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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
RONALDO LUIZ VITÓRIO
INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE REVELAÇÃO DO FILME
SOBRE A FORMAÇÃO DA DENSIDADE ÓPTICA E A
QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA
Mogi das Cruzes, SP
2006
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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
RONALDO LUIZ VITÓRIO
INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE REVELAÇÃO DO FILME
SOBRE A FORMAÇÃO DA DENSIDADE ÓPTICA E A
QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA
Dissertação apresentada à Comissão da Pós-Graduação da
Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos
para a obtenção do Título de Mestre em Engenharia
Biomédica.
Profª Orientadora: Drª Márcia A. S. Bissaco.
Mogi das Cruzes, SP
2006
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Financiamento: FAEP/UMC - bolsa de pesquisa do orientador
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus por ter me dado a saúde e permitido realizar este
grande sonho que faz parte de um momento decisivo em minha vida profissional.
AGRADECIMENTOS
"Agradecer é admitir que houve um minuto em que se precisou de alguém. Agradecer é
reconhecer que o homem jamais poderá lograr para si o dom de ser auto-suficiente. [...]”
(Cláudia Costa Cruz Teixeira Fontes)
Em primeiro lugar
Ao meu único Deus, ao Salvador Jesus Cristo e ao Espírito Santo, que conduziu minha
vida e me fez chegar até aqui.
Ao meu pai (in memorian) que através da sua vida, incentivo, companhia transformou
o meu olhar... Hoje vejo o que não percebia e sinto saudades.
A minha mãe e a minha tia, Therezinha e Maria Tereza, pela existência das suas vidas,
é que hoje finalizo um sonho, mais uma etapa vencida em minha vida.
Aos meus irmãos Gerson, Reginaldo, Rubens e Tânia. A resistência nos torna muito
melhores. Muitas vezes a melhor forma de entender o outro não está nas palavras e sim no
sentimento e nas ações. Obrigado por contribuírem no processo de minha formação.
Aos meus filhos Clayton Tiago, Dayane e Rahessa. Obrigado por entender que para se
alcançar um objetivo muitas vezes precisa-se abrir mão de outros, mas com certeza eu os amo
mais do que qualquer coisa nesse mundo.
À minha namorada, companheira e amiga, Sueli Carneiro. Você mostrou-me o
significado da palavra fibra. Considero-a por todo incentivo, principalmente nos momentos
mais difíceis quando tive vontade de desistir. Sua ajuda e incentivo, acima de tudo o
companheirismo, me deram forças para chegar ao final. Muito obrigado por fazer parte da
minha vida.
À Elaine pelas constantes orações e também por dizer o que eu necessitava ouvir nos
momentos difíceis. Agradeço a você por fazer eu reconhecer que quando se tem Deus no
coração, ele abre portas e jamais te desampara. Sua presença foi marcante nestes anos, sou
fruto também das suas palavras maravilhosas que fizeram com que eu chegasse aonde
cheguei.
À Profª. Dra. Márcia Aparecida Silva Bissaco, verdadeiro significado do ser
Mestre...Sua sabedoria, carinho, motivação, atenção e gentileza são marcas em minha
memória, jamais esquecerei.
Aos meus amigos, Júlio sar, Cássia Xavier, Denis Honorato, Edison Junior,
Francisco Feitosa, Ibevan Arruda, Cristiano Santiago, Bergman Nelson, Pedro Henrique e
Marisa Castilho, por terem me proporcionado o melhor e maior presente que alguém pode
receber: confiança, credibilidade onde compartilhamos nestes anos, momentos de discussões,
entendimento e acima de tudo companheirismo de todas as formas, com prontos ouvidos, seus
apoio foi imensurável, jamais esquecerei. Diz-se que podemos esquecer as palavras e feitos
das pessoas, mas que nunca esqueceremos os sentimentos que elas nos proporcionaram.
Aos colegas de trabalho, que sempre incentivaram e apoiaram a realização deste
estudo. Em especial a você Maria Teresa com quem tive o prazer de compartilhar alguns
momentos de stress.
RESUMO
Mesmo que a imagem radiográfica tenha sido obtida com a melhor condição de exposição e a
melhor combinação écran-filme, um processamento deficiente pode somente resultar em
péssima qualidade de imagem, o que implica na repetição do exame, gastando tempo e
dinheiro além de aumentar a dose absorvida no paciente. As condições de processamento do
filme (tempo, temperatura e atividade dos químicos) produzem alterações na densidade de
base+véu, na sensibilidade e no contraste do filme radiográfico. Assim sendo, este trabalho
apresenta um modelo computacional que prediz o efeito do tempo de processamento e da
temperatura de revelação do filme sobre a formação da densidade óptica. Este modelo foi
desenvolvido introduzindo parâmetros que representam o efeito do tempo e da temperatura
na equação da densidade óptica, que foi estabelecida em trabalho anterior em função das
características do sistema de imagem radiológica. Estes parâmetros foram determinados
através do levantamento experimental e análise de curvas características. Os resultados
apresentados pelo modelo mostraram boa concordância entre as densidades ópticas medidas e
simuladas para algumas variações de tempo de processamento e temperatura de revelação.
Foram obtidas imagens radiográficas dois simuladores mamográficos para exemplificar a
influência do tempo de processamento e da temperatura de revelação sobre a qualidade da
imagem (contraste e nitidez) e a detectabilidade de estruturas que simulam achados clínicos.
Três dicos radiologistas e quatro tecnólogos em radiologia, todos com vários anos de
experiência, avaliaram estas imagens. Os resultados da avaliação mostraram que variações no
tempo e na temperatura alteram o contraste, a nitidez e a detectabilidade de estruturas.
Algumas destas variações no tempo e/ou temperatura produzem imagens radiográficas de boa
qualidade ou aceitáveis para diagnóstico. Além disso, o método computacional desenvolvido
poderá ser utilizado como recurso didático na formação de novos profissionais para o setor
radiológico.
Palavras-chave
: processamento do filme, filme radiográfico, tempo de processamento,
temperatura de revelação, densidade óptica, raios X, modelagem e simulação.
ABSTRACT
Even if radiographic image has been achieved with the best exposure condition and the best
screen-film combination, a poor film processing can only result in poor image quality, which
can also result in the exam repetition, waste of time and money spending besides increasing
the dose absorbed to the patient. The film processing conditions (time, temperature and the
chemicals’ activity) produce changes in optical density of base plus fog, sensibility and
contrast of the radiographic film. Take this into account, this work presents a computer model
that predicts the effect of radiographic film developing process on optical density formation.
This model has been developed by introducing parameters that represent the effect of the
conditions of film developing in optical density’s equation, which had been established as a
function of the exposure technique and physical characteristics of radiological imaging
system. These parameters have been determined from experimental measures and
characteristic curves analysis. The results showed a good agreement between the optical
densities measured and simulated for some conditions of film processing. Radiographic
images of two mammographic phantoms were obtained with the same variations in film
processing time and development temperature in order to exemplify the influence of film
processing on image quality and detectability of test objects, which simulate clinical findings.
Three radiologists and four X-ray technologists, all of them with several years of experience,
evaluated the radiographic. The results showed that changes in processing time and
development temperature change contrast, sharpness and detectability of objects, and also
some this changes result in good and acceptable radiographic images for diagnosis. Besides,
the developed computer method can become a valuable didactic resource for training of new
professionals for the radiological sector.
Keywords
: film processing, radiographic film, processing time, development temperature,
optical density, X-rays, modeling and simulation.
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 – Materiais utilizados no desenvolvimento da pesquisa ......................................55
Tabela 3.2 – Tipos e tamanhos dos objetos contidos no simulador Accreditation..................60
Tabela 3.3 Especialistas que analisaram as imagens radiográficas do simulador Rachel.........64
Tabela 3.4 Percentuais de alteração na velocidade e no contraste de um filme radiográfico
devido ao tempo entre exposição e processamento do filme..........................................67
Tabela 4.1 – Valores de Contraste ........................................................................................77
Tabela 4.2 – Valores de velocidade ......................................................................................78
Tabela 4.3 – Valores de densidade óptica de base + véu .......................................................79
Tabela 4.4 Valores de Xo para variação no tempo de processamento e na temperatura de
revelação ......................................................................................................................80
Tabela 4.5 Densidades ópticas medidas e simuladas empregando o método sensitométrico e
as equações formuladas, respectivamente, para 35
o
C e 1,30 minutos...........................84
Tabela 4.6 – Densidades ópticas medidas e simuladas na posição central do filme para
algumas variações na temperatura do revelador. ...........................................................85
Tabela 4.7 – Densidades ópticas medidas e simuladas na posição central do filme para
algumas variações no tempo de processamento do filme...............................................85
Tabela 4.8 Densidades ópticas medidas e simuladas na posição central do filme para
algumas variações no tempo de manuseio do filme dentro da sala escura......................86
Tabela 4.9 Densidades ópticas medidas e simuladas na posição central do filme para
algumas variações no tempo decorrido entre a exposição e o processamento do filme...86
Tabela A2 – Formulário para avaliação das imagens radiográficas do simulador Rachel.....126
Tabela A3 Formulário para avaliação das imagens radiográficas do simulador Accreditation
considerando os achados clínicos................................................................................127
Tabela B1– Valores retornados pela função Boltzman para o ajuste da curva padrão (35ºC e
1,30 min.)...................................................................................................................129
Tabela B2 – Valores de X
0
obtidos com o ajuste das curvas características .........................135
Tabela E1 Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para qualidade
da imagem..................................................................................................................137
Tabela E2 Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para contraste
...................................................................................................................................138
Tabela E3 Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para nitidez das
imagens do simulador Rachel .....................................................................................139
Tabela E4 Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para qualidade
das imagens do simulador Accreditation.....................................................................140
Tabela E5 Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para contraste
das imagens do simulador Accreditation.....................................................................141
Tabela E6 Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para nitdez das
imagens do simulador Accreditation...........................................................................142
Tabela E7 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC .............................................................................143
Tabela E8 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC .............................................................................143
Tabela E9 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC .............................................................................143
Tabela E10 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens
do simulador Accreditation para 33ºC.........................................................................144
Tabela E11 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens
do simulador Accreditation para 33ºC.........................................................................144
Tabela E12 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens
do simulador Accreditation para 33ºC.........................................................................144
Tabela E13 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens
do simulador Accreditation para 33ºC.........................................................................145
Tabela E14 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC .............................................................................145
Tabela E15 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC .............................................................................145
Tabela E16 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC .............................................................................146
Tabela E17 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens
do simulador Accreditation para 34ºC.........................................................................146
Tabela E18 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens
do simulador Accreditation para 34ºC.........................................................................146
Tabela E19 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens
do simulador Accreditation para 34ºC.........................................................................147
Tabela E20 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens
do simulador Accreditation para 34ºC.........................................................................147
Tabela E21 Relação dos achados encontrados pelo dico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC .............................................................................147
Tabela E22 Relação dos achados encontrados pelo dico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC .............................................................................148
Tabela E23 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC .............................................................................148
Tabela E24 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens
do simulador Accreditation para 35ºC.........................................................................148
Tabela E25 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens
do simulador Accreditation para 35ºC.........................................................................149
Tabela E26 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens
do simulador Accreditation para 35ºC.........................................................................149
Tabela E27 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens
do simulador Accreditation para 35ºC.........................................................................149
Tabela E28 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC .............................................................................150
Tabela E29 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC .............................................................................150
Tabela E30 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC .............................................................................150
Tabela E31 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens
do simulador Accreditation para 36ºC.........................................................................151
Tabela E32 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens
do simulador Accreditation para 36ºC.........................................................................151
Tabela E33 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens
do simulador Accreditation para 36ºC.........................................................................151
Tabela E34 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens
do simulador Accreditation para 36ºC.........................................................................152
Tabela E35 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC...........................................................................152
Tabela E36 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC...........................................................................152
Tabela E37 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC...........................................................................153
Tabela E38 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens
do simulador Accreditation para 36,5ºC......................................................................153
Tabela E39 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens
do simulador Accreditation para 36,5ºC......................................................................153
Tabela E40 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens
do simulador Accreditation para 36,5ºC......................................................................154
Tabela E41 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens
do simulador Accreditation para 36,5ºC......................................................................154
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Composição de um filme radiográfico de emulsão dupla (Curry III et al, 1990)26
Figura 2.2 Arranjo cúbico dos haletos de prata (CURRY III et al, 1990)..........................27
Figura 2.3 – Curva característica apresentando a faixa de densidade útil...............................29
Figura 2.4 – Gradiente médio de um filme (CURRY III et al, 1990). ..................................31
Figura 2.5 – Velocidade dos filmes A e B (CURRY III et al, 1990)......................................33
Figura 2.6 – Latitude de dois filmes (CURRY III et al, 1990)...............................................34
Figura 2.7 – Grãos-T (Castro et al, 2000). ............................................................................34
Figura 2.8 Variação do fog com o aumento da temperatura de processamento em filmes
constituídos de Grãos-T (Castro et al, 2000). ................................................................35
Figura 2.9 Variação do contraste com o aumento da temperatura de processamento em
filmes constituídos de Grãos-T (Castro et al, 2000).......................................................36
Figura 2.10 Variação da velocidade com o aumento da temperatura de processamento em
filmes constituídos de Grãos-T (Castro et al, 2000).......................................................36
Figura 2.11 – Processo de formação da imagem latente (CURRY III et al, 1990). ................37
Figura 2.12 – Cristais presentes na imagem latente e após a revelação..................................38
Figura 3.1 Visão interna da processadora automática Macrotec MX2 com indicação das
posições onde foram realizadas as medições de temperatura do revelador.....................56
Figura 3.2 – Sensitômetro Victoreen modelo 07-417 ............................................................57
Figura 3.3 – Densitômetro Victoreen modelo 07-443 ...........................................................57
Figura 3.4 – Simulador antropomórfico Rachel ....................................................................58
Figura 3.5 – Imagem radiográfica do simulador Rachel........................................................58
Figura 3.6 Foto do Simulador Accreditation e esquema com o número, o tamanho e a
posição das estruturas simuladas...................................................................................59
Figura 3.7 – Fotografia da imagem radiográfica obtida do simulador Accreditation..............59
Figura 3.8 Imagem radiográfica do simulador Rachel indicando as posições onde as
densidades ópticas foram medidas ................................................................................63
Figura 3.9 Imagem radiográfica do simulador Accreditation indicando as posições onde as
densidades ópticas foram medidas ................................................................................63
Figura 4.1 – Curvas características resultantes da exposição dos quatro lados (A, B, C e D) de
um dado filme radiográfico Kodak Min R 2000 (F1) para 35ºC e 1,30 (min). ...............70
Figura 4.2 Curvas características médias resultantes da exposição dos quatro lados dos
filmes F1, F2, F3, F4 e F5 processados com 35ºC e 1,30min.........................................70
Figura 4.3 Curvas características levantadas experimentalmente que refletem as variações
de tempo e temperatura de revelação do filme...............................................................71
Figura 4.4 Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 33ºC ........................72
Figura 4.5 Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 34ºC ........................72
Figura 4.6 Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 35ºC ........................73
Figura 4.7 Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 36ºC ........................73
Figura 4.8 Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 36,5ºC .....................74
Figura 4.9 Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 1,30 min ...74
Figura 4.10 Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 2 min........75
Figura 4.11 Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 2,30 min. ..75
Figura 4.12 Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 3 min........76
Figura 4.13 Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 3,30 min ...76
Figura 4.14 Variações no contraste do filme devidas às variações no tempo de
processamento e na temperatura do revelador ...............................................................78
Figura 4.15 Variações na velocidade do filme devidas às variações no tempo de
processamento e na temperatura do revelador ...............................................................78
Figura 4.16 Variações na densidade óptica de base+véu do filme devidas às variações no
tempo de processamento e na temperatura do revelador................................................79
Figura 4.17 Valores de Xo para as variações no tempo de processamento e na temperatura
de revelação..................................................................................................................81
Figura 4.18 – Curvas características levantadas com as densidades ópticas da Tabela 4.5....83
Figura 4.19 Densidades ópticas medidas nas posições P1 a P7 nas imagens radiográficas
obtidas com o simulador Rachel, variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30
minutos e temperatura de revelação igual a (a) 33ºC, (b) 34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e)
36,5ºC. .........................................................................................................................87
Figura 4.20 Densidades ópticas médias calculadas a partir das densidades ópticas medidas
nas posições P1 a P5 marcadas nas imagens radiográficas obtidas com o simulador
Rachel, variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos e temperatura de
revelação de 33ºC a 36,5ºC..........................................................................................88
Figura 4.21 Avaliação da qualidade das imagens radiográficas obtidas com o simulador
Rachel e temperatura de revelação de 34ºC, 35ºC e 36ºC, variando o tempo de
processamento de 1,30 a 3,30 minutos, realizada pelos médicos radiologistas...............90
Figura 4.22 – Resumo da avaliação realizada pelos médicos radiologistas sobre a qualidade, o
contraste e a nitidez das imagens radiográficas obtidas com o simulador Rachel e as
várias combinações de tempo de processamento e temperatura de revelação.................91
Figura 4.23 Avaliação da qualidade das imagens radiográficas obtidas com o simulador
Rachel e temperatura de revelação de 34ºC, 35ºC e 36ºC, variando o tempo de
processamento de 1,30 a 3,30 minutos, realizada pelos tecnólogos em radiologia. ........94
Figura 4.24 Resumo da avaliação realizada pelos tecnólogos em radiologia sobre a
qualidade, o contraste e a nitidez das imagens radiográficas obtidas com o simulador
Rachel e as rias combinações de tempo de processamento e temperatura de revelação.
.....................................................................................................................................95
Figura 4.25 Densidades ópticas medidas nas posições P1 a P7 nas imagens radiográficas
obtidas com o simulador Accreditation, variando o tempo de processamento de 1,30 a
3,30 minutos e temperatura de revelação igual a (a) 33ºC, (b) 34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e
(e) 36,5ºC. ....................................................................................................................98
Figura 4.26 Densidades ópticas médias calculadas para as posições P1 a P5 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador Accreditation, variando o tempo de
processamento de 1,30 a 3,30 minutos e temperatura de revelação de 33ºC a 36,5ºC..99
Figura 4.27 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas
imagens obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de revelação
igual a 35ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos.................101
Figura 4.28 Estruturas encontradas pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 33ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos...................103
Figura 4.29 Estruturas encontradas pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 34ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos...................104
Figura 4.30 Estruturas encontradas pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 36ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos...................105
Figura 4.31 Estruturas encontradas pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 36,5ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos................106
Figura 4.32 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d)
T4 nas imagens obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 35ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos .108
Tabela A1 Formulário para avaliação das imagens radiográficas do simulador Accreditation
...................................................................................................................................125
Figura 4.33 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d)
T4 nas imagens obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 33ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos .110
Figura 4.34 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d)
T4 nas imagens obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 34ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos .111
Figura 4.35 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d)
T4 nas imagens obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 36ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos .112
Figura 4.36 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d)
T4 nas imagens obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de
revelação igual a 36,5ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
...................................................................................................................................113
Figura 4.37 – Interface para entrada dos parâmetros referentes ao processamento do filme.115
Figura 4.38 – Interface para simulação da densidade óptica................................................115
Figura B1 – Ajuste da curva característica padrão realizado com a função Boltzman..........129
Figura B2 Ajustes realizados na curva característica obtida com 1,30 min e (a) 33ºC, (b)
34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC variando X
0
.......................................................130
Figura B3 Ajustes realizados na curva característica obtida com 2 min e (a) 33ºC, (b) 34ºC,
(c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC. variando X
0
................................................................131
Figura B4 Ajustes realizados na curva característica obtida com 2,30 min e (a) 33ºC, (b)
34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC variando X
0
.......................................................132
Figura B5 Ajustes realizados na curva característica obtida com 3 min e (a) 33ºC, (b) 34ºC,
(c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC variando X
0
.................................................................133
Figura B6 Ajustes realizados na curva característica obtida com 3,30 min e (a) 33ºC, (b)
34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC variando X
0
.......................................................134
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
ACR -
American College of Radiology
Ag+ -
Íons de Prata
AgBr -
Brometo de Prata
AgI -
Iodeto de Prata
AgS -
Sulfeto de Prata
Br -
Brometo
CBR -
Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
DBV
-
Densidade óptica de base + véu
DM -
Densidade média
DO -
Densidade Óptica
DO
max
-
Densidade Máxima
FB -
Fibra
H&D -
Hurter e Driffield
I -
Iodeto
Io -
Luz incidente
It
-
Luz transmitida
kVp -
Tensão de pico aplicada ao tubo de raios X
mA -
Corrente aplicada ao tubo de raios X em miliampere
mAs -
Corrente aplicada ao tubo de raios X em miliampere por segundo
MC -
Microcalcificação
MT -
Massa tumoral
N
-
Fluência de Fótons
P
-
Influência das condições de processamento
S -
Enxofre
T
td
-
Tempo decorrido entre a exposição e a revelação
ν
-
Velocidade
Y -
Gradiente Médio
Y
1
-
Equação de Boltzman
Y
2
-
Equação Rotional0
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................22
1.1 Motivação e justificativa..........................................................................................22
1.2 Objetivo....................................................................................................................24
1.3 Organização do trabalho.........................................................................................24
2 REFERENCIAL TEÓRICO E ESTADO DA ARTE ...................................................25
2.1 Introdução................................................................................................................25
2.2 Filme radiográfico ...............................................................................................26
2.2.1 Constituição física .........................................................................................26
2.2.2 Curva característica......................................................................................28
2.2.2.1 Contraste ................................................................................................30
2.2.2.2 Velocidade...............................................................................................32
2.2.2.3 Latitude..................................................................................................33
2.2.4 Formato dos grãos haleto de prata...............................................................34
2.3 Formação da imagem ..........................................................................................36
2.4 Processamento químico do filme .........................................................................38
2.4.1 Etapas do processamento..............................................................................38
2.4.2 Condições de processamento ........................................................................40
2.5 Manipulação e armazenamento do filme ............................................................43
2.6 Estudos experimentais envolvendo processamento do filme..............................43
3 MATERIAL E MÉTODO..............................................................................................54
3.2 Procedimento experimental.....................................................................................54
3.2.1 Materiais utilizados...........................................................................................54
3.2.2 Levantamento de curvas características ..........................................................60
3.2.3 Aquisição de imagens radiográficas dos simuladores rachel e accreditation .62
3.3 Modelagem matemática e simulação computacional .............................................65
3.3.1 Influência do tempo e da temperatura de revelação........................................66
3.3.2 Influência da câmara escura..............................................................................66
3.3.2.1 Influência do tempo de manuseio do filme dentro da sala escura .........66
3.3.3 Aplicação das equações determinadas .............................................................67
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................69
4.1 Introdução................................................................................................................69
4.2 Curvas características levantadas experimentalmente ..........................................69
4.3 Formulação matemática..........................................................................................80
4.3.1 Influência do tempo e da temperatura de revelação........................................80
4.3.2 Influência da câmara escura.............................................................................82
4.3.3 Aplicação das equações estabelecidas ..............................................................82
4.4 Validação das equações estabelecidas e do método computacional que as utiliza.83
4.5 Aplicação dos simuladores mamográficos ..............................................................86
4.5.1 Simulador rachel...............................................................................................86
4.5.1.1 Densidades ópticas .....................................................................................86
4.5.1.2 Avaliação dos especialistas.........................................................................89
4.5.2 Simulador accreditation ...................................................................................97
4.5.2.1 Densidades ópticas medidas.......................................................................97
4.5.2.2 Avaliação dos especialistas.......................................................................100
4.6 Interfaces desenvolvidas........................................................................................114
5 CONCLUSÕES ............................................................................................................116
5.1 Sugestões para pesquisas futuras .......................................................................117
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................118
APÊNDICE ......................................................................................................................124
A - formulário para avaliação das imagens radiográficas obtidas dos simuladores
Rachel e Accreditation .................................................................................................124
B - resultados dos ajustes das curvas características realizados com o software
microcal origin®..........................................................................................................128
C – respostas dos especialistas .....................................................................................136
ANEXOS ......................................................................................................................136
A – termo de consentimento livre e esclarecido...........................................................136
B– parecer comitê de ética ...........................................................................................135
22
1 INTRODUÇÃO
1.1 Motivação e Justificativa
A radiografia convencional é um método barato e eficiente e constitui-se na base do
diagnóstico por imagem (DIMENSTEIN et al, 2002). Entretanto, para o médico emitir um
diagnostico preciso é necessário que o sistema de imagem radiológica gere imagens de alta
qualidade, com realce do contraste, alta resolução e baixo ruído a um nível reduzido de dose
no paciente (WHITE & PHAROAH, 1999).
Cada componente na formação seqüencial da imagem radiográfica é indispensável
para o seu sucesso (CALDAS et al, 2005). A dose e a qualidade da imagem são influenciadas
principalmente pelo efeito agregado das características e das condições operacionais do
aparelho de raios-X, do processamento químico do filme radiográfico, da combinação écran-
filme, dos parâmetros de exposição radiográfica (tensão, corrente e tempo de exposição)
assim como da estrutura e das condições físicas do paciente (DEZOTTI, 2003; KOTSUBO et
al, 2003).
Uma falha num parâmetro destes componentes do sistema radiológico pode ser
compensada momentaneamente modificando um outro, solucionando o problema em curto
prazo com a produção de uma imagem radiográfica aceitável, mas pode também
desestabilizar todo o processo (GHILARDI NETO et al, 1998; KOTSUBO et al, 2003). Por
exemplo, se a imagem radiográfica ficou enegrecida é possível modificar os parâmetros de
exposição radiográfica para obter uma qualidade radiográfica adequada (ALMEIDA et al,
1982; MAGALHÃES et al, 2002). Freqüentemente imagens radiográficas aceitáveis são
obtidas compensando variações na temperatura de revelação e/ou no tempo de imersão do
filme no revelador com alteração nos parâmetros de exposição radiográfica (SULEIMAN et
al, 1984; MAGALHÃES et al, 2002).
A implementação de um programa de controle de qualidade adequado permite
maximizar os benefícios e minimizar os riscos envolvidos, mantendo dentro dos limites de
aceitação os componentes dos sistemas radiológicos (MUHLEN et al, 2001; KOTSUBO et al,
2003; CALDAS et al, 2005) e garantindo a qualidade dos serviços de radiodiagnóstico bem
como a padronização dos requisitos de proteção radiológica (CALDAS, 2001) com a
produção de imagens com custo mínimo, reduzida exposição dos pacientes e dos operadores
dos aparelhos de raios-X e com qualidade suficiente para o diagnóstico (MEDEIROS et al,
1997; MACMAHON & VYBORNY, 1994).
23
Nos programas de controle de qualidade radiográfico um dos itens mais importantes é
a monitoração das condições de processamento químico do filme e da sala escura (PISTÓIA
et al, 2002; MONTEBELO et al, 2002; CALDAS et al, 2005), pois mesmo que o filme
radiográfico tenha sido otimamente exposto, um processamento químico deficiente pode gerar
uma imagem de péssima qualidade para diagnóstico, o que requer a repetição do exame,
gastando tempo e dinheiro e também aumentando a dose de radiação absorvida pelo paciente
(MURRAY et al, 1992; MEDEIROS et al, 2001). Alterações nas condições do processamento
químico do filme radiográfico bem como nas condições da câmara escura produzem
alterações no “fog” ou véu, na densidade óptica, na velocidade ou
sensibilidade e no contraste do filme radiográfico, isto é, variações na curva característica e na
aparência do filme (SULEIMAN et al, 1984; UPTON et al, 1995; MAGALHÃES et al, 2002;
HAUS, 1994).
A influência das condições de processamento do filme sobre a densidade óptica foi
bastante investigada experimentalmente. Os pesquisadores avaliaram as variações na
densidade de base+véu, velocidade e contraste e observaram que a temperatura do agente
químico revelador e o tempo de imersão do filme neste agente químico o os principais
responsáveis pelas variações na curva característica e na aparência do filme (MURRAY et al.,
1992; MEDEIROS et al., 2000; MEDEIROS et al., 2001). Ambos parâmetros atuam sobre a
quantidade de haletos de prata da imagem latente, inclusive aquela não exposta, que é
convertida em prata metálica para formação da imagem visível (PRORAD, 2006).
Até o momento nenhuma formulação matemática ou simulação computacional da
influência do processamento químico do filme foi encontrada na literatura. Os trabalhos
encontrados levam em conta apenas alguns aspectos envolvidos no processo de formação da
imagem, tal como a produção e atenuação dos raios X proporcionada pelos materiais do
anodo e filtros, atenuação dos raios X pela matéria, influência do sistema de registro,
otimização dos parâmetros de exposição radiográfica, entre outros (JENNINGS et al, 1981;
DESPONDS et al, 1991; OLIVEIRA, 1995; MARQUES et al, 1996; MCLEAN, 1997;
MARQUES, 1998; OLIVEIRA et al, 1999; SILVA & FRÈRE, 2001; SILVA & FRÈRE,
2002; TONDO et al, 2004).
A formulação matemática ou a simulação computacional da influência do
processamento do filme complementaria os trabalhos existentes, permitindo de forma
completa combinar parâmetros e testar novos procedimentos que seriam difíceis de realizar
experimentalmente. Além disso, os procedimentos experimentais requerem tempo, recursos e
24
pessoal técnico, além de não permitirem o controle sobre todas os parâmetros do processo de
produção da imagem, nem a análise da influência de todos os parâmetros separadamente.
1.2 Objetivo
Estudo da influência do tempo de processamento e da temperatura de revelação sobre
a curva característica dos filmes radiográficos bem como uma proposta de formulação
matemática desta influência.
1.3 Organização do trabalho
Os demais capítulos que compõem este trabalho foram organizados da seguinte forma:
Capítulo 2: apresenta o referencial teórico e o estado da arte associado ao trabalho;
Capítulo 3: discorre sobre os materiais e os procedimentos empregados para alcançar
os objetivos propostos;
Capítulo 4: mostra os resultados obtidos e as discussões pertinentes;
Capítulo 5: apresenta as conclusões e as sugestões para pesquisas futuras.
Capitulo 6: lista as referências bibliográficas citadas ao longo do trabalho.
Capitulo 7: relaciona os anexos.
25
2 REFERENCIAL TEÓRICO E ESTADO DA ARTE
2.1 Introdução
Um feixe de raios-X após passar através do paciente e interagir com os diversos
tecidos, emerge com intensidade variada, trazendo consigo toda a informação necessária a um
particular exame radiográfico. Contudo, essa informação ainda não pode ser avaliada, é
preciso armazená-la num meio adequado à visão humana (CURRY III et al, 1990;
CASANOVA, 2002).
O filme radiográfico é o material usado na radiografia convencional para registrar e
mostrar a informação resultante da atenuação do feixe de raios-X pelos diversos tecidos do
paciente. Contudo, para um diagnóstico preciso a visibilidade das informações registradas
depende da forma como o filme responde à exposição à qual é submetido e também da forma
como é processado (CURRY III et al, 1990; TAVANO, 2000; CASANOVA, 2002;
SPINELLI, 2002).
A escolha do tipo de filme baseia-se nas suas propriedades sensitométricas (HENDEE
et al, 1977; RANALLO et al, 1989; ALVES et al, 1998), que podem ser extraídas da curva
característica fornecida pelo fabricante (CURRY III et al, 1990) e que dependem de sua
constituição, da distribuição dos grãos haletos de prata, da intensidade e da qualidade dos
fótons utilizados na exposição, além das condições de processamento as quais é submetido
(HAUS, 1994; ALVES et al, 1998; CASANOVA, 2002).
A influência das condições do processamento químico sobre as propriedades
sensitométricas do filme podem ser observadas através da sensitômetria (MEDEIROS et al,
1992). O controle sensitométrico das processadoras automáticas e da câmara escura pode
indicar quais medidas corretivas devem ser tomadas antes que a imagem radiográfica se
deteriore e para que as câmaras escuras operem com baixos níveis de fog e condições
adequadas de higiene (DARKO et al,1997; MAGALHÃES et al., 2002; AZEVEDO et al.,
2002).
As propriedades sensitométricas e a influência das condições do processamento
químico estão detalhadas nos itens a seguir assim como a constituição física, a curva
característica do filme, o processo de formação da imagem latente, as etapas do
processamento químico do filme e alguns dos estudos experimentais encontrados na literatura.
26
2.2 Filme radiográfico
2.2.1 Constituição física
Segundo Curry III et al (1990) e Castro et al (2000) o filme radiográfico é constituído
por camada protetora ou revestimento, base, emulsão e camada adesiva ou interface (Figura
2.1).
Figura 2.1 – Composição de um filme radiográfico de emulsão dupla (Curry III et al, 1990)
A camada protetora é uma camada de gelatina
1
dura aplicada sobre a emulsão com a
finalidade de protegê-la antes e após a realização do processamento químico do filme,
evitando rachaduras, pressão e contaminações, além de facilitar a manipulação do filme antes
da exposição (CURRY III et al, 1990).
A base é uma camada de poliéster azulado de 175 microns de espessura (CASTRO et
al, 2000) cuja função é fornecer suporte para a emulsão, devendo apresentar características
fundamentais tais como: possuir espessura e flexibilidade adequada, que permitam o fácil
manuseio e o processamento do filme, ter estabilidade dimensional para que sua forma e
tamanho não sofram alterações durante o processamento e armazenamento do filme (CURRY
III et al , 1990; WHITE & PHAROAH, 2000).
A base é revestida em um ou em ambos os lados pela emulsão, que é uma fina camada
de material sensível à luz ou aos raios-X composta por cristais ou grãos haletos de prata. Os
haletos de prata encontram-se suspensos em gelatina sob a forma de pequenos cristais
constituídos de íons de prata (Ag
+
), íons de brometo (Br
-
) e íons de iodeto (I
-
), que se mantêm
1
gelatina é um material feito de osso de gado.
27
unidos em uma estrutura cúbica por um efeito de atração elétrica como ilustra a Figura 2.2
(CURRY III et al, 1990; CASTRO et al, 2000).
Figura 2.2 Arranjo cúbico dos haletos de prata (CURRY III et al, 1990)
Os haletos de prata estão precipitados e emulsificados na gelatina sob condições exatas
de concentração e temperatura. O método de precipitação determina o tamanho do cristal,
perfeição estrutural e concentração.
A grande maioria destes cristais é de brometo de prata (AgBr) e uma menor
quantidade é apresentada por cristais de iodeto de prata (AgI). nos filmes radiográficos
cerca de 90 a 99% de AgBr e de 1 a 10% de AgI. A presença de AgI torna a emulsão muito
mais sensível do que uma emulsão com AgBr, pois possui número atômico maior, o que
proporciona maior absorção dos fotons (CURRY III et al, 1990; CASTRO et al, 2000).
Para que a sensibilidade dos cristais ou grãos haletos de prata seja aumentada, é
preciso que apresentem algumas imperfeições em sua estrutura. duas formas destas
imperfeições serem obtidas: a primeira é através da alteração da posição normal dos íons de
prata presentes na estrutura cúbica, que são denominados de íons intersticiais e podem
movimentar-se em seu interior; a segunda ocorre por meio da adição de enxofre (S) aos
cristais. Um único cristal pode ter um ou mais desses pontos de sensibilidade (CURRY III et
al, 1990; CASTRO et al, 2000). A reação entre o enxofre, adicionado à emulsão, e o haleto de
prata produz na superfície do cristal moléculas de sulfeto de prata (AgS) - conhecidas como
pontos de sensibilidade - que atuam como centros de captura da energia luminosa ou radiação
X para a formação da imagem latente. Além disso, os íons de prata fora de sua posição normal
na estrutura cristalina, podem se deslocar para o centro de captura e também ajudar a formar a
imagem (CURRY III et al, 1990; SPINELLI, 2002).
28
A emulsão deve transmitir luz e ser suficientemente porosa, permitindo que durante o
processamento químico os cristais de prata sejam penetrados. Assim, algumas emulsões são
projetadas para serem expostas diretamente aos raios-X e, por isso, são mais espessas para
absorver maior quantidades de fótons; outras são produzidas especificamente para serem
usadas com écrans reforçadores (CURRY III et al, 1990; COSTA et al, 2005).
Se uma emulsão própria para exposição écran-filme for exposta diretamente aos raios-
X, haverá necessidade de um nível de exposição de 50 a 100 vezes maior. Os filmes para
sistema écran-filme ou possuem emulsão de ambos os lados ou de um único lado da base. A
emulsão dupla foi introduzida por diminuir a exposição necessária para produzir uma imagem
satisfatória, além de reduzir a dose no paciente. Entretanto, para exames de extremidades e
mamografia dá-se preferência a filme com emulsão única, pois é necessário obter uma
imagem com maior grau de nitidez, porque o uso do filme de emulsão dupla ainda provoca
um certo grau de deformação da imagem devido à exposição cruzada
2
(CURRY III et al,
1990; ALVES et al, 1998)
A espessura da camada de emulsão, o tamanho e a distribuição dos cristais na
emulsão, os tipos de haletos usados e as diversas técnicas de controle durante a sua
fabricação, determinam as características intrínsecas do filme, que são: velocidade, contraste,
latitude, densidade óptica xima e densidade óptica de
base+véu (KODAK, 1980; ALVES
et al, 1998)
A camada adesiva é uma substância pouco espessa aplicada sobre a base do filme para
uma perfeita união entre a base e a emulsão (HENDEE, 1984).
2.2.2 Curva Característica
Segundo Hendee (1984), Curry III et al (1990) e Silva & Frère (2001) é habitual
descrever um filme sensitometricamente por meio da curva característica, conhecida como
curva sensitométrica ou curva H&D
3
, que é um gráfico da densidade óptica versus a
exposição do filme (Figura 2.3).
2
Exposição da emulsão posterior pela luz produzida no écran anterior e vice-versa. É
principalmente causada pela absorção incompleta da luz pela emulsão adjacente, que passa através da base do
filme e alcança a emulsão oposta. Pode ser reduzida aumentando a capacidade de absorção do grão haleto de
prata alterando a forma do cristal haleto de prata ou utilizando uma tinta vedante na base (KODAK, 1980;
CURRY III et al, 1990).
3
A expressão curva H-D é derivada do nome de Hurter e Driffield, que foram os primeiros a usar a curva
característica para descrever a resposta do filme fotográfico à luz (CURRY III et al, 1990; MAGALHÃES et al,
2002).
29
Figura 2.3 – Curva característica apresentando a faixa de densidade útil
Altas e baixas taxas de exposição resultam em pequenas variações de densidade
óptica, regiões conhecidas como “ombro” (patamar) e “pé” (base) da curva característica.
Uma radiografia com densidades ópticas nessas regiões apresenta contraste inferior, pois a
parte importante da curva característica é a parte linear, onde a densidade óptica é
proporcional ao logaritmo da exposição.
Segundo Hendee (1984) a densidade óptica proporcionada pela base do filme após seu
processamento é em torno de 0,07 e é chamada de densidade de base. O véu de um filme de
raios-X é produzido pelos grãos haletos de prata que foram revelados sem terem sido
expostos; é maior ou menor, dependendo da velocidade do filme. A densidade óptica atribuída
ao véu é em torno de 0,05 e aumenta com o tempo e a temperatura de armazenamento do
filme. A densidade de “base + véu” deve ser menor que 0,2. No caso de um filme de dupla
emulsão, a densidade óptica total resulta da soma das densidades de cada emulsão.
Segundo Curry III et al (1990) a densidade óptica (DO) é definida como a taxa de
intensidade de exposição incidente por intensidade transmitida e pode ser expressa
matematicamente pela equação (2.1).
30
It
Io
DO log=
(2.1)
onde I
o
é a luz incidente sobre a área do filme, I
t
é a luz transmitida por aquela área do filme e
log é utilizado porque a faixa de intensidade de radiação à qual um filme é sensível é melhor
representada pelo logaritmo da exposição relativa, pois logaritmos conseguem expressar mais
convenientemente uma ampla faixa de exposição num gráfico compacto e, além disso, a
resposta fisiológica do olho para diferenças em intensidade de luz é logarítmica.
Segundo Vyborny (1979) e Vyborny et al (1980) os fatores básicos que determinam a
forma da curva característica dos sistemas de registros compostos apenas pelo filme são as
propriedades intrínsecas da emulsão do filme, tais como tamanho do grão, sua distribuição,
concentração e centros de imagem latente necessários para tornar o grão revelável; enquanto
que dos sistemas écran-filme são também as propriedades intrínsecas da emulsão do filme, a
exposição cruzada (centros de imagem latente produzidos pelo écran posterior na emulsão
anterior e vice-versa), contribuição do écran (centros de imagem latente produzidos pelo
écran posterior na emulsão posterior e centros de imagem latente produzidos pelo écran
anterior na emulsão anterior), a fração de grãos do filme reveláveis pela interação direta aos
raios-X e fração de grãos do filme que se tornaram reveláveis por outros meios, tais como
elétrons ejetados dos écrans.
Uma análise da curva característica permite avaliar a capacidade de formação de
imagem do sistema de registro, proporcionando informações sobre o contraste, a velocidade
(sensibilidade), densidade de “base + véu” e sobre a latitude do filme (CURRY III et al, 1990;
DEZOTTI, 2000; SILVA & FRÈRE, 2001), que são descritos nos itens a seguir.
2.2.2.1 Contraste
O contraste é a diferença de intensidade entre dois pontos, ou entre duas áreas da
imagem (RIBEIRO & TAVANO, 1993; CURRY III et al, 1990). No radiodiagnóstico o
contraste radiológico é o produto do contraste do filme pelo contraste do objeto. Este é
determinado pelas características atenuadoras dos raios-X pelo paciente e qualidade do feixe;
enquanto o contraste do filme é uma característica inerente, que pode ser influenciada pelo
processamento do filme. Assim, o contraste do objeto controla a exposição que alcança o
filme, de modo que, áreas de maior atenuação proporcionam menor exposição do filme e
áreas de menor atenuação proporcionam maior exposição. O contraste do filme, por outro
lado, mostra como o filme responde a essa exposição que incide sobre ele (KODAK, 1980;
CURRY III et al, 1990; CHALONER & MICHEL, 1999).
31
O contraste do filme é expresso pelo ângulo de inclinação da porção linear da curva
característica, denominado gama (γ) ou pelo gradiente médio do filme como ilustra a Figura
2.4. Uma inclinação acentuada da curva indica alto contraste, enquanto o oposto ocorre para
inclinação suave e quanto maior for o gradiente médio, maior será o contraste e menor a
latitude (BUSSELLE, 1988; CURRY III et al, 1990; AZEVEDO et al, 2002).
Figura 2.4 – Gradiente médio de um filme (CURRY III et al, 1990).
Segundo Johns & Cunningham (1983) e Curry III et al (1990) o gradiente médio (y) é
definido pela expressão (2.2).
12
12
loglog EE
DD
y
=
(2.2)
32
onde D
1
e D
2
são as densidades ópticas produzidas pelas exposições E
1
e E
2
, respectivamente.
D
1
e D
2
correspondem a 0,25 e 2,0 acima da densidade óptica de “base + véu”,
respectivamente (HENDEE, 1984; CURRY III et al, 1990; BRINK et al, 1993).
Velocidade
De acordo com Johns & Cunningham (1983) e Curry III et al (1990) a sensibilidade
de um filme à radiação incidente é determinada pela exposição necessária para produzir uma
densidade específica. A sensibilidade é também chamada de velocidade e está associada ao
formato, distribuição e espessura, pois o filme se torna mais rápido à medida que o tamanho
do grão aumenta.
Habitualmente os filmes são divididos em: (a) filme lento apresenta alto contraste com
boa definição; (b) filme médio tem definição suficientemente boa; (c) filme rápido possui alta
velocidade, especialmente empregado para minimizar a dose no paciente ou para reduzir a
degradação da imagem provocada pelo movimento ocasionado pelos batimentos cardíacos
(BUSSELLE, 1988).
Segundo Johns & Cunningham (1983) e Curry III et al (1990) a velocidade (v) é
expressa através da equação (2.3):
v
E
=
1
(2.3)
onde E é a exposição necessária para produzir uma densidade óptica de 1,0 acima da
densidade óptica de “base + véu”(DBV).
Filmes rápidos necessitam menos exposição para obter a mesma densidade óptica que
filmes lentos (CURRY III et al, 1990; MAGALHÃES et al, 2004). Na Figura 2.5 o filme A
requer menos exposição que o filme B, para produzir uma mesma densidade (KODAK, 1980;
CURRY III et al, 1990). Portanto, os filmes A e B podem ser classificados como filme rápido
e filme lento, respectivamente.
33
Figura 2.5 – Velocidade dos filmes A e B (CURRY III et al, 1990).
2.2.2.3 Latitude
Faixa do logaritmo de exposição relativa que produz radiografias satisfatórias para o
radiodiagnóstico. Encontra-se na porção linear da curva característica, que é a região de
exposição onde o filme responde com densidades úteis no radiodiagnóstico (Figura 2.6). A
latitude e o contraste são inversamente proporcionais (CURRY III et al, 1990).
34
Figura 2.6 – Latitude de dois filmes (CURRY III et al, 1990).
2.2.4 Formato dos grãos haleto de prata
Segundo Castro et al (2000) o formato dos grãos haleto de prata também desempenha
um papel importante nas características sensitométricas e físico-químicas dos filmes
fotográficos.
Durante muitos anos os formatos mais comuns encontrados nos filmes foram os
hexagonais e os cúbicos. Mas a Kodak desenvolveu o formato tabular, Grãos-T (Figura 2.7), e
os introduziu nos filmes radiográficos médicos e industriais.
Figura 2.7 – Grãos-T (Castro et al, 2000).
35
Os grãos tabulares são muito mais eficientes na obtenção da “imagem latente” do que
os grãos hexagonais e cúbicos. Os Grãos-T conferem ao filme radiográfico menor
variabilidade durante o processamento e propriedades sicas mais robustas, além de
preservarem o meio ambiente por não serem utilizados metais pesados em sua formulação.
As características sensitométricas dos filmes o expostos tendem a se modificar com
o tempo. Quanto mais velho o filme, maior é o u ou fog e menor são o contraste e a
velocidade. Os Grãos-T, contudo, são menos sensíveis às variações de processamento. Eles
estão menos sujeitos às variações de temperatura e de tempo de revelação como ilustrado nas
Figura 2.8 - 2.10. Quanto mais alta a temperatura de revelação, mais alto é o fog da película.
Nas películas convencionais o fog cresce de forma geométrica com o aumento da
temperatura, enquanto que nos filmes de Grãos-T este crescimento é muito pequeno na faixa
estudada. O aumento do fog auxilia na redução do contraste. Logo, com o aumento da
temperatura de revelação o contraste dos filmes convencionais reduzem. Por outro lado, nos
filmes com Grãos-T o contraste é estável. A variação da velocidade nestes filmes é bem
menor que nos convencionais.
Figura 2.8 – Variação do fog com o aumento da temperatura de processamento em filmes
constituídos de Grãos-T (Castro et al, 2000).
36
Figura 2.9 – Variação do contraste com o aumento da temperatura de processamento em
filmes constituídos de Grãos-T (Castro et al, 2000).
Figura 2.10 – Variação da velocidade com o aumento da temperatura de processamento em
filmes constituídos de Grãos-T (Castro et al, 2000).
2.3 Formação da Imagem
Segundo Curry III et al (1990) e Castro et al (2000) a formação da imagem inicia-se
com a exposição do filme radiográfico aos fótons de raios-X (exposição direta) ou de luz
(écran reforçador). A radiação interage com os cristais de prata presentes na emulsão do
filme, formando a imagem latente que se torna visível somente após a revelação do filme.
Os tons fornecem energia suficiente para que os elétrons dos íons brometo e iodeto
escapem e movimentem-se no interior do cristal até encontrarem o ponto de sensibilidade,
onde são temporariamente fixados formando uma carga elétrica negativa, enquanto os átomos
37
de bromo e iodo movem-se para a gelatina da emulsão. A carga elétrica negativa atrai e
neutraliza os íons de prata livres, formando átomos de prata metálica, que também atuam
como centro de captura de elétrons (Figura 2.11).
Figura 2.11 – Processo de formação da imagem latente (CURRY III et al, 1990).
Dependendo da quantidade de fótons absorvidos, é produzido um aglomerado de prata
metálica, que é o começo do que se conhece por imagem latente, imagem microscópica e
invisível. Esses pontinhos de prata metálica são utilizados pelas substâncias químicas
reveladoras como gancho, no qual a prata restante no cristal se adere, formando a imagem
visível. Para que o grão de prata seja revelado é necessário que pelo menos dois átomos de
prata metálica estejam presentes no centro de imagem latente, o que corresponde à absorção
de dois fótons (CURRY III et al, 1990; PRORAD, 2006)
38
2.4 Processamento químico do filme
2.4.1 Etapas do processamento
De acordo com Kodak (1980), Curry III et al (1990) e PRORAD (2006) a
transformação da imagem latente em imagem visível num filme é realizada através de quatro
processos, a saber: revelação, fixação, lavagem e secagem.
A revelação é um processo químico que torna a imagem latente microscópica e
invisível em uma imagem visível 10 bilhões de vezes maior, que pode ser visualizada. É uma
reação básica de redução, na qual o agente químico transforma, a partir do ponto sensível, os
cristais haletos de prata expostos em prata metálica (Figura 2.12).
Figura 2.12 – Cristais presentes na imagem latente e após a revelação
Os elétrons da solução reveladora são conduzidos para o interior dos cristais haletos de
prata, onde reduzem (adicionam um elétron) os íons de prata dos cristais expostos a prata
metálica negra. Assim o cristal inteiro é revelado, mas o processo é iniciado no centro de
imagem latente, porque se acredita que a função dos átomos de prata presentes neste centro
seja de acelerar a redução dos íons prata pela solução reveladora. A prata presente num cristal
que não possui um centro de imagem latente pode ser reduzida pelo revelador, porém muito
vagarosamente, de tal forma que o tempo é fundamental no processamento radiográfico
(CURRY III et al, 1990).
39
Segundo White & Pharoah (2000) quando um filme exposto é revelado, o revelador
inicialmente não tem efeito visível. Após esta fase inicial, observa-se um aumento da
densidade, rapidamente no começo e depois mais lentamente. Todos os cristais expostos são
reduzidos à prata metálica negra e posteriormente os cristais não-expostos também são
reduzidos. A revelação destes últimos origina o velamento químico do filme radiográfico.
Entretanto, é preciso salientar que filmes muito escuros normalmente são resultantes
de uma superexposição e não de uma super revelação. Isto ocorre porque filmes
superexpostos possuem centros de imagem latente mais amplos, o que explica o fato de tais
filmes adquirirem densidade aceitável em um período de tempo mais curto. Não se deve
deixar de mencionar, no entanto, que a superexposição leva a um aumento desnecessário da
dose de radiação recebida pelo paciente (MAGALHÃES et al, 2002).
Segundo Curry III et al (1990) e Kodak (1980) uma solução reveladora contém cinco
elementos dissolvidos em água, a saber: redutor ou revelador (hidroquinona com metol ou
com fenidona); ativador, acelerador ou agente alcalino (bórax ou NaCO
2
); moderador ou
inibidor (brometo de potássio ou iodeto de potássio); conservador ou antioxidante
(normalmente o sulfato de sódio); e endurecedor, (glutaraldeido).
O bórax ou NaCO
2
é acrescido à solução reveladora para reduzir o tempo de
revelação; o brometo de potássio é acrescido para evitar a extrema atividade de certos
reveladores, que poderia dar à imagem aspecto esfumaçado. Ele age como um agente
antivelamento, evitando a revelação dos cristais haletos de prata não-expostos; o sulfato de
sódio é usado para evitar a perda de eficiência da solução reveladora por oxidação promovida
pelo ar atmosférico e, portanto, aumentar sua vida útil. Ele também reage com os produtos da
oxidação, visando reduzir sua atividade; glutaraldeido é usado como endurecedor para
prolongar o intumescimento da emulsão. Ele é necessário no processamento automático
devido ao fato de o filme ser transportado por um sistema de rolos.
Após a revelação, ocorre o processo de fixação que torna permanente a imagem
revelada no filme. O agente fixador remove somente os cristais que não foram expostos, pois
se estes não forem eliminados da emulsão, acabam degradando a imagem ao serem expostos à
luz. Esta remoção leva o filme a ficar radiopaco. Se esta remoção não for feita, a imagem
resultante será muito escura e imprópria ao diagnóstico. Uma função secundaria do fixador é
endurecer a emulsão do filme.
O tiossulfato de sódio e o tiossulfato de amônia são componentes da solução fixadora.
Eles dissolvem os grãos haletos de prata não expostos. Eles formam com os íons de prata
complexos estáveis, solúveis em água e que se difundem pela emulsão.
40
Um filme fixado pode perder sua tonalidade, pois a solão fixadora contém
compostos de enxofre, substância que reage com a prata, produzindo manchas no filme
parecidas com as da prataria doméstica em contato com o ar. Para evitar que isso ocorra,
McKinney (1989) diz que deve se lavar meticulosamente o filme com água abundante. De
acordo com Curry III et al (1990) atualmente existe uma solução química que substitui a água,
visando principalmente a redução no tempo do banho.
A lavagem do filme após o processo de fixação é muito importante porque promove a
remoção do tiossulfato. Se este composto permanecer na emulsão, ele reage com o oxigênio
presente no ar, deixando o filme amarelado. É a quantidade de tiossulfato retido na emulsão
que estabelece a vida útil de um filme processado.
Após a lavagem do filme, é preciso secá-lo a uma temperatura em torno de 38
o
C, em
local limpo, pois a poeira adere-se à camada de gelatina, aumentando o véu.
2.4.2 Condições de processamento
Segundo Murray et al (1992) e Medeiros et al (2001) a monitoração da performance da
processadora automática é essencial nos serviços radiológicos, pois as condições de
processamento adequadas são tão importantes quanto a adequada exposição do filme
radiográfico visto que alterações no processamento produzem alterações na densidade óptica
de base+véu, na velocidade e no contraste do filme, resultando em imagens de baixa
qualidade.
Erros comuns de processamento podem acontecer devido à revelação insuficiente,
revelador excessivo, temperatura do revelador muito baixa que resultam em imagens muito
claras bem como devido à temperatura do revelador muito alta, revelador antigo e misturado
de forma inadequada, falha na diluição do revelador e excesso de fixação que resultam em
imagens enegrecidas (OLIVEIRA & KHOURY et al, 2003). Portanto, as condições de
processamento que devem ser monitoradas são:
Estado das soluções químicas
A solução de revelação muito ativa leva a granulosidade, isto é, ao aumento do grão
haleto de prata. Os cristais reveláveis agrupam-se formando um conglomerado de grãos
aumentando o espaço entre as partículas que definem a imagem (KODAK, 1980; CURRY III
et al, 1990). A solução de revelação esgotada, por outro lado, produz negativos subrevelados,
pois o agente revelador é insuficiente para construir boa densidade. Com um revelador
parcialmente esgotado, perdem-se detalhes das sombras. A imagem pode também ser
41
totalmente perdida. Negativos produzidos com um fixador esgotado parecem ter sido
sobrerevelados (PRORAD, 2006).
Basicamente a perda da atividade das soluções pode ocorrer por dois processos: a
exaustão, que é a perda da capacidade da solução reveladora em reduzir cristais expostos a
prata metálica, e a degradação que é a deterioração que a solução sofre pela quantidade de
filmes processados, tempo de preparo, contaminação, acúmulo de produtos da própria
revelação e ação do oxigênio (PISTÓIA et al, 2002; MONTEBELO et al, 2002).
A característica evidente da degradação de uma solução de processamento é a
mudança de cor. Logo, após o preparo, o revelador e o fixador o incolores ou levemente
amarelados; quando começam a deteriorar, contudo, o revelador torna-se marrom-escuro e o
fixador branco-leitoso (PRORAD, 2006).
Se o revelador for contaminado com outro químico, como o fixador, por exemplo,
ocorrerão aumento ou decréscimo da densidade óptica dependendo do tipo e da quantidade do
químico contaminador. A contaminação do revelador ocorre quando os rolos de transporte são
removidos ou substituídos (KODAK, 1980).
Tempo de imersão do filme nos químicos
A revelação não é instantânea, é um processo gradual, durante o qual os grãos são
revelados, aumentando a densidade do filme. Quanto mais tempo o agente químico revelador
atua sobre o filme, maior é a quantidade de haletos de prata, inclusive aquela não exposta, que
são convertidos em prata metálica, resultando em uma imagem enegrecida (KODAK, 1980).
Aumentar ou reduzir o tempo de revelação significa atuar mais pronunciadamente
sobre o contraste do que sobre a densidade geral, pois a densidade da prata na imagem não
cresce uniformemente. O tempo determina o grau de penetração do revelador na emulsão e a
intensidade com a qual revela os cristais de prata. Ao entrar em contato com a emulsão, o
agente químico revelador atua, primeiro e lentamente, sobre os cristais superficiais,
produzindo os pontos mais claros da imagem (ADAMS et al, 1994).
Tempo insuficiente de fixação contribui para que os cristais não expostos permaneçam
na emulsão (PRORAD, 2006). Estes cristais que não são totalmente removidos provocam
uma tonalidade pia na imagem radiográfica e, conseqüentemente, a perda de informações.
Onde permaneceram alguns cristais fica inicialmente com uma coloração verde, depois
amarela e, por último, marrom escuro (MCKINNEY, 1989).
Geralmente aumentando o tempo de revelação, aumenta-se a sensibilidade do filme,
que tem a capacidade de registrar quantitativamente a luz que sobre ele incide numa dada
42
situação. Basicamente, um filme é mais sensível que outro porque possui grãos haleto de prata
maiores dentro de sua emulsão (MEDEIROS et al 1998).
Temperatura das soluções químicas
Segundo Curry III et al (1990), muitos dos produtos químicos empregados no
processamento de filmes são sensíveis a variações de temperatura. Muitos deles, empregados
na revelação, na fixação e em outros processos, têm seu poder de ação reduzido ou mesmo
interrompido caso a temperatura aumente ou diminua em relação à temperatura limite
determinada pelos fabricantes.
A atividade do revelador varia com sua temperatura. Um aumento na temperatura
aumenta a taxa das reações químicas, aumentando a sensibilidade do filme, que menos
exposição é necessária para produzir uma determinada densidade óptica (PRORAD, 2006). A
velocidade e o contraste do filme podem mudar significativamente dependendo da
temperatura do agente revelador. Altas temperaturas aceleram a velocidade das reações
químicas, sendo necessário reduzir o tempo para obter uma curva característica aceitável, caso
contrário resultaria numa sobre-revelação e granulosidade (KODAK, 1980; CURRY III et
al,1990).
Quando a temperatura do fixador é excessiva ou não é suficiente, a gelatina existente
na emulsão do filme absorve mais um sal de alumínio (usado para endurecê-la), dificultando o
processo de lavagem e, conseqüentemente, colaborando para perda na qualidade da imagem.
Contudo, a temperatura da solução fixadora é fácil de ser controlada e deve ser monitorada
constantemente (CURRY III et al, 1990; PRORAD, 2006).
Agitação
A agitação das soluções, principalmente a solução reveladora, é importante para
manter uniformidade no processamento do filme, evitando padrões repetitivos de fluxo do
líquido sobre a superfície do filme e também para controlar a temperatura do químico. Em
processadora automática a agitação é feita por um dispositivo automático sem maiores
problemas, mas é crucial para processamento manual, onde o ritmo da movimentação deve ser
o mais correto possível (BATZ & HAUS, 1993).
A movimentação das soluções, principalmente da solução reveladora, possibilita
que o agente químico não esgotado mova-se nas proximidades do filme e reaja com a
emulsão. A agitação inadequada resulta em radiografias sub-revelados, enquanto que a
demasiada produz imagens sobre-revelados.
43
Lavagem do filme
Segundo o manual da processadora automática Macrotec MX-2, uma lavagem mal
feita pode não revelar de imediato seus efeitos negativos. Pode passar meses até se notar a
degradação da imagem.
Secagem do filme
Temperatura muito alta ou muito baixa pode causar artefatos na superfície do filme,
podendo comprometer a interpretação da imagem radiográfica realizada pelo dico
radiologista (BATZ & HAUS, 1993).
2.5 Manipulação e armazenamento do filme
Segundo manual da processadora automática Macrotec MX-2 a manipulação
inadequada do filme desde a embalagem até o processamento, passando pela fase de
exposição, pode acarretar alterações ou deterioração do produto, como o aumento proibitivo
do véu do filme, além de predispor o produto a grudamentos, ocorrência de descargas por
acumulação localizada de cargas eletrostáticas, etc.
As condições ambientais de armazenamento inadequadas, tais como altas
temperaturas, altos índices de umidade relativa do ar fora dos valores previstos e
contaminação por gases e vapores de substâncias químicas, afetam adversamente a qualidade
da imagem. O efeito negativo dessa influência aparece, em geral, como um aumento do véu
do filme, diminuição do nível de sensibilidade e contraste, além de outros isoladamente ou em
conjunto.
O empilhamento das caixas de filme provoca danos, em particular o aumento do “fog”,
pois os cristais haletos de prata são vulneráveis à pressão, podendo sofrer deformações ou
fraturas, que na revelação provocam sua redução à prata metálica, mesmo estando localizadas
em área onde não houve incidência de luz ou raios X. O empilhamento correto é aquele em
que as caixas de filmes são dispostas uma ao lado da outra em posição vertical.
2.6 Estudos experimentais envolvendo processamento do filme
Acreditando na importância do processamento químico do filme para o processo de
formação da imagem radiográfica, muitos pesquisadores realizaram investigações
experimentais a fim de verificar a influência das condições de processamento (tempo,
44
temperatura, condições das soluções químicas), do modelo da processadora e das condições
da sala escura sobre a qualidade da imagem e a redução da dose no paciente.
Os trabalhos encontrados na literatura focam principalmente a qualidade de imagens
mamográficas e odontológicas. No caso da imagem mamográfica, destacam-se os trabalhos de
Law & Kirkpatrick (1988), Kofler & Gray (1991), Murray et al (1992), Medeiros et al (1992),
Brink et al (1993), Sickles (1995), Alves et al (1998), Medeiros et al (2002), Magalhães et al
(2004), Caldas et al (2005).
Law & Kirkpatrick (1988) investigaram as condições de processamento efetuando
comparações de imagens mamográficas adquiridas com tempo de processamento variando de
2,5 a 4 minutos, temperatura de 30ºC a 36ºC, processadoras automáticas Dupont T5A e Dur
Processor e químicos Kodak. Os autores também utilizaram filme e écran Kodak Min-R,
equipamento de raios-X CGR 500t, 25 kVp, distância foco-filme de 55 cm e simulador
mamográfico. Após exposição do simulador e processamento dos filmes, os autores
observaram que a qualidade da imagem pode ser afetada por um tempo de processamento
superior a 3,5 minutos. Observaram também que a exposição necessária para produzir uma
densidade óptica específica na imagem depende significativamente do tempo de revelação e
da temperatura do revelador e que o modelo da processadora produz pouco ou nenhum efeito.
Verificaram que a temperatura de 33ºC a 35ºC e o tempo de 2,5 minutos pode ser usado,
principalmente para mamografia.
Kofler & Gray (1991) realizaram uma investigação da influência do tempo entre a
exposição e a revelação sobre a qualidade da imagem radiográfica. Para isso, utilizaram cinco
tipos de filmes mamográficos (T-Mat M, T-Mat L, NMB, OC, XL), um sensitômetro
Victoreen modelo 07-417, duas processadoras (Macrotec MX–2 e Kodak). Os autores
expuseram os filmes e os processaram de 30 minutos a 4 horas depois, atraso introduzido para
estabilização da imagem latente, e verificaram que estes filmes, juntamente com aqueles
expostos diretamente aos raios-X, são menos sensíveis às variações nas condições de
processamento. Verificaram também que estes filmes são sensíveis à solução reveladora
contaminada e que o contraste geral e a densidade de base+véu apresentam variação para
alterações nas condições de processamento.
Murray et al (1992) investigaram o desempenho da processadora automática. Para
isso, fizeram cópias de dez mamogramas de boa qualidade contendo microcalcificações (para
verificação da resolução) e alteração do parênquima (para verificação do contraste). Em
seguida, processaram os filmes numa processadora Kodak M7A, variando a temperatura de
30ºC a 38ºC com incremento de 0,5ºC. Os autores observaram que as condições de
45
processamento (tempo, temperatura e soluções químicas) realmente influenciam na dose e na
qualidade da imagem. Verificaram também que os limites aceitáveis de tempo e de
temperatura para mamografia são 3,5 minutos e 36ºC, respectivamente.
Medeiros et al (1992) investigaram a influência de variações nos valores de
parâmetros relativos às processadoras automáticas (tempo e temperatura de revelação, modelo
de processadora automática) sobre as propriedades sensitométricas dos filmes radiográficos
(velocidade, gradiente, densidade um óptica de base+véu). Para isso, utilizaram três tipos de
filmes sensíveis ao azul (IBF, Kodak, Microray), duas processadoras (X-Omatic Kodak
M6AN, X-Omatic Kodak M2OBR), termômetro de dilatação analógico Teltru, sensitômetro e
densitômetro MRA. Os autores observaram que: (a) os parâmetros velocidade, gradiente e
densidade óptica de base+véu variam de um filme para outro, refletindo as diferentes
características de suas fabricações; (b) os parâmetros velocidade, contraste e densidade óptica
de base+véu dos filmes e a temperatura do revelador variam significativamente de uma
processadora para outra; (c) durante o período de avaliação dos parâmetros, aqueles que mais
sofreram variações foram a velocidade e a densidade óptica de base+véu dos filmes,
provocadas pelas trocas ou reaproveitamento dos produtos químicos.
Brink et al (1993) investigaram a influência das condições de processamento do filme
sobre a qualidade da imagem, buscando uma redução na dose. Para isso, eles utilizaram três
conjuntos de vinte e quatro filmes Dupont Cronex Microvision, écran Kodak Min-R,
processadora Protec Model M45, solução química Dupont Cronex, exposição de um fantoma
a 25 kVp e variação de tempo de 20 a 50 segundos, incrementado de 10 segundos, e
temperatura de 35ºC a 40ºC, incrementada de 1ºC. Os autores obtiveram informações sobre o
gradiente médio, velocidade e densidade óptica de base+véu. Concluíram que temperatura de
36
o
C e tempo de 3,2 minutos o ideais para rotina mamográfica com mesma configuração
testada.
Sickles (1995) em estudos de laboratório observou que, dependendo do tempo de
atraso entre a exposição e o processamento do filme e o tipo de sistema de registro, ocorre
uma diminuição de 5 a 39% na velocidade do filme, e de 3 a 5% no contraste, devido à perda
da imagem latente, que é causada pela instabilidade da imagem radiográfica. Segundo esses
autores, esse atraso é útil no processamento de filmes em lote, no fim de um dia de trabalho,
proporcionando redução nos custos.
Alves et al (1998) investigaram as condições de processamento nas quais pode-se
obter respostas semelhantes de três tipos de filmes radiológicos dos fabricantes Dupont, IBF,
Kodak e Fuji. Para isso, sensibilizaram 90 filmes mamográficos de cada tipo em duas regiões
46
utilizando sensitômetro. Em seguida, revelaram estes filmes na processadora M7A-Kodak
utilizando os químicos IBF e Kodak e variando a temperatura de 30ºC a 38,5ºC com
incrementos de 0,5ºC. Depois efetuaram a leitura das densidades ópticas nos filmes
processados utilizando o densitômetro de fabricação X-rite, construíram as curvas
características e extraíram os parâmetros sensitométricos (velocidade relativa, gradiente
médio, densidade óptica de base+véu e densidade óptica máxima). Aplicaram a análise
estatística para comparar a influência da temperatura, dos químicos e dos filmes sobre esses
parâmetros sensitométricos. Os autores verificaram que a resposta sensitométrica dos filmes
radiológicos avaliados é dependente das condições de processamento utilizadas e das suas
propriedades físicas. Verificaram que os filmes Fuji apresentam menor suscetibilidade às
mudanças de temperatura. Observaram também os filmes mamográficos apresentam
diferenças não significativas quando processados com o químico Kodak.
Medeiros et al (2002) realizaram uma investigação para identificar diferenças na
detectabilidade de pequenas estruturas (microcalcificações, fibra e massa tumoral) presentes
nas imagens radiográficas de simuladores processadas em duas diferentes condições de
processamento. Os autores variaram a temperatura e a taxa de reposição tanto do revelador
como do fixador, a saber: (1) 33,4ºC e 60ml/filme para o revelador e 32,6ºC e 55 ml/filme
para o fixador; (2) 34,8ºC e 40 ml/filme para o revelador e 35ºC e 30 ml/filme para o fixador.
Os autores utilizaram dois simuladores de controle de qualidade (156-RMI e MAMA-CDM) e
um simulador estatístico (modelo 18-209 Nuclear Associates), duas combinações écran-filme
(Min-R 2000/Min-R 2000, Fuji Mammo Fine/AD-M), duas tensões (24 kVp e 28 kVp) e um
Mamógrafo Philips MD4000. As imagens foram processadas utilizando revelador e fixador da
marca Fuji. Os resultados obtidos mostraram que as mudanças das condições de
processamento propostas não modificaram as respostas sensitométricas dos filmes, assim
como não produziram diferenças significativas no padrão de qualidade das imagens
radiográficas dos simuladores obtidas com os sistemas tela/filme sob alise. Os autores
concluíram que uma minimização de custo no processamento dos filmes pode ser obtida
ajustando-se a taxa de reposição e a temperatura para uma certa demanda de exames, sem
perda da visibilidade das estruturas e qualidade da imagem mamográfica.
Magalhães et al (2004) investigaram desvios importantes no sistema processadora
químicos – filmes. Para isso, sensibilizaram filmes mamográficos utilizando um sensitômetro,
realizaram a leitura da densidade óptica com um densitômetro e construíram a curva
característica. O filme foi exposto quatro vezes à luz do sensitômetro (duas vezes de cada lado
da emulsão), observando-se um intervalo de dez segundos entre cada exposição para
47
estabilização da luz do sensitômetro, e revelado imediatamente para evitar esmaecimento de
imagem latente. Os filmes foram processados em 19 processadoras de 9 hospitais
públicos/universitário, sendo uma processadora escolhida como padrão. Os autores
calcularam a velocidade e consideraram os valores 74, 80, 100 e 120 como sendo velocidade
média, sub processamento, velocidade padrão e superprocessamento,
respectivamente.Verificaram que uma variação de ±20% nos valores de velocidade
corresponde a uma diferença de temperatura do revelador de ±2,2ºC. Observaram também que
aproximadamente 33% das processadoras apresentaram subprocessamento, o que resultou em
um aumento de aproximadamente 35% na dose fornecida ao paciente.
Caldas et al (2005) realizaram uma investigação sobre os artefatos que podem
degradar a qualidade da imagem mamográfica, perdendo ou mascarando informações
importantes para o diagnóstico. Segundo os autores há numerosos tipos de artefatos derivados
de diversas fontes no processo de aquisição da imagem, tais como processadora automática,
desempenho do técnico em radiologia, mamógrafo ou paciente. Quando se examina um filme
com relação aos possíveis artefatos, é importante isolar o artefato, identificar sua fonte e fazer
a correção necessária para eliminar sua causa. Neste sentido, vários fatores devem ser
considerados, incluindo a posição do artefato e suas características, como densidade, forma e
distribuição na imagem. Causas de artefato relacionadas à processadora são: sujeira nos rolos
de impulsão, rolos de secagem molhados, reposição inadequada dos químicos de revelação e
de fixação, tempo inadequado de imersão do filme nos químicos, produzindo imagens mais ou
menos escuras nas áreas afetadas do filme. A temperatura está diretamente relacionada ao
contraste radiográfico e ao valor de densidade óptica de base+véu. Seu valor ideal depende do
tipo de filme, dos ciclos de processamento e das recomendações do fabricante, variando,
normalmente de 29,4°C a 35°C e de 0,40 segundos a 1,5 minutos para o revelador.
No caso das imagens odontológicas, destacam-se os trabalhos de Ingle et al (1965),
Castelo et al (1983), Kogon et al (1985), Fredholm & Julin (1987), Tamburús (1987),
Hashimoto et al (1991), Thunthy & Weinberg (1995), Pistóia (2000), Geist et al (2000), Price
(2001) e Silveira et al (2002).
Com o intuito de diminuir o tempo de trabalho do endodontista, Ingle et al (1965)
realizaram uma investigação da influência da variação do tempo e da temperatura de
revelação sobre a qualidade da imagem. Os autores realizaram o processamento de filmes
Ultra-speed, variando a temperatura de 20ºC a 37,5ºC e o tempo de revelação reduziram de
4,5 minutos até dez segundos. As radiografias foram analisadas pelo todo subjetivo. Os
autores não verificaram diferença na qualidade dos filmes, exceto nos revelados a 37,5ºC. As
48
radiografias reveladas a 33,5ºC por 30 segundos, foram consideradas ideais para a prática
endodôntica.
Utilizando a curva característica para obtenção das propriedades sensitométricas
(latitude, contraste e sensibilidade), Castelo et al (1983) analisaram filmes radiográficos
Ultraspeed da Kodak, processados no revelador Kodak a 20ºC e 4,5 minutos (usados como
padrão) e na solução pida Rayonal com algumas combinações de temperatura e de tempo, a
saber: 18ºC e 2 minutos, 20ºC e 1,5 minutos, 22ºC e 1,25 minutos e 25ºC e 1 minuto. Os
autores concluíram que em termos de contraste radiográfico, latitude e sensibilidade, os filmes
processados no revelador Rayonal apresentaram resultados aceitáveis quando foram utilizadas
as combinações de temperatura e de tempo recomendadas pelo fabricante (20ºC/4,5minutos).
Os filmes revelados na solução Rayonal a 22ºC e 1,25 minuto, apresentaram propriedades
sensitométricas semelhantes a dos filmes processados no revelador Kodak a 20ºC durante 4,5
minutos, mostrando inclusive, os mesmos valores de densidade óptica de base+véu.
Para verificar os efeitos variáveis de processamento, tais como processamento manual
e automático e variação na temperatura das soluções de processamento, Kogon et al (1985)
utilizaram filmes ultraspeed e Ektaspeed. A solução Kodak GBX foi utilizada para
processamento manual, a solução Kodak RPX-Omat para o processamento automático, o
tempo de processamento manual foi mantido em quatro minutos enquanto a temperatura era
variada e a temperatura mantida em 22ºC quando o tempo foi variado. O experimento foi
realizado com seis temperaturas (18,3ºC a 26,7ºC) e seis tempos (2,5 a 6,0 minutos) para o
processamento manual. Durante o processamento automático, quando a temperatura variava,
o tempo foi mantido em 4,5 minutos e quando o tempo variava, a temperatura foi mantida em
28,3ºC. Foram utilizados sete valores de temperatura (23,3ºC a 32,2ºC) e de tempo (1,2 a 6,0
minutos). Os autores observaram que o filme Ektaspeed apresentou grande perda de contraste
nas temperaturas acima de 22ºC quando a solução Kodak GBX foi utilizada e não houve
diferença significativa no contraste quando a temperatura foi mantida constante. No
processamento automático, as temperaturas acima do recomendável, 28,3ºC, mostraram
pouco efeito sobre o contraste de ambos os filmes, porém no tempo abaixo de três minutos
ambos os filmes apresentaram revelação inadequada.
Fredholm & Julin (1987) realizaram uma investigação da influência das soluções
químicas utilizadas para processamento de filmes odontológicos. Para isso, os autores
estudaram três soluções empregadas para processamento rápido (Agfa Gevaert DOS-1, GBX
da kodak e RPX-Omat da kodak) e uma solução padrão para analisar o contraste e a
densidade óptica do filme radiográfico Ektaspeed (kodak EP-21). A temperatura das soluções
49
variou entre 15ºC a 30ºC e a variação no tempo de imersão do filme radiográfico Ektaspeed
foi de 2,5 a 5 minutos. Os autores observaram que nos reveladores rápidos as temperaturas
abaixo de 18ºC requerem um tempo de revelação maior, mais que três minutos, para resultar
num contraste satisfatório para diagnóstico. Nas temperaturas entre 21ºC e 24ºC, a solução
padrão necessitou de 2,5 a 3,5 minutos para produzir ótimo contraste e as soluções Agfa
Gevaert DOS-1 a Kodak GBX necessitaram 1,5 minutos. Os autores concluíram que a
combinação temperatura e tempo para soluções de processamento rápido não produz um
aumento linear no contraste; um grande aumento de tempo de processamento é requerido
quando a solução se encontra nas temperaturas abaixo de 20ºC e acima de 24ºC, porém se
torna inviável por interferir no contraste e na qualidade da imagem obtida.
Com o intuito de analisar os efeitos das variações de temperatura de uma solução
reveladora sobre a densidade óptica e o contraste radiográfico, Tamburús (1987) utilizou
filme radiográfico Kodak Ektaspeed, solução Silib pronta para uso nas temperaturas 20ºC,
22ºC, 24ºC e 26ºC e tempo de revelação de dois minutos. As alterações de temperaturas do
revelador foram obtidas com o emprego de gelo e/ou água aquecida, colocados no tanque de
água em relação direta com os tanques das soluções reveladoras e fixadora. Os resultados
permitiram concluir que as densidades ópticas medidas nas espessuras 0 e 2 mm foram
significativamente diferentes nas temperaturas 20ºC, 22ºC e 26ºC e nas espessuras 4,6 e 8
mm na temperatura de 20ºC. Nas espessuras de 4,6 e 8mm, as densidades ópticas não foram
diferentes quando utilizadas as temperaturas de 22ºC e 24ºC. Os autores notaram que nas
espessuras 10, 12,14 e 16mm, não houve alterações significativas nas densidades ópticas
quando utilizadas as temperaturas de 20ºC, 22ºC e 24ºC.
Hashimoto et al (1991) estudaram os efeitos das variações no tempo e na temperatura
de revelação de filmes odontológicos. Os autores utilizaram processadora automática, filmes
Kodak Utraspeed e Ektaspeed e soluções químicas Agfa Dentus e Kodak com três
combinações de temperatura e tempo (20ºC e 5 minutos; 25ºC e 2,5 minutos e 30ºC e 1,25
minuto). Os autores observaram que o aumento da temperatura de revelação e do tempo de
processamento, resulta num aumento da sensibilidade e do contraste tanto no Utraspeed como
no Ektaspeed. Variações na temperatura da solução reveladora Kodak apresentaram maior
influência na sensibilidade e no contraste do filme Ektaspeed. A latitude resultante foi
considerada aceitável para todas as combinações de tempo e de temperatura exceto para a
solução reveladora Kodak com o filme Kodak Ektaspeed. Os filmes revelados com a solução
Kodak, 30ºC e 1,25 minutos apresentaram melhor densidade e contraste. Para os filmes
50
revelados com a mesma solução, 25ºC e 2,5 minutos, apresentaram alteração no contraste, na
sensibilidade e na latitude que comprometeram a qualidade da imagem.
Thunthy & Weinberg (1995) realizaram um estudo a fim de avaliar os efeitos da
exaustão das soluções processadoras nos filmes Ektaspeed Plus, Ektaspeed e Ultra-speed,
todos da Kodak, quando processados automaticamente. Os fabricantes dos filmes relataram
que o filme Ektaspeed Plus tinha a vantagem de ser menos afetado pela exaustão das soluções
que os outros filmes. Foram expostos quatro grupos de 87 filmes de cada tipo, que foram
processados, sempre acrescidos de um filme não exposto para verificação da DBV. Tais
grupos foram processados em líquido novo, no primeiro dia do experimento, e no mesmo
líquido degradado ao fim da primeira, segunda e terceira semana. Os autores observaram que
com a degradação da solução houve em todos os filmes redução da sensibilidade e do
contraste inerente, além de intervalos mais amplos de latitude.
Pistóia (2000) realizou um estudo no qual foram comparados os filmes Ektaspeed
Plus, Ultra-speed e Agfa Dentus M2 Comfort, processados em caixas de processamento com
soluções novas e degradadas. O autor ressaltou que a análise subjetiva das radiografias foi
pouco sensível quando comparada com a avaliação densitométrica, de modo que grande
número de radiografias com alterações de densidade e contraste foram aceitas, inclusive
recebendo conceitos elevados após perdas significativas de suas propriedades. A exaustão das
soluções processadoras vem sendo amplamente estudada, o que mostra a preocupação com a
qualidade das radiografias para correta interpretação. A maioria dos autores empregou o
método tempo/temperatura de processamento radiográfico em seus estudos com tempos
diferentes dos que foram utilizados no experimento. No entanto, com o intuito de simular a
rotina clínica dos profissionais, os autores utilizaram um tempo padronizado para cada etapa
do processamento, de 0,16 segundos com distância focal de 20 centímetros. Os filmes foram
processados de 20 em 20 minutos, pois pouquíssimos odontólogos fazem uso do método
tempo/temperatura em seus consultórios.
Geist et al (2000) avaliaram as características sensitométricas dos filmes Kodak
Insight e Ektaspeed Plus quando processado em líquidos novos e degradados. Dois grupos de
cada tipo de filme foram expostos, sendo um grupo processado em líquido novo e um
segundo grupo, depois de cinco dias, no mesmo líquido após o processamento de 500
radiografias. Todos os grupos foram processados pelo método automático, numa processadora
com ciclo de 4,5 min a uma temperatura de 28ºC. As densidades radiográficas foram
mensuradas possibilitando o cálculo do contraste e da sensibilidade dos filmes por meio da
construção de curvas características. Nesse estudo, a sensibilidade dos filmes foi calculada,
51
além da forma convencional de 1.0 acima da densidade óptica de base+véu (DBV), utilizando
os valores do tempo de exposição necessários para produzir a densidade óptica nos valores de
1,5, 2,0 e 2,5 acima da DBV.
Os autores adotaram tal metodologia afirmando que nessa faixa de densidade há
maior quantidade de informações para diagnóstico. O contraste foi calculado da forma
preconizada pela ISO entre 0,25 e 2 acima da DBV bem como em mais dois intervalos de
densidade óptica acima da DBV: 0,5 e 1,0; 0.7 e 1.3, faixa ideal para diagnóstico bucal; e 1,0
e 2, 5, para calcular o contraste em altas densidades. Os autores citaram que a DBV para
ambos os filmes quando foram processados em líquidos novos foi de 0,20 e em líquidos
degradados de 0,19. Em relação à sensibilidade, na densidade de 1,0 acima da DBV, quando
processados em líquidos novos os filmes Insight foram 25% mais rápido que o Ektaspeed
Plus. Já nas densidades de 1,5, 2 e 2,5, o Insight foi em média 31% mais rápido que o
Ektaspeed Plus. Quando o processamento foi realizado com os líquidos degradados, na
densidade de 1.0, o filme Insight foi 35% mais rápido que o Ektaspeed Plus e nas densidades
de 1,5, 2 e 2,5, o Insight foi mais rápido que o Ektaspeed Plus, 49%, 43% e 64%,
respectivamente. Os autores verificaram que o filme Insight apresentou uma redução da
sensibilidade de 5% quando processado em líquido degradado, enquanto que para o filme
Ektaspeed Plus, esta redução foi na ordem de 12%. Os autores sugeriram então que o filme
Insight pode ser mais resistente aos efeitos da degradação quando comparado ao filme
Ektaspeed Plus. Em líquidos novos e degradados, o comportamento do contraste dos dois
tipos de filme foram semelhantes, quando mensurado no intervalo de 0,25 a 2, apresentando o
valor médio de 1,7, o que indica que ambos os filmes têm contrastes equivalentes nos padrões
determinados pela ISO. No intervalo para densidades mais baixas (0,5 a 1), o contraste do
filme Insight foi discretamente mais baixo que o do filme Ektaspeed Plus, porém foi mais alto
nos intervalos de 0,7 a 1,3 e 1 a 2,5. Os autores chegaram a conclusão que tais resultados
sugerem que o filme Insight teria vantagem em relação ao Ektaspeed Plus na identificação de
patologias, em especial na faixa de 0,7 a 1,3, faixa esta considerada ideal para diagnóstico
bucal por KIRCOS et al (1989). Afirmaram que em alguns casos houve discreto aumento nos
valores de contraste em ambos os filmes quando foram processados em líquidos degradados.
Concluíram que o filme Insight quando processado automaticamente tanto em líquidos novos
quanto degradados, possibilitando uma redução da dose de radiação ao paciente, em relação
ao Ektaspeed Plus, de 20 a 24%, sem que haja prejuízo na qualidade da imagem radiográfica
odontológica.
52
Price (2001) realizou um estudo objetivando comparar os filmes Kodak Insight, Ultra-
speed e Ektaspeed Plus. Seis filmes de cada tipo, sendo três pacotes de filme duplo, foram
expostos de modo padronizado e processados automaticamente a 28ºC num ciclo de 5,5 min,
sendo posteriormente submetidos à leitura densitométrica. Foram obtidos os valores de
densidade óptica de base+véu (DBV) de 0,17, 0,20 e 0,21 para os filmes Ultra-speed,
Ektaspeed Plus e Insight, respectivamente. Os valores do contraste para ambos os filmes
foram satisfatórios, de modo que o autor concluiu que o filme Insight proporciona uma
economia na dose de radiação em relação aos outros filmes sem que haja prejuízo evidente no
contraste radiográfico.
Silveira et al (2002) investigaram a influência da sensibilidade dos filmes
radiográficos em conjunto com o tempo de revelação sobre a qualidade da imagem
radiográfica. Os autores utilizaram os filmes Agfa Dentus M2 comfort de sensibilidade D/E,
filmes Kodak Insight de sensibilidade E/F. Na avaliação subjetiva referente aos tempos de
processamento dos filmes radiográficos Agfa, Ektaspeed Plus e Insight, foram realizado doze
diferentes tempos de revelação para cada filme (0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0;
5,5 e 6,0 minutos) e temperatura de 24ºC. Transcorridos os tempos de revelação, os filmes
foram transportados imediatamente para o banho intermediário por 20 segundos e depois para
o fixador, onde permaneceram por dez minutos. Após fixados, foram lavados em água
corrente durante vinte minutos e postos em secadora automática. Observou-se que a
preferência dos examinadores foi de 40% para a imagem apresentada pelo filme Ektaspeed
Plus, seguida pelo Agfa Dentus M2 comfort com 33% e o Insight com 27%. Quando da
avaliação do tempo de revelação com dois minutos, para o filme Agfa, houve uma
unanimidade da preferência pelos examinadores, independente da especialidade profissional
ou não. Este dado sugere que a influência da solução reveladora na qualidade da imagem
radiográfica, bem como as propriedades sensitométricas dos filmes, apresentaram um ajuste
perfeito, no tempo de processamento de dois minutos, de acordo com o método de
processamento temperatura/tempo. Isto sugere um comportamento mais estável da ação da
solução sobre os cristais de prata na emulsão sensibilizados pelos raios X.
O filme Ektaspeed e o Insight apresentaram uma grande variabilidade de preferência
em diferentes tempos de revelação, mostrando um comportamento instável dos filmes. Diante
dos resultados obtidos de acordo com a metodologia aplicada, pode-se concluir que: O filme
Ektaspeed (40%) seguido pelo Agfa M2 comfort (33%) foram os que apresentaram as
melhores imagens; os clínicos preferiram o filme Ektaspeed (50%), os radiologistas o Agfa
M2 comfort (42%) e os endodontistas não mostraram preferência. Baseados nos dados obtidos
53
concluíram que, as imagens das radiografias nas diferentes combinações de temperatura e
tempo forneceram maior precisão; onde puderam afirmar que o uso de imagens digitalizadas
pode substituir a avaliação das imagens radiográficas realizadas com fotodensitômetro, em
filmes periapicais processados manualmente; a combinação 25ºC e 3min quando comparada
com a padrão (20ºC/4min) apresentou maiores valores da DO, em função de permanecerem
tempo maior do que o necessário sob a ação dos agentes reveladores, e 30ºC/ 1min apresentou
valores menores de DO e valores iguais ao padrão .
Todos os pesquisadores verificaram a necessidade e a importância de se implantar um
programa de controle de qualidade envolvendo o processamento do filme e as condições da
sala escura.
54
3 MATERIAL E MÉTODO
A formulação da expressão matemática que prevê a influência do tempo de
processamento e da temperatura de revelação sobre a produção da densidade óptica baseou-se
na análise de curvas características obtidas através de uma investigação experimental.
Os experimentos foram realizados no Laboratório de Imagens Médicas (@Ladim) da
Universidade de Mogi das Cruzes, obedecendo à portaria 453/98 da Secretaria de Vigilância
Sanitária do Ministério da Saúde. O método sensitométrico foi utilizado para obtenção de
curvas características com a influência de cada parâmetro separadamente. Em seguida, o
software Origin ® foi empregado para construção dos gráficos e análise das variações nos
níveis de densidade.
A influência da sala escura e do tempo decorrido entre a exposão e processamento
do filme também foram estudados e equacionados considerando os dados apresentados na
literatura.
As expressões matemáticas formuladas foram agregadas ao modelo computacional
desenvolvido em trabalho anterior (Silva & Frère, 2001), que calcula a densidade óptica em
função da técnica de exposição e combinação écran-filme usadas ou planejadas. A validade
delas foi constatada comparando as densidades medidas com as simuladas considerando os
mesmos parâmetros.
Para ilustrar a influência do processo de revelação do filme sobre a qualidade da
imagem radiográfica e a detectabilidade de detalhes para o diagnóstico foram realizadas
imagens radiográficas de dois simuladores mamogficos considerando as mesmas variações
de tempo e de temperatura de revelação utilizadas para levantamento das curvas
características, as quais foram analisadas por especialistas na interpretação de imagens.
Nos itens seguintes estão descritos os materiais e os procedimentos experimental e
computacional utilizados para formulação e validação da expressão matemática que prevê a
influência do tempo e da temperatura de revelação bem como a influência da câmara escura.
3.2 Procedimento experimental
3.2.1 Materiais Utilizados
Todos os materiais necessários para o desenvolvimento da pesquisa estão listados na
Tabela 3.1. A maioria deles foi utilizada para realização do procedimento experimental.
55
Tabela 3.1 Materiais utilizados no desenvolvimento da pesquisa
Material Descrição
Aparelho de raios-X Mamógrafo CGR Senographe 500T
Filme Radiográfico Min R 2000
Chassis com Écran Kodak Min R
Negatoscópio 3 corpos (metaltrônica, modelo 0499)
Máquina Fotográfica Sony DSC – P32
Químicos Kodak GBX (revelador e fixador)
Densitômetro Victoreen modelo 07-443
Sensitômetro Victoreen modelo 07-417
Processadora automática
Macrotec MX-2
Rachel, modelo RMI 169
Simulador mamográfico
Accreditation, Victoreen modelo 18-220
Cronômetro Taksuw TS-613l
Termômetro Digital Multi Stem ref. 6030
O mamógrafo possui filtração adicional de 0,03mm Molibdênio, janela do tubo de
0,08mm de Berílio e anodo de Molibdênio com 17
o
de inclinação.
A processadora automática Macrotec MX-2 é dedicada a mamografia. Além disso, os
procedimentos de limpeza da processadora automática e de preparação dos químicos foram
efetuados segundo as recomendações técnicas dos fabricantes. Antes da revelação dos filmes
expostos, a processadora foi ligada e mantida em aquecimento por um período não inferior a
vinte cinco minutos, sendo realizada em seguida a passagem de radiografias de 35x35cm para
a exclusão de impurezas nos rolos e o equilíbrio entre a temperatura do revelador indicada no
termostato e aquela medida com o termômetro dentro da cuba do revelador.
As medições de temperatura foram realizadas em três pontos diferentes da cuba do
revelador (A, B, C) conforme ilustra a Figura 3.1, sendo: (A) lado esquerdo, (B) meio e (C)
lado direto, onde está instalada a resistência para aquecimento da solução química. Uma
diferença entre a temperatura do revelador mensurada com o termômetro e aquela estipulada
no termostato foi observada. Assim sendo, na investigação realizada foi considerada como
parâmetro básico a temperatura mensurada.
56
Figura 3.1 – Visão interna da processadora automática Macrotec MX2 com indicação das
posições onde foram realizadas as medições de temperatura do revelador.
O tempo de imersão do filme no revelador bem como o tempo total de processamento
do filme foram cronometrados. O tempo global foi cronometrado a partir da inserção do filme
na bandeja da processadora até a sua saída após o processo de secagem.
O sensitômetro e o densitômetro foram utilizados para levantamento de curvas
características contendo a influência de variações no tempo e na temperatura de revelação do
filme radiográfico. O sensitômetro dispositivo comumente usado nos programas de controle
de qualidade de processadoras (Figura 3.2) sensibiliza o filme em 21 posições com feixes de
luz verde de intensidade crescente com incrementos de 0,15. O densitômetro (Figura 3.3)
densidades ópticas numa faixa de 0,0 a 4,0 com precisão de 0,5% do fundo de escala e
reprodutibilidade (erro) de +
0,01. Ele foi aferido com uma fita sensitómetrica fornecida pelo
fabricante antes da leitura da densidade óptica dos degraus.
57
Figura 3.2 – Sensitômetro Victoreen modelo 07-417
Figura 3.3 – Densitômetro Victoreen modelo 07-443
Os simuladores Rachel e Accreditation foram utilizados para demonstrar a influência
de variações no tempo e na temperatura de revelação do filme sobre a nitidez e o contraste da
imagem e sobre a detectabilidade de estruturas presentes na imagem respectivamente.
O simulador Rachel (Figura 3.4) é um simulador antropomórfico baseado em imagem
mamográfica real, que consiste numa peça em relevo de uma mama comprimida clinicamente
normal de 5,0 cm de espessura e composta por 50% de tecido glandular e 50% de tecido
adiposo, que ao ser radiografada produz uma imagem idêntica ao mamograma real (Figura
3.5).
58
Figura 3.4 – Simulador antropomórfico Rachel
Figura 3.5 – Imagem radiográfica do
simulador Rachel
O simulador Accreditation é indicado pelo American College of Radiology (ACR) e
pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) para controle de
qualidade. Ele consiste num bloco de acrílico de 9,8 x 10,6 cm simulando uma mama
comprimida de 4,2 cm composta por tecidos adiposo e glandular médio. Neste bloco estão
inseridos 16 objetos de teste que simulam microcalcificações, fibras e massas tumorais com
espessuras variando de 0,16 a 0,54 mm, 0,54 a 1,56 mm e 0,25 a 2 mm, respectivamente.
A Figura 3.6 apresenta uma imagem do simulador e um esquema com o número, o
tamanho e a posição das estruturas simuladas. A Figura 3.7 mostra uma imagem radiográfica
otimamente exposta deste simulador e a Tabela 3.2 lista as estruturas simuladas indicando
número, tipo, tamanho e material utilizado.
59
Figura 3.6 – Foto do Simulador Accreditation e esquema com o número, o tamanho e a
posição das estruturas simuladas.
Figura 3.7 – Fotografia da imagem radiográfica obtida do simulador Accreditation
60
Tabela 3.2 – Tipos e tamanhos dos objetos contidos no simulador Accreditation
Achado
Tipo Tamanho (mm)
Material
1 1,56
2 1,12
3 0,89
4 0,75
5 0,54
6
Fibras
0,40
Náilon
7 0,54
8 0,40
9 0,32
10 0,24
11
Microcalcificação
0,16
12 2
13 1
14 0,75
15 0,5
16
Massa tumoral
0,25
Massa parecida com tumor
3.2.2 Levantamento de curvas características
Para o levantamento e a análise das curvas características foi utilizado o seguinte
protocolo:
1. Posicionamento do filme no sensitômetro e realização da sensibilização;
2. Repetição do passo 1 para os quatro lados de cinco filmes. (O filme é exposto
quatro vezes à luz do sensitômetro, observando-se um intervalo de dez segundos
entre cada exposição, a fim de que o sensitômetro possa se estabilizar. Os cinco
filmes são expostos para auxiliar na estabilização da temperatura de revelação e
obtenção de uma curva característica média);
61
3. Posicionamento do termostato da processadora na temperatura desejada ou
posicionamento do botão regulador do tempo de processamento no tempo
desejado;
4. Passagem de alguns filmes usados, no mínimo 5, para auxiliar na estabilização da
temperatura do revelador;
5. Mensuração e registro da temperatura do revelador bem como registro da
temperatura indicada no termostato;
6. Processamento dos filmes (imediatamente após as exposições para evitar
esmaecimento de imagem latente);
7. Mensuração da densidade óptica nas 21 posições sensibilizadas nas 4 partes dos 5
filmes utilizando o densitômetro;
8. Cálculo da densidade média para cada filme e cálculo da densidade média para os
5 filmes, obtendo uma única curva característica;
9. Construção do gráfico da densidade óptica dia versus os passos de exposição
relativa proporcionados pelo sensitômetro para cada degrau de densidade óptica,
utilizando o software Microcal Origin ®;
10. Cálculo do gradiente dio e da velocidade da curva característica média
utilizando as equações (2.2) e (2.3) respectivamente;
11. Registro dos valores calculados e da densidade de base+véu da curva característica
média;
12. Avaliação das propriedades sensitométricas (contraste, velocidade e latitude) e da
densidade de base+véu conforme as normas de sensitometria.
13. Repetição dos passos 1 a 12 para todas as variações de tempo e de temperatura
desejadas.
14. As curvas características levantadas com densidades médias foram analisadas
utilizando o software Microcal Origin ® a fim de encontrar uma equação capaz de
prever as variações proporcionadas pelo tempo e temperatura de revelação.
As condições de processamento testadas foram:
1. Concentração dos químicos recomendados pelo fabricante utilizando processadora
automática e soluções químicas existentes no laboratório;
62
2. Variação na temperatura de 33ºC a 36,5ºC com intervalo de 1ºC e, demais
parâmetros constantes, sendo o tempo mantido em 1,30 minutos, (recomendado
pelo fabricante)
3. Variação do tempo de 1,30 a 3,30 minutos com intervalo de 30 segundos e demais
parâmetros constantes, sendo a temperatura mantida em 35ºC (recomendado pelo
fabricante).
3.2.3 Aquisição de imagens radiográficas dos simuladores Rachel e
Accreditation
Para aquisição e análise das imagens radiográficas dos simuladores Rachel e
Accreditation foi utilizado o seguinte protocolo:
1. Posicionamento do simulador sobre o centro do campo de radiação (linha média da
mesa do mamógrafo);
2. Ajuste dos parâmetros de exposição radiográfica (tensão, corrente e tempo de
exposição) desejados e realização da exposição;
3. Repetição dos passos 1 e 2 para uma quantidade de filme que abrange as variações de
tempo e temperatura desejados;
4. Processamento dos filmes considerando as mesmas variações de tempo e de
temperatura de revelação utilizadas para levantamento das curvas características. Os
filmes foram processados logo após serem expostos com o sensitômetro;
5. Analise visual utilizando negatoscópio;
6. Mensuração da densidade óptica em algumas posições (P1 a P7) sobre a imagem dos
simuladores mamográficos Rachel e Accreditation, conforme ilustram as Figuras 3.8 e
3.9;
7. Cálculo da média das densidades medidas nas posições P1 a P5, que delimitam a
imagem mamográfica;
8. Quantificação dos detalhes nas imagens do simulador Accreditation.
63
Figura 3.8 – Imagem radiográfica do simulador Rachel indicando as posições onde as
densidades ópticas foram medidas
Figura 3.9 – Imagem radiográfica do simulador Accreditation indicando as posições onde as
densidades ópticas foram medidas
64
Para radiografar o simulador mamográfico Rachel foram utilizados 25 kVp, 100 mAs,
filtragem total de 0,3 milímetros de alumínio, distância foco-filme de 50 centímetros e a
incidência crânio caudal. Estes parâmetros foram escolhidos através de levantamentos de
dados realizado junto ao serviço de radiologia da Clínica Mogimagem e do Hospital Santa
Marcelina de Itaquera. São parâmetros de exposição normalmente utilizados para radiografar
mamas com espessura e densidade simuladas pelo Rachel.
Para radiografar o simulador Accreditation foram utilizados 26 kVp e 80 mAs. Estes
parâmetros foram escolhidos porque permitem obter uma imagem radiográfica com
características similares a que o fabricante fornece, onde é possível visualizar todos os
objetos de teste inseridos no simulador. Para encontrar esses parâmetros, os filmes expostos
foram processados em químicos preparados no dia com tempo e temperatura de revelação
mantidos conforme recomenda o fabricante da processadora automática para mamografia.
As imagens radiográficas dos simuladores Rachel e Accreditation foram interpretadas
por especialistas (Tabela 3.3) dentro de uma sala apropriada utilizando o negatoscópio de sua
rotina de trabalho, do tipo específico para mamografia. Estes especialistas assinaram termo de
consentimento conforme autorização do comitê de Ética (Anexo D).
Tabela 3.3 – Especialistas que analisaram as imagens radiográficas do simulador Rachel.
Especialista
Especialidade
Experiência
(anos)
R1 Médica Radiologista
10
R2 Médico Radiologista
25
R3 Médico Radiologista
20
T1 Tecnólogo 10
T2 Tecnólogo 06
T3 Tecnólogo 05
T4 Tecnóloga 05
Aos especialistas não foram informados sobre os parâmetros de exposição e de
processamento do filme (tempo, temperatura e químicos) que de fato foram utilizados para
obtenção das imagens radiográficas dos simuladores. Também não foram informados se
existia ou não alguma estrutura (fibra, microcalcificação ou massa tumoral) presente. Os
especialistas apenas receberam as imagens numeradas e os formulários para preenchimento
65
(Anexo A), onde analisaram a qualidade da imagem para diagnóstico e os veis de contraste
e de nitidez, classificando-os como péssimo (P), bom (B) e ótimo (O).
As imagens radiográficas do simulador Accreditation também foram interpretadas
pelos mesmos especialistas. Eles receberam as imagens numeradas e um formulário para
preenchimento (Anexo A), onde indicaram a possível presença de objetos, que simulam
achados clínicos tais como (MT) massa tumoral, (MI) microcalcificação e (FI) fibras, o
tamanho aproximado do objeto e o grau de confiabilidade da interpretação.
O grau de confiabilidade foi indicado conforme a escala: CP quando tiveram certeza
da presença do achado, PP quando julgaram provável a presença, PI quando julgaram
improvável a presença, I – quando julgaram incerta a presença, A – quando julgaram o achado
definitivamente ausente.
As respostas dos especialistas foram digitadas numa planilha do Microsoft Excel ® e
manipuladas com o auxílio das funções CONT. SE, DIA, SOMA, que permitiu montar as
tabelas e gráficos para serem apresentadas no item Resultados e Discussões (Anexo E).
3.3 Modelagem matemática e simulação computacional
Os procedimentos empregados para encontrar as equações que prevêem as influências
do tempo e da temperatura de revelação, do tempo de manuseio do filme dentro da sala escura
e do tempo decorrido entre a exposição e o processamento do filme estão descritos nos itens
seguintes.
A validade das equações formuladas e a consistência do método computacional que as
utiliza foi verificada comparando as densidades ópticas medidas (DO
m
) com as simuladas
(DO
s
). O desvio nominal (DN) entre os valores de densidade óptica foi calculado com a
equação (3.2) e a correlação (CO) entre os dois conjuntos de densidades ópticas foi
computada através da função estatística expressa na equação (3.3).
(
)
msm
DODODODN =
(3.2)
=
=
n
i
m
mmim
s
msis
s
DODO
s
DODO
n
Correl
1
,,,,
1
1
(3.3)
onde DO
m,i
e DO
s,i
são as densidades ópticas medida e simulada no passo i, DO
s,m
e DO
m,m
são as densidades ópticas médias simuladas e medidas, n é o número de amostras e s
s
e s
m
são
os desvios nominais das densidades ópticas simulada e medida, respectivamente.
66
3.3.1 Influência do tempo e da temperatura de revelação
O programa Microcal Origin ® foi utilizado para encontrar, a partir de curvas
características obtidas com variação do tempo e da temperatura de revelação, uma equação
que prevê a influência de tais parâmetros sobre a densidade óptica.
Inicialmente foi realizado um ajuste da curva característica padrão, isto é, da curva
característica média levantada para o processamento recomendado pelo fabricante das
processadoras automáticas. Foi escolhida a função cuja forma combina com a curva
característica e que proporcionou o melhor ajuste.
Em seguida, as demais curvas características foram também ajustadas utilizando a
mesma função. Para isso, cada um dos parâmetros desta função foi considerado variável num
dado momento enquanto os demais foram mantidos fixos com o valor encontrado para a curva
característica padrão (Anexo B).
Os valores do parâmetro variado que proporcionaram o melhor ajuste para todas as
curvas características foram então tabelados e, em seguida, foram construídos os gráficos.
Novamente o programa Microcal Origin ® foi utilizado para encontrar uma equação cuja
forma combina com a curva resultante tanto para as variações de tempo quanto de
temperatura de revelação. Foi escolhida a função que proporcionou o melhor ajuste para
ambos os conjuntos de dados com a influência de tempo e de temperatura de revelação.
3.3.2 Influência da câmara escura
3.3.2.2 Influência do tempo de manuseio do filme dentro da sala escura
Também foi equacionada a influência das condições da sala escura (luz de segurança,
picos de luz). Segundo Suleiman (1993), Batz & Haus (1993) e Sickles (1995) as condições
da sala escura influenciam na formação da densidade óptica. Elas contribuem para o aumento
do véu e a diminuição da qualidade da imagem, atuando sobre a densidade global e reduzindo
o contraste.
Segundo Suleiman (1993) um estudo realizado em 1982, onde foram medidos os
níveis de véu em aproximadamente 900 salas escuras para intervalos de 1, 2 e 4 minutos,
demonstrou que o aumento na densidade óptica devido às condições das salas escuras varia
de uma para outra. Das salas escuras testadas, em 53% o valor de aumento do u do filme
excedia a 0,05 para uma exposição de 1 minuto.
67
Segundo o autor, para um intervalo de 2 minutos não pode ser considerado satisfatório
um aumento de 0,10 na densidade óptica devido às condições da sala escura. Se isto ocorrer é
necessário tomar medidas corretivas. O autor comenta que para o aumento da densidade
óptica em função do tempo de manuseio na sala escura em perspectiva deve-se considerar que
um tempo de 2 minutos rende um aumento linear na densidade óptica (véu ou velamento) de
0,10, que corresponde a 0,025 para cada 30 segundos.
Para considerar esse efeito, foi estabelecida uma expressão, onde é realizada uma regra
de três considerando o aumento de densidade óptica para 30 segundos de manuseio do filme
dentro da sala escura.
3.3.2.2 Influência do tempo decorrido entre a exposição e o processamento do filme
A Tabela 3.4 mostra um exemplo de percentuais de perda de velocidade e de
alterações no contraste devidas ao tempo de 0 (zero), 4, 8, 24 e 48 horas entre exposição e
processamento de um dado filme radiográfico.
Tabela 3.4 – Percentuais de alterão na velocidade e no contraste de um filme radiográfico
devido ao tempo entre exposição e processamento do filme.
Tempo entre a exposição e o processamento do filme (horas)
Parâmetros do filme
0 4 8 24 48
Velocidade (%) 0 10 12 20 23
Contraste (%) 0 2 3 3 5
Para considerar esse efeito, foi estabelecida uma expressão para encontrar o percentual
de alteração tanto na velocidade como no contraste, onde é realizada uma regra de três
levando em conta o tempo decorrido de fato e os percentuais e os intervalos de tempo
apresentados na Tabela 3.4.
3.3.3 Aplicação das equações determinadas
A influência do tempo e da temperatura de revelação bem como da câmara escura foi
agregada à equação da densidade óptica estabelecida em trabalho anterior (Silva & Frère,
2001), que é expressa por
68
( )
DO
m
e
N
DODO
fogbase
n
m
N
m
+
+
=
=
1
0
0
.
0
1
max
!
..
ω
ω
(3.7)
onde DO
max
é a densidade máxima que pode ser obtida na emulsão, n é o número de centros
de imagem latente necessários para tornar o grão haleto de prata revelável, N
o
é a fluência de
fótons de luz absorvida pela emulsão de acordo com o espectro de sensibilidade do filme e
ω
é um fator que engloba tanto os parâmetros da emulsão, que não são fornecidos pelo
fabricante, como a influência das condições de processamento ideais.
69
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Introdução
Neste capítulo são apresentados os resultados parciais obtidos, que são basicamente as
curvas características levantadas com as variações de tempo e de temperatura, os valores de
densidade de base+véu, os valores de contraste e de velocidade calculados, as equações
formuladas e algumas comparações de densidades ópticas medidas e simuladas.
4.2 Curvas características levantadas experimentalmente
A Figura 4.1 mostra as curvas características levantadas para os quatro lados de um
dado filme radiográfico (F1) exposto com o sensitômetro e revelado com tempo de
processamento e temperatura de revelação igual a 1,30 min e 35ºC. A Figura 4.2, por outro
lado, apresenta a curva característica média para o filme F1 bem como para quatro outros
filmes (F2, F3, F4 e F5).
As Figuras 4.3 a 4.13 apresentam as curvas características médias, levantadas
experimentalmente. que refletem as variações de tempo e de temperatura de revelação. Na
Figura 4.3 são mostradas todas as curvas características juntas, nas Figuras 4.4 a 4.8 o
conjunto de curvas características agrupadas por temperatura, e as Figuras 4.9 a 4.13, as
curvas agrupadas, considerando o tempo de imersão do filme no revelador.
70
35ºC e 1,30 min
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
0
0
,
3
0
,
6
0
,
9
1
,
2
1
,
5
1
,
8
2
,
1
2
,
4
2
,
7
3
Exposição relativa
Densidade óptica
A
B
C
D
Figura 4.1 – Curvas características resultantes da exposição dos quatro lados (A, B, C e D) de
um dado filme radiográfico Kodak Min R 2000 (F1) para 35ºC e 1,30 (min).
Figura 4.2 – Curvas características médias resultantes da exposição dos quatro lados dos
filmes F1, F2, F3, F4 e F5 processados com 35ºC e 1,30min.
71
0,00
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,50
1,75
2,00
2,25
2,50
2,75
3,00
3,25
3,50
3,75
4,00
4,25
4,50
4,75
5,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Exposão relativa
Densidade óptica
33ºC e 1,3 min
34ºC e 1,3 min
35ºC e 1,3 min
36ºC e 1,3 min
36,5ºC e 1,3 min
33ºC e 2 min
34ºC e 2 min
35ºC e 2 min
36ºC e 2 min
36,5ºC e 2 min
33ºC e 2,30 min
34ºC e 2,30 min
35ºC e 2,30 min
36ºC e 2,30 min
36,5ºC e 2,30 min
33ºC e 3 min
34ºC e 3 min
35ºC e 3 min
36ºC e 3 min
36,5ºC e 3 min
33ºC e 3,30 min
34ºC e 3,30 min
35ºC e 3,30 min
36ºC e 3,30 min
36,5ºC e 3,30 min
Figura 4.3 – Curvas características levantadas experimentalmente que refletem as variações de tempo e temperatura de revelação do filme.
72
33 ºC
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
1,30 min 2 min 2,30 min
3 min 3,30 min
Figura 4.4 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 33ºC
34 ºC
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
1,30 min 2 min 2,30 min
3 min 3,30 min
Figura 4.5 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 34ºC
73
35 ºC
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
1,30 min 2 min 2,30 min
3 min 3,30 min
Figura 4.6 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 35ºC
36 ºC
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
1,30 min 2 min 2,30 min
3 min 3,30 min
Figura 4.7 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 36ºC
74
36,5 ºC
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
1,30 min 2 min 2,30 min
3 min 3,30 min
Figura 4.8 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações no tempo de
imersão do filme no revelador e temperatura de revelação igual a 36,5ºC
1,30 min
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
33ºC 34ºC 35ºC 36ºC 36,5ºC
Figura 4.9 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 1,30 min
75
2 min
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
33ºC 34ºC 35ºC 36ºC 36,5ºC
Figura 4.10 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 2 min
2,30 min
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Exposição relativa
Densidade óptica
33ºC 34ºC 35ºC 36ºC 36,5ºC
Figura 4.11 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 2,30 min.
76
3 min
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
33ºC 34ºC 35ºC 36ºC 36,5ºC
Figura 4.12 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 3 min
3,30 min
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Exposição relativa
Densidade óptica
33ºC 34ºC 35ºC 36ºC 36,5ºC
Figura 4.13 – Curvas características levantadas experimentalmente com variações na
temperatura do revelador e tempo de imersão do filme no revelador igual a 3,30 min
77
Nas Figuras 4.3 a 4.13 observa-se que a temperatura de revelação e o tempo de
processamento do filme provocam variações nos valores de densidade óptica de base + véu,
na inclinação (contraste do filme) e no deslocamento (sensibilidade ou velocidade do filme)
da curva característica. Essas variações são mais ou menos acentuadas dependendo da
temperatura ou do tempo utilizados em relação aos valores recomendados pelo fabricante. Tal
comportamento é similar ao encontrado na literatura.
A Figura 4.3 apresenta todas as curvas características obtidas com todas as variações
de tempo de processamento e de temperatura de revelação. Nela pode-se observar que
algumas das combinações de tempo e de temperatura produzem curvas características com
contraste e velocidade próximos aos encontrados para a curva característica padrão (35ºC e
1,30 min). Portanto, estas combinações podem ser utilizadas para a obtenção de imagens
mamográficas com qualidade aceitável para o diagnóstico.
A veracidade de tal afirmação foi comprovada pelos especialistas, que avaliaram a
qualidade de imagens radiográficas obtidas de simuladores (Rachel e Accreditation) e
processadas com as mesmas variações de tempo e de temperatura.
As Tabelas 4.1, 4.2 e 4.3 e as Figuras 4.14, 4.15 e 4.16 ilustram as variações nos
valores de contraste, velocidade e densidade óptica de base+véu no filme radiográfico
utilizado para análise, respectivamente.
Tabela 4.1 – Valores de Contraste
Tempo (Minutos)
Temperatura
(ºC)
1,30 2 2,30 3 3,30
33 2,14 2,35 2,49 2,58 2,61
34 2,29 2,44 2,55 2,76 2,93
35 2,40 2,57 2,65 2,90 3,06
36 2,67 2,72 2,81 3,02 3,33
36,5 2,84 2,98 3,21 3,48 3,64
78
1,90
2,40
2,90
3,40
3,90
33 34 35 36 36,5
Temperatura de revelação (oC)
Contraste
1,30 min
2 min
2,30 min
3 min
3,30 min
Figura 4.14 – Variações no contraste do filme devidas às variações no tempo de
processamento e na temperatura do revelador
Tabela 4.2 Valores de velocidade
Tempo (Minutos)
Temperatura
(ºC)
1,30 2 2,30 3 3,30
33 63 71 78 80 84
34 64 77 82 84 94
35 67 84 86 93 98
36 70 85 91 99 101
36,5 79 90 94 101 103
Figura 4.15 – Variações na velocidade do filme devidas às variações no tempo de
processamento e na temperatura do revelador
79
Tabela 4.3 – Valores de densidade óptica de base + véu
Tempo (Minutos)
Temperatura
(ºC)
1,30 2 2,30 3 3,30
33 0,32 0,35 0,36 0,37 0,39
34 0,34 0,36 0,38 0,40 0,44
35 0,35 0,38 0,42 0,44 0,48
36 0,37 0,42 0,46 0,48 0,52
36,5 0,39 0,44 0,47 0,49 0,54
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
0,55
33ºC 34ºC 35ºC 36ºC 36,5ºC
Temperatura
Densidade óptica de
base+véu
1,30 min
2 min
2,30 min
3 min
3,30 min
Figura 4.16 – Variações na densidade óptica de base+véu do filme devidas às variações no
tempo de processamento e na temperatura do revelador
Nas Tabelas 4.1 a 4.3 nota-se que o contraste, a velocidade e a densidade de base+véu
aumentam conforme aumentam o tempo de processamento e a temperatura de revelação.
Quanto mais inclinadas são as curvas características, apresentadas na Figura 4.1, mais
acentuado é o aumento no contraste e na velocidade.
Na Tabela 4.3 pode-se observar que a densidade óptica de base+véu é superior ao
recomendado pelo fabricante do filme. Tal fato pode estar relacionado com o tempo de
permanência dentro da mara escura e/ou tempo entre a exposição e o processamento do
filme, visto que os químicos foram preparados conforme recomenda o fabricante. Além disso,
os filmes foram utilizados de um mesmo lote e também foram tomadas precauções para
estabilização da temperatura de revelação.
80
4.3 Formulação Matemática
4.3.1 Influência do tempo e da temperatura de revelação
A função Boltzman do software Microcal Origin ® corresponde à forma da curva
característica do filme radiográfico, proporcionando o melhor ajuste da curva característica
padrão. Esta função é expressa por
( )
A
e
AA
dx
o
XX
y
2
21
1
1
+
+
=
(4.1)
Os valores dos parâmetros A
1
, A
2
, dx e Xo retornados pela função Boltzman para a
curva característica padrão (
0,36957 ± 0, 00969
,
4,62953 ± 0, 01392
,
0,16825 ± 0,0028
e
1,83604 ±
0,0032,
respectivamente) foram utilizados no ajuste das demais curvas características
levantadas com as densidades médias. Como mencionado em Materiais e Métodos, para o
ajuste das demais curvas, cada um desses parâmetros permaneceu variável num dado
momento enquanto os demais foram mantidos fixos (Anexo B).
Assim sendo, deixando o parâmetro Xo variável e mantendo os valores de A
1
, A
2
e dx
fixos houve um melhor ajuste de todas as curvas características obtidas com as variações de
tempo de processamento e de temperatura de revelação. A Tabela 4.4 mostra os valores
encontrados para Xo e a Figura 4.17 mostra os gráficos construídos com os valores de Xo.
Tabela 4.4 Valores de Xo para varião no tempo de processamento e na temperatura de
revelação
Tempo (Minutos)
Temperatura
(ºC)
1,30 2 2,30 3 3,30
33 1,86797 1,83472 1,81211 1,79376 1,78146
34 1,85056 1,81119 1,78638 1,78076 1,75152
35 1,83604 1,78791 1,77337 1,75529 1,72056
36 1,818 1,77705 1,75858 1,72587 1,70863
36,5 1,80013 1,75795 1,73595 1,70951 1,69419
81
1,68
1,70
1,72
1,74
1,76
1,78
1,80
1,82
1,84
1,86
1,88
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo (minutos)
Valores de Xo
33ºC
34ºC
35ºC
36ºC
36,5ºC
Figura 4.17 – Valores de Xo para as variações no tempo de processamento e na temperatura
de revelação
A curva da Figura 4.17 também foi ajustada utilizando o software Microcal Origin®.
Neste caso, a função Rotional0 proporcionou o melhor ajuste para ambos os conjuntos de
dados com as variações no tempo de processamento e na temperatura de revelação. Esta
função é expressa por
x
a
xcb
y
.
1
.
2
+
+
=
(4.2)
Os valores dos parâmetros a, b e c retornados pelo Microcal Origin ® após o ajuste
dos valores médios foram 0.52, 16.54 e 0.51, respectivamente, para as variações de
temperatura e 0.33, 1.97 e 0.51, respectivamente, para as variações de tempo. Além disso, x
corresponde ao valor de tempo ou de temperatura. Assim sendo, o valor de Xo pode ser
calculado através da composição de ambos os dados conforme equação (4.3).
(
)
2'
220
yyX
+
=
(4.3)
onde y
2
é o resultado da equação (4.2) aplicada com os valores dos parâmetros a, b, c
encontrados para as variações na temperatura de revelação, enquanto y
2
é o resultado da
equação (4.2) aplicada com os valores obtidos para as variações no tempo de processamento.
82
4.3.2 Influência da câmara escura
As equações (4.4) e (4.5) prevêem a influência das condições da sala escura (luz de
segurança, picos de luz) e do tempo decorrido entre a exposição e o processamento do filme
sobre a formação da densidade óptica, respectivamente.
30
.025,0
t
SE
SE
DO =
(4.4)
+=
ref
C
TD
ref
V
TD
TD
tt
p
t
p
t
I
..
1
(4.5)
onde DO
SE
é o aumento na densidade óptica devido ao tempo de manuseio dentro da sala
escura, 0.025 é o aumento da densidade para 30 segundos de manuseio do filme dentro da sala
escura e t
SE
é o tempo de manuseio em segundos; I
TD
é a influência do tempo decorrido entre
a exposição e a revelação, t
ref
é um tempo de referência, t
TD
é o tempo decorrido entre a
exposição e a revelação em horas e p
v
e p
c
são os percentuais de aumento da velocidade e do
contraste, respectivamente, para um dado período em horas. Os valores de t
ref
, p
v
e p
c
são
obtidos da Tabela 3.4.
4.3.3 Aplicação das equações estabelecidas
A equação da densidade óptica estabelecida em trabalho anterior (Silva & Frère, 2001)
com a agregação das influências do tempo de processamento e da temperatura de revelação
bem como da câmara escura pode ser expressa como
( )
DODO
m
e
N
DODO
SEfogbase
n
m
N
m
++
=
=
+
1
0
0
.'
0
1
max
!
..'
ω
ω
(4.6)
onde
ω
é o fator que engloba tanto os parâmetros da emulsão quanto a influência das
condições de processamento com as variações no tempo de processamento e na temperatura
de revelação, o qual pode ser expresso por
TDP
II ..'
ωω
=
(4.7)
onde I
P
é a influência das condições de processamento, cujo valor pode ser expresso por
'yyI
P
=
(4.8)
83
onde y é o resultado da equação (4.1) aplicada com os valores dos parâmetros A
1
, A
2
, dx e Xo
encontrados com o ajuste da curva característica padrão e X=1,65 (valor de exposição relativa
que produz densidades ópticas na porção linear da curva característica), enquanto y’ é o
resultado da equação (4.1) aplicada com os mesmos valores de A
1
, A
2
, dx e X, porém com o
valor de Xo calculado com a equação (4.3).
4.4 Validação das equações estabelecidas e do método
computacional que as utiliza
A Tabela 4.5 apresenta os valores de densidade óptica medidos (DO
m
) e calculados a
partir da equação (4.6) para 35
o
C e 1,30 minutos assim como a divergência entre eles
calculada com a equação (3.2). A Figura 4.18 mostra as curvas características levantadas com
estes valores de densidade óptica.
35ºC e 1,30 min
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
0
0
,
3
0
,
6
0
,
9
1
,
2
1
,
5
1
,
8
2
,
1
2
,
4
2
,
7
3
Exposição relativa
Densidade óptica
Dos
Dom
Figura 4.18 – Curvas características levantadas com as densidades ópticas da Tabela 4.5
84
Tabela 4.5 Densidades ópticas medidas e simuladas empregando o método sensitométrico e as
equações formuladas, respectivamente, para 35
o
C e 1,30 minutos
Densidade óptica
Exposição relativa
DO
s
DO
m
Desvio
Percentual (%)
0 0,37 0,35 4,5%
0,15 0,37 0,35 4,5%
0,3 0,37 0,35 4,6%
0,45 0,37 0,35 5,6%
0,6 0,37 0,38 2,1%
0,75 0,38 0,38 1,2%
0,9 0,39 0,39 0,0%
1,05 0,41 0,42 2,9%
1,2 0,48 0,49 5,4%
1,35 0,62 0,63 7,3%
1,5 0,93 0,92 6,7%
1,65 1,52 1,37 1,7%
1,8 2,39 2,25 0,9%
1,95 3,30 3,24 2,6%
2,1 3,96 3,88 0,3%
2,25 4,33 4,27 0,3%
2,4 4,50 4,46 0,4%
2,55 4,58 4,57 0,1%
2,7 4,61 4,60 0,0%
2,85 4,62 4,62 0,0%
3 4,63 4,65 0,5%
Na Tabela 4.5 observa-se que o desvio nominal entre as densidades ópticas medida e
simulada para cada passo de exposão relativa está entre 0 (zero) e 7,3%. Essa divergência
85
parece pouco perceptível na Figura 4.18 onde é mostrado o gráfico construído com todo o
conjunto de densidades ópticas versus a exposição relativa. Além disso, o grau de correlação
entre ambos os conjuntos de densidades ópticas calculado com a equação (3.3) é de 100%.
Para exemplificar a consistência do método computacional, as Tabelas 4.6 a 4.9
apresentam algumas comparações de densidades ópticas medidas e simuladas, ondeo
consideradas respectivamente as influências da temperatura do revelador, do tempo de
processamento, do tempo de manuseio na sala escura e do tempo decorrido entre a exposição
e o processamento do filme. As densidades medidas e simuladas foram obtidas considerando
a combinação écran-filme da Tabela 3.1, 22kVp, 4mAs e distância foco-filme de 55cm.
Tabela 4.6 – Densidades ópticas medidas e simuladas na posição central do filme para algumas
variações na temperatura do revelador.
Densidade Óptica
Temperatura do
Revelador (
o
C)
DO
m
DO
s
Desvio
Percentual
(%)
27 0,86 0,86 0
30 1,11 1,12 0,9
33 1,69 1,70 0,59
34 1,79 1,79 0
35 1,95 1,96 0,51
36,5 2,06 2,06 0
Tabela 4.7 – Densidades ópticas medidas e simuladas na posição central do filme para algumas
variações no tempo de processamento do filme.
Densidade Óptica
Tempo de
Proc. Filme
(min)
DO
m
DO
s
Desvio
Percentual
(%)
1,3 0,88 0,88
0
1,45 1,01 1,01
0
2 1,63 1,63
0
2,4 1,79 1,79
0
3 1,87 1,86
0,54
3,3 2,32 2,33
0,43
4 2,42 2,42
0
5,54 3,02 3,04
0,66
86
Tabela 4.8 – Densidades ópticas medidas e simuladas na posição central do filme para algumas
variações no tempo de manuseio do filme dentro da sala escura.
Densidade Óptica
Tempo na
Sala escura
DO
m
DO
s
Desvio
Percentual
(%)
30s 1,82 1,822 0,11
1 min 1,84 1,847 0,38
2 min 1,87 1,897 1,44
4 min 1,97 1,997 1,37
Tabela 4.9 – Densidades ópticas medidas e simuladas na posição central do filme para algumas
variações no tempo decorrido entre a exposição e o processamento do filme.
Densidade Óptica
Tempo entre
Exposição e proc. Filme
DO
m
DO
s
Desvio
Percentual
(%)
30min 1,80 1,805 0,28
1h 1,77 1,775 0,28
2h 1,70 1,716 0,94
4h 1,58 1,594 0,89
Nas Tabelas acima se observa que a divergência entre as densidades medidas e
simuladas é inferior a 2%. Os conjuntos de densidades ópticas também apresentam uma ótima
correlação, a saber: 99,9%, 100%, 99,5% e 99,9% respectivamente.
4.5 Aplicação dos simuladores mamográficos
4.5.1 Simulador Rachel
4.5.1.1 Densidades ópticas
A Figura 4.19 mostra as densidades ópticas medidas nas posições P1 a P7 marcadas
nas imagens radiográficas do simulador Rachel, que foram obtidas com as variações de tempo
de processamento e de temperatura de revelação.
A Figura 4.20 apresenta a média calculada a partir dos valores de densidade óptica
medida nas posições P1 a P5, que delimitam a imagem mamográfica.
87
33ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme(min)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
34ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (min)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
(a) (b)
35ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (min)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
36ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (min)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
(c) (d)
36,5ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento (min)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
(e)
Figura 4.19 – Densidades ópticas medidas nas posições P1 a P7 nas imagens radiográficas
obtidas com o simulador Rachel, variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
e temperatura de revelação igual a (a) 33ºC, (b) 34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC.
88
0,85
0,95
1,05
1,15
1,25
1,35
1,45
1,55
1,65
1,75
1,85
1,95
2,05
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Densidade ópticadia
33ºC
34ºC
35ºC
36ºC
36,5ºC
Figura 4.20 – Densidades ópticas médias calculadas a partir das densidades ópticas medidas
nas posições P1 a P5 marcadas nas imagens radiográficas obtidas com o simulador Rachel,
variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos e temperatura de revelação de
33ºC a 36,5ºC.
Como observado nas curvas características ilustradas nas Figuras 4.3 a 4.13, na Figura
4.19 notam-se variações nos valores de densidade óptica medidos nas posições P1 a P7 das
imagens radiográficas do simulador mamográfico Rachel. Essas variações são mais ou menos
acentuadas dependendo da própria posição, onde a medida foi realizada, e da temperatura de
revelação e/ou do tempo de processamento utilizados.
Os valores de tempo e de temperatura recomendados pelo fabricante (35ºC e 1,30
minutos), em conjunto com os parâmetros de exposição utilizados (25kVp, 100mAs),
proporcionaram densidades ópticas de 0,8, 0,82, 0,88, 0,95 e 1,2 nas posições P1, P2, P3, P4 e
P5, respectivamente, que correspondem a uma densidade óptica média (DM) igual a 0,93.
Como uma imagem radiográfica com DM = 1,0 é, segundo a literatura, considerada
boa para o diagnóstico, e que existe uma variação na leitura da imagem dependente do
observador, conclui-se que as imagens processadas com 35ºC e 1,30 minutos serão de boa
qualidade para o diagnóstico porque a DM calculada é muito próxima de 1,0.
Tendo em vista que a acuidade visual dos médicos radiologistas bem como suas
preferências por imagens radiográficas mais ou menos enegrecidas interferem na análise e
formulação do diagnóstico, pode-se considerar que a variação de 10% no enegrecimento (DM
= 1,0±0,10) resultaria em imagens radiográficas aceitáveis para um diagnóstico preciso.
89
Assim sendo, outras combinações de tempo e de temperatura também podem ser
utilizadas para a obtenção de imagens mamográficas com qualidade aceitável para o
diagnóstico. De acordo com a Figura 4.20 as temperaturas de 33ºC, 34ºC e 35ºC em conjunto
com os tempos 1,30 e 2,0 minutos produziram densidade média em torno de 1,0±0,10. As
demais combinações de tempo e de temperatura proporcionaram imagens muito mais
enegrecidas. A combinação 35ºC e 3,30 minutos, por exemplo, resultou numa densidade
média igual a 1,6.
Para médicos radiologistas que preferem imagens mais enegrecidas, também são
consideradas aceitáveis as imagens obtidas com as combinações de temperatura e de tempo:
33ºC a 35ºC com 2,30 minutos; 36ºC e 36,5ºC com 1,30 ou 2,0 minutos. Neste caso, foram
consideradas as imagens cuja DM é igual a 1,0±0,10.
As imagens radiográficas consideradas péssimas para o diagnóstico, cuja DM excede a
1,0±0,30, foram obtidas com a variação de temperatura de 33ºC a 36,5ºC com 3,0 ou 3,30
minutos e 36ºC e 36,5ºC com 2,30 minutos.
No item seguinte, estas observações foram confrontadas com a avaliação das imagens
(contraste, nitidez e qualidade para diagnóstico) realizada pelos especialistas na interpretação
e na aquisição de imagens radiográficas (médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia,
respectivamente).
4.5.1.2 Avaliação dos especialistas
As Figuras 4.21 e 4.22 apresentam o resultado da avaliação das imagens radiográficas
do simulador Rachel realizada pelos médicos radiologistas. A Figura 4.21 mostra a avaliação
das imagens processadas com temperatura de revelação igual a 34, 35ºC e 36ºC e tempo de
processamento de 1,30 a 3,30 minutos. A Figura 4.22 mostra um resumo desta avaliação.
Nestas figuras são apresentados apenas os resultados referentes à qualidade da imagem
para diagnóstico porque os gráficos gerados para o contraste e a nitidez eram exatamente
iguais. O resultado para 33ºC e 36,5ºC também não são apresentados nos gráficos porque
todas as imagens radiogficas processadas nestas temperaturas, variando o tempo de
processamento de 1,30 a 3,30, foram classificadas pelos médicos radiologistas como sendo de
péssima qualidade para o diagnóstico
As Figuras 4.23 e 4.24 apresentam o resultado da mesma avaliação realizada pelos
tecnólogos em radiologia.
90
Qualidade de imagem - 34ºC
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Médicos Radiologistas
Péssima
Boa
Ótima
Qualidade de imagem - 3C
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Médicos Radiologistas
Péssima
Boa
Ótima
Qualidade de imagem - 36ºC
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Médicos Radiologistas
Péssima
Boa
Ótima
Figura 4.21 – Avaliação da qualidade das imagens radiográficas obtidas com o simulador
Rachel e temperatura de revelação de 34ºC, 35ºC e 36ºC, variando o tempo de processamento
de 1,30 a 3,30 minutos, realizada pelos médicos radiologistas.
91
Qualidade da Imagem / Contraste
67%
29%
4%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
ssima Boa Ótima
Avaliação realizada pelos médicos radiologistas
Imagens radiogficas
simulador Rachel
Nitidez
65%
31%
4%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
ssima Boa Ótima
Avaliação realizada pelos médicos radiologistas
Imagens radiogficas
simulador Rachel
Figura 4.22 – Resumo da avaliação realizada pelos médicos radiologistas sobre a qualidade, o
contraste e a nitidez das imagens radiográficas obtidas com o simulador Rachel e as várias
combinações de tempo de processamento e temperatura de revelação.
A Figura 4.22 mostra que os médicos radiologistas classificaram 67% das imagens
como ssimas 29% boas e apenas 4% ótimas para o diagnóstico. A avaliação do contraste
apresentou o mesmo percentual da qualidade para diagnóstico. A análise da nitidez, por outro
lado, apresentou uma pequena diferença, a saber: 65% péssimas, 31% boas e 4% ótimas.
Considerando que as imagens avaliadas foram obtidas com as mesmas condições de
exposição, estes percentuais comprovam que as variações nas condições de processamento do
filme realmente prejudicam o diagnóstico ao deteriorarem a qualidade para diagnóstico,
reduzindo o contraste e a nitidez das imagens radiogficas.
92
Na (Figura 4.21), as imagens classificadas como ótimas foram processadas com 35ºC
e 1,3 a 2,3 minutos são consideradas boas e ótimas para o diagnóstico.
(Figura 4.22) As imagens processadas com 34ºC e 2 a 3 minutos ou 36ºC e 2 a 3,30
minutos bem como as imagens processadas com 34ºC e 3,30 minutos ou 36ºC e 1,30 minutos
foram consideradas boas por 33% e 67% dos médicos radiologistas.
Confrontando o resultado desta avaliação com a análise da DM realizada no item
anterior, observa-se que divergências quanto à classificação das imagens radiográficas do
simulador Rachel como boas aceitáveis e ssimas para diagnóstico. Parece que os médicos
radiologistas não se importam com a DM na imagem.
Na Figura 4.21 observa-se que dependendo das preferências dos médicos
radiologistas, imagens com DM em torno de 1,0±0,5 podem ser ou não classificadas com boas
para diagnóstico. As imagens adquiridas com 34ºC e 1,30, 2 ou 2,30 minutos foram
consideradas boas para o diagnóstico durante a análise da DM. Porém, quando os especialistas
realizaram a análise destas imagens, eles consideraram algumas como péssimas e outras como
boas para o diagnóstico. Por exemplo, algumas imagens processadas com 33ºC e 36,5ºC, cuja
DM era 1,0±0,25, foram todas consideradas péssimas. Porém, imagens processadas com
temperatura diferente e com o mesmo intervalo de DM foram classificadas como boas.
As imagens processadas com 35ºC e 3 ou 3,30 minutos foram consideradas boas. A
imagem processada com 35ºC e 3 minutos, que não seria aceitável devido a DM = 1,45, foi
considerada boa por 100% dos médicos radiologistas. Quando o tempo de processamento foi
aumentado para 3,30 minutos, apenas 67% dos especialistas consideraram a imagem (DM =
1,65) aceitável para o diagnóstico. Imagens processadas com 36ºC e 2,30, 3 ou 3,30, que
apresentaram DM igual a 1,45, 1,75 e 1,85, respectivamente, foram consideradas aceitáveis
para o diagnóstico por 33% dos especialistas.
Não foi possível também associar a respostas dos médicos radiologistas com os
valores de contraste e velocidade calculados para as curvas características e apresentados nas
tabelas 4.1 e 4.3. Como aconteceu com os valores de DM, parece que os médicos têm um
outro critério de avaliação.
Percebe-se que a forma dos médicos radiologistas avaliarem as imagens envolve
outros fatores, além da densidade média. Quando visualizam as imagens no negatoscópio, eles
buscam por alguns detalhes em algumas regiões específicas da imagem, que acabam
norteando os critérios deles para classificação da imagem como boa, aceitável ou ssima
para o diagnóstico.
93
Pode-se considerar, portanto, que a acuidade visual e a subjetividade de cada um dos
médicos radiologistas bem como o tipo de varredura, que empregam na imagem em busca de
achados clínicos, pode comprometer a qualidade do diagnóstico.
Portanto, parece que DM foi calculada a partir de densidades ópticas medidas em
posições fora da região onde o médico de fato procura achados clínicos. Em tais regiões,
talvez a densidade óptica estivesse muito abaixo ou acima das densidades ópticas
consideradas úteis, que segundo Bushong estão na faixa de 0,5 a 1,25.
Além disso, a qualidade da imagem está relacionada com o contraste, a nitidez e o
brilho, que sofrem variações quando o tempo de processamento ou a temperatura de revelação
são alterados. Segundo a literatura e uma análise de todos os experimentos realizados, o
tempo e a temperatura atuam de forma um tanto diferente, um mais sobre o contraste e o outro
mais sobre a nitidez, respectivamente.
As variações no tempo de processamento e na temperatura de revelação alteram a
resolução de contraste (RC), a resolão espacial (RE) e também o brilho das imagens
radiográficas. RC é a quantidade de níveis de cinza que podem ser vistos no filme. RC e RE
contribuem para a nitidez das imagens.
Quando o tempo é aumentado e a temperatura reduzida, as imagens radiográficas
processadas apresentam valores altos de RE e de RC, pois proporcionam atuação do revelador
somente nos cristais haletos de prata expostos, produzindo imagens de qualidade. A situação
contrária, isto é, tempo menor e temperatura maior, proporciona imagens com valores baixos
de RE e RC, porque proporciona atuação do químico onde não houve sensibilização (nas
vizinhanças do grão exposto).
Na verdade, quando a temperatura é reduzida e o tempo aumentado tem-se uma maior
agilidade na revelação da imagem, que algumas vezes não implica em perda de RE, mas sim
de RC. Quando o tempo e a temperatura são aumentados, a tendência é que a imagem fique
muito enegrecida, perdendo informação dos detalhes e diminuindo o contraste. Com tempo e
temperatura muito reduzidos a imagem fica muito clara perdendo também em contraste e na
percepção de detalhes.
Estas observações justificam o resultado da avaliação realizada pelos dicos
radiologistas.
94
Qualidade da Imagem- 34ºC
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Teclogos em Radiologia
ssima
Boa
Ótima
Qualidade da Imagem- 35ºC
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Teclogo em Radiologia
ssima
Boa
Ótima
Qualidade da Imagem- 36ºC
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tecnólogo em Radiologia
ssima
Boa
Ótima
Figura 4.23 – Avaliação da qualidade das imagens radiográficas obtidas com o simulador
Rachel e temperatura de revelação de 34ºC, 35ºC e 36ºC, variando o tempo de processamento
de 1,30 a 3,30 minutos, realizada pelos tecnólogos em radiologia.
95
Qualidade da Imagem
73%
25%
2%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
ssima Boa Ótima
Avaliação realizada pelos tecnólogos em radiologia
Imagens radiogficas
Simulador Rachel
Contraste
26%
3%
71%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
ssimo Bom Ótimo
Avaliação realizada pelos teclogos em radiologia
Imagens radiogficas
Simulador Rachel
Nitidez
73%
24%
3%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
ssima Boa Ótima
Avaliação realizada pelos tecnólogos em radiologia
Imagens radiogficas
Simulador Rachel
Figura 4.24 – Resumo da avaliação realizada pelos tecnólogos em radiologia sobre a
qualidade, o contraste e a nitidez das imagens radiográficas obtidas com o simulador Rachel e
as várias combinações de tempo de processamento e temperatura de revelação.
96
A Figura 4.24 mostra que os tecnólogos em radiologia classificaram 73% das imagens
como péssimas, 25% boas e 2% ótimas para o diagnóstico. Quanto ao contraste, disseram que
71% eram péssimas, 26% boas e 3% ótimas. Para a nitidez consideraram 73% das imagens
como péssimas, 24% boas e 3% ótimas.
Comparado os percentuais apresentados nas Figuras 4.22 e 4.24 nota-se uma pequena
divergência entre os tecnólogos e os médicos radiologistas durante a classificação das
imagens ao analisarem a qualidade, o contraste e a nitidez. Aparentemente os tecnólogos
foram mais criteriosos, classificando menos imagens como ótimas e boas e mais como
péssimas para o diagnóstico.
Na Figura 4.23 observa-se que 25% dos tecnólogos consideraram as imagens
processadas com 33ºC e 3 ou 3,30 minutos bem como 36,5ºC e 1,30 minutos como boas para
o diagnóstico, enquanto os médicos as tinham considerado péssimas. Classificaram como
péssimas principalmente imagens com DM acima de 1,45 obtidas com 35ºC e 36ºC.
As imagens classificadas como ótimas foram processadas com 35ºC e 1,30 ou 2,30
minutos e as imagens consideradas boas foram processadas com 34ºC, 35ºC e 36ºC. Foram
consideradas boas para o diagnóstico por 25%, 50% e 75% dos tecnólogos as imagens
processadas com (a) 34ºC e 1,30 minutos, 36ºC e 1,30 a 2,30 ou 35ºC e 3 ou 3,30 minutos, (b)
34ºC e 2 a 3,30 minutos ou 35ºC e 2,30 minutos, (c) 35ºC e 1,30 ou 2 minutos,
respectivamente.
Confrontando o resultado desta avaliação com a análise da DM, observa-se que a
maioria dos tecnólogos classificaram como péssimas as imagens com DM acima de 1,40.
Parece, portanto, que estes especialistas levam em consideração a DM quando analisam a
qualidade da imagem. Entretanto, observam algo mais porque imagens com o mesmo valor de
DM, que foram processadas com o mesmo tempo de processamento (1,30 minutos, por
exemplo) e temperaturas diferentes, foram classificadas uma como péssima (34ºC e 1,30
minutos) e a outra como boa (35ºC e 1,30) para o diagnóstico.
Como ocorreu com os médicos radiologistas, há variações na classificação de algumas
imagens de um tecnólogo para outro em virtude talvez da subjetividade, dos anos de
experiência na aquisição de imagens e da acuidade visual.
97
4.5.2 Simulador Accreditation
4.5.2.1 Densidades ópticas medidas
A Figura 4.25 mostra as densidades ópticas medidas nas posições P1 a P7 marcadas
nas imagens radiográficas do simulador Accreditation, que foram obtidas com as variações de
tempo de processamento e de temperatura de revelação.
A Figura 4.26 apresenta a média calculada a partir dos valores de densidade óptica
medidas nas posições P1 a P5, que delimitam a imagem mamográfica.
98
33ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento (minutos)
Densidade Óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
34ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento (minutos)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
(a) (b)
35ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme
(minutos)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
3C
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme
(minutos)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
(c) (b)
36,5ºC
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento (minutos)
Densidade óptica
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
(e)
Figura 4.25 – Densidades ópticas medidas nas posições P1 a P7 nas imagens radiográficas
obtidas com o simulador Accreditation, variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30
minutos e temperatura de revelação igual a (a) 33ºC, (b) 34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC.
99
0,65
0,85
1,05
1,25
1,45
1,65
1,85
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Densidade óptica média
33ºC
34ºC
35ºC
36ºC
36,5ºC
Figura 4.26 – Densidades ópticas médias calculadas para as posições P1 a P5 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador Accreditation, variando o tempo de processamento de
1,30 a 3,30 minutos e temperatura de revelação de 33ºC a 36,5ºC.
Na Figura 4.25 observam-se também variações nos valores de densidade óptica
medidos nas posições P1 a P7 das imagens radiográficas do simulador mamográfico
Accreditation. Essas variações também são mais ou menos acentuadas dependendo da
posição, onde a medida foi realizada, e da temperatura de revelação e/ou do tempo de
processamento utilizados no estudo.
Os valores de tempo e de temperatura recomendados pelo fabricante (35ºC e 1,30
minutos), em conjunto com os parâmetros de exposição utilizados (26kVp, 80mAs),
proporcionaram densidades ópticas de 0,66, 0,78, 0,84, 0,92 e 0,99 nas posições P1, P2, P3,
P4 e P5, respectivamente. A média destas densidades resultou em 0,84, que é 18% menor que
a densidade óptica 1,0, mas considerada aceitável dependendo da preferência de alguns
médicos radiologistas.
Na Figura 4.26 as combinações de temperatura e tempo, que produziram imagens boas
para o diagnóstico (densidade média em torno de 1,0±0,10), são: 33ºC com 3,0 ou 3,30
minutos; 34ºC com 2,30, 3,0 ou 3,30 minutos; 35ºC com 2,0, 2,30 ou 3,0 minutos e 36ºC com
1,30 minutos.
100
Para médicos radiologistas que preferem imagens mais enegrecidas, também são
consideradas aceitáveis as imagens obtidas com: 36,5ºC e 1,30 ou 2,0 minutos; 36ºC e 2,0
minutos; 35ºC e 3,3 minutos. As imagens péssimas para o diagnóstico são as obtidas com as
combinações de temperatura e tempo igual a 36ºC ou 36,5ºC com 2,3, 3,0 ou 3,30 minutos.
Estas observações serão confrontadas adiante com a avaliação das imagens realizada
pelos especialistas.
4.5.2.2 Avaliação dos especialistas
A Figura 4.27 mostra o resultado da avaliação das imagens radiográficas do simulador
Accreditation realizada pelos três médicos radiologistas (R1 a R3) com vários anos de
experiência na interpretação de imagens radiográficas.
As Figuras 4.28 a 4.31 apresentam o resultado da avaliação realizada pelos médicos
radiologistas para as imagens radiográficas do simulador Accreditation obtidas com as demais
temperaturas de revelação com tempo de processamento variando de 1,30 a 3,30 minutos.
As Figuras 4.32 e 4.36 mostram o resultado da avaliação das imagens radiográficas do
simulador Accreditation realizada pelos quatro tecnólogos em radiologia (T1 a T4), com mais
de cinco anos de experiência na aquisição de imagens radiográficas.
101
Especialista R1 (35ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado (mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(a)
Especialista R2 (35ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado (mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(b)
Especialista R3 (35ºC)
0
0,25
0,5
0,75
1
1,25
1,5
1,75
2
2,25
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado (mm)
1 - FB
2 - FB
7 - MC
8 - MC
12 -MT
13 - MT
14 - MT
(c)
Figura 4.27 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas
imagens obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de revelação igual
a 35ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
102
Na Figura 4.27 observa-se que nas imagens adquiridas com temperatura de revelação
igual a 35ºC e variando tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos, os médicos
radiologistas detectaram a presença de vários achados, que simulam microcalcificação (MC; 7
e 8), fibras (FB; 1 a 3) e massa tumoral (MT - 12 a 14). Por outro lado, o detectaram as
fibras, microcalcificações e massa tumoral com tamanhos igual ou inferior a 0,75mm, 0,32
mm e 0,50mm, respectivamente. Isto ocorreu provavelmente devido ao tipo de varredura que
os especialistas realizaram durante a interpretação das imagens ou talvez a tensão aplicada ao
tubo o tenha proporcionado uma boa diferença de contraste entre as estruturas que
compõem o simulador.
Houve também uma variação na detectabilidade dos achados de especialista para
especialista. No caso das imagens obtidas com 35ºC, o especialista R1 não detectou as fibras
de 1,12 mm, massa tumoral de 2 mm, massa tumoral de 1 mm e de 0,75mm e
microcalcificações de 0,4 mm nas imagens obtidas com tempo de processamento igual a 2 e
2,30 minutos, 2 minutos, 2, 3 e 3,30 minutos bem como 3 e 3,30 minutos, respectivamente. O
especialista R3 não visualizou massa tumoral de 0,75mm nas imagens obtidas com tempo de
processamento igual a 1,3, 2 e 3,30 minutos.
As variações observadas na detectabilidade dos achados estão relacionadas ao tempo
de processamento assim como às características do avaliador, a saber: subjetividade
individual, preferência por imagens mais ou menos enegrecidas, acuidade visual e anos de
experiência. Contudo, isto não parece justificar totalmente o fato de os especialistas R1 e R3,
com 10 e 20 anos de experiência respectivamente, não notarem as massas tumorais na
imagem obtida com 35ºC e 2 minutos, pois as encontraram nas imagens adquiridas com 1,30
e 2,30 minutos.
Associando as médias calculadas para as densidades ópticas medidas nas posições P1
a P5 nestas mesmas imagens com a avaliação realizada pelos três especialistas, conclui-se que
aceitabilidade está em torno da densidade óptica de 1,0±0,25, mais abrangente que a nossa
avaliação que era de 1,0±0,10.
.
103
Especialista R1 (33ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(a)
Especialista R2 (33ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(b)
Especialista R3 (33ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(c)
Figura 4.28 – Estruturas encontradas pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de revelação
igual a 33ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
104
Especialista R1 (34ºC)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento (minutos)
Tamanho do achado (mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(a)
Especialista R2 (34ºC)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(b)
Especilalista R3 (3C)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(c)
Figura 4.29 – Estruturas encontradas pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de revelação
igual a 34ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
105
Especialista R1 (36ºC)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamentop filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(a)
Especialista R2 (3C)
0
0,5
1
1,5
2
1 2 3 4
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(b)
Especialista R3 (3C)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(c)
Figura 4.30 – Estruturas encontradas pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de revelação
igual a 36ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
106
Especialista R1 (36,C)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
7 - MC
12 - MT
13 - MT
(a)
Especialista R2 (36,5ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do
achado(mm)
1 - FB
2 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
(b)
Especialista R3 (36,5ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme
(minutos)
Tamanho do
achado(mm)
1 - FB
2 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
(c)
Figura 4.31 – Estruturas encontradas pelos especialistas (a) R1, (b) R2 e (c) R3 nas imagens
radiográficas obtidas com o simulador mamográfico Accreditation, temperatura de revelação
igual a 36,5ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
107
Nas Figuras 4.28 a 4.31 pode-se observar que, nas imagens radiográficas do Rachel
processadas com temperatura de revelação de 33ºC, 34ºC, 36ºC e 36,5ºC e tempo de
processamento do filme de 1,30 a 3,30 minutos, os médicos radiologistas também detectaram
FB, MC e MT. Também houve divergência de opiniões quanto a detectabilidade de alguns
achados para os diferentes tempos e temperaturas. As detecções diminuíram quando o tempo
e a temperatura ficaram acima de 36ºC.
Nas imagens processadas com 33ºC, 34ºC e 36ºC os especialistas encontraram os
mesmos achados da imagem de 35ºC. Nas imagens obtidas com 36,5ºC o nível de detecções
diminuiu.
Os especialistas R1 e R2 detectaram os mesmos achados nas imagens processadas com
33ºC de 2 a 3,30 minutos, divergindo apenas nos achados detectados em 1,30 minutos. R3
detectou FB de 1,12 mm, MT de 2 mm e MC de 0,54 e 0,4 mm da mesma forma que R2. Os
especialistas tiveram dificuldade em visualizar FB, MT e MC nas imagens processadas com
1,30 e 3,30 minutos.
O especialista R1 apresentou um melhor desempenho nas detecções nas imagens
obtidas com 34ºC, enquanto que os especialistas R2 e R3 tiveram dificuldades para detectar
os achados em 3,30 minutos. Por outro lado, R2 apresentou um melhor desempenho nas
detecções nas imagens obtidas também com 36ºC, enquanto R1 e R3 tiveram dificuldades
para detectar os achados em 3 minutos e/ou 3,30 minutos.
Quando as imagens foram processadas com 36,5C e 2,30 ou 3,30 minutos, todos os
especialistas tiveram dificuldade em detectar FB e MT de 1,12 mm e 1 mm, respectivamente.
As divergências observadas na interpretação dos médicos radiologistas provavelmente
são devidas ao fato de cada um ter seu método próprio de avaliação e preferências por
imagens mais ou menos enegrecidas. A grande demanda de laudos também pode
comprometer a avaliação realizada pelos especialistas.
108
Especialista T1 (35ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do flime (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1-FB
2-FB
3-FB
7-MC
8-MC
12-MT
13-MT
14-MT
Especialista T2 (35ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1-FB
2-FB
3-FB
4-FB
7-MC
12-MT
13-MT
14-MT
15-MT
(a) (b)
Especialista T3 (35ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1-FB
2-FB
3-FB
4-FB
7-MC
8-MC
12-MT
13-MT
15-MT
Especialista T4 (35ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1-FB
2-FB
3-FB
4-FB
7-MC
8-MC
12-MT
13-MT
14-MT
15-MT
(c) (d)
Figura 4.32 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d) T4 nas imagens obtidas com o simulador mamográfico
Accreditation, temperatura de revelação igual a 35ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
109
Na Figura 4.32 observa-se que os quatro tecnólogos em radiologia conseguiram
também detectar vários achados. Cada um dos tecnólogos analisou todas as imagens obtidas
com temperatura de revelação de 33ºC a 36,5ºC e tempo de processamento de 1,30 a 3,30
minutos, dando ênfase nas imagens obtidas com 35ºC e 1,30 minutos.
Estes especialistas detectaram mais dois achados (FB e MT) além daqueles que os
médicos radiologistas encontraram. E assim como os radiologistas, os tecnólogos detectaram
mais achados em 1,30 minutos, tendo dificuldade em alguns outros tempos de processamento.
O especialista T1 teve dificuldades para interpretar algumas imagens. Ele não detectou
a presença de FB, MC e MT nas imagens processadas com tempo de processamento igual a 3
e 3,30 minutos, 2,30 e 3,30 minutos e 2 e 3,30 minutos, respectivamente. T3 e T4 não
conseguiram visualizar FB em 3 e 3,30 minutos. T4 teve dificuldade para achar FB em 3 e
3,30 minutos, MC em 2 e 3,30 minutos e MT em 2,30 e 3,30 minutos.
Conclui-se que a análise das imagens tem certa similaridade com a opinião dos
médicos radiologistas, o que pode contribuir para o diagnóstico dico. Esta similaridade se
deve talvez ao fato de os tecnólogos terem se adaptado as preferências dos dicos
radiologistas.
110
Especialista T1 (33ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
Especialista T2 (33)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(a) (b)
Especialista T3 (33ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
Especialista T4 (33ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
15 - MT
(c) (d)
Figura 4.33 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d) T4 nas imagens obtidas com o simulador
mamográfico Accreditation, temperatura de revelação igual a 33ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
111
Especialista T1 ( 34ºC)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
Especialista T2 (3C)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(a) (b)
Especialista T3 (34ºC)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
Especialista T4 (34ºC)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
9- MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(c) (d)
Figura 4.34 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d) T4 nas imagens obtidas com o simulador
mamográfico Accreditation, temperatura de revelação igual a 34ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
112
Especialista T1 (3C)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
Especialista T2 (36ºC)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
2
(a) (b)
Especialista T3 (3C)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
Especialista T4 (36ºC)
0
0,5
1
1,5
2
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme (minutos)
Tamanho do Achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
3 - FB
7 - MC
8 - MC
12 - MT
13 - MT
14 - MT
(c) (d)
Figura 4.35 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d) T4 nas imagens obtidas com o simulador
mamográfico Accreditation, temperatura de revelação igual a 36ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
113
Especialista T1 (36,5ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme
(minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
2 - FB
7 - MC
12 - MT
13 - MT
Especialista T2 (36,C)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme
(minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
7 - MC
12 - MT
13 - MT
(a) (b)
Especialista T3 (36,5ºC)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme
(minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
7 - MC
12 - MT
13 - MT
Especialista T4 (36,C)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,3 2 2,3 3 3,3
Tempo de processamento do filme
(minutos)
Tamanho do achado
(mm)
1 - FB
7 - MC
12 - MT
13 - MT
(c) (d)
Figura 4.36 – Relação dos achados encontrados pelos especialistas (a) T1, (b) T2, (c) T3 e (d) T4 nas imagens obtidas com o simulador
mamográfico Accreditation, temperatura de revelação igual a 36,5ºC e variando o tempo de processamento de 1,30 a 3,30 minutos
114
Nas Figuras 4.33 a 4.36 observa-se que os tecnólogos em radiologia atuando no setor
de diagnóstico por imagem a mais de cinco anos colaboraram com a análise de imagem
mamográficas que simulam achados clínicos e que alguns deles tiveram dificuldades na
realização de algumas análises.
Novamente é possível observar variações na análise realizada pelos diferentes
tecnólogos para uma mesma imagem. Nota-se também uma certa proximidade com a opinião
dos médicos radiologistas. Isto pode agregar condições para melhorar o nível de qualidade
dentro dos centros de diagnóstico por imagem.
Os tecnólogos apresentaram desempenho similar ao avaliar as imagens processadas
com 33ºC. Eles tiveram dificuldades em achar FB de 0,89 mm em 2,30, 3 e 3,30 minutos, FB
de 1,56mm em 1,30 e 3,30 minutos, MC de 0,4 mm em 3,30 minutos e MT de 0,50, 0,75 e 1
mm em 1,30, 2,30 e 3,30 minutos, respectivamente.
Nas imagens processadas com 34ºC e 1,30 a 3 minutos, os tecnólogos detectaram
praticamente os mesmos achados, divergindo de fato em 3,30 minutos. T1 e T3 não
conseguiram visualizar FB de 1,12 e 0,89 mm em imagens processadas com 3,30 minutos,
MC de 0,40 e 0,54 mm em 3 e 3,30 minutos. T2 teve dificuldade em localizar MT de 0,75
mm e MC de 0,40 mm em imagens processadas com 3,30 minutos e T4 não achou FB de 0,89
mm em 3,30 minutos, MC de 0,32 mm em 1,30 e 2 minutos e MT em 3,30 minutos.
Quando a temperatura do revelador foi aumentada para 36ºC, os especialistas T1 e T2
não conseguiram localizar FB, MC e MT em 3,30 minutos e os especialistas T3 e T4
apresentam dificuldades em encontrar os achados clínicos FB, MC e MT nas imagens
processadas com 3 e 3,30 minutos. Porém, tiveram desempenho igual para a detecção dos
demais achados.
Assim como ocorreu para os dicos radiologistas, nas imagens processadas com
36ºC houve o menor índice de detecção de achados. Foram detectados mais MT e FB que
MC. T2 e T4 apresentaram o mesmo desempenho.
4.6 Interfaces desenvolvidas
Nas Figuras 4.37 e 4.38 são apresentadas as interfaces do software desenvolvidas para
interação com o usuário. A Figura 4.37 mostra a interface onde devem ser informados os
dados referentes ao processamento do filme e Figura 4.38 apresenta a interface principal, para
o usuário navegar pelas demais interfaces, onde pode configurar as condições de exposição e
115
de processamento do filme, a combinação écran-filme, o objeto de testes e a resolução. Esta
interface também permite optar por calcular a densidade óptica apenas no centro do campo ou
ao longo do campo e gravar os resultados.
Figura 4.37 – Interface para entrada dos parâmetros referentes ao processamento do filme
Figura 4.38 – Interface para simulação da densidade óptica
116
5 CONCLUSÕES
Na literatura e também na investigação experimental realizada foi observado que
alterações nas condições de processamento (tempo, temperatura e atividade dos químicos) do
filme radiográfico produzem alterações na densidade óptica de base+véu, na velocidade e no
contraste, resultando inclusive em imagens radiográficas de baixa qualidade e, às vezes, em
maior dose para o paciente. Contudo, um controle de qualidade adequado pode manter as
condições de processamento do filme dentro dos limites de aceitação.
As equações formuladas ao serem agregadas àquela estabelecida em trabalho anterior
para o cálculo da densidade óptica permitiram a implementação de um método computacional
que poderá auxiliar na escolha das condições de processamento mais adequadas e na análise
da influência da combinação écran-filme e dos demais parâmetros do sistema radiológico
dados em forma de imagem, assim como no treinamento de profissionais e estudantes de
radiologia.
O todo computacional possui interface amigável de interação com o usuário, sendo
de fácil manuseio, pois foi desenvolvido para a plataforma Windows, com janelas, botões, uso
do “mouse” e etc. Com este método o usuário apenas digita os valores dos parâmetros
referentes às condições de processamento, ao filme, ao écran, ao aparelho e à técnica de
exposição desejada e verifica, através da análise de imagens e de dados numéricos, o efeito
isolado ou agregado dos parâmetros do sistema de imagem, inclusive das condições de
processamento do filme.
Os resultados obtidos com o método computacional e a utilização das equações
formuladas demonstraram a coerência do modelo.
As imagens radiográficas adquiridas dos simuladores mamográficos Rachel e
Accreditation e processadas com temperatura de revelação de 33º C a 36, C e tempo de
processamento de 1,30 a 3,30 minutos enfatizaram a importância do processamento do filme e
de um controle de qualidade adequado da processadora.
A análise da qualidade, do contraste e da nitidez realizada pelos especialistas em
interpretação ou em aquisição de imagens mostrou que algumas combinações de tempo e
temperatura diferentes daquela recomendada pelo fabricante que também produzem imagens
de boa qualidade para o diagnóstico.
117
5.1 Sugestões para pesquisas futuras
Para complementar este trabalho poderiam ser realizadas investigações sobre a
influência de outros parâmetros sobre a densidade óptica e a qualidade da imagem, a saber:
Modelo da processadora automática;
Atividade dos químicos;
Taxa de reposição dos químicos;
Nestas investigações seriam analisadas curvas características levantadas com tempo
de processamento e temperatura de revelação recomendados pelo fabricante. A taxa de
reposição seria otimizada em função da demanda do serviço, o que poderia reduzir os custos.
Outros trabalhos interessantes seriam:
rever a formulação matemática relacionando os parâmetros X
0
, A
1
, A
2
e dx às
condições de processamento do filme;
repetir a avaliação das imagens radiográficas obtidas neste estudo considerando os
mesmos especialistas para constatar a influência da subjetividade deles no
processo;
digitalizar as imagens radiográficas avaliadas e realizar um processamento digital
para minimizar os efeitos do tempo de processamento e da temperatura de
revelação.
118
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124
APÊNDICE A - FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO DAS
IMAGENS RADIOGRÁFICAS OBTIDAS DOS SIMULADORES
RACHEL E ACCREDITATION
125
Tabela A1 – Formulário para avaliação das imagens radiográficas do simulador Accreditation
Avaliação de imagens radiográficas: folha de resposta 1
Data: ___/___/___ Identificação: ______________________________________
Especialidade: __________________________ Experiência (anos): ____________
Por gentileza avaliar as imagens considerando a qualidade para diagnóstico:
P – péssima, B – Boa, O – Ótima.
Imagem Contraste Nitidez
Grupo
P B O P B O P B O
A
B
C
D
E
A – 1
B –1
C –1
D –1
E –1
A – 2
B – 2
C – 2
D – 2
E – 2
A – 3
B – 3
C – 3
D – 3
E – 3
A – 4
B – 4
C – 4
D – 4
E – 4
126
Tabela A2 – Formulário para avaliação das imagens radiográficas do simulador Rachel
Avaliação de imagens radiográficas: folha de resposta 2
Data: ___/___/___ Identificação: ______________________________________
Especialidade: __________________________ Experiência (anos): ____________
Por gentileza avaliar as imagens considerando a qualidade para diagnóstico:
P – péssima, B – Boa, O – Ótima.
Imagem Contraste Nitidez
Grupo
P B O P B O P B O
A
B
C
D
E
A – 1
B – 2
C – 3
D – 4
E – 1
B – 1
B – 2
B – 3
B – 4
B – 5
C – 1
C – 2
C – 3
C – 4
C – 5
D – 1
D – 2
D – 3
D – 4
D – 5
127
Tabela A3 – Formulário para avaliação das imagens radiográficas do simulador Accreditation
considerando os achados clínicos
Avaliação de imagens radiográficas: folha de resposta 3
Data: ___/___/___ Identificação: ______________________________________
Especialidade: __________________________ Experiência (anos): ____________
Por gentileza avaliar as imagens considerando a existência de possíveis achados clínicos: MT -
Massa tumoral, MI – Microcalcificação, FI – Fibras. Indicar também a confiabilidade na
interpretação da imagem marcando com X quando: CP - tiver certeza da presença do achado,
PP - julgar provável a presença, PI - julgar improvável a presença, I - julgar incerta a presença,
A - julgar o achado definitivamente ausente.
Imagem:
__________
MT MC FB
Tamanho
aproximado
(mm)
CP PP I PI A CP PP I PI A CP PP I PI A
0,01
0,05
0,15
0,25
0,35
0,45
0,55
0,65
0,75
0,85
0,95
1,05
1,15
1,25
1,35
1,45
1,55
1,65
1,75
1,85
1,95
2,05
2,15
2,25
2,35
2,45
128
APÊNDICE B - RESULTADOS DOS AJUSTES DAS CURVAS
CARACTERÍSTICAS REALIZADOS COM O SOFTWARE
MICROCAL ORIGIN®
129
Tabela B1 – Valores retornados pela função Boltzman para o ajuste da curva padrão (35ºC e 1,30
min.)
Parâmetro Valor de Ajuste
A
1
0,36957
±0,00969
A
2
4,62953
±0,01392
X
0
1,83604
±0,0032
dx 0,16825
±0,0028
Figura B1 – Ajuste da curva característica padrão realizado com a função Boltzman
As Figuras B2 a B6, mostram os ajustes realizados nas curvas características obtidas com as
variações de tempo (1,30 a 3,30 min.) e temperatura (33ºC a 36,5ºC) de revelação
considerando os valores dos parâmetros X
0
.
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,83604
Densidade Optica
Exposição Relativa
130
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,86797
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,85056
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,83604
Densidade Optica
Exposão Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,818
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,80013
Densidade Optica
Exposição Relativa
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Figura B2 – Ajustes realizados na curva característica obtida com 1,30 min e (a) 33ºC, (b)
34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC variando X
0
131
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=0,16825
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,81119
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,78791
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,77705
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,75795
Densidade Optica
Exposição Relativa
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Figura B3 – Ajustes realizados na curva característica obtida com 2 min e (a) 33ºC, (b) 34ºC,
(c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC. variando X
0
132
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
x0=1,81211
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,78638
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,77337
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,75858
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,73595
Densidade Optica
Exposição Relativa
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Figura B4 – Ajustes realizados na curva característica obtida com 2,30 min e (a) 33ºC, (b)
34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC variando X
0
133
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,79376
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,78076
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,75529
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,72587
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,70951
Densidade Optica
Exposição Relativa
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Figura B5 – Ajustes realizados na curva característica obtida com 3 min e (a) 33ºC, (b) 34ºC,
(c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC variando X
0
134
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
x0=1,78146
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,75152
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,72056
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,70863
Densidade Optica
Exposição Relativa
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
1
2
3
4
5
xo=1,69419
Densidade Optica
Exposição Relativa
(a)
(b)
(c) (d)
(e)
Figura B6 – Ajustes realizados na curva característica obtida com 3,30 min e (a) 33ºC, (b)
34ºC, (c) 35ºC, (d) 36ºC e (e) 36,5ºC variando X
0
135
A Tabela B2, apresenta um resumo dos valores obtidos para X
0
, com o ajuste das
curvas características levantadas com as variações de tempo e de temperatura utilizando a
função Boltzman do Microcal Origin®.
Tabela B2 – Valores de X
0
obtidos com o ajuste das curvas características
Tempo (min)
Temperatura
(ºC)
1,30 2 2,30 3 3,30
33 1,86797
1,83472
1,81211
1,79376
1,78146
34 1,85056
1,81119
1,78638
1,78076
1,75152
35 1,83604
1,78791
1,77337
1,75529
1,72056
36 1,818 1,77705
1,75858
1,72587
1,70863
36,5 1,80013
1,75795
1,73595
1,70951
1,69419
136
APÊNDICE C – RESPOSTAS DOS ESPECIALISTAS
137
Tabela E1 – Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para qualidade da
imagem
Imagens
Temperatura
(ºC)
Tempo
(minutos)
M1 M2 M3
T1 T2 T3 T4
A
1,3
P P P
P P P P
B
2
P P P
P P P P
C
2,3
P P P
P P P P
D
3
P P P
P P B P
E
33
3,3
P P P
P P B P
A – 1
1,3
P P P
P B P P
B –1
2
P P B
B P P B
C – 1
2,3
P P B
B P P B
D – 1
3
B P P
P P B B
E – 1
34
3,3
B P B
P B P B
A – 2
1,3
B O B
B O B B
B – 2
2
B O B
P B B B
C – 2
2,3
B B O
P B O B
D – 2
3
B B B
B P P P
E – 2
35
3,3
B B P
P P B P
A – 3
1,3
B B P
P P B P
B – 3
2
B P P
P B P P
C – 3
2,3
P B P
P P B P
D – 3
3
B P P
P P P P
E – 3
36
3,3
B P P
P P P P
A – 4
1,3
P P P
P P B P
B – 4
2
P P P
P P P P
C – 4
2,3
P P P
P P P P
D – 4
3
P P P
P P P P
E – 4
36,5
3,3
P P P
P P P P
138
Tabela E2 – Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para contraste
Imagens
Temperatura
(ºC)
Tempo
(minutos)
M1 M2 M3
T1 T2 T3 T4
A
1,3
P P P
P P P P
B
2
P P P
P P P P
C
2,3
P P P
P P P P
D
3
P P P
P P B P
E
33
3,3
P P P
P P B P
A – 1
1,3
P P P
P B P P
B –1
2
P P B
B P P B
C – 1
2,3
P P B
B B O B
D – 1
3
B P P
B B B P
E – 1
34
3,3
B B P
P B B P
A – 2
1,3
B O B
B O B B
B – 2
2
B O B
P B B B
C – 2
2,3
B B O
P B O B
D – 2
3
B B B
B P P P
E – 2
35
3,3
B B P
P P B B
A – 3
1,3
B B P
P P B P
B – 3
2
B P P
P P P P
C – 3
2,3
P P B
P P P P
D – 3
3
B P P
P P P P
E – 3
36
3,3
B P P
P P P P
A – 4
1,3
P P P
P P B P
B – 4
2
P P P
P P P P
C – 4
2,3
P P P
P P P P
D – 4
3
P P P
P P P P
E – 4
36,5
3,3
P P P
P P P P
139
Tabela E3 – Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para nitidez das
imagens do simulador Rachel
Imagens
Temperatura
(ºC)
Tempo
(minutos)
M1 M2 M3
T1 T2 T3 T4
A
1,3
P P P
P P P P
B
2
P P P
P P P P
C
2,3
P P P
P P P P
D
3
P P P
P P B P
E
33
3,3
P P P
P P B P
A – 1
1,3
P P B
P B P P
B –1
2
P P B
B P P P
C – 1
2,3
P P B
B B P B
D – 1
3
B P P
B B O B
E – 1
34
3,3
B B P
P P P P
A – 2
1,3
B O B
B O B B
B – 2
2
B O B
P B B B
C – 2
2,3
B B O
P B O B
D – 2
3
B B B
B P P P
E – 2
35
3,3
B B P
P P B P
A – 3
1,3
B B P
P P B P
B – 3
2
B P P
P B P P
C – 3
2,3
P B P
P P B P
D – 3
3
B P P
P P P P
E – 3
36
3,3
B P P
P P P P
A – 4
1,3
P P P
P P B P
B – 4
2
P P P
P P P P
C – 4
2,3
P P P
P P P P
D – 4
3
P P P
P P P P
E – 4
36,5
3,3
P P P
P P P P
140
Tabela E4 – Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para qualidade das
imagens do simulador Accreditation
Imagens
Temperatura
(ºC)
Tempo
(minutos)
M1 M2 M3
T1 T2 T3 T4
1
1,3 P P P P P P
P
2
2 P P P P P P
P
3
2,3 P P P P P P
P
4
3 B P P P P B
P
5
33
3,3 B P P P P B
B
6
1,3 P B P P P P
P
7
2 P P B P B P
P
8
2,3 P B B P P B
P
9
3 P P B P B P
B
10
34
3,3 B P B B P P
B
11
1,3 B B O B B O
B
12
2 P B B P B B
B
13
2,3 B P B P B P
B
14
3 B P P B P P
B
15
35
3,3 P P P P B P
P
16
1,3 P B P B P P
B
17
2 P P B P B P
B
18
2,3 B P P B P P
P
19
3 P P P B P P
P
20
36
3,3 P P
P
P P P
P
21
1,3 P P
B
P P P
P
22
2 P P P P P P
P
23
2,3 P P P P P P
P
24
3 P P P P P P P
25
36,5
3,3 P P P P P P P
141
Tabela E5 – Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para contraste das
imagens do simulador Accreditation
Imagens
Temperatura
(ºC)
Tempo
(minutos)
M1 M2 M3
T1 T2 T3 T4
1
1,3 P P P P P P
P
2
2 P P P P P P
P
3
2,3 P P P P P P
P
4
3 B P P P P B
P
5
33
3,3 B P P P P B
P
6
1,3 P B P P P P
P
7
2 P P B P B P
P
8
2,3 P B B P P B
P
9
3 P B P P B P
B
10
34
3,3 B P B B P P
B
11
1,3 B B O B B O
B
12
2 P B B P B B
B
13
2,3 B P B P B B
B
14
3 B P P B P P
B
15
35
3,3 P P B P B P
P
16
1,3 P B P B P P
B
17
2 P P B P B P
B
18
2,3 B P P B B P
B
19
3 P P P B P P
P
20
36
3,3 P P
P
P P P
P
21
1,3 P P
B
P B P
P
22
2 P P P P P P
P
23
2,3 P P P P P P
P
24
3 P P P P P P P
25
36,5
3,3 P P P P P P P
142
Tabela E6 – Respostas dos médicos radiologistas e tecnólogos em radiologia para nitdez das
imagens do simulador Accreditation
Imagens
Temperatura
(ºC)
Tempo
(minutos)
M1 M2 M3
T1 T2 T3 T4
1
1,3 P P P P P P P
2
2 P P P P P P P
3
2,3 P P P P P P P
4
3 B P P P P B P
5
33
3,3 B P P P P P B
6
1,3 P B P P P P P
7
2 P P B P B P P
8
2,3 P B B P P B P
9
3 P B P B B P B
10
34
3,3 B P B B P P B
11
1,3 B B O B B O B
12
2 P B B P B B P
13
2,3 B P B P B B P
14
3 B P P B P P B
15
35
3,3 P P B P B P P
16
1,3 P B P B P P B
17
2 P P B B P B B
18
2,3 B P P P B P B
19
3 P P P B P P P
20
36
3,3 P P P P P P P
21
1,3 P P B P B P P
22
2 P P P P P P P
23
2,3 P P P P P P P
24
3 P P P P P P P
25
36,5
3,3 P P P P P P P
143
Tabela E7 – Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ---- ----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
Tabela E8 – Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
CP
----
----
---
----
Tabela E9 – Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
-- ---
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
144
Tabela E10 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
Tabela E11 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
----
---
----
2 CP ----
PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
----
---
----
2,3
CP ----
----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
----
---
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
Tabela E12 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
---
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
145
Tabela E13 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens do
simulador Accreditation para 33ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
----
----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
---
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP CP
PP ----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
Tabela E14 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP -----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP ---
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
PP ----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
Tabela E15 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
PP ----
----
CP
CP
CP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
---
--- ---
----
146
Tabela E16 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
-----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP -----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
3 CP CP -----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
Tabela E17 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
2 CP CP PP CP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
2,3
CP CP -----
-----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
3 CP CP ------
PP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
---- ----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
Tabela E18 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP -----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
--- ---
----
3 CP CP -----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP
---
----
Tempo
(min)
3,3
CP CP ----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
---
----
147
Tabela E19 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
--- ---
----
2 CP CP PP
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
--- ---
----
3 CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
CP ----
----
----
CP
---
----
Tabela E20 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens do
simulador Accreditation para 34ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
--- ---
----
2 CP CP PP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
PP ----
----
CP
CP
--- ---
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP CP
PP ----
----
CP
CP
PP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
PP ----
----
CP
----
----
---
----
Tabela E21 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
148
Tabela E22 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
Tabela E23 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
--- ---
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
--- ---
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
Tempo
(min)
3,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
/CP
CP
--- ---
----
Tabela E24 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP ----
----
----
----
----
----
---
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ---
----
3 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
---
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
---
----
149
Tabela E25 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP CP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP I ----
2 CP CP CP ----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
I ----
3 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
Tabela E26 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP PP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP I ----
2 CP CP CP ----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
I ----
3 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
Tabela E27 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens do
simulador Accreditation para 35ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP PP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP I ----
2 CP CP CP ----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
I ----
3 CP CP ----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
150
Tabela E28 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
Tempo
(min)
3,3
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
CP
----
----
----
----
Tabela E29 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
Tempo
(min)
3,3
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
Tabela E30 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
3 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
----
----
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
----
151
Tabela E31 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
Tabela E32 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
Tabela E33 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP PP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP I ----
2 CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2,3
CP CP CP ----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
----
----
3 CP CP ----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
152
Tabela E34 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens do
simulador Accreditation para 36ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP CP CP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2 CP CP CP CP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
CP ----
----
2,3
CP CP CP CP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
----
----
3 CP CP ----
CP ----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
CP ----
----
CP ----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
Tabela E35 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R1 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
3 PP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
I ----
----
----
----
----
PP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tabela E36 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R2 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP CP ----
----
----
----
CP CP
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
3 PP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
I ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
153
Tabela E37 Relação dos achados encontrados pelo médico radiologista R3 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
CP
CP
----
----
----
2 CP ----
----
----
----
----
CP PP
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
PP
----
----
----
3 PP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
I ----
----
----
----
----
PP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tabela E38 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T1 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP PP ----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
3 PP ----
----
----
----
----
PP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
I ----
----
----
----
----
PP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tabela E39 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T2 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
3 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
I ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
154
Tabela E40 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T3 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
3 PP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
I ----
----
----
----
----
PP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tabela E41 Relação dos achados encontrados pelo tecnólogo em radiologia T4 nas imagens do
simulador Accreditation para 36,5ºC
Fibras Microcalcificações massa tumoral
Achados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
14 15
16
Tamanhos
(mm)
1,56
1,12
0,89
0,75
0,54
0,40
0,54
0,4
0,32
0,24
0,16
2 1 0,75
0,5
0,25
1,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
CP
----
----
----
2,3
CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
CP
----
----
----
----
3 CP ----
----
----
----
----
CP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
Tempo
(min)
3,3
I ----
----
----
----
----
PP ----
----
----
----
PP
----
----
----
----
155
ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
156
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Declaro que eu fui informado, por um dos pesquisadores responsáveis, dos objetivos
do projeto intitulado “Influência do processo de revelação do filme sobre a formação da
densidade óptica e a qualidade da imagem radiográfica”.
Eu entendi que o trabalho visa verificar a influência do tempo e da temperatura de
revelação sobre a qualidade da imagem radiográfica e a detectabilidade de objetos que
simulam achados clínicos, bem como a formulação de uma equação que prevê tal influência.
Para a realização deste estudo me será entregue um conjunto de imagens radiográficas
obtidas dos simuladores mamográficos, Rachel e Accreditation, normalmente utilizados para
controle de qualidade dos equipamentos, bem com os formulários para preenchimento.
Avaliarei a nitidez, o contraste e a qualidade para diagnóstico das imagens do
simulador Rachel classificando-os como: péssimo, bom e ótimo. Avaliarei as imagens do
simulador Accreditation considerando a existência de possíveis achados clínicos, tais como
massa tumoral, microcalcificação e fibras, seu tamanho aproximado e a confiabilidade na
interpretação com relação à presença do achado, a saber: certeza, provável, improvável,
incerta e ausente.
O procedimento não é invasivo, não causa dor ou desconforto e meu nome não será
divulgado. Além disso, minha participação é isenta de despesas e também receberei
gratuitamente os resultados desta pesquisa.
Concordo em participar deste estudo e poderei retirar meu consentimento a qualquer
hora, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou perda de qualquer benefício que eu possa
ter adquirido. A minha assinatura nesse termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE
dará a autorização ao patrocinador do estudo de utilizar os dados obtidos quando se fizer
necessário, incluindo a divulgação dos mesmos, sempre preservando a minha privacidade.
Assino o presente documento em duas vias de igual teor e forma, ficando uma em
minha posse.
___________________________________, _____de _________________de __________
_________________________________________________________________________
Nome e assinatura do participante
_________________________________________
Marcia Aparecida Silva Bissaco
(
Pesquisador responsável)
Rua Engenheiro Francisco Salessa, 55 casa 5,
Vila Natal, Mogi das Cruzes - SP
Tel.: (11) 4798 - 7112 / (11) 4798 - 4617
Ronaldo Luiz Vitório
Rua: Vitório, 60 Aptº 22-A-
Camargo Velho-Itaim Paulista - SP
Tel.: (11) 6566-6765 / (11) 9766-1904
Comitê de Ética em Pesquisa
Av. Dr. Cândido Xavier de Almeida Souza, 200 – Prédio II – sala 21-21
CEP 08780-911 / Tel.: (11) 47987085
135
ANEXO B – PARECER COMITÊ DE ÉTICA
136
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