XVI
RESUMO
Com o objetivo de comparar a intensidade da congestão pulmonar à radiografia de tórax entre
pacientes com cardiopatia chagásica dilatada e pacientes com cardiopatia dilatada NCh, foram
estudados 65 pacientes de cada grupo, de março de 2003 a setembro de 2005. O primeiro
grupo apresentava pelo menos duas reações sorológicas positivas para doença de Chagas e
dilatação cardíaca definida pelo diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo igual ou maior
que 55 mm, e o segundo, foi formado por pacientes com cardiopatia não-chagásica e
características ecocardiográficas semelhantes às dos chagásicos. A história clínica, radiografia
de tórax e ecocardiograma transtorácico foram obtidos em todos os pacientes.Os dados
radiológicos e ecocardiográficos foram revistos por dois observadores, sendo as diferenças
eventuais resolvidas por consenso. O grupo I constituiu-se de 43 homens (66,2%) com idade
média de 47,83±11,2 anos, e, o grupo II, de 38 homens (58,5%), com 62,43±13,5 anos.
Sessenta pacientes (92,3%) chagásicos e 59 não-chagásicos (90,8%) estavam em classe
funcional da NYHA I e II. A radiografia de tórax mostrou sinais de congestão pulmonar em
41 (63,1%) pacientes chagásicos e 63 (96,9%) dos não-chagásicos. O escore radiológico de
congestão pulmonar (ECP) apresentou média de 3,2±2,3 entre os chagásicos e de 5,9±2,6 nos
não-chagásicos (p=0,000). O diâmetro diastólico final do átrio esquerdo (r=0,223;p= 0,045
para Ch e r=0,226;p=0,047 para NCh) do ventrículo esquerdo (r=0,278,p=0,025 para Ch e
r=0,226;p=0,050 paraNCh) e do ventrículo direito (r=0,248,p=0,023 para Ch e
r=0,206,p=0,050 para NCh) associaram-se com o ECP. A fração de ejeção média, pelo
método de Teichholz, nos pacientes chagásicos foi de 39,0±11,0, a qual associou-se com o
ECP (r=-0,414;p=0,001). Entre os não-chagásicos, a fração de ejeção média foi de 41,7±10,0
(r=- 0,205;p=0,050 com o ECP). A fração de ejeção, ao método área-comprimento associou-
se com o ECP nos grupos I (r=-0,479;p=0,000) e II (r=-0,350;p=0,004). Ocorreu associação