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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIS
ADRIANO FREITAS DANTAS
CARACTERISTICAS DA CARCAÇA DE OVINOS SANTA INÊS TERMINADOS
EM PASTEJO E SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE SUPLEMENTAÇÃO
PATOS – PB – BRASIL
2006
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FICHA CATALOGRÁFICA
D192c DANTAS, Adriano Freitas.
Características da carcaça de ovinos Santa Inês Terminados
em pastejo e submetidos a diferentes níveis de
suplementação / Adriano Freitas Dantas. – Patos, 2006.
32p. il.
1 – Ovinos 2 – Produção 3 – Rendimento 4 – Semi-árido
I – Título.
CDU 636.38
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vii
SUMÁRIO
ÍNDICE
Página
Lista de figuras ......................................................................................................
viii
Lista de Tabelas
......................................................................................................
ix
Resumo ..................................................................................................................
1
Abstract .................................................................................................................
3
Introdução
...............................................................................................................
5
Referencial teórico ................................................................................................
7
Produção de ouvinos ..............................................................................................
7
Ouvinos Santa Inês ................................................................................................
7
Suplementação em Pastejo ..................................................................................
8
Características da carcaça .....................................................................................
10
Material e Métodos ...............................................................................................
11
Local .....................................................................................................................
11
Animais e tratamento .............................................................................................
11
Dieta e Manejo Alimentar .....................................................................................
11
Disponibilidade de foragem ..................................................................................
13
Procedimentos para abate ..................................................................................
14
Análise econômica .........................................................................................
15
Delineamento experimental
....................................................................................
16
Resultados e Discussão ....................................................................................
16
Conclusão ..............................................................................................................
27
Referências Bibliográficas
.....................................................................................
27
viii
LISTA DE FIGURAS
ÍNDICE Página
Figura 1. Pastagem durante o experimento (Fazenda Lamerão, município de Santa
Terezinha.........................................................................................................................
12
Figura 2 Comedouros individuais e baia utilizadas para suplementação de acordo
com os tratamentos.........................................................................................................
12
Figura 3 Divisão da meia carcaça em cinco cortes cárneos: perna, lombo, costelas
paleta e pescoço...............................................................................................................
15
ix
LISTA DE TABELAS
ÍNDICE Página
Tabela 1 Composição química do concentrado e da forragem disponível na área
experimental..................................................................................................................
13
Tabela 2 - Disponibilidade de matéria seca, composição florística e digestibilidade
da matéria seca da vegetação herbácea na área de pastejo............................................
14
Tabela 3
Médias, coeficientes de variação para comprimento interno da carcaça
conformação da carcaça, comprimento da perna, profundidade do peito, largura da
perna, perímetro da perna e compacidade da carcaça de ovinos Santa Inês terminados
em pastagem nativa e submetidos a diferentes níveis de
suplementação.................................................................................................................
18
Tabela 4 Médias e coeficientes de variação para peso ao abate, peso do conteúdo
gastrintestinal, peso da carcaça quente, peso da carcaça fria, peso do corpo vazio,
perda pelo resfriamento, rendimento de carcaça quente, rendimento de carcaça fria,
rendimento biológico e área de olho de lombo de ovinos Santa Inês em pastagem
nativa e submetidos a diferentes suplementações.........................................................
20
Tabela 5 Médias e coeficientes de variação para os pesos de perna, lombo,
costilhar, paleta, pescoço e ½ carcaça reconstituída de ovinos Santa Inês terminados
em pastagem nativa e submetidos a diferentes níveis de suplementação......................
23
Tabela 6 Médias, e coeficientes de variação para rendimento de perna, lombo,
costilhar, paleta, e pescoço de ovinos Santa Inês terminados em pastagem nativa e
submetidos a diferentes níveis de suplementação..........................................................
25
x
Tabela 7 Médias das variáveis utilizadas na análise econômica de ovinos Santa
Inês terminados em pastagem nativa e submetidos a diferentes níveis de
suplementação................................................................................................................
26
1
CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA DE OVINOS SANTA INÊS TERMINADOS
EM PASTEJO E SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE SUPLEMENTAÇÃO
RESUMO
O experimento foi desenvolvido no Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR), da
Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos PB com o objetivo de
avaliar as características da carcaça de cordeiros Santa Inês, mantidos em pastagem nativa
enriquecida com capim buffel (Cenchrus ciliaris L cv Biloela) e submetidos a diferentes
níveis de suplementação na dieta (1,5%, 1,0% e 0,0% do PV), constituindo-se nos
tratamentos. Foram utilizados 24 animais, machos castrados, com peso vivo (PV) médio
inicial de 15kg ± 1,44 e idade média de 75 dias. O concentrado foi constituído à base de
milho moído, farelo de soja e sal mineral. Quando os animais do tratamento que recebia
dieta com maior nível de concentrado atingiam 30 kg de PV foram, juntamente com seus
pares dos demais tratamentos, submetidos a jejum de 16 horas de dieta sólida e 12 horas de
dieta líquida. Em seguida, foram pesados para obtenção do peso vivo ao abate (PA). Os
animais foram abatidos por atordoamento e secção das artérias carótidas e veias jugulares.
O trato gastrintestinal foi esvaziado e limpo para a obtenção do peso do corpo vazio
(PCV). Após a separação dos componentes não constituintes da carcaça, foi obtido o peso
da carcaça quente (PCQ), o qual foi utilizado para estimar o rendimento de carcaça quente
(RCQ). As carcaças foram resfriadas em câmara fria a 5ºC durante 24 horas e, ao final
deste período, foram pesadas para a obtenção do peso da carcaça fria (PCF), o qual foi
utilizado para estimar o rendimento de carcaça fria (RCF). Em seguida, a carcaça foi
dividida nos cortes (perna, lombo, costelas, paleta e pescoço), os quais foram pesados para
cálculo dos seus rendimentos em relação ao peso da carcaça. O delineamento utilizado foi
inteiramente casualizado com três tratamento e oito repetições. Entre os tratamentos, houve
diferenças significativas (p<0,05) para o peso ao abate, peso da carcaça quente, peso da
carcaça fria, peso do corpo vazio e os rendimentos de carcaça quente e fria e maior área de
olho de lombo, com os maiores índices obtidos pelos animais do tratamento 1,5%. Quanto
ao peso do conteúdo gastrintestinal e rendimento biológico, não houve diferença
significativa (p>0,05) entre os tratamentos. Os rendimentos de perna, lombo, costela e
pescoço foram semelhantes entre os tratamentos 1,0% e 1,5% do PV. A utilização da
suplementação na dieta de cordeiro Santa Inês em regime de pastejo, nas condições de
2
clima semi-árido, possibilita a obtenção de cordeiros com menor idade ao abate e com
características mais desejáveis da carcaça, tais como: melhor rendimento, maior peso e
compacidade, maior área de olho de lombo, menor perda de peso no resfriamento, e maior
peso dos cortes comerciais. Em termos de análise econômica pode-se concluir que, se o
objetivo for obter carcaças mais leves com peso em torno de 7 kg e com nível mínimo de
gordura não há necessidade de suplementação com concentrado, mas, se o objetivo for
obter carcaças pesando de 10 a 12 kg e com melhor nível de acabamento recomenda-se
suplementação com 1,0 a 1,5 % do peso vivo com concentrado.
PALAVRAS-CHAVE: ovinos, produção, rendimento, semi-árido.
3
CARCASS CHARACTERISTICS OF SANTA INÊS SHEEP FINISHED
IN GRAZING SUBMITTED TO DIFFERENT LEVELS OF
SUPPLEMENTATION
ABSTRACT
This experiment was developed in the Center of Health and Rural Technology (CHRT), of
the Federal University of Campina Grande, Patos’s Campus - PB. It had the purpose of
evaluating carcass characteristics of Santa Inês lambs. They were maintained in native
pasture wiht Buffelgrass (Cenchrus ciliaris L cv Biloela) and submitted to different
supplementation levels in the diet. Twenty-four animals were used, castrated males,
averaging 15kg ± 1,44 of boby weight and average age of 75 days. The concentrate was
constituted of cracked corn, soybean meal and mineral salt. When the animals of the
treatment received diet with larger concentrate they reached 30kg of LW they were
together with their pairs of the other treatments, they were submitted to 16 h fasting of
solid diet and 12 hours of liquid diet. Soon after, they were weighed to check live weight at
slaughter. The animals were slaughtered with hit in their head and with cut of the arteries
carotids and jugular veins. The gastrointestinal tract was emptied and It was cleaned for the
obtaining of empty body (EBW). After the separation of the components that didn’t
constitute the carcass, it was obtained the hot carcass weight (HCW). It was used to
estimate the hot carcass yield (HCY). The carcasses were cooling in cold camera for 5ºC
during 24 hours and, in the end of this period, they were weighed to check the cold carcass
weight (CCW), it was used to estimate the cold carcass yield (CCY). Soon after, the
carcass was divided in courts (leg, loin, ribs blade and neck), they were weighed for
calculation of its yield in relation to the weight of carcass. The used design was entirely
randomized with three treatments and eight replicates. Among the treatments, there were
significant differences (p<0,05) among the weight to the slaughter, the hot carcass weight,
the cold carcass weight, the empty body weight, the hot carcass yield, the cold carcass
yield and increase loin eye area, with the largest indexes obtained by the animals of the
treatment 1,5%. In relation to the weight of the content gastrointestinal and biological
yield, there wasn’t significant difference (p>0,05) among the treatments. The yield of leg,
loin, rib and neck were similar among the treatments 1,0% and 1,5% of LW. The use of
4
the supplementation in the diet of Santa Inês lambs is grazing, in the conditions of semiarid
climate, makes possible to get lambs younger to slaughter and desirable characteristics of
the carcass, such as: better yield, higher weight and compactness, increase loin eye area,
less lose of weight in the cooling, and greater weight of retail cuts. According to the
economical analysis it can be concluded that, if the objective will be to get lighter
carcasses with around 7kg and with minimum level of fat doesn’t have necessity of
supplementation with concentrate, but, if the objective will be to get the carcasses
weighing from 10 kg to 12kg and with better level of finishing it’s recommended
supplementation with 1,0 to 1.5% of the live weight with concentrate.
KEY WORD: sheep, production, yield, semi-arid.
5
1. INTRODUÇÃO
A exploração agropecuária da região Nordeste do Brasil é amplamente afetada por
fatores climáticos, dentre os quais, a precipitação pluviométrica e sua distribuição ao longo
do ano, que é determinante na disponibilidade e qualidade da pastagem e
conseqüentemente na produção animal, especialmente de caprinos e ovinos.
A ovinocultura é considerada uma importante atividade que contribui para a oferta
de alimentos na região semi-árida do Nordeste do Brasil, bem como na geração de
emprego e melhoria da qualidade de vida das populações de baixa renda. Sua importância
econômica deve-se também ao fato de ser desenvolvida utilizando-se terras pouco
agricultáveis. Nesse caso, o sistema de criação é basicamente o extensivo, caracterizado
por alta dependência de pastagens naturais e pela utilização de genótipos não
especializados, o que resulta em baixos índices de produção, com alta mortalidade de
animais jovens e elevada idade de abate.
Nos sistemas de criação mais tecnificados, a nutrição está baseada na utilização de
pastagens implantadas e na suplementação alimentar através de rações concentradas, sendo
a determinação do nível de suplementação fundamental para o sucesso da atividade. A
nutrição adequada, aliada à utilização de genótipos especializados, reflete-se positivamente
na obtenção de carcaças mais pesadas, obtendo animais mais jovens com acabamento
adequado.
No Brasil, a raça Santa Inês vem adquirindo destaque entre os produtores,
particularmente na região semi-árida nordestina, onde a ovinocultura é apontada como uma
das alternativas para os pequenos produtores. A demanda por esta raça é justificada pela
sua adaptabilidade às condições ambientais do semi-árido, expressando bom desempenho
tanto confinado como em pastejo. No entanto, o desempenho de quaisquer raça, bem como
as características da carcaça são influenciadas diretamente pela composição química da
dieta, sendo que o maior custo de produção de cordeiros para abate é representado pela
alimentação.
Segundo Cunha et al. (2000), a utilização de forragens de alta produtividade e alto
valor nutritivo é considerada uma alternativa viável para o desenvolvimento da
ovinocultura do Nordeste. (Saniz, 1996) destacou que as características da carcaça são
influenciadas pela velocidade de crescimento, idade ao abate e regime nutricional dos
animais. Por outro lado, Neres et al. (2001) destacaram que em pastagens nativas,
6
dificilmente obtém-se boa produtividade e qualidade de carne ovina, devido
principalmente à deficiência de nutrientes, havendo necessidade da utilização de pastagens
cultivadas, suplementação em pastejo e ou confinamento para explorar o máximo potencial
genético dos animais.
Atualmente buscam-se alternativas para diminuir os custos sem prejudicar a
produção e a qualidade da carcaça de modo que aumente a viabilidade do sistema de
criação. Deste modo, a utilização de suplementação energética-protéica em regime de
pastejo em proporção que viabilizem técnico e economicamente o sistema de criação, pode
contribuir para melhorar a qualidade da carcaça e da carne, aumentando a produção.
Portanto, faz-se necessário avaliar as características produtivas e a quantidade de carcaça
de ovinos Santa Inês criados em pastagem e submetidos a níveis diferentes de
suplementação.
As poucas informações relacionadas ao manejo alimentar e às características da
carcaça e da carne de ovinos Santa Inês nas condições de clima semi-árido em regime de
pastejo motivaram o presente estudo.
Objetivou-se avaliar as características da carcaça de ovinos Santa Inês criados em
pastagem nativa e submetidos a diferentes níveis de suplementação no semi-árido
paraibano.
7
3. REFERENCIAL TEÓRICO.
3.1 - Produção de ovinos
O rebanho ovino do Nordeste é representado por um efetivo de aproximadamente
6,7 milhões de cabeças, correspondente a 48,1% do rebanho nacional (IBGE, 1996). Na
região semi-árida do Nordeste do Brasil, a exploração de ovinos deslanados é efetuada para
produção de carne e pele, porém o desempenho produtivo é fraco, principalmente pelas
práticas de manejos deficientes, aliadas às limitações de ordem nutricional impostas pelas
condições climáticas no semi-árido nordestino e a quase completa inexistência de cuidados
sanitários.(Silva e Araújo, 2000).
Para Guimarães Filho et al. (2000), embora numericamente expressivos, os
rebanhos caprino e ovino de corte do semi-árido brasileiro apresentam níveis
acentuadamente reduzidos de desempenho. Segundo Sousa e Leite (2000), apesar das raças
ovinas deslanadas apresentarem excelentes qualidades de adaptação e de reprodução,
apresentam baixos índices de produtividade, especificamente os relacionados à qualidade
de carcaça.
Como solução desses problemas, Oliveira (1990) baseando-se em resultados de
pesquisas em regiões semi-áridas sustenta que a introdução de práticas simples, que
proporcionem um retorno visível e que sejam facilmente assimiláveis pelos produtores, é
capaz de incrementar substancialmente os níveis produtivos.
3.2 - Ovinos Santa Inês
Dentre as raças de ovinos presentes na região Nordeste do Brasil, a raça Santa Inês,
denominada ovino deslanado, é apontada como uma alternativa promissora para a
produção de cordeiros para abate, por ter potencial para ser utilizada na produção de carne,
capacidade de adaptação às diferentes condições ambientais, rusticidade, eficiência
reprodutiva, habilidade materna, baixa susceptibilidade a endo e ectoparasitos e ainda por
não apresentar comportamento estacional de modo que exerce importante papel na
produção de proteína de origem animal em áreas de clima seco, como o semi-árido do
nordeste do Brasil Sousa, (1987).
Nesse particular, estudos têm comprovado que ovinos Santa Inês o animais que
apresentam maiores velocidades de crescimento em relação a outros ovinos deslanados
(Lima et al., 1985, Siqueira, 1990). Segundo Furusho Garcia et al. (2000), os animais
8
dessa raça apresentaram quantidades menores de gordura subcutânea, quando comparados
a outras raças, indicando sua potencialidade para obtenção de carcaças magras.
Para Figueiredo et al. (1985) os ovinos da raça Santa Inês apresentam baixo
desempenho em pastagem nativa, não sendo recomendado à criação em sistema extensivo,
pois na maioria dos casos, a forragem não contém os nutrientes essenciais, para produção
adequada, de forma a atender integralmente as exigências dos animais em pastejo. De
modo que a suplementação em sistema de pasto proporciona maior produção, obtendo
melhor desempenho dos animais (Hogdson, 1990).
3.3 - Suplementação em pastejo
A região semi-árida apresenta duas estações climáticas bem definidas, denominadas
de inverno, período das águas, e verão período seco. Durante a estação das águas, as
chuvas permitem a renovação das pastagens, garantindo produção de forragem abundante e
de elevada qualidade. Durante a estação seca, a ausência de chuvas impossibilita a
renovação das pastagens e o pasto remanescente perde rápida e progressivamente seu valor
nutricional, em virtude do processo fisiológico de lignificação nas plantas forrageiras e da
seletividade com que os animais pastejam, consumindo preferencialmente as partes mais
tenras e mais nutritivas das forragens (Pimentel et al., 1992; Lima et al., 1998; Animut et
al. 2005).
As pastagens com elevada disponibilidade de forragens de alto valor nutritivo
podem suprir a totalidade de nutrientes necessários para a produção de carne, manutenção
corporal, e as demandas da gestação. Já em condições de pastagens mais fracas, seja em
disponibilidade de matéria seca (MS) ou baixa qualidade da espécie forrageira
predominante no pasto, há necessidade de suplementação alimentar de forma a fornecer em
quantidade e qualidade os nutrientes que a pastagem não consegue suprir (Moron
Fuenmayor e Clavero, 1999; Cunha et al., 2000).
Segundo Neres et al. (2001), nas pastagens nativas, dificilmente obtém-se boa
produtividade e qualidade de carnes ovinas, devidas principalmente à deficiência de
nutrientes, havendo necessidade da utilização de pastagens cultivadas, suplementação em
pastejo para explorar o máximo potencial genético dos animais. Desse modo através do
fornecimento de rações balanceadas é possível conseguir maior ganho diário em peso e
redução da idade ao abate, com reflexos positivos sobre a qualidade das carcaças e sobre a
oferta de carne na entressafra (Oliveira et al. 1998).
9
Para Santos et al. (2002), a suplementação em regime de pasto durante o período
seco proporciona a terminação e o abate de animais jovens, obtendo carcaças com menor
proporção de osso, maior relação músculo:osso e melhor acabamento, quando comparado
às carcaças dos animais não suplementados. Para Santos-Silva et al. (2003) em sistema de
pastejo o uso convencional de suplementação na dieta de cordeiros induz a melhoria do
crescimento, desempenho e carcaças de qualidade.
Segundo Osório et al. (1992), como conseqüência dos distintos sistemas de
produção e das raças, o mercado de carne ovina apresenta grande variabilidade dos
caracteres qualitativos e quantitativos que definem os diferentes tipos de carcaças
comercializadas. De modo que a dieta, seja em confinamento ou em pastagem, é fator
determinante para caracterizar possíveis variações na carcaça e na composição tecidual dos
cortes comerciais. Porém, (Silva e Pires, 2000) relataram que esta variabilidade não
constitui inconveniente para a comercialização, por oferecer ao mercado carcaças
diferentes, que podem satisfazer às mais variadas preferências da demanda.
Neste particular os fatores que podem determinar maior ou menor variação são:
nível energético de diferentes dietas (Preziuso et al., 1999; Rosa et al., 2002; Alves et al.
2003); níveis de proteína (Zundt et al., 2001; Ortiz et al. 2005) e associação dos níveis de
energia e proteína (Pralomkarn et al., 1995; Neres et al. 2001).
Dentre os nutrientes a serem supridos, a energia tem recebido atenção especial por
ser de fundamental importância para o funcionamento dos órgãos vitais, a atividade e
renovação das células, melhora a eficiência de crescimento e processos de utilização dos
nutrientes, entre outros (Mahgoub et al.,2000; Zundt et al. 2001).
Outro aspecto que deve ser considerado consiste no desempenho dos animais, na
qualidade, nas características das carcaças e na composição química dos tecidos
musculares, uma vez que podem ser alterados conforme a quantidade e qualidade da
proteína bruta na dieta (Fluharty e Macclure, 1997; Zundt et al., 2001; Silva et al., 2002).
Ortiz et al. (2005) ao avaliar em diferentes níveis de proteína (15, 20 e 25% PB) na
ração de cordeiros mestiços Suffolk em creep feeding, do nascimento ao abate.
Observaram que a ração balanceada com 25% de proteína bruta diminuiu o teor de gordura
e melhorou a maciez da carne, o peso e o rendimento da paleta, sem afetar as medidas
objetivas de carcaça, os demais pesos e os rendimentos dos cortes. Entretanto para se obter
produtos de melhor qualidade se faz necessário balancear os nutrientes, uma vez que em
10
pastagens, as gramíneas tropicais apresentam baixo conteúdo de energia e proteína (Neiva
e Santos, 1998).
3.4 - Características da carcaça
O rendimento de carcaça é uma característica diretamente relacionada à produção
de carne e pode variar de acordo com o genótipo, sexo, peso e idade do cordeiro,
alimentação, tipo de jejum e transporte ao animal (Sañudo e Sierra, 1993; Sañudo et al.,
1994; Sierra et al., 1994).
Segundo Tarouco (2003), o conhecimento das características quantitativas e
qualitativas das carcaças a serem comercializadas é de fundamental importância na busca
da melhoria da qualidade potencial do produto final.
Segundo Cezar (2004), a avaliação das características quantitativas da carcaça, por
meio da determinação do rendimento, composição regional, composição tecidual e da
musculosidade da carcaça, é de fundamental importância para o processo produtivo, além
de trazer benefícios a toda a cadeia produtiva da carne ovina.
De acordo com Colomer-Rocher et al. (1988), o rendimento de carcaça é
determinado pelos diversos componentes corporais do animal, e o valor de uma carcaça
depende, entre outros fatores, dos pesos relativos de seus cortes, sendo que, para melhorar
esse valor, torna-se necessário aprimorar aspectos relativos à nutrição, sanidade, manejo,
raças e cruzamentos.
Neste particular Macedo et al. (1998) destacam que o conhecimento dos pesos e
rendimentos dos principais cortes e da carcaça permite uma melhor interpretação do
desempenho animal.
Para Saniz (1996), o rendimento dos cortes e da carcaça é um dos principais fatores
que estão diretamente relacionados com a qualidade, sendo influenciado pelo regime
nutricional dos animais, velocidade de crescimento e idade para o abate.
Segundo Garcia (1998) os cortes comerciais variam conforme os costumes
regionais, de modo que a paleta e a perna são os únicos cortes padronizados na maioria das
regiões de criação brasileira.
Segundo Clomer – Rocher (1986) e Osório et al. (1996), o peso e a conformação da
carcaça são considerados cada vez mais na comercialização de carne ovina, sendo
11
utilizados como critérios de avaliação do seu valor, onde as melhores são preferidas pelo
consumidor, adquirindo maiores preços.
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 - Local
O experimento foi desenvolvido no Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR),
da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, Paraíba, Brasil. A fase de
campo foi realizada na fazenda Lameirão no município de Santa Terezinha, região semi-
árida da Paraíba. O clima da região é classificado como quente e seco, sendo caracterizado
por duas estações bem definidas, uma chuvosa, de janeiro a maio, e outra seca, de junho a
dezembro, com médias anuais de 500 mm de precipitação, 29ºC de temperatura, 60% de
umidade relativa do ar e altitude de 300 metros acima do nível do mar Pereira Filho et al.
(2003).
As análises químicas foram realizadas no laboratório de nutrição animal e as
carcaças avaliadas no setor de abate e avaliação de carcaça do CSTR da UFCG. Durante o
período experimental os valores médios referentes à temperatura máxima e mínima na
fazenda lameirão foram de 34,6ºC e 22,4ºC, a umidade relativa do ar apresentou média de
40,58% e não houve precipitação, Andrade (2006).
4.2 - Animais e Tratamentos
Foram utilizados 24 ovinos da raça Santa Inês, machos castrados, com peso vivo
(PV) médio inicial de 15kg ± 1,44 e idade média de 75 dias, os quais foram, previamente
identificados, vermifugados e em grupos de três foram distribuídos por sorteio em três
níveis de suplementação, 0,0; 1,0 e 1,5% do peso vivo, sendo um para cada tratamento.
Para monitorar o desenvolvimento ponderal, os animais foram submetidos a jejum de 14
horas e posteriormente pesados a cada quatorze dias até o momento do abate.
4.3 - Dieta e manejo alimentar
A dieta foi constituída de pastagem nativa, figura 1 enriquecida com capim buffel
(Cenchrus ciliaris L cv Biloela) e utilização de três níveis de suplementação: 0,0; 1,0 e
1,5%, do peso vivo em concentrado/dia, com todos os animais tendo livre acesso à
12
pastagem. O concentrado foi constituindo de 40,4% de milho moído, 56,6% de farelo de
soja e 3% de sal mineral,
1
de forma que a dieta com maior suplementação foi ajustada para
atender as recomendações para proteína bruta e energia metabolizável preconizada pelo
AFRC (1993) para um ganho esperado de 200 g/dia.
FIGURA 1. Pastagem durante o experimento (Fazenda Lamerão, município de Santa Terezinha).
Os animais foram mantidos em pastejo das 7:00 às 16:00 horas, quando eram
recolhidos às baias, figura 2, onde recebiam a suplementação. Tanto no pasto como nas
baias os animais dispunham de água à vontade. A composição química dos componentes
da pastagem nativa e do concentrado é descrita na Tabela 1.
FIGURA 2. Comedouros individuais e baias utilizados para suplementação de acordo com os tratamentos.
1
Participação percentual na mistura. Calcário calcítrico 12,1; fosfato bicálcico 39; enxofre 0; iodeto de
potássio 0,01; sulfato de manganês 1,000; sulfato de zinco 0,500; selenito de sódio 0,005; sulfato de cobre
0,211; sulfato de cobalto 0,047; sal comum 47,127; total 100,00.
13
TABELA 1 - Composição química do concentrado e da forragem disponível na área
experimental.
Constituinte Concentrado Gramíneas
Dicotiledôneas
herbáceas
Matéria seca (%) 90,83 66,54 50,63
Matéria mineral (%) 6,64 7,30 6,70
Proteína bruta (%) 27,84 4,08 9,22
Energia Bruta (Kcal/kg) 5490 4479 4418
Fibra em detergente neutro (%) 8,45 79,27 68,31
Fibra em detergente ácido (%) 3,91 68,31 45,75
4.4 – Disponibilidade de forragem
Para estimativa da produção de matéria seca, foi procedido um levantamento da
disponibilidade inicial (início de agosto antes de distribuir os animais no pasto) e final
(início de outubro após o ensaio experimental) de forragem com o propósito de se
identificar às concentrações de gramíneas e dicotiledôneas herbáceas.
Para estimar a disponibilidade de gramíneas e dicotiledôneas, bem como a colheita
de amostras para análises químicas, foram colhidas vinte e quatro amostras iniciais com
auxilio de uma moldura de ferro, medindo 1,00m x 0,25m Araújo Filho et al. (1998) para
demarcar a área vegetal no solo a ser coletada. Em seguida, foram separadas as gramíneas
das leguminosas herbáceas, pesadas in natura, submetidas à pré-secagem, moídas e
posteriormente agrupadas em amostra composta para a determinação da MS, EB, PB,
FDN, FDA e MM.
Para a estimativa do consumo, foi utilizado a combinação da produção de fezes por
meio do indicador externo o LIPE e a estimativa da fração indigestivel da dieta através do
método da FDN
i.
Na
análise
da
FDN
i
as amostras foram introduzidas no rúmen de
carneiros Santa Inês, através de fístula ruminal as quais permaneceram incubadas por um
período de 120 horas conforme Santos (2006), com o propósito de utilizarmos estas
variáveis como ferramentas na determinação do consumo de forragem e para o cálculo da
estimativa das expressões recomendadas por Forbes (1995).
14
4.5 - Procedimento para abate
O abate foi realizado na medida em que os animais do tratamento 1,5% atingiam
30kg de PV, momento em que os seus pares dos demais tratamentos também eram
abatidos. Antes do abate, os animais foram submetidos a jejum de 16 horas de dieta sólida
e de 12 horas de dieta líquida.
TABELA 2. Disponibilidade de matéria seca, composição florística e digestibilidade da
matéria seca da vegetação herbácea na área de pastejo.
Vegetação Disponiilidade de MS (kg /ha) Composição
florística
DMS
2
(%)
Gramíneas 2.252,8 56,32 45,28
Dicotiledôneas herbáceas 1.746,4 43,66 62,06
2
DMS- Digestibilidade da MS.
Fonte: Santos (2006)
O abate foi realizado através de atordoamento e sangria da veia jugular e artéria
carótida. O sangue foi coletado e pesado, em seguida esfola e evisceração. O trato
gastrintestinal (TGI), a bexiga e a vesícula biliar foram esvaziados e limpos para a
obtenção do peso do corpo vazio (PCV), que foi obtido subtraindo do peso ao abate (PA),
os pesos referentes ao conteúdo gastrintestinal e aos líquidos contidos na bexiga e na
vesícula biliar.
Após a separação dos componentes não constituintes da carcaça foi obtido o peso
da carcaça quente (PCQ), o qual foi utilizado para estimar o rendimento de carcaça quente
(RCQ = PCQ/PA x 100); A estimativa percentual do rendimento biológico ou verdadeiro
(RB) que foi obtida a partir da razão entre o peso da carcaça quente e o peso de corpo
vazio, (RB = PCQ/PCV x 100). Em seguida as carcaças foram resfriadas em câmara fria a
5ºC durante 24 horas, e ao final desse período às carcaças foram pesadas para a obtenção
do peso da carcaça fria (PCF), o qual foi utilizado para estimar o rendimento da carcaça
fria (RCF = PCF/PA x 100) e a perda de peso da carcaça pelo resfriamento, obtida pela
razão entre a diferença dos pesos da carcaça quente e fria e o peso da carcaça quente (PPR
= (PCQ – PCF)/PCQ x 100).
As carcaças foram divididas longitudinalmente e na meia carcaça esquerda foram
realizadas as seguintes mensurações: Comprimento interno da carcaça, distância entre o
15
bordo anterior do osso púbis e o bordo anterior da primeira costela em seu ponto médio;
comprimento da perna, distância entre o trocânter maior do fêmur e o bordo da articulação
tarso-metatarsiano; perímetro da perna, maior distância entre os bordos proximal e distal
da perna; largura da perna, distância entre os bordos interno e externo da parte superior da
perna em sua parte mais larga; profundidade do peito, distância entre o esterno e a
cernelha; conformação da carcaça, avaliação visual subjetiva, da forma da carcaça,
considerando os planos musculares e o acabamento. Também foi determinada a
compacidade da carcaça: razão entre o peso da carcaça fria /comprimento interno da
carcaça.
Em seguida, a carcaça foi dividida em cinco cortes cárneos perna, lombo, costelas
paleta e pescoço conforme Figura 3, os quais foram pesados para cálculo dos seus
rendimentos em relação ao peso da carcaça.
Entre a 12ª e a 13ª vértebras torácicas, foi realizada a secção transversal do músculo
Longíssimus dorsi, onde foi traçado o seu perfil em folhas transparentes e posteriormente
efetuado mensurações para a obtenção da área de olho de lombo (AOL), conforme
metodologia adaptada de Silva Sobrinho (1999). As mensurações constaram de duas
medidas: medida A (comprimento máximo do músculo) e medida B (largura máxima do
músculo), AOL = (A/2 x B/2)π.
FIGURA 3. Divisão da meia carcaça esquerda em cinco cortes cárneos: perna, lombo, costelas paleta e
pescoço.
4.6 - Análise econômica
Para o cálculo do custo do suplemento mineral os ingredientes foram cotados em
outubro de 2004, considerando o preço médio adotado na região de Patos e quando o
16
câmbio era de U$1,00:R$2,90. Assim, o custo do suplemento mineral foi de R$ 0,66/kg, o
custo final do concentrado foi de R$ 0,56/kg.
É importante mencionar que a análise econômica consistiu da produção do borrego
e do custo com alimentação. Os custos com instalações e mão-de-obra variam em função
das características de cada sistema de produção e seriam “fixos” para sistemas semelhantes
que adotassem as mesmas condições de manejo. A análise econômica considerou que
todos os animais com 15 kg foram comprados por R$ 2,50/kg de peso vivo, portanto a
análise econômica reflete tão somente os custos da alimentação.
As variáveis utilizadas para a análise econômica foram as recomendadas por Lana
et al. (1999), descritas da seguinte forma:
Receita bruta média (RBM): obtida multiplicando o peso do ovino (PO) pelo preço
do kg de PV (PçkgPV), definida por: RBM = PO x PçkgPV; Custos com alimentação
(CuA): obtido multiplicando o total de ração consumida (RC) pelo seu respectivo preço
(PçR), definido por: CuA = RC x PçR; Margem bruta média (MBM): obtida pela dife-
rença entre a receita bruta e os gastos com alimentação, definida como: MBM = RBM-
CuA.
4.7 - Delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três
tratamentos e oito repetições. Na análise estatística foi utilizado o programa estatístico
SAS (1999), com os dados sendo submetidos a análises de variância e as médias
comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os níveis de suplementação proporcionaram diferenças no ganho de peso dos
animais, obtendo no final do período experimental animais com estado nutricional
diferenciado. Os animais suplementados com 1,5% e 1,0 % do peso vivo em concentrado,
apresentaram ganho dio diário de 192 e 148g, respectivamente, o que pode ser
explicado pelos níveis de proteína e energia da dieta repercutindo em maior deposição de
tecido muscular e adiposo, principalmente nos ovinos que receberam maior nível de
suplementação.
17
Os animais que não receberam suplementação (0,0% do PV) apresentaram ganho
médio diário de 90g, conseqüência da digestibilidade da forragem, que foi de 45,28% para
gramíneas e 62,06% para dicotiledôneas herbáceas.
Animut et al. (2005), ao trabalharem com ovinos em sistema de pastejo observaram
que o valor nutritivo da forragem, bem como as diferenças nos teores de energia e gasto de
energia durante o pastejo influenciou o crescimento e o ganho de peso dos animais. No
caso específico deste trabalho os resultados obtidos para os níveis de suplementação de
1,5% do peso vivo podem ser considerados compatíveis com às recomendações do AFRC
(1993).
A suplementação alimentar dos animais mantidos em regime de pastejo,
proporcionou maior qualidade da dieta e como conseqüência melhores resultados no peso
final, o que pode ser reflexo da maior capacidade de resposta às suplementações pelas
quais foram submetidos, estes resultados corroboram aos de Rufino (2005), que
trabalhando com desempenho de cordeiros Santa Inês em pastejo, submetidos a diferentes
tipos de suplementação, (200g/dia) e (300g/dia), observou ganho de peso médio diário de
162 e 222g, respectivamente.
Bhatta et al. (2005), trabalhando com cordeiros Malpura na região semi-árida da
Índia, em sistemas de pastejo e com suplementação através de concentrado comercial
(200g/dia) com 13,1% de PB para um dos tratamentos e, noutros três tratamentos, folhas
de árvores das seguintes espécies: A.excelsa, A.indica e B.racemosa, com teor de PB de
19,7, 12,8 e 13,2%, respectivamente, observaram menor ganho de peso nos animais que
não foram suplementados, devido a menor digestibilidade da dieta.
Os resultados relativos às medidas da carcaça são descritos na Tabela 3. Observa-se
que o comprimento interno da carcaça, comprimento da perna, profundidade do peito e
perímetro da perna não foram influenciados (p>0,05) pelos níveis de suplementação. Estas
variáveis, portanto, não foram bons indicadores das diferenças de estado nutricional entre
os animais. Estes resultados corroboram aos obtidos por Tonetto et al. (2004), que
observaram comprimento de carcaça, comprimento da perna e profundidade de peito
semelhantes (p>0,05) em cordeiros meio sangue Ile de France x Texel, criados em três
sistemas de alimentação, com pastagem natural suplementada, pastagem cultivada de
azevém (Lolium multiflorum Lam.) e confinamento, e abatidos com 31 kg.
18
TABELA 3. Médias, coeficientes de variação para comprimento interno da carcaça,
conformação da carcaça, comprimento da perna, profundidade do peito,
largura da perna, perímetro da perna e compacidade da carcaça de ovinos
Santa Inês terminados em pastagem nativa e submetidos a diferentes níveis
de suplementação.
Nível de Suplementação em pastejo (%
do PV)
Variável
0,0% 1,0% 1,5%
CV%
Comprimento interno da carcaça (cm) 51,18a 51,75a 56,00a 8,15
Conformação da carcaça (cm) 1,09b 1,75a 2,00a 30,66
Comprimento da perna (cm) 33,00a 32,92a 35,43a 6,19
Profundidade do peito (cm) 22,72a 22,67a 24,00a 5,76
Largura da perna (cm) 6,56b 6,78b 8,06a 10,06
Perímetro da perna (cm) 11,57a 11,18a 11,62a 14,75
Compacidade da carcaça (kg/cm) 0,129c 0,162b 0,194a 8,68
Médias com letras diferentes na mesma linha diferem (p<0,05) estatisticamente pelo teste de Tukey
Siqueira et al. (2001) encontraram maior comprimento interno de carcaça em
animais Ile de France x Corriedale criados em confinamento e abatidos com 32kg em
relação aos de 28kg. Resultados diferentes foram encontrados neste experimento, que pode
ser reflexo do regime de pastejo tendo relação direta com o uso dos níveis de
suplementação utilizados.
Com relação a conformação da carcaça, observa-se que os animais suplementados
com 1,0% e 1,5% de concentrado foram semelhantes entre si e superiores aos animais não
suplementados, indicando maior deposição de tecido muscular e adiposo, provavelmente
em conseqüência do maior aporte de nutrientes na dieta dos animais suplementados.
Segundo Siqueira et al. (2001), para a variável conformação da carcaça, que está
estreitamente vinculada à condição corporal, quanto maior o peso dos animais, mais
elevada é a conformação, fato que foi confirmado neste trabalho, com os animais do maior
nível de suplementação que apresentaram maiores pesos, refletindo em melhor
conformação da carcaça.
19
Segundo Macedo et al. (2000), os cordeiros criados em sistema de confinamento
apresentam melhor conformação de carcaça que os terminados em pastagem, o que
também pode estar associado aos níveis superiores de gordura na carcaça, em função da
dieta e atividade física dos animais. Segundo estes autores, o tecido adiposo é o
componente da carcaça que apresenta maior variação, sendo influenciado principalmente
pelo sistema de terminação, pelo genótipo e pela razão idade/peso do animal.
Neste experimento, embora os animais estivessem nas mesmas condições de pasto,
a diferença estabelecida pela qualidade da dieta dos animais suplementados, bem como a
maior atividade física dos animais em pastejo, foi suficiente para suprir as exigências
energético-protéicas, proporcionando maior deposição tecidual, resultando em diferenças
na conformação entre os tratamentos.
A largura da perna dos animais do tratamento 1,5% diferiu (p<0,05) em relação aos
tratamentos 1,0 e 0,0%, que foram semelhantes, demonstrando relação positiva do ganho
de peso diário, peso de abate com a deposição de tecido muscular e adiposo na carcaça e na
perna, conforme afirmou Macedo et al. (2000).
Com relação à compacidade da carcaça, observa-se influência da suplementação em
todos os tratamentos, isto é, quanto maior a suplementação, maior a compacidade da
carcaça, o que pode ser explicada pelas variações no peso das carcaças e na ordem de
prioridade dos tecidos, osso, músculo e gordura, uma vez que não ocorreu diferença no
CIC que é dependente do crescimento ósseo.
Siqueira et al. (2001) observaram compacidade superior nos animais sacrificados
com maior peso. Considerando que esse experimento teve relação direta com o uso da
suplementação a qual proporcionou maior qualidade da dieta e conseqüentemente maiores
pesos nos animais suplementados, fica evidente a influência da suplementação na
compacidade da carcaça.
De acordo com esses experimentos, para se atingir maior deposição de tecidos por
unidade de comprimento, é necessário abater os animais com peso mais elevado, o que
reforça a necessidade de obtenção de carcaças mais compactas, neste caso, a utilização de
suplementação na dieta proporcionou pesos maiores, reduzindo a idade de abate
preconizado pela metodologia, refletindo na compacidade.
O peso do conteúdo gastrintestinal, bem como o peso e rendimento da carcaça estão
apresentados na Tabela 4. Observa-se que somente o peso do conteúdo gastrintestinal e o
rendimento biológico não foram influenciados (p>0,05) pelos níveis de suplementação,
20
podendo ser associado ao período de jejum de 16 horas que os animais foram submetidos,
dando tempo aos animais dos diferentes tratamentos alcançarem o mesmo nível de
retenção de conteúdos sólidos e líquidos.
TABELA 4 - Médias e coeficientes de variação para peso ao abate, peso do conteúdo
gastrintestinal, peso da carcaça quente, peso da carcaça fria, peso do corpo
vazio, perda pelo resfriamento, rendimento de carcaça quente, rendimento
de carcaça fria, rendimento biológico e área de olho de lombo de ovinos
Santa Inês em pastagem nativa e submetidos a diferentes suplementações.
Nível de Suplementação em pastejo
(% do PV)
Variável
0,0% 1,0% 1,5%
CV (%)
Peso ao abate (kg) 20,54c 23,63b 27,09a 9,75
Peso do conteúdo gastrintestinal (kg) 5,84a 6,07a 5,86a 14,36
Peso da carcaça quente (kg) 7,66c 9,55b 11,80a 12,89
Peso da carcaça fria (kg) 6,95c 8,70b 10,90a 12,44
Peso do corpo vazio (kg) 14,70c 17,55b 21,22a 10,25
Perda pelo resfriamento (kg) 4,18a 3,33ab 2,88b 24,84
Rendimento de carcaça quente (%) 37,11c 40,39b 43,60a 6,25
Rendimento de carcaça fria (%) 33,68c 36,68b 40,25a 6,24
Rendimento biológico (%) 51,92a 54,37a 55,62a 5,48
Área de olho de lombo (cm
2
) 7,51c 9,16b 10,81a 14,23
Médias com letras diferentes na mesma linha diferem (p<0,05) estatisticamente pelo teste de Tukey.
Os animais suplementados com 1,5% de concentrado em relação ao peso vivo
apresentaram peso de carcaça quente, peso de carcaça fria, peso do corpo vazio,
rendimento de carcaça quente e rendimento de carcaça fria maiores (p<0,05) que os
observados nos animais do tratamento 1,0%, seguidos dos obtidos no 0,0%. A diferença
entre o peso de abate, pode ser relacionada á metodologia que preconizou que no momento
que o animal do maior nível de suplementação atingisse 30 kg seria abatido junto aos seus
pares dos demais tratamentos, isso repercutiu na diferença nos pesos da carcaça e de corpo
vazio.
21
Embora o peso do corpo vazio tenha variado entre os tratamentos,
proporcionalmente ao nível de suplementação, não houve efeito significativo para
rendimento biológico, muito provavelmente devido à semelhança no peso do conteúdo
gastrintestinal, que foi igual em todos os tratamentos.
Uma vez interferindo no peso de abate dos animais, o uso da suplementação
alimentar alterou o PCQ e o PCF o que, por sua vez, se refletiu nos rendimentos, exceto o
rendimento biológico, com os RCQ e RCF crescendo progressivamente com o aumento da
suplementação, obtendo-se no tratamento 1,5%, 43,60% e 40,25% de RCQ e RCF,
respectivamente. Estes resultados indicam que apesar de todos os animais terem recebido
volumoso à vontade, este não foi suficiente nem mesmo para o tratamento com 1,0 % de
suplementação para cobrir as exigências de energia e proteína para se alcançar maiores
ganhos de peso dos ovinos.
Segundo Siqueira (2000), os altos rendimentos podem estar associados à baixa
porcentagem de componentes não-constituintes da carcaça, porém, eles não são suficientes
para justificar a progressiva alteração dos rendimentos em relação aos níveis de
suplementação alimentar, o que pode estar relacionado com a maior deposição de tecido
adiposo nos animais suplementados, bem como à semelhança no peso do conteúdo
gastrintestinal, que foi igual em todos os tratamentos possibilitando maiores rendimentos.
Alves et al. (2003), ao estudarem níveis crescentes de energia metabolizável 2,42,
2,66 e 2,83 Mcal de EM/kg de matéria seca na dieta de ovinos Santa Inês confinados,
observaram crescimento linear para as variáveis PCQ, PCF, PCV, RCQ, RCF. Estes
autores obtiveram RCQ de 45,53; 50,08 e 49,69 para as dietas com 2,42, 2,66 e 2,83 Mcal
de EM/kg, MS respectivamente.
Os resultados reportados por estes autores são superiores aos obtidos neste
experimento, para RCQ. No entanto, pode ser explicado pelo teor de energia da dieta que
influencia a digestibilidade, com elevação do consumo de matéria seca e
conseqüentemente aumento do desempenho dos animais. Além disso, no trabalho de Alves
el al. (2003), os animais apresentam idade mais elevada, em média 180 dias, e foram
abatidos com peso maior 33 kg, o que vem corroborar a afirmação de que o peso da
carcaça é influenciado pelo regime nutricional dos animais, velocidade de crescimento e
idade ao abate (Saniz, 1996).
A perda de peso pelo resfriamento foi menor no tratamento 1,5% em relação ao
tratamento 0,0%. Este resultado pode ser explicado por uma maior deposição de gordura
22
nos animais do tratamento 1,5%, em função da suplementação. A gordura proporciona
menores perdas de água da carcaça destes animais, quando colocados em resfriamento
(Silva Sobrinho, 1999), pois confere proteção a carcaça.
Com relação a AOL observa-se que os animais do tratamento 1,5% apresentaram
AOL maiores (p<0,05) que os observados nos animais de 1,0%, seguidos dos obtidos nos
0,0%. Os níveis de suplementação também influenciaram (p<0,05) a área de olho de
lombo, com maior valor (10,81cm
2
) obtido com os animais suplementados com 1,5% do
PV em concentrado. Considerando que o músculo Longissimus dorsi tem desenvolvimento
tardio, a área de olho de lombo é uma medida que tem sido usada como indicativo de
desenvolvimento muscular no animal. A dieta com maior percentagem de concentrado,
portanto, resulta em benefícios, contribuindo para maior deposição de músculos Prado et
al. (2004).
O resultado obtido para AOL corrobora aos de Gonzaga Neto (2003), que ao avaliar
os efeitos de diferentes níveis de concentrado (30, 45 e 60%) sobre os rendimentos, cortes
comerciais e composição tecidual da carcaça de cordeiros Morada Nova em confinamento,
observou aumento de AOL de acordo com os níveis crescentes de concentrado na dieta.
Visto que a AOL indica a quantidade de carne comercializável, é evidente o progressivo
aumento destas medidas em função de dieta que proporcionou maior aporte de nutrientes
aos animais.
A média observada para esta variável neste trabalho foi superior às relatadas por
Gonzaga Neto (2003) que obteve AOL de (7,89cm
2
) em cordeiros Morada Nova abatido
aos 25 kg recebendo dieta com relação 40% volumoso e 60% concentrado e 17,82% de
PB, e inferiores aos obtidos por ORTIZ et al. (2005), que ao avaliarem o efeito de três
níveis de proteína na ração de cordeiros Suffolk terminados em creep feeding e abatidos
aos 28 kg, observaram valores médios de (13,70, 14,23 e 14,97 cm
2
), para os respectivos
tratamentos (15, 20 e 25% PB).
Os resultados de AOL podem estar relacionados diretamente aos níveis de proteína
da dieta, que neste trabalho foi de 27,84%, a qual repercutiu na qualidade da dieta
proporcionando aumento do período de pastejo e do consumo, com reflexos diretos no
desempenho dos animais.
Considerando que em ambos os estudos foram utilizados animais de raças com
aptidão para a produção de carne, nota-se que este parâmetro apresentou variação, podendo
ser explicado com base na diferença de sistema de criação uma vez que animais em
23
sistema de pastejo desenvolvem maior atividade física resultando em gasto de energia, e,
por conseguinte limitando o desempenho.
Na Tabela 5 são apresentados os resultados referentes ao peso dos cortes comerciais
de acordo com os níveis de suplementação. Observa-se que o maior nível de
suplementação influenciou (p<0,05) os pesos de perna, lombo, costilhar, paleta, e pescoço,
corroborando a constatação de que o somatório dos cortes, ou seja, o PCF variou na mesma
proporção.
TABELA 5 Médias e coeficientes de variação para os pesos de perna, lombo, costilhar,
paleta, pescoço e ½ carcaça reconstituída de ovinos Santa Inês terminados
em pastagem nativa e submetidos a diferentes níveis de suplementação.
Nível de Suplementação em pastejo (% do PV)
Variável
0,0% 1,0% 1,5%
CV%
Perna (g) 1172,50c 1475,00b 1816,50a 10,82
Lombo (g) 350,00b 436,00b 553,25a 16,41
Costilhar (g) 891,00c 1213,75b 1422,50a 12,23
Paleta (g) 743,50b 851,25b 1077,00a 11,31
Pescoço (g) 262,50b 327,75b 435,25a 21,54
½ carcaça reconstituída (g) 3419,5c 4303,75b 5304,50a 10,92
Médias com letras diferentes na mesma linha diferem (p<0,05) estatisticamente pelo teste de Tukey
Resultados semelhantes foram reportados por Gonzaga Neto (2003), que ao avaliar
os efeitos de diferentes níveis de concentrado, (30, 45 e 60%), na dieta de cordeiros
Morada Nova em confinamento, observou crescimento linear para peso de todos os cortes
em função do aumento do concentrado na dieta. No entanto Rufino (2005), não encontrou
diferenças significativas para pesos dos cortes entre os tratamentos 200 e 300 g/dia, o que
pode ser explicado pela metodologia, que preconizou abate de 30 kg para todos os
tratamentos.
As diferenças obtidas para os cortes entre os tratamentos refletem principalmente o
maior crescimento de músculos nos animais suplementados, visto que, a gordura apresenta
crescimento tecidual lento, e o tecido ósseo crescimento precoce, justificando o
progressivo desenvolvimento em função dos diferentes níveis de suplementação.
24
Os resultados obtidos para ½ carcaça reconstituída indicam que a suplementação na
dieta proporciona maior peso de carcaça, o que pode estar relacionado ao aumento da
participação de tecidos muscular, no tratamento 1,0%, e muscular e adiposo no tratamento
1,5% do PV. Esta relação também repercute no peso do costilhar, o que confirma a ordem
de prioridade de deposição dos tecidos, sendo primeiro osso, seguido de músculos e
finalmente gordura (Boggs, 1998). Estes resultados demonstram uma otimização da
capacidade produtiva em função da suplementação, necessitando identificar o nível de
suplementação melhor, que resulte em retorno financeiro para o sistema de produção.
Na Tabela 6 são apresentados os resultados referentes às participações
percentuais, ou seja, rendimento dos cortes comerciais. Observa-se que o rendimento de
perna, lombo e pescoço não foram influenciados pela suplementação, demonstrando
comportamento diferente ao observado para os pesos absolutos destes cortes. Estes
resultados confirmam a lei da harmonia anatômica (Bocard, citado por Siqueira, 2000), a
partir da verificação de que os rendimentos dos cortes, mesmo para peso de abate diferente,
não sofrem grandes variações.
O rendimento de costilhar obtido no tratamento 1,0%, foi de 28,18 que diferiu
(p<0,05) dos 26,04 encontrados 0,0%. Ambos foram semelhantes em relação a 1,5%. Com
relação ao rendimento de paleta observa-se que o maior resultado foi obtido no tratamento
0,0% diferindo (p<0,05), de 1,5 e 1,0% que foram semelhantes.
Os resultados de rendimento de costela indicam maior rendimento deste corte nos
animais suplementados com 1,0% do PV, o que pode estar relacionado ao crescimento de
músculos e gordura. Resultados semelhantes foram reportados por Garcia et al. (2003), que
ao avaliarem diferentes níveis de energia na ração, de cordeiros Suffolk, constataram efeito
significativo para peso e rendimento das costelas de acordo com o aumento do vel de
energia na dieta.
Frescura et al. (2005), ao avaliarem as proporções dos cortes da carcaça, e
características da carne de cordeiros Ile de France x Texel, abatidos aos 28 kg, observaram
maior proporção de costelas nos animais mantidos em pastagem cultivada em virtude da
qualidade da pastagem. Segundo os autores, a maior proporção de costela está relacionada
a maior deposição de gordura.
Rufino (2005), não encontrou diferença para rendimento dos cortes entre os
tratamentos 200 e 300 g/dia, atribuindo este resultado a qualidade da dieta, que
25
proporcionou que os cortes comerciais aumentassem na mesma proporção que aumentou o
peso de toda a carcaça.
TABELA 6 Médias, e coeficientes de variação para rendimento de perna, lombo,
costilhar, paleta, e pescoço de ovinos Santa Inês terminados em pastagem
nativa e submetidos a diferentes níveis de suplementação.
Nível de Suplementação em pastejo (% do
PV)
Item
0,0% 1,0% 1,5%
CV%
Rendimento de perna (%) 34,29a 34,32a 34,25a 3,68
Rendimento de lombo (%) 10,26a 10,06a 10,43a 10,71
Rendimento de costilhar (%) 26,04b 28,18a 26,83ab 5,45
Rendimento de paleta (%) 21,72a 19,87b 20,30b 4,98
Rendimento de pescoço (%) 7,68a 7,55a 8,18a 15,34
Médias com letras diferentes na mesma linha diferem (p<0,05) estatisticamente pelo teste de Tukey
Os resultados referentes a rendimento de paleta foram de 21,72; 19,87 e 20,30 para
os tratamentos 0,0, 1,0 e 1,5% e estão próximos dos resultados encontrados por Garcia et
al. (2003), que ao estudarem as medidas objetivas e a composição tecidual da carcaça de
cordeiros Suffolk, abatidos aos 31 kg e alimentados com diferentes níveis de energia
observaram rendimento de paleta de 20,09; 20,38 e 19,47 para os tratamentos 2,6, 2,8 e 3,0
Mcal de EM/kg de MS, respectivamente. Estes resultados confirmam que existe uma
tendência deste corte em apresentar menor peso absoluto com aumento da idade, devido ao
seu ritmo de crescimento rápido (Sousa, 1993).
Os resultados deste experimento para rendimento dos cortes de carcaça de cordeiros
Santa Inês em regime de pasto foram próximos aos encontrados por Ortiz el al. (2005), que
ao avaliarem o efeito de três níveis de proteína 15, 20 e 25% PB na ração, de cordeiros
Suffolk alimentados e terminados em creep feeding, obtiveram rendimentos de 34,93,
10,68, 19,92 e 9,24% para perna, lombo, paleta e pescoço, respectivamente e Rufino
(2005), que trabalhando com desempenho de cordeiros Santa Inês em confinamento e em
pastejo submetidos a diferentes tipos de suplementação 200 e 300 g/dia encontrou
26
rendimento de 34,47, 10,11, 25,45, 20,04 e 9,91% para perna, lombo, costilhar, paleta, e
pescoço, respectivamente.
Neste estudo, os resultados dos rendimentos dos cortes também foram próximos aos
reportados por Gonzaga Neto (2003), ao avaliar os efeitos de diferentes níveis de
concentrado (30, 45 e 60%) na dieta de cordeiros Morada Nova em confinamento.
Considerando-se a similaridade dos resultados entre os estudos envolvendo animais
de raças com aptidão para a produção de carne, nota-se que esses parâmetros não
apresentam grande variação, independentemente do sistema de criação (cordeiros mantidos
em pastejo com suplementação 1,5% PV e ou mantidos em creep feeding com diferentes
níveis de proteína 15, 20 e 25% PB e ou confinados com diferentes níveis de concentrado).
Na Tabela 7 são apresentados os resultados referentes à análise econômica dos
diferentes níveis de suplementação. Observa-se que a renda bruta média apresentou
diferença estatística de acordo com os níveis de suplementação, fato este que já era
esperado, tendo em vista que quando os animais suplementados com 1,5% do peso vivo
atingiam 30 kg, eram abatidos juntamente com os demais pares.
TABELA 7 Médias das variáveis utilizadas na análise econômica de ovinos Santa Inês
terminados em pastagem nativa e submetidos a diferentes níveis de
suplementação.
Nível de Suplementação em pastejo (% do PV)
Variável
0,0%* 1,0% 1,5%
Consumo (kg) 1,77 19,81 32,52
Custos com alimentação (R$) 1,10 11,10 18,21
Renda bruta média (R$) 14,95c 24,08b 32,61a
Margem bruta média (R$) 13,86a 12,98a 14,39a
Médias com letras diferentes na mesma linha diferem (p<0,05) estatisticamente pelo teste de Tukey
* Correspondente aos custos com mineralização
Com relação a margem bruta média, apesar de não ter havido diferença estatística, a
suplementação talvez possa ser justificada devido as exigências do mercado, por apresentar
carcaças bem conformadas e mais pesadas, as quais o mercado deseja.
27
6. CONCLUSÃO
O incremento da suplementação na dieta de cordeiro Santa Inês em regime de
pastejo, nas condições de clima semi-árido, possibilita a obtenção de menor idade para
abate e características mais desejáveis da carcaça, tais como: melhor rendimento, maior
peso e compacidade, maior área de olho de lombo, menor perda de peso no resfriamento, e
maior peso dos cortes comerciais.
Em termos de análise econômica pode-se concluir que, se o objetivo for obter
carcaças mais leves com peso em torno de 7 kg e com nível mínimo de gordura não
necessidade de suplementação com concentrado, mas, se o objetivo for obter carcaças
pesando de 10 a 12 kg e com melhor nível de acabamento recomenda-se suplementação
com 1,0 a 1,5 % do peso vivo com concentrado.
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