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água quente a 45ºC por 1, 2 e 3 horas. Os melhores resultados foram obtidos pelo tratamento a
45ºC por 3 horas, onde houve desinfestação total dos rizomas, tendo como conseqüência do
tratamento, o melhor desenvolvimento das plantas e incrementos de 19,29 a 34,41% na produção.
Para o controle da Murcha de Fusarium, no Hawaii (EUA), é recomendado o tratamento térmico
a 50ºC por 10 min em calda preparada com o fungicida benomyl
(http://www.ctahr.hawaii.edu/fb/ginger/ginger.htm, consultado em 19 de março de 2003). Na
Austrália, o tratamento recomendado para os rizomas é de 20 min a 45ºC
(http://www.dpi.qld.gov.au/horticulture/4748.html, consultado em 19 de março de 2003).
2.1.3 Supressividade do solo
Outra forma de controle da doença é a indução de supressividade do solo. A
supressividade é a capacidade do solo de diminuir ou inibir o desenvolvimento de doenças,
mesmo quando o patógeno se encontra presente (supressividade à doença), ou de inibir o
estabelecimento do patógeno ou diminuir a fonte de inóculo no solo (supressividade ao
patógeno). Um solo que apresenta essas características é denominado supressivo, enquanto que o
oposto é denominado conducente (BAKER & COOK, 1974).
Höper & Alabouvette (1996) relatam exemplos de supressividade do solo a doenças
causadas por Aphanomycis spp., Fusarium oxysporum, F. roseum, F. solani, Phytophthora spp. e
Pythium spp., entre outras. Quanto à supressividade do solo ao patógeno, há, por exemplo, solos
supressivos a Fusarium oxysporum, Streptomycis spp., Pythium spp. e Rhizoctonia solani
(WELLER et al., 2002). Embora, segundo Höper & Alabouvette (1996), nem sempre é possível
distinguir o tipo de supressividade (doença ou patógeno).
A supressividade se deve a fatores bióticos e abióticos do solo. Entre os fatores abióticos,
incluem-se os teores de argila e de areia, o tipo de argila (AMIR & ALABOUVETTE, 1993),
tamanho dos agregados, pH, fontes de matéria orgânica, nutrientes, entre outros (HÖPER &
ALABOUVETTE, 1996). Vários são os relatos de indução de supressividade através do uso de
diferentes materiais, como incorporação de argila ao solo (AMIR & ALABOUVETTE, 1993) e
de composto de lixo urbano (WITTLING et al., 1996).
Entre os fatores bióticos, as bactérias, fungos e actinomicetos atuam no controle biológico
por mecanismos, como competição e produção de metabólitos que inibem o patógeno (WELLER