 10. Desdobramento da interação entre extrato de levedura e
preb
iótico para densidade de vilos no jejuno de frangos de corte aos 42
dias de idade.................................................................................................
99
Tabela 11. Desdobramento da interação entre temperatura e extrato de
levedura e entre temperatura e prebiótico para densidade de vilos no íleo
de frangos de corte aos 42 dias de idade. ...................................................
101
CAPÍTULO 5
Tabela 1. Temperaturas utilizadas na criação dos frangos de corte ± desvio
padrão da média.....................................................................................................
123
Tabela 2. Médias dos títulos de anticorpos contra vírus da doença de
Newcastle (VDN), vírus da doença de Gumbor
o (VDG) e imunoglobulina A
(IgA) em frangos de corte alimentados com dietas suplementadas ou não
com extrato de leveduras e prebiótico, criados em diferentes temperaturas
127
xii
ÍNDICE DE FIGURAS
Página
CAPÍTULO 4
Figura 1. Desdobram
ento das interações para médias de altura de vilos e
profundidade de cripta (µm) no duodeno aos 8 dias de idade. .....................
73
Figura 2. Desdobramento das interações para as médias de altura de vilos
e profundidade de cripta (µm) no jejuno para as interações a
os 8 dias de
idade. ............................................................................................................
75
Figura 3. Desdobramento das interações para as médias de altura de vilos
e profundidade de cripta m) no íleo para as interações aos 8 dias de
idade .............................................................................................................
77
Figura 4. Desdobramento das interações para as médias de altura de
vilos
e profundidade de cripta m) no duodeno para as interações aos 21 dias
de idade ........................................................................................................
80
Figura 5. Desdobramento das interações para as médias de altura de vilos
e profundidade de cripta m) no jejuno para as interações aos 21 dias de
idade .............................................................................................................
82
Figura 6. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de
cripta (µm) no íleo para as interações aos 21 dias de idade.........................
83
Figura 7. Desdobramento das interações para as médias de altura de vilos
e profundidade de cripta m) no duodeno
para as interações aos 42 dias
de idade ........................................................................................................
84
Figura 8. Desdobramento das interações para as médias de altura de vilos
e profundidade de cripta m) no jejuno para as interações aos 42 dias de
idade .............................................................................................................
87
Figura 9. Desdobramento das interações para
as médias de altura de vilos
e profundidade de cripta m) no íleo para as interações aos 42 dias de
idade .............................................................................................................
.
89
Figura 10-
Eletronmicrografias de varredura dos vilos do íleo de frangos de
corte com a presença de bactérias aderidas. A - aumento 200x
e B
xiii
aumento 1.000x.............................................................................................
95
Figura 11-
Eletronmicrografias de varredura dos vilos do duodeno de
frangos aos 21 dias. Tratamentos: sem prebiótico (A), com prebiótico (B) e
temperaturas quente (1), neutra (2), fria (3). Aumento 100x. ........................
96
Figura 12 Eletr
onmicrografias de varredura dos vilos do íleo de frangos
de corte, aos 21 dias, suplementados com prebiótico e criados nas
temperaturas quente (A), neutra (B) e fria (C). Aumento 100X. ...................
97
Figura 13- Eletronmicrografias de varredura dos vilos do duode
no de
frangos aos 42 dias. Tratamentos: sem prebiótico (A), com prebiótico (B) e
temperaturas quente (1), neutra (2) e fria (3). Aumento 100x ......................
102
Figura 14-
Eletronmicrografias de varredura dos vilos do jejuno de frangos
aos 42 dias. Tratamentos:sem
aditivo (A), com extrato de levedura (B),
com prebiótico (C) e temperaturas quente (1), neutra (2) e fria (3).
Aumento 100x ...............................................................................................
103
Figura 15-
Eletronmicrografias de varredura dos vilos do íleo de frangos
aos 21 dias . Tratamentos: sem aditivo (A), com e
xtrato de levedura (B) e
com prebiótico (C) e temperaturas quente (1), neutra (2), fria (3). Aumento
100x ..............................................................................................................
CAPÍTULO 5
104
Figura1. Desdobramento da interação entre as temperaturas de criação e
idade de coleta do soro para as médias dos títulos de a
nticorpos do soro
contra VDN obtidos em frangos de corte alimentados com dietas
suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em
diferentes temperaturas.................................................................................
128
Tabela 3. Desdobramento da interação entre as temperaturas de criaç
ão e
idade de coleta do soro para as médias dos títulos de anticorpos do soro
contra VDG obtidos em frangos de corte alimentados com dietas
suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em
diferentes temperaturas. ...............................................................................
130
Tabela 4.
Desdobramento da interação entre as temperaturas de criação e
idade de coleta do soro para os títulos de anticorpos de IgA contra VDG,
obtidos dos soros de frangos de corte, em diferentes idades e criados em
diferentes temperaturas ................................................................................
132
xiv
APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Comparação de dias de altura de vilos e profundidade de
cripta m) no duodeno para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico
aos 8 dias de idade. ......................................................................................
141
Apêndice 2. Comparação de dias de altura de vilos e profundidade de
cripta (µm) no jejuno para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico
aos 8 dias de idade. ......................................................................................
142
Apêndice
3. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de
cripta (µm) no íleo para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico
aos 8 dias de idade .......................................................................................
143
Apêndice 4. Comparação
de dias de altura de vilos e profundidade de
cripta m) no duodeno para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de leveduras e, temperatura e prebiótico
aos 21 dias de idade. ....................................................................................
144
Apêndice 5. Comparação de dia
s de altura de vilos e profundidade de
cripta (µm) no jejuno para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de leveduras e, temperatura e prebiótico
aos 21 dias de idade. ....................................................................................
145
Apêndice 6. Comparação de dias de altu
ra de vilos e profundidade de
cripta (µm) no íleo para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de leveduras e, temperatura e prebiótico
aos 21 dias de idade. ....................................................................................
146
Apêndice 7. Comparação de dias de altura de vilos
e profundidade de
cripta m) no duodeno para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de leveduras e, temperatura e prebiótico
aos 42 dias de idade. ....................................................................................
147
Apêndice 8. Comparação de dias de altura de vilos e profu
ndidade de
cripta (µm) no jejuno para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de leveduras e, temperatura e prebiótico
aos 42 dias de idade. ....................................................................................
148
xv
Apêndice 9. Comparação de dias de altura de vilos e profundidade d
e
cripta (µm) no íleo para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrato de leveduras e, temperatura e prebiótico
aos 42 dias de idade. ....................................................................................
149
Apêndice 10. Desdobramento da interação entre as temperaturas de
criação e idad
e de coleta do soro para as médias dos títulos de anticorpos
do soro contra VDG aos 21 d ......................................................................
150
Apêndice 11. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de
cripta m) no íleo para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, tempera
tura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico
aos 8 dias de idade .......................................................................................
150
Apêndice 12. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de
cripta m) no íleo para as interações entre extrato de leveduras e
prebiótico, temperatura e extrat
o de levedura e, temperatura e prebiótico
aos 8 dias de idade .......................................................................................
151
xvi
EXTRATO DE LEVEDURA (Saccharomyces cerevisiae) E PREBIÓTICO NA DIETA
PRÉ-INICIAL PARA FRANGOS DE CORTE CRIADOS EM DIFERENTES
TEMPERATURAS
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi o de determinar a digestibilidade do
extrato de leveduras, avaliação do desempenho, rendimento de carcaça, morfometria e
ultra-estrutura da mucosa intestinal e resposta imune humoral de frangos de corte
criados em diferentes temperaturas e que receberam, na fase pré-inicial, ração
contendo ou não extrato de leveduras e/ou prebiótico. Foram utilizados 1440 pintainhos
Cobb-500
®
machos de um dia de idade, criados sob diferentes temperaturas a partir do
primeiro dia de vida. As rações acrescidas ou não com extrato de leveduras e/ou
prebiótico foram oferecidas somente na fase pré- inicial (1-7 dias) e a partir do dia
todas as aves receberam a mesma ração. Conclui-se que o extrato de leveduras
apresenta 92,49% de matéria seca, 48,07% de proteína bruta, 4.883 Kcal/kg de energia
bruta, e apresenta, em média, um coeficiente de digestibilidade verdadeira dos
aminoácidos de 99,42%, sendo rico em ácido glutâmico, leucina, ácido aspártico,
serina, glicina. A alta temperatura ambiente prejudicou o desempenho, rendimento de
carcaça, morfometria intestinal e resposta imune humoral. A inclusão de prebiótico na
ração pré-inicial resultou em maior ganho de peso e melhor conversão alimentar nas
aves criadas sob alta temperatura, ao final de 42 dias de idade, além de aumentar a
viabilidade criatória até os 21 dias de idade. Observou-se também que a inclusão dos
produtos nas temperaturas quente e fria produziu efeito benéfico sobre as vilosidades
frente ao estresse ambiental e que os aditivos estudados não produziram efeito sobre a
resposta imune humoral para VDN e VDG ao longo do ciclo produtivo do frango de
corte.
Palavras-chave: dieta pré-inicial, digestibilidade, extrato de levedura, imunidade,
morfometria intestinal, prebiótico
xvii
YEAST EXTRACT (Saccharomyces cerevisiae) AND PREBIOTIC IN THE STARTED
DIET FOR BROILERS REARED AT DIFFERENT TEMPERATURES
Abstract: The aim of this experiment was to determine the digestibility of the yeast
extract, estimate the performance, carcass yield, intestinal mucosa structure and ultra
structure and humoral immune response of broiler reared in different temperatures and
that received in started diet containing or not extract of yeasts or prebiotic. 1440 one-day
old male Cobb-500
®
were reared in different temperatures from first day of life. The diets
with or without yeast extract and/or prebiotic were provided only in starter diet (1 to 7
days), forward of 8 days all broiler were fed with same commercial diet. The yeast
extract contain 92.49% of dry matter, 48.07% of crude protein, 4,883 kcal/kg of crude
energy /kg, and, on average a coefficient of digestibility true of amino acids of 99.42%.
The amino acids digestibilities are glutamic acid, leucine, aspartic acid, serine, glycine.
The high temperature damages the performance, carcass yield, intestinal mucosa
structure, villus densities and antibody titters. The prebiotic inclusion in started diet
resulted in increase body weight and improved feed conversion in the birds reared in
high temperature to the 42 days of age and besides increase the viability until the 21
days of age. It was also observed that the inclusion of the two products in the hot and
cold temperatures produced beneficial effect on the villus front in environmental stress
and that the yeast extract and prebiotic did not produce effect on immune humoral
response along the productive cycle of broiler.
Key-works: started diet, digestibility, yeast extract, prebiotic, immunity, intestinal
mucosa structure
1
CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
Introdução
O uso de dieta diferenciada para frangos de corte na primeira semana pode
melhorar o desempenho das aves durante todo o seu ciclo de vida. Em particular, o
trato gastrintestinal, apesar de estar anatomicamente completo no final do período de
incubação, sofre sensíveis alterações morfofisiológicas, que preparam a ave para o
consumo e utilização de alimentos.
O estudo da nutrição e metabolismo na fase neonatal de frangos de corte é de
suma importância no sentido de ajudar na otimização do manejo alimentar, buscando a
máxima expressão do potencial de crescimento e produção de carne.
O peso inicial de frangos de corte aumenta 50 vezes em 40 dias (NOY, 2005).
Considerando que a primeira semana da vida de frangos dos corte representa
aproximadamente 17% do período de crescimento (LILBURN, 1998) e, que nesse
período a ave atravessa um dos momentos fisiologicamente mais difíceis deixando de
se alimentar da dieta endógena e iniciando a alimentação exógena, ressalta-se a
importância da dieta pré-inicial, pois quando essa fase de transição é inadequadamente
manejada, poderá resultar em acentuadas perdas na atividade avícola.
Atualmente têm-se pesquisado novos aditivos e ingredientes que promovam a
integridade, desenvolvimento e o bom funcionamento da mucosa intestinal, que esta
é responsável pela digestão e absorção dos nutrientes e, também têm importante papel
de defesa do sistema imune, já que desenvolvem mecanismos de defesa mediados por
células e por fatores químicos.
O extrato de levedura e o prebiótico se enquadram nesta característica, uma vez
que auxiliam na manutenção, equilíbrio e integridade da mucosa intestinal pois, no
extrato de leveduras existem nucleotídeos livres, que participam da divisão e
crescimento celular, modulação do sistema imune e ajudam a manter a saúde intestinal,
reduzindo a incidência de doenças entéricas. os prebióticos são conhecidos por
estimular o crescimento de bactérias benéficas, reduzindo a colonização por bactérias
2
patogênicas, contribuindo dessa forma para a menor incidência de infecções, e
conseqüentemente, maior secreção, digestão e absorção de nutrientes, levando a
mucosa intestinal a estar inteiramente apta para realizar suas funções.
A condição ambiental deve ser bem manejada uma vez que, o estresse
provocado pela temperatura pode afetar o metabolismo, com conseqüente efeito sobre
o desempenho e sistema imune, uma vez que este provocará alterações metabólicas,
as quais desencadeará a liberação de hormônios antagonistas à resposta imune.
Tendo em vista a importância dos fatos apresentados, este trabalho teve por
objetivo determinar a digestibilidade do extrato de levedura (Saccharomyces
cerevisiae), bem como avaliar os efeitos da suplementação do extrato de levedura e
prebiótico na dieta pré-inicial de frangos de corte sobre o desenvolvimento da mucosa
intestinal, resposta imune humoral, desempenho e rendimento de carcaça das aves
criadas em diferentes temperaturas.
Extrato de Leveduras
Recentemente, tem havido forte tendência de explorar comercialmente
leveduras, através do isolamento de alguns de seus principais constituintes como
enzimas (invertase, lactase), nucleotídeos, proteínas (nanoproteínas), polissacarídeos
(glicanas, mananas), além de lipídios, como fosfolipídios e ergosterol (BELEM e LEE,
1998; CAMERON et al., 1998).
Os nutricionistas têm buscado fontes protéicas altamente biodisponíveis como
alternativas às proteínas de origem animal em dietas de aves. O extrato de leveduras é
originado da autólise da parede celular da levedura através de enzimas presentes na
célula ou ácidos liberando assim o conteúdo ou extrato celular (DAWSON, 2002).
Portanto, o extrato celular é uma fonte protéica derivada de leveduras vivas, tendo
como aminoácido predominante o ácido glutâmico, usado como agente flavorizante, o
qual é tradicionalmente utilizado na alimentação humana e o inositol, um importante
promotor de crescimento que estimula a síntese da biotina, vitamina essa que participa
de uma rie de reações de carboxilação (TIBBETTS, 2002, COSTA, 2004), e
3
nucleotídeos, além de também possuir proteínas, vitaminas e minerais (RUTZ et al.,
2005).
Os nucleotídeos consistem de uma base heterocíclica púrica ou pirimídica, um
açúcar com cinco átomos de carbono e um ou mais grupos fosfato (LEHNINGER,
1991). CARVER e WALKER (1995) estudaram o papel dos nucleotídeos na nutrição
humana, avaliando os benefícios sobre o sistema imune, crescimento e
desenvolvimento do intestino delgado, metabolismo de lipídios e função hepática.
A importância dos nucleotídeos no metabolismo celular é indicada pela
observação de que quase todas as células podem sintetizá-los de novo e a partir dos
produtos de degradação de ácidos nucléicos, processo este denominado via de
recuperação (VOET et al., 2000). As bases púricas e pirimídicas são constantemente
formadas nas células durante a degradação metabólica dos nucleotídeos pela via de
novo, onde os aminoácidos são importantes precursores, sendo esta uma via complexa,
havendo gasto de energia (LEHNINGER, 1991).
Entretanto, as purinas e pirimidinas livres liberadas na degradação dos
nucleotídeos são em grande parte recuperadas e usadas novamente para refazer os
nucleotídeos (MATEO e ST v
4
por uma variedade de nucleotidases grupo-específicas e fosfatases inespecíficas. Os
nucleosídeos podem ser absorvidos diretamente pela mucosa intestinal ou degradados
até bases livres e ribose ou ribose-1-fosfato pela ação de nucleosidases e nucleosídeo-
fosforilases (CHAMPE e HARVEY, 1996).
O metabolismo de nucleotídeos é caracterizado por um turnover constante.
Pesquisas com animais indicaram que 2 a 5% dos nucleotídeos dietéticos são retidos
no intestino delgado, gado e tecido muscular esquelético (SAVIANO e CLIFFORD,
1978).
Em estudos com ratos jovens, TSUJINAKA et al. (1999) observaram que os
nucleotídeos melhoraram o crescimento e maturação do intestino, o que pode ter
importantes implicações nos primeiros dias de vida de diversas espécies animais.
ORTEGA et al. (1995) avaliando os efeitos dos nucleotídeos em ratos velhos que
sofreram restrição alimentar, observaram que os nucleotídeos dietéticos aceleraram a
recuperação da mucosa, confirmando os estudos prévios feitos com ratos jovens com
relação à influência benéfica dos nucleotídeos em reparos intestinas causados por
injúrias.
Avaliando os efeitos de proteínas vegetais contendo extrato de levedura e
peptídeos sobre os aspectos da morfologia intestinal de leitões na fase de creche,
BOREN et al. (2001) constataram melhora significativa na relação altura da
vilosidade:profundidade de cripta. Segundo COSGROVE (1998) e SCHLIMME et al.
(2000), nucleotídeos na dieta aumentaram a absorção intestinal de ferro, influenciaram
positivamente a lipoproteína e o metabolismo das gorduras poliinsaturadas de cadeia
longa, havendo efeito trófico na mucosa intestinal e fígado, e redução na incidência de
diarréia.
A suplementação de nucleotídeos promove o desenvolvimento da vilosidade e da
atividade enzimática intestinal (UAY et al., 1990). CARVER (1994) observou que uma
dieta sem purina resultou na perda quase total da mucosa e, uma dieta sem
nucleotídeos, provocou reduções do DNA e do RNA do conteúdo protéico e das
enzimas da membrana da mucosa intestinal. A alimentação parenteral levou à atrofia da
5
mucosa intestinal, podendo esta ser parcialmente revertida pela suplementação de
nucleotídeos e nucleosídeos (TSUJINAKA et al., 1993).
A capacidade do trato digestório dos frangos, durante a primeira semana de
vida, pode ser considerada um fator limitante para o consumo de alimento, digestão e
absorção de nutrientes para o crescimento (SEEL, 1996). Assim, substâncias que têm
ação trófica sobre a mucosa intestinal, aumentando sua capacidade funcional, poderão
melhorar o desempenho das aves pela maior capacidade de digerir e absorver os
nutrientes da dieta (MAIORKA, 2002).
A demanda por nucleotídeos aumenta em períodos de estresse e rápido
crescimento, segundo MATEO e STEIN (2004). Portanto, a exigência pode ser elevada
logo após o período de nascimento das espécies animais.
Prebiótico
Prebióticos são definidos como ingredientes nutricionais não digeríveis que
afetam beneficamente o hospedeiro, estimulando seletivamente o crescimento e
atividade de uma ou mais bactérias benéficas intestinais, melhorando a saúde do seu
hospedeiro (GIBSON e ROBERFROID, 1995; MILTENBURG, 2000).
Para uma substância ser classificada como prebiótico, ela não pode ser
hidrolisada ou absorvida na parte superior do trato gastrintestinal, e deve ser um
substrato seletivo para um limitado número de bactérias comensais benéficas do cólon,
as quais terão crescimento e/ou metabolismo estimulados, sendo capaz de alterar a
microflora intestinal favorável e induzir a efeitos benéficos, intestinais ou sistêmicos, ao
hospedeiro (GIBSON e ROBERFROID, 1995).
Atualmente, estes compostos vêm sendo utilizados como substitutos dos
promotores de crescimento com o objetivo de manter o equilíbrio benéfico da microbiota
intestinal, especialmente em animais jovens ou em iminente condição de estresse
(SILVA e NÖRNBERG, 2003), onde as populações úteis diminuem e as nocivas se
proliferam, o que se reflete negativamente sobre a saúde e o desempenho animal
(MATHEW et al., 1993). Alguns carboidratos, peptídeos, proteínas e lipídeos podem ser
inseridos no conceito de prebióticos. Entretanto, as substâncias que têm sido mais
6
estudadas como aditivos em alimentação animal são os denominados oligossacarídeos,
que são cadeias curtas de polissacarídeos compostos de três a dez úcares simples
ligados entre si, sendo os que mais se enquadram na definição e nas características
concernentes aos prebióticos (SILVA e ANDREATTI FILHO, 2000).
A maioria dos oligossacarídeos não digestíveis estudados atualmente são
produtos comerciais obtidos por hidrólise parcial, ácida ou enzimática de
polissacarídeos ou por reações de transglicosilação (LEWIS, 1984). Porém, eles
também podem ser obtidos diretamente de sua fonte natural, como vegetais, leite e
parede celular de leveduras (ROBERFROID et al., 1993; MACFARLANE e CUMMINGS,
1999).
Dentre os oligossacarídeos mais pesquisados pode-se citar os
frutoligossacarídeos (FOS), glucoligossacarídeos (GOS) e mananoligossacarídeos
(MOS). Os FOS são polímeros ricos em frutose, podendo ser naturais, derivados de
plantas (inulina) ou sintéticos, resultante da polimeração da frutose (GIBSON e
ROBERFROID, 1995). GOS e MOS são obtidos a partir de parede celular de leveduras.
A parede celular de leveduras consiste principalmente de proteína e carboidrato, a qual
contém os açúcares glucose e manose em proporções semelhantes e N-
acelilglucosamina. O MOS, usado como aditivo de rações, consiste de fragmentos de
parede celular de Saccharomyces cerevisiae com estrutura complexa de manose
fosforilada, glucose e proteína (SPRING, 1996).
A principal forma de ação dos prebióticos é sobre a modulação benéfica da
microbiota nativa presente no hospedeiro. Especula-se, também, que alguns prebióticos
específicos poderiam agir diretamente sobre a translocação intestinal de patógenos,
impedindo a sua aderência às células epiteliais e ativando a resposta imune adquirida
(MATHEW et al., 1993; MACARI e MAIORKA, 2000; SILVA, 2000). Para YOUNG
(1998), os prebióticos atuam nutrindo e conseqüentemente favorecendo as bactérias
probióticas que por sua vez irão beneficiar o hospedeiro e conseqüentemente melhorar
seu desempenho.
O uso de oligossacarídeos pode reduzir o crescimento de diversas bactérias
intestinais, pela redução do pH, devido ao aumento da quantidade de ácido lático
7
presente nos cecos (CHOI et al., 1994). Algumas bactérias podem reconhecer sítios de
ligação nos oligossacarídeos como sendo da mucosa intestinal, reduzindo-se a
colonização intestinal por bactérias patogênicas. Isto ocorrido, haverá menor incidência
de infecções, a mucosa intestinal torna-se inteiramente apta às suas funções de
secreção, digestão e absorção de nutrientes (IJI e TIVEY, 1998)
Para que as bactérias indesejáveis consigam colonizar o trato intestinal e criar
uma condição patológica, precisam inicialmente aderir-se à superfície ei
8
propriedades imuno-estimulatórias, por exemplo lipopolissacarídeos, peptidoglicanas e
ácidos lipoteicóicos. Tais substâncias interagem com o sistema imune em vários níveis,
incluindo produção de citoquinas, proliferação de células mononucleares, fagocitose
macrofágica e indução na síntese de grandes quantidades de imunoglobulinas, em
especial as imunoglobulinas de classe A (YASUI e OHWAKI, 1995; BRANDTZAEG,
1998; MACFARLANE e CUMMINGS, 1999).
Os prebióticos também podem causar modificações benéficas nas características
anatômicas do trato gastrintestinal promovendo o aumento na área de absorção da
mucosa intestinal. SAVAGE et al. (1997) ao fornecerem diferentes níveis de MOS em
dietas para perus, observaram significativo aumento no número de células globulares e
largura do vilos, bem como diminuição na profundidade da cripta nas regiões médio-
distal do duodeno e na região proximal do divertículo de Meckel’s. MACARI e MAIORKA
(2000) também relataram aumento significativo na altura do vilo nos três segmentos do
intestino delgado, em frangos de corte com 7 dias que receberam 0,2% de MOS na
dieta.
Uma vez que os prebióticos estimulam o crescimento e a atividade de bactérias
benéficas, que atuam positivamente no sistema imune e promovem melhorias no
ambiente e no epitélio intestinal, espera-se que o uso destes compostos também se
reflita de forma desejável no desempenho animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
Temperatura Ambiente
Várias alterações metabólicas e fisiológicas são desencadeadas em frangos de
corte submetidos a altas temperaturas ambientais, o que pode acarretar em grandes
perdas no desempenho e na imunocompetência destas aves (BORGES et al., 2003).
As variáveis ambientais, tais como temperatura, umidade relativa do ar e
velocidade do ar, podem ter efeito tanto positivo quanto negativo sobre a produção de
frangos de corte. Assim, altas temperaturas reduzem o consumo de alimento,
prejudicando o desempenho e baixas temperaturas, podem melhorar o ganho de peso,
porém, provocam piores resultados na conversão alimentar (FURLAN e MACARI,
9
2002). De maneira geral, o estresse térmico causa deterioração geral do bem estar
animal e freqüentemente compromete o crescimento e reprodução.
Na medida em que se altera a temperatura do ambiente, ativam-se processos
comportamentais, fisiológicos e endócrinos (YAHAV et al., 1996) que vão proporcionar
maior ou menor perda de calor, em função da temperatura de criação.
As aves, sendo animais homeotermos, dispõem de um centro termorregulador,
localizado no hipotálamo, capaz de controlar a temperatura corporal através de
mecanismos fisiológicos e respostas comportamentais, mediante a produção e
liberação de calor, determinando assim a manutenção da temperatura corporal
(MACARI et al., 1994). Em ambientes frios, as aves jovens podem apresentar
desempenho insatisfatório, pois como se sabe, elas possuem grande necessidade de
fornecimento de calor ambiental em função da imaturidade do sistema termorregulador.
Assim, em condições de baixa temperatura ficam agrupadas e não se alimentam,
procurando dessa forma, reduzir a perda de calor para o ambiente (FARIA FILHO,
2003). Todavia, em idades mais avançadas, as aves criadas sob condições de baixa
temperatura ingerem mais alimento, ganham mais peso, porém, apresentam pior
conversão alimentar (OBA, 2004).
Segundo FURLAN e MACARI (2002) existem duas categorias de trocas térmicas:
sensível e latente. A troca de calor sensível ocorre por condução, convecção e
radiação. Essas trocas são dependentes de um gradiente de temperatura, ou seja, de
uma diferença de temperatura entre o animal e o meio ambiente, sendo portanto, de
grande importância em ambiente frio onde existe maior diferença de temperatura entre
o frango (temperatura normal ± 41,1°C) e o ambiente (DONKOH, 1989). A perda de
calor latente faz-se por evaporação, podendo ser cutânea ou através do trato
respiratório, sendo esse último de grande importância para as aves que são
desprovidas de glândulas sudoríparas. Esse tipo de perda de calor é independente da
diferença de temperatura entre o animal e o ambiente, dependendo somente do
gradiente de umidade. Dessa forma, em ambiente de alta umidade relativa do ar, a
evaporação ocorre com dificuldade. Por não depender do gradiente de temperatura, ao
contrário das trocas sensíveis, a evaporação é a forma mais eficaz de perda de calor
10
em ambiente com temperatura elevada. Contudo, o resfriamento evaporativo ocorre
com gasto energético, sendo que são exigidas 550 calorias para evaporação de 1g de
água (FURLAN e MACARI, 2002).
O principal mecanismo endócrino é a diminuição dos hormônios tireoideanos
circulantes, principalmente o triiodotiroxina T
3
, que é a forma metabolicamente ativa
dos hormônios da tireóide, conhecido pela sua ação termogênica (DAHLKE et al.,
2005). Desta forma, a atividade da tireóide parece tornar-se menor com o aumento da
temperatura ambiente e as aves apresentam maior tolerância ao calor quando há
diminuição nos níveis circulantes de hormônios tireoideanos (ETCHES et al., 1995,
GERAERT et al.,1996)
Uma outra resposta fisiológica é o aumento na taxa respiratória, resultando em
perdas excessivas de dióxido de carbono (CO
2
). Assim, a pressão parcial de CO
2
(pCO
2
) diminui, levando a queda na concentração de ácido carbônico (H
2
CO
3
) e
hidrogênio (H). Em resposta, os rins aumentam a excreção de HCO
3
-
e reduzem a
excreção de H na tentativa de manter o equilíbrio ácido-base da ave, sendo esta
alteração do equilíbrio denominada alcalose respiratória (FURLAN et al., 2002;
BORGES et al., 2003).
O estresse provocado pelo calor reduz ou, dependendo da intensidade, cessa a
ingestão de alimento, como um mecanismo de defesa para reduzir a produção de calor.
Mesmo que o animal gere calor pelo metabolismo de mantença e possivelmente pelo
catabolismo de algum tecido, o calor gerado pela digestão e deposição de tecido é
reduzido. Sob estresse por frio, a ingestão aumenta visando à elevação da produção de
calor, como demonstrado por KOH e MACLEOD (1999
a,b)
A exposição das aves a altas temperaturas é reconhecida por promover efeitos
detrimentais sobre a eficiência de produção e rendimento de carne. MCKEE e SAMS
(1997) avaliando os efeitos da temperatura sobre a carne de perus, observaram
mudanças indesejáveis nas características da carne, tais como a ocorrência de carnes
pálidas, flácidas e exudativas. Em frangos também foram observados resultados
semelhantes quando expostos ao estresse térmico quente agudo no período pré-abate
(LEE et al., 1976; NORTHCUTT et al., 1994). Segundo ELRON (2000), o estresse
11
produz mudanças metabólicas nos animais, resultando em maior acúmulo de gordura,
menor peso dos órgãos vitais e menor ganho de massa muscular (BAZIZ et al., 1996,
SOUZA et al., 2002; OLIVEIRA NETO et al., 2000, ABU-DIEYEH, 2006). DEYHIM e
TEETER (1993) observaram que os frangos expostos à temperatura quente
apresentaram reduções significativas no ganho de peso, eficiência alimentar, viabilidade
e rendimento de peito provocando ainda aumento de gordura abdominal e redução
relativa do fígado, bursa e baço.
É sabido que a temperatura pode influenciar a susceptibilidade das aves a
doenças infecciosas (HENKEN et al., 1982). Ainda segundo este autor, o efeito da
temperatura ambiental sobre a sensibilidade imune vai depender da capacidade do
animal em manter a homeotermia. A exposição dos animais a condições ambientais
adversas promove respostas adaptativas como a aclimatação, onde ocorre uma
cascata de reações, que culminam com a secreção de glicocorticóides, e que no caso
das aves, o principal é a corticosterona. Porém, sabe-se que os glicocorticóides
também atuam de forma antagônica ao desenvolvimento e resposta imune dos animais
(TANKSON et al., 2001).
Sistema imune associado à mucosa
O desenvolvimento do sistema imunológico é iniciado durante o período
embrionário e continua na primeira semana após a ecloo. Durante esta semana,
ocorre rápido aumento na população de leucócitos, através dos órgãos linfóides, e este
aumento irá mediar a imunidade celular (RUTZ et al., 2005).
O sistema imunológico é dividido em imunidade celular e imunidade humoral. É
importante que os dois sistemas funcionem de forma apropriada para proteger o
organismo contra ação de agentes patogênicos (TIZZARD, 1998).
As superfícies mucosas dos tratos respiratório, gastrintestinal e urogenital
conjuntamente com a pele têm a função primordial de separar o ambiente externo do
ambiente interno dos organismos hospedeiros, o qual normalmente é isento de
microrganismos, constituindo-se, assim, na primeira linha de defesa contra tais seres
(MONTASSIER, 2004). Essas superfícies mucosas também desenvolvem mecanismos
12
ativos de defesa, mediados por células e por fatores químicos, onde ambos estão
relacionados à imunidade inata (não específica) ou à adquirida (específica) e
apresentam diferenças, ainda que ligeiras entre um sistema ou trato e outro, devido a
diferentes pressões externas que esses sistemas têm que enfrentar (SHARMA, 1998;
MUIR et al., 2000).
A função primordial do sistema imune associado às mucosas é realizar a defesa
do organismo hospedeiro contra diferentes tipos de agentes infecciosos, incluindo vírus,
bactérias, fungos e protozoários (YUN et al., 2000). Assim, o sistema imune associado
executa as seguintes atividades: 1) captura, processamento e apresentação de
antígenos que tiverem sido ingeridos; 2) produção de anticorpos locais, em especial da
classe IgA; 3) ativação de respostas imunes cito-mediadas, particularmente aquelas
mediadas por células T citotóxicas CD8+, ou de células NK (natural killer cells), ou
ainda de macrófagos (MONTASSIER, 2004).
As aves possuem acúmulos de tecidos linfáticos espalhados ao longo do trato
intestinal, os quais são constituídos por componentes difusos e agregados. Entre os
difusos estão incluídos os linfócitos intraepiteliais e os linfócitos da mucosa da lâmina
própria; e entre os agregados incluem-se as placas de Peyer, tonsilas cecais, além da
bursa de Fabricius. Esses tecidos captam antígenos disponibilizados no trato digestório,
que estimulam os linfócitos B precursores de IgM, IgG e IgA e os linfócitos T e B, que
ativam as placas de Peyer (MONTASSIER, 2004), para o desenvolvimento de
imunidade geral e específica.
A maior parte dos anticorpos maternos transferidos passivamente pertencem ao
isótipo IgG e, diferentemente de mamíferos, há uma transferência pouco significativa de
IgM e IgA para o embrião a partir do vitelo. Os pintainhos são, dessa maneira, pouco
providos de imunidade local para lidar com os microrganismos que colonizam as
mucosas, principalmente as bactérias patogênicas (MONTASSIER, 1998).
Pelo estímulo imunológico da mucosa, ocorre produção de anticorpos tipo IgA,
principalmente nas placas de Peyer, que bloqueiam os receptores e reduzem o número
de bactérias patogênicas na luz intestinal (SILVA, 2000). A produção constante de IgA
13
secretada em grandes quantidades na superfície da mucosa intestinal ocorre pela
contínua estimulação da microflora normal do intestino (
Pesquisas realizadas por MUIR et al. (2000) e YUN et al. (2000) evidenciam que
há na glândula de Harder uma grande quantidade de linfócitos B portadores de IgA+ em
sua superfície, os quais realizam um processo significativo de migração para as tonsilas
cecais e também, em menor escala, para a bursa de Fabrícius. Esses dados, levam à
suposição de que há, em termos de sistema imune associado à mucosa, uma conexão
entre o sistema imune ocular e aquele presente no trato digestório.
As células do sistema imune proliferam de maneira bastante rápida para a
produção de clones idênticos. Em linfócitos normais existe grande necessidade de
nucleotídeos para atender a rápida divisão nucléica, a qual ocorre em resposta à
estimulação por antígenos (RUTZ e COLLET, 2006). Segundo COOPER (1972, 1973) e
SCHOBITZ et al. (1991), a ativação dos linfócitos é acompanhada pelo aumento da
síntese de ácidos nucléicos, sendo que o aumento da síntese de novo é minimizado e a
de salvamento é maximizada, proporcionando menor gasto energético.
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24
CAPÍTULO 2 DETERMINAÇÃO DA DIGESTIBLIDADE DO EXTRATO DE
LEVEDURAS PARA FRANGOS DE CORTE
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi o de determinar a digestibilidade do
extrato de leveduras fornecido para frangos de corte, avaliando a composição química,
energia metabolizável aparente (EMA), energia metabolizável aparente corrigida pelo
balanço de nitrogênio (EMAn), coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca
(CDAMS), coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta (CDAPB) e os
coeficientes de digestibilidade verdadeira dos aminoácidos (CDVAA) contidos no extrato
de leveduras. Dois ensaios de metabolismo foram conduzidos, sendo que o primeiro
ensaio foi distribuído em delineamento inteiramente casualizado e teve como objetivo
determinar a EMA e EMAn, CDAMS e CDAPB. Para tanto, foi utilizado o método de
coleta total de excretas sendo utilizados 200 frangos de corte da linhagem Cobb-500
®
com 14 dias de idade, em dois tratamentos, sendo um composto pela ração referência e
outro pela substituição de 20% da ração referência pelo extrato de leveduras. No
segundo ensaio, para a determinação dos CDVAA foi utilizado o método da alimentação
forçada em galos cecectomizados e utilizado o delineamento em blocos casualizados
repetido no tempo, com um tratamento composto pelo extrato de leveduras e um grupo
de aves permanecendo em jejum (sem alimento), sendo utilizadas oito aves. Para a
avaliação da composição química do ingrediente foi determinado: proteína bruta (PB),
matéria seca (MS), energia bruta (EB) e aminoácidos. De acordo com os dados obtidos
conclui-se que o extrato de leveduras apresenta 92,49% de matéria seca, 48,07% de
proteína bruta, 4.883 kcal de EB /kg e, 2.610 kcal de EMA /kg, 2.073 kcal de EMAn /kg,
CDAMS de 65,79%, CDAPB 65,47% e apresenta, em média, um CDVAA de 99,42%.
ácido glutâmico (8,53%), leucina (3,55%), ácido aspártico (3,48%), alanina (2,95%),
prolina (2,60%), lisina (2,57%), valina (2,45%), serina (2,14%), glicina (2,02%) e
treonina (1,95%).
Palavras-chave: aminoácido digestível, alimentação forçada, coleta total,
digestibilidade, extrato de levedura
25
DETERMINATION OF DIGESTIBILITY OF THE YEAST EXTRACT FOR BROILERS
Abstract: The aim of this experiment was to determine the digestibility of the yeast
extract supplied for broiler chickens, to evaluated the chemical composition, apparent
metabolizable energy (AME), apparent metabolizable energy corrected by retention
nitrogen (AMEn), coefficient of apparent digestibility dry matter (CDDM), coefficient of
apparent digestibility of crude protein (CDRP) and the coefficients of true digestibility of
amino acids (CDTAA) contained in the yeast extract. Two metabolism assay were led
and, in the first assay the experimental design was complete randomized and were used
the total excreta collection method in 200 male broiler chickens Cobb-500
®
with 14 days
of age as objective determines AME, AMEn, CDDM and CDRP in this trial was used one
group composed by the reference diet and other for the substitution of 20% of the
reference diet by the yeast extract. In the second assay was used the forced feeding
method in eight roosters which were cecectomized for the determination of CDTAA. The
experimental design was complete randomized in blocks repeated in the time, with a
group composed by the yeast extract and a group of fasted roosters. For the evaluation
of the chemical composition of the ingredient it was determined: crude protein (CP), dry
matter (DM), crude energy (CE) and amino acids. The yeast extract contain 92.49% of
DM, 48.07% of CP, 4,883 kcal of CE /kg, 2,610 kcal of AME /kg, 2,073 kcal of AMEn /kg,
CDDM of 65.79%, CDCP 65.47% and, on average a CDTAA of 99.42%. The amino
acids digestibility are glutamic acid (8.53%), leucine (3.55%), aspartic acid (3.48%),
alanine (2.95%), proline (2.60%), lysine (2.57%), valine (2.45%), serine (2.14%), glycine
(2.02%) and threonine (1.95%).
Keywords: collects total, digestibility, digestible amino acid, forced feeding, yeast
extract.
26
Introdução
A levedura seca contém alto teor de proteína e é rica em vitaminas do complexo
B, minerais essenciais e fibra dietética (REED e NAGODAWITHANA, 1991), além de
possuir grande diversidade de aminoácidos, principalmente lisina (CAMPOS NETO,
1987; BUTOLO, 1996; MORAES et al., 1997). Dentre as substâncias que compõem a
levedura destacam-se os componentes da parede celular, tais como glicana, manana e
quitina (BLUMER, 2002). Entretanto, existem variações entre a qualidade das diferentes
leveduras, devido aos diferentes processamentos que elas podem sofrer, tornando sua
composição bastante variável (MOREIRA et al., 1998).
Pode-se utilizar a biomassa de leveduras tanto integralmente quanto apenas
alguns de seus componentes como o extrato e parede celular, sendo que para isso são
empregadas diferentes técnicas com a finalidade de se obter o produto final desejado
(VILELA et al., 2000).
O extrato de leveduras contém cerca de 40% de aminoácidos livres, 5
a 7% de
nucleotídeos, além de peptídeos, minerais e vitaminas solúveis em água. Os
aminoácidos predominantes são o ácido glutâmico e o aspártico, os quais contribuem
para o uso do extrato de leveduras como flavorizante (DAWSON, 2002), e inositol, um
importante promotor de crescimento (RUTZ et al., 2005).
Diversos trabalhos relataram a importância dos nucleotídeos sobre o trato
gastrintestinal (UAUY et al., 1990; HE et al., 1993; SANDERSON e HE, 1994;
BUSTAMANTE et al., 1994; COSGROVE, 1998; SCHLIMME et al., 2000) e resposta
imune (PAUBERT-BRAQUET et al., 1992; KULKARNI et al., 1994; JYONOUCHI, 1994;
CARVER e WALKER, 1995; YU, 1998; NCHEZ-POZO, 2002; MATEO e STEIN,
2004).
Portanto, tendo em vista a sua importância e as escassas informações sobre a
composição nutricional do extrato de leveduras, o objetivo do presente trabalho foi o de
determinar a digestibilidade do extrato de leveduras fornecido para frangos de corte,
avaliando-se a composição química, energia metabolizável aparente (EMA), energia
metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn), coeficiente de
digestibilidade aparente da matéria seca (CDAMS), coeficiente de digestibilidade
27
aparente da proteína bruta (CDAPB) e os coeficientes de digestibilidade verdadeira dos
aminoácidos contidos no extrato de leveduras
1
.
Material e métodos
Dois ensaios de metabolismo foram no conduzidos no aviário experimental do
Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual Paulista, campus Jaboticabal,
com frangos de corte, machos. Para determinar a digestibilidade do extrato de levedura,
o primeiro ensaio teve como objetivo determinar a energia metabolizável aparente
(EMA) e aparente corrigida (EMAn), coeficiente de digestibilidade aparente da matéria
seca (CDAMS) e o coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta (CDAPB) e
no segundo ensaio, determinar os coeficientes de digestibilidade verdadeira dos
aminoácidos contidos no extrato de leveduras.
Para a avaliação da composição química do ingrediente foi determinado:
proteína bruta (PB), matéria seca (MS), energia bruta (EB) e aminoácidos (lisina,
triptofano, metionina, cistina, tirosina, ácido aspártico, treonina, serina, glicina, alanina,
valina, isoleucina, leucina, fenilalanina, histidina, arginina, ácido glutâmico e prolina).
Ensaio 1 – Determinação da energia metabolizável aparente (EMA) e aparente corrigida
(EMAn)
Para a determinação da energia metabolizável foi utilizado o método de coleta
total de excretas. Foram utilizados 200 frangos de corte, machos da linhagem Cobb-
500
®
com 14 dias de idade, alojados em baterias metálicas e distribuídos em
delineamento inteiramente ao acaso, sendo que, de acordo com a metodologia, um
grupo de aves foi alimentado com ração referência (RR) e outro com a substituição de
20% da ração referência pelo extrato de leveduras (RT). A ração referência foi
composta principalmente por milho e farelo de soja (Tabela 1), atendendo as
recomendações de ROSTAGNO et al. (2000). Foram utilizadas 10 repetições com 10
1
NuPro
®
- Alltech Agroindustrial do Brasil. Araucária, PR.
28
aves por unidade experimental, totalizando 200 animais O período experimental foi de
sete dias, ou seja quatro dias de adaptação e três dias de coleta total das excretas.
Tabela 1 – Composição percentual e calculada da ração referência
Ingredientes %
Milho 55,52
Farelo de soja 36,98
Fosfato bicálcico 1,67
Calcário calcítico 1,07
Óleo de soja 2,95
Sal comum 0,31
Inerte 1,00
Suplemento mineral + vitamínico
1
0,50
Total 100,00
Composição calculada
Energia metabolizável (kcal/kg) 3.000
Proteína bruta (%) 21,590
Cálcio (%) 0,960
Fósforo disponível (%) 0,420
Lisina (%) 1,200
Metionina (%) 0,515
Met + Cist (%) 0,855
1
Suplemento mineral + vitamínico. Cada quilograma do produto contém: Se 54,6mg, Cu 25.000mg, pantotenato de Ca 1.900, Mn
15.252mg, I 260mg, Zn 18.250mg, ácido nicotínico 6.930mg, biotina 32mg, DL-metionina 340g, colina 120g, Vit A 1.400.000 UI, Vit
B1356 mg, Vit B12 2.000mcg, Vit B2 1.920mg, Vit B6 693mg, Vit D3 600.000, Vit E 5.000mg, Vit K 196mg, anticoccidiano
25.000mg, antioxidante 100mg, promotor de crescimento 10.000mg
.
Para a coleta total de excretas foram instaladas bandejas metálicas previamente
revestidas com plástico sob as gaiolas para evitar possíveis perdas. Para determinar o
início e o final do período de coleta, 1% de óxido férrico foi adicionado às rações.
Assim, as excretas não marcadas, na primeira coleta, e as marcadas, na última coleta,
foram desprezadas. As coletas foram realizadas duas vezes ao dia, no início da manhã
e no final da tarde. Uma vez coletadas, as amostras foram acondicionadas em sacos de
plástico, identificadas e congeladas. No final do período experimental foram avaliados a
quantidade de ração consumida e o total de excreta produzida.
Após serem descongeladas, as excretas de cada repetição foram homogeneizadas
para retirada da amostra, que foi seca em estufa de ventilação forçada a 55°C, por 72
horas. Em seguida, as amostras foram moídas em moinho de faca e levadas ao
Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da Universidade
Estadual Paulista, Campus de Jaboticabal, juntamente com amostras das rações
29
experimentais, para a determinação da matéria seca e nitrogênio total seguindo a
metodologia descrita por SILVA e QUEIROZ (2002) e, para determinação da energia
bruta foi utilizada bomba calorimétrica pelo método descrito por PARR INSTRUMENTS
CO., 1984.
Com base nos resultados laboratoriais, foram calculados os valores de energia
metabolizável aparente (EMA), energia metabolizável aparente corrigida para balanço
de nitrogênio (EMAn), coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca (CDAMS)
e coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta (CDAPB), utilizando as
equações propostas por MATTERSON et al. (1965).
Ensaio 2 – Determinação dos coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos
Para a determinação dos coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos foi
utilizado o método da alimentação forçada descrito por SIBBALD (1976) em galos
cecectomizados. O delineamento experimental foi em blocos casualizados repetido no
tempo, com um tratamento composto pelo extrato de leveduras e um grupo de aves
permanecendo em jejum (sem alimento). Foram utilizadas oito aves, sendo cada ave
uma unidade experimental. Os animais foram alojados em gaiolas individuais de
baterias metálicas.
Para a realização da cecectomia, adaptou-se a metodologia descrita por PUPA
et al. (1998), através de processo cirúrgico, os galos foram anestesiados com
Acepranazina (Zooletil
®
) na dosagem de 3mg/kg de peso vivo. Inicialmente as penas
foram retiradas e o local da cirurgia sofreu assepsia com álcool iodado. Foi feita a
incisão de aproximadamente 3 cm, na linha Alba, da região abdominal. Os cecos foram
localizados e exteriorizados, devidamente dessecados para evitar hemorragia,
amarrados a 0,5cm da junção com o intestino grosso e extraídos. Para sutura do
peritônio e tecido muscular utilizou-se fio cirúrgico tipo catgut 3-0, e a pele foi suturada
com fio de nylon 1. No final da cirurgia foi injetado, via intramuscular, 0,2 mL do
antibiótico Flotril
®
.
Após um período de 4 semanas da cirurgia, os galos foram submetidos a um
período de jejum de 24 horas, para limpeza do trato gastrintestinal. Através da
30
metodologia da alimentação forçada, por meio de funil com características próprias, foi
fornecido 30g de alimento teste via esôfago até o papo, a fim de evitar regurgitação do
material teste. O fornecimento do alimento foi realizado duas vezes no dia, sendo 15g
às 8h00 e 15g às16h00.
Devido ao pequeno mero de aves cecectomizadas, este experimento foi
realizado duas vezes com os mesmos animais. Numa primeira etapa, as aves foram
submetidas ao procedimento de alimentação forçada descrito acima. Após as aves
permanecerem em jejum por 24 horas, foram escolhidas ao acaso cinco aves que
receberam a alimentação forçada e outras três permaneceram em jejum. Decorrido o
término da última coleta, todas as aves voltaram a receber ração. Após sete dias do
final da primeira etapa, as aves voltaram a permanecer em jejum por 24 horas e outras
cinco aves receberam a alimentação forçada, permanecendo as outras ts em jejum
até o final das coletas. O período de sete dias entre os procedimentos da alimentação
forçada deve-se ao fato de que são necessários entre 2 a 4 dias para que a mucosa
intestinal se recupere das possíveis injúrias sofridas (IMONDI e BIRD, 1966;
BLIKSLAGER et al., 1997).
A coleta total de excretas foi feita em intervalos de 12 horas, em bandejas
revestidas com plásticos, acondicionadas sob as gaiolas de cada galo, por um período
de 56 horas após o fornecimento da primeira porção do alimento. Uma vez coletadas, a
excretas foram acondicionadas em sacos plásticos, identificadas e congeladas. No final
do período experimental, foi determinado o total de excretas produzidas e em seguida
secas pelo processo de liofilização.
As análises dos aminoácidos do extrato de levedura e das excretas foram
realizadas no Laboratório Central da Mogiana Alimentos (LABTEC). Foram
determinados os coeficientes de digestibilidade verdadeira de cada aminoácido, com
base nos resultados das análises de aminoácidos ingerido e excretado e do endógeno
obtido, com galos em jejum, utilizando a fórmula descrita por ROSTAGNO e
FEATHERSON (1977).
31
Equações Utilizadas nos Cálculos de Energia Metabolizável e dos Coeficientes de
Digestibilidade dos Nutrientes
Energia Metabolizável Aparente (EMA) e Aparente Corrigida (EMAn)
EMA da RR e da RT (kcal/kg MS) =
ingeridaMS
excretadaEBingeridaEB
EMA do extrato de levedura (kcal/kg MS) =
ãosubstituiçdegg
EMAEMAEMA
RRRTRR
/
)(
+
EMAn da RR e da RT (kcal/kg MS) =
ingeridaMS
BNexcretadaEBingeridaEB )22,
32
Coeficientes de Digestibilidade Verdadeira de Aminoácidos
CDVAA (%) =
100
)(
×
AAingerido
AAendógenooAAexcretadAAingerido
Em que: AA = aminoácido
Resultados e discussão
Os valores da composição da matéria seca, proteína bruta, energia bruta,
energia metabolizável aparente (EMA) e energia metabolizável aparente corrigida
(EMAn) do extrato de leveduras estão apresentados na Tabela 2. Os valores de matéria
seca e energia bruta do alimento estudado foram semelhantes aos valores encontrados
pela empresa Alltech Agroindustrial do Brasil (2004) e por RUTZ et al. (2006).
Observou-se pouca variação no teor de proteína bruta do alimento analisado
quando comparado à pesquisa de YAMADA et al. (2003), os quais determinaram, com
base na matéria seca, 54,56% de proteína bruta do extrato de leveduras originária de
destilaria de álcool. No entanto, VILELA et al. (2000), ao avaliar a composição química
do extrato de leveduras originário de cervejaria, encontraram um teor 60,70%, com
base na matéria seca, de proteína bruta. Estas diferenças são explicadas por ALBINO
et al. (1992b), que argumentaram que a composição pode variar consideravelmente de
acordo com as matérias-primas e os métodos de industrialização usados para obtenção
do produto almejado.
Tabela 2 Composição química e valores de energia do extrato de leveduras fornecido para
frangos de corte
Matéria natural Matéria seca
Matéria seca (%) 92,49
100
Proteína bruta (%) 48,07 51,95
Energia bruta (kcal/kg) 4.883 5.276
EMA (kcal/kg) 2.610 2.984
EMAn (kcal/kg) 2.073 2.372
O valor de EMA foi superior ao de EMAn, em conseqüência do balanço positivo
de nitrogênio, caracterizado pela retenção de nitrogênio do alimento. De acordo com
33
WOLYNETZ e SIBBALD (1984), em condições de consumo à vontade a EMA é maior
que a EMAn, quando a retenção de nitrogênio é positiva. Como neste estudo as aves
apresentaram consumo ad libitum, sendo o nitrogênio retido maior que zero,
conseqüentemente, a EMA superou os valores de EMAn. É importante destacar
também que as aves estavam no período de crescimento e portanto maior retenção
de nitrogênio no organismo. Os dados encontrados estão de acordo com os de ALBINO
et al. (1992a) e BORGES et al. (1998).
Os resultados dos coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca
(CDAMS) e coeficientes de digestibilidade aparente da proteína bruta (CDAPB) do
extrato de leveduras estão apresentados na Tabela 3.
Tabela 3 Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca (CDAMS) e coeficientes de
digestibilidade aparente da proteína bruta (CDAPB) do extrato de leveduras, com base na
matéria seca, fornecido para frangos de corte
Variáveis Extrato de leveduras
CDAMS (%)
CDAPB (%)
65,79
65,47
Na literatura consultada, não foram encontrados dados referentes à
determinação do coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca e da proteína
bruta do extrato de leveduras.
De acordo com a Tabela 4, pode-se observar que os aminoácidos presentes em
maior quantidade são ácido glutâmico, seguido da leucina, ácido aspártico, alanina,
prolina, lisina, valina, serina, glicina e treonina. Todos os valores dos aminoácidos
encontrados foram inferiores aos encontrados por SGARBIERI et al. (1999) que
desenvolveram uma técnica para fracionamento da biomassa de levedura
(Saccharomyces sp.) e determinaram a caracterização química das frações obtidas. Os
resultados obtidos também foram inferiores aos encontrados por VILELA et al. (2000)
que utilizaram a mesma técnica que o primeiro autor para a obtenção do extrato de
levedura e YAMADA et al. (2003), que utilizou uma adaptação de metodologias para a
obtenção do extrato de levedura. Porém, somente os valores de ácido aspártico e
34
metionina foram inferiores aos compilados pela empresa Alltech Agroindustrial do
Brasil.
Sabe-se que o ácido glutâmico, aminoácido presente em maior quantidade no
extrato de levedura, apresenta função palatabilizante, o que estimularia o consumo
pelos animais. Assim, quanto mais cedo for o estímulo da alimentação, menor é a perda
de peso inicial pós-eclosão, maior é a taxa de crescimento e melhor é a uniformidade
de peso das aves até 21 dias de idade (SKLAN et al., 2000).
Outro importante papel do ácido glutâmico é sua atuação como substrato
energético vital para células com rápida divisão como as células intestinais (LACEY e
WILMORE, 1990, YI e ALLEE, 2006). Essa característica é importante uma vez que o
desenvolvimento do trato gastrintestinal durante a primeira semana de vida é essencial
para que o frango de corte possa expressar seu alto potencial genético para ganho de
peso, permitindo que diminua o tempo necessário para atingir o peso de abate (NITSAN
et al., 1991).
O extrato de leveduras também apresenta concentração elevada de prolina,
glicina e serina, que são aminoácidos essenciais para pintainhos, pois nessa idade não
são capazes de síntese orgânica a taxas suficientes para suportar máximo
crescimento(BAKER et al., 1968) porém, esses aminoácidos são considerados
dispensáveis para animais adultos (VIEIRA e POPHAL, 2000). Glicina é precursor de
creatinina, ácido úrico e purinas e foi demonstrado que a síntese de creatina em
músculo de peito e níveis circulantes de ácido úrico inicialmente aumentam, atingindo
um platô aos 14 dias de idade (VIEIRA e POPHAL, 2000). Esses aminoácidos podem
ser limitantes, para pintainhos, em dietas à base de milho e farelo de soja e com menos
de 21% de proteína (SCHUTTE et al., 1997).
A composição em aminoácidos digestíveis do extrato de leveduras foi calculada
com base nos coeficientes de digestibilidade e na composição em aminoácidos totais.
35
Tabela 4 – Composição de aminoácidos (AA) total e digestível e coeficientes de digestibilidade
aparente (CDAA) e verdadeira (CDVAA) no extrato de levedura, com base na matéria seca
Aminoácidos
% AA
total
% AA
digestível
CDAAA
(%)
CDVAA
(%)
Ac. Aspártico 3,58 3,48 93,47 96,99
Ac. glutâmico 8,64 8,53 96,16 98,69
Alanina 3,06 2,95 94,48 96,24
Arginina 1,85 1,84 94,92 99,56
Cistina 0,33 0,32 85,98 98,99
Fenilalanina 1,90 1,86 94,99 97,78
Glicina 2,03 2,02 91,41 99,42
Histidina 0,95 0,94 94,47 98,74
Isoleucina 2,20 2,13 94,73 96,76
Leucina 3,62 3,55 95,58 98,11
Lisina 2,60 2,57 93,97 99,11
Metionina 0,49 0,48 89,93 98,34
Prolina 2,62 2,60 92,55 97,91
Serina 2,20 2,14 95,25 99,26
Tirosina 0,90 0,88 93,12 97,54
Treonina 2,03 1,95 93,30 98,37
Triptofano 0,69 0,65 91,58 96,19
Valina 2,52 2,45 93,84 94,30
Segundo PARSONS (1996), vários fatores afetam a digestibilidade dos
aminoácidos nos alimentos, sendo os mais comuns relacionados às condições de
processamento, presença de compostos antinutricionais, composição química e física
da proteína e o nível de fibra. Os fatores antinutricionais nos alimentos reduzem a
digestibilidade dos aminoácidos ao interferirem nos processos de digestão e absorção.
Conclusão
De acordo com os dados obtidos concluiu-se que a composição nutricional do
extrato de leveduras apresenta 92,49% de matéria seca, 48,07% de proteína bruta,
4.883 kcal de EB/kg, 2.610 kcal de EMA/kg, 2.073 kcal de EMAn/kg. Os aminoácidos
digestíveis são ácido glutâmico (8,53%), leucina (3,55%), ácido aspártico (3,48%),
alanina (2,95%), prolina (2,60%), lisina (2,57%), valina (2,45%), serina (2,14%), glicina
(2,02%) e treonina (1,95%).
36
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41
CAPÍTULO 3 - INFLUÊNCIA DO EXTRATO DE LEVEDURAS (Saccharomyces
cerevisiae)
E PREBIÓTICO
NA DIETA PRÉ-INICIAL DE FRANGOS DE CORTE
CRIADOS EM DIFERENTES TEMPERATURAS SOBRE O DESEMPENHO E
RENDIMENTO DE CARCAÇA
Resumo
O objetivo desse experimento foi o de avaliar o desempenho e rendimento de
carcaça de frangos criados em diferentes temperaturas e que receberam, na fase pré-
inicial, ração contendo ou não extrato de leveduras e/ou prebiótico. Foram utilizados
1440 pintainhos Cobb-500
®
machos de um dia de idade, criados em diferentes câmaras
climáticas. As rações acrescidas ou não com extrato de leveduras e/ou prebiótico foram
oferecidas somente na fase pré- inicial (1 a 7 dias) e a partir do dia todas as aves
receberam a mesma ração. As temperaturas iniciais utilizadas foram TQ=34±1ºC,
TN=32±2ºC e TF=27±2ºC, sendo reajustadas de acordo com a idade das aves, porém
mantendo-se as diferenças térmicas. Adotou-se o delineamento experimental
inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3 x 2 x 2, sendo os fatores temperaturas de
criação (quente, neutra e fria), níveis de extrato de levedura (com ou sem) e níveis de
prebiótico (com ou sem). O desempenho das aves foi avaliado através do ganho de
peso, consumo de ração, conversão alimentar e viabilidade, aos 7, 21 e 42 dias de
idade. Diante dos resultados encontrados conclui-se que a alta temperatura ambiente
prejudicou o desempenho e o rendimento de carcaça. A inclusão de prebiótico na ração
pré-inicial resultou em maior ganho de peso e melhor conversão alimentar nas aves
criadas sob alta temperatura aos 42 dias de idade, além de aumentar a viabilidade até
os 21 dias de idade. Com relação ao extrato de levedura adicionado à ração pré-inicial,
observou-se efeito benéfico sobre a conversão alimentar das aves aos 21 dias de
idade, quando utilizado isoladamente.
Palavras-chave: desempenho, estresse térmico, extrato de levedura, prebiótico, ração
pré-inicial, rendimento de carcaça.
42
INFLUENCE OF THE YEAST EXTRACT (SACCHAROMYCES CEREVISIAE) AND
PREBIÓTIC IN STARTER DIET OF BROILER REARED IN DIFFERENT
TEMPERATURES ON PERFORMANCE AND CARCASS YIELD
Abstract: The objective of this experiment was to evaluate the performance and
carcass yield of broiler reared in different temperatures that received in started diet, diet
containing or not yeast extract and/or prebiotic. 1440 one-day old male Cobb-500
®
were
reared in different climatic chambers. The diets with or without yeast extract or prebiotic
were provided only in starter phase (1 to 7 days), forward of 8 days all broiler were fed
with same commercial diet and each diet was adjusted according the broiler age
following the usual recommendations. The used initial temperatures were hot
temperature=34±1ºC, neutral temperature=31±1ºC and cold temperature=27±2ºC,
readjust in agreement with the age of the birds, however keeping the environmental
differences. The experimental design was complete randomized in factorial arrangement
3 x 2 x 2, the factors were temperatures (hot, neutral and cold), level of yeast extract
(with or without) and prebiotic level (with or without). The performance of birds was
evaluated through the body weight, feed intake, feed conversion and viability in days 7,
21 and 42 days of age. The high temperature damages the performance and carcass
yield. The prebiotic inclusion in started diet resulted in increase body weight and
improved feed conversion in the birds reared in high temperature to the 42 days of age
and besides increase the viability until the 21 days of age. The inclusion of yeast extract
in started diet improve the feed conversion of the birds to the 21 days of age, when used
separately.
Keywords: carcass yield, performance, prebiotic, started diet, environmental
temperature, yeast extract.
43
Introdução
O uso de dieta diferenciada para frangos de corte na primeira semana de vida
vem sendo preconizado por vários nutricionistas. As justificativas para essa prática
estão sustentadas no fato de que, os frangos de corte, nessa idade, têm necessidades
nutricionais específicas e diferentes das outras fases, provavelmente pelas
características diferenciadas do trato gastrintestinal, e por sua dificuldade em digerir e
absorver certos nutrientes associados ao rápido desenvolvimento. Assim, substâncias
que tenham ação trófica sobre a mucosa intestinal, aumentando sua capacidade
funcional, poderão propiciar melhor desempenho das aves pela maior capacidade de
digerir e absorver os nutrientes da dieta.
Os nutricionistas têm buscado fontes protéicas altamente biodisponíveis como
alternativa às proteínas de origem animal em dietas de aves. O extrato de leveduras é
uma fonte protéica derivada do conteúdo celular de leveduras vivas, sendo rico em
nucleotídeos, inositol e ácido glutâmico.
Os nucleotídeos são tradicionalmente utilizados na alimentação humana,
principalmente em dietas de recém nascidos, os quais atuam no desenvolvimento do
trato gastrintestinal, no funcionamento do sistema imune e na manutenção da flora
intestinal. UAUY et al. (1990) observaram que a suplementação de 0,8% de
nucleotídeos promoveu o crescimento e a maturação intestinal em ratos jovens, com
aumento na altura das vilosidades e na profundidade das criptas, e número de células
no intestino. Dessa forma, seria de extrema importância estudar o efeito da adição de
nucleotídeos na dieta de aves.
Outro aditivo que tem merecido destaque na literatura científica é o prebiótico.
Sabe-se que a principal forma de ação dos prebióticos é sobre a modulação benéfica
da microbiota nativa presente no hospedeiro, contudo os efeitos resultantes do uso de
prebióticos são evidenciados pelo crescimento das populações microbianas benéficas,
pela melhora nas condições luminais, nas características anatômicas do trato
gastrintestinal e no sistema imune e, em alguns casos, pela melhora no desempenho
animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
44
As variáveis ambientais podem ter efeito tanto positivo quanto negativo sobre a
produção de frangos de corte. Assim, altas temperaturas reduzem o consumo de
alimento, e conseqüentemente, prejudicam o desempenho. Já em baixas temperaturas,
as aves podem melhorar o ganho de peso, mas a custa de um prejuízo na conversão
alimentar (FURLAN e MACARI, 2002).
A literatura mostra que altas temperaturas proporcionam mudanças metabólicas
nos animais, o que resulta em menores rendimentos de carne, especialmente de peito
(HOWLIDER e ROSE, 1989), menor ganho de massa muscular e maior acúmulo de
gordura (SIEGEL e VAN KAMPEN, 1984), prejudicando dessa forma seu desempenho.
Diante do exposto, o objetivo desse experimento foi o de avaliar o desempenho e
o rendimento de carcaça de frangos criados em diferentes temperaturas e que
receberam, na fase pré-inicial, ração contendo ou o extrato de leveduras e/ou
prebiótico
Material e métodos
O experimento foi conduzido no aviário experimental do Departamento de
Zootecnia da Universidade Estadual Paulista, campus Jaboticabal, com 1440 pintainhos
de um dia de idade, machos, da linhagem Cobb-500
®
. As aves foram criadas em três
câmaras climáticas, compostas de 16 boxes de 2,5 x 1,0 m cada uma. As câmaras
eram revestidas com poliuretano e apresentavam sistema de aquecimento e
refrigeração. As aves foram submetidas a diferentes temperaturas de criação, conforme
apresentado na Tabela 1 e receberam água e ração à vontade durante todo o período
experimental de 42 dias.
Tabela 1. Temperaturas utilizadas na criação dos frangos de corte ± desvio padrão da média.
Idade das aves Temperatura ambiente (T°C)
(dias) Quente Neutra Fria
1 a 3 dias 35 ± 1 32 ± 2 28 ± 3
4 a 7 dias 34 ± 1 31 ± 1 26 ± 2
8 a 14 dias 32 ± 3 28 ± 2 22 ± 2
15 a 21 dias 31 ± 3 26 ± 2 20 ±3
22 a 42 dias 30 ± 3 23 ± 2 19,5 ± 2
45
As aves foram vacinadas no incubatório contra a±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±6 0 Td(n)Tj6.4836±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±318366 0 Td(t)Tj3.2(d)Tj6.619 0 Td(o)Tj6.36360 Td(o)Tj6.36360 Td(o)Tj6.36360 j6.4836±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±4i±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±7255Tj6.36360 Td(o)Tj6.3636
46
Tabela 2 - Composição percentual e calculada das dietas experimentais nas fases 1-7 dias, 8-21 e 22-42 dias.
1 Suplemento mineral + vitamínico. Cada quilograma do produto contém: Se 54,6mg, Cu 25.000mg, pantotenato de Ca 1.900, Mn 15252mg, I 260mg, Zn 18.250mg, ácido
nicotínico 6.930mg, biotina 32mg, DL-metionina 340g, colina 120g, Vit A 1.400.000 UI, Vit B1 356 mg, Vit B12 2.000mcg, Vit B2 1.920mg, Vit B6 693mg, Vit D3 600.000, Vit E
5.000mg, Vit K 196mg, antioxidante 100mg, / 2 =
1+anticoccidiano 25.000mg e promotor de crescimento 10.000mg / 3: de 35 a 42 dias de idade = 2 sem anticoccidiano /
4
NuPro
®
. E
5
Bio-Mos
®
.- Alltech do Brasil Agroindustrial Ltda. Araucária, PR.
FASES
1-7 dias
Alimentos
1 2 3 4
8-21 22-42
Milho 52,65 52,85 52,77 52,86 54,97 59,38
Farelo de soja 39,19 37,03 39,19 37,03 36,63 31,14
Fosfato bicálcico 1,94 1,96 1,94 1,96 1,84 1,613
Calcário calcítico 0,91 0,87 0,874 0,87 0,83 0,83
Óleo de soja 3,76 3,25 3,32 3,25 4,15 5,57
Sal comum 0,52 0,519 0,52 0,52 0,50 0,47
Supl. Mineral e
Vitamínico
0,50
1
0,50 0,50 0,50
0,50
2
0,50
3
Dl-met 0,39 0,41 0,38 0,41 0,27 0,21
L-lis HCl 0,37 0,44 0,37 0,44 0,21 0,23
Antioxidante 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
Inerte - 0,10 - - - -
Extrato de
Leveduras
4
- 2,00 - 2,00 - -
Prebiótico
5
- - 0,15 0,15 - -
100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Composição calculada
EM (kcal/kg) 2.960 2.960 2.960 2.960 3.050 3.200
PB (%) 21,11 21,14 21,11 21,11 21,14 19,20
Ca (%) 0,94 0,92 0,92 0,92 0,90 0,81
Pd (%) 0,47 0,47 0,47 0,47 0,45 0,40
Na (%) 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,20
Lis (%) 1,50 1,50 1,50 1,50 1,31 1,18
Met (%) 0,72 0,73 0,72 0,73 0,60 0,51
M + C (%) 1,07 1,07 1,07 1,07 0,91 0,82
47
47
Os cálculos para o consumo de ração foram realizados através da diferença
entre as pesagens da ração fornecida e a sobra nos comedo41 0 Td(s)Tj5.876bos doso4 nidades( )Tj4
48
Tabela 3. Características produtivas de frangos de corte alimentados com dietas suplementadas
ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em diferentes temperaturas na fase de 1
a 7 dias de idade.
Fatores
Temperatura (T)
GP (g) CR (g) CA VC (%)
Quente 151 c 148 0,98 b 99,58
Neutra 171 a 155 0,90 a 99,37
Fria 167 b 152 0,91 a 98,75
Prebiótico (P)
Com 164 153 0,95 99,86 a
Sem 163 151 0,92 98,61 b
Extrato de Levedura (EL)
Com 163 154 a 0,94 99,02
Sem 162 149 b 0,92 99,44
Probabilidades
T <0,0001 NS 0,0179 NS
P NS NS NS 0,0426
EL NS 0,0196 NS NS
P X EL NS 0,0313 NS NS
EL X T NS NS NS NS
T X P NS NS NS NS
T X P X EL NS NS NS NS
CV (%) 5,00 6,47 5,27 2,07
Na mesma coluna, médias seguidas de letras iguais não diferem entre si pelo teste Duncan (5%).
CV (%) = coeficiente de variação
NS=não significativo
O melhor valor de GP foi obtido em temperatura neutra. Os pintainhos criados na
temperatura quente apresentaram GP 12% menor em relação aos criados na
temperatura neutra e os criados na temperatura fria, 2% menor que os da temperatura
neutra. Sabe-se que o pintainho recém-nascido depende de fonte externa de energia
para termorregulação, sendo sua temperatura ao redor de 39ºC a 40ºC (FURLAN e
MACARI, 2002). Assim, em temperatura fria os pintainhos provavelmente aumentaram
a produção de calor pelo aumento da taxa metabólica, resultado em pior desempenho
em relação à temperatura neutra. Esses dados concordaram com os encontrados por
MALHEIROS
et al.
(2000) e MORAES
et al.
(2002), que encontraram menor peso nas
aves criadas em menor temperatura. Em contrapartida, em temperatura quente, o alto
custo energético para dissipação de calor através do resfriamento evaporativo foi
49
responsável pela queda no desempenho, visto que FURLAN e MACARI (2002)
relataram que são necessárias 550 calorias para evaporar 1 g de água.
Em relação a CA, a temperatura quente provocou o pior resultado e os melhores
valores foram obtidos em temperatura neutra e fria. Esses resultados indicaram que a
energia gasta para dissipar calor em temperatura quente foi maior que a destinada para
produção de calor em temperatura fria. De fato, a temperatura ambiente é um fator
importante para o desempenho das aves, e pintainhos criados a 35°C mostraram menor
GP. VAN DER HEL
et al.
(1991) observaram que a exposição de pintainhos no primeiro
dia de vida a altas temperaturas resultou em menor ganho de peso, em outro trabalho
foi observado que a exposição durante os primeiros 2 dias de vida provocou perda de
peso em torno de 12% nos frangos (VAN DER HEL
et al.
, 1992). Variando a
temperatura entre 28 a 32°C nos primeiros sete dias de vida, MAY e LOTT (2000) não
encontraram diferenças em relação ao GP, CR e CA porém, a menor temperatura em
seu experimento tenha proporcionado significativamente maior mortalidade.
A adição de prebiótico à ração aumentou a viabilidade criatória dos pintainhos na
fase de 1
a 7 dias. Possivelmente, o prebiótico provocou redução do pH intestinal,
deprimindo o crescimento de microrganismos patogênicos e favorecendo uma
microbiota intestinal benéfica, o que resultou em menor mortalidade. A pouca
diversidade da microflora intestinal de aves recém nascidas, além de ser considerada
como um fator limitante para a digestão, também possibilita a colonização intestinal por
patógenos entéricos. A ausência de contato com a microbiota natural logo após o
nascimento pode afetar o desenvolvimento do trato gastrintestinal e, por conseqüência,
prejudicar o crescimento das aves. ITO
et al.
(2004) descreveram que a partir do dia
de vida das aves, os microrganismos desejáveis como
Lactobacillus
e outros da
microbiota normal do trato gastrintestinal são encontrados em grandes quantidades no
meio intestinal. Porém, a ocorrência de desafios maiores em situações de morbidade
ambiental pode tornar a flora instável até a semana de vida das aves (CANALLI
et
al.
, 1996).
50
Os dados encontrados diferem dos observados por CORRÊA
et al.
(2000) e
DIONÍZIO
et al.
(2002) que avaliando prebióticos não encontraram diferenças
estatísticas para viabilidade criatória.
Houve interação significativa entre prebiótico e extrato de levedura para CR, com
o desdobramento apresentado na Tabela 4.
Tabela 4. Desdobramento da interação entre o extrato de levedura e prebiótico para consumo
de ração (g) de frangos de corte de 1 a 7 dias de idade.
Extrato de Leveduras
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com 160 Aa 149 B 0,0009
Sem 147 b 151 NS
Probabilidade
0,0016 NS
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo teste de Fisher
(p<0,05
*
)
NS=não significativo.
Os resultados mostraram que a inclusão de extrato de levedura associado ao
prebiótico à dieta proporcionou maior CR. Este efeito ocorreu pelo poder palatabilizante
do extrato de leveduras, uma vez que este possui alto teor de ácido glutâmico (CAP. 2).
Por outro lado, IJI e TIVEY (1998) e IJI
et al.
(2001) observaram que o uso de
oligossacarídeos pode proporcionar aumento no consumo de ração.
Desempenho 1 a 21 dias
Os resultados para consumo de ração (CR), ganho de peso (GP), conversão
alimentar (CA) e viabilidade criatória (VC) no período de 1 a 21 dias estão apresentados
na Tabela 5.
Houve interação significativa entre temperatura de criação e prebiótico para GP e
entre prebiótico e extrato de levedura para CA, estando os desdobramentos
apresentados nas Tabelas 6 e 7, respectivamente.
Os pintainhos criados em temperatura quente apresentaram menor CR em
relação aos criados em temperaturas neutra e fria. A redução do CR em alta
temperatura ocorreu como uma tentativa de aliviar o estresse por calor, pois como
demonstrado por KOH e MACLEOD (1999a,b) e LONGO (2000), que a produção de
51
calor aumenta com a elevação do consumo de alimento. Por outro lado, o CR em
temperatura fria foi maior que em neutra. Esse efeito sobre o consumo alimentar está
relacionado ao ajuste na ingestão de energia que as aves fazem para atender às
exigências de mantença de acordo com a temperatura (MACARI
et al.
, 1994).
Tabela 5. Características produtivas de frangos de corte alimentados com dietas suplementadas
ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em diferentes temperaturas na fase de 1
a 21dias de idade.
Fatores
Temperatura (T)
GP (g) CR (g) CA VC (%)
Quente 899 b 1.154 c 1,27 a 98,75
Neutra 926 a 1.216 b 1,30 b 98,12
Fria 877 c 1.278 a 1,47 c 96,87
Prebiótico (P)
Com 896 1.222 1,35 99,30 a
Sem 903 1.210 1,34 96,52 b
Extrato de Levedura (EL)
Com 899 1.212 1,34 97,36
Sem 900 1.221 1,35 98,47
Probabilidades
T <0,0001 <0,0001 <0,0001 NS
P NS NS NS 0,0350
EL NS NS NS NS
P X EL NS NS 0,0137 NS
EL X T NS NS NS NS
T X P 0,0035 NS NS NS
T X P X EL NS NS NS NS
CV (%) 2,24 3,02 2,25 4,48
Na mesma coluna, médias s
52
imaturidade do sistema termorregulador, que de acordo com FURLAN e MACARI
(2002) e SHINDER
et al.
(2002) atinge sua plenitude entre 10 e 15 dias pós-eclosão.
Para esses autores, isso ocorre devido à alta relação área/volume corporal, o que
associado ao empenamento incompleto dificulta a retenção de calor. Ainda, MACARI
et
al.
(1994) comentaram que as aves são desprovidas de tecido adiposo marrom, o qual
possui ação termogênica na maioria dos mamíferos.
A viabilidade criatória foi influenciada pela inclusão de prebiótico na dieta. Com o
equilíbrio da microbiota intestinal, as aves tiveram melhores condições de absorção de
nutrientes e, conseqüentemente conseguiram enfrentar em melhores condições o
estresse nessa fase da produção.
Tabela 6. Desdobramento da interação entre temperatura e prebiótico para GP (g) de frangos
de corte na fase de 1 a 21 dias de idade.
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 896 903 b NS
Neutra 905 B 941 Aa 0,0053
Fria 888A 865 Bc 0,0443
Probabilidade
NS <0,0001
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de
Duncan e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS=não significativo
Dentro da temperatura neutra, a não inclusão de prebiótico na dieta pré-inicial
proporcionou maior GP aos 21 dias de idade (Tabela 6). Esse resultado provavelmente
ocorreu devido a um desequilíbrio na microbiota intestinal nas aves que receberam
prebiótico na fase pré-inicial. Sabe-se que qualquer fator que leve a um desequilíbrio da
microbiota intestinal podepermitir a instalação e a multiplicação de microrganismos
patogênicos (FULLER, 1989), ficando evidente que o equilíbrio da microbiota intestinal
reflete diretamente em um bom estado de saúde do hospedeiro (MILES, 1993)
Em contrapartida, a inclusão de prebiótico na ração pré-inicial proporcionou
maior ganho de peso na temperatura fria. Este fato pode ser explicado pela maior
densidade de vilos no duodeno e íleo das aves criadas nessa temperatura, aumentando
53
dessa forma a superfície absortiva e, conseqüentemente, proporcionado melhor
aproveitamento do alimento (CAP. 4).
O estudo dentro da não inclusão de prebiótico à ração pré-inicial mostrou que o
melhor valor de GP foi obtido em temperatura neutra. Para FURLAN e MACARI (2002)
em temperatura neutra a taxa metabólica é nima e a homeotermia é mantida com
mínimo gasto energético. LONGO (2000) encontrou menor exigência de energia
metabolizável para mantença dentro da faixa de temperatura neutra de frangos de
corte. Portanto, essa melhor eficiência de utilização da energia metabolizável em
temperatura neutra, explica o maior GP das aves. Neste contexto, as temperaturas
quente e fria prejudicaram o GP em relação à neutra, com piores resultados para a
temperatura fria. Em temperatura fria os pintainhos provavelmente aumentaram a
produção de calor pelo aumento da taxa metabólica, resultando em pior desempenho
em relação à temperatura neutra. Em contrapartida, em temperatura elevada, o alto
custo energético para dissipação de calor através do resfriamento evaporativo e a
redução no consumo de ração, foram responsáveis pelo menor desempenho. De fato,
FURLAN e MACAR Td(m)Tj9.71451 0 Td( )3814 0 Td( )Tj4.31R
54
avaliaram a inclusão de levedura íntegra, extrato de levedura e parede celular de
levedura na ração dos frangos de cortes e aos 21 dias obtiveram pior CA para levedura
íntegra e ração controle, a qual era isenta de levedura, e melhor CA para as aves que
receberam parede celular e extrato de levedura.
Desempenho 1 a 42 dias
Os resultados para consumo de ração (CR), ganho de peso (GP), conversão
alimentar (CA) e viabilidade criatória (VC) no período de 1 a 42 dias estão apresentados
na Tabela 8.
Tabela 8. Características produtivas de frangos de corte alimentados com dietas suplementadas
ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em diferentes temperaturas no período de
1 a 42 dias de idade.
Fatores
Temperatura ambiente (T)
GP (g) CR (g) CA VC (%)
Quente 2.595 b 4.134 c 1,59 b 92,91
Neutra 2.655 b 4.507 b 1,70 a 95,00
Fria 2.783 a 4.676 a 1,68 a 93,33
Prebiótico (P)
Com 2.698 4.474 a 1,66 95,41
Sem 2.658 4.405 b 1,66 92,08
Extrato de Levedura (EL)
Com 2.652 4.410 1,66 93,05
Sem 2.703 4.468 1,65 94,44
Probabilidades
T <0,0001 <0,0001 <0,0001 NS
P NS 0,0491 NS NS
EL NS NS NS NS
P X EL NS NS NS NS
EL X T NS NS 0,0267 NS
T X P 0,0273 NS NS NS
T X P X EL NS NS NS NS
CV (%) 3,33 2,65 2,39 9,73
Na mesma coluna, médias seguidas de letras iguais não diferem entre si pelo teste Duncan (5%).
CV% = coeficiente de variação
NS=não significativo
55
O CR foi menor em temperatura elevada em relação à neutra, que, por sua vez,
foi menor que na baixa temperatura. Os frangos criados em temperatura quente
apresentaram CR 9% menor que os criados em temperatura neutra. Isso ocorreu pois,
quanto menor o CR menor é a produção de calor (KOH e MACLEOD, 1999a,b;
LONGO, 2000) o que diminui a quantidade de calor produzida pelo animal, amenizando
o estresse calórico. Em temperatura fria as aves apresentaram uma elevação no CR de
4% em relação a temperatura neutra, pois ao contrário do que anteriormente foi citado,
elevando-se o CR é possível elevar a produção de calor, minimizando o estresse pelo
frio.
Nenhum dos fatores estudados afetaram a viabilidade criatória na fase de 1
a 42
dias. Também não houve influência do extrato de levedura e do prebiótico sobre o GP.
SANTOS
et al.
(2005), também não encontraram diferenças significativas ao avaliar o
efeito de diferentes prebióticos e de ácido orgânico sobre o desempenho de frangos de
corte.
Houve interação significativa entre temperatura e prebiótico para GP e entre
temperatura e extrato de levedura para CA, com os desdobramentos apresentados nas
Tabelas 9 e 10, respectivamente.
Tabela 9. Desdobramento da interação entre temperatura de criação e prebiótico para ganho de
peso de frangos de corte no período de 1a 42 dias de idade.
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 2.666 Ab 2.524 Bc 0,0020
Neutra 2.656 b 2.654 b NS
Fria 2.771 a 2.795 a NS
Probabilidade
0,0145 <0,0001
Médias seguidas de letras iguais minúsculas (maiúscula) na coluna (linha) não diferem entre si pelos
Testes de Duncan e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS=não significativo.
Na Tabela 9, o estudo dentro das temperaturas mostrou que apenas houve efeito
significativo dentro da temperatura quente, na qual a inclusão de prebiótico à ração pré-
inicial proporcionou maior GP no período de 1 a 42 dias de idade. Este fato pode ser
explicado pela maior altura de vilos no duodeno das aves criadas nessa temperatura,
56
aumentando dessa forma a superfície absortiva e, conseqüentemente, proporcionado
melhor aproveitamento do alimento (CAP. 4).
O estudo dentro de inclusão de prebiótico nas diferentes temperaturas mostrou
que houve maior GP na temperatura fria, seguida pela temperatura neutra e quente, as
quais não diferiram estatisticamente. O maior GP na temperatura fria com a inclusão de
prebiótico pode ser justificado pela maior altura de vilos no duodeno e jejuno, e maior
densidade de vilos no jejuno possibilitando melhor aproveitamento do alimento e, dessa
forma gerando maior GP (CAP. 4)
Por outro lado, o estudo dentro da não inclusão de prebiótico nas diferentes
temperaturas mostrou que houve maior GP na temperatura fria, seguido pela neutra e
pela temperatura quente. O maior GP na temperatura fria pode ser explicado pelo
aumento do CR a fim de compensar o aumento na taxa de perda de calor (CLOSE e
MOUNT, 1978). Já o menor GP na temperatura quente deve-se à menor ingestão de
alimento, como um mecanismo de defesa para reduzir a produção de calor. Além disso,
houve menor altura de vilos no duodeno e jejuno quando da não inclusão de prebiótico
à dieta pré-inicial, apesar da maior densidade de vilos encontrada nessa temperatura
(CAP. 4)
Na Tabela 10, o estudo dentro das temperaturas mostrou que houve efeito
significativo dentro da temperatura fria, na qual a não inclusão de extrato de levedura à
ração pré-inicial proporcionou uma melhor CA ao final da criação. Este fato pode estar
relacionado à maior altura de vilos no jejuno, quando da não inclusão de extrato de
levedura na ração pré-inicial (CAP. 4).
Tabela 10. Desdobramento da interação entre temperatura de criação e extrato de levedura
para conversão alimentar de frangos de corte no período de 1
a 42 dias de idade.
Extrato de Levedura
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 1,58 a 1,61 a NS
Neutra 1,71 b 1,70 b NS
Fria 1,71 Bb 1,65 Aab 0,0436
Probabilidade
<0,0001 0,0042
Médias seguidas de letras iguais minúsculas (maiúscula) na coluna (linha) não diferem entre si pelos
Testes de Duncan e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS=não significativo.
57
Tanto o estudo dentro da inclusão e da ausência de extrato de levedura nas
diferentes temperaturas mostrou que houve pior CA nas temperaturas neutra e fria e
melhor na temperatura quente. A melhor CA na temperatura quente deve-se ao baixo
CR e GP, resultando em melhor CA nessa idade. Porém, de acordo com ABU-DIEYEH
(2006), a alta temperatura
per se
induz a mudanças fisiológicas nas aves com a
diminuição na taxa metabólica, a qual resulta no menor consumo de alimento, digestão
deficiente, prejudicando o metabolismo.
Rendimento de carcaça
Apenas a temperatura de criação afetou o rendimento de carcaça, rendimento de
peito e rendimento de coxa+sobrecoxa, sendo que os resultados estão apresentados na
Tabela 11.
O rendimento de carcaça e coxa+sobrecoxa foram maiores em temperatura
quente do que em neutra e fria. O melhor rendimento de carcaça em temperatura
quente provavelmente ocorreu devido ao menor desenvolvimento visceral das aves
criadas nesta temperatura, em função do menor metabolismo das aves (MACHADO,
2001), do menor empenamento devido a grande necessidade de dissipação de calor
(GERAERT
et al.
, 1996a, COOPER e WASHBURN, 1998) e da maior deposição de
gordura abdominal (HOWLIDER e ROSE, 1987 e FURLAN
et al.,
2001). No entanto, o
maior rendimento de carcaça não compensa o menor peso corporal e a melhor
conversão alimentar observados para as aves criadas em temperatura quente.
Observou-se que a alta temperatura proporcionou maior rendimento de
coxa+sobrecoxa e os menores valores foram encontrados nas temperaturas neutra e
fria. O maior rendimento de coxa+sobrecoxa encontrado na temperatura quente
provavelmente pode ser explicado pelo metabolismo oxidativo que normalmente ocorre
nessa musculatura. Em aves expostas a altas temperaturas existe maior concentração
de glicose plasmática, aumentando o metabolismo oxidativo e, conseqüentemente
favorecendo o armazenamento de energia em forma de gordura na coxa-sobrecoxa
(GERAERT
et al.
, 1996a,b, FARIA FILHO, 2003).
58
Tabela 11.Características do rendimento de carcaça e cortes de frangos de frango alimentados
com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e, criados em diferentes
temperaturas aos 42 dias de idade.
Fatores
Temperatura ambiente (T)
RC (%) (%) peito
(%) coxa +
sobre-coxa
Quente 84,25 a 31,42 ab 27,58 a
Neutra 83,80 b 31,60 a 26,79 b
Fria 81,15 b 30,93 b 26,57 b
Prebiótico (P)
Com 83,00 31,47 27,04
Sem 83,13 31,29 26,92
Extrato de Levedura (EL)
Com 83,12 31,31 26,82
Sem 83,01 31,45 27,14
Probabilidades
T 0,0003 0,0469 0,0006
P NS NS NS
EL NS NS NS
T X P NS NS NS
T X EL NS NS NS
P X EL NS NS NS
T X P X EL NS 0,0216 NS
CV (%) 2,39 2,73 1,99
Na mesma coluna, médias seguidas de letras iguais não diferem entre si pelo teste de Tukey (p< 0,05).
CV% = coeficiente de variação; NS=não significativo.
O rendimento de peito foi afetado apenas pela temperatura de criação, havendo
maior rendimento de peito na temperatura neutra e menor na temperatura fria. na
temperatura quente o rendimento de peito não diferiu estatisticamente do encontrado
nas temperaturas neutra e fria. Estes resultados estão de acordo com os encontrados
por PERRAULT e LEESON (1992) e por COSTA
et al.
(2001). Entretanto, discordaram
dos apresentados por BAZIZ
et al.
(1996), YALÇIN
et al.
, (2001) e FARIA FILHO (2003),
que relataram que o menor rendimento de peito na temperatura quente deve-se ao
aumento na ofegação durante o estresse por calor, repercutindo dessa forma em maior
atividade da musculatura do peito e provocando assim queima das reservas de
glicogênio, as quais são armazenadas na musculatura do peito, e, conseqüentemente
prejudicando o rendimento dessa musculatura.
59
Provavelmente o resultado encontrado para rendimento de peito neste
experimento deve-se à influência exercida pelas temperaturas quente e fria que as aves
foram submetidas a partir do dia de vida pois, nos experimentos citados acima as
aves foram criadas em alta temperatura após 21 dias de idade, sofrendo dessa forma
maior influência da temperatura. Por outro lado, o efeito provocado pela temperatura fria
foi inverso, pois como se sabe, as aves precisam de alta temperatura nos primeiros dias
de vida para manter a homeotermia, entretanto, neste experimento o estresse
provocado pelo frio a partir do dia de vida provavelmente refletiu ao longo dos 42
dias de vida, proporcionando dessa forma menor rendimento de peito.
Conclusão
Diante dos resultados encontrados pode-se concluir que apesar da criação das
aves em ambiente quente ter proporcionado melhor rendimento de carcaça e cortes
nobres, estes resultados não são compensadores devido aos piores resultados
produtivos, enquanto que a inclusão de prebiótico mostrou-se mais eficiente em aves
criadas em ambiente quente.
A inclusão de prebiótico na ração pré-inicial resultou em maior ganho de peso e
melhor conversão alimentar nas aves criadas sob alta temperatura, ao final de 42 dias
de idade, além de aumentar a viabilidade criatória até os 21 dias de idade.
Com relação ao extrato de levedura adicionado à ração pré-inicial, observou-se
efeito benéfico sobre a conversão alimentar das aves aos 21 dias de idade, quando
utilizado isoladamente.
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66
CAPÍTULO 4 - INFLUÊNCIA DO EXTRATO DE LEVEDURA (Saccharomyces
cerevisiae)
E PREBIÓTICO NA D49
D NAeD
67
INFLUENCE OF THE YEAST EXTRACT (SACCHAROMYCES CEREVISIAE) AND
PREBIOTIC IN STARTER DIET OF BROILER REARED IN DIFFERENT
TEMPERATURES ON INTESTINAL MUCOSA STRUCTURE AND ULTRA
STRUCTURE
Abstract:
The objective of this work was to evaluate the influence of the yeast extract
and prebiotic in started diet broile
68
Introdução
Sabendo-se que o trato gastrintestinal é o primeiro local de entrada de qualquer
substância administrada oralmente, principalmente os nutrientes contidos na ração,
bem como seus contaminantes e, que o desenvolvimento do trato gastrintestinal
durante a primeira semana de vida é essencial para que o frango de corte possa
expressar seu alto potencial genético para ganho de peso, permitindo dessa forma a
diminuição do tempo necessário para o abate (NITSAN, 1995), torna-se necessário o
estudo da mucosa intestinal uma vez que o intestino possui importante função sobre o
desempenho do frango de corte.
O desenvolvimento da mucosa intestinal consiste no aumento da altura e
densidade dos vilos, o que corresponde ao aumento em número de suas células
epiteliais tais como enterócitos, células caliciformes e enteroendócrinas. Esse processo
decorre primariamente de dois eventos citológicos associados: renovação celular
resultante das divisões mitóticas sofridas por células totepotentes (
stem cells
)
localizadas na cripta e ao longo dos vilos (UNI
et al.
, 1998), e perda de células ou
extrusão, que ocorre normalmente no ápice dos vilos.
Uma vez submetido a injúrias físicas, químicas ou biológicas, o organismo das
aves responde rapidamente por um processo de descamação e reação inflamatória do
tecido conjuntivo, bem como pelo aumento de peso do trato gastrintestinal em
conseqüência do aumento da lâmina própria. A lesão tecidual leva à diminuição dos
vilos, aumento do
turnover
celular e diminuição da atividade digestiva e absortiva. Como
conseqüência do tecido estar voltado para o processo de controle da inflamação e
reepitelização da mucosa, ocorre um desvio de nutrientes para este fim, ao invés de
utilizá-los para o crescimento e produção (VISEK, 1978).
Diferentes aditivos alimentares podem melhorar o desempenho animal,
melhorando a eficiência energética do intestino (SPRING, 1996 e SAVAGE
et al.
, 1997).
O extrato de leveduras, por ser rico em inositol, ácido glutâmico e nucleotídeos auxilia
no processo de desenvolvimento e recuperação das vilosidades, contribuindo desta
forma, para o aumento da digestão e absorção dos nutrientes e, conseqüente
desenvolvimento dos animais.
69
Alguns prebióticos, como os mananoligossacarídeos, atuam como ligantes de
alta afinidade , proporcionando um meio de aglutinação competitivo para determinados
tipos de bac9zprti as
70
Tabela 1. Temperaturas utilizadas na criação dos frangos de corte ± desvio padrão da média.
Idade das aves Temperatura ambiente (T°C)
(dias) Quente Neutra Fria
1 a 3 dias 35 ± 1 32 ± 2 28 ± 3
4 a 7 dias 34 ± 1 31 ± 1 26 ± 2
8 a 14 dias 32 ± 3 28 ± 2 22 ± 2
15 a 21 dias 31 ± 3 26 ± 2 20 ±3
22 a 42 dias 30 ± 3 23 ± 2 19,5 ± 2
As rações acrescidas ou não com extrato de leveduras e/ou prebiótico foram
oferecidas somente na fase pré- inicial (1-7 dias), sendo que a partir do dia todas as
aves, de cada tratamento, receberam a mesma ração, sendo reajustadas de acordo
com cada fase de criação (1 a 7; 8 a 21 e 22 a 42 dias), atendendo as recomendações
de ROSTAGNO
et al.
(2000). Os níveis de extrato de levedura e de prebiótico utilizados
seguiram as recomendações da empresa que forneceu os produtos. As rações foram:
R1 – Ração basal sem extrato de levedura e sem prebiótico;
R2 – Ração com 2,0% de extrato de leveduras e sem prebiótico,
T3 – Ração sem extrato de levedura e com 0,15% de prebiótico,
R4 – Ração com 2,0% de extrato de levedura e com 0,15% de prebiótico.
Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado em arranjo
fatorial 3 x 2 x 2, sendo os fatores temperaturas de criação (quente, neutra e fria), níveis
de extrato de levedura
3
(com ou sem) e níveis de prebiótico
4
(com ou sem), sendo
utilizadas 4 repetições com 30 aves/tratamento/câmara, totalizando assim 1440 aves.
Microscopia de luz
Para análise dos parâmetros morfométricos intestinais, duas aves de cada
repetição foram sacrificadas aos 8, 21 e 42 dias de idade, após jejum de 12 horas para
que tivessem o trato gastrintestinal vazio. De cada ave foram extraídas amostras da
3
NuPro
®
. Alltech do Brasil agroindustrial Ltda. Araucária, PR.
4
.
Bio-Mos
®
. Alltech do Brasil agroindustrial Ltda. Araucária, PR.
71
região medial, com aproximadamente 2 cm de comprimento, de cada uma das regiões
do intestino delgado: duodeno; jejuno e íleo, sendo abertos longitudinalmente,
estirpados e fixados imediatamente em solução de
Bouin
por 24 horas. Em seguida
foram lavadas em álcool 70% para retirada do fixador e posteriormente foram
desidratadas em série crescente de álcoois, diafanizadas em xilol e incluídas em
parafina. Foram feitos cortes histológicos semi-seriados, de 5µm de espessura que
foram corados com hematoxilina e eosina, segundo metodologia de BEHMER
et al.
(1976) e as lâminas montadas com Bálsamo do Canadá. As análi
72
valores transformados e foram apresentadas as médias dos valores não transformados.
A variável da primeira coleta que precisou de transformação (y
0,75
) foi temperatura e
prebiótico para profundidade de cripta no jejuno. As análises de variância foram
realizadas utilizando o procedimento GLM do programa SAS
®
(SAS
Institute
, 2002), e
em caso de diferença significativa as médias foram comparadas pelo teste de Tukey
(5%).
Resultados
Microscopia de luz
Apenas a interação entre temperatura de criação e prebiótico para profundidade
de cripta no jejuno não foi significativa (Tabela 2). Todos os desdobramentos estão
apresentados nas Figuras 1 a 3 e Apêndices 1 a 3.
Tabela 2. Características de altura de vilos (AV) m) e profundidade de cripta (PC) (µm) de
frangos de corte, alimentados com dietas suplementadas ou não com extrato de levedura e
prebiótico, criados em diferentes temperaturas aos 8 dias de idade.
Fatores Duodeno
Jejuno
Íleo
Temperatura (T) AV PC
AV PC
AV PC
Quente
1.341a 131 b
720 b 135 b
581 a 113 a
Neutra
1.305 b 136 b
681 c 117 c
579 a 110 b
Fria
1.289 b 149 a
755 a 166 a
534 b 109 b
Prebiótico (P)
Com
1.270 b 137
720 143
558 b 111
Sem
1.361 a 140
718 136
572 a 110
Extrato de Levedura (EL)
Com
1.287 b 125 b
767 a 155 a
575 a 110
Sem
1.343 a 152 a
671 b 124 b
554 b 111
Probabilidades
T
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
<0,0001 0,0082
P
<0,0001 NS
NS NS
0,0267 NS
EL
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
0,0007 NS
P X EL
<0,0001 <0,0001
0,0003 0,0138
0,0015 0,0021
EL X T
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
T X P
<0,0001 0,0029
<0,0001 NS
0,0002 <0,0001
T X P X EL
<0,0001 <0,0001
<0,0001 NS
<0,0001 0,0287
CV (%)
11,46 33,63
27,20 41,59
15,21 31,38
Na mesma coluna, médias seguidas de letras iguais não diferem entre si pelo teste Tukey (5%). CV%= coeficiente de
variação;.NS=não significativo.
73
Os desdobramentos das interações ocorridas para altura de vilos e profundidade
de cripta no duodeno estão apresentados na Figura 1.
Figura 1. Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
duodeno aos 8 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada nível de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do vel de extrato de levedura em cada vel de prebiótico extrato de
levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada nível de
prebiótico ou extrato de levedura.
0
400
800
1200
1600
Com Sem Com Sem
Extrato de levedura
µm
Com prebiótico Sem prebiótico
Altura de Vilo
Profundidade de cripta
A
Bb
aAa
b
Ba
A
Bb
0
50
100
150
200
Com Sem Sem
Profundidade de Cripta (µm)
Quente Neutra Fria
Aa
Aa
Aa
Bb
a
a AB
Bb
b
Ba
Extrato de Levedura Prebiótico
0
400
800
1200
1600
Com Sem Com Sem
Altura de Vilo (µm)
Extrato de Levedura Prebiótico
Ba
Bb
Aa
BbBb
AaAa
Bb Aa Ab
Bc
Aa
A
B
B
74
Extrato de levedura x Prebiótico
No estudo dentro de prebiótico observou-se que a inclusão ou não deste aditivo
juntamente com a inclusão de extrato de levedura proporcionou maior altura do vilos e,
a ausência de prebiótico e a inclusão de extrato de levedura resultaram em menor
profundidade de cripta no duodeno. aos 8 dias de idade.
Temperatura x Extrato de levedura
Houve diferenças significativas dentro das diferentes temperaturas de criação
onde apenas na temperatura fria a suplementação de extrato de levedura resultou em
maior altura dos vilos. Também houve diferenças significativas dentro de extrato de
levedura, onde a suplementação do aditivo proporcionou maior altura de vilos nas
temperaturas quente e fria.
Com relação à profundidade de cripta, o estudo dentro das diferentes
temperaturas mostrou que a inclusão de extrato de levedura nas temperaturas quente e
neutra proporcionou menor profundidade de criptas. Não houve efeito significativo
dentro da temperatura fria. o estudo dentro de extrato de levedura mostrou que
houve menor profundidade de cripta na temperatura quente e neutra. quando da
ausência de extrato de levedura na ração houve maior profundidade de cripta na
temperatura neutra.
Os desdobramentos das interações oco.87668 0 Td( )Tj3.71d(e)Tj6.47634 0 Td1u5.4 350 Tm( )Tj/R12 11.6798 Tf1.0 0 Td(n)Tj6.35641 0(n)Tj6.35641 0(n)Tj6.35641 0(n)Tj6.35641 83(u)Tj6.47634 0 Td(r)Tj3.95776 0 Td(e)Tj6.59627 0 Td( )Tj3.7178 0 Td(a)Tj6.47634 0 Td(l)Tj2.63851 0 Td(t)Tj3.23817 0 Td(u)Tj6.47634 0 Td(r)Tj3.95776 0 Td(a)Tj6.35644 0 Td( )Tj3.23817 0 Td(d)Tj6.47634 0 Td(e)Tj6.5961 0 Td( )Tj6.35638 0 Td(v)Tj5.75675 0 Td(i)Tj2.75844 0 Td(l)Tj2.63851 0 Td(o)Tj6.47634 0 Td(e)Tj6.5963 0 Td(d)Tj6.59627 0 Td35641 0(n)Tj6.35641 0(n)Tj7 0 Td(p)Tj6.47634 0 Td(r)Tj3.95776 0 Td(s)Tj5.8766.16 Td(a)Tj6.47631 0 Td( )Tj5.51681 0 Td(a)Tj6.59627 0 Td(d)Tj6.35644 0 Td( )Tj9.71451 0 Td(u)Tj6.47634 0 Td(o)Tj6.59627 0 Td(d)Tj6.35648 0 Td(o)Tj6.47634 0 Td( )Tj-457.661 -20.04 Td(d)Tj6.59627 0 Td(e)Tj6.47634 0 Td( )Tj3.23817 0 Td(c)Tj5.87668 0 Td(r)Tj3.83783 0 Td(i)Tj2.75844 0 Td(p)Tj6.35641 0 Td(d)Tj6.47634 0 Td(e)Tj6.47634 0 Td(o)Tj6.35641 0 Td(d)Tj6.59627 0 Td(e)Tj6.4763j 0 Td(r)Tj3.8378.04 Td(d)Tj6.5962j 0 Td(r)Tj3.8378.16 Td(a)Tj6.47631 0 Td(e)Tj6.35641 0 Td(n)Tj6.47637 0 Td(e)Tj6.35641 0 Td( )Tj5.75675 0 Td(e)Tj6.35641 0 Td(s)Tj5.87667 0 Td(N)Tj8.51519 0 Td(n)Tj6.47637 0 Td(p)Tj6.35641 0 Td(d)Tj6.47633 0 Td( )Tj5.39695 0 Td(p)Tj6.476341 0 Td(t)Tj3.3581 0 Td(e)Tj6.35641 0 Td(v)Tj5.99667 0 Td(e)Tj6.35641 0 Td(n)Tj6.4761 0 Td(d)Tj6.59627 0 Td(a)Tj6.35644 0 Td(l)Tj2.63851 0 Td(o)Tj6.47634 0 Td(e)Tj6.47634 0 Td(o)Tj6.35644 0 Td(r)Tj3.95776 0 Td(n)Tj6.476F 0 Td(e)Tj6.358 0 Td(s)Tj5.87668 0 Td(i)Tj2.63857 0 Td(d)Tj6.35641 0 Td(u)Tj6.59627 0 Td(r)Tj3.83783 0 Td(n)Tj6.4762 0 Td(i)Tj2.63856 0 Td(a)Tj6.35641 0 Td(.)Tj/R15349.56 309 Tf0.994 0 Td( )Tj3.24188 0 Td235.6936.59627 0 Td8 0 Td34.45956.47634 0 Td6 0 Td( )Tj3.24183 0 Td(E)Tj7.80441 0 Td(x)Tj6.48366 0 Td(t)Tj3.84217 0 Td(r)Tj4.56258 0 Td(a)Tj6.3636 0 Td(t)Tj4.08231 0 Td(o)Tj7.084 0 Td( )Tj3.24183 0 Td(d)Tj7.20407 0 Td(e)Tj6.3636 0 Td( )Tj3.24183 0 Td(l)Tj3.3619 0 Td(e)Tj6.60373 0 Td(v)Tj6.3636 0 Td(e)Tj6.48366 0 Td(d)Tj7.20407 0 Td(u)Tj7.084 0 Td(r)Tj4.56258 0 Td(a)Tj6.3636 0 Td( )Tj3.48197 0 Td(x)Tj6.48366 0 Td( )Tj3.24183 0 Td(P)Tj7.92448 0 Td(r)Tj4.56258 0 Td(e)Tj6.3636 0 Td(b)Tj7.084 0 Td(i)Tj3.3619 0 Td(ó)Tj7.084 0 Td(t)Tj3.84217 0 Td(i)Tj3.24183 0 Td(c)Tj6.48366 0 Td(o)Tj7.084 0 Td( )Tj/R1200.32 249.1.000D66 0j-109.018 -204 0 Td(r)Tj3.83783 0 Td(e)Tj6.47634 0 Td(n)Tj6.3564 0 Td(t)Tj3.23817 0 Td(r)Tj3.95776 0 T4Tj73
75
Figura 2. Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
jejuno aos 8 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada nível de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do nível de extrato de levedura em cada nível de prebiótico extrato de
levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada nível de
prebiótico ou extrato de levedura.
0
250
500
750
1000
Com Sem Com Sem
Altura de Vilo (µm)
Aa
a
Bba
Bb
b
Ac
Bb
Bc
Aa
a
Ab
Extrato de Levedura Prebiótico
0
200
400
600
800
1000
Com Sem Com Sem
Extrato de levedura
µm
Com Prebiótico Sem Prebiótico
Altura de Vilo
Profundidade de cripta
BaBb
Ab
Aa
A
A
BaBb
0
50
100
150
200
250
Com Sem
Extrato de Levedura
Profundidade de cripta
(µm)
Quente Neutra Fria
Aa
Bb
Ab
Aa
BbBb
A
B
B
76
Com relação à profundidade de cripta, observou-se que dentro de prebiótico, a
ausência ou presença deste produto proporcionou menor profundidade de cripta apenas
na ausência de extrato de leveduras. Dentro de extrato de leveduras, apenas houve
efeito significativo quando da inclusão deste aditivo, resultando em menor profundidade
de cripta quando utilizado isoladamente.
Temperatura x Extrato de levedura
Dentro de temperatura, houve efeito dentro da quente e neutra sendo que a
inclusão de extrato de levedura proporcionou maior altura de vilos. Dentro de extrato de
leveduras, observou-se que a inclusão gerou maior altura na temperatura quente
seguida, pela fria e menor na neutra. A não inclusão proporcionou maior altura de vilos
na temperatura fria e menor nas temperaturas quente e neutra.
Com relação à profundidade de cripta, observou-se que dentro de temperatura
houve efeito significativo dentro das temperaturas quente e fria, sendo que a presença
de extrato proporcionou maior profundidade de cripta nestas temperaturas. Dentro de
extrato de leveduras, observou-se que a inclusão proporcionou menor profundidade na
temperatura neutra, seguida pela quente e fria. a não inclusão proporcionou maior
profundidade na temperatura fria, e menor na quente e neutra.
Temperatura x Prebiótico
Dentro de temperatura houve efeito significativo dentro das temperaturas quente
e neutra com a inclusão de prebiótico proporcionando maior altura de vilos e na
temperatura fria inclusão de prebiótico gerou maior altura. Dentro de prebiótico, a
inclusão proporcionou maior altura na temperatura quente e menor nas temperaturas
neutra e fria. a não inclusão proporcionou maior altura de vilos na temperatura fria e
menor nas temperaturas quente e neutra.
Os desdobramentos das interações ocorridas para altura de vilos e profundidade
de cripta no íleo estão apresentados na Figura 3.
77
Figura 3. Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
íleo aos 8 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada nível de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do nível de extrato de levedura em cada nível de prebiótico extrato de
levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada nível de
prebiótico ou extrato de levedura.
0
100
200
300
400
500
600
700
Com Sem Com Sem
Altura de vilo (µm)
Aa
b
Aa
aB
Aa
Ba b
Bbb
Extrato de levedura Prebiótico
0
200
400
600
800
Com Sem Com Sem
Extrato de Levedura
µm
Com Prebiótico Sem Prebiótico
b
BbBb
Aa
B
Aa
Aa
0
40
80
120
Com Sem Com Sem
Profundidade de cripta (µm)
Quente Neutra Fria
Extrato de levedura Prebiótico
B
Aa
Bb
b
a
Bb
Aa
A
Bb
a
Aa
A
B
B
78
Prebiótico x Extrato de levedura
Dentro de prebiótico, apenas houve efeito significativo quando da não inclusão
deste produto e presença de extrato de leveduras proporcionando maior altura de vilos
no íleo.
Com relação à profundidade de cripta, observou-se que a ação isolada do extrato
de leveduras e do prebiótico provocou maior profundidade de cripta e na associação
dos dois aditivos houve redução na profundidade de cripta.
Temperatura x Extrato de levedura
Dentro das temperaturas, houve efeito significativo dentro da temperatura quente
e neutra sendo que a inclusão de extrato proporcionou maior altura de vilos na
temperatura quente e menor na neutra. Dentro de extrato de leveduras, a inclusão
proporcionou maior altura na temperatura quente e neutra e a não inclusão
proporcionou menor altura de vilos nestas temperaturas.
Com relação à profundidade de cripta, observou-se efeito significativo dentro de
temperatura quente onde a inclusão de extrato de levedura gerou maior profundidade
de cripta e na temperatura neutra gerou menor profundidade de cripta. Dentro de
extrato de leveduras, apenas houve efeito significativo quando da não inclusão deste
aditivo, proporcionando maior profundidade de cripta na temperatura neutra.
Temperatura x Prebiótico
Dentro de temperatura observou-se efeito significativo na temperatura neutra,
onde a não inclusão de prebiótico resultando em maior altura de vilos (p<0,05). Dentro
de prebiótico, a não inclusão proporcionou menor altura de vilos na temperatura fria e
maior nas temperaturas quente e neutra.
Para a variável profundidade de cripta, houve efeito significativo na temperatura
neutra onde a inclusão de prebiótico gerou menor profundidade de cripta. na
temperatura fria, houve menor profundidade de criptas quando da não inclusão de
prebiótico. Dentro de prebiótico, a inclusão proporcionou menor profundidade de cripta
na temperatura neutra e, a não inclusão, nas temperaturas quente e fria.
79
Os resultados para morfometria dos vilos aos 21 dias de idade estão
apresentados na T dulant ntera
80
Figura 4. Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
duodeno aos 21 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada nível de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do nível de extrato de levedura em cada nível de prebiótico extrato de
levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada nível de
prebiótico ou extrato de levedura.
0
400
800
1200
1600
2000
Com Sem Com Sem
µm
Com prebiótico Sem prebiótico
Altura de vilo
Profundidade de cripta
a
Bb
A
Ba
Aa
b Bba
400
800
1200
1600
2000
Com Sem Com Sem
Altura de vilo (µm)
Extrato de levedura
Prebiótico
Bb
Aa
Bb
Aa
Bb
Aa
Bb
Ab
Bc
Aa
0
50
100
150
200
250
Com Sem Com Sem
Profundidade de cripta (µm)
Quente Neutra Fria
Extrato de levedura Prebiótico
Aa
Aa b Ba
a
Bb
A
B
Bb
Aa
a
A
B
B
81
Prebiótico x Extrato de levedura
Não houve efeito significativo dentro de prebiótico. O estudo dentro de extrato de
leveduras mostrou que apenas houve efeito significativo quando da inclusão deste
aditivo e adição de prebiótico, resultando em maior altura no vilos.
Para a variável profundidade de cripta observou-se que a associação entre
extrato de levedura e prebiótico e que a não inclusão dos dois aditivos proporcionou
maior profundidade de cripta no duodeno aos 21 dias de idade.
Temperatura x Extrato de Levedura
O estudo dentro das temperaturas mostrou que houve maior altura de vilos nas
temperaturas fria e neutra quando da inclusão de extrato de leveduras. Dentro de
extrato de levedura, a inclusão deste aditivo proporcionou maior altura de vilos nas
temperaturas neutra e fria. a não inclusão proporcionou maior altura de vilos na
temperatura neutra, seguida pela fria e quente.
Com relação à profundidade de cripta, houve diferença significativa dentro da
temperatura quente e neutra com a inclusão de extrato de leveduras resultando em
menor profundidade de cripta. Contudo, na temperatura fria a não inclusão
proporcionou menor profundidade de cripta. Dentro de extrato de leveduras, apenas
houve efeito quando da não inclusão deste aditivo, resultando em maior profundidade
de cripta nas temperaturas quente e neutra.
Temperatura x Prebiótico
Estudando as diferentes temperaturas observou-se que apenas na temperatura
quente a inclusão proporcionou maior altura de vilos. Dentro de prebiótico, a inclusão na
fase pré-inicial gerou maior altura de vilos nas temperaturas neutra e fria e menor na
temperatura quente. a não inclusão do produto resultou em maior altura de vilos na
temperatura neutra, seguida pela fria e quente.
Houve diferença significativa dentro das temperaturas estudadas, sendo que na
temperatura quente a inclusão de prebiótico gerou menor profundidade de cripta e nas
temperaturas neutra e fria a não inclusão de prebiótico reduziu a profundidade de cripta
Dentro da inclusão de prebiótico houve redução da profundidade de cripta nas
temperaturas quente e fria e a ausência gerou menor profundidade na temperatura fria.
82
Os desdobramentos das interações ocorridas para altura de vilos e profundidade
de cripta no jejuno estão apresentados na Figura 5.
Figura 5. Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
jejuno aos 21 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada nível de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do nível de extrato de levedura em cada nível de prebiótico extrato
de levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada vel de prebiótico ou
extrato de levedura.
100
125
150
175
200
Com Sem Com Sem
Profundidade de cripta (µm)
Quente Neutra Fria
Extrato de levedura Prebiótico
a
Aa
Bb
a
a
BbAb
a
ab
Ab
a
Bb
0
200
400
600
800
1000
1200
Com Sem Com Sem
µm
Com Prebiótico Sem Prebiótico
b
b
Bb
aAa
Aa
B
Altura de vilo
Profundidade de cripta
A
B
600
850
1100
1350
Com Sem Com Sem
Altura de vilo (µm)
Extrato de levedura Prebtico
Ab Ab
Ba
Ab
Bb
Aa
Bb
b
Aa
Bc
b
Ba
B
83
Prebiótico x Extrato de Levedura
Houve maior altura dos vilos quando da inclusão de apenas um dos produtos
analisados. Dentro de prebiótico e extrato de levedura, observou-se que a associação
dos produtos reduziu a profundidade de cripta.
Temperatura x Extrato de Levedura
Dentro de temperatura, houve efeito dentro das temperaturas quente e neutra,
onde a inclusão de extrato de levedura proporcionou maior altura de vilos na
temperatura quente e menor na neutra. Dentro de extrato de leveduras, observou-se
que a inclusão gerou maior altura na temperatura neutra e menor nas temperaturas
quente e fria. a não inclusão proporcionou maior altura de vilos na temperatura
neutra, seguida da fria e quente.
Com relação à profundidade de cripta, observou-se que houve efeito significativo
dentro da temperatura neutra onde a presença de extrato proporcionou maior
profundidade de cripta e a inclusão proporcionou menor altura na temperatura fria.
Dentro de extrato de leveduras, observou-se que a inclusão proporcionou maior
profundidade nas temperaturas quente e fria e, que a não inclusão proporcionou maior
profundidade nas temperaturas neutra e fria e menor profundidade nas temperaturas
quente.
Temperatura x Prebiótico
Dentro de temperatura houve maior altura de vilos na temperatura neutra com a
inclusão e, nas temperaturas quente e fria com a não inclusão de prebiótico. Dentro de
prebiótico, a inclusão ou não proporcionou maior altura na temperatura neutra.
Dentro de temperatura houve efeito significativo apenas na temperatura neutra,
onde a inclusão de prebiótico proporcionou menor profundidade de cripta. Dentro de
prebiótico, observou-se que a inclusão proporcionou menor profundidade na
temperatura quente e maior na temperatura fria, e a profundidade na temperatura
neutra não diferiu daquela encontrada nas temperaturas quente e neutra. Já a não
inclusão proporcionou menor profundidade nas temperaturas quente e fria.
Os desdobramentos das interações ocorridas para altura de vilos e profundidade
de cripta no íleo estão apresentados na Figura 6.
84
Figura 6. Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
íleo aos 21 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada vel de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do nível de extrato de levedura em cada nível de prebiótico extrato de levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada vel de prebiótico ou
extrato de levedura.
660
680
700
720
740
760
780
Com Sem
Extrato de levedura
µm
Com Prebiótico Sem Prebiótico
A
a
Bb
Altura de vilo
600
650
700
750
800
850
Com Sem Com Sem
Altura de vilo (µm)
c
Bb
Ab
b
Aa
Ba
A
A
a
Bc
Bb
Extrato de levedura Prebtico
100
120
140
160
Com Sem
Prebtico
Profundidade de cripta
(µm)
Quente Neutra Fria
b
b
Aa
b
a
Ba
A
B
B
85
Prebiótico x Extrato de levedura
A ação isolada dos aditivos gerou menor altura de vilos no íleo aos 21 dias de
idade.
Temperatura x Extrato de levedura
Dentro das diferentes temperaturas houve efeito significativo nas temperaturas
neutra e fria onde a inclusão de extrato de leveduras resultou em maior altura de vilos.
Dentro de extrato de levedura, a inclusão do produto resultou em maior altura de vilos
na temperatura neutra, seguida pela fria e quente. Quando não houve inclusão do
produto à ração, houve maior altura na temperatura neutra, quente e fria, sendo que as
duas últimas não diferiram estatisticamente entre si.
Temperatura x Prebiótico
Dentro de temperatura observou-se efeito significativo apenas na temperatura
neutra em que a não inclusão de prebiótico resultou em maior altura de vilos. Dentro de
prebiótico, a não inclusão proporcionou menor altura de vilos nas temperaturas fria e
quente e, a inclusão resultou em maior altura de íleo nas temperaturas neutra e fria.
Dentro de temperatura, houve efeito significativo dentro das temperaturas quente
e neutra, sendo que a inclusão de prebiótico resultou em menor profundidade de cripta.
Dentro de prebiótico, a não inclusão proporcionou menor profundidade na temperatura
fria, seguida pela quente e neutra.
Os resultados da morfometria dos vilos aos 42 dias de idade estão apresentados
na Tabela 4. Apenas as interações entre temperatura de criação e extrato de levedura
para profundidade de cripta no duodeno, e entre prebiótico e extrato de levedura para a
para profundidade de cripta no jejuno e íleo não foram significativas. Todos os
desdobramentos estão apresentados nas Figuras 7 a 9 e Apêndices 7 a 9.
86
Tabela 4. Características de altura de vilos (AV) m) e profundidade de cripta (PC) (µm) de
frangos de corte, alimentados com dietas suplementadas ou não com extrato de levedura e
prebiótico e criados em diferentes temperaturas aos 42 dias de idade.
Fatores Duodeno
Jejuno
Íleo
Temperatura
(T)
AV PC
AV PC
AV PC
Quente
1661 b 134 b
1192 c 106 b
879 a 114 b
Neutra
1614 c 101 c
1285 a 106 b
818 b 93 c
Fria
1719 a 179 a
1245 b 127 a
759 c 126 a
Prebiótico (P)
Com
1758 a 134
1297 a 124 a
814 109
Sem
1573 b 142
1183 b 102 b
824 113
Extrato de levedura
(EL)
Com
1699 a 156 a
1222 b 116 a
812 112
Sem
1631 b 120 b
1258 a 110 b
827 110
Probabilidades
T
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
P
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
NS NS
EL
<0,0001 NS
0,0007 0,0484
NS NS
P X EL
<0,0001 0,0002
<0,0001 NS
<0,0001 NS
EL X T
<0,0001 NS
<0,0001 <0,0001
0,0037 0,0035
T X P
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
<0,0001 <0,0001
T X P X EL
<0,0001 0,0242
<0,0001 0,0004
<0,0001 <0,0001
CV (%)
10,62 42,70
10,64 36,78
11,66 34,42
Na mesma coluna, dias seguidas de letras distintas são estatisticamente diferentes pelo teste de Tukey
(p<0,005); CV%= coeficiente de variação. NS= não significativo
Os desdobramentos das interações ocorridas para altura de vilos e profundidade
de cripta no duodeno estão apresentados na Figura 7.
87
Figura 7
.
Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
duodeno aos 42 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada nível de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do nível de extrato de levedura em cada nível de prebiótico extrato de
levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada nível de
prebiótico ou extrato de levedura.
0
500
1000
1500
2000
Com Sem Com Sem
Extrato de levedura
µm
Com Prebiótico Sem Prebiótico
Altura de vilo
Profundidade de cripta
a
aBbaAb
Ba
a
Ab
1500
1750
2000
Com Sem Com Sem
Altura de vilo (µm)
Quente Neutra Fria
Extrato de levedura Prebiótico
AaAa
c
Ab
B
B
Bb
Aa
Ab
Ba
Bab
0
50
100
150
200
250
Com Sem
Prebtico
Profundidade de cripta
(µm)
Quente Neutra Fria
Bb
a
Bc
Ab
a
Ab
A
B
B
88
Prebiótico x Extrato de levedura
No estudo dentro de prebiótico observou-se que a ausência de prebiótico e
inclusão de extrato de leveduras na fase pré-inicial proporcionou maior altura de vilos.
Dentro de extrato de leveduras, a inclusão dos dois aditivos ou apenas a inclusão de
prebiótico produziu efeito trófico sobre as vilosidades, proporcionando maior altura de
vilos no duodeno aos 42 dias de idade.
Com relação à profundidade de cripta, houve efeito significativo dentro de
prebiótico quando da inclusão prebiótico e extrato de levedura, resultando em menor
profundidade de cripta. Dentro de extrato de levedura, a não inclusão de prebiótico
resultou em menor profundidade de cripta quando da inclusão ou não de extrato de
levedura.
Temperatura x Extrato de levedura
Houve efeito significativo dentro das temperaturas quente e fria onde a inclusão
de prebiótico proporcionou maior altura de vilos aos 42 dias de idade. Dentro de extrato
de leveduras, a inclusão proporcionou maior altura de vilos na temperatura fria, seguida
pela quente e neutra.
Temperatura x Prebiótico
Observou-se que houve efeito significativo dentro de todas as temperaturas quando
houve a inclusão de prebiótico proporcionando maior altura de vilos. Dentro de
prebiótico, a inclusão proporcionou maior altura de vilos nas temperaturas quente e fria
e menor altura de vilos na temperatura neutra. A não inclusão proporcionou maior altura
de vilos na temperatura fria e menor na temperatura quente e neutra.
Com relação à profundidade de cripta, houve efeito significativo dentro das
temperaturas quente e fria quando da inclusão de prebiótico resultando em maior
profundidade de cripta. Não houve efeito significativo dentro da temperatura neutra.
Dentro de prebiótico, a inclusão produziu maior profundidade de cripta na temperatura
fria, seguida da quente e neutra. a não inclusão gerou maior profundidade de cripta
nas temperaturas quente e fria e menor na neutra.
89
Os desdobramentos das interações ocorridas para altura de vilos e profundidade
de cripta no jejuno estão apresentados na Figura 8.
Figura 8. Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
jejuno aos 42 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada vel de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do nível de extrato de levedura em cada nível de prebiótico extrato de levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada nível de
prebiótico ou extrato de levedura.
1000
1100
1200
1300
1400
Com Sem Com Sem
Altura de vilo (µm)
A
Bb
Ba
Bb
Aa
Aa
Ab
Ab
Aa
Bc
B
B
Extrato de levedura Prebiótico
80
100
120
140
160
Com Sem Com Sem
Profundidade de Cripta (µm)
Quente Neutra Fria
B
Bb
A
B
Aa
Aa
Bb
a
Ba
AA
Extrato de levedura Prebtico
B
B
1000
1100
1200
1300
1400
Com Sem
Extrato de levedura
µm
Com Prebiótico Sem Prebiótico
Aa
A
B
Bb
Altura de vilo
A
90
Prebiótico x Extrato de levedura
Na interação extrato de levedura e prebiótico, houve efeito significativo dentro de
prebiótico e extrato de levedura quando da inclusão quando da associação dos dois
aditivos proporcionando maior altura de vilos. A não inclusão dos dois aditivos produziu
maior altura de vilos no jejuno aos 42 dias de idade.
Temperatura x Extrato de levedura
O desdobramento entre extrato de levedura e temperatura revelou que houve
efeito significativo dentro da temperatura quente onde a inclusão de extrato de levedura
gerou maior altura de vilos. Já nas temperaturas neutra e fria a inclusão gerou menor
altura de vilos. Dentro de extrato de levedura, a não inclusão gerou maior altura de vilos
na temperatura neutra, seguida pela fria e quente.
Desdobrando a interação extrato de levedura e temperatura para profundidade
de cripta no jejuno, observou-se que houve efeito significativo dentro de temperatura
quando da não inclusão de extrato de levedura resultando em menor profundidade de
cripta nas temperaturas neutra e quente e maior na temperatura fria. Dentro de extrato
de levedura, houve maior profundidade de cripta com a não inclusão na temperatura fria
e menor nas temperaturas quente e neutra, as quais não diferiram entre si.
Temperatura x Prebiótico
Observou-se que houve efeito significativo dentro de todas as temperaturas quando
houve inclusão de prebiótico na ração pré-inicial resultando em maior altura de. Dentro
de prebiótico, a inclusão gerou maior altura de vilos nas temperaturas neutra e fria e
menor na quente. Dentro de não inclusão, a maior altura de vilos foi encontrada na
temperatura neutra, seguida pela quente e fria, as quais não diferiram entre si.
No desdobramento entre temperatura e prebiótico houve efeito significativo
dentro das temperaturas quente e fria onde a inclusão de prebiótico gerou maior
profundidade de cripta, não havendo efeito significativo dentro da temperatura neutra.
Dentro de prebiótico, a inclusão proporcionou menor profundidade de cripta nas
temperaturas quente e neutra.
91
Os desdobramentos das interações ocorridas para altura de vilos e profundidade
de cripta no íleo estão apresentados na Figura 9.
Figura 9. Desdobramento das interações para médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no
íleo aos 42 dias de idade.
A- Letras maiúsculas indicam efeito do prebiótico em cada nível de extrato de levedura e letras
minúsculas indicam efeito do vel de extrato de levedura em cada vel de prebiótico extrato de
levedura;
B- Letras maiúsculas indicam efeito do nível de prebiótico ou extrato de levedura em cada
temperatura e letras minúsculas indicam efeito da temperatura ambiente em cada nível de prebiótico
ou extrato de levedura.
700
750
800
850
900
Com Sem
Extrato de Levedura
µm
Com Prebiótico Sem Prebiótico
Altura de vilo
Aa
Bb
Bb
Aa
600
650
700
750
800
850
900
950
Com Sem Com Sem
Altura de vilo (µm)
Extrato de levedura
Prebtico
Aa
Aa
c
b
c
b
Bb
Aa
Ba
Ab
Bb
Aa
50
70
90
110
130
150
Com Sem Com Sem
Profundidade de cripta (µm)
Quente Neutra Fria
Extrato de levedura
Prebtico
Ab
a
b
Bb
a
a
b
BaAa
b
Aa
Bb
B
A
B
92
Prebiótico x Extrato de levedura
Na interação prebiótico e extrato de levedura, houve efeito significativo dentro de
prebiótico quando este associado ao extrato de levedura gerou maior altura de vilos no
íleo. Dentro de extrato de levedura observou-se que a não inclusão dos produtos
resultou em maior altura de vilos no íleo.
Temperatura x Extrato de levedura
Observou-se efeito significativo apenas dentro da temperatura quente quando
não houve inclusão de extrato de levedura, resultando maior altura de vilos. Dentro de
extrato de levedura observou-se que a inclusão ou não deste produto proporcionou
maior altura de vilos na temperatura quente, seguida pela neutra e fria.
Com relação à profundidade de cripta houve efeito significativo dentro de
temperatura fria quando houve inclusão de extrato de leveduras proporcionando maior
profundidade de cripta. Dentro de extrato de levedura, a inclusão do produto gerou
maior profundidade de cripta apenas na temperatura fria. dentro da não inclusão de
extrato de levedura houve maior profundidade nas temperaturas quente e fria.
Temperatura x Prebiótico
Houve efeito dentre de temperatura neutra quando a inclusão de prebiótico
proporcionou maior altura de vilos e na temperatura nas temperaturas quente e fria
reduzindo a profundidade de cripta. Dentro de prebiótico, houve efeito significativo
dentro da inclusão, proporcionando maior altura de vilos nas temperaturas quente e
neutra e menor na fria. a não inclusão de prebiótico gerou maior altura de vilos
apenas na temperatura quente e menor nas temperaturas neutra e fria.
Com relação à profundidade de cripta houve efeito significativo apenas na
temperatura quente onde a inclusão de prebiótico gerou menor profundidade de cripta.
Dentro de prebiótico, observou-se que a inclusão deste aditivo gerou maior
profundidade de cripta na temperatura fria e menor nas temperaturas quente e neutra. A
não inclusão gerou menor profundidade de cripta apenas na temperatura neutra e maior
nas temperaturas quente e fria.
93
Densidade de vilos
Os resultados de densidade de vilos aos 8 dias de idade estão apresentados na
Tabela 5.
Não houve diferença nem interação entre os fatores estudados para de
densidade de vilos no duodeno, jejuno ou íleo aos 8 dias de idade. Porém, foi
observada a presença de bactérias aderidas à porção ileal (Figura 10).
Tabela 5. Características de densidade de vilos de frangos de corte alimentados com dietas
suplementadas ou não com extrato de levedura e prebiótico, criados em diferentes
temperaturas aos 8 dias de idade.
Fatores Duodeno Jejuno Íleo
Temperatura ambiente (T)
Quente 56,77 87,17 103,09
Neutra 56,79 83,17 110,87
Fria 55,02 78,35 120,26
Prebiótico (P)
Com 56,53 79,73 113,47
Sem 55,86 86,06 109,34
Extrato de Levedura (EL)
Com 55,14 84,67 111,55
Sem 55,25 81,13 111,26
Probabilidades
T NS NS NS
P NS NS NS
EL NS NS NS
P X T NS NS NS
EL X T NS NS NS
EL X P NS NS NS
T X P X EL NS NS NS
CV (%) 18,27 17,59 18,08
Na mesma coluna, médias seguidas de letras diferentes, indicam diferenças estatísticas pelo teste Tukey
(p<0,05).
CV(%)= coeficiente de variação
NS= não significativo
Não houve efeito significativo dos fatores temperatura, prebiótico e extrato de
levedura sobre o número de vilos/área no jejuno (P>0,05) aos 21 dias de idade (Tabela
6). Porém, houve interação significativa entre temperatura e prebiótico para duodeno e
íleo, estando os desdobramentos apresentados na Tabela 7 nas Figuras 11 e 12.
94
Tabela 6. Características de densidade de vilos de frangos de corte alimentados com dietas
suplementadas ou não com extrato de levedura e prebiótico, criados em diferentes
temperaturas aos 21dias de idade .
Fatores Duodeno Jejuno Íleo
Temperatura ambiente (T)
Quente 36,08 a 50,50 62,59
Neutra 30,81 b 49,46 61,07
Fria 36,13 a 50,99 62,81
Prebiótico (P)
Com 34,81 51,38 61,82
Sem 33,87 49,21 62,50
Extrato de Levedura (EL)
Com 34,70 50,27 62,09
Sem 33,93 50,32 62,23
Probabilidades
T 0,0312 NS NS
P NS NS NS
EL NS NS NS
T X P 0,0287 NS 0,0378
T X EL NS NS NS
P X EL NS NS NS
T X P X EL NS NS NS
CV (%) 18,19 16,35 15,57
Na mesma coluna, médias seguidas de letras diferentes, indicam diferenças estatísticas pelo teste Tukey (p<0,05).
CV% = Coeficiente de variação,
NS=não significativo
Na Tabela 7, desdobrando a interação temperatura e prebiótico, verificou-se que
dentro da temperatura fria as aves que receberam ração com prebiótico na fase pré-
inicial, apresentaram maior número de vilos/área no duodeno. No estudo dentro da
adição de prebiótico à ração pré-inicial, observou-se que houve maior densidade de
vilos na região duodenal na temperatura fria, e menor na temperatura neutra, sendo que
a densidade de vilos na temperatura quente foi semelhante à temperatura fria e neutra.
95
Tabela 7. Desdobramento da interação entre temperatura de criação e prebiótico sobre
a densidade de vilos no duodeno e íleo de frangos de corte na fase de crescimento aos
21 dias de idade.
Duodeno
Íleo
Prebiótico
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 34,94 ab
37,23 NS
57,94 b 67,25 NS
Neutra 29,33 b 32,29 NS
60,23 ab 61,92 NS
Fria 40,17 Aa
32,08 B 0,0173
67,29 a 58,33 NS
Probabilidade
0,0176 NS
0,0175 NS
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de
Fisher e Tukey (p<0,05), respectivamente.
NS= não significativo.
o estudo do desdobramento entre prebiótico e temperatura no íleo mostrou
que apenas houve efeito significativo dentro da inclusão de prebiótico uma vez que
houve maior densidade de vilos na temperatura fria e menor densidade na temperatura
quente. A densidade de vilos na temperatura neutra não diferiu da quente e da fria.
Nesta idade também foi observada a presença das mesmas bactérias
filamentosas segmentadas encontradas aos 8 dias no íleo.
Figura 10- Eletronmicrografias de varredura dos vilos do íleo de frangos de corte com a presença de
bactérias aderidas. A - aumento 200x e B aumento 1.000x
A
B
96
Figura 11- Eletronmicrografias de varredura dos vilos do duodeno de frangos aos 21 dias . Tratamentos: sem prebiótico (A), com prebiótico
(B) e temperaturas quente (1), neutra (2), fria (3). x 100
A 1
A 2
A
1
B1
B 2
B 3
A 3
97
Figura 12 Eletronmicrografias de varredura dos vilos do íleo de frangos de corte, aos
21 dias, suplementados com prebiótico e criados nas temperaturas quente (A),
neutra (B) e fria (C). Aumento 100X.
C
A
B
C
98
Os resultados para densidade dos vilos aos 42 dias de idade estão apresentados
na Tabela 8. Apenas as interações entre temperatura de criação e prebiótico para e
temperatura e extrato de levedura no duodeno e entre temperatura e prebiótico no íleo
não foram significativas. Todos os desdobramentos para duodeno, jejuno e íleo estão
apresentados nas Tabelas 9 a 12 e Figuras 13 a 15.
Tabela 8. Características de densidade dos vilos de frangos de corte alimentados com dietas
suplementadas com/sem extrato de leveduras e com/sem prebióticos, criados em diferentes
temperaturas aos 42 dias de idade .
Tratamentos Duodeno Jejuno Íleo
Temperatura ambiente (T)
Quente 23,90 32,89 42,34 b
Neutra 21,92 30,41 45,65 b
Fria 18,93 36,09 57,38 a
Prebiótico (P)
Com 21,09 33,48 50,65 a
Sem 22,01 32,79 45,39 b
Extrato de Levedura (EL)
Com 25,45 a 32,89 49,57 a
Sem 14,83 b 33,37 46,73 b
Probabilidades
T NS NS <0,0001
P NS NS 0,0019
EL 0,0003 NS 0,0245
T X P 0,0489 0,0002 <0,0001
T X EL NS 0,0075 <0,0001
P X EL NS 00003 NS
T X P X EL 0,0195 0,0059 0,0003
CV (%) 29,71 21,35 10,03
Na mesma coluna, médias seguidas de letras diferentes, indicam diferenças estatísticas pelo teste Tukey (p<0,05).
CV%=coeficiente de variação
NS= não significativo.
Na Tabela 9, o desdobramento entre temperatura e prebiótico para a variável íleo
mostrou que não houve efeito significativo dentro das diferentes temperaturas. Dentro
prebiótico, a ausência deste proporcionou maior densidade de vilos nas temperaturas
neutra e quente e menor na temperatura fria .
99
Tabela 9. Desdobramento da interação entre temperatura e prebiótico para densidade de vilos
no duodeno de frangos de corte aos 42 dias de idade.
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 21,17 26,64 a NS
Neutra 20,53 23,31 a NS
Fria 21,77 16,08 b NS
Probabilidade
NS 0,0304
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de
Tukey (p<0,05).
NS= não significativo.
No desdobramento entre extrato de leveduras e prebiótico para densidade de
vilos no jejuno (Tabela 10), observou-se que a inclusão de prebiótico associado ou não
à inclusão de extrato de leveduras na fase pré-inicial resultou em maior densidade de
vilos.
Tabela 10. Desdobramento da interação entre extrato de levedura e prebiótico para densidade
de vilos no jejuno de frangos de corte na fase de crescimento aos 42 dias de idade.
Extrato de levedura
Prebiótico Com Sem
Probabilidade
Com 37,30 Aa
29,65 Bb
0,0119
Sem 28,47 Bb
37,10 Aa
0,0051
Probabilidade 0,0042
0,0142
Extrato de levedura
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 28,25 Bb 37,54 Aa 0,0126
Neutra 30,62 b 30,18 b NS
Fria 39,79 Aa 32,39 Bab 0,0436
Probabilidade
0,0024 0,0448
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 27,29 Bb 38,50 Aa 0,0031
Neutra
30,88 B
29,92 B NS
Fria
42,25 Aa
29,93 Bb 0,0013
Probabilidade
0,0002
0,0207
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de
Fisher (p<0,05), respectivamente.
NS= não significativo
O desdobramento entre temperatura e extrato de leveduras para densidade de
vilos no jejuno observou-se que houve efeito significativo dentro de extrato de
100
leveduras. A inclusão do extrato na fase pré-inicial proporcionou maior densidade de
vilos na temperatura fria e menor nas temperaturas quente e neutra. A não inclusão de
extrato de leveduras proporcionou maior densidade de vilos aos 42 dias de idade na
temperatura quente e menor na neutra, sendo que a densidade de vilos na temperatura
fria não diferiu estatisticamente da temperatura quente e neutra. Dentro da temperatura,
houve efeito significativo dentro das temperaturas quente e neutra. Na temperatura
quente houve maior densidade de vilos quando da não inclusão de extrato de
leveduras. Porém, na temperatura fria houve maior densidade de vilos quando da
inclusão do extrato de leveduras na fase pré-inicial.
No desdobramento entre prebiótico e temperatura no jejuno, observou-se que
houve efeito significativo dentro de prebiótico. A inclusão de prebiótico na fase pré-
inicial proporcionou maior densidade de vilos no jejuno na temperatura fria e menor nas
temperaturas quente e neutra. A não inclusão proporcionou maior densidade na
temperatura quente. Dentro das temperaturas, houve efeito significativo dentro das
temperaturas quente e fria, onde a inclusão de prebiótico resultou em maior densidade
de vilos na temperatura fria e menor na temperatura quente.
Na tabela 11, o desdobramento da interação entre temperatura e prebiótico para
densidade de vilos no íleo revelou que dentro de temperatura houve efeito significativo
dentro da temperatura neutra quando a presença de prebiótico resultou em maior
densidade de vilos. Dentro de prebiótico, observou-se que na inclusão deste aditivo
houve maior densidade de vilos nas temperaturas neutra e fria e menor na quente. Já a
ausência deste aditivo resultou em maior densidade de vilos nas temperaturas fria,
seguida pela quente e neutra.
No desdobramento entre extrato de leveduras e temperatura para densidade de
vilos no íleo, observou-se que houve efeito dentro de extrato de leveduras. A inclusão
do produto resultou em maior densidade de vilos nas temperaturas neutra e fria. A não
inclusão gerou maior densidade de vilos na temperatura fria, seguida da quente e
neutra.
101
Tabela 11. Desdobramento da interação entre temperatura e prebiótico e entre temperatura e
extrato de levedura para densidade de vilos no íleo de frangos de corte aos 42 dias de idade.
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 41,82 b
41,88 b
NS
Neutra 53,66 Aa
37,64 Bc
<0,0001
Fria 57,35 a
57,42 a
NS
Probabilidade
<0,0001
<0,0001
Extrato de levedura
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 39,44 Bb
45,25 Ab
0,0272
Neutra
54,77 Aa 36,52 Bc
<0,0001
Fria 56,35 a
58,41 a
NS
Probabilidade
<0,0001
<0,0001
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos
Testes de Tukey e Fisher (p<0,05), respectivamente.
Dentro de temperatura, houve maior densidade de vilos na temperatura neutra
quando da inclusão de extrato de leveduras. Já na temperatura quente a o inclusão
resultou em maior densidade de vilos no íleo aos 42 dias de idade.
102
Figura 13- Eletronmicrografias de varredura dos vilos do duodeno de frangos aos 42 dias. Tratamentos:sem prebiótico (A), com
prebiótico (B) e temperaturas quente (1), neutra (2), fria (3). x 100
A 2
A 2
B 1
B 2
B 3
A 1
A 3
103
Figura 14- Eletronmicrografias de varredura dos vilos do jejuno de frangos aos 42 dias. Tratamentos:sem aditivo (A), com
extrato de levedura (B), com prebiótico (C) e temperaturas quente (1), neutra (2), fria (3). x 100
A 1
A 2
A 3
B 1
B 2
B 3
C
1
C 3
C 2
104
Figura 15- Eletronmicrografias de varredura dos vilos do íleo de frangos aos 21 dias . Tratamentos: sem aditivo (A), com
extrato de levedura (B) e com prebiótico (C) e temperaturas quente (1), neutra (2), fria (3). x 100
A 1
A 2
A 3
C 1
C 2
C 3
B 1
B 2
B 3
105
Discussão
Microscopia de luz
O efeito trófico do extrato de levedura sobre a altura de vilos no duodeno, jejuno e
íleo está relacionado ao estímulo dos nucleotídeos sobre a diferenciação celular,
aumentando o crescimento e maturação das células do epitélio intestinal (SANDERSON
e HE, 1994), aumentando assim a formação da proteína da mucosa, DNA, altura do
vilo no intestino delgado e a relação enzimática maltase:lactase (UAUY
et al.,
1990;
CAVER, 1994). Este resultado concorda com os encontrados por UAUY
et al.
(1990) e
LERNER e SHAMIR (2000), em que a adição de nucleotídeos promoveu aumento na
altura das vilosidades. MAIORKA
et al. (
2000a,b) e MAIORKA (2002) também
encontraram maior altura de vilos no duodeno e íleo aos 7 dias de idade em pintainhos
suplementados com 1% de glutamina. Porém, ZHANG
et al.
(2005) encontrou menor
altura de vilos no íleo quando utilizaram levedura íntegra de
S. cerevisiae
quando
comparado com a inclusão de 0,3% de parede da levedura.
O efeito benéfico do prebiótico sobre a altura de vilos pode ser explicado pela
ação dos oligossacarídeos tipo manose, os quais protegem diretamente a mucosa pela
substituição de sítios alternativos ligando-se a bactérias patogênicas (MATEW
et al.,
1993). Desta forma, os mananoligossacarídeos são capazes de bloquear a aderência
dos patógenos e evitar a colonização (COLLET, 2000) melhorando assim a saúde
intestinal e conseqüentemente propiciando o desenvolvimento das vilosidades
intestinais. Relatos de COOK e BIRD (1973) sugeriram que o crescimento normal do
epitélio intestinal depende do equilíbrio da microbiota ali presente. Dessa forma, a
adição de prebiótico à ração pode ter proporcionado maior equilíbrio a microbiota
intestinal. Os dados encontrados corroboram os de IJI
et al.
(2001), que avaliando
diferentes níveis de inclusão de prebiótico na ração de frangos de corte, encontraram
maior altura de vilos no jejuno. MACARI e MAIOKA (2000), SPRING
et al
. (2000) e
SANTIN
et al.
(2001) também encontraram maior altura de vilos no duodeno com a
adição de prebiótico à ração de frangos de corte aos 7 dias de idade, sendo que estes
106
autores atribuíram o aumento na altura dos vilos ao efeito trófico do prebiótico sobre a
mucosa intestinal.
ITO
et al.
(2004) descreveram que a partir do 3º dia de vida das aves os
microrganismos desejáveis como
Lactobacillus
e outros da microbiota normal do trato
gastrintestinal são encontrados em grandes quantidades no meio intestinal. Na
ocorrência de desafios provocados por situações estressantes pode tornar a flora
instável até a 5ª semana de vida das aves (CANALLI
et al.
, 1996).
Como a demanda por nucleotídeos aumenta em condições de estresse e rápido
crescimento (MATEO e STEIN, 2004), provavelmente a inclusão de extrato de
leveduras proporcionou maior equilíbrio no
turnover
celular na situação de estresse
térmico. Os resultados encontrados corroboram os de ORTEGA
et al.
(1995), que ao
avaliarem o efeito dos nucleotídeos sobre a mucosa em ratos que sofreram restrição
alimentar, observaram que houve rápida recuperação após o fornecimento do
nucleotídeo. Dessa forma, observa-se que o extrato de leveduras funcionou como
agente trófico sobre a mucosa estimulando o desenvolvimento em condições de
estresse, como nas temperaturas quente e fria. A não inclusão de extrato de leveduras
proporcionou menor altura de vilos na temperatura fria
O aumento na altura do vilos aos 21 e 42 dias de idades pela adição de extrato de
leveduras, provavelmente esteja relacionado ao fornecimento adequado de
nucleotídeos num momento em que houve grande atividade de maturação celular (UNI
et al.
, 1998), pois sabe-se que durante a primeira semana de vida ocorre rápida
maturação celular (GEYRA
et al.
, 2001). Segundo UAUY
et al.
(1990) a presença de
nucleotídeos na dieta promove o crescimento e a maturação intestinal em ratos jovens.
LODDI (2003) e SOLIS DE LOS SANTOS (2005) ao avaliarem a influência de MOS
sobre a mucosa intestinal também observaram aumento na altura dos vilos aos 21 dias
de idade. Quando os prebióticos são adicionados à dieta, a especificidade de sua
fermentação estimula o crescimento e a estabilidade das populações microbianas
produtoras de ácidos orgânicos, em especial ácidos lático e acético, em detrimento aos
demais. Estes compostos reduzem o pH luminal e, juntamente com outras substâncias
antibacterianas e enzimas produzidas por esta mesma microbiota, inibem a proliferação
107
dos microrganismos nocivos (RADECKI e YOKAYAMA, 1991), aumentando desta forma
a saúde intestinal.
A menor profundidade de cripta proporcionada pela inclusão de extrato de levedura
aos 21 dias de idade, sugere que houve maior equilíbrio no processo de ntese e
extrusão celular do epitélio intestinal dessa região, pois este processo consiste na
renovação celular, resultante das divisões mitóticas sofridas por células totepotentes
localizadas na cripta e ao longo dos vilos (UNI
et al.
, 1998) e perda de células que
ocorre normalmente no ápice do vilos e, portanto determinam um
turnover
celular
constante, ou seja, a manutenção do tamanho do vilos e, a menor profundidade da
cripta levaram à manutenção das capacidades digestiva e absortiva intestinal. Porém,
estes resultados discordam dos encontrados por IJI
et al.
(2001), que não encontraram
diferenças na profundidade de cripta quando avaliaram diferentes níveis de inclusão de
prebiótico aos 21 dias de idade e aos de UAUY
et al.
(1990) que observaram que a
suplementação de 0,8% de nucleotídeos promoveu aumento na profundidade de
criptas, além da proteína total e do conteúdo de DNA em ratos jovens.
O efeito remanescente da inclusão de prebiótico e extrato de levedura na ração
pré-inicial não foi suficiente para evitar a maior profundidade de cripta encontrada no
íleo aos 42 dias de idade, provavelmente pelo desequilíbrio ocorrido entre os dois
processos de renovação celular proliferação e diferenciação, resultante das divisões
mitóticas sofridas por células totepotentes localizadas na cripta e ao longo dos vilos
(UNI
et al.
, 1998). Sabe-se que na medida em que as vilosidades intestinais são
destruídas ocorre a tentativa de reparo da mucosa através do processo de
proliferação/mitose que acontece na cripta determinando assim, maior profundidade da
mesma (BLIKSLAGER,
et al.,
1997; LUQUETI, 2005). De acordo com YASON
et al.
(1987) e PLUSKE
et al.
(1997) maiores valores de profundidade de cripta indicam maior
função proliferativa celular para garantir a adequada taxa de renovação epitelial e alta
demanda por novo tecido. Porém, os dados encontrados discordam aos encontrados
por BRADLEY
et al.
(1994), que ao suplementar a dieta de frangos com 0,02% de
S.
cerevisae
observaram diminuição na profundidade de cripta no íleo, sugerindo assim
108
que o uso de
S. cerevisae
reduz as condições de estresse, à qual a mucosa é
submetida e reduz o número de bactérias e toxinas presentes no intestino.
O estresse térmico provocado pela alta temperatura contribui para alteração na
liberação dos hormônios tireoideanos, os quais exercem ação enterotrófica como no
estímulo do crescimento da mucosa intestinal (MITCHELL e CARLISLE, 1992). Assim,
o hipotireoidismo funcional induzido pelo estresse calórico pode está envolvido na
redução da altura do vilos aos 21 e 42 dias no duodeno e jejuno. Na literatura foram
encontrados poucos trabalhos que inferem a respeito da influência da temperatura
sobre a morfometria intestinal.
Densidade de vilos
A densidade de vilos por segmento intestinal foi decrescente na seguinte ordem:
íleo, jejuno e duodeno, sendo que esses resultados corroboram aos descritos na
literatura por YAMAUCHI e ISHIKI (1991); PELICANO
et al
. (2003).
Os achados desse estudo, aos 8 dias de idade das aves, demonstram que a
temperatura, o prebiótico e o extrato de levedura não influenciaram (p>0,05) o número
de vilos/área em nenhum dos segmentos estudados. Também não foram observadas
interações entre os tratamentos nessa idade.
A análise da ultra-estrutura do íleo aos 8 dias de idade possibilitou verificar a
presença de bactérias aderidas à sua superfície lisa, observação também encontrada
por YAMAUCHI
et al.
(1990), YAMAUCHI e ISSIHIKI (1991), NAKAGE (2000) e LODDI
(2003). Tais bactérias são conhecidas por serem não patogênicas, gram-positivas,
anaeróbicas e que habitam o trato intestinal. Estas bactérias são caracterizadas por sua
forma longa filamentosa com septos separando cada segmento (KLAASEN
et al.
, 1992;
YAMAUCHI e SNEL, 2000; MEYERHOLZ
et al.,
2002), sendo denominadas bactérias
filamentosas segmentadas (BFS).
As BFS aderem às células do epitélio intestinal com ganchos, e os filamentos são
normalmente encontrados apenas no ápice dos vilos do íleo (YAMAUCHI e SNEL,
2000) e no jejuno (ITO
et al
., 2004) de animais jovens, sendo hospedeira específica
(MEYERHOLZ
et al.,
2002).
109
A colonização intestinal por estas bactérias é influenciada por vários fatores,
incluindo dieta, desmame, linhagem, alojamento, e status imune (MEYERHOTZ
et al.,
2002). DAVIS e SAVAGE (1974) sugeriram que tal bactéria possui importante função
como componente do ecossistema gastrintestinal. Estes organismos podem ter papel
importante na prevenção de doenças pela inibição da colonização por patógenos como
Escherichia coli
e
Salmonella entérica.
Essas bactérias aparecem após o desmame e
desaparecem semanas depois. O desaparecimento destas bactérias coincide com a
época da ativação da imunidade na mucosa, sugerindo a ligação imune-mediada destes
organismos nesse momento (SNEL,
et al.,
1998).
O efeito trófico do prebiótico sobre a densidade de vilos no duodeno aos 21 dias
de idade pode estar relacionado a um processo de estimulação direta ou indireta na
mucosa causada por este aditivo, pois postula-se que os efeitos resultantes do uso de
prebiótico são evidenciados principalmente pela melhora das condições luminais e nas
características anatômicas do trato gastrintestinal, levando à melhora nas condições
fisiológicas e ao bom funcionamento do processo de mitose/extrusão (LUQUETTI,
2005).
Os dados encontrados diferem dos achados por LODDI (2003) que ao avaliar o
efeito do prebiótico em frangos de corte sobre a densidade de vilos das três regiões
intestinais aos 21 dias de idade, não encontrou diferenças significativas. TUCCI (2003)
e UTIYAMA (2004) também não encontraram diferenças significativas sobre a
densidade de vilos em leitões recém desmamados. Porém, MOURÃO
et al
. (2006)
encontrou no íleo estrutura de vilos com maior regularidade em coelhos alimentados
com 2% de mananoligossacarídeo aos 46 dias de idade.
A influência da temperatura sobre a densidade de vilos aos 21 e 42 dias de idade
provavelmente esteja relacionada ao nível de estresse do animal, pois sabe-se que este
nível também pode influenciar a resposta biológica obtida pela adição de prebióticos à
dieta. Se os animais estão em condições não estressantes, supõe-se que a microbiota
esteja em condição de equilíbrio, ou seja, com ou sem o fornecimento de prebióticos as
respostas obtidas seriam muito semelhantes. No entanto, quando em condição
110
estressante, o efeito benéfico do fornecimento de prebióticos sobre a resposta biológica
é evidenciado (MATHEW
et al.,
1993).
Uma possível explicação para as diferentes densidades de vilos encontradas no
íleo das aves criadas em temperaturas fria e quente, aos 21 e 42 dias de idade ,estaria
ligada aos hormônios tireoideanos. Sabe-se que os hormônios da tireóide exercem uma
ação enterotrófica pelo estímulo do crescimento da mucosa intestinal (LEVIN, 1969).
Dessa forma, o hipotireoidismo funcional induzido pelo estresse térmico pode estar
envolvido na diminuição do número de vilos nesta região (MICTCHELL e CARLISLE,
1992). Por t±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±±783 0 Td(i)Tj2.75844 0 Td(a)Tj6.35641 0 1 0 Td(r)Tj6.35641 0 Td(,)Tj3.3581 0 TdTj6.35641 0 Td(r)Tj3Tj6.35641 0 Td(c)Tj5.87668 0 Td(i).35641 0 Td(s)Tj5.87668 0 Td( )6 Td(1)Tj6.0 Td(±±±±±±±±±±±±±±±0 Td(,)Tj3.3581 0 TdTj6.35645675 0 Td(t)Tj3.3581 0 Td(r)Tj3.83783 0 Td(e)Tj6.35641 0 Td(s)Tj5.87668 0 Td(s)Tj5.87668 0 Td(e)Tj6.35641 0 Td( )Tj6.11654 0 Td(t)Tj3.23817 4.4374e)Tj6.35641 0 Td(l)Tj2.71 0 1 0 Td(r)Tj6.35641 0 Td(,)Tj387668 0 Td(i).35645675 0 Td(i)Tj2.63851 0 Td(d)Tj6.59627 0 Td(o)Tj6.35641 0 Td(t)Tj3.3581 0 Td(i)Tj2.633817 4.4374elo eca ( etrsr pratorms. r rs
111
temperaturas quente e fria produziu efeito benéfico sobre as vilosidades frente ao
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119
CAPÍTULO 5 RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS
EM DIFERENTES TEMPERATURAS E ALIMENTADOS COM DIETAS PRÉ-INICIAIS
CONTENDO EXTRATO DE LEVEDURA (Saccharomyces cerevisiae) E
PREBIÓTICO
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo avaliar a influência do extrato de leveduras e
prebiótico em dieta pré-inicial de frangos de corte vacinados contra o vírus da doença
de Gumboro (VDG) e o vírus da doença de Newcastle (VDN) e criados em diferentes
temperaturas sobre a resposta imune humoral. Foram utilizados 1440 pintainhos Cobb-
500
®
machos de um dia de idade, criados em diferentes câmaras climáticas. As rações
acrescidas ou não com extrato de leveduras e/ou prebiótico foram oferecidas somente
na fase pré- inicial (1a7 dias) e a partir do dia todas as aves receberam a mesma
ração. A média das temperaturas na primeira semana foram TQ=34±1ºC, TN=31±1ºC e
TF=27±2ºC, sendo reajustadas de acordo com a idade das aves, mantendo-se porém
as diferenças térmicas. As aves foram vacinadas contra VDN (estirpe La Sota) e VDG
(cepa intermediária Lukert) aos 8 dias de idade, e aos 18 dias para VDG (cepa forte
Austrália V-877). Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado em
esquema fatorial com parcela subdividida, constituído por um arranjo fatorial 3 x 2 x 2
nas parcelas, com os fatores temperaturas de criação (quente, neutra e fria), níveis de
extrato de levedura (com ou sem) e níveis de prebiótico (com ou sem) e, na subparcela,
as coletas de sangue e secreção lacrimal (7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias de idade). A
inclusão de extrato de levedura e prebiótico na fase pré-inicial não afetou a resposta
imune humoral para VDN e VDG ao longo do ciclo produtivo do frango de corte. A
temperatura de criação exerceu forte influência sobre os valores de IgG, principalmente
sobre os títulos de anticorpos maternos, embora o estresse térmico tenha
proporcionado efeito imunomodulador até a 3ª semana de vida das aves.
Palavras-chave:
, extrato de levedura, frango de corte, Gumboro, Newcastle, prebiótico,
temperatura ambiente.
120
HUMORAL IMMUNE RESPONSE OF BROILERS REARED IN DIFFERENT
TEMPERATURES AND FED WITH STARTED DIET CONTAINING YEAST EXTRACT
(Saccharomyces cerevisiae) AND PREBIOTIC
Abstract:
The objective of this experiment was to evaluated the influence of the yeast
extract and prebiotic in started diet broiler reared in different temperatures concerning
antibody titers against Gumboro and Newcastle. 1440 one-day old male Cobb-500
®
chickens were reared in different climatic chambers. The diets with or without yeast
extract or prebiotic were provided only in starter phase (1 to 7 days), forward of 8 days
all broiler were fed with same commercial diet
and e
ach diet was adjusted according the
broiler age following the usual recommendations. The initial temperatures used were hot
temperature=34±1ºC, neutral temperature=31±1ºC and cold temperature=27±2ºC,
readjust in agreement with the age of the birds, however keeping the thermal
differences. The birds were vaccinated against Newcastle (sample La Sota) and
Gumboro (attenuated live virus, sample Lukert) on the 8 days of age, and in the 18 days
for VDG (strong sample, strain Australia V-877). The experimental design was complete
randomized in split-splot factorial arrangement 3 x 2 x 2, with as the main plot were
temperatures (hot, neutral and cold), level of yeast extract (with or without) and prebiotic
level (with or without) and days of collections of blood and tear secretion (7, 14, 21, 28,
35 and 42) as the sub-plot. The inclusion of yeast extracts and prebiotic in started diet
did not produce effect on antibody titters against Gumboro and Newcastle diseases
along the productive cycle of broiler. The reared temperature exercised strong
influences on the values of IgG, mainly on the titles of maternal antibodies, although the
thermal stress has provided immune modulation effect even to 3
rd
week of life of
broilers.
Keywords:
broiler, Gumboro, Newcastle, prebiotic, environmental temperature, yeast
extract.
121
Introdução
Fatores que contribuem para o ótimo desenvolvimento e capacidade de absorção
do trato gastrintestinal são alvo de crescentes estudos. Alimentos e aditivos com
características de imunomodulação são pesquisados com a finalidade de diminuir as
perdas com doenças, além de otimizar o potencial de produção animal.
No pintainho recém-eclodido o sistema imunológico está preparado para
enfrentar patógenos de forma inespecífica, através da imunidade inata, e pronto para
desenvolver as formas específicas de defesa pelas imunidades celular e humoral, que
dependem do contato com antígenos (TORRES, 2006).
As aves possuem estruturas linfóides espalhadas ao longo do trato intestinal, que
são constituídas por componentes difusos e agregados. Entre os difusos estão incluídos
os linfócitos intraepiteliais e os linfócitos da mucosa da lâmina própria; e entre os
agregados incluem-se as placas de Peyer, tonsilas cecais, além da bursa de Fabricius.
Esses tecidos captam antígenos presentes no trato digestório, que estimulam os
plasmócitos derivados dos linfócitos B precursores de Imunoglobulinas (Ig) M, G e A e
os linfócitos T e B, que ativam as placas de Peyer (MONTASSIER, 1998, 2004) para o
desenvolvimento de imunidade geral e específica.
Pelo estímulo imunológico da mucosa, ocorre produção de anticorpos tipo IgA,
principalmente nas placas de Peyer, que bloqueiam os receptores e reduzem o número
de bactérias patogênicas na luz intestinal (SILVA, 2000). A produção constante de IgA
secretada em grandes quantidades na superfície da mucosa intestinal ocorre pela
contínua estimulação da microflora normal do intestino
(
KIMURA, 2006).
Pesquisas realizadas por MUIR
et al.
(2000) e YUN
et al.
(2000) evidenciaram
que há na glândula de Harder grande quantidade de linfócitos B portadores de IgA+ em
sua superfície, os quais realizam um processo significativo de migração para as tonsilas
cecais e também, em menor escala, para a bursa de Fabrícius. Esses dados, levam à
suposição de que em termos de sistema imune associado à mucosa uma conexão
entre o sistema imune ocular e aquele presente no trato digestório.
O mecanismo pelo qual o sistema imune é influenciado pelos nucleotídeos
dietéticos ainda não está bem esclarecido. A maior parte dos nucleotídeos da dieta são
122
rapidamente metabolizados e excretados, entretanto, uma porção significativa é retida
e encontrada no tecido gastrintestinal (JYONOUCHI,1994).
Vários fatores tais como restrição alimentar, crescimento rápido e até
determinadas doenças podem interferir na capacidade de ntese endógena de
nucleotídeos, tornando-o um nutriente essencial nessas condições (CARVER e
WALKER, 1995). JYONOUCHI (1994) pesquisando a ação dos nucleotídeos sobre a
resposta imune, inferiu sobre sua importância para manutenção das condições ótimas
da resposta imune humoral, sendo que a deficiência de nucleotídeos causa prejuízo à
imunidade celular, havendo necessidade da suplementação dos mesmos.
Ao estimularem o crescimento das bactérias produtoras de ácido lático, os
prebióticos estão atuando indiretamente e de forma benéfica sobre o sistema imune do
hospedeiro, pois estas populações bacterianas produzem substâncias com
propriedades imuno-estimulatórias que reagem com o sistema imune em vários níveis,
incluindo a produção de citoquinas, células mononucleares, fagocitose macrofágica e a
indução na síntese de grandes quantidades de imunoglobulinas, em especial as IgA
(YASUI e OHWAKI, 1995; MACFARLANE e CUMMINGS, 1999).
A doença de Newcastle é uma infecção contagiosa e fatal que afeta todas as
espécies de pássaros e é causada pelo vírus
Paramyxovirus
tipo 1 (GRANDO, 2002;
ALI
et al
., 2004). Os anticorpos maternais protegem o pintainho durante a primeira
semana de vida e podem interferir no desenvolvimento da imunidade humoral,
entretanto eles não podem invalidar o rápido estabelecimento da proteção vacinal
(KOUWENHOVEN, 1993).
A doença infecciosa da bursa de Fabricius, chamada Gumboro, é infecciosa e
contagiosa, afetando um órgão importante no desenvolvimento do sistema imune das
aves jovens (KNEIPP, 2000). De acordo com LUKERT e SAIF (1997) e ZAHEER e
AKHTER (2003), os níveis de anticorpos maternais contra Gumboro no dia de vida
do pintainho são altos e mantidos assim até o 7º dia de idade quando são reduzidos até
os 35 dias de vida. Estes anticorpos podem ser detectados até a quarta semana de
vida, entretanto os limites de proteção expiram na segunda semana de vida.
123
É sabido que a temperatura ambiente pode alterar a susceptibilidade de frangos
a doenças infecciosas, além de afetar a resposta imune humoral (BEARD e MITCHELL,
1987). O efeito da temperatura ambiental sobre a resposta imune pode depender da
capacidade do animal em manter a homeotermia (HENKEN
et al.
, 1982). A exposição
dos animais a condições ambientais adversas promove respostas adaptativas como a
aclimatação, onde ocorre uma série de reações, que culminam com a secreção de
glicocorticóides (GERAERT
et al.,
1996). Porém, sabe-se que os glicocorticóides atuam
de forma antagônica ao desenvolvimento da resposta imune nos animais (TANKSON
et
al.
, 2001), debilitando a capacidade de expressão da resposta imune humoral
(THAXTON e SIEGEL, 1973).
Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a influência do
extrato de leveduras e prebiótico em dieta pré-inicial de frangos de corte vacinados
contra o vírus da doença de Gumboro e o vírus da doença de Newcastle, criados em
diferentes temperaturas, sobre a resposta imune humoral aos 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias
de idade.
Material e métodos
O experimento foi conduzido no aviário experimental do Departamento de
Zootecnia da Universidade Estadual Paulista, Campus Jaboticabal, com 1440
pintainhos de um dia de idade, machos, da linhagem Cobb-500
®
. As aves foram criadas
em três câmaras climáticas, compostas de 16 boxes de 2,5x1,0 m cada uma. As
câmaras eram revestidas com poliuretano e apresentavam sistemas de aquecimento e
refrigeração. As aves foram submetidas às temperaturas apresentadas na Tabela 1:
Tabela 1. Temperaturas utilizadas na criação dos frangos de corte ± desvio padrão da média.
Idade das aves Temperatura ambiente (T°C)
(dias) Quente Neutra Fria
1 a 3 dias 35 ± 1 32 ± 2 28 ± 3
4 a 7 dias 34 ± 1 31 ± 1 26 ± 2
8 a 14 dias 32 ± 3 28 ± 2 22 ± 2
15 a 21 dias 31 ± 3 26 ± 2 20 ±3
22 a 42 dias 30 ± 3 23 ± 2 19,5 ± 2
124
As rações acrescidas ou não com extrato de leveduras
1
e prebiótico
2
foram
oferecidas somente na fase pré- inicial (1 a 7 dias), sendo que a partir do dia de
idade todas as aves receberam a mesma ração, sendo reajustadas de acordo com cada
fase de criação (1 a 7; 8 a 21 e 22 a 42 dias de idade), atendendo as recomendações
de ROSTAGNO
et al.
(2000). Os níveis de extrato de levedura e de prebiótico utilizados
seguiram as recomendações da empresa que forneceu os produtos. As rações foram:
R1 - Ração sem extrato de levedura e sem prebiótico;
R2 – Ração com 2% de extrato de leveduras e sem prebiótico,
R3 – Ração sem extrato de levedura e com 0,15% de prebiótico,
R4 – Ração com 2% de extrato de levedura e com 0,15% de prebiótico.
Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema
fatorial com parcela subdividida, constituído por um arranjo fatorial 3 x 2 x 2 nas
parcelas, com os fatores temperaturas de criação (quente, neutra e fria), níveis de
extrato de levedura (com ou sem) e níveis de prebiótico (com ou sem) e, na subparcela,
as coletas de sangue e secreção lacrimal (7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias de idade). Foram
utilizadas 4 repetições com 30 aves/repetição/câmara, totalizando 1.440 aves.
Aos 8 dias, as aves foram vacinadas contra o vírus da doença de Newcastle
(VDN) estirpe La Sota e contra o vírus da doença de Gumboro (VDG) cepa
intermediária LUKERT, e aos 18 dias para VDG (Cepa forte Austrália V-877), sendo que
todas as vacinas foram via ocular, diluídas conforme recomendações do fabricante, na
proporção de 30mL/1000 doses de vacina, correspondendo a doses de 30 µL/ave, de
acordo com o método descrito por PAULILO (1987).
As amostras de sangue, para análise de IgG, foram colhidas através de punção
na veia branquial e a secreção lacrimal, para análise de IgA, foi colhida através da
irritação do olho da ave com glicerina. As amostras colhidas foram sempre dos mesmos
1
Nupro
®
. Alltech do Brasil Agroindustrial Ltda. Araucária, PR.
2
Bio-Mos
®
. Alltech do Brasil Agroindustrial Ltda. Araucária, PR.
125
frangos por parcela, aos 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias de idade. Após a obtenção do soro
e secreção lacrimal, estes foram congelados a -20ºC até a realização das análises.
Para a realização de pesquisa de títulos de anticorpos para VDN e VDG foram
utilizados os testes de inibição por hemaglutinação (HI), conforme CUNNINGHAM
(1971) e pelo método Elisa utilizando kits comerciais da
Synbiotics Corporation
(ProFLOK
®
)
, respectivamente. Para a determinação do IgA presente na secreção
lacrimal também foi utilizado o kit comercial da
Synbiotics Corporation
(ProFLOk
®
),
sendo utilizado um conjugado comercial cabra anti-Galinha, IgA, cadeia específica HRP
(
Bethyl Laboratories, Inc
). Os títulos de HI foram transformados em log
2
e no teste de
Elisa, a densidade óptica foi transformada para valores de títulos, conforme software do
fabricante do Kit.
A metodologia para análise do IgA foi adaptada ao kit comercial usado para
determinação de IgG de VDG. Foram utilizadas apenas as placas revestidas com o
antígeno do kit. O substrato e os reagentes foram os mesmos usados na análise de
Elisa Indireto. Para tanto, as placas foram bloqueadas com uma solução tampão
bicarbonato pH 9,6 0,05M e leite em desnatado (LPD) por 45 minutos a 37ºC. Em
seguida as placas foram lavadas com PBST pH 7,4. As amostras foram diluídas em
PBST com 10% de LPD e distribuídas na placa e encubadas em estufa 37°C/60 min.
Após este procedimento, a placa foi novamente lavada com PBST e adicionada
conjugado anti-IgA diluído em PBST com 10% de LPD. A placa foi novam PBi
126
programa SAS
®
(SAS
Institute
, 2002), e em caso de diferença significativa as médias
foram comparadas pelo teste de Tukey (5%).
Resultados e discussão
Os resultados de resposta imune humoral para VDN e VDG (IgG e IgA) estão
apresentados na Tabela 2. Prebiótico e o extrato de levedura adicionados à ração na
fase pré-inicial, não influenciaram as variáveis analisadas. Houve interação significativa
entre temperatura de criação e idade de coleta sobre a resposta imune humoral em
todos os parâmetros avaliados, com os desdobramentos apresentados nas Figuras 1 a
3 e Apêndices 10 a 12.
Sabe-se que a transferência de IgG presente na membrana do saco vitelino para
a circulação sanguínea ocorre até o 2º dia pós-eclosão (LI
et al.
, 1998), período durante
o qual acontece a absorção do saco vitelino. Sabendo-se que as mudanças nas
condições ambientais promovem alterações nos hormônios circulantes, como T
3
e T
4
,
os quais podem afetar a velocidade de absorção do saco vitelino (IQBAL
et al.,
1990,
TORRES, 2006). Assim, este fato explica as diferenças ocorridas aos 7 dias de idade
entre as temperaturas quente e fria. Além disso, a exposição de aves jovens a alta
temperatura ambiental antes da mudança antigênica primária produz inibição do
desenvolvimento da resposta imune primária (THAXTON
et al.
, 1968).
O estresse térmico influencia a função do sistema imune, pelo estímulo do eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal (THAXTON e SIEGEL, 1969), o qual estimula a secreção
de corticosterona e do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH).
Altas concentrações de corticosterona causam involução de órgãos linfóides
como o timo, bursa e o baço e a redistribuição das sub-populações de linfócitos T
(MARSH e SCANES, 1994 e TROUT e MASHALY, 1994). A bursa é um órgão
necessário para os processos de diferenciação de linfócitos B e de diversificação de
especificidade de anticorpos específicos (PARAMITHIOTIS e RATCLIFFE, 1994;
GLICK,1995) e o microambiente do timo permite a formação clonal de receptores
específicos dos linfócitos T, diferenciando-os em linfócitos T-
Helper
(CD4+) e T-
citotóxicos (CD8+) (GLICK, 2000).
127
Tabela 2. Médias dos títulos de anticorpos contra vírus da doença de Newcastle (VDN), vírus
da doença de Gumboro (VDG) e imunoglobulina A (IgA) em frangos de corte alimentados com
dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em diferentes
temperaturas.
Tratamentos Título
Temperatura ambiente (T) VDN - IgG VDG - IgG
VDG-IgA
Quente 4,81 b 1153,11 0,29
Neutra 5,29 ab 1243,35 0,30
Fria 5,52 a 1118,32 0,35
Prebiótico (P)
Com 5,22 1243,55 0,31
Sem 5,19 1101,69 0,31
Extrato de Levedura (EL)
Com 5,16 1195,32 0,31
Sem 5,26 1147,87 0,31
CV (%) na parcela
35,28 49,92 74,56
Idade de coleta em dias (I)
7 7,73
a 1265,4 b 0,28 b
14 6,98 a 219,2 cd 0,15 c
21 3,84 bc 124,3 d 0,26 b
28 4,42 bc 457,9 c 0,25 bc
35 3,57 c 1345,8 b 0,51 a
42 7665 0 Td(1)Tj5.99658 0 Td(0)Tj5.945
128
Os dados encontrados discordam aos achados por OBA (2004), que avaliando a
resposta imune para VDN em aves submetidas a diferentes temperaturas e
suplementadas com crômio, encontrou menor valor de título aos 7 dias na temperatura
fria para VDN.
Uma hipótese para a melhor resposta obtida pelas aves em temperatura fria
poderia estar relacionada à presença de bactérias filamentosas segmentadas (BFS)
presentes no íleo (CAP.4). Diversos autores inferem que as BFS são as mais potentes
bactérias nativas que estimulam o sistema imune (KLASSEN
et al.
, 1993; UMESAKI
et
al.
, 1995; CEBRA
et al.,
1998
;
UMESAKI
et al.
1999, YAMAUCHI
et al.,
2000),
motilidade intestinal (SNEL
et al.,
1996), e proliferação das lulas epiteliais (UMESAKI
et al.
1995; JIANG
et al.
, 2001) em ratos em estado fisiológico normal.
Figura 1. Desdobramento da interação entre as temperaturas de criação e idade de coleta do soro para
as médias dos títulos de anticorpos do soro contra VDN obtidos em frangos de corte alimentados
com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em diferentes
temperaturas. Efeito da idade em cada temperatura ambiente (letras minúsculas) e das
temperaturas ambiente sobre as idade de coleta (letras maiúsculas)
Aos 42 dias de idade, houve melhor resposta na temperatura neutra, e a pior foi
obtida na temperatura fria, sendo que a resposta na temperatura quente não diferiu
estatisticamente da temperatura fria e neutra.
0
2
4
6
8
10
7 14 21 28 35 42
Título de anticorpos
Quente Neutra Fria
Idade das aves (dias)
aB
c
b
Aa
aAB
aA
b
c
b
b
bc
b
b bB
bA
bAB
abB
aA
129
As aves criadas na temperatura fria apresentaram um declínio significativo no
título de anticorpos, em relação à temperatura neutra. O declínio obtido aos 42 dias de
idade provavelmente está relacionado à maior sensibilidade das aves em decorrência à
baixa temperatura.
De maneira geral, pode-se observar que a temperatura de criação influenciou o
sistema imunológico em idades críticas, isto é, nas três primeiras semanas, sendo que
o estresse funcionou como imunomodulador, promovendo aumento da resposta imune
humoral para VDN, quando comparado à condição de termoneutralidade, estando estes
dados de acordo com HENKEN
et al.
(1982) e OBA (2004)
A melhor resposta imune humoral das aves criadas em ambientes adversos pode
ser explicada pela produção de interleucina-1 (IL-1) pelos macrófagos, estimulado pelo
antígeno. A IL-1 estimula o hipotálamo e/ou leucócitos a produzir o fator liberador de
corticotropina (CRF), que estimula a produção de ACTH pela pituitária anterior e/ou
leucócitos. Em adição, CRF pode aumentar diretamente a atividade dos linfócitos no
baço e o ACTH pode estimular a produção de corticosteróides, que podem causar a
redistribuição dos linfócitos secundários, como o baço, para processamento do antígeno
e eventual produção de anticorpos contra o antígeno invasor (MASSALY
et al.,
1998).
VDG
O estudo de desdobramento dentro das diferentes temperaturas mostrou que
houve diferença estatística, dentro das três temperaturas, aos 7 e 42 dias de idade
(Figura 3).
Aos 7 dias, as aves criadas em temperatura fria apresentaram menor título de
anticorpos para VDG, em relação às aves criadas na temperatura quente e neutra. Os
dados encontrados diferem aos de OBA (2004), que avalia
130
portanto, da disponibilidade de IgG na gema para posterior transferência ao embrião.
Segundo SHEPHARD e SHEK (1998), o estresse pelo frio promove a supressão da
proliferação de linfócitos, retroalimentação negativa da cascata imunológica, redução de
células
natural killer
(NK) e atividade citolítica.
Figura 2. Desdobramento da interação entre as temperaturas de criação e idade de coleta do soro para
as médias dos títulos de anticorpos do soro contra VDG obtidos em frangos de corte alimentados
com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico, criados em diferentes
temperaturas. Efeito da idade em cada temperatura ambiente (letras minúsculas) e das
temperaturas ambiente sobre idade de coleta (letras maiúsculas)
O hipotálamo traduz os estímulos estressores em fatores neuroendócrinos
capazes de alterar a função imune (BALLONE, 2002; TORRES, 2006). Os
corticosteróides, em algumas ocasiões, podem atuar como imunoestimulantes ou
imunomoduladores, podendo regular o desenvolvimento da resposta imune celular e
humoral, favorecendo ou dificultando a resistência a vários patógenos (MORGULIS,
2002). No inicio da resposta ao estresse ocorre liberação de ACTH, o qual produz,
dentre outras modificações fisiológicas, aumento de linfócitos no sangue, para reparar
possíveis danos físicos e defender contra eventuais agentes agressores (BALLONE,
0
1000
2000
3000
4000
7 14 21 28 35 42
Título de anticorpos
Quente Neutra Fria
Ab
Ba
c
Cbc
Bb
ccc c c
bc
c bc
b
b
b
ABa
Aa
Idade das aves (dias)
131
2002). Dessa forma, explica-se a melhor resposta na temperatura quente aos 7 dias de
idade.
Aos 42 dias de idade, as aves criadas na temperatura quente apresentaram
menor título de anticorpos para VDG, em relação às aves criadas em temperatura
neutra. Isto pode ser explicado pela maior sensibilidade das aves ao calor, nesta faixa
de idade, proporcionado pelo estresse térmico. Provavelmente, como conseqüência
dessa situação, houve liberação de corticosterona, a qual promoveu involução dos
órgãos linfóides e, conseqüentemente menor resposta imune humoral para VDG.
No estudo dentro das diferentes temperaturas observa-se que a partir dos 21
dias de idade, as aves criadas na temperatura quente apresentaram menor valor de
título em relação aos encontrados nas temperaturas neutra e fria.
VDG – IgA
No estudo dentro das diferentes idades, apenas houve diferença estatística aos
35 dias, onde as aves criadas em temperatura fria apresentaram maiores valores de
IgA. Este resultado encontrado provavelmente está relacionado com a presença das
bactérias encontradas no íleo (CAP. 4), promovendo desta forma maior valor de IgA.
Apesar de não haver diferença estatística nos valores de títulos de IgA no soro
das aves criadas em temperatura fria, observar-se que houve tendência de tais valores
manterem-se maiores até os 42 dias de idade em relação às demais temperaturas,
sendo que este fato ocorreu a partir dos 21 dias de idade (Figura 1).
Aditivos como prebiótico ricos em manose aumentam a resposta protetora de
anticorpos e aumentam a resistência a doenças, sendo que ao mesmo tempo reduzem
a resposta aguda (RUTZ
et al.
, 2005, RUTZ e COLLET, 2006). Por ação direta,
especula-se que alguns prebióticos específicos podem causar redução na translocação
intestinal de patógenos (SILVA, 2000). Estes compostos se ligariam a sítios receptores
dos macrófagos através do reconhecimento de determinados açúcares, presentes nas
glicoprotéinas da superfície epitelial, desencadeando uma reação em cascata que
resultaria na ativação dos macrófagos e liberação de citoquinas, ativando a resposta
imune adquirida (COLLET, 2000). Os resultados obtidos por SAVAGE
et al.
(1996), que
132
constataram aumentos significativos nos níveis de IgG no plasma e IgA da bile ao
adicionarem 0,11% de MOS na dieta de perus, sustentam esta hipótese. SWANSON
et
al
. (2002) ao suplementar a dieta de cães adultos com 2 g/dia com prebióticos
observaram aumento na concentração de IgA no íleo, indicando melhora na imunidade
local.
Figura 3- Desdobramento da interação entre as temperaturas de criação e idade de coleta do soro para
os títulos de anticorpos de IgA contra VDG, obtidos dos soros de frangos de corte, em diferentes
idades e criados em 3 temperaturas distintas. Efeito da idade em cada temperatura ambiente
(letras minúsculas) e das temperaturas ambiente em cada idade de coleta (letras maiúsculas)
De acordo com a literatura, vários autores inferiram sobre a relação positiva entre
as bactérias filamentosas segmentadas e liberação de IgA. KLAASEN
et al.
(1993) e
TALHAM
et al.
(1999), ao avaliarem a colonização por BFS em ratos, observaram que
aumentou o número de células secretoras de imunoglobulina A e o nível de IgA
secretado no soro, podendo esta colonização estar associada com a ativação e
aumento do número de linfócitos intraepiteliais (TALHAM
et al.,
1999, MEYERHOLZ
et
al.
, 2002). Além disso, em ratos livres de patógenos, a colonização por BFS está
associada a maior expressão do Complexo de Histocompatibilidade Casse II (TALHAM
0
0,2
0,4
0,6
0,8
7 14 21 28 35 42
Idade das aves (dias)
Quente Neutra Fria
ab ab
a
ab
b
c
c
b
bc
aB
aB
bc
b
Aa
Título de anticorpos
ab
ab
b
b
b
133
et al.,
1999). Os resultados de JIANG
et al.
(2001) sugerem correlação entre resposta
imune e colonização de BSF no intestino. YAMAUCHI e SNEL (2000) observaram que a
BFS realizam fagocitose dentro do epitélio celular do íleo e intracelularmente
processado pelo lisossoma heterofágico. A fagocitose é o primeiro passo para a
resposta imune da BSF, resultando em aumento no número de células produtoras de
IgA e linfócitos intraepiteliais
-
na mucosa intestinal.
Conclusão
Os resultados obtidos neste trabalho permitiram concluir que a inclusão de
extrato de levedura e prebiótico na fase pré-inicial não produziu efeito sobre a resposta
imune humoral para VDN e VDG ao longo do ciclo produtivo do frango de corte. Com
relação à temperatura de criação, esta exerceu forte influencia sobre os valores de IgG,
principalmente sobre os títulos de anticorpos maternos, embora o estresse térmico
tenha proporcionado efeito imunomodulador até a 3ª semana de vida das aves.
Devido à tendência de equilíbrio de Iga apresentado na temperatura fria,
necessidade de maiores pesquisas em relação à presença das bactérias encontradas
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141
Apêndice 1. Comparação de dias de altura de vilos e profundidade de cripta m) no duodeno para as interações entre
extrato de levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 8 dias de idade.
Altura de vilos Profundidade de cripta
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Com 1293 A
1
1250 Bb 0,0028 142 b
1
133 a NS
Sem 1356 A 1328 Ba <0,0001 107 Aa 172 Bb <0,0001
Probabilidade
NS <0,0001 <0,0001 <0,0001
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 1322 Ba
2
1364 Aa 0,0022 114 Aa
2
147 Ba <0,0001
Neutra 1312 Bb 1410 Aa <0,0001 107 Aa 164Bb <0,0001
Fria 1340 Aa 1238 Bb <0,0001 152 b 146 a NS
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 <0,0001 0,0026
Prebiótico Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 1203 Bb
2
1498 Aa <0,0001 130
2
131 a NS
Neutra 1361 Aa 1236 Bc <0,0001 141 B 130 Aa 0,0462
Fria 1247 Bb 1332 Ab <0,0001 141 A 158 Bb 0,0044
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 NS <0,0001
1
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de Fisher;
2
Médias seguidas de letras
distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de Tukey e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS= não significativo.
142
Apêndice 2. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no jejuno para as interações entre extrato
de levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 8 dias de idade.
Altura de vilos Profundidade de cripta
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Com 780 Aa
1
661 Bb <0,0001 163 Bb
1
122 A <0,0001
Sem 753 Ab 682 Ba <0,0001 146 Ba 126 A 0,0007
Probabilidade
<0,0001 0,0114 0,0034 NS
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 802 Aa
2
638 Bb <0,0001 151 Bb
2
120 Aa <0,0001
Neutra 729 Ac 634 Bb <0,0001 117 a 118 a NS
Fria 768 b 742 a NS 197 Bc 135 Ab <0,0001
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 <0,0001 0,0439
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 752 Aa
2
689 Bb <0,0001
Neutra 692 Ab 671 Bb 0,0236
Fria 718 Bb 793 Aa <0,0001
Probabilidade
<0,0001 <0,0001
1
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de Fisher;
2
Médias seguidas de letras
distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de Tukey e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS= não significativo.
143
Apêndice 3. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no íleo para as interações entre extrato de
levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 8 dias de idade.
Altura de vilos Profundidade de cripta
Extrato de levedura
Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Com 558 b
1
557 NS 104 Aa
1
118 Bb <0,0001
Sem 592 aA 551 B <0,0001 116 Bb 103 Aa 0,0065
Probabilidade
0,0012 NS 0,0099 <0,0001
Extrato de levedura
Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 645 Aa
2
517 Bb <0,0001 114 B
2
101 Aa 0,0392
Neutra 554Ba 603 Aa <0,0001 103 A 117 Bb 0,0087
Fria 526 b 543 b NS 114 103 a NS
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 NS 0,0003
Prebiótico
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 572
2
590 a NS 111 b
2
114 a NS
Neutra 577 B 600 Aa <0,0001 101 Aa 119 Bb 0,0025
Fria 548073 0 Td( )Tj3.61631 0 T0 8.33333 0 0 cm .558073 0 Td(,)Tj8.333073 0 Td(4)Tj0.558073 0 Td( )Tj0.279037 0 Td(b)Tj0.558073 0 Td( )Tj5.07847 0 Td(N)Tj0.725495 0 Td(S)Tj0.669688 0 Td( )Tj3.97348 0 Td( )Tj3.83954 0 Td(1)Tj0.546912 0 Td(2)Tj0.558912 0 Td(1)Tj0.558073 0 Td( )Tj0.279037 0 Td(B)Tj0.669688 0 Td(b)Tj0.558073 0 Td896Tj0.558073 0 Td(9)Tj0.546073 0 Td(6)Tj0.558073 0 Td( )Tj0.279037 0 Td(A)Tj0.680688 0 Td(a)Tj0.546912 0 Td7(r)Tj3.61631 0 Td(<)Tj0.580396 0 Td(0)Tj0.558073 0 Td(,)Tj0.279037 0 Td(0)Tj0.558073 0 Td(0)Tj0.546912 0 Td(0)Tj0.558073 0 Td(1)Tj0.558073 0 Td( )Tj/R305862f-53.2848 -1.86503 Td(P)Tj0.680849 0 Td(r)Tj0.334844 0 Td(o)Tj0.546912 0 Td(b)Tj0.558073 0 Td(a)Tj0.558073 0 Td(b)Tj0.53575 0 Td(i)Tj0.223229 0 Td(l)Tj0.223229 0 Td(i)Tj0.234391 0 Td(d)Tj0.546912 0 Td(a)Tj0.558073 0 Td(d)Tj0.558073 0 Td(e)Tj/R12 1 Tf0.546912 0 T879976j3.75025 -0.01847 0 Td(N)Tj0.725495 0 Td(S)Tj0.669688 0 Td561( )Tj3.94 0 Td(<)Tj0.591558 0 Td(0)Tj0.558073 0 Td(,)Tj0.279037 0 Td(0)Tj0.558073 0 Td(0)Tj0.546912 0 Td(0)Tj0.558073 0 Td(1)Tj0.558073 0 Td( )Tj5.2124 0 Td( )Tj4.66549 030593<0,0009 0,0002
144
Apêndice 4. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no duodeno para as interações entre
extrato de levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 21 dias de idade.
Altura de vilos Profundidade de cripta
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Com 1702 a
1
1668 NS 185 Bb
1
154 Aa <0,0001
Sem 1612 b 1647 NS 141 Aa 181 Bb <0,0001
Probabilidade
<0,0001 NS <0,0001 <0,0001
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 1520 b
2
1532 c NS 153 A
2
174 Bb 0,0070
Neutra 1780 Aa 1722 Ba 0,0331 170 A 189 Bb 0,0205
Fria 1728 Aa 1660 Bb 0,0143 166 B 139 Aa 0,0009
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 NS <0,0001
Prebiótico Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 1603Ab
2
1449 Bc <0,0001 147 Aa
2
180 Bb <0,0001
Neutra 1740 a 1762 a NS 195 Bb 165 Ab 0,0002
Fria 1711 a 1677 b NS 167 Ba 138 Aa 0,0003
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001
1
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de Fisher;
2
Médias seguidas de letras
distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de Tukey e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS= não significativo.
145
Apêndice 5. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no jejuno para as interações entre extrato
de levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 21 dias de idade.
Altura de vilos Profundidade de cripta
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Com 1056 b
1
1081 a NS 128 Aa
1
146 B 0,0009
Sem 1115 Aa 1048 Bb <0,0001 153 b 151 NS
Probabilidade
<0,0001 0,0217 <0,0001 NS
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 1054 Ab
2
961 Bc <0,0001 125 a
2
135 a 0,1405
Neutra 1181 Ba 1218 Aa 0,0323 178 Bb 154 Ab 0,0002
Fria 1021 b 1015 b NS 119 Aa 156 Bb <0,0001
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 <0,0001 0,0014
Prebiótico Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 982 Bb
2
1033 Ab 0,0032 128 a
2
131 a NS
Neutra 1232 Aa 1166 Ba 0,0001 147 Ab 185 Bb <0,0001
Fria 990 Bb 1046 Ab 00,0012 136 ab 139 a NS
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 0,0179 <0,0001
1
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de Fisher;
2
Médias seguidas de letras
distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de Tukey e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS= não significativo
146
Apêndice 6. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no íleo para as interações entre extrato de
levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 21 dias de idade.
Altura de vilos
Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com 761 A
1
695 Bb <0,0001
Sem 749 759 a NS
Probabilidade
NS <0,0001
Profundidade de cripta
Extrato de levedura Prebiótico
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 698 c
2
703 b NS 124 A
1
142 Bb 0,0016
Neutra 805 Aa 772 Ba 0,0132 127 A 160 Bc <0,0001
Fria 762 Ab 706 Bb <0,0001 119 120 a NS
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 NS <0,0001
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Quente 692 b
2
708 b NS
Neutra 762 Ba 815 Aa <0,0001
Fria 729 a 739 b NS
Probabilidade
<0,0001 <0,0001
1
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de Fisher;
2
Médias seguidas de letras
distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de Tukey e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS= não significativo.
147
Apêndice 7. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no duodeno para as interações entre
extrato de levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 42 dias de idade.
Altura de vilos Profundidade de cripta
Extrato de levedura Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Com 1750 a
1
1767 a NS 142 Ab
1
169 Bb <0,0001
Sem 1647 Ab 1499 Bb <0,0001 125 a 116 a NS
Probabilidade
<0,001 <0,0001 0,0143 <0,0001
Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Quente 1699 Ab
2
1627 B 0,0042
Neutra 1598 c 1632 NS
Fria 1798 Aa 1640B <0,0001
Probabilidade
<0,0001 NS
Prebiótico Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 1806 Aa
2
1521 Bb <0,0001 146 Bb
2
122 Ab 0,0051
Neutra 1651 Ab 1578 Bab 0,0036 103 a 98 a NS
Fria 1817 Aa 1620 Ba <0,0001 218 Bc 140 Ab <0,0001
Probabilidade
<0,0001 0,0004 <0,0001 <0,0001
1
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de Fisher;
2
Médias seguidas de letras
distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de Tukey e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS= não significativo.
148
Apêndice 8. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no jejuno para as interações entre extrato
de levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 42 dias de idade.
Altura de vilos
Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com 1322 Aa
1
1272 B 0,0012
Sem 1122 Bb 1245 A <0,0001
Probabilidade
<0,0001 NS
Profundidade de cripta
Extrato de levedura
Extrato de levedura
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 1244 A
2
1138 Bc <0,0001 116 B
1
97 Aa 0,0010
Neutra 1225 B 1347 Aa <0,0001 114 B 98 Aa 0,0077
Fria 1197 B 1290 Ab <0,0001 119 A 134 Bb 0,0122
Probabilidade
NS <0,0001 NS 0,0439
Prebiótico
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 1228 Ab
2
1154 Bb <0,0001 112 Ba
1
101 A 0,0488
Neutra 1306 Aa 1266 Ba 0,0322 111 a 110 NS
Fria 1357 Aa 1130 Bb <0,0001 150 Bb 103 A <0,0001
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 <0,0001 NS
1
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de Fisher;
2
Médias seguidas de letras
distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de Tukey e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS= não significativo.
149
Apêndice 9. Comparação de médias de altura de vilos e profundidade de cripta (µm) no íleo para as interações entre extrato de
levedura e prebiótico, temperatura e extrato de levedura e, temperatura e prebiótico aos 42 dias de idade.
Altura de vilos
Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com 835 Aa
1
794 Bb <0,0001
Sem 789 Bb 860 Aa <0,0001
Probabilidade
0,0002 <0,0001
Profundidade de cripta
Extrato de levedura
Extrato de levedura
Prebiótico
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Probabilidade
Quente 856 Ba
2
902 Aa 0,0008 111 a
2
117 b NS
Neutra 811 b 829 b NS 90 a 96 a NS
Fria 768 c 750 c NS 134 Bb 118 Ab 0,0026
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001
Prebiótico
Prebiótico
Temperatura
Com Sem
Probabilidade
Com Sem
Prebiótico
Quente 846 Ba
2
912 Aa <0,0001 103 Aa
2
125 Bb <0,0001
Neutra 854 Aa 789 Bb <0,0001 101 Ba 85 Aa 0,0047
Fria 742 Bb 777 Ab 0,0114 124 b 129 b NS
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001
1
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de Fisher;
2
Médias seguidas de letras
distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelos Testes de Tukey e Fisher, respectivamente (p<0,05).
NS= não significativo
150
Apêndice 10. Desdobramento da interação entre as temperaturas de criação e idade de coleta
do soro para as médias dos títulos de anticorpos do soro contra VDN obtidos em frangos de
corte alimentados com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico,
criados em diferentes temperaturas.
Temperatura
Idade
Quente Neutra Fria
Probabilidade
7 6,97 aB 7,84 aAB 8,37 aA 0,0231
14 5,84 abB 7,56 aA 7,53 aA 0,0008
21 4,16 b 3,21 c 4,15 b NS
28 3,94 b 4,31bc 5,00 b NS
35 3,40b 3,19 c 4,13 b NS
42 4,56 bAB 5,34 bA 3,94 bB 0,0245
Probabilidade
< 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de
Tukey (p<0,05).
NS= não significativo.
Apêndice 11. Desdobramento da interação entre as temperaturas de criação e idade de coleta
do soro para as médias dos títulos de anticorpos do soro contra VDG obtidos em frangos de
corte alimentados com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico,
criados em diferentes temperaturas.
Temperatura
Idade
Quente Neutra Fria
Probabilidade
7 1675 Ab 1186 Bb 934 Cbc 0,0004
14 241 c 226 c 149 c NS
21 100 c 113 c 101 c NS
28 247 c 492 bc 618 bc NS
35 1267 b 1544 b 1229 b NS
42 3143 aB 3649 aA 3376 aAB 0,0273
Probabilidade
<0,0001 <0,0001 <0,0001
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de
Tukey (p<0,05).
NS= não significativo.
151
Apêndice 12. Desdobramento da interação entre as temperaturas de criação e idade de coleta
do soro para as médias dos tulos de anticorpos de IgA contra VDG obtidos em frangos de
corte alimentados com dietas suplementadas ou não com extrato de leveduras e prebiótico,
criados em diferentes temperaturas.
Temperatura
Idade (dias)
Quente Neutra Fria
Probabilidade
7 0,27 ab 0,34 ab 0,22 c NS
14 0,11 b 0,24 b 0,11 c NS
21 0,25 ab 0,25 b 0,29 bc NS
28 0,25 ab 0,22 b 0,28 bc NS
35 0,41 Ba 0,41aB 0,69 Aa <0,0001
42 0,44 a 0,34 ab 0,46 b NS
Probabilidade
<0,0001 0,0106 <0,0001
Médias seguidas de letras distintas minúsculas (maiúscula) na coluna (linha), diferem pelo Teste de
Tukey (p<0,05). NS= o significativo.
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