9). Porém, quando observamos separadamente entre os grupos, o COBOM foi o único
que relatou nunca ter tido problemas de audição que necessitassem de cuidados médicos.
Tal grupo também foi o que menos relatou ter feito exame de audição (5,0%) seguido de
35,7% da administração. O setor operacional, em sua maioria (58,3%), referiu ter se
submetido a testes auditivos anteriormente.
Quando questionados sobre queixa de tontura (Figura 17), 90,3% relatou não
existir. Dos que apresentaram a queixa de tontura, 85,71% relataram a freqüência “às
vezes” e 14,29% “sempre”. Já a queixa de zumbido (Figura 18) apareceu em 27,8% dos
bombeiros com freqüências de 90% para “às vezes” e 10% para “sempre”.
Para Castro (2000), exposição crônica ao ruído no organismo humano pode
acarretar em alterações vestibulares A autora observou tendência de correlação entre grau
de perda auditiva e prevalência de distúrbios vestibulares. O estudo apontou também
prevalência elevada de distúrbios vestibulares observada nos pacientes com queixas de
tontura e zumbido.
A Figura 22 indicou as seguintes queixas decorrentes do ruído no local de
trabalho, por ordem de ocorrência: incômodo 25,6%, intolerância e irritabilidade 20,8%,
dor de cabeça 14,5%, diminuição da audição 14,0%, alteração do sono 13,5%, zumbido
10,1% e tontura 1,5%. Tais resultados vão ao encontro dos estudos de Job (1996), Stallen
(1999), Flindell e Stallen (1999), Azevedo e Lima (2002), Jakovljevic et. al. (2006) e
Martin et. al. (2006) que observaram as mesmas queixas decorrentes principalmente do
ruído urbano. Zannim et. al. (2002) relataram em sua pesquisa que o ruído ambiental tem
como queixas principais à irritabilidade (58%), baixa de concentração (42%), insônia
(20%) e dores de cabeça (20%).
Quando questionados sobre exposição a químicos durante o trabalho (Tabela 11),
55,6% dos bombeiros responderam sim. Destes, 92,50% indicaram a freqüência “às
vezes” e 7,50% “sempre”. Os químicos citados foram: monóxido de carbono, amônia,
cloro, gás, combustível, solvente, acetileno, enxofre e dicloreto etílico. Para Fechter
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