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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
ABSORÇÃO DE FÓSFORO POR PLANTAS DE SOJA, COM
O AUMENTO DO pH EM LATOSSOLOS ARGILOSOS
CARLOS ALBERTO VIVIANI
DOURADOS
MATO GROSSO DO SUL – BRASIL
2006
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
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ABSORÇÃO DE FÓSFORO POR PLANTAS DE SOJA, COM
O AUMENTO DO pH EM LATOSSOLOS ARGILOSOS
CARLOS ALBERTO VIVIANI
Engenheiro Agrônomo
Orientador: Profª Drª Marlene Estevão Marchetti
Dissertação apresentada à Universidade
Federal da Grande Dourados, como
requisito à obtenção do tulo de Mestre
em Agronomia, área de concentração:
Produção Vegetal
DOURADOS
MATO GROSSO DO SUL – BRASIL
2006
OBSERVAÇÕES:
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631.41 Viviani, Carlos Alberto
V598a Absorção de sforo por plantas de soja, com o
aumento
do pH em latossolos argilosos / Carlos Alberto
Viviani. Dourados, MS : UFGD, 2006.
60 f.
Orientadora: Profª Drª Marlene Estevão Marchetti
Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) -
Universidade Federal da Grande Dourados.
1. pH do solo. 2. Latossolo. 3. Calcário. 4. Teor
de P. 5. Fósforo remanescente. 6. Fertilização
fosfatada. I. Título.
Ficha catalográfica elaborada pelo setor de biblioteca UFGD
ABSORÇÃO DE FÓSFORO POR PLANTAS DE SOJA, COM O
AUMENTO DO pH EM LATOSSOLOS ARGILOSOS
CARLOS ALBERTO VIVIANI
Dissertação apresentada à Universidade Federal da Grande Dourados,
como
parte dos requisitos exigidos para obtenção do título de
MESTRE EM AGRONOMIA
Aprovado em: 08 de junho de 2006
Profª Drª Marlene Estevão Marchetti
Orientadora
UFGD/FCA
Prof. Dr. Antonio Carlos Tadeu Vitorino
Co-Orientador
UFGD/FCA
Prof. Dr. José Oscar Novelino
Co-Orientador
UFGD/FCA
Prof. Dr. Manoel Carlos Gonçalves
Co-Orientador
UFGD/FCA
Dr. Amoacy Carvalho Fabrício
Membro da banca
Embrapa Agropecuária Oeste
DEDICO
A Deus, por mais uma etapa vencida.
Aos meus pais Jamil e Carmem que, em nenhum momento deixaram de me
apoiar, sempre me proporcionaram condições e me incentivaram a estudar.
À minha esposa Márcia, anjo da guarda presente em todos os meus caminhos,
por seu amor, incentivo, amizade e compreensão pela minha ausência.
Aos meus filhos, Alberto e Henrique, razão de ser maior do que hoje faço, pela
ternura, felicidade e esperança que trouxeram à minha vida. Obrigado por me
ensinarem, com tanto amor, a difícil arte de ser pai.
À minha irmã Sônia e Famílias Bertão e Bonamigo, por fazerem parte da minha
vida.
AGRADECIMENTOS
Às Universidades Federais de Mato Grosso do Sul – UFMS e da Grande
Dourados UFGD, pela grande oportunidade de crescimento pessoal e
profissional no curso de graduação e agora no de mestrado.
À Professora Marlene Estevão Marchetti, orientadora criteriosa e zelosa,
pela oportunidade que tive de desfrutar de seus ensinamentos, por seu apoio,
paciência, confiança e pelo tempo dispendido nas freqüentes e profícuas trocas
de idéia que tanto enriqueceram a mim e tornaram possível a conclusão deste
trabalho.
Aos professores José Oscar Novelino, Antonio Carlos Tadeu Vitorino e
Manoel Carlos Gonçalves e ao grande amigo Orlando Carlos Martins pela
imprescindível colaboração como equipe orientadora e por suas importantes
considerações.
Ao pesquisador Dr. Amoacy Carvalho Fabrício, por aceitar o convite para
fazer parte da banca examinadora.
Aos funcionários e professores do Programa de Pós-graduação em
Agronomia da Universidade Federal da Grande Dourados UFGD/FCA,
impecáveis em seus ofícios, que sempre encontraram disposição para
prontamente atender às minhas dificuldades, pela dedicação e ensinamentos
transmitidos.
Aos amigos Fábio Garcia Borges, grande parceiro desde a república
universitária e Rodrigo de Oliveira Lima pelo fundamental apoio e por suas
criteriosas contribuições.
Às Fazendas Paquetá e Ribeirão Agropecuária pelo apoio na realização
dos trabalhos e fornecimento de informações.
Ao aluno da graduação Joil Vilhalva Silva por sua colaboração em tantas
tarefas e pela grande dedicação no auxílio nas atividades em casa de
vegetação e laboratório.
A todos que, em algum momento, dispensaram um pouco de sua
atenção, talento e carinho para com este trabalho. Meu sincero obrigado.
SUMÁRIO
Página
LISTA DE QUADROS ....................................................................................... viii
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................... ix
LISTA DE APÊNDICES .................................................................................... x
INTRODUÇÃO GERAL ..................................................................................... 1
CAPÍTULO 1 ..................................................................................................... 3
RESUMO ........................................................................................................... 4
ABSTRACT........................................................................................................ 6
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 7
2 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 11
2.1 Caracterização das áreas ............................................................................ 11
2.2 Tratamentos e delineamento experimental ................................................. 13
2.3 Curvas de neutralização de pH dos solos ................................................... 13
2.4 Aplicação dos tratamentos e realização dos experimentos ......................... 14
2.5 Características avaliadas ............................................................................. 15
2.6 Análises estatísticas .................................................................................... 15
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 16
3.1 Disponibilidade de P no solo ....................................................................... 16
3.2 Fósforo remanescente ................................................................................. 19
3.3 Produção de massa seca de plantas de soja .............................................. 21
3.4 Fósforo acumulado na massa seca de plantas de soja ............................... 23
4 CONCLUSÃO ................................................................................................. 25
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 26
CAPÍTULO 2 ..................................................................................................... 32
RESUMO ........................................................................................................... 33
ABSTRACT ....................................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 36
2 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................ 40
2.1 Caracterização das áreas ............................................................................ 40
2.2 Tratamentos e delineamento experimental ................................................. 42
2.3 Curvas de neutralização de pH dos solos ................................................... 42
2.4 Aplicação dos tratamentos e realização dos experimentos ......................... 43
2.5 Características avaliadas ............................................................................. 44
2.6 Análises estatísticas .................................................................................... 44
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 45
3.1 Efeito da aplicação do calcário na linha de plantio ...................................... 45
3.2 Efeito das doses de P .................................................................................. 47
4 CONCLUSÕES .............................................................................................. 49
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 50
LISTA DE QUADROS
Página
Capítulo 1
Quadro 1. Resultados das análises químicas e físicas das amostras de
solos coletadas antes da aplicação dos tratamentos..............
13
Capítulo 2
Quadro 1. Resultados das análises químicas e físicas das amostras de
solos coletadas antes da aplicação dos tratamentos................
42
Quadro 2. Produção de massa seca, teores de P, Ca e Mg e conteúdo de P
da parte aérea de plantas de soja em função de calcário no sulco
de plantio, nos dois solos................................................................
45
Quadro 3. Produção de massa seca, teor e conteúdo de P da parte aérea
de plantas de soja e teor de P no solo em função de adubo
fosfatado no sulco de plantio, nos dois solos..................................
47
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
17
Figura 2. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão......
17
Figura 3. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
18
Figura 4. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
18
Figura 5. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.........................................
19
Figura 6. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão..............................................
20
Figura 7. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.......................................
20
Figura 8. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá..........................................................................
22
Figura 9. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
22
Figura 10. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda
Paque........................................................................................
23
Figura 11. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
23
LISTA DE APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVd da
Fazenda Ribeirão. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 2. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVdf da
56
Fazenda Paquetá. Dourados-MS, 2006..........................................
Apêndice 3. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Ribeirão.....
57
Apêndice 4. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Paquetá.....
58
Apêndice 5. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Ribeirão.
59
Apêndice 6. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Paquetá.
60
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
17
Figura 2. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão......
17
Figura 3. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
18
Figura 4. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
18
Figura 5. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.........................................
19
Figura 6. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão..............................................
20
Figura 7. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.......................................
20
Figura 8. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá..........................................................................
22
Figura 9. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
22
Figura 10. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda
Paque........................................................................................
23
Figura 11. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
23
LISTA DE APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVd da
Fazenda Ribeirão. Dourados-MS, 2006..........................................
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Apêndice 2. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVdf da
Fazenda Paquetá. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 3. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Ribeirão.....
57
Apêndice 4. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Paquetá.....
58
Apêndice 5. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Ribeirão.
59
Apêndice 6. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Paquetá.
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LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
17
Figura 2. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão......
17
Figura 3. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
18
Figura 4. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
18
Figura 5. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.........................................
19
Figura 6. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão..............................................
20
Figura 7. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.......................................
20
Figura 8. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá..........................................................................
22
Figura 9. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
22
Figura 10. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda
Paque........................................................................................
23
Figura 11. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
23
LISTA DE APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVd da
Fazenda Ribeirão. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 2. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVdf da
Fazenda Paquetá. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 3. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Ribeirão.....
57
Apêndice 4. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Paquetá.....
58
Apêndice 5. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Ribeirão.
59
Apêndice 6. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Paquetá.
60
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
17
Figura 2. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão......
17
Figura 3. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
18
Figura 4. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
18
Figura 5. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.........................................
19
Figura 6. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão..............................................
20
Figura 7. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.......................................
20
Figura 8. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá..........................................................................
22
Figura 9. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
22
Figura 10. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda
Paque........................................................................................
23
Figura 11. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
23
LISTA DE APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVd da
Fazenda Ribeirão. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 2. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVdf da
Fazenda Paquetá. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 3. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Ribeirão.....
57
Apêndice 4. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Paquetá.....
58
Apêndice 5. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Ribeirão.
59
Apêndice 6. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Paquetá.
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LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
17
Figura 2. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão......
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Figura 3. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
18
Figura 4. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
18
Figura 5. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.........................................
19
Figura 6. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão..............................................
20
Figura 7. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.......................................
20
Figura 8. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá..........................................................................
22
Figura 9. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
22
Figura 10. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda
Paque........................................................................................
23
Figura 11. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
23
LISTA DE APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVd da
Fazenda Ribeirão. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 2. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVdf da
56
Fazenda Paquetá. Dourados-MS, 2006..........................................
Apêndice 3. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Ribeirão.....
57
Apêndice 4. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Paquetá.....
58
Apêndice 5. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Ribeirão.
59
Apêndice 6. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Paquetá.
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LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
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Figura 2. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão......
17
Figura 3. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
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Figura 4. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
18
Figura 5. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.........................................
19
Figura 6. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão..............................................
20
Figura 7. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.......................................
20
Figura 8. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá..........................................................................
22
Figura 9. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
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Figura 10. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda
Paque........................................................................................
23
Figura 11. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
23
LISTA DE APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de P
(mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVd da
Fazenda Ribeirão. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 2. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de P
(mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVdf da
Fazenda Paquetá. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 3. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Ribeirão.....
57
Apêndice 4. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Paquetá.....
58
Apêndice 5. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Ribeirão.
59
Apêndice 6. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Paquetá.
60
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
17
Figura 2. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão......
17
Figura 3. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
18
Figura 4. Teores de P extraído pela resina de troca nica, em função do
pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
18
Figura 5. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.........................................
19
Figura 6. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão..............................................
20
Figura 7. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.......................................
20
Figura 8. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá..........................................................................
22
Figura 9. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
22
Figura 10. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda
Paque........................................................................................
23
Figura 11. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função
do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda
Ribeirão.........................................................................................
23
LISTA DE APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVd da
Fazenda Ribeirão. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 2. Resumo das análises de variância referentes a massa seca
(g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g kg
-1
) e total de
P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de
P (mg dm
-3
) e P remanescente (mg L
-1
) no solo, em função dos
níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVdf da
Fazenda Paquetá. Dourados-MS, 2006..........................................
56
Apêndice 3. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Ribeirão.....
57
Apêndice 4. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Paquetá.....
58
Apêndice 5. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Ribeirão.
59
Apêndice 6. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Paquetá.
60
1 INTRODUÇÃO GERAL
A soja (Glycine max (L.) Merrill) é, atualmente, a principal
“commodity” agrícola brasileira na pauta de exportação, tendo assumido
o espaço tradicionalmente ocupado pelo café. O Brasil é o segundo maior
produtor de soja do mundo, situando-se entre os EUA e a Argentina, com
27,2 % da produção mundial em 2005. No Brasil, segundo levantamento
da Fundação Getúlio Vargas, a cadeia produtiva da soja participa com
aproximadamente 20 % do PIB do agronegócio, correspondendo a mais
de US$ 35 bilhões ao ano (CONAB, 2005).
No Brasil, os custos de produção são 25% inferiores aos dos EUA
(Embrapa, 2005a), porém cerca de 100% superiores aos da Argentina, que
dispõe de cerca de 10 milhões de hectares para ingresso no cultivo com
soja, praticamente sem necessidade de fertilizantes. Grande parte da área
existente no Brasil, disponível para incorporação ao processo produtivo
de soja encontra-se em terras sob cerrado. Nestes solos, altamente
intemperizados, predominam latossolos ácidos, lixiviados, pobres em
nutrientes, especialmente fósforo (P) disponível, são necessários
elevados investimentos iniciais em corretivos e fertilizantes, bem como
adubações anuais para se corrigir deficiências e desequilíbrios
nutricionais que, geralmente, correspondem a cerca de um terço dos
custos de produção de soja no Brasil.
Nos últimos anos têm-se observado um aumento real nos custos,
impulsionados pelas altas cotações atingidas pelo petróleo e seus
derivados, aumento dos preços dos fertilizantes e gastos no controle da
ferrugem asiática, permitindo aos agricultores lucratividade cada vez
menor na atividade. Tal situação impõe aos agricultores e técnicos
trabalharem em níveis de produtividade mais elevados, exigindo-se
conhecimentos técnicos que permitam atingir e manter esses níveis de
produtividade. A busca de maiores produtividades com maior
rentabilidade passa também, de modo geral, pela melhoria dos atributos
do solo e da nutrição vegetal.
Em solos de cerrado a fertilização fosfatada geralmente representa a maior
parcela dos custos de adubação e, é indispensável, uma vez que o P é um dos nutrientes
mais limitantes da produtividade de biomassa nesses solos tropicais. Plantas de cultivo
anual, como a soja, imobilizam em toda a sua biomassa aproximadamente 20 kg ha
-1
de
P para produzir 3.000 kg de grãos. No entanto, para
que o P esteja disponível para as plantas são necessárias grandes
quantidades de fertilizantes fosfatados, pois alguns destes solos podem
adsorver quantidades tão altas quanto 2 mg cm
-3
de P (Fernández R.,
1995), valor esse equivalente a 9.200 kg ha
-1
de P
2
O
5
, considerando a
camada superficial de 20 cm. Neste sentido, é essencial o
desenvolvimento de práticas de manejo que aumentem a eficiência da
adubação fosfatada, reduzindo a adsorção de P e permitam à planta
recuperar uma maior proporção do nutriente adsorvido pelo solo. Muitos
agricultores atingem, atualmente níveis de produtividade elevados, sendo
comum áreas com produtividades superiores a 3.600 kg ha
-1
de soja, que
impõe a necessidade de um refinamento técnico para que se possa
manter ou tentar elevar este nível de produtividade.
Uma questão muito discutida entre técnicos e agricultores é a
melhor saturação por bases (V) para se trabalhar em cada situação.
Muitos técnicos têm recomendado aos agricultores trabalharem com V
mais baixos (35 a 40%), para se evitar problemas de deficiência com
micronutrientes, principalmente. Tal prática, no entanto, apesar de
minimizar desequilíbrios com micronutrientes, têm limitado a obtenção e
manutenção de produtividades mais elevadas.
O uso adequado de calcário para que se possa aproveitar melhor o
P aplicado no ano e o residual do solo, especialmente em solos
cultivados e adubados por muitos anos, pode ser uma prática viável, uma
vez que o calcário tem custo muito inferior aos adubos fosfatados e
apresenta efeito residual, podendo significar importante incremento na
margem de lucro do agricultor.
Os objetivos deste trabalho foram: a) avaliar o efeito do pH do solo
e da aplicação de adubo fosfatado e calcário na linha de plantio em
latossolos argilosos com elevados níveis de fertilidade sobre a
disponibilidade de P no solo e o acúmulo desse elemento em plantas de
soja; b) obter valores de pH do solo mais adequados para a cultura da
soja em relação à absorção de P e c) verificar o efeito da aplicação de
calcário e de adubo fosfatado na linha de plantio na disponibilidade de P
para a soja.
CAPÍTULO 1
DISPONIBILIDADE DE FÓSFORO EM DOIS LATOSSOLOS ARGILOSOS E
SEU ACÚMULO EM PLANTAS DE SOJA, EM FUNÇÃO DO AUMENTO DO pH
DISPONIBILIDADE DE FÓSFORO EM DOIS LATOSSOLOS ARGILOSOS E
SEU ACÚMULO EM PLANTAS DE SOJA, EM FUNÇÃO DO AUMENTO DO pH
Autor: Carlos Alberto Viviani
Orientadora: Prof
a
Dr
a
Marlene Estevão Marchetti
RESUMO
O melhor aproveitamento do P aplicado no ano e do residual do solo favorecido
pelo uso adequado de calcário, especialmente em solos cultivados e adubados por
muitos anos, pode ser uma prática economicamente viável, uma vez que o calcário tem
custo muito inferior aos adubos fosfatados, podendo significar importante incremento
na margem de lucro do agricultor.
Foram realizados dois experimentos em casa de vegetação da Faculdade de
Ciências Agrárias da Universidade Federal da Grande Dourados, com os seguintes
objetivos: avaliar o efeito do aumento do pH do solo e da aplicação de adubo fosfatado
e calcário na linha de plantio em dois latossolos argilosos, com elevados níveis de
fertilidade, sobre a disponibilidade de P no solo e o acúmulo desse elemento em plantas
de soja e obter valores de pH do solo mais adequados para a cultura da soja em relação
à absorção de P. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados,
em esquema fatorial 4x2x2, com quatro repetições, sendo: quatro níveis de pH (pH
original de cada solo, 6,0, 6,5 e 7,0, em CaCl
2
0,01mol L
-1
), duas doses de P (0 e
21,82 mg dm
-3
) e duas doses de calcário (0 e 100 mg dm
-3
), respectivamente para um
Latossolo Vermelho distrófico (LVd) de Chapadão do Sul - MS e um Latossolo
Vermelho distroférrico (LVdf) de Ponta Porã - MS. Em cada unidade experimental
(vaso de 4,0 dm
-3
), cultivaram-se quatro plantas de soja cv. BRS 133 até a floração.
Avaliou-se: peso da massa seca, teor e acúmulo de P na parte aérea; teor de P e P
remanescente no solo.
A disponibilidade de P no solo, avaliada pelos teores de P extraídos pela resina de troca
iônica, aumentou significativamente com o pH dos solos. Para o LVdf houve interação
significativa entre pH e doses de P, os teores de P no solo aumentaram com o pH e com
a aplicação de P. Para o LVd houve interaçãoentre
pH e doses de calcário aplicado na linha de plantio, e na ausência desse houve
tendência de aumento dos teores de P no solo com o pH. O P remanescente foi
significativamente reduzido pelo aumento do pH em ambos os solos. Nos dois
experimentos, com o aumento do pH do solo houve incremento na produção de massa
seca e de P acumulado na parte aérea da soja. Em solos argilosos e com alto teor de P a
elevação do pH aumenta a disponibilidade de P, proporcionando maior produção de
massa seca de soja.
Palavras-chave: calcário, fósforo remanescente, teor de P, fertilização fosfatada.
Título em inglês
Abstract ou summary
Key-words:
1 INTRODUÇÃO
O crescimento da produção da soja no Brasil está ligado à
expansão dessa cultura na região dos cerrados, viabilizada,
essencialmente, pelo desenvolvimento de cultivares adaptados e de
associações soja-rizóbio eficientes na fixação biológica de N e pela
utilização da prática da calagem e da adubação fosfatada (Raij et al., 1977;
Souza et al., 1993; Döbereiner, 1997; Novais e Smyth, 1999). Os solos da
região Centro Oeste brasileira ocupam atualmente posição de destaque
no cenário agrícola nacional, pois, apesar de serem ácidos e de baixa
fertilidade, apresentam condições físicas favoráveis ao desenvolvimento
das culturas e relevo plano de fácil mecanização (Piaia, 2000). Solos
dessa natureza, uma vez corrigidos quimicamente, apresentam grande
potencial agrícola, possibilitando uma agricultura tecnificada com
elevadas produtividades.
A acidificação dos solos ocorre de modo especial, em regiões
tropicais úmidas e deve-se à substituição de cátions trocáveis (Na
+
, K
+
,
Ca
2+
, Mg
2+
) por íons H
+
e Al
3+
no complexo de troca, absorção de cátions
básicos pelas plantas e, também, pelo uso de fertilizantes de caráter
ácido. Sob condições de alta precipitação pluviométrica, a percolação da
água através do perfil promove a lixiviação de uma grande quantidade de
íons que se encontram na solução do solo. Com aumento do pH, o
alumínio e a sílica geralmente não permanecem em solução, mas sofrem
reações para formarem aluminossilicatos ou óxidos, restando apenas os
cátions básicos na solução do solo (ou na forma trocável) em
quantidades apreciáveis (Alvarez V. et al., 1993).
O Al em concentração elevada, além de ser tóxico às plantas, pode
interferir na disponibilidade de outros nutrientes. O exemplo mais típico
desse efeito refere-se à solubilidade do fosfato no solo, que tende a reagir
com o Al solúvel, formando fosfatos de Al (P-Al) de baixa solubilidade em
solos ácidos. Existem evidências de que a disponibilidade de P em solos
ácidos altamente intemperizados é governada, principalmente, pelo
fosfato ligado a alumínio, que aparentemente é a forma mais lábil de P no
solo (Alvarez V. et al., 1993; Novais e Smyth, 1999), comparando-se às
demais formas no solo.
Dentre os atributos do solo o pH, índice que indica o grau de acidez
ativa do solo, talvez seja, isoladamente, o mais relevante, no que tange a
utilização de fertilizantes. De maneira especial, a disponibilidade de
nutrientes contidos no solo, ou a ele adicionado por meio das adubações
é bastante variável em função do pH do solo (Malavolta et al., 1997). A
disponibilidade de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), enxofre (S),
cálcio (Ca), magnésio (Mg) e boro (B), tende a aumentar, com a elevação
do pH atingindo valores máximos próximos a pH 7,0, enquanto o aumento
na disponibilidade de cloro (Cl) e molibdênio (Mo) é praticamente linear
até pH 8,0. Por outro lado, a disponibilidade de ferro, cobre, manganês e
zinco apresentam relação inversa, ou seja, diminuem com a elevação do
pH. O ponto relevante é que os efeitos do pH enfatizam a necessidade de
se buscar um meio termo de máxima eficiência (Piaia, 2000).
Assim, a calagem prévia dos solos ácidos, além de proporcionar
aumento do pH e da saturação por bases, promove a neutralização do
alumínio e de grande parte do ferro e do manganês aumentando a
atividade biológica e a eficiência dos fertilizantes, resultando ainda em
diminuição na capacidade de fixação via precipitação do P, favorecendo
conseqüentemente o desenvolvimento vegetal (Sousa et al., 1989; Lopes
e Guilherme, 1992; Vale et al., 1997, Ernani et al., 1996). Provavelmente, os
múltiplos efeitos da calagem que proporcionam melhores condições para
a expansão do sistema radicular das plantas e, conseqüentemente, maior
absorção de nutrientes, condiciona um aumento da produtividade de
diversas culturas. Contudo, deve-se evitar a calagem excessiva que pode
ocasionar a precipitação de diversos nutrientes do solo, como P, zinco,
ferro, cobre, manganês tornando-os indisponíveis para as plantas,
acarretando, dentre outras coisas, decréscimos na produção, além de
maior predisposição do solo a danos físicos (Sfredo et al., 1996; Alvarez
V. et al., 1993).
Em geral, tem-se recomendado a calagem para a cultura da soja
para elevar a saturação por bases entre 45 a 60 % (Mascarenhas e Tanaka,
1997; Novais, 1999), o que implica em pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
do solo em
torno de 4,8 a 5,2 (Raij, 1991). Dados obtidos experimentalmente e em
propriedades rurais na região dos cerrados têm demonstrado que a
produção de grãos de soja aumenta com saturação por bases até 35 %,
estabilizando-se entre os valores de 35 a 50 %, com um decréscimo na
produção, acompanhado por deficiência de Zn e Mn, quando a saturação
de bases ultrapassa 60 % (Souza et al., 1989). Kliemann et al. (1997),
cultivando soja durante três anos obtiveram aumento de produção devido
à aplicação de doses crescentes de superfosfato simples e calcário.
Conforme relatado por esses autores, o calcário aumentou a eficiência do
superfosfato
simples, no entanto, quantidades excessivas de calcário diminuíram a
produtividade.
Em relação ao P, os solos de regiões tropicais, particularmente
aqueles mais intemperizados apresentam baixos teores de P disponíveis
para as plantas e exigem adequada correção da deficiência de P para
entrarem no processo de produção agrícola (Lins et al., 1989; Novelino,
1999). Os solos sob vegetação de cerrado são altamente intemperizados,
com baixos valores de pH, além de possuírem quantidades relativamente
elevadas de óxido de ferro e de alumínio. Os íons fosfato liberados pela
dissolução de fertilizantes fosfatados adicionados a esses solos são
instáveis, podendo ser passíveis de reações que levam a precipitação ou
adsorção dos mesmos (Sanzonowicz et al., 1987).
Devido ao fato do caráter dreno de P desses solos, principalmente
aqueles com maior capacidade tampão de P (FCP), ser muito superior ao
caráter fonte, há uma forte competição do solo com a planta pelo P
aplicado como fertilizante (Novais e Smyth, 1999). Embora as culturas
normalmente necessitem de pequenas quantidades de P, as doses
aplicadas ao solo são relativamente elevadas, haja visto que grande parte
do P aplicado é adsorvido ao solo tornando-o menos disponível às
plantas (Novelino, 1999; Novais e Smyth, 1999; Oliveira et. al., 2000).
O conteúdo de matéria orgânica e o tipo de fertilizante utilizado
influenciam na capacidade de fixação de P pelos solos (Fasbender, 1984,
citado por Neves, 2003). Como alternativa para o manejo adequado da
adubação fosfatada em solos com elevado valor de capacidade máxima
de adsorção de fosfato (CMAP) tem-se a redução do contato da fonte de P
com o solo, particularmente a mais solúvel, por meio da aplicação
localizada do fertilizante, utilização de fertilizantes granulares, diminuição
do tempo de contato do fertilizante com o solo, ou, até mesmo, o
parcelamento da aplicação de P.
Os mecanismos de adsorção de P nos solos, conforme citados
anteriormente, são afetados principalmente pela competição com outros
ânions e pelo pH, sendo o ultimo, talvez, o fator mais importante neste
fenômeno. Por um lado, o pH interfere na quantidade de cargas positivas,
ou seja, nos grupamentos protonados da superfície e por outro lado
indica o pK
a
ou a constante de dissociação dos ácidos conjugados dos
ânions (Cornell e Schwertmann, 2000), como conseqüência, a adsorção
de P deve se Neste sentido, com o aumento do pH, a carga superficial das
partículas do solo torna-se cada vez mais negativa, aumentando a
repulsão (menor adsorção) entre fosfato e superfície adsorvente,
diminuindo o potencial eletrostático do plano de adsorção (Haynes, 1984;
Barrow, 1985). Bar-Yosef et al. (1988) constataram, para caulinita, aumento
na adsorção de P com aumento da força iônica e decréscimo do pH, com
valores máximos de adsorção em torno de 6 µmol g
-1
de P quando
trabalhando em pH 6,0. Contudo, conforme já mencionado, com o
aumento do pH, diminui a presença da forma H
2
PO
4
-
, em relação a HPO
4
2-
,
esta (bivalente) preferencialmente adsorvida, contrabalanceando o
decréscimo no potencial eletrostático do plano de adsorção. Sato e
Comerford (2005), avaliando a influência do pH do solo na adsorção e
dessorção de P num Ultisol úmido brasileiro, constataram que a adsorção
de P diminuiu até 21% e 34% com o aumento do pH de 4,7 para 5,9 e 7,0,
respectivamente.
A eficiência da adubação fosfatada depende, dentre outros fatores,
do teor inicial de P no solo, da dose de P aplicada, do volume de solo
adubado e da distribuição do sistema radicular entre as frações do solo
adubadas com P e aquelas não adubadas (Klepker e Anghinoni, 1995).
Com relação à distribuição do sistema radicular, Novais e Smyth (1999)
advertem que o menor volume de raízes em local restrito, mesmo que rico
em P pode não ser suficiente para suprir de todo o P necessário. Esses
autores ainda chamam a atenção para a necessidade da fração de solo
não fertilizada com P possuir teor mínimo de P disponível, de modo que
seja aumentada não somente a absorção de P pela planta, mas também
de N.
Assim, os objetivos deste trabalho foram avaliar o efeito do
aumento do pH do solo e da aplicação de calcário com adubo fosfatado
na disponibilidade de P no solo e o acúmulo desse elemento em plantas
de soja e, obter valores de pH do solo adequados para a cultura da soja
em relação à disponibilidade de P.
r máxima com baixos valores de pH
As amostras de solo foram coletadas na camada de 0 a 20 cm de
profundidade, em áreas sob resteva de soja, tomando-se 20 amostras
simples para formar uma amostra composta, que foram secas ao ar,
destorroadas e passadas em peneira com malha de 2 mm,
homogeneizadas, sub-amostradas e analisadas quanto as características
químicas e físicas (Quadro 1).
A análise granulométrica foi realizada com dispersão total usando
como dispersante o hidróxido de sódio 1 mol L
-1
, de acordo com Embrapa
(1997). Na análise química foram determinados o pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
,
na proporção 1:2,5 (Raij et al., 1987); o P remanescente foi determinado
com base nos trabalhos de Alvarez V. e Fonseca (1990) e Alvarez V. et al.
(2000). A matéria orgânica obtida pela oxidação via úmida com dicromato
de potássio 1 mol L
-1
, utilizando a modificação do método descrito em
Tedesco et al. (1985); P, K, Ca e Mg extraídos por meio da mistura de
resinas trocadoras de cátions e ânions (Raij et al., 2001), sendo a
determinação do P pelo método colorimétrico, do K por fotometria de
chama e o Ca e Mg por espectrofotometria de absorção atômica; o
enxofre foi extraído pelo fosfato de cálcio e o extrato foi lido em
espectrofotômetro U.V.V a 420 nm; o Al trocável foi extraído por solução
de KCl 1 mol L
-1
e determinado por titulação com NaOH 0,025 mol L
-1
; o
H+Al foi estimado por método indireto com solução tampão SMP.
Os micronutrientes ferro (Fe), zinco (Zn), cobre (Cu) e manganês
(Mn) foram extraídos com duplo ácido (HCl 0,05 mol L
-1
e H
2
SO
4
0,025 mol
L
-1
) e determinados por espectrofotometria de absorção atômica e o boro
(B) foi extraído pelo método da água quente e determinado em
espectrofotômetro U.V.V. a 420 nm.
Quadro 1. Resultados das análises químicas e físicas das amostras de
solos coletadas antes da aplicação dos tratamentos.
Solos
Atributos Ribeirão Paquetá
pH (CaCl
2
) 5,70 5,60
MO (g dm
-3
) 41,00 30,00
P remanescente (mg L
-1
) 16,70 26,70
P resina (mg dm
-3
) 118,00 122,00
K (mmol
c
dm
-3
) 3,60 5,60
Ca (mmol
c
dm
-3
) 71,00 61,00
Mg (mmol
c
dm
-3
) 22,00 20,00
Al (mmol
c
dm
-3
) 0,00 0,00
H+Al (mmol
c
dm
-3
) 35,00 39,00
SB (mmol
c
dm
-3
) 97,00 87,00
T (mmol
c
dm
-3
) 132,00 126,00
V (%) 73,00 69,00
S (mg dm
-3
) 15,00 5,00
Fe (mg dm
-3
) 16,00 17,00
Mn (mg dm
-3
) 22,20 32,20
Zn (mg dm
-3
) 13,50 6,00
Cu (mg dm
-3
) 2,10 3,80
B (mg dm
-3
) 0,80 0,82
Argila (g kg
-1
) 595 419
Silte (g kg
-1
) 274 129
Areia Total (g kg
-1
) 131 452
Areia Grossa (g kg
-1
) 77 108
Areia Fina (g kg
-1
) 54 344
2.2 Tratamentos e delineamento experimental
Em ambos os experimentos os tratamentos, em arranjo fatorial 4 x
2 x 2, consistiram da combinação de quatro níveis de pH em CaCl
2
0,01M
L
-1
(pH original de cada solo, 6,0; 6,5 e 7,0); duas doses de P (0 e 21,82 mg
dm
-3
de P, correspondente a 100 kg ha
-1
de P
2
O
5
), tendo como fonte o
superfosfato triplo comercial e duas doses de uma mistura de CaCO
3
e
MgCO
3
, ambos os sais p.a., em relação estequiométrica Ca:Mg de 4:1,
simulando um calcário finamente moído (0 e 100 mg dm
-3
, correspondente
a 200 kg ha
-1
). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados
com quatro repetições.
2.3 Curvas de neutralização de pH dos solos
As curvas de neutralização foram estimadas com base na variação
do pH (CaCl
2
) em função de doses de CaCO
3
e MgCO
3
, na relação
estequiométrica Ca:Mg de 4:1, correspondentes a 0; 35; 70; 105 e 140 % da
acidez potencial (H+Al)
determinada com o acetato de cálcio 0,5 mol L
-1
tamponado à pH 7,0
(Embrapa, 1997).
2.4 Aplicação dos tratamentos e realização dos experimentos
Para a realização dos experimentos, todo o volume de solo
coletado foi homogeneizado e subdividido em volumes correspondentes
ao volume dos vasos de plástico (4,0 dm
-3
).
Ao solo de cada vaso adicionou-se corretivo, CaCO
3
+ MgCO
3
na
relação estequiométrica Ca:Mg de 4:1, nas doses determinadas pelas
curvas de neutralização necessárias para obtenção dos valores de pH em
CaCl
2
desejados. O solo e os corretivos foram homogeneizados em sacos
de plástico e, em seguida, os sacos contendo o solo foram
acondicionados nos vasos de plástico sem drenagem e incubados
durante 21 dias, com água deionizada para manter a umidade equivalente
a 60% do volume total de poros de cada solo. Após esse período foi feita
uma adubação para experimentos em ambientes controlados (Novais et
al., 1991) adicionando-se à superfície de cada vaso 133 mL de uma
solução, contendo em cada 100 mL: B (H
3
BO
3
– 139,0 mg), Cu
(CuSO
4
.5H
2
O – 185,0 mg), Fe (FeCl
3
.6H
2
O – 225,1 mg), Mn (MnCl
2
.4H
2
O –
395,5 mg), Mo (Na
2
MoO
4
.2H
2
O – 10,3 mg) e Zn (ZnSO
4
.7H
2
O – 527,9 mg),
todos sais p.a., seguindo-se novo período de incubação de 10 dias.
Após esse período de incubação, em 27 de novembro de 2004,
semeou-se 12 sementes de soja cv. BRS 133 por vaso, inoculadas com
Bradyrhizobium japonicum. A semeadura foi feita em sulco circular, no
qual se aplicaram, primeiramente, a 4 cm de profundidade as doses de P e
de calcário misturados uniformemente e, cobrindo-se com uma camada
de solo de 2 cm para evitar o contato direto das sementes com o
fertilizante e o corretivo. Assim, sobre esta camada de solo se
depositaram as sementes de soja que foram imediatamente cobertas com
uma camada de 2 cm de solo. Aos 8 dias após plantio (DAP), com a
emergência completa das plântulas de soja foi feito o desbaste, deixando-
se quatro plântulas uniformes e eqüidistantes por vaso.
Os vasos foram pesados diariamente e regados na superfície com
água deionizada para manter a umidade equivalente a 60% do volume
total de poros de cada solo.
Aos 17 DAP foi aplicado sulfato de potássio (K
2
SO
4
) na superfície do solo,
na dosagem de 0,2 g vaso
-1
, correspondente a 100 kg ha
-1
. Aos 52 DAP, no
início do estádio de diferenciação floral, as plantas foram cortadas rente
ao solo, acondicionadas em sacos de papel, secas em estufa com
circulação forçada de ar a 65-70
o
C até o peso constante.
2.5 Características avaliadas
As plantas secas foram pesadas, para a determinação da massa seca e moídas em
moinho tipo Willey, homogeneizadas e passadas em peneiras de 0,84 mm de abertura
(20 mesh). Foram analisados os teores de P na massa seca da parte aérea, em extratos
obtidos por meio da digestão nítrico-perclórica, utilizando-se o método descrito por
Malavolta et al. (1997). Determinou-se o acúmulo de P nos tecidos da parte aérea,
multiplicando-se a quantidade de massa seca produzida pelo teor do elemento no tecido
foliar.
Após o corte, todo o conteúdo de solo de cada vaso foi peneirado
para eliminação das raízes, seco ao ar e homogeneizado. Amostras de 0,2
dm
-3
de cada unidade experimental (vaso) foram submetidas às análises
de rotina e determinação de P remanescente, utilizando-se os mesmos
procedimentos laboratoriais das análises anteriores aos tratamentos.
2.6 Análises estatísticas
Foram realizadas, para cada experimento, análises de variância
para teor de P e P remanescente no solo, produção de massa seca (MS) e
conteúdo de P acumulado na parte aérea das plantas.
Para os caracteres nos quais os efeitos de pH foram significativos,
foram ajustadas equações de regressão em função dos valores de pH
utilizando-se o aplicativo computacional estatístico SANEST. A partir
dessas equações estimou-se para cada característica o valor adequado
de pH do solo.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Disponibilidade de P no solo
A disponibilidade de P no solo, dada pelos teores de P extraídos pela resina de
troca iônica, aumentaram significativamente com o aumento do pH dos solos (Figuras 1
e 2).
Os teores de P são determinados pela solubilidade dos principais compostos
fosfatados no solo, ou seja, fosfatos de Al (P-Al), de Fe (P-Fe) e de cálcio (P-Ca). Como
indica Lindsay (1979), a maior disponibilidade de P na solução do solo será
determinada na faixa de pH em que conjuntamente os compostos fosfatados apresentem
máxima solubilidade. Essa faixa é descrita por Raij (2004) como sendo entre os valores
de pH em CaCl
2
de 5,0 e 6,2. Nos dois experimentos realizados não foi possível
determinar faixas ótimas de pH em relação à disponibilidade de P, pois o
comportamento das curvas de resposta estimadas foi crescente até o valor máximo de
pH estabelecido, ou seja, a máxima disponibilidade de P, para a faixa de pH em CaCl
2
estudada, ocorreu no pH igual a 7,0 (Figuras 1 e 2).
No entanto, o efeito do aumento do pH de um solo na redução da adsorção de P
não é tão direta e simples, pois influenciam também a proporção das formas de P na
solução (H
2
PO
4
-
/ HPO
4
2-
), a força iônica da solução e a proporção de cátions mono e
bivalentes, fatores que podem mascarar o efeito esperado de maior disponibilidade de P
com a calagem (Novais e Smyth, 1999). Esses autores inclusive consideram que a
calagem tende a aumentar a adsorção de P em solos ricos em Al
3+
, diminuindo em solos
pobres nesse cátion, pois os polímeros de Al recém-formados com a calagem
apresentam alta afinidade pelo P.
No experimento com solo da Faz. Paquetá, a interação entre pH e doses de P foi
significativa. Os teores de P aumentaram com o pH do solo em ambas as doses de P,
sendo que no tratamento que recebeu 21,82 mg dm
-3
de P (100 kg ha
-1
), o teor
máximo (120,6 mg dm
-3
de P) foi obtido com pH 6,85. No tratamento sem aplicação de
P, o teor máximo de P foi verificado no pH 7,0 (Figura 3).
Figura 1. Teores de P extraído pela resina de troca iônica, em função do pH, para o
Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
Figura 2. Teores de P extraído pela resina de troca iônica, em função do pH, para o
Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.
Esse resultado está de acordo com Sample et al. (1980), que afirmaram que a
adição de fosfato monocálcico (superfosfato triplo) juntamente com calcário ou em
solos alcalinos promove uma retrogradação dos íons fosfatos em solução para formas de
fosfatos de cálcio de menor reatividade como o fosfato dicálcico e o fosfato octocálcico.
Valores de pH em CaCl
2
acima de 6,5 (pH água de 7,0 a 7,3) já indicam saturação por
bases maior do que 90% (Raij et al., 1987), condições suficientes para precipitar o
fosfato adicionado reduzindo o aumento dos teores de P extraídos pela resina.
0
5,6
P
solo
= 13,2005 + 14,9506**pH (R
2
= 0,99**)
80
110
140
5,5 6,0 6,5 7,0
P
solo
(mg dm
-3
)
pH CaCl
2
^
0
5,6
P
solo
= 13,2005 + 14,9506**pH (R
2
= 0,99**)
80
110
140
5,5 6,0 6,5 7,0
P
solo
(mg dm
-3
)
pH CaCl
2
^
pH CaCl
2
5,7
P
solo
= - 6,8370 + 18,3992**pH (R
2
= 0,86**)
P
solo
(mg dm
-3
)
80
110
140
5,5 6,0 6,5 7,0
0
^
pH CaCl
2
5,7
P
solo
= - 6,8370 + 18,3992**pH (R
2
= 0,86**)
P
solo
(mg dm
-3
)
80
110
140
5,5 6,0 6,5 7,0
0
^
50
P
solo
= 496,2390 - 141,7252**pH + 12,4714**pH
2
(R
2
= 0,99*)
P
solo
= - 496,4432 + 180,1266**pH - 13,1456**pH
2
(R
2
= 0,99*)
0
5,6
80
110
140
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
P
solo
(mg dm
-3
)
P=0
P=21,82
^
^
50
P
solo
= 496,2390 - 141,7252**pH + 12,4714**pH
2
(R
2
= 0,99*)
P
solo
= - 496,4432 + 180,1266**pH - 13,1456**pH
2
(R
2
= 0,99*)
0
5,6
80
110
140
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
P
solo
(mg dm
-3
)
P=0
P=21,82
^
^
Figura 3. Teores de P extraído pela resina de troca iônica, em função do pH, para o
Latossolo Vermelho distroférrico da Fazenda Paquetá.
Para o Latossolo Vermelho distrófico da Faz. Ribeirão houve significância para
a interação entre pH do solo e doses de calcário na linha de plantio (Figura 4). O
tratamento sem a aplicação de calcário na linha apresentou tendência de aumento dos
teores de P no solo com o aumento do pH em CaCl
2
especialmente a partir do valor de
pH de 5,9. Com a aplicação de calcário na linha o efeito de aumento dos teores de P no
solo com o pH foi menor a partir do pH 6,58 e a curva de resposta que melhor ajustou-
se aos dados foi linear. Com o calcário na linha, para cada aumento unitário no valor do
pH em CaCl
2
, há um aumento de 12 mg dm
-3
de P no solo. Esse efeito menos
expressivo do aumento do pH do solo com a adição de calcário na linha de plantio deve
estar também ligado a um aumento na precipitação de P-Ca.
Figura 4. Teores de P extraído pela resina de troca iônica, em função do pH, para o
Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.
3.2 Fósforo remanescente
O P remanescente foi significativamente reduzido pelo aumento do
pH em ambos os solos (Figuras 5 e 6). O P remanescente é uma medida
da capacidade tampão de P dos solos sendo que quanto menor seu valor,
maior a capacidade tampão de P. Assim, o aumento do pH proporcionou
maior capacidade de adsorção dos solos expressa pela redução do valor
do P remanescente, principalmente a partir do pH 6,0 em CaCl
2
.
Provavelmente, como não é possível distinguir os processos de adsorção
dos de precipitação (Sample et al., 1980), o aumento do pH e da
concentração de Ca e Mg deve ter reduzido o P remanescente devido
principalmente à precipitação de P-Ca. Para Lindsay (1979), a partir do pH
em água de aproximadamente 6,5 a solubilidade de P-Ca tende a controlar
a disponibilidade de P especialmente em solos com teores elevados de
Ca.
Figura 5. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo Vermelho
distroférrico da Fazend
P
rem
= 61,1462 - 5,9630**pH (R
2
= 0,95**)
5,6
0
5
10
15
20
25
30
5,5 6,0 6,5 7,0
P
remanescente
(mg L
-1
)
pH CaCl
2
^
P
rem
= 61,1462 - 5,9630**pH (R
2
= 0,95**)
5,6
0
5
10
15
20
25
30
5,5 6,0 6,5 7,0
P
remanescente
(mg L
-1
)
pH CaCl
2
^
Figura 6. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.
É importante ressaltar que esse manejo da calagem poderia ser
prejudicial para a cultura da soja. No entanto, deve-se levar em
consideração que a soja tem elevada capacidade de acidificação da
rizosfera devido à fixação biológica de nitrogênio (Marschner, 1995) e com
a acidificação da rizosfera grande parte do P-Ca precipitado volta a
ficar disponível para as plantas (Novais e Smyth, 1999). Assim, esse
manejo para a cultura da soja poderia ser benéfico, pois aumenta a
precipitação do P-Ca que pode ser disponibilizado pela soja reduzindo,
possivelmente, a adsorção e precipitação em outras formas.
5,7
P
reman.
= - 166,8003 + 61,1709**pH - 5,0540**pH
2
(R
2
= 0,99**)
0
5
10
15
20
25
30
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
P
remanescente
(mg L
-1
)
^
5,7
P
reman.
= - 166,8003 + 61,1709**pH - 5,0540**pH
2
(R
2
= 0,99**)
0
5
10
15
20
25
30
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
P
remanescente
(mg L
-1
)
^
0
5,7
P
rem
= - 144,0655 + 44,9527**pH - 3,8181**pH
2
(R
2
= 0,89**)
P
rem
= - 219,5351 + 77,3891**pH - 6,2898**pH
2
(R
2
= 0,95**)
5
10
15
20
25
30
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
P
remanescente
(mg L
-1
)
P=0
P=21,82
^
^
0
5,7
P
rem
= - 144,0655 + 44,9527**pH - 3,8181**pH
2
(R
2
= 0,89**)
P
rem
= - 219,5351 + 77,3891**pH - 6,2898**pH
2
(R
2
= 0,95**)
5
10
15
20
25
30
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
P
remanescente
(mg L
-1
)
P=0
P=21,82
^
^
Figura 7. Teores de P remanescente, em função do pH, para o Latossolo
Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.
Analisando as figuras 6 e 7 é possível inferir que para o LVd da Faz.
Ribeirão existe um ponto em que ocorre adsorção ou precipitação mínima
(> P rem.) que poderia estar relacionado com um nível de pH em que a
adsorção ou precipitação do P por Al e Fe é mínima, bem como por Ca.
Elevando-se o pH a partir deste ponto, ocorre excedente de Ca para
retomar a adsorção. Estes valores correspondem a pH 5,89 com a
aplicação de P, pH 6,15 sem aplicação de P e pH 6,05 independente de
P.
3.3 Produção de massa seca de plantas de soja
Nos dois solos o aumento do pH em CaCl
2
do solo promoveu aumento na
produção de massa seca (MS) da parte aérea da soja (Figuras 8 e 9). No experimento
com o solo da Faz. Paquetá, a resposta foi linear com um aumento de cerca de 11 %
entre o pH original e pH 7,0 (Figura 8). No solo da Faz. Ribeirão, a resposta ao aumento
do pH do solo foi quadrática, resultando num aumento de 18 % na MS entre valores
de pH de 5,7 e 7,0 (Figura 9), com valor mínimo de 23,14 g vaso
-1
de MS no pH 6,02.
Considerando-se a relação alométrica entre parte aérea e produção de grão
relativamente constante
1
(Santos, 2002), pode-se inferir que esses aumentos na
produção de MS também refletem aumento semelhante na produção de grãos.
Esses resultados são interessantes, pois a maioria das pesquisas mostra que a
saturação por bases recomendada para a cultura da soja é de 50 a 60 % (Embrapa,
2005b; Fundação MT, 2005; Lima, 2004), ou seja, o pH em CaCl
2
de aproximadamente
5,1 (Raij et al., 1987). De fato, LIMA (2004), estudando a sustentabilidade da produção
de soja no Brasil Central, verificou que em solos argilosos e textura média o pH em
CaCl
2
variou entre 4,8 a 5,1 na camada de 0 a 15 cm, faixa que se mostrou compatível
com a produtividade média de 52 a 58 sc ha
-1
de grãos de soja. Esses valores de
pH corresponderam a valores de saturação por bases entre 30 e 49 %.
Para Lima (2004) aqueles valores de pH e saturação por bases, por terem viabilizado
produtividades de soja acima de 50 sc ha
-1
, são de grande importância para a
recomendação de calagem para a cultura de soja. Por outro lado, esse autor
1
Biomassa total = -43400,9 + 14936,7 Log (produtividade grãos (kgha)). Entre 45 e 70
sacos/ha, a relação alométrica é de cerca de 32 % de biomassa de grão em relação a
biomassa da parte aérea.
estimou uma correlação positiva e significativa entre o pH em CaCl
2
e
produtividade e sugeriu que essa correlação indica que a calagem deveria ser
aumentada, tanto nos solos argilosos e especialmente nos de textura arenosa e média.
Vale salientar que, na condição de aumento da saturação por bases, maior
atenção deverá ser dada ao fornecimento de alguns micronutrientes, naturalmente
baixos sob condições naturais de cerrado (Lopes, 1983), com disponibilidade cada vez
menor em níveis mais altos de pH.
Figura 8. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá.
Figura 9. Produção de massa seca de parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distrófico Fazenda
Ribeirão.
3.4 Fósforo acumulado na massa seca de plantas de soja
0
5
10
15
20
25
30
5,5
6,0 6,5 7,0
MS (g vaso
-1
)
5,6
MS = 12,9582 + 1,8156**pH (R
2
= 0,93**)
pH CaCl
2
^
0
5
10
15
20
25
30
5,5
6,0 6,5 7,0
MS (g vaso
-1
)
5,6
MS = 12,9582 + 1,8156**pH (R
2
= 0,93**)
pH CaCl
2
^
MS = 202,7056 - 59,6647**pH + 4,9563**pH
2
(R
2
= 0,92**)
5,7
0
5
10
15
20
25
30
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
MS (g vaso
-1
)
^
MS = 202,7056 - 59,6647**pH + 4,9563**pH
2
(R
2
= 0,92**)
5,7
0
5
10
15
20
25
30
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
MS (g vaso
-1
)
^
Para os dois solos, houve efeito significativo do aumento do pH do
solo sobre o P acumulado na parte aérea da soja (Figuras 10 e 11). No
experimento com o solo da Faz. Paquetá, de modo similar a MS, a
resposta do P acumulado foi linear ao aumento do pH do solo, com um
aumento de cerca de 7 % em relação ao P acumulado para cada unidade
de elevação de pH (Figura 10). No experimento da Faz. Ribeirão houve
aumento de cerca de 10 % no P acumulado entre os valores extremos de
pH de 5,7 e 7,0. No entanto, no intervalo de pH entre 6,0 e 6,5 as
quantidades de P acumulado foram menores do que no valor de pH 5,7
original do solo (Figura 11), sendo mínima (59,00 mg vaso
-1
), no pH 6,19.
Figura 10. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em
função do pH, para o Latossolo Vermelho distroférrico da
Fazenda Paquetá.
Figura 11. Fósforo acumulado na parte aérea de plantas de soja, em função do pH, para o
Latossolo Vermelho distrófico da Fazenda Ribeirão.
0
5,7
P
acum
= 639,9005 - 187,8143**pH + 15,1811**pH
2
(R
2
= 0,84**)
50
60
70
80
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
P
acumulado
(mg vaso
-1
)
^
0
5,7
P
acum
= 639,9005 - 187,8143**pH + 15,1811**pH
2
(R
2
= 0,84**)
50
60
70
80
5,5 6,0 6,5 7,0
pH CaCl
2
P
acumulado
(mg vaso
-1
)
^
0
50
60
70
80
5,5 6,0 6,5 7,0
P
acumulado
(mg vaso
-1
)
P
acum
= 42,3511 + 5,0964**pH (R
2
= 0,82**)
5,6
pH CaCl
2
^
0
50
60
70
80
5,5 6,0 6,5 7,0
P
acumulado
(mg vaso
-1
)
P
acum
= 42,3511 + 5,0964**pH (R
2
= 0,82**)
5,6
pH CaCl
2
^
É importante destacar que as quantidades de nutrientes acumulados nas
plantas é o melhor indicador de disponibilidade do nutriente (Alvarez V.,
1996). Assim, pode-se inferir que nos dois experimentos houve aumento
da disponibilidade de P com o aumento do pH em CaCl
2
de 5,5 para 7,0.
Esses resultados se juntam às observações de que os teores de P no
solo, extraídos pela resina de troca iônica, também aumentaram com o
aumento do pH (Figuras 1 a 4) e são indicativos de que, para a cultura da
soja, a elevação do pH pode ser uma opção de manejo para aumento da
eficiência da adubação fosfatada e da produtividade.
4 CONCLUSÃO
Em solos com alto teor de P a elevação do pH aumenta a
disponibilidade de P, proporcionando maior produção de massa seca de
soja.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ALVAREZ V., V. H.; FONTES, L. E. F.; FONTES, M. P. F. O solo nos grandes
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determinação da capacidade máxima de adsorção de fosfatos e para ensaios em casa de
vegetação. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.14, p.49-55, 1990.
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uso do fósforo remanescente. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.25, p.27-33,
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CORNELL, R. M.; SCHWERTMANN, U. The iron oxides: structure, properties,
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Acesso em 15 de julho de 2005.
DÖBEREINER, J. Biological nitrogen fixation in the tropics: social and
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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECRIA EMBRAPA.
Tecnologias de produção de soja região central do Brasil 2005b. 220p.
(Embrapa-Soja, Sistemas de Produção 9).
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CAPÍTULO 2
APLICAÇÃO DE CALCÁRIO E ADUBO FOSFATADO AO SOLO E A
ABSORÇÃO DE FÓSFORO EM PLANTAS DE SOJA
APLICAÇÃO DE CALCÁRIO E ADUBO FOSFATADO AO SOLO E A
ABSORÇÃO DE FÓSFORO EM PLANTAS DE SOJA
Autor: Carlos Alberto Viviani
Orientadora: Prof
a
Dr
a
Marlene Estevão Marchetti
RESUMO
O melhor aproveitamento do P aplicado no ano e do residual do solo favorecido
pelo uso adequado de calcário, especialmente em solos cultivados e adubados por
muitos anos, pode ser uma prática economicamente viável, uma vez que o calcário tem
custo muito inferior aos adubos fosfatados, podendo significar importante incremento
na margem de lucro do agricultor.
Com o manejo sugerido de aplicação de calcário na linha de plantio com o
fertilizante fosfatado, deseja-se que a disponibilidade de P para as plantas de soja seja
controlada pela gradativa solubilização dos P-Ca condicionada pela acidificação da
rizosfera.
Foram realizados dois experimentos em casa de vegetação da
Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Grande
Dourados, com o seguinte objetivo: avaliar os efeitos da aplicação de
calcário na linha de plantio juntamente com o adubo fosfatado em dois
latossolos argilosos com elevados níveis de fertilidade na produção de
massa seca e absorção de P pela soja. O delineamento experimental
utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 4x2x2, com
quatro repetições, sendo quatro níveis de pH (pH original de cada solo,
6,0, 6,5 e 7,0, em CaCl
2
0,01M L
-1
), duas doses de P (0 e 21,82 mg dm
-3
) e
duas doses de calcário (0 e 100 mg dm
-3
), respectivamente para um
Latossolo Vermelho distrófico (LVd) de Chapadão do Sul - MS e um
Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf) de Ponta Porã - MS. Em cada
unidade experimental (vaso de 4,0 dm
-3
), cultivaram-se quatro plantas de
soja cv. BRS 133 até a floração. Avaliou-se teor e acúmulo de P, teores de
Ca e Mg e peso da massa seca da parte aérea.
Verificou-se que a aplicação de calcário na linha de plantio não influencia a absorção de
P pelas plantas de soja. A adubação fosfatada influencia o teor e o acúmulo de P pelas
plantas de soja, e para o LVdf aumenta a produção de massa seca.
Palavras-chave: pH do solo, latossolo, Glycine max, calagem, efeito residual.
TÍTULO EM INGLES
ABSTRACT OU SUMMARY
Key-words:
1 INTRODUÇÃO
A calagem e, principalmente, a adubação fosfatada nos solos da
região do cerrado brasileiro são práticas indispensáveis para a obtenção
de altas produtividades, uma vez que a calagem além de minimizar o
efeito da acidez, melhora as condições químicas e biológicas, favorece o
desenvolvimento do sistema radicular, aumentando a absorção de
nutrientes e água pelas plantas. A baixa disponibilidade de P é uma
importante limitação ao crescimento das plantas nesse ambiente, sendo
agravada pela alta capacidade de muitos desses solos adsorverem esse
elemento, que por meio de reações com componentes do solo formam
compostos de baixa solubilidade, dificultando a manutenção de P
disponível na solução do solo.
Em geral, tem-se recomendado a calagem para a cultura da soja
para elevar a saturação por bases entre 45 a 60 % (Mascarenhas e Tanaka,
1997; Novais, 1999), o que implica em pH em CaCl
2
do solo em torno de
4,8 a 5,2 (Raij, 1991). Dados obtidos experimentalmente e em
propriedades rurais da região dos cerrados têm demonstrado que a
produção de grãos de soja aumenta com saturação por bases a partir de
35 %, estabilizando-se entre os valores de 35 a 50 %, com um decréscimo
na produção, acompanhado por deficiência de Zn e Mn, quando a
saturação de bases ultrapassa 60 % (Souza et al., 1989). Kliemann et al.
(1997), cultivando soja durante três anos encontraram aumento de
produção devido à aplicação de doses crescentes de superfosfato
simples e calcário. Conforme relatado por esses autores, o calcário
aumentou a eficiência do superfosfato simples, no entanto, quantidades
excessivas de calcário diminuíram a produtividade.
Nesses solos, devido à alta fixação de P, a quantidade desse
elemento na solução do solo é muito baixa (inferior a 0,1 mg L
-1
). Dessa
forma, deve ocorrer reposição constante de P, através da dessorção do P-
lábil, que se encontra em equilíbrio dinâmico com o P na solução do solo,
uma vez que as plantas absorvem P da solução do solo.
O mecanismo envolvido no fenômeno de adsorção de P pelo solo, se dá em
fases, onde a fase inicial é rápida e ocorre atração eletrostática seguida da adsorção por
oxidróxidos, através de trocas de ligantes (quimiossorção), como OH
-
e OH
2
+
, da
superfície dos óxidos, por fosfato da solução (Barrow, 1985; Goldeberg e
Sposito, 1985; Sanyal e De Datta, 1991). É uma ligação
predominantemente covalente (“adsorção especifica”), ao contrário, por
exemplo, do NO
3
-
e Cl
-
, adsorvidos por atração eletrostática (“adsorção
não especifica”) (Barrow, 1983, 1985; Cornell e Schwertmann, 2000).
A adsorção específica de ânions por óxidos de Fe e de Al se
caracteriza pela presença de ligações químicas formadas com a
superfície adsorvente. Os ânions especificamente adsorvidos (ex.: H
2
PO
4
-
)
apresentam afinidade com a superfície hidroxilada e deslocam os ligantes
associados ao cátion da estrutura (Haynes, 1984; Nye e Staunton, 1994;
Linquist et al., 1997). Assim, os oxigênios, protonados ou não, da
superfície dos óxidos são substituídos por ânions que entram em
coordenação octaédrica com Fe
3+
e Al
3+
. Neste caso, trata-se de um
processo lento que pode levar anos para atingir o equilíbrio, devendo ser,
também, responsável pela diminuição da disponibilidade de P de solos
recém fertilizados, com o aumento do tempo de contato do P com esses
solos (Barrow, 1985).
Fontes e Weed (1996), trabalhando com amostras sintéticas ou de
solos observaram que a adsorção de P relaciona-se tanto
qualitativamente quanto quantitativamente para diferentes componentes
do solo, principalmente goethita, hematita, gibbsita e óxidos de Fe e Al
mal cristalizados. Neste sentido, dentre os fatores que influenciam a
capacidade máxima de adsorção de P (CMAP) pelo solo, Sanchez e
Uehara (1980) citam como principiais os constituintes de melhor e de pior
cristalização da fração argila, o alumínio trocável e a matéria orgânica. Em
se tratando dos constituintes mineralógicos, Fox e Searley (1978) os
apresentam com a seguinte ordem crescente de CMAP: quartzo, alumínio
na matéria orgânica, argila 2:1, argila 1:1 e óxidos cristalinos e mal
cristalizados de ferro e de alumínio sendo, os óxidos mal cristalizados,
apontados como os principais responsáveis pela adsorção de P em solos
sob vegetação de cerrado (Lopes e Cox, 1979; Novelino, 1999).
No entanto, esse possível efeito da calagem sobre a diminuição da adsorção de P
e maior absorção de P por plantas de soja deve ser analisada cuidadosamente, por
existirem resultados contraditórios (Raij et al., 1977; Sanchez e Ueraha, 1980; Sfredo et
al., 1996; Bedin et al., 2003). Raij et al. (1977) verificaram aumento da produção de
soja com a calagem e o aumento do pH do solo em H
2
O até o valor 6,0, mas os teores de
P nas plantas não variaram significativamente. Sfredo et al. (1996), por sua vez, não
e da adubação fosfatada em um Podzólico distrófico, ao passo que
Bedin et al. (2003) constataram que a aplicação tanto de calcário calcítico
quanto dolomítico juntamente com superfosfato triplo diminuiu os teores
de P e a produção de massa seca de parte aérea e de grãos de soja em
solos com diferentes capacidades tampão de fosfato.
Ernani et al. (1996) avaliando o decréscimo da retenção de P, em
vinte solos com diferentes FCP, pelo aumento do pH, constataram que o
efeito foi variável conforme cada tipo de solo. Esses autores concluíram
que a retenção de P diminuiu com o aumento do pH na maioria dos solos,
porém com maior magnitude para valores médios próximos de 5,8.
Concluíram também que a elevação do pH reduziu em 50 % a quantidade
média de P necessária para manter 0,2 mg L
-1
de P na solução do solo.
A adsorção de P no solo compete vantajosamente com as culturas
e, nesse sentido, existem trabalhos reportando os mecanismos embora
não completamente elucidados, envolvidos nesse fenômeno. Contudo, os
mecanismos que governam a cinética da dessorção de P no solo, ainda
carecem de estudos mais esclarecedores.
As formas de P do solo têm diferentes capacidades de dessorção e
abastecimento da solução do solo, de acordo com sua natureza química e
energia de ligação. Na avaliação da fertilidade do solo, independente da
sua natureza química, o P é dividido, de acordo com a sua facilidade de
reposição à solução do solo, em formas lábeis, moderadamente lábeis e
não lábeis (Gatiboni et al., 2005).
Campello et al. (1994) estudando a reversibilidade de P não-lábil
para P-lábil, avaliaram a cinética dessa reação por meio de extrações
sucessivas em amostras de seis latossolos, na ausência e presença de
calagem, a uma dose de 300 mg dm
-3
de P no solo, comparativamente a
não adição de P. Estes autores relataram que o total de P-lábil recuperado
pela resina variou, em média, de 35 a 57% dependendo das características
do solo, como teor de argila, matéria orgânica, óxidos de alumínio e
CMAP. Relataram também que a calagem e os intervalos entre cada
seqüência de três extrações não influenciaram significativamente o teor
de P-lábil recuperado. Diante de tal constatação, os autores concluíram
que a participação do P não-lábil reversível a lábil, medida pela resina, foi
mínima.
Igualmente ao fenômeno de adsorção, tem-se observado que a dessorção de P no
solo é governada principalmente pela fase mineral do solo, denominada compartimento
geoquímico (Cross e Schlesinger, 1995). Assim, como a adsorção
correlaciona-se inversamente com a dessorção, seria de se esperar que
solos mais goethíticos, por terem, em geral, maior área especifica, em
condições comparáveis, tenderiam a dessorver menos P que os
hematíticos conforme reportado por Torrent et al. (1994). Em se tratando
da gibbsita, seu papel na dessorção também é relevante e diferenciado.
Nesse sentido, Fernández R. (1995) avaliando a dessorção de P em
latossolos brasileiros, por extrações sucessivas com resina trocadora de
ânions (RTA), constatou que, embora a contribuição da goethita para
adsorção de P pelos solos tenha sido maior (70,8 %) em relação à gibbsita
(29,2%), este último mineral parece estar mais envolvido na qualidade
dessa retenção, restringindo a dessorção de P, mais que o primeiro
mineral.
Ker (1995), avaliando a dessorção de P aplicado em 26 solos pela
RTA verificou que embora a transformação de P-lábil em não-lábil
dependa do caráter oxídico dos solos, sua dessorção foi particularmente
dependente do teor de gibbsita (r = - 0,58**) e não tanto do teor de
goethita (r = - 0,34*). Ainda de acordo com o autor, uma vez que a
significância da correlação é mais expressiva para gibbsita, pode-se dizer
que quanto mais gibbsítico for o solo maior será a resistência a
dessorção. Nesta condição, a formação de P não-lábil deverá ser maior
(Novais e Smyth, 1999). Com relação à presença de gibbsita em solos,
Lins e Cox (1989) mencionam que solos com baixo teor de argila, em
torno de 21 dag kg
-1
e, predominantemente gibbsítico, inviabilizam o
cultivo econômico da soja, dada a grande dose de P requerida.
Entretanto, esta afirmação não condiz com o sistema atual de uso do
solo, onde imensas áreas com estas características já estão incorporadas
ao processo produtivo com elevadas produtividades.
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação de
calcário na linha de plantio juntamente com o adubo fosfatado em dois
latossolos argilosos com elevados níveis de fertilidade na produção de
massa seca e absorção de P pela soja.
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Caracterização das áreas
No período de novembro de 2004 a janeiro de 2005, foram
realizados dois experimentos em casa de vegetação da Faculdade de
Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD), Dourados, MS (22º11’55” S, 054º56’07’’ W e 452 m de altitude),
cujo clima é, segundo Köppen, Mesotérmico Úmido (Mato Grosso do Sul,
1990).
Para realização dos experimentos foram coletadas amostras de
dois latossolos de classes representativas dos solos mais utilizados para
cultivo de soja no Brasil. Para coleta das amostras foram selecionadas
duas áreas cultivadas durante o verão com soja e milho e no inverno com
milho safrinha, milheto e aveia, ininterruptamente, por mais de 20 anos,
utilizando-se fertilizantes e corretivos para obtenção de elevadas
produtividades. Nos últimos 10 anos as duas áreas foram cultivadas sob
sistema de cultivo mínimo, com semeadura de milho, milheto ou aveia
logo após a colheita da soja ou milho no plantio de verão, ou milheto
logo após as primeiras chuvas da primavera.
No experimento 1, foi utilizado o Latossolo Vermelho distrófico
(LVd), textura argilosa, originário de deposição detrito-laterítica, coletado
no município de Chapadão do Sul (MS). A coleta foi realizada em talhão
comercial de soja (18º45’49” S; 052º55’36” W) pertencente à Ribeirão
Agropecuária. A altitude média da Ribeirão Agropecuária é de 820 metros
e a precipitação média entre 1990 e 2004 foi de 1971 mm anuais, variando
entre 1725 e 2216 mm (Ribeirão Agropecuária, 2005
2
).
No experimento 2, foi utilizado o Latossolo Vermelho distroférrico
(LVdf), textura argilosa, originário da alteração do basalto, coletado no
município de Ponta Porã (MS). A coleta foi realizada em talhão comercial
de soja (22°21’51” S; 055°06’04” W) pertencente à Fazenda Paquetá. A
altitude média da propriedade é de 410 metros e a precipitação média foi
2
Ribeirão Agropecuária, 2005. Comunicação pessoal.
de 1376 mm anuais, com valores entre 1152 e 1600 mm, nos últimos 20
anos (Fazenda Paquetá, 2005
3
).
Ribeirão Agropecuária, 2005. Comunicação pessoal.
Fazenda Paquetá, 2005. Comunicação pessoal.
3
As amostras de solo foram coletadas na camada de 0 a 20 cm de
profundidade, em áreas sob resteva de soja, tomando-se 20 amostras
simples para formar uma amostra composta, que foram secas ao ar,
destorroadas e passadas em peneira com malha de 2 mm,
homogeneizadas, sub-amostradas e analisadas quanto as características
químicas e físicas (Quadro 1).
A análise granulométrica foi realizada com dispersão total usando
como dispersante o hidróxido de sódio 1 mol L
-1
, de acordo com Embrapa
(1997). Na análise química foram determinados o pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
,
na proporção 1:2,5 (Raij et al., 1987); o P remanescente foi determinado
com base nos trabalhos de Alvarez V. e Fonseca (1990) e Alvarez V. et al.
(2000). A matéria orgânica obtida pela oxidação via úmida com dicromato
de potássio 1 mol L
-1
, utilizando a modificação do método descrito em
Tedesco et al. (1985); P, K, Ca e Mg extraídos por meio da mistura de
resinas trocadoras de cátions e ânions (Raij et al., 2001), sendo a
determinação do P pelo método colorimétrico, do K por fotometria de
chama e o Ca e Mg por espectrofotometria de absorção atômica; o
enxofre foi extraído pelo fosfato de cálcio e o extrato foi lido em
espectrofotômetro U.V.V a 420 nm; o Al trocável foi extraído por solução
de KCl 1 mol L
-1
e determinado por titulação com NaOH 0,025 mol L
-1
; o
H+Al foi estimado por método indireto com solução tampão SMP.
Os micronutrientes ferro (Fe), zinco (Zn), cobre (Cu) e manganês
(Mn) foram extraídos com duplo ácido (HCl 0,05 mol L
-1
e H
2
SO
4
0,025 mol
L
-1
) e determinados por espectrofotometria de absorção atômica e o boro
(B) foi extraído pelo método da água quente e determinado em
espectrofotômetro U.V.V. a 420 nm.
Quadro 1. Resultados das análises químicas e físicas das amostras de
solos coletadas antes da aplicação dos tratamentos.
Solos
Atributos Ribeirão Paquetá
pH (CaCl
2
) 5,70 5,60
MO (g dm
-3
) 41,00 30,00
P remanescente (mg L
-1
) 16,70 26,70
P resina (mg dm
-3
) 118,00 122,00
K (mmol
c
dm
-3
) 3,60 5,60
Ca (mmol
c
dm
-3
) 71,00 61,00
Mg (mmol
c
dm
-3
) 22,00 20,00
Al (mmol
c
dm
-3
) 0,00 0,00
H+Al (mmol
c
dm
-3
) 35,00 39,00
SB (mmol
c
dm
-3
) 97,00 87,00
T (mmol
c
dm
-3
) 132,00 126,00
V (%) 73,00 69,00
S (mg dm
-3
) 15,00 5,00
Fe (mg dm
-3
) 16,00 17,00
Mn (mg dm
-3
) 22,20 32,20
Zn (mg dm
-3
) 13,50 6,00
Cu (mg dm
-3
) 2,10 3,80
B (mg dm
-3
) 0,80 0,82
Argila (g kg
-1
) 595 419
Silte (g kg
-1
) 274 129
Areia Total (g kg
-1
) 131 452
Areia Grossa (g kg
-1
) 77 108
Areia Fina (g kg
-1
) 54 344
2.2 Tratamentos e delineamento experimental
Em ambos os experimentos os tratamentos, em arranjo fatorial 4 x 2 x 2,
consistiram da combinação de quatro níveis de pH em CaCl
2
0,01M L
-1
(pH
original de cada solo, 6,0; 6,5 e 7,0); duas doses de P (0 e 21,82 mg dm
-3
de P, correspondente a 100 kg ha
-1
de P
2
O
5
), tendo como fonte o
superfosfato triplo comercial e duas doses de uma mistura de CaCO
3
e
MgCO
3
, ambos os sais p.a., em relação estequiométrica Ca:Mg de 4:1,
simulando um calcário finamente moído (0 e 100 mg dm
-3
, correspondente
a 200 kg ha
-1
). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados
com quatro repetições.
2.3 Curvas de neutralização de pH dos solos
As curvas de neutralização foram estimadas com base na variação do pH (CaCl
2
)
em função de doses de CaCO
3
e MgCO
3
, na relação estequiométrica Ca:Mg de 4:1,
correspondentes a 0; 35; 70; 105 e 140 % da acidez potencial (H+Al)
determinada com o acetato de cálcio 0,5 mol L
-1
tamponado à pH 7,0
(Embrapa, 1997).
2.4 Aplicação dos tratamentos e realização dos experimentos
Para a realização dos experimentos, todo o volume de solo
coletado foi homogeneizado e subdividido em volumes correspondentes
ao volume dos vasos de plástico (4,0 dm
-3
).
Ao solo de cada vaso adicionou-se corretivo, CaCO
3
+ MgCO
3
na
relação estequiométrica Ca:Mg de 4:1, nas doses determinadas pelas
curvas de neutralização necessárias para obtenção dos valores de pH em
CaCl
2
desejados. O solo e os corretivos foram homogeneizados em sacos
de plástico e, em seguida, os sacos contendo o solo foram
acondicionados nos vasos de plástico sem drenagem e incubados
durante 21 dias, com água deionizada para manter a umidade equivalente
a 60% do volume total de poros de cada solo. Após esse período foi feita
uma adubação para experimentos em ambientes controlados (Novais et
al., 1991) adicionando-se à superfície de cada vaso 133 mL de uma
solução, contendo em cada 100 mL: B (H
3
BO
3
– 139,0 mg), Cu
(CuSO
4
.5H
2
O – 185,0 mg), Fe (FeCl
3
.6H
2
O – 225,1 mg), Mn (MnCl
2
.4H
2
O –
395,5 mg), Mo (Na
2
MoO
4
.2H
2
O – 10,3 mg) e Zn (ZnSO
4
.7H
2
O – 527,9 mg),
todos sais p.a., seguindo-se novo período de incubação de 10 dias.
Após esse período de incubação, em 27 de novembro de 2004,
semeou-se 12 sementes de soja cv. BRS 133 por vaso, inoculadas com
Bradyrhizobium japonicum. A semeadura foi feita em sulco circular, no
qual se aplicaram, primeiramente, a 4 cm de profundidade as doses de P e
de calcário misturados uniformemente e, cobrindo-se com uma camada
de solo de 2 cm para evitar o contato direto das sementes com o
fertilizante e o corretivo. Assim, sobre esta camada de solo se
depositaram as sementes de soja que foram imediatamente cobertas com
uma camada de 2 cm de solo. Aos 8 dias após plantio (DAP), com a
emergência completa das plântulas de soja foi feito o desbaste, deixando-
se quatro plântulas uniformes e eqüidistantes por vaso.
Os vasos foram pesados diariamente e regados na superfície com
água deionizada para manter a umidade equivalente a 60% do volume
total de poros de cada solo.
Aos 17 DAP foi aplicado sulfato de potássio (K
2
SO
4
) na superfície
do solo, na dosagem de 0,2 g vaso
-1
, correspondente a 100 kg ha
-1
. Aos 52
DAP, no início do estádio de diferenciação floral, as plantas foram
cortadas rente ao solo, acondicionadas em sacos de papel, secas em
estufa com circulação forçada de ar a 65-70
o
C até o peso constante.
2.5 Características avaliadas
As plantas secas foram pesadas, para a determinação da massa seca e moídas em
moinho tipo Willey, homogeneizadas e passadas em peneiras de 0,84 mm de abertura
(20 mesh). Foram analisados os teores de P, Ca e Mg na massa seca da parte aérea, em
extratos obtidos por meio da digestão nítrico-perclórica, utilizando-se o método descrito
por Malavolta et al. (1997). Determinou-se o acúmulo de P nos tecidos da parte aérea,
multiplicando-se a quantidade de massa seca produzida pelo teor do elemento no tecido
foliar.
2.6 Análises estatísticas
Foram realizadas, para cada experimento, análises de variância
para produção de massa seca (MS), teores de P, Ca e Mg e conteúdo de P
acumulado na parte aérea das plantas. Para os caracteres onde P e
calcário foram significativos, aplicou-se o teste t (t=F), a 5% de
probabilidade.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Efeito da aplicação do calcário na linha de plantio
Em ambos os experimentos realizados não se verificou efeito
significativo (F>0,05) para a produção de massa seca da soja, teor e
acúmulo de P e teores de Ca e Mg na massa seca da parte aérea da soja
para a aplicação de calcário no sulco de plantio (Quadro 2).
Quadro 2 – Produção de massa seca, teores de P, Ca e Mg e conteúdo de P da parte
aérea de plantas de soja em função de calcário no sulco de plantio, nos
dois solos.
Dose calcário Massa seca Teor de P Teor de Ca Teor de Mg Conteúdo de P plantas
mg dm
-3
g vaso
-1
g kg
-1
g kg
-1
g kg
-1
mg vaso
-1
Experimento 1 – LVd da Fazenda Ribeirão
0 25,17a 2,52a 15,10a 5,68a 63,15a
100
24,50a 2,57a 15,27a 5,77a 62,70a
Experimento 2 – LVdf da Fazenda Paquetá
0 24,76a 3,03a 14,37a 5,10a 74,58a
100 23,93a 3,11a 14,26a 5,15a 74,08a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si a 5% de probabilidade
pelo teste t (t=√F).
Com a aplicação de calcário e de adubo fosfatado no sulco de
plantio, ocorre aumento de pH e das concentrações de Ca
2+
e de fosfatos
em solução até o limite de soluções concentradas, condições que
favorecem a precipitação de fosfatos de Ca (P-Ca) ou a dissolução do
adubo fosfatado mais lentamente (Lindsay, 1979; Sample et al., 1980;
Novais e Smyth, 1999). Na medida em que os produtos da solubilização
do calcário e do adubo fosfatado são consumidos por meio da absorção e
adsorção há maior liberação de P adicionado não solubilizado (Sample
et al., 1980; Novais e Smyth, 1999).
Vale destacar que o P-Ca formado no sulco de plantio, quando se
aplica calcário e fertilizante fosfatado, apresenta menor disponibilidade
para as plantas quando comparado ao P-Al formado em condições
ácidas. No entanto, no caso da
soja, essa estratégia pode ser vantajosa, pois além da absorção de Ca e P,
a posterior solubilização de P-Ca é garantida pela gradativa acidificação
da rizosfera em conseqüência da fixação biológica de N (Novais e Smyth,
1999).
No entanto, os resultados indicam que essa hipótese, ou seja, que a
aplicação de calcário na linha de plantio aumenta o crescimento e a
absorção de P pelas plantas de soja, não pode ser aceita para os solos e
nas condições estudadas. Ao mesmo tempo, considerando que o melhor
indicador de disponibilidade de nutrientes é o conteúdo desses na planta,
pode-se afirmar que o calcário aplicado na linha de plantio não aumentou
os teores de P, Ca e Mg nas plantas de soja.
Com o manejo sugerido de aplicação de calcário com o fertilizante
fosfatado, deseja-se que a disponibilidade de P para as plantas de soja
seja controlada pela gradativa solubilização dos P-Ca condicionada pela
acidificação da rizosfera. Assim, considerando que os solos continham
teores de Ca e Mg e saturação por base elevados, maiores que 60 e 20
mmol dm
-3
e 70% respectivamente, espera-se não só que a
disponibilidade de P tenham sido suficiente para o máximo crescimento
das plantas, mas também que tenha sido controlada pela solubilização do
P-Ca.
O uso de calcário na linha não influenciou significativamente os
teores de Ca e Mg, corroborando a afirmação de que o suprimento desses
nutrientes pelos solos foi suficiente no fornecimento adequado às plantas
de soja (Quadro 2).
De fato, na literatura, os relatos sobre a eficiência da adoção desta
técnica são controversos (Abrahão e Rosito, 1976; Ben et al., 1980, 1981;
Carvalho e Meurer, 1980; Nakayama, 1984). Abrahão e Rosito (1976), por
exemplo, comparando o efeito da aplicação de calcário a lanço, na linha e
misturado com adubo no sulco de plantio da soja constataram que a
adubação corretiva e manutenção com P e calagem foram mais eficientes
que os outros tratamentos. Constataram, também, que a aplicação de
calcário e adubo no sulco proporcionou melhores produtividades em
relação à mesma quantidade aplicada a lanço.
Considerando os resultados desse trabalho, pode-se inferir que em
solos com pH, saturação por bases e disponibilidade de P elevados, o
calcário na linha de plantio não traria vantagens, pois o solo tem
capacidade de suprir as demandas desses nutrientes pela planta.
3.2 Efeito das doses de P
Em solos tropicais com alto fator capacidade, o P é o nutriente mais limitante à
produção vegetal (Holford, 1997). Assim se espera que a adubação fosfatada eleve a
produtividade das plantas. De fato, no experimento com solo da Faz. Paquetá a
produção de massa seca da soja foi significativamente maior no tratamento em que foi
feita a adubação fosfatada. No entanto, não houve resposta significativa no solo da Faz.
Ribeirão (Quadro 3). Esses resultados são controversos, mas deve-se considerar que, em
princípio, não se espera aumento elevado de produção em solos com teores de P
superiores ao nível crítico, como para os dos solos estudados (Raij et al., 1997).
Quadro 3 – Produção de massa seca, teor e conteúdo de P da parte aérea de plantas de
soja e teor de P no solo em função de adubo fosfatado no sulco de
plantio, nos dois solos.
Dose de P Massa seca Teor de P Conteúdo de P plantas Teor de P no solo
mg dm
-3
g vaso
-1
g kg
-1
mg vaso
-1
mg dm
-3
Experimento 1 – LVd da Fazenda Ribeirão
0 24,55a 2,46a 60,02a 101,44a
21,82
25,12a 2,63b 65,83b 112,59b
Experimento 2 – LVdf da Fazenda Paquetá
0 22,45a 3,15a 70,66a 99,16a
21,82 26,25b 2,98b 78,00b 119,00b
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si a 1% de probabilidade
pelo teste t (t=√F).
Os teores de P nas plantas de soja foram significativamente influenciados pela
adubação fosfatada em ambos os experimentos, aumentou quando se adicionou
superfosfato triplo ao solo da Faz. Ribeirão e diminuiu no LVdf da Faz. Paquetá. O
conteúdo de P, no entanto, foi significativamente maior quando se adicionou P aos solos
(Quadro 3). Considerando que a disponibilidade dos nutrientes é melhor expressa por
meio do conteúdo desses nas plantas (Alvarez V., 1996) é interessante notar que
nos dois casos a adubação fosfatada foi responsável por um aumento de cerca de 10 %
no conteúdo de P pelas plantas.
Esses resultados de teor e conteúdo de P relacionam-se com o resultado de
massa seca, ou seja, no solo da Faz. Paquetá a disponibilidade de P pode ter sido
limitante para o crescimento máximo da soja. Com a adição de P e aumento de sua
disponibilidade, a produção de massa seca teve um aumento proporcionalmente maior
do que a absorção, levando a um efeito de diluição no teor de P. Esse efeito é claro
quando se avalia que a produção de massa seca aumentou 17% nesse experimento, ao
passo que a absorção de P, representada pelo conteúdo, aumentou 10%. Por outro lado,
no experimento 1 com o solo da Faz. Ribeirão, a produção de massa seca não foi
limitada pela disponibilidade de P, mas com o aumento desta disponibilidade as plantas
absorveram mais P levando ao aumento do teor.
Destaca-se que os teores de P em toda parte aérea e em todos os tratamentos são
maiores do que o teor em folhas de soja no início do florescimento utilizado para
classificação como suficiente (Embrapa, 2005) e superiores aos teores encontrados em
experimentos em casa de vegetação (Muniz, et al., 1985).
3.3 Efeito das doses de P
Em solos tropicais com alto fator capacidade, o P é o nutriente mais limitante à
produção vegetal (Holford, 1997). Assim se espera que a adubação fosfatada eleve a
produtividade das plantas. De fato, no experimento com solo da Faz. Paquetá a
produção de massa seca da soja foi significativamente maior no tratamento em que foi
feita a adubação fosfatada. No entanto, não houve resposta significativa no solo da Faz.
Ribeirão (Quadro 3). Esses resultados são controversos, mas deve-se considerar que, em
princípio, não se espera aumento elevado de produção em solos com teores de P
superiores ao nível crítico, como para os dos solos estudados (Raij et al., 1997).
Quadro 3 – Produção de massa seca, teor e conteúdo de P da parte aérea de plantas de
soja e teor de P no solo em função de adubo fosfatado no sulco de
plantio, nos dois solos.
Dose de P Massa seca Teor de P Conteúdo de P plantas Teor de P no solo
mg dm
-3
g vaso
-1
g kg
-1
mg vaso
-1
mg dm
-3
Experimento 1 – LVd da Fazenda Ribeirão
0 24,55a 2,46a 60,02a 101,44a
21,82
25,12a 2,63b 65,83b 112,59b
Experimento 2 – LVdf da Fazenda Paquetá
0 22,45a 3,15a 70,66a 99,16a
21,82 26,25b 2,98b 78,00b 119,00b
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si a 1% de probabilidade
pelo teste t (t=√F).
Os teores de P nas plantas de soja foram significativamente influenciados pela
adubação fosfatada em ambos os experimentos, aumentou quando se adicionou
superfosfato triplo ao solo da Faz. Ribeirão e diminuiu no LVdf da Faz. Paquetá. O
conteúdo de P, no entanto, foi significativamente maior quando se adicionou P aos solos
(Quadro 3). Considerando que a disponibilidade dos nutrientes é melhor expressa por
meio do conteúdo desses nas plantas (Alvarez V., 1996) é interessante notar que
nos dois casos a adubação fosfatada foi responsável por um aumento de cerca de 10 %
no conteúdo de P pelas plantas.
Esses resultados de teor e conteúdo de P relacionam-se com o resultado de massa seca,
ou seja, no solo da Faz. Paquetá a disponibilidade de P pode ter sido limitante para o
crescimento máximo da soja. Com a adição de P e aumento de sua disponibilidade, a
produção de massa seca teve um aumento proporcionalmente maior do que a absorção,
levando a um efeito de diluição no teor de P. Esse efeito é claro quando se avalia que a
produção de massa seca aumentou 17% nesse experimento, ao passo que a absorção de
P, representada pelo conteúdo, aumentou 10%. Por outro lado, no experimento 1 com o
solo da Faz. Ribeirão, a produção de massa seca não foi limitada pela disponibilidade de
P, mas com o aumento desta disponibilidade as plantas absorveram mais P levando ao
aumento do teor.
Destaca-se que os teores de P em toda parte aérea e em todos os tratamentos são
maiores do que o teor em folhas de soja no início do florescimento utilizado para
classificação como suficiente (Embrapa, 2005) e superiores aos teores encontrados em
experimentos em casa de vegetação (Muniz, et al., 1985).
4 CONCLUSÕES
Em latossolos argilosos com elevado nível de fertilidade o calcário
finamente moído aplicado na linha de plantio não influencia a absorção de
P pelas plantas de soja. Além disso, a adubação fosfatada influencia o
teor e acúmulo de P pelas plantas de soja e para o LVdf aumenta a
produção de massa seca.
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Apêndice 1. Resumo das análises de variância referentes à massa seca (g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g
kg
-1
) e total de P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de P (mg dm
-3
) e P remanescente
(mg L
-1
) no solo, em função dos níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVd da Fazenda
Ribeirão. Dourados-MS, 2006
Causas da variação G.L.
Quadrados médios
Massa seca
g vaso
-1
P foliar
g kg
-1
Ca foliar
g kg
-1
Mg foliar
g kg
-1
P acumulado
mg vaso
-1
P no solo
mg dm
-3
P remanescente
mg L
-1
pH 3 77,2354** 0,0721
ns
19,0286** 1,6064** 351,4165** 2063,0573** 66,9707**
P 1 5,2208
ns
0,4556** 0,7439
ns
0,4472* 539,0528** 6300,3906** 0,4730
ns
Filler 1 7,1552
ns
0,0352
ns
0,5076
ns
0,1269
ns
3,3128
ns
54,3906
ns
2,2880
ns
pH x P 3 0,8912
ns
0,0262
ns
1,6032
ns
0,1459
ns
5,1539
ns
151,9740
ns
8,1842**
pH x Calcário 3 1,4950
ns
0,0305
ns
0,5609
ns
0,0935
ns
17,7878
ns
219,8073* 1,0609
ns
P x Calcário 1 2,3413
ns
0,0006
ns
0,8100
ns
0,0328
ns
6,9823
ns
34,5156
ns
3,9498
ns
pH x P x Calcário 3 0,5998
ns
0,0252
ns
0,6153
ns
0,0350
ns
32,2281
ns
75,5156
ns
0,5111
ns
Resíduo 45 3,0800 0,0456 0,3775 0,0785 18,1145 75,3462 1,2392
Média Geral 24,8375 2,5434 15,1844 5,7242 62,9263 109,0781 16,7453
C. V. % 7,066 8,397 4,046 4,895 6,764 7,958 6,648
**: significativo a 1% pelo teste t (t=√F)
*: significativo a 5% pelo teste t (t=√F)
ns: não significativo
Apêndice 2. Resumo das análises de variância referentes à massa seca (g vaso
-1
), teores de P (g kg
-1
), Ca (g kg
-1
) e Mg (g
kg
-1
) e total de P acumulado (mg vaso
-1
) na parte aérea da soja, teores de P (mg dm
-3
) e P remanescente
(mg L
-1
) no solo, em função dos níveis de pH, adubo fosfatado (P) e calcário para o LVdf da Fazenda
Paquetá. Dourados-MS, 2006
Causas da variação G.L.
Quadrados médios
Massa seca
g vaso
-1
P foliar
g kg
-1
Ca foliar
g kg
-1
Mg foliar
g kg
-1
P acumulado
mg vaso
-1
P no solo
mg dm
-3
P remanescente
mg L
-1
pH 3 20,9126* 0,0984
ns
5,3130** 3,7001** 186,9433* 1320,4740** 221,8385**
P 1 231,5344** 0,4590** 0,7768
ns
0,8906** 861,4263** 1991,3906** 1,0504
ns
Filler 1 11,0142
ns
0,1040
ns
0,1971
ns
0,0375
ns
4,0034
ns
6,8906
ns
1,4398
ns
pH x P 3 9,7031
ns
0,0258
ns
0,2853
ns
0,1299
ns
52,1748
ns
164,5990** 1,3203
ns
pH x Calcário 3 0,9730
ns
0,0148
ns
0,2612
ns
0,0168
ns
28,9918
ns
50,6823
ns
0,9780
ns
P x Calcário 1 6,6757
ns
0,0264
ns
0,0001
ns
0,0088
ns
99,9968
ns
3,5156
ns
0,8102
ns
pH x P x Calcário 3 1,8133
ns
0,0301
ns
0,3745
ns
0,0501
ns
12,1202
ns
27,8906
ns
0,7795
ns
Resíduo 45 6,1743 0,0465 0,5778 0,0911 45,6048 38,3684
2,5508
Média Geral 24,3514 3,0691 14,3117 5,1242 74,3313 107,0156 23,7281
C. V. % 10,204 7,023 5,311 5,891 9,085 5,788 6,731
**: significativo a 1% pelo teste t (t=√F)
*: significativo a 5% pelo teste t (t=√F)
ns: não significativo
Apêndice 3. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Ribeirão
Tratamentos
a
Repetições
pH
(CaCl
2
)
pH
(H
2
O)
P
(mg dm
-3
)
P remanescente
(mg L
-1
)
A 5,5 6,1 92,0 14,5
pH5,7 P0 C0
B 5,6 6,1 96,0 17,4
C 5,5 6,1 89,0 16,0
D 5,6 6,1 91,0 18,9
A 5,6 6,1 84,0 18,4
pH5,7 P0 C1
B 5,6 6,1 82,0 17,6
C 5,6 6,2 93,0 16,2
D 5,6 6,1 98,0 16,7
A 5,5 6,0 103,0 18,2
pH5,7 P1 C0
B 5,6 6,1 108,0 18,2
C 5,5 6,1 113,0 17,9
D 5,6 6,1 106,0 19,2
A 5,6 6,1 116,0 18,9
pH5,7 P1 C1
B 5,5 6,1 151,0 18,4
C 5,6 6,1 103,0 19,2
D 5,6 6,2 99,0 18,7
A 5,9 6,4 90,0 18,9
pH6,0 P0 C0
B 6,0 6,4 88,0 18,4
C 5,9 6,4 88,0 18,9
D 6,0 6,4 91,0 17,4
A 5,9 6,4 97,0 19,7
pH6,0 P0 C1
B 6,0 6,4 96,0 19,6
C 6,0 6,4 99,0 20,0
D 6,0 6,4 92,0 18,4
A 5,9 6,4 104,0 17,7
pH6,0 P1 C0
B 6,0 6,4 130,0 17,4
C 5,9 6,3 113,0 16,0
D 6,0 6,3 99,0 17,7
A 6,0 6,4 104,0 15,5
pH6,0 P1 C1
B 6,0 6,3 110,0 15,8
C 6,0 6,4 116,0 18,7
D 6,1 6,4 109,0 18,9
A 6,4 6,8 103,0 16,0
pH6,5 P0 C0
B 6,4 6,8 104,0 16,2
C 6,4 6,8 99,0 17,2
D 6,4 6,8 106,0 17,2
A 6,4 6,8 98,0 17,4
pH6,5 P0 C1
B 6,5 6,9 98,0 19,2
C 6,4 6,9 93,0 19,5
D 6,5 6,9 110,0 16,0
A 6,4 6,7 110,0 15,5
pH6,5 P1 C0
B 6,5 6,8 116,0 16,9
C 6,5 6,8 110,0 17,9
D 6,4 6,8 116,0 19,2
A 6,5 6,8 115,0 17,9
pH6,5 P1 C1
B 6,4 6,8 116,0 17,2
C 6,5 6,8 124,0 18,9
D 6,4 6,8 104,0 16,9
A 6,9 7,2 116,0 14,1
pH7,0 P0 C0
B 6,9 7,2 121,0 14,2
C 6,9 7,2 121,0 14,2
D 6,9 7,2 118,0 12,8
A 6,9 7,2 117,0 13,4
pH7,0 P0 C1
B 6,9 7,3 95,0 14,0
C 7,0 7,3 101,0 15,5
D 6,9 7,3 107,0 14,7
A 6,9 7,2 142,0 15,3
pH7,0 P1 C0
B 6,9 7,2 147,0 14,1
C 6,9 7,2 141,0 13,3
D 6,9 7,2 149,0 13,0
A 6,9 7,2 145,0 13,6
pH7,0 P1 C1
B 6,9 7,2 130,0 12,6
C 6,9 7,2 134,0 12,1
D 6,9 7,2 125,0 12,3
a/
P0 e C0 correspondem aos tratamentos com ausência de fósforo e calcário, respectivamente;
P1 corresponde à dose de 21,82 mg dm
-3
de sforo;
C1 corresponde à dose de 100 mg dm
-3
de calcário.
Apêndice 4. Atributos químicos do solo de cada vaso da Fazenda Paquetá
Tratamentos
a
Repetições
pH
(CaCl
2
)
pH
(H
2
O)
P
(mg dm
-3
)
P remanescente
(mg L
-1
)
A 5,6 6,3 86,0 25,2
pH5,6 P0 C0
B 5,6 6,3 96,0 27,4
C 5,5 6,2 99,0 27,7
D 5,6 6,3 94,0 26,4
A 5,6 6,3 99,0 26,8
pH5,6 P0 C1
B 5,6 6,3 96,0 28,4
C 5,6 6,2 96,0 26,0
D 5,6 6,2 85,0 26,0
A 5,5 6,1 95,0 27,2
pH5,6 P1 C0
B 5,6 6,2 99,0 28,1
C 5,6 6,2 105,0 27,7
D 5,6 6,2 111,0 27,7
A 5,6 6,2 93,0 26,3
pH5,6 P1 C1
B 5,6 6,2 94,0 25,2
C 5,6 6,2 99,0 29,3
D 5,6 6,3 102,0 28,1
A 5,9 6,5 72,0 27,7
pH6,0 P0 C0
B 6,0 6,5 97,0 24,5
C 6,0 6,6 94,0 24,8
D 6,0 6,6 99,0 27,7
A 5,9 6,5 99,0 28,6
pH6,0 P0 C1
B 6,0 6,6 98,0 28,1
C 6,0 6,6 100,0 24,1
D 6,1 6,6 96,0 26,4
A 6,0 6,5 116,0 27,2
pH6,0 P1 C0
B 5,9 6,5 98,0 28,4
C 5,9 6,5 116,0 26,6
D 5,9 6,4 112,0 21,8
A 6,0 6,6 108,0 25,2
pH6,0 P1 C1
B 6,1 6,5 115,0 28,1
C 6,0 6,5 109,0 29,4
D 6,0 6,5 120,0 26,6
A 6,4 6,8 109,0 20,4
pH6,5 P0 C0
B 6,4 6,8 103,0 22,5
C 6,4 6,8 105,0 22,2
D 6,4 6,8 100,0 19,7
A 6,4 6,9 108,0 23,5
pH6,5 P0 C1
B 6,4 6,8 102,0 22,9
C 6,4 6,9 93,0 20,1
D 6,4 6,9 99,0 20,6
A 6,4 6,8 124,0 21,3
pH6,5 P1 C0
B 6,4 6,8 116,0 24,4
C 6,4 6,7 115,0 22,6
D 6,5 6,9 118,0 20,1
A 6,4 6,8 119,0 22,0
pH6,5 P1 C1
B 6,5 6,9 121,0 23,4
C 6,4 6,7 120,0 23,4
D 6,5 6,9 114,0 20,0
A 6,9 7,3 119,0 16,2
pH7,0 P0 C0
B 6,9 7,3 116,0 20,0
C 6,8 7,2 108,0 20,8
D 6,9 7,3 117,0 20,2
A 6,9 7,3 116,0 19,7
pH7,0 P0 C1
B 6,9 7,3 124,0 20,2
C 6,9 7,4 115,0 21,2
D 6,9 7,3 106,0 19,2
A 6,8 7,2 123,0 19,7
pH7,0 P1 C0
B 6,9 7,3 118,0 19,5
C 6,9 7,3 116,0 18,4
D 6,9 7,3 118,0 20,4
A 6,9 7,3 123,0 20,5
pH7,0 P1 C1
B 6,9 7,3 118,0 18,2
C 6,9 7,3 126,0 18,2
D 6,9 7,3 122,0 18,4
a/
P0 e C0 correspondem aos tratamentos com ausência de fósforo e calcário, respectivamente;
P1 corresponde à dose de 21,82 mg dm
-3
de sforo;
C1 corresponde à dose de 100 mg dm
-3
de calcário.
Apêndice 5. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Ribeirão
Tratamentos
a
R
b
N P K Ca Mg S Fe Zn Cu Mn B Na
(g kg
-1
) (mg kg
-1
)
A 37,15 2,32 16,70 13,90 5,15 2,03 160 142 11 127 56 48
pH5,7 P0 C0
B 40,55 2,61 16,40 13,25 5,20 2,17 167 174 8 145 55 43
C 39,96 2,78 16,45 14,75 5,70 2,36 238 202 7 228 54 47
D 35,52 2,15 15,30 14,10 5,40 2,08 172 150 11 145 50 53
A 36,41 2,44 15,65 14,80 5,50 2,11 199 156 11 135 52 52
pH5,7 P0 C1
B 37,15 2,51 17,30 14,35 5,35 2,11 120 163 11 141 54 60
C 37,89 2,71 19,15 14,70 5,65 2,23 231 176 9 162 51 67
D 40,55 2,77 18,00 14,75 5,65 2,39 209 202 11 187 51 62
A 38,03 2,40 15,15 14,25 5,50 2,16 145 157 8 135 54 63
pH5,7 P1 C0
B 39,07 2,76 16,40 14,60 5,65 2,46 201 206 8 242 55 53
C 37,15 2,85 16,55 14,50 5,30 2,33 190 175 8 155 51 60
D 35,82 2,75 18,80 14,40 5,25 2,15 169 175 10 165 47 62
A 35,67 2,61 18,35 14,05 5,45 2,14 175 179 8 135 51 84
pH5,7 P1 C1
B 40,84 2,88 20,45 14,80 5,85 2,49 136 165 9 147 54 64
C 39,81 2,83 17,15 14,85 5,55 2,29 194 130 9 101 54 52
D 35,82 2,67 18,00 13,95 5,20 2,22 146 192 6 204 48 53
A 39,22 2,63 20,25 15,05 5,75 2,44 155 216 8 262 51 92
pH6,0 P0 C0
B 38,48 2,72 18,60 14,90 5,70 2,38 187 182 11 155 50 53
C 36,56 2,58 19,40 15,50 5,65 2,23 146 189 9 166 47 65
D 33,30 2,09 20,65 15,15 5,25 2,19 107 145 7 127 40 57
A 38,48 2,94 20,50 15,10 5,75 2,31 218 206 8 246 52 78
pH6,0 P0 C1
B 34,78 2,65 18,60 14,75 5,60 2,14 166 186 9 169 45 49
C 34,49 2,72 23,50 14,70 5,70 2,20 177 143 8 124 50 72
D 28,87 1,99 16,15 13,60 4,75 1,82 114 155 5 165 44 46
A 38,63 2,90 20,40 14,75 5,90 2,33 306 226 10 248 52 72
pH6,0 P1 C0
B 36,11 2,65 17,40 14,30 5,40 2,14 658 172 7 159 46 54
C 31,09 2,59 19,60 13,90 5,55 2,08 150 123 6 102 46 62
D 28,42 2,29 16,25 14,05 5,15 2,00 154 159 10 156 40 53
A 33,60 2,37 17,80 12,90 5,00 2,07 139 197 7 194 43 56
pH6,0 P1 C1
B 30,35 2,54 18,90 14,75 5,85 2,15 168 157 7 125 47 64
C 35,82 2,60 21,00 15,15 5,80 2,14 201 150 10 130 47 71
D 36,26 2,80 20,75 15,00 5,65 2,14 172 179 4 177 49 59
A 43,65 2,28 15,50 14,80 5,50 2,17 125 154 7 149 49 50
pH6,5 P0 C0
B 37,59 2,67 16,60 14,60 5,85 2,34 174 145 9 118 52 48
C 33,89 2,51 19,20 14,80 5,55 2,08 162 143 7 126 47 65
D 35,37 2,51 18,25 14,85 5,60 2,25 127 214 8 259 45 52
A 36,26 2,55 17,75 14,75 5,80 2,25 191 212 8 223 47 75
pH6,5 P0 C1
B 38,48 2,44 16,75 14,35 5,70 2,27 137 145 7 129 48 36
C 36,41 2,39 17,55 14,45 5,35 2,08 146 135 11 124 48 46
D 29,61 1,85 16,15 13,15 4,95 1,67 111 116 7 117 41 54
A 35,08 2,12 15,35 15,35 5,60 2,03 126 146 5 165 43 48
pH6,5 P1 C0
B 39,07 2,76 18,50 15,60 6,30 2,16 125 189 8 173 53 51
C 38,63 2,65 19,25 15,25 5,95 2,13 143 171 9 170 50 57
D 39,96 2,76 17,70 14,80 5,75 2,25 133 182 10 183 47 52
A 38,03 2,49 16,55 15,65 6,10 2,14 159 193 6 199 48 54
pH6,5 P1 C1
B 41,43 2,83 16,80 16,00 6,05 1,88 143 208 6 225 52 46
C 39,96 2,55 17,40 14,80 5,55 2,18 159 139 7 123 50 51
D 37,00 2,65 19,05 16,65 6,35 2,27 158 133 8 115 46 59
A 35,52 2,31 14,30 16,30 6,00 2,13 129 191 9 195 48 64
pH6,5 P1 C1
B 35,37 2,24 14,75 17,65 6,10 2,06 160 165 4 148 47 53
C 39,96 2,48 15,05 16,35 5,85 2,08 136 114 8 98 49 45
D 35,67 2,14 15,65 15,65 5,65 2,11 127 172 5 200 44 36
A 38,48 2,09 14,70 16,20 5,85 1,99 147 122 8 111 43 41
pH7,0 P0 C1
B 36,70 2,51 17,25 16,30 6,25 2,19 122 142 7 143 48 43
C 41,88 2,68 16,80 17,50 6,40 2,25 147 163 9 165 49 48
D 39,22 2,43 15,95 17,40 6,35 2,22 148 129 4 143 44 46
A 34,04 2,26 15,30 15,30 5,80 2,01 108 152 5 169 44 59
pH7,0 P1 C0
B 39,22 2,83 18,90 17,35 6,75 2,41 126 175 6 177 50 74
C 37,89 2,51 16,35 16,30 5,85 2,17 124 192 8 219 49 59
D 38,03 2,54 14,70 16,75 6,15 2,23 181 144 10 145 50 45
A 40,99 2,53 14,60 16,80 6,30 2,20 177 129 6 121 46 40
pH7,0 P1 C1
B 38,63 2,82 16,75 18,35 6,70 2,14 169 163 10 169 47 53
C 40,99 2,70 15,30 16,75 6,20 2,14 147 116 7 111 49 45
D 42,32 2,60 15,60 17,45 6,40 2,14 151 153 11 164 43 46
a/
P0 e C0 correspondem aos tratamentos com ausência de fósforo e calcário, respectivamente;
P1 corresponde à dose de 21,82 mg dm
-3
de sforo;
C1 corresponde à dose de 100 mg dm
-3
de calcário.
b
/
R corresponde às repetições.
Apêndice 6. Resultados de análises de tecidos vegetais da Fazenda Paquetá
Tratamentos
a
R
b
N P K Ca Mg S Fe Zn Cu Mn B Na
(g kg
-1
) (mg kg
-1
)
A 40,84 3,39 22,60 16,55 5,40 2,40 199 170 6 164 59 69
pH5,6 P0 C0
B 39,51 2,98 20,80 14,95 4,95 2,25 179 166 6 179 56 54
C 38,77 3,09 23,45 14,10 4,95 2,27 189 144 9 173 50 58
D 43,65 3,23 21,75 14,45 4,85 2,35 151 210 10 278 54 66
A 37,44 2,98 22,70 13,95 4,75 2,13 150 132 7 150 55 59
pH5,6 P0 C1
B 44,10 3,23 22,10 15,65 5,60 2,31 254 159 6 178 61 51
C 40,25 3,51 24,00 15,55 5,00 2,36 253 159 8 185 56 66
D 42,17 3,27 21,95 14,90 5,10 2,41 199 163 9 191 56 55
A 40,70 3,14 19,60 15,00 4,95 2,41 198 162 7 182 54 54
pH5,6 P1 C0
B 43,21 2,90 21,00 14,15 4,95 2,36 168 109 4 117 55 43
C 36,56 3,14 23,70 15,10 4,80 2,35 165 151 4 190 55 53
D 42,17 3,24 22,80 14,80 5,15 2,46 218 153 11 195 56 60
A 38,63 3,15 23,60 16,10 5,35 2,25 203 178 5 214 57 63
pH5,6 P1 C1
B 40,84 3,16 22,55 14,15 4,80 2,19 210 154 8 183 62 53
C 38,77 2,78 18,70 14,90 4,65 1,91 190 135 7 155 56 45
D 39,96 3,06 21,25 14,30 4,75 2,23 215 156 8 184 51 53
A 40,70 2,86 20,55 14,95 5,10 2,23 205 134 5 149 57 52
pH6,0 P0 C0
B 39,22 3,23 21,35 14,70 5,15 2,29 240 144 8 170 55 45
C 32,12 3,00 21,90 14,30 4,40 2,10 188 135 6 162 51 64
D 40,10 2,87 19,75 14,80 4,90 2,27 206 180 6 200 52 42
A 42,91 3,07 19,50 13,30 4,50 2,44 185 117 5 124 54 39
pH6,0 P0 C1
B 42,47 3,45 20,90 14,55 5,05 2,39 207 165 5 178 60 51
C 43,65 3,29 20,05 14,40 4,75 2,30 174 164 8 192 59 40
D 39,96 2,98 21,45 13,90 4,65 2,21 253 123 10 118 54 57
A 35,67 2,90 21,35 14,90 4,80 2,08 210 96 8 97 53 76
pH6,0 P1 C0
B 35,52 2,70 19,90 13,00 3,90 2,07 152 84 8 91 48 51
C 40,99 2,86 19,20 13,80 4,15 2,22 179 105 8 115 48 50
D 39,22 2,91 19,75 13,35 4,10 2,13 158 108 10 121 49 53
A 37,44 2,33 18,50 13,00 3,95 1,99 153 92 6 117 49 33
pH6,0 P1 C1
B 45,13 2,98 19,60 14,85 4,55 2,42 221 135 11 140 59 47
C 39,36 3,10 20,60 13,55 4,80 2,36 252 115 8 129 59 59
D 40,99 2,83 19,20 13,80 4,20 2,37 215 114 6 128 52 78
A 39,96 2,93 20,05 13,55 4,80 2,37 247 126 10 133 55 70
pH6,5 P0 C0
B 39,96 3,07 20,20 13,30 5,25 2,27 186 136 11 151 59 61
C 45,87 3,18 20,80 13,60 5,50 2,36 206 155 9 207 56 47
D 44,69 3,14 19,60 12,80 5,30 2,37 192 168 12 222 53 51
A 41,43 3,12 19,45 13,15 5,10 2,19 189 121 10 142 55 35
pH6,5 P0 C1
B 41,58 3,12 20,25 14,45 5,65 2,29 166 112 9 139 55 44
C 39,22 3,36 21,30 14,05 5,40 2,23 158 113 10 141 54 51
D 39,96 3,25 23,35 13,85 5,35 2,15 189 117 11 145 52 62
A 38,63 3,09 20,40 14,00 5,35 2,28 191 131 10 162 51 66
pH6,5 P1 C0
B 42,47 3,06 20,65 13,15 5,05 2,33 165 125 10 153 47 45
C 41,43 2,87 19,35 13,45 4,80 2,25 150 121 8 148 51 47
D 42,62 3,20 20,10 14,50 5,45 2,44 226 107 10 134 53 52
A 39,22 3,09 20,85 14,15 5,35 2,23 205 145 9 199 54 66
pH6,5 P1 C1
B 42,17 3,20 21,40 13,55 5,30 2,36 174 109 8 141 55 44
C 45,43 3,25 20,10 13,30 5,20 2,46 178 129 8 160 51 48
D 39,22 2,78 19,35 13,15 4,70 2,22 197 113 9 129 46 43
A 38,18 3,14 20,75 15,05 5,90 2,28 266 142 6 199 54 63
pH7,0 P0 C0
B 36,56 3,20 20,25 14,30 5,40 2,27 185 140 8 199 55 50
C 38,48 3,06 21,55 15,35 6,05 2,33 167 115 7 158 50 41
D 39,96 3,12 20,85 14,90 5,40 2,46 212 123 11 165 51 46
A 34,78 2,78 20,50 14,15 5,50 1,58 135 111 7 131 40 46
pH7,0 P0 C1 B 38,48 3,72 23,35 13,35 6,20 1,94 239 128 15 147 45 49
C 40,99 3,23 19,75 13,65 5,60 1,98 162 164 7 236 51 52
D 48,24 3,07 17,50 17,00 6,25 2,27 202 202 14 286 49 46
A 39,96 2,53 18,65 14,30 5,50 1,93 221 102 10 116 46 41
pH7,0 P1 C0
B 36,26 2,65 18,10 14,75 5,55 2,04 156 119 9 154 46 40
C 40,99 2,78 18,25 14,70 5,50 2,08 130 114 8 140 46 39
D 41,58 3,46 20,10 15,15 5,90 1,75 227 133 12 159 47 41
A 39,36 2,83 18,50 14,30 5,50 2,07 202 121 6 159 46 29
pH7,0 P1 C1
B 39,51 3,09 20,30 15,10 5,85 2,14 144 164 9 198 48 43
C 47,20 3,19 19,30 14,00 5,65 2,32 168 130 11 184 48 46
D 45,28 3,25 19,70 14,15 5,70 2,23 157 107 11 142 50 42
a/
P0 e C0 correspondem aos tratamentos com ausência de fósforo e calcário, respectivamente;
P1 corresponde à dose de 21,82 mg dm
-3
de sforo;
C1 corresponde à dose de 100 mg dm
-3
de calcário.
b/
R corresponde às repetições.
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Caracterização das áreas
No período de novembro de 2004 a janeiro de 2005, foram
realizados dois experimentos em casa de vegetação da Faculdade de
Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD), Dourados, MS (22º11’55” S, 054º56’07’’ W e 452 m de altitude),
cujo clima é, segundo Köppen, Mesotérmico Úmido (Mato Grosso do Sul,
1990).
Para realização dos experimentos foram coletadas amostras de
dois latossolos de classes representativas dos solos mais utilizados para
cultivo de soja no Brasil. Para coleta das amostras foram selecionadas
duas áreas cultivadas durante o verão com soja e milho e no inverno com
milho safrinha, milheto e aveia, ininterruptamente, por mais de 20 anos,
utilizando-se fertilizantes e corretivos para obtenção de elevadas
produtividades. Nos últimos 10 anos as duas áreas foram cultivadas sob
sistema de cultivo mínimo, com semeadura de milho, milheto ou aveia
logo após a colheita da soja ou milho no plantio de verão, ou milheto
logo após as primeiras chuvas da primavera.
No experimento 1, foi utilizado o Latossolo Vermelho distrófico
(LVd), textura argilosa, originário de deposição detrito-laterítica, coletado
no município de Chapadão do Sul (MS). A coleta foi realizada em talhão
comercial de soja (18º45’49” S; 052º55’36” W) pertencente à Ribeirão
Agropecuária. A altitude média da Ribeirão Agropecuária é de 820 metros
e a precipitação média entre 1990 e 2004 foi de 1971 mm anuais, variando
entre 1725 e 2216 mm (Ribeirão Agropecuária, 2005
4
).
No experimento 2, foi utilizado o Latossolo Vermelho distroférrico
(LVdf), textura argilosa, originário da alteração do basalto, coletado no
município de Ponta Porã (MS). A coleta foi realizada em talhão comercial
de soja (22°21’51” S; 055°06’04” W) pertencente à Fazenda Paquetá. A
altitude média da propriedade é de 410 metros e a precipitação média foi
4
Ribeirão Agropecuária, 2005. Comunicação pessoal.
de 1376 mm anuais, com valores entre 1152 e 1600 mm, nos últimos 20
anos (Fazenda Paquetá, 2005
5
).
5
Fazenda Paquetá, 2005. Comunicação pessoal.
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