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MARCELO SOUZA DE SANTANA
AVALIAÇÃO AGROINDUSTRIAL E GENÉTICA DE CLONES RB DE CANA-DE-
AÇÚCAR NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO
RECIFE
2007
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MARCELO SOUZA DE SANTANA
AVALIAÇÃO AGROINDUSTRIAL E GENÉTICA DE CLONES RB DE CANA-DE-
AÇÚCAR NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Agronomia, Área de Concentração
em Melhoramento Genético de Plantas, da
Universidade Federal Rural de Pernambuco, como
parte dos requisitos para obtenção do grau de
Mestre em Agronomia, Área de Concentração em
Melhoramento Genético de Plantas.
COMITÊ DE ORIENTAÇÃO:
Professor Dr. Francisco José de Oliveira – Orientador – UFRPE
Professor Dr. Clodoaldo José da Anunciação Filho – Co-orientador – UFRPE
Pesquisador MSc. Odemar Vicente dos Reis - Co-orientador – IPA
RECIFE – PE, BRASIL
FEVEREIRO, 2007
ii
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Ficha catalográfica
Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central – UFRPE
CDD 631. 53
1. Melhoramneto genético
2. Saccharum spp
3. Características agronômicas
4. Características industriais
5. Parâmetros genéticos
6. Genótipos
7. Seleção
8. Mata, Zona da (PE)
I. Oliveira, Francisco José
II. Título
S232a Santana, Marcelo Souza de
Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de
cana-de-açúcar nas Zonas da Mata de Pernambuco / Marce-
lo Souza de Santana. -- 2007.
84 f.
Orientador : Francisco José de Oliveira
Dissertação (Mestrado em Agronomia - Melhoramento
Genético de Plantas) – Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Departamento de Agronomia.
Inclui anexo e bibliografia.
iii
AVALIAÇÃO AGROINDUSTRIAL E GENÉTICA DE CLONES RB DE CANA-DE-
AÇÚCAR NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO
MARCELO SOUZA DE SANTANA
Dissertação defendida e aprovada pela Banca Examinadora em:_____/____/_____.
ORIENTADOR:
________________________________________
Prof
o
. Dr. Francisco José de Oliveira – UFRPE
EXAMINADORES:
_____________________________________________
Prof°. Dr. Clodoaldo José da Anunciação Filho – UFRPE
________________________________________
Prof°. Dr. Edson Ferreira da Silva – UFRPE
________________________________________
Prof°. Dr. Marcio Henrique Pereira Barbosa – UFV
RECIFE – PE, BRASIL
FEVEREIRO, 2007
iv
Aos meus pais, José Francisco e Edneide Maria.
E a minha avó, Maria de Lourdes.
OFEREÇO
A minha noiva, Maristtela Feitosa, a meu irmão
Márcio José e a minha família, que sempre estão
ao meu lado transmitindo amor, confiança,
estímulo e suporte em todas as horas da minha
vida.
DEDICO
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, que me deu forças, conhecimento e proteção para vencer todos os
obstáculos.
Ao Professor Dr. Francisco José de Oliveira, pela orientação, confiança, estímulo e
apoio.
Ao Clodoaldo José da Anunciação Filho, pela confiança, conselhos e ensinamentos
transmitidos.
A todos os professores da Pós-Graduação em Agronomia na Área de Concentração
em Melhoramento Genético em Plantas, especialmente ao Professor Gerson Quirino
Bastos pelos préstimos ensinamentos e conselhos recebidos que fizeram e fazem
parte do meu crescimento intelectual e pessoal.
Aos diretores, agrônomos e técnicos das Usinas Central Olho D´Água-PE e Usina
Trapiche-PE, pelo indispensável apoio à realização dos trabalhos de campo.
Ao PROMATA (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da
Mata de Pernambuco), por financiar a pesquisa.
Ao Engenheiro Agrônomo Odemar Vicente dos Reis, pelos valiosos ensinamentos
em estatística.
Ao MSc. Luiz José Oliveira Tavares de Melo e ao técnico Gilberto Eduardo Ferreira
da Estação Experimental de Cana-de-açúcar de Carpina (EECAC)/UFRPE, pelo
indispensável apoio nos trabalhos de campo.
Ao meu amigo Arthur Lourenço de Melo, pelos muitos anos de amizade, lutas e
conquistas.
Aos colegas de turma: Clébia Maria Alves de Almeida, David Almeida da Costa,
Jaqueline Gadé, Liliane Roberta, Mário Ferreira de Moraes, Roberto de Albuquerque
Melo e Silvokléio da Costa Silva pelos momentos de luta, amizade e alegria.
E aos demais que, direta ou indiretamente, contribuíram para a execução deste
trabalho.
vi
LISTA DE TABELAS
CAPITULO II COMPORTAMENTO DE CLONES RB NA ZONA DA MATA
NORTE E LITORAL SUL DE PERNAMBUCO
Páginas
LISTA DE TABELAS ........................................................................................ VII
.......................................................................................................................... IX
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ....................................................... X
SUMÁRIO .......................................................................................................... XI
RESUMO .......................................................................................................... XIII
ABSTRACT ...................................................................................................... XV
CAPITULO I - INTRODUÇÃO GERAL ............................................................. 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 30
CAPÍTULO II ..................................................................................................... 37
COMPORTAMENTO DE CLONES RB NA ZONA DA MATA NORTE E
LITORAL SUL DE PERNAMBUCO .................................................................. 37
RESUMO ........................................................................................................... 39
ABSTRACT ....................................................................................................... 40
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 41
2. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 42
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 44
4. CONCLUSÕES ............................................................................................. 47
5. REFERENCIAS BIBLOGRAFICAS .............................................................. 48
TABELA 1. IDENTIFICAÇÃO, GENITORES E PROCEDÊNCIA DOS
GENÓTIPOS DE CANA-DE-AÇÚCAR DO EXPERIMENTO CONDUZIDO NA
ZONA DA MATA NORTE DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ...................... 52
* VARIEDADES PADRÕES .............................................................................. 52
TABELA 2. IDENTIFICAÇÃO E PROCEDÊNCIA DOS GENÓTIPOS DE
CANA-DE-AÇÚCAR DO EXPERIMENTO CONDUZIDO NO LITORAL SUL DE
PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ....................................................................... 52
TABELA 3. ESQUEMA DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA EM CANA-PLANTA
(SACCHARUM SPP.) REFERENTE AOS QUADRADOS MÉDIOS DAS
VARIÁVEIS: MERO DE COLMOS (NC), DIÂMETRO DO COLMO (DC),
PESO DO COLMO (PC), NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DO
COLMO (AC), ÁREA FOLIAR (AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES,
TONELADA DE CANA POR HECTARE (TCH) E TONELADA DE POL POR
HECTARE (TPH), AVALIADOS AOS QUINZE MESES DE IDADE DA
PLANTA NO EXPERIMENTO CONDUZIDO NA ZONA DA MATA NORTE DE
PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ....................................................................... 53
vii
TABELA 4. ESQUEMA DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA EM CANA-PLANTA
(SACCHARUM SPP.) REFERENTE AOS QUADRADOS MÉDIOS DAS
VARIÁVEIS: DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC),
NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DO COLMO (AC), ÁREA FOLIAR
(AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES E, TONELADA DE CANA POR
HECTARE (TCH) E TONELADA DE POL POR HECTARE (TPH),
AVALIADOS AOS QUINZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO
EXPERIMENTO CONDUZIDO NO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO.
RECIFE, 2006. ................................................................................................... 53
TABELA 5. COMPARAÇÃO DE MÉDIAS REFERENTE ÀS VARIÁVEIS
NÚMERO DE COLMOS (NC), DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO
COLMO (PC), NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DO COLMO (AC),
ÁREA FOLIAR (AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES, TONELADA DE
CANA POR HECTARE (TCH) E TONELADA DE POL POR HECTARE (TPH),
AVALIADOS AOS QUINZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO
EXPERIMENTO CONDUZIDO NA ZONA DA MATA NORTE DE
PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ....................................................................... 54
TABELA 6. COMPARAÇÃO DE MÉDIAS REFERENTE ÀS VARIÁVEIS:
DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC), NÚMERO DE
ENTRENÓS (NE), ALTURA DO COLMO (AC), ÁREA FOLIAR (AF),
AVALIADOS AOS DOZE MESES, TONELADA DE CANA POR HECTARE
(TCH) E TONELADA DE POL POR HECTARE (TPH), AVALIADOS AOS
QUINZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO EXPERIMENTO CONDUZIDO
NO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ................................. 55
* VARIEDADES PADRÕES .............................................................................. 55
CAPÍTULO III .................................................................................................... 56
PARÂMETROS GENÉTICOS E CORRELAÇÕES DE CARACTERES
AGRONÔMICOS CLONES RB DE CANA-DE-AÇÚCAR NA ZONA DA MATA
DE PERNAMBUCO(1) ...................................................................................... 57
RESUMO ........................................................................................................... 57
GENETIC PARAMETRS AND CORRELATIONS IN AGRICULTURAL
CHARACTERS IN SUGARCANE RB CLONES OF THE FOREST REGIONS
OF PERNAMBUCO .......................................................................................... 58
ABSTRACT ....................................................................................................... 58
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 59
MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 60
TABELA 2. IDENTIFICAÇÃO, GENITORES E PROCEDÊNCIA DOS
GENÓTIPOS DE CANA-DE-AÇÚCAR DO EXPERIMENTO CONDUZIDO NO
LITORAL SUL DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ........................................ 62
RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 62
TABELA 3. ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA OS
CARACTERES NÚMERO DE COLMOS (NC), DIÂMETRO DO COLMO (DC),
PESO DO COLMO (PC), NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DE
COLMO (AC), ÁREA FOLIAR (AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES DE
IDADE DA PLANTA NO EXPERIMENTO CONDUZIDO NA ZONA DA MATA
NORTE DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ................................................... 64
viii
TABELA 4. ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA OS
CARACTERES DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC),
NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DE COLMO (AC), ÁREA FOLIAR
(AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO
EXPERIMENTO CONDUZIDO NO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO (PE).
RECIFE, 2006. ................................................................................................... 64
TABELA 5. COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO FENOTÍPICA (RF),
GENOTÍPICA (RG) AMBIENTAL (RE) PARA OS CARACTERES NÚMERO
DE COLMOS (NC), DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC),
NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DE COLMO (AC), ÁREA FOLIAR
(AF) AVALIADOS AOS DOZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO
EXPERIMENTO CONDUZIDO NA ZONA DA MATA NORTE DE
PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ....................................................................... 67
TABELA 6. COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO FENOTÍPICA (RF),
GENOTÍPICA (RG) AMBIENTAL (RE) PARA OS CARACTERES DIÂMETRO
DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC), NÚMERO DE ENTRENÓS (NE),
ALTURA DE COLMO (AC), ÁREA FOLIAR (AF) AVALIADOS AOS DOZE
MESES DE IDADE DA PLANTA NO EXPERIMENTO CONDUZIDO NO
LITORAL SUL DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ........................................ 67
CONCLUSÕES ................................................................................................. 68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 69
CONCLUSÕES GERAIS ................................................................................... 72
ANEXOS ............................................................................................................ 73
NORMAS DA REVISTA BRAGANTIA .............................................................. 74
NORMAS DA REVISTA CIÊNCIA E AGROTECNOLOGIA ............................. 79
.......................................................................................................................... 86
CORRESPONDÊNCIA DE RECEBIMENTO DOS TRABALHOS PELAS
REVISTAS ......................................................................................................... 86
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
NC – número de colmos;
DC – diâmetro do colmo;
PC – peso do colmo;
AF – área foliar;
AC – altura do colmo;
TCH – tonelada de cana por hectare;
TPH – tonelada de pol por hectare;
PSA – percentual da sacarose aparente
Cmáx – maior comprimento
Lmáx – maior largura
g – genótipo;
b – bloco;
CV – coeficiente de variação;
QMR – quadrado médio do resíduo;
h
m
2
– herdabilidade média;
σ
ˆ
2
f
variância fenotípica;
σ
ˆ
2
g
– variância genética;
– variância ambiental;
CV
G
– coeficiente de variação genético;
CV
E
– coeficiente de variação ambiental;
CV
G
/CV
E
– razão do coeficiente de variação genético pelo coeficiente de variação
ambiental;
rF – correlação fenotípica;
rG – correlação genética;
rE – correlação ambiental;
Y
ij
– é a observação do i-ésimo genótipo no j-ésimo bloco;
µ – média geral;
g
i
– é o efeito do i-ésimo genótipo;
b
j
– é o efeito do j-ésimo bloco;
ε
ij
– é o componente aleatório;
x
SUMÁRIO
Páginas
LISTA DE TABELAS ........................................................................................ VII
.......................................................................................................................... IX
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ....................................................... X
SUMÁRIO .......................................................................................................... XI
RESUMO .......................................................................................................... XIII
ABSTRACT ...................................................................................................... XV
CAPITULO I - INTRODUÇÃO GERAL ............................................................. 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 30
CAPÍTULO II ..................................................................................................... 37
COMPORTAMENTO DE CLONES RB NA ZONA DA MATA NORTE E
LITORAL SUL DE PERNAMBUCO .................................................................. 37
RESUMO ........................................................................................................... 39
ABSTRACT ....................................................................................................... 40
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 41
2. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 42
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 44
4. CONCLUSÕES ............................................................................................. 47
5. REFERENCIAS BIBLOGRAFICAS .............................................................. 48
TABELA 1. IDENTIFICAÇÃO, GENITORES E PROCEDÊNCIA DOS
GENÓTIPOS DE CANA-DE-AÇÚCAR DO EXPERIMENTO CONDUZIDO NA
ZONA DA MATA NORTE DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ...................... 52
* VARIEDADES PADRÕES .............................................................................. 52
TABELA 2. IDENTIFICAÇÃO E PROCEDÊNCIA DOS GENÓTIPOS DE
CANA-DE-AÇÚCAR DO EXPERIMENTO CONDUZIDO NO LITORAL SUL DE
PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ....................................................................... 52
TABELA 3. ESQUEMA DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA EM CANA-PLANTA
(SACCHARUM SPP.) REFERENTE AOS QUADRADOS MÉDIOS DAS
VARIÁVEIS: MERO DE COLMOS (NC), DIÂMETRO DO COLMO (DC),
PESO DO COLMO (PC), NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DO
COLMO (AC), ÁREA FOLIAR (AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES,
TONELADA DE CANA POR HECTARE (TCH) E TONELADA DE POL POR
HECTARE (TPH), AVALIADOS AOS QUINZE MESES DE IDADE DA
PLANTA NO EXPERIMENTO CONDUZIDO NA ZONA DA MATA NORTE DE
PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ....................................................................... 53
TABELA 4. ESQUEMA DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA EM CANA-PLANTA
(SACCHARUM SPP.) REFERENTE AOS QUADRADOS MÉDIOS DAS
VARIÁVEIS: DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC),
NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DO COLMO (AC), ÁREA FOLIAR
xi
(AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES E, TONELADA DE CANA POR
HECTARE (TCH) E TONELADA DE POL POR HECTARE (TPH),
AVALIADOS AOS QUINZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO
EXPERIMENTO CONDUZIDO NO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO.
RECIFE, 2006. ................................................................................................... 53
TABELA 5. COMPARAÇÃO DE MÉDIAS REFERENTE ÀS VARIÁVEIS
NÚMERO DE COLMOS (NC), DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO
COLMO (PC), NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DO COLMO (AC),
ÁREA FOLIAR (AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES, TONELADA DE
CANA POR HECTARE (TCH) E TONELADA DE POL POR HECTARE (TPH),
AVALIADOS AOS QUINZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO
EXPERIMENTO CONDUZIDO NA ZONA DA MATA NORTE DE
PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ....................................................................... 54
TABELA 6. COMPARAÇÃO DE MÉDIAS REFERENTE ÀS VARIÁVEIS:
DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC), NÚMERO DE
ENTRENÓS (NE), ALTURA DO COLMO (AC), ÁREA FOLIAR (AF),
AVALIADOS AOS DOZE MESES, TONELADA DE CANA POR HECTARE
(TCH) E TONELADA DE POL POR HECTARE (TPH), AVALIADOS AOS
QUINZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO EXPERIMENTO CONDUZIDO
NO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ................................. 55
* VARIEDADES PADRÕES .............................................................................. 55
CAPÍTULO III .................................................................................................... 56
PARÂMETROS GENÉTICOS E CORRELAÇÕES DE CARACTERES
AGRONÔMICOS CLONES RB DE CANA-DE-AÇÚCAR NA ZONA DA MATA
DE PERNAMBUCO(1) ...................................................................................... 57
RESUMO ........................................................................................................... 57
GENETIC PARAMETRS AND CORRELATIONS IN AGRICULTURAL
CHARACTERS IN SUGARCANE RB CLONES OF THE FOREST REGIONS
OF PERNAMBUCO .......................................................................................... 58
ABSTRACT ....................................................................................................... 58
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 59
MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 60
TABELA 2. IDENTIFICAÇÃO, GENITORES E PROCEDÊNCIA DOS
GENÓTIPOS DE CANA-DE-AÇÚCAR DO EXPERIMENTO CONDUZIDO NO
LITORAL SUL DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ........................................ 62
RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 62
TABELA 3. ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA OS
CARACTERES NÚMERO DE COLMOS (NC), DIÂMETRO DO COLMO (DC),
PESO DO COLMO (PC), NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DE
COLMO (AC), ÁREA FOLIAR (AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES DE
IDADE DA PLANTA NO EXPERIMENTO CONDUZIDO NA ZONA DA MATA
NORTE DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ................................................... 64
TABELA 4. ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA OS
CARACTERES DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC),
NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DE COLMO (AC), ÁREA FOLIAR
(AF), AVALIADOS AOS DOZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO
xii
EXPERIMENTO CONDUZIDO NO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO (PE).
RECIFE, 2006. ................................................................................................... 64
TABELA 5. COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO FENOTÍPICA (RF),
GENOTÍPICA (RG) AMBIENTAL (RE) PARA OS CARACTERES NÚMERO
DE COLMOS (NC), DIÂMETRO DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC),
NÚMERO DE ENTRENÓS (NE), ALTURA DE COLMO (AC), ÁREA FOLIAR
(AF) AVALIADOS AOS DOZE MESES DE IDADE DA PLANTA NO
EXPERIMENTO CONDUZIDO NA ZONA DA MATA NORTE DE
PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ....................................................................... 67
TABELA 6. COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO FENOTÍPICA (RF),
GENOTÍPICA (RG) AMBIENTAL (RE) PARA OS CARACTERES DIÂMETRO
DO COLMO (DC), PESO DO COLMO (PC), NÚMERO DE ENTRENÓS (NE),
ALTURA DE COLMO (AC), ÁREA FOLIAR (AF) AVALIADOS AOS DOZE
MESES DE IDADE DA PLANTA NO EXPERIMENTO CONDUZIDO NO
LITORAL SUL DE PERNAMBUCO. RECIFE, 2006. ........................................ 67
CONCLUSÕES ................................................................................................. 68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 69
CONCLUSÕES GERAIS ................................................................................... 72
ANEXOS ............................................................................................................ 73
NORMAS DA REVISTA BRAGANTIA .............................................................. 74
NORMAS DA REVISTA CIÊNCIA E AGROTECNOLOGIA ............................. 79
.......................................................................................................................... 86
CORRESPONDÊNCIA DE RECEBIMENTO DOS TRABALHOS PELAS
REVISTAS ......................................................................................................... 86
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e industrial de
genótipos de cana-de-açúcar (Saccharum spp.) e as magnitudes de alguns
parâmetros genéticos de importância em programas de melhoramento desta cultura
nas microrregiões canavieiras da Zona da Mata Norte e Litoral Sul de Pernambuco.
No Brasil, maior produtor mundial de cana-de-açúcar, diversos programas de
melhoramento desta cultura, os quais visam à obtenção de genótipos superiores,
agroindustrialmente, e bem adaptados a cada região produtora. Deste modo,
pretende-se obter variedades que apresentem superioridade agrícola e industrial
para cada área de exploração. Esta busca por novos genótipos se deve ao
fenômeno da degenerescência que atinge a capacidade produtiva das variedades
comerciais. Os trabalhos experimentais, em cana-planta, foram desenvolvidos
durante o ano agrícola de 2005/2006 nas usinas Central Olho d’Água, localizada na
Zona da Mata Norte de Pernambuco, município de Camutanga (07°24’S e 35°28’W)
e Trapiche, localizada no Litoral Sul de Pernambuco, município de Sirinhaém (8°35’S
xiii
e 35°07’W). O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, com
quatro blocos, utilizando-se dezesseis e dezoito tratamentos para os experimentos
conduzidos na Zona da Mata Norte e no Litoral Sul, respectivamente. A unidade
experimental foi representada por cinco sulcos de 8,0m de comprimento, espaçadas
de 1,0m entre sulcos, apresentando uma área total de 40m
2
. Foram analisados, aos
doze meses, os caracteres número de colmos (NC); diâmetro do colmo (DC); peso
de colmo (PC); número de entrenós (NE); altura da planta (AP); área foliar (AF) e,
aos quinze meses, os caracteres tonelada de cana por hectare (TCH) e tonelada de
pol por hectare (TPH). Os clones RB992504, RB992507, RB992510, RB992512 e
RB992525 apresentaram os melhores valores para os caracteres TCH e TPH, na
Zona da Mata Norte. no Litoral Sul, destacaram-se os clones RB992542;
RB992551, RB992559 e RB992570 para o caráter TCH. Os caracteres DC, PC, NE
e AF podem auxiliar na pré-seleção, sendo indicativos da tonelada de cana por
hectare. A razão entre o coeficiente de variação genético e o coeficiente de variação
experimental (CV
G
/CV
E
) demonstrou condição favorável para seleção dos caracteres
PC, AP e AF na Zona da Mata Norte e para os caracteres NE e AP para o Litoral
Sul. As estimativas de h
2
m
foram expressivas para os caracteres PC, AP e AF na
Zona da Mata Norte e para NE e AP no Litoral Sul, indicando êxito na seleção
fenotípica destes caracteres. O NC está associado negativamente com o DC, PC,
NE, AC e AF. O DC, AC e o PC, variáveis importantes no rendimento agrícola da
cana-de-açúcar estão fortemente associados entre si positivamente.
Palavras-chave: Saccharum spp., melhoramento genético, caracteres agronômicos
e industriais, parâmetros genéticos, genótipos, pré-seleção.
xiv
ABSTRACT
The objective of this work was to evaluate the agronomic and industrial
performance of sugarcane genotypes (sacarrum spp.) and the magnitudes of same
important genetical parameters in improvement programs of this culture in the
sugarcane micro-regions of North Forest and South Coast of Pernambuco. In Brazil,
the world’s largest sugarcane producer, there are several improvement programs of
this culture, which aim for the obtencion of agroindustrially superior genotypes, and
well adapted for each productive region. So, it objectifies the obtencion of varieties
which show agricultural and industrial superiority for each exploration area. This
search for new genotypes came from the phenomenon of degeneration, which
affects the productive capacity of the commercial varieties. By this and other
reasons, it’s necessary a constant research and to study new selectioned varieties
for the exploration site as well. The cane-plant experimental works were developed
during the agricultural year of 2005/2006 at the Central Olho d’Água mills, located at
the North Forest of Pernambuco, municipal district of Camutanga (07°24’ S,
xv
35°28’W) and Trapiche mill, located at the South Coast of Pernambuco, municipal
district of Sirinhaém (08°35’S, 35°07’W). The adopted experimental delineation was
by randomized blocks, with four of them, using sixteen and eighteen genotypes as
treatments for experiments conducted in North Forest of Pernambuco and South
Coast of Pernambuco, respectively. The experimental unit was represented by five
furrows of 8,0 m of length, spaces of 1,0 m between furrows, drawing a total area of
40 m
2
. There were analyzed, during the twelve months, the craracters stalk number
(SN); stalk diameter (SD); stalk weight (SW), internodes number (IN); stalk height
(SH); leaf area (LA) and, during fifteen months, the characters tons of cane per
hectare (TCH) and tons of pol per hectare (TPH). The clones RB992504, RB992507,
RB992510; RB992512 and RB992525 shoed the best values for the characters TCH
and TPH in the North Forest. Yet in South Coast, the clones RB992542, RB992551,
RB992559 and RB992570 were distinguished for the character TCH. The characters
SD, SW, IN, and LA may help in the pre-selection as indicative of TCH. The reason
between the coefficient of genetic variation (CV
G
/CV
E
) demonstrate favorable
condition for selection of the characters SW, SH and LA in North Forest and for IN
and SH in the South Coast, indicating success in the phenotypic selection of these
characters. The SN is negatively associated with SD, SW, IN, SH and LA. SD, SH
and SW, important variables in agricultural revenue of sugarcane, are strongly
positive associated between one another.
Key words: Saccharum spp., genetic improvement, agronomical and industrial
characters, genetic parameters, genotypes, pre-selection.
xvi
CAPÍTULO I
___________________________________________________________________
xvii
INTRODUÇÃO GERAL
xviii
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
15
CAPITULO I - INTRODUÇÃO GERAL
1.1. Importância da cana-de-açúcar
Desde que foi introduzida no Brasil, a cultura da cana-de-açúcar tornou-se
uma das principais atividades sócio-econômicas do país. No final do século XX, o
Brasil assumiu a posição de maior produtor mundial de cana-de-açúcar, de açúcar e
de álcool (BALSADI et al., 1996). O Pró-álcool (Programa Nacional do Álcool), criado
em 1979, foi um dos principais fatores que concorreram para que tal fato ocorresse,
visto que, após a implantação do Pró-álcool, houve um aumento significativo na área
de produção em todo o país (ANDRADE, 1985).
A agroindústria do açúcar e do álcool gera para o Brasil, em produto final,
cerca de 12 bilhões de dólares por ano, o que representa cerca de 2,5% do PIB
brasileiro, gerando mais de um milhão de empregos diretos e indiretos (ANUÁRIO
BRASILEIRO DA CANA-DE-AÇÚCAR, 2006).
Atualmente, a cana-de-açúcar é uma das principais culturas agrícolas do país,
sendo utilizada como matéria-prima para a fabricação de diversos produtos tais
como: açúcar, álcool, cachaça, rapadura, alimentação animal, etc. sendo que os
principais produtos gerados são o açúcar, com cerca de 26 milhões de toneladas e o
álcool, ao redor de 16 bilhões de litros na safra 2005/2006 (CONAB, 2006;
ANUÁRIO BRASILEIRO DA CANA-DE-AÇÚCAR, 2006; SINDAÇUCAR, 2006).
Segundo estimativas da CONAB (2006) a produção nacional desta cultura na safra
2006/2007 será de aproximadamente 471,17 milhões de toneladas, com área
plantada de 6,161 milhões de hectares e produtividade média de 76,467 toneladas
por hectare. Neste cenário, destaca-se a região Sudeste como a maior produtora do
país, com área plantada de 3,927 milhões de hectares e produção de 325,640
milhões de toneladas, sendo o Estado de São Paulo responsável por cerca de
83,49% da área plantada e 86,64% da produção de cana desta região (CONAB,
2006; SINDAÇUCAR, 2006). A região Nordeste apresenta-se como a segunda maior
do país tanto em área plantada quanto em produção, com 1,117 milhões de hectares
e 63,048 milhões de toneladas. Nesta região destaca-se o Estado de Alagoas como
maior em produção de açúcar (49,35%) e de álcool (35,91%) do total produzido na
região. Pernambuco posiciona-se como o segundo produtor regional em açúcar com
35,05% e o terceiro em álcool com 13,05% (CONAB, 2006; ALCOPAR, 2006).
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
O Brasil é, atualmente, o maior produtor mundial, com uma produção superior
a 470 milhões de toneladas (CONAB, 2006; ANUARIO BRASILEIRO DA CANA-DE-
AÇÚCAR, 2006). Destacam-se como maiores produtores os Estados de São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas e Paraíba (CONAB, 2006).
Entretanto o índice de produtividade nacional é relativamente baixo quando
comparado ao de países como Colômbia e Austrália, os quais apresentam
rendimento médio de 84,10 e 85,10 toneladas por hectare, respectivamente. Dentre
os fatores que contribuem para esse baixo índice de produtividade, identifica-se o
uso de variedades com baixo potencial genético de produtividade, além das
diferentes características agroecológicas dos distintos ambientes existentes nas
microrregiões de produção canavieira no Nordeste. NASCIMENTO et al., 2002,
afirmam que os estudos desenvolvidos pelos programas de melhoramento genético
da cana-de-açúcar, são de vital importância para a manutenção e o aumento da
rentabilidade do setor sucroalcooleiro, bem como atender as crescentes demandas
dos mercados internos e externos.
A baixa produtividade agroindustrial das variedades, aliada ao fenômeno da
degenerescência do genótipo, constitui o principal problema da cultura em todo
mundo. A busca constante de novas variedades através do melhoramento genético
tem possibilitado a seleção de genótipos mais promissores e adaptados às
condições edafoclimáticas da Zona da Mata de Pernambuco (SIMÕES NETO et al.,
1999). Em Pernambuco, as novas variedades RB têm contribuído bastante para
melhoria dos rendimentos agrícola e industrial.
A seleção de novas variedades para região Nordeste, em particular, para a
Zona da Mata de Pernambuco tem de grande importância face ao novo cenário
mundial: globalização das economias, mercados altamente competitivos,
incrementos na produtividade agrícola atual e da regulamentação da nova lei
brasileira de proteção de cultivares.
1.2. Classificação Botânica e Origem:
A cana-de-açúcar (Saccharum spp) é uma planta alógama, pertence à divisão
Magnoliophyta, classe Liliopsida, sub-classe Commilinidae, ordem Cyperales, família
Poaceae, tribo Andropogonae e sub tribo Saccharininae, (CASTRO et al. 2001). É
originaria do Sudeste Asiático, na região da Nova Guiné e Indonésia (DOOREMBOS
& KASSAM, 1979; DANIELS & ROACH, 1987). Inicialmente foi cultivada a espécie
20
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Saccharum officinarum (L.), por apresentar alto teor de sacarose, colmos grossos e
boa aparência, entretanto, devido às dificuldades de adaptação e susceptibilidade ao
vírus do mosaico, esta espécie foi praticamente extinta (MATSUOKA et. al. 1999).
A utilização de híbridos interespecíficos, oriundos dos programas de
melhoramento genético, apresentando alta resistência a doenças e melhor
adaptação às diferentes condições ambientais, propiciou a expansão da cultura pelo
planeta, (FIGUEIREDO et. al., 1995; MATSUOKA et. al., 1999).
A cana-de-açúcar é classificada em seis espécies: S. officinarum L. (2n = 80);
S. spontaneum L. (2n = 40 - 128); S. robustum Jesw (2n = 60 - 205); S. sinense
Roxb (2n = 111 - 120), S. barberi Jesw (2n = 81 - 124) e S. edule (2n = 60 - 80),
CASTRO et al. (2001) e MATSUOKA et al. (1999).
As variedades de cana-de-açúcar atualmente plantadas são todas híbridas,
geralmente de a 10º geração, em cujas constituições genéticas predominam a
contribuição de Saccharum officinarum, com participação menor de S. spontaneum,
S. sinensis e S. barberi, e, em alguns, de S. robustum (MATSUOKA et al., 1999).
1.3. Melhoramento Genético
A cana-de-açúcar é um dos principais produtos no cenário econômico e social
brasileiro, e o seu sucesso está ligado ao melhoramento genético com seleção de
novas variedades (ROSSE et al., 2002). BARBOSA et al. (2000) afirmam que o
melhoramento genético foi fundamental para o desenvolvimento do setor canavieiro
nacional, propiciando ganhos elevados tanto em produtividade quanto em qualidade,
principalmente nas últimas três décadas. Nesse período, a média de produtividade
da cana-de-açúcar teve mais de 30% de aumento (FERREIRA et al., 2005).
As variedades de cana-de-açúcar são alvo com o tempo de uma
degenerescência que atinge a capacidade produtiva das variedades comerciais. Por
este e outros motivos, necessidade de pesquisar constantemente novas
variedades selecionadas para o local de exploração, que possibilitem a manutenção
do processo produtivo com aumento de produtividade agrícola e industrial e
segurança de crescimento da produção. Na realidade, o tempo de permanência das
variedades no elenco comercial é muito curto, pois algumas chegam a ter um ciclo
muito curto (4 a 5 cortes), sendo substituídas imediatamente devido a problemas
agronômicos ou porque outras novas variedades colocadas à disposição dos
21
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
produtores são superiores considerando alguns parâmetros agroindustriais de
qualidade (BRIEGER, 1978; STUPIELLO, 2002).
Atualmente, este problema ainda persiste, pois a vida útil média de algumas
das variedades comerciais tem sido cada vez menor. Além disso, a Zona da Mata
pernambucana, onde se localiza a principal região canavieira de Pernambuco,
apresenta grande diversificação de clima, solo e relevo, justificando a necessidade
de intensa experimentação varietal, objetivando a seleção de clones que expressem
características superiores (SIMÕES NETO, 1996). Assim sendo, somente através do
melhoramento genético, com a seleção de novas variedades e execução de seu
manejo varietal, será possível elevar o rendimento agroindustrial de forma
competitiva. O manejo varietal da cana-de-açúcar é fundamental na busca de um
incremento na produção de colmos e açúcar, sem alterar o custo. Alguns autores,
como MATSUOKA et al. (1998) e MAMEDE et al. (2002) afirmaram que a
sustentação da agroindústria sucroalcooleira é a variedade de cana-de-açúcar, num
processo contínuo de substituição.
De acordo com GHELLER et al. (1996), uma grande perspectiva de
aumento de produtividade nos próximos anos, motivado pela substituição crescente
de variedades comerciais por genótipos mais produtivos. O aumento da
produtividade, através das variedades melhoradas, tem possibilitado uma evolução
contínua da agroindústria canavieira no mundo (HEINZ, 1987; SIMMONDS, 1987;
TEW, 1987). No Brasil, PINAZZA et al. (1984) estimaram a contribuição social do
melhoramento genético em cana-de-açúcar e MATSUOKA (1991; 1993) adicionou
outros dados demonstrando os benefícios sócio-econômicos obtidos através dos
programas de melhoramento.
Os Programas de Melhoramento Genético de cana-de-açúcar (PMGCA)
atualmente existentes no país são: o da RIDESA Rede Interuniversitária de
Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro, composto por um grupo de oito
universidades, o do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o da Cooperativa
Central dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
(COPERSUCAR) e o CANAVIALIS (CV), criado pelo Grupo Votorantin,
recentemente (MELO, 2005).
O melhoramento genético da cana-de-açúcar tem por objetivo ampliar a
variabilidade genética, através de hibridações e posteriores seleções de genótipos
22
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
que apresentam características desejadas para avaliações experimentais, em
ensaios regionais, o que viabiliza a obtenção e indicação de novas variedades
comerciais (SILVA et al., 1999).
Em cana-de-açúcar a seleção de novos genótipos é baseada em caracteres
agronômicos e industriais da planta. Quanto à produção de colmos por hectare, a
variância dominante tem se mostrado de mesma magnitude que a aditiva, sendo a
variância epistática predominante no peso de colmos; em Brix e no número de
colmos por touceira, a variância aditiva tende a predominar (HOGARTH, 1977).
Geralmente, a resistência às doenças apresenta alta herdabilidade, embora a
seleção de genitores resistentes apresente bons resultados, se faz necessário a
utilização de genótipos produtivos e suscetíveis, com a finalidade de elevar os níveis
de produtividade, uma vez que o cruzamento apenas entre indivíduos resistentes
pode diminuir a ocorrência de populações com elevados níveis de produtividade
(HOGARTH, 1987). O cruzamento de genitores susceptíveis pode gerar progênies
resistentes. Isto pode ocorrer devido à segregação transgressiva, a qual permite o
aparecimento de progênies resistentes à determinada doença (ARIZONO, 1994;
SKINNER, 1987).
Na literatura o número de estimativas genéticas disponíveis para cana-de-
açúcar ainda é reduzido. BARBOSA et al. (2002a) mostraram que os efeitos gênicos
aditivos são predominantes na expressão dos caracteres: número de colmos, brix e
% de florescimento. E que, para os caracteres peso médio de colmo, tonelada de
cana por hectare e toneladas de brix por hectare, os efeitos não-aditivos tiveram
maior importância.
Caracteres economicamente importantes como o número de colmos e o peso
médio de colmos analisados por BARBOSA et al. (2002b), foram as principais
causas das correlações genotípicas com a produção de colmos por hectare. Estes
autores afirmam que o peso médio de colmos é influenciado diretamente pelo
diâmetro de colmos.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e industrial de
clones RB da série 99 de cana de açúcar e obter estimativas de parâmetros
genéticos e correlações entre alguns caracteres de importância para o
melhoramento.
23
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
2. Revisão de Literatura
2.1. Parâmetros Genéticos
O conhecimento de parâmetros genéticos, tais como: coeficiente de
determinação fenotípica, componente de variabilidade genotípica e índice de
variação (CV
g
/CV
e
), controlando um determinado caráter, é de grande importância
para o melhorista, visto que estes indicam qual o método de melhoramento mais
adequado à cultura, maximizando ganhos com seleção (VENCOVSKY & BARRIGA,
1992).
A literatura registra vários autores, a exemplo de HOGARTH (1971),
HOGARTH et al. (1981), CESNIK & VENCOVSKY (1974), WU & TEW (1989),
HOGARTH & BULL (1990) e BRESSIANI (2001) que realizaram diversos estudos
sobre estimativas de parâmetros genéticos em cana-de-açúcar. CAVALCANTI
(1990) fazendo revisão literária sobre o assunto, encontrou grande amplitude de
resultados, tanto para as estimativas de herdabilidade quanto para as estimativas de
correlações genéticas, ambientais e fenotípicas para diversos caracteres de
importância para a cana-de-açúcar, tais como: diâmetro do colmo, altura da planta,
número de colmos, peso de colmos, números de entrenós, % de fibra, pol % da cana
e tonelada de cana por hectare.
2.1.1. Variâncias
Em todos os programas de melhoramento, é de vital importância o
conhecimento da variabilidade devida as diferenças genéticas existentes,
manifestadas pelos caracteres de importância agronômica (RAMALHO, et. al 2001).
BREWBAKER (1969), afirma que a variabilidade de um caráter biológico é
medida na estatística genética através da variância (
σ
ˆ
2
). Segundo este autor, a
variação biológica total de um caráter é representada pela variação fenotípica
total (
σ
ˆ
2
f
), variação ambiental (
σ
ˆ
2
e
) que apresenta, estatisticamente, a
variabilidade que não provem dos genes, também denominada de variação
não-genética e a variância genética (
σ
ˆ
2
g
) que tem origem na segregação e/ou
interação dos genes.
O correto entendimento dos componentes da variabilidade fenotípica é de
grande importância para escolha adequada dos métodos de melhoramento a serem
24
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
empregados, dos locais para condução dos experimentos, do número de repetições
e para a predição dos ganhos com seleção. Muitas vezes, os efeitos ambientais,
mascaram o verdadeiro potencial genético dos indivíduos, deste modo, quanto maior
a proporção da variabilidade ambiental em relação à variabilidade total, maior será o
esforço em se identificar e selecionar genótipos superiores (BORÉM, 1998).
Para ROSSMANN (2001), a variabilidade fenotípica pode ser conhecida
através das estimativas de parâmetros genéticos tais como: herdabilidade,
coeficientes de correlação fenotípica, genotípica e ambiental, variâncias genotípicas
e fenotípicas, entre outros, que refletem a natureza do material genético e a ação do
ambiente, o que permite a utilização de estratégias de melhoramento adequadas e a
predição dos ganhos com a seleção. Deste modo, fica claro a grande importância,
para os programas de melhoramento, em se conhecer a magnitude das estimativas
de herdabilidade, dos coeficientes de correlação genética e fenotípica, e os efeitos
ambientais sobre estas estimativas, refletidas na interação entre genótipos e
ambientes.
O êxito em programas de melhoramento de cana-de-açúcar depende do
conhecimento envolvido nos aspectos genéticos, além do reconhecimento de várias
características importantes consideradas na seleção. Informações sobre a
variabilidade genética e herdabilidade dos caracteres relacionados à produção são
de vital importância para predição de ganhos e êxito na seleção (PAIVA, 1980).
RAMALHO et al. (2001), afirmam que o conhecimento da variabilidade
relacionada às diferenças fenotípicas existentes, apresentada pelos caracteres
agronômicos, nas populações e o quanto desta é de origem genética, é essencial,
pois permite reconhecer o controle genético do caráter e verificar a potencialidade
da população para fins de seleção.
De acordo com COSTA et al. (2000), o sucesso da seleção em programas de
melhoramento depende da variação genética na população. O interesse principal
está na determinação da variabilidade e da herdabilidade dos caracteres envolvidos,
como mostram os trabalhos de estimativa de parâmetros genéticos realizados por
CESNIK & VENCOVSKY (1974), HOGARTH et al. (1981), CHAVANNE & MARIOTTI
(1984), SKINNER et al. (1987), WU & TEW (1989), HOGARTH & BULL (1990),
MOURA (1990), BRESSIANI (2001) e SILVA et al. (2002b).
25
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
LANDELL et al. (1999), analisando as estimativas de alguns parâmetros
genéticos em cana-de-açúcar observaram que para os caracteres tonelada de cana
por hectare e tonelada de pol por hectare, o componente de variância clones x
ambientes foi elevada, ratificando a resposta específica de clones em relação
ambientes diferenciados.
2.1.2. Herdabilidade
Nos programas de melhoramento, é fundamental a caracterização das
diferenças fenotípicas que é observada entre os indivíduos, e o quanto desta se
deve a constituição genética dos individuos ou às diferenças ambientais. Segundo
REIS (2000), a origem do conceito de herdabilidade, proveio na tentativa de
quantificar estas diferenças. BREWBAKER (1969) apresenta Lush como o primeiro a
estimar o coeficiente de herdabilidade, definindo-o como a proporção genética da
variância fenotípica total. FALCONER (1972), apresenta a herdabilidade como a
proporção da variância total atribuída aos efeitos médios dos genes, tendo como
principal objetivo predizer a confiabilidade do valor fenotípico como indicador do
valor genético. Para FALCONER & MACKAY (1996) a herdabilidade é a proporção
da variação fenotípica que pode ser herdada, ou seja, mede o quando do valor
fenotípico é devido a causas genéticas.
A herdabilidade é representada pelo símbolo (h
2
) (WRIGHT, 1921).
JACQUARD (1983) descreveu três conceitos para definir herdabilidade: (1°) grau de
semelhança entre genitor e progênie, (2°) porção genética no sentido amplo (h
2
a
) e
(3°) porção genética no sentido restrito (h
2
r
). A herdabilidade no sentido amplo é
definida como a razão entre a variância genotípica e a variância fenotípica. no
sentido restrito, é a razão entre a variância genética aditiva e a variância fenotípica.
Deste modo, nota-se que a diferença está no numerador da fração (ALLARD, 1971;
FALCONER & MACKAY, 1996). O coeficiente de herdabilidade, tanto no sentido
amplo quanto no restrito, pode variar de zero a um. Quando h
2
= 1, as diferenças
fenotípicas existentes entre os indivíduos são totalmente de origem genética.
Quando h
2
= 0 a variabilidade do caráter não tem origem genética, ou seja, é devida
apenas as condições ambientais, não existindo qualquer correlação entre o valor
genético e o valor fenotípico (ALLARD, 1971). Segundo LYNCH & WALSH (1998),
valores negativos de variância e herdabilidade média são considerados por autores
26
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
como valores nulos, ou seja, igual a zero, isto evita embaraços na discussão dos
dados, possibilitando a ocorrência de herdabilidade negativa quando a variância
genética é baixa.
O conhecimento da magnitude do coeficiente de herdabilidade possibilita uma
maior eficiência nos trabalhos de melhoramento, uma vez que este auxilia na
definição das estratégias de seleção e prediz o ganho do caráter em estudo (FEHR,
1987). Contudo, a herdabilidade não apresenta um valor constante referente a um
caráter, variando de acordo com a população em estudo e das circunstâncias do
ambiente nas quais estas populações são avaliadas (DUDLEY & MOLL, 1969;
FALCONER, 1987; FEHR, 1987).
Num indivíduo é possível mensurar o valor fenotípico, entretanto, é o valor
genético que terá influência na geração seguinte. Deste modo, o correto
conhecimento de quanto da variação fenotípica é atribuída à variação genotípica é
de grande importância, sendo que a variação genotípica pode ser obtida através
herdabilidade. Geralmente a herdabilidade é obtida a partir de uma análise de
variância, sendo normal à existência de erros associados, tanto às estimativas de
herdabilidade quando de outros componentes da variância genética. Deste modo,
estas estimativas devem ser avaliadas com bastante cautela. As estimativas da
herdabilidade apresentam uma grande faixa de variação para um mesmo caráter,
esta variação pode ser devido a problemas de amostragem, às diferenças existentes
entre populações e às diferenças de ambiente (VENCOVSKY, 1970; PESEK &
BAKER, 1971; RAMALHO et al., 1993).
2.1.3. Correlações
Outro parâmetro de importância no melhoramento é o coeficiente de
correlação entre caracteres. Tal estimativa é fundamental na formação de índices de
seleção, principalmente se um caráter, em seleção, apresenta baixa herdabilidade
ou dificuldades na mensuração e/ou identificação (CRUZ & REGAZZI, 1997). A
correlação medida diretamente entre dois caracteres é a fenotípica, que envolve a
ação de fatores genéticos e ambientais. Para o melhoramento, somente a relação
devida aos fatores genéticos tem importância, pois se refere apenas aos efeitos
herdáveis. Deste modo, se a correlação genética for de alta magnitude, é possível
obter ganhos superiores para o caráter de menor herdabilidade ou de difícil
27
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
mensuração através da seleção indireta, aumentando a eficiência da seleção de um
caráter através do uso de caracteres correlacionados (FALCONER, 1987; CRUZ &
REGAZZI, 1997).
Para HALLAUER & MIRANDA FILHO (1981), a correlação é fundamental no
melhoramento de plantas, porque indica o grau de associação genético ou não-
genético entre dois ou mais caracteres. CRUZ et. al. (1988) confirmam a importância
deste parâmetro no melhoramento genético. Estes autores afirmam que as
correlações quantificam a possibilidade de ganhos indiretos através da seleção em
caracteres correlacionados, e que os caracteres de baixa herdabilidade apresentam
seleção mais eficiente quando se utiliza este recurso. Segundo FALCONER (1987),
através dos estudos de correlação é possível distinguir a causa genética e a causa
ambiental, sendo que a porção genética é devida a pleitropia ou a ligação gênica,
enquanto que a porção ambiental refere-se às diferenças de condições ambientais.
Diante da importância sócio-econômica da cultura da cana-de-açúcar, os
programas de melhoramento, buscam selecionar genótipos superiores para um
determinado conjunto de características agronômicas e industriais. O conhecimento
da natureza e magnitude das associações entre caracteres desejados é de
fundamental importância para o sucesso destes programas. Estas relações são
avaliadas através das correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais. Neste
contexto, a correlação genotípica tem maior importância, visto que ela expressa a
porção herdável dos caracteres, fornecendo subsídios fundamentais para o correto
desenvolvimento dos programas de melhoramento, (FERREIRA, et al., 2003). CRUZ
et al. (1988) e VENCOVSK & BARRIGA (1992) relatam que o estudo de correlações
permite a obtenção de varias informações, úteis para os programas de
melhoramento, dentre as quais cita-se: identificação das variações genética e
ambiental contida na variação fenotípica, quantificação de ganhos indiretos através
de seleção em caracteres correlacionados, avaliação da complexidade dos
caracteres envolvidos na seleção e possibilidade de seleção indireta.
Para que se tenha sucesso nos programas de melhoramento em cana-de-
açúcar é de vital importância que se conheça a natureza genética envolvida nos
vários caracteres de importância para seleção. Além disto, informações relacionadas
à variabilidade e herdabilidade também são extremamente importantes para a
correta seleção de genótipos superiores (SILVA et al., 2002a). PAIVA (1980) afirma
28
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
que o conhecimento da variabilidade genética e o tipo de herança envolvida nos
caracteres, bem como a utilização de métodos adequados de avaliação em plantas
jovens, permite uma redução nos ciclos de seleção.
29
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
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SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
CAPÍTULO II
___________________________________________________________________
COMPORTAMENTO DE CLONES RB NA ZONA DA MATA NORTE E LITORAL
SUL DE PERNAMBUCO
Artigo enviado para publicação na
revista de Ciências Agronômicas
“Bragantia”.
37
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
COMPORTAMENTO DE CLONES RB NA ZONA DA MATA NORTE E LITORAL
SUL DE PERNAMBUCO
(1)
MARCELO SOUZA DE SANTANA
(2)
, FRANCISCO JOSÉ DE OLIVEIRA
(3)
,
CLODOALDO JOSÉ DA ANUNCIAÇÃO FILHO
(3)
, LUIZ JOSÉ OLIVEIRA TAVARES
DE MELO
(4)
1
Trabalho realizado com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da
Zona da Mata de Pernambuco (PROMATA).
Recebido para publicação em ________ e aceito em _________
2
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia “Melhoramento Genético em
Plantas” da Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail:
3
Departamento de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel
de Medeiros, n/s Dois Irmãos, 52171-900 Recife (PE). E-mail: [email protected];
4
Centro de Pesquisa em Cana de Açúcar do Carpina da UFRPE; l[email protected]
Número total de páginas: 17
Número total de tabelas: 06
Número total de figuras: 00
38
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
COMPORTAMENTO DE CLONES RB NA ZONA DA MATA NORTE E LITORAL
SUL DE PERNAMBUCO
(1)
MARCELO SOUZA DE SANTANA
(2)
, FRANCISCO JOSÉ DE OLIVEIRA
(3)
,
CLODOALDO JOSÉ DA ANUNCIAÇÃO
FILHO
(3)
, LUIZ JOSÉ OLIVEIRA TAVARES
DE MELO
(4)
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e industrial de clones RB
de cana-de-açúcar nas regiões da Zona da Mata Norte e do Litoral Sul de Pernambuco. Os
trabalhos experimentais foram desenvolvidos durante o ano agrícola 2005/2006 nas usinas
Central Olho d’Água, na Zona da Mata Norte e Trapiche no Litoral Sul de Pernambuco. O
delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, com quatro blocos,
utilizando-se como tratamentos dezesseis genótipos na Zona da Mata Norte e dezoito
genótipos no Litoral Sul. Foram avaliados os caracteres número de colmos por metro linear
(NC), diâmetro do colmo (DC), peso do colmo (PC), número de entrenós (NE), altura do
colmo (AC), área foliar (AF), tonelada de cana por hectare (TCH) e tonelada de pol por
hectare (TPH). Os resultados indicaram que na Zona da Mata Norte, os clones RB992504,
RB992507, RB992510, RB992512 e RB992525 apresentaram melhor desempenho para
TCH e TPH. Os clones RB992542, RB992551, RB992559 e RB992570 obtiveram os
melhores resultados para TCH no Litoral Sul. Os resultados indicaram que os caracteres
DC, PC, NE e AF podem ser utilizados para auxiliar na pré-seleção de clones para
desempenho agrícola.
Palavras-chave: Saccharum spp, genótipos, caracteres agronômicos e industriais.
___________
1
Trabalho realizado com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de
Pernambuco (PROMATA).
Recebido para publicação em ________ e aceito em _________
2
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia “Melhoramento Genético em Plantas” da Universidade
Federal Rural de Pernambuco. E-mail: [email protected]om
3
Departamento de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, n/s Dois
Irmãos, 52171-900 Recife (PE). E-mail: [email protected]; [email protected]
4
Centro de Pesquisa em Cana de Açúcar do Carpina da UFRPE; [email protected]
39
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
BEHAVIOR OF RB CLONES OF THE NORTH FOREST AND SOUTH COAST OF
PERNAMBUCO
ABSTRACT
The objective of this work was to evaluate the agronomical and industrial performance of
sugarcane RB clones in the regions of Norte Forest and South Coast of Pernambuco. The
experimental works were developed during the agricultural year of 2005/2006 in the mills of
Central olho d’Água, at North Forest and Trapiche, at South Coast of Pernambuco. The
adapted experimental delineation was by randomized blocks, with four of them, using as
treatments sixteen genotypes in North Forest and eighteen genotypes in South Coast. There
were evaluated the characters stalk number (SN) per linear meter; stalk diameter (SD); stalk
weight (SW), internodes number (IN); stalk height (SH); leaf area (LA); tons of cane per
hectare (TCH) and tons of pol per hectare (TPH). The results indicated that in North Forest
the clones RB992504, RB992507, RB992510, RB992515 and RB992525 shoed best
performance for TCH and TPH. The clones RB992542, RB992551, RB992559 and
RB992570 obtained the best results for TCH in South Coast. Results indicated that the
characters SD, SW, IN and LA may be used to help in the clones pre-selection for agricultural
performance.
Key Works: Saccharum spp., genotypes, agricultural and industrial characters.
40
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
1. INTRODUÇÃO
A cana-de-açúcar é um dos principais produtos no cenário econômico e social
brasileiro, e o seu sucesso está ligado ao melhoramento genético com seleção de novas
variedades (ROSSE et al., 2002). BARBOSA et al. (2000) afirmam que o melhoramento
genético foi fundamental para o desenvolvimento do setor canavieiro nacional, propiciando
ganhos elevados tanto em produtividade quanto em qualidade, principalmente nas últimas três
décadas. Nesse período, a média de produtividade da cana-de-açúcar aumentou mais de 30%
(FERREIRA et al., 2005).
O setor sucroalcooleiro é um dos principais segmentos econômicos a colaborar com o
dinamismo da economia brasileira neste início de século XXI. Mantém participação acima de
30% no mercado internacional de açúcar e obteve receita de US$ 2,64 bilhões em 2004. Além
de possibilitar que o Brasil se torna-se um dos maiores produtores de álcool, com exportações
de 2,2 bilhões de litros em 2004, receita de US$ 520 milhões (VEIGA FILHO, 2006).
Entretanto, as variedades comerciais de cana-de-açúcar são alvo com o tempo, de uma
degenerescência que atinge a capacidade produtiva. Por este e outros motivos, há necessidade
de pesquisar constantemente novas variedades selecionadas para o local de exploração, que
possibilitem a manutenção do processo produtivo. Na realidade, o tempo de permanência das
variedades no elenco comercial é muito curto, pois algumas chegam a ter um ciclo muito
curto (4 a 5 cortes), sendo portanto, substituídas imediatamente em função de problemas
agronômicos ou porque outras novas variedades colocadas à disposição dos produtores, são
superiores agronômica e industrialmente (BRIEGER, 1978; STUPIELLO, 2002). Além disso,
a Zona da Mata pernambucana, onde se localiza a principal região canavieira de Pernambuco,
apresenta grande diversificação de clima, solo e relevo, justificando a necessidade de intensa
experimentação varietal, objetivando a seleção de clones que expressem características
superiores (SIMÕES NETO, 1996). Portanto, somente através da seleção de novas variedades
41
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
e execução do manejo varietal, será possível elevar o rendimento agroindustrial de forma
competitiva. Alguns autores, a exemplo de MATSUOKA et al. (1998) e MAMEDE et al.
(2002) afirmaram que a sustentação da agroindústria sucroalcooleira é são as variedades
melhoradas de cana-de-açúcar, num processo contínuo de substituição.
GHELLER et al. (1996) reportam que uma grande possibilidade de aumento de
produtividade nos próximos anos, motivado pela substituição crescente de variedades
comerciais por genótipos mais produtivos. O aumento da produtividade, através das
variedades melhoradas, tem possibilitado uma evolução contínua da agroindústria canavieira
no mundo (HEINZ, 1987; SIMMONDS, 1987; TEW, 1987).
Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e
industrial de clones RB de cana-de-açúcar nas regiões canavieiras da Zona da Mata Norte e
Litoral Sul de Pernambuco.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Os trabalhos experimentais foram desenvolvidos durante o ano agrícola de 2005/2006,
nas usinas Central Olho d’Água, localizada na Zona da Mata Norte de Pernambuco,
município de Camutanga (07°24’S e 35°28’W) e Trapiche, localizada no Litoral Sul de
Pernambuco, município de Sirinhaém (8°35’S e 35°07’W). O delineamento experimental
adotado foi o de blocos casualizados, com quatro blocos, utilizando-se dezesseis e dezoito
genótipos como tratamentos, para os experimentos conduzidos na Zona da Mata Norte e no
Litoral Sul, respectivamente (Tabelas 1 e 2). A unidade experimental foi representada por
cinco sulcos de 8,0 m de comprimento, espaçados de 1,0 m entre sulcos, apresentando uma
área total de 40 m
2
.
Foram avaliados os caracteres: (1) número de colmos (NC) por metro linear de sulco,
obtido pela contagem do número total de colmos na fileira central, dividido pelo comprimento
42
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
do sulco; (2) diâmetro do colmo (DC), obtido na altura média do colmo. As medidas foram
realizadas com o auxilio de paquímetro com precisão de 1mm; (3) peso de colmo (PC), obtido
através da pesagem dos colmos, em balança de prato com precisão de 10g; (4) número de
entrenós (NE), obtido através de contagem de cada colmo; (5) altura do colmo (AC) medida,
em centímetros, do nível do solo até a inserção da folha +1; (6) área foliar (AF) estimada em
cm
2
, medindo-se o maior comprimento (Cmáx) e a maior largura (Lmáx) utilizando-se as
folhas +3 das plantas (7) tonelada de cana por hectare (TCH), calculada por meio da
transformação do peso total das parcelas em toneladas por hectare e; (8) tonelada de pol por
hectare (TPH) obtido através da multiplicação do peso de cana por hectare (TCH) pelo
percentual de sacarose aparente (PSA). Para os cálculos da área foliar utilizou-se a fórmula
sugerida por GÓMEZ et al. (1984), isto é, AF = 0,75 x Cmáx x Lmax. A obtenção das folhas
+1 e +3 foi realizada segundo o sistema de Kuijper (DILLEWIJN, 1957). Para avaliação dos
caracteres diâmetro do colmo, peso do colmo, número de entrenós, altura da planta e área
foliar foram tomadas, em cada parcela, ao acaso, cinco plantas na fileira central, aos doze
meses de idade após o plantio. Os caracteres tonelada de cana por hectare e tonelada de pol
por hectare foram obtidos aos quinze meses após o plantio. No experimento conduzido no
Litoral Sul foi subtraída a variável NC.
A análise de variância foi realizada de acordo com GOMES (1990), conforme o
modelo matemático a seguir: Y
ij
= µ + g
i
+ b
j
+ ε
ij
, onde, Y
ij
: é a observação do i-ésimo
genótipo no j-ésimo bloco; µ: média geral; g
i
: é o efeito do i-ésimo genótipo; b
j
: é o efeito do
j-ésimo bloco; ε
ij:
é o componente aleatório. As comparações de médias através do teste de
Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. As análises genético-estatísticas foram processadas
através do programa GENES (CRUZ, 2001).
43
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Houve significância pelo teste F aplicado a 1% de probabilidade (P < 0,01) entre os
genótipos avaliados para todas as variáveis estudadas, exceto para as variáveis número de
colmos na Zona da Mata Norte e diâmetro do colmo no Litoral Sul, evidenciando alto grau de
variabilidade genética entre os genótipos avaliados para esses caracteres (Tabelas 3 e 4). Na
Zona da Mata Norte os coeficientes de variação foram considerados de baixos a médios
variando de 6,74% a 14,28% para os caracteres diâmetro de colmo e peso de colmo,
respectivamente. No Litoral Sul, os coeficientes de variação foram considerados de baixos a
médios, visto que a maioria destes variou de 5,29% para o caráter número de entrenós a
16,44% para o caráter tonelada de pol por hectare. Entretanto, os caracteres peso do colmo e
área foliar exibiram coeficientes de variação altos (29,50% e 21,23%), respectivamente.
Nas tabelas 5 e 6 estão apresentados os dados médios para as variáveis número de
colmos (NC), diâmetro do colmo (DC), peso do colmo (PC), número de entrenós (NE), altura
de colmo (AC), área foliar (AF), tonelada de cana por hectare (TCH) e tonelada de pol por
hectare (TPH) na Zona da Mata Norte e Litoral Sul, respectivamente. Na tabela 6 foi subtraída
a variável NC.
Com relação ao número de colmos (Tabela 5), os genótipos não apresentaram
diferença estatística entre si.
Quanto ao diâmetro do colmo (DC), todos os clones se igualaram ao padrão
RB863129, exceto os clones RB992509 e RB992519 na Zona da Mata Norte. Resultados
semelhantes foram observados por DARIVA et. al (1986) e CAVALCANTI, (1990).
Contudo, os genótipos avaliados no Litoral Sul, não apresentaram diferença estatística entre si
(Tabela 6) para a variável em questão.
Para o peso do colmo (PC), todos os clones, a exceção de RB992509, RB992519 e
RB992525, apresentaram comportamento semelhante ao padrão RB863129 na Zona da Mata
44
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Norte. Esses resultados apontam para uma relação positiva entre o PC e o DC. No Litoral Sul,
os clones RB992542 e RB992558 apresentaram os maiores valores, entretanto não diferiram,
estatisticamente, dos padrões e demais clones, a exceção do padrão RB813804 e do clone
RB992548. Esses resultados sugerem a possibilidade de maiores rendimentos agrícolas para
os genótipos que apresentaram maiores DC e PC visto que, maior PC em conjunto com NC é
indicativo de maior rendimento agrícola (BRESSIANI, 2001; CONSECANA, 2000).
Resultados semelhantes para DC e PC foram observados por ALLEONI & BEAUCLAIR
(1995), CAVALCANTI (1990) e BARBOSA et. al (2002).
O clone RB992507 apresentou o maior número de entrenós (NE), embora não
diferindo, estatisticamente, dos padrões e dos demais clones, exceto do clone RB992509 na
Zona da Mata Norte. Para o Litoral Sul, o clone RB992558 apresentou o maior número de
entrenós, diferindo dos padrões SP79-1011, RB813804 e RB863129 e dos clones RB992548,
RB992559 e RB992571, mas não diferindo dos demais genótipos. CAVALCANTI (1990)
estudando estimativas de parâmetros genéticos em genótipos de cana-de-açúcar na Zona da
Mata pernambucana, constatou resultados semelhantes.
Com relação à altura do colmo (AC), todos os clones se igualaram ao padrão
RB92579, a exceção dos clones RB992509, RB992519 e RB992525 na Zona da Mata Norte.
Para o Litoral Sul, o clone RB992542 apresentou maior altura de colmo, sendo superior,
estatisticamente, a todos os padrões e demais clones, exceto do RB992558. Os resultados
obtidos na Zona da Mata Norte indicam que maiores AC implicam em maiores PC e por
conseqüência, maiores rendimentos agrícolas, dando indicativo que a altura do colmo
influencia no rendimento agrícola. Resultados análogos foram observados por ALLEONI &
BEAUCLAIR (1995), MATSUOKA, et. al, (2002).
Quanto à área foliar (AF), apenas os clones RB992510, RB992519, RB992521 e
RB992525 foram, estatisticamente, inferiores ao padrão RB92579 na Zona da Mata Norte. No
45
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Litoral Sul destacou-se o clone RB992542, com maior área foliar, diferindo dos padrões
RB813804, RB863129 e do clone RB992545, mas não diferiu dos demais genótipos.
Na Zona da Mata Norte todos os clones apresentaram comportamento semelhante ao
padrão RB92579 para o caráter tonelada de cana por hectare (TCH), com exceção dos clones
RB992547 e RB992589. No Litoral Sul destacaram-se os clones RB992542, RB992551,
RB992559 e RB992570, os quais exibiram desempenho semelhante ao padrão RB763710.
SIMÕES et. al. (2002), CAVALCANTI (1990), MATSUOKA, et. al (2002) e SILVEIRA et
al. (2002) obtiveram resultados semelhantes aos obtidos nesta pesquisa, em cana planta.
Na Zona da Mata Norte, os clones RB992504, RB992507, RB992510, RB992512 e
RB992525 foram, estatisticamente, semelhantes ao padrão RB92579 quanto a tonelada de pol
por hectare (TPH), entretanto, no Litoral Sul todos os clones apresentaram comportamento
semelhante ao padrão RB75126. SIMÕES et. al. (2002) e SILVEIRA et. al (2002) obtiveram
resultados semelhantes. Contudo, KORNDÖRFER, et. al (2002), MATSUOKA, et. al (2002)
e CAVALCANTI (1990) obtiveram valores médios próximos a 18 toneladas de pol por
hectare.
De maneira geral, os resultados de TCH indicaram influencia positiva do DC, PC, AC,
NE e AF na TCH neste conjunto de genótipos. Evidencia, portanto que esses caracteres
analisados podem servir como indicadores auxiliares na pré-seleção de clones no processo de
melhoramento da cana-de-açúcar.
Considerando-se a vital importância no melhoramento da cana-de-açúcar e produção
agroindustrial, o rendimento agrícola e a riqueza em açúcar, destacaram-se os clones
RB992504, RB992507, RB992510, RB992512 e RB992525 para Zona da Mata Norte e os
clones RB992542, RB992551, RB992559 e RB992570 no Litoral Sul.
46
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
4. CONCLUSÕES
Os clones RB992504, RB992507, RB992510, RB992512 e RB992525 apresentaram
melhor desempenho para os caracteres TCH e TPH, na Zona da Mata Norte. No Litoral Sul,
os clones RB992542; RB992551, RB992559 e RB992570 destacaram-se quanto a TCH.
Os caracteres DC, PC, NE e AF podem auxiliar na pré-seleção, sendo indicativos da
tonelada de cana por hectare.
47
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
5. REFERENCIAS BIBLOGRAFICAS
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51
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Tabela 1. Identificação, genitores e procedência dos genótipos de cana-de-açúcar do
experimento conduzido na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Recife, 2006.
* Variedades padrões
Tabela 2. Identificação e procedência dos genótipos de cana-de-açúcar do experimento
conduzido no Litoral Sul de Pernambuco. Recife, 2006.
* Variedades padrões
Genótipos
Genitores
Feminino Masculino
Procedência
SP79-1011* NA56-79 Co775 COPERSUCAR
RB72454* CP53-76 Desconhecido RIDESA
RB813804* CP48-124 Desconhecido RIDESA
RB863129* RB763411 Desconhecido RIDESA
RB92579* RB75126 RB72199 RIDESA
RB992504 RB825317 Desconhecido RIDESA
RB992507 RB792875 Desconhecido RIDESA
RB992509 RB7893 Desconhecido RIDESA
RB992510 RB792875 Desconhecido RIDESA
RB992512 RB855463 Desconhecido RIDESA
RB992519 POJ2878 Desconhecido RIDESA
RB992521 RB8316 Desconhecido RIDESA
RB992523 RB842784 Desconhecido RIDESA
RB992525 RB855565 Desconhecido RIDESA
RB992547 RB853077 Desconhecido RIDESA
RB992589 IAC68/12 Desconhecido RIDESA
Genótipos
Genitores
Procedência
Feminino Masculino
SP78-4764* H56-2954 Desconhecido COPERSUCAR
SP79-1011* NA56-79 CO775 COPERSUCAR
RB75126* C278 Desconhecido RIDESA
RB763710* F147 Desconhecido RIDESA
RB813804* CP48-124 Desconhecido RIDESA
RB863129* RB763411 Desconhecido RIDESA
RB92579* RB75126 RB72199 RIDESA
RB982618 RB72454 Desconhecido RIDESA
RB992541 CO421 Desconhecido RIDESA
RB992542 CP27-139 Desconhecido RIDESA
RB992545 CP48-103 Desconhecido RIDESA
RB992547 RB853077 Desconhecido RIDESA
RB992548 CO331 Desconhecido RIDESA
RB992551 L62-96 Desconhecido RIDESA
RB992558 RB83102 Desconhecido RIDESA
RB992559 RB83102 Desconhecido RIDESA
RB992570 SP70-1284 Desconhecido RIDESA
RB992571 SP70-1284 Desconhecido RIDESA
52
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Tabela 3. Esquema da análise de variância em cana-planta (Saccharum spp.) referente aos
quadrados médios das variáveis: número de colmos (NC), diâmetro do colmo (DC), peso do
colmo (PC), número de entrenós (NE), altura do colmo (AC), área foliar (AF), avaliados aos
doze meses, tonelada de cana por hectare (TCH) e tonelada de pol por hectare (TPH),
avaliados aos quinze meses de idade da planta no experimento conduzido na Zona da Mata
Norte de Pernambuco. Recife, 2006.
FV GL Quadrados Médios
NC DC PC NE AC AF TCH TPH
m cm kg cm cm
2
t.ha
-1
t.ha
-1
de pol
Blocos
2 0,145 0,019 0,029 0,70 322,76 4389,29 634,75 9,24
Genótipos
15 0,097
NS
0,077** 0,073** 13,25** 1444,17** 19630,37** 298,55** 8,12**
Resíduo
30 0,484 0,027 0,015 4,63 242,95 3517,12 126,10 2,80
Total
47
Média
2,986 2,450 0,853 16,795 231,783 512,905 90,250 12,490
CV (%)
7,364 6,747 14,288 12,811 6,725 11,563 12,443 13,413
*
,
**Significativo ao nível de 5% e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.
NS
Não
significativo. FV = fonte de variação; GL = grau de liberdade.
Tabela 4. Esquema da análise de variância em cana-planta (Saccharum spp.) referente aos
quadrados médios das variáveis: diâmetro do colmo (DC), peso do colmo (PC), número de
entrenós (NE), altura do colmo (AC), área foliar (AF), avaliados aos doze meses e, tonelada
de cana por hectare (TCH) e tonelada de pol por hectare (TPH), avaliados aos quinze meses
de idade da planta no experimento conduzido no Litoral Sul de Pernambuco. Recife, 2006.
FV GL Quadrados Médios
DC PC NE AC AF TCH TPH
cm kg cm cm
2
t.ha
-1
t.ha
-1
de pol
Blocos 3 0,018 0,0255 0,008 380,02 8245,33 20,28 585,60
Genótipos 17 0,078
NS
0,129** 0,348** 4053,01** 27335,56** 7,976** 529,16*
Resíduo 51 0,052 0,044 0,054 376,64 7241,35 2,73 90,94
Total 71
Média 2,422 0,712 4,405 238,094 400,827 10,056 75,236
CV (%) 9,438 29,501 5,290 8,151 21,230 16,436 12,675
*
,
**Significativo ao nível de 5% e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.
ns
Não
significativo. FV = fonte de variação; GL = grau de liberdade.
53
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Tabela 5. Comparação de médias referente às variáveis número de colmos (NC), diâmetro do colmo (DC), peso do colmo (PC), número de
entrenós (NE), altura do colmo (AC), área foliar (AF), avaliados aos doze meses, tonelada de cana por hectare (TCH) e tonelada de pol por
hectare (TPH), avaliados aos quinze meses de idade da planta no experimento conduzido na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Recife, 2006.
Genótipos
Caracteres
NC DC PC NE AC AF TCH TPH
m cm kg cm cm
2
t.ha
-1
t.ha
-1
de pol
SP79-1011* 7,29 a 2,52 ab 0,727 bcd 14,73 ab 183,86 d 495,14 abc 86,66 ab 11,8100 b
RB72454* 8,12 a 2,60 ab 0,932 abc 17,06 ab 235,60 abc 594,45 ab 91,33 ab 12,4333 ab
RB813804* 9,25 a 2,40 ab 0,826 abcd 19,33 a 235,13 abc 496,19 abc 92,33 ab 13,2000 ab
RB863129* 8,04 a 2,67 a 1,139 a 17,33 a 252,93 ab 538,65 ab 110,33 ab 13,9300 ab
RB92579* 9,29 a 2,61 ab 0,997 abc 16,46 ab 257,46 a 657,04 a 114,66 a 17,4933 a
RB992504 7,91 a 2,52 ab 0,901 abcd 16,80 ab 239,80 abc 547,72 ab 90,66 ab 13,4433 ab
RB992507 8,25 a 2,58 ab 1,018 ab 17,00 a 253,40 ab 595,11 ab 89,33 ab 12,9467 ab
RB992509 9,16 a 2,12 b 0,632 cd 14,66 b 209,73 bcd 502,28 abc 80,66 ab 11,8400 b
RB992510 7,75 a 2,47 ab 0,933 abc 19,33 ab 252,93 ab 423,29 bc 93,33 ab 12,4600 ab
RB992512 7,62 a 2,48 ab 0,859 abcd 16,26 ab 233,06 abc 508,70 abc 88,00 ab 12,3967 ab
RB992519 11,16 a 2,12 b 0,543 d 15,53 ab 207,66 bcd 329,38 c 89,00 ab 11,2767 b
RB992521 8,33 a 2,52 ab 0,896 abcd 17,60 ab 242,40 abc 426,66 bc 91,33 ab 11,7900 b
RB992523 7,75 a 2,36 ab 0,867 abcd 20,60 ab 254,53 ab 498,80 abc 81,66 ab 10,8267 b
RB992525 10,58 a 2,29 ab 0,631 cd 11,66 ab 204,26 cd 445,49 bc 88,00 ab 12,4700 ab
RB992547 7,75 a 2,44 ab 0,821 abcd 16,66 ab 212,93 abcd 567,97 ab 77,33 b 10,3767 b
RB992589 7,50 a 2,46 ab 0,931 abc 17,66 ab 232,80 abc 579,56 ab 79,33 b 11,1500 b
Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
* Variedades padrões
54
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Tabela 6. Comparação de médias referente às variáveis: diâmetro do colmo (DC), peso do colmo (PC), número de entrenós (NE), altura do
colmo (AC), área foliar (AF), avaliados aos doze meses, tonelada de cana por hectare (TCH) e tonelada de pol por hectare (TPH), avaliados aos
quinze meses de idade da planta no experimento conduzido no Litoral sul de Pernambuco. Recife, 2006.
Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
* Variedades padrões
Genótipos
Caracteres
DC PC NE AC AF TCH TPH
cm kg cm cm
2
t.ha
-1
t.ha
-1
de pol
SP78-4764* 2,49 a 0,923 ab 20,45 abcd 265,40 bc 518,54 a 91,25 ab 11,62 ab
SP79-1011* 2,48 a 0,698 abc 17,75 cde 222,10 cd 477,72 ab 88,50 abc 10,68 abc
RB75126* 2,69 a 0,847 abc 20,55 abcd 240,80 bcd 420,63 abc 79,25 abcd 11,15 abc
RB763710* 2,36 a 0,684 abc 21,65 abc 245,35 bcd 410,78 abc 98,25 a 12,92 a
RB813804* 2,29 a 0,371 c 14,90 e 199,50 d 237,39 cd 52,00 e 6,93 c
RB863129* 2,38 a 0,637 abc 16,15 de 208,30 d 124,02 d 62,25 de 8,11 bc
RB92579* 2,44 a 0,689 abc 18,95 abcde 247,15 bcd 485,55 ab 85,75 abcd 10,16 abc
RB982618 2,61 a 0,771 abc 21,30 abcd 209,00 d 392,97 abc 66,00 cde 9,25 abc
RB992541 2,29 a 0,538 abc 19,60 abcde 226,75 cd 374,42 abc 63,75 cde 8,66 abc
RB992542 2,42 a 1,016 a 22,10 abc 331,45 a 373,64 abc 79,25 abcd 10,36 abc
RB992545 2,51 a 0,706 abc 19,50 abcde 206,30 d 274,81 bcd 73,25 bcde 10,41 abc
RB992547 2,51 a 0,756 abc 20,55 abcd 247,95 bcd 511,96 a 68,50 bcde 9,42 abc
RB992548 2,16 a 0,470 bc 15,00 e 227,30 cd 330,17 abcd 69,25 bcde 9,47 abc
RB992551 2,40 a 0,697 abc 23,25 ab 232,10 cd 404,35 abc 77,75 abcd 10,48 abc
RB992558 2,41 a 1,082 a 24,20 a 286,60 ab 450,87 abc 68,75 bcde 9,69 abc
RB992559 2,39 a 0,599 abc 18,20 bcde 219,15 cd 449,34 abc 84,00 abcd 12,01ab
RB992570 2,16 a 0,563 abc 19,10 abcde 231,65 cd 460,78 abc 73,50 abcde 9,41 abc
RB992571 2,56 a 0,778 abc 18,35 bcde 238,85 bcd 374,85 abc 73,00 bcde 10,22 abc
55
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar... 56
CAPÍTULO III
___________________________________________________________________
PARÂMETROS GENÉTICOS E CORRELAÇÕES DE CARACTERES
AGRONÔMICOS EM CLONES RB DE CANA-DE-AÇÚCAR NA ZONA DA MATA
DE PERNAMBUCO
Artigo enviado para publicação na
revista “Ciência e Agrotecnologia”.
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar... 57
PARÂMETROS GENÉTICOS E CORRELAÇÕES DE CARACTERES
AGRONÔMICOS CLONES RB DE CANA-DE-AÇÚCAR NA ZONA DA MATA DE
PERNAMBUCO
(1)
MARCELO SOUZA DE SANTANA
(2)
, FRANCISCO JOSÉ DE OLIVEIRA
(3)
,
CLODOALDO JOSÉ DA ANUNCIAÇÃO
FILHO
(3)
, LUIZ JOSÉ OLIVEIRA TAVARES
DE MELO
(4)
RESUMO
O objetivo deste trabalho consistiu em obter estimativas de parâmetros genéticos e de
correlações de caracteres agronômicos em clones de cana-de-açúcar. Os trabalhos
experimentais foram desenvolvidos durante o ano agrícola de 2005/2006 nas usinas Central
Olho d’Água (Zona da Mata Norte de Pernambuco) e Trapiche (Litoral Sul de Pernambuco).
O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, com quatro blocos,
utilizando-se como tratamentos dezesseis genótipos na Zona da Mata Norte e dezoito
genótipos no Litoral Sul. Foram avaliados os caracteres número de colmos (NC), diâmetro do
colmo (DC), peso de colmo (PC), número de entrenós (NE), altura do colmo (AC) e área
foliar (AF). Os resultados indicaram a existência de variabilidade genética entre os clones
para os caracteres avaliados. Os valores altos de herdabilidade refletiram a presença do
componente genético na expressão dos caracteres, indicando possibilidade de seleção para
PC, AC e AF na Zona da Mata Norte e para NE e AC no Litoral Sul. A análise das
correlações genéticas indicou que o NC está associado negativamente com o DC, PC, NE, AC
e AF e que os caracteres DC, AC e PC estão fortemente associados entre si positivamente.
Termos para indexação: Saccharum spp, variabilidade, parâmetros genéticos, herdabilidade.
1
Trabalho realizado com recursos do Programa de desenvolvimento da Zona da Mata (PROMATA).
Recebido para publicação em ________ e aceito em _________
2
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia “Melhoramento Genético em Plantas” da Universidade Federal
Rural de Pernambuco. E-mail: [email protected]
3
Departamento de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, n/s Dois
Irmãos, 52171-900 Recife (PE). E-mail: [email protected]
4
Centro de Pesquisa em Cana de Açúcar do Carpina da UFRPE; [email protected]
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar... 58
GENETIC PARAMETRS AND CORRELATIONS IN AGRICULTURAL
CHARACTERS IN SUGARCANE RB CLONES OF THE FOREST REGIONS OF
PERNAMBUCO
ABSTRACT
The objective of this work consisted in obtain estimatives of genetic parameters and of
correlations of agricultural characters in sugarcane clones. The experimental works were
developed during the agricultural year of 2005/2006 in the mills Central olho d’Água (North
Forest of Pernambuco) and Trapiche (South Coast of Pernambuco). The adopted experimental
delineation was randomized blocks, with four of them, using as treatments sixteen genotypes
in North Forest and eighteen genotypes in South Coast. There were evaluated the characters
stalk number (SN) per linear meter; stalk diameter (SD); stalk weight (SW), internodes
number (IN); stalk height (SH) and leaf area (LA). Results indicate the existence of genetic
variability between the clones for the evaluated characters . the high herdability values
reflected the presence of the genetic component in the characters expression, indicating
possibility of selection by SW, SH and LA in North Forest and for IN and SH in South Coast.
The analysis of the genetic correlations indicated that SN is negatively associated with SD,
SW, IN, SH and LA and that the characters SD, SW and SH are strong positively associated
with one another.
Index terms: Saccharum spp., variability, genetic parameters, herdability.
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
INTRODUÇÃO
Devido a sua grande importância sócio-econômica, os programas de melhoramento em
cana-de-açúcar, visam a obtenção de genótipos superiores para um determinado conjunto de
variáveis. Isto torna de fundamental importância o conhecimento da natureza e magnitude das
correlações entre caracteres desejados. As relações entre os caracteres são avaliadas por meio
das correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais. Neste caso destaca-se a correlação
genotípica, visto que a mesma fornece subsídios para orientar a seleção, uma vez que, ela
expressa a porção herdável dos caracteres (FERREIRA, et al., 2003). CRUZ et al. (1988) e
VENCOVSKY & BARRIGA (1992) afirmam que o estudo de correlações possibilita a
obtenção de diversas informações, úteis para os programas de melhoramento, tais como:
identificação das variações genética e ambiental contida na variação fenotípica, quantificação
de ganhos indiretos através de seleção em caracteres correlacionados, avaliação da
complexidade dos caracteres envolvidos na seleção e a possibilidade de seleção indireta
através de caracteres correlacionados.
O sucesso dos programas de melhoramento em cana-de-açúcar está atrelado ao
conhecimento da natureza genética envolvida nos diversos caracteres de importância para
seleção, informações sobre a variabilidade e herdabilidade são extremamente importantes para
seleção de genótipos superiores (SILVA et al., 2002a). PAIVA (1980) afirma que o
conhecimento da variabilidade genética e o tipo de herança envolvida nos caracteres, bem
como a utilização de métodos adequados de avaliação em plantas jovens, permite uma
redução nos ciclos de seleção. O conhecimento da magnitude do coeficiente de herdabilidade
possibilita uma maior eficiência nos trabalhos de melhoramento, uma vez que este auxilia na
definição das estratégias de seleção e prediz o ganho do caráter em estudo (FEHR, 1987).
Contudo, a herdabilidade não apresenta um valor constante referente a um caráter, variando
de acordo com a população em estudo e das circunstâncias do ambiente nas quais estas
populações são avaliadas (DUDLEY & MOLL, 1969; FALCONER, 1987; FEHR, 1987).
59
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Para FALCONER & MACKAY (1996) a herdabilidade é a proporção da variação
fenotípica que pode ser herdada, ou seja, mede o quando do valor fenotípico é devido a causas
genéticas. Num individuo é possível mensurar o valor fenotípico, entretanto, é o valor
genético que terá influência na geração seguinte. Deste modo, o conhecimento de quanto da
variação fenotípica é atribuída à variação genotípica é de grande importância, sendo que a
variação genotípica pode ser obtida através da herdabilidade.
A literatura apresenta alguns autores, a exemplo: HOGARTH (1971), HOGARTH et
al. (1981), CESNIK & VENCOVSKY (1974), SKINNER et. al (1987), WU & TEW (1989),
HOGARTH & BULL (1990) e BRESSIANI (2001) que realizaram estudos sobre estimativas
de parâmetros genéticos em cana-de-açúcar. Entretanto, o número de estimativas genéticas
disponíveis para cana-de-açúcar ainda é reduzido. Tal situação impede que se possa fazer
recomendações gerais quanto à seleção de genótipos, o que dificulta o processo de
melhoramento. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi estimar os parâmetros genéticos e
correlações em caracteres agronômicos de cana-de-açúcar em clones e variedades comerciais
na Zona da Mata de Pernambuco.
MATERIAL E MÉTODOS
Os experimentos foram desenvolvidos durante o ano agrícola de 2005/2006 nas usinas
Central Olho d’Água, localizada na Zona-da-Mata Norte de Pernambuco, município de
Camutanga (07°24’S e 35°28’W) e Trapiche, localizada no Litoral Sul de Pernambuco,
município de Sirinhaém (8°35’S e 35°07’W). O delineamento experimental adotado foi o de
blocos casualizados, com quatro blocos, utilizando-se dezesseis e dezoito genótipos como
tratamentos, para os experimentos conduzidos na Zona da Mata Norte e no Litoral Sul,
respectivamente (Tabelas 1 e 2). A unidade experimental foi representada por cinco sulcos de
8,0 m de comprimento, espaçados de 1,0 m entre sulcos, apresentando uma área total de 40m
2
.
60
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Foram analisados os caracteres (1) número de colmos (NC) por metro linear de sulco, obtido
pela contagem do número total de colmos na fileira central, dividido pelo comprimento do
sulco; (2) diâmetro do colmo (DC) obtido na altura média do colmo. As medidas foram
realizadas com o auxilio de paquímetro com precisão de 1mm; (3) peso de colmo (PC), obtido
através da pesagem dos colmos, em balança de prato com precisão de 10g; (4) número de
entrenós (NE), obtido através de contagem de cada colmo; (5) altura do colmo (AC) medida,
em centímetros, do nível do solo até a inserção da folha +1; (6) área foliar (AF) estimada em
cm
2
, medindo-se o maior comprimento (Cmáx) e a maior largura (Lmáx) utilizando-se as
folhas +3 das plantas. Para os cálculos da área foliar foi usada a fórmula sugerida por
GÓMEZ et al. (1984), isto é, AF = 0,75 x Cmáx x Lmax. A obtenção das folhas +1 e +3 foi
realizada segundo o sistema de Kuijper (DILLEWIJN, 1957). Na avaliação dos caracteres
diâmetro do colmo, peso do colmo, número de entrenós, altura da planta e área foliar foram
tomadas, em cada parcela, ao acaso, cinco plantas na fileira central, aos doze meses de idade
após o plantio. No experimento conduzido no Litoral Sul foi subtraída a variável NC.
A decomposição dos componentes de variação fenotípica, genética e ambiental e os
cálculos dos coeficientes de variação genética, fenotípica, ambiental e herdabilidade média,
foram determinados segundo o estabelecido por VENCOVSKY (1987). A determinação das
correlações foi efetuada conforme CRUZ (2001). As análises genético-estatísticas foram
processadas através do programa GENES (CRUZ, 2001).
Tabela 1. Identificação, genitores e procedência dos genótipos de cana-de-açúcar do
Genótipos
Genitores
Feminino Masculino
Procedência
SP79-1011* NA56-79 CO775 COPERSUCAR
RB72454* CP53-76 Desconhecido RIDESA
RB813804* CP48-124 Desconhecido RIDESA
RB863129* RB763411 Desconhecido RIDESA
RB92579* RB75126 RB72199 RIDESA
RB992504 RB825317 Desconhecido RIDESA
RB992507 RB792875 Desconhecido RIDESA
RB992509 RB7893 Desconhecido RIDESA
RB992510 RB792875 Desconhecido RIDESA
RB992512 RB855463 Desconhecido RIDESA
RB992519 POJ2878 Desconhecido RIDESA
RB992521 RB8316 Desconhecido RIDESA
RB992523 RB842784 Desconhecido RIDESA
RB992525 RB855565 Desconhecido RIDESA
RB992547 RB853077 Desconhecido RIDESA
RB992589 IAC68/12 Desconhecido RIDESA
61
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
* Variedades Padrões
Tabela 2. Identificação, genitores e procedência dos genótipos de cana-de-açúcar do
experimento conduzido no Litoral Sul de Pernambuco. Recife, 2006.
* Variedades Padrões
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As variâncias genéticas oscilaram numa ampla faixa de valores, tanto na Zona da Mata
Norte quanto no Litoral Sul, sendo que os valores mais expressivos foram apresentados pelos
caracteres altura do colmo (AC) e área foliar (AF) para ambos os locais (Tabelas 3 e 4). Os
valores elevados de variância genética para esses caracteres indicam a existência de alto grau
de variabilidade genética entre os genótipos estudados, dando indicativo de possibilidade de
sucesso para seleção de genótipos, em ambos os locais. A variável diâmetro do colmo (DC)
exibiu baixa variabilidade genética, cujo resultado foi semelhante aos observados por SILVA,
et. al (2002b). Estes autores observaram resultados semelhantes aos obtidos neste trabalho
também para o caráter DC. Do mesmo modo, foram observados resultados concordantes por
Genótipos
Genitores
Procedência
Feminino Masculino
SP78-4764* H56-2954 Desconhecido COPERSUCAR
SP79-1011* NA56-79 CO775 COPERSUCAR
RB75126* C278 Desconhecido RIDESA
RB763710* F147 Desconhecido RIDESA
RB813804* CP48-124 Desconhecido RIDESA
RB863129* RB763411 Desconhecido RIDESA
RB92579* RB75126 RB72199 RIDESA
RB982618 RB72454 Desconhecido RIDESA
RB992541 CO421 Desconhecido RIDESA
RB992542 CP27-139 Desconhecido RIDESA
RB992545 CP48-103 Desconhecido RIDESA
RB992547 RB853077 Desconhecido RIDESA
RB992548 CO331 Desconhecido RIDESA
RB992551 L62-96 Desconhecido RIDESA
RB992558 RB83102 Desconhecido RIDESA
RB992559 RB83102 Desconhecido RIDESA
RB992570 SP70-1284 Desconhecido RIDESA
RB992571 SP70-1284 Desconhecido RIDESA
62
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
BRESSIANI (2001) para os caracteres altura do colmo (AC) e diâmetro do colmo (DC) e por
CAVALCANTI (1990) para os caracteres diâmetro do colmo (DC) e peso do colmo (PC).
O coeficiente de variação genético (CV
G
) variou entre 0,2966%, para o caráter número
de entrenós (NE), e 14,2887% para o caráter área foliar (AF) na Zona da Mata Norte e entre
3,3204% para DC a 20,4684% para peso do colmo (PC) no Litoral Sul. Estes resultados
indicam baixa variabilidade genética para os caracteres NE e DC avaliados nas Zona da Mata
Norte e Litoral Sul, respectivamente. SILVA et. al (2002b) obtiveram valores semelhantes aos
encontrados neste trabalho para os caracteres AC, DC e PC.
A razão entre o coeficiente de variação genético e o coeficiente de variação ambiental
(CV
G
/CV
E
) observados Zona da Mata Norte foram superiores a unidade para os caracteres PC
(1,1395), AC (1,2838) e AF (1,2358), indicando condição favorável para seleção nestes
caracteres (VENCOSVKY, 1987). Contudo, no Litoral Sul a razão CV
G
/CV
E
apresentou
valores superiores a unidade para os caracteres NE (1,1629) e AC (1,5621).
De maneira geral, as estimativas da herdabilidade média (h
2
m
) indicaram a existência
de alta variabilidade genética entre os materiais testados em ambos os locais. Na Zona da
Mata Norte houve maior expressividade de h
2
m
para os caracteres PC (79,57%), AC (83,17%)
e AF (82,08%), enquanto no Litoral Sul houve maior expressividade para os caracteres NE
(84,39%) e AC (90,70%). Os altos valores de herdabilidade média indicam a possibilidade de
êxito para seleção desses caracteres, visto que predominância do componente genético
atuando nestes caracteres. Valores semelhantes de h
2
m
foram obtidos por BRESSIANI (2001)
para o caráter AC, SILVA et. al (2002b) para DC e CAVALCANTI (1990) para os caracteres
DC, NE e PC. Na revisão sobre parâmetros genéticos em caracteres de cana-de-açúcar
CAVALCANTI (1990) encontrou grande amplitude de resultados para as estimativas de
herdabilidade. Esta grande faixa de variação pode ser devido a vários fatores, tais como,
problemas de amostragem, às diferenças existentes entre populações e às diferenças de
ambiente (VENCOVSKY, 1970; PESEK & BAKER, 1971; RAMALHO et al., 1993).
63
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Tabela 3. Estimativas de parâmetros genéticos para os caracteres número de colmos (NC),
diâmetro do colmo (DC), peso do colmo (PC), número de entrenós (NE), altura de colmo
(AC), área foliar (AF), avaliados aos doze meses de idade da planta no experimento
conduzido na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Recife, 2006.
Parâmetros
Genéticos
Caracteres
NC (m) DC (cm) PC (Kg) NE AC (cm) AF (cm
2)
σ
2
F
0,0323 0,0257 0,0242 0,0701 481,3923 6543,4568
σ
2
G
0,0161 0,0166 0,01932 0,0468 400,4059 5371,0831
σ
2
E
0,0161 0,0091 0,00496 0,0233 80,9863 1172,3737
cv
G
(%)
4,2593 5,2574 16,2826 0,2966 8,6331 14,2887
(%)
cv
e
7,3639 6,7471 14,2892 0,3630 6,7246 11,5623
cvcv
EG
0,5784 0,7792 1,1395 0,8169 1,2838 1,2358
h
m
2
(%)
50,0904 64,5549 79,5735 66,6875 83,1766 82,0833
Tabela 4. Estimativas de parâmetros genéticos para os caracteres diâmetro do colmo (DC),
peso do colmo (PC), número de entrenós (NE), altura de colmo (AC), área foliar (AF),
avaliados aos doze meses de idade da planta no experimento conduzido no Litoral Sul de
Pernambuco (PE). Recife, 2006.
Parâmetros
Genéticos
Caracteres
DC (cm) PC (Kg) NE AC (cm) AF (cm
2)
σ
2
F
0,0195 0,0323 0,0870 1013,2541 6833,8921
σ
2
G
0,0064 0,0212 0,0734 919,0925 5023,5526
σ
2
E
0,0130 0,0110 0,0135 94,1615 1810,3395
cv
G
(%)
3,3204 20,4684 6,1520 12,7330 17,6827
(%)
cv
e
9,4383 29,5018 5,2902 8,1512 21,23028
cvcv
EG
0,3518 0,6938 1,1629 1,5621 0,8329
h
m
2
(%)
33,1123 65,8182 84,3979 90,7070 73,5094
64
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
A maior parte das correlações genéticas (rG) apresentou sinais iguais aos das
correlações fenotípica (rF) e ambiental (rE). As correlações genéticas e fenotípicas também
foram semelhantes em magnitude. De maneira geral, os valores das correlações genéticas,
entre todos os pares de caracteres, foram superiores as correlações fenotípica e ambiental,
indicando que os fatores genéticos foram mais importantes que os ambientais na associação
destes caracteres, em ambos os locais. A maioria dos coeficientes de correlação fenotípica,
genotípica e ambiental entre os caracteres avaliados apresentaram significância pelo teste t ao
nível de 5% e 1% de probabilidade, tanto na Zona da Mata Norte quanto no Litoral Sul
(tabelas 5 e 6).
Na Zona da Mata Norte, o NC apresentou correlação genética negativa e altamente
significativa com o DC (-0,8776), PC (-0,7722), NE (-0,7874) e AF (-0,5554) e negativa e
significativa com a AC (-0,4133). Estes resultados indicam que os clones com maior número
de colmos tendem a ter menores PC, DC, NE, AC e AF, não sendo indicado a seleção
simultânea ou indireta entre estes pares de caracteres, visto que, os valores negativos destas
correlações indicam que o fator genético favorece um caráter em detrimento do outro. O DC
correlacionou-se, positiva e altamente significativo geneticamente, com o PC (0,9426), AC
(0,6808) e AF (0,6561). A correlação genética foi positiva e altamente significativa entre PC
com NE (0,7412), AC (0,8866) e AF (0,6846). O NE apresentou correlação significativa com
a AC (0,842), sendo esta de alta significância e positiva, entretanto, este caráter não teve
correlação genética significativa com a AF. Esse fato indica que o NE não foi influenciado
pela AF e que estes caracteres podem ser selecionados independentemente.
Os resultados no Litoral Sul mostraram que o DC apresentou correlação altamente
significativa e positiva com PC (0,5296) e NE (0,4764) e não significativa com AC (-0,0230)
e AF (0,161). Entretanto o PC correlacionou-se altamente significativa e positivamente com
NE (0,8376), AC (0,8580) e AF (0,5739). O caráter NE apresentou correlação positiva e
altamente significativa com o AC (5899) e AF (0,4916) e houve também correlação de
65
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
mesma magnitude entre a AC e AF (0,4054). SILVA, et. al (2002b), estudando estimativas de
parâmetros genéticos e ganhos com seleção em famílias de cana-de-açúcar observaram
valores semelhantes aos encontrados neste estudo para correlação genética entre os caracteres
AC e DC. CAVALCANTI (1990) encontrou grande amplitude de resultados para as
estimativas de correlações genéticas, ambientais e fenotípicas para os caracteres DC, AC, NC,
PC e NE.
As correlações genéticas positivas e significativas indicam que o fator genético
favorece ambos os caracteres, indicando possibilidade de progresso na seleção simultânea ou
seleção indireta, entre estes pares de caracteres.
Na população estudada o DC, PC e AC são indicadores de produção agrícola,
característica importante no melhoramento desta cultura. Estes caracteres estão fortemente
associados positiva e significativamente, o que indica a possibilidade de seleção simultânea
ou indireta para estes caracteres.
66
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Tabela 5. Coeficientes de correlação fenotípica (rF), genotípica (rG) ambiental (rE) para os
caracteres número de colmos (NC), diâmetro do colmo (DC), peso do colmo (PC), número de
entrenós (NE), altura de colmo (AC), área foliar (AF) avaliados aos doze meses de idade da
planta no experimento conduzido na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Recife, 2006.
(**; *) Significativo ao nível de 1% e 5% de probabilidade pelo teste t.
Tabela 6. Coeficientes de correlação fenotípica (rF), genotípica (rG) ambiental (rE) para os
caracteres diâmetro do colmo (DC), peso do colmo (PC), número de entrenós (NE), altura de
colmo (AC), área foliar (AF) avaliados aos doze meses de idade da planta no experimento
conduzido no Litoral Sul de Pernambuco. Recife, 2006.
Caracteres Correlações
Caracteres
DC PC NE AC AF
r
F
1 0,5852** 0,3886** 0,0909
NS
0,2246
NS
DC (cm) r
G
1 0,5296** 0,4764** -0,0230
NS
0,1661
NS
r
E
1 0,7069** 0,4234** 0,4103** 0,3389*
r
F
1 0,7593** 0,7648** 0,4392**
PC (Kg) r
G
1 0,8376** 0,8580** 0,5739**
r
E
1 0,5845** 0,5718** 0,1330
NS
r
F
1 0,5899** 0,4916**
NE r
G
1 0,5885** 0,6075**
r
E
1 0,6226** 0,0645
NS
r
F
1 0,4054**
AC (cm) r
G
1 0,4433**
r
E
1 0,2767*
r
F
1
AF (cm
2
) r
G
1
r
E
1
Caracteres Correlações
Caracteres
NC DC PC NE AC AF
r
F
1 -0,5916** -0,5750** -0,4838** -0,2448
NS
-0,4333*
NC (m) r
G
1 -0,8776** -0,7722** -0,7874** -0,4133* -0,5554**
r
E
1 -0,2201
NS
-0,2740
NS
0,4965** 0,0757
NS
-0,2579
NS
r
F
1 0,8848** 0,3235
NS
0,5392** 0,6276**
DC (cm) r
G
1 0,9426** 0,4238* 0,6808** 0,6561**
r
E
1 0,7775** 0,1322
NS
0,1652
NS
0,5982**
r
F
1 0,5638** 0,8100** 0,6293**
PC (Kg) r
G
1 0,7412** 0,8866** 0,6846**
r
E
1 0,0916 0,4784** 0,3971*
r
F
1 0,6999** 0,1335
NS
NE r
G
1 0,842** 0,2935
NS
r
E
1 0,3076
NS
-0,3424
NS
r
F
1 0,3687*
AC (cm) r
G
1 0,4749**
r
E
1 -0,1361
NS
r
F
1
AF (cm
2
) r
G
1
r
E
1
67
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
(**; *) Significativo ao nível de 1% e 5% de probabilidade pelo teste t.
CONCLUSÕES
Existe variabilidade genética entre os clones para os caracteres avaliados e as
estimativas de h
2
m
foram expressivas para os caracteres PC, AC e AF na Zona da Mata Norte
e para NE e AC no Litoral Sul, indicando a possibilidade de êxito na seleção desses
caracteres.
NC está associado negativamente com o DC, PC, NE, AC e AF impossibilitando a
utilização de seleção simultânea ou indireta entre estes pares de caracteres.
DC, AC e o PC, variáveis importantes no rendimento agrícola da cana-de-açúcar estão
fortemente associados entre si positivamente.
68
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRESSIANI, J. A. Seleção seqüencial em cana-de-açúcar. 2001. 133p. Tese (Doutorado em
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70
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VENCOVSKY, R. Alguns aspectos teóricos e aplicados a cruzamentos dialélicos de
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Annals. International Society of Sugar Cane Technologists. 1989. p. 926-931.
71
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
CONCLUSÕES GERAIS
1. Os clones RB992504, RB992507, RB992510, RB992512 e RB992525
apresentaram os melhores valores para os caracteres TCH e TPH, na Zona da Mata
Norte. No Litoral Sul destacaram-se os clones RB992542; RB992551, RB992559 e
RB992570 para o caráter TCH. Devendo ser incluídos em novas avaliações.
2. Os clones apresentaram variabilidade genética para os caracteres avaliados.
3. As estimativas de h
2
m
foram expressivas para os caracteres PC, AC e AF na Zona
da Mata Norte e para NE e AC no Litoral Sul indicando a possibilidade de êxito na
seleção desses caracteres.
4. O NC está associado negativamente com o DC, PC, NE, AC e AF.
5. O DC, AC e o PC, variáveis importantes no rendimento agrícola da cana-de-
açúcar estão fortemente associados entre si positivamente.
72
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
ANEXOS
73
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
NORMAS DA REVISTA BRAGANTIA
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Bragantia é um periódico trimestral, editado pelo Instituto Agronômico, da
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo. Tem por objetivo publicar trabalhos
científicos originais em português, inglês e espanhol, que contribuam para o
desenvolvimento das Ciências Agronômicas, nas áreas de Produção Vegetal,
Ciência do Solo e dos Recursos Agroambientais, Mecanização e Automação
Agrícolas e Ciências Básicas Aplicadas à Agricultura.
Os trabalhos enviados a Bragantia devem ser inéditos e não podem ser
publicados ou submetidos à publicação em outra revista simultaneamente. A revista
publica artigos, notas científicas e trabalhos de revisão, sob solicitação.
74
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE E APROVAÇÃO DE TRABALHOS NA REVISTA
BRAGANTIA
Os trabalhos submetidos à análise do comitê editorial são, após registro,
encaminhados a um editor-associado para indicar dois revisores especialistas na
área de conhecimento. Os pareceres emitidos por esses revisores são analisados
pelo editor-associado que emite parecer conclusivo em nome do comitê editorial. As
revisões, juntamente com o parecer conclusivo, são encaminhadas aos autores para
correções, justificativas e apresentação da nova forma, que é em seguida
confrontada pelo editor-associado com a versão original do trabalho. Uma vez
aceito, o trabalho é encaminhado para revisão de referências, abstract e vernáculo.
Após diagramação, o texto é submetido a correções finais pelos autores e pelo
comitê editorial, sendo em seguida disponibilizado na página da revista Bragantia. O
fascículo pronto é encaminhado a Scielo e para a impressão gráfica.
ENCAMINHAMENTO DE TABALHOS
O trabalho submetido à publicação em Bragantia deve estar aprovado por
todos os seus autores e pela Instituição onde foi realizado e ser encaminhado por
carta assinada por todos os autores para o seguinte endereço:
BRAGANTIA
Instituto Agronômico (IAC)
Caixa Postal 28
13020-902 Campinas (SP) - BRASIL
Tel: (19) 3231-5422 ramal 183
Fax: (19) 3231-5422 ramal 215
APRESENTAÇÃO DOS ORIGINAIS
Os originais devem ser enviados em duas vias, acompanhadas de disquete
em Word for Windows, e digitados em espaço duplo, papel formato A4, fonte Times
New Roman, tamanho 12; páginas numeradas seqüencialmente, incluindo tabelas e
ilustrações.
75
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Artigo Científico ou de Revisão: máximo de 25 páginas, incluindo tabelas e
figuras.
Nota Científica: máximo de 10 páginas, incluindo tabelas e figuras.
Página de Rosto: Título do artigo e título corrente abreviado com cerca de 50
caracteres, incluindo espaços, nome dos autores, com identificação do autor para
correspondência endereço profissional completo dos autores, mencionando
Departamento/ Instituição, caixa postal, CEP, cidade, Estado, e-mail, telefone e
entidade da qual é bolsista. Número total de páginas do trabalho, de tabelas e
figuras.
Estrutura do Artigo
a) Título; Autor (es).
b) Resumo (no máximo 250 palavras) em português, palavras-chave. Deve incluir
as razões e objetivos da investigação, local e data da pesquisa, como foi feita,
resultados mais importantes e conclusões.
c) Título em inglês (ou espanhol), Abstract e key words. É a versão para o inglês do
Resumo e das palavras-chave.
d) Introdução (contendo revisão de literatura) com duas páginas, no máximo.
e) Material e Métodos: somente métodos novos e material incomum devem ser
descritos detalhadamente, ou descrevê-los resumidamente fornecendo a citação
bibliográfica correspondente.
f) Resultados e Discussão.
g) Conclusões.
h) Agradecimentos.
i) Referências Bibliográficas.
Quando o artigo for apresentado em língua estrangeira, o título, resumo e
palavras-chave deverão também ser feitos em português. As Notas Científicas não
precisam seguir essa subdivisão. Iniciar sempre uma nova página para as seguintes
seções ou itens: Referências Bibliográficas; Tabela com título e rodapé; Figura com
título e legenda.
76
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Citações no texto: as citações de autores no texto devem ser em letras maiúsculas
(caixa alta reduzida, ou versalete), seguidas do ano de publicação. Para dois
autores, usar e ou and se o texto for em inglês. Havendo mais de dois autores, citar
o sobrenome do primeiro, seguido de et al. Ex.: STEEL e TORRIE (1980) ou (STEEL
e TORRIE, 1980). HAAG et al. (1992) ou (HAAG et al., 1992). Mais de um artigo dos
mesmos autores, no mesmo ano, devem ser discriminados com letras minúsculas:
HAAG et al. (1992a,b). Comunicações pessoais, trabalhos ou relatórios não
publicados devem ser citados no rodapé, não devendo aparecer nas referências
bibliográficas.
Referências Bibliográficas: devem ser normalizadas segundo a NBR 6023 da
ABNT, estar em ordem alfabética de autores e, dentro desta, em ordem cronológica
de trabalhos; havendo dois ou mais autores, separá-los por ponto e vírgula; os
títulos dos periódicos devem ser escritos por extenso; incluir apenas os trabalhos
citados no texto, em tabelas e/ou em figuras, na seguinte forma:
a) Periódicos
Sobrenome, Iniciais do prenome. Título do artigo. Título do periódico (negrito), local
de publicação (cidade), número do volume (v.), número do fascículo (n.), páginas
inicial e final (p.xxx-xxx), ano de publicação.
BOAVENTURA, Y.M.S. Microsporogênese de Coffea canephora Pierre ex Froehner
com número duplicado de cromossomos. Bragantia, Campinas, v. 49, n.2, p.193-
204, 1990.
b) Livros e Folhetos
Sobrenome, Iniciais do prenome. Título (negrito): subtítulo. Edição (ed.). Local de
publicação: Editora, data. Número de páginas ou volumes. (Título da série e número)
STEEL, R.G.D.; TORRIE, J.H. Principles and procedures of statistics: a biometrical
approach. 2.ed. New York: McGraw-Hill, 1980. 631p.
c) Capítulo de livro, publicação em obras coletivas, anais de congressos,
reuniões.
Sobrenome, Iniciais do prenome dos autores da parte. Título da parte. In:
Sobrenome, Iniciais do prenome do autor ou editor do livro. Título do livro (negrito).
77
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Edição. Local de publicação: Editora, data. Volume (v.), páginas inicial e final (p.xx-
xx).
JACKSON, M.L. Chemical composition of soil. In: BEAR, F.E. (Ed.). Chemistry of the
soil. 2.ed. New York: Reinhold, 1964. p.71-141.
HIROCE, R.; FIGUEIREDO, J.O. de; POMPEU JUNIOR, J.; CASTRO, J.L.
Composição mineral das folhas de tangerineiras tardias. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 9., 1987, Campinas. Anais. Campinas:
Sociedade Brasileira de Fruticultura, 1988. v.l, p.287-290.
d) Dissertações e Teses
Sobrenome, Iniciais do prenome. Título: subtítulo. data. Número de folhas (f).
Dissertação ou Tese (Curso) - nome da unidade universitária, nome da universidade,
local.
OLIVEIRA, H. DE. Estudo da matéria orgânica e do zinco em solos sob plantas
cítricas sadias e apresentando sintomas de declínio. 1991. 77f. Dissertação
(Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP,
Jaboticabal.
Tabelas: contêm título, cabeçalho, conteúdo e elementos complementares (fonte,
notas e chamadas). Devem ser apresentados em folhas separadas e numerados
com algarismos arábicos. Não usar linhas verticais; as horizontais devem separar o
título do cabeçalho, o cabeçalho do conteúdo e o conteúdo dos elementos
complementares. O título da tabela deve ser auto-explicativo, prescindindo de
consulta ao texto.
Unidades: usar exclusivamente o Sistema Internacional de Medidas. Nas tabelas,
apresentar as unidades no topo das colunas respectivas, fora do cabeçalho da
tabela.
Figuras: gráficos, desenhos, mapas, fotografias e fotomicrografias aparecem no
texto como figuras. Devem ser numeradas com algarismos arábicos e ter título auto-
explicativo. Indicar o local da inserção das figuras no texto. Fotografias e
fotomicrografias devem ser remetidas em papel fotográfico. Figuras elaboradas
eletronicamente devem vir acompanhadas de seus arquivos originais em Excel,
78
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Origin, Corel Draw, etc. Para outras figuras, enviar o original ou cópia xerográfica de
boa qualidade. Não inserir quaisquer figuras no texto.
NORMAS DA REVISTA CIÊNCIA E AGROTECNOLOGIA
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
A Revista “Ciência e Agrotecnologia”, editada bimestralmente pela Editora da
Universidade Federal de Lavras (Editora UFLA), publica artigos científicos e
comunicações científicas de interesse agropecuário elaborados por membros da
comunidade científica nacional e internacional. Não é cobrada taxa para publicação
de trabalhos. É condição fundamental que os artigos/comunicações submetidos à
apreciação da “Revista Ciência e Agrotecnologia” não foram e nem serão publicados
simultaneamente em outro lugar. Com a aceitação do artigo para publicação, os
editores adquirem amplos e exclusivos direitos sobre o artigo para todas as línguas
e países. A publicação de artigos/comunicações dependerá da observância das
Normas Editoriais, dos pareceres do Corpo Editorial e da Comissão ad hoc. Todos
79
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
os pareceres têm caráter sigiloso e imparcial, e tanto os autores quanto os membros
do Corpo Editorial e/ou Comissão ad hoc não obtêm informações identificadoras
entre si.
ENCAMINHAMENTO DE TABALHOS
Os artigos deverão ser enviados para o endereço:
Universidade Federal de Lavras
Editora UFLA
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Cep: 37200-000 Lavras – MG
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APRESENTAÇÃO DOS ORIGINAIS
Os artigos e comunicações submetidos para publicação deverão ser
apresentados em meio magnético (disquete 3½"), utilizando-se o processador de
texto Microsoft Word for Windows (versão 98, 2000, XP ou 2003), ser escrito em
língua portuguesa ou em língua inglesa e usar somente nomenclaturas oficiais e
abreviaturas consagradas, não empregando abreviaturas no título do artigo.
Juntamente com o disquete, deverão ser enviadas 4 (QUATRO) vias, sendo uma
original e as demais cópias omitindo os autores e a chamada de rodapé da primeira
página (para serem enviadas aos consultores científicos), impressas em papel
branco, tipo A4 (21cm x 29,7cm), ou em formulário contínuo em uma face,
espaço duplo entre linhas, fonte: Times New Roman, tamanho: 12, observada uma
margem de 3 cm para o lado esquerdo e de 2 cm para o direito, 2,5 cm para
margem superior e inferior, 2,5 cm para o cabeçalho e 2,5 cm para o rodapé. Cada
trabalho deverá ter no máximo 14 páginas e junto do mesmo deverá ser
encaminhado ofício dirigido ao Diretor da Editora UFLA solicitando a publicação do
artigo. Esse ofício deverá ser assinado por todos os autores, constar o endereço
completo, telefone e e-mail de todos, além da área em que o artigo se enquadra,
dentre as seguintes: Ciências Agrárias, Ciência e Tecnologia de Alimentos,
Economia e Administração do Agronegócio, Engenharia Rural, Medicina Veterinária
e Zootecnia. Qualquer inclusão, exclusão ou alteração na ordem dos autores, deverá
80
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
ser notificada mediante ofício assinado por todos os autores (inclusive do autor
excluído).
O artigo científico deverá conter os seguintes tópicos: a) TÍTULO,
suficientemente claro, conciso e completo, evitando palavras supérfluas.
Recomenda-se começar pelo termo que represente o aspecto mais importante do
trabalho, com os demais termos em ordem decrescente de importância. Deve ser
apresentada a versão do título para o idioma inglês; b) NOME(s) DO(s) AUTOR(es)
EM LETRAS MAIÚSCULAS, no lado direito, um nome debaixo do outro, e no rodapé
da primeira página , deverão vir a formação acadêmica e a Instituição onde
trabalham e no máximo com 6 (seis) autores; c) RESUMO (de acordo com NBR6028
da ABNT). O resumo não deve ultrapassar a 250 (duzentos e cinqüenta) palavras e
não possuir parágrafos. Após o Resumo deve-se incluir TERMOS PARA
INDEXAÇÃO (palavras-chave), diferentes daqueles constantes do título e separados
por vírgula. Os termos para indexação devem estar descritos na forma maiúscula e
minúscula, serem expressões que identifiquem o conteúdo do artigo, ser indicadas
entre 3 e 5; d) TÍTULO EM INGLÊS; ABSTRACT, incluindo, em seguida, INDEX
TERMS (tradução para o inglês do resumo); e) INTRODUÇÃO (incluindo a revisão
de literatura); f) MATERIAL E MÉTODOS; g) RESULTADOS E DISCUSSÃO
(podendo conter tabelas e figuras); h) CONCLUSÕES; e i) REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.
A comunicação deverá conter os seguintes tópicos: a) TÍTULO,
suficientemente claro, conciso e completo, evitando palavras supérfluas.
Recomenda-se começar pelo termo que represente o aspecto mais importante do
trabalho, com os demais termos em ordem decrescente de importância. Deve ser
apresentada a versão do título para o idioma inglês; b) NOME(s) DO(s) AUTOR(es)
EM LETRAS MAIÚSCULAS, no lado direito, um nome debaixo do outro, e no rodapé
da primeira página, deverão vir a formação acadêmica e a Instituição onde
trabalham; c) RESUMO (de acordo com NBR6028 da ABNT). O resumo não deve
ultrapassar a 250 (duzentos e cinqüenta) palavras e não possuir parágrafos. Após o
Resumo deve-se incluir TERMOS PARA INDEXAÇÃO (palavras-chave), diferentes
daqueles constantes do título e separados por vírgula. Os termos para indexação
devem estar descritos na forma maiúscula e minúscula, serem expressões que
identifiquem o conteúdo do artigo, ser indicadas entre 3 e 5; d) TÍTULO EM INGLÊS;
ABSTRACT, incluindo, em seguida, INDEX TERMS (tradução para o inglês do
81
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
resumo); e) TEXTO [sem subdivisão, porém com introdução, material e métodos,
resultados e discussão e conclusão subtendidos (podendo conter tabelas ou
figuras)] f) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
AGRADECIMENTOS: ao fim do texto e, antes das Referências Bibliográficas,
poderão vir os agradecimentos a pessoas ou instituições. O estilo, também aqui,
deve ser sóbrio e claro, indicando as razões pelas quais se fazem os
agradecimentos.
TABELAS E QUADROS: deverão ser inseridos após citação dos mesmos
dentro do próprio texto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: a partir do Volume 18, Número 1 de
1994, a lista de referências bibliográficas passa a ser normalizada conforme a
NBR6023/2002 da ABNT.
A exatidão das referências constantes da listagem e a correta citação no
texto são de responsabilidade do(s) autor(es) do artigo.
Orientações gerais:
- Deve-se apresentar todos os autores do documento científico (fonte);
- O nome do periódico deve ser descrito por extenso, não deve ser abreviado;
- Em todas as referências deve-se apresentar o local de publicação (cidade), a ser
descrito no lugar adequado para cada tipo de documento;
- As referências devem ser ordenadas alfabeticamente.
EXEMPLIFICAÇÃO (TIPOS MAIS COMUNS):
ARTIGO DE PERIÓDICO:
VIEIRA, R. F.; RESENDE, M. A. V. de. Épocas de plantio de ervilha em Patos de
Minas, Uberaba e Janaúba, Minas Gerais. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 24,
n. 1, p. 74-80, jan./mar. 2000.
LIVRO:
a) Livro no todo:
STEEL, R. G. D.; TORRIE, J. H. Principles and procedures of statistics. New
York: McGraw-Hill Book, l960. 481 p.
82
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
b) Parte de livro com autoria específica:
FLEURY, J. A. Análise ao nível de empresa dos impactos da automação sobre a
organização da produção de trabalho. In: SOARES, R. M. S. M. Gestão da
empresa. Brasília: IPEA/IPLAN, 1980. p. 149-159.
c) Parte de livro sem autoria específica:
MARTIM, L. C. T. Nutrição de bovino de corte em confinamento. In: ______.
Confinamento de bovino de corte. 2. ed. São Paulo: Nobel, 1986. cap. 3, p. 29-89.
DISSERTAÇÃO E TESE:
GONÇALVES, R. A. Preservação da qualidade tecnológica de trigo (Triticum
aestivum L.) e controle de Rhyzopertha dominica (F.) durante o
armazenamento em atmosfera controlada com Co2 e N2. 1997. 52 f. Dissertação
(Mestrado em Ciência dos Alimentos) Universidade Federal de Lavras, Lavras,
1997.
MATIOLI, G. P. Influência do leite proveniente de vacas mastíticas no
rendimento de queijo frescal. 2000. 55 p. Dissertação (Mestrado em Ciências dos
Alimentos) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2000.
Nota: “A folha é composta de duas páginas: anverso e verso. Alguns trabalhos,
como teses e dissertações são impressos apenas no anverso e, neste caso, indica-
se f.” (ABNT, NBR6023/2002, p. 18).
TRABALHOS DE CONGRESSO E OUTROS EVENTOS:
SILVA, J. N. M. Possibilidades de produção sustentada de madeira em floresta
densa de terra firme da Amazônia brasileira. In: CONGRESSO FLORESTAL
BRASILEIRO, 6., 1990, Campos do Jordão. Anais... Campos do Jordão: SBS/SBEF,
1990. p. 39-45.
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS:
As obras consultadas online são referenciadas conforme normas específicas para
cada tipo de documento (monografia no todo e em parte, trabalho apresentado em
evento, artigo de periódico, artigo de jornal, etc.), acrescidas de informações sobre o
endereço eletrônico apresentado entre braquetes (< >), precedido da expressão
“Disponível em:” e da data de acesso ao documento, precedida da expressão
“Acesso em:”.
83
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Nota: “Não se recomenda referenciar material eletrônico de curta duração nas redes”
(ABNT, NBR6023/2000, p. 4). Segundo padrões internacionais, a divisão de
endereço eletrônico, no fim da linha, deve ocorrer sempre após barra (/).
Monografia (acesso online):
a) livro no todo
TAKAHASHI, T. (Coord.). Tecnologia em foco. Brasília: Socinfo/MCT, 2000. 90 p.
Disponível em: <http//www.socinfo.org.br>. Acesso em: 22 ago. 2000.
b) parte de livro
TAKAHASHI, T. Mercado, trabalho e oportunidades. In: ______. Sociedade da
informação no Brasil: livro verde. Brasília: Socinfo/MCT, 2000. cap. 2, p. 13-24.
Disponível em: <http://www.socinfo.gov.br>. Acesso em: 22 ago. 2000.
c) Parte de congresso, seminário, etc.
GIESBRECHT, H. O. Avaliação de desempenho de institutos de pesquisa
tecnológica: a experiência de projeto excelência na pesquisa tecnológica. In:
CONGRESSO ABIPTI, 2000, Fortaleza. Gestão de institutos de pesquisa
tecnológica. Fortaleza: Nutec, 2000. Disponível em: <http://www.abipti.org.br>.
Acesso em: 01 dez. 2000.
d) Tese
SILVA, E. M. Arbitrariedade do signo: a língua brasileira de sinais (LIBRAS). 1997.
144 p. Dissertação (Mestrado em Lingüística Aplicada e Estudo de Língua) -
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1997. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/ freebook/port/did/ teses.htm>. Acesso em: 28
nov. 2000.
Artigo de periódico (acesso online):
RESENDE, A. M. G. Hipertexto: tramas e trilhas de um conceito contemporâneo.
Informação e Sociedade, Recife, v. 10, n. 1, 2000. Seção Educação. Disponível em:
<http://www.informaçãoesociedade.ufpb.br/>. Acesso em: 30 nov. 2000.
CITAÇÃO: PELO SISTEMA ALFABÉTICO (AUTOR-DATA) (conforme ABNT,
NBR10520/2002)
Dois autores - Steel & Torrie (1960) ou (STEEL & TORRIE, 1960).
Três ou mais autores - Valle et al. (l945) ou (VALLE et al., 1945).
84
SANTANA, M.S. Avaliação agroindustrial e genética de clones RB de cana-de-açúcar...
Obs.: Quando forem citados dois autores de uma mesma obra deve-se separá-los
pelo sinal & (comercial).
Caso o artigo contenha fotografias, gráficos, figuras, símbolos e fórmulas,
essas deverão obedecer às seguintes normas:
Gráficos, Figuras e/ou Fotografias deverão ser apresentadas em preto e
branco, nítidas e com contraste, escaneadas, inseridas no texto após a citação das
mesmas e também em um arquivo à parte, salvas em extensão “tiff” com resolução
de 300 dpi;
Símbolos e Fórmulas Químicas deverão ser feitas em processador que
possibilite a formatação para o programa Page Maker, sem perda de suas formas
originais.
A Editora UFLA notificará o autor do recebimento do original e,
posteriormente, o informará sobre sua publicação. Os artigos que necessitarem de
modificações serão devolvidos ao autor para a devida revisão.
Os artigos não aprovados serão devolvidos.
Os artigos serão publicados em ordem de aprovação.
O não-cumprimento dessas normas implicará na devolução do artigo ao autor.
85
Correspondência de recebimento dos trabalhos pelas revistas
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