populações estudadas. Já o acesso V13109
(A. pusilla), apresentou-se mais intimamente
relacionada com A. dardani (V15122), com
similaridade morfológica 54,5%, quando
comparado aos demais acessos de A. pusilla.
De acordo com Coelho et al. (2001) há
ocorrência de uma ampla variação
morfológica entre acessos da espécie A.
pusilla.
Analogamente aos dados encontrados
por Creste et al. (2005), as espécies A.
sylvestris e A. giacomettii (subgrupo I – grupo
II) constituem um subgrupo dentro da seção.
Estes autores verificaram, via RAPD, que
estas espécies apresentaram aproximadamente
40,0% de similaridade genética, enquanto que
os dados apresentados neste estudo revelaram
50,0% de similaridade morfológica.
Ainda no grupo II (Figura 1),
subgrupo II, verificou-se que os acessos
V13189 e V15150 de A. pusilla apresentaram
50,0% de similaridade genética. Ambos
pertencem a mesorregião do norte de Minas,
sendo que o primeiro pertence à microrregião
de Januária e a última à microrregião de
Pirapora. Apesar do acesso V13109 pertencer
a esta espécie, provavelmente sua divergência
fenológica pode ter sido altamente
influenciada por fatores ambientais do local
ao qual o experimento foi realizado ou por
características peculiares do mesmo.
A espécie A. interrupta (grupo III –
Figura I) apresentou-se mais distante quando
comparado às demais. Tal variabilidade
poderia ser explicada pelo isolamento
genético-geográfico dos representantes.
Dados citogenéticos, como os de Martins et
al. 2006, e/ou moleculares, assim como a
ampliação do número de acessos poderiam
fornecer uma melhor conclusão.
CONCLUSÕES
1. A maior similaridade genética foi detectada
entre os acessos de Arachis dardani, V15122
e V15128, sendo esta superior a 82%.
2. Apesar de pertencerem à espécie A. pusilla,
as distâncias fenotípicas encontradas entre os
acessos são, possivelmente, resultantes da
variabilidade natural explicada por fatores
ambientais locais ou diferenças intrínsecas
destes acessos.
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