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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL
ACLIMATAÇÃO E ADUBAÇÃO DE MUDAS
MICROPROPAGADAS DO ABACAXIZEIRO
GOLD’ NO SUL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
IZAIAS DOS SANTOS BREGONCI
ALEGRE
ESPÍRITO SANTO BRASIL
FEVEREIRO 2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL
ACLIMATAÇÃO E ADUBAÇÃO DE MUDAS
MICROPROPAGADAS DO ABACAXIZEIRO
GOLDNO SUL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
IZAIAS DOS SANTOS BREGONCI
Dissertação apresentada à Universidade
Federal do Espírito Santo, como parte das
exigências do Programa de Pós-Graduação
em Produção Vegetal, para obtenção do título
de Mestre em Produção Vegetal.
Orientador: Prof. Dr. Edilson Romais Schmildt
Co-orientadores: Prof. Dr. Ruirio Inácio Coelho
Prof. Dr. Edvaldo Fialho dos Reis
ALEGRE
ESPÍRITO SANTO BRASIL
FEVEREIRO 2007
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Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)
Bregonci, Izaias dos Santos, 1958-
B833a Aclimatação e adubão de mudas micropropagadas do abacaxizeiro
Gold no sul do Estado do Espírito Santo / Izaias dos Santos Bregonci.
2007.
122 f. : il.
Orientador: Edilson Romais Schmildt.
Co-Orientadores: Ruimário Inácio Coelho e Edvaldo Fialho dos Reis.
Dissertão (mestrado) Universidade Federal do Espírito Santo,
Centro de Ciências Agrárias.
1. Frutas - Cultivo. 2. Abacaxi. 3. Aclimatação (Plantas). 4. Plantas -
Fertilizão. I. Schmildt, Edilson Romais. II. Coelho, Ruimário Inácio. III.
Reis, Edvaldo Fialho dos. IV. Universidade Federal do Espírito Santo.
Centro. V. Título.
CDU: 63
ACLIMATAÇÃO E ADUBAÇÃO DE MUDAS
MICROPROPAGADAS DO ABACAXIZEIRO
GOLDNO SUL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
IZAIAS DOS SANTOS BREGONCI
Dissertação apresentada à Universidade
Federal do Espírito Santo, como parte das
exigências do Programa de Pós-Graduação
em Produção Vegetal, para obtenção do título
de Mestre em Produção Vegetal.
Aprovada: 26 de fevereiro de 2007.
Prof. Dr. Edvaldo Fialho dos Reis
Prof. Dr. Ruimário Icio Coelho
Centro de Ciências Agrárias - UFES
Centro de Ciências Agrárias - UFES
(Co-orientador)
(Co-orientador)
Prof. Dr. José Augusto Teixeira do
Amaral
Pesquisador Dr. Aureliano Nogueira
da Costa
Centro de Ciências Agrárias - UFES
INCAPER
Prof. Dr. Edilson Romais Schmildt
Centro de Ciências Agrárias - UFES
(Orientador)
À minha esposa Ana Rosa, companheira de todos os momentos, e às minhas
filhas Giseli e Gracieli, meus presentes divinos. Aos meus amados pais, Maria e
Acrísio, que apesar de todas as dificuldades impostas em suas caminhadas, me
proporcionaram educação e lões de vida para que eu pudesse realizar esta
conquista.
DEDICO
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela minha existência.
Ao Incaper, através de seus Diretores: Dr. Antônio Elias Souza da Silva e Dr.
Ênio Bérgoli da Costa, pelo incentivo, apoio e oportunidade concedida.
Ao meu orientador, Professor Dr Edilson Romais Schmildt, pela orientação
das pesquisas, pela compreensão, conhecimentos transmitidos e amizade.
Ao meu co-orientador, Professor Dr. Ruimário Icio Coelho, pelas valiosas
contribuições, incentivo e sugestões apresentadas na dissertação.
Ao meu co-orientador, Professor Dr. Edvaldo Fialho dos Reis, pelo apoio,
orientações nos experimentos e sugestões apresentadas na dissertação.
Ao Departamento de Produção Vegetal do Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Federal do Espírito Santo (CCA UFES/Alegre ES), pela utilização
dos laboratórios.
À Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
(PPGPV) do CCA-UFES, pela oportunidade concedida.
À secretária da Pós-Graduação, Madalena Caetano Capucho de Oliveira,
pela atenção, informações e trabalhos prestados.
Aos pesquisadores do Incaper: Dr. Aureliano Nogueira da Costa; Dr. José
Aires Ventura; Dr. José Mauro de Souza Balbino; Dr. Bevaldo Martins Pacheco; e
Moema Bachour Zangrande, pelo apoio e incentivo e à funcionária, Edir Morosini,
pelo apoio.
Ao Comitê de Pós-Graduação do Incaper ES, pela liberação para
realização desta capacitação profissional.
Aos colegas de mestrado da Pós-Graduação em Produção Vegetal do CCA-
UFES, pela convivência agradável e apoio durante a realização do curso e dos
experimentos, em especial a Vítor José Brum, Rosembergue Bragança, Moisés
Zucoloto, José Marcílio da Silva, Alaert Zini Jr. e ao aluno do PIBIC/UFES, Juliano
Gonçalves dos Santos, pela grande amizade e companheirismo.
A todos aqueles que de uma forma direta ou indireta contribuíram para a
realização deste trabalho de pesquisa, fica registrada a minha gratidão.
iv
SUMÁRIO
Página
DEDICATÓRIA............................................................................................................ ii
AGRADECIMENTOS.................................................................................................. iii
LISTA DE TABELAS.. .................................................................................................vi
LISTA DE EQUAÇÕES................................................................................................ix
LISTA DE FIGURAS... .................................................................................................x
RESUMO..................................................................................................................... 1
ABSTRACT..................................................................................................................3
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 5
2. REVIO DE LITERATURA................................................................................... 8
2.1 Botânica e cultivares .............................................................................................8
2.1.1 Caracterização e comentários sobre a cv Gold ................................................10
2.2 todos de propagação ......................................................................................11
2.2.1 Propagação assexuada.................................................................................... 12
2.2.2 Micropropagação ..............................................................................................12
2.3 Exigências nutricionais do abacaxizeiro ..............................................................13
3. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 17
4. CAPÍTULO 1.......................................................................................................... 20
Aclimatação de mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold
5. CAPÍTULO 2.......................................................................................................... 49
Adubação com NPK no crescimento de mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold
v
6. CAPÍTULO 3.......................................................................................................... 70
Adubação foliar com macro e micronutrientes no crescimento de mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold em diferentes recipientes
7. CONCLUSÕES GERAIS....................................................................................... 91
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 93
ANEXOS.................................................................................................................... 98
Anexo A - Informações gerais................................................................................... 99
Anexo B - Informações auxiliares do experimento sobre aclimatação de mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv Gold..............................................................100
Anexo C - Informações auxiliares sobre o experimento de adubação foliar com
macro e micronutrientes no crescimento de mudas micropropagadas do abacaxizeiro
cv. Gold em diferentes recipientes...........................................................................105
Anexo D - Fotos dos experimentos..........................................................................108
vi
LISTA DE TABELAS
Página
4. CAPÍTULO 1
Tabela 1 - Atributos químicos do substrato e interpretação dos resultados...
27
Tabela 2 - Análise de variância para as características: altura, área foliar,
massa fresca e seca da parte rea, número de folhas das
mudas do abacaxizeiro cv. Gold em função da idade de retirada
da casa de vegetação e dias após o transplantio e coeficiente
de variação para a parcela e subparcela......................................
30
Tabela 3 - Análise de variância para as características massa fresca e
seca da raiz, razão de área foliar, razão de massa seca da parte
aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em função da idade
de retirada da casa de vegetação e dias após o transplantio e,
coeficiente de variação para a parcela e subparcela....................
31
Tabela 4 - Análise de variância para a característica: morfofisiológica taxa
de crescimento absoluto da massa fresca da parte rea das
mudas de abacaxizeiro cv. Gold em função da idade de retirada
da casa de vegetação e dias após o transplantio e coeficiente
de variação para a parcela e subparcela......................................
31
Tabela 5 - Valor médio da razão de massa seca da parte rea para todas
as idades de retirada das mudas do abacaxizeiro cv. Gold da
casa de vegetação........................................................................
44
Tabela 6 - Valores médios da razão de área foliar das mudas do
abacaxizeiro cv. Gold para as idades de retirada da casa de
vegetação......................................................................................
44
5. CAPÍTULO 2
Tabela 1 - Atributos químicos do substrato e interpretação dos resultados...
54
Tabela 2 - Teor foliar médio de nutrientes das mudas do abacaxizeiro cv
Gold para cada percentual de variação da adubação de
referência para vasos e teor considerado adequado....................
56
Tabela 3 - Análise de variância para as características: altura de planta,
área foliar, massa fresca e seca da parte aérea em função da
adubação de referência para vasos..............................................
57
Tabela 4 - Análise de variância para as características: mero de folhas,
massa fresca e seca da raiz e comprimento da maior raiz em
função da adubação de referência para vasos.............................
57
Tabela 5 - Análise de variância para o teor foliar dos macronutrientes:
nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre em
função da adubação de referência para vasos.............................
58
Tabela 6 - Análise de variância para o teor foliar dos micronutrientes:
zinco, ferro, manganês, cobre e boro em função da adubação
de referência para vasos...............................................................
58
vii
6. CAPÍTULO 3
Tabela 1 - Esquema de doses progressivas dos adubos foliares uréia e
KCl, em g L
-1
dos níveis T1 a T6..................................................
78
Tabela 2 - Análise de variância para as características área foliar, altura de
mudas, massa seca da parte aérea e da raiz, das mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold em função do adubo
foliar e recipientes ........................................................................
80
ANEXO A
Tabela 1A - Espécies do gênero Ananas consideradas válidas....................... 99
ANEXO B
Tabela 1B - Altura, em cm, das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold, em diferentes idades de retirada da casa de vegetação.....
100
Tabela 2B - Área foliar, em cm
2
, das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold em diferentes idades de retirada da casa
de vegetação................................................................................. 100
Tabela 3B -
Massa fresca da parte aérea, em gramas, das mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold em diferentes idades
de retirada da casa de vegetação................................................. 101
Tabela 4B - Massa seca da parte aérea, em gramas, das mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold em diferentes idades
de retirada da casa de vegetação................................................. 101
Tabela 5B - Número de folhas das mudas micropropagadas do abacaxizeiro
cv. Gold, em diferentes idades de retirada da casa de vegetação
102
Tabela 6B - Massa fresca de raiz, em gramas, das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold em diferentes idades de retirada da
casa de vegetação........................................................................ 102
Tabela 7B - Massa seca de raiz, em gramas, das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold em diferentes idades de retirada da
casa de vegetação........................................................................ 103
Tabela 8B - Massa seca total, em gramas, das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold em diferentes idades de retirada da casa
de vegetação................................................................................. 103
Tabela 9B - Taxa de crescimento absoluto da massa fresca rea, em
g.mês
-1
, das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold
em diferentes idades de retirada da casa de vegetação............... 104
ANEXO C
Tabela 1C -
Valores iniciais de área foliar, altura, massa seca da parte aérea
e massa seca da raiz das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold.................................................................... 105
Tabela 2C - Área foliar das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold em função do adubo foliar, aos 140 dias após o
transplantio .................................................................................. 105
Tabela 3C - Área foliar das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold em função do recipiente, aos 140 dias após o transplantio..
105
Tabela 4C - Altura, em cm, das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold em função do adubo foliar e recipiente, aos 140 dias após
o transplantio................................................................................. 106
viii
Tabela 5C -
Massa seca da parte aérea, em gramas, das mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold em função do adubo
foliar e recipiente, aos 140 dias as o transplantio.....................
106
Tabela 6C -
Massa seca da raiz, em gramas, das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold em função de adubo foliar e recipiente,
aos 140 dias após o transplantio...................................................
107
ix
LISTA DE EQUAÇÕES
Página
4. Capítulo 1
Equação 1 -
Taxa de crescimento absoluto da massa fresca da parte aérea....
28
Equação 2 -
Razão de área foliar........................................................................
29
Equação 3 -
Razão de massa seca da parte aérea............................................
29
x
LISTA DE FIGURAS
Página
4. CAPÍTULO 1
Figura 1 - Altura das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em cada nível dos
dias após transplantio para as idades de retirada da casa de
vegetação........................................................................................
33
Figura 2 - Estimativa da altura das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em
função dos dias após transplantio...................................................
33
Figura 3 - Área foliar das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em cada nível
dos dias após transplantio para as idades de retirada da casa de
vegetação........................................................................................
34
Figura 4 - Estimativa da área foliar das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em
função dos dias após transplantio para as respectivas idades de
retirada da casa de vegetação .......................................................
35
Figura 5 - Massa fresca da parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv.
Gold em cada nível dos dias após transplantio para as idades de
retirada da casa de vegetação........................................................
36
Figura 6 - Estimativa da massa fresca da parte rea das mudas do
abacaxizeiro cv. Gold em função dos dias após transplantio para
as respectivas idades de retirada da casa de vegetação...............
36
Figura 7 -
Massa seca da parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold
em cada nível dos dias após transplantio para as idades de
retirada da casa de vegetação........................................................
37
Figura 8 - Estimativa da massa seca da parte aérea das mudas do
abacaxizeiro cv. Gold em função dos dias após transplantio para
as respectivas idades de retirada da casa de vegetação...............
38
Figura 9 - Número de folhas das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em cada
nível dos dias após transplantio para as idades de retirada da
casa de vegetação.......................................................................... 39
Figura 10 - Estimativa do mero de folhas das mudas de abacaxizeiro cv.
Gold em função dos dias após transplantio para as respectivas
idades de retirada da casa de vegetação....................................... 39
Figura 11 - Massa fresca da raiz das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em
cada nível dos dias após transplantio para as idades de retirada
da casa de vegetação.....................................................................
40
Figura 12 - Estimativa da massa fresca da raiz das mudas do abacaxizeiro
cv. Gold em função dos dias após transplantio para as
respectivas idades de retirada da casa de vegetação.................... 41
Figura 13 - Massa seca da raiz de mudas de abacaxizeiro cv. Gold em cada
nível dos dias após transplantio para as idades de retirada da
casa de vegetação.......................................................................... 41
Figura 14 - Estimativa da massa seca da raiz das mudas do abacaxizeiro cv.
Gold em função dos dias após transplantio para as respectivas
idades de retirada da casa de vegetação.......................................
42
Figura 15 - Taxa de crescimento absoluto da massa fresca aérea das mudas
do abacaxizeiro cv. Gold em cada nível dos meses após
transplantio para as idades de retirada da casa de vegetação.......
43
xi
Figura 16 - Estimativa da Taxa de crescimento absoluto da massa fresca da
parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em função dos
meses após o transplantio para as respectivas idades de retirada
da casa de vegetação.....................................................................
43
Figura 17- Estimativa da razão de área foliar das mudas do abacaxizeiro cv.
Gold em função dos meses após transplantio para as idades de
retirada da casa de vegetação........................................................
45
5. CAPÍTULO 2
Figura 1 - Estimativa do número de folhas, comprimento da maior raiz e
altura das mudas do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após
transplantio, em função da adubação de referência para vasos.... 60
Figura 2 - Estimativa da massa fresca e massa seca da parte aérea das
mudas do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após transplantio,
em função da adubação de referência para vasos......................... 61
Figura 3 - Estimativa da massa fresca e massa seca da raiz das mudas do
abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após transplantio em função
da adubação de referência para vasos...........................................
61
Figura 4 - Estimativa da área foliar das mudas do abacaxizeiro cv. Gold aos
180 dias após transplantio em função da adubação de referência
para vasos.......................................................................................
62
Figura 5 - Estimativa do teor foliar de fósforo das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após transplantio em
função da adubação de referência para vasos............................... 63
Figura 6 - Estimativa do teor foliar de potássio das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após transplantio, em
função da adubação de referência para vasos............................... 64
Figura 7 - Estimativa do teor foliar de magnésio das mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após
transplantio em função da adubação de referência para vasos..... 65
Figura 8 - Estimativa do teor foliar de ferro e de boro das mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após
transplantio em função da adubação de referência para vasos..... 66
6. CAPÍTULO 3
Figura 1 - Área foliar das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold
aos 140 dias após transplantio em função dos níveis de adubo
foliar (A) e dos níveis de recipientes (B)......................................... 81
Figura 2 - Altura das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold aos
140 dias após o transplantio para cada nível de recipiente:
bandeja de isopor, tubete pequeno e tubete grande em função
dos níveis de adubo foliar...............................................................
82
Figura 3 - Altura das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold aos
140 dias após o transplantio para cada nível de adubo foliar em
função dos níveis de recipientes: bandeja de isopor, tubete
pequeno e tubete grande................................................................
83
Figura 4 - Massa seca da parte aérea das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold aos 140 dias após o transplantio para cada
nível de recipiente: bandeja de isopor, tubete pequeno e tubete
grande em função dos níveis de adubo foliar.................................
84
xii
Figura 5 - Massa seca da parte aérea das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold aos 140 dias após o transplantio para cada
nível de adubo foliar em função dos níveis de recipientes:
bandeja de isopor, tubete pequeno e tubete grande......................
85
Figura 6 - Massa seca da raiz das mudas micropropagadas do abacaxizeiro
cv. Gold aos 140 dias as o transplantio para cada nível de
recipiente: bandeja de isopor, tubete pequeno e tubete grande
em função dos níveis de adubo foliar.............................................
86
Figura 7 - Massa seca da raiz das mudas micropropagadas do abacaxizeiro
cv. Gold aos 140 dias após transplantio para cada nível de adubo
foliar em função dos níveis de recipientes: bandeja de isopor,
tubete pequeno e tubete grande..................................................... 87
ANEXO A
Figura 1A -
Temperatura máxima, média e mínima, precipitação observada e
umidade relativa do ar média no período de fevereiro a setembro
de 2006, de 10 em 10 dias..............................................................
99
ANEXO D
Figura 1 D-
Aclimatação de mudas micropropagadas do abacaxizeiro Gold,
CCA-UFES, Alegre, 2006............................................................... 108
Figura 2 D-
Adubação com NPK no crescimento de mudas micropropagadas
do abacaxizeiro Gold, aos 180 dias após transplantio.
Tratamentos da esquerda para direita: 0%, 50%, 100%, 150% e
200% da ARV, CCA-UFES, Alegre, 2006.......................................
108
Figura 3 D-
Adubação foliar com macro e micronutrientes em mudas
micropropagadas do abacaxizeiro Gold em diferentes
recipientes, aos 140 dias após transplantio, CCA-UFES, Alegre,
2006................................................................................................ 109
BREGONCI, I.S. Universidade Federal do Espírito Santo, CCA-UFES, Alegre-ES,
fevereiro de 2007. Aclimatação e adubão de mudas micropropagadas do
abacaxizeiro Gold no sul do Estado do Espírito Santo. Orientador: Edilson
Romais Schmildt. Co-orientadores: Ruimário Icio Coelho e Edvaldo Fialho dos
Reis.
RESUMO - Este trabalho foi conduzido no Campus do Centro de Ciências Agrárias
da Universidade Federal do Espírito Santo, localizado no município de Alegre-ES,
Brasil. Teve como objetivo avaliar o crescimento das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro [Ananas comosus (L.) Merrill cv. Gold] durante a fase de aclimatação.
No primeiro experimento, montado em esquema de parcela subdividida, foi testada
a exposão das mudas micropropagadas às condições naturais de clima em
diferentes idades de retirada da casa de vegetação (0, 1, 2, 3, e 4 meses) e a
testemunha que aí permaneceu por 5 meses, consistindo-se nas parcelas e
avaliações aos: 0, 30, 60, 90, 120 e 150 dias após transplantadas, formando as
subparcelas. No segundo experimento, em delineamento inteiramente casualizado,
foi testado o efeito da adubação de solo com NPK, com base na adubação de
referência para vasos (ARV), em g kg
-1
: 0,30 de N, 0,20 de P e 0,15 de K, utilizando-
se cinco dosagens dessa recomendação (0, 50, 100, 150 e 200%). No terceiro
experimento, conduzido em esquema fatorial 8x3, testaram-se oito níveis de
adubação foliar: uréia+KCl+H
3
BO
3
, nas dosagens em g L
-1
de: 2+2+0; 5+5+0;
10+10+0; 2+2+0,5; 5+5+0,5 e 10+10+0,5, respectivamente denominados de T1, T2,
T3, T4, T5 e T6; uma formulação comercial completa com macro e micronutrientes
(T7), na dosagem de 3 g L
-1
; e a testemunha (Test) pulverização com água,
combinados com três níveis de recipientes: bandeja de isopor, tubete pequeno e
tubete grande. Os resultados permitem concluir que: nas condições deste
experimento, as mudas micropropagadas podem ser retiradas da casa de vegetação
de pré-aclimatação fase II com idades de 1 e 2 meses as transplantadas; com o
aumento da ARV há decréscimo dos valores de: área foliar; massa fresca e seca da
parte aérea e da raiz, e número de folhas. O comprimento da maior raiz e altura de
planta cresce até 50% da ARV, diminuindo a partir deste percentual, sendo o zinco,
o fero e o cobre os nutrientes que possivelmente limitam o crescimento; e os adubos
foliares, em todos os recipientes utilizados, proporcionam maior crescimento das
mudas do abacaxizeiro cv. Gold em área foliar, altura e massa seca da parte aérea,
2
exceto os adubos foliares T5 e T7, para massa seca da parte aérea no recipiente
bandeja de isopor. Os adubos foliares não aumentam a massa seca do sistema
radicular.
Palavras chaves: abacaxi, Ananas comosus, fruticultura, micropropagação,
fertilização.
3
BREGONCI, I. S. Universidade Federal do Espírito Santo, CCA-UFES, Alegre-ES,
february of 2007. Acclimatation and fertilization of the micropropagated
plantlets of the Pineapple Gold' in the south of Espírito Santo. Orientador:
Edilson Romais Schmildt. Co-orientadores: Ruimário Inácio Coelho e Edvaldo Fialho
dos Reis.
ABSTRACT - This work was carried at the Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Federal do Espírito Santo, located in Alegre city, Brasil. The objective
was to evaluate the growth of the of the Pineapple plantlets micropropagated
[Ananas comosus (L.) Merrill cv. Gold] during the phase of acclimatation. In the
first experiment, mounted in split plot, it was tested the exposition of the
micropropagated plantlets to the natural conditions of climate in different ages of
retreat of the greenhouse (0, 1, 2, 3, and 4 months) and the witness that stayed for 5
months, consisting in plots and evaluations to the: 0, 30, 60, 90, 120 and 150 days
after transplanted, forming the sub-plots. In the second experiment, in completely
randomized design, the effect of the soil fertilization with NPK was tested, based in
the reference fertilization for vases (ARV), in g kg
-1
: 0,30 of N, 0,20 of P and 0,15 of
K, being used five dosages of that recommendation (0, 50, 100, 150 and 200%). In
the third experiment, conducted in factorial arrangement 8x3, eight levels of foliar
fertilization were tested to: urea+KCl+H
3
BO
3
, in the dosages in g. L
-1
of: 2+2+0;
5+5+0; 10+10+0; 2+2+0,5; 5+5+0,5; and 10+10+0,5, respectively denominated of
T1, T2, T3, T4, T5 and T6; a complete commercial formulation with macro and
micronutrients (T7), in the dosage of 3 g.L
-1
and the witness (Test) pulverization with
water, combined with three levels of containers: isopor tray, small tubete and big
tubete. The results allow to end that: in the conditions of this experiment, the
micropropagated plantlets can be removed of the greenhouse of pre-acclimatation
phase II with ages of 1 and 2 months after transplanted; and with the increase of
ARV there is decrease of the values of: foliar area; fresh and dry mass of the aerial
part and of the root; and number of leaves. The length of the bigger root and plant
height grows up to 50% of ARV, decreasing starting from this percentile one, being
zinc, iron and cooper the nutrients that possibly limited the growth; and the foliar
fertilizers, in all of the containers used, provide larger growth of the pineapple cv.
Gold plantlets in foliar area, height and dry mass of the aerial part, except the foliar
4
fertilizers T5 and T7, for dry mass of the aerial part in the isopor tray container. The
foliar fertilizers don't increase the dry mass of the root system.
Key words: pineapple, Ananas comosus, horticulture, micropropagation, fertilization.
5
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, o abacaxizeiro encontra ótimas condições para o seu
desenvolvimento e produção, sendo cultivado comercialmente em quase todos os
Estados da federação. No ano de 2005, o país produziu 1.418.420 toneladas,
ostentando o lugar dentre os maiores produtores mundiais, sendo precedido por
Tailândia (2.050.000 t), Filipinas (1.800.000 t) e China (1.460.000 t) (FAO, 2006). A
distribuição percentual da produção nacional em 2005, por região fisiográfica, foi:
Nordeste (43,55%), Sudeste (28,50%), Norte (23,24%), Centro Oeste (4,06%) e Sul
(0,65 %), (IBGE, 2006).
Apesar da maioria das frutas tropicais ainda serem pouco conhecidas no
mercado externo, particularmente, o abacaxi tem aumentado sua participação no
mercado internacional. O Brasil elevou sua participação de 16.023 toneladas no ano
de 2000, para 19.630 toneladas em 2005, com frutos frescos e, de 1.898 toneladas
em 2000 para 2.516 toneladas no ano de 2005, para sucos, correspondendo a
incrementos, respectivamente de: 22,5% e 32,0% (MDIC/SECEX, 2006).
A abacaxicultura é uma atividade importante para a sócio-economia do
Brasil e do Espírito Santo, pela geração de empregos e oportunidades de negócios
que proporciona.
O Estado do Espírito Santo, no ano de 2005, produziu o correspondente a
2,03% da produção brasileira de abacaxi (IBGE, 2006) e, em quase a sua totalidade,
a produção foi voltada para o mercado interno e consumo in natura, pois cultiva a
variedade Pérola e Jupi que representam 95% da área total com abacaxizeiro e a
Smooth Cayenne em 5% (VENTURA, 2003).
O Espírito Santo apresenta condições edafo-climáticas, infra-estrutura e
localização geográfica estratégica para incremento do cultivo desta frutífera, tanto de
6
variedades para consumo in natura, como para variedades voltadas para a
agroindústria (SEAG, 2003).
As lavouras comerciais de abacaxizeiros no Espírito Santo estão
concentradas nos municípios do litoral Sul do Estado: Itapemirim, Marataízes e
Presidente Kennedy com tendência de expansão para a região norte (litorânea) do
Estado (VENTURA, 2003). Segundo este mesmo autor, essas lavouras, em sua
maioria, são cultivadas por agricultores familiares e pequenos arrendatários, em
áreas de 1,0 ha a 5,0 ha, conduzindo-as com mão-de-obra familiar.
Dentre os principais problemas de cultivo do abacaxizeiro está a fusariose,
que se constitui na doença de maior imporncia econômica para a atividade, haja
vista que as cultivares mais plantadas no Brasil (Smooth Cayenne, Pérola e Jupi)
são susceveis a ela (MATOS, 1999; TEIXEIRA et al., 2001). Essa doença está
disseminada por todas as regiões produtoras de abacaxi do país, com uma
estimativa de perda da produção, a nível nacional, em torno de 30 %. A fusariose
pode afetar ainda até 40 % do material propagativo, comprometendo os plantios
futuros, pois, cerca de 15% a 20% das mudas infectadas morrem antes das plantas
atingirem a fase de colheita (LAVILLE, 1980; MATOS, 1987; VENTURA, 1988,
citados por VENTURA, 1994).
Considerando que a muda representa um dos fatores mais importantes do
sucesso do cultivo e produção desta frutífera (REINHARDT, 1998; REINHARDT &
CUNHA, 1999) e as cultivares mais plantadas atualmente no país são suscetíveis à
fusariose e ainda, que a muda é um dos principais veículos de disseminação desta
patogenia, a busca por métodos e técnicas que garantam a sanidade das mudas
deverá sempre ser um objetivo a ser buscado pelos que se dedicam à
abacaxicultura. Dessa maneira, a micropropagação torna-se uma ferramenta
estratégica para a abacaxicultura, pois, ela produz muda isenta de fusariose
(REINHARDT & CUNHA, 1999; ALBUQUERQUE et al., 2000).
Entretanto, o alto custo de mudas micropropagadas de abacaxizeiro tem
restringido a utilização dessa técnica à multiplicação de materiais genéticos gerados
nas instituições de pesquisas e tamm para produção daquelas cultivares com
pouca disponibilidade de plantas matrizes, visando o fomento de plantios comerciais,
(CUNHA & REINHARDT, 2004).
Assim, a micropropagação deverá ser aprimorada pela pesquisa e será
fundamental para disponibilizar, em grandes quantidades, variedades melhoradas de
7
abacaxizeiros aos produtores rurais (REINHARDT, 1998). Baseado nessas
afirmações vê-se que é importante a busca constante por informações científicas
que possam contribuir para o aperfeiçoamento das diversas etapas constituintes
desse método de propagação do abacaxizeiro.
Dentre as carências de informações científicas sobre mudas
micropropagadas de abacaxizeiro estão a nutrição e tempo de aclimatação. Moreira
(2001), estudando o efeito de doses de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) em
mudas de abacaxizeiro provenientes de cultura de tecido, utilizou-se de
recomendações gerais de adubação para vasos. Situação similar foi transcrita por
Coelho (2005) que, em trabalho com mudas de secções de caule, relatou que
nenhuma pesquisa foi encontrada na literatura com relação à adubação de plântulas
de abacaxizeiro em viveiro, mas apenas recomendações de adubação para essa
fase de desenvolvimento. Quanto a aclimatação, nos trabalhos consultados, Moreira
(2001), Moreira et al. (2006) e Macêdo et al. (2003), os valores de massa fresca e
altura de mudas encontrados nos experimentos, com avaliações até o sexto mês s
transplantio, estão aqm daqueles exigidos para os plantios destas em local
definitivo, no campo.
Este trabalho teve por objetivo avaliar o crescimento das mudas
micropropagadas da cv. Gold: em diferentes idades de aclimatação; quando
adubadas, via solo, com NPK; e ao receberem adubação foliar com macro e micro
nutrientes.
8
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Botânica e cultivares.
O abacaxizeiro é uma planta herbácea perene, que produz uma
inflorescência, em posição terminal, da qual originará o fruto. Após a produção do
primeiro fruto, continuidade do crescimento por meio de uma ou mais gemas
axilares que se desenvolverão, precipuamente, rebentões e filhotes-rebentões,
produzindo outros frutos, denominados de soca, que para a maioria das cultivares
não é econômico ir além de duas ou três colheitas (ANDRADE, 1982), prática pouco
usual em plantios comerciais.
O abacaxi ou ananás, nome pelo qual é conhecida tanto a fruta como a
planta, é pertencente à ordem Bromeliales e à família Bromeliaceae (COLLINS, 1960
citado por CABRAL & COPPENS DEECKENBRUGG, 2002), que compreende
aproximadamente 50 gêneros e cerca de 2.000 espécies de Bromeliaceae. Com
exceção do valor ornamental de muitas espécies, apenas o gênero Ananas Mill.,
destaca-se pelo seu valor comercial para produção de frutos. Segundo Cabral e
Coppens dEeckenbrugg (2002), a taxonomia desse gênero foi revisada diversas
vezes, porém as chaves propostas não atendem a contento. Esses mesmos autores
citam que na mais recente classificação foi considerada sete escies válidas para o
gênero Ananas, as quais se encontram descritas na Tabela 1A. A provável região de
origem do abacaxi está compreendida entre 15° a 30° S de latitude e 40° a 60° W de
longitude, compreendendo o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil e o Nordeste da
Argentina e Paraguai (ANDRADE, 1982; CABRAL & COPPENS DEECKENBRUGG,
2002). O gênero Ananas Mill. é cultivado nas regiões tropicais através da escie
Ananas comosus (L.) Merril, espécie que apresenta a maior variabilidade genética, a
9
qual abrange todas as cultivares atualmente plantadas de abacaxi (MEDINA, 1987;
CABRAL & COPPENS DEECKENBRUGG, 2002).
As explorações comerciais de abacaxis no mundo estão alicerçadas sobre
seis cultivares, estimando-se que 70% da produção mundial de abacaxi sejam da
cultivar Smooth Cayenne que junto com: Queen, Singapore Spanish, Espãnola Roja
e Pérola contribuem com 95% dessa produção (LEAL, 1990; CABRAL & COPPENS
DEECKENBRUGG, 2002). Essa predomincia da cultivar Smooth Cayenne fez
com que desaparecesse cultivares regionais em todos os países que cultivam o
abacaxi e, aqui no Brasil temos o exemplo do Boituva e Rondon, outrora plantados
em várias regiões brasileiras, hoje são raridades. Esse fato faz com que a
diversidade de cultivares, tão importante para a sustentabilidade da cultura, seja
reduzida (CABRAL & COPPENS DEECKENBRUGG, 2002).
Segundo Cunha & Cabral (1999), a Embrapa Mandioca e Fruticultura e a
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, preocupadas com a perda de
variabilidade genética da escie Ananas, mantêm um Banco ativo de Germoplasma
de Abacaxi, em Cruz das Almas (BA), que possui 699 acessos, dos quais
aproximadamente 65% pertencem a Ananas comosus e 35% a espécies afins.
Segundo Cunha & Cabral (1999) e Cabral & Coppens dEeckenbrugg (2002), as
principais características morfoagromicas desejáveis em uma cultivar são:
referentes ao fruto: casca de coloração amarelo-alaranjada, olhos planos, polpa
amarela, firme, mas não fibrosa, alto teor de açúcar, acidez moderada e coroa média
a pequena; e à planta: deve ter crescimento rápido, folhas curtas, largas, sem
espinho, produção precoce de rebentão, localizado na base da planta, próximo ao
solo, e produção de filhotes situados a mais de 2,0 cm da base do fruto. Ainda, deve
proporcionar bom rendimento e ser resistente e ou tolerante às principais pragas e
doenças que ocorrem nos locais de plantio. Como é difícil encontrar todas essas
características em uma mesma cultivar, esses autores recomendam que se
escolham cultivares que preencham aqueles requisitos necessários para usos
específicos, considerando a adaptação ao local de plantio e exigências impostas
pelo mercado de destino.
De acordo com Py et al., (1984) citado por Cunha & Cabral (1999) e Cabral
& Coppens dEeckenbrugg (2002), as cultivares de abacaxi mais populares no
mundo são classificadas em cinco grupos distintos: Cayenne, Spanish, Queen,
Pernambuco e Perolera (Mordilona), agrupados segundo um conjunto de caracteres
10
da planta, formatos do fruto e características morfológicas das folhas. Os autores
acima citados, baseados em Coppens dEeckenbrugge & Duval (1995), relatam que
essa classificação, além de não enquadrarem as cultivares de interesse local,
apresenta limitações do ponto de vista genético, considerando inconsistente essa
classificação de grupo, argumentando que seria mais conveniente a utilização da
terminologia clássica utilizada para fruteiras de multiplicação vegetativa, onde o
nome da cultivar é acompanhado pelo nome ou código do clone, a exemplo de:
Cayenne Champaka, Queen McGregor e Pérola Jupi. As cultivares mais
plantadas no mundo, para consumo ao natural e industrialização são: - Smooth
Cayenne, popularmente conhecida como Caiene Lisa ou abacaxi havaiano,
considerado o rei das cultivares de abacaxi; - Singapore Spanish, muito cultivada na
Malásia, porque é adaptada a solos turfosos deste país e de outros países do Sul da
Ásia; - Queen, muito cultivada na Ásia, África do Sul e na Austrália; - Española Roja;
- Pérola, tamm conhecida como Pernambuco ou Branco-de-Pernambuco,
cultivada exclusivamente no Brasil; e Perolera, cultivada comercialmente na
Venezuela e Colômbia, adaptada a altitudes de até 1.500 metros.
Outras cultivares plantadas em escala reduzida no Brasil para atender a
mercados locais e regionais são: - Jupi, que é muito semelhante à Pérola,
diferenciando-se desta, apenas pelo formato cilíndrico do seu fruto, e a Primavera.
2.1.1 Caracterização e comentários sobre a cv. Gold
Segundo Ventura
1
(2006), a cv. Gold (MD2) foi introduzida oficialmente no
Estado do Espírito Santo, em 17/12/2003, através do Incaper/Laboratório de
Fitopatologia, o qual possui todos os certificados e documentos exigidos pelo
processo de introdução de plantas em nosso país e, foi adquirido da empresa Del
Monte, situada na Costa Rica (informação pessoal).
O abacaxizeiro cv. Gold é um híbrido duplo, tendo como um dos parentais a
cv. Smooth Cayenne. O fruto apresenta polpa de cor amarelada forte, alto teor de
açúcar (16-18 °Brix), baixo teor de acidez, baixo conteúdo de fibra, formato
cilíndrico, coroa pequena a média e a planta apresenta ausência de espinhos nas
folhas e na coroa e é susceptível à fusariose (BRIDI, 2007).
1
José Aires Ventura, pesquisador do Incaper Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural do Estado do Espírito Santo. As informações foram prestadas em Vitória-ES, 19 dez.
2006.
11
Segundo Bridi (2007), desde a chegada do abacaxi Gold no mercado
internacional, o seu consumo tem aumentado de tal forma que elevou-se em 90% o
seu consumo, nos últimos 10 anos, no mercado mundial e, somente no mercado
americano (EUA) foi responsável por acréscimos de consumo da ordem de 300%
nos últimos 7 anos.
A EMEPA (PB), de acordo com Barreiro Neto (2007), possui resultados de
pesquisas de 5 anos consecutivos (1997 a 2002) com o abacaxizeiro Gold que
permitem atribuir a esse getipo as seguintes vantagens: plantios mais adensados,
o que redunda em maiores produtividades; redução do seu ciclo de produção (do
plantio à colheita) para 15 a 17 meses, quando sob irrigação; maior resistência ao
transporte, com menor perecibilidade, maior longevidade pós-colheita e ainda preço
vantajoso no mercado internacional, devido à cor de sua polpa e suco e também, por
possuir uma relação brix/acidez preferida por consumidores europeus e asiáticos.
2.2 todos de propagação
A multiplicação do abacaxizeiro (Ananas comosus) em cultivos comerciais é
feito, eminentemente, de forma vegetativa. O seu sistema reprodutivo, embora seja
funcional, apresenta baixa fertilidade e auto-incompatibilidade (CABRAL, 1999). É
planta de fecundação cruzada (alógama), tornando a reprodução sexual
importantíssima nos trabalhos de melhoramento getico do gênero, pois, aumenta
a diversidade genética do abacaxizeiro (CABRAL & COPPENS
DEECHENBRUGGE, 2002).
A muda constitui-se num dos principais fatores de sucesso da cultura do
abacaxizeiro (REINHARDT, 1982; REINHARDT & CUNHA, 1999), portanto, é
importante a seleção clonal e massal em plantios comerciais. A seleção clonal visa
explorar a variabilidade intravarietal, eliminando os indivíduos que não
correspondem ao tipo desejado: plantas sem vigor ou com defeitos evidentes
(fasciação, colar de filhotes, coroa múltipla, frutos pescoço de garrafa e fruto macho).
Esse procedimento propicia a melhoria das características de um clone e contribui
para a manutenção dos padrões de uma cultivar. Já a seleção massal consiste em
marcar plantas nas lavouras com características desejáveis, avaliando seu vigor,
tamanho e conformidade de frutos, as quais serão utilizadas como matrizes,
fornecedoras de mudas (CABRAL & COPPENS D EECKENBRUGGE, 2002).
12
2.2.1 Propagação assexuada
A propagação assexuada ou vegetativa do abacaxizeiro pode ser feita com
vários tipos de mudas: coroa, filhote, filhote rebentão, rebentão, seções de caules e
micropropagadas. Cada tipo possui suas peculiaridades, que devem ser
consideradas quando da sua escolha. No entanto, em plantios comerciais no Brasil
são utilizadas basicamente as mudas do tipo filhote e rebentão, respectivamente,
onde se cultivam Pérola e Smooth Cayenne (CUNHA & REINCHARDT, 2004).
Uma observação importante é que essas mudas utilizadas para plantios comerciais
são obtidas diretamente em lavouras comerciais, nunca estando a figura do viveirista
associada a esse processo (COELHO, 2005). O agravante nessa situação é que as
cv. Pérola e cv. Smooth Cayenne, as mais plantadas atualmente no Brasil,
apresentam alta susceptibilidade à fusariose (CABRAL et al., 1991; PY et al., 1984;
VENTURA, 1981, citado por VENTURA, 1994).
Baseado no conhecimento epidemiológico da fusariose, dois processos de
produção de mudas são recomendados visando à obtenção de mudas sadias: a
multiplicação rápida através de secção de caules (PISSARRA et al., 1979;
REINHARDT, 1980; VENTURA, 1994; REINHARDT, 1998;) e a micropropagação
(VENTURA, 1994; ALBUQUERQUE et al., 2000), muito embora esses dois tipos de
mudas estejam sendo pouco utilizados para plantios comerciais: a seão de talo ou
caule, por falta de viveiristas dedicados à sua produção e a micropropagada devido
ao seu alto custo financeiro.
2.2.2 Micropropagação
A micropropagação, também denominada de cultura de tecidos ou cultura in
vitro, que consiste na regeneração de plantas a partir do cultivo de explantes em
meio nutritivo sintético em condões assépticas, pode ser usada para multiplicação
do abacaxizeiro (CUNHA & REINHARDT, 1999). Ela é uma alternativa viável para
produção massal de material propagativo não só na produção de mudas sadias das
cultivares comerciais suscepveis à fusariose (ALBUQUERQUE et al., 2000), mas
tamm para multiplicação de novos genótipos produzidos em programas de
melhoramento genético, objetivando reduzir o tempo de lançamento de cultivares
(CABRAL & COPPENS DEECKENBRUGGE, 2002).
13
Como nos programas de melhoramento genético é comum obter-se apenas
uma planta híbrida com características desejáveis e, são necessárias grandes
quantidades de mudas para os trabalhos de campo. Utiliza-se da micropropagação
para potencializar o trabalho, caso contrário, o melhorista com aquela única planta,
no sistema convencional, levaria de 10-12 anos para plantar apenas 1 ha da cultura
(VENTURA, 1994). A cultura de tecidos, por utilizar substâncias com potenciais de
indução de variantes, acaba propiciando o surgimento de materiais genéticos
fenotipicamente diferente da planta mãe (variação somaclonal), podendo, então,
utilizar-se dessa técnica para obtenção de genótipos com qualidades superiores.
Outra potencialidade de utilização da cultura de tecidos é na seleção in vitro de
genótipos resistentes a doenças mediante adão de metabólitos do patógeno ao
meio de cultivo (CABRAL, 1999; CABRAL & COPPENS DEECKENBRUGGE, 2002).
Diversos trabalhos científicos a respeito de micropropagação de plantas têm
atribuído o mesmo significado aos termos aclimatização e aclimatação. Mas, embora
se assemelhem, apresentam conotações distintas. A aclimatização trata dos
processos para a passagem de uma planta ou organismo que está in vitro para o
ambiente, definido como a adaptação climática da planta para um novo ambiente,
sendo todo o processo realizado artificialmente. Por outro lado, a aclimatação tem
um significado similar, entretanto, é um processo nos quais plantas ou outros
organismos se tornam ajustados a um novo clima ou situação, sendo esse processo
essencialmente natural (SILVA et al., 1995; GUERRA & NODARI, 2006).
2.3 Exigências nutricionais do abacaxizeiro.
Durante o crescimento da planta, cerca de 90% da matéria seca acumulada
resulta da atividade fotossintética e o restante da absorção de nutrientes
(BENINCASA, 2003). Embora seja difícil quantificar separadamente a importância da
fotossíntese e da absorção de nutrientes para o crescimento vegetal, é sabido que
eles coexistem, se interrelacionam e se influenciam mutuamente.
Assim, para que a planta possa expressar todo o seu potencial de
crescimento necessita de condições ambientais adequadas. Ressaltando-se, em
particular, os atributos químicos do solo, os quais são mais passíveis de
modificações e de interferências pelo homem.
14
Desse modo, para o sucesso do cultivo de mudas de abacaxizeiro é
importante considerar duas particularidades: crescimento radicular e absorção de
nutrientes.
Uma vez que as raízes são responsáveis pela fixação dos vegetais no solo e
pela absorção de água e nutrientes, torna-se importante caracterizar o sistema
radicular do abacaxizeiro para melhor compreensão de suas exigências em atributos
físicos e químicos do solo.
O sistema radicular do abacaxizeiro é do tipo fasciculado, superficial, frágil e
fibroso, estando concentrado nos primeiros 15,0-30,0 cm de profundidade (SOUZA,
1999a; CUNHA & CABRAL, 1999), sendo muito sensível aos fatores sicos,
químicos e biológicos do meio (LACOEUILHE, 1982). As raízes de mudas tipo
filhotes, filhotes rebentões e rebentões são produzidas durante o primeiro mês as
o plantio, quando então passam apenas a alongar, pois, somente a partir do 4º ou 5º
mês haverá emissões de novas raízes (CUNHA & CABRAL, 1999).
De acordo com Souza (1999a), os solos para cultivo dessa frutífera devem
ser preferencialmente: de textura média (15-35% de argila e mais de 15% de areia),
aliados a uma boa aeração e drenagem, pois é sensível ao encharcamento; ter boa
capacidade de retenção de água e de nutrientes; e não apresentar camadas de
impedimentos nos primeiros 0,80 m a 0,90 m de profundidade. Cita ainda que
drenagem imperfeita do solo pode causar distúrbios morfológicos e fisiológicos na
parte aérea e influências negativas sobre o crescimento do sistema radicular.
Dos atributos químicos, a acidez do solo (pH) é dos mais relevantes. Embora
diferentes autores citem faixa de pH entre 4,5 e 5,5, como a melhor para o cultivo do
abacaxizeiro, Souza et al. (1986) citam que Smooth Cayenne foi bem tolerante ao
alumínio trocável e adaptou-se bem a uma faixa de pH entre 4,2 e 7,1. Lee (1978),
citado por Souza (1999a) em trabalho com a mesma cultivar, em solução nutritiva,
observou que o pH ótimo para o crescimento das plantas e para as raízes estava na
faixa de 4,0 a 6,0 e 4, respectivamente. Esse mesmo autor diz que, a depender da
variedade em estudo, pequenas variações nessa faixa adequada de pH podem
existir.
Outro atributo do solo, a capacidade de retenção de cátions a pH 7,0 (CTC),
potencial de reter Ca
2+
, Mg
2+
, K
+
e Na
+
, que é influenciada pelo teor de argila,
minerais presentes nesta fração e pelo teor de matéria orgânica (MO) é fundamental
para o desenvolvimento e produção do abacaxizeiro, sendo considerado baixo
15
valores inferiores a 4 meq/100 cm
3
(SOUZA, 1999a). Há de se levar tamm em
consideração a importância do balanceamento entre as bases, normalmente citadas
como relação ideal, razões de Ca : Mg iguais a 1,5 a 5,0 : 1,0 mas, segundo Souza
(1999a), esta relação pode ficar próxima de 1,0 : 1,0 ou, até mesmo, ter valores
menores que 1,0 de Ca para 1,0 de Mg. E, a relação K : Mg deve ser de 0,25 a 0,33
: 1,0 e nunca maior de 1,0 : 1,0. Esse mesmo autor cita que existe um forte
antagonismo entre Mg e K na absorção pelo abacaxizeiro.
Cabe ressaltar que são escassas as informações sobre absorção de
macronutrientes e micronutrientes em mudas micropropagadas de abacaxizeiros em
processo de aclimatação. Dessa forma, grande parte das informações sobre
extração de nutrientes são referentes a mudas tipo filhotes e rebentões em plantios
já estabelecidos na fase de desenvolvimento vegetativo e de produção.
Quanto às exigências nutricionais do abacaxizeiro, embora haja diferenças
em termos quantitativos de extração do mesmo elemento químico entre diferentes
autores consultados, há concordância entre eles sobre a ordem crescente dos
elementos extraídos. Desse modo, Souza (1999a) cita que dos macronutrientes
primários o K é extraído em maior quantidade, depois vem o N seguido do P, sendo
as quantidades médias extraídas em kg ha
-1
durante um ciclo de produção: 178 de
N; 21 de P; e 445 de K, com uma relação N : P : K igual a 1,0 : 0,12 : 2,5. Quanto
aos macronutrientes secundários o Ca vem em primeiro lugar, seguido do Mg e o S.
Com relação aos micronutrientes, Souza (1999a), citando diversos autores,
apresenta valores médios de absorção para os micronutrientes em cultivos de
abacaxizeiro, sendo para ciclo completo em g ha
-1
: zinco (322); boro (289); ferro
(4.636); cobre (186); Mo (5); manganês (5.372); e cloro (37.900), estabelecendo
como ordem quantitativa de absorção: Zn > B > Cu, sendo o Mn e o Fe superior aos
demais.
Souza (1999a) relata que as condições de clima e de cultivo (irrigação,
indução do florescimento, etc) podem influir fortemente o ciclo do abacaxizeiro e na
dinâmica de absorção de nutrientes pela planta. França (1976), citado por Souza
(1999a), em trabalho com a variedade Pérola, considerou lenta a acumulação de
matéria seca e absorção de nutrientes até o mês após o plantio, sendo que a
maior exigência ocorreu do 1 ao 11º mês.
Segundo Souza (1999a), alise química de tecidos permite a avaliação
mais eficiente do estado nutricional da planta, devendo existir informações seguras
16
de órgãos a amostrar e época de amostragem, sendo igualmente importante estar
associada a padrões de referência adequados, para a devida interpretação dos
resultados. Para alise química do estado nutricional do abacaxizeiro, recomenda-
se o uso da folha D (a mais jovem entre as folhas adultas e a mais ativa
fisiologicamente), usando-se o terço médio o clorofilado da zona basal (técnica
havaiana) ou a folha inteira (técnica francesa), coletando-se 25 folhas por talhão
homogêneo, uma por planta e, para plantios comerciais deve ser feita a mais ou
menos 15 dias da indução floral.
Segundo Malavolta (1982), a exigência do abacaxizeiro em elementos
minerais, obedece a seguinte ordem decrescente de absorção: macronutrientes: K,
N, Ca, Mg, S e P; e micronutrientes: Cl[?]
2
, Fe, Mn, Zn, Cu, B e Mo. Descreve ainda
que encontra-se a seguinte concentração média adequada de nutrientes na folha D
(inteira) do abacaxizeiro aos 4 meses após o plantio: macronutrientes em %: N (1,50
a 1,70), P (0,23 a 0,25), K (3,90 a 5,70), Ca (0,50 a 0,70) e Mg (0,18 a 0,20); e
micronutrientes em ppm: Zn (17 a 39), Cu (5 a 17), Mn (90 a 100), Fe (600 a 1.000)
e B (30), o dado deste último micronutriente foi transcrito por Souza (1999), citando
Py (1957).
2
A interrogação, aposta por Malavolta (1982) suscita dúvidas sobre o alto teor encontrado de Cl nos
tecidos foliares, o qual o autor supõe ter sido um consumo de luxo devido as aplicações de
fertilizantes terem sido feitas com KCl.
17
3. REFERÊNCIAS
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para limpeza clonal em relação à fusariose. Scientia agrícola. v. 57, n. 2, p. 363-
366, abr./jun. 2000.
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BENINCASA, M. M. P. Análise de crescimento de plantas: noções básicas. 2. ed.
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20
4. CAPÍTULO 1
Aclimatação de mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold
Resumo: O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no Campus do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, localizado
no município de Alegre-ES. O trabalho teve como objetivo avaliar, na fase de
aclimatação, a melhor idade de retirada de mudas micropropagadas de abacaxizeiro
cv. Gold [Ananas comosus (L.) Merrill] da casa de vegetação (ambiente protegido),
expondo-as às condições naturais de clima. Essa cultivar faz parte da coleção de
germoplasma de abacaxizeiros do Incaper e apresenta características agronômicas
desejáveis, sendo promissor para futuros plantios comerciais. O experimento foi
montado em esquema de parcela subdividida, avaliando-se o crescimento desse
genótipo em 5 diferentes idades de retirada da casa de vegetação de pré-
aclimatação: 0, 1, 2, 3 e 4 meses e a testemunha que aí permaneceu por 5 meses,
consistindo-se nas parcelas e avaliações aos: 0, 30, 60, 90, 120 e 150 dias após
transplantio, formando as subparcelas. Observa-se que, nas condições do
experimento, as mudas micropropagadas podem ser retiradas da casa de vegetação
com 1 e 2 meses de pré-aclimatação.
Palavras-chave: abacaxi, Ananas comosus, micropropagação, crescimento.
21
4. CHAPTER 1
Acclimatation of the micropropagated plantlets of the pineapple cv. Gold
Abstract: The experiment was carried out in the greenhouse, in the Centro de
Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, located in Alegre city,
Brazil. The work had as objective evaluates, in the phase of acclimatation, the best
age of retreat of micropropagated plantlets of the pineapple cv. Gold [Ananas
comosus (L.) Merrill] of the greenhouse (protected atmosphere), exposing them to
the natural conditions of climate. This cultivar is part of the collection of germoplasma
of pineapple from Incaper and it presents desirable agronomic characteristics, being
promising for futures commercial plantings. The experiment was set up in
arrangement of split plot, being evaluated the growth of that genotype in 5 different
ages of retreat of the greenhouse of pre-acclimatation: 0, 1, 2, 3 and 4 months and
the witness that stayed there for 5 months, consisting in plots and evaluations to the:
0, 30, 60, 90, 120 and 150 days after transplanted, forming the subplots. It was
observed that in the conditions of the experiment the micropropagated plantlets can
be removed of the greenhouse with 1 and 2 months of pre-acclimatization.
Key words: pineapple, Ananas comosus, micropropagation, growth.
22
INTRODUÇÃO
O abacaxizeiro é uma espécie vegetal de clima tropical, originário de regiões
quentes com distribuição irregular de chuvas, é tido como uma planta rústica e
resistente às condições climáticas adversas. Entretanto, existem faixas ótimas dos
fatores ambientais para seu melhor desenvolvimento. Em virtude disso, os plantios
comerciais estão concentrados em regiões costeiras e ilhas, onde os extremos de
temperatura e pluviosidade são menos severos que nas regiões continentais de
baixas altitudes. Mas, existem explorações comerciais do abacaxizeiro em regiões
de maiores altitudes e de climas mais frios, a exemplo do Ceilão (1.221 m) e
Guatemala (1.463 m). Isso demonstra a grande capacidade de adaptação dessa
planta ao ambiente (CUNHA, 1999).
Segundo Cunha (1999), a faixa ideal para crescimento e o desenvolvimento
das raízes e folhas do abacaxizeiro está compreendida, respectivamente, entre 22
ºC e 32 ºC. Devido a sua rusticidade, o abacaxizeiro pode suportar temperaturas de
até 40 ºC, embora valores mais altos, combinados com alta insolação possam
causar queimaduras nas folhas. O abacaxizeiro também é cultivado em regiões com
ocorrência de geadas, pois períodos curtos de baixas temperaturas não lhe causam
danos irreversíveis, porém, o suporta temperaturas próximas de zero por muito
tempo. Esse autor cita que o crescimento do abacaxizeiro é reduzido quando
predominância de temperaturas baixas e o termoperíodo influencia a elongação da
folha central, reduzindo-a em 53,3% quando passa de 30 ºC/26 ºC, respectivamente
dia e noite, para 22 ºC/18 ºC e, também, a produção de matéria seca da planta foi
reduzida em 20% no período observado, denotando uma alta capacidade de
adaptação. Registrou ainda que houve aumento de peso da planta com aumento da
temperatura no meio enraizante, quando esta passou de 20 ºC para 25 ºC.
Dois outros fatores climáticos são diretamente relacionados com
o crescimento do abacaxizeiro: a umidade relativa do ar, onde um déficit na fase
inicial do crescimento pode atrasá-la, estando o ótimo em torno de 75%, e a
luminosidade, que em baixos valores pode retardar o crescimento (Green, 1963,
citado por CUNHA, 1999). A luminosidade é uma variável climática que está
intimamente relacionada com outros fenômenos climatológicos, a exemplo da
radiação solar, temperatura e fotoperíodo. Le Roux (1951), citado por Cunha (1999),
23
afirmou que 6,3 horas diárias de insolação são satisfatórias para a produção do
abacaxizeiro, estando os mínimos entre 1.200-1.500 horas anuais e o ótimo entre
2.500-3.000 horas.
As mudas micropropagadas, na aclimatização e aclimatação, requerem
condições climáticas específicas para o seu bom crescimento. Essas condições são
proporcionadas por estruturas físicas caras. Primeiramente, na fase de
aclimatização, onde se tem casa de vegetação com controle de: umidade relativa do
ar, através do uso de exaustores e nebulizadores com ligação automática, e de
radiação solar e temperatura, através de revestimentos com materiais plásticos
especiais. Em seguida, na fase de aclimatação, tem-se casa de vegetação com
subcobertura de sombrite, com microaspersores em sistema de irrigação
programável e, na continuidade do processo, vem os viveiros no chão com cobertura
de sombrite e microaspersão. Todo esse processo e essas estruturas acabam
elevando o custo das mudas micropropagadas, cabendo ressaltar o longo tempo de
permanência das mudas nessas condições.
Qualquer que seja a técnica de cultura de tecidos utilizada, as plantas
obtidas necessitam passar por um período de aclimatização e crescimento até
atingirem o tamanho adequado para o plantio definitivo no campo, quando merecem
uma avaliação de seu desenvolvimento (MOREIRA, 2001). Esse período é variável,
dependendo do substrato e nutrição, podendo durar de 5 a 10 meses (REINHARDT
& CUNHA, 1999; TEIXEIRA et al., 2001; BARROSO et al.; 2003).
Barreiro Neto et al. (2002) citam que mudas meristemáticas são de
crescimento lento, permanecendo em pré-aclimatização por até 6 meses. Eles
encontraram mudas com altura de 24,7 cm aos 150 dias após plantio (DAP), massa
fresca da parte aérea de 106,0 g, número de folhas por planta igual a 21,8, peso
fresco de raiz de 6,7 g e comprimento de raiz igual 15,5 cm. Esses autores
concluíram que as mudas meristemáticas em viveiro só alcançaram altura e peso
necessários para plantio em local definitivo aos 210 DAP.
As folhas de plantas de abacaxizeiros micropropagados, em ambiente in
vitro e em casa de vegetação aos 6 meses de aclimatação, apresentam estruturas
morfoanatômicas sicas semelhantes, apresentando apenas variações destas
estruturas nestas duas idades e ambientes de comparações como: freqüência
estomática, espessamento da cutícula e parede da epiderme, formato e sinuosidade
das paredes do parênquima aqüífero e de presença de células papilosas, sendo
24
estas diferenças resultantes do ambiente, com demonstração de plasticidade
fenotípica por parte do abacaxizeiro (BARBOZA et al. 2006). De acordo com esse
mesmo autor, as mudas micropropagadas de abacaxizeiro apresentam alto índice de
sobrevivência quando transferidas para casa de vegetação, atribuindo este fato à
presença de hipoderme e parênquima aquoso presentes nas folhas.
Assim, esforços devem ser feitos na busca de aperfeiçoamento do processo
de multiplicação de mudas micropropagadas, notadamente, redução dessa longa
permanência em ambiente protegido durante a fase de aclimatação.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a melhor idade de retirada das mudas
micropropagadas do abacaxizeiro da casa de vegetação de pré-aclimatação,
expondo-as às condições naturais de clima, aclimatando-as.
25
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no Campus do Centro
de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, localizado no
município de Alegre, Estado do Espírito Santo, situado a uma altitude de 277 m, com
coordenadas geográficas 2 46 S e 41º 33 W e com as seguintes características
climáticas, segundo Barbosa (2007)
3
: temperatura média anual de 22,6 °C, com
média das máximas de 29,1 °C e média das mínimas de 17,9 °C, e precipitação
anual média de 1.292 mm.
Visando uniformizar terminologias, adotou-se o termo aclimatização para o
período de tempo representado pela permanência das mudas em ambiente
climatizado do laboratório de cultura de tecidos. E, como pré-aclimatação fase I em
casa de vegetação, o período compreendido entre a aclimatização e o transplantio
das mudas e, como pré-aclimatação fase II em casa de vegetação, o tempo
transcorrido entre o transplantio das mudas e sua retirada deste ambiente e ainda,
como aclimatação, o período correspondente à exposição das mudas às condições
naturais de clima (fora da casa de vegetação). Por outro lado, esses termos quando
citados de outros autores, serão mantidos no seu sentido íntegro.
Neste experimento foi avaliada, durante a fase de pré-aclimatação fase II em
estufa, a melhor idade para retirada das mudas micropropagadas do acabaxizeiro
cv. Gold da estufa, aclimatando-as. A estufa possuía cobertura plástica transparente,
com espessura de 150 micras e subcobertura de sombrite 50%; suas laterais eram
fechadas com clarite 50%. O material genético utilizado faz parte da coleção de
genótipos de abacaxizeiros do Incaper e apresenta qualidades agromicas e
comerciais desejáveis, constituindo-se de material promissor para futuros plantios
comerciais.
As mudas foram procedentes do laboratório de cultura de tecidos
BIOMUDAS, de Venda Nova do Imigrante-ES e estavam acondicionadas em
bandejas de isopor de 200 células, com substrato plantmax hortaliças ht
®
, com 20
dias de aclimatização na data de 09/02/2006, encontravam-se em casa de
vegetação com cobertura e laterais em plástico transparente, equipada com sistema
de nebulização automática de 2 em 2 horas. As mudas foram trazidas para a casa
3
Venilton Santos Barbosa é funcionário do CCA-UFES, e coordenador da Estação
Agrometeorológica de Alegre (INMET/CCA-UFES). Alegre, 2007.
26
de vegetação de pré-aclimatação do CCA-UFES, onde permaneceram, durante as
fases I e II, recebendo duas regas diárias com duração de 4 minutos cada, às 10:00
h e 18:00 h, através de sistema de microaspersão automatizada com vazão de 140 L
h
-1
, com espaçamento entre microaspersores de 2,00 m por 1,00 m. Também, as
mudas em processo de aclimatação, receberam o mesmo manejo de irrigação
estabelecido para a pré-aclimatação fase II em casa de vegetação. As mudas
receberam, durante os primeiros 15 dias de pré-aclimatização fase I, diurnamente,
pulverizações com água de 3 em 3 horas.
Para a montagem do experimento, no dia 12/03/2006, as mudas foram
padronizadas por altura, apresentando média de 8,08 cm e desvio-padrão de 02,1
±
cm e estavam com 32 dias de pré-aclimatação fase I em casa de vegetação.
Os recipientes plásticos usados para transplantio das mudas possuíam
volume aproximado de 10,5 litros, com dimensões de 27,0 cm de diâmetro e altura
de 18,4 cm.
O substrato foi composto percentualmente (v/v), modificado de Moreira
(2001): 40% de terra de superfície, 30% de areia lavada e 30% de esterco bovino.
Esses materiais foram peneirados e misturados até sua completa homogeneização,
quando então foi retirada amostra para alise química de macro e micronutrientes e
determinação de outros atributos químicos e sicos. O resultado da análise dos
atributos químicos do substrato e sua interpretação, segundo Dadalto e Fullin (2001)
encontram-se na Tabela 1. A alise textural apresentou os seguintes resultados:
71,88% de areia, 16,73% de argila e 11,38% de silte, sendo classificado como
textura média (EMBRAPA, 1999) e a densidade do solo foi de 1,17 g cm
-3
,
determinados segundo método Embrapa (1997). Os recipientes depois de cheios
foram colocados na casa de vegetação, sobre bancadas, onde permaneceram por
um período de 50 dias até a data do transplantio, recebendo irrigações diárias
conforme programação prevista para o sistema.
A adubação utilizada foi adaptada de Moreira (2001) e recomendada por
Malavolta (1980), com o uso de dosagens de NPK para fertilização de vasos: 0,30 g
N; 0,20 g P e 0,15 g K por cada kg de substrato, sendo o P todo no plantio e NK
parcelado durante o crescimento das plantas. Esses valores foram ajustados para a
massa de substrato contido nos recipientes. A fonte de fósforo usada foi o
superfosfato simples em , com a seguinte percentagem de elementos químicos
(18% de P
2
O
5
, 18 - 20% de Ca e 10 12% de S), sendo sua dose total aplicada no
27
substrato e, as dosagens de NK, tendo como fonte a uréia (44% de N) e cloreto de
potássio (58% de K
2
O), foram utilizadas em solução, em cinco parcelamentos
mensais, com a primeira aplicação no dia do transplantio. Mensalmente, a partir de
30 dias após transplantio, foi realizada adubação foliar com ouro verde tradicional
completo
®
(macro e micronutrientes) na dosagem de 3,0 g L
-1
.
Tabela 1 - Atributos químicos do substrato e interpretação dos resultados
Atributo Unidade Valor Interpretação
4
pH em água (relação 1:2,5) 7,20 Alcalinidade fraca
P (fósforo Mehlich 1) mg/dm³ 31,23 Médio
K (potássio Mehlich 1) mg/dm³ 185,00 Alto
Na (sódio Mehlich 1) mg/dm³ 16,50 -
Ca (KCl - 1 mol/L) cmolc/dm³ 1,41 Baixo
Mg (KCl - 1 mol/L) cmolc/dm³ 10,15 Alto
Al (KCl - 1 mol/L) cmolc/dm³ 0,00 Baixo
H + Al (acidez potencial) cmolc/dm³ 1,07 Baixo
SB (soma de bases) cmolc/dm³ 12,10 Alto
t (CTC efetiva) cmolc/dm³ 12,10 Alta
T (CTC a pH 7,0) cmolc/dm³ 13,17 Alto
V (saturação de bases) % 91,90 Alto
m (saturação por alumínio) % 0,00 Baixa
ISNa (saturação por sódio) % 0,59 -
B (água quente) mg/dm³ 0,20 Baixo
Zn (Mehlich 1) mg/dm³ 3,80 Muito baixo
Fe (Mehlich 1) mg/dm³ 65,70 Médio
Mn (Mehlich 1) mg/dm³ 65,38 Médio
Cu (Mehlich 1) mg/dm³ 3,83 Médio
Matéria Orgânica dag/kg 1,92 Média
O experimento foi montado em esquema de parcela subdividida no
delineamento inteiramente casualizado (DIC), com 4 repetições, onde cada
recipiente com uma muda correspondeu a uma unidade experimental. As parcelas
foram constituídas pelas 5 idades (IDA) de retirada das mudas da pré-aclimatação
4
Dadalto & Fullin (2001), p. 30.
28
fase II em casa de vegetação: 0, 1, 2, 3 e 4 meses e a testemunha que permaneceu
por 5 meses nesse ambiente, respectivamente denominadas de: IDA
0
, IDA
1
, IDA
2,
IDA
3
, IDA
4
e IDA
5
(testemunha) e as subparcelas foram formadas por avaliações
aos: 0, 30, 60, 90, 120 e 150 dias após o transplantio (DAT).
A IDA
0
, que a partir da instalação do experimento permaneceu fora da casa
de vegetação até a avaliação final, foi composta por 20 mudas de suas respectivas
épocas de avaliação e mais 4 mudas de reserva.
Foi mantida bordadura, no sentido transversal das bancadas, até o final do
experimento.
As características avaliadas foram: altura de planta (ALT), área foliar por
planta (AFO), massa fresca (MFA) e seca (MSA) da parte aérea, mero de folhas
(NFOL), massa fresca (MFR) e seca (MSR) da raiz. A MFA, MSA, MFR e MSR
foram mensuradas através de balança analítica de precisão de 0,0001 g. Para
mensuração das massas secas, as amostras permaneceram em estufa de
circulação forçada de ar por 72 horas, a 70 ºC. A característica ALT foi medida, com
régua graduada em milímetros, a partir do colo da planta até a extremidade da maior
folha. A AFO foi determinada através do método das pesagens, conforme
metodologia descrita por Benincasa (2003). A MST foi calculada pela soma da MSA
com MSR. A partir dessas informações foram calculadas características
morfofisiológicas: taxa de crescimento absoluto da massa fresca da parte rea
(TCAMFA) através da Equação 1; razão de área foliar (RAF) pela Equação 2; e
razão de massa seca da parte rea (RMSA) pela Equação 3, expessões descritas
por Benincasa (2003), sendo que suas avaliações foram feitas em meses após o
transplantio (MAT).
A taxa de crescimento absoluto da massa fresca da parte aérea (TCAMFA) é
calculada aplicando-se a seguinte expressão:
12
12
TT
MM
TCAMFA
= , Equação 1
em que:
- M
é a massa fresca da parte aérea, em g, mensurada entre dois tempos (T)
consecutivos de avaliações, em mês, ficando a unidade de TCAMFA em g mês
-1
.
29
MST
AFO
RAF = , Equação 2
em que:
- AFO é a área foliar em cm
2
e MST a massa seca total em g, ficando a unidade de
RAF em cm
2
g
-1
.
MST
MSA
RMSA = , Equação 3
em que:
- MSA é a massa seca da parte rea em g e MST é a massa seca total em g,
ficando a unidade de razão de massa seca da parte rea em g g
-1
.
No dia 23/03/2006, foi detectada a presença da lagarta do fruto do
abacaxizeiro Strymon megarus (Godt., 1824), atacando as folhas das mudas. Foi
feito o seu controle químico através da pulverização com inseticida e acaricida
Ethion 300 CE
®
, na dosagem recomendada pelo fabricante. Nesse mesmo dia foi
notada presença de manchas foliares, sendo identificada como Bipolaris sp, a qual
não causou danos, não progredindo durante o crescimento das mudas.
O controle de plantas invasoras foi feito manualmente sempre que
necessário.
Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância e quando
significativos, os valores das médias para IDA, isoladamente ou em interação com
DAT foram comparados pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade, utilizando o
software SAEG 9.0. Para o fator quantitativo época de avaliação (DAT), tanto seu
efeito isolado ou a interação com IDA, foi feito regressão e os modelos foram
escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o
teste t de Student, adotando-se o nível de 5% de probabilidade e, também, pelo
maior coeficiente de determinação (R
2
).
30
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise de variância para as características altura, área foliar, massa
fresca e seca da parte aérea e número de folhas das mudas do abacaxizeiro cv.
Gold, representada na Tabela 2, mostra que interação significativa entre IDA e
DAT para todas as características avaliadas, exceto altura de planta, onde os fatores
são significativos isoladamente.
Tabela 2 Análise de variância para as características: altura (ALT), área foliar
(AFO), massa fresca (MFA) e seca (MSA) da parte rea, mero de
folhas (NFOL) das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em função da idade
de retirada da casa de vegetação (IDA) e dias as o transplantio
(DAT) e coeficiente de variação (CV) para a parcela e subparcela
Quadrado Médio
FV
G
L
ALT AFO
MFA MSA
NFOL
IDA 5
21,10394
**
52.161,8700
**
753,46590
**
7,62331
**
49,55694
**
ERRO (a) 18
3,62593
3.879,7260
63,32227
0,61699
3,44676
DAT 5
667,2478
0
**
1.730.204,000
0
**
28.336,8100
0
**
299,6581
0
**
645,4569
0
**
DAT * IDA 25
3,03864
ns
7.657,3470
**
223,13050
**
1,53674
**
5,78694
**
ERRO (b) 90
2,56520
3.447,6030
55,14298
0,53503
2,56898
CV (%)
parcela
13,80
21,71
26,53
25,84
10,93
CV (%)
subparcel
a
11,61
20,46
24,46
24,05
9,43
** - significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F;
ns - não significativo.
Na análise de variância para as características massa fresca e seca da raiz,
razão de área foliar e razão de massa seca da parte aérea das mudas do
abacaxizeiro cv. Gold, representada na Tabela 3, observa-se que há interação
significativa entre IDA e DAT para as características massa fresca e seca da raiz,
enquanto que para as características morfofisiológicas: razão de área foliar os
fatores são significativos isoladamente e razão de massa seca da parte aérea
somente há significância para o tratamento dias após transplantio (DAT).
31
Tabela 3 Análise de variância para as características massa fresca (MFR) e seca
(MSR) da raiz, razão de área foliar (RAF), razão de massa seca da parte
aérea (RMSA) das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em função da idade
de retirada da casa de vegetação (IDA) e dias após o transplantio (DAT)
e coeficiente de variação (CV) para a parcela e subparcela
Quadrado Médio
FV GL
MFR
MSR
RAF RMSA
IDA 5 5,00802
**
0,11522
**
814,92210
** 0,00068
ns
ERRO (a) 18
0,46649
0,01786
215,03140
0,00040
DAT 5 100,96260
**
2,45197
**
427465,60000
** 0,00427
**
DAT * IDA 25
1,58665
**
0,04269
**
258,92050
ns
0,00043
ns
ERRO (b) 90
0,63769
0,02086
515,10900
0,00037
CV (%)
parcela
33,14
43,14
8,90
2,23
CV (%)
subparcela
38,74
46,71
13,77
2,14
** - significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F;
ns - não significativo.
A análise de variância da taxa de crescimento absoluto da massa fresca da
parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold encontra-se na Tabela 4, onde se
observa que há interação significativa entre os fatores IDA e DAT.
Tabela 4 Análise de variância para a característica morfofisiológica taxa de
crescimento absoluto da massa fresca da parte aérea (TCAMFA) das
mudas de abacaxizeiro cv. Gold em função da idade de retirada da
casa de vegetação (IDA) e dias após o transplantio (DAT) e coeficiente
de variação (CV) para a parcela e subparcela
Quadrado Médio
FV GL
TCAMFA
IDA 5 247,56460
**
ERRO (a) 18 47,94894
DAT 4 7.423,21100
**
DAT * IDA 20 296,33750
**
ERRO (b) 72 80,72673
CV (%) parcela 37,74
CV (%) subparcela 48,97
** - significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F.
32
Nas Tabelas 1B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B e 9B (Anexo B), encontram-se
os valores das médias das características avaliadas para todos os tratamentos.
A altura da muda e a massa fresca são duas importantes características
biométricas para indicação do porte ideal de mudas de abacaxizeiro para plantio
definitivo no campo. Ventura (2003) recomenda altura entre 20,0 cm a 50,0 cm e
massa fresca variando de 150 g, para cultivar Pérola, e 200 g, para cultivar Smooth
Cayenne, e Cunha & Reinhardt (2004) recomendam valores mínimos de 30,0 cm e
200 g.
Os resultados para altura das mudas do abacaxizeiro cv. Gold estão
representados nas Figuras 1 e 2. A média de altura para cada idade de retirada da
casa de vegetação, visualizada na Figura 1, mostra que somente aos 150 DAT há
diferença entre os tratamentos, com melhor desempenho para IDA
1
(25,63 cm), IDA
2
(24,73 cm) e IDA
5
(23,38 cm), que não diferem significativamente entre si, estando
estes valores similares aos encontrados por Barreiro Neto et al. (2002). Observa-se,
pela Figura 2, que todas as idades apresentam um comportamento semelhante de
crescimento, de forma exponencial positiva com o tempo, embora bastante lento
neste período de avaliação, estando de acordo com resultados encontrados por
Barroso et al. (2003), que tamm encontraram crescimento exponencial para a cv.
Smooth Cayennne. Observa-se que o período de realização do experimento foi
caracterizado por declínio da temperatura média a partir do mês de plantio,
permanecendo até a avaliação final, conforme pode ser visto na Figura 1A (Anexo
A), estando de acordo com Cunha (1999), quando cita as influências das baixas
temperaturas e a influência do fotoperíodo sobre o crescimento do abacaxizeiro.
33
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
a
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Al tura (cm)
IDA0 IDA1 IDA2 IDA3 IDA4 IDA5
Figura 1 - Altura das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em cada nível dos dias após
transplantio (DAT) para as idades de retirada da casa de vegetação
(IDA).
ALT= 8,0563 e
0,0064.DAT
R
2
= 0,9727
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Altura (cm)
Figura 2 Estimativa da altura (ALT) das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em
função dos dias após transplantio (DAT).
Estão representados, nas Figuras 3 e 4, os resultados da área foliar das
mudas do abacaxizeiro cv. Gold. A Figura 3 mostra os valores médios da área foliar
por muda, para cada idade de retirada da casa de vegetação, dentro de cada época
de avaliação. Observa-se que as diferenças começam a aparecer já aos 90 dias de
avaliação, mostrando o menor desempenho para IDA
0
, o qual permanece até a
34
avaliação aos 150 DAT. A IDA
1
mostra superioridade na avaliação final do
experimento, não diferindo significativamente da testemunha (IDA
5
). Esse resultado
vem de encontro com o trabalho de Silva et al. (1995) sobre aclimatação de espécies
com diferentes rusticidades. Eles afirmaram que a área foliar depende da espécie e
idade de enraizamento, pois, a espécie que melhor se aclimatou o foi aquela de
maior desenvolvimento foliar. Observa-se, na Figura 4, que todas as idades de
retirada da casa de vegetação, apresentam comportamento de crescimento
exponencial positivo com o tempo, embora haja diferenças de desempenho entre
elas, sendo que a IDA
0
e a IDA
4
apresentam o menor desempenho e a IDA
1
o maior.
Rebolledo Martinez et al. (2005), em experimento com 3 cultivares (Champaka, Oro
e Smooth Cayenne) sob cultivo com e sem cobertura plástica do solo, encontraram
curvas de crescimento de área foliar, para todas as cultivares e ambientes, até os 10
meses do plantio, semelhantes às deste trabalho.
c
b
b
a
a
a
a
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
c
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
0,00
200,00
400,00
600,00
800,00
1000,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Área foliar (cm²)
IDA0 IDA1 IDA2 IDA3 IDA4 IDA5
Figura 3 - Área foliar das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em cada nível dos dias
após transplantio (DAT) para as idades de retirada da casa de vegetação
(IDA).
35
IDA
0
= 23,9475 e
0,0201.DAT
R2 = 0,9869
IDA
1
= 39,4550 e
0,0218.DAT
R2 = 0,9532
IDA
2
= 39,2129 e
0,0208.DAT
R2 = 0,9516
IDA
3
= 38,9376 e
0,0209.DAT
R2 = 0,9571
IDA
4
= 40,4277e
0,0200.DAT
R2 = 0,9422
IDA
5
= 38,3998 e
0,0213.DAT
R2 = 0,9607
0,0
200,0
400,0
600,0
800,0
1000,0
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Área foliar (cm²)
IDA=0 IDA=1 IDA=2
IDA=3 IDA=4 IDA=5
Figura 4 Estimativa da área foliar das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em função
dos dias após transplantio (DAT) para as respectivas idades de retirada
da casa de vegetação (IDA).
Encontram-se, nas Figuras 5 e 6, os resultados para massa fresca da parte
aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold. A Figura 5 apresenta os valores médios,
indicando o menor desempenho para IDA
0
(73,05 g) e IDA
4
(72,77 g) e o maior da
IDA
1
(118,25 g) aos 150 DAT, concordando com valores encontrados por Barreiro
Neto et al. (2002). A Figura 6 mostra o comportamento do crescimento num modelo
exponencial positivo para todas as idades, apontando o menor desempenho da IDA
0
e o maior da IDA
1
.
36
a
a
a
b
b
c
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
b
a
b
a
a
a
c
a
a
a
a
a
b
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Massa fresca parte aérea (g)
IDA0 IDA1 IDA2 IDA3 IDA4 IDA5
Figura 5 - Massa fresca da parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold para
cada nível dos dias após transplantio (DAT) para as idades de retirada
da casa de vegetação (IDA).
IDA
0
= 0,9791e
0,0285.DAT
R
2
= 0,9954
IDA
1
= 1,6286e
0,0301.DAT
R
2
= 0,9507
IDA
2
= 1,6956e
0,0287.DAT
R
2
= 0,9402
IDA
3
= 1,6945e
0,0285.DAT
R
2
= 0,9437
IDA
4
= 1,7690e
0,0276.DAT
R
2
= 0,9279
IDA
5
= 1,6785e
0,0289.DAT
R
2
= 0,9471
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Massa fresca parte aérea (g)
IDA=0 IDA=1 IDA=2
IDA=3 IDA=4 IDA=5
Figura 6 Estimativa da massa fresca da parte rea das mudas do abacaxizeiro
cv. Gold em função dos dias após transplantio (DAT) para as respectivas
idades de retirada da casa de vegetação (IDA).
37
Encontram-se, nas Figuras 7 e 8, os resultados de massa seca da parte
aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold. A Figura 7 mostra os valores médios,
indicando que a IDA
0
apresenta o menor valor já a partir de 90 dias, perdurando até
avaliação final, e a IDA
1
mostra superioridade sobre as demais no final da avaliação.
A Figura 8 mostra o comportamento de crescimento exponencial positivo com o
tempo para todas as idades, sendo que a IDA
0
apresenta o menor desempenho e
IDA
1
o maior.
a
a
a
b
b
d
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
c
a
a
a
a
a
b
0,00
3,00
6,00
9,00
12,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Massa seca parte rea (g)
IDA0 IDA1 IDA2 IDA3 IDA4 IDA5
Figura 7 - Massa seca da parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold para
cada nível dos dias após transplantio (DAT) para as idades de retirada
da casa de vegetação (IDA).
38
IDA
0
= 0,0688 e
0,0310.DAT
R
2
= 0,9937
IDA
1
= 0,1153 e
0,0328.DAT
R
2
= 0,9358
IDA
2
= 0,1181e
0,0310.DAT
R
2
= 0,9296
IDA
3
= 0,1214 e
0,0314.DAT
R
2
= 0,9223
IDA
4
= 0,1214 e
0,0314.DAT
R
2
= 0,9222
IDA
5
= 0,1177 e
0,0322.DAT
R
2
= 0,9291
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Massa seca parte aérea (g)
IDA=0 IDA=1 IDA=2
IDA=3 IDA=4 IDA=5
Figura 8 Estimativa da massa seca da parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv.
Gold em função dos dias após transplantio (DAT) para as respectivas
idades de retirada da casa de vegetação (IDA).
O número de folhas com desenvolvimento normal, em abacaxizeiro, reveste-
se de importante característica estrutural para avaliação de crescimento e
desenvolvimento da planta, pois, tem forte correlação com a área foliar, massa
fresca e seca rea e altura de planta. E, segundo Giacomelli (1982), quando as
condições climáticas são favoráveis, o abacaxizeiro emite, em média, uma folha por
semana.
Observa-se, nas Figuras 9 e 10, os valores encontrados para mero de
folhas das mudas do abacaxizeiro cv. Gold, mostrando através da Figura 9 os
valores médios para idades, onde, as maiores médias aos 150 DAT são para IDA
1
(26,25) e IDA
2
(25,00), que não diferem da testemunha - IDA
5
(22,75), estando estes
valores similares aos encontrados por Barreiro Neto et al. (2002), citado também por
Giacomelli (1982). Os menores valores médios são para a IDA
0,
a IDA
3
e a IDA
4
.
Silva et al. (1995), trabalhando com aclimatação de plantas micropropagadas de 4
espécies com diferentes respostas à aclimatação (2 rústicas, 1 intermediária e outra
problemática), observaram que o número de folhas não variou significativamente
entre as espécies. Pela Figura 10, observa-se o crescimento linear com o tempo
para todas as idades, com os menores desempenhos das IDA
0
, IDA
3
e IDA
4
e os
39
maiores das IDA
1
, IDA
2
e a testemunha (IDA
5
). De modo similar, Barroso et al.
(2003) encontraram crescimento linear para número de folhas das cultivares Pérola
e Smooth Cayenne.
b
c
b
b
a
a
a
a
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
-
5
10
15
20
25
30
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Núm ero de folh as (n º)
IDA0 IDA1 IDA2 IDA3 IDA4 IDA5
Figura 9 - Número de folhas das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em cada nível dos
dias as transplantio (DAT) para as idades de retirada da casa de
vegetação (IDA).
IDA
0
= 8,45 + 0,0762.DAT R
2
= 0,8296
IDA
1
= 10,36 + 0,1036.DAT R
2
= 0,9839
IDA
3
= 10,80 + 0,0838.DAT R
2
= 0,9761
IDA
2
= 10,49 + 0,0907.DAT R
2
= 0,9379
IDA
4
= 10,52 + 0,0919.DAT R
2
= 0,9912
IDA
5
= 10,00 + 0,1050.DAT R
2
= 0,9903
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Número de folhas (nº)
IDA=0 IDA=1 IDA=3
IDA=2 IDA=4 IDA=5
Figura 10 Estimativa do mero de folhas das mudas de abacaxizeiro cv. Gold em
função dos dias após transplantio (DAT) para as respectivas idades de
retirada da casa de vegetação (IDA).
40
Os resultados para massa de raiz estão nas Figuras 11 e 12 (massa fresca)
e Figuras 13 e 14 (massa seca), observa-se que os comportamentos são
semelhantes, valendo-lhes, praticamente, as mesmas inferências. Assim, na Figura
11, as IDA
1
(7,43 g) e IDA
2
(6,60 g) apresentam os maiores valores médios de
massa fresca aos 150 DAT, não diferindo significativamente entre si. Já a massa
seca, Figura 13, na IDA
1
(1,06 g) e IDA
2
(0,93 g) e na testemunha - IDA
5
(0,82 g)
apresentam os maiores valores médios aos 150 DAT, não diferindo
significativamente entre si. Desse modo, é provável que os resultados encontrados,
particularmente para massa fresca, estejam associados ao melhor desenvolvimento
do sistema radicular das mudas fora da casa de vegetação, decorrentes da maior
exposição à radiação solar, que elevou a temperatura do substrato, concordando
com Cunha (1999) onde este afirma que com a elevação da temperatura no meio
enraizante aumento do peso da planta. Esses valores são similares aos citados
por Barreiro Neto et al. (2002), que encontraram 6,70 g de massa fresca da raiz aos
150 dias após transplantio. Nas Figuras 12 e 14, é observado, respectivamente, o
crescimento exponencial positivo para massa fresca e seca da raiz, mostrando o
maior desempenho da IDA
1
e menor da IDA
0
.
b
b
a
a a
a
a
a
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
b
b
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
a
-
3,00
6,00
9,00
12,00
15,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
M assa fresca rai z (g)
IDA0 IDA1 IDA2 IDA3 IDA4 IDA5
Figura 11 - Massa fresca da raiz das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em cada nível
dos dias após transplantio (DAT) para as idades de retirada da casa de
vegetação (IDA).
41
IDA
0
= 0,0416 e
0,0329.DAT
R
2
= 0,9852
IDA
1
= 0,0966 e
0,0326.DAT
R
2
= 0,9144
IDA
2
= 0,0999 e
0,0309.DAT
R
2
= 0,9011
IDA
3
= 0,1070 e
0,0285.DAT
R
2
= 0,8657
IDA
4
= 0,1094 e
0,0288.DAT
R
2
= 0,8319
IDA
5
= 0,1078 e
0,0292.DAT
R
2
= 0,8426
0,00
3,00
6,00
9,00
12,00
15,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Massa fresca raiz (g)
IDA=0 IDA=1 IDA=2
IDA=3 IDA=4 IDA=5
Figura 12 Estimativa da massa fresca da raiz das mudas do abacaxizeiro cv. Gold
em função dos dias após transplantio (DAT) para as respectivas idades
de retirada da casa de vegetação (IDA).
b
b
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
b
a
a
a
a
b
b
a
a
a
a
b
a
a
c
a
a
a
a
a
a
a
a
0,00
0,40
0,80
1,20
1,60
2,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Massa seca raiz (g)
IDA0 IDA1 IDA2 IDA3 IDA4 IDA5
Figura 13 - Massa seca da raiz de mudas de abacaxizeiro cv. Gold em cada nível
dos dias após transplantio (DAT) para as idades de retirada da casa de
vegetação (IDA).
42
IDA
0
= 0,0075 e
0,0307.DAT
R
2
= 0,9926
IDA
1
= 0,0143 e
0,0323.DAT
R
2
= 0,9179
IDA
2
= 0,0144 e
0,0304.DAT
R
2
= 0,9081
IDA
3
= 0,0149 e
0,0288.DAT
R
2
= 0,8948
IDA
4
= 0,0149 e
0,0298.DAT
R
2
= 0,8784
IDA
5
= 0,0141 e
0,0312.DAT
R
2
= 0,9093
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
0 30 60 90 120 150
DAT (dias)
Massa seca raiz (g)
IDA=0 IDA=1 IDA=2
IDA=3 IDA=4 IDA=5
Figura 14 Estimativa da massa seca da raiz das mudas do abacaxizeiro cv. Gold
em função dos dias após transplantio (DAT) para as respectivas idades
de retirada da casa de vegetação (IDA).
A taxa de crescimento absoluto da massa fresca da parte rea (TCAMFA),
Figuras 15 e 16, é uma característica fisiológica que mensura a velocidade de
crescimento ao longo do tempo. Neste experimento, conforme pode ser observado
na Figura 15, a TCAMFA apresenta pequenos incrementos nos primeiros 3 a 4
meses após transplantio para todos as idades, mostrando maiores resultados para
IDA
1
e IDA
2
aos 5 MAT. Na Figura 16, pode ser visto que o comportamento de
crescimento dessa característica é exponencial positivo com o tempo. É de
pressupor que condões de clima: elevação da temperatura, aliada a alta insolação,
no período de 4 meses para 5 meses, período este em que a IDA
4
saía da casa de
vegetação para as condições naturais de clima, tenha lhe prejudicado sobremaneira,
visto que esta apresenta o menor desempenho para TCAMFA.
43
b
b
a
a
a
a
b
a
a
a
a
b
a
a
a
b
a
a
a
a
c
a
a
a
a
b
a
a
a
a
0,00
15,00
30,00
45,00
60,00
75,00
1 2 3 4 5
MAT (meses)
TCAMFA (g m ês
- 1
)
IDA0 IDA1 IDA2 IDA3 IDA4 IDA5
Figura 15 Taxa de crescimento absoluto da massa fresca aérea (TCAMFA) das
mudas do abacaxizeiro cv. Gold em cada nível dos meses após
transplantio (MAT) para as idades de retirada da casa de vegetação
(IDA).
IDA
0
= 0,5742e
0,8465.MAT
R
2
= 0,9640
IDA
1
= 2,5063e
0,5893.MAT
R
2
= 0,7850
IDA
2
= 2,6831e
0,5379.MAT
R
2
= 0,7897
IDA
3
= 2,6664e
0,5435.MAT
R
2
= 0,9735
IDA
4
= 3,5656e
0,4082.MAT
R
2
= 0,8931
IDA
5
= 2,6602e
0,5546.MAT
R
2
= 0,9840
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
1 2 3 4 5
MAT (mês)
TCAMFA (g mês
-1
)
IDA=0 IDA=1 IDA=2
IDA=3 IDA=4 IDA=5
Figura 16 Estimativa da Taxa de crescimento absoluto da massa fresca da parte
aérea (TCAMFA) das mudas do abacaxizeiro cv. Gold em função dos
meses após o transplantio (MAT) para as respectivas idades de
retirada da casa de vegetação (IDA).
44
A razão de massa seca da parte aérea (RMSA) é um componente fisiológico
que expressa a fração da massa seca produzida pela parte aérea da planta e não
translocada para as raízes na forma de fotoassimilados. A maior ou menor
translocação pode ser uma característica genética, mas, está sob influência de
variáveis ambientais (BENINCASA, 2003). Com média de 0,90 g g
-1
para todas as
idades (Figura 5) e com 90,0
ˆ
== YY g g
-1
em todas as épocas de avaliações,
demonstra-se que 90% dos carboidratos produzidos pelas folhas são utilizados para
crescimento e produção da parte rea, estando estes resultados de acordo com
Giacomelli (1982) ao afirmar que em plantas adultas, até a diferenciação floral, a
folhagem representa 90% de seu peso total. Silva et al. (1998), em trabalho de
adubação com mudas micropropagadas da cv. Primavera em fase de aclimatação,
afirmaram que os nutrientes absorvidos foram direcionados para a parte aérea, em
detrimento do crescimento do sistema radicular.
Tabela 5 - Valor médio da razão de massa seca da parte rea (RMSA) para todas
as idades de retirada das mudas do abacaxizeiro cv. Gold da casa de
vegetação
Característica Unidade Média
Desvio
padrão
Valor
máximo
Valor
mínimo
CV (%)
RMSA g g
-
¹ 0,90 0,02 0,95 0,80 2,56
Verifica-se, pela Tabela 6, que a componente morfofisiológica razão de área
foliar, a qual mostra a eficiência da planta em produzir material orgânico para seu
crescimento e desenvolvimento, somente apresenta diferença significativa para a
IDA
0
, a qual obteve o maior valor médio no período em estudo, mostrando-se, dessa
forma, menos eficiente. Na Figura 17, observa-se o aumento da eficiência das
mudas com o passar dos meses após o transplantio, pois, vai diminuindo a área
foliar requerida para produção de 1,00 g de massa seca.
Tabela 6 - Valores médios da razão de área foliar (RAF) das mudas do abacaxizeiro
cv. Gold para as idades de retirada da casa de vegetação (IDA)
IDA (mês) IDA
0
IDA
1
IDA
2
IDA
3
IDA
4
IDA
5
RAF (cm² g¹) 176,2027 a
165,398 b 162,5988 b
162,8103 b
160,3168 b
161,5605 b
Médias com mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Scott
Knott a 5%.
45
RAF = 301,88 e
-0,3233.MAT
R
2
= 0,8708
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
0 1 2 3 4 5
MAT (mês)
RAF (cm² g
-1
)
Figura 17 Estimativa da razão de área foliar (RAF) das mudas do abacaxizeiro cv.
Gold em função dos meses após transplantio (MAT) para as idades de
retirada da casa de vegetação.
No presente experimento, embora se tenha alcançado alturas mínimas de
mudas requeridas para plantio definitivo, estas, não satisfizeram à segunda
condição: o da massa fresca mínima necessária. Barroso et al. (2003) inferiram que
as mudas micropropagadas de Pérola e Smooth Cayenne só estariam com alturas
ideais (25 cm) para plantio definitivo no campo com 6 meses de aclimatação.
Registra-se também o alto índice de sobrevivência das mudas que
compunham a IDA
0
, em que do total de 32 mudas que permaneceram durante todo
o tempo da experimentação fora do ambiente protegido, expostas às condições
naturais de clima, apenas 2 morreram, perfazendo uma mortalidade de 6,25%,
resultado este que concorda com aqueles obtidos por Moreira (2001) e Moreira et al.
(2006), que obtiveram valores semelhantes.
Observou-se tamm que até aos sessenta dias após o transplantio, após
ocorrência de chuvas fortes, as mudas que estavam fora da casa de vegetação, em
aclimatação, necessitavam de esguicho de água para retirada do substrato que caía
sobre a roseta foliar.
46
CONCLUSÕES
Nas condições em que foi realizado este experimento, pode-se concluir que:
para todas as características avaliadas, a permanência das mudas em casa de
vegetação além de 2 meses de idade após transplantio, não apresenta vantagens
comparativas com IDA
1
e IDA
2
;
em todos os tratamentos, as mudas não alcançaram, simultaneamente, altura e
massa fresca suficientes para plantio em local definitivo no campo, sendo, o tempo
de 5 meses de aclimatação ainda insuficientes;
a diferenciação quanto à massa fresca da parte aérea ocorre a partir de 90 dias e
a altura das mudas aos 120 dias.
47
REFERÊNCIAS
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48
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VENTURA, J. A. et al. Recomendações técnicas para a cultura do abacaxizeiro.
Vitória, ES: INCAPER, dez. 2003. 28 p.
49
5. CAPÍTULO 2
Adubação com NPK no crescimento de mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold.
Resumo: O experimento foi conduzido no Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Federal do Espírito Santo, localizado no município de Alegre-ES.
Objetivou-se com este trabalho avaliar os melhores níveis de adubação NPK para o
crescimento de mudas micropropagadas do abacaxizeiro [Ananas comosus (L.)
Merrill cv. Gold, na fase de pré-aclimatação em casa de vegetação. Essa cultivar faz
parte da coleção de germoplasma de abacaxizeiros do Incaper e apresenta
características agromicas desejáveis, sendo promissor para futuros plantios
comerciais. O experimento foi montado num delineamento inteiramente casualizado
com 5 tratamentos e 6 repetições. A adubação de referência para vasos (ARV) foi
constituída de 0,30g N; 0,20g P e 0,15g K para cada kg de substrato e, aos 180 dias
após o transplantio, foi avaliado o crescimento do genótipo quando submetido a 5
níveis da ARV, correspondendo a: 0, 50, 100, 150 e 200%. Com o aumento dos
níveis da adubação decréscimo dos valores de: área foliar; massa fresca e seca
da parte aérea, massa fresca e seca da raiz e número de folhas. O comprimento da
maior raiz e altura de planta cresce até o nível de 50%, diminuindo a partir deste
percentual. Os nutrientes que provavelmente limitam o crescimento das
características avaliadas são: zinco, ferro e cobre, pois, encontram-se em níveis
foliares abaixo daqueles considerados adequados.
Palavras-chave: abacaxi, Ananas comosus, micropropagação, nutrição mineral
50
5. CHAPTER 2
Fertilization with NPK in the growth of micropropagated plantlets of pineapple
cv. Gold.
Abstract:: The experiment was carried out in the Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Federal do Espírito Santo, located in Alegre city, Brazil.. The objective
of this work was to evaluate the best levels of NPK fertlizer for the growth of
micropropagated plantlets of pineapple [Ananas comosus (L.) Merrill cv. Gold, in the
phase of pre-acclimatation in greenhouse. This cultivar is part of the collection of
germoplasma of pineapples of Incaper and it presents desirable agronomic
characteristics, being promising for futures commercial plantings. The experiment
was set up in a completely randomized design with 5 treatments and 6 repetitions.
The fertilization reference for vases (ARV) was constituted of: 0,30g N; 0,20g P and
0,15g K for each kg of substratum and, to the 180 days after of transplanted, the
growth of the genotype was evaluated when submitted at 5 levels of ARV,
corresponding the: 0, 50, 100, 150 and 200%. With the increase of the levels of the
fertilization there is decrease of the values of: foliar area; fresh and dry mass of the
aerial part, fresh and dry mass of the root and number of leaves. The length of the
bigger root and plant height grow to the level of 50%, decreasing starting from this
percentile. The nutrients that probably limited the growth of the appraised
characteristics were: zinc, iron and copper, because, they are in foliar levels below
those considered appropriate.
Key Words: pineapple, Ananas comosus, micropropagation, mineral nutrition
51
INTRODUÇÃO
O abacaxizeiro requer quantidades de nutrientes para seu crescimento,
desenvolvimento e produção que, normalmente, na maioria dos solos onde é
cultivado, não suficiente estoque natural para suprir integralmente suas
necessidades nutricionais (SOUZA, 1999b).
Há carências de informações sobre a marcha de absorção de nutrientes
para mudas micropropagadas de abacaxizeiro em fase de aclimatação. Os trabalhos
encontrados eram adaptados de recomendações técnicas para adubação de outros
tipos de mudas em viveiro, notadamente mudas de secções de caule e
recomendações de fertilização de vasos em casa de vegetação.
Em experimento com adubação de mudas micropropagadas do abacaxizeiro
Pérola, de massa fresca inicial de 2 g, Moreira (2001) trabalhou em casa de
vegetação, com recomendações feitas por Malavolta (1980) para fertilização de
vasos com a seguinte adubação: 300 mg de N, 200 mg de P e 200 mg de K por 1 kg
de substrato, por um período de 90 dias, e concluiu que as mudas micropropagadas
responderam à adubação logo no início da fase de aclimatização. Conclui também
que a dose de 100% da recomendação, aplicada no plantio, proporcionou resultados
significativamente superiores para as características altura de planta, matéria fresca
e seca da parte aérea, representando um incremento da ordem de 12 vezes as
medidas iniciais, e supôs que essa dosagem de adubação pudesse ser aumentada.
Em outro experimento com a mesma cultivar, Moreira (2001) e Moreira et al.
(2006), estudando o efeito do substrato em mudas micropropagadas em fase de
aclimatização pelo tempo de 90 dias, concluíram que a adição de matéria ornica
tem importância significativa no desenvolvimento das mudas. Observaram, ainda,
que os melhores tratamentos para o aumento da matéria seca da parte rea e da
raiz, com incrementos de 5,5 a 6,5 vezes das medidas iniciais, foram para as
combinações percentuais de: (0-0-0-100 %); (40-30-30-0 %); (40-30-0-30 %) e (50-
50-0-0 %), respectivamente de: terra, esterco bovino, plantmax e composto ornico,
não havendo diferença significativa entre essas combinações. A composição da terra
foi formada por 2 partes de terra de superfície e 1 parte de areia lavada.
Coelho (2005) afirma que é preciso desenvolver pesquisas objetivando
definir um fornecimento adequado de nutrientes às plântulas do abacaxizeiro, não só
pela possível redução de gastos, mas, principalmente para contribuir para maior
52
uniformidade e rapidez no crescimento das mudas, visando redução do tempo de
permanência destas em viveiros.
As mudas micropropagadas passam por um período de crescimento e
aclimatação que, a depender do substrato e nutrição, poderá durar de 5 a 10 meses
para conseguirem atingir tamanho ideal para plantio no local definitivo (REINHARDT
& CUNHA, 1999). Assim, esforços devem ser feitos na busca de aperfeiçoamento do
processo, notadamente, redução dessa longa permanência em ambiente protegido
durante a fase de aclimatação.
Barreiro Neto et al. (2002), analisando o crescimento de mudas
meristemáticas (micropropagadas) de abacaxizeiro em viveiro, usou como adubação
básica de solo: 10,0 kg m
-2
de esterco bovino, 100,0 g m
-2
de superfosfato simples; e
como adubação em cobertura, por planta, aos 30 dias: 100,0 g de uréia e 50,0 g de
cloreto de potássio [sic], e encontraram aos 180 dias as plantio (DAP), altura de
29,1 cm; massa fresca aérea de 173,6 g; número de folhas igual a 26,5; massa
fresca de raiz igual 8,4 g, e comprimento médio da raiz de 20,8 cm. Esses autores
concluíram que as mudas meristemáticas conduzidas em viveiro só ficaram aptas
para plantio em local definitivo aos 210 DAP.
De acordo com Ventura (2003), mudas de abacaxizeiro só estão adequadas
para o plantio definitivo no campo quando apresentarem tamanho mínimo de 20,0 a
50,0 cm e massa fresca variando entre 150 g (Pérola) e 200 g (Smooth Cayenne).
Objetivou-se com este trabalho avaliar os melhores níveis de adubação NPK
para o crescimento das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold na fase
de pré-aclimatação em casa de vegetação.
53
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no Campus do Centro
de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, localizado no
município de Alegre, Estado do Espírito Santo, situado a uma altitude de 277 m, com
coordenadas geográficas 2 46 S e 41º 33 W e com as seguintes características
climáticas, segundo Barbosa (2007)
5
: temperatura média anual de 22,6 °C, com
média das máximas de 29,1 °C e média das mínimas de 17,9 °C, e precipitação
anual média de 1.292 mm.
O experimento foi realizado com mudas micropropagadas do abacaxizeiro
cv. Gold, na fase de pré-aclimatação em casa de vegetação, submetido a diferentes
doses de NPK. Esse material genético faz parte da coleção de getipos de
abacaxizeiros do Incaper, apresentando qualidades agronômicas e comerciais
desejáveis, constituindo-se de material promissor para futuros plantios comerciais.
As mudas foram procedentes do laboratório de cultura de tecidos
BIOMUDAS, de Venda Nova do Imigrante-ES. As mudas foram fornecidas em
bandejas de isopor de 200 células, com substrato plantmax
®
, com 20 dias de
aclimatização na data de 09/02/2006, estavam em casa de vegetação, cobertura e
laterais de plástico transparente, com sistema de nebulização automática de 2 em 2
horas. As mudas foram trazidas para a casa de vegetação de pré-aclimatação do
CCA-UFES, onde permaneceram até o dia da montagem do experimento,
recebendo duas regas diárias com duração de 4 minutos cada, às 10:00 h e 18:00 h,
através de sistema de microaspersão automatizada com vazão de 140 L h
-1
, com
espaçamento entre microaspersores de 2,00 m por 1,00 m. As mudas receberam,
durante os primeiros 15 dias, diurnamente, pulverizações com água de 3 em 3
horas.
O experimento foi instalado no dia 20/03/2006, sendo que as mudas
utilizadas estavam com idade de 41 dias de pré-aclimatação em casa de vegetação.
Para a montagem do experimento, as mudas foram padronizadas por altura média
de 7,98 cm e desvio-padrão de 00,1
±
cm. O manejo da irrigação após o transplantio
das mudas continuou o mesmo daquele aplicado anteriormente.
5
Venilton Santos Barbosa. Alegre, 2007.
54
Os recipientes plásticos para transplantio das mudas tinham volume
aproximado de 6,0 litros, com as seguintes dimensões: 26,0 cm de altura e diâmetro
de 17,0 cm.
O substrato foi composto percentualmente (v/v), modificado de Moreira
(2001): 50% de terra de superfície, 30% de areia lavada e 20% de esterco bovino.
Esses materiais foram peneirados e misturados até sua completa homogeneização,
quando foi retirada uma amostra para determinação de atributos químicos, textura e
densidade do solo (ds).
Os recipientes depois de cheios permaneceram em casa de vegetação e sob
irrigação por um período de 20 dias, aguardando o momento do transplantio. O
resultado dos atributos químicos do substrato encontra-se na Tabela 1.
Tabela 1 Atributos químicos do substrato e interpretação dos resultados
Atributo Unidade Valor Interpretação
6
pH em água (relação 1:2,5) 6,30 Acidez fraca
P (fósforo Mehlich 1) mg/dm³ 62,86 Alto
K (potássio Mehlich 1) mg/dm³ 555,00 Alto
Na (sódio Mehlich 1) mg/dm³ 88,00 -
Ca (KCl - 1 mol/L) cmolc/dm³ 1,69 Médio
Mg (KCl - 1 mol/L) cmolc/dm³ 1,24 Alto
Al (KCl - 1 mol/L) cmolc/dm³ 0,00 Baixo
H + Al (acidez potencial) cmolc/dm³ 1,33 Baixo
SB (soma de bases) cmolc/dm³ 4,73 Médio
t (CTC efetiva) cmolc/dm³ 4,73 Média
T (CTC a pH 7,0) cmolc/dm³ 6,06 Médio
V (saturação de bases) % 78,10 Alto
m (saturação por alumínio) % 0,00 Baixa
ISNa (saturação por sódio) % 8,09 -
B (água quente) mg/dm³ 0,18 Baixo
Zn (Mehlich 1) mg/dm³ 4,00 Muito baixo
Fe (Mehlich 1) mg/dm³ 67,66 Médio
Mn (Mehlich 1) mg/dm³ 99,12 Médio
Cu (Mehlich 1) mg/dm³ 1,12 Baixo
Matéria Orgânica dag/kg 1,26 Baixo
6
Dadalto & Fullin (2001), p. 30.
55
Segundo interpretação de Dadalto & Fullin (2001), todos os macronutrientes
estão com níveis altos, exceto Ca (médio) e o S (o determinado); o pH foi de 6,3
(acidez fraca) e os micronutrientes: B e Cu (baixos), Fe e Mn (médio) e Zn (muito
baixo).
A análise textural do substrato determinou: 65,48% de areia, 21,6% de argila
e 12,92% de silte, sendo classificado como textura média (EMBRAPA, 1999) e
apresentou densidade do solo igual a 1,3 g cm
3
, determinados segundo método
Embrapa (1997).
A adubação de referência para vasos (ARV) foi constituída de 0,30 g N; 0,20
g P e 0,15 g K para cada kg de substrato, baseada em recomendação feita por
Malavolta (1980), acrescentando ainda que as quantidades totais de N e K devem
ser parceladas, com a primeira aplicação no dia do plantio e as demais em cobertura
durante o desenvolvimento das plantas.
Neste experimento, tomou-se como base o trabalho de Moreira (2001), que
recomendou aumento das doses da ARV. Assim, os tratamentos consistiram de 5
níveis de adubação NPK, através da variação percentual da ARV, correspondendo
a: 0, 50, 100, 150 e 200 %. Os tratamentos que receberam P tiveram a totalidade de
suas respectivas doses efetuadas em mistura no substrato. Nos tratamentos que
receberam N e K, as respectivas doses foram divididas em 12 parcelamentos iguais,
aplicadas quinzenalmente com início no dia do transplantio. As adubações de NK
foram aplicadas, em solução, no substrato dos recipientes.
As fontes de nutrientes foram: P - superfosfato simples (18% de P
2
O
5
, 20%
de Ca e 12% de S), NK - uréia (44% de N) e cloreto de potássio (58% de K
2
O).
O experimento foi montado num delineamento inteiramente casualizado
(DIC) com 5 tratamentos e 6 repetições, sendo que cada recipiente com uma muda
correspondeu a uma parcela.
As características avaliadas, aos 180 dias após o transplantio, foram: altura
de planta (ALT), área foliar (AFO), massa fresca da parte aérea (MFA), massa seca
da parte rea, mero de folhas (NFOL), massa fresca da raiz (MFR), massa seca
da raiz (MSR) e comprimento da maior raiz (CMR). Para determinação da ALT
(medida a partir do colo da planta até a extremidade da maior folha) e CMR foi
utilizada uma régua graduada em milímetros; a AFO foi determinada através do
método das pesagens, conforme metodologia descrita por Benincasa (2003); MFA;
MAS; MFR e MSR foram mensuradas através de balança analítica de precisão de
56
0,0001 g e NFOL foi mensurada através da contagem dessas estruturas
morfológicas. A parte aérea foi lavada em água corrente e deionizada, enxugadas
com algodão, pesadas e levadas para estufa de secagem, para posterior
determinação da massa seca e envio ao laboratório para análise química foliar de
macro e micronutrientes (Tabela 2).
Tabela 2 Teor foliar médio de nutrientes das mudas do abacaxizeiro cv Gold para
cada percentual de variação da adubação de referência para vasos
(ARV) e teor considerado adequado
ARV (%)
Elementos UD
0 50 100 150 200
Teor
adequado
7
N dag kg
-1
2,31 2,57 2,52 2,19 2,75 1,50 a 1,70
P dag kg
-1
1,24 1,46 3,23 2,55 2,59 0,23 a 0,25
K dag kg
-1
6,07 5,43 4,70 3,53 4,07 3,90 a 5,70
Mg dag kg
-1
0,37 0,28 0,17 0,20 0,22 0,18 a 0,20
Ca dag kg
-1
1,18 1,44 1,17 1,03 1,30 0,50 a 0,70
S dag kg
-1
0,19 0,19 0,21 0,16 0,20 0,10 a 0,20
8
Zn mg kg
-1
15,48 15,83 19,28 12,83 19,50 17,00 a 39,00
Fe mg kg
-1
94,97 88,28 80,33 67,81 66,71 600,00 a 1.000,00
B mg kg
-1
48,02 45,91 37,07 28,18 30,36 29,00 a 63,00
Mn mg kg
-1
14,00 295,29 440,28 210,00 320,84 90,00 a 100,00
Cu mg kg
-1
4,38 3,38 4,20 1,57 3,26 5,00 a 17,00
Para mensuração da massa seca, as amostras permaneceram em estufa de
circulação forçada de ar por 72 horas, a 70 ºC.
O controle de plantas invasoras foi feito manualmente sempre que
necessário.
Os dados experimentais foram submetidos à alise de variância, utilizando
o software SAEG 9.0. Os modelos foram escolhidos com base na significância dos
coeficientes de regressão, utilizando-se o teste t de Student ao nível de 5% de
probabilidade e pelo maior coeficiente de determinação (R
2
).
7
Folha D inteira de abacaxizeiro com 4 meses após plantio, exceto o B para idade de folha de 22
meses (MALAVOLTA, 1982).
8
Para plantas adultas (FULLIN & DADALTO, 2001), p.38.
57
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observa-se, pela Tabela 3 e Tabela 4, que todas as características
agronômicas avaliadas são significativas.
Tabela 3 - Alise de variância para as características altura de planta (ALT), área
foliar (AFO), massa fresca (MFA) e seca (MSA) da parte aérea em
função da adubação de referência para vasos (ARV)
Quadrado Médio
FV GL
ALT AFO MFA MSA
ARV 4 199,40170 **
464.791,30000 **
8.748,27700 **
62,25594 **
ERRO 25 8,67340 17.817,25000 403,35890 2,97762
CV (%) 12,57 21,79 28,74 25,45
** significativo ao nível de 1% pelo teste F.
Tabela 4 Análise de variância para as características número de folhas (NFOL),
massa fresca (MFR) e seca (MSR) da raiz e comprimento da maior raiz
(CMR) em função da adubação de referência para vasos (ARV)
Quadrado Médio
FV GL
NFOL MFR MSR CMR
ARV 4 57,63334 **
54,83183 **
0,62315 **
1.270,00200 **
ERRO 25 5,79333 3,42384 0,05089 26,26309
CV (%) 9,34 32,62 32,09 24,10
** significativo ao nível de 1% pelo teste F.
Todos os nutrientes avaliados (Tabelas 5 e 6), determinados através da
alise de seu teor foliar, são significativos para tratamentos na alise de variância,
à exceção dos macronutrientes nitrogênio (N) e enxofre (S).
58
Tabela 5 Análise de variância para o teor foliar dos macronutrientes: nitrogênio
(N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S)
em função da adubação de referência para vasos (ARV)
Quadrado Médio
FV GL
N P K Ca
Mg
S
ARV 4 0,14569
ns
2,09961
**
3,11233
**
0,07008
*
0,01999
*
0,00096
ns
ERRO 10
0,05488
0,16449
0,26667
0,01734
0,00396
0,00057
CV (%) 9,49
18,32
10,85
10,76
25,31
12,69
** e * significativo ao nível de 1% e 5%, respectivamente, pelo teste F;
ns - não significativo.
Tabela 6 Alise de variância para o teor foliar dos micronutrientes: zinco (Zn),
ferro (Fe), mangas (Mn), cobre (Cu) e boro (B) em função da
adubação de referência para vasos (ARV)
Quadrado Médio
FV GL
Zn
Fe Mn Cu
B
ARV 4 23,71864
*
462,76520
**
75.290,55000
**
3,72510
*
239,03730
**
ERRO 10 4,64800
45,50138
5.660,59100
0,68312
36,49746
CV (%) 12,99
8,47
29,38
24,60
15,94
** e * significativo ao nível de 1% e 5%, respectivamente, pelo teste F.
Como o pH do substrato já estava alto (6,30) e o havia Al
3+
(acidez
trocável), não foi necessário aplicar corretivo de acidez. Por conseguinte, as bases
trocáveis (Ca
2+
, Mg
2+
, K
+
e Na
+
), originalmente existentes no substrato, já ocupavam
100% dos sítios de trocas existentes na CTC efetiva (t) (Tabela 1).
O substrato possuía nível médio de Ca
2+
(Tabela 1) e o superfosfato simples
(18-20% de Ca
2+
) foi um dos componentes da adubação. Desse modo, com o
aumento da ARV, há excesso de aplicação de Ca
2+
, desequilibrando a relação
Ca:Mg existente e competindo com K
+
nos sítios de troca da fase sólida, e também,
possivelmente, isto tenha facilitado a lixiviação das bases. Essa adição de Ca
2+
proporciona, calculadamente, as seguintes relações de Ca para 1,0 de Mg no
substrato, conforme o tratamento: 0% ARV = 1,4; 50% ARV = 2,4; 100% ARV = 3,4;
150% ARV = 4,4 e 200% ARV = 5,5 e, de acordo com Souza (1999a), a relação
ideal deve estar próxima de 1,0 de Ca
2+
para 1,0 de Mg
2+
. Assim, é provável que a
elevação da ARV tenha provocado aumento da basicidade do substrato, através do
59
aumento do Ca
2+
na solução do solo e adsorção deste íon pela fase sólida.
Conforme Luchese, Fávero & Lenzi (2002), a presença de bases nos pontos de
troca da fase sólida pode levar à basicidade, elevando o pH pela liberação destas na
solução do solo e retirada de íons H
+
.
O substrato tinha nível alto de K
+
(tabela 1) e não mais possuía
disponibilidades de sítios de troca na fase sólida, então, com as adições de cloreto
de potássio, outro adubo da ARV, havia mais liberação de K
+
em solução,
certamente, favorecendo a perda deste por lixiviação. Aliado a isto, tem-se a inibição
competitiva entre K
+
e Ca
2+
presente em elevada concentração no solo
(MALAVOLTA, VITTI & OLIVEIRA, 1997). Essas condições podem ter influenciado
negativamente o crescimento das mudas micropropagadas do abacaxizeiro Gold,
interferindo nos seus processos fisiológicos normais (absorção de água, nutrientes e
produção de fotoassimilados) resultando em: redução do sistema radicular, menores
altura de planta, número de folhas, massa fresca e massa seca.
Desse modo, o comprimento da maior raiz (CMR) e a altura de planta (ALT)
apresentam comportamentos semelhantes, através do modelo cúbico raiz,
crescendo até o percentual de 50% da ARV, diminuindo a partir deste nível (Figura
1). O número de folhas tem decréscimo linear com o aumento da ARV (Figura 1).
Razzaque & Hanafi (2001) aumentando as doses de K
2
O por planta do abacaxizeiro
Gandul’, não encontraram diferenças significativas para altura de planta e número
de folhas.
60
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 50 100 150 200
ARV (%)
NFOL (nº); CMR e ALT (cm).
CMR ALT NFOL
CMR = 34,52 + 11,44.ARV
^0,5
- 2,15.ARV + 0,0846.ARV
^1,5
R
2
= 0,9974
ALT = 27,14 + 4,20.ARV
^0,5
- 0,69.ARV + 0,024.ARV
^1,5
R
2
= 0,9992
NFOL = 29,3 - 0,0353.ARV R
2
= 0,8123
Figura 1 Estimativa do número de folhas (NFOL), comprimento da maior raiz
(CMR) e altura (ALT) das mudas do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias
após transplantio em função da adubação de referência para vasos
(ARV).
A massa fresca e a seca da parte aérea (Figura 2), a massa fresca e a seca
da raiz (Figura 3) e a área foliar (Figura 4) decrescem exponencialmente com o
aumento percentual da ARV.
61
MFA = 114,92 e
-0,00618.ARV
R
2
= 0,7880
MSA = 10,56 e
-0,005343.ARV
R
2
= 0,7757
0
20
40
60
80
100
120
140
0 50 100 150 200
ARV (%)
Ma ssa fresca p art e aé r ea ( g )
0
3
6
9
12
15
18
21
24
27
30
Massa seca parte aérea (g)
MFA MSA
Figura 2 Estimativa da massa fresca (MFA) e massa seca (MSA) da parte rea
das mudas do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após transplantio em
função da adubação de referência para vasos (ARV).
MSR = 1,08 e
-0,005197.ARV
R
2
= 0,7901
MFR = 8,69 e
-0,005339.ARV
R
2
= 0,6709
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
0 50 100 150 200
ARV (%)
M assa fresca de rai z (g)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
Massa seca de raiz (g)
MSR MFR
Figura 3 - Estimativa da massa fresca (MFR) e massa seca (MSR) da raiz das
mudas do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após transplantio em
função da adubação de referência para vasos (ARV).
62
AFO = 931,39 e
-0,0050.ARV
R
2
= 0,7628
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
0 50 100 150 200
ARV (%)
Ár ea f o li ar ( cm² )
Figura 4 Estimativa da área foliar (AFO) das mudas do abacaxizeiro cv. Gold aos
180 dias após transplantio em função da adubação de referência para
vasos (ARV).
O teor foliar de N e S não se altera significativamente com o aumento da
adubação de referência para vasos, apresentando os seguintes valores médios: N
(2,47 dag kg
-1
com desvio de ± 0,22 dag kg
-1
) e o S (0,19 dag kg
-1
com desvio de ±
0,02 dag kg
-1
). O resultado encontrado para N contraria aqueles citados por Veloso
et al. (2001) em ensaio de adubação com a cv. Pérola, os quais encontraram
aumento de N foliar (1,03 dag kg
-1
para 1,39 dag kg
-1
) com elevação das dosagens,
em g por planta, de N (de 0 para 18) e K
2
O (de 0 para 27), estando de acordo com
Souza et al. (2002) que não encontraram elevação do teor foliar de N quando
aumentaram as dosagens de K
2
O por planta. Já os teores foliares de Ca
2+
; Cu
2+
;
Mn
2+
e Zn
2+
, embora, sejam significativos na análise de variância, não se encontrou
modelos matemáticos que descrevessem os fenômenos dentro dos critérios pré-
estabelecidos, ou seja, que apresentassem coeficientes significativos (p 0,05),
apresentando-se então os seus teores foliares médios, respectivamente de: 1,22
dag kg
-1
, 3,36 mg kg
-1
, 256,08 mg kg
-1
e 16,58 mg kg
-1
.
O teor foliar de P, para os diferentes tratamentos, apresenta um
comportamento hiperbólico crescente com o aumento da adubação de referência
para vasos (Figura 5), embora, o teor de P do substrato já estivesse com nível alto.
63
Semelhantemente, Spironello et al. (2004) encontraram elevação do teor foliar de P
com aplicação de doses crescentes de P
2
O
5
(superfosfato simples) no plantio.
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
0 50 100 150 200
ARV
(%)
Teor foliar de P (dag kg
-1
)
P = 1/(0,7427 - 0,002689.ARV)
R
2
= 0,6854
Figura 5 Estimativa do teor foliar de fósforo (P) das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias as transplantio em função da
adubação de referência para vasos (ARV).
O teor foliar de K, para os diferentes tratamentos, apresentou um
comportamento linear decrescente, quando se aumentou a adubação de referência
para vasos (Figura 6), contrariando resultados encontrados por Veloso et al. (2001)
com a cv. Pérola, os quais observaram aumento de K foliar com elevação das doses
de NK por planta e, também, Viégas et al. (2002) e Souza et al. (2002), com a
mesma cultivar, observaram aumento do teor foliar de K com aumento das dosagens
de K
2
O por planta. Segundo Malavolta (1980) e Malavolta, Vitti & Oliveira (1997),
quando o Ca
2+
na solução do solo está em alta concentração, há diminuição do teor
foliar de K
+
, isto pode ter ocorrido neste trabalho, pois a fonte de fósforo usada na
ARV foi o superfosfato simples, o qual contém de 18-20% de Ca e, o teor de Ca do
substrato já estava com nível médio.
64
K = 5,94 - 0,0118.ARV
R
2
= 0,8388
0
1
2
3
4
5
6
7
0 50 100 150 200
ARV
(%)
Teor foliar de K (dag kg
-1
)
Figura 6 Estimativa do teor foliar de potássio (K) das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após transplantio em função da
adubação de referência para vasos (ARV).
O teor foliar de magsio (Mg) mostrou comportamento quadrático (Figura
7), apresentando teor foliar máximo de 0,38 dag kg
-1
para 0% da ARV e teor mínimo
de 0,18 dag kg
-1
para 136% da ARV (estimado pelo modelo) e, a partir desse nível
da ARV, o Mg voltou a crescer. Paula et al. (1991), Veloso et al. (2001) e Viégas et
al. (2002) encontraram redução dos teores foliares de Ca e Mg com aumento de
doses de KCl, em experimento de campo com a cv. Pérola. Resultados semelhantes
tamm foram encontrados por Paula et al. (1999) e Spironello et al. (2004) em
trabalho com a cultivar Smooth Cayenne, obtendo redução do teor foliar de Mg com
aumento de níveis de K
2
O no solo.
65
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0 50 100 150 200
ARV (%)
Teor fo l i ar d e M g (d ag k g- 1)
Mg = 0,38 - 0,0029.ARV + 0,0000106.ARV
2
R
2
= 0,9374
Figura 7 Estimativa do teor foliar de magnésio (Mg) das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após transplantio em função da
adubação de referência para vasos (ARV).
Os teores foliares dos micronutrientes ferro e boro (Figura 8) decresceram
linearmente com o aumento das doses de adubação aplicadas. Normalmente,
quando se aumenta o nível de fósforo na solução do solo, há insolubilização do
ferro, devido à precipitação do mesmo na superfície radicular e também, com o
aumento de Ca no meio, diminui absorção de Fe (MALAVOLTA, 1980). Outro
provável ocorrido foi a elevação do pH do substrato, o qual diminui a disponibilidade
desses micronutrientes (MALAVOLTA, VITTI & OLIVEIRA, 1997). Moreira et al.
(2000) verificaram redução dos teores de Fe e B na matéria seca de alfafa quando
aumentaram a relação de Ca:Mg no corretivo. Essas podem ser as possíveis
explicações para a diminuão do conteúdo foliar desses nutrientes, visto que a fonte
de fósforo utilizada contém também elevado percentual de cálcio.
66
B = 48,52 - 0,1061.ARV
R
2
= 0,8835
Fe = 95,01 - 0,1539.ARV
R
2
= 0,9602
0
20
40
60
80
100
120
0 50 100 150 200
ARV (%)
T eor fo l i ar d e Fe e B (m g kg -1)
B Fe
Figura 8 Estimativa do teor foliar de ferro (Fe) e de boro (B) das mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold aos 180 dias após
transplantio em função da adubação de referência para vasos (ARV).
Com o aumento da ARV há uma drástica queda na relação existente entre
os teores foliares de Fe/Mn, correspondendo a 6,8; 0,3; 0,2; 0,3 e 0,2;
respectivamente para 0%, 50%, 100%, 150% e 200% da ARV. Segundo Souza
(1999b), valores acima de 10,5 : 1,0 levam à deficiência de manganês e abaixo de
0,4 : 1,0 à deficiência de ferro, muito embora não se tenha verificado visualmente
sinais dessa deficiência.
Com a elevação da ARV redução dos teores foliares de todos os
elementos minerais avaliados, exceto o fósforo, que aumenta. Embora haja esses
decréscimos, os teores foliares estão dentro de níveis adequados para os
macronutrientes: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e para os
micronutrientes: boro e manganês; estando abaixo dos níveis adequados somente
os micronutrientes: zinco, ferro e cobre, os quais se encontram no substrato,
respectivamente, em níveis muito baixo, médio e baixo. Segundo Taiz & Zeiger
(2004), se a rizosfera
9
recebe água e nutrientes em abundância um sistema radicular
pequeno atende as necessidades nutricionais da planta.
9
É o microambiente que circunda a raiz.
67
CONCLUSÃO
Nas condições em que foi realizado este experimento, pode-se concluir que:
o aumento da adubação de referência para vasos causa decréscimos na área
foliar, massa fresca e seca da parte aérea e da massa fresca e seca da raiz e no
número de folhas;
o comprimento da maior raiz e a altura de planta crescem até 50% da
adubação de referência para vasos, diminuindo a partir deste percentual;
os nutrientes que provavelmente limitam o crescimento das características
avaliadas são: zinco, ferro e cobre.
68
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<http://www.ufpel.tche.br/subfruti/anais_xvii_cbf/climassolosnutrição/522.htm>.
Acesso em: 10 mar. 2006.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Nutrição mineral. In: ______Fisiologia vegetal. Tradução de
Eliane Romanato Santarém et al. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 95-113.
70
6. CAPÍTULO 3
Adubão foliar com macro e micronutrientes no crescimento de mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold em diferentes recipientes
RESUMO O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no Campus do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre-ES,
tendo como objetivo avaliar o efeito da adubação foliar com macro e micronutrientes
no crescimento das mudas micropropagadas do abacaxizeiro Ananas comosus (L.)
Merril, cv. Gold em diferentes recipientes. O experimento foi montado em esquema
fatorial 8x3, com adubação foliar em 8 níveis e recipientes em 3 níveis, através de
um delineamento inteiramente casualizado com 5 repetições. As mudas foram
padronizadas com altura média de 7,12 cm. As adubações foliares foram usadas nas
seguintes dosagens por litro: T1 = 2,0 g de uréia + 2,0 g de cloreto de potássio; T2 =
5,0 g de uréia + 5,0 g de cloreto de potássio; T3 = 10,0 g de uréia + 10,0 g de cloreto
de potássio; T4 = T1 + 0,5 g de ácido bórico; T5 = T2 + 0,5 g de ácido rico; T6 =
T3 + 0,5 g de ácido rico; T7 = 3,0 g de um formulado comercial com macro e
micronutrientes; e Test = Testemunha (pulverização com água) e os recipientes
foram: BI = bandeja de isopor com 200 células e volume de 24 cm
3
; TP = tubete
pequeno com altura de 14,0 cm e volume de 115 cm
3
; e TG = tubete grande com
altura de 19,0 cm e volume de 300 cm
3
. O substrato utilizado para todos os
recipientes foi o plantmax hortaliças
®
. Avaliaram-se as características: área foliar,
altura de planta e massa seca da parte aérea e da raiz. Todos os adubos foliares,
em todos os recipientes utilizados, proporcionam maior crescimento em área foliar,
altura e massa seca da parte aérea às mudas do abacaxizeiro cv. Gold, exceto os
adubos foliares T5 e T7, para massa seca da parte rea no recipiente BI. Os
71
adubos foliares não aumentam a massa seca do sistema radicular. O recipiente BI
apresenta as menores médias para área foliar, altura e massa seca da parte rea
das mudas do abacaxizeiro cv. Gold, com todos os adubos foliares. Os recipientes
TP e TG não diferem entre si em todos os níveis de adubos foliares, exceto no
adubo foliar T7, para massa seca da parte aérea, e no adubo foliar T1, para massa
seca da raiz e altura de planta.
Palavras-chave: abacaxi, Ananas comosus, micropropagação, fertilização
72
6. CHAPTER 3
Foliar fertilization with macro and micronutrients in the growth of plantlets
micropropagated of pineapple cv. Gold in differents containers
Abstract The experiment was carried out in the Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Federal do Espírito Santo, located in Alegre city, Brasil. The objective
was to evaluate the effect of the foliar fertilization with macro and micronutrients in
the growth of the plantlets micropropagated of pineapple Ananas comosus (L.) Merril,
cv. Gold in differents containers. The experiment was mounted in factorial
arrangement 8x3, with foliar fertilization in 8 levels and containers in 3 levels, through
of a completely randomized design with five repetitions. The plantlets were
standardized with average height of 7,12 cm. The foliar fertilization were used in the
following dosages by liter: T1 = 2,0 g of urea + 2,0 g of potassium chloride; T2 = 5,0
g of urea + 5,0 g of potassium chloride; T3 = 10,0 g of urea + 10,0 g of potassium
chloride; T4 = T1 + 0,5 g of boric acid; T5 = T2 + 0,5 g of boric acid; T6 = T3 + 0,5 g
of boric acid; T7 = 3,0 g of a commercial formulated with macro and micronutrients
and Test = witness (pulverization with water) and the containers were: BI = isopor
tray with 200 cells and volume of 24 cm
3
; TP = small tubete with height of 14,0 cm
and volume of 115 cm
3
; and TG = big tubete with height of 19,0 cm and volume of
300 cm
3
. The substratum used for all the containers was the plantmax hortaliças
®
. It
was evaluated the characteristics foliar area, plant height and dry mass of the aerial
part and of the root. All the foliar fertilizers, in all the used containers, provided larger
growth in foliar area, height and dry mass of the aerial part to the plantlets of the
pineapple cv. Gold, except the foliar fertilizers T5 and T7, for dry mass of the aerial
part in the container isopor tray. The foliar fertilizers do not increase the dry mass of
the radicular system. The container isopor tray presents the smallest averages for
73
foliar area, height and dry mass of the aerial part of the plantlets of the pineapple cv.
Gold with all the foliar fertilizer. The containers small tubete and big tubete do not
differ between itself in all the levels of foliar fertilizers, except in the foliar fertilizer T7,
for dry mass of the aerial part, and in the foliar fertilizer T1, for dry mass of the root
and plant height.
Key words: pineapple, Ananas comosus, micropropagation, fertilization
74
INTRODUÇÃO
As mudas micropropagadas de abacaxizeiro, após sua retirada do meio de
cultivo in vitro, são transplantadas, mormente, para bandejas de isopor com
substratos fertilizados. Os laboratórios de cultura de tecidos, visando otimizar os
espaços das casas de vegetação climatizadas e procurando maior economicidade
do processo, têm elevado enormemente o mero de mudas por área. Isso implica
em utilização de recipientes de pequenas dimensões e volumes, os quais
proporcionam pequenos espaçamentos entre mudas e pequenas disponibilidades de
nutrientes. Essas condições limitam sobremaneira o crescimento das mudas
micropropagadas.
Desse modo, para produção comercial de mudas micropropagadas, precisa-
se aprimorar e ou adequar técnicas de cultivos durante a fase de aclimatação,
visando aumentar a eficiência e diminuir custos (SOUZA JÚNIOR; BARBOZA &
SOUZA, 2001). Entre essas necessidades de aprimoramento, podemos citar
substratos, recipientes, nutrição e espaçamentos entre mudas.
Na busca de condições ótimas para crescimento de mudas micropropagadas
de abacaxizeiro na fase de pré-aclimatação em casa de vegetação, tem sido
estudado diversos substratos (SILVA et al., 1998; SOUZA JÚNIOR, BARBOSA &
SOUZA, 2001; MOREIRA, 2001 e MOREIRA et al. 2006). Tipos de recipientes
tamm tem sido objeto de estudos (SOUZA JÚNIOR; BARBOSA & SOUZA, 2001).
Quanto à nutrição, encontrou-se trabalhos com hidroponia (MARTINS et al. 2006),
fertilização de substrato (MOREIRA. 2001), adubação foliar (SILVA et al., 1998) e
adição de isolados de bactérias ao substrato e raízes (MELLO et al., 2002; WEBER
et al., 2003).
Diante das limitações citadas acima, a adubação foliar apresenta-se como
uma alternativa estratégica para proporcionar um crescimento mais rápido das
mudas micropropagadas, abreviando o tempo de passagem das mudas para uma
nova fase de aclimatação (viveiro no chão com cobertura de sombrite) e, mesmo
nesta nova fase a adubação foliar continua sendo uma opção irrefutável, baseado
em sua facilidade de aplicação e a dificuldade de se fazer adubação sólida em
cobertura, pois, aplicações de adubos na forma sólida, em plantas jovens, caso caia
na roseta foliar podem causar danos (SOUZA, 1999b).
75
A arquitetura do abacaxizeiro e suas características morfológicas e
anatômicas favorecem a absorção foliar de nutrientes. Todos os nutrientes podem
ser aplicados por via líquida, exceção ao fósforo, pois se usado em fontes de baixa
solubilidade em água causa entupimento de equipamentos. Normalmente, as
adubações foliares têm sido utilizadas para fertilização suplementar do NK aplicados
ao solo; aplicações em épocas de baixas precipitações hídricas e para adubação
com micronutrientes (SOUZA, 1999b).
Ao contrário de outros tipos de mudas (filhotes, filhotes rebentões,
rebentões, seões de caule e coroa) que possuem reservas amiláceas
(REINHARDT, 1998) para impulso inicial de seu crescimento, as mudas
micropropagadas, logo após sua saída da condição in vitro para ex vitro, são de
pequeno tamanho e massa, poucas e pequenas raízes, sem estoque de materiais
de reserva para seu crescimento inicial, dependentes, portanto, da absorção de
nutrientes pelo seu sistema radicular e, até porque, Moreira (2001) cita que as
mudas micropropagadas respondem à adubação de plantio efetuada no início da
fase de aclimatização.
Adubações foliares em mudas de abacaxizeiro requerem alguns cuidados
especiais, dentre eles, a concentração de adubos nas soluções, a qual deve ser
observada com maior rigor, não devendo passar de 10,0%, sendo que a uréia não
deve ultrapassar 5,0%; KCL deve estar entre 1,0 e 3,0%; e o sulfato de zinco entre
0,5 e 2,5% (SOUZA, 1999b).
Reinhardt (1998) e Reinhardt & Cunha (1999) recomendam adubações
foliares com N (uréia) e K (sulfato de potássio) em mudas de secções de caule com
6 a 8 semanas de plantadas, estando com altura de 4,0 a 5,0 cm. A concentração
desses produtos comerciais na solução deve estar entre 0,2 a 1,0%, podendo as
pulverizações serem semanais ou quinzenais, citam ainda que pode-se utilizar
misturas de NPK e micronutrientes, mantendo a concentração em 0,2 a 1,0% dos
produtos comerciais. Siebeneichler et al. (2005) confirmaram a mobilidade do boro
em plantas de abaxizeiro Pérola e, Picchioni et al. (1995) citado por Siebeneichler et
al. (2002) cita que a absorção foliar do boro é rápida, comparável à da uréia. Coelho
(2005) encontrou respostas positivas para aumento da altura, área foliar, massa
fresca e seca das mudas de seões de caule do abacaxizeiro Smooth Cayenne
quando usou adubação foliar com NK e B.
76
Este trabalho objetivou avaliar o crescimento das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold, na fase de pré-aclimatação em casa de vegetação,
submetidas a diferentes níveis de adubo foliar e cultivado em diferentes recipientes.
77
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no Campus do Centro
de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, localizado no
município de Alegre, Estado do Espírito Santo, situado a uma altitude de 277m, com
coordenadas geográficas 2 46 S e 41º 33 W e com as seguintes características
climáticas, segundo Barbosa (2007)
10
: temperatura média anual de 22,6 °C, com
média das máximas de 29,1 °C e média das mínimas de 17,9 °C, e precipitação
anual média de 1.292 mm.
A cultivar utilizada no experimento faz parte da coleção de genótipos de
abacaxizeiros do INCAPER Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural do Espírito Santo e apresenta características agronômicas
desejáveis, sendo promissor para plantio comercial. As mudas micropropagadas
foram produzidas no Laboratório de Biotecnologia BIOMUDAS - de Venda Nova do
Imigrante-ES. Elas estavam em bandejas de isopor de 200 células, com substrato
plantmax
®
e foram mantidas em casa de vegetação equipada com sistema de
nebulização automática de 2 em 2 horas. As mudas estavam com
20 dias de
aclimatização, na data de 09/02/2006, quando foram transferidas para a casa de
vegetação de pré-aclimatação do CCA-UFES. Permaneceram neste local até o dia
da montagem do experimento, recebendo duas irrigações por microaspersão
diariamente, com vazão de 140 L h
-1
e espaçamento entre microaspersores de 2,00
m por 1,00 m. A irrigação estava programada para funcionar às 10:00 h e 18:00 h,
com duração de 4 minutos cada. As mudas receberam, durante os primeiros 15 dias
de pré-aclimatação, diurnamente, pulverizações com água de 3 em 3 horas.
A implantação do experimento, através do transplantio das mudas, foi no dia
15/04/2006, sendo estas padronizadas com altura média de 7,12 cm, apresentando
desvio-padrão de ± 0,63 cm. A irrigação foi mantida conforme estabelecido pela
programação do sistema automatizado. A avaliação final do experimento foi feita aos
140 dias após o transplantio.
O experimento foi montado em esquema fatorial 8x3, sendo a adubação
foliar (ADF) em 8 níveis e recipientes (RECI) em 3 níveis, através de um
delineamento inteiramente casualizado, com 5 repetições.
10
Venilton Santos Barbosa. Alegre, 2007.
78
Os adubos foliares foram utilizados nas seguintes dosagens por litro: T1 = 2
g de uréia + 2 g de cloreto de potássio; T2 = 5 g de uréia + 5 g de cloreto de
potássio; T3 = 10 g de uréia + 10 g de cloreto de potássio; T4 = T1 + 0,5 g de ácido
bórico; T5 = T2 + 0,5 g de ácido rico; T6 = T3 + 0,5 g de ácido bórico; T7 = 3,0 g
de um formulado comercial com macro e micronutrientes; e Test = Testemunha
(pulverização com água) e os recipientes foram: BI = bandeja de isopor com 200
células, formato piramidal invertido de base quadrada de 2,5 cm de lado, altura de
5,0 cm e volume de 24 cm
3
; TP = tubete pequeno, com diâmetro de 3,5 cm, altura de
14,0 cm e volume de 115 cm
3
; e TG = tubete grande, com diâmetro de 5,0 cm, altura
de 19,0 cm e volume de 300 cm
3
. O formulado comercial com macro e
micronutrientes possuía a seguinte concentração de nutrientes: 15,0% de N; 15,0%
de P
2
O
5
; 20,0% de K
2
0; 1,1% de Ca; 4,0% de S; 0,4% de Mg; 0,05% de Zn; 0,05%
de B; 0,1% de Fé; e 0,03% de Mn. O boro foi aplicado, nos seus respectivos níveis,
a partir da 1ª pulverização, em semanas alternadas. As adubações foliares eram
sempre feitas no final da tarde, após às 17 horas. As doses de uréia e KCl (NK) dos
níveis dos adubos foliares tiveram suas doses fornecidas progressivamente,
conforme Tabela 1.
Tabela 1 - Esquema de doses progressivas dos adubos foliares uréia e KCl, em g L
-1
dos níveis T1 a T6
Semana T1 T2 T3 T4 T5 T6
até a 3ª 2 2 2 2 2 2
4ª a 7ª 2 5 5 2 5 5
8ª a 19ª 2 5 10 2 5 10
O substrato utilizado para todos os recipientes foi o plantmax hortaliças
®
. Em
todos os recipientes fez-se uma disposição das mudas de forma a manter um
espaçamento de aproximadamente 36,00 cm
2
por muda e, cada muda representou
uma parcela.
Avaliaram-se as características: área foliar (AFO), altura de planta (ALT),
massa seca da parte aérea (MSA) e da raiz (MSR).
Para determinação da AFO, utilizou-se do todo das pesagens, conforme
metodologia descrita por Benincasa (2003). A ALT foi feita com régua graduada em
79
milímetros a partir do colo da planta até a extremidade da maior folha. A MSA e a
MSR foram mensuradas através de balança analítica com precisão de 0,0001 g.
Para mensuração da massa seca, as amostras permaneceram em estufa de
circulação forçada de ar por 72 horas, a 70 ºC.
Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância. Para os
resultados significativos, as médias foram comparadas pelo teste de Scott Knott para
os níveis de adubo foliar, em estudo isolado ou seu estudo dentro dos níveis de
recipientes e, pelo teste de Tukey para os níveis dos recipientes, em estudo isolado
ou seu estudo dentro dos níveis de adubo foliar, sempre a 5% de probabilidade,
utilizando o software SAEG 9.0.
80
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observa-se pela análise de variância (Tabela 2) que todas as características
avaliadas apresentam significância para a interação entre adubo foliar e recipientes,
exceto a área foliar, onde os fatores são significativos isoladamente.
Tabela 2 Análise de variância para as características área foliar (AFO), altura de
mudas (ALT), massa seca da parte aérea (MSA) e da raiz (MSR) das
mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold em função do adubo
foliar (ADF) e recipientes (RECI)
Quadrado Médio
FV GL
AFO
ALT
MSA
MSR
ADF 7
23.559,17000
**
69,61218
**
1,16678
**
0,02702
**
RECI 2
259.966,40000
**
492,48030
**
16,88126
**
0,16468
**
RECI * ADF 14 2.637,4
3700
ns
6,30329
**
0,19597
*
0,01814
**
ERRO 96
1.547,96800
1,75217
0,10665
0,00316
CV (%)
21,07
9,93
22,36
29,44
** e * - significativo, respectivamente, ao nível de 1 e 5% de probabilidade pelo teste
F; e ns - não significativo.
Observa-se, na Figura 1(A), que todos os níveis de adubo foliar
proporcionam acréscimos da área foliar, quando comparados à testemunha (Test),
com destaque para os níveis de adubos foliares T2, T4 e T6, que apresentam os
maiores valores médios, não diferindo significativamente entre si, resultado que está
de acordo com aqueles encontrados por Coelho (2005). Para essa mesma
característica, os maiores valores médios para recipientes, em ordem decrescente
são: TP, TG e BI (Figura 1(B)).
81
a
b
a
b
a
b
c
b
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Área foliar (cm²)
(A)
b
a
c
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
BI TP TG
Recipientes
Área foliar (c)
(B)
Figura 1 - Área foliar das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold aos 140
dias após transplantio em função dos níveis de adubo foliar (A) e dos
níveis de recipientes (B).
Os valores médios para altura de mudas está ilustrado nas Figuras 2 e 3. Na
Figura 2, o efeito dos níveis de adubação foliar dentro de cada nível de recipientes
mostra que todos os níveis de adubo foliar proporcionam maiores alturas para as
mudas, quando comparadas com a Test em todos os recipientes, concordando com
resultados obtidos por Coelho (2005). Mas, há respostas diferentes entre os adubos
foliares em cada recipiente. Assim, na BI, os melhores veis de adubo foliar são o
T2, o T3 e o T6. No TP, não diferença significativa entre os adubos foliares,
apenas destes para a Test. No TG, os melhores resultados são proporcionados
pelos níveis de adubo foliar T3, T5 e T6. Na Figura 3, pode ser observado o efeito
dos níveis de recipientes dentro de cada nível de adubo foliar, observando-se que a
BI apresenta os menores valores em todos os níveis de adubos foliares, sendo que
não há diferença significativa entre o TP e o TG, exceto na Test (pulverização com
água). Igualmente, Souza Júnior, Barbosa & Souza (2001) encontraram melhores
resultados para altura de mudas micropropagadas de abacaxizeiro Pérola com
tubete pequeno (5,0 cm de diâmetro x 13,0 cm de altura) e saco plástico (10,0 cm x
8,0 cm)
82
c
a
bb
a
a
b
b
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Altura (cm)
BI
b
a
a
a
a a
a
a
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Altura (cm)
TP
b
a
b
b
b
a
a
c
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Altura (cm)
TG
Figura 2 - Altura das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold aos 140 dias
após o transplantio para cada nível de recipiente: bandeja de isopor (BI),
tubete pequeno (TP) e tubete grande (TG) em função dos níveis de
adubo foliar.
83
B
B
B
B
B
B
B
C
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
B
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Altura (cm)
BI TP TG
Figura 3 - Altura das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold aos 140 dias
após o transplantio para cada nível de adubo foliar em função dos níveis
de recipientes: bandeja de isopor (BI), tubete pequeno (TP) e tubete
grande (TG).
A massa seca da parte rea está representada nas Figuras 4 e 5,
apresentando, respectivamente, o efeito dos adubos foliares dentro de cada nível de
recipiente e efeito dos níveis de recipientes dentro de cada nível de adubo foliar.
Desse modo, observa-se, na Figura 4, que todos os adubos foliares proporcionam
aumento da massa seca da parte aérea, quando comparados a Test, concordando
com resultados obtidos por Coelho (2005) com a cultivar Smooth Cayenne, e Weber
et al. (2003) para as cultivares Perolera (1,845-1,913 g) e Primavera (2,257-2,792 g),
exceto os adubos T5 e T7 na BI e o adubo foliar T3 no TP. Pela Figura 5, pode ser
observado que a BI apresenta os menores valores médios em todos os níveis de
adubo foliar, não havendo diferença significativa entre TP e TG em todos os níveis
de adubo foliar, exceto no adubo T7 e na Test.
84
b
b
a
b
a
aa
a
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Massa seca parte aérea (g)
BI
a
a
b
a
a
a
a
b
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Massa seca parte aérea (g)
TP
b
a
a
a
a
a
a
a
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Massa seca parte aérea (g)
TG
Figura 4 - Massa seca da parte rea das mudas micropropagadas do abacaxizeiro
cv. Gold aos 140 dias após o transplantio para cada nível de recipiente:
bandeja de isopor (BI), tubete pequeno (TP) e tubete grande (TG) em
função dos níveis de adubo foliar.
85
B
B B
B
B
B
C
C
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
B
B
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Massa seca parte rea (g)
BI TP TG
Figura 5 - Massa seca da parte rea das mudas micropropagadas do abacaxizeiro
cv. Gold aos 140 dias após o transplantio para cada nível de adubo foliar
em função dos níveis de recipientes: bandeja de isopor (BI), tubete
pequeno (TP) e tubete grande (TG).
Os resultados de massa seca da raiz encontram-se nas Figuras 6 e 7.
Visualiza-se, na Figura 6, que na BI os maiores valores médios são para os níveis de
adubo foliar T1, T2, T3 e T4, não diferindo significativamente entre si, enquanto que
no TP e no TG os adubos foliares proporcionam menores valores médios de massa
seca da raiz, exceto o adubo foliar T7 e T1 no TP e o adubo foliar T7 e T4 no TG,
que não diferem significativamente da Test, nos seus respectivos recipientes.
Resultados semelhantes foram encontrados por Silva et al. (1998) que com dose
superior a 1,0 mL L
-1
do adubo foliar Kelpak
®
(macro e micronutrientes), combinado
com Agromix
®
, verificaram redução na massa fresca de raiz.
No estudo do efeito dos recipientes dentro de cada adubo foliar (Figura 7),
observa-se que entre os adubos foliares T2 e T3 o diferença significativa entre
os recipientes utilizados. Também, não há diferença significativa entre os recipientes
TP e TG nos adubos foliares T4, T5, T6, T7 e Test, havendo apenas deles, nestes
mesmos níveis de adubo foliar, para BI, exceção no adubo foliar T5, que não
apresenta diferença significativa entre TP e TG. Entretanto, TP é superior no adubo
foliar T1 e, não diferença entre TG e BI nesse adubo foliar. Resultados para
massa seca da raiz, semelhantes aos verificados no TP e TG, foram encontrados
por Weber et al. (2003) para as cultivares Perolera (0,098-0,124 g) e Primavera
(0,231- 0,239 g).
86
b
b
b
b
a
a
a
a
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Massa seca raiz (g)
BI
a
a
b
b
b
b
b
a
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Massa seca raiz (g)
TP
a
a
b
b
a
b
b
b
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Massa seca raiz (g)
TG
Figura 6 - Massa seca da raiz das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold
aos 140 dias após o transplantio para cada nível de recipiente: bandeja de
isopor (BI), tubete pequeno (TP) e tubete grande (TG) em função dos
níveis de adubo foliar.
87
B
B
B
B
B
A
A
B
A
A
A
AB
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
B
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Test.
Adubo foliar
Massa seca raiz (g)
BI TP TG
Figura 7 - Massa seca da raiz das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold
aos 140 dias após transplantio para cada nível de adubo foliar em função
dos níveis de recipientes: bandeja de isopor (BI), tubete pequeno (TP) e
tubete grande (TG).
88
CONCLUSÕES
Nas condições em que foi realizado este experimento, pode-se concluir que:
todos os adubos foliares, em todos os recipientes utilizados, proporcionam
maior crescimento em área foliar, altura e massa seca da parte aérea às mudas do
abacaxizeiro cv. Gold, exceto os adubos foliares T5 e T7, para massa seca da parte
aérea no recipiente bandeja de isopor;
os adubos foliares utilizados não aumentam a massa seca do sistema
radicular;
o recipiente bandeja de isopor apresenta as menores médias de área foliar,
altura e massa seca da parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold, em todos
os níveis de adubo foliar utilizados;
os recipientes tubete pequeno e tubete grande não diferem entre si em todos
os níveis de adubo foliar, exceto para o adubo foliar T7 para massa seca da parte
aérea e no adubo foliar T1 para massa seca da raiz e altura de planta.
89
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91
7. CONCLUSÕES GERAIS
Nas condições em que foi realizado este experimento, pode-se concluir que:
para todas as características avaliadas, a permanência das mudas em casa de
vegetação de pré-aclimatação além de 2 meses de idade após transplantio não
apresenta vantagens comparativas com IDA
1
e IDA
2
;
em todos os tratamentos as mudas não alcançam, simultaneamente, altura e
massa fresca suficientes para plantio em local definitivo no campo, sendo
insuficiente o tempo de 5 meses de aclimatação;
a diferenciação quanto à massa fresca da parte aérea ocorre a partir de 90
dias e a altura das mudas aos 120 dias;
o aumento da adubação de referência para vasos causa decréscimo dos
valores para: área foliar, massa fresca e seca da parte aérea e da raiz e mero de
folhas;
o comprimento da maior raiz e a altura de planta crescem até 50% da
adubação de referência, diminuindo a partir deste percentual;
os nutrientes que provavelmente limitam o crescimento das características
avaliadas são: zinco, ferro e cobre;
92
todos os adubos foliares, em todos os recipientes utilizados, proporcionam
maior crescimento em área foliar, altura e massa seca da parte aérea às mudas do
abacaxizeiro cv. Gold, exceto os adubos foliares T5 e T7, para massa seca da parte
aérea no recipiente bandeja de isopor;
os adubos foliares o aumentam a massa seca do sistema radicular;
o recipiente bandeja de isopor apresenta as menores médias de área foliar,
altura e massa seca da parte aérea das mudas do abacaxizeiro cv. Gold, em todos
os níveis de adubo foliar utilizado.
93
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98
ANEXOS
99
ANEXO A
Informações gerais
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
F1F2F3M1M2M3A1A2A3M1M2M3J1J2J3J1J2J3A1A2A3S1S2S3
Período
Temperatura (ºC)
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
Po (mm) e UR (%)
Po Tmin Tmed Tmax UR
Fonte: CCA-UFES, 2006.
Figura 1A Média de temperatura máxima (Tmax), média (Tmed) e mínima (Tmin),
precipitação observada (Po) e umidade relativa do ar média (UR), no
período de fevereiro a setembro de 2006, de 10 em 10 dias.
Tabela 1A - Escies do gênero Ananas consideradas válidas
Nome científico Nome vulgar
Ananas ananassoides (Baker) L. B. Smith Nanaí
Ananas nanus (L. B. Smith) L. B. Smith Ananaí
Ananas parguazensis Camargo & L. B. Smith Gravatá
Ananas lucidus Miller Curamá
Ananas bracteatus (Lindley) Schultes f. Ananás-do-mato
Ananas fritz muelleri Camargo Gravatá-de-cerca
Ananas comosus (L.) Merril Abacaxi
Fonte: Leal e Coppens dEeckenbrugge (1996) citado por Cabral & Coppens
d'Eeckenbrugge (2002).
100
ANEXO B
Informações auxiliares do experimento sobre aclimatação de mudas
micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold
Tabela 1B Altura, em cm, das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold,
em diferentes idades de retirada da casa de vegetação (IDA)
Dias após transplantio
IDA
(mês)
0 30 60 90 120 150
IDA
0
8,08
a
8,15
a
9,85
a
11,33
a
14,63
a
20,43
b
IDA
1
8,08
a
10,73
a
12,90
a
14,50
a
17,65
a
25,63
a
IDA
2
8,08
a
10,73
a
11,95
a
13,23
a
15,03
a
24,73
a
IDA
3
8,08
a
10,73
a
11,95
a
13,70
a
16,43
a
21,93
b
IDA
4
8,08
a
10,73
a
11,95
a
13,70
a
17,35
a
21,33
b
IDA
5
8,08
a
10,73
a
11,95
a
13,70
a
17,35
a
23,38
a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 2B - Área foliar, em cm
2
, das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold, em diferentes idades de retirada da casa de vegetação (IDA)
Dias as transplantio
IDA
(mês)
0 30 60 90 120 150
IDA
0
26,78
a
37,88
a
97,54
a
140,23
b
278,73
b
617,50
c
IDA
1
26,78
a
92,19
a
198,26
a
341,08
a
465,17
a
885,55
a
IDA
2
26,78
a
92,19
a
178,16
a
306,08
a
400,52
a
786,98
b
IDA
3
26,78
a
92,19
a
178,16
a
291,39
a
438,05
a
779,16
b
IDA
4
26,78
a
92,19
a
178,16
a
291,39
a
434,60
a
640,99
c
IDA
5
26,78
a
92,19
a
178,16
a
291,39
a
434,60
a
839,80
a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
101
Tabela 3B - Massa fresca da parte rea, em gramas, das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold, em diferentes idades de retirada da casa de
vegetação (IDA)
Dias após transplantio
IDA
(mês)
0
30
60
90
120
150
IDA
0
0,95
a
2,18a
6,63a
11,87
b
27,35
b
73,05
c
IDA
1
0,95
a
5,56a
13,31
a
35,76
a
47,84
a
118,25a
IDA
2
0,95
a
5,56a
14,64
a
30,16
a
41,27
a
102,74b
IDA
3
0,95
a
5,56a
14,64
a
26,35
a
46,83
a
93,36
b
IDA
4
0,95
a
5,56a
14,64
a
26,35
a
51,37
a
72,77
c
IDA
5
0,95
a
5,56a
14,64
a
26,35
a
51,37
a
95,89
b
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 4B - Massa seca da parte aérea, em gramas, das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold, em diferentes idades de retirada da casa de
vegetação (IDA)
Dias as transplantio
IDA
(mês)
0 30 60 90 120 150
IDA
0
0,06
a 0,20
a
0,54
a
1,08
b
2,62
b 7,14
d
IDA
1
0,06
a 0,46
a
1,22
a
3,45
a
4,81
a 11,26
a
IDA
2
0,06
a 0,46
a
1,31
a
2,87
a
4,25
a 10,13
b
IDA
3
0,06
a 0,46
a
1,31
a
2,90
a
4,83
a 9,87
b
IDA
4
0,06
a 0,46
a
1,31
a
2,90
a
5,19
a 8,38
c
IDA
5
0,06
a 0,46
a
1,31
a
2,90
a
5,19
a 9,85
b
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
102
Tabela 5B - Número de folhas das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold, em diferentes idades de retirada da casa de vegetação (IDA)
Dias as transplantio
IDA
(mês)
0 30 60 90 120 150
IDA
0
10,00
a
10,75
a
12,50
b
13,00
b
16,00
c 22,75
b
IDA
1
10,00
a
13,25
a
17,75
a
19,75
a
21,75
a
26,25
a
IDA
2
10,00
a
13,25
a
16,75
a
19,75
a
19,00
b
25,00
a
IDA
3
10,00
a
13,25
a
16,75
a
19,00
a
21,00
a
22,50
b
IDA
4
10,00
a
13,25
a
16,75
a
19,00
a
21,75
a
23,75
b
IDA
5
10,00
a
13,25
a
16,75
a
19,00
a
21,75
a
26,50
a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 6B - Massa fresca de raiz, em gramas, das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold, em diferentes idades de retirada da casa de
vegetação (IDA)
Dias as transplantio
IDA
(mês)
0
30
60
90
120
150
IDA
0
0,04
a
0,08
a 0,38
a 0,84
a 2,70
b 4,54
b
IDA
1
0,04
a
0,40
a 1,13
a 2,60
a 5,02
a 7,43
a
IDA
2
0,04
a
0,40
a 1,17
a 2,27
a 3,62
b 6,60
a
IDA
3
0,04
a
0,40
a 1,17
a 1,91
a 3,33
b 4,31
b
IDA
4
0,04
a
0,40
a 1,17
a 1,91
a 4,19
a 3,89
b
IDA
5
0,04
a
0,40
a 1,17
a 1,91
a 4,19
a 4,36
b
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
103
Tabela 7B - Massa seca de raiz, em gramas, das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold, em diferentes idades de retirada da casa de
vegetação (IDA)
Dias as transplantio
IDA
(mês)
0 30 60 90 120 150
IDA
0
0,01
a
0,02
a 0,06
a 0,12
a 0,34
b 0,64
b
IDA
1
0,01
a
0,06
a 0,17
a 0,35
a 0,75
a 1,06
a
IDA
2
0,01
a
0,06
a 0,14
a 0,34
a 0,46
b 0,93
a
IDA
3
0,01
a
0,06
a 0,14
a 0,27
a 0,45
b 0,71
b
IDA
4
0,01
a
0,06
a 0,14
a 0,27
a 0,80
a 0,61
b
IDA
5
0,01
a
0,06
a 0,14
a 0,27
a 0,80
a 0,82
a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 8B - Massa seca total, em gramas, das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold, em diferentes idades de retirada da casa de
vegetação (IDA)
Dias as transplantio
IDA
(mês)
0 30 60 90 120 150
IDA
0
0,64
a 0,22
a 0,60
a 1,19
b
2,96
b
7,78
d
IDA
1
0,64
a 0,52
a 1,39
a 3,80
a
5,56
a
12,32
a
IDA
2
0,64
a 0,52
a 1,45
a 3,21
a
4,71
a
11,05
b
IDA
3
0,64
a 0,52
a 1,45
a 3,18
a
5,28
a
10,57
b
IDA
4
0,64
a 0,52
a 1,45
a 3,18
a
5,99
a
8,99
c
IDA
5
0,64
a 0,52
a 1,45
a 3,18
a
5,99
a
10,67
b
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
104
Tabela 9B - Taxa de crescimento absoluto da massa fresca aérea, em g mês
-1
, das
mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold, em diferentes
idades de retirada da casa de vegetação (IDA)
Meses as transplantio
IDA
(mês)
1
2
3
4
5
IDA
0
1,24
a 4,44
a 5,24
a 15,48
b 45,70
b
IDA
1
4,62
a 7,75
a 22,45
a 12,07
b 70,41
a
IDA
2
4,62
a 9,08
a 15,52
a 11,11
b 61,47
a
IDA
3
4,62
a 9,08
a 11,70
a 20,48
a 46,53
b
IDA
4
4,62
a 9,08
a 11,70
a 25,02
a 21,41
c
IDA
5
4,62
a 9,08
a 11,70
a 25,02
a 44,52
b
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
105
ANEXO C
Informações auxiliares sobre o experimento de adubação foliar com macro e
micronutrientes no crescimento de mudas micropropagadas do abacaxizeiro
cv Gold em diferentes recipientes
Tabela 1C - Valores iniciais de área foliar (AFO), altura (ALT), massa seca da parte
aérea (MSA) e massa seca da raiz (MSR) das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold
Característica Unidade Média
Desvio
padrão
Valor
máximo
Valor
mínimo
CV (%)
AFO cm²
21,59
4,45
27,56
15,44
20,6
ALT cm 7,12 0,63
7,60
6,10 8,90
MAS g 0,0788 0,0185
0,1041
0,0519
23,45
MSR g 0,0267 0,0112
0,0448
0,0144
41,95
Tabela 2C Área foliar (AFO) das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold, em função do adubo foliar (ADF), aos 140 dias após o
transplantio
ADF T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
Test.
AFO(cm²)
184,70
b
211,62
a
198,64
b
212,70
a
189,10
b
221,87
a
179,67
b
95,82
c
Médias seguidas de letras iguais não diferem significativamente entre si pelo teste
de Scott Knott a 5%.
Tabela 3C Área foliar (AFO) das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv.
Gold, em função do recipiente, aos 140 dias após o transplantio
Recipiente AFO (cm²)
Bandeja de isopor 94,79 c
Tubete pequeno 245,21 a
Tubete grande 220,29 b
Médias seguidas de letras iguais não diferem significativamente entre si pelo teste
de Tukey a 5%.
106
Tabela 4C Altura, em cm, das mudas micropropagadas do abacaxizeiro cv. Gold,
em função do adubo foliar (ADF) e recipiente, aos 140 dias após o
transplantio
Recipiente
ADF
Bandeja de isopor
Tubete pequeno
Tubete grande
T1 8,8
b B 14,5
a A 15,4
b
A
T2 10,4
a B 16,0
a A 16,2
b
A
T3 11,5
a B 15,3
a A 17,0
a
A
T4 9,1
b B 17,3
a A 16,0
b
A
T5 9,1
b B 15,8
a A 17,5
a
A
T6 12,2
a B 16,5
a A 17,7
a
A
T7 7,6
b B 15,9
a A 14,3
b
A
Test. 5,4
c C 11,4
b A 8,7
c
B
Médias seguidas de mesma letra miscula na coluna e maiúscula na linha, não
diferem significativamente entre si, respectivamente, pelo teste de Scott Knott e
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 5C - Massa seca da parte aérea, em gramas, das mudas micropropagadas
do abacaxizeiro cv. Gold, em função do adubo foliar (ADF) e
recipiente, aos 140 dias após o transplantio
Recipiente
ADF
Bandeja de isopor
Tubete pequeno
Tubete
grande
T1 0,81
a
B 2,08
a
A 1,59
a
B
T2 0,98
a
B 2,06
a
A 1,81
a
A
T3 0,98
a
B 1,69
b
A 1,74
a
A
T4 0,78
a
B 2,22
a
A 2,03
a
A
T5 0,60
b
B 1,89
a
A 1,99
a
A
T6 0,99
a
B 2,17
a
A 1,92
a
A
T7 0,48
b
C 2,23
a
A 1,59
a
B
Test. 0,22
b
C 1,39
b
A 0,83
b
B
Médias seguidas de mesma letra miscula na coluna e maiúscula na linha, não
diferem significativamente entre si, respectivamente, pelo teste de Scott Knott e
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
107
Tabela 6C - Massa seca da raiz, em gramas, das mudas micropropagadas do
abacaxizeiro cv. Gold, em função de adubo foliar (ADF) e recipiente,
aos 140 dias após o transplantio
Recipiente
ADF Bandeja de isopor
Tubete pequeno
Tubete
grande
T1 0,19
a
B 0,31
a
A 0,20
b
B
T2 0,16
a
A 0,19
b
A 0,21
b
A
T3 0,12
a
A 0,12
b
A 0,18
b
A
T4 0,14
a
B 0,22
b
A 0,25
a
A
T5 0,08
b
B 0,16
b
AB 0,19
b
A
T6 0,11
b
A 0,18
b
A 0,17
b
A
T7 0,09
b
C 0,38
a
A 0,28
a
B
Test. 0,04
b
B 0,32
a
A 0,28
a
A
Médias seguidas de mesma letra miscula na coluna e maiúscula na linha, não
diferem significativamente entre si, respectivamente, pelo teste de Scott Knott e
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
108
ANEXO D
Fotos dos experimentos
Mudas no dia do transplantio
Ambiente: fora da estufa
Ambiente: sob estufa
Mudas aos 150 dias após o
transplantio, da esquerda para direita
(IDA
0
, IDA
1
, IDA
2
, IDA
3
, IDA
4
e IDA
5
(testemunha)
Figura 1D Aclimatação de mudas micropropagadas do abacaxizeiro Gold, CCA-
UFES, Alegre, 2006.
Figura 2D Adubação com NPK no crescimento de mudas micropropagadas do
abacaxizeiro Gold, aos 180 dias após transplantio. Tratamentos da
esquerda para direita: 0%, 50%, 100%, 150% e 200% da ARV, CCA-
UFES, Alegre, 2006.
109
Bandeja de isopor
Da esquerda para direita, supeiror: T1, T2, T3 e T4; inferior: T5, T6, T7 e T8
(testemunha)
Tubete pequeno
Tubete grande
Da esquerda para direita: T1, T2, T3 e T4
Da esquerda para direita: T1, T2, T3
e T4
Da esquerda para direita: T5, T6, T7 e T8
(testemunha)
Da esquerda para direita: T5, T6, T7
e T8 (testemunha)
Figura 3D Adubação foliar com macro e micronutrientes em mudas
micropropagadas do abacaxizeiro Gold em diferentes recipientes,
aos 140 dias após transplantio, CCA-UFES, Alegre, 2006.
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