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FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
JOÃO LOPES BONDAN
ANÁLISE COMPARATIVA DA PRECISÃO DE ADAPTAÇÃO
ENTRE COMPONENTES UCLA E IMPLANTE DE
UM MESMO SISTEMA
Porto Alegre
2007
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JOÃO LOPES BONDAN
ANÁLISE COMPARATIVA DA PRECISÃO DE ADAPTAÇÃO
ENTRE COMPONENTES UCLA E IMPLANTE DE
UM MESMO SISTEMA
Dissertação apresentada como requisito parcial para
obtenção do título de Mestre em Materiais Dentários do
Pós-Graduação em Odontologia da Faculdade de
Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul.
Orientador: Prof. Dr. Hugo Oshima
Porto Alegre
2007
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2
À minha família em nome da minha mãe, Cléa Neize Lopes Bondan, pelo suporte, incentivo,
tornando possível a minha conquista, a quem devo meus valores e formação
moral e intelectual baseada em muito trabalho, ética e honestidade.
À Liliam pelo apoio, compreensão, companheirismo e ajuda , pela confiança e por estar
sempre ao meu lado de forma sincera e honesta independente da situação, trazendo
consigo a paz, obrigado, valeu a pena ...
Ao professor Hugo Oshima, orientador deste trabalho, pela sua dedicação, profissionalismo,
esforço, paciência, pelos ensinamentos e pela amizade, ... agradeço a confiança
depositada em mim ...
Ao professor Eduardo Gonçalves Motta, pela sua obstinação, eficácia, dedicação,
esforço, amizade, agradeço a confiança depositada em mim.
3
AGRADECIMENTOS
À Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, na pessoa do Diretor da
Faculdade de Odontologia, Prof. Dr. Marcos Túlio,
À Professora Dr. Nilza Pereira da Costa, Coordenadora do Curso de Mestrado pelo apoio,
confiança, determinação e dedicação a todos os alunos do curso.
Aos professores, Ana , Luís Henrique, Antônio, Luciana, pela amizade, auxílio e convívio,
Aos colegas de mestrado, Carlos, Regênio e Rogério pelo coleguismo, parceria e amizade.
Aos TPDs Telmo e Newton pela disposição e cooperação na confecção das amostras dessa
pesquisa.
À Dra. Ivete Sartori, Coordenadora científica da NEODENT S.A. pela disposição e
cooperação em nossa pesquisa ...
Aos Professores do Departamento de Prótese dessa casa, em especial aos professores
Francisco e Celso Lacroix, ao professor e ‘irmão’ Caio Selaimen, Tomás, Loro, Galina aos quais devo
minha formação profissional, meus parabéns pela luta constante e incessante pela qualidade na
formação profissional.
Ao colega e amigo Ricardo Albé Fedumenti e a sua família, de todo meu coração meu muito
obrigado, meu carinho, minha gratidão, minha amizade ...
Ao colega e amigo Sady Salvador pelo companherismo, coleguismo, convívio, amizade...
Ao ‘ irmão’ Guilherme Bortolon Fasolo e sua família, pelo carinho, convívio e amizade ...
Ao Dr. André Lima, Janaína e todo pessoal da clínica, pela confiança depositada na minha
pessoa e no meu trabalho, pelo convívio, pela amizade, pela parceria ...
Ao professor Kleber Meyer por ser um dos responsáveis pelo tema a ser desenvolvido nesse
trabalho , pelo seu trabalho ter sido base para o desenvolvimento da metodologia, pelo auxílio, pela
amizade e pelo companheirismo.
4
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar a precisão de adaptação entre componentes
UCLA e implante de um mesmo sistema (Neodent). A análise foi através da
avaliação da fenda vertical e da discrepância horizontal da interface implante-UCLA
por microscopia eletrônica de varredura (MEV), das mensurações em locais
indicados. Para a comparação dos resultados, foi utilizado o procedimento de
análise de variância (Anova-Oneway) e o procedimento posterior de Tukey, ao nível
de significância de 5%. Os resultados mostraram que os componentes UCLA
avaliados possuem diferenças significantes em diversos pontos avaliados. Essa
variabilidade nos resultados pode interferir na eficácia de uso desses componentes,
nos resultados clínicos e na sua previsibilidade.
Palavras-chave: Implante. Componente UCLA. Adaptação. Análise.
5
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the fit between the components UCLA and
implant of the same system (Neodent). The comparison was made through an
evaluation of the vertical and horizontal gaps present at the interface between
implant and UCLA, through scanning electronic microscopy (SEM), measurements in
selected locations. Statistical analysis was done through variance analysis procedure
(Anova-Oneway) and Tukey´s posterior procedure, with a significance level of 5%.
The results pointed the UCLA components present significant differences in many
evaluated aspects. Such differences might have some influence in the use of these
components, both in clinical results and in its predictability.
Words-key: Implant. components UCLA. Fit. Analysis.
6
LISTA DE ABREVIATURAS
α - Alfa
β - Beta
Cm - Centímetro
.d. - Densidade
E.P. - Erro Padrão
EDS - Espectroscopia por Dispersão de Energia
et al. - Abreviatura de et alli (E outros)
Fig. - Figura
.h. - Altura
= - Igual
MEV - Microscopia Eletrônica de Varredura
µm - Micrometro
mm - Milímetro
min - Minuto
N - Newton
% - Por cento
v - Volume
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Gráfico de EDS do Implante ...................................................................27
Figura 02 - Foto de embalagem de componente frente e verso................................28
Figura 03 - Componentes UCLA; da esquerda para direita (UCLA Calcinável, UCLA
Fundido, UCLA Titânio, Munhão Personalisado, UCLA Tilite e UCLA
Nobre) ....................................................................................................30
Figura 04 - Simulão de encaixe dos componentes para avaliação de desadaptação,
de cima para baixo (Parafuso de Titânio 4.1 para fixão de UCLA,
Componente Muno Personalisado e Implante)........................................30
Figura 05 - Figura parcial do corpo de um implante de plataforma regular e hexágono
externo ....................................................................................................31
Figura 06 - Figura da plataforma de um implante de hexágono externo e plataforma
regular ....................................................................................................31
Figura 07 - a - Região de análise de fenda vertical..................................................32
Figura 08 - a - Região de análise de discrepância horizontal....................................33
Figura 09 - Microscópio Eletrônico de Varredura ......................................................33
Figura 10 - Foto das amostras de UCLA Calcináveis sendo desincldas......................36
Figura 11 - Foto do retificador ...................................................................................37
Figura 12 - Foto do torquímetro manual e das chaves utilizadas para dar o torque..38
Figura 13 - Foto de Microscopia Eletrônica de Varredura de: Implante com
componente UCLA Nobre adaptado sobre ele. a - Componente UCLA
Nobre, b - região de análise e c - implante..............................................38
Figura 14 - Fenda vertical vista por microscopia eletrônica de varredura. Os três
pontos medidos por cada face estão denominados com:
ponto 1, ponto 2 e ponto 3............................................................................39
Figura 15 - Simulação de fenda vertical ....................................................................40
Figura 16 - Simulação de fenda vertical...................................................................40
Figura 17 - Marcação de número 1, sinalizando a primeira face analisada do
implante de um total de quatro faces simetricamente opostas...............41
Figura 18 - Discrepância horizontal vista por microscopia eletrônica de varredura,
a - discrepância zero e b - discrepância negativa ...................................42
8
Figura 19 - Simulação de discrepância horizontal positiva.......................................42
Figura 20 - Simulação de discrepância horizontal negativa ......................................43
Figura 21 - Adaptação macroscópica entre implante e intermediário........................43
Figura 22 - Presença (simulação) de fenda vertical ..................................................44
Figura 23 - Presença (simulação) de fenda horizontal..............................................44
Figura 24 - Análise de fenda vertical em UCLA Nobre..............................................45
Figura 25 - Gráfico de EDS do Implante ...................................................................46
Figura 26 - Gráfico de EDS do UCLA Nobre.............................................................46
Figura 27 - Análise de Fenda Vertical em UCLA Tilite .............................................47
Figura 28 - Gráfico EDS UCLA Tilite .........................................................................48
Figura 29 - Análise de fenda vertical UCLA Titânio...................................................49
Figura 30 - Gráfico EDS UCLA Titânio......................................................................49
Figura 31 - Análise de Fenda Vertical Munhão Personalizado.................................50
Figura 32 - Gráfico EDS Munhão Personalizado.......................................................51
Figura 33 - Análise de fenda vertical de UCLA fundido anti-rotacional ....................52
Figura 34 - Gráfico EDS UCLA fundido anti-rotacional ............................................53
Figura 35 - Análise de fenda vertical de UCLA fundido rotacional ............................54
Figura 36 - Gráfico EDS UCLA fundido rotacional ....................................................54
Figura 37 - Análise de Fenda Vertical de UCLA fundido rotacional retificado ...........55
Figura 38 - Gráfico EDS UCLA fundido rotacional retificado.....................................56
Figura 39 - Análise de discrepância horizontal em UCLA Nobre...............................59
Figura 40 - Análise de discrepância horizontal em UCLA Tilite.................................60
Figura 41 - Análise de discrepância horizontal em UCLA Titânio..............................61
Figura 42 - Análise de discrepância horizontal em Munhão Personalizado ..............62
Figura 43 - Análise de discrepância horizontal em UCLA fundido anti-rotacional .....63
Figura 44 - Análise de discrepância horizontal em UCLA fundido rotacional ............64
Figura 45 - Análise de discrepância horizontal em UCLA fundido rotacional
retificado ..................................................................................................65
9
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Gráfico de Fenda Vertical com valores médios e erro padrão dos grupos
expresso em micrômetros .......................................................................58
Gráfico 2 - Gráfico de Discrepância Horizontal com valores médios erro padrão dos
grupos expresso em micrômetros ..........................................................67
10
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Materiais utilizados no estudo e respectivos fabricantes......................29
Quadro - 07 ...............................................................................................................47
Quadro - 13 ...............................................................................................................48
Quadro - 19 ...............................................................................................................50
Quadro - 25 ...............................................................................................................51
Quadro - 31 ...............................................................................................................53
Quadro - 37 ...............................................................................................................55
Quadro - 43 ...............................................................................................................56
Quadro 44 - Análise de Variância (ANOVA-ONEWAY) comprovando diferença
estatisticamente significante entre os grupos analisados quanto à
Fenda Vertical, valores expressos em micrômetros ..............................57
Quadro 45 - Demonstrativo dos grupos considerados semelhantes pelo teste de
Tukey (ao nível de significância de 5%) quanto à FENDA VERTICAL,
as colunas representam resultados semelhantes estatisticamente,
valores expressos em micrômetros .......................................................57
Quadro 46 - Representa as médias e o erro padrão dos componentes UCLA
analisados quanto à Fenda Vertical, valores expressos em
Micrometros...........................................................................................58
Quadro - 52 ...............................................................................................................59
Quadro - 58 ...............................................................................................................60
Quadro - 64 ...............................................................................................................61
Quadro - 70 ...............................................................................................................62
Quadro - 76 ...............................................................................................................63
Quadro - 82 ...............................................................................................................64
Quadro - 88 ...............................................................................................................65
Quadro 89 - Análise de Variância (ANOVA-ONEWAY) comprovando diferença
estatisticamente significante entre os grupos analisados quanto
à Discrepância Horizontal, valores expressos em micrômetros ...........66
11
Quadro 90 - Demonstrativo dos grupos considerados semelhantes pelo teste de
Tukey (ao nível de significância de 5%) quanto à Discrepância
Horizontal, as colunas representam resultados semelhantes
estatisticamente, valores expressos em micrômetros .........................66
Quadro 91 - Representa as médias e o erro padrão dos componentes UCLA
analisados quanto à Discrepância Horizontal, valores expressos em
micrômetros..................................................................................................67
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................14
2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................16
3 PROPOSIÇÃO .......................................................................................................25
4 MATERIAIS E MÉTODO........................................................................................26
4.1 MATERIAIS.........................................................................................................26
4.2 MÉTODO.............................................................................................................32
4.2.1 Microscopia eletrônica de varredura ................................................................34
4.2.2 Espectroscopia por Dispersão de Energia (EDS).............................................34
4.2.3 Confecção das amostras..................................................................................35
4.2.4 Preparo das amostras a serem tratadas com retificação interna .....................36
4.2.5 Análise e avaliação das amostras....................................................................37
4.2.6 Avaliação da fenda vertical...............................................................................39
4.2.7 Avaliação da discrepância horizontal ...............................................................41
5 RESULTADOS.......................................................................................................45
5.1 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA NOBRE(MEDIDAS EM
MICROMETROS)................................................................................................45
5.2 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA TILITE(MEDIDAS EM
MICROMETROS)................................................................................................47
5.3 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA TITÂNIO (MEDIDAS EM
MICROMETROS)................................................................................................48
5.4 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E MUNHÃO PERSONALIZADO
(MEDIDAS EM MICROMETROS) .......................................................................50
5.5 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO ANTI-
ROTACIONAL(MEDIDAS EM MICROMETROS)...............................................52
5.6 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO ROTACIONAL
(MEDIDAS EM MICROMETROS) .......................................................................53
13
5.7 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO ROTACIONAL
RETIFICADO (MEDIDAS EM MICROMETROS) ................................................55
5.8 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E UCLA NOBRE
(MEDIDAS EM MICROMETROS) .......................................................................59
5.9 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E UCLA TILITE
(MEDIDAS EM MICROMETROS) ......................................................................60
5.9.1 Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA Titânio (medidas em
Micrometros) ....................................................................................................61
5.9.2 Discrepância Horizontal entre Implante e Munhão Personalizado
(medidas em Micrometros)...............................................................................62
5.9.3 Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA fundido anti-rotacional
(medidas em Micrometros)...............................................................................63
5.9.4 Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA fundido rotacional
(medidas em Micrometros)...............................................................................64
5.9.5 Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA fundido rotacional
retificado (medidas em Micrometros) ...............................................................65
6 DISCUSSÃO ..........................................................................................................68
7 CONCLUSÃO.........................................................................................................73
REFERÊNCIAS.........................................................................................................74
ANEXOS ...................................................................................................................78
ANEXO A - Quadros de Medições das Fendas Verticais..........................................79
ANEXO B - Quadros das Medições das Discrepâncias Horizontais .........................88
ANEXO C - Estatística ..............................................................................................98
14
1INTRODUÇÃO
A osseointegração foi definida por Bränemark et al. (1987), como sendo o
fenômeno de uma conexão estrutural direta e funcional entre o tecido ósseo e a
superfície de um implante em função (suportando carga). Sendo os primeiros
estudos sobre micro-circulação e vascularização óssea realizados na Universidade
de Lünd na Suécia em 1952. O sucesso clínico dos implantes osseointegrados
gerou um grande aumento de seu uso em todo mundo, sendo que os percentuais de
sucesso atingem 93% para implantes mandibulares e 84% para os maxilares em
estudos de 15 anos de acompanhamento realizados por Bränemark (1985). Além
disso, os prognósticos de sucesso estão entre 90% e 100%, independentemente do
tipo de implante, de sua superfície e do desenho da prótese, segundo relatos de
Zarb et al. (2005). O crescente sucesso e a introdução e a popularização desse
sistema estimularam o surgimento de vários sistemas alternativos de implantes,
cópias de componentes de forma muito próxima ao projeto de desenho, tamanho,
forma e protocolo de tratamento do sistema original. Ainda muitos desses sistemas
se dizem compatíveis e intercambiáveis com o sistema Bränemark tanto no mercado
nacional como internacional. Esses implantes e componentes oferecem uma
alternativa atrativa, pois apresentam um custo menor, além de um aumento das
opções restauradoras e da facilidade de aquisição dos componentes.
Em 1988, Beumer e Lewis, na Universidade da Califórnia, desenvolveram um
pilar calcinável, denominado UCLA, que depois de fundido seria conectado
diretamente sobre a plataforma do implante com a possibilidade de restaurar
proteticamente fixações mal posicionadas, ou com pouco espaço interoclusal, e
onde a necessidade estética não permitiria uma cinta metálica, além de tornar
simplificada a restauração. Com a fundição desse pilar calcinável a distorção no
processo de confecção pode provocar um mau assentamento da peça sobre o
implante criando uma interface que favoreceria o aparecimento de perimplantite,
Lewis et al. (1991). Segundo Hurson et al. (1996), dois passos de acabamento são
necessários, para amenizar as distorções inerentes ao processo de fundição.
Primeiro o orifício de acesso ao parafuso deve estar limpo e o assentamento do
parafuso do pilar deve ser retificado. Segundo, deve-se retificar as superfícies de
15
encaixe do pilar, para remover desigualdades resultantes do processo de fundição,
objetivando melhor ajuste entre componentes protéticos e implante. Contudo, outras
alternativas de pilares UCLA surgiram no mercado com bases pré-usinadas em liga
nobre ou semi-nobre sugerindo, segundo o fabricante, uma melhor adaptação, visto
que é realizado uma sobre-fundição com liga metálica compatível com a base, não
alterando assim a base pré-usinada. Essa alternativa de novos componentes tem
gerado o uso clínico indiscriminado, o que pode alterar os índices de sucesso
obtidos com o sistema Bränemark. Karl et al. (2005), concluíram que a adaptação
passiva das estruturas e componentes protéticos sobre implantes é afetada pelo
material e pelo processo de fabricação dos mesmos. Um dos maiores desafios na
execução dos trabalhos protéticos implanto-suportados é o de fabricar e escolher
peças pré-fabricadas que tenham adaptação precisa e passiva sobre os implantes,
visando evitar tensões que possam levar a complicações mecânicas e biológicas no
trabalho executado. O encaixe de componentes combinados de modo impreciso
pode influenciar o prognóstico de sucesso do implante a longo prazo. Desta forma, o
presente estudo teve como objetivo avaliar a precisão de adaptação de
componentes intermediários do tipo UCLA sobre implante do mesmo sistema.
16
2 REVISÃO DE LITERATURA
Gulhaév et al. (1981), justificaram a utilização clínica dos implantes de titânio
nas áreas médicas (principalmente em odontologia), devido às suas características
de alta resistência, de baixo peso específico (d= 4,5 gramas/centímetro cúbico a 25
graus Celsius) de alto ponto de fusão (1672 graus C), de baixo módulo de
elasticidade (100000 N/m
2
), de excelente resistência à corrosão e de ser altamente
biocompatível. Sendo que suas propriedades dependem de sua pureza, sendo essa
expressa em % de titânio (99,9; 99,8; 99,6; 99,5; 99,4) que correspondem às
seguintes durezas (HB): 100; 145; 165; 195; 225, respectivamente.
Em estudos de Marker et al. (1983), comparando os metais preciosos com
não preciosos registraram preocupações concernentes às ligas não preciosas
usadas nas restaurações em relação aos efeitos em longo prazo na saúde dos
tecidos orais e ao estresse sobre as restaurações que ocorre na cavidade oral.
Apontaram a superioridade da liga metálica de ouro quando associada com
porcelana.
Para Albrektsson et al. (1986) é critério mínimo de sucesso em reabilitação
com implantes osseointegrados 85%, em cinco anos, e 80%, em dez anos. O
tratamento reabilitador , no entanto , para encontrar-se nessa faixa necessita estar
dentro de algumas características comuns: implante imóvel frente à análise clínica;
exame radiográfico não demonstrando radilucidez na interface osso/implante; perda
vertical óssea menor do que 0,2mm anuais após o primeiro ano de função; ausência
de sinais e sintomas irreversíveis e ou persistentes de: dor, infecção, neuropatias e
parestesias.
Bränemark et al. (1987), definiram o fenômeno de osseointegração, como
uma conexão estrutural direta e funcional entre o tecido ósseo e a superfície de um
implante em função (suportando cargas oclusais). Sendo os primeiros estudos sobre
microcirculação e vascularização óssea realizados na Universidade de Lünd, na
Suécia, em 1952.
Mondelli et al. (1989), verificaram a contração de fundição e o desajuste de
coroas totais fundidas ,em função de técnicas de inclusão e tipos de revestimento
empregados. Utilizaram-se ligas comerciais à base de prata-estanho, prata-paládio,
17
níquel cromo, cobre-zinco e cobre-alumínio e quatro tipos de revestimentos:
Cristobalite, Hi-temp, Goldent e Termocast, encontrados no comércio odontológico.
Constatou-se que a liga Ag-Sn (Superalloy) apresentou menores valores de
contração ocorrido durante a fundição , a de Ni-Cr (Nicrocast) maiores valores e as
de Cu-Al (Duracast MS) e Cu-Zn (Goldent LA) ficaram numa posição intermediária.
Utilizaram-se duas técnicas de inclusão, uma referida como convencional e outra
como compensação. As leituras dos desajustes foram realizadas através de um
microscópio comparador. Cada coroa foi medida 3 vezes em quatro pontos, num
total de doze leituras. Assim, para um total de 120 coroas foram realizadas 1440
leituras. Concluíram que a liga de Ag-Sn (Superalloy) apresentou menores
desajustes, seguida da Ag-Pd (Palliag), Cu-Al (Duracast MS), Cu-Zn (Goldent LA) e
Ni-Cr (Nicrocast), independentemente do tipo de revestimento e técnica de inclusão
empregada.
Binon et al. (1990), relataram como complicações mais frequentemente
encontradas, relacionadas ao desajuste entre implante e intermediário, o
afrouxamento e a quebra de parafuso, a retenção de placa bacteriana, as respostas
adversas dos tecidos moles e perda da osseointegração.
Lewis et al. (1991), observaram a necessidade de um novo componente
protético para corrigir pequenas angulações e mesmo a fabricação de coroas
telescópicas sobre os implantes com angulações mais severas. Com esse intuito,
desenvolveram no ano de 1988 um componente protético confeccionado através de
um tubo plástico calcinável para reconstrução protética sobre implantes Bränemark,
que apresenta na base um encaixe hexagonal para não permitir a rotação da peça, e
foi denominado “Abutment UCLA” (Universable Castable Long Abutment). Com a
utilização e a necessidade, o sistema evoluiu para os abutment (pilares)
personalizado “ProCera”. No estudo de Lewis sobre 45 pacientes utilizando o
componente UCLA, observou-se uma pequena perda óssea na área do pescoço do
implante , sem fratura do mesmo ou da prótese além de não ser notado o
eletrogalvanismo quando utilizada liga de ouro. O estudo concluiu que a adaptação
do componente protético UCLA deve ser muito bem determinada no modelo em
gesso, realizando criteriosamente o polimento com pasta de diamante sem danificá-
la, porém o autor afirma ter notado discrepância de 4 a 8 micrometros na adaptação
da peça. Além disso, os processos de fundição demonstram-se mais sensíveis
tecnicamente, podendo gerar adaptação e sendo esta alteração capaz de
18
exercer forças sobre o implante resultando em fracasso do trabalho enquanto os
componentes usinados são mais precisos.
Journéus et al. (1991), em estudo avaliaram a carga e o desenho de
parafusos de fixação protética para restaurações de implantes unitários. O foco
desse estudo foi a estabilidade do parafuso, frente às forças oclusais máximas em
vivo para pacientes com coroas unitárias (as quais usam um só parafuso para
estabilizar a reconstrução protética ao implante). As medidas das forças oclusais
foram cruzadas com parâmetros geométricos para cada paciente, para determinar a
capacidade retentiva do parafuso. Concluíram que o parafuso de ouro com torque de
35 Ncm obteve os melhores resultados. Portanto, para reduzir o potencial de
afrouxamento dos parafusos, os clínicos devem aplicar um torque correto, pois um
afrouxamento do parafuso pode causar maiores problemas, como perda óssea ou
fratura do implante, além da fratura do próprio parafuso do intermediário. Um torque
insuficiente pode permitir a separação da conexão e resultar em fadiga ou
afrouxamento do parafuso, quando em função. Um torque excessivo pode causar
falha do parafuso ou danificar a sua rosca.
Patterson et al. (1992), avaliaram a fadiga dos parafusos de ouro. Relataram
que quando um parafuso é apertado ao máximo é aplicada sobre ele uma pré-carga,
induzindo uma força compressiva nos componentes que estão unidos. Dessa forma,
frente a forças externas, parte da força compressiva é perdida, aumentando a tensão
do parafuso. A ausência de adaptação passiva faz com que as superfícies dos
componentes não entrem em contato, quando a pré-carga é aplicada e, dessa
forma, o parafuso passa a receber toda a carga, tendo reduzido , assim , o seu
tempo de fadiga. Concluíram que devido à possibilidade de incorporar pequenos
erros nos diferentes procedimentos protéticos, faz-se necessário assegurar que os
parafusos sejam apertados ao máximo, de modo a aumentar o tempo de vida dos
mesmos. Recomenda-se, para isso, que o torque seja aplicado apropriadamente
para cada tipo de parafuso. Afirmaram, ainda, que a maior parte dos aparelhos de
torque necessita de exatidão, por causa das variáveis, além do controle dos
instrumentos convencionais.
Com preocupação estética, Tarnow (1993), relatou o caso clínico de um
implante isolado. Descreveu que a fixação deva ser colocada 3 a 4 mm apicalmente
à junção cemento-esmalte dos dentes adjascentes. Neste artigo ele cita a utilização
do pilar tipo UCLA e o desnvolvimento pela 3I (Implant Innovations Inc) do mesmo
19
pilar em ouro pré-fabricado. Previu-se nesta época que o futuro seria o de um pilar
totalmente cerâmico que permitiria a aplicação direta da porcelana sem causar
corrosão da cabeça do implante ou pilar.
Pesquisando a indicação dos pilares UCLA, Weinberg et al. (1993),
concluiram que os componentes pré-manufaturados são superiores aos calcináveis,
devido à qualidade do assentamento. Lembra ainda que se o parafuso de ouro não
for suficientemente apertado, uma força oclusal é exigida para separar as interfaces,
podendo gerar torção ou fratura do parafuso.
Burguete et al. (1994), relataram que o aperto em conexões parafusadas tem
a função de travamento entre as partes integrantes do sistema. O processo de
afrouxamento dos parafusos ocorre em dois estágios. Inicialmente, forças externas
aplicadas à conexão parafusada, durante a mastigação, induzem a um efetivo
desgaste por pressão de pré-carga, na conexão. O parafuso funcionaria como um
sistema de mola, isto é, como se tivesse sido estendido pela pré-carga, cujo
estiramento fosse mantido por força de fricção das roscas. Qualquer força externa,
que provoque deslizamento entre as roscas, libera parte do alongamento e uma
parte da pré-carga se perde. Nesse estágio, quanto maior a pré-carga, maior será a
resistência para afrouxamento, por causa das forças de fricção entre as roscas. Num
segundo estágio de afrouxamento, a pré-carga está abaixo do valor crítico, tanto que
forças externas e vibrações causam a rotação ou volta das roscas. Uma vez que
esse estágio tenha sido alcançado, a conexão parafusada para de realizar sua
função pretendida e fracassa.
Wilson et al. (1993), referem que implantes de dois estágios que apresentam
ângulo de noventa graus, (como acontece em sistemas de hexágono externo), no
encaixe entre as duas partes, (sendo elas o implante e o intermediário), apresentam
uma fenda de no mínimo dez micrômetros. Além disso, relaciona como sendo um
acontecimento corriqueiro o aparecimento de fístula gengival, tendo como
localização preferencial a interface implante-intermediário. Sugere-se, portanto,
haver uma relação direta de causa-efeito de que a desadaptação localizada na
interface implante-intermediário demonstra-se provável agente causal não só de
problemas perimplantares (mucisite-perimplantite), como também de perda óssea ao
redor de implantes.
Vidigal Junior et al. (1995), utilizaram cinco diferentes sistemas de implantes
disponíveis no mercado. Após medições com microscopia eletrônica de varredura
20
encontraram mensurações de desadaptação que variavam de zero a 150
micrômetros o que facilitaria o acúmulo de placa bacteriana. Logo, a adaptação
vertical demonstra-se importante para evitar o crescimento bacteriano na área o que
poderia causar a periimplantite e comprometer a manutenção da osseointegração.
Carr et al. (1996), estudaram a resposta óssea periimplantar com diferentes
níveis de adaptação protética, em macacos babuínos que tiveram os dentes
posteriores extraídos e instalados implantes em cada arco de mandíbula. Foram
instaladas duas próteses fixas (uma para cada arco) retidas por parafuso sem carga
oclusiva. Um dos lados se julgou com adaptação passiva, com média de
desadaptação de 38 micrômetros e outro com desadptação provocada de 345
micrometros. Os exames clínicos e radiográficos não demonstraram diferenças
visíveis na osseointegração entre as próteses ajustadas e o ajustadas.
Histomorfologicamente verificou-se uma média percentual de osseointegração de
51,4% nas próteses consideradas bem ajustadas e de 56,3% nas consideradas mal
ajustadas. Relataram que a falência de implante como conseqüência de carga
protética seguindo determinação clínica de primeira etapa bem-sucedida de
osseointegração é pouco entendida e que o termo passivo, conforme entendido e
aplicado na relação de próteses sobre implantes, é um termo imprecisamente
definido, dada a impossibilidade de se realizar ajuste perfeito, assim, que este esteja
livre de tensão.
Shillinburgh (1996), define o desajuste ou a má-adaptação marginal das
próteses fixas odontológicas sobre dente ou sobre pilar protético no caso de
restaurações implanto-suportadas, como a discrepância existente entre a margem
do preparo e da restauração. Este desajuste pode ser influenciado por muitos
fatores e, em diversos momentos, durante a confecção da prótese. O tipo de
preparo, o ângulo de término de preparo, o material restaurador e a técnica
laboratorial são alguns dos fatores que podem interferir nos resultados.
Byrne et al. (1998), compararam a adaptação marginal entre pilares pré-
fabricados e pilares fundidos e acabados em laboratório nos seguintes aspectos:
adaptação marginal entre implante e pilar, ajuste e adaptação entre o lado inferior
dos pilares e suas respectivas bases de assentamento. Concluíram que os pilares
pré-fabricados, incluindo aqueles sobre-fundidos e submetidos a queima de
porcelana, são superiores na adaptação em relação aos padrões plásticos
calcináveis, podendo ter implicações tanto no aspecto biológico quanto mecânico.
21
Scheler et al. (1998), em um estudo de cinco anos de acompanhamento de 99
implantes colocados, em vários centros pelo mundo, de implantes Bränemark para
coroas unitárias, encontraram um resultado cumulativo geral de 95,9% de sucesso
para os implantes e 91,1% para as coroas, mostrando que resultados estáveis a
longo prazo podem ser atingidos com a colocação de implantes Bränemark para a
fase de remodelação. A reabsorção óssea foi mínima após o primeiro ano de fase de
remodelação, e o estado dos tecidos moles permaneceu estável. A mudança do
parafuso do intermediário de titânio para de ouro parece ter resolvido o problema de
afrouxamento do mesmo.
Gross et al. (1999), descreveram a microinfiltração presente na interface
implante-pilar como causa de odor e inflamação da mucosa. Concluíram que o
aumento do torque de fixação do pilar de 10N para 20N diminuiu significativamente a
infiltração em todos os sistemas analisados.
Francischone et al. (1999), descreveram que a manutenção da
osseointegração depende de fatores biomecânicos e periodontais em conjunto com
as reabilitações protéticas, e demonstraram a preocupação em relação aos nichos
para o desenvolvimento de bactérias que possibilitem o desenvolvimento de
doenças peri-implantares.
Ormachea et al. (1999), avaliaram qual a angulação máxima do tubo do
aparelho de raio-x convencional seria possível, para detectar fendas entre encaixes
de intermediário sobre implante. Realizaram radiografias simulando diversas
mensurações de fendas entre componentes (implante-intermediário), variando
conjuntamente o grau de angulação do raio x. As fendas simuladas foram (zero, 21,
42, 50, 100, 150 micrômetros) e as angulações de (zero, cinco, dez e quinze graus)
em relação à interface implante-intermediário. Concluiram que angulação acima de 5
graus do raio x em relação à interface implante-intermediário torna subjetiva a
interpretação de radiografias com fendas de 50 micrometros ou menos. Colocando o
tubo de raio-x paralelo ao longo eixo do implante, verifica-se fendas de, no mínimo,
21 micrometros.
David (1999), relatou que o processo de fabricação dos implantes é
usualmente de usinagem. Neste caso, observa-se maior desgaste das ferramentas
pela tendência do titânio de reagir quimicamente em elevadas temperaturas,
inclusive com elementos da liga da ferramenta de corte, devendo-se utilizar algum
22
modo de refrigeração e baixa velocidade.
Carvalho et al. (2002), pesquisaram o assentamento de componentes UCLA
Gold sobre a plataforma do implante, sendo esse o grupo controle. Compararam
com ligas não preciosas: UCLA em teflon fundido em titânio CP (comercialmente
puro) e em Tilite. Relatam o aparecimento de ligas não preciosas no mercado
odontológico, cada vez em maior escala, devido ao alto custo do ouro e pelas suas
propriedades mecânicas (resistência e elasticidade). Concluíram que o grupo
fundido em tilite mostrou melhor assentamento ao implante que o grupo fundido em
titânio comercialmente puro, porém ambos foram inferiores ao grupo controle.
Meyer et al. (2003), em estudo de avaliação de compatibilidade entre
componentes de diferentes sistemas relatou poder haver variações consideráveis
não na precisão de fabricação dos componentes para implantes, como também
na sua adaptação e conseqüente biocompatibilidade. Essas alterações seriam
passíveis de ocorrer dentro de um mesmo sistema ou no intercâmbio de sistemas.
De acordo com o estudo , no entanto , os sistemas de implantes analisados
(Conexão S.A., Neodent S.A., Nobel Biocare S.A. e 3I (3I Implant Innovations), são
compatíveis, sendo possível o encaixe de todos os intermediários sobre todos os
implantes, com diferenças nos resultados dos sistemas originais para os do
intercâmbio entre componentes. Tendo o sistema Neodent S.A. apresentado uma
fenda pequena, em média, mas os resultados mostraram uma falta de regularidade
nos pontos da interface, os quais apresentaram fendas muito grandes e outras muito
pequenas, indicando que a adaptação não era a mesma em todo o seu perímetro.
Além disso, notou-se um número expressivo de irregularidades nos bordos
(edentações) que, provavelmente, sejam decorrentes do processo de usinagem.
Francischone et al. (2004), avaliaram a influência de alguns tipos de ligas na
adaptação de infra-estruturas protéticas sobre pilares Cera One do sistema
Bränemark. Foram obtidas fundições a partir de cápsulas poliacrílicas com diferentes
tipos de ligas metálicas (titânio, ouro cerâmico, ouro tipo IV, níquel-cromo, prata-
paládio). As fundições foram assentadas sobre o pilar Cera One e medida a
adaptação marginal através do projetor óptico. Esses mesmos procedimentos
também foram realizados para infra-estruturas pré-fabricadas de cerâmica (DCB
128) e de ouro (DCB 160) e suas respectivas fundições. Os resultados mostraram
uma melhor adaptação marginal das infra-estruturas pré-fabricadas de ouro e de
cerâmica e suas respectivas sobrefundições quando comparadas às infra-estruturas
23
fundidas a partir das cápsulas poliacrílicas.
Guindy et al. (2004) demonstraram que ligas metálicas e porcelanas
biocompatíveis devem ser usadas para estruturas de próteses implanto-suportadas.
É essencial que não haja falhas na adaptação entre os elementos protéticos. O
¨gap¨ portanto deve ser evitado.
Stefanos et al. (2004), analisaram, num período de doze anos, os resultados
de reabilitação de 1692 implantes. O índice de sucesso dos implantes nesse
período foi de 95,6%. Os fracassos precoces representaram uma alta porcentagem
de fracassos. A periimplantite foi a principal causa dos fracassos posteriores. Esse
estudo enfatiza que seus resultados indicam que a reabilitação com implantes é um
método previsível e seguro de tratamento.
Cho et al. (2004), avaliaram a longo prazo o afrouxamento de parafuso para
implante padrão (3,75 mm) e de diâmetro largo (5,0 mm) em casos de parcialmente
desdentados. Dentro das limitações do estudo, os implantes de diâmetro largo
testados mostraram menor afrouxamento de parafusos do que os implantes de
diâmetro padrão, quando dado somente torque manual. No entanto, com o uso de
chave de torque para apertar os parafusos com a força recomendada, impediu-se
que esse afrouxamento ocorresse em todos os casos.
Duarte et al. (2005), em estudo de revisão de literatura prestam
esclarecimentos sobre torque na implantodontia. Descrevem o torque como uma
força aplicada a um objeto com a finalidade de torcê-lo. A vantagem de um sistema
de próteses parafusadas seria a reversibilidade completa, no entanto a desvantagem
seria que os parafusos dos componentes protéticos poderiam afrouxar-se. Os
fatores contribuintes para o afrouxamento seriam: aperto insuficiente, próteses
inadequadas, adaptação deficiente dos componentes, cargas excessivas,
assentamento e desenho inadequado do parafuso e elasticidade óssea. O clínico
podendo controlar os quatro primeiros. Sendo as respostas para as causas do
afrouxamento em relação ao torque: aperto inadequado, baixa pré-carga na conexão
parafusada, força de travamento inadequado, inconstância operatória, resultando em
uma ampla variação de aplicação do torque. Nos sistemas Bränemark e similares, a
ancoragem do implante consiste na fixação do intermediário ao cilindro de ouro, os
quais são conectados pelo parafuso do intermediário e pelo parafuso de ouro.
Recomendando-se que o parafuso de ouro seja apertado com torque de 10Ncm e o
parafuso de intermediário com 20Ncm, e para sistemas com um único implante e
24
coroa protética, 32 Ncm (em dentes anteriores com implante de plataforma regular) e
45Ncm (em dentes posteriores com implante de plataforma larga).
Simamoto et al. (2005), após a retificação, cerca de 94% dos pilares tipo
UCLA encontravam-se com valores de desajuste vertical igual ou abaixo de 10
micrômetros. Refere o resultado a uma técnica laboratorial controlada e que as
interferências das etapas laboratoriais podem ser superadas, sendo o uso de
retificadores de cilindros fundíveis considerado, frente aos resultados, como técnica
satisfatória para o controle de qualidade no ajuste de pilares fundíveis, que foram
constatados menores valores de desajuste após seu emprego. Novas tecnologias e
técnicas apresentam-se com resultados satisfatórios para a otimização do ajuste em
próteses implantadas, como eletrocorrosão e soldagem a laser, no entanto não são
viáveis e com as facilidades técnicas encontradas com o uso dos retificadores de
pilares fundíveis, à grande parte dos profissionais e laboratórios de prótese.
Portanto, dentro da metodologia aplicada neste estudo pode-se concluir que a ação
dos retificadores de cilindros fundíveis proporcionou melhora estatisticamente
significativa no ajuste dos pilares plásticos tipo UCLA à plataforma dos implantes.
Karl et al. (2005), concluiu que a adaptação passiva das estruturas e
componentes protéticos sobre implantes é afetada pelo material e pelo processo de
fabricação dos mesmos, bem como pelo mecanismo de retenção (parafusado ou
cimentado).
25
3 PROPOSIÇÃO
Frente à importância de uma adaptação precisa entre componentes de
reabilitações com implantes dentários, o presente trabalho teve como proposta
realizar a análise comparativa da precisão de adaptação vertical e horizontal entre
componentes UCLA e implante de um mesmo sistema.
26
4 MATERIAIS E MÉTODO
4.1 MATERIAIS
Para a realização desta pesquisa foram utilizados os seguintes componentes
(ver Quadro 1):
a) 1 (um) implante de plataforma regular, hexágono externo, 3,75mm de
diâmetro, plataforma 4.1mm e 15mm de comprimento- Implante TITAMAX
Ti Cortical Liso - 3,75 x 15mm (Neodent S.A.,Curitiba, Paraná, Brasil);
b) 05 (cinco) componentes UCLA calcinável para implante de plataforma
regular, hexágono externo, anti-rotacional (Neodent S.A.);
c) 05 (cinco) componentes UCLA calcinável para implante de plataforma
regular, hexágono externo, rotacional (Neodent S.A.);
d) 05 (cinco) componentes UCLA de base pré-usinada de TILITE (liga
composta de 76% de niquel, 13,5% de cromo, 6% de molibdênio e 4% de
titânio), para implante de plataforma regular, hexágono externo, com anti-
rotacional (Neodent S.A.);
e) 05 (cinco) componentes UCLA Nobre para implante de plataforma regular,
hexágono externo, anti-rotacional (Neodent S.A.);
f) 05 (cinco) componentes Munhão Personalizado, para implante de
plataforma regular, hexágono externo (Neodent S.A.);
g) 05 (cinco) componentes UCLA titânio, para implante de plataforma
regular, hexágono externo, anti-rotacional (Neodent S.A.);
h) 30 (trinta) parafusos sextavados para fixação de UCLA, para implante de
plataforma regular, hexágono externo (Neodent S. A.);
i) 1 (um) retificador interno para UCLA (Conexão S.A., São Paulo, São
Paulo, Brasil).
Foi realizado sobre as amostras análise por Espectroscopia por dispersão de
Energia (EDS) dos componentes de todos os sistemas (ver figura 1), para
caracterizar sua composição, como descrito no método e demonstrado nos
resultados.
27
Figura 01 - Gráfico de EDS do Implante
Os componentes e os números dos lotes estão relacionados abaixo , todos
componentes foram fabricados pela Neodent S.A. Curitiba - Paraná - Brasil (ver
Figura - 02):
a) 1 (um) Implante Titamax Ti Cortical Liso 3,75 x 15 mm - Lote - 24353 -
Código. 9.319;
b) 5 (cinco) Ucla Nobre 4.1 Anti-Rotacional - Lote - 209058 - Código - 18.037;
c) 5 (cinco) Munhão Personalizado 4.1 - Lote - 683054 - Código - 114.029;
d) 5 (cinco) Ucla Tilite 4.1 Anti-Rotacional - Lote - 712291 - Código - 118.121;
e) 5 (cinco) Ucla Calcinável 4.1 Anti-Rotacional - Lote - 717105 - Código -
118.004;
f) 5 (cinco) Ucla Calcinável 4.1 Rotacional - Lote - 654383 - Código -
118.005;
g) 5 (cinco) Ucla Titânio 4.1 Anti-Rotacional - Lote - 710059 - Código -
118.009;
h) 1 (uma) Chave Digital 1.2 Média - Lote - 746717 - Código - 104.012;
i) 1 (uma) Conexão Torque 1.2 - Lote - 503171 - Código - 5.005;
j) 30 (trinta) Parafusos Sextavados 4.1 Titânio - Lote - 700591 - Código -
28
116.002;
k) 1 (uma) Chave Catraca Torquímetra Protética - Lote - 700326 - Código -
104.026.
Figura 02 - Foto de embalagem de componente frente e verso
29
Quadro 1 – Materiais utilizados no estudo e respectivos fabricantes.
MATERIAL FABRICANTE
IMPLANTE DE PLATAFORMA REGULAR NEODENT - S/A , CURITIBA, BRASIL
COMPONENTE UCLA FUNDIDO ROTACIONAL NEODENT - S/A , CURITIBA, BRASIL
COMPONENTE UCLA FUNDIDO ROTACIONAL
COM RETIFICAÇÃO INTERNA
NEODENT - S/A , CURITIBA, BRASIL
COMPONENTE UCLA FUNDIDO ANTI-
ROTACIONAL
NEODENT - S/A , CURITIBA, BRASIL
COMPONENTE UCLA TITÂNIO NEODENT - S/A , CURITIBA, BRASIL
COMPONENTE UCLA DE BASE PRÉ-USINADA
DE TILITE
NEODENT - S/A , CURITIBA, BRASIL
COMPONENENTE UCLA DE BASE PRÉ-
USINADA NOBRE
NEODENT - S/A , CURITIBA, BRASIL
COMPONENTE MUNHÃO
PERSONALIZADO
NEODENT - S/A , CURITIBA, BRASIL
RETIFICADOR PARA PILAR TIPO UCLA CONEXÃO SISTEMAS DE PRÓTESE –
SÃO PAULO, BRASIL
30
Figura 03 -
Figura 04 -
Componentes UCLA; da esquerda para direita
(UCLA Calcinável, UCLA Fundido, UCLA Titânio,
Munhão Personalisado, UCLA Tilite e UCLA
Nobre)
Simulão de encaixe dos componentes para
avalião de desadaptão, de cima para baixo
(Parafuso de Titânio 4.1 para fixação de UCLA,
Componente Munhão Personalizado e Implante)
31
Figura 05 -
Figura 06 -
Figura parcial do corpo de um implante de
plataforma regular e hexágono externo
Fonte: Catálogo do Fabricante; Neodent S. A.
Curitiba, Paraná, Brasil)
Figura da plataforma de um implante de
hexágono externo e plataforma regular
Fonte: Catálogo do Fabricante; Neodent S.A.
Curitiba, Paraná, Brasil)
32
4.2 MÉTODO
Foram executadas medições de análise de fenda vertical existente entre o
bordo do componente UCLA e o bordo da cabeça do implante, e realizadas
mensurações de análise de discrepância horizontal levando em consideração o
mesmo parâmetro (ver figura 07 e figura 08). As medições foram realizadas por
meio de microscópio eletrônico de varredura, pela cnica de raio x característico
(microssonda), com aparelho microscópio marca Phillips modelo XL 30 (Holanda)
(ver figura - 09).
Figura 07- a - Região de análise da fenda vertical
a
33
Figura 08 - a - Região de análise da discrepância horizontal
Figura 09 - Microscópio Eletrônico de Varredura
a
34
4.2.1 Microscopia eletrônica de varredura
No ano de 1926, Bush provou que era possível focalizar um feixe de elétrons
utilizando uma lente eletromagnética circular. Com base nestes dados, em 1931 foi
iniciada a construção do primeiro Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET). Em
1939, a Siemens construía o primeiro modelo comercial de MET.
Os primeiros trabalhos publicados sobre microscópio eletrônico de varredura
(MEV), data de 1938, descrevendo a utilização de bobinas de varredura em um
microscópio eletrônico de transmissão (MET). O primeiro MEV utilizado para
observações de amostras espessas foi descrito em 1942, com resolução da ordem
de 1 micrômetro, resolução pior que a utilizada por microscopia ótica.
O microscópio óptico consta de duas lentes convergentes, onde a primeira
está próxima ao objeto, denominada lente objetiva (grande distância focal), e a
segunda lente é uma lupa denominada ocular (pequena distância focal).
Os microscópios ópticos ficam, então limitados a um aumento máximo de
2.000 x , pois acima deste valor os detalhes menores que o comprimento de onda da
luz empregada (4.000 - 7.000 A) são imperceptíveis. Desse modo, para aumentar a
resolução, a fim de se obter a imagem desejada, foi necessário trabalhar com
comprimento de onda menor, o que acontece com microscópio eletrônico de
varredura.
4.2.2 Espectroscopia por Dispersão de Energia (EDS)
Fótons com energia correspondente ao espectro de raio-x atingem o detector
do EDS quase que simultaneamente, o processo de medida deve ser rápido,
possibilitando analisar a todos os comprimentos de onda também de modo
simultâneo. Os pulsos de voltagem são transferidos a um analizador de multicanal,
que possui da ordem de 1000 canais, cada um correspondendo a uma faixa de
voltagem. Quando um pulso de voltagem atinge o detector, ele é direcionado ao
canal apropriado ao seu valor e o analisador armazena todo o espectro, que pode
35
ser obtido em segundos.
A intensidade de raio-x emitida por vários elementos em uma amostra, é
aproximadamente proporcional as frações em peso de cada elemento que emite
radiação.
Com o objetivo de caracterizar a pureza do material, foram realizadas
análises de EDS no corpo do implante e nos componentes avaliados com aparelho
Phillips XL30, com tensão de aceleração de 20 kV em uma distância de trabalho de
10mm, apenas para avaliação qualitativa.
4.2.3 Confecção das amostras
Foi realizada a pesquisa sobre sistema de implante nacional selecionado
(Neodent S.A.) com componentes compatíveis com Sistema de Implante Bränemark,
hexágono externo com 3,75mm de diâmetro e plataforma de 4,1mm. Os
componentes, que tiveram a adaptação testada sobre o Implante Neodent, foram:
componentes calcináveis fundidos rotacional (fundição do Ucla) - ( Neodent - S.A.),
componentes calcináveis fundidos rotacional com retificação interna (fundição do
Ucla) (Neodent - S.A.), componentes calcináveis fundidos anti-rotacional,
componentes Ucla de titânio (Neodent S.A) ,componentes de base pré-usinada de
Tilite (Neodent - S.A), componentes Ucla Nobre (Neodent. S.A.), componente
munhão personalizado (Neodent S.A.). Os componentes (Ucla Calcináveis) foram
fundidos por meio de fundição convencional em Níquel-Cromo (maçarico). O
revestimento fosfatado para fundição (Termocast, Polidental, Brasil), foi
proporcionado e espatulado de acordo com as recomendações do fabricante. A
inclusão foi feita sob vibração e o revestimento pincelado na porção interna dos
pilares UCLA. Após o processo de carbonização da cera, os pilares foram fundidos
em liga de Níquel-Cromo (Verabond II, AALBA Dent Inc, Cordelia, CA , EUA), liga
metálica de uso odontológico não nobre, com temperatura de fusão entre 1370 -
1400 graus Celsius. Após a fundição as amostras foram desincluídas (ver figura 10)
manualmente e os condutos de alimentação foram seccionados com disco de óxido
de alumínio, limpos internamente, seguido do jateamento dos pilares com esferas
de óxido de alumínio de granulação de 100 micrometros sob pressão de 5,08
36
Kilogramas por centímetro quadrado, protegendo a cervical dos pilares com
análogos de implante.
Figura 10 - Foto das amostras de UCLA Calcináveis sendo desincluídas
4.2.4 Preparo das amostras a serem tratadas com retificação interna
O grupo de amostras de UCLA fundidos rotacional foram primeiramente
analizados em microscopia eletrônica de varredura, logo após a sua fundição e
acabamento convencional. Após essas primeiras medições os componentes foram
levados novamente ao laboratório para que se procesasse a retificação interna das
amostras( ver figura 11). Foram realizados movimentos rotacionais padronizados
com o intuito de retificação interna das amostras. Efetuou-se portanto, nessas
amostras, movimentos rotacionais de seis vezes por amostra na parte interna dos
componentes UCLA calcináveis fundidos rotacionais com o aparelho retificador,
intercalando sentido horário e anti-horário, totalizando 10 movimentos. Após a
retificação as amostras foram reanalisadas na mesma posição.
37
Figura 11 - Foto do retificador
Fonte ; Catálogo do fabricante, Conexão S.A., São Paulo, SP./Brasil
4.2.5 Análise e avaliação das amostras
Para avaliação da fenda vertical e discrepância horizontal, foi utilizada
microscopia eletrônica de varredura (MEV). Essas avaliações foram realizadas após
a conexão do intermediário (UCLA) sobre o implante com parafuso de titânio e dado
um torque nesse parafuso de fixação com torquímetro manual (Figura 12) (Neodent
S.A.) de 10N.
Todos componentes foram limpos com um banho de acetona em ultra-som
após a realização da troca deles sobre o implante.
38
Figura 12 - Foto do torquimetro manual e das chaves utilizadas
para dar o torque
Figura 13 - Foto de Microscopia Eletrônica de Varredura de:
Implante com componente UCLA Nobre adaptado
sobre ele. a - Componente UCLA Nobre, b - região
de análise e c - implante
a
c
b
39
4.2.6 Avaliação da fenda vertical
Para avaliação da fenda vertical, foram realizadas medidas do espaço entre
implante e intermediário (UCLA) em três pontos, sendo dois pontos nas
extremidades e um ponto no centro (ver Figura 14). Foram avaliadas quatro faces
opostas do implante, que foram devidamente selecionadas e marcadas para que as
medições se realizassem na mesma região referente ao implante, variando somente
o componente UCLA a ser avaliado, totalizando , portanto doze medidas por
componente avaliado (ver figura 17). As medidas demonstram-se em micrometros.
Foram avaliados sobre o implante Neodent : UCLAS calcináveis acrílicos com e sem
sistema anti-rotacional, após a fundição e retificação, componentes de base pré-
usinada de Tilite, componentes UCLA Nobre, componentes UCLA Titânio,
componentes Munhões personalizados (todos Neodent S.A.).
Figura 14 - Fenda vertical vista por microscopia eletrônica de
varredura. Os três pontos medidos por cada face
estão denominados com: ponto 1, ponto 2 e ponto 3
Ponto 1 Ponto 2
Ponto 3
40
Figura 15 - Simulação de fenda vertical
Figura 16 - Simulação de fenda vertical
41
Figura 17 - Marcação de número 1, sinalizando a primeira face
analisada do implante de um total de quatro faces
simetricamente opostas
4.2.7 Avaliação da discrepância horizontal
Na avaliação da discrepância horizontal, foram realizadas duas medidas para
cada conexão (uma do lado direito e outra do lado esquerdo) com a face a ser
avaliada seguindo o mesmo parâmetro usado para avaliação da fenda vertical
(quatro faces do implante pré-determinadas, totalizando 08 medidas por componente
avaliado).
42
Figura 18 - Discrepância horizontal vista por microscopia
eletrônica de varredura, a-discrepância zero e
b-discrepância negativa
Figura 19 - Simulação de discrepância horizontal positiva
a b
43
Figura 20 - Simulação de discrepância horizontal negativa
Figura 21 - Adaptação macroscópica entre implante e intermediário
44
Figura 22 - Presença (simulação) de fenda vertical
Figura 23 - Presença (simulação) de fenda horizontal
45
5 RESULTADOS
5.1 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA NOBRE (MEDIDAS EM
MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros 2 a 6). Foi realizado EDS não do implante, como também do
componente UCLA Nobre para verificar e confirmar a composição.(ver figura 25 e
26).
Figura 24 - Análise de fenda vertical em UCLA Nobre
46
Figura 25 - Gráfico de EDS do Implante
Figura 26 - Gráfico de EDS do UCLA Nobre
47
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA Nobre, 4 faces avaliadas por
componente, em três pontos, totalizando 60 medidas.
Quadro - 7
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA Nobre 60 2,15 0,12 0,63 4,61
5.2 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA TILITE (MEDIDAS EM
MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 8 ao 12). Foi realizado EDS do componente UCLA Tilite para
verificar e confirmar a composição (ver figura 28).
Figura 27 - Análise de Fenda Vertical em UCLA Tilite
48
Figura 28 - Gráfico EDS UCLA Tilite
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA Tilite, 4 faces avaliadas por
componente, em três pontos, totalizando 60 medidas.
Quadro - 13
Número de
medidas
Média Erro Padrão Mínima Máxima
UCLA Tilite 60 3,46 0,17 1,54 5,44
5.3 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA TITÂNIO (MEDIDAS EM
MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 14 a 18). Foi realizado EDS do componente UCLA Titânio para
49
verificar e confirmar a composição (ver figura 30).
Figura 29 - Análise de fenda vertical UCLA Titânio
Figura 30 - Gráfico EDS UCLA Titânio
50
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA Titânio, 4 faces avaliadas por
componente, em três pontos, totalizando 60 medidas.
Quadro - 19
Número de
medidas
Média Erro Padrão Mínima Máxima
UCLA Titânio 60 8,73 0,34 3,07 12,89
5.4 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E MUNHÃO PERSONALIZADO
(MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 20 ao 24). Foi realizado EDS do componente Munhão
Personalizado para verificar e confirmar a composição. (ver figura 32).
Figura 31 - Análise de Fenda Vertical Munhão Personalizado
51
Figura 32 - Gráfico EDS Munhão Personalizado
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes Munhão Personalizado, 4 faces
avaliadas por componente, em três pontos, totalizando 60 medidas.
Quadro - 25
Número de
medidas
Média Erro Padrão Mínima Máxima
Munhão
Personalizado
60 8,41 0,23 4,61 11,23
52
5.5 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO ANTI-ROTACIONAL
(MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 26 ao 30). Foi realizado EDS do componente supra-citado para
verificar e confirmar a composição (ver figura 34).
Figura 33 - Análise da fenda vertical do UCLA fundido anti-rotacional
53
Figura 34 - Gráfico EDS UCLA fundido anti-rotacional
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA fundido anti-rotacional , 4 faces
avaliadas por componente, em três pontos, totalizando 60 medidas.
Quadro - 31
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA Fundido Anti-Rot
60 14,42 0,51 9,21 29,20
5.6 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO ROTACIONAL
(MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 32 ao 36). Foi realizado EDS do componente supra-citado para
54
verificar e confirmar a composição (ver figura 36).
Figura 35 - Análise de fenda vertical de UCLA fundido rotacional
Figura 36 - Gráfico EDS UCLA fundido rotacional
55
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA fundido rotacional, 4 faces
avaliadas por componente, em três pontos, totalizando 60 medidas.
Quadro - 37
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA Fundido
Rotacional
60 14,91 0,37 9,21 23,6
5.7 FENDA VERTICAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO ROTACIONAL
RETIFICADO (MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 38 ao 42). Foi realizado gráfico de EDS para confirmar a
composição das amostras (ver figura 38).
Figura 37 - Análise de Fenda Vertical de UCLA fundido
rotacional retificado
56
Figura 38 - Gráfico EDS UCLA fundido rotacional retificado
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA fundido rotacional retificado, 4
faces avaliadas por componente, em três pontos, totalizando 60 medidas.
Quadro - 43
mero de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA Fundido
Rotacional Retificado
60 11,72 0,46 5,87 18,96
57
Quadro 44 - Análise de Variância (ANOVA-ONEWAY) comprovando diferença
estatisticamente significante entre os grupos analizados quanto à
Fenda Vertical, valores expressos em micrometros.
ANOVA
MICROM
Sum of Squares
df Mean Square F Sig.
Between
Groups
8982,080 6 1497,013 205,893 ,000
Within Groups 3002,855 413 7,271
Total 11984,935 419
Quadro 45 - Demonstrativo dos grupos considerados semelhantes pelo teste de
Tukey (ao nível de significância de 5%) quanto à FENDA VERTICAL,
as colunas representam resultados semelhantes estatisticamente,
valores expressos em micrometros.
MICROM
Tukey HSD
Subset for alpha = .05
GRUPOS
N
1 2 3 4
Ucla nobre 60
2,1548
Ucla tilite 60
3,4610
Munhão personalizado 60
8,4115
Ucla titânio 60
8,7315
Ucla fundido rotacional retificado 60
11,7230
Ucla fundido anti rotacional 60
14,4247
Ucla fundido rotacional 60
14,9162
Sig. ,110 ,995 1,000 ,955
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
a Uses Harmonic Mean Sample Size = 60,000.
58
Quadro 46 - Representa as médias e o erro padrão dos componentes UCLA
analisados quanto à Fenda Vertical, valores expressos em
micrometros
GRUPOS Mean N Std. Error of Mean
Ucla nobre 2,1548 60 ,1201
Ucla tilite 3,4610 60 ,1702
Ucla titânio 8,7315 60 ,3438
Munhão personalizado 8,4115 60 ,2356
Ucla fundido anti-rotacional 14,4247
60 ,5167
Ucla fundido rotacional 14,9162
60 ,3787
Ucla fundido rotacional retificado 11,7230
60 ,4698
Total 9,1175 420 ,2610
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Ucla nobre
Ucla tilite
Ulca titânio
muno
personalizado
Ulca fundido
anti rotacional
Ulca fundido
rotacional
Ucla fundido
rotacional
retificado
Gráfico 1 - Gráfico de Fenda Vertical com valores médios e erro padrão
dos grupos expresso em micrometros
59
5.8 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E UCLA NOBRE (MEDIDAS
EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 47 ao 51).
Figura 39 - Análise de discrepância horizontal em UCLA Nobre
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA Nobre, 4 faces avaliadas por
componente, em dois pontos, totalizando 40 medidas.
Quadro - 52
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA Nobre 40 11,30 1,76 0 30,50
60
5.9 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E UCLA TILITE (MEDIDAS
EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 53 ao 57).
Figura 40 - Análise de discrepância horizontal em UCLA Tilite
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA Tilite, 4 faces avaliadas por
componente, em dois pontos, totalizando 40 medidas.
Quadro - 58
Número de
medidas
Média Erro Padrão
Mínima Máxima
UCLA Tilite
40 18,31 2,87 0 51,30
61
5.9.1 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E UCLA TITÂNIO
(MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 59 ao 63).
Figura 41 - Análise de discrepância horizontal em UCLA Titânio
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA Titânio, 4 faces avaliadas por
componente, em dois pontos, totalizando 40 medidas.
Quadro - 64
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA Titânio 40 19,69 2,75 0 51,30
62
5.9.2 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E MUNHÃO
PERSONALIZADO (MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 65 ao 69).
Figura 42 - Análise de discrepância horizontal em Munhão Personalizado
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes Munhão Personalizado, 4 faces
avaliadas por componente, em dois pontos, totalizando 40 medidas.
Quadro - 70
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
Munhão
Personalizado
40 16,21 2,80 0 60,66
63
5.9.3 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO ANTI-
ROTACIONAL (MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 71 ao 75).
Figura 43 - Análise de discrepância horizontal em UCLA fundido
anti-rotacional
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA fundido anti-rotacional, 4 faces
avaliadas por componente, em dois pontos, totalizando 40 medidas.
Quadro - 76
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA Fundido anti-
rotacional
40
55,33
5,54
0
105,05
64
5.9.4 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO
ROTACIONAL (MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 77 ao 81).
Figura 44 - Análise de discrepância horizontal em UCLA fundido
rotacional
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA fundido rotacional, 4 faces
avaliadas por componente, em dois pontos, totalizando 40 medidas.
Quadro - 82
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA fundido
rotacional
40
59,41
5,91
0
108,77
65
5.9.5 DISCREPÂNCIA HORIZONTAL ENTRE IMPLANTE E UCLA FUNDIDO
ROTACIONAL RETIFICADO (MEDIDAS EM MICROMETROS)
Os dados individuais de cada amostra e face avaliada encontram-se nos
anexos (quadros do 83 ao 87).
Figura 45 - Análise de discrepância horizontal em UCLA fundido
rotacional retificado
O próximo quadro demonstra as médias dos resultados médios e o erro
padrão em micrometros dos 5 componentes UCLA fundido rotacional retificado, 4
faces avaliadas por componente, em dois pontos, totalizando 40 medidas.
Quadro - 88
Número de
medidas
Média Erro
Padrão
Mínima Máxima
UCLA fundido
rotacional retificado
40
57,79
5,58
0
106,89
66
Quadro 89 - Análise de Variância (ANOVA-ONEWAY) comprovando diferença
estatisticamente significante entre os grupos analizados quanto à
Discrepância Horizontal, valores expressos em micrometros.
ANOVA
MICROM
Sum of Squares
df Mean Square F Sig.
Between Groups 117967,153 6 19661,192 27,813 ,000
Within Groups 192983,663 273 706,900
Total 310950,815 279
Quadro 90 - Demonstrativo dos grupos considerados semelhantes pelo teste de
Tukey (ao nível de significância de 5%) quanto à DISCREPÂNCIA
HORIZONTAL, as colunas representam resultados semelhantes
estatisticamente, valores expressos em micrometros
MICROM
Tukey HSD
Subset for alpha = .05
GRUPO
N
1 2
Ucla nobre 40 11,3097
Munhão personalizado 40 16,2170
Ucla Tilite 40 18,3118
Ucla titânio 40 19,6982
Ucla anti rotacional fundido 40 55,3363
Ucla rotacional fuindido retificado 40 57,7950
Ucla rotacional fundido 40 59,4165
Sig. ,796 ,993
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
A Uses Harmonic Mean Sample Size = 40,000.
67
Quadro 91 - Representa as médias e o erro padrão dos componentes UCLA analisados
quanto à Discrepancia Horizontal, valores expressos em micrometros.
Report
MICROM
GRUPO Mean N Std. Error of Mean
Ucla nobre 11,3098 40 1,7609
Ucla Tilite 18,3117 40 2,8768
Ucla titânio 19,6982 40 2,7526
Munhão personalizado 16,2170 40 2,8011
Ucla anti rotacional fundido 55,3363 40 5,5462
Ucla rotacional fundido 59,4165 40 5,9153
Ucla rotacional fuindido retificado 57,7950 40 5,5818
Total 34,0121 280 1,9951
0
10
20
30
40
50
60
70
Ucla nobre
Ucla Tilite
Ucla titânio
munhão
personalizado
Ucla anti
rotacional
fundido
Ucla rotacional
fundido
Ulca rotacional
fuindido
retificado
Gráfico 2 - Gráfico de Discrepância Horizontal com valores médios
e erro padrão dos grupos expresso em micrometros
68
6 DISCUSSÃO
Nos últimos 40 anos, a odontologia passou por mudanças notáveis no seu
desenvolvimento científico, conceitual e tecnológico, modificando e aprimorando as
abordagens no tratamento e na prevenção de doenças bucais. Um marcante avanço
foi o descobrimento da osseointegração, princípio da união perfeita do osso com
implantes de titânio, possibilitando devolver a indivíduos desdentados a função
mastigatória, por meio da reabilitação protética, suportada por pilares metálicos,
conhecidos como implantes dentários.
Foi em 1965 que o ortopedista sueco, o professor Doutor Per-Ingvar
Bränemark, à frente de um grupo de pesquisadores da Universidade de Gotemburgo
(Suécia), iniciou os estudos que culminaram com a descoberta da osseointegração.
Na época, Bränemark estava interessado por pesquisas e protocolos de
procedimentos cirúrgicos que resolvessem deficiências físico-funcionais de seres
humanos.
Naquele ano, Bränemark investigava a microcirculação sanguínea em tíbias
de coelho com ajuda de uma câmera de observação em titânio, quando percebeu
que o metal e o osso se integravam perfeitamente, sem haver rejeição. Com base
nessa observação, desenvolveu cilindros personalizados para serem implantados
em osso maxilar ou mandibular, tornando-se uma base segura para receber
próteses fixas de longa duração. A osseointegração foi definida por Bränemark et
al.(1987), como sendo o fenômeno de uma conexão estrutural direta e funcional
entre o tecido ósseo e a superfície de um implante em função (suportando carga).
O êxito eminente e a popularização do sistema descoberto por Bränemark
(ALBREKTSSON et al. 1986; SCHELER et al. 1998; STEFANOS et al. 2004),
estimularam o aparecimento de sistemas alternativos de implantes, réplicas de
materiais (componentes cirúrgicos e protéticos) de maneira similar ao projeto do
protocolo do sistema original. Esses sistemas se dizem compatíveis e
intercambiáveis com o sistema original Bränemark tanto no mercado nacional quanto
no mercado internacional (MEYER et al. 2003). Esses implantes e componentes
oferecem uma alternativa atrativa, pois apresentam um custo menor, além de um
aumento das opções restauradoras e da facilidade de aquisição de componentes.
Frente a necessidade de um novo componente protético para corrigir
69
pequenas e severas angulações, casos complexos de reabilitações em fixações
osseointegradas em posições desfavoráveis, os pesquisadores Beumer e Lewis, na
Universidade da Califórnia, desenvolveram o projeto de um novo componente. Foi
criado um pilar calcinável, que depois de fundido era conectado diretamente sobre a
plataforma do implante, possibilitando, portanto, a resolução restauradora de
implantes mal posicionados, ou com pouco espaço interoclusal, onde a necessidade
estética não permitiria uma cinta metálica, além de simplificar o protocolo técnico da
reabilitação. Com a fundição desse pilar calcinável a distorção no processo de
confecção pode provocar alterações de adaptação na interface implante-UCLA o
que favoreceria o aparecimento de periimplantite (LEWIS et al. 1991).
Com a utilização do pilar UCLA em larga escala pelo mercado da odontologia
surgiram alternativas, não na melhoria do protocolo técnico-laboratorial dos
componentes calcináveis (HURSON et al. 1996), como também novos componentes.
Estes são pilares UCLA com bases pré-usinadas em ligas nobre ou semi-nobre,
sugerindo, por seus idealizadores, uma melhor adaptação. Essas possibilidades de
restaurações protéticas tem sido usadas de forma indiscriminada, o que pode alterar
os índices de sucessos obtidos com o sistema original Bränemark.
Com o propósito de verificar a precisão de adaptação de componentes UCLA
sobre implante de um mesmo sistema este estudo avaliou sete componentes tipo
UCLA (UCLA Nobre, UCLA Tilite, UCLA Titânio, Munhão Personalizado, UCLA
Fundido Anti-Rotacional, UCLA Fundido Rotacional e UCLA Fundido Rotacional
Retificado) sobre implante, sendo todos os componentes da marca Neodent S.A.
Foram realizadas mensurações quanto à fenda vertical e discrepância horizontal na
interface implante-pilar com o recurso da microscopia eletrônica de varredura (MEV),
e análise estatística Anova e Tukey como referenciado no método e nos resultados.
Para fins de se confirmar a composição das amostras avaliadas nesse
trabalho efetuaram-se gráficos de EDS, visto que a composição de componentes
protéticos e cirúrgicos afetam de forma significativa a bicompatibilidade, a
biomecânica e conseqüentemente a longevidade do trabalho realizado sobre
implantes osseointegrados (GULHAÉV et al.1981; MARKER et al. 1983; TARNOW,
1993; DAVID, 1999; KARL et al. 2005).
Na clínica diária, o método mais utilizado pelo cirurgião-dentista para detectar
adaptação de componentes é o Raio X. Entretanto, esta metodologia de avaliação
de precisão de adaptação possui certas limitações e deficiências visto que a análise
70
das imagens obtidas é de difícil interpretação e está sujeito a distorção, visto que a
imagem se altera de acordo com a angulação do tubo do raio x. Portanto, fica difícil
padronizar se há adaptação entre os componentes, dessa forma a análise torna-se
subjetiva e dependente da avaliação pessoal de quem interpreta a radiografia
(ORMAECHEA et al. 1999).
Visto que o método convencional de avaliação clínica de adaptação entre os
componentes (radiográfico e lupa estereoscopica) demonstra-se limitado, este
estudo optou-se por realizar microscopia eletrônica de varredura para que se
processasse imagens com aumento que se permitisse medições sobre as mesmas
com exatidão.
Para cada sistema de prótese sobre implante há uma recomendação de
torque de aperto de parafuso protético, visando adequada estabilidade. Esse estudo
aplicou um torque de 10 N sobre as amostras avaliadas. Esse valor representa o
torque mínimo necessário para fixar restaurações protéticas. O torque referenciado
nas amostras não foi submetido a esforços mastigatórios por ser um estudo
laboratorial, garantindo, assim, não adequada avaliação de adaptação das
amostras, como também proporcionando pré-carga adequada e manutenção das
roscas internas do implante em condições ideais. (JORNÉUS et al.1991;
PATTERSON et al. 1992; BURGUETE et al. 1994; CHO et al. 2004; DUARTE et al.
2005).
O parâmetro de adaptação em próteses sobre implantes é um tema
controverso. dificuldade de estabelecer qual o valor aceitável, o melhor método
para verificar este desajuste e sua implicação clínica (CARR et al. 1996;
SHILLINBURGH, 1996). Tem-se na literatura um padrão aceitável para desajuste,
sendo os valores médios em torno de 10 micrometros (LEWIS et al. 1991; WILSON
et al. 1993; SIMAMOTO et al. 2005).
A adaptação, quando próxima do ideal, gera uma maior estabilidade do
sistema de prótese parafusada mantendo o torque e a adaptação precisos
preconizados por maior tempo, impedindo perda de pré-carga de forma precoce,
garantindo não a estabilidade micro-mecânica do sistema como a saúde dos
tecidos periimplantares e da osseointegração. (BINON et al. 1990; VIDIGAL JÚNIOR
et al. 1991; PATTERSON et al. 1992;; GROSS et al. 1999; FRANCISCHONE, 1999;
GUINDY et al. 2004).
Quanto à avaliação de fenda vertical os grupos apresentaram diferença
71
estatisticamente significante. Em ordem decrescente de desadaptação segue-se em
valores médios: UCLA Nobre, UCLA Tilite, Munhão Personalizado, UCLA Titânio,
UCLA Fundido Rotacional Retificado, UCLA Fundido Anti-Rotacional, UCLA Fundido
Rotacional. O grupo do UCLA Nobre foi o que apresentou menor valor médio de
desadaptação de fenda vertical seguido do grupo UCLA Tilite, sendo esses grupos
considerados semelhantes entre si, sem diferença estatística quanto à
desadaptação vertical. Os grupos Munhão Personalizado e UCLA Titânio não
apresentaram diferença estatística entre si, porém com valores médios inferiores aos
grupos UCLA Nobre e Tilite.
Os componentes com base pré-fabricas (pré-usinadas ou pré-
manufaturados), UCLA Nobre, UCLA Tilite, Munhão Personalizado e UCLA Titânio,
portanto, apresentaram melhor adaptação quanto à fenda vertical. (WEIMBERG et
al. 1993; BYRNE et al. 1998; CARVALHO et al. 2002; FRANCISCHONE et al. 2004).
Dentre os componentes UCLA calcináveis, que foram fundidos, o melhor
índice de adaptação vertical foi conseguido no grupo do UCLA Fundido Rotacional
Retificado que difere estatisticamente dos grupos com valores subseqüentes menos
favoráveis: UCLA Fundido Anti-Rotacional e UCLA Fundido Rotacional.
Os componentes que são expostos em sua completa estrutura ao processo
de fundição estão mais propensos à sensibilidade técnico-laboratorial: contração de
fundição, técnica de inclusão, método de fundição, tipo de revestimento empregado,
tipo de liga odontológica utilizada e contração da liga (SHILLINBURGH, 1996;
MONDELI, 1989). O procedimento de retificação interna demonstrou melhorar a
adaptação, no entanto os componentes UCLA Nobre e Tilite apresentam-se como
alternativas ainda superiores quanto ao padrão de adaptação (SIMAMOTO et al.
2005; HURSON, 1996; CARVALHO et al. 2002; FRANCISCHONE et al.2004).
Quanto à avaliação da discrepância horizontal os grupos apresentaram
diferença estatisticamente significante. Em ordem decrescente do mais adaptado ao
menos segue-se em valores médios: UCLA Nobre, Munhão Personalizado, UCLA
Tilite UCLA Titânio, UCLA Fundido Anti-Rotacional, UCLA Fundido Rotacional
Retificado, UCLA Fundido Rotacional.
Quanto à Discrepância Horizontal os grupos de base pré-usinadas (UCLA
Nobre, Munhão Personalizado, UCLA Tilite e UCLA Titânio) apresentaram valores
estatísticos semelhantes entre si, porém superiores aos grupos calcináveis
totalmente expostos à fundição (UCLA Fundido Anti-Rotacional, UCLA Fundido
72
Rotacional Retificado, UCLA Fundido Rotacional) sendo estes grupos considerados
também estatisticamente semelhantes (WEIMBERG et al. 1993; BYRNE et al. 1998;
CARVALHO et al. 2002; FRANCISCHONE et al. 2004).
O processo de fundição altera as propiedades dos componentes totalmente
calcináveis. Assim eles estão mais propensos à sensibilidade cnica-laboratorial
gerando problemas quanto à contração de fundição, técnica de inclusão, método de
fundição, tipo de revestimento empregado, tipo de liga odontológica utilizada e
contração da liga (SHILLINBURGH, 1996; MONDELI, 1989). O procedimento de
retificação interna não demonstrou melhorar a adaptação do ponto de vista
estatístico, sendo semelhante estatisticamente aos grupos totalmente expostos à
fundição e inferiores aos componentes de base pré-usinada (CARVALHO et al.
2002; FRANCISCHONE et al. 2004).
A melhor adaptação do componente UCLA Titânio frente a grupos totalmente
calcináveis chama a atenção, pois a principal indicação do componente UCLA
Titânio é para a fase provisória de trabalhos sobre implante, enquanto padrões
totalmente calcináveis fundidos são indicados para trabalhos definitivos. Essa
discrepância dos valores de adaptação, poderia provocar mudanças, não só no
comportamento biomecânico de trabalhos protéticos sobre implantes, como também
alterações da saúde dos tecidos moles envolvidos (GULHAÉV et al. 1981; MARKER
et al. 1983; TARNOW, 1993; DAVID, 1999; KARL et al. 2005).
Materiais à base de ligas nobres, portanto, demonstram não
proporcionarem melhor adaptação dos componentes sobre implantes como também,
em conseqüência dessa compatibilidade superior, manutenção a longo prazo da
integralidade dos tecidos periimplantares e da osseointegração (WEIMBERG et al.
1993; BYRNE et al. 1998; CARVALHO et al. 2002; FRANCISCHONE et al. 2004;
GULHAÉV et al.1981; MARKER et al. 1983; TARNOW, 1993; DAVID, 1999; KARL et
al. 2005).
Por se tratar de um estudo laboratorial, este possui certas limitações que
impedem que sejam feitas comparações e deduções clínicas. Sugere-se, portanto,
estudos clínicos futuros sobre esses componentes para confirmar a sua
aplicabilidade clínica, longevidade do material empregado e da saúde do tecido
periimplantar.
73
7 CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa, de acordo com a metodologia
aplicada, pode-se concluir que:
1. Os componentes de base pré-usinada possuem um padrão de adaptação
superior aos componentes totalmente dependentes do processo de fundição;
2. Dentre os grupos de base pré-usinada o UCLA Nobre valeu-se dos
melhores valores numéricos frente aos demais quanto à adaptação, confirmando,
assim, a superioridade de materiais nobres em odontologia;
3. A retificação interna das amostras demonstra uma melhora parcial na
adaptação dos componentes expostos a esse tratamento, reforçando , portanto , não
só a limitação dessa técnica auxiliar, como também a superioridade de componentes
com base pré-usinada;
4.O componente UCLA Tilite mostrou valores de adaptação próximos ao
UCLA Nobre, demonstrando ser uma alternativa que promove uma conexão mais
favorável em comparação aos componentes totalmente calcináveis, cuja
compatibilidade e padrão de adaptação demonstram-se inferiores;
5. Os componentes Munhão Personalizado e UCLA Titânio obtiveram valores
de adaptação compatíveis , no entanto, inferior ao grupo UCLA Nobre e Tilite.
74
REFERÊNCIAS
*
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utilizados actualmente. Archivos de Odonto-Estomatologia. v. 3, n. 4, 1987.
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and Maxillofacial Recontruction. Minnesota: Quintessence In.t, 1990.
BINON, P. P. Evaluation of three slip fit hexagonal implants. Implant Dentistry, v. 5,
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v. 80, n. 2, p. 184-192, Aug. 1998.
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Odontología clínica. Edición Especial Para Nobelpharma. Quintessence In.t, Berlin,
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CHO et al. Screw Loosening for Standard and Wide Diameter Implants in Partially
Edentuluous Cases: 3 - to 7- year Longitudinal Data. Implant Dentistry. v.13, p. 245-
*
De acordo com a ABNT-NBR 6023 : maio, 2007.
75
250, number 3, 2004.
DAVID, Berenice A. Doutora em engenharia, Professora adjunta do Departamento
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Microscopia Eletrônica da PUCRS.
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78
ANEXOS
79
ANEXO A - Quadros de Medições das Fendas Verticais
Fenda vertical entre Implante e UCLA Nobre(medidas em Micrometros)
Os próximos quadros demonstram a Fenda Vertical nos pontos de medida
sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método.
Quadro - 2
UCLA Nobre 1 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 1,54 2,49 3,07
Face II 2,30 1,54 4,61
Face III 2,30 2,30 0,76
Face IV 3,07 1,54 3,07
Quadro - 3
UCLA Nobre 2 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 1,73 0,63 1,54
Face II 2,30 2,49 1,58
Face III 0,53 1,61 2,30
Face IV 2,30 1,54 2,49
Quadro - 4
UCLA Nobre 3 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 1,51 0,89 1,17
Face II 2,30 3,21 1,32
Face III 0,53 1,98 2,78
Face IV 2,19 3,54 2,36
80
Quadro - 5
UCLA Nobre 4 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 1,54 2,13 3,65
Face II 2,30 3,65 1,34
Face III 0,78 1,12 2,88
Face IV 2,11 3,33 2,22
Quadro - 6
UCLA Nobre 5 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 1,17 2,77 3,21
Face II 1,19 2,12 1,15
Face III 0,78 1,56 2,99
Face IV 2,54 3,87 3,78
Fenda vertical entre Implante e UCLA Tilite (medidas em Micrometros)
Os próximos quadros demonstram a Fenda Vertical nos pontos de medida
sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método.
Quadro - 8
UCLA Tilite 1 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 4,61 1,54 2,30
Face II 3,84 2,30 3,07
Face III 3,07 3,07 5,44
Face IV 5,37 4,61 5,37
Quadro - 9
UCLA Tilite 2 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 4,61 2,30 2,30
Face II 3,84 3,07 6,21
Face III 2,30 1,54 2,30
Face IV 3,07 1,54 2,30
81
Quadro -10
UCLA Tilite 3 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 4,44 1,54 2,30
Face II 3,78 4,67 3,89
Face III 2,36 4,66 4,44
Face IV 3,67 4,56 5,37
Quadro - 11
UCLA Tilite 4 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 4,78 1,58 2,33
Face II 4,23 2,30 3,87
Face III 3,07 3,07 5,37
Face IV 4,61 2,30 1,54
Quadro - 12
UCLA Tilite 5 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 5,37 1,78 2,30
Face II 4,61 1,54 2,30
Face III 3,07 3,07 5,37
Face IV 4,61 1,54 5,37
Fenda vertical entre Implante e UCLA Titânio (medidas em Micrometros)
Os próximos quadros demonstram a Fenda Vertical nos pontos de medida
sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método.
Quadro - 14
UCLA Titânio 1 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 6,14 3,07 4,61
Face II 6,14 7,68 7,68
Face III 7,68 9,21 12,30
Face IV 6,14 10,70 6,14
82
Quadro - 15
UCLA Titânio 2 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 6,14 9,21 10,70
Face II 10,22 9,34 7,68
Face III 6,14 10,70 10,70
Face IV 9,21 11,45 12,30
Quadro - 16
UCLA Titânio 3 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 7,68 9,21 12,30
Face II 8,78 12,89 12,30
Face III 7,77 9,35 10,70
Face IV 9,21 10,80 12,30
Quadro - 17
UCLA Titânio 4 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 7,68 9,21 12,30
Face II 6,14 10,70 12,89
Face III 7,68 10,70 9,87
Face IV 7,68 12,70 12,30
Quadro - 18
UCLA Titânio 5 Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 6,14 7,68 12,30
Face II 7,68 7,68 4,61
Face III 6,14 3,07 7,68
Face IV 6,14 9,21 10,7
Fenda vertical entre Implante e Munhão Personalizado (medidas em
Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a Fenda Vertical nos pontos de medida
sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método.
83
Quadro - 20
Munhão
Personalizado 1
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 9,21 6,91 6,91
Face II 10,40 7,68 9,21
Face III 9,21 9,21 6,14
Face IV 6,91 6,14 4,61
Quadro - 21
Munhão
Personalizado 2
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 9,21 10,70 7,68
Face II 10,89 11,34 11,8
Face III 6,98 7,86 12,45
Face IV 10,54 8,76 9,21
Quadro - 22
Munhão
Personalizado 3
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 7,89 6,54 6,78
Face II 9,73 8,55 10,77
Face III 10,22 11,23 9,54
Face IV 7,65 8,79 6,93
Quadro - 23
Munhão
Personalizado 4
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 9,22 7,68 6,14
Face II 9,21 6,14 7,68
Face III 6,91 6,14 5,61
Face IV 7,68 10,70 9,21
Quadro - 24
Munhão
Personalizado 5
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 10,34 9,21 7,68
Face II 7,68 9,45 7,68
Face III 6,89 6,14 6,91
Face IV 9,21 7,68 6,91
84
Fenda vertical entre Implante e UCLA Fundido Anti-Rotacional (medidas em
Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a Fenda Vertical nos pontos de medida
sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método.
Quadro - 26
UCLA Fundido
Anti-Rot. 1
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 10,70 9,21 10,80
Face II 9,21 16,90 10,70
Face III 14,72 11,43 9,21
Face IV 16,24 11,70 10,80
Quadro - 27
UCLA Fundido
Anti-Rot 2
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 15,76 16,90 10,80
Face II 16,90 14,76 11,53
Face III 9,21 9,21 10,80
Face IV 9,21 16,90 10,70
Quadro - 28
UCLA Fundido
Anti-Rot 3
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 12,98 13,80 16,70
Face II 16,90 13,80 15,40
Face III 16 10,70 29,20
Face IV 22,40 15,80 13,45
Quadro - 29
UCLA Fundido
Anti-Rot 4
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 15,44 16,87 14,68
Face II 17,22 15,48 13,79
Face III 19,54 16,55 14,43
Face IV 18,54 22,45 10,78
85
Quadro - 30
UCLA Fundido
Anti-Rot 5
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida
Lado
Direito
Face I 16,90 13,78 10,77
Face II 15,57 18,88 10,80
Face III 16,90 13,80 10,80
Face IV 13,80 10,70 15,40
Fenda vertical entre Implante e UCLA Fundido Rotacional (medidas em
Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a Fenda Vertical nos pontos de medida
sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método.
Quadro - 32
UCLA Fundido
Rotacional 1
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 22,70 12 23,60
Face II 13,80 10,70 15,40
Face III 16,90 13,80 16,70
Face IV 15,43 11,86 10,70
Quadro - 33
UCLA Fundido
Rotacional 2
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 16,90 13,80 16,70
Face II 13,80 12,37 15,40
Face III 17,75 16 19,85
Face IV 13,80 9,21 10,70
Quadro - 34
UCLA Fundido
Rotacional 3
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 15,40 10,70 13,80
Face II 16,66 13,80 16,70
Face III 14,88 13,35 15,77
Face IV 16,90 13,80 16,79
86
Quadro - 35
UCLA Fundido
Rotacional 4
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 17,77 16,87 14,67
Face II 16,90 13,80 16,70
Face III 19,87 15,80 16,79
Face V 13,54 13,80 15,40
Quadro - 36
UCLA Fundido
Rotacional 5
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 16,90 17,89 10,80
Face II 13,80 12,34 16,70
Face III 10,70 16,90 10,80
Face IV 16,90 9,21 16,70
Fenda vertical entre Implante e UCLA Fundido Rotacional Retificado (medidas
em Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a Fenda Vertical nos pontos de medida
sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método. As amostras de
UCLA Calcinável Fundido Rotacional foi tratado com retificador interno e a análise foi
realizada na mesma posição.
Quadro - 38
UCLA Fundido
Rotacional Retificado 1
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 15,80 12,07 18,70
Face II 9,21 12,07 13,40
Face III 13,35 13,80 9,23
Face IV 9,48 11,86 10,70
Quadro - 39
UCLA Fundido
Rotacional Retificado 2
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 15,86 11,80 13,70
Face II 8,97 7,68 7,53
Face III 6,85 13 9,88
Face IV 8,77 7,22 8,29
87
Quadro - 40
UCLA Fundido Rotacional
Retificado 3
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 8,77 7,67 6,88
Face II 6,23 6,13 5,87
Face III 12,88 11,75 15,77
Face IV 16,96 11,58 10,98
Quadro - 41
UCLA Fundido
Rotacional Retificado 4
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central Medida Lado
Direito
Face I 9,89 7,55 9,49
Face II 7,89 11,77 10,48
Face III 8,77 7,45 15,8
Face IV 11,54 13,88 15,55
Quadro - 42
UCLA Fundido
Rotacional Retificado 5
Medida Lado
Esquerdo
Medida Central
Medida Lado
Direito
Face I 16,90 17,89 10,80
Face II 15,80 13,34 17,70
Face III 12,70 18,96 10,86
Face IV 17,77 11,21 18,70
88
ANEXO B - Quadros das Medições das Discrepâncias Horizontais
Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA Nobre(medidas em
Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a discrepância horizontal nos pontos de
medida sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método. Cada quadro
representa uma das amostras avaliadas sobre as quatro faces pré-determinadas do
implante.
Quadro - 47
UCLA Nobre 1 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 30,50 7,97
Face II 15,20 23,66
Face III 0 0
Face IV 0 11,10
Quadro - 48
UCLA Nobre 2 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 17,30 0
Face II 23,89 15,20
Face III 23,66 0
Face IV 7,97 0
Quadro - 49
UCLA Nobre 3 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 30,50 0
Face II 20,70 22,83
Face III 23,77 0
Face IV 0 18,57
89
Quadro - 50
UCLA Nobre 4 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 18,57 27,45
Face II 27,7 15,20
Face III 0 7,97
Face IV 0 0
Quadro - 51
UCLA Nobre 5 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 30,50 10,70
Face II 0 22,87
Face III 0 9,21
Face IV 0 7,97
Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA Tilite (medidas em
Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a discrepância horizontal nos pontos de
medida sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método. Cada quadro
representa uma das amostras avaliadas sobre as quatro faces pré-determinadas do
implante.
Quadro - 53
UCLA Tilite 1 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 38,80 50,60
Face II 26,30 0
Face III 23,60 51,30
Face IV 0 0
Quadro - 54
UCLA Tilite 2 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 19,40 0
Face II 7,97 0
Face III 38,80 0
Face IV 50,60 51,30
90
Quadro - 55
UCLA Tilite 3 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 23,60
Face II 0 26,30
Face III 0 0
Face IV 38,80 50,60
Quadro - 56
UCLA Tilite 4 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 24,90 31,90
Face II 0 26,30
Face III 24,90 31,90
Face IV 9,21 0
Quadro - 57
UCLA Tilite 5 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 22,87 0
Face II 0 0
Face III 0 23,66
Face IV 15,20 23,66
Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA Titânio (medidas em
Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a discrepância horizontal nos pontos de
medida sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método. Cada quadro
representa uma das amostras avaliadas sobre as quatro faces pré-determinadas do
implante.
Quadro - 59
UCLA Titânio 1 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 24,90
Face II 31,90 26,30
Face III 0 0
Face IV 0 0
91
Quadro - 60
UCLA Titânio 2 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 13,90
Face II 36 51,30
Face III 0 30,50
Face IV 0 38,80
Quadro - 61
UCLA Titânio 3 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 30,50
Face II 22,87 26,30
Face III 0 23,60
Face IV 38,80 0
Quadro - 62
UCLA Titânio 4 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 50,60 0
Face II 26,23 0
Face III 23,60 51,30
Face IV 24,90 31,90
Quadro - 63
UCLA Titânio 5 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 26,30 0
Face II 30,50 0
Face III 38,80 50,60
Face IV 15,20 11,80
Discrepância Horizontal entre Implante e Munhão Personalizado (medidas em
Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a discrepância horizontal nos pontos de
medida sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método. Cada quadro
representa uma das amostras avaliadas sobre as quatro faces pré-determinadas do
implante.
92
Quadro - 65
Munhão Personalizado 1 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 10,40 11,10
Face II 11,10 34,60
Face III 0 0
Face IV 0 0
Quadro - 66
Munhão Personalizado 2 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 11,80
Face II 11,10 10,40
Face III 11,10 34,60
Face IV 0 0
Quadro - 67
Munhão Personalizado 3 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 30,50
Face II 0 15,20
Face III 38,80 0
Face IV 0 50,60
Quadro - 68
Munhão Personalizado 4 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 0
Face II 31,90 0
Face III 0 31,90
Face IV 26,30 38,86
Quadro - 69
Munhão Personalizado 5 Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 60,66 23,66
Face II 30,50 31,60
Face III 11,80 11,10
Face IV 11,10 10,50
93
Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA fundido anti-rotacional
(medidas em Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a discrepância horizontal nos pontos de
medida sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método. Cada quadro
representa uma das amostras avaliadas sobre as quatro faces pré-determinadas do
implante.
Quadro - 71
UCLA Fundido anti-
rotacional 1
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 67,90 27,70
Face II 0 0
Face III 0 33,30
Face IV 74,80 95,60
Quadro - 72
UCLA Fundido anti-
rotacional 2
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 97 49,90
Face II 0 49,90
Face III 97 95,60
Face IV 105 67,90
Quadro - 73
UCLA Fundido anti-
rotacional 3
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 33,33 0
Face II 67,90 95,66
Face III 0 105
Face IV 67,90 27,70
94
Quadro -74
UCLA Fundido anti-
rotacional 4
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 33,33 67,90
Face II 74,80 27,53
Face III 99,88 74,88
Face IV 67,90 67,90
Quadro - 75
UCLA Fundido anti-
rotacional 5
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 27,70 33,33
Face II 67,90 74,80
Face III 27,70 105
Face IV 33,33 105,05
Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA fundido rotacional (medidas
em Micrometros).
Os próximos quadros demonstram a discrepância horizontal nos pontos de
medida sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método. Cada quadro
representa uma das amostras avaliadas sobre as quatro faces pré-determinadas do
implante.
Quadro - 77
UCLA Fundido
Rotacional 1
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 33,33 67,90
Face II 27,70 74,80
Face III 74,80 27,70
Face IV 105 0
95
Quadro -78
UCLA Fundido Rotacional
2
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 0
Face II 67,90 105,78
Face III 0 95,60
Face IV 97 49,90
Quadro - 79
UCLA Fundido
Rotacional 3
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 0 74,80
Face II 67,90 33,33
Face III 28,98 27,53
Face IV 0 0
Quadro - 80
UCLA Fundido Rotacional
4
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 67,90 108,77
Face II 49,98 97,77
Face III 95,66 74,88
Face IV 67,90 105,70
Quadro - 81
UCLA Fundido Rotacional
5
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 33,33 74,88
Face II 95,60 68,77
Face III 99,88 106,77
Face IV 105,76 68,79
Discrepância Horizontal entre Implante e UCLA fundido rotacional retificado
(medidas em Micrometros).
96
Os próximos quadros demonstram a discrepância horizontal nos pontos de
medida sobre o implante, como pré-determinado e descrito no método. Cada quadro
representa uma das amostras avaliadas sobre as quatro faces pré-determinadas do
implante.
Quadro - 83
UCLA Fundido Rotacional
Retificado 1
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 27,70 104
Face II 34,60 67,90
Face III 73,79 26,70
Face IV 0 105
Quadro - 84
UCLA Fundido Rotacional
Retificado 2
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 66,70 95,60
Face II 97 48,77
Face III 72,66 60,80
Face IV 0 25,38
Quadro - 85
UCLA Fundido Rotacional
Retificado 3
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 58,77 105,82
Face II 43,77 40,80
Face III 97,68 99,68
Face IV 70,85 106,89
97
Quadro - 86
UCLA Fundido
Rotacional Retificado 4
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 35,83 74,88
Face II 68,76 99,88
Face III 95,83 60,82
Face IV 0 0
Quadro - 87
UCLA Fundido
Rotacional Retificado 5
Medida Lado Esquerdo Medida Lado Direito
Face I 26,53 34,55
Face II 66,66 25,40
Face III 45,80 70,60
Face IV 103,70 0
98
ANEXO C - Estatística
1) DISCREPÂNCIA HORIZONTAL
Multiple Comparisons
Dependent Variable: MICROM
Tukey HSD
95% Confidence
Interval
(I) GRUPO
(J) GRUPO
Mean
Difference
(I-J)
Std.
Error
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
Ucla Tilite -7,0020 5,9452
,903
-
24,5303
10,5263
Ucla titânio -8,3885 5,9452
,796
-
25,9168
9,1398
munhão
personalizado
-4,9073 5,9452
,982
-
22,4355
12,6210
Ucla anti
rotacional
fundido
-44,0265(*) 5,9452
,000
-
61,5548
-
26,4982
Ucla rotacional
fundido
-48,1068(*) 5,9452
,000
-
65,6350
-
30,5785
Ucla nobre
Ulca rotacional
fuindido
retificado
-46,4852(*) 5,9452
,000
-
64,0135
-
28,9570
Ucla nobre 7,0020 5,9452
,903
-
10,5263
24,5303
Ucla titânio -1,3865 5,9452
1,000
-
18,9148
16,1418
munhão
personalizado
2,0948 5,9452
1,000
-
15,4335
19,6230
Ucla Tilite
Ucla anti
rotacional
fundido
-37,0245(*) 5,9452
,000
-
54,5528
-
19,4962
99
Ucla rotacional
fundido
-41,1047(*) 5,9452
,000
-
58,6330
-
23,5765
Ulca rotacional
fuindido
retificado
-39,4833(*) 5,9452
,000
-
57,0115
-
21,9550
Ucla nobre 8,3885 5,9452
,796 -9,1398 25,9168
Ucla Tilite 1,3865 5,9452
1,000
-
16,1418
18,9148
munhão
personalizado
3,4812 5,9452
,997
-
14,0470
21,0095
Ucla anti
rotacional
fundido
-35,6380(*) 5,9452
,000
-
53,1663
-
18,1097
Ucla rotacional
fundido
-39,7183(*) 5,9452
,000
-
57,2465
-
22,1900
Ucla titânio
Ulca rotacional
fuindido
retificado
-38,0968(*) 5,9452
,000
-
55,6250
-
20,5685
Ucla nobre 4,9073 5,9452
,982
-
12,6210
22,4355
Ucla Tilite -2,0948 5,9452
1,000
-
19,6230
15,4335
Ucla titânio -3,4812 5,9452
,997
-
21,0095
14,0470
Ucla anti
rotacional
fundido
-39,1193(*) 5,9452
,000
-
56,6475
-
21,5910
Ucla rotacional
fundido
-43,1995(*) 5,9452
,000
-
60,7278
-
25,6712
munhão
personalizado
Ulca rotacional
fuindido
retificado
-41,5780(*) 5,9452
,000
-
59,1063
-
24,0497
Ucla nobre 44,0265(*) 5,9452
,000 26,4982 61,5548
Ucla Tilite 37,0245(*) 5,9452
,000 19,4962 54,5528
Ucla titânio 35,6380(*) 5,9452
,000 18,1097 53,1663
Ucla anti
rotacional
fundido
munhão
personalizado
39,1193(*) 5,9452
,000 21,5910 56,6475
100
Ucla rotacional
fundido
-4,0802 5,9452
,993
-
21,6085
13,4480
Ulca rotacional
fuindido
retificado
-2,4587 5,9452
1,000
-
19,9870
15,0695
Ucla nobre 48,1068(*) 5,9452
,000 30,5785 65,6350
Ucla Tilite 41,1047(*) 5,9452
,000 23,5765 58,6330
Ucla titânio 39,7183(*) 5,9452
,000 22,1900 57,2465
munhão
personalizado
43,1995(*) 5,9452
,000 25,6712 60,7278
Ucla anti
rotacional
fundido
4,0802 5,9452
,993
-
13,4480
21,6085
Ucla rotacional
fundido
Ulca rotacional
fuindido
retificado
1,6215 5,9452
1,000
-
15,9068
19,1498
Ucla nobre 46,4852(*) 5,9452
,000 28,9570 64,0135
Ucla Tilite 39,4833(*) 5,9452
,000 21,9550 57,0115
Ucla titânio 38,0968(*) 5,9452
,000 20,5685 55,6250
munhão
personalizado
41,5780(*) 5,9452
,000 24,0497 59,1063
Ucla anti
rotacional
fundido
2,4587 5,9452
1,000
-
15,0695
19,9870
Ulca rotacional
fuindido
retificado
Ucla rotacional
fundido
-1,6215 5,9452
1,000
-
19,1498
15,9068
* The mean difference is significant at the .05 level.
101
2) FENDA VERTICAL
Multiple Comparisons
Dependent Variable: MICROM
Tukey HSD
95% Confidence
Interval
(I) GRUPOS
(J) GRUPOS
Mean
Difference
(I-J)
Std.
Error
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
Ucla tilite -1,3062 ,4923 ,110
-2,7576 ,1453
Ulca titânio -6,5767(*) ,4923 ,000
-8,0281 -5,1252
munhão
personalizado
-6,2567(*) ,4923 ,000
-7,7081 -4,8052
Ulca fundido anti
rotacional
-12,2698(*) ,4923 ,000
-13,7213
-10,8184
Ulca fundido
rotacional
-12,7613(*) ,4923 ,000
-14,2128
-11,3099
Ucla nobre
Ucla fundido
rotacional
retificado
-9,5682(*) ,4923 ,000
-11,0196
-8,1167
Ucla nobre 1,3062 ,4923 ,110
-,1453 2,7576
Ulca titânio -5,2705(*) ,4923 ,000
-6,7220 -3,8190
munhão
personalizado
-4,9505(*) ,4923 ,000
-6,4020 -3,4990
Ulca fundido anti
rotacional
-10,9637(*) ,4923 ,000
-12,4151
-9,5122
Ulca fundido
rotacional
-11,4552(*) ,4923 ,000
-12,9066
-10,0037
Ucla tilite
Ucla fundido
rotacional
retificado
-8,2620(*) ,4923 ,000
-9,7135 -6,8105
Ucla nobre 6,5767(*) ,4923 ,000
5,1252 8,0281
Ucla tilite 5,2705(*) ,4923 ,000
3,8190 6,7220
Ulca titânio
munhão
personalizado
,3200 ,4923 ,995
-1,1315 1,7715
102
Ulca fundido anti
rotacional
-5,6932(*) ,4923 ,000
-7,1446 -4,2417
Ulca fundido
rotacional
-6,1847(*) ,4923 ,000
-7,6361 -4,7332
Ucla fundido
rotacional
retificado
-2,9915(*) ,4923 ,000
-4,4430 -1,5400
Ucla nobre 6,2567(*) ,4923 ,000
4,8052 7,7081
Ucla tilite 4,9505(*) ,4923 ,000
3,4990 6,4020
Ulca titânio -,3200 ,4923 ,995
-1,7715 1,1315
Ulca fundido anti
rotacional
-6,0132(*) ,4923 ,000
-7,4646 -4,5617
Ulca fundido
rotacional
-6,5047(*) ,4923 ,000
-7,9561 -5,0532
munhão
personalizado
Ucla fundido
rotacional
retificado
-3,3115(*) ,4923 ,000
-4,7630 -1,8600
Ucla nobre 12,2698(*) ,4923 ,000
10,8184 13,7213
Ucla tilite 10,9637(*) ,4923 ,000
9,5122 12,4151
Ulca titânio 5,6932(*) ,4923 ,000
4,2417 7,1446
munhão
personalizado
6,0132(*) ,4923 ,000
4,5617 7,4646
Ulca fundido
rotacional
-,4915 ,4923 ,955
-1,9430 ,9600
Ulca fundido anti
rotacional
Ucla fundido
rotacional
retificado
2,7017(*) ,4923 ,000
1,2502 4,1531
Ucla nobre 12,7613(*) ,4923 ,000
11,3099 14,2128
Ucla tilite 11,4552(*) ,4923 ,000
10,0037 12,9066
Ulca titânio 6,1847(*) ,4923 ,000
4,7332 7,6361
munhão
personalizado
6,5047(*) ,4923 ,000
5,0532 7,9561
Ulca fundido
rotacional
Ulca fundido anti
rotacional
,4915 ,4923 ,955
-,9600 1,9430
103
Ucla fundido
rotacional
retificado
3,1932(*) ,4923 ,000
1,7417 4,6446
Ucla nobre 9,5682(*) ,4923 ,000
8,1167 11,0196
Ucla tilite 8,2620(*) ,4923 ,000
6,8105 9,7135
Ulca titânio 2,9915(*) ,4923 ,000
1,5400 4,4430
munhão
personalizado
3,3115(*) ,4923 ,000
1,8600 4,7630
Ulca fundido anti
rotacional
-2,7017(*) ,4923 ,000
-4,1531 -1,2502
Ucla fundido
rotacional
retificado
Ulca fundido
rotacional
-3,1932(*) ,4923 ,000
-4,6446 -1,7417
* The mean difference is significant at the .05 level.
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