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apresenta uma expectativa de vida ao nascer de 68,5 anos, o coeficiente de
mortalidade infantil é 16.5 por mil nascidos vivos, o PIB per-capita é de R$
9.967,61 e o índice de desenvolvimento humano (IDH),
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de 0,804.
Essa imagem da cidade de Passo Fundo é constituidora e constituinte de
percepções das pessoas da pesquisa.
“Passo Fundo é bom de viver, tem tudo, hospital, médicos bons, escola, universidade,
bancos, ônibus, até avião já sai daqui... Tem o Festival de Folclore – é muito bonito! Os
bairros prô, também tem posto de saúde, escola boa, ônibus e tem segurança, acho que
não tem nenhum bairro barra pesada mesmo” - Odete
“Passo Fundo á terra do Teixeirinha e é a minha terra também – é uma cidade alegre, o
povo daqui é camarada, tá sempre acolhendo quem chega... se perguntar por aí a
metade da população não nasceu aqui, mas aqui chegaram e ficaram, porque é bom
morar aqui. Tem estudo e tem emprego, não tem pra todo mundo, mas ta melhorando
muito o emprego” – Juarez
Nesse sentido, é importante observar a grande concentração de população
urbana tendo em vista o perfil do município urbano-agroindustrial. Talvez a
concentração populacional associada ao perfil de desenvolvimento econômico
seja responsável pelo alto índice de desemprego apontado pelos relatórios do
IBGE. Mesmo que a cidade tenha muitas empresas de médio porte, nos últimos
anos os diagnósticos econômicos demonstram queda na contratação de mão-de-
obra para a indústria local. Tal referência é expressa de forma vivencial por Adão
e Gelson
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O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulga todos os anos o Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH). A elaboração do IDH tem como objetivo oferecer um
contraponto a outro indicador, o produto interno bruto (PIB), e parte do pressuposto de que para
dimensionar o avanço não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras
características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. No IDH
estão equacionados três sub-índices direcionados às análises educacionais, renda e de
longevidade de uma população. O resultado das análises educacionais é medido por uma
combinação da taxa de alfabetização de adultos e a taxa combinada nos três níveis de ensino
(fundamental, médio e superior). Já o resultado do subíndice renda é medido pelo poder de
compra da população, baseado pelo PIB per-capita ajustado ao custo de vida local para torná-lo
comparável entre países e regiões, através da metodologia conhecida como paridade do poder de
compra (PPC). E, por último, o subíndice longevidade tenta refletir as contribuições da saúde da
população medida pela esperança de vida ao nascer. A metodologia de cálculo do IDH envolve a
transformação destas três dimensões em índices de longevidade, educação e renda, que variam
entre 0 (pior) e 1 (melhor), e a combinação desses índices em um indicador síntese. Quanto mais
próximo de 1 o valor deste indicador, maior será o nível de desenvolvimento humano do país ou
região. (www.cnm.org.br/idh/uf_idh) – acesso em 15/09/06.