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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ESTUDO COMPARATIVO DAS DEFORMIDADES
TORÁCICAS DOS TIPOS PECTUS EXCAVATUM E PECTUS
CARINATUM COM AUXÍLIO DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA.
Caroline Denadai Eleutério
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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
NÚCLEO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS
ESTUDO COMPARATIVO DAS DEFORMIDADES
TORÁCICAS DOS TIPOS PECTUS EXCAVATUM E PECTUS
CARINATUM COM AUXÍLIO DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA.
Caroline Denadai Eleutério
Orientador: Prof. Dr. Olavo Ribeiro Rodrigues
Dissertação apresentada à Universidade de Mogi das
Cruzes, para a obtenção do Título de Mestre em
Engenharia Biomédica.
Mogi das Cruzes
Março de 2005
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i
ii
iii
DEDICATÓRIA
Esta conquista, dedico à minha mãe Carmen Denadai, que
sempre percorrendo por caminhos difíceis, deu-me o melhor.
Com sua inteligência, amor e dedicação, fez-me o que sou.
E, ao meu marido Flávio T. Todoroki, que me incentivou e
compartilhou das horas difíceis.
Obrigada!
iv
AGRADECIMENTO AO ORIENTADOR
Ao Prof. Dr
o
Olavo Ribeiro Rodrigues
Pela honestidade e dedicação. Reconhecendo que sem suas
exigências e severidade, não seria possível estar agora
contemplando com essa conquista, sem que eu desse o
máximo de minha capacidade. Desejo que Deus o abençoe e
o recompense.
v
AGRADECIMENTOS
Ao atingir mais uma etapa de minha jornada, quero
agradecer às pessoas que ajudaram a superar as
dificuldades.
Agradeço minha amiga Nazaréti Pereira Ferreira Alves, que
com sua amizade, dedicação e experiência me auxiliou.
Ao meu padrasto “Toninho” que sempre esteve pronto a me
ajudar e apoiar.
Meus sinceros agradecimentos ao Eng
°
Roberto Carlos
Guimarães, que com sua nobreza de caráter, sabedoria e
paciência contribuiu de maneira insubstituível com a
realização dessa obra.
O meu muito obrigada aos médicos: Dr. Aurelino Fernandes
Schmitd Jr. e Dr. Roberto Storte Matheus, que com espírito
de pesquisa e solidariedade, se empenharam na
documentação dos pacientes.
Agradeço a coordenadora do curso Prof
a
Dr
a
Annie France
Frère Slaets pela oportunidade, pelas sugestões e sobretudo
pela paciência demonstrada no decorrer do curso.
Aos meus alunos que se propuseram a me ajudar.
Ao Dr. Eduardo Rebeis que foi solidário e indispensável
durante a realização deste trabalho.
vi
Aos pacientes e familiares, agradeço por fazerem possível a
conclusão desta pesquisa.
Não posso esquecer de meu companheiro de curso “Bi” que
se dedicou para colaborar com essa pesquisa.
Muito obrigado a todos vocês!!!
vii
ELEUTÉRIO, Caroline Denadai. Estudo Comparativo das Deformidades Torácicas dos tipos
Pectus Excavatum e Pectus Carinatum com auxílio de Computação Gráfica. Dissertação de
Mestrado.Universidade de Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes - São Paulo, 2005. x + 79
RESUMO
Foram examinados 7.344 alunos matriculados em escolas da rede pública estadual da cidade de
Mogi das Cruzes, no ano de 2003, com objetivo de que deformidades torácicas fossem
identificadas. Dessa pesquisa, foram encontradas 68 crianças (0,92%), portadoras desde
deformidades discretas até deformidades acentuadas. Selecionou-se 17 crianças portadoras de
defeitos mais acentuados por estudo qualitativo e quantitativo, sendo oito Pectus Carinatum
(47,0%) e nove Pectus Excavatum (52,9%). Foram realizadas medidas entre vários pontos
anatômicos do tórax, em posição ortostática, na visão anterior e posterior do tórax. Realizaram-se
também, estudos radiográficos do tórax em 11 crianças (64,7%) para medidas de Luc Derveaux.
Também, na avaliação antropométrica, utilizaram-se as medidas, recentemente propostas por
Rebeis, para avaliar o afundamento esternal e foram aplicados os mesmos critérios para avaliar a
protusão do esterno. Foram feitas documentações fotográficas em toda amostra selecionada. Por
meio da computação gráfica, comparou-se o método de avaliação antropométrica do tórax
descrito por Rebeis com o método radiográfico de Luc Derveaux, através da reprodução
geométrica das deformidades. Os resultados da computação gráfica demonstraram que foi
possível reproduzir um modelo computadorizado da deformidade, a partir das medidas
antropométricas adicionadas à fotogrametria. O método de avaliação quantitativa, por radiografia
torácica (Luc Derveaux), quando comparado ao método antropométrico de Rebeis, demonstraram
ser coerentes e úteis na avaliação das deformidades dos tipos Pectus Carinatum e Pectus
Excavatum.
Palavras-chave: Deformidade Torácica / Avaliação / Computação Gráfica / Pectus Excavatum /
Pectus Carinatum.
viii
ELEUTÉRIO, Caroline Denadai. Comparative Study of the Thoracic Defect Types Pigeon Chest
and Funnel Chest by means of Computer Graphic. Máster Degree Dissertation. Universidade de
Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes – São Paulo, 2005. x + 79.
ABSTRACT
The present study examined 7.344 students enrolled in the public schools of the city of Mogi das
Cruzes in 2003; the target of such examination was to spot out thorax deformities. It was found
that 68 children (0,92%) held minor to major deformities. Seventeen subjects were selected as
they held major deformities, these children were selected upon a qualitative and quantitative
study, as eight held Pectus Carinatum (47,0%) and nine Pectus Excavatum (52,9%). Measures
were taken between several anatomic points of the thorax in the orthostatic position having
anterior views and posterior views taken. Chest radiography studies were performed in 11
subjects (64,7%) for Luc Derveaux measures. Also for the anthropometric evaluation it was used
measures recently proposed by Rebeis to assess the deepening of the esternum the same criterion
was used in order to measure the protrusion of the sternum. Photographic documentation was
done of all the selected sampling. Through means of computer graphics, the anthropometric
evaluation was compared to the thorax depicted by Rebeis with the radiographic method of Luc
Derveaux, through the geometric reproduction of the deformities. The computer graphic outcome
showed that it was possible to reproduce a computerized model of the deformity from the
anthropometric measures added to photogrammetry. The quantitative evaluation, method through
chest radiography (Luc Derveaux), when compared to the anthropometric of Rebeis, showed to
be sensible among each other and may be useful on the evaluation of deformities types such as
Pectus Carinatum and Pectus Excavatum.
Key Words: Thorax Deformities / Evaluation / Computer Graphic / Pigeon Chest / Funnel Chest
ix
SUMÁRIO
RESUMO................................................................
................................................
ABSTRACT...........................................................................................................
ÍNDICE DE TABELAS........................................................................................
INTRODUÇÃO......................................................................................................
OBJETIVOS...........................................................................................................
LITERATURA.......................................................................................................
MÉTODO
Amostra................................................................................................................
Procedimentos......................................................................................................
RESULTADOS......................................................................................................
DISCUSSÕES........................................................................................................
CONCLUSÕES......................................................................................................
REFERÊNCIAS.....................................................................................................
ANEXOS................................................................................................................
APÊNDICES..........................................................................................................
vii
viii
x
01
05
06
13
13
13
31
41
50
51
54
64
x
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA I - Tipos de deformidades torácicas
encontradas............................................
TABELA II - Relação entre deformidades torácicas e gênero .......................................
TABELA III - Relação entre etnia e Pectus Excavatum ..........................................
......
TABELA IV - Relação entre etnia e Pectus Carinatum .................................................
TABELA V - Relação entre etnia e Pectus Misto
...........................................................
31
32
33
34
34
1
INTRODUÇÃO
As mais comuns das deformidades torácicas encontradas são denominadas Pectus
Excavatum que é a deformidade com depressão do esterno e das cartilagens costais inferiores e,
Pectus Carinatum que é constituída pela proeminência do esterno, principalmente, na sua porção
média e inferior (HEBRA, 2001).
A deformidade Pectus Excavatum, conhecida entre os leigos como “peito de
sapateiro”, “peito escavado” ou “tórax escavado”, é uma deformidade em depressão do esterno e
cartilagens costais inferiores, eventualmente acompanhada de deformidade da extremidade
anterior das costelas na sua articulação com as cartilagens costais. A protusão das cartilagens
costais anteriores, no rebordo costal, acentua a percepção do defeito. Habitualmente, a segunda
costela, a cartilagem costal e o manúbrio são normais.
A deformidade Pectus Carinatum, conhecida entre os leigos como "peito de pombo"
ou "tórax em quilha", é a deformidade constituída pela proeminência do esterno, principalmente,
na sua porção média e inferior e acompanhada, quase sempre, de depressão costal bilateral
inferior, causada pelo encurvamento para baixo das cartilagens costais e das extremidades das
costelas (TARANTINO, 1990).
Haller (1972) descreve, como hipóteses etiológicas, algumas teorias. A posição intra-
uterina predominante do feto, no qual a pressão dos joelhos, cotovelos e calcanhares sobre o
esterno determinaria a deformidade, é pouco aceitável, pois a conseqüência seria de um número
maior de casos. A existência de uma maior flacidez da região pré-esternal (fator congênito) e
sucção pela pressão sub-atmosférica vigente no espaço pleural, também, é pouco provável devido
à fisiologia pulmonar. O desenvolvimento retardado ou anormal do esterno não procede, pelo fato
de que após inúmeras observações, a posição do esterno demonstrou ser conseqüência e não a
2
causa da deformidade.
A teoria da filis congênita fez-se improvável, pelo fato de que a sífilis congênita
tornou-se muito rara e a freqüência das deformidades condroesternais continuou inalterada. A
hiperplasia tímica, assim como o encurtamento da porção tendinosa do diafragma, que atrairia o
esterno para dentro e provocaria o crescimento anormal das costelas, também são exemplos de
hipóteses não confirmadas.
Lester (1957) atribuiu a presença do Pectus Excavatum como sendo um
desenvolvimento anormal do diafragma.
A presença de desvio do coração para a esquerda, nos portadores de Pectus
Excavatum, sugeriu a teoria de que a falta de suporte do coração para o esterno e/ou a pressão
negativa intratorácica deslocaria o esterno para dentro. O fator genético ou predisposição familiar
parece incontestável, pois que dados de várias estatísticas permitem concluir que 15% a 20% dos
portadores de defeitos estudados têm uma história familiar referindo incidência de casos
semelhantes na família (TRENCH, 1983).
Haller (1972) descreveu a hipótese etiológica que parece ser a mais aceitável e lógica,
atribuindo tanto o tórax com deformidade em Pectus Carinatum como o tórax com deformidade
em Pectus Excavatum a um defeito de desenvolvimento das cartilagens costais. No crescimento
anormal das cartilagens, as forças decorrentes desse aumento determinariam uma projeção do
esterno para frente (gerando um tórax com Pectus Carinatum), ou para trás, (gerando um tórax
com Pectus Excavatum). O sentido do desvio seria determinado por causas mecânicas, ainda não
bem definidas. A hipótese de desenvolvimento anormal das cartilagens condrogladiolares
determinando protusão do corpo do esterno já havia sido sugerida por Brodkin em 1949.
Com o objetivo de estudar formas de tratamento dessas deformidades, surgiram
algumas propostas de avaliação do defeito para tornar-se um critério prático nas indicações
3
cirúrgicas para a correção dessas deformidades torácicas.
A criação desses índices poderá ter valor para quantificar as deformidades, embora a
escolha do tipo de tratamento e a decisão de escolher o momento ideal para a correção cirúrgica
tem sido feita seguindo critérios meramente qualitativos.
Haller (1978) criou um planímetro espacial para medir o defeito ou avaliar
quantitativamente a deformidade.
Halbrecht (1985) propôs um método de avaliação baseado em medidas radiográficas,
eletrocardiograma, espirometria e medidas da superfície do tórax utilizando fotografia, para criar
critérios objetivos da indicação cirúrgica.
Nakahara (1987) e Keszler (1999) utilizaram-se de tomografia computadorizada na
quantificação ou mensuração da deformidade.
Derveaux, L. et al (1989) criou um índice, baseando-se em medidas radiográficas,
para quantificar e qualificar a deformidade torácica.
Rebeis, E. et al (2004) com o mesmo objetivo, propôs medir a deformidade em Pectus
Excavatum utilizando-se de um equipamento constituído por: parafuso, esquadro, régua e nível e,
criou um índice para quantificar a deformidade.
Consta em relatórios da Aliança Brasil-Japão (2000), que o município de Mogi das
Cruzes apresenta uma diversidade étnica acentuada, porque recebeu grande quantidade de
imigração japonesa no século passado e houve grande miscigenação entre japoneses e brasileiros
neste município.
Observa-se, na literatura, uma deficiência de estudos referentes às deformidades
torácicas relacionadas à etnia, principalmente, com relação ao grupo étnico de cor amarela e seus
respectivos miscigenados. Esse fato nos motivou estudar as prevalências das deformidades
torácicas em uma amostra de indivíduos com Pectus Carinatum e Pectus Excavatum na cidade de
4
Mogi das Cruzes e testar por meio de estudo comparativo dois métodos utilizados na
quantificação das deformidades, utilizando-se de recursos de computação gráfica.
5
OBJETIVOS
O presente trabalho teve como objetivos:
1- estudar a freqüência das deformidades torácicas do tipo Pectus Excavatum e
Pectus Carinatum, em alunos da 1
a
à 8
a
série do ensino fundamental, com idade entre 07 a 15
anos, matriculados nas escolas públicas da cidade de Mogi das Cruzes, no ano de 2003,
observando a relação entre a miscigenação branco/amarela, gêneros e as deformidades;
2- Reproduzir um modelo da deformidade, utilizando-se de computação gráfica;
3- Comparar dois métodos quantitativos e qualitativos de avaliação da
deformidade torácica, por meio de computação gráfica.
LITERATURA
6
LITERATURA
De acordo com Kisner e Colby (1992), a caixa torácica tem como função principal
proteger os órgãos internos da respiração e circulação. A mesma é constituída, principalmente,
por uma estrutura esquelética e uma estrutura muscular.
Conforme Yokochi (1993), a estrutura esquelética da parede anterior do tórax é
formada por 12 pares de costelas dispostas na direção crânio-caudal. As costelas são
denominadas: sete, como verdadeiras, por estarem diretamente ligadas ao esterno através das
cartilagens e, cinco, classificadas como falsas, por estarem ligadas indiretamente ao esterno, onde
pode-se observar que destas cinco, duas são flutuantes (terminação livre). Completando a parede
do tórax, o esterno é dividido em três partes: manúbrio, corpo e processo xifóide. Sendo a
estrutura muscular da parede do tórax composta por: músculo subscapular, músculo grande
dorsal, músculos intercostais externos, músculos intercostais internos, músculo serrátil anterior,
músculo esternocleidomastóideo, músculo transverso do tórax, músculo peitoral maior, músculo
peitoral menor, músculo oblíquo externo, músculo oblíquo interno e músculo diafragma.
Segundo Webber (1998), o tórax no indivíduo adulto deverá ser simétrico às costelas,
descendo a, aproximadamente, 45º graus com relação a coluna, porém existem alguns indivíduos
em que esta condição não está presente. Assim é denominado como deformidade torácica, tendo
como principais classificações: Pectus Carinatum e Pectus Excavatum.
Jacob, O e Testut, L. (1988) consideram que o tórax tem a forma de um cone
achatado na frente e atrás, que possui um ápice com orifício elíptico, cujo plano está inclinado
para frente e para cima e uma base mais larga. Suas dimensões variam de acordo com o nero e
o momento da respiração. Através de estudos anatômicos, obteve-se, como média de dimensões
anatômicas do tórax em um indivíduo adulto, a altura de 12 centímetros na região anterior e 27
7
centímetros na região posterior, de 32 a 34 centímetros entre as laterais, com cinco centímetros
por 12 centímetros no estreito superior (ápice) e, com 12 centímetros por 27 centímetros, no
estreito inferior (base).
De acordo com Hebra (2001), Pectus Excavatum é a anormalidade mais freqüente da
parede torácica comparada com o Pectus Carinatum; sendo 90% dos casos de Pectus Excavatum
e, de 5% a 7%, os de Pectus Carinatum. É estimado que o Pectus Excavatum acontece em 1 de
300 a 400 nascidos, com predominância masculina (3 homens para 1 mulher). Por sua vez, tal
alteração é diagnosticada no primeiro ano de vida (em 90% dos casos). No entanto, não existem
dados específicos disponíveis, considerando diferenças étnicas, embora saiba-se que as
deformidades aparecem com maior prevalência em brancos.
Harcke, H. T.; Bowen, J. R. e Haje, S. (1998) também afirmam que a deformidade em
Pectus ocorre na proporção de 1 em 300 pessoas, não especificando, porém, qual tipo ocorre com
maior freqüência. Relatam que as deformidades severas podem causar dificuldades respiratórias,
são esteticamente sem atrativo e, têm um efeito psicológico negativo sobre o paciente. Ao
realizarem estudos de imagens das deformidades esternais em Pectus, por perturbação de
crescimento, com objetivo de determinar a influência do crescimento esternal, no
desenvolvimento dessa deformidade e, ao correlacionarem estudos de imagens com aspectos
clínicos de diferentes tipos destas deformidades, afirmaram que lesões nestas lâminas de
crescimento podem provocar deformidade ou produzir perturbação de crescimento secundária em
adição àquelas que estão presentes primariamente na deformidade. Sendo freqüente observar
uma depressão da porção inferior do esterno nas deformidades do tipo Pectus Carinatum
Localizados que predominam na região superior do tórax. Dessa forma, o Pectus Carinatum
inferior é descrito como a desproporção entre o crescimento diminuído da porção inferior do
esterno e o crescimento continuado das cartilagens costais envolvidas, o que acabaria empurrando
8
a porção inferior do esterno para frente. Por sua vez, Pectus Excavatum Largo refere-se a uma
depressão ampla que envolve as cartilagens costais numa extensão grande, freqüentemente,
começando no nível das cartilagens costo-condrais. O crescimento anterior das cartilagens costais
empurraria o esterno para trás e provocaria a deformidade. Desta forma, parece provável que o
desenvolvimento e crescimento das cartilagens costais são totalmente responsáveis pela gênese
dessa deformidade. No que diz respeito à deformidade do tipo Pectus Excavatum Localizada, o
defeito pode ser causado por uma associação de perturbações no crescimento da parte anterior do
esterno e na parte posterior das cartilagens costais envolvidas.
Com relação ao Pectus Carinatum, autores como Catalleto (2001) relatam que esta
deformidade ocorre em menor freqüência, não despertando o mesmo interesse para estudos como
o Pectus Excavatum.
Coelho (1988) também afirma que a deformidade torácica Pectus Carinatum não é
percebida com a mesma freqüência, do que o Pectus Excavatum, motivo pelo qual acredita-se
que sua ocorrência seja mais adquirida do que congênita. Embora tenha sido descrita em recém-
nascidos, essa deformidade é mais freqüentemente identificada em plena infância. O defeito é, na
maioria das vezes, progressivo com o crescimento, e acompanhado de poucos ou nenhum
sintoma cárdio-respiratório. Os sintomas, porventura presentes, são decorrentes de doença
associada ou perturbações de ordem psicológica. É rara ocorrência de Pectus Excavatum em
negros, sendo tal deformidade associada a várias doenças congênitas como, cardiopatias
congênitas, Síndrome de Marfan,
S. Pierre Robin, ndrome de Prune Belly, paralisia cerebral,
esclerose tuberosa, costela cervical bilateral,
hérnia diafragmática congênita, neurofibromatose,
fenda palatina,
agenesia pulmonar, enfisema lobar congênito e Síndrome de Poland. Portanto, a
teoria mais aceita e utilizada para descrever o Pectus Excavatum, inclusive como base para
tratamento cirúrgico, é a de que seria um crescimento exagerado das cartilagens costais que
9
empurraria o esterno para trás, deprimindo-o.
De acordo com Trench (1983), o desvio do coração para a esquerda nos portadores de
Pectus Excavatum levou à teoria de que tal fato seria causa e não conseqüência: faltaria o suporte
do coração para o esterno e/ou a pressão negativa intratorácica atrairia o esterno para dentro. Isso
levou Wooler a idealizar uma técnica para correção do Pectus Excavatum, que consistia em
suturar a borda esquerda do pericárdio à borda direita e posterior do esterno, trazendo o coração
para a linha mediana.
Keszler, G. J. P. (1999) relata que existe uma discordância considerável na literatura
com relação à técnica de reparo cirúrgico das deformidades da parede torácica anterior. Dessa
forma, realizou medidas (“índice de Pectus”) em exames do tipo tomografia computadorizada.
Aqui, os índices foram realizados com uma equação: A/B X 100 no qual, A demonstrava a
distância esterno-vertebral interna e B demonstrava o diâmetro transverso do tórax. Sendo que os
valores normais foram pré-estabelecidos de 35% a 45%.
Hebra (2001) confirma os estudos de Coelho (1988) e acrescenta que a deformidade
do tipo Pectus Excavatum, apesar de congênita, não se fator genético ligado ao cromossomo x
ou y.
Donnelly, L. et al (1999) com o objetivo de avaliar a freqüência de variações
anatômicas da parede anterior do tórax em crianças, utilizaram tomografias computadorizadas do
tórax de 200 crianças, sendo 114 meninos e 86 meninas, com média de idade de 10,5 anos,
durante um período de 20 meses. A freqüência de anomalias da parede torácica foi comparada
com a idade e sexo. Os resultados obtidos por esses autores nas tomografias computadorizadas
(33% das crianças avaliadas) apresentaram uma ou mais variações da parede torácica anterior: 29
casos de esternos inclinados, 19 casos de convexidades proeminentes das cartilagens costais, 20
casos de assimetrias proeminentes das cartilagens costais, quatro casos de Pectus Excavatum
10
moderados e quatro casos de Pectus Carinatum moderados. Por fim, concluíram que as variações
na parede anterior do tórax são comuns, ocorrendo em um terço das crianças, e podem ser
consideradas normais, não podendo ser consideradas alarmantes quando encontradas no exame
físico. Alterações funcionais de natureza cardio-respiratórias podem ocorrer somente em casos
extremos de Pectus Excavatum e, 90% das correções cirúrgicas ocorrem apenas por razões
estéticas ou para evitar alterações psicológicas.
Albrecht, A. E.; Horst, M. (1985), ao descreverem os resultados de cirurgia para
correção de deformidades torácicas do tipo Pectus Excavatum, informaram como critérios de
investigação, o eletrocardiograma, a função pulmonar, medidas radiográficas e fotogrametria no
plano frontal do tórax (posição de Moire).
Schoenmakers, M. et al (2000), durante um estudo sobre a necessidade ou não da
fisioterapia como um tratamento adjunto ao tratamento cirúrgico de deformidades da parede
torácica anterior, investigaram as anormalidades torácicas encontradas e avaliaram sua evolução
durante o período pós-operatório de 18 meses. Foram estudados 21 pacientes, 16 com Pectus
Excavatum e cinco com Pectus Carinatum. Todos foram avaliados seis semanas antes da cirurgia
e, seis semanas, seis meses e 18 meses após a correção cirúrgica. Esses autores observaram
alterações posturais em 25 pacientes (dez com postura fraca, 11 com escoliose e quatro com
fraqueza dos músculos abdominais) durante a avaliação pré-operatória. No período s-
operatório aumentou transitoriamente a freqüência dessas alterações. No entanto, essas alterações
posturais tiveram uma recuperação significativa no período pós-operatório tardio. A escoliose
está presente em 26% dos casos de Pectus Excavatum.
Haller et al (1978) relataram que um dos mais difíceis problemas que restam no
tratamento das deformidades da caixa torácica (especialmente com relação ao Pectus Excavatum)
é o de como medir e registrar de modo exato e objetivo o grau da deformidade. Assim,
11
descreveram um estudo realizado durante um período de 18 meses, utilizando um sistema de
medição realizada na anatomia superficial da caixa torácica. A técnica de medição permitiria uma
comparação entre a deformidade pré-operatória e a melhora pós-operatória. Desenvolveu-se um
tipo de planímetro espacial, que pudesse substituir a utilização de um calibrador para mapear a
configuração do tórax (parecido com os utilizados na medição do diâmetro da pélvis em mulheres
grávidas). Desta forma, a criança deve ser colocada na posição supina em uma maca padrão na
qual o planímetro deverá está montado. As medidas ocorrem em cortes transversais a 2,0 cm. A
largura do tórax e seu comprimento (considerado da cicatriz umbilical à região supra-esternal)
também é registrado no gráfico.
Nakahara et al (1987) observaram tomografias computadorizadas como método de
avaliar e quantificar as alterações da parede torácica. Ressaltaram, como importantes, os
seguintes pontos: a distância transversal do tórax; a distância entre o ângulo anterior e o posterior
das costelas do lado do hemitórax de maior deformidade; a distância entre o ângulo anterior e o
posterior das costelas do lado do hemitórax de menor deformidade, e a máxima distância
perpendicular da superfície anterior da parede torácica até o ponto anterior da vértebra
correspondente. Através desses pontos, foram criadas frações para quantificar em graus a
depressão, a assimetria e a relação entre o diâmetro antero-posterior e latero-lateral.
Rebeis, E. et al (2004) realizaram estudos antropométricos nas deformidades torácicas
do tipo Pectus Excavatum, com objetivo de quantificar quanto o tórax deformado está deprimido.
Utilizando uma régua, um esquadro e um nível e, com o paciente em D.D.H. (decúbito dorsal
horizontal), em mesa plana e paralela ao piso da sala de exame, foram realizadas as medidas no
momento da inspiração e obteve-se um índice. Esse índice objetiva quantificar o grau da
deformidade torácica e se propõe ser de valor na indicação da correção cirúrgica da deformidade.
Derveaux, L. et al (1989) sugerem um método de quantificação da
12
deformidade.Utilizando uma radiografia torácica latero-lateral, os mesmos realizam duas medidas
distintas. A primeira medida mede a distância entre a superfície interna do ângulo de Louis e da
coluna vertebral e, a segunda mede a distância entre a superfície interna do apêndice xifóide e da
coluna vertebral. Sendo tais valores, expressos na relação entre as duas medidas.
Considerando-se os avanços tecnológicos, no que diz respeito a diagnósticos clínicos,
encontram-se ainda dificuldades de avaliar, quantitativamente, e de maneira objetiva as
deformidades torácicas.
Verifica-se que existem muitos autores que, no decorrer dos tempos, m tentando
criar métodos de avaliar as deformidades torácicas de forma eficaz, prática e de baixo custo
(Haller, 1978; Albrecht, 1985; Nakahara,1987; Luc Derveaux, 1989; Keszler, 1999 e; Rebeis,
2004), além de se observar a insuficiência de um modelo fidedigno que avalie quantitativamente
e objetivamente o grau da deformidade.
Esse fato nos motivou a fazer esta pesquisa, associando medidas antropométricas de
superfície, medidas radiográficas, medidas fotográficas e de computação gráfica na avaliação das
deformidades torácicas
13
MÉTODO
AMOSTRA:
A amostra consistiu-se em 17 crianças alunas de 1
a
à 8
a
série do ensino fundamental
com idade ente 07 a 15 anos, portadoras de Pectus Carinatum e Pectus Excavatum. Esses casos
foram selecionados dentre 68 crianças portadoras de deformidades torácicas diversas, observadas
em 7.344 alunos examinados e matriculados nas escolas da rede pública estadual da cidade de
Mogi das Cruzes, no ano de 2003.
Foram selecionados 17 casos de crianças portadoras de defeitos mais acentuados para
o estudo quantitativo, 8 eram portadores de Pectus Carinatum e 9 eram portadores de Pectus
Excavatum
PROCEDIMENTOS:
Foi elaborada uma ficha de protocolo para coleta dos dados individuais de cada
criança portadora da deformidade torácica (Anexo I).
Obteve-se a autorização da Delegacia Regional de Ensino (DRE), para visitar as
escolas da rede pública estadual de Mogi das Cruzes no período de aulas. Foram visitadas 31
escolas no município (Anexo III).
O projeto teve aprovação do Comitê Nacional de Ética na Pesquisa (CONEP), sob o
n
o
002/2003, para sua aplicação em pesquisa em seres humanos, obedecendo à legislação
pertinente e à resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (Anexo II)
Durante as visitas às escolas foi apresentado o termo de consentimento esclarecido aos
14
pais precedendo o exame físico (Anexo IV) e, um álbum contendo fotografias das diversas
deformidades torácicas pesquisadas (Anexo V).
Procedeu-se a anamnese e exame físico das crianças seminuas que apresentavam
deformidades. Coletou-se os seguintes dados: idade, sexo, grupo étnico e tipo de deformidade
(assimetria torácica, defeito discreto e “Pectus” característico).
Foram examinados 7344 alunos no total. Por critérios qualitativos (Ravitch, 1949 e
1960), foram selecionados somente crianças que apresentavam as deformidades mais acentuadas,
que preenchiam os critérios de deformidades do tipo Pectus e desconsiderados os mild
defects” (defeitos discretos).
A. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS GERAIS
No estudo entre os pontos anatômicos do tórax, com o indivíduo em ortostatismo
(posição de pé), utilizou-se de uma fita métrica para medir a distância entre os seguintes pontos:
Vista anterior: distância entre os acrômios, distância entre os mamilos, distância entre mamilos e
acrômios, distância entre mamilos e incisura jugular, distância entre mamilos e processo xifóide,
distância entre incisura jugular e processo xifóide e distância entre processo xifóide e cicatriz
umbilical (Fig. 1). Vista posterior: distância entre os acrômios, distância entre os acrômios e
ângulos inferiores das escápulas, distância entre os ângulos inferiores das escápulas e espinhas
ilíacas póstero-superiores (Fig. 2).
Foram feitas, também, na avaliação antropométrica da deformidade: cirtometria (Fig.
3), medidas de Luc Derveaux, através do estudo de radiografias de tórax (Fig.4), medida da
distância entre o ápice da deformidade até a vértebra correspondente, também, por meio de
estudo de radiografias (Fig. 5) e, medidas de Rebeis propostas para medir o afundamento e,
utilizando o mesmo equipamento mediu-se a protusão do esterno (Fig. 6,7 e 8) (Anexo V).
15
Fig. 1: DISTÂNCIA ENTRE OS PONTOS ANATÔMICOS - Posição Anterior
16
Fig. 2: DISTÂNCIA ENTRE OS PONTOS ANATÔMICOS – Posição Posterior
17
Fig. 3: CIRTOMETRIA TORÁCICA
Com relação ao diâmetro do tórax, foi realizada a cirtometria torácica tomando-se a
medida em 2 pontos distintos: a primeira foi realizada na linha axilar, no fim de uma expiração
máxima, e a segunda foi realizada na linha do apêndice xifóide, no fim de uma expiração máxima
(Fig.3).
B. MEDIDAS RADIOGRÁFICAS - ÍNDICE DE LUC DERVEAUX
Dentre os 17 casos, realizou-se radiografia torácica em 11 (64,70%) dos casos em
posição lateral.
Nas radiografias em posição lateral do tórax, realizou-se o índice proposto por LUC
DERVEAUX (1989). Com a utilização de uma régua, foram feitas 2 medidas. A primeira
medida, entre o ângulo de Louis e a coluna vertebral (Distância LM), e a segunda, entre o
processo xifóide e a coluna vertebral (Distância CP) (Fig. 4). Obtendo-se um índice expresso
por: LM/CP.
18
Fig. 4: UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE LUC DERVEAUX Traçam-se duas retas no plano
horizontal: 1. Entre o ângulo de Louis e a vértebra correspondente (ML); 2. Entre o apêndice xifóide e a
vértebra correspondente (PC) para quantificar as distâncias,utilizando-se a radiografia de rax na posição
lateral.
Nas radiografias, foi adicionada a distância entre o corpo do esterno e a 7
a
vértebra
dorsal (Distância ON), medida esta, escolhida por nós, para traçar uma linha horizontal em que se
expressa a maior ou menor distância antero-posterior. Essa medida foi necessária para estabelecer
parâmetros matemáticos de comparação entre as medidas de Luc Derveaux e de Rebeis. Posto
que essa medida representa o diâmetro interno da deformidade. Utilizou-se de uma régua em
plano horizontal, para quantificar a distância antero-posterior do tórax (Fig. 5).
19
Fig. 5: DISTÂNCIA ENTRE OS PONTOS ANATÔMICOS – Traça-se uma reta horizontal entre o corpo do
esterno e a 7
a
vértebra dorsal (ON), quantificando a distância por meio de radiografia torácica em posição
lateral.
C. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS COMPLEMENTARES - ÍNDICE DE REBEIS
Para medir o grau do tórax deformado se, deprimido ou protuso, utilizou-se a técnica e
o equipamento proposto por Rebeis para Pectus Excavatum (Fig.6). Utilizando-se de uma régua,
esquadro e nível e, com o paciente em decúbito dorsal horizontal (D.D.H), em mesa plana e
paralela ao piso da sala de exame, foram realizadas duas medidas distintas: medida A’B
(distância entre o plano mais baixo e tangencial à coluna torácica e o plano paralelo ao da coluna
e tangencial ao ponto mais alto do rebordo costal) e, medida AB (distância entre o plano
tangencial ao ponto mais alto do rebordo costal e o plano que contenha o ponto mais baixo do
20
esterno, sendo ambos paralelos ao plano tangencial à coluna) (Fig. 6,7 e 8). Obtendo-se o índice
de Rebeis expresso por: AB/A’B’.
Fig. 6: UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE REBEIS Ajusta-se o nível no ápice da deformidade e o
parafuso no centro da deformidade (Distância AB).
Fig. 7: UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE REBEIS Quantificação em centímetros da profundidade
do esterno
.
Esta medida é determinada pelo deslocamento do passo do parafuso.
21
Fig. 8: UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE REBEIS – Ajusta-se o nível no ponto mais alto do rebordo costal
e o esquadro coloca-se transversalmente ao nível, para quantificar numericamente o diâmetro antero-posterior
da caixa torácica (Distância A’B’).
D. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Utilizou-se uma câmara digital, Canoon EOS, Rebel –Kiss (Japão), acoplada a uma
lente macro de 50 mm. As 17 crianças selecionadas, portando shorts e com o tórax desnudo,
foram submetidas à documentação fotográfica nas seguintes posições: em posição ortostática
(anterior, posterior e lateral) e em decúbito dorsal horizontal durante as medidas de Rebeis.
E. DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO PADRÃO DE TÓRAX
Para a construção de um modelo padrão de tórax, com as medidas anatômicas normais,
foram realizadas as mesmas medidas antropométricas em uma amostra constituída por uma
criança com tórax considerado sem alteração, cuja idade, gênero e altura situavam-se dentro da
22
média da amostra. Esse modelo padrão foi utilizado para a construção da estrutura torácica por
computação gráfica (“boneco”), com o objetivo de comparação.
A partir da figura geométrica padrão, foram reproduzidas as deformidades utilizando-
se as medidas antropométricas e as fotografias das crianças, criando-se bonecos deformados (Fig.
1 e Fig. 9).
Para a confecção de Modelos Representativos de Tórax (MRT), classificados em:
A. Modelo Representativo de Tórax Normal (MRTN);
B. Modelo Representativo de Tórax em Carinatum (MRTPC) e;
C. Modelo de Representativo de Tórax em Excavatum (MRTPE), procedeu-se às
seguintes etapas:
E1 - ETAPAS PARA OBTENÇÃO DE DADOS
Para obtenção de dados, foram realizados os seguintes procedimentos:
1) - Foram utilizadas as tabelas de dados (apêndice I) contendo as distâncias entre 7 pontos
anatômicos, obtidos de indivíduos em posição ortostática, e aos quais, foram atribuídas as
seguintes letras: A = Mamilo Direito; B = Mamilo Esquerdo; C = Processo Xifóide; D = Incisura
Jugular; E = cicatriz Umbilical; F = Acrômio Direito; G = Acrômio Esquerdo (Fig. 1).
2) Utilizou-se de duas fotografias de uma criança em posição ortostática, uma das quais em
vista anterior no plano frontal e a outra em vista lateral no plano sagital (Fig. 9).
23
Fig. 9 A e B: UTILIZAÇÃO DE FOTOGRAFIA – Utilizou-se de medidas de fotogrametria para
a construção geométrica do rax. Para adequação de escala das medidas entre as imagens A e B
foi usado o fator de correção de 0,839.
3) – Realizou-se o “scaneamento” das fotografias, utilizando um scanner modelo TCE S440, com
resolução de 150 pixels/polegada. Por meio do software, Adobe Photoshop CS, versão 8.0, foram
gerados dois arquivos de imagens no formato JPEG.
4) – Utilizou-se do software, AutoCad 2005, versão N.63.0, para fazer a importação dos arquivos
de imagens e deu-se início ao processo de obtenção das medidas para elaboração do MRT.
Por não haver nas imagens das fotografias uma referência de escala, adotou-se como
medida de referência, a distância entre os mamilos (Distância AB). As duas imagens não estavam
na mesma escala. Para a adequação das medidas das imagens, foi gerado um fator de correção de
0,839, fator este obtido através da relação de proporção entre as duas imagens (Fig. 9 A e B).
5) - Especificaram-se os pontos anatômicos de interesse e em seguida determinou-se o total de 11
segmentos de reta a saber:
24
DG e DF ;BG ;AF ;CE ;CD ;BD ;AD BC; ;AC ;AB
Concomitantemente, foram obtidas as componentes cartesianas destes segmentos de
reta, tanto no plano frontal, como no plano sagital.
6) –
Foram comparadas as medidas realizadas nas imagens fotográficas com as respectivas
medidas da avaliação antropométrica do tórax, utilizando-se como referência as distâncias entre
os mamilos e feitas as conversões.
Essa seqüência de procedimentos foi empregada para obtenção dos dados tabulares de
um indivíduo normal, para a confecção de um
MRTN
.
Os mesmos procedimentos foram empregados, para obtenção dos dados tabulares, de
um indivíduo com
Pectus Carinatum
, para a confecção de um
MRTPC
.
Da mesma forma, foram repetidos os procedimentos, para obtenção de dados, de um
indivíduo com
Pectus Excavatum
, e elaboração de um
MRTPE
.
E2 -ETAPAS PARA A CONSTRUÇÃO DO MODELO ANATÔMICO
COMPUTADORIZADO
1) –
Por meio do
software, AutoCad
2005, e com os dados obtidos, iniciou-se a construção de um
MRTN
. Utilizou-se como ponto de referência o ponto anatômico representado pela incisura
jugular, de um indivíduo normal, e, a partir deste, todos os demais pontos foram construídos.
Foram empregados os valores das medidas das distâncias entre os pontos, segmentos de reta, suas
relações geométricas e seus componentes cartesianos. Obteve-se uma estrutura geométrica
tridimensional representativa dos pontos anatômicos de um indivíduo normal. (
Fig 10
e
Fig 11
)
2) -
Na mesma “tela gráfica” do
AutoCad
, deu-se início à construção de um
MRTPC
. Para tanto,
tomou-se como ponto de referência o ponto anatômico representado pela incisura jugular do
25
indivíduo em
Pectus Carinatum
, ponto este contido no mesmo plano frontal, que o da incisura
jugular do indivíduo normal. Fez-se o alinhamento dos pontos em altura e profundidade. A partir
da incisura jugular, todos os demais pontos foram construídos seguindo o mesmo critério.
Obteve-se uma estrutura geométrica tridimensional representativa dos pontos anatômicos de um
indivíduo com
Pectus Carinatum
.(
Fig 10)
Obteve-se um “quadro” comparativo entre um
MRTN
e um
MRTPC
e gerou-se um
arquivo de saída (exportação) no formato 3DS.
3) –
Na tela gráfica do
AutoCad
, excluiu-se o
MRTPC
e com os valores de medidas obtidas, deu-
se início à construção de um
MRTPE
e seguindo-se os mesmos critérios obteve-se uma figura
tridimensional de um indivíduo com
Pectus Excavatum
. (
Fig.11
)
Obteve-se um “quadro” comparativo entre um
MRTN
e um
MRTPE
e gerou-se um
arquivo de saída (exportação) no formato 3DS.
26
Fig. 10 – TÓRAX NORMAL / PECTUS CARINATUM reprodução gráfica e geométrica. Observar que no
Pectus Carinatum ocorre o deslocamento da linha AB (plano das mamas), para trás, em relação ao esterno (linha
DC); a distância entre a incisura jugular e o acrômio (FD) se alonga sem alterar a distância bi-acromial (FG). A
cicatriz umbilical recua para trás em relação ao processo xifóide (CE).
27
Fig. 11 TÓRAX NORMAL / PECTUS EXCAVATUM - reprodução gráfica e geométrica. Observar que na
deformidade em Excavatum a distância entre a incisura jugular e o acrômio (FD) encurta-se, aproximando os
acrômios e produzindo o aspecto de “corcunda”. Isto ocorre pela depressão e verticalização do esterno (DC). O plano
das mamas (AB) projeta-se quase co-planar ao plano do processo xifóide produzindo o aspecto de mamas
apagadas”. A maior variação ocorre na linha CE (abdominal) que se inclina muito para a frente produzindo o aspecto
“barrigudo” às crianças portadoras dessa deformidade.
E3 - ETAPAS PARA COMPARAÇÃO E VALIDAÇÃO DAS MEDIDAS DE LUC
DERVEAUX E DE REBEIS
Para comparação e validação dos métodos de Luc Derveaux e Rebeis foram feitos os
seguintes procedimentos:
1) –
Foram
escolhidas duas deformidades:
Pectus Excavatum
e
Pectus Carinatum
.
28
Para mensurar as deformidades torácicas também utilizou-se da computação gráfica.
O modelo gráfico reproduzido no boneco, permitiu comparar e observar as figuras
geométricas resultantes do tórax deformado em
Carinatum
(protusão) e, em
Excavatum
(depressão) do ponto de vista de cada proposta de avaliação (Rebeis e Luc Derveaux).
Realizou-se a duplicação do
MRTPC
e
MRTPE,
sendo adicionadas as medidas de
Rebeis e Luc Derveaux, respectivamente.
2) -
No software, 3DS MAX
®
6, versão 6.0, foi feita a importação do arquivo e deu-se início à
“renderização”, adição da legenda e do modelo representativo na forma de um boneco, que
pudesse representar os pontos anatômicos semelhantes aos da estrutura criada.
3)
Criou-se um arquivo de vídeo, formato AVI, com a finalidade de representar o tórax normal
e a deformidade do tipo
Pectus Carinatum
em rotação. Essa estrutura teve por finalidade
demonstrar as alterações presentes entre os pontos anatômicos do
Pectus Carinatum
e do tórax
normal. Repetiu-se o mesmo procedimento para a elaboração da representação do tórax normal e
a deformidade do tipo
Pectus Excavatum
.(
Fig 12
e
Fig 13
). Na elaboração da representação
comparativa do
MRTPC
, com a medida de Rebeis e o com a medida de Luc Derveaux, foi
gerado um arquivo no formato AVI. Igualmente, ao se representar comparativamente o
MRTPE
com a medida de Rebeis e com a medida de Luc Derveaux, gerou-se um arquivo no formato
AVI. Todos tiveram a finalidade de representar as alterações presentes.
29
Fig. 12 – PECTUS CARINATUM - LUC DERVEAUX / REBEIS - Posição lateral. Observar que quando se
aplicam as medidas e índices de Luc Derveaux e de Rebeis ao MRT, reproduzem-se alterações (deformidades)
semelhantes no boneco em Carinatum, traduzidas pela posição dos segmentos de retas a pela invariabilidade das
estruturas anatômicas tomadas como referência. Entretanto, como a distância A’B’, medida no ponto da maior
deformidade inclui as partes moles do tórax anterior e posteriormente poderá ser superestimada e produzirá um
quociente menor, subestimando conseqüentemente a gravidade da deformidade. Outra variável que cria um viés no
quociente de Rebeis é medida A´B´que é feita em decúbito dorsal e, havendo retificação da coluna dorsal, será
subestimada.
30
Fig. 13 PECTUS EXCAVATUM - LUC DERVEAUX / REBEIS - Posição lateral. Observar que quando
se aplicam as medidas e índices de Luc Derveaux e de Rebeis ao MRT, reproduzem-se alterações (deformidades)
semelhantes no boneco em excavatum, traduzidas pela posição dos segmentos de retas a pela invariabilidade das
estruturas anatômicas tomadas como referência. Entretanto como a distância A’B’, medida no ponto da maior
deformidade inclui as partes moles do tórax anterior e posteriormente poderá também ser superestimada e produzirá
um quociente menor, subestimando conseqüentemente a gravidade da deformidade. Outra variável que cria um viés
no quociente de Rebeis é a medida A´B´que é feita em decúbito dorsal e, em havendo retificação da coluna
dorsal,será subestimada.
.
31
RESULTADOS
1- APRESENTAÇÃO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Os resultados referentes à freqüência das deformidades torácicas dos tipos:
Pectus
Carinatum, Pectus Excavatum
e
, Pectus Misto,
encontrados em 7.344 alunos matriculados na
rede blica estadual da cidade de Mogi das Cruzes no ano de 2003, estão representados nas
tabelas: I, II, III, IV e V.
TABELA I.
Freqüência de deformidades torácicas encontradas em 7.344 crianças.
Variáveis n %
Pectus Carinatum
37 0,50
Pectus Excavatum
25 0,34
Pectus Misto
6 0,08
TOTAL
68 0,92
A tabela I mostra que das 7.344 crianças, foram encontradas 68, com deformidades
torácicas (0,92%). Dessas 68, deformidades o tipo
Pectus Carinatum
, que
foi a mais comum, com
uma freqüência de 37 (0,50%), seguida do
Pectus Excavatum
,
com uma freqüência de 25 (0,34%)
e,
Pectus Misto
, com freqüência de 6 (0,08%). Com uma média de, aproximadamente, 22,6 de
freqüência, observa-se uma variância (S
2
) de 244,34, o que revela uma grande dispersão da
freqüência entre os tipos de deformidades torácicas em torno da média, e o desvio padrão (S) foi
de 15,63.
32
TABELA II.
Relação entre as deformidades torácicas e gênero em 68 crianças.
Masculino
Feminino
Total
Variáveis
n % n % n %
Pectus Carinatum
32 47 5 7,3 37 54,3
Pectus Excavatum
17 25 8 11,7 25 36,7
Pectus Misto
6 8 - - 6 8,8
Total
55 80,8 13 19,0 68 99,8
Ao analisar a freqüência das deformidades torácicas nos gêneros masculino e
feminino, observou-se que das 68 deformidades encontradas, 55 (80,8%) estão presentes no
gênero masculino, enquanto que 13 (19,0%) estão presentes no gênero feminino. Das 37 (54,3%)
deformidades do tipo
Pectus Carinatum,
32 (47%) pertencem ao gênero masculino e, 5 (7,3%)
pertencem ao gênero feminino. Das 25 (36,7%) deformidades do tipo
Pectus Excavatum,
17
(25%) pertencem ao gênero masculino e, 8 (11,7%) pertencem ao gênero feminino. E, das 6
(8,8%) deformidades do tipo
Pectus Misto,
6 (8,8%) pertencem ao gênero masculino, não sendo
encontrada no gênero feminino.
Tais valores mostram que, com relação ao gênero masculino, a média da freqüência
das deformidades torácicas estudadas é de 18,3, e a variância (S
2
) de 170,3 revela grande
dispersão entre os valores, que apresentam um desvio padrão (S) em 13,05.
No gênero feminino, encontrou-se uma média da freqüência de deformidades torácicas
33
em 4,3, e a variância (S
2
) de 16,3 revela uma dispersão menor que no gênero masculino entre os
valores, apresentando um desvio padrão (S) em 4,04.
TABELA III.
Relação entre etnia e
Pectus Excavatum
em 25 crianças.
Variáveis
n
%
Branco
21 84
Miscigenado
Branco/Negro
3 12
Branco/Amarelo
1 4
Total 25 100
Nos diferentes grupos étnicos, observou-se que, do total de 25 deformidades do tipo
Pectus Excavatum
,
21 (84%) foi encontrada na etnia branca, 3 (12%), na etnia miscigenada entre
branco/negra, 1 (4%), na etnia miscigenada entre branco/amarela. Com uma média de freqüência
em 4,17 e uma variância de 67,36, observa-se uma dispersão considerável, e o desvio padrão (S)
foi de 8,21.
34
TABELA IV.
Relação entre Etnia e
Pectus Carinatum
em 37 crianças
.
Variáveis
n
%
Branco
25 67,5
Miscigenado
Branco/Negro
12 32,4
Total 37 99,9
Ao estudar a ocorrência de
Pectus Carinatum
nas diferentes etnias, observou-se que
do total dos 37 portadores das deformidades, 25 (67,5%) pertencem à etnia branca, 12 (32,4%)
pertencem à etnia miscigenada branca/negra, não sendo observada nas etnias amarela e negra.
Com uma média de 6,17 de freqüência, observa-se uma variância (S
2
) de 108,17, o que revela
uma maior dispersão da freqüência de
Pectus Carinatum
nas diferentes etnias em torno da média
ao se comparar com
Pectus Excavatum
, tendo como desvio padrão (S) o valor de 10,4.
TABELA V.
Relação entre Etnia e
Pectus Misto
em 6 crianças.
Variáveis
n
%
Branco
3 50
Miscigenado
Branco/Negro
3 50
Total 6 100
35
A tabela V demonstra que a deformidade do tipo
Pectus Misto
distribui-se nas
diferentes etnias, nas seguintes freqüências: 3 (50,0%) na branca, 3 (50,0%) em miscigenado
branca/negra, não sendo percebida nas etnias amarela e negra. Com uma média de 1, de
freqüência, observa-se uma variância (S
2
) de 2,4, o que revela uma pequena dispersão da
freqüência de
Pectus Misto,
nas diferentes etnias, em torno da média ao se comparar com
Pectus
Excavatum e Pectus Carinatum
, tendo como desvio padrão (S) o valor de 1,55.
2- APRESENTAÇÃO DOS MODELOS REPRESENTATIVOS DO TÓRAX EM
CARINATUM (MRTPC) E EXCAVATUM (MRTPE).
Durante a reprodução do
Pectus Carinatum,
verificou-se que, ao considerar a incisura
jugular como um ponto fixo (D), observa-se no plano frontal o aumento da distância entre os
pontos anatômicos (pontos de referências), tanto dos pontos situados no eixo transversal
(principalmente entre mamilos (AB) e acrômios (FG)), como também dos pontos situados no
eixo vertical (incisura jugular (D) e processo xifóide (C)). Não sendo observado no plano sagital
alterações significantes, quando se faz a rotação do boneco. (
Fig. 14
).
36
Fig. 14 PECTUS CARINATUM Posição anterior - Reprodução gráfica e geométrica. Observar que, no
Pectus Carinatum, ocorre o deslocamento da linha AB (plano dos mamilos) para trás, em relação ao esterno (linha
DC); a distância entre a incisura jugular e o acrômio (FD) se alonga sem alterar a distância bi-acromial (FG). A
cicatriz umbilical recua para trás em relação ao processo xifóide (CE) quando se faz a rotação do boneco.
Durante a reprodução do
Pectus Excavatum,
a figura geométrica mostrou-se
deformada, também revelando alterações das distâncias entre os pontos anatômicos, sendo
possível visibilizar no plano frontal, a diminuição entre as distâncias dos pontos situados tanto no
eixo transversal (aproximação dos mamilos (AB) e acrômios (FG)), quanto no eixo vertical
(incisura jugular (D) e processo xifóide (C)).
No eixo antero-posterior contido no plano sagital, observou-se, com a rotação do
boneco, a aproximação entre os mamilos (AB) e acrômios e, um aumento da distância entre
37
acrômios (FG) e incisura jugular (D), causando a anteriorização dos acrômios (FG) e
posteriorização da incisura jugular (D) (
Fig. 15
).
Fig. 15 PECTUS EXCAVATUM Posição anterior - reprodução gráfica e geométrica. Observar que, na
deformidade em Excavatum, a distância entre a incisura jugular e o acrômio (FD) encurta-se aproximando os
acrômios e produzindo o aspecto de “corcunda”. Isto ocorre pela depressão e verticalização do esterno (DC). O plano
das mamas (AB) projeta-se quase co-planar ao plano do processo xifóide, produzindo o aspecto de “mamas
apagadas”. A maior variação ocorre na linha CE (abdominal) que se inclina muito para a frente produzindo o aspecto
“barrigudo” às crianças portadoras dessa deformidade quando de faz a rotação do boneco.
3- APRESENTAÇÃO DAS MEDIDAS DE LUC DERVEAUX E REBEIS
Em relação às medidas de Luc Derveaux, verificou-se que, quanto maior o índice
expresso (ML/PC), maior é o
Excavatum
e, quanto menor o índice, maior é o
Carinatum.
Esse
38
princípio mostra coerência, durante a reprodução da deformidade, quando foram criadas medidas
expressas em reta horizontal partindo do corpo do esterno até a vértebra correspondente
(Distância ON)
.
As medidas propostas por Rebeis, para medir a deformidade dos defeitos, são
expressas pela equação: A’B’/AB. E a medida A’B’ é a distância, entre o plano mais baixo e
tangencial à coluna torácica e o plano paralelo ao da coluna e tangencial ao ponto mais alto do
rebordo costal. E, a medida AB é a distância entre o plano tangencial ao ponto mais alto do
rebordo costal e o plano que contenha o ponto mais alto do esterno, sendo ambos paralelos ao
platô tangencial à coluna.
No modelo geométrico do tórax, foi possível verificar matematicamente as distâncias
medidas por Rebeis e Luc Derveaux
.
Essas medidas mostraram que as propostas de Luc
Derveaux e Rebeis são compatíveis e, apontam para a mesma direção (
Fig. 16 e 17
).
39
Fig. 16 PECTUS CARINATUM Posição lateral Medidas de Luc Derveaux e Rebeis. Observar que,
quando se aplicam as medidas e índices de Luc Derveaux e de Rebeis ao MRT, reproduzem-se alterações
(deformidades) semelhantes no boneco em Carinatum, traduzidas pela posição dos segmentos de retas a pela
invariabilidade das estruturas anatômicas tomadas como referência. Entretanto, como a distância A’B’, medida no
ponto da maior deformidade inclui as partes moles do tórax anterior e, posteriormente, poderá ser superestimada e
produzirá um quociente menor, subestimando conseqüentemente a gravidade da deformidade.Outra variável que cria
um viés no quociente de Rebeis é medida A´B´que é feita em decúbito dorsal e havendo retificação da coluna dorsal,
será subestimada.
40
Fig. 17 PECTUS EXCAVATUM Posição lateral Medidas de Luc Derveaux e Rebeis. Observar que,
quando se aplicam as medidas e índices de Luc Derveaux e de Rebeis ao MRT, reproduzem-se alterações
(deformidades) semelhandes no boneco em Excavatum, traduzidas pela posição dos segmentos de retas a pela
invariabilidade das estruturas anatômicas tomadas como referência. Entretanto, como a distância A’B’, medida no
ponto da maior deformidade inclui as partes moles do tórax anterior e, posteriormente, poderá também ser
superestimada e produzirá um quociente menor, subestimando conseqüentemente a gravidade da deformidade. Outra
variável que cria um viés no quociente de Rebeis é a medida A´B´que é feita em decúbito dorsal e em havendo
retificação da coluna dorsal , será subestimada.
41
DISCUSSÕES
O interesse para a realização dessa pesquisa, deu-se pela escassez informações
referentes à deformidades torácicas em indivíduos de etnia amarela e seus respectivos
miscigenados, uma vez que a cidade de Mogi das Cruzes possui um número acentuado de
imigrantes japoneses e, pela falta de precisão quanto aos métodos para avaliar e classificar as
deformidades torácicas.
A amostra foi determinada pela facilidade de ser abordada, maior probabilidade do
defeito ainda existir (sabe-se que defeitos discretos podem desaparecer com o crescimento) e
menor probabilidade de defeitos mais acentuados já terem sido corrigidos por ato cirúrgico.
Ao observar a falta de precisão, quanto aos métodos de avaliar de forma objetiva as
deformidades torácicas, sugeriu-se, com esse estudo, validar algumas propostas de avaliação
quantitativa da deformidade com o auxílio da computação gráfica.
Foram criadas medidas antropométricas, que nos fornecessem distâncias entre os
pontos anatômicos do rax, e adicionadas à cirtometria torácica, pudessem reproduzir o tórax
deformado.
Quanto aos métodos para avaliar deformidades torácicas, foram escolhidos os de
baixo custo e fácil manuseio. Foram selecionados dois métodos, um que se utiliza apenas de
exame físico (Rebeis) e outro que se utiliza de exames complementares do tipo radiografia
torácica na posição latero-lateral (Luc Derveuax).
Ainda, na utilização da radiografia, adicionou-se às medidas propostas por Luc
Derveaux uma 3
a
medida que fornecesse a real distância entre a coluna vertebral e o esterno no
ponto de maior deformidade.
O estudo de tomografias computadorizas, não foram incluídos pelo alto custo.
42
Alguns dos resultados obtidos durante a realização dessa pesquisa mostraram-se
discordantes com alguns autores.
Hebra (2001) demonstrou que a deformidade do tipo
Pectus Excavatum
é a mais
freqüentemente encontrada. Encontrou-se, na cidade de Mogi das Cruzes, um número mais
acentuado de deformidades torácicas do tipo
Pectus Carinatum
. Sugere-se que tal freqüência
tenha sido diferente da literatura, porque a amostra escolhida pode apresentar um viés, posto que
foram examinadas apenas crianças pertencentes às classes sociais de baixa renda (escolas
públicas), em que o fator nutricional e postural possam estar envolvidos na freqüência e na
gênese das deformidades. Talvez, estudos que incluíssem alunos de escolas privadas demonstrem
resultados diferentes e mais coincidentes com a literatura. que se considerar, também, que
existem poucos trabalhos epidemiológicos demonstrando a freqüência das deformidades
Excavatum”
e
Carinatum”.
Além disso, o predomínio da freqüência do tipo
“Excavatum”
baseia-se em estatísticas cirúrgicas.
Harcke (1998) e Hebra (2001) citam a ocorrência de 1 deformidade para cada 300
400 recém-nascidos, enquanto que se encontrou nessa pesquisa uma freqüência de 1 deformidade
para cada 108 crianças (considerando o total de 68 deformidades para 7.344 crianças
examinadas).
Esses valores discrepantes podem ter ocorrido devido à amostra escolhida tratar-se de
alunos exclusivamente matriculadas na rede pública de ensino, em que os fatores já citados
possam ter incrementado a maior prevalência de
Carinatum”
em Mogi das Cruzes.
Hebra (2001) avaliou recém-nascidos e Harcke não especificou em seus relatos quais
foram suas amostras. Neste estudo, a amostra foi constituída quase que, totalmente, por crianças
da periferia, onde foi observado uma enorme carência de informações e difícil acesso à saúde.
A rara ocorrência de deformidades torácicas em negros, citada por Coelho (1988),
43
também foi observada durante esta pesquisa, em que não se observou na amostra escolhida
nenhuma freqüência dos tipos de deformidades em negros. Na etnia amarela, também, não se
observou maior ou menor frequência de deformidades torácicas. Entretanto, de se considerar
que, na cidade de Mogi das Cruzes, existem poucas crianças de etnia amarela (japoneses e
chineses) matriculadas na rede pública de ensino. Provavelmente, por razões de ordem cultural e
sócio-econômica, os descendentes amarelos estudam mais nas escolas privadas. Encontramos
poucos alunos de etnia amarela nas escolas públicas situadas nos bairros agrícolas onde se
concentram os imigrantes japoneses e chineses.
Tanto os resultados obtidos, quanto a maior prevalência em indivíduos brancos,
confirmam a afirmativa de Hebra (2001), ao dizer que as deformidades aparecem com maior
prevalência em brancos.
Foi observada a presença de deformidades torácicas em indivíduos miscigenados
(branco / negro e branco / amarelo), principalmente, em branco / negro, embora Hebra (2001)
relata não existir dados específicos que considerem diferenças étnicas.
Assim, como descrito por Hebra (2001), o sexo masculino mostrou-se ser o mais
acometido com deformidades torácicas.
Segundo relatos de Trench (1983), Haller afirma uma predisposição familiar nessas
deformidades. Em nosso estudo, foram encontrados dois irmãos com deformidade em
Carinatum
(
Fig. 18
).
44
Fig. 18 - PECTUS CARINATUM EM IRMÃOS Posição antero-lateral
Quanto aos métodos escolhidos para avaliar as deformidades torácicas com o auxílio
da computação gráfica verificou-se que ao utilizar o recurso da fita métrica, para medir a
distância entre os pontos anatômicos do tórax, para reproduzir o tórax deformado como figura
geométrica em 3 dimensões, observou-se que seria necessário considerar mais pontos de
referência que possibilitassem medidas no plano antero-posterior devido às curvaturas
anatômicas existentes na parede torácica. Houve divergência de valores na maioria das medidas,
porém, houve coincidência de valores de medidas naquelas que foram obtidas através da
antropometria e que não sofreram interferência dos contornos anatômicos. Assim, sugere-se a
substituição da fita métrica por outro instrumento de mensuração que possa reproduzir
fidedignamente a deformidade.
Os valores obtidos na cirtometria, não foram utilizadas pelo fato da cirtometria ser
45
uma medida de circunferência e, o programa de computador escolhido interpreta todas as
medidas em retas. Foram descartadas também as medidas que mostravam as distâncias
anatômicas na posição posterior do indivíduo, uma vez que se considerou apenas a parede
anterior do tórax.
As fotografias realizadas como documentação fotográfica foram de extrema
importância, pois serviram para completar dados da avaliação antropométrica entre os pontos
anatômicos, onde foram adicionadas medidas no plano antero-posterior, para fornecer valores de
profundidade, além de adicionar valores que desconsideram as curvas anatômicas.
Na representação gráfica resultante, observou-se que tanto no modelo que representa a
deformidade em
Pectus Carinatum
, como no modelo que representa a deformidade em
Excavatum
, ocorre um desalinhamento dos mamilos, com assimetria à direita no
Carinatum
e,
assimetria à esquerda no
Excavatum
. Tal fator pode ser atribuído à presença de escoliose
consolidada ou de alterações posturais observadas na amostra. Esta assimetria mamilar deve ser
levada em conta no planejamento estético da incisão cirúrgica.
Embora o índice de Rebeis tenha sido proposto apenas para avaliar quantitativamente
a deformidade torácica do tipo
Pectus Excavatum
, os resultados demonstraram que o método foi
útil, também, para medir a deformidade do tipo
Carinatum
. Observou-se que quanto maior o
índice resultante da equação proposta por Rebeis, mais acentuada escontrava-se a deformidade
em
Pectus Excavatum
e, quanto menor se mostrava o índice, mais grave era a deformidade em
Pectus Carinatum
.
Ao observar as figuras que representaram as medidas de Luc e Rebeis separadamente,
tanto na deformidade do tipo
Pectus Carinatum
como na deformidade do tipo
Pectus Excavatum
,
foi possível verificar uma coerência nas medidas, sendo visibilizada apenas uma pequena
diferença, provavelmente devido à espessura óssea, tecido adiposo, tecido muscular e, posição do
46
paciente portador da deformidade (Luc Derveaux utiliza radiografia realizada com o paciente em
ortostatísmo e Rebeis, realiza as medidas com o paciente em decúbito dorsal horizontal). Fato
este que nos faz supor que o índice proposto por Rebeis poderia fornecer resultados subestimados
ao ser realizado em um indivíduo com grande quantidade de tecido adiposo, hipertrofia muscular
e, excesso de mamas, prejudicando a classificação quanto ao grau e intensidade da deformidade
(objetivo do método).
Um outro fator não considerado por ambos pesquisadores, foram as variações das
curvas da coluna vertebral (alterações posturais), em especial da coluna dorsal. O aumento da
curvatura e a retificação da coluna vertebral também, interferem nas medidas e conseqüentemente
nos índices e na classificação quanto ao grau da deformidade (ambos pesquisadores consideram a
coluna vertebral como ponto fixo). Ao considerar a coluna vertebral como um ponto fixo, Rebeis
demonstra mais confiabilidade quando toma as medidas com o indivíduo na posição de decúbito
dorsal horizontal, devido à tendência de retificação da coluna ao encontrar uma superfície plana.
Entretanto em grandes alterações posturais, com o aumento considerável das curvas anatômicas,
a retificação vertebral não é atingida. Assim, uma hipercifose dorsal pode alterar o valor do
índice (mesmo que a deformidade não seja tão intensa) (
Fig. 19
).
47
FIG. 19: HIPERCIFOSE DORSAL Posição lateral
O custo é um fator muito importante, que não deve ser subestimado. Uma vez que o
acesso à saúde na maior parte da população de baixa renda é difícil, observa-se que o método de
Rebeis, por não utilizar exames complementares, torna-se vantajoso e mais viável a realidade
brasileira.
Luc Derveaux apresenta as desvantagens ao utilizar-se de exames complementares do
48
tipo radiografias, para quantificar as deformidades torácicas, tanto pelo alto custo, como pelo
risco da radiação, principalmente para crianças do sexo feminino.
Keszler (1999) e Nakahara (1987), assim como Luc Derveaux também medem as
distâncias internas da caixa torácica.
Keszler criou índices de
Pectus,
utilizou-se de tomografias computadorizadas, em que
a distância esterno-vertebral interna é dividida pelo diâmetro transverso e, o resultado
multiplicado por 100.
Nakahara, também utilizou-se de tomografias computadorizadas para criar índices que
expressam relação entre o diâmetro antero-posterior pela distância latero-lateral; relação entre as
distâncias antero-posterior do hemitórax de maior deformidade pela distância do hemitórax de
menor deformidade e; relação entre a distância antero-posterior do hemitórax de maior
deformidade pela máxima distância perpendicular da parede torácica até o ponto da vértebra
correspondente.
Nesse estudo não foi utilizado a tomografia computadorizada pelo alto custo e pela
probabilidade maior de expor as crianças à radiação.
Geometricamente, observou-se que Luc, ao utilizar radiografias na posição latero-
lateral, não verifica as assimetrias das deformidades das cartilagens costais. No entanto, vale
ressaltar que o custo de radiografias são menores que o de tomografias e, quando realizadas pelo
SUS (sistema único de saúde) a radiografia é mais acessível.
Haller (1978) ao realizar medidas na superfície anatômica da caixa torácica através de
um planímetro espacial, assemelha-se aos princípios de Rebeis que também realiza medidas na
superfície anatômica.
Rebeis (2003) demonstrou vantagens ao proporcionar um índice resultante entre a
profundidade do esterno sobre a distância ântero-posterior, enquanto que o planímetro, ao ser
49
criado por Haller, tinha como objetivo proporcionar a avaliação antes e após a cirurgia, para
mostrar o quanto foi corrigida a deformidade.
O método de avaliação quantitativa por radiografia torácica (Luc Derveaux), tanto
quando comparado ao método antropométrico de Rebeis demonstraram ser coerentes e úteis na
avaliação das deformidades dos tipos
Pectus Carinatum
e
Pectus Excavatum.
50
CONCLUSÕES
A partir dos resultados obtidos, conclui-se que:
1- Na população estudada, houve predomínio das deformidades do tipo
Pectus
Carinatum
sobre o
Pectus Excavatum.
Não sendo possível relacionar a miscigenação
branco/amarela no município de Mogi das Cruzes com a deformidade, uma vez que tem um
número ínfimo.
2- Foi possível reproduzir um modelo computadorizado representativo do tórax com
as deformidades
Excavatum
e
Carinatum,
a partir de dados antropométricos adicionados de
fotografia.
3- Houve coerência entre os dois métodos de avaliação de
Pectus Excavatum
e
Pectus
Carinatum,
propostos por Luc Derveaux (método radiográfico) e Rebeis (método
antropométrico).
51
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3.ed. São Paulo: Manole, 1993.
p.182-199.
54
ANEXO
I
ESTUDO
COMPARATIVO
DAS
DEFORMIDADES
TORÁCICAS
DOS
TIPOS
PECTUS
EXCAVATUM
E
PECTUS
CARINATUM
COM
AUXÍLIO
DE
COMPUTAÇÃO
GRÁFICA
Pesquisadora: Caroline Denadai Eleutério
Aluna do Curso de pós-graduação em Engenharia Biomédica – nível mestrado da Universidade
de Mogi das Cruzes
Orientador: Prof. Dr. Olavo Ribeiro Rodrigues
Caso nº: Data da coleta: __/__/__
I – DADOS PESSOAIS
Nome:____________________________________________________________________
Idade: _____ Sexo: F ( ) M ( ) Altura: _____ Grupo étnico: ___________________
Data de nascimento:___/__/__ Grau de Miscigenação: ________________________
Endereço do Paciente: _______________________________________________________
Bairro: __________________ CEP: _______________ Tel:_________________________
Grau de escolaridade: __________________________ Série: ________________________
Escola: ___________________________________________________________________
Endereço da Escola: ________________________________________________________
Bairro: __________________ CEP: _______________ Tel: _________________________
II – ANAMNESE
1- Possui algum tipo de deformidade torácica? _______ Qual? _____________________
2- Como percebeu o problema? _______________________________________________
3- Com que idade o problema foi percebido? _____________________________________
4- Como foi a história da gestação? ____________________________________________
5- Já fez, ou faz algum tipo de tratamento para corrigir o problema? ___________________
6- Quais tratamentos? _______________________________________________________
7- Quanto tempo, realiza ou realizou tais tratamentos? _____________________________
8- Observou algum resultado? ________________________________________________
9- Quais resultados foram observados? __________________________________________
10- Possui algum tipo de dor? ________ Onde? __________________________________
55
ANEXO
II
56
ANEXO
III
57
ANEXO IV
TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO
ESTUDO COMPARATIVO DAS DEFORMIDADES TORÁCICAS DOS TIPOS PECTUS
EXCAVATUM E PECTUS CARINATUM COM AUXÍLIO DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA
Eu,_________________________________________________________ portador do RG
(nome do responsável legal)
nº________, autorizo o menor _______________________________________________
(nome do aluno)
a participar da triagem, aplicação do protocolo de avaliação e utilização dos dados obtidos, como
parte integrante da pesquisa da Tese de mestrado
- ESTUDO ANTROPOMÉTRICO DAS
DEFORMIDADES TORÁCICAS DOS TIPOS PECTUS EXCAVATUM E PECTUS
CARINATUM COM AUXÍLIO DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA
– Universidade de Mogi das
Cruzes.
Estou ciente do fator sigilo e anonimato que garante o respeito aos dados coletados.
Mogi das Cruzes, _____ de _____________ de 2003.
______________________
Assinatura do responsável
Telefone para contato:
Aluna: CAROLINE DENADAI ELEUTÉRIO: 11 – 9908 – 4952
Orientador: DR. OLAVO RIBEIRO RODRIGUES: 11 – 4799-8317
58
ANEXO
V
ESTUDO
COMPARATIVO
DAS
DEFORMIDADES
TORÁCICAS
DOS
TIPOS
PECTUS
EXCAVATUM
E
PECTUS
CARINATUM
COM
AUXÍLIO
DE
COMPUTAÇÃO
GRÁFICA.
Pesquisadora: Caroline Denadai Eleutério
Aluna do Curso de pós-graduação em Engenharia Biomédica – nível mestrado da Universidade
de Mogi das Cruzes
Orientador: Prof. Dr. Olavo Ribeiro Rodrigues
Caso nº: Data da coleta: __/__/__
I – AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DO TÓRAX
1-distância entre os pontos anatômicos:
-Posição Posterior:
-ângulo inferior da escápula direita e crista ilíaca postero-superior direita:__________
-ângulo inferior da escápula esquerda e crista ilíaca postero-superior esquerda:______
-acrômio direito e acrômio esquerdo: ______________________________________
-acrômio direito e ângulo inferior da escápula direita:__________________________
-acrômio esquerdo e ângulo inferior da escápula esquerda: _____________________
-Posição anterior:
-mamilo direito e mamilo esquerdo: _______________________________________
-mamilo direito e processo xifóide:________________________________________
-mamilo esquerdo e processo xifóide:______________________________________
-mamilo direito e incisura jugular ( supraesternal): ____________________________
-mamilo esquerdo e incisura jugular ( suprasternal ): __________________________
-incisura jugular e processo xifóide: _______________________________________
-processo xifóide e ânulo umbical:_________________________________________
-acrômio direito e acrômio esquerdo:_______________________________________
-acrômio esquerdo e mamilo direito: _______________________________________
-acrômio direito e mamilo esquerdo: _______________________________________
-acrômio direito e mamilo direito:_________________________________________
-acrômio esquerdo e mamilo esquerdo:_____________________________________
2- Cirtometria torácica:
59
-Inspiração: Axilas:___________ Apêndice Xifóide:____________
-Expiração: Axilas: ___________ Apêndice Xifóide:___________
3-
Medidas de Rebeis:
-Profundidade do esterno:_______________________________________________
-Distância antero-posterior das costelas:____________________________________
-Índice de Rebeis:______________________________________________________
II- EXAMES COMPLEMENTARES
1- Radiografia:_______________________________________________Data:___/___/___
2- Tomografia Computadorizada:________________________________Data:___/___/___
III- ESTUDO DE EXAMES COMPLEMENTARES – RADIOGRAFIA
1-
Medidas de Luc Derveaux:________________________________________________
-Distância entre ângulo de Louis e coluna dorsal:__________________________
-Distância entre apêndice xifóide e coluna vertebral:___________________________
-Índice de Luc Derveaux:________________________________________________
2- Medida entre corpo do esterno e coluna vertebral:_______________________________
APÊNDICE
60
ANEXO VI
ÁLBUM DAS DEFORMIDADES
61
62
63
64
APÊNDICE I
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA ENTRE OS PONTOS ANATÔMICOS
Tabela VI:
Medida da distância entre o mamilo direito e mamilo esquerdo (Distância A–B)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 15
2 Feminino Branco 12 1,33 14
3 Masculino Branco 14 1,75 18,5
4 Masculino Branco 7 1,24 14
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 17,5
6 Masculino Branco 14 1,77 19
7 Masculino Branco 14 1,7 19
8 Feminino Branco 7 0,9 11,5
9 Masculino Branco 12 1,68 21
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 13
11 Masculino Branco 11 1,51 16,5
12 Masculino Branco 6 1,1 14
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 14
14 Masculino Branco 13 1,65 18,5
15 Feminino Branco 7 1,23 13
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 16
17 Masculino Branco 9 1,39 16
Tabela VII:
Medida da distância entre mamilo direito e processo xifóide (Distância A C)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 7
2 Feminino Branco 12 1,33 7
3 Masculino Branco 14 1,75 11,5
4 Masculino Branco 7 1,24 7
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 9,5
6 Masculino Branco 14 1,77 10,5
7 Masculino Branco 14 1,7 11
8 Feminino Branco 7 0,9 5,5
9 Masculino Branco 12 1,68 10,5
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 7,5
11 Masculino Branco 11 1,51 8,5
65
12 Masculino Branco 7 1,1 6,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 7
14 Masculino Branco 13 1,65 10
15 Feminino Branco 7 1,23 7
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 9
17 Masculino Branco 9 1,39 8
Tabela VIII:
Medida da distância entre mamilo esquerdo e processo xifóide (Distância B–C)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 7
2 Feminino Branco 12 1,33 7,5
3 Masculino Branco 14 1,75 10
4 Masculino Branco 7 1,24 6
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 9,5
6 Masculino Branco 14 1,77 10,5
7 Masculino Branco 14 1,7 12,5
8 Feminino Branco 7 0,9 7
9 Masculino Branco 12 1,68 11,5
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 7,5
11 Masculino Branco 11 1,51 8,5
12 Masculino Branco 7 1,1 6,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 7
14 Masculino Branco 13 1,65 11
15 Feminino Branco 7 1,23 6,5
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 9
17 Masculino Branco 9 1,39 8
Tabela IX:
Medida da distância entre mamilo esquerdo e incisura jugular (Distância B D)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 13
2 Feminino Branco 12 1,33 11,5
3 Masculino Branco 14 1,75 17,5
4 Masculino Branco 7 1,24 11,5
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 15
66
6 Masculino Branco 14 1,77 17
7 Masculino Branco 14 1,7 15,5
8 Feminino Branco 7 0,9 10
9 Masculino Branco 12 1,68 17
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 10,2
11 Masculino Branco 11 1,51 13,5
12 Masculino Branco 7 1,1 10,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 12
14 Masculino Branco 13 1,65 14,5
15 Feminino Branco 7 1,23 12
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 14
17 Masculino Branco 9 1,39 13
Tabela X:
Medida da distância entre mamilo direito e incisura jugular (Distância A D)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 13
2 Feminino Branco 12 1,33 11,5
3 Masculino Branco 14 1,75 16,5
4 Masculino Branco 7 1,24 11,5
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 15
6 Masculino Branco 14 1,77 17,5
7 Masculino Branco 14 1,7 16,5
8 Feminino Branco 7 0,9 9
9 Masculino Branco 12 1,68 16
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 10
11 Masculino Branco 11 1,51 13
12 Masculino Branco 7 1,1 11
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 12
14 Masculino Branco 13 1,65 15
15 Feminino Branco 7 1,23 12,5
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 14
17 Masculino Branco 9 1,39 13
67
Tabela XI:
Medida da distância entre incisura jugular e processo xifóide (Distância D C)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 13
2 Feminino Branco 12 1,33 13
3 Masculino Branco 14 1,75 20
4 Masculino Branco 7 1,24 11,5
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 15,5
6 Masculino Branco 14 1,77 18
7 Masculino Branco 14 1,7 22
8 Feminino Branco 7 0,9 11
9 Masculino Branco 12 1,68 18,5
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 11
11 Masculino Branco 11 1,51 14
12 Masculino Branco 7 1,1 10,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 12
14 Masculino Branco 13 1,65 16,5
15 Feminino Branco 7 1,23 12
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 17,5
17 Masculino Branco 9 1,39 13
Tabela XII:
Medida da distância entre processo xifóide e ânulo umbilical (Distância C E)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 13
2 Feminino Branco 12 1,33 14,5
3 Masculino Branco 14 1,75 18
4 Masculino Branco 7 1,24 15
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 19,5
6 Masculino Branco 14 1,77 15
7 Masculino Branco 14 1,7 15
8 Feminino Branco 7 0,9 14,5
9 Masculino Branco 12 1,68 17
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 13
11 Masculino Branco 11 1,51 16,5
12 Masculino Branco 7 1,1 15
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 18,5
14 Masculino Branco 13 1,65 19
68
15 Feminino Branco 7 1,23 14
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 16
17 Masculino Branco 9 1,39 15
Tabela XIII:
Medida da distância entre acrômio direito e acrômio esquerdo (Distância F G)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 28
2 Feminino Branco 12 1,33 28
3 Masculino Branco 14 1,75 41
4 Masculino Branco 7 1,24 27
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 38
6 Masculino Branco 14 1,77 43
7 Masculino Branco 14 1,7 43
8 Feminino Branco 7 0,9 24
9 Masculino Branco 12 1,68 42
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 22
11 Masculino Branco 11 1,51 39
12 Masculino Branco 7 1,1 26
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 27
14 Masculino Branco 13 1,65 40
15 Feminino Branco 7 1,23 28
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 35
17 Masculino Branco 9 1,39 34
Tabela XIV:
Medida da distância entre acrômio direito e mamilo direito ( Distância A F)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 14
2 Feminino Branco 12 1,33 14
3 Masculino Branco 14 1,75 21
4 Masculino Branco 7 1,24 11
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 16
6 Masculino Branco 14 1,77 19,5
7 Masculino Branco 14 1,7 19
8 Feminino Branco 7 0,9 10
9 Masculino Branco 12 1,68 18
69
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 13
11 Masculino Branco 11 1,51 16
12 Masculino Branco 7 1,1 11,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 12,5
14 Masculino Branco 13 1,65 17
15 Feminino Branco 7 1,23 14,5
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 16
17 Masculino Branco 9 1,39 14
Tabela XV:
Medida da distância entre acrômio esquerdo e mamilo esquerdo (Distância B G)
Posição Anterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 14
2 Feminino Branco 12 1,33 13
3 Masculino Branco 14 1,75 22
4 Masculino Branco 7 1,24 11
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 16
6 Masculino Branco 14 1,77 19,5
7 Masculino Branco 14 1,7 19
8 Feminino Branco 7 0,9 10
9 Masculino Branco 12 1,68 19
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 13
11 Masculino Branco 11 1,51 16
12 Masculino Branco 7 1,1 11
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 12,5
14 Masculino Branco 13 1,65 17,5
15 Feminino Branco 7 1,23 14
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 16
17 Masculino Branco 9 1,39 14
Tabela XVI:
Medida da distância entre acrômio esquerdo e ângulo inferior da escápula esquerda
– Posição Posterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 17
2 Feminino Branco 12 1,33 14
3 Masculino Branco 14 1,75 26,5
70
4 Masculino Branco 6 1,24 16
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 21
6 Masculino Branco 14 1,77 21
7 Masculino Branco 14 1,7 23
8 Feminino Branco 3 0,9 13,5
9 Masculino Branco 12 1,68 22
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 12,5
11 Masculino Branco 11 1,51 18
12 Masculino Branco 7 1,1 14,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 17
14 Masculino Branco 13 1,65 20,5
15 Feminino Branco 7 1,23 16
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 18
17 Masculino Branco 9 1,39 17,5
Tabela XVII:
Medida da distância entre acrômio direito e acrômio esquerdo Posição
Posterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 43
2 Feminino Branco 12 1,33 35
3 Masculino Branco 14 1,75 54
4 Masculino Branco 7 1,24 40
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 47
6 Masculino Branco 14 1,77 50
7 Masculino Branco 14 1,7 50
8 Feminino Branco 7 0,9 35
9 Masculino Branco 12 1,68 49
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 25
11 Masculino Branco 11 1,51 48
12 Masculino Branco 7 1,1 39
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 42
14 Masculino Branco 13 1,65 42
15 Feminino Branco 7 1,23 30
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 40,5
17 Masculino Branco 9 1,39 45
71
Tabela XVIII:
Medida da distância entre ângulo inferior da escápula direita e crista ilíaca
póstero-superior direita – Posição Posterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 18,5
2 Feminino Branco 12 1,33 24
3 Masculino Branco 14 1,75 28
4 Masculino Branco 7 1,24 19
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 25
6 Masculino Branco 14 1,77 25
7 Masculino Branco 14 1,7 26
8 Feminino Branco 7 0,9 16,5
9 Masculino Branco 12 1,68 26
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 17
11 Masculino Branco 11 1,51 21
12 Masculino Branco 7 1,1 18
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 20
14 Masculino Branco 13 1,65 25
15 Feminino Branco 7 1,23 21
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 23,5
17 Masculino Branco 9 1,39 22
Tabela XIX:
Medida da distância entre ângulo inferior da escápula esquerda e crista ilíaca
póstero-superior esquerda – Posição Posterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 18
2 Feminino Branco 12 1,33 25
3 Masculino Branco 14 1,75 29
4 Masculino Branco 7 1,24 19
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 25
6 Masculino Branco 14 1,77 25
7 Masculino Branco 14 1,7 25,5
8 Feminino Branco 7 0,9 17
9 Masculino Branco 12 1,68 28
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 18
11 Masculino Branco 11 1,51 22
12 Masculino Branco 7 1,1 18,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 21
14 Masculino Branco 13 1,65 26
72
15 Feminino Branco 7 1,23 21
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 23,5
17 Masculino Branco 9 1,39 22
Tabela XX:
Medida da distância entre acrômio direito e ângulo inferior da escápula direita
Posição Posterior.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 16,5
2 Feminino Branco 12 1,33 15
3 Masculino Branco 14 1,75 25
4 Masculino Branco 7 1,24 16
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 21
6 Masculino Branco 14 1,77 21
7 Masculino Branco 14 1,7 22
8 Feminino Branco 7 0,9 13,5
9 Masculino Branco 12 1,68 22,5
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 13
11 Masculino Branco 11 1,51 19
12 Masculino Branco 7 1,1 15
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 17
14 Masculino Branco 13 1,65 20
15 Feminino Branco 7 1,23 16
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 18
17 Masculino Branco 9 1,39 18,5
73
APÊNDICE II
CIRTOMETRIA TORÁCICA
Tabela XXI:
Medida do diâmetro do tórax na linha axilar durante o ato expiratório.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 68
2 Feminino Branco 12 1,33 58
3 Masculino Branco 14 1,75 92,5
4 Masculino Branco 7 1,24 61
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 74
6 Masculino Branco 14 1,77 85
7 Masculino Branco 14 1,7 84
8 Feminino Branco 7 0,9 56,5
9 Masculino Branco 12 1,68 82
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 54
11 Masculino Branco 11 1,51 75
12 Masculino Branco 7 1,1 58,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 64,5
14 Masculino Branco 13 1,65 72,5
15 Feminino Branco 7 1,23 65
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 72
17 Masculino Branco 9 1,39 68
Tabela XXII:
Medida do diâmetro do rax na linha do apêndice xifóide durante o ato
expiratório.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 63,5
2 Feminino Branco 12 1,33 57,5
3 Masculino Branco 14 1,75 75
4 Masculino Branco 7 1,24 57
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 69
6 Masculino Branco 14 1,77 77
7 Masculino Branco 14 1,7 79
8 Feminino Branco 7 0,9 52
9 Masculino Branco 12 1,68 82,5
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 49,5
11 Masculino Branco 11 1,51 70
12 Masculino Branco 7 1,1 56
74
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 62,5
14 Masculino Branco 13 1,65 67,5
15 Feminino Branco 7 1,23 61
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 64
17 Masculino Branco 9 1,39 67
75
APÊNDICE III
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DO TÓRAX MEDIDAS DE REBEIS
Tabela XXIII:
Medida de Rebeis – Profundidade do esterno
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 0,7
2 Feminino Branco 12 1,33 0,5
3 Masculino Branco 14 1,75 2,5
4 Masculino Branco 7 1,24 1,2
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 0,4
6 Masculino Branco 14 1,77 0,1
7 Masculino Branco 14 1,7 0,4
8 Feminino Branco 7 0,9 1,8
9 Masculino Branco 12 1,68 1
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 2,5
11 Masculino Branco 11 1,51 1,3
12 Masculino Branco 7 1,1 2
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 1,6
14 Masculino Branco 13 1,65 0,3
15 Feminino Branco 7 1,23 1,2
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 0,5
17 Masculino Branco 9 1,39 1,0
Tabela XXIV:
Medida de Rebeis – Distância antero-posterior das costelas
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 17,5
2 Feminino Branco 12 1,33 18,5
3 Masculino Branco 14 1,75 17,3
4 Masculino Branco 7 1,24 13
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 16
6 Masculino Branco 14 1,77 18
7 Masculino Branco 14 1,7 18,5
8 Feminino Branco 7 0,9 7,5
9 Masculino Branco 12 1,68 20,5
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 9
11 Masculino Branco 11 1,51 12,8
12 Masculino Branco 7 1,1 11,5
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 13,5
14 Masculino Branco 13 1,65 18,5
76
15 Feminino Branco 7 1,23 13,3
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 16,5
17 Masculino Branco 9 1,39 17,5
Tabela XXV:
Índice de Rebeis – Profundidade do esterno sobre distância antero-posterior
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 0.040
2 Feminino Branco 12 1,33 0.027
3 Masculino Branco 14 1,75 0.144
4 Masculino Branco 7 1,24 0.092
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 0.025
6 Masculino Branco 14 1,77 0.005
7 Masculino Branco 14 1,7 0.021
8 Feminino Branco 7 0,9 0.240
9 Masculino Branco 12 1,68 0.048
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1 0.277
11 Masculino Branco 11 1,51 0.101
12 Masculino Branco 7 1,1 0.173
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25 0.118
14 Masculino Branco 13 1,65 0.016
15 Feminino Branco 7 1,23 0.090
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45 0.030
17 Masculino Branco 9 1,39 0.057
77
APÊNDICE IV
EXAMES COMPLEMENTARES – RX – MEDIDAS DE LUC DERVEAUX
Tabela XXVI:
Medida de Luc Derveaux - Medida horizontal da distância do ângulo de Louis e
coluna dorsal correspondente.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 5,5
2 Feminino Branco 12 1,33 7
3 Masculino Branco 14 1,75 9,5
4 Masculino Branco 7 1,24 4,6
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 5
6 Masculino Branco 14 1,77 7,3
7 Masculino Branco 14 1,7 6,5
8 Feminino Branco 3 0,9
9 Masculino Branco 12 1,68 5,5
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1
11 Masculino Branco 11 1,51 5,5
12 Masculino Branco 7 1,1
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25
14 Masculino Branco 13 1,65 6,5
15 Feminino Branco 7 1,23 7
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45
17 Masculino Branco 9 1,39
Tabela XXVII:
Medida de Luc Derveaux - Medida horizontal da distância do apêndice xifóide e
coluna vertebral correspondente.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 11,5
2 Feminino Branco 12 1,33 12,1
3 Masculino Branco 14 1,75 12,6
4 Masculino Branco 7 1,24 9,6
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 10,5
6 Masculino Branco 14 1,77 11,5
7 Masculino Branco 14 1,7 14,5
8 Feminino Branco 7 0,9
9 Masculino Branco 12 1,68 11,5
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1
11 Masculino Branco 11 1,51 8,3
78
12 Masculino Branco 7 1,1
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25
14 Masculino Branco 13 1,65 10,8
15 Feminino Branco 7 1,23 10
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45
17 Masculino Branco 9 1,39
Tabela XXVIII:
Índide de Luc Derveaux - Medida horizontal da distância do apêndice xifóide e
coluna dorsal correspondente sobre a medida horizontal da distância do manúbrio do esterno e
coluna dorsal correspondente.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 2,09
2 Feminino Branco 12 1,33 1,72
3 Masculino Branco 14 1,75 1,32
4 Masculino Branco 7 1,24 2,08
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 2,1
6 Masculino Branco 14 1,77 1,57
7 Masculino Branco 14 1,7 2,23
8 Feminino Branco 7 0,9
9 Masculino Branco 12 1,68 2,09
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1
11 Masculino Branco 11 1,51 1,5
12 Masculino Branco 7 1,1
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25
14 Masculino Branco 13 1,65 10,8
15 Feminino Branco 7 1,23 1,42
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45
17 Masculino Branco 9 1,39
Tabela XXIX:
Medida horizontal da distância do ápice da deformidade e coluna vertebral
correspondente.
Caso
Gênero
Grupo Étnico
Idade
Altura
Medida
1 Masculino Branco 9 1,31 11,7
2 Feminino Branco 12 1,33 14
3 Masculino Branco 14 1,75 14
79
4 Masculino Branco 7 1,24 9,2
5 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 13 1,6 11,5
6 Masculino Branco 14 1,77 16
7 Masculino Branco 14 1,7 13,5
8 Feminino Branco 7 0,9
9 Masculino Branco 12 1,68 11
10 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 7 1,1
11 Masculino Branco 11 1,51 8,4
12 Masculino Branco 7 1,1
13 Masculino Miscigenado (Branco/Amarelo)
8 1,25
14 Masculino Branco 13 1,65 13
15 Feminino Branco 7 1,23 12
16 Masculino Miscigenado (Branco/Negro) 11 1,45
17 Masculino Branco 9 1,39
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