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Grande do Sul, justificando, desta forma, o uso destes últimos para a caracterização do macro
clima onde as amostras de concreto foram expostas.
Temperatura (°C) Precipitação Total
Mês
Média
Média
Máxima
Média
Mínima
Máxima
Absoluta
Mínima
Absoluta
Média
(mm)
Máxima
(mm)
Mínima
(mm)
Evaporação
(mm)
Umidade
Relativa
(%)
Jan
24,7 30,5 20,1 40,7 10,4 101,6 275,1 10,0 106,7 71,0
Fev
24,6 31,1 20,3 40,4 11,3 100,7 231,7 20,5 89,8 74,0
Mar
23,2 28,6 19,0 38,9 9,0 93,9 247,7 3,7 86,3 76,0
Abr
19,9 25,3 15,8 35,9 4,5 92,1 386,6 0,5 65,6 77,0
Maio
17,0 22,1 12,8 33,4 0,4 102,8 405,5 2,5 49,4 81,0
Jun
14,7 19,8 10,8 31,5 -2,0 133,3 403,6 16,6 39,7 82,0
Jul
14,4 19,5 10,3 32,9 -1,3 120,8 280,1 11,0 44,0 81,0
Ago
15,2 20,5 10,9 34,9 -1,5 127,3 330,0 19,2 50,0 79,0
Set
16,8 21,8 12,8 36,1 2,2 133,1 362,7 15,5 60,2 78,0
Out
19,0 24,0 14,8 37,1 0,9 110,5 317,3 19,9 77,1 75,0
Nov
21,1 26,7 16,5 39,8 6,4 85,1 283,4 5,1 92,2 71,0
Dez
23,4 29,2 18,6 39,6 7,8 95,0 224,2 0,4 108,5 69,0
Ano 19,5 24,8 15,2 40,7 -2,0 108,02 405,5 0,4 869,5 76,2
Figura 32: elementos do clima de Porto Alegre, período de 1916 a
1988 (INMET, 2004)
Com base nos registros de climatologia, a
umidade relativa do ar média (mostrado no gráfico
da Figura 29) do ambiente de exposição dos concretos, para todos os períodos do ano, foi
igual ou superior a 70%, conferindo uma UR média de 75,6%. Conforme relatado na literatura
por Parrot (1987), Ceukelaire e Nieuwenburg (1993) e Neville (1997), a UR entre 50 e 75% é
a mais adequada para desencadear o fenômeno de carbonatação. Logo, pode-se considerar que
as amostras expostas à degradação natural encontravam-se em ambiente com UR favorável
para o avanço da carbonatação.
Por outro lado, o fenômeno de carbonatação do concreto é fortemente influenciado pela
exposição do elemento ao ambiente (MEYER, 1969; BARKER e MATTHEWS, 1994;
OKOCHI et al., 2000; HOUST e WITTMANN, 2002). A condição de exposição das amostras
(protegidas ou desprotegidas da chuva) apresenta grande influência na velocidade de
carbonatação. Como o ensaio não acelerado de carbonatação procedeu em ambiente
desprotegido da chuva, se faz necessária a análise do comportamento da
precipitação
pluviométrica
durante o período de exposição das amostras. Conforme dados de precipitação
mostrados na Figura 30, a região de exposição das amostras não possui estação seca. Segundo
dados SEMA (2000, p.19), a precipitação anual média é de 1297 mm, distribuídos
regularmente o ano todo. Nos meses de janeiro a outubro, exceto nos meses de março e abril,
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Contribuição ao estudo da carbonatação do concreto com adição de sílica ativa em ambiente natural e acelerado