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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
ESTUDO FITOQUÍMICO DO ENXERTO DE Azadirachta indica
SOBRE Melia azedarach: QUANTIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
INSETICIDAS
MOACIR ROSSI FORIM*
Tese apresentada como parte dos
requisitos para a obtenção do título de
DOUTOR EM CIÊNCIAS área de
concentração: QUÍMICA ORGÂNICA.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva
*Bolsista Fapesp
São Carlos – SP
2006
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Livros Grátis
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Milhares de livros grátis para download.
Dedico este trabalho a todas as
pessoas que em mim sempre
acreditaram. Em especial aos
meus pais, Moacir e Leonor, e
minha namorada Andréia.
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AGRADECIMENTOS
À Profa. Dra. Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva pela constante
orientação e apoio oferecido durante todos esses anos, por seus ensinamentos, por
seu exemplo profissional e por sua amizade;
À Profa. Dra. Quezia Bezerra Cass pelo apoio incondicional ao projeto, por sua
amizade e por toda a orientação cedida durante todos esses anos;
Aos professores Dr. João Batista Fernandes, Dr. Paulo Cezar Vieira, Dr. Edson
Rodrigues Filho e Dr. Antônio Gilberto Ferreira pela contribuição dada ao trabalho e
pela ótima convivência durante todos esses anos;
À Dra. Sueli de Souza Martinez por ter me recebido em seu instituto, pelo material
fornecido, pela contribuição e participação neste trabalho;
Aos amigos do Laboratório de Produtos Naturais, Laboratório de Síntese Orgânica e
CLAE, Laboratório de Espectrometria de Massas e Laboratório de Ressonância
Magnética Nuclear do Depto. Química da UFSCar por proporcionarem um excelente
ambiente de trabalho. Meu agradecimento se estende por todos que passaram pelo
laboratório durante esses quatro anos em que fiz parte destes grupos;
Aos técnicos Luciana, Paulo, Valdir e Doraí por terem contribuído imensamente com
esta tese através da realização de seus trabalhos;
Aos amigos de toda hora Oldair Donizete e José Fernando;
Aos meus pais Moacir e Leonor, a minha irmã Julyana e minha sobrinha Catharyna
pelo incentivo e ânimo dado ao longo da minha vida;
À Andréia por estar ao meu lado incondicionalmente.
As agências de Fomento: Fapesp, Capes e CNpq.
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iv
APRESENTAÇÃO
A presente tese descreve a investigação fitoquímica do enxerto de
Azadirachta indica sobre Melia azedarach e quantificação de alguns metabólitos
característicos de A. indica via a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Para
facilitar a leitura e a compreensão dessas técnicas a tese encontra-se dividida em
capítulos. O Capítulo 01, basicamente trás uma introdução geral ao assunto,
descreve as espécies, o enxerto e os objetivos do projeto. O Capítulo 02 é dedicado
à investigação fitoquímica do enxerto. Nele encontra-se uma revisão bibliográfica
completa para as espécies, os procedimentos experimentais e os resultados obtidos.
Todo o estudo quantitativo é descrito no Capítulo 03. O desenvolvimento dos
métodos analíticos, os procedimentos experimentais e também os resultados obtidos
pela Cromatografia Líquida de Alta Eficiência são detalhados neste capítulo. Os
capítulos 02 e 03 podem ser lidos separadamente. Os dois últimos capítulos, 04 e 05
trazem, respectivamente, a conclusão geral do projeto e as referências bibliográficas
consultadas para a execução do trabalho. No final da tese podem ainda ser
encontrados os Apêndices.
Diversas siglas utilizadas no texto representando abreviações de
técnicas ou equipamentos, encontram-se descritas na mesma forma usados em
inglês. Algumas destas siglas ainda não possuem uma segunda equivalente em
português como, por exemplo, SPE. A tentativa de traduzir esta sigla para o
português, EFS, foi tão inviável como traduzir “samba para o inglês. Deste modo,
algumas siglas foram mantidas no idioma de origem. Outras siglas, como HPLC,
foram propositalmente mantidas na forma de origem por serem siglas amplamente
descritas por toda a comunidade científica internacional.
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PRINCIPAIS SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES
kg - Kilograma
g - Grama
mg - Miligrama
µg - Micrograma
L - Litro
mL - Mililitro
cm
3
- Centímetro cúbico
µL - Microlitro
v/v - Volume/volume
m - Metro
cm - Centímetro
mm - Milímetro
µm - Micrômetro
nm - Nanômetro
Å - Angstron
λ
- Comprimento de onda
min - Minutos
s - Segundos
mol - Molar
ºC - Graus Celsius
% - Percentagem
A. indica - Azadirachta indica
M. azedarach - Melia azedarach
LDM - Sementes lavadas despolpadas e mdas
Hex - Hexano
DCM - Diclorometano
AcOEt - Acetato de Etila
MeOH - Metanol
EtOH - Etanol
ACN - Acetonitrila
THF - Tetraidrofurano
HM - Hidrometanólico
CC - Cromatografia em Coluna Aberta
CCD - Cromatografia em Camada Delgada
CCDA - Cromatografia em Camada Delgada Analítica
HPLC - High Performance Liquid Chromatography (Cromatografia
Líquida de Alta Eficiência)
UV - Ultravioleta
IV - Infravermelho
DAD - Detector por Arranjo de Diodos
LLE - Liquid Liquid Extraction (Extração Líquido-Líquido)
SPE - Solid Phase Extraction (Extração em Fase Sólida)
φ
- Diâmetro interno
h - Altura
k - Fator de Retenção
α
- Fator de separação
R
s
- Resolução
C18, C
18
- Coluna ocatadecil
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16
ODS - Octadecilsilano
CN - Cianopropil
rpm - Rotações por minuto
CV% - Coeficiente de variação
LQ - Limite de Quantificação
LD - Limite de Detecção
RMN
1
H - Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio-1
RMN
13
C - Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13
COSY - Correlation Spectroscopy
HSQC - Heteronuclear Single Quantum Correlation
HMBC - Heteronuclear Multiple Bond Correlation
DEPT 135º - Distortionless Enhacement by Polarization Transfer
DOSY - Diffusion Ordened Spectroscopy
RMN 1D - Ressonância Magnética Nuclear uma dimensão
RMN 2D - Ressonância Magnética Nuclear duas dimensões
Hz - Hertz
MHz - Mega-Hertz
J - Unidade de constante de acoplamento (em Hertz)
Me - Metila
δ
- Deslocamento químico em partes por milhão
ppm - Partes por milhão
σ
- Ligação sigma (ligação simples)
π
- Ligação pi (ligação dupla)
s - Singleto
sl - Singleto largo
d - Dubleto
dl - Dubleto largo
dd - Duplo dubleto
dt - Duplo tripleto
dq - Duplo quarteto
t - Tripleto
tl - Tripleto largo
m - Multipleto
CDCl
3
- Clorofórmio deuterado
MeOD - Metanol deuterado
cm
-1
- Freqüência (número de onda)
[α]
D
- Rotação Ótica Específica
GC - Cromatografia Gasosa
GC/MS/MS - Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas
em seqüências
LC/MS/MS - Cromatografia quida acoplada a Espectrometria de Massas
em seqüências
MS/MS - Espectrometria de Massa-Massa
ESI
-
- Ionização por eletrospray no modo negativo
m/z - Relação massa/carga
MRM - Multiple Reaction Monitoring
[M-H]
-
- Pico do pseudo íon molecular
TIC - Cromatograma de Íons Totais
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17
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Cicloartanos, esteróides, protolimonóides, apo-protolimonóides e limonóides
isolados do Gênero Azadirachta...............................................................................................
......... 35
Tabela 2.1 – Cicloartanos, esteróides, protolimonóides, apo-protolimonóides e limonóides
isolados do Gênero Azadirachta...............................................................................................
......... 46
Tabela 2.3 – Divio do enxerto e os extratos obtidos............................................................. ......... 51
Tabela 2.4 – Diferentes partes do enxerto analisados por LC-MS/MS.....................................
......... 66
Tabela 2.5 – Dados de RMN de
1
H e
13
C para o Nimbolido..................................................... ......... 78
Tabela 2.6 – Dados de RMN
1
H e
13
C para o 28-Desoxonimbolídeo....................................... ......... 83
Tabela 2.7 – Dados de RMN de
1
H e
13
C para o Salannina.................................................... ......... 94
Tabela 2.8 – Dados de RMN
1
H e
13
C para o 6-O-Acetilnibandiol........................................... ......... 101
Tabela 2.9 – Dados de RMN de
1
H e
13
C do 6-Desacetilnimbineno isolado........................... ......... 109
Tabela 2.10 – Dados de RMN
1
H e
13
C para a Nimbolina A isolada e dados literatura para a
Trichilinina D.............................................................................................................................. ......... 120
Tabela 2.11 – Dados de RMN
1
H e
13
C para a 6-Desacetilnimbina.......................................... ......... 125
Tabela 2.12 – Dados de RMN
1
H e
13
C para a azadirachtina A................................................ ......... 137
Tabela 2.13 – Dados de RMN
1
H e
13
C referentes a quercetina............................................... ......... 147
Tabela 2.14 – Dados de RMN
1
H e
13
C referentes a Quercitrina.............................................. ......... 150
Tabela 2.15 – Dados de RMN
1
H e
13
C para a azadirachtina B................................................ ......... 153
Tabela 2.16 – Dados de RMN
1
H e
13
C para o Nimbandiol e para o 6-O-acetilnimbandiol...... ......... 160
Tabela 2.17 – Dados de RMN
1
H e
13
C para o 1-tigloil-3-acetilazadirachtinina........................ ......... 177
Tabela 2.18 – Sesquiterpenos presentes no óleo essencial das folhas do enxerto................. ......... 183
Tabela 3.1 – Métodos picos para pré-tratamento de amostras............................................. ......... 191
Tabela 3.2 – Tradicionais métodos de extração de amostras sólidas...................................... ......... 192
Tabela 3.3 – Testes de SPE para o extrato metanólico nos modos de operação normal e
reverso...................................................................................................................................... ......... 211
Tabela 3.4 – Preparo dos extratos para a quantificação da HC em sementes do Nim
(Catanduva-SP)......................................................................................................................... ......... 216
Tabela 3.5 – Precisão e exatidão determinada para a curva de calibração de HC.................. ......... 217
Tabela 3.6 – Valores quantificados nas amostras para a HC................................................... ......... 217
Tabela 3.7 – Padrões de HC analisados entre as eluições das amostras do Nim como
controles de eficiência............................................................................................................... ......... 218
Tabela 3.8 – Exatidão (%) e precisão (CV%) intradia e interdia para a análise do HC............ ......... 219
Tabela 3.9 – Precisão (CV%) e exatidão (%) do Teste Cego do protocolo de validação do
método de análise da hidrocortisona........................................................................................ ......... 219
Tabela 3.10 – Precisão (CV%) e exatidão (%) determinada para a curva de calibração do
padrão de azadirachtina............................................................................................................ ......... 221
Tabela 3.11 – Exatidão (%) e precisão (CV%) intradia e interdia para a análise da
azadirachtina A.......................................................................................................................... ......... 222
Tabela 3.12 – Precisão (CV%) e exatidão (%) do Teste Cego do protocolo de validação do
método de análise da azadirachtina......................................................................................... ......... 222
Tabela 3.13 – Preparo dos extratos para a quantificação da azadirachtina............................. ......... 223
Tabela 3.14 – Teor da azadirachtina A nas sementes do Nim quantificados pelo Método I.... ......... 224
Tabela 3.15 – Padrões de azadirachtina analisados entre as eluições das amostras do Nim
como controles de eficiência..................................................................................................... ......... 224
Tabela 3.16 – Precisão (CV%) e exatidão (%) determinada para as curvas de calibração
dos padrões de azadirachtina A e B......................................................................................... ......... 236
Tabela 3.17 – Exatidão (%) e precisão (CV%) intradia e interdia para a análise da
azadirachtina A.......................................................................................................................... ......... 237
Tabela 3.18 – Precisão (CV%) e exatidão (%) do Teste Cego do protocolo de validação do
método de análise da azadirachtina......................................................................................... ......... 237
Tabela 3.19 – Precisão (%) entre as replicatas das concentrações da curva de calibração
por adição de padrão............................................................................. ......... 239
Tabela 3.20 - Lotes de sementes do Nim analisadas....................... ......... 241
Tabela 3.21 - Distinção entre os lotes de sementes analisadas através do peso médio
unitário da semente, da porcentagem em peso referente ao peso médio da amêndoa na
semente e a porcentagem de gemas duplas encontradas....................................................... ......... 242
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Tabela 3.22 – Resultados da quantificação dos teores de azadirachtina A e B nas amostras
das sementes............................................................................................................................ ......... 243
Tabela 3.23 – Dados referentes a quantificação de sementes armazenadas.......................... ......... 247
Tabela 3.24 – Procedimentos de isolamento e limpeza usando cartuchos C18 no modo
reverso de eluição investigados para o óleo do Nim................................................................ ......... 255
Tabela 3.25 – Procedimentos de isolamento e limpeza usando cartuchos CN no modo
normal de eluição investigados para o óleo do Nim................................................................. ......... 257
Tabela 3.26 – Experimentos de escolha do solvente de remoção da azadirachtina dos
cartuchos CN investigados...................................................................................................... ......... 258
Tabela 3.27 – Procedimentos de isolamento e limpeza usando cartuchos CN no modo
normal de eluição investigados para o óleo do Nim usando MeOH na etapa de remoção do
analito de interesse................................................................................................................... ......... 259
Tabela 3.28 – Eluição gradiente binário para amostras preparados com o óleo do Nim......... ......... 260
Tabela 3.29 – Precisão (CV%) e exatidão (%) determinada para as curvas de calibração
dos padrões de azadirachtina A e B......................................................................................... ......... 268
Tabela 3.30 – Exatidão (%) e precisão (CV%) intradia e interdia para a análise da
azadirachtina A.......................................................................................................................... ......... 269
Tabela 3.31 – Precisão (CV%) e exatidão (%) do Teste Cego do protocolo de validação do
método de análise da azadirachtina......................................................................................... ......... 270
Tabela 3.32 – Precisão (%) entre os pontos da Curva de Adição de Padrão.......................... ......... 271
Tabela 3.33 – Teores de azadirachtina A encontrados para diversas amostras de óleos
comerciais do Nim..................................................................................................................... ......... 273
Tabela 3.34 – Teores de azadirachtina A e B em amostras do óleos comerciais do Nim........ ......... 273
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19
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Ciclização do óxido de esqualeno na conformação cadeira-barco-cadeira-
barco..................................................................................................................................... ......... 19
Figura 2.2 – Ciclização do óxido de esqualeno na conformação cadeira-cadeira-cadeira-
barco..................................................................................................................................... ......... 20
Figura 2.3 – Apo-rearranjo do protolimonóides..................................................................... ......... 21
Figura 2.4 – Possíveis rotas biosintéticas para a formação do anel furano.......................... ......... 22
Figura 2.5 – Classificação em grupos biogenéticos dos limonóides presentes no gênero
Azadirachta. Uma possível seqüência biogenética ……………………………………...........
......... 23
Figura 2.6 – Classificação em grupos biogenéticos dos limonóides presentes no gênero
Melia. Uma possível seqüência biogenética ……………………………...…………………….
......... 24
Figura 2.7 – Esquema de preparo dos extratos................................................................... ......... 52
Figura 2.8 – Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4HD-D e de suas
frações.………………………………………………………….................................................. ......... 53
Figura 2.9 – Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4HD-AE e de suas
frações.................................................................................................................................. ......... 54
Figura 2.10 – Extração Líquido-Líquido do extrato F4M....................................................... ......... 55
Figura 2.11 – Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4M-D e de suas
frações.................................................................................................................................. ......... 56
Figura 2.11b – Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4M-D e de suas
frações - continuação............................................................................................................
......... 57
Figura 2.12 – Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4M-AE e F4M-B e
de suas frações.....................................................................................................................
......... 58
Figura 2.13 – Esquema de extração líquido-líquido do extrato C2P..................................... ......... 59
Figura 2.14 – Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato C2P e de suas
frações.................................................................................................................................. ......... 60
Figura 2.15 – Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato R2P e de suas
frações.................................................................................................................................. ......... 61
Figura 2.16 – Esquema de extração e isolamento dos padrões de Azadirachtina.............. ......... 62
Figura 2.17 – Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato metanólico das
sementes do Nim, Catanduva-SP........................................................................................ ......... 63
Figura 2.18 – Aparelho de extração do tipo Clevenger modificado...................................... ......... 64
Figura 2.19 – Espectro de RMN
1
H do Nimbolido (CDCl
3
, 200 MHz)................................... ......... 79
Figura 2.20 – Espectro de RMN
13
C do Nimbolido (CDCl
3
, 100 MHz).................................. ......... 79
Figura 2.21 – Espectro de COSY do Nimbolido (CDCl
3
, 400 MHz)...................................... ......... 80
Figura 2.22 – Espectro de HSQC do Nimbolido (CDCl
3
, 100 MHz)...................................... ......... 80
Figura 2.23 – Espectro de HMBC do Nimbolido (CDCl
3
, 100 MHz)..................................... ......... 81
Figura 2.24 – Espectro de RMN
1
H do 28-Desoxonimbolido (CDCl
3
, 400 MHz).................. ......... 84
Figura 2.25 – Espectro de RMN
13
C do 28-Desoxonimbolido (CDCl
3
, 100 MHz)................. ......... 84
Figura 2.26 – Espectro de COSY do 28-Desoxonimbolido (CDCl
3
, 400 MHz)..................... ......... 85
Figura 2.27 – Espectro de HSQC do 28-desoxonimbolido (CDCl
3
, 100 MHz)...................... ......... 85
Figura 2.28 – Espectro de HMBC do 28-desoxonimbolido (CDCl
3
, 100 MHz)..................... ......... 86
Figura 2.29 – Espectro de RMN
1
H do Salannina (CDCl
3
, 400 MHz)................................... ......... 95
Figura 2.30 – Espectro de RMN
13
C do Salannina (CDCl
3
, 100 MHz).................................. ......... 95
Figura 2.31 – Espectro de COSY do Salannina (CDCl
3
, 400 MHz)...................................... ......... 96
Figura 2.32 – Espectro de HSQC do Salannina (CDCl
3
, 100 MHz)...................................... ......... 96
Figura 2.33 – Espectro de HMBC do Salannina (CDCl
3
, 100 MHz)..................................... ......... 97
Figura 2.34 – Espectro de RMN
1
H do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 400 MHz).................. ......... 102
Figura 2.35 – Espectro de RMN
13
C do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz)................ ......... 102
Figura 2.36 – Espectro de RMN COSY do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 400 MHz)........... ......... 103
Figura 2.37 – Espectro de HSQC do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz).................... ......... 103
Figura 2.38 – Espectro de HMBC do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz).................... ......... 104
Figura 2.39 – Espectro RMN
1
H do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 200 MHz)..................... ......... 110
Figura 2.40 – Espectro RMN
13
C do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 100 MHz).................... ......... 110
Figura 2.41 – Espectro COSY do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 400 MHz)........................ ......... 111
Figura 2.42 – Espectro de HSQC do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 100 MHz)................... ......... 111
Figura 2.43 – Espectro de HMBC do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 100 MHz)................... ......... 112
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20
Figura 2.44 – Espectro RMN
1
H da Nimbolina A (CDCl
3
, 400 MHz)..................................... ......... 121
Figura 2.45 – Espectro RMN
13
C da Nimbolina A (CDCl
3
, 100 MHz)................................... ......... 121
Figura 2.46 – Espectro de COSY da Nimbolina A (CDCl
3
, 400 MHz)................................... ......... 122
Figura 2.47 – Espectro de HSQC da Nimbolina A (CDCl
3
, 100 MHz).................................. ......... 122
Figura 2.48 – Espectro de HMBC da Nimbolina A (CDCl
3
, 100 MHz).................................. ......... 123
Figura 2.49 – Espectro de RMN
1
H da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 400 MHz).................... ......... 126
Figura 2.50 – Espectro de RMN
13
C da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 100 MHz)................... ......... 126
Figura 2.51 – Espectro de COSY da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 400 MHz)....................... ......... 127
Figura 2.52 – Espectro de HSQC da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 100 MHz)....................... ......... 127
Figura 2.53 – Espectro de HMBC da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 100 MHz)...................... ......... 128
Figura 2.54 – Espectro de RMN
1
H da azadirachtina A (CDCl
3
, 400 MHz).......................... ......... 138
Figura 2.55 – Espectros: (a) RMN
13
C e (b) DEPT 135º para a azadirachtina A (CDCl
3
,
100 MHz)............................................................................................................................... ......... 138
Figura 2.56 – Espectro do COSY para a azadirachtina A (CDCl
3
, 400 MHz)....................... ......... 139
Figura 2.57 – Espectro de HSQC da azadirachtina A (CDCl
3
, 100 MHz)............................. ......... 139
Figura 2.58 – Espectro de HMBC da azadirachtina A (CDCl
3
, 100 MHz)............................. ......... 140
Figura 2.59 – Espectro de Infravermelho para a azadirachtina A......................................... ......... 141
Figura 2.60 – Eluição do padrão de azadirachtina A. Fase móvel ACN:H
2
O – 35:65;
coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança
Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a alça de injeção de 20 µL.
Detector DAD no comprimento de onda de 217 nm............................................................
......... 142
Figura 2.61 – Espectro no Ultra-violeta da azadirachtina A. Comprimento de onda
máximo de absorção em 215 nm.......................................................................................... ......... 142
Figura 2.62 – Espectro de Massas da azadirachtina A (ESI
-
)............................................... ......... 144
Figura 2.63 – Espectro de Massas do padrão de azadirachtina A deuterada (ESI
-
)............ ......... 144
Figura 2.64 – Mecanismo de fragmentação proposta para a azadirachtina A...................... ......... 145
Figura 2.65 – Espectro RMN
1
H da Quercetina (MeOD, 200 MHZ)..................................... ......... 147
Figura 2.66 – Espectro RMN
13
C da Quercetina (MeOD, 50 MHZ)...................................... ......... 148
Figura 2.67 – Espectro de
1
H da Quercitrina (MeOD, 200 MHz)......................................... ......... 150
Figura 2.68 – Espectro de
13
C da Quercitrina (MeOD, 50 MHz).......................................... ......... 151
Figura 2.69 – Espectro de RMN
1
H da azadirachtina B (CDCl
3
, 400 MHz).......................... ......... 154
Figura 2.70 – Espectro de RMN
13
C da azadirachtina B (CDCl
3
, 100 MHz)......................... ......... 154
Figura 2.71 – Espectro de COSY da azadirachtina B (CDCl
3
, 400 MHz)............................. ......... 155
Figura 2.72 – Espectro de HSQC da azadirachtina B (CDCl
3
, 100 MHz)............................. ......... 155
Figura 2.73 – Espectro de HMBC da azadirachtina B (CDCl
3
, 100 MHz)............... ......... 156
Figura 2.74 – Eluição da azadirachtina B. Fase móvel H
2
O:MeOH:ACN:THF -
51,00:36,75:7,35:4,90; coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de
segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 1,0 mL/min, a alça de injeção de
20 µL. Detector DAD no comprimento de onda de 217 nm.................................................
......... 157
Figura 2.75 – Espectro no Ultra-violeta da azadirachtina B. Comprimento de onda
máximo de absorção em 215 nm.......................................................................................... ......... 157
Figura 2.76 – Espectro de Massas da Azadirachtina B (ESI
-
).............................................. ......... 158
Figura 2.77 – Mecanismo de Fragmentação proposto para a Azadirachtina B.................... ......... 158
Figura 2.78 – Espectro de RMN
1
H do Nimbandiol (CDCl
3
, 200 MHz)................................. ......... 161
Figura 2.79 – Espectro de RMN
13
C do Nimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz)............................... ......... 161
Figura 2.80 – Espectro de COSY do Nimbandiol (CDCl
3
, 400 MHz).................................... ......... 162
Figura 2.81 – Espectro de HSQC do Nimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz)................................... ......... 162
Figura 2.82 – Espectro de HMBC do Nimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz)................................... ......... 163
Figura 2.83 – Espectro de Massas para a Azadirachtina A (ESI
-
)........................................ ......... 165
Figura 2.84 - Full scan típico para as amostras, demonstrando a seletividade na
detecção da azadirachtina na técnica por LC-MRM............................................................. ......... 165
Figura 2.85 – Cromatograma obtido para as amostras por LC-MRM selecionando os
canais m/z 719 -> 485 e 719 -> 211.....................................................................................
......... 166
Figura 2.86 – Eluição cromatográfica de padrões de azadirachtina A e B e de amostras.
Coluna C
18
Phenomenex® Luna (II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança
Phenomenex® (4x3 mm, 5 µm); vazão de 0,8 ml/min.; λ = 217 nm e volume de injeção
de 20 µL. (a) Padrões de azadirachtina A e B. (c) Semente do Nim. Fase móvel para (a)
e (b): H
2
O:ACN:MeOH:THF – 61:34:4:1. (b) Padrões de azadirachtina A e B. (d)
Semente do Nim. Fase móvel para (b) e (d): H
2
O:MeOH:ACN:THF –
51:36,75:7,35:4,9..................................................................................................................
......... 169
Figura 2.87 – Espectro RMN
1
H da azadirachtina A obtido: a) antes e b) depois da
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21
degradação (CDCl
3
, 400 MHz).............................................................................................. ......... 171
Figura 2.88 – Espectro de DOSY da mistura de azadirachtina A e dos produtos
reacionais.............................................................................................................................. ......... 172
Figura 2.89 – Espectro de HSQC da mistura de degradação da azadirachtina A (CDCl
3
,
100 MHz)............................................................................................................................... ......... 175
Figura 2.90 – Espectro de HMBC da mistura de degradação da azadirachtina A (CDCl
3
,
100 MHz)............................................................................................................................... ......... 175
Figura 2.91 – Mecanismo reacional de degradação da azadirachtina A.............................. ......... 176
Figura 2.92 – Cromatogramas obtidos dos produtos de reação. (a) Cromatograma em 3
D da eluição monitorada entre 200 e 350 nm. (b) Cromatograma em 2 D da eluição em
206 nm. (c) Espectros de UV referente as três bandas de destaque do cromatograma b.
Os parâmetros de análise encontram-se descritos no Item 2.4.12....................................... ......... 179
Figura 2.93 – (a) Cromatograma de Íons Totais (TIC) da mistura. (b) Cromatograma
obtido monitorando o íon m/z 719. (c), (d) e (e) Cromatogramas obtidos monitorando os
íons m/z 673, 737 e 705 respectivamente.………………………………………………….......
......... 180
Figura 2.94 – Mecanismo reacional de degradação da azadirachtina A para o segundo
produto de reação................................................................................................................. ......... 181
Figura 2.95 - Mecanismo de degradação da azadirachtina A para formação de produtos
reacionais pela adição e eliminação de grupos funcionais................................................... ......... 182
Figura 2.96 – Espectro de massas ESI
-
. (a) [M-H]
-
m/z 719 – Azadirachtina A; (b) [M-H]
-
m/z 737; (c) [M-H]
-
m/z 705 e (c) [M-H]
-
m/z 673..................................................................
......... 182
Figura 2.97 – Estruturas sesquiterpenicas identificadas no óleo essencial das folhas do
enxerto.................................................................................................................................. ......... 184
Figura 2.98 – Cromatograma de íons totais do óleo essencial do enxerto........................... ......... 184
Figura 3.1 – Gradiente linear usado para o desenvolvimento do método. A %B na fase
móvel variou de 5 à 100% em 60 min................................................................................... ......... 205
Figura 3.2 – Gradientes exploratórios: (a) extrato DCM das sementes LDM do Nim; (b)
padrão de azadirachtina (80 µg/mL).....................................................................................
......... 206
Figura 3.3 – Separação isocrática do extrato DCM. Fase móvel ACN:H
2
O – 45:55; coluna
C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 1 mL/min, a alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis
em 217 nm............................................................................................................................
......... 207
Figura 3.4 – Separação isocrática do extrato DCM. Fase móvel ACN:H
2
O – 35:65; coluna
C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis
em 217 nm............................................................................................................................
......... 208
Figura 3.5 – Separação isocrática do extrato DCM. Fase móvel ACN:H
2
O – 35:65; coluna
C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm), a alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
Vazão: (a) 0,5 ml/min; (b) 0,8 mL/min: (c) 1,0 mL/min..........................................................
......... 208
Figura 3.6 Procedimentos de extração/pré-tratamento para as sementes do Nim
descritos para o Método I.…................................................................................................. ......... 213
Figura 3.7 – Separação do extrato MeOH submetido ao pré-tratamento de filtração. Fase
móvel ACN:H
2
O – 35:65; coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna
de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a alça de injeção
de 20 µL. Detector de Foto-diodo no comprimento de onda de 217 nm..............................
......... 214
Figura 3.8 – Separação do extrato MeOH com resolão para a azadirachtina e para a
HC. Fase móvel ACN:H
2
O – 35:65; coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5
µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a alça
de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.........................................................
......... 215
Figura 3.9 – Curva de calibração por calibração externa de hidrocortisona. Faixa linear
de trabalho de 2,5 – 50,0 µg/mL. Cada ponto da curva (em triplicata) foi analisado sob os
mesmos parâmetros cromatográficos descritos na Figura 3.8............................................
......... 217
Figura 3.10 – Curva de calibração Externa de Azadirachtina. Faixa linear de trabalho de
2,5 – 50,0 µg/mL. Cada ponto da curva (em triplicata) foi analisado sob os mesmos
parâmetros cromatográficos descritos na Figura 3.8............................................................
......... 221
Figura 3.11 – Análise por HPLC do mesocarpo da semente do Nim. Fase móvel
THF:MeOH:ACN:H
2
O – 1:4:34:61; coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5
µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a alça
de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.........................................................
......... 225
Figura 3.12 – Perda da resolução para a azadirachtina com o aumento da absorção da
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22
banda crítica adjacente. Fase móvel ACN:H
2
O – 35:65; coluna C
18
Phenomenex
®
(150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5µm). Vazão 0,8
mL/min, a alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm................................
......... 226
Figura 3.13 – Amostra de semente manipulada por SPE. Fase móvel:
H
2
O:ACN:MeOH:THF – 61:34:4:1. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5
µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça
de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.......................................................... ......... 229
Figura 3.14 – Eluição cromatográfica de amostras pré-tratadas pelos métodos I e II. Fase
móvel: H
2
O:ACN:MeOH:THF – 61:34:4:1. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6
mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8
mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.................................... ......... 230
Figura 3.15 – Eluição cromatográfica de uma amostra preparada pela centrifugação de
100 mg de semente LDM. Os parâmetros cromatográficos são os mesmos descritos na
Figura 3.14............................................................................................................................ ......... 231
Figura 3.16 – Eluição cromatográfica de uma amostra do Nim preparada após a extração
de 15 mg de amêndoa em três aquotas de 1,0 mL de MeOH. Fase móvel:
H
2
O:ACN:MeOH:THF – 61:34:4:1. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5
µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça
de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.......................................................... ......... 232
Figura 3.17 – Método proposto de preparo das amostras de análise para a quantificação
dos teores de azadirachtina em sementes do Nim............................................................... ......... 233
Figura 3.18 – Amostra de 10 mg de semente preparada seguindo os procedimentos
descritos na Figura 3.17, contudo, reconstituída em 10 mL de MeOH. Os parâmetros
cromatográficos são os mesmos descritos na Figura 3.16................................................... ......... 234
Figura 3.19 –Curva de calibração por padronização externa para: (a) azadirachtina A; (b)
azadirachtina B. Fase móvel: H
2
O:ACN:MeOH:THF – 61:34:4:1. Coluna C18
Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® (
4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em
217 nm.................................................................................................................................. ......... 236
Figura 3.20 – Curva de adição de padrão usando como matriz, sementes do Nim
coletada em Catanduva-SP. Os parâmetros cromatográficos são os mesmos descritos
na Figura 3.18....................................................................................................................... ......... 239
Figura 3.21 – Curva de armazenamento das sementes do Nim …………………………..... ......... 241
Figura 3.22 – Projeção em 2D da amostras analisando as componentes principais PC2 e
PC3....................................................................................................................................... ......... 249
Figura 3.23 – Projeção em 2D das parâmetros analisados que se destacaram entre as
amostras............................................................................................................................... ......... 250
Figura 3.24 – Dendograma demonstrando a estrutura dos dados baseado na análise
hierárquica das amostras...................................................................................................... ......... 251
Figura 3.25 – Cromatogramas demonstrando a perda de seletividade para a análise das
sementes usando os métodos desenvolvido para a quantificação das sementes. Coluna
C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18
Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector
de UV-Vis em 217 nm. (a) Fase móvel: ACN:H
2
O – 35:65; (b) H
2
O:ACN:MeOH:THF –
61:34:4:1............................................................................................................................... ......... 253
Figura 3.26 – Eluição cromatográfica da amostra eluída com 2 mL da mistura de
MeOH:H
2
O – 1:9 do cartucho C18. Fase móvel: H
2
O:MeOH:ACN:THF – 60:30:6:4.
Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18
Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector
de UV-Vis em 217 nm........................................................................................................... ......... 256
Figura 3.27 – Amostras preparadas pela SPE removidas do cartucho CN por: (a) 2,0 mL
de DCM; (b) 2,0 mL de ACN e (c) 2,0 mL de MeOH. Fase móvel: H
2
O: ACN – 65:35.
Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18
Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector
de UV-Vis em 217 nm........................................................................................................... ......... 258
Figura 3.28 – Amostras preparadas com a fração metanólica usada na lavagem dos
cartuchos CN após a etapa de eluição do analito. Cartucho eluído inicialmente com: (a)
2,0 mL de DCM; (b) 2,0 mL de ACN e (c) 2,0 mL de MeOH. Os parâmetros
cromatográficos são os mesmos descritos na Figura 3.27................................................... ......... 258
Figura 3.29 – Eluição gradiente realizado para o óleo do Nim. Fase móvel: H
2
O: ACN –
variando de 0 à 30 min a concentração de ACN de 15% a 45%, permanecendo em 45%
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23
por 5 min, e aumentando de 45% à 100% em 10 min. Coluna C18 Phenomene
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomene ( 4x3 mm, 5
µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.…….. ......... 261
Figura 3.30 – Nomógrafo para alteração de solventes no modo reverso............................. ......... 262
Figura 3.31 – As três pontas do triangulo de seletividade de Snyder estabelecida pelo
Nomógrafo para um k = 6,37 para a azadirachtina............................................................... ......... 262
Figura 3.32 – Eluição cromatográfica da amostra do óleo do Nim nos três vértices do
triangulo de seletividade....................................................................................................... ......... 263
Figura 3.33 – Pontos analisados para a seleção da fase móvel ideal de separação
cromatográfica das amostras do óleo do Nim. As fases móveis avaliadas foram obtidas a
partir da mistura de A, B e C. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm);
coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de
injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm............................................................... ......... 264
Figura 3.34 – Eluição cromatográfica da amostra do óleo do Nim. Preparada seguindo os
procedimentos descritos para a quarta amostra da Tabela 3.27. Fase móvel
H
2
O:MeOH:ACN:THF - 60:30:6:4, coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5
µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça
de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.......................................................... ......... 265
Figura 3.35 – Eluição cromatográfica da amostra do óleo do Nim indiano. Preparada
seguindo os procedimentos descritos para a quarta amostra da Tabela 3.27. Fase móvel
H
2
O:MeOH:ACN:THF - 51,00:36,75:7,35:4,90, coluna C18 Phenomenex® Luna(II)
(150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão
0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.............................. ......... 265
Figura 3.36 – Procedimentos modelo para o pré-tratamento de preparo das amostras dos
óleos do Nim......................................................................................................................... ......... 266
Figura 3.37 – (a) Curva de calibração externa para a azadirachtina A. (b) Curva de
calibração externa para a azadirachtina B. Fase móvel: H
2
O:MeOH:ACN:THF -
51,00:36,75:7,35:4,90. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna
de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção
de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm........................................................................... ......... 267
Figura 3.38 – Curva de adição de padrão usando como matriz, óleo do Nim de Barra da
Bahia-BA. Os parâmetros cromatográficos são os mesmos descritos na Figura 3.37......... ......... 271
Figura 3.39 – Cromatograma referente a análise do óleo do Nim: A) óleo nacional; B)
óleo importado. As análises foram realizadas usando uma coluna analítica C
18
Phenomenex®-Luna(II) (150x4,6mm, 5 µm) com a uma pré-coluna de segurança
Phenomenex® (4x3mm, 5 µm) acoplada, uma fase móvel quaternária composta de
H
2
O:MeOH:ACN:THF (51,00:36,75:7,35:4,90, v/v), numa vazão de 0,8 mL/min. e um
volume de injeção de 20 µL.……..........................................................................................
......... 275
Figura 3.39 – Cromatograma referente a análise do óleo do Nim: A) óleo nacional; B)
óleo importado. As análises foram realizadas usando uma coluna analítica C18
Phenomenex®-Luna(II) (150x4,6mm, 5 µm) com a uma pré-coluna de segurança
Phenomenex® (4x3mm, 5 µm) acoplada, uma fase móvel quaternária composta de
H
2
O:MeOH:ACN:THF (51,00:36,75:7,35:4,90, v/v), numa vazão de 0,8 mL/min. e um
volume de injeção de 20 µL..................................................................................................
......... 283
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24
RESUMO
ESTUDO FITOQUÍMICO DO ENXERTO DE AZADIRACHTA INDICA SOBRE MELIA
AZEDARACH: QUANTIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS INSETICIDAS O cultivo de
Azadirachta indica A. Jusseu (Nim) tem crescido rapidamente por todo o território
brasileiro. Este crescimento se justifica pelas diversas propriedades do Nim,
principalmente na agricultura, sendo considerado um promissor inseticida natural.
Ele tem se mostrado como uma alternativa, tanto por sua eficiência quanto por
questões econômicas, na redução e possivelmente eliminação do uso de inseticidas
orgânicos sintéticos nos cultivos agrícolas. Até 1995, a azadirachtina A, principal
metabólito secundário do Nim, havia demonstrado algum tipo de atividade
biológica em mais de 400 espécies de insetos considerados pragas agrícolas.
Contudo, os sucessos dos cultivos são usualmente atribuídos a condições climáticas
como temperatura e umidade. Baixas temperaturas inibem o desenvolvimento e a
frutificação da espécie. Através do enxerto da Azadirachta indica sobre a Melia
azedarach, o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR, Londrina, PR) tem buscado
uma alternativa para o cultivo do Nim em regiões climáticas não favoráveis ao seu
desenvolvimento. O presente trabalho buscou respostas químicas para caracterizar
a viabilidade comercial deste enxerto. Assim, os objetivos iniciais foram: a)
desenvolver um estudo fitoquímico do enxerto visando conhecer seu perfil químico e
compará-lo com aquele das plantas matrizes; b) verificar por HPLC se o teor de
azadirachtinas nos frutos do enxerto sofreu redução ou aumento em comparação
com a planta não enxertada. Tamm foi desenvolvido um método para
quantificação de azadirachtinas em óleos do Nim. Nove limonóides e dois
flavonóides foram caracterizados no enxerto sendo: nimbolídeo, 28-
deoxonimbolídeo, salannina, 6-O-acetilnimbandiol, 6-desacetilnimbineno, nimbolina
A, 6-desacetilnimbina, azadirachtinas A e B, quercetina e a quercitrina. Nenhum
metabólito novo foi isolado, indicando que as espécies envolvidas no enxerto têm
mantido as características das plantas a qual procedem. Três métodos de
quantificação de azadirachtinas por HPLC foram desenvolvidos, sendo dois para a
quantificação destas nas sementes e um terceiro porém óleo do Nim. As
quantidades de azadirachtina A e B em todas as sementes nacionais analisadas
oscilaram de 1.516 a 5.861 µg/kg para o isômero A e entre 240 a 1.175 µg/kg para o
isômero B. Esses valores se enquadram nos valores quantificados em sementes
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25
fora do Brasil. Não houve diferenças significativas na quantificação da azadirachtina
A entre plantas enxertadas e não enxertadas de mesma idade, cultivadas na mesma
região. Porém, uma grande diferença foi encontrada para o isômero B sendo o teor
quantificado nas plantas de enxerto, em média, três vezes inferior ao teor
quantificado nas plantas de pés o enxertados. Um aumento na biossíntese da
azadirachtina B é influenciado por baixas temperaturas, assim, estes resultados
demonstram claramente que o enxerto foi menos afetado pelas baixas temperaturas.
Foi demonstrado também que com o armazenamento das sementes, tanto a
temperatura ambiente quanto a 12 ºC, a azadirachtina A se degradou com o tempo e
a azadirachtina B se manteve constante durante o período analisado. Analisou-se a
presença de azadirachtina A nos diversos órgãos da planta, e sua presença não
foi detectada nas folhas. Do óleo essencial destas folhas, foi caracterizada a
presença de vinte e quatro compostos, sendo, todavia, identificado apenas sete
deles. Atualmente vários óleos emulsionáveis do Nim podem ser encontrados no
comércio disponível à agricultura orgânica. A quantificação de azadirachtinas em
alguns desses produtos nacionais e importados demonstraram uma grande
diferença. Em geral os teores de azadirachtina A nos óleos importados foram de
duas a oito vezes superiores aos teores nos óleos preparados pela prensa das
sementes cultivadas em território nacional. Como não diferenças quantitativas de
azadirachtina A nas sementes nacionais e de outros países, o teor menor nos óleos
se deve a extrações apenas parciais de azadirachtina A durante o preparo desses
óleos. Investigando a estabilidade da azadirachtina A foi proposto um mecanismo de
degradação química que servirá de auxílio para futuras pesquisas na proteção dos
grupos funcionais deste composto.
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26
ABSTRACT
FITOCHEMICAL STUDY OF THE GRAFT OF Azadirachta indica ON Melia
azedarach: QUANTIFICATION OF INSECTICIDE SUBSTANCES - THE cultivation of
Azadirachta indicates A. Jusseu (Nim) it has been growing quickly for the whole
Brazilian territory. This growth is justified for the several properties of Neem, mainly in
the agriculture, being considered a promising natural insecticide. He has been
showing if as an alternative, so much for your efficiency as for economical subjects,
in the reduction and possibly elimination of the use of synthetic organic insecticides
in the agricultural cultivations. Up to 1995, the azadirachtin, main secondary
metabolity of Neem, had already demonstrated some type of biological activity in
more than 400 species of insects considered agricultural curses. However, the
successes of the cultivations are usually attributed to climatic conditions as
temperature and humidity. Low temperatures inhibit the development and the
frutification of the species. Through the graft of Azadirachta indica on the Melia
azedarach, the Agronomic Institute of Paraná (IAPAR, Londrina, PR) it has been
looking for an alternative for the cultivation of Neem in climatic areas not favorable to
your development. The present work looked for chemical answers to characterize the
commercial viability of this graft. Like this, the objectives initials were: a) to develop a
study fitoquímico of the graft seeking to know your chemical profile and to compare it
with that of the main plants; b) to verify for HPLC if the azadirachtins tenor in the
fruits of the graft not suffered reduction or increase in comparison with the plant
grafted. A method was also developed for azadirachtins quantification in oils of
Neem. Nine limonóides and two flavonóides were characterized in the graft being:
nimbolideo, 28-deoxonimbolideo, salannin, 6-O-acethyilnimbandiol, 6-
desacethylnimbinene, nimbolin A, 6-desacethylnimbina, azadirachtins A and B,
quercetin and the quercitrin. No new metabólito was isolated, indicating that the
species involved in the graft has been maintaining the characteristics of the plants
which they proceed. Three methods of azadirachtins quantification for HPLC were
developed, being two for the quantification of these in the seeds and a third however
oil of Neem. The amounts of azadirachtina A and B in all the analyzed national seeds
oscillated from 1,516 to ,.861 µg/kg for the isomeric A and enter 240 to 1,175 µg/kg
for isomeric B. Those values they are framed in the values quantified out in seeds of
Brazil. There were not significant differences in the quantification of the azadirachtina
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27
A among grafted plants and not grafted of same age, cultivated in the same area.
However, a great difference was found for isomeric B being the tenor quantified in
the graft plants, on average, three times inferior to the tenor not quantified in the
plants of feet grafted. An increase in the biossinthese of the azadirachtin B is
influenced by low temperatures, like this, these results demonstrate clearly that the
graft was less affected for the low temperatures. It was also demonstrated that with
the storage of the seeds, so much the temperature adapts with relationship to 12 ºC,
the azadirachtin A it was degraded with the time and the azadirachtin B it stayed
constant during the analyzed period. The azadirachtin presence was analyzed it in
the several organs of the plant, and your presence was not only detected in the
leaves. Of the essential oil of these leaves, the presence of twenty-four composed
was characterized, being, though, identified only seven of them. Now several oils
emulsified of Nim they can already be found in the available trade to the organic
agriculture. The azadirachtinas quantification in some of those national products and
mattered they demonstrated a great difference. In general the azadirachtin A tenors
in the imported oils was from two to eight times superiors to the tenors in the oils
prepared by the press of the seeds cultivated in national territory. As there are not
quantitative differences of azadirachtina A in the national seeds and of other
countries, the smaller tenor in the oils is just due to extractions partial of azadirachtin
A during the preparation of those oils. Investigating the stability of the azadirachtina
was proposed her a mechanism of chemical degradation that will serve as aid for
future researches in the protection of the functional groups of this composed.
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28
SUMÁRIO
Capítulo 01
1. Introdução........................................................................................................................ ......... 03
1.1 Inseticidas e o Meio Ambiente.................................................................................... ......... 03
1.2 Azadirachta indica A. Jussieu..................................................................................... ......... 05
1.3 Limitações ao Cultivo do Nim...................................................................................... ......... 08
1.4 Melia azedarach Linn…………………………………………………………………..…..
......... 09
1.5 Enxerto…………………………………………………………………………………….… ......... 10
1.6 Enxerto de Azadirachta indica sobre Melia azedarach...............................................
......... 12
1.7 Objetivos Gerais…………………………………………………………………………..... ......... 13
Capítulo 02
2. Investigação Fitoquímica do Enxerto da Azadirachta indica sobre a Melia
Azedarach........................................................................................................................
......... 17
2.1 Azadirachtina A........................................................................................................... ......... 18
2.2 Biogênese do Limonóides………………………………………………………………… ......... 18
2.3 Metabólitos Secundários Descritos na Literatura para os Gêneros da Tribo
Meliaea....................................................................................................................... ......... 25
2.3.1 Gênero Azadirachta……………………………………………………………….....
......... 25
2.3.2 Gênero Melia………………………………………………………………………….
......... 38
2.4 Procedimentos Experimentais…………………………………………………………….. ......... 49
2.4.1 Equipamentos………………………………………………………………………... ......... 49
2.4.2 Métodos Cromatográficos……………………………………………………...... ......... 50
2.4.3 Reveladores……………………………………………………………………….. ......... 50
2.4.4 Solventes……………………………………………………………………………... ......... 50
2.4.5 Material Botânico…………………………………………………………………….. ......... 50
2.4.6 Preparo dos Extratos………………………………………………………………... ......... 51
2.4.7 Fracionamento dos Extratos.............................................................................. ......... 52
2.4.7.1 Fracionamento dos Extratos da Folha (F4)........................................... ......... 52
2.4.7.2 Fracionamento do Extrato dos Galhos Maiores do Enxerto (C2P)........ ......... 58
2.4.7.3 Fracionamento do Extrato do Cerne da Raiz......................................... ......... 60
2.4.8 Fracionamento do Extrato Etanólico das Sementes do Nim- Brejinho do
Nazaré................................................................................................................ ......... 61
2.4.9 Extração de Padrões da Semente do Nim – Catanduva................................... ......... 63
2.4.10 Extração do Óleo Essencial………………………………………………………. ......... 64
2.4.11 Análise da Azadirachtina A nas Diferentes Partes do Enxerto........................ ......... 65
2.4.12 Degradação Assistida da Azadirachtina A....................................................... ......... 67
2.5 Resultados e Discussões………………………………………………………………..... ......... 68
2.5.1 Substâncias Isoladas………………………………………………………………... ......... 68
2.5.2 Determinação Estrutural das Substâncias Isoladas........................................... ......... 70
2.5.2.1 Determinação Estrutural do Nimbolido.. ............................................... ......... 71
2.5.2.2 Determinação Estrutural do 28-Desoxonimbolídeo............................... ......... 81
2.5.2.3 Determinação Estrutural da Salannina ................................................. ......... 86
2.5.2.4 Determinação Estrutural do 6-O-Acetilnimbandiol.................................
......... 97
2.5.2.5 Determinação Estrutural do 6-Desacetilnimbineno................................ ......... 104
2.5.2.6 Determinação estrutural da Nimbolina A............................................... ......... 112
2.5.2.7 Determinação estrutural do 6-Desacetilnimbina.................................... ......... 123
2.5.2.8 Determinação estrutural da Azadirachtina A.......................................... ......... 128
2.5.2.9 Determinação estrutural da Quercetina................................................. ......... 145
2.5.2.10 Determinação estrutural da Quercitrina............................................... ......... 148
2.5.2.11 Determinação Estrutural da Azadirachtina B....................................... ......... 151
2.5.2.12 Determinação Estrutural do Nimbandiol.............................................. ......... 159
2.5.3 Caracterização da Azadirachtina A em Diversas Partes do Enxerto................. ......... 163
2.5.4 Caracterização das Azadirachtinas A e B nas Sementes do Enxerto............... ......... 167
2.5.5 Degradação Assistida da Azadirachtina A......................................................... ......... 169
2.5.6 Análise do Óleo Essencial das Folhas…...……………………………………...... ......... 182
Capítulo 03
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29
3. Desenvolvimento de Métodos Cromatogficos para Quantificação da Azadirachtina A
em Sementes e Óleos Comerciais do Nim....................................... ......... 187
3.1 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência.................................................................... ......... 190
3.2 Desenvolvimento dos Métodos de Pré-tratamento das Amostras.............................. ......... 191
3.3 Procedimento Experimental………………………………………………………………. ......... 193
3.3.1 Generalidades………………………………………………………………………... ......... 193
3.3.2 Coleta do Material Vegetal para Análise............................................................ ......... 194
3.3.2.1 Métodos de Coleta………………………………………………………….. ......... 195
3.3.3 Métodos Analíticos…………………………………………………………………... ......... 196
3.3.3.1 Preparo das Soluções Padrão…………………………………………...... ......... 196
3.3.3.2 Solução Padrão Estoque………………………………………………... ......... 197
3.3.3.3 Solução Padrão de Análise………………………………………………... ......... 205
3.3.3.4 Obtenção das Curvas de Calibração po Padronização Externa............ ......... 198
3.3.3.5 Obtenção das Curvas por Adição de Padrão......................................... ......... 198
3.3.3.6 Seletividade, Eficiência de Extração (Recuperação), Precisão e
Exatidão................................................................................................ ......... 199
3.3.3.7 Limites de Quantificação e de Detecção................................................ ......... 200
3.3.4 Preparo das Amostras………………………………………………………………. ......... 200
3.3.4.1 Amostras de Sementes Método I........................................................... ......... 200
3.3.4.2 Amostras de Sementes Método II.......................................................... ......... 201
3.3.4.3 Amostras dos Óleos Comerciais………………………………………….. ......... 202
3.4 Resultados e Discussões………………………………………………………………..... ......... 203
3.4.1 Desenvolvimento do Método de Quantificação da Azadirachtina nas
Sementes do Nim - Preparo de Amostras e Otimização dos Parâmetros
Cromatográficos................................................................................................ ......... 203
3.4.1.1 Método I – Amostras Preparadas a partir da Extração Líquido-Sólido
da Semente do Nim – Pré-tratamento: Filtração.................................... ......... 204
3.4.1.1.1 Pré-tratamento do Extrato Metanólico da Semente do Nim.... ......... 209
3.4.1.1.2 Poder de Extração Estabelecido para o Método I................... ......... 214
3.4.1.1.3 Quantificação da Azadirachtina A Fazendo Uso do Método I. ......... 220
3.4.1.2 Método II – Quantificação da Azadirachtina A e B. Extração por
Centrifugação/SPE............................................................................... ......... 225
3.4.1.2.1 Modificações no Método de Extração para as Sementes....... ......... 226
3.4.1.2.2 Quantificação das Sementes de A. indica..............................
......... 240
3.4.1.2.3 Quantificação das Sementes do Enxerto de A. indica sobre
M. azedarach. Comparação com as Sementes de pés
Franco.................................................................................... ......... 244
3.4.1.2.4 Quantificação de Sementes Coletadas Diretamente da
Planta e Sementes Coletadas no Solo.................................. ......... 246
3.4.1.2.5 Quantificação de Sementes Armazenadas…………………… ......... 247
3.4.1.2.6 Análise Comparativa entre Lotes de Sementes das Diversas
Regiões Investigadas............................................................ ......... 248
3.4.2 Desenvolvimento do Método de Quantificação da Azadirachtina nos Óleos
Comerciais do Nim – Preparo de Amostras e Otimização dos Parâmentros
Cromatográficos................................................................................................ ......... 251
3.4.2.1 Desenvolvimento do Método de Isolamento dos Analitos de Interesse
do Óleo. Desenvolvimento do Pré-Tratamento das Amostras............. ......... 253
3.4.2.2 Quantificação de Óleos Comerciais de A. indica...................................
......... 272
Capítulo 04
4. Conclusões....................................................................................................................... ......... 279
Capítulo 05
5. Referências Bibliográficas……………………………………………………………………... ......... 283
Apêndices
Apêndice A - Espécies de pragas de interesse agrícola que mostraram sensibilidade aos
extratos de A. indica...............................................................................
......... 297
Apêndice B - Abreviações de grupos orgânicos funcionais................................................. ......... 301
Apêndice C - Lista de RMN
13
C dos metabólitos secundários isolados e identificados do
gênero Azadirachta.......................................................................................
......... 303
Apêndice D - Lista de RMN
13
C dos metabólitos secundários isolados e identificados do
gênero Melia................................................................................................
......... 310
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Introdução
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3
1. Introdução
1.1 Inseticidas e o Meio Ambiente
Desde os tempos romanos (1
o
século a.C.) até a metade do século XX,
o controle de insetos no hemisfério ocidental era realizado por produtos derivados de
plantas como a piretrina, a rotenona e nicotina (bioinseticidas). A descoberta do DDT
(diclorodifeniltriclorometano), inicialmente acreditando como sendo a solução contra
os ataques de insetos, demonstrou após um período prolongado de uso ser
desastroso. Rachel Carson em 1962 sinalizou para a eliminação da prática do uso
do DDT devido ser ele extremamente persistente, tóxico, bioacumulador com
tendências a causar doenças. Isto causou uma desesperada busca por compostos
sintéticos seguros a base de hidrocarbonetos clorados. Estes compostos, todavia,
apenas provaram ser excessivamente xicos, ecologicamente desastrosos, além de
permitirem que os insetos adquirissem resistências a tais produtos [01]. No Brasil,
seguindo a tendência mundial, o controle de pragas que até o início da década de 50
era feito por inseticidas de origem botânica, também passou a ser realizado
principalmente por compostos químicos sintéticos [02].
Desde o advento do DDT, muitos inseticidas m sido desenvolvidos.
Essa prática vem sendo utilizada há mais de 50 anos onde, nesse período, tornou
se a principal ferramenta inseticida [03]. Embora sua utilização tenha sido eficiente
no controle de algumas espécies de pragas, seu extensivo e algumas vezes
indiscriminado uso, tem provocado diversos problemas de repercussão social e
ambiental. Inúmeras e acumulativas são as conseqüências negativas do uso desses
compostos. Dentre elas, a contaminação do solo, do ar, da água resultando na
contaminação de peixes, animais e do próprio homem (tanto no campo quanto em
consumidores de produtos contaminados). Esses produtos têm provocado uma
prejuízo na biodiversidade e uma redução da população de inimigos naturais e de
polinizadores. Não são seletivos, além de que após meio culo de uso, não
solucionou os problemas existentes. O uso indiscriminado desses produtos
sintéticos, aumenta a lista de motivos para a sua não utilização ou a implementação
de medidas de controle ao seu uso. O uso indiscriminado tem provocado o
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4
surgimento de pragas secundárias, exigindo a cada ano, investimentos em novos
produtos, pois as pragas adquirem após algum tempo de uso, resistência aos
produtos.
Um outro aspecto não menos importante, principalmente para o Brasil,
é a dependência econômica que os insumos externos trazem para o país e para a
propriedade, gerando perdas de divisas e afetando a auto-sustentabilidade [02].
Nas últimas duas cadas, tem ocorrido um aumento de interesse nas
possibilidades do uso de novos produtos bioativos e inseticidas naturais, os quais
apresentam menores possibilidades de danos ao meio ambiente e ao homem. Entre
os agentes alternativos de controle de pragas, os inseticidas botânicos e
microbiológicos, disruptores e inibidores metabólicos em insetos, os feromônios e
outros modificadores do comportamento de insetos.
Comprovadamente as plantas são uma rica fonte de produtos
orgânicos bioativos, apesar de aproximadamente, apenas 10.000 metabólitos
secundários de plantas terem sido quimicamente identificados, em um universo que
pode exceder a 400.000 produtos. Eles são uma enorme abundância de compostos
químicos de defesa, incluindo repelentes, inibidores à alimentação e oviposição,
inibidores de crescimento, esterilizantes, toxicantes e outros [03]. Alguns dos mais
antigos e comuns inseticidas, como por exemplo, a nicotina, a piretrina e a rotenona
eram derivados de plantas.
A tendência de mudanças no campo, vem sendo observada
principalmente a partir do final da década de 90 e início do século XXI, pela procura
de meios alternativos para o controle de pragas, reflete a necessidade dos
consumidores cada vez mais preocupados com os riscos à saúde causados pelos
alimentos produzidos convencionalmente e pela contaminação dos recursos
naturais. Portanto, o controle químico de pragas agrícolas constituiu-se numa das
principais preocupações ecológicas atuais.
Essa realidade leva à necessidade urgente de métodos de controle
alternativos ao uso de agrotóxicos, menos poluentes, menos tóxicos ao homem, com
baixo poder residual, de baixo custo e, de preferência, que possam ser produzidos
localmente [02]. Assim, na procura por inseticidas naturais, a família Meliaceae foi
identificada como um dos grupos mais promissores uma vez que grande parte de
suas espécies, apresentam múltiplas ações no controle de pragas. Dentro da família
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5
Meliaceae, uma espécie em especial se destaca, a Azadirachta indica A. De
Jussieu, popularmente conhecida no Brasil por Nim.
1.2 Azadirachta indica A. Jussieu
Imagine uma planta que tenha poderes inseticidas sem ser tóxica ao
ser humano, que sirva de alimento ao homem e aos animais, sua madeira seja
excelente para a fabricação de móveis e ainda apresente poderes “milagrosos”
contra diversos tipos de doenças a ponto de ser adorada por uma nação. Anuncio
publicitário de algum louco que pensa em ganhar dinheiro, ou realmente existe
uma planta com tais qualidades? Pois bem, estas são algumas das qualidades do
Nim que tem chamado a atenção mundial de cientistas nas mais variadas áreas de
conhecimento.
O Nim (Azadirachta indica A. Jussieu), sinônimo Antelara azadirachta
ou Melia azadirachta L., foi descrita em 1830 por De Jussieu sendo sua posição
taxonômica definida como sendo uma planta pertencente à Ordem Rutales,
Subordem Rutineae, Família Meliaceae, Subfamília Melioideae, Tribo Melieae, sob o
Gênero Azadirachta e denominada espécie indica [04]. Nativa de Burna (hoje
Myanmar) e das regiões áridas do subcontinente indiano, presente da Índia à
Indonésia, foi introduzida no continente africano em 1928 em Bornu, província da
Nigéria, sendo o cultivo dissipado, dada a sua grande rusticidade e facilidade de
adaptação, por todo o continente. Atualmente, além dos países asiáticos e africanos,
o Nim pode ser encontrado na Austrália, na região tropical da América do Norte, na
América Central e na América do Sul [05]. No Brasil, as primeiras plantas
introduzidas para estudo como planta inseticida foram feitas pelo Instituto
Agronômico do Paraná (IAPAR), em Londrina, em 1986 [02], sendo hoje cultivada,
de norte ao sul do país.
As árvores do Nim são frondosas cujo porte varia de 15 a 20 m de
altura, que normalmente apresenta fuste reto e diâmetro entre 25 e 30 cm aos oito
anos de idade podendo alcançar aos 80 cm. A madeira apresenta densidade
variando entre 0,56 e 0,85 g/cm
3
, estando a média em torno de 0,70 g/cm
3
, de
coloração avermelhada, dura e resistente ao ataque de cupins e ao apodrecimento.
O cerne é muito rico em tanino e sais inorgânicos de cálcio, potássio e ferro. A
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6
distribuição de seus galhos forma coroas de até 10 m de diâmetro. Ela apresenta
folhas verdes-escuras, compostas e imparipenadas, com freqüências aglomeradas
nos extremos dos ramos, simples e sem estípulas. As flores são de coloração
branca, aromáticas, reunidas em inflorescências densas, com estames crescentes
formando um tubo, pentâmeras e hermafroditas. A sua fecundidade é determinada
pela quantidade de luz e umidade, cuja ausência causa o aborto floral. O fruto é
glabro, elipsóide, com 1,5 a 2,0 cm de comprimento, e verde-claro enquanto se
desenvolve tornando-se amarelado à medida que amadurece. A polpa é macia,
amarga e doce, deixando cair a semente no solo quando o fruto amadurece. A
semente apresenta um invólucro (endocarpo) duro, porém fino, de coloração creme
esbranquiçada, medindo 1,5 cm de comprimento. No interior da semente contém
uma amêndoa marrom (raramente duas ou três) com altos percentuais de óleos [02,
06, 07]. A florão se inicia no segundo ano de idade da planta passando a ser
significativa no terceiro ano superando 25 kg/planta no quinto ano [02].
O Nim tornou-se famoso por suas propriedades medicinais e agrícolas.
Por séculos tem sido desta forma explorado pelos povos indianos. Existem registros
autênticos do seu uso medicinal em Arthashastra (Tratado de Polity) por Kautilya no
quarto século antes de Cristo. Várias partes da árvore foram empregadas por
Ayuverda um famoso médico Hindu (1000 d.C.) [04,07]. Vários usos da árvore do
Nim no passado foram na medicina. As cascas, as folhas e as sementes m sido,
amplamente usadas neste propósito. É muito comum o preparo de extratos com
estas partes da planta para o uso medicinal. Os valores medicinais de algumas
partes do Nim são brevemente descritos abaixo.
A casca é considerada um tônico amargo, adstringente, antipirético,
antiperiódico e febrífugo. Ela tamm é útil em casos de sede, náuseas, vômitos,
úlceras e doenças de pele. As folhas são usadas como antiséptico, antihelmíntico e
tamm em urticária, dor de ouvido, tumores glandulares, erupção pustural (bolhas
de pus), icterícia, erupções causadas por coceira, queimaduras e úlceras, além de
outras erupções posturais, leucoderma, diabetes, etc. Os frutos são usados como
purgante e emoliente. São tamm considerados úteis contra vermes internos
(vermífugo) e doenças urinárias. O óleo da semente é considerado um poderoso
remédio contra tuberculose, hanseníase, reumatismo (aplicação externa), vermífugo
e tamm tônico capilar e contraceptivo. As flores e os galhos, tamm apresentam
seus valores medicinais. Os ramos mais finos o usados como escova dental
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7
considerado muito refrescante e higiênico [04,05,07,08]. Apesar da grande aceitação
popular das propriedades medicinais do Nim, principalmente pela população do
sudeste asiático, poucos estudos científicos foram realizados comprovando sua
eficácia necessitando mais investimentos e pesquisas nesta área.
O grande interesse atual nas pesquisas envolvendo o Nim,
principalmente no mundo ocidental (Europa e Américas), o suas propriedades
inseticidas. O Nim foi descoberto para o ocidente pelos trabalhos publicados do Prof.
Dr. Heinrich Shmutterer, Universidade de Giessen, Alemanha, que constatou que
durante as migrações destruidoras dos gafanhotos nas regiões africanas, apenas
restavam intocadas as árvores do Nim. Desde então, centenas são os trabalhos
desenvolvidos na busca de comprovações científicas e entendimento de suas ações
biológicas. Atualmente o Nim tem ação comprovada sobre mais de 400 espécies de
insetos e ácaros, causando os mais diversos efeitos como, por exemplo, repelência,
redução da alimentação, repelência de postura, interrupção do desenvolvimento e
da acdise, atraso no desenvolvimento, redução da fertilidade e fecundidade e
diversas outras alterações no comportamento e na fisiologia dos insetos, que podem
levar à morte [02,04,09]. O principal composto ativo do Nim é o limonóide C-seco,
azadirachtina A. Algumas dessas atividades encontram-se listadas no Apêndice A.
Do ponto de vista prático, algumas características tornam o Nim
bastante promissor para o uso no controle de pragas: a planta não precisa ser
destruída para se produzirem os extratos, possui uma multiplicidade de compostos,
o que torna mais difícil aos insetos adquirirem resistência, a concentração dos
compostos ativos é alta, os compostos são solúveis em água, são ceis de extrair e
com baixo custo, pela sua forma de ação os compostos o mais tóxicos às pragas
que aos inimigos naturais, os produtos são praticamente inócuos ao ambiente e ao
homem, são totalmente biodegradáveis, com baixa persistência no ambiente [02,10].
Azadirachtina A
Além das propriedades medicinais e inseticidas do Nim, seu óleo
tamm é usado em lamparinas e como lubrificante para máquinas. Suas folhas e
OO
AcO
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
O
O
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8
ramos, no alimento de gado. Suas folhas e sementes tamm o utilizados na
reforma de solos desgastados e como adubo. A polpa do fruto é um rico substrato
para a produção de gás metano. Sua madeira é excelente para a fabricação de
mobílias, tábuas, painéis, brinquedos, arados e lenha. O Nim ainda é usado como
quebra vento e sombreamento às margens de plantações e em reflorestamento por
sua fácil adaptação em diversos tipos de solos e regiões climáticas [02,05,11].
1.3 Limitações ao Cultivo do Nim
O Nim pode ser adaptado em uma ampla extensão climática, de solos
e condições topográficas. Os solos favoráveis ao desenvolvimento do Nim são os
solos argilosos, pois através de seus poros, nas estações chuvosas, a água
facilmente é absorvida e penetra cerca de 3 a 4 metros de profundidade no solo
ficando disponível para as raízes durante as estações de seca. Contudo, o Nim pode
se desenvolver melhor que muitas outras espécies, em solos secos, rasos e
pedregosos. É uma planta de muito sucesso em zonas tropicais e subtropicais com
uma média anual de chuva de 450-1150 mm, podendo tamm sobreviver com
média anual de 150-250 mm sendo tolerante a longos períodos de secas [06].
Sendo uma planta de áreas tropicais e subtropicais, o Nim pode ser
encontrado facilmente em regiões com temperatura anual variando entre 21 e 32 ºC
onde atinge o potencial máximo de desenvolvimento. É uma planta principalmente
tolerante a temperaturas acima dessa faixa, como as temperaturas acima de 50 ºC
encontradas nas reges Nordeste e Central da África. Invernos rigorosos e geadas
podem comprometer o desenvolvimento da planta e principalmente sua frutificação.
Devido a menores temperaturas encontradas em regiões de grande altitude, acima
de 1000 m, especialmente no inverno, o cultivo do Nim tamm pode ser
prejudicado [02,12].
Como observado, a temperatura é o principal fator limitante ao seu
desenvolvimento, principalmente à produção de frutos, e é o que limita sua
distribuição geográfica.
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9
1.4 Melia azedarach Linn.
A família Meliaceae possui 51 neros e cerca de 1400 espécies [13],
quase todas lenhosas, nativas de regiões tropicais e subtropicais dos dois
hemisférios. As meliáceas se destacam pela sua composição química semelhante,
contendo compostos com ação contra os insetos. Os gêneros do velho mundo Melia
e Azadirachta, os quais constituem a tribo Melieae, são os gêneros de maior
destaque em ações contra insetos, partilham um mero de características
anatômicas interessantes, que nunca foram encontradas em outras Meliaceae [14].
Estes dois gêneros estão entre aqueles mais estudados do ponto de vista
fitoquímico. O interessante é que para estes neros, tem sido citado a ocorrência
da subclasse de limonóides C-seco. O limonóide C-seco de maior interesse nos
últimos anos tem sido a azadirachtina A encontrada apenas em Azadirachta indica e
Melia azedarach [15,16].
O gênero Melia é constituído por cinco espécies de ocorrência no velho
mundo, azedarach, toosendan, bubia, volkensii e composita [14]. A espécie mais
importante é Melia azedarach Linn., conhecida por Cinamomo, Santa-Bárbara, e
outros. Melia azedarach é uma planta nativa da Pérsia, China e da Índia presente
hoje em diversos países da Ásia, África, Oceania e Américas [17]. Esta espécie tem
ampla adaptação, rápido crescimento e produção abundante de frutos. Até o
momento nenhum composto inseticida mais potente que a azadirachtina A foi
isolado do Cinamomo. Apesar de ser uma planta com múltiplas ações contra
insetos, seu uso como inseticida natural precisa ser cauteloso, porque a planta
contém limonóides que são considerados xicos aos mamíferos [17]. Estes relatos
[17] dizem que folhas, galhos e flores são xicos, mas a maioria dos casos ocorrem
após a ingestão dos frutos. relatos de morte de crianças que ingeriram de seis a
oito frutos maduros. Experimentos com porco e ovelha mostraram que em alguns
casos uma quantidade pequena dos frutos, 0,5% do peso corporal, levou à morte,
enquanto em outros uma quantidade bem maior não levou a sintoma nenhum.
Assim, tem sido sugerido que a toxicidade pode variar com a localização e estágio
de desenvolvimento da planta. Na Argentina e Califórnia o povo tem os frutos como
inofensivos, pois as crianças e o gado m acesso a eles e não há nenhum registro
de intoxicação e/ou morte. Contudo no oeste da Índia eles são considerados tóxicos
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10
[17]. Em 1983 um grupo de pesquisadores da Austrália trabalhando com os frutos,
mostrou que quatro limonóides, meliatoxinas A
1
, A
2
, B
1
e B
2
, com esqueletos intactos
foram os responsáveis pelo efeito tóxico a porcos e ratos [17].
Meliatoxina A
1
Meliatoxina B
1
R: CH
3
CH
2
CH(CH
3
)CO R: CH
3
CH
2
CH(CH
3
)CO
Meliatoxina A
2
Meliatoxina B
2
R: (CH
3
)
2
CHCO R: (CH
3
)
2
CHCO
1.5 Enxerto
A reprodução de plantas não é uma invenção da era moderna. As
técnicas básicas de enxerto provêm de tempos remotos, praticadas por chineses,
gregos e romanos para multiplicar certas plantas, como a videira. Acredita-se que
tais técnicas tenham sido inspiradas pela observação de galhos de espécies
diferentes postos em contato pelo crescimento, fenômeno comum nas matas.
Enxerto, ou enxertia é o processo de multiplicação vegetal que
consiste basicamente em soldar um galho ou broto (fragmento) de uma planta ao
tronco enraizado de outra, em geral mais resistente, para que nela se desenvolva
com características aprimoradas. A parte implantada, chamada garfo ou enxerto,
conserva as características da planta da qual procede. A parte que recebe o enxerto,
chamada cavalo ou porta-enxerto, extrai do solo os nutrientes necessários à
evolução do conjunto[18].
Entre as vantagens e importância do enxerto, que constitui na
prática uma relação de simbiose, sobressai a garantia de que as novas mudas
reproduzirão as qualidades da planta de origem. Outra vantagem é que o uso de
cavalos rústicos permite criar mudas vigorosas de espécies ou variedades muito
O
OH
OH
AcO
AcO
O
O
RO
O
O
OH
OH
AcO
AcO
O
O
RO
O
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11
suscetíveis a doenças e pragas. A enxertia é bastante comum na multiplicação de
híbridos que, se nascem de sementes pelo processo sexuado, ficam expostos aos
acasos da recombinação genética e podem sofrer mutações. A multiplicação
vegetativa por meio de enxerto se pratica tamm para tornar mais precoce o
florescimento e a frutificação, pois em geral os cavalos têm um ano ou mais no
solo quando recebem a parte enxertada. Em geral, a enxertia reduz o porte das
plantas o que constitui considerável vantagem em relação às árvores frutíferas.
Pode-se transformar pela enxertia, plantas estéreis em produtivas ou restaurar
plantas danificadas e ameaçadas de morte. Outra vantagem da enxertia é a
possibilidade de adaptar plantas em solos ou climas através de cavalos adequados
[18,19].
Das várias regras a serem observadas para o bom êxito da
operação, duas são fundamentais. A primeira diz respeito à compatibilidade entre o
enxerto e o porta-enxerto, pois plantas de espécies que tenham entre si certo
grau de parentesco e analogia entre suas estruturas anatômicas podem ser
enxertadas. A segunda regra recomenda a justaposição das camadas geratrizes
(câmbios) das duas plantas, para assegurar a perfeita uno de seus tecidos [18,20].
Existem numerosas modalidades de enxerto, todas contidas, de
certo modo, nos três tipos principais que a fruticultura emprega. No enxerto por
aproximação ou encostia, dois galhos de duas plantas, ambas enraizadas, são
unidos em certo ponto onde parte da casca é removida. Depois que o enxerto
"pega", corta-se abaixo desse ponto ficando o galho que serviu como garfo.
O enxerto de garfo ou garfagem resume-se à implantação de um
pedaço de galho da planta a ser multiplicada sobre um porta-enxerto compatível,
mais rústico e enraizado. A garfagem varia conforme a fenda aberta e a maneira
de encaixe: pode ser, em relação ao cavalo, lateral ou no topo. Por último, o enxerto
de borbulha que consiste na inserção de uma gema ou broto da planta, extraído com
casca e em forma de escudo, sob a casca fendida e levantada do porta-enxerto.
Para que um enxerto resultado, é fundamental que se ajustem perfeitamente às
partes interligadas.
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12
1.6 Enxerto de Azadirachta indica sobre Melia azedarach
Como mencionado, no Brasil as primeiras introduções do Nim para
estudo como inseticida foram feitas pelo Instituto Agronômico do Paraná, em
Londrina, em 1986, com sementes originadas das Filipinas, e em 1989, com
sementes da Índia, Nicarágua e República Dominicana, como parte de um projeto de
pesquisas de controle alternativo de pragas com plantas inseticidas [02]. A
pesquisadora responsável por este projeto é a Dra. Sueli Souza Martinez.
Recentemente, visando obter frutos em plantas de Nim mais jovens, e em regiões
climáticas não favoráveis ao cultivo do Nim, esta pesquisadora adotou a técnica de
enxertia, similar a utilizada em citricultura, onde no enxerto as plantas se
desenvolvem menos, levando a uma copa maior, mais baixa e frutificando com
apenas um ano. Assim, ela vem desenvolvendo enxertos de Azadirachta indica
sobre Melia azedarach. São duas espécies afins morfologicamente, característica
morfológica necessária ao sucesso do enxerto. A Melia azedarach mostrou-se
melhor adaptada na região sul do país, mais resistente a invernos rigorosos, daí a
escolha desta como o cavalo do enxerto. A azadirachtina está presente
principalmente nos frutos de Azadirachta indica, o que explica esta constituir a parte
superior do enxerto. Outro motivo de Melia azedarach ter sido o cavalo, foram os
comentários acima sobre a toxicidade de seus frutos. As meliotoxinas citadas, até
dados recentes, não foram encontrados nos frutos de Azadirachta indica.
A enxertia foi feita por garfagem e, apesar de ser intergenérica, teve excelente
pegamento. Os enxertos foram realizados em 1998. Cerca de 150 plantas
encontram-se no campo, em estações experimentais do IAPAR em Xambrê, PR,
para avaliação do melhor método de enxertia, produção de frutos e composição
química.
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13
1.7 Objetivos Gerais
Os principais objetivos deste projeto de pesquisa são:
1. Estudo fitoquímico qualitativo e quantitativo do enxerto da
Azadirachta indica sobre a Melia azedarach investigando se este mantém o perfil
químico da planta da qual procede.
2. Verificar por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência se houve
alteração no teor de azadirachtinas nas sementes em comparação com as sementes
da planta não enxertada.
3. Desenvolvimento de métodos de quantificação por Cromatografia
Líquida de Alta Eficiência para a determinação do teor de azadirachtina A em óleos
de Nim disponíveis comercialmente.
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14
Investigação Fitoquímica do Enxerto de
Azadirachta indica sobre Melia azedarach
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2. Investigação Fitoquímica do Enxerto da Azadirachta indica sobre a Melia
Azedarach
A procura de substâncias de plantas com atividade biológica, sempre
foi um desafio para a ciência e uma questão necessária à sobrevivência do homem
[01]. As plantas produzem metabólitos secundários que desempenham importante
função na manutenção da espécie. Os metabólitos secundários são úteis na defesa
da planta contra predadores e patógenos [21]. Alguns desses compostos possuem
valor agronômico, industrial e medicinal, de modo que as plantas podem ser
consideradas como uma fonte rica para a obtenção e descoberta de fármacos,
produtos agroquímicos e outros compostos, que possam ter um valor agregado, seja
pela natureza da atividade intrínseca, seja mediante transformações químicas que
acrescentem valor no mercado e potencializem a sua ação.
Os produtos metabólicos secundários de plantas desempenham um
importante papel no processo de descoberta de novos inseticidas, principalmente
aqueles considerados ecologicamente corretos. Inseticidas não tóxicos aos animais
nem ao homem e não persistentes, ou seja, que degradam-se com maior velocidade
que os sintéticos existentes não deixando resíduos nos alimentos ou no meio
ambiente. Dentro de um amplo universo de classes de compostos com
características ou potencial inseticida, destacam-se os limonóides.
Os limonóides são tetranortriterpenos modificados, tamm conhecidos
por meliacinas. Apesar de limonóides apresentarem estruturas bastante diversas,
tem como precursor comum, o
7
-tirucalol [C-20(R)] ou
7
-eufol [C-20(S)] (Figura
2.2). São compostos encontrados em plantas da ordem Rutales. Em particular,
caracterizam os membros da família Meliaceae, onde são diversos e abundantes.
Um mero limitado de estruturas pode ainda ser encontrado nas famílias Rutaceae
e Cneoraceae [15,22].
Azadirachta indica (Nim) e Melia azedarach (Cinamomo) estão entre as
meliáceas mais estudas; aproximadamente 350 derivados do tirucalol ou eufol
foram isolados e identificados. Entre os limonóides já isolados, que possuem
atividade contra insetos, a azadirachtina A é o mais investigado e considerado o
mais potente.
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2.1 Azadirachtina A
A história deste limonóide C-seco iniciou-se em 1968 quando foi pela
primeira vez isolada das sementes do Nim por Butterworth e Morgan [08,09]. O
primeiro debate demonstrando o progresso em sua elucidação estrutural ocorreu em
1971 durante um Simpósio de Produtos Naturais na University of the West Indes, em
Mona, Jamaica [23]. Em 1975 Zanno e colaboradores [09,23] descreveram uma
estrutura completa da azadirachtina usando a Ressonância Magnética Nuclear.
Contudo, cometeram alguns pequenos erros. A estrutura correta só apareceu após
17 anos de seu isolamento, em 1985 quando foram submetidos, quase que
simultaneamente para publicação, dois trabalhos de dois grupos de pesquisas,
Broughton e Kraus adub Mordue [09]. Porém, todos os detalhes da molécula
foram finalmente descritos em 1987 por Kraus [09,23,24,25].
A azadirachtina, tamm conhecida por azadirachtina A, é um
limonóide que se concentra principalmente nos frutos, contudo, pode ser encontrado
em menores teores em toda a planta. Diversas publicações quantificam os teores da
azadirachtina em sementes variando entre 0,02 % e 0,66 %. Como muitos
limonóides, a azadirachtina A torna-se instável em meio ácidos e alcalinos, em altas
temperaturas e na presença de luz e umidade [02,26,27]. A azadirachtina é um
limonóide bastante oxidado com muitos grupos funcionais reativos, próximos um ao
outro, motivo que dificultou a sua elucidação estrutural e a torna muito instável
(estrutura 165 do gênero Azadirachta).
2.2 Biogênese do Limonóides
Os limonóides são compostos que se originam do óxido de esqualeno
[28]. O óxido de esqualeno pode se ciclizar sincronizadamente gerando um
carbocátion precursor das estruturas policíclicas terpênicas. Dependendo da enzima
envolvida, o óxido pode ser moldado e ciclizar na conformação cadeira-barco-
cadeira-barco gerando o tion protoesteril (Figura 2.1) ou na conformação cadeira-
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cadeira-cadeira-barco, dando origem ao cátion dammarenila (Figura 2.2)
apresentando cada cátion uma estereoquímica diferente entre si.
Figura 2.1 Ciclização do óxido de esqualeno na conformação cadeira-barco-
cadeira-barco [28].
O tion protoesteril seguido por uma série de migrações simultâneas
de Wagner-Meerwein de metilas e hidretos dá origem aos triterpenóides lanosterol e
cicloartenol. O grupo cicloartenol se caracteriza pela presença de um ciclo propano
entre C-9 e C-10. Uma característica adicional ao cátion protoesteril é que a Me-19 e
o H-5, tamm estão na posição trans-axial podendo ocorrer outras migrações de
metilas e hidretos (rearranjo Wagner-Meerwein) não necessariamente levando a
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
15
28
29
30
O
H
+
Óxido de Esqualeno
cadeira-barco-cadeira-barco
O
Migrações em sequência
de hidretos e metilas
(Rearranjo Wagner-Meerwein)
finalizado pela perda de um próton
HO
H
H
H
H
H
H
Cátion protoesteril
H
HO
H
H
H
HO
HO
H
H
19
5
9
10
Cicloartenol
11
12
13
14
16
6
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
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formação da ligação dupla entre C-8/C-9, mas levando a formação de ligação dupla
entre C-5/C-6.
Figura 2.2 Ciclização do óxido de esqualeno na conformação cadeira-cadeira-
cadeira-barco [28].
Com a migração de hidretos e metilas no cátion dammarenila obtêm-se
os isômeros eufol [C-20(S)] e o tirucalol [C-20(R)]. Muitos quassinóides e triterpenos
C
30
m a configuração C-20(R) sugerindo o tirucallol como precursor, porém, Ekong
[15] demonstrou que nas folhas da Azadirachta indica o eufol C-20(S) foi convertido
para o limonóide nimbolido mais eficientemente que o tirucalol. Tanto o eufol quanto
o tirucalol são considerados precursores biossintéticos dos limonóides [08].
Num primeiro momento ocorre uma isomerização (migração) na dupla
ligação desses compostos para o C-7 formando uma classe de triterpenos
denominada protolimonóides representado pelo butirospermol. Os protolimonóides
Eufol [C-20(S)]
Tirucalol [C-20(R)]
Migrações em sequência
de hidretos e metilas
(Rearranjo Wagner-Meerwein)
finalizado pela eliminação de um próton
H
H
HO
H
O
O
Óxido de Esqualeno
cadeira-cadeira-cadeira-barco
HO
H
H
H
H
H
H
H
HO
Cátion Dammarenila
H
HO
H
H
H
+
30
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
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tamm são conhecidos por conterem a cadeia lateral intacta com 8 átomos de
carbono.
Derivado dos protolimonóides e precursores mais diretos dos
limonóides o grupo dos apo-protolimonóides, grupo formado por protolimonóides
que apresentam uma dupla ligação em C-14, com um grupo metílico com
configuraçãem posição β em C-8, além de um grupo hidroxílico em posição α em C-
7. Acredita-se que os apo-protolimonóides são formados pela epoxidão na ligação
dupla entre C-7 e C-8 em posição α, com a formação de 7α,8α-epóxido, o qual é
aberto, induzindo um rearranjo Wagner-Merwein, deslocando o grupo metílico de C-
14 para C-8, formando a hidroxila em C-7 e formando uma ligação dupla em C-14
pela perda de um próton em C-15 como pode ser observado na Figura 2.3.
Figura 2.3 – Apo-rearranjo do protolimonóides [08].
Estruturalmente os limonóides são considerados derivados dos
protolimonóides por uma série de reações oxidativas acompanhadas de rearranjos
moleculares. As oxidações são preferencialmente epoxidações de ligações duplas
ou lactonizações do tipo Baeyer-Villiger de cetonas catalizadas pela enzima mono-
oxigenase [29]. interesse considerável na maneira pela qual a cadeia lateral do
triterpeno precursor dos limonóides é transformada no anel furano β-substituído com
a perda de quatro átomos de carbono. Duas propostas são bem aceitas (Figura 2.4),
Apo-protolimonóides
HO OH
O
Limonóides
HO
Eufano
Tirucalano
HO
Butirospermol
(Protolimonóide)
Epoxidação
Apo-rearranjo
HO OH
HO
O
H
H
+
6
7
8
9
10
13
14
15
30
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ambas sugerindo transformações na cadeia lateral através de reações de oxidação
[30,31].
Proposta A:
Proposta B.
Figura 2.4 – Possíveis rotas biogenéticas para a formação do anel furano.
Tanto o gênero Azadirachta quanto o gênero Melia apresentam
inúmeros limonóides que foram divididos e classificados em grupos. Cada composto
foi alocado dentro de um grupo de acordo com suas características estruturais. A
seqüência dos grupos segue uma ordem biogenética proposta sendo cada nomeado
por seu principal representante. Dois esquemas gerais são propostos nas Figuras
2.5 e 2.6 para as rotas biogenéticas dos limonóides, uma para o gênero Azadirachta
e outra para o gênero Melia respectivamente.
O
HO
O
O
HO O O
H
Oxidação
Baeyer-Villiger
O
HO
O
(CH
3
)
2
CHCOOH
_
H
2
O
_
H
2
O
O
HO
O
O
OH
+
OH
O
H
O
HO
O
O
HO
OH
OH
O
HO
OH
OH
HO
H
O
HO
OH
OH
H
2
O
-
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Grupo Vilasinina
Grupo Gedunina
Grupo Nimbina
O
O
O
MeO
2
C
O
O
Grupo Nimbolídeo
O
O
O
R
2
MeO
2
C
OR
1
Grupo da Salannina
O
AcO
OR
O
HO
OCin
O
O
O
O
OH
H
O
R
2
O
OR
1
OH
MeO
2
C
O
H
MeO
2
C
O
R
2
OR
1
OH
MeOOC
O
OH
MeOOC
O
O
O
OH
H
Grupo
Azadirachtol
Grupo
Azadirachtina
Grupo Meliacarpina
Grupo Meliacarpina e
Azadirachtinina
Grupo Nimbolinina
O
OR
2
O
O
MeO
2
C
Grupo Homoazadirono
OR
O
O
OR
RO
ORO
O
O
O
O
Butirospermol
(Protolimonóide)
HO
OH
O
HO
O
Azadirachnol
(apo-protolimonóide)
OAc
O
O
O
OR
γ-Hidroxibutenolídeo
OH
O
O
OR
apo-protolimonóides
(Derivados da perda de 4 átomos
de carbono na cadeia lateral)
OR
O
O
Grupo Azadirono
OR
O
O
OH
OR
Figura 2.5 Classificação em grupos biogenéticos dos limonóides presentes no
gênero Azadirachta. Uma possível seqüência biogenética.
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OHO
OAc
O
O
BzO
O
OAc
OH
O
OH
HO
O
AcO
O
H
H
Grupo Meldenino
(Derivados da perda de 4 átomos
de carbono na cadeia lateral)
apo-protolimonóides
apo-protolimonóide
HO
Butirospermol
(Protolimonóide)
ORO
O
O
O
O
Grupo Gedunina
O
O
O
AcO
OR
OAc
COOMe
O
OR
3
O
OR
1
R
2
O
O
Grupo Nimbolino
Grupo B-seco
R
1
OH
OH
AcO
O
O
R
2
O
H
O
O
Grupo Azedarachina
OH
OH
R
2
O
O
R
3
O
H
O O
R
1
O
O
Grupo Meliatoxina
O
O
O
R
2
MeO
2
C
OR
1
Grupo C-seco
O
AcO
OR
2
O
R
1
O
OR
3
O
Grupo Nimbolinina
Grupo Meliacarpina
O
R
1
O OH
O
OH
MeOOC
CinO
O
O
O
H
OH
O
AcO
OTIg
MeOOC
O
OMe
MeOOC
O
O
HO
O
OH
H
Grupo Meliacarpinina e
Azadirachtinina
Figura 2.6 Classificação em grupos biogenéticos dos limonóides presentes no
gênero Melia. Uma possível seqüência biogenética.
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2.3 Metabólitos Secundários Descritos na Literatura para os Gêneros da Tribo
Meliaea
Pertencente à subfamília Melioideae da família Meliaceae, os neros
Azadirachta e Melia constituem a Tribo Meliaea. O gênero Azadirachta é composto
pelas espécies indica e excelsa e o gênero Melia formado pelas espécies
azedarach, toosendan, bubia, volkensii e composita.
A seguir encontra-se a revisão dos compostos isolados em cada
gênero. O nome comum ou usual dos limonóides, parte da planta de onde os
mesmos foram isolados e a referência de cada composto estão descritos nas
Tabelas 2.1 e 2.2. Nos Apêndices C e D encontram-se em tabelas os valores de
RMN
13
C para alguns destes compostos.
2.3.1 Gênero Azadirachta
2.3.1.1 Cicloartanos e Esteróides.
Come este grupo compostos derivados da rota biossintética dos
cicloartanos e esteróides. Os esteróides se caracterizam por não apresentarem
metilas ligadas ao C-4 e C-8 eliminadas em etapas posteriores a ciclização do óxido
de esqualeno (1-9).
O
O
OAc
O
R
1
R
2
HO
R
HO
OH
O
HO
H
5
6
3 β OH H
4
β OH
R
1
R
2
Me
1
2
Me
H
R
O
O
OAc
O
R
1
R
2
HO
R
HO
OH
O
HO
H
5
6
3 β OH H
4
β OH
R
1
R
2
Me
1
2
Me
H
R
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2.3.1.2 Protolimonóides, apo-protolimonóides e limonóides.
2.3.1.2.1 Grupo Protolimonóides: Os protolimonóides o
considerados os precursores biossintéticos dos limonóides contendo ainda os 8
átomos de carbono na cadeia lateral (10 – 17).
Protolimonóides derivados do eufol/tirucalol.
Protolimonóides derivados do Butirospemol.
HO
7
HO
H
8
HO
9
HO
7
HO
H
8
HO
9
O
HO
OH
H
OH
HO
12
O
O
OH
OH
13
O
O
OH
HO
14
O
O
O
15
O
HO
OH
H
OH
HO
12
O
O
OH
OH
13
O
O
OH
HO
14
O
O
O
15
10
HO
H
11
HO
O
10
HO
H
11
HO
O
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Protolimonóides derivados do Butirospemol oxidados no C-16.
2.3.1.2.2 Grupo Apo-protolimonóides: os apo-protolimonóides são
caracterizados pela presença de
14
supostamente formados a partir dos
protolimonóides após um apo-rearranjo. São considerados os precursores mais
diretos dos limonóides uma vez que esses normalmente apresentam a mesma
insaturação ou uma posterior oxidação da ligação dupla.
Apo-protolimonóides com o anel D expandido após sofrerem uma
reação de Baeyer-Villiger.
.
Apo-protolimonóides com anel de 5 membros na cadeia lateral.
OH
16
O
O
O
17
OH
16
O
O
O
17
OAcO
O
OH
OH
OAc
OAc
OH OH
OH
HO
18
OH
COOH
O
OAc
OAc
OH
O
O
OH
HO
19
20
21
O
O
O
OMe
OAc
O
22
OAcO
O
OH
OH
OAc
OAc
OH OH
OH
HO
18
OH
COOH
O
OAc
OAc
OH
O
O
OH
HO
19
20
21
O
O
O
OMe
OAc
O
22
O
AcO
HOCH
2
OTig
OH
O
COOH
OMe
H
OH
O
24
O
OAc
O
O
MeO
23
O
AcO
HOCH
2
OTig
OH
O
COOH
OMe
H
OH
O
24
O
OAc
O
O
MeO
23
OAcO
O
HO
HO
25
OAc
O
O
HO
HO
26
OAcO
O
HO
HO
25
OAc
O
O
HO
HO
26
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Apo-protolimonóides com anéis de 6 membros na cadeia lateral.
Apo-protolimonóides derivados da perda de 4 átomos de carbono na
cadeia lateral.
Apo-protolimonóides derivados da perda de 4 átomos de carbono na
cadeia lateral com uma ponte éter entre C-28/C-6.
HO
OAc
OAc
O
OH
OH
OH
28
OAc
O
O
O
OH
27
HO
OAc
OAc
O
OH
OH
OH
28
OAc
O
O
O
OH
27
OAc
O
O
OR
29 Me
30 CH
2
Me
R
OAc
O
O
OR
H
H
31 H
32
33
Me
CH
2
Me
R
OBz
O
O
OMe
OH
34
OFer
O
O
OCH
2
Me
OH
OH
35
OAc
O
O
OH
36
OAc
O
O
OAc
HO O
O
37
OAc
O
O
OR
29 Me
30 CH
2
Me
R
OAc
O
O
OR
H
H
31 H
32
33
Me
CH
2
Me
R
OBz
O
O
OMe
OH
34
OFer
O
O
OCH
2
Me
OH
OH
35
OAc
O
O
OH
36
OAc
O
O
OAc
HO O
O
37
O
AcO
O
OR
OH
38 Tig
R
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H
45
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Apo-protolimonóides com um grupo γ-hidroxibutenolídeo.
Apo-protolimonóides com um grupo γ-hidroxibutenolídeo com diversas
oxidações.
Apo-protolimonóides derivados da perda da cadeia lateral.
OH
O
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AcO OAc
46
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1
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O
CH
OMe
OH
65
OAc
O
COOH
64
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.1.3 Grupo Azadirono e seus análogos naturais: esse grupo é
constituído por limonóides com todos os anéis triterpênicos intactos.
Compostos oxidados do grupo azadirono.
2.3.1.4 Grupo homoazadirono: este é um grupo caracterizado por
compostos homólogos do azadirona tendo o anel A sete membros. A extensão
ocorreu pela incorporação de uma das metilas do C-4.
OAc
OH
OH
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9190
OH
OAc
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OH
O
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.1.5 Grupo Gedunina: compostos caracterizados por uma extensão
oxidativa do tipo Baeyer-Villiger no anel D.
2.3.1.6 Grupo Vilasinina: fazem parte deste grupo os limonóides com
o esqueleto triterpênico intacto apresentando uma ponte éter entre C-28/C-6.
Neste grupo pode ser acrescentado o meliacinol possivelmente
biossintetizado a partir da vilasinina (102;Tabela 2.1).
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Ac
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113 Ac H Cin H
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PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.1.7 Grupo Nimbina: grupo caracterizado pela presença de um anel
C-seco e uma ponte éter entre C-7/C-15.
2.3.1.8 Grupo Nimbolídeo: compostos C-secos com ponte éter entre
C-28/C-6.
2.3.1.9 Grupo Salannina: limonóides C-seco não apresentando o
grupo cetôno no anel A.
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MeO
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OR
1
144
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.1.10 Grupo Nimbineno: Grupo formado por 28-norlimonóides.
2.3.1.11 Grupo Nimbolinina: compostos derivados de limonóides C-
seco rearranjados em um anel C de 7 membros.
2.3.1.12 Grupo Azadirachtina: Constituído por limonóides C-seco com
variadas modificações no esqueleto triterpenico e diversos grupos funcionais. Seu
principal representante é a azadirachtina A (164).
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PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.1.13 Grupo Azadirachtol: O principal composto deste grupo é a
azadirachitna B (3-tigloilazadirachtol 183). Estes compostos se diferenciam do
grupo azadirachtina por não apresentarem um grupo hidroxila em C-11.
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176
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177
178
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179
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AcO OH
MeOOC
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Me
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O
HO OH
MeOOC
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188 Tig
H
H
H
Ac
185 H
O
Tig
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2.3.1.14 Grupo Meliacarpina: estes compostos possuem um grupo
metílico e o o carboximetila em C-4 presentes nos compostos dos grupos
azadirachtina e azadirachtol.
2.3.1.15 Grupo Meliacarpinina e Azadirachtinina: os compostos
deste grupo são meliacarpinas e azadirachtinas rearranjadas através da formação
de uma ponte éter entre C-7/C-13 pela abertura do epóxido C-13/C-14.
Tabela 2.1 Cicloartanos, esteróides, protolimonóides, apo-protolimonóides e
limonóides isolados do Gênero Azadirachta.
Nome Comum e/ou IUPAC
Origem
Ref.
Cicloartanos/esteróides
01
4,14α-Dimetil-5α-ergosta-8,24(28)dien-3β-ol
A. indica 08, 30
02
4α-Metil-5α-ergosta-8,24(28)dien-3β-ol
A. indica 08, 30
03 Cicloeucalenol
A. indica 08, 30
04 24-Metileno Cicloartanol
A. indica 08, 30
05
2β,3β,4β-Triidroxipregan-16-ona
A. indica – caroço de semente 32, 33
06
β-Nimolactona
A. indica – frutos 08, 33
07
β-Sitosterol
A. indica 30, 34, 35
08 Fucosterol
A. indica – folhas 36
09
(24ξ)-Isopropenil colesterol
A. indica – folhas 36
Protolimonóides
10 Limocinona
A. indica – frutos 08
11 Tirucalol
A. indica 37, 38
12 Meliantriol
A. indica – folhas e óleo 08, 29, 39
13 Odoratona
A. indica –caroço de semente 32, 40
14 Nimbocenona
A. indica – folhas 08, 38
15 Nimolinona
A. indica – frutos 08
16 Limocinol
A. indica – frutos 08
17 Kulactona
A. indica – frutos 08, 29, 41
O
TigO
OH
OH
O
H
MeOOC
O
O
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H
OH
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2
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OH
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190
191
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H
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i-Val
R
2
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Ac
O
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OH
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H
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192 193
O
AcO
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O
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TigO
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Apo-protolimonóides
18
1α,7α-Diacetoxiapotirucall-14-eno-3α,21,22,24,25-
pentaol
A. indica – caroço semente 32
19 Azadirol
A. indica – casca de frutos 08, 42
20 Ácido azadirolico
A. indica – casca de frutos 43
21 Azadiradionol
A. indica – casca de frutos 43
22 Meliatetraona
A. indica – folhas 44
23 Meliacinina
A. indica – frutos 33, 45
24 Limbonina
A. indica – caroço de semente 08
25 Azadirachtol (20,22-desidroazadirachnol)
A. indica – frutos 08
26 Azadirachnol
A. indica – frutos 08
27 Diepoxiazadirol
A. indica – flores 46
28
1α,7α-diacetil-17α-20S-21,24-epoxi-apotirucall-14-
eno-3α,23R,24S-25-tetrol
A. indica – sementes 121
29 Limocina A
A. indica – sementes 08, 33
30 Limocina C
A. indica – frutos 47
31 23-Desmetil limocina B
A. indica - sementes 48
32 Limocina B
A. indica - sementes 08, 33, 48
33 Limocina D
A. indica 47
34 Limocinina
A. indica – casca de frutos 08
35 Meliacinolactol
A. indica – casca de frutos 47
36 22,23-Diidronimocinol
A. indica – folhas 33, 49
37 Isonimolicinolido
A. indica – frutos 08
38 Desoxiazadirachtolido
A. indica – folhas 08
39 Não nomeado
50
40 1-Senecioil-3-acetilvilasinina lactol
A. indica 08
41 1-Tigloil-3-acetilvilasinina lactol
A. indica 08
42 1-Cinnamoilvilasinina lactona
A. indica 08
43 Azadirachtolido
A. indica - folhas 08
44 1-Senecioil-3-acetilvilasinina lactona
A. indica - folhas 08, 50
45 3-Acetil-7-tigloilvilasinina lactona
A. indica – sementes 08, 24, 51
46 Salimuzzalina
A. indica – casca de frutos 43
47 Nimocinolido
A. indica – folhas 08, 52
48 23-O-Metil nimocinolido
A. indica – folhas 53
49 Azadironolido
A. indica – casca de frutos 54
50 O-Metilazadironolido
A. indica – flores 46
51 7-O-Desacetal-23-O-metil-7-O-senecioilnimocinolido
A. indica – folhas 53
52 Isoazadironolido
A. indica – casca de frutos 54
53 Isonimocinolido
A. indica – folhas 08, 52
54 Meliatetraolenono
A. indica – folhas 40
55 Nimbocinolido
A. indica – folhas 08
56 Isonimbocinolido
A. indica – folhas 08
57 Azadiradionolido
A. indica – casca de frutos 54, 55
58 Isonimolido
A. indica – brotos 08
59 Isonimbolido
A. indica – brotos 08
60 Limbocinina
A. indica – sementes 08
61 Limbocidina
A. indica – sementes 08
62
Desfurano-6α-hidroxiazadiradiono
A. indica – folhas 33, 49
63 Ácido Nimolicinoico
A. indica – frutos 08
64 Ácido Azadironico
A. indica – frutos 33, 45
Limonóides
65 Azadironol
A. indica – frutos 43
66 Azadirono
A. indica – óleo 08, 15,37,38,45,51, 55
67 Nimocina
A. indica – frutos 08
68
6α-O-Acetil-7-desacetilnimocinol
A. indica – folhas 14
69
Nimonol (6α-hidroxiazadirona)
A. indica – folhas 08, 56, 57, 58
70 7-Acetilneotrichilenono
A. indica – sementes 08, 29, 59, 60
71 Neeflono
A. indica – flores 08
72 Meldenindiol
A. indica – folhas 08
73 Meldenina
A. indica – óleo de semente 08, 29, 52, 60
74 Isomeldenina
A. indica – folhas 08, 56
75 Nimbocinol (7-desacetil-azadiradiono)
A. indica – sementes 08, 33, 61
76 7-Benzoilnimbocinol
A. indica – sementes 08, 29
77 Azadiradiono
A. indica – sementes, óleo 08, 15, 29, 33, 37, 39,
60- 66
78 Azadirachtanina
A. indica – folhas 08, 38, 120
79
17β-Hidroxinimbocinol
(7-Desacetil-17β-hidroxiazadiradiono)
A. indica – sementes 08, 60, 61
80
17β-Hidroxiazadiradiono
A. indica – óleo, frutos 08, 29, 60-62, 66, 67
81
1α,2α-Epoxi-17β-hidroxiazadiradiono
A. indica – óleo sementes 68
82 17-Epi-nimbocinol
A. indica – óleo 08
83 17-Epi-azadiradiono
A. indica – óleo, frutos 08, 29, 62, 66
84 Nimbinina (14-epoxiazadiradiono)
A. indica – óleo, sementes 08, 29, 33, 39, 60, 62-
64, 66, 69-72
85 7-Desacetil-7-benzoilnimbinina
A. indica – sementes 08
86
14,15β-Epoxinimonol
A. indica – folhas 57
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87
1α-Metoxi-1,2-diidronimbinina
A. indica – sementes 08, 29
88
1β,2β-Diepoxiazadiradiono
(1β,2β-Epoxinimbinina)
A. indica – óleo de semente 08, 29, 59, 60
89 Vepinina
A. indica – óleo de semente 08, 29
90
1,2-Diidro-4α,6α-A-homoazadirono
(4α-Hidroxi-A-homo-isomeldenina)
A. indica 08
91
4α,6α-Diidroxi-A-homo-azadirono
A. indica – folhas 08
92 Desoxigedunina
A. indica – casca dos frutos 33
93 Azadirinina
A. indica – casca raíz 08
94 7-Desacetilnimolicinol
A. indica – óleo de sementes 68
95 Nimolicinol
A. indica – óleo de sementes 08, 68
96 Mahmoodina
A. indica – óleo de sementes 04, 08
97
1α,2α-Epoxinimolicinol
A. indica – óleo de sementes 68
98 Desacetilgedunina
A. indica – óleo 08, 39, 62, 60, 66
99 Gedunina
A. indica – óleo, casca 04, 08,15, 29, 30, 33,
39, 62, 72, 60, 66
100 7-Desacetil-7-benzoilgedunina
A. indica – sementes 08, 29, 60
101
6β-Hidroxigedunina
A. indica – caroço da semente 74
102 Vilasinina
A. indica – folhas 08, 39, 60
103 1,3-Diacetilvilasinina
A. indica – óleo de sementes 08, 30, 33, 39, 48, 75
104 Trichilinina B (1-tigloil-3-acetilvilasinina)
A. indica – sementes 08, 39, 55, 76
105 1-Senecioil-3-acetilvilasinina
A. indica – folhas 08
106 Vilasinina triacetato
A. indica – óleo de sementes 08, 29
107 Nimbolina A (1,3-Diacetil-7-cinnamoilvilasinina)
A. indica 08, 29, 60
108 1-Acetil-7-tigloilvilasinina
A. indica – sementes 08
109
1,3-Diacetil-12α-acetoxi-vilasinina
A. indica – sementes 08
110
7-Tigloil-12α-acetoxi-vilasinina
A. indica – sementes 08
111
1-Tigloil-3-acetil-12α-acetoxi-vilasinina
A. indica – sementes 08
112
1,3-Diacetil-7-tigloil-12β-hidroxivilasinina
A. indica – sementes 08, 48
113 Não nomeado
A. indica 39
114 Não nomeado
A. indica 39
115 Não nomeado
A. indica 39
116 Nimbidinina (12-Oxovilasinina)
A. indica – caroço da semente 08, 29, 38, 60, 67
117 1-Acetil-7-tigloylnimbidinina
A. indica – sementes 08
118 Meliacinol
A. indica – folhas 14
119 Nimbina
A. indica - sementes, óleo,
folhas
02, 08, 29, 33, 37-39,
44, 58, 60-63, 66, 72,
77-82
120 6-Desacetilnimbina
A. indica sementes, óleo, brotos 02, 08, 39, 58, 60, 62,
63, 66, 72, 77, 79, 81,
83, 84
121 Nimbinal (Nimbanal)
A. indica – sementes 08
122 6-Desacetilnimbanal
A. indica – folhas 08
123 Nimbinol
A. indica - caroço de semente 08
124 4-Epinimbina
A. indica - óleo de semente 08, 39
125 Desacetil-2,3-Ácido diidronimbico
A. indica 08
126 Nimbinolido
A. indica – sementes 08, 80
127 6-Desacetilnimbinolido
A. indica – brotos 08, 83
128 Isonimbinolido
A. indica sementes, casca do
caule
08, 80
129 6-Desacetilnimbinolido
A. indica – brotos 08, 83
130 Nimbinolactono
80
131 Desfurano-desacetilnimbin-17-ono
A. indica – folhas 44
132 28-Desoxonimbolido
A. indica – folhas
A. excelsa - tronco
02, 08, 85
133 Nimbolido
A. indica – folhas
A. excelsa tronco, casca,
sementes
08, 29, 33, 39, 60, 71-
73, 85-87,
134 2,3Diidronimbolido
A. excelsa – tronco 86
135 Margosinolido
A. indica – brotos 08, 88
136 Isomargosinolido
A. indica – brotos 08, 88
137 Salannina
A. indica – sementes, óleo 02,08, 38, 39, 55, 58,
62, 63, 65, 72, 73, 76,
77, 79, 80-82, 84, 89,
90-99
138 3-Desacetylsalannina
A. indica – sementes, óleo, folhas 02, 08, 29, 39, 62, 66,
72, 73, 84, 92, 93, 97
139 Salannol
A. indica – óleo sementes 08, 39
140 Acetato Salanno
A. indica – sementes 08, 39
141 2’,3’-Dehidrosalannol
A. indica – folhas 08
142 Ohchinina
A. indica 08, 67, 94
143 3-Desoximetilnimbidato
A. excelsa – caule 86
144 Ácido Nimbidico
A. indica – caroço semente 08, 66
145 Salannimolido
A. indica – sementes, óleo 02, 08, 80, 99
146 Isoazadirolido
A. indica – folhas 08
147 Salanninolactono
80
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148 Melianol
A. indica – folhas 39, 41, 44
149 Salannolactamo
A. indica – sementes 08, 39
150 Salannolactamo-23
A. indica – sementes 08, 39
151 Nimbineno
A. indica óleo de semente,
folhas, casca
08, 29, 39, 67
152 6-Desacetilnimbineno
A. indica óleo de semente,
folhas, casca
08, 39, 67
153 Nimbandiol
A. indica - óleo, folhas 08, 29, 62, 66, 67
154 6-O-Acetilnimbandiol
A. indica - óleo de semente 08, 29, 67, 92
155
4α-Benzoilnimbandiol
A. indica 08
156 Ácido Pironimbico
A. indica 07
157 1,3-Diacetil-7-cinnamoil-nimbolinina (Nimbolina B)
A. indica madeira moída, casca
raiz
08, 29, 30, 60
158 1-Tigloil-3-acetil-7-cinnamoilnimbolinina (Nimbilina)
A. indica – casca raiz 08
159 1-Metacroil-3-acetil-cinnamoilnimbolinina(Nimbolicina)
A. indica – casca raiz 08
160 Ohchinolido B
A. indica – frutos 08, 29, 55, 60
161 21-Oxo-ohchinolido
A. indica 08
162 7Destigloil-7-senecioil-11desactilnimbolidina A
A. indica – folhas 08
163 7-Destigloil-7-metacroil-11-
desacetilnimbolidina A
A. indica – folhas 08
164 Azadirachtina A
A. indica – sementes, óleo
A. excelsa – sementes
02, 08, 24, 25, 29, 33,
37, 38, 48, 60, 63, 64,
67, 72, 77, 79, 80-82,
84, 87, 90-92, 100-113
165 11-Hidroxiazadirachtina B
A. indica – sementes 08, 48
166 3-Desacetilazadirachtina
A. indica – sementes 08
167 3-Desacetil-3-cinnamoilazadirachtina
A. indica – folhas 08, 25
168
1α-Destigloil-1α-benzoilazadirachtina
A. indica – sementes 08
169 2’,3-‘Diidrotigloil-azadirachtina
A. indica – sementes 08
170 1-Destigloil-1-1isobutiroilazadirachtina
A. indica – sementes 08
171 1-Destigloil-1-isocaproil-3-desacetil-3-
epoximetacroilazadirachtina
A. indica – sementes 08
172 Azadirachtina H
A. indica – sementes 08, 64, 100
173 11-Epi-azadirachtina H
A. indica – sementes 02, 08, 100, 109, 114
174 Azadirachtina M
A. indica – caroço de sementes 114
175 Vepaol
(22,23-Diidro-23β-metoxiazadirachtina)
A. indica – sementes 08, 25, 39
176 Isovepaol
A. indica 08
177 13,14-Desoxiazadirachtina A
A. indica – caroço de sementes 08, 115
178 Marrangina
A. excelsa –caroço de sementes 87
179 Azadirachtina K
A. indica – caroço de sementes 08
180 Não nomeado
A. excelsa –caroço de sementes 116
181 Desacetilazadirachtinol
A. indica – óleo 39, 92
182 Azadirachtol
A. indica – caroço de semente 117
183 Azadirachtina B
(3-Tigloilazadirachtol)
A. indica – sementes
A. excelsa - casca
02, 25, 39, 48, 63, 64,
82, 87, 90, 91, 118
184 2’,3-‘Diidrotigloilazadirachtol
A. indica – sementes 08
185 3-Isobutiroilazadirachtol
A. indica – sementes 08
186
3α-Acetoxi-1α-hidroxiazadirachtol
A. indica – sementes, folhas 08, 111
187 3-Desacetil-11-desoxiazadirachtina
A. indica – sementes 08, 24, 39
188 1-Tigloil-3-acetil-azadirachtol
A. excelsa – caroço de semente 87
189 Azadirachtina F
A. indica 08
190 Azadirachtina D
A. indica – sementes 02, 08, 64, 100
191 1-Destigloil-1-isovaleroilazadirachtina
A. indica – sementes 08
192 Azadirachtina I
A. indica – sementes 02, 08, 64
193 3-Tigloil-13,14-desepoxi-17-hidroxiazadirachtol
A. indica – sementes 08
194 11-Epi-azadirachtina D
A. indica – sementes 100
195 1,3-Diacetil-11,19-desoxo-11-oxo-melicarpina
A. indica – sementes, folhas 08, 107
196 11-Desmetoxi-carbonil-11-oxomeliacarpina
A. indica 08
197 1-Tigloil-3-acetilazadirachtinina
A. indica – sementes 02, 08, 48
198 1-Tigloil-3-acetil-11-metoxiazadirachtinina
A. indica – casca 08, 25, 38, 39, 96, 119
199 1-Tigloil-3-acetil-11-hidroximeliacarpinina
A. indica 08
200 Azadirachtina N
A. indica – caroço de semente 114
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.2 Gênero Melia
Os compostos do nero Melia foram agrupados por uma proposta
biogenética semelhante à proposta ao gênero Azadirachta seguindo o esquema
apresentado na Figura 2.6 (pg. 24).
2.3.2.1 Cicloartanos (1 – 3) e esteróides (4 – 10).
2.3.2.2 Grupo Protolimonóides: compõem este grupo os compostos
derivados do butirospemol.
HO
HO
H
OH
HH
O
O
H
1 β OH H
2
3
=O
=O
R
1
R
2
H
Me
HO
OH
O
4
HO
OH
O
5
O
OH
H
H
R
R
β OH
α OH
6
7
H
H
HO
HO
OH
O
H
R
O
OH
OH
OH
CH
2
OH
8 9
R
1
R
2
HO
HO
H
OH
HH
O
O
H
1 β OH H
2
3
=O
=O
R
1
R
2
H
Me
HO
OH
O
4
HO
OH
O
5
O
OH
H
H
R
R
β OH
α OH
6
7
H
H
HO
HO
OH
O
H
R
O
OH
OH
OH
CH
2
OH
8 9
R
1
R
2
10
HO
10
HO
OH
R
1
R
2
H
R
1
R
2
11
CH
3
=O
12
β OH13
COOMe
CH
3
=O
O
HO
OH
14
R
1
R
2
15 CH
3
OH
16 COOMe OH
17 COOMe O0H
OH
R
1
O
OH
R
18
CH
3
19
COOMe
OH
R
1
R
2
O
OH
R
1
R
2
H
R
1
R
2
11
CH
3
=O
12
β OH13
COOMe
CH
3
=O
O
HO
OH
14
R
1
R
2
15 CH
3
OH
16 COOMe OH
17 COOMe O0H
OH
R
1
O
OH
R
18
CH
3
19
COOMe
OH
R
1
R
2
O
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Protolimonóides derivados do butirospemol com anel lactônico de 5
membros fundido ao anel D.
Protolimonóides com anel de 5 ou 6 membros na cadeia lateral.
O
HO
Me(CH
2
)nCOO
O
O
HO
OH
H
OH
HO
32
n = 10, 12, 14 e 16
28
O
HO
O
HO
27
R
O
HO
O
30 β OH
R
31 H
2
7,8
O
O
O
H
H
HO
29
O
HO
Me(CH
2
)nCOO
O
O
HO
OH
H
OH
HO
32
n = 10, 12, 14 e 16
28
O
HO
O
HO
27
R
O
HO
O
30 β OH
R
31 H
2
7,8
O
O
O
H
H
HO
29
HO
O
OH
H
OH
H
33
OH
O
H
O
O
R
1
34
35
R
1
β H
α H
HO
O
OH
H
OH
H
33
OH
O
H
O
O
R
1
34
35
R
1
β H
α H
O
O
O
OH
R
20 H
2
21 β OH
R
1
R
2
O
O
R
1
R
2
22 β OH
β OH
23 α OH H
2
24
O
O
O
O
25
O
O
O
MeO
HO
26
O
O
O
R
D
O
O
O
OH
R
20 H
2
21 β OH
R
1
R
2
O
O
R
1
R
2
22 β OH
β OH
23 α OH H
2
24
O
O
O
O
25
O
O
O
MeO
HO
26
O
O
O
R
D
R
20 H
2
21 β OH
R
1
R
2
O
O
R
1
R
2
22 β OH
β OH
23 α OH H
2
24
O
O
O
O
25
O
O
O
MeO
HO
26
O
O
O
R
D
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.2.3 Grupo Apo-protolimonóides: grupo formado por
protolimonóides que sofreram um apo-rearranjo.
Apo-protolimonóides com a perda de 4 átomos de carbono na cadeia
lateral.
OHHO
O
MeO
OH
OH
38
37
OAc
O
HO
OH
H
OH
H
OAc
BzOOHHO
O
AcO
O
H
H
36
OHHO
O
MeO
OH
OH
38
37
OAc
O
HO
OH
H
OH
H
OAc
BzOOHHO
O
AcO
O
H
H
36
O
OH
OMe
BzO
OAc
OAc
H
O
BzO
OAc
OAc
H
O
OH
R
OH
H
BzO
OAc
OAc
39
R
H
40 OH
41 42
43
BzO
OAc
OAc
H
O
OH
OMe
O
OH
OH
BzO
OAc
OAc
O
OH
H
O
BzO
OAc
OAc
H
44 45
O
OH
OMe
BzO
OAc
OAc
H
O
BzO
OAc
OAc
H
O
OH
R
OH
H
BzO
OAc
OAc
39
R
H
40 OH
41 42
43
BzO
OAc
OAc
H
O
OH
OMe
O
OH
OH
BzO
OAc
OAc
O
OH
H
O
BzO
OAc
OAc
H
44 45
O
BzO
O
OAc
OH
O
46
OAcO
O
O
O
47
O
BzO
O
OAc
OH
O
46
OAcO
O
O
O
47
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.2.4 Grupo Meldenino: grupo de limonóides de esqueleto triterpeno
intacto.
2.3.2.5 Grupo Nimbolino: grupo constituído por limonóides
provavelmente derivados do Meldenino se diferenciando por apresentar ponte éter
entre C-28/C-6.
2.3.2.6 Grupo Gedunina: os limonóides deste grupo são
caracterizados por um anel D de 6 membros estendido por uma oxidação do tipo
Baeyer-Villiger.
48
OHO
OAc
O
O
R
2
O
O
O
OAc
R
1
OAcO
O
O
49 50
OH
O
O
O
OAc
51
O
HO
OH
OH
OR
O
O
OH
OH
O
HO
O
OH
OH
OH
Z =
52 H
2
Z
53
54
55
H
2
R
1
Glucuronic Acid
OH L-Rhamnose
R
2
D-GlucoseOAc
OAcO
O
O
48
OHO
OAc
O
O
R
2
O
O
O
OAc
R
1
OAcO
O
O
49 50
OH
O
O
O
OAc
51
O
HO
OH
OH
OR
O
O
OH
OH
O
HO
O
OH
OH
OH
Z =
52 H
2
Z
53
54
55
H
2
R
1
Glucuronic Acid
OH L-Rhamnose
R
2
D-GlucoseOAc
OAcO
O
O
OR
3
O
OR
1
R
2
O
O
56
57
58
59
60
61
62
Ac
R
1
Ac
Tig
Cin
Ac
Tig
R
2
Ac
Tig
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
R
3
H
H
H
H
H
Cin
Tig
Bz
63
64
65
Cin
Cin
R
1
Bz
R
2
H
Ac
H
OH
O
OR
1
R
2
O
O
OAc
OR
3
O
OR
1
R
2
O
O
56
57
58
59
60
61
62
Ac
R
1
Ac
Tig
Cin
Ac
Tig
R
2
Ac
Tig
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
R
3
H
H
H
H
H
Cin
Tig
Bz
63
64
65
Cin
Cin
R
1
Bz
R
2
H
Ac
H
OH
O
OR
1
R
2
O
O
OAc
OAc
O
O
O
O
O
66
O
O
O
O
O O
67
O
O
O
O
RO
OAc
O
OR
HO
HO
OH
68
R
O
OH
OH
OH
OR
CH
2
OH
69
70
D
OAcO
O
O
O
HO
OTig
O
O
OH
OAc
O
O
O
O
O
66
O
O
O
O
O O
67
O
O
O
O
RO
OAc
O
OR
HO
HO
OH
68
R
O
OH
OH
OH
OR
CH
2
OH
69
70
D
OAcO
O
O
O
HO
OTig
O
O
OH
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.2.7 Grupo B-seco: os compostos deste grupo, como o próprio
nome diz, contém um anel B-seco.
2.3.2.8 Grupo Azedarachina: grupo formado por limonóides tendo o
esqueleto triterpenico intacto, considerado como um grupo derivado do grupo
meldenino (48 – 55), porém, apresentando diversas oxidações.
2.3.2.9 Grupo Meliatoxina: as meliatoxinas se diferenciam das
azedarachinas por apresentarem o C-2 oxidado. As meliatoxinas são consideradas
tóxicas para os animais e para o homem [17].
R
1
OH
OH
AcO
O
O
O
R
2
O
H
O
R
1
OH
OH
AcO
O
O
R
2
O
H
O O
73
74
75
76
77
H
2
R
1
OH
OAc
OH
Ac
OH
R
2
H
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
78
79
OAc H
OAc
80 OAc
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
OH
OH
AcO
O
HO
H
O O
HO
O
81
82
83
84
85
86
OH
R
1
OH
OH
OH H
OAc
R
2
Me
H
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
87
OAc
OH
O
O
AcO
O
O
O
R
1
OH
OH
AcO
O
O
O
R
2
O
H
O
R
1
OH
OH
AcO
O
O
R
2
O
H
O O
73
74
75
76
77
H
2
R
1
OH
OAc
OH
Ac
OH
R
2
H
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
78
79
OAc H
OAc
80 OAc
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
OH
OH
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O
HO
H
O O
HO
O
81
82
83
84
85
86
OH
R
1
OH
OH
OH H
OAc
R
2
Me
H
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
87
OAc
OH
O
O
AcO
O
O
O
R
1
OH
OH
AcO
O
O
R
2
O
H
O O
73
74
75
76
77
H
2
R
1
OH
OAc
OH
Ac
OH
R
2
H
COCH(CH
3
)CH
2
CH
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COCH(CH
3
)
2
78
79
OAc H
OAc
80 OAc
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
OH
OH
AcO
O
HO
H
O O
HO
O
81
82
83
84
85
86
OH
R
1
OH
OH
OH H
OAc
R
2
Me
H
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
87
OAc
OH
O
O
AcO
O
O
O
OH
OH
R
2
O
O
R
3
O
H
O
O
R
1
O
O
88
89
90
91
92
Ac
Ac
R
1
H
H
Ac
Ac
Ac
H
R
2
Ac
Ac
R
3
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
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2
CH
3
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3
)CH
2
CH
3
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3
)
2
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
OH
OH
AcO
O
O
O
RO
H
O
AcO
93
94
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
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2
R
OH
OH
R
2
O
O
R
3
O
H
O
O
R
1
O
O
88
89
90
91
92
Ac
Ac
R
1
H
H
Ac
Ac
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H
R
2
Ac
Ac
R
3
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3
)
2
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
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3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
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2
COCH(CH
3
)CH
2
CH
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OH
OH
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O
O
O
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H
O
AcO
93
94
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3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
R
71
O
OR
HO
HO
OH
O
O
OH
OH
OH
R
O
O
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3
O
O
O
72
O
O
O
AcO
OR
OAc
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O
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71
O
OR
HO
HO
OH
O
O
OH
OH
OH
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O
O
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3
O
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O
72
O
O
O
AcO
OR
OAc
COOMe
O
71
O
OR
HO
HO
OH
O
O
OH
OH
OH
R
O
O
COOCH
3
O
O
O
72
O
O
O
AcO
OR
OAc
COOMe
O
B
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
2.3.2.10 Grupo C-seco: os compostos deste grupo apresentam um
anel C-seco sendo seu principal representante a salannina (108).
2.3.2.11 Grupo Nimbolinina: grupo de limonóides C-seco sem a ponte
éter entre C-7/C-15 o que possibilita uma adição nucleofílica em C-12 formando um
anel de 7 membros.
O
O
O
AcO
OAc
OAc
OH
OH
H
O
O
MeO
2
C
CHO
OTig
RO
OAc
106
107
H
R
Ac
O
O
O
R
2
MeO
2
C
OR
1
108
109
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R
1
OAc
R
2
OH
110
111
Cin
Cin
OH
OAc
Tig
O
O
O
AcO
OHC
OBz
112
O
O
MeO
2
C
O
OH
O
OTig
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113
114
C
O
O
O
AcO
OAc
OAc
OH
OH
H
O
O
MeO
2
C
CHO
OTig
RO
OAc
106
107
H
R
Ac
O
O
O
R
2
MeO
2
C
OR
1
108
109
Tig
R
1
OAc
R
2
OH
110
111
Cin
Cin
OH
OAc
Tig
O
O
O
AcO
OHC
OBz
112
O
O
MeO
2
C
O
OH
O
OTig
AcO
113
114
C
95
96
97
98
99
H
H
R
1
H
Ac
H
H
H
R
2
H
Ac
H
Ac
H
R
3
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H
Ac
H
Ac
R
4
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Ac
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3
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2
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3
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2
R
5
100
101
102
103
104
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
H
H
Ac
H
Ac
Ac
Ac
H
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
105 Ac Ac Ac Ac
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3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
OH
OR
2
R
4
O
O
R
5
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H
O
O
R
3
O
O
OR
1
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
28
29
30
95
96
97
98
99
H
H
R
1
H
Ac
H
H
H
R
2
H
Ac
H
Ac
H
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3
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H
Ac
H
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3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
R
5
100
101
102
103
104
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
H
H
Ac
H
Ac
Ac
Ac
H
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
105 Ac Ac Ac Ac
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
COCH(CH
3
)
2
OH
OR
2
R
4
O
O
R
5
O
H
O
O
R
3
O
O
OR
1
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
28
29
30
COCH(CH
3
)
2
124
125
126
127
R
1
Tig
Tig
Tig
Bz
H
R
2
Ac
Ac
115
116
117
118
119
H
R
1
H
H
H
Ac
R
2
H
Ac
120 H Tig
H
H
Ac
Bz
R
3
Tig
H
Cin
Bz
121 Me
Tig
122 Me Cin
H
H
123 Me H Bz
Tig
128
129
130
R
1
Ac
R
2
Ac
131
132
Tig
Tig
133
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
Ac
Bz
Tig
Tig
Tig
COCH(CH
3
)
2
AcO
O
AcO
MeO
2
C
OR
1
OR
2
O
134
O
AcO
OAc
OH
O
OTig
OH
O
135
COCH(CH
3
)
2
X
X =
O
O
AcO
OTig
OH
O
H
OAc
O
O
R
1
O
OAc
O
OR
2
O
O
O
AcO
OR
2
O
R
1
O
OR
3
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15 16
17
18
19
20
21
22
23
28
29
30
COCH(CH
3
)
2
124
125
126
127
R
1
Tig
Tig
Tig
Bz
H
R
2
Ac
Ac
115
116
117
118
119
H
R
1
H
H
H
Ac
R
2
H
Ac
120 H Tig
H
H
Ac
Bz
R
3
Tig
H
Cin
Bz
121 Me
Tig
122 Me Cin
H
H
123 Me H Bz
Tig
128
129
130
R
1
Ac
R
2
Ac
131
132
Tig
Tig
133
COCH(CH
3
)CH
2
CH
3
Ac
Bz
Tig
Tig
Tig
COCH(CH
3
)
2
AcO
O
AcO
MeO
2
C
OR
1
OR
2
O
134
O
AcO
OAc
OH
O
OTig
OH
O
135
COCH(CH
3
)
2
X
X =
O
O
AcO
OTig
OH
O
H
OAc
O
O
R
1
O
OAc
O
OR
2
O
O
O
AcO
OR
2
O
R
1
O
OR
3
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15 16
17
18
19
20
21
22
23
28
29
30
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2.3.2.12 Grupo Meliacarpina: forma este grupos limonóides C-seco
com variadas modificações no esqueleto triterpênico e diversos grupos funcionais se
diferenciando dos compostos do grupo azadirachtina do gênero Azadirachta (pg. 34)
principalmente por não possuírem o grupo carboximetila em C-29. Apesar de alguns
autores citarem a presença da azadirachtina A em Melia [15,16], neste levantamento
nenhum autor demonstrou o isolamento e a determinação estrutural da azadirachtina
quanto de compostos com esqueleto similares contendo o grupo carboximetila em
C-29 no gênero Melia, de maneira que não foi incluso na proposta de biogênese
para este gênero (Figura 2.6, pg. 24) o grupo azadirachtina.
2.3.2.13 Grupo Meliacarpina e Azadirachtinina: os compostos deste
grupo são meliacarpinas rearranjadas através da formação de uma ponte éter entre
C-7/C-13 pela abertura do epóxido C-13/C-14. Somente o composto 142 apresenta
o grupo carboximetila em C-29.
O
AcO
OTIg
MeOOC
O
OMe
MeOOC
O
O
HO
O
OH
H
142
143
144
145
146
147
148
149
R
1
R
2
OTig
OAc
OH
OCin
OCin
H
2
H
2
Ac
Tig
Tig
H
Ac
Tig
O
R
2
O
R
1
O
OMe
MeOOC
O
O
HO
O
OH
H
O
R
2
O
OR
1
O
OMe
MeOOC
O
O
HO
O
OAc
H
150
151
Tig Ac
Ac Tig
R
2
R
1
O
O
AcO
OTIg
MeOOC
O
OMe
MeOOC
O
O
HO
O
OH
H
142
143
144
145
146
147
148
149
R
1
R
2
OTig
OAc
OH
OCin
OCin
H
2
H
2
Ac
Tig
Tig
H
Ac
Tig
O
R
2
O
R
1
O
OMe
MeOOC
O
O
HO
O
OH
H
O
R
2
O
OR
1
O
OMe
MeOOC
O
O
HO
O
OAc
H
150
151
Tig Ac
Ac Tig
R
2
R
1
O
O
R
1
O OH
O
OH
MeOOC
CinO
O
O
O
H
OH
136
137
138
R
1
Ac
Cin
139 Fer
Methacrilila
140 H
O
O
O
OH
H
O
HO OH
OH
O
Me
CinO
141
29 29
O
R
1
O OH
O
OH
MeOOC
CinO
O
O
O
H
OH
136
137
138
R
1
Ac
Cin
139 Fer
Methacrilila
140 H
O
O
O
OH
H
O
HO OH
OH
O
Me
CinO
141
O
R
1
O OH
O
OH
MeOOC
CinO
O
O
O
H
OH
136
137
138
R
1
Ac
Cin
139 Fer
Methacrilila
140 H
O
O
O
OH
H
O
HO OH
OH
O
Me
CinO
141
29 29
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Tabela 2.2 Cicloartanos, esteróides, protolimonóides, apo-protolimonóides e
limonóides isolados do gênero Melia.
Nome comum e/ou IUPAC
Origem
Ref.
Cicloartanos/esteróides
01 Cicloeucalenol
M. azedarach 08, 30
02 Cicloeucalenono
M. azedarach 30
03 24-Metileno Cicloartanono
M. azedarach 30
04 Z-Volkendousina
M. volkensii – casca da raiz 117
05 E-Volkendousina
M. volkensii – casca da raiz 117
06 Toosendansterol A
M. toosendan – folhas 122
07 Toosendansterol B
M. toosendan – folhas 122
08 Toosendanosido
M. toosendan – folhas 123
09 Azedarachol
M. azedarach – casca da raíz 124
10
β-Sitosterol
M. azedarach – raiz 30, 34, 35
Protolimonóides
11 Kulonato (Metil Kulonato)
M. azedarach
M. volkensii – sementes
29, 125, 126
12 Kulinono
M. dubia – casca do galho 126
13 16-Hidroxibutirospermol
M. dubia – casca do galho 126
14 Kulinono
M. azedarach 29
15 Meliastatina 1
M. dubia – casca do galho 126
16 Meliastatina 2
M. dubia – casca do galho 126
17 Meliastatina 3
M. dubia – casca do galho 126
18 Meliastatina 4
M. dubia – casca do galho 126
19 Meliastatina 5
M. dubia – casca do galho 126
20 Kulactono
M. azedarach 08, 29, 41
21
6β-Hidroxi-Kulactono
M. azedarach – raíz
M. volkensii – sementes
41, 34, 97, 125
22 Cinamodiol
M. azedarach – sementes 29, 41,127
23 Kulolactono
M. azedarach 29, 41
24
12β-Hidroxi-Kulactono
M. volkensii – sementes 125
25 Sendanolactono
M. azedarach – raiz 29, 34, 41
26
2α-Hidroxi-3β-metoxi-6-oxo-13α,14β,17α-
lanosta-7,24-dien-21,16β-olido
M. azedarach – raiz 34
27 Melianol
41
28 Lipomelianol
n = 10 -O-stearoil
12 -O-palmitoil
14 -O-myristoil
16 -O-lauroil
M. toosendan – frutos 128
29 Melianono
M. azedarach – frutos 08, 29, 39, 59, 128
30 Melianol
M. azedarach 29
31 3-Desoximelianono
M. azedarach 29
32 Meliantriol
A. indica – folhas e óleo
M. azedarach
08, 29, 39
33 3-Episapelina A
M. volkensii – casca raiz 129
34 Dubiono A
M. dubia – casca do galho 126
35 Dubiono B
M. dubia – cascado galho 126
Apo-protoimonóides
36 21-O-Acetil-toosendantriol
M. toosendan – frutos 30, 130
37 Meliavolkenina
M. volkensii – casca raiz 131
38 21-O-Metiltoosendanpentol
M. toosendan – frutos 130
39 Melianina A
M. azedarach
M. composita
M. volkensii – casca da raiz
29, 30, 129, 132
40 Meliavolina
M. volkensii – casca da raiz 132
41 Meliavolkensina A
M. volkensii – casca da raiz 133
42 Meliavolkensina B
M. volkensii – casca da raiz 133
43 Meliavolena
M. volkensii – casca da raiz 129
44 Melianinono
M. volkensii – casca da raiz 129
45 Melianina B
M. volkensii – casca da raiz 29, 30, 75
46 Melianina C
M. volkensii – casca da raiz 75
47 Azadiradionolido
M. toosendan – casca da raiz 54, 55
Limonóides
48 Meldenina
M. azadirachta 08, 29, 52, 60
49 Azadiradiono
M. azedarach 08, 15, 29, 33, 37, 39,
60- 66
50 Acetiltrichilenono – Acetato Trichilenono
M. toosendan – casca da raíz 46, 55
51
6-Acetoxi-7α-hidroxi-3-oxo-14β,15β-
epoxymeliace-1,5-dieno
M. azedarach – raíz 39, 134
52 Azecina 3
M. azedarach – raiz 135
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53
6-Acetoxi-3α-hidroxi-7-oxo-14β,15β-
epoximeliac-1,5-dieno-3-O-D-
glucuranopiranoside
M. azedarach – raiz 39, 134
54
6-Acetoxi-11α-hidroxi-7-oxo-14β,15β-
epoximeliacin-1,5-dieno-3-O-α-L-
rhamnopiranosido
M. azedarach – sementes 136
55
6,11-Diacetoxi-7-oxo-14β,15β-epoximeliacin-
1,5-dieno-3-O-β-D-glucopiranosido
M. azedarach – sementes 137
56 1,3-Diacetilvilasinina
M. volkensii – casca da raiz 08, 30, 33, 39, 48, 75
57 Trichilinina C
M. toosendan – casca da raiz 39, 55, 76
58 Trichilinina B (1-tigloil-3-acetilvilasinina)
M. volkensii – casca da raiz 08, 39, 55, 76
59 Meliavolkinina
M. volkensii – casca da raiz 76
60 Meliavolkina
M. volkensii – casca da raiz 132
61 Nimbolina A
(1,3-Diacetil-7-cinnamoilvilasinina)
M. azedarach 08, 29, 60
62 1,7-Ditigloil-3-acetilvilasinina
M. composita - raiz 08, 99, 138
63 Trichilinina D
M. toosendan – frutos 55, 139, 140
64 1-O-Cinnamoiltrichilinina
M. volkensii – frutos
M. toosendan – frutos
139, 140
65 Trichilinina E
M. toosendan – frutos 55, 139, 140
66 Gedunina
M. azedarach 04, 08, 15, 29, 30, 33,
39, 62, 60, 66, 73
67 Oxogedinina (7-desacetil-7-oxogedunina)
M. azedarach – raiz 30, 59, 60, 141
68 Azecina 4
M. azedarach – raiz 135
69
7α-Acetoxi-14β,15β-epoxi-gedunan-1-eno-3-
O-β-D-glucopiranosido
M. azedarach – casca do caule 142
70 Não nomeado
Melia azedarach – frutos 143
71 Azecina 1
M. azedarach – raiz 135
72 Metil angolensato
M. azedarach – raiz 30, 58, 141
73 Azedarachina C
M. azedarach – casca raiz 95, 96, 144
74 12-hidroxiamoorastatina
(12-desacetil toosendanina)
M. azedarach e M. toosendan – casca do
caule, casca raiz, frutos
55, 59, 67, 95, 145-
148
75 Sendanina (29(S)-OAc)
M. azedarach 29, 59, 60, 95, 149
76 Azedarachina A
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan – casca do caule e da raiz
55, 95, 96, 144, 149,
150-152
77 Azedarachina B
M. azedarach
M. toosendan – casca do caule e da raiz
55, 148, 150
78 Toosendanina (28-deacetilsendanina/12-
acetoxiamoorastatina)
M. azedarach e M. toosendan casca do
caule e da raiz e frutos
M. dubia
29, 55, 95, 140, 145,
147, 148, 153-155
79 12-O-Acetilazedarachina A
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan – casca do caule e da raiz
55, 95, 96, 144, 148,
149
80 12-O-Acetilazedarachina B
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan – casca do caule e da raiz
95, 96, 144, 145, 149,
151, 152, 154
81 Meliartenina
M. azedarach – frutos 146
82 Neoazedarachina A
M. toosendan – casca da raiz 55, 150
83 Neoazedarachina D
M. toosendan – casca da raiz 55, 150
84 Neoazedarachina B
M. toosendan – casca da raiz 55, 150
85 12-Hidroxiamoorastatono
M. azedarach – casca do caule
M. toosendan – casca da raíz
55, 147, 150
86 12-Acetato-iso-chuanliansu
M. toosendan – casca da raíz 55, 150
87 Toosendanal
M. toosendan – frutos 140, 154
88 Meliatoxina A
2
M. azedarach – frutos, casca da raiz 95, 96, 149, 156, 157
89 Meliatoxina A
1
(Trichilina D)
M. azedarach – frutos, casca da raiz 95, 96, 146, 149, 156,
157
90 Trichilina J
M. azedarach – casca do caule
M. toosendan – casca do caule e da raiz
55, 95, 151, 152
91 Trichilina K
M. toosendan – casca do caule e da raiz 55, 95, 152
92 Trichilina L
M. toosendan – casca do caule e da raiz 55, 95, 152
93 Meliatoxina B
1
M. azedarach – frutos
M. toosendan – frutos
154, 157, 158
94 Meliatoxina B
2
M. azedarach – frutos 157
95 12-Desacetiltrichilina I
M. azedarach – casca da raiz 158
96 Trichilina B
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan – casca da raiz
95, 96, 146, 148, 149,
157
97 Aphanastatin
M. azedarach – casca da raiz 59, 95, 96, 146
98 3-Desacetiltrichilina H
M. azedarach – casca da raiz 158
99 Trichilina I
M. azedarach – casca do caule
M. toosendan – casca do caule e da raiz
55, 95, 151, 152
100 1-Acetil-3-desacetiltrichilina H
M. azedarach – casca da raiz 158
101 Trichilina H
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan casca da raiz e do caule,
frutos
55, 95, 96, 146, 149,
150, 158, 154
102 12-O-Acetil-trichilina B
M. azedarach – casca da raiz 95, 96, 146, 149
103 1-Acetil-2-desacetiltrichilina H
M. azedarach – casca da raiz 158
104 1-Acetiltrichilina H
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan – casca da raiz e do caule
55, 150, 151, 158,
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105 1,12-Di-O-acetiltrichilina B
M. azedarach – casca da raiz 95, 96, 146, 149, 158
106 Salannal
M. azedarach – casca da raiz 94, 97, 159
107 3-O-Acetilohchinolal
M. toosendan – casca da raiz 55, 94, 160
108 Salannina
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan
M. volkensii
M. dubia
02, 08,38, 39, 55, 58,
62, 63, 66, 72, 73, 76,
77, 80-82, 84, 89, 79,
90, 91, 93-99
109 3-Desacetilsalannina
M. azedarach – casca raiz 02, 08, 29, 39, 62, 66,
72, 73, 82, 84, 93, 97
110 Ohchinina
M. azedarach – frutos 08, 67, 94
111 Acetato Ohchinina
M. azedarach – frutos 29, 60, 93, 94
112 Ochinal
M. azedarach – frutos 79
113 Salannimolido
M. dubia – sementes 02, 08, 80, 88
114 Volkensinina
M. volkensinin – casca da raiz 161
115 1-Desacetilnimbolinina B
M. toosendan - frutos 55, 139, 140
116 1-Desacetilnimbolinina A
M. azedarach
M. toosendan – frutos
55, 139
117 Nimbolinina B
M. azedarach – frutos, casca raiz
M. toosendan - frutos
08, 29, 60, 96-98,
129, 139, 140
118 Nimbolinina A
M. toosendan – frutos 55, 140
119 1,3-Diacetil-7-cinnamoil-nimbolinina
(Nimbolina B)
M. azedarach 08, 29, 30, 60
120 Volkensina
M. volkensii – frutos 98
121 12-O-metilvolkensina
M. toosendan – frutos 140, 154
122 Nimbolinina C
M. toosendan – frutos 140
123 Nimbolinina D
M. toosendan – frutos 140
124 Azecina 2
M. azedarach – raíz 135
125 Ohchinolido B
A. indica – frutos
M. toosendan – frutos, casca da raiz
08, 29, 55, 60
126 Ohchinolido A
M. azedarach – frutos 08, 29, 60, 97
127 Ohchinolido C
M. toosendan – casca raiz 55, 98, 160
128 Nimbolidina B
M. azedarach – frutos, casca da raíz
M. toosendan – casca do caule e da raíz
08, 29, 55, 60, 76, 95,
97, 162
129 Nimbolidina A
M. azedarach – frutos 08, 29, 60
130 Nimbolidina C
M. toosendan – casca do caule e da raíz 95, 55, 76, 162
131 Nimbolidina D
M. toosendan – casca do caule e da raíz 95, 55, 148, 162
132 Nimbolidina E
M. toosendan – casca do caule e da raíz 95, 55, 76, 162
133 Nimbolidina F
M. toosendan – casca da raiz 55, 160
134 Melianolido
M. azedarach – casca da raiz 97
135 Spirosendana
M. toosendan – casca da raiz 55, 139, 163
136 1-Cinnamoil-3-acetil-11-hidroximeliacarpina
M. azedarach – folhas 164
137 1,3-Dicinnamoil-11-hidroximeliacarpina
M. azedarach – folhas 164
138 1-Cinnamoil-3-metacrilila-11-
hidroximeliacarpina
M. azedarach – folhas 164
139 1-Cinnamoil-3-feruloil-11-hidroximeliacarpina
M. azedarach – frutos 39, 107, 164
140 1-Cinnamoil-3,11-diidroximeliacarpina
Melia azedarach – fohas 215
141 1-Cinnamoil melianolono
M. azedarach – frutos 41
142 1-Tigloil-3-acetil-11-metoxiazadirachtinina
1-Tigloil-11-metoxi-3-acetilmeliacarpinina
M. azedarach casca do caule, frutos,
raiz
08, 16, 25, 38, 39, 96,
166
143 Meliacarpinina D
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan – casca da raiz
55, 96, 145, 148
144 Meliacarpinina C
M. azedarach – casca da raiz
M. toosendan – casca da raiz
55, 96, 145, 148, 159
145 Meliacarpinina E
M. azedarach – casca da raiz 159
146 1-Cinnamoil-3-hidroxi-11-
metoximeliacarpinina
M. azedarach – casca da raiz 167
147 Meliacarpinina A (1-Cinnamoil-3-acetil-11-
metoximeliacarpinina)
M. azedarach – casca da raiz e do caule
M. toosendan – casca da raiz
55, 95, 96, 148, 166,
167
148 Meliacarpinina B
M. azedarach – casca da raiz 16, 95, 96
149 1-Desoxi-3-3metacrilila-11-
metoximeliacarpinina
M. azedarach – casca da raiz 167
150 1-Tigloil-3,20-diacetil-11-
metoximeliacarpinina
M. azedarach – casca da raiz 167
151 3-Tigloil-1,20-diacetil-11-
metoximeliacarpinina
M. azedarach – casca da raiz 167
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2.4 Procedimentos Experimentais
2.4.1 Equipamentos
Moinhos:
q Mionho TECNAL TE-631
q Moinho de facas Willey
Estufas:
q Estufa de ar circulante
Evaporadores:
q Büchi modelo rotavapor R
q Evaporador rotativo TECNAL (T120)
q Liofilizador – E.C. Modulyo – Pump Savant VBLP 80
Espectrofotômetro de Infravermelho:
q Bomem – FT/IR
Espectrômetros de RMN:
q Brüker DRX 400MHz (9,4 Tesla) usando TMS como padrão interno
q Brüker DRX 00MHz (4,7 Tesla) usando TMS como padrão interno
Espectrômetros de Massas:
q GC/MS VG Platform II
q Micromass Quattro LC
Equipamentos de HPLC:
q Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência Reciclante Shimadzu LC-8A
equipado com válvula de injeção Rheodyne 7725i, alça de amostragem de
500 e 2000 µL, bomba Shumadzu LC-8A e detector de UV/Vis Shimadzu SPD
6AV
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q Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência Reciclante Shimadzu SCL-10Avp
equipado com válvula de injeção Rheodyne 7725i, alça de amostragem de
200, 500 e 2000 µL, bomba Shimadzu LC-6AD, e detector de UV-Vis
Shimadzu SPD-10Avvp e detector Índice de Refração Shimadzu RID-10A
2.4.2 Métodos Cromatográficos
No monitoramento do trabalho assim como no fracionamento dos
extratos e frações foram utilizados os seguintes métodos cromatográficos:
q Cromatofolha MERCK: Sílica gel F
254
20x20cm (CCDA)
q Cromatografia em coluna (CC): Sílica gel 70 – 230 µm
q Cromatografia em coluna tipo “flash”: Sílica gel 230 – 400 µm
q Cromatografia em coluna: Florisil
®
(Mg
2
SiO
3
)
q Cromatografia em coluna: celulose microcristalina
q Cromatografia em coluna: Sephadex-LH20
®
q Cromatografia em camada delgada preparativa: Sílica gel 60 GF
254
MERCK
(20X20 cm)
q Cromatografia líquida de Alta Eficiência – Preparativa
q Cromatografia líquida de Alta Eficiência – Semi-analítica
2.4.3 Reveladores
q Solução de vanilina
q mara de luz (λ = 254 nm e 365 nm)
2.4.4 Solventes
q Solventes comerciais destilados no DQ-UFSCar
q Solventes destilados grau P.A. e em grau HPLC Merck, Synth e J.T. Becker
q Solventes deuterados Acros e Fluka (CDCl
3
, Acetona e MeOD)
2.4.5 Material Botânico
Um enxerto completo desde raiz, tronco, galhos e folhas entre
Azadirachta indica e Melia azedarach foi coletada na Estação Experimental do
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Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), localizada no município de Xambrê-PR-Br,
no mês de abril de 2002.
2.4.6 Preparo dos Extratos
A planta logo após a coleta foi dividida em diversas partes,
empacotada e encaminhada para o Laboratório da Química de Produtos Naturais da
UFSCar. Os brotos terminais das folhas foram armazenados sob gelo para a análise
de óleo essencial. O enxerto foi dividido em folhas, galhos, troncos, enxerto, colo da
raiz, raízes laterais e ápice da raiz. Com exceção das folhas e do ápice da raiz, foi
retirada a casca das demais divisões da planta para estudo fitoquímico. Todas as
partes foram secas em estufa de ar circulante a 40 ºC por 10 dias, trituradas após
este período, em um moinho tipo Willey. Cada divisão e seus respectivos extratos
preparados encontram-se ilustrados na Tabela 2.3.
Tabela 2.3 – Divisão do enxerto e os extratos obtidos.
Órgão da Planta Código Descrição Extratos
Folhas F4 H, D, M, HM
Galhos menores (ramos
finos)
C3C
C3P
Casca
Cerne
H, D, M, HM
H, D, M, HM
Galhos maiores C2C
C2P
Casca
Cerne
M
M
Tronco C1C
C1P
Casca
Cerne
H, D, M, HM
H, D, M, HM
Tronco logo acima do enxerto CiC
CiP
Casca
Cerne
H, D, M, HM
H, D, M, HM
Parte superior do enxerto ECC
ECP
Casca
Cerne
M
M
Parte inferior do enxerto ERC
ERP
Casca
Cerne
M
M
Raiz logo abaixo do enxerto
(tronco)
RiC
RiP
Casca
Cerne
M
M
Parte superior do colo da raiz R1C
R1P
Casca
Cerne
M
M
Parte inferior do colo da raiz R2C
R2P
Casca
Cerne
H, D, M, HM
H, D, M, HM
Raízes laterais R3C
R3P
Casca
Cerne
H, D, M, HM
H, D, M, HM
Ápice da raiz R4 H, D, M, HM
H, extrato hexânico; D, extrato diclorometano; M, extrato metanólico, HM, extrato
hidrometanólico.
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Os extratos foram obtidos através da maceração do material moído em
solventes orgânicos, em ordem crescente de polaridade [Hexano (H), Diclorometano
(DCM), Metanol (MeOH) e Hidrometanólico (HM)]. Os extratos foram preparados
como mostra a Figura 2.7.
Figura 2.7 – Esquema de preparo dos extratos.
O material orgânico foi macerado por três dias em cada solvente por
três vezes seguidas, sendo os extratos concentrados em evaporador rotativo. Foi
obtido um total de 58 extratos. Além dos extratos do enxerto descritos, foram
preparados diversos extratos da semente de Azadirachta indica não enxertada
utilizados para o desenvolvimento da metodologia de quantificação de azadirachtina
A.
2.4.7 Fracionamento dos Extratos
2.4.7.1 Fracionamento dos Extratos das Folhas (F4)
Extrato Hexano e DCM:
Os extratos das folhas, foram preparados a partir de 2.296 g do
material seco e triturado. Os extratos hexânico (F4H) e diclorometano (F4D) após
serem preparados, foram comparados por CCD e agrupados visto que os mesmos
Material Vegetal
Percolação com
Solvente por 72 hrs
Filtração
Concentração
do solvente
Obtenção do
extrato
Torta
Material Vegetal
Percolação com
Solvente por 72 hrs
Filtração
Concentração
do solvente
Obtenção do
extrato
Torta
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apresentavam semelhantes manchas de retenção (R
f
). Destes extratos, após serem
agrupados (fornecendo o extrato F4HD), uma massa de 70 g foi submetida a uma
coluna filtrante, de diâmetro interno (φ) de 6 cm e 25 cm de altura (h), utilizando
sílica gel 70-230 µm, eluída com: hexano, DCM, AcOEt e MeOH, fornecendo 4
novas frações, F4HD-H, F4HD-D, F4HD-AE e F4DH-M respectivamente.
As frações F4HD-D e F4HD-AE foram submetidas a diversos
refracionamentos por CC e por HPLC como mostrado nas Figuras 2.8 e 2.9. Foi
coletado um volume de 35 mL para cada fração. A escolha da fração a ser
trabalhada era realizada por uma análise inicial por RMN e CCDA. Assim, os
espectros referentes às frações, apresentavam indícios se era ou não viável
prosseguir o refracionamento da fração. As frações foram agrupadas após
comparadas por CCDA.
Figura 2.8 Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4HD-D e de
suas frações.
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,8 cm, h = 30 cm
Hex/Acetona/MeOH (8:2:0,1)
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,6 cm, h = 25 cm
Hex/DCM/MeOH (6:4:0,5)
Sílica (230-400 µm)/Florisil
®
(1:1)
φ = 4,6 cm, h = 34 cm
Hex/AcOEt (9:1),(7:3),(1:1);
AcOEt; AcOEt/MeOH (1:1); MeOH
72 frações
F4HD-D
27- 30 31 - 32 33 - 35
36 - 38
46-61
12,9 g
627 mg
31-32/ 29
Sílica (230-400 µm)
φ = 1,8 cm, h = 15 cm
DCM;DCM/AcOEt (8:2);(6:4)
DCM/AcOEt/MeOH (5:4:1),(5:2:3);MeOH.
29,9 mg
HPLC-Preparativa
Coluna sílica Shimadzu
®
(250x25mm, 15 µm)
Hex/iso-PrOH (8:2)
V = 9 ml/min, λ=217 nm
6 frações
10 frações
310 mg
42 frações
33–35/110
73 mg
Sílica (230-400 µm)
φ = 2,2 cm, h = 20 cm
Hex/DCM/Acetona (6:3:1)
108 mg
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,6 cm, h = 19 cm
Hex/Acetona (7:3)
110 frações
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,8 cm, h = 24 cm
Hex/AcOEt (8:2),(7:3),
(6:4),(1:1); AcOEt;
AcOEt/MeOH (9:1);MeOH
204 mg
39-45
156 mg
57 frações
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,6 cm, h = 25 cm
Hex/DCM/MeOH (8:1,8:025)
36-38. 8
30 mg
Sílica (230-400 µm)
φ = 1,8 cm, h = 15 cm
DCM
16 frações
36-38/1-7 36-38/9-16
33–35/1-109
31-32/1-28
31-32/30-53
62-72
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,8 cm, h = 30 cm
Hex/Acetona/MeOH (8:2:0,1)
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,6 cm, h = 25 cm
Hex/DCM/MeOH (6:4:0,5)
Sílica (230-400 µm)/Florisil
®
(1:1)
φ = 4,6 cm, h = 34 cm
Hex/AcOEt (9:1),(7:3),(1:1);
AcOEt; AcOEt/MeOH (1:1); MeOH
72 frações
F4HD-D
27- 30 31 - 32 33 - 35
36 - 38
46-61
12,9 g
627 mg
31-32/ 29
Sílica (230-400 µm)
φ = 1,8 cm, h = 15 cm
DCM;DCM/AcOEt (8:2);(6:4)
DCM/AcOEt/MeOH (5:4:1),(5:2:3);MeOH.
29,9 mg
HPLC-Preparativa
Coluna sílica Shimadzu
®
(250x25mm, 15 µm)
Hex/iso-PrOH (8:2)
V = 9 ml/min, λ=217 nm
6 frações
10 frações
310 mg
42 frações
33–35/110
73 mg
Sílica (230-400 µm)
φ = 2,2 cm, h = 20 cm
Hex/DCM/Acetona (6:3:1)
108 mg
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,6 cm, h = 19 cm
Hex/Acetona (7:3)
110 frações
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,8 cm, h = 24 cm
Hex/AcOEt (8:2),(7:3),
(6:4),(1:1); AcOEt;
AcOEt/MeOH (9:1);MeOH
204 mg
39-45
156 mg
57 frações
Sílica (230-400 µm)
φ = 3,6 cm, h = 25 cm
Hex/DCM/MeOH (8:1,8:025)
36-38. 8
30 mg
Sílica (230-400 µm)
φ = 1,8 cm, h = 15 cm
DCM
16 frações
36-38/1-7 36-38/9-16
33–35/1-109
31-32/1-28
31-32/30-53
62-72
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Figura 2.9 Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4HD-AE e de
suas frações.
Nos sucessivos fracionamentos do extrato F4HD-D detectou-se a
presença de esteróides, ácidos graxos e o limonóide Nimbolido (substância 01).
Sílica (230-400 µm)
φ= 3,6 cm, h = 26 cm
Hex/Acetona (8:2)
Sílica (230-400 µm)
φ = 1,6 cm, h = 16 cm
Hex/Acetona/MeOH (8:2:0,1)
Sílica (230-400 µm)
φ= 4,6 cm, h = 34 cm
Hex/AcOEt (9:1),(7:3),(1:1);
AcOEt; AcOEt/MeOH (9:1); MeOH
F4HD-AE
6
9
12,0 g
507 mg
403 mg
HPLC-Preparativa
Coluna ODS Shimadzu
®
(250x22,5mm, 10 µm)
H
2
O:ACN:THF (6,5:3,5:2,5)
V = 5 ml/min.
6/1
6.2
6/3-7
315 mg
8 frações
1-5 7-8
Sílica (230-400 µm)/
Florisil
®
(1:1)
φ= 3,8 cm, h = 50 cm
Hex/Acetona (9:1),(7:3);
MeOH
6 frações
10-13
14
641 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm, h = 37 cm
MeOH
20 frações
15
812 mg
Sílica (230-400 µm)/
Florisil
®
(1:1)
φ = 3,6 cm, h = 24 cm
Hex/Acetona (9:1),(8:2),(1:1);
Acetona; MeOH
15/1-7
15/8
15/9-16
15/17
15/18-19
18-21
23 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm, h = 59 cm
DCM:MeOH (1:1)
6 frações
34,4 mg
Sephadex-LH20
®
φ = 1,8 cm, h = 59 cm
MeOH
11 frações
16
13 mg
Cristalizada
com AcOEt
Substância 01
11 mg
17
1,13 g
Sílica (230-400 µm)/
Florisil
®
(1:1)
φ= 3,0 cm, h = 16 cm
Hex/DCM/MeOH (3:3,8:0,2)
17/10
30 mg
17/6-9
7 frações
Sílica (230-400 µm)
φ = 1,8 cm, h = 15 cm
DCM/Acetona/MeOH (9,5:0,5:1)
17/1-4
17/5
20 mg
8 frações
Sílica (230-400 µm)
φ= 3,6 cm, h = 26 cm
Hex/Acetona (8:2)
Sílica (230-400 µm)
φ = 1,6 cm, h = 16 cm
Hex/Acetona/MeOH (8:2:0,1)
Sílica (230-400 µm)
φ= 4,6 cm, h = 34 cm
Hex/AcOEt (9:1),(7:3),(1:1);
AcOEt; AcOEt/MeOH (9:1); MeOH
F4HD-AE
6
9
12,0 g
507 mg
403 mg
HPLC-Preparativa
Coluna ODS Shimadzu
®
(250x22,5mm, 10 µm)
H
2
O:ACN:THF (6,5:3,5:2,5)
V = 5 ml/min.
6/1
6.2
6/3-7
315 mg
8 frações
1-5 7-8
Sílica (230-400 µm)/
Florisil
®
(1:1)
φ= 3,8 cm, h = 50 cm
Hex/Acetona (9:1),(7:3);
MeOH
6 frações
10-13
14
641 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm, h = 37 cm
MeOH
20 frações
15
812 mg
Sílica (230-400 µm)/
Florisil
®
(1:1)
φ = 3,6 cm, h = 24 cm
Hex/Acetona (9:1),(8:2),(1:1);
Acetona; MeOH
15/1-7
15/8
15/9-16
15/17
15/18-19
18-21
23 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm, h = 59 cm
DCM:MeOH (1:1)
6 frações
34,4 mg
Sephadex-LH20
®
φ = 1,8 cm, h = 59 cm
MeOH
11 frações
16
13 mg
Cristalizada
com AcOEt
Substância 01
11 mg
17
1,13 g
Sílica (230-400 µm)/
Florisil
®
(1:1)
φ= 3,0 cm, h = 16 cm
Hex/DCM/MeOH (3:3,8:0,2)
17/10
30 mg
17/6-9
7 frações
Sílica (230-400 µm)
φ = 1,8 cm, h = 15 cm
DCM/Acetona/MeOH (9,5:0,5:1)
17/1-4
17/5
20 mg
8 frações
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Extrato Metanólico:
O extrato metanólico das folhas (F4M, 182 g) foi submetido a um
fracionamento por Extração Líquido-Líquido fornecendo quatro novas frações: F4M-
D, F4M-AE, F4M-B E F4M-Aq conforme ilustrado na Figura 2.10. Uma vez concluída
a ELL, as frações F4M-D, F4M-AE, F4M-B foram submetidas à refracionamentos por
cromatografia em coluna. Estes refracionamentos podem ser observados nas
Figuras 2.11 e 2.12. No primeiro fracionamento do extrato F4M-D foi coletado um
volume de 250 mL. Nos refracionamentos seguintes, foram coletados um volume de
35 mL. Deste extrato foi isolado três limonóides, o 28-desoxonimbolido (substância
02), o 6-Desacetilnimbineno (substância 05) e o 6-Desacetilnimbina (substância 07).
Figura 2.10 – Extração Líquido-Líquido do extrato F4M.
Suspensão em MeOH:H
2
O (1:3)
Extração com DCM
Extração com AcOEt
Extração com n-BuOH
F4M
F4M-D
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
F4M-AE
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
F4M-Aq
(Fração aquosa)
F4M-B
Suspensão em MeOH:H
2
O (1:3)
Extração com DCM
Extração com AcOEt
Extração com n-BuOH
F4M
F4M-D
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
F4M-AE
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
F4M-Aq
(Fração aquosa)
F4M-B
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Figura 2.11 Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4M-D e de
suas frações.
lica gel (230-400 µm)
φ = 1,4 cm, h = 16 cm
DCM/AcOEt (8:2),(1:1);
DCM/AcOEt/MeOH (7,2:7,8:1);
MeOH
Sílica gel (230-400 µm)/
Florisil
®
(8:2)
φ = 2,0 cm, h = 10 cm
CF/ACN (9:1),(8:2),(7:3),(1:1);
ACN; ACN/MeOH (9,5:0,5),(9:1),
(8:2),(6:4); MeOH
Sílica (230-400 µm)
φ= 6,0 cm, h = 26 cm
Hex/Acetona/MeOH (9,75:0,25:0,06),(9,5:0,5:0,06),(9:1:0,06),
(9,2:0,8:0,06),(9:1:0,06),(8,5:1,5:0,06),(8:2:0,06),(1:1:0,06);
Acetona/MeOH (1:0,06),(9,5:0,5),(9:1),(1:1);MeOH
F4M-D
1-5 6-9
10
11 12-13 14 15-16 17-18 19-22
21,1 g
824 mg
(continua)
740 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 52 cm
MeOH
32 frações
674 mg
ODS
φ= 3,4 cm, h = 26 cm
H
2
O/MeOH (7:3),(1:1);
MeOH;
MeOH/ACN (9:1),(7:3);
ACN
11/1-4 11/6-12
11/5
Substância 02
16 mg
697 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 40 cm
MeOH
14/1-4
14/7-16
14/5
313 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 40 cm
MeOH
14/5/4-5
112 mg
14/5/1-3 14/5/6-9
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 1,4 cm, h = 21 cm
DCM/AcOEt (8:2),(1:1);
DCM/AcOEt/MeOH (7:7:1);
AcOEt/MeOH (8:2); MeOH
14/5/4-5/7-8
55 mg
14/5/4-5/
1-6
14/5/4-5/
9-13
lica (230-400 µm)
φ= 1,4 cm, h = 21 cm
Acetona/MeOH (9:1); MeOH
11 frações
14/6
107 mg
14/6/5-6
14/6/1-4 14/6/7-12
18 frações
25 mg
803 mg
Sephadex-LH20
®
φ = 3,0 cm
h = 62 cm
MeOH
23 frações
lica gel (230-400 µm)
φ = 1,4 cm, h = 16 cm
DCM/AcOEt (8:2),(1:1);
DCM/AcOEt/MeOH (7,2:7,8:1);
MeOH
Sílica gel (230-400 µm)/
Florisil
®
(8:2)
φ = 2,0 cm, h = 10 cm
CF/ACN (9:1),(8:2),(7:3),(1:1);
ACN; ACN/MeOH (9,5:0,5),(9:1),
(8:2),(6:4); MeOH
Sílica (230-400 µm)
φ= 6,0 cm, h = 26 cm
Hex/Acetona/MeOH (9,75:0,25:0,06),(9,5:0,5:0,06),(9:1:0,06),
(9,2:0,8:0,06),(9:1:0,06),(8,5:1,5:0,06),(8:2:0,06),(1:1:0,06);
Acetona/MeOH (1:0,06),(9,5:0,5),(9:1),(1:1);MeOH
F4M-D
1-5 6-9
10
11 12-13 14 15-16 17-18 19-22
21,1 g
824 mg
(continua)
740 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 52 cm
MeOH
32 frações
674 mg
ODS
φ= 3,4 cm, h = 26 cm
H
2
O/MeOH (7:3),(1:1);
MeOH;
MeOH/ACN (9:1),(7:3);
ACN
11/1-4 11/6-12
11/5
Substância 02
16 mg
697 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 40 cm
MeOH
14/1-4
14/7-16
14/5
313 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 40 cm
MeOH
14/5/4-5
112 mg
14/5/1-3 14/5/6-9
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 1,4 cm, h = 21 cm
DCM/AcOEt (8:2),(1:1);
DCM/AcOEt/MeOH (7:7:1);
AcOEt/MeOH (8:2); MeOH
14/5/4-5/7-8
55 mg
14/5/4-5/
1-6
14/5/4-5/
9-13
lica (230-400 µm)
φ= 1,4 cm, h = 21 cm
Acetona/MeOH (9:1); MeOH
11 frações
14/6
107 mg
14/6/5-6
14/6/1-4 14/6/7-12
18 frações
25 mg
803 mg
Sephadex-LH20
®
φ = 3,0 cm
h = 62 cm
MeOH
23 frações
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Figura 2.11b Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4M-D e de
suas frações - continuação.
CCDP
20x20 cm
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm, h = 62 cm
MeOH
6-9/6-9
341 mg
6-9/1-5
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 54 cm
MeOH
7 frações
6-9/10
130 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 54 cm
MeOH
6-9/10/1-2
6-9/10/4-5
6-9/10/3
40 mg
Sílica (230-400 µm)
φ= 1,0 cm, h = 34 cm
Hex/Acetona (9:1),(8:2),(7:3);
Hex/DCM/Acetona (5:4:1);
DCM/Acetona/MeOH (5:4,75:0,25);
Acetona/MeOH (9:1),(7:3); MeOH
6-9/10/3/1-5
6-9/10/3/6
Substância 7
14,5 mg
6-9/10/3/7-9 6-9/10/3/11-26
6-9/10/3/10
16 mg
Sílica (230-400 µm)
φ= 0,8 cm, h = 14 cm
ACN; ACN/MeOH (1:1)
MeOH
6 frações
6-9/11
71 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 58 cm
MeOH
6-9/11/1-6
6-9/11/7-8
6-9/11/9
6-9/11/10-11
12 frações
50 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 58 cm
MeOH
10 mg
9 frações
Sílica (230-400 µm)
φ= 1,8 cm, h = 58 cm
Hex/DCM (8:2),(7:3,(1:1);
Acetona;
Acetona/MeOH (9:1);
MeOH
6-9/12 6-9/17-18
6-9/19-226-9/13-16
37 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 56 cm
MeOH
6-9
824 mg
F4M-D (continuação)
6-9/12/6
17 mg
6-9/12/7-106-9/12/1-5
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 56 cm
MeOH
11 frações
1,14 g
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 56 cm
MeOH
6-9/17-18/11
6-9/17-18/15-17
Substância 7
7 mg
Substância 5
1,4 mg
60 mg
6-9/17-18/11/13 6-9/17-18/11/18
6-9/17-18/
11/1-12
6-9/17-18/
11/19-21
6-9/17-18/
11/14-17
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 45 cm
MeOH/Acetona (1:1)
148 mg
6-9/17-18/
18-30
12 frações
6-9/17-18/
15-17/7-11
51 mg
3 frações
CCDP
20x20 cm
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm, h = 62 cm
MeOH
6-9/6-9
341 mg
6-9/1-5
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 54 cm
MeOH
7 frações
6-9/10
130 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 54 cm
MeOH
6-9/10/1-2
6-9/10/4-5
6-9/10/3
40 mg
Sílica (230-400 µm)
φ= 1,0 cm, h = 34 cm
Hex/Acetona (9:1),(8:2),(7:3);
Hex/DCM/Acetona (5:4:1);
DCM/Acetona/MeOH (5:4,75:0,25);
Acetona/MeOH (9:1),(7:3); MeOH
6-9/10/3/1-5
6-9/10/3/6
Substância 7
14,5 mg
6-9/10/3/7-9 6-9/10/3/11-26
6-9/10/3/10
16 mg
Sílica (230-400 µm)
φ= 0,8 cm, h = 14 cm
ACN; ACN/MeOH (1:1)
MeOH
6 frações
6-9/11
71 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 58 cm
MeOH
6-9/11/1-6
6-9/11/7-8
6-9/11/9
6-9/11/10-11
12 frações
50 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 58 cm
MeOH
10 mg
9 frações
Sílica (230-400 µm)
φ= 1,8 cm, h = 58 cm
Hex/DCM (8:2),(7:3,(1:1);
Acetona;
Acetona/MeOH (9:1);
MeOH
6-9/12 6-9/17-18
6-9/19-226-9/13-16
37 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 56 cm
MeOH
6-9
824 mg
F4M-D (continuação)
6-9/12/6
17 mg
6-9/12/7-106-9/12/1-5
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 56 cm
MeOH
11 frações
1,14 g
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 56 cm
MeOH
6-9/17-18/11
6-9/17-18/15-17
Substância 7
7 mg
Substância 5
1,4 mg
60 mg
6-9/17-18/11/13 6-9/17-18/11/18
6-9/17-18/
11/1-12
6-9/17-18/
11/19-21
6-9/17-18/
11/14-17
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 45 cm
MeOH/Acetona (1:1)
148 mg
6-9/17-18/
18-30
12 frações
6-9/17-18/
15-17/7-11
51 mg
3 frações
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No refracionamento da fração F4M-AE foram isolados dois
flavonóides, a quercetina (substância 09) e a quercitrina (substância 10).
Figura 2.12 Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato F4M-AE e F4M-
B e de suas frações.
2.4.7.2 Fracionamento do Extrato dos Galhos Descascados do Enxerto (C2P)
Para o preparo do extrato C2P, utilizou-se uma massa de 1.335 g dos
galhos descascados e triturados. Foi preparado apenas o extrato metanólico,
macerando o material por nove dias sendo o solvente substituído a cada 72 horas.
Cada solvente retirado foi concentrado em rota-evaporador. Foram obtidos 31 g de
Celulose D Microcristalina
φ= 4,6 cm, h = 20 cm
Hex/DCM (9:1),(7,5:2,5),(6:4),(1:1);
DCM; DCM/MeOH (9,5:0,5),(8:2),(6,5:3,5),(1:1),
MeOH
F4M
Partição líquido-líquido
F4M-AE
F4M-B
4,9 g
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 58 cm
MeOH
230 mg
16 frações
1-9
10-11
12-18
120 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 58 cm
MeOH
1-7
8 9
10 11
Substância 09
18 mg
26 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 47 cm
MeOH
18 frações
14,5 mg
HPLC-Preparativo
Coluna Polimérica
φ= 2,5 cm, h = 50 cm
MeOH,
V= 1mL/min.;λ=217 nm.
1-5 6 7-8
Substância 10
4,3 mg
Celulose D Microcristalina
φ= 4,6 cm, h = 20 cm
Hex/DCM (9:1),(7,5:2,5),(6:4),(1:1);
DCM; DCM/MeOH (9,5:0,5),(8:2),(6,5:3,5),(1:1),
MeOH
F4M
Partição líquido-líquido
F4M-AE
F4M-B
4,9 g
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 58 cm
MeOH
230 mg
16 frações
1-9
10-11
12-18
120 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 58 cm
MeOH
1-7
8 9
10 11
Substância 09
18 mg
26 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 1,8 cm
h = 47 cm
MeOH
18 frações
14,5 mg
HPLC-Preparativo
Coluna Polimérica
φ= 2,5 cm, h = 50 cm
MeOH,
V= 1mL/min.;λ=217 nm.
1-5 6 7-8
Substância 10
4,3 mg
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extrato, sendo, em seguida, particionado em uma extração líquido-líquido, Figura
2.13. Com a extração, foram obtidas 5 frações: C2P-H (hexano), C2P-D
(diclorometano), C2P-AE (acetato de etila), C2P-B (butanol) e C2P-Aq (fração
aquosa). O Extrato C2P-D foi submetido a refracionamento por cromatografia em
coluna conforme ilustrado na Figura 2.14. Foi coletado um volume de 35 mL para
cada fração. Nesse extrato foram isolados três limonóides, sendo eles: 28-
deoxonimbolido (substância 02), Salannina (substância 03) e o 6-O-Acetilnimbandiol
(substância 04).
Figura 2.13 – Esquema de extração líquido-líquido do extrato C2P.
Suspensão em MeOH:H
2
O (1:3)
Extração com Hexano
Extração com AcOEt
Extração com n-BuOH
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
Extração com DCM
C2P-H
C2P-D
C2P-AE
C2P-B
C2P-Aq
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
C2P
C2P
Suspensão em MeOH:H
2
O (1:3)
Extração com Hexano
Extração com AcOEt
Extração com n-BuOH
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
Extração com DCM
C2P-H
C2P-D
C2P-AE
C2P-B
C2P-Aq
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
FRAÇÃO
HIDROALCOÓLICA
C2P
C2P
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Figura 2.14 Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato C2P e de suas
frações.
2.4.7.3 Fracionamento do Extrato do Cerne da Raiz
Os extratos R2Ps foram preparados pela maceração de 1.180 g de
material seco e triturado em ordem crescente de polaridade obtendo quatro frões:
R2P-H (hexano), R2P-D (diclorometano), R2P-M (metanol) e R2P-HM
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 1,0 cm, h = 15 cm
DCM/Acetona/MeOH (9:1:0,2),
(7:3:0,2)(7:3:1);
Acetona/MeOH (9:1),(8:2);
MeOH
lica gel (230-400 µm)
φ = 5,0 cm, h = 26 cm
DCM/AcOEt (9:1),(8:2);
DCM/AcOEt/MeOH (7:3:0,2),(6:4:0,5),(5:5:2);
AcOEt/MeOH (8:2),(7:3); MeOH
C2P
C2P
6,8 g
1-3
4-5 6-10
11 12-17 18-99
4-5/7-94-5/4
10 frações
9 frações
64 mg
Sephadex-LH20
®
φ = 1,8 cm
h = 44 cm
MeOH
4-5/104-5/6-74-5/1-3
9 mg 18 mg
lica gel (230-400 µm)
φ= 1,0 cm, h = 30 cm
DCM/MeOH (500:6),
DCM/Acetona/MeOH (3:1:0,2),
(3:3:0,5),(1:1:1); MeOH
284 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 50 cm
MeOH
6-10/6-9
6-10/10-18
6-10/1-5
70 mg
Celulose D Microcristalina
φ = 1,8 cm, h = 28 cm
Hex; Hex/DCM (9:1),(8:2),
(7:3),(1:1);DCM; DCM/MeOH
(9:1),(8:2),(1:1); MeOH
13 frações
361 mg
12-17/1-5
12-17/6-9
12-17/11-13
12-17/10 12-17/14-20
170 mg
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 1,8 cm
h = 48 cm
DCM/Acetona (9:1)
DCM/Acetona/MeOH
(8:2:0,5),(7:3:0,5),(1:1:0,5);
Acetona/MeOH(9,5:0,5),(8:2)
MeOH
12-17/6-9/2
85 mg
12-17/6-9/
1
12-17/6-9/
3-12
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 2,0 cm
h = 12 cm
DCM; DCM/Acetona
(9:1),(7:3);
DCM/Acetona/MeOH
(7:3:2);
MeOH
12-17/6-9/2/8
23 mg
1 2-6 7 8-10 11 12-19
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x6 mm, 10 µm)
H
2
O:ACN (6,5:3,5)
V = 4 mL/min; λ = 217 e 254 nm
Substância 03
7 mg
Substância 04
4,5 mg
Substância 02
2,1 mg
53 mg
28 frações
Celulose D Microcristalina
φ = 2,4 cm, h = 12 cm
Hex; Hex/DCM (9:1),(8:2),
(7:3),(1:1);DCM; DCM/Acet.
(9:1),(7:3),(1:1); Acetona;
Acetona/ MeOH; MeOH
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 1,0 cm, h = 15 cm
DCM/Acetona/MeOH (9:1:0,2),
(7:3:0,2)(7:3:1);
Acetona/MeOH (9:1),(8:2);
MeOH
lica gel (230-400 µm)
φ = 5,0 cm, h = 26 cm
DCM/AcOEt (9:1),(8:2);
DCM/AcOEt/MeOH (7:3:0,2),(6:4:0,5),(5:5:2);
AcOEt/MeOH (8:2),(7:3); MeOH
C2P
C2P
6,8 g
1-3
4-5 6-10
11 12-17 18-99
4-5/7-94-5/4
10 frações
9 frações
64 mg
Sephadex-LH20
®
φ = 1,8 cm
h = 44 cm
MeOH
4-5/104-5/6-74-5/1-3
9 mg 18 mg
lica gel (230-400 µm)
φ= 1,0 cm, h = 30 cm
DCM/MeOH (500:6),
DCM/Acetona/MeOH (3:1:0,2),
(3:3:0,5),(1:1:1); MeOH
284 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 3,0 cm
h = 50 cm
MeOH
6-10/6-9
6-10/10-18
6-10/1-5
70 mg
Celulose D Microcristalina
φ = 1,8 cm, h = 28 cm
Hex; Hex/DCM (9:1),(8:2),
(7:3),(1:1);DCM; DCM/MeOH
(9:1),(8:2),(1:1); MeOH
13 frações
361 mg
12-17/1-5
12-17/6-9
12-17/11-13
12-17/10 12-17/14-20
170 mg
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 1,8 cm
h = 48 cm
DCM/Acetona (9:1)
DCM/Acetona/MeOH
(8:2:0,5),(7:3:0,5),(1:1:0,5);
Acetona/MeOH(9,5:0,5),(8:2)
MeOH
12-17/6-9/2
85 mg
12-17/6-9/
1
12-17/6-9/
3-12
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 2,0 cm
h = 12 cm
DCM; DCM/Acetona
(9:1),(7:3);
DCM/Acetona/MeOH
(7:3:2);
MeOH
12-17/6-9/2/8
23 mg
1 2-6 7 8-10 11 12-19
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x6 mm, 10 µm)
H
2
O:ACN (6,5:3,5)
V = 4 mL/min; λ = 217 e 254 nm
Substância 03
7 mg
Substância 04
4,5 mg
Substância 02
2,1 mg
53 mg
28 frações
Celulose D Microcristalina
φ = 2,4 cm, h = 12 cm
Hex; Hex/DCM (9:1),(8:2),
(7:3),(1:1);DCM; DCM/Acet.
(9:1),(7:3),(1:1); Acetona;
Acetona/ MeOH; MeOH
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R2P
R2P
Cerne da Raíz
Preparo dos
extratos
R2P-H R2P-D
4,16 g
15,7 g
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 5,0 cm, h = 19 cm
Hex; Hex/DCM (9,5:0,5),
(8,5:1,5); Hex/Acetona (8:2),
(7,5:2,5),(6,5:3,5); Acetona;
Acetona/MeOH (9:1),(7:3);
MeOH
24 frações
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 5,0 cm, h = 18 cm
Hex/DCM (9:1),(7:3);(1:1);
DCM; DCM/Acetona (9,5:0,5),
(8,5:1,5),(7:3),(1:1); Acetona;
Acetona/MeOH (9:1),(7:3);
MeOH
1-5 6-7
8-21
21 mg
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x6 mm, 10 µm)
H
2
O:ACN (6,5:3,5)
V = 4 mL/min; λ = 217 e 254 nm
1-13 14
15-21
Substância 06
6,1 mg
R2P
R2P
Cerne da Raíz
Preparo dos
extratos
R2P-H R2P-D
4,16 g
15,7 g
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 5,0 cm, h = 19 cm
Hex; Hex/DCM (9,5:0,5),
(8,5:1,5); Hex/Acetona (8:2),
(7,5:2,5),(6,5:3,5); Acetona;
Acetona/MeOH (9:1),(7:3);
MeOH
24 frações
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 5,0 cm, h = 18 cm
Hex/DCM (9:1),(7:3);(1:1);
DCM; DCM/Acetona (9,5:0,5),
(8,5:1,5),(7:3),(1:1); Acetona;
Acetona/MeOH (9:1),(7:3);
MeOH
1-5 6-7
8-21
21 mg
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x6 mm, 10 µm)
H
2
O:ACN (6,5:3,5)
V = 4 mL/min; λ = 217 e 254 nm
1-13 14
15-21
Substância 06
6,1 mg
(hidrometanólico). Iniciou-se o refracionamento dos extratos R2P-H e R2P-D
isolando do extrato de diclorometano o limonóide Nimbolina A (substância 06). Foi
coletado um volume de 35 mL no fracionamento dos extratos R2P-H e R2P-D. No
fracionamento do extrato R2P-D foi coletado um volume de 250 mL para cada
fração. Estes refracionamentos podem ser observados na Figura 2.15.
Figura 2.15 Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato R2P e de suas
frações.
2.4.8 Fracionamento do Extrato Etanólico das Sementes do Nim - Brejinho do
Nazaré-TO.
Um lote de 250 g de sementes do Nim cultivado em Brejinho do
Nazaré-TO, foi previamente macerado em hexano para a remoção dos compostos
mais apolares. Em seguida, elas foram maceradas em etanol. A cada período de 12
horas o álcool foi substituído por um novo volume. Todo o etanol usado na extração
foi seco em rota-evaporador dando origem ao extrato etanólico. Este extrato foi
submetido a extração líquido-quido através de uma partição entre éter de petróleo,
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metanol e água [900(3X300):190:10 mL]. A fração hidroalcóolica, foi novamente
particionada com acetato de etila. A fração de acetato de etila foi seca e submetida a
separação de seus compostos por Cromatografia em Coluna de Baixa Pressão. Um
esquema geral de extração e fracionamento pode ser observado na Figura 2.16.
Destas sementes foram isolados dois limonóides usados como padrão, a
azadirachtina A e a B, substâncias 08 e 11 respectivamente.
Figura 2.16 – Esquema de extração e isolamento dos padrões de Azadirachtina.
Sementes Moídas
Sementes Moídas
Nim
Nim
950 g
Preparo dos Extratos:
Maceração com hexano: 1 L de hexano agitado por 10 min e deixado em repouso por 1 h.
Substituição e concentração do solvente. Procedimento repetido por 4 vezes.
Ext. Hex
Torta
Maceração com etanol: 1 L de etanol deixado em repouso por 12 hs.
Substituição e concentração do solvente. Procedimento repetido por 5 vezes.
Torta Ext. EtOH
Extração Líquido-Líquido:
Suspensão em MeOH (aq) 95 %
Extração com Éter de petróleo
Fração
Éter de Petróleo
Fração
Hidroalcoolica
Fração
Hidroalcoólica
Fração
AcOEt
Extração com AcOEt
Fração
AcOEt
Sílica (60-230 µm)
φ= 5,2 cm, h = 26 cm
Hex/AcOEt (3:1); AcOEt;
AcOEt/MeOH (9,5:0,5),(8:2),(1:1);
MeOH
28 g
1-3 4-9 10-21
7,1 g
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 3,6 cm, h = 30 cm
CF:ACN (3:1),(1:1); ACN;
ACN/MeOH (9:1),(8:2),(1:1);
MeOH
4-9/1-4 4-9/5-11 4-9/12-20
4,5 g
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 2,4 cm, h = 120 cm
CF:ACN (9,5:0,5),(9:1),(8,5:1,5),(8:2),
(7,75:2,25),(7:3),(1:1); ACN;
ACN/MeOH (9:1),(8:2),(1:1);
MeOH
4-9/5-11/
1-14
4-9/5-11/
15
4-9/5-11/
16-25
4-9/5-11/
25-26
4-9/5-11/
27-69
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x7 mm, 10 µm)
H
2
O:MeOH:ACN:THF
(6,5:2:1,5:5)
V = 1,8 mL/min;
λ= 217 e 254 nm
(5 injeções de 12 mg)
60 mg
Substância 11
22 mg
HPLC-preparativo
Coluna Phenomenex
®
ODS
(250x22,5 mm, 10 µm)
ACN:H
2
O (3,5:6,5)
V = 16,3 mL/min;
λ= 217 e 254 nm
121 mg
Substância 08
30,6 mg
Sementes Moídas
Sementes Moídas
Nim
Nim
950 g
Preparo dos Extratos:
Maceração com hexano: 1 L de hexano agitado por 10 min e deixado em repouso por 1 h.
Substituição e concentração do solvente. Procedimento repetido por 4 vezes.
Ext. Hex
Torta
Maceração com etanol: 1 L de etanol deixado em repouso por 12 hs.
Substituição e concentração do solvente. Procedimento repetido por 5 vezes.
Torta Ext. EtOH
Extração Líquido-Líquido:
Suspensão em MeOH (aq) 95 %
Extração com Éter de petróleo
Fração
Éter de Petróleo
Fração
Hidroalcoolica
Fração
Hidroalcoólica
Fração
AcOEt
Extração com AcOEt
Fração
AcOEt
Sílica (60-230 µm)
φ= 5,2 cm, h = 26 cm
Hex/AcOEt (3:1); AcOEt;
AcOEt/MeOH (9,5:0,5),(8:2),(1:1);
MeOH
28 g
1-3 4-9 10-21
7,1 g
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 3,6 cm, h = 30 cm
CF:ACN (3:1),(1:1); ACN;
ACN/MeOH (9:1),(8:2),(1:1);
MeOH
4-9/1-4 4-9/5-11 4-9/12-20
4,5 g
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 2,4 cm, h = 120 cm
CF:ACN (9,5:0,5),(9:1),(8,5:1,5),(8:2),
(7,75:2,25),(7:3),(1:1); ACN;
ACN/MeOH (9:1),(8:2),(1:1);
MeOH
4-9/5-11/
1-14
4-9/5-11/
15
4-9/5-11/
16-25
4-9/5-11/
25-26
4-9/5-11/
27-69
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x7 mm, 10 µm)
H
2
O:MeOH:ACN:THF
(6,5:2:1,5:5)
V = 1,8 mL/min;
λ= 217 e 254 nm
(5 injeções de 12 mg)
60 mg
Substância 11
22 mg
HPLC-preparativo
Coluna Phenomenex
®
ODS
(250x22,5 mm, 10 µm)
ACN:H
2
O (3,5:6,5)
V = 16,3 mL/min;
λ= 217 e 254 nm
121 mg
Substância 08
30,6 mg
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2.4.9 Extração de Padrões da Semente do Nim – Catanduva-SP.
Devido a necessidade de uma maior quantidade de padrão de
azadirachtina A para o desenvolvimento dos métodos de quantificação, foi
preparado um nova extrato metanólico a partir das sementes de Nim da região de
Catanduva-SP. Foram utilizados 800 g de sementes congeladas em nitrogênio
quido e moídas. Esta semente foi macerada em metanol obtendo 52 g de extrato.
Foi usado 25 g desse extrato sendo fracionando através do uso das cnicas de CC
e HPLC onde foi novamente isolado a azadirachtina A e o Nimbandiol (substância
12). Este fracionamento encontra-se descrito na Figura 2.17.
Figura 2.17 Esquema do fracionamento cromatográfico do extrato metanólico das
sementes do Nim, Catanduva-SP.
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 5,0 cm, h = 32 cm
CF; CF:ACN (9,5:0,5),(9:1),(8:2),
(7:3),(1:1); ACN;
ACN/MeOH (9,5:0,5),(9:1),(8:2);
MeOH
Extrato MeOH
Extrato MeOH
25 g
22
1-21
22-54
704 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 4,0 cm
h = 115 cm
MeOH
22/6
23 mg
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x6 mm, 10 µm)
H
2
O:MeOH:ACN:THF
(6,4:2:1,5:0,1)
V = 1,8 mL/min;
λ= 217 e 254 nm
65 mg
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x6 mm, 10 µm)
H
2
O:MeOH:ACN:THF
(6,1:3,4:4:1)
V = 1,8 mL/min;
λ= 217 e 254 nm
(5 injeções)
Substância 12
8 mg
Substância 08
47 mg
Sílica gel (230-400 µm)
φ= 5,0 cm, h = 32 cm
CF; CF:ACN (9,5:0,5),(9:1),(8:2),
(7:3),(1:1); ACN;
ACN/MeOH (9,5:0,5),(9:1),(8:2);
MeOH
Extrato MeOH
Extrato MeOH
25 g
22
1-21
22-54
704 mg
Sephadex-LH20
®
φ= 4,0 cm
h = 115 cm
MeOH
22/6
23 mg
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x6 mm, 10 µm)
H
2
O:MeOH:ACN:THF
(6,4:2:1,5:0,1)
V = 1,8 mL/min;
λ= 217 e 254 nm
65 mg
HPLC-semi-preparativo
Coluna Phenomenex
®
fenil-hexil (250x6 mm, 10 µm)
H
2
O:MeOH:ACN:THF
(6,1:3,4:4:1)
V = 1,8 mL/min;
λ= 217 e 254 nm
(5 injeções)
Substância 12
8 mg
Substância 08
47 mg
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2.4.10 Extração do Óleo Essencial
A extração dos compostos voláteis das folhas desta planta, foi
realizada por arraste a vapor d’água, utilizando um aparelho tipo Clevenger
modificado (Figura 2.18) acoplado a um balão de duas bocas de dois litros aquecido
com uma manta à 100 ºC. Adicionou-se água ao balão até o nível da manta e
preencheu-se com água o tubo de retorno ao balão.
As folhas frescas e previamente moídas (200 g) foram adicionadas ao
balão e iniciou-se o aquecimento do sistema de extração. O sistema foi mantido em
refluxo por duas horas, controlando-se a temperatura em 100ºC. Após o término da
extração, adicionou-se uma pequena quantidade de éter etílico no extrator para a
coleta do óleo essencial. Devido à pequena quantidade de óleo obtido e da adição
do éter etílico não foi possível determinar o rendimento da extração.
Figura 2.18 – Aparelho de extração do tipo Clevenger modificado.
A análise do óleo essencial foi realizada por Cromatografia Gasosa
acoplada a um espectrômetro de massa (GC/MS), aparelho Shimadzu QP 5000. As
condições de análise utilizadas foram:
Temperatura do injetor: 225ºC
Temperatura do detector: 250ºC
Coluna: DB-5 (30m x 0,25mm x 0,25µm)
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Programação de temperatura: 60ºC (2min), C/min, 240ºC, 10ºC/min, 280ºC
Velocidade linear: 46,4
Pressão da cabeça da coluna: 100,0 kPa
Fluxo de gás: 1,6 ml/min (à 60ºC)
Tempo entre as varreduras (scans/s): 0,50
Intervalo de massas: 40,5 a 500 uma.
O óleo essencial puro foi injetado primeiramente e em seguida foi
injetado com uma mistura de padrões de hidrocarbonetos. Esta mistura de padrões
previamente preparados com n-alcanos foi de: C9/C10/C12/C14/C16/C18/C20 e
C22.
2.4.11 Análise da Azadirachtina A nas Diferentes Partes do Enxerto
A coleta do material para a análise da presença ou não da
azadirachtina A nas diversas partes do enxerto foi realizada em abril de 2005 na
Estação Experimental do IAPAR em Xambrê-PR. Foram coletados folhas, flores,
galhos e sementes em diversos estágios de maturação. Este material foi pesado e
submetido ao preparo de extratos. A massa de cada parte da planta usada para o
preparo dos extratos encontra-se ilustrada na Tabela 2.4. Os extratos foram
preparados seguindo o método descrito no próximo capítulo o qual descreve o
preparo das amostras das sementes para análise por HPLC. Este método
demonstrou excelente eficiência de extração para a azadirachtina A.
Cada extrato foi submetido a análise por LC/MS no modo de detecção
MRM.
A otimização da separação cromatográfica foi realizada utilizando um
Cromatógrafo Líquido modular Shimadzu equipado com controladora SCL-10Avp,
auto injetor Shimadzu SIL-10AF, duas bombas Shimadzu, modelo LC-10AD e
detector de Arranjo de Diodos Shimadzu DPD-M10Avp. Os cromatogramas foram
registrados pelo software CLASS-VP. A separação foi realizada usando coluna
analítica C
18
Phenomenex®-Luna(II) (150x4,6mm, 5 µm) com pré-coluna de
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segurança Phenomenex® (4x3mm, 5 µm) acoplada. A fase móvel foi composta de
H
2
O:ACN (60:40, v/v), numa vazão de 0,4 mL/min e um volume de injeção de 20 µL.
A fase móvel foi filtrada com filtro Millipore
®
0,45µm.
Para a análise MS/MS foi usado um Micromass Quattro LC (triple
quadrupole, APCI, ESI) operado como interface uma fonte padrão Z-spray adaptado
com um probe de eletrospray. A ionização foi realizada utilizando o eletrospray no
modo negativo de ionização (ESI
-
). Os parâmetros otimizados para as análises da
azadirachtina A foram: potencial do capilar de 2,94 kV para o modo negativo de
ionização, a temperatura do gás de dessolvatação (N
2
) de 300ºC e a temperatura do
bloco da fonte 135ºC. O potencial usado no cone foi de 39 V, no cone extrator de 5
V e o RF lens de 0,69 V. Os fluxos dos gases de Nebulização (N
2
) e dessolvatação
(N
2
) foram de 51 e 350 L/hs respectivamente. O gás de colisão foi o Argônio 99,99%
(White Martins) e a voltagem da energia de colisão de 20 eV. Os dados totais foram
adquiridos usando um dwell time de 0,06s. As análises foram detectadas
monitorando a combinação precursor-produto na Multiple Reaction Monitoring
(MRM). Após a otimização, os canais de detecção selecionados foram m/z 719
486 e 719 211. O tempo de monitoramento para cada análise foi de 12 min sendo
o tempo de retenção da azadirachtina A de 8 min. Todos os dados foram
processados usando software MassLynx versão 3.5 NT Quattro.
Tabela 2.4 – Diferentes partes do enxerto analisados por LC-MS/MS.
Cód. Descrição
Massa de
material
usado (mg)
Massa de
extrato
usado (mg)
Conc. do
extrato
analisado
(mg/mL)
EM01 Amêndoa do fruto adulto 100,0 7,7 19,25
EM02 Cerne do galho (parte interna) 184,2 9,0 18,0
EM03 Casca do galho 176,0 15,6 22,3
EM04 Flores 185,0 Todo o extrato
EM05 Fruto infantil 346,8 7,2 18,0
EM06 Amêndoa do fruto adulto e maduro 100,0 9,1 18,2
EM07 Folhas 316,4 12,0 20,0
EM08 Palha da semente seca 304,7 2,6 13,0
EM09 Amêndoa da semente seca 100,0 7,0 17,5
EM10 Amêndoa do fruto jovem 100,0 7,9 19,75
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2.4.12 Degradação Assistida da Azadirachtina A
Um padrão puro de 5 mg de azadirachtina A foi solubilizado em 1.200
µL de solução H
2
O:MeOH (5:1, v/v). Esta solução foi exposta a luz solar por 20 dias.
Após este período, a solução foi seca e o reduo dissolvido em clorofórmio
deuterado (CDCl
3
) e submetido a análise por Ressonância Magnética Nuclear
(RMN). Os espectros foram obtidos num equipamento Brüker DRX 400MHz 9,4
Tesla utilizando TMS como padrão interno, empregando um probe de detecção
indireta de 2,5 mm e equipado com uma bobina z-gradiente (máximo 53,5 G cm
-1
).
Os espectros foram processados usando o software Brüker Xwinnmr package
versão 3.5.
A análise MS/MS foi realizada usando um Micromass Quattro LC (triple
quadrupole, APCI, ESI) operado como interface uma fonte padrão Z-spray adaptado
com um probe de eletrospray. O volume de inserção foi de 10 µL. A ionização foi
realizada utilizando o eletrospray no modo negativo de ionização (ESI
-
). Os
parâmetros otimizados para as análises da azadirachtina A e dos artefatos gerados
foram: potencial do capilar de 2,83 kV para o modo negativo de ionização, a
temperatura do gás de dessolvatação (N
2
) de 300ºC e a temperatura do bloco da
fonte 130ºC. O potencial usado no cone foi de 28 V, no cone extrator de 5 V e o RF
lens de 0,50 V. Os fluxos dos gases de Nebulização (N
2
) e dessolvatação (N
2
) foram
de 51 e 350 L/hs respectivamente. O gás de colisão foi o Argônio 99,99% (White
Martins) e a voltagem da energia de colisão de 20 eV. Os dados totais foram
adquiridos usando um dwell time de 0,06s. Todos os dados foram processados
usando software MassLynx versão 3.5 NT Quattro. A análise LC-MS/MS foi realizada
através de uma sistema isocrático usando uma bomba Shimadzu LC-10AD, um
autoinjetor Shimadzu SIL10AD-vp e um detector foto-diodo SPDM10A-vp. Os dados
de HPLC-UV foram processados através do software Shimadzu Class VP 5.0. O
padrão de Azadirachtina A foi obtido conforme anteriormente descrito. Na eluição
isocrática foi utilizado como fase móvel água ultra-pura obtida num sistema de
purificação Milli-Q (Millipore, Bedford, MA, U.S.A.) e acetonitrila (Mallinkrodt St.
Louis, MO, U.S.A.) numa porporção de 6:4. A separação foi realizada numa coluna
C18 Phenomenex® (150x 4,6 mm, 5 µm, Terrance, CA, U.S.A.) com uma vazão de
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0,8 mL/min. Através de uma válvula splitess metade da vazão foi direcionada ao
Espectrômetro de Massas otimizado nos mesmos parâmetros acima descritos.
2.5 Resultados e Discussões
2.5.1 Substâncias Isoladas
O
O
O
O
MeOOC
O
Substância 01
Nimbolido
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Folhas
Folhas
O
O
O
O
MeOOC
Substância 02
28-Desoxonimbolido
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Folhas
Cerne do Galho
Folhas
MeOOC
O
AcO
O
O
O
O
Substância 03
Salannina
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Cerne do Galho
Sementes
O
MeOOC
O
O
O
OH
Me
O
Substância 04
6-O-Acetilnimbandiol
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Cerne do Galho
Óleo das
Sementes
54
71
56, 60
81
60
86
60
97
O
O
O
O
MeOOC
O
Substância 01
Nimbolido
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Folhas
Folhas
O
O
O
O
MeOOC
Substância 02
28-Desoxonimbolido
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Folhas
Cerne do Galho
Folhas
MeOOC
O
AcO
O
O
O
O
Substância 03
Salannina
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Cerne do Galho
Sementes
O
MeOOC
O
O
O
OH
Me
O
Substância 04
6-O-Acetilnimbandiol
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Cerne do Galho
Óleo das
Sementes
O
O
O
O
MeOOC
O
Substância 01
Nimbolido
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Folhas
Folhas
O
O
O
O
MeOOC
Substância 02
28-Desoxonimbolido
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Folhas
Cerne do Galho
Folhas
O
O
O
O
MeOOC
Substância 02
28-Desoxonimbolido
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Folhas
Cerne do Galho
Folhas
MeOOC
O
AcO
O
O
O
O
Substância 03
Salannina
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Cerne do Galho
Sementes
MeOOC
O
AcO
O
O
O
O
Substância 03
Salannina
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Cerne do Galho
Sementes
O
MeOOC
O
O
O
OH
Me
O
Substância 04
6-O-Acetilnimbandiol
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Cerne do Galho
Óleo das
Sementes
O
MeOOC
O
O
O
OH
Me
O
Substância 04
6-O-Acetilnimbandiol
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
Isolado Literatura
Cerne do Galho
Óleo das
Sementes
54
71
56, 60
81
60
86
60
97
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
MeOOC
O
O
O
OH
Substância 05
6-Desacetilnimbineno
Isolamento: pg.
Identificação: pg.
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OCin
OAc
AcO
O
O
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Nimbolina A
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Raízes
M. azedarach
Raízes
M. azedarach
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O
MeOOC
OH
O
O
COOMe
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Azadirachtina A
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Pé franco
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Substância 08
OO
AcO
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
O
O
Quercetina
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Folhas
Enxerto
Substância 09
O
O
HO
OH
OH
OH
OH
57
104
61
112
57
123
62, 63
128
Não citado
anteriormente
58
145
MeOOC
O
O
O
OH
Substância 05
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OAc
AcO
O
O
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M. azedarach
Raízes
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O
MeOOC
OH
O
O
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OO
AcO
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
O
O
Quercetina
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Enxerto
Substância 09
O
O
HO
OH
OH
OH
OH
MeOOC
O
O
O
OH
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MeOOC
O
O
O
OH
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OAc
AcO
O
O
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M. azedarach
Raízes
M. azedarach
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OCin
OAc
AcO
O
O
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Raízes
M. azedarach
Raízes
M. azedarach
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O
MeOOC
OH
O
O
COOMe
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Brotos
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Enxerto
Substância 07
O
MeOOC
OH
O
O
COOMe
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Enxerto
Substância 07
Azadirachtina A
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Pé franco
Detectado no Enxerto
Substância 08
OO
AcO
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
O
O
Azadirachtina A
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SementesSementes
Pé franco
Detectado no Enxerto
Substância 08
OO
AcO
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
CH
3
OOC
O
OH
O
O
Quercetina
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Folhas
Enxerto
Substância 09
O
O
HO
OH
OH
OH
OH
Quercetina
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Isolado Literatura
Folhas
Enxerto
Substância 09
O
O
HO
OH
OH
OH
OH
57
104
61
112
57
123
62, 63
128
Não citado
anteriormente
58
145
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2.5.2 Determinação Estrutural das Substâncias Isoladas
No estudo fitoquímico foram isolados e identificados 12 metabólitos
secundários no enxerto característicos em pés francos. A seguir serão discutidas as
determinações estruturais para cada substância isolada. Apesar de serem
compostos conhecidos na literatura, para sua identificação precisa, foi necessária a
análise por RMN 1D e 2D.
Para uma simplificação nas discussões, os números representados
entre parênteses () representa o deslocamento químico em ppm de Hidrogênio e os
números entre colchetes [ ], os deslocamentos químicos em ppm de carbonos.
Azadirachtina B
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Isolado Literatura
Sementes
Pé franco
Detectado no enxerto
Substância 11
O
OOH
O
O
OH
CH
3
OOC
O
H
CH
3
OOC
OH
O
O
Sementes
Quercitrina
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Folhas
Enxerto
Substância 10
Nimbandiol
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Sementes
Pé franco
Substância 12
Folhas
Sementes
O
MeOOC
O
O
OH
OH
Não citado
anteriormente
58
148
62
151
63
159
O
H
H
H
OH
Me
H
OH
O
O
HO
OH
OH
OH
O
H
OH
Azadirachtina B
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Sementes
Pé franco
Detectado no enxerto
Substância 11
O
OOH
O
O
OH
CH
3
OOC
O
H
CH
3
OOC
OH
O
O
Sementes
Azadirachtina B
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Sementes
Pé franco
Detectado no enxerto
Substância 11
O
OOH
O
O
OH
CH
3
OOC
O
H
CH
3
OOC
OH
O
O
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Quercitrina
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Nimbandiol
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Pé franco
Substância 12
Folhas
Sementes
O
MeOOC
O
O
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Não citado
anteriormente
58
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62
151
63
159
O
H
H
H
OH
Me
H
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O
O
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H
OH
Quercitrina
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Substância 10
Nimbandiol
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Pé franco
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O
MeOOC
O
O
OH
OH
Nimbandiol
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Sementes
O
MeOOC
O
O
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Não citado
anteriormente
58
148
62
151
63
159
O
H
H
H
OH
Me
H
OH
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OH
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2.5.2.1 Determinação Estrutural do Nimbolido (Substância 01)
Para a determinação estrutural da substância 01, a definição de sua
estrutura foi iniciada analisando os espectros de RMN a partir de sinais bem
caracterizados para limonóides. Assim, iniciou-se a determinação estrutural a partir
dos supostos sinais de um anel furano.
Analisando os espectros de RMN
1
H, foi observado um sinal em δ
7,25, (t; 1,7 Hz) o qual se correlaciona aos carbonos δ143,1 (via HSQC) e δ126,5 e
138,8 (via HMBC). O carbono em δ 138,8 correlaciona-se com hidrogênio δ 7,15 (sl)
(via HSQC) e com os carbonos em δ 110,3; 126,5; e 143,1 (via HMBC). O carbono
em δ110,3 se correlaciona a
1
J com o hidrogênio δ6,19 (m) o qual se correlaciona a
2
J ou
3
J com os carbonos em δ 126,5; 138,8 e 143,1. O carbono δ 126,5 o
apresentou correlação a J
1
com hidrogênio apenas a
2
J ou
3
J com os hidrogênios em
δ 7,25 e 7,15. Estas correlações permitem propor o anel furano, onde, respeitando
as correlações o carbono em δ 126,5 é o C-20, o carbono em δ 110,3 é o C-22 e os
carbonos em δ143,1 e 138,8 devem ser os carbonos C-23 e C-21 ou o inverso, uma
vez, que é permitido obter correlações a duas ou três ligações (
2
J ou
3
J) nos
experimentos de HMBC. Assim, pode-se propor duas sub-estruturas iguais para as
atribuições do anel furano porém com correlações diferentes:
Além das correlações com os hidrogênios do anel furano os
carbonos δ 110,3 (C-22); 126,5 (C-20) e 138,8 apresentam correlações com um
hidrogênio em δ 3,60 (dl; 8,7 Hz) [δ 49,5], o qual pode ser definido como o H-17 dos
limonóides. Estas correlações permitiram diferenciar o C-23 e o C-21, uma vez que o
C-21 pode apresentar correlação com o H-17 a
3
J e o C-23 não, pois se encontra a
O
H
H
H
126
,
5
110
,
3
6
,
19
6
,
19
110
,
3
126
,
5
O
H
H
H
138
,
8
138
,
8
143
,
1
143
,
1
7
,
25
7
,
15
7
,
25
7
,
15
ou
Sub-estrutura A
Sub-estrutura B
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quatro ligações do H-17 (
4
J). Desta forma o carbono em δ 138,8 vem a ser o C-21 e
a atribuição do anel furano é:
Conhecendo o H-17 foram verificadas quais outras correlações que
esse apresentava. Observou-se que o H-17 (δ 3,60) correlaciona os carbonos do
anel furano, com o carbono em δ 49,5 (via HSQC) e com um carbono em δ 144,8.
Por sua vez, o carbono em δ 49,5, correlaciona-se com três hidrogênios, um em δ
1,64 (d; 1,7 Hz) [δ12,9], outro hidrogênio em δ2,15 (dd;12,1 e 6,7 Hz) [δ41,2] e com
um hidrogênio em δ 2,05 (m) [δ 41,2]. Pelo HSQC observou-se que os hidrogênios
em δ 2,15 e 2,05 encontram-se ligados a um mesmo carbono [δ 41,2] indicando ser
um grupo metileno (CH
2
). Esses hidrogênios, apesar de estarem ligados ao mesmo
carbono são diastereotópicos, não são magneticamente equivalentes, o que justifica
a diferença em seus deslocamentos químicos. Isto ocorre porque cada um destes
hidrogênios possui um comportamento magnético próprio e o são permutáveis por
alguma operação de simetria (rotação, reflexão, etc.) ou um rápido mecanismo de
rotação. O experimento de COSY mostra que o hidrogênio em δ 2,05 acopla com o
H-17. Desta forma, estes sinais em δ 2,15 e 2,05 podem ser definidos como sendo
os H-16a e H-16b.
O H-16a (δ 2,15) se correlaciona com o carbono δ 126,5 (C-20) a
um J
3
, e com os carbonos em δ 134,5 e δ 144,8 indicando uma insaturação no anel
D deste limonóide. Esta insaturação juntamente com a correlação do C-17 com um
grupo metila em δ1,64 leva a propor um limonóide C-seco. Desta forma os carbonos
em δ 134,5 e 144,8 podem ser os carbonos C-13 e C-14 respectivamente, ou o
inverso, dependendo do J com o qual eles se correlacionam.
O carbono em δ 134,5 se correlaciona com o H-16a e com os três
hidrogênios metílicos em δ 1,64 a um
2
J ou
3
J. O carbono em δ 144,8 também se
correlaciona com o H-16a (δ2,15), com a metila em δ1,64 e com um segundo grupo
metílico em δ 1,30 (s) [δ 17,2]. Estas correlações permitem definir o C-13 e o C-14.
Sendo que o C-17 [δ 49,5] juntamente com os dois carbonos quaternários, em δ
144,8 e 134,5 se correlacionam com os hidrogênios da metila em δ 1,64 e apenas o
O
H
49
,
5
3
,
60
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
carbono em δ 144,8 se correlaciona com os hidrogênios da metila em δ 1,30, pode
definir a metila em δ 1,64 como sendo a Me-18 que correlaciona seus hidrogênios a
3
J com o C-17 [δ 49,5] e com o C-14 [δ 144,8] e a
2
J com C-13 [δ 134,5]. A
correlação entre o carbono em δ 144,8 com o segundo grupo metílico em δ 1,30 (s)
permitiu diferenciar o C-13 do C-14. Isto porque, é comum nesta classe de
limonóides, a presença de um grupo metila (Me-30) ligada ao C-8 podendo se
correlacionar a
3
J apenas com o C-14 do anel D dos limonóides.
Definindo o C-13, C-14 e a Me-18, falta ainda definir o C-15 do anel
D. Pelo HMBC se observam duas correlações, pouco intensas, uma entre o H-16b (δ
2,05) e um carbono em δ 88,4 e outra entre o H-17 (δ 3,60) com este mesmo
carbono. Este carbono em δ 88,4, acopla via HSQC com um hidrogênio em δ 5,46
(tt; 6,7 e 1,8 Hz), e o hidrogênio em δ 5,46, por sua vez acopla (observado via
COSY) com os hidrogênios em δ 2,15 e 2,05 (H-16a e H-16b). Estas correlações
permitem propor serem estes o C-15 e H-15. Via HMBC o H-15 o apresentou
nenhuma correlação.
Pelos valores de deslocamento do H-15 e do C-15, observa-se um
carbono funcionalizado, possivelmente um carbinólico, permitindo propor a seguinte
estrutura para o anel D:
Definida a metila em δ 1,30 como sendo a Me-30, procurou-se
observar as correlações que esta apresentava. Os H
3
-30 se correlacionam com três
carbonos, um em δ 41,1, outro em δ 82,9 e um quaternário em δ 50,3. O carbono δ
41,1 se correlaciona com o hidrogênio em δ 2,67 (t; 5,8 Hz) e o carbono δ 82,9 com
um hidrogênio em δ 4,20 (d; 3,7 Hz) (ambos via HSQC). O carbono em δ 50,3 se
correlaciona com os hidrogênios da Me-30 (δ 1,30), com o hidrogênio em δ 2,67 (t;
5,8 Hz) [δ41,1] e com os hidrogênios um em δ3,18 (dd; 16,2 e 5,8 Hz) e outro em δ
2,30 (dd; 16,2 e 5,8 Hz) (via HMBC). Pelo HSQC se observa que estes dois últimos
O
OR
144
,
8
134
,
5
1
,
64
1
,
30
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
hidrogênios acoplam à um mesmo carbono em δ 32,1 sugerindo outro grupo
metileno (CH
2
).
Estas correlações sugerem ser o carbono em δ 50,3 o C-8 o qual
estaria se correlacionando a
3
J com os hidrogênios do grupo CH
2
(supostamente os
H-11a e H-11b) e a
2
J com os hidrogênios da Me-30 e com o hidrogênio em δ2,67 o
qual deve ser o H-9. Estas propostas foram confirmadas analisando as correlações
1
H-
1
H apresentadas no experimento COSY e suas respectivas constantes de
acoplamento. Analisando as constantes de acoplamento, observam-se dois
hidrogênios acoplados entre si por uma constante de acoplamento grande de 16,2
Hz, referente a um acoplamento geminal entre os dois hidrogênios do grupo
metileno atribuído ao C-11 [δ 32,1]. Novamente os hidrogênios deste grupo
metilênico não apresentam deslocamentos químicos equivalentes pelos mesmos
motivos apresentados para os hidrogênios do C-16. Também foi observado que
esses dois hidrogênios acoplam com um terceiro hidrogênio em δ 2,67 [δ 41,1] com
uma constante de acoplamento de 5,8 Hz. Este terceiro hidrogênio que acopla
com os hidrogênios do C-11 como um tripleto, indicando ser um CH vizinho a outros
dois carbonos quaternários, um definido como C-8 [δ 50,3], confirmando ser o H-9.
Os acoplamentos dos spins do grupo de núcleos entre os hidrogênios 11 e 9,
interagem entre si, formando um sistema de spins ABX, ou seja, não há uma
equivalência de deslocamento químico. Estas deduções ficam mais evidentes
analisando o COSY, onde pode-se notar que os hidrogênios em δ 3,18 (H-11a) e δ
2,30 (H-11b) acoplam entre si, e que o hidrogênio em δ 3,18 acopla com o
hidrogênio em δ2,67 (H-9).
Ainda analisando os hidrogênios H-11a (3,18), H-11b (δ2,30) e H-9
(δ 2,67), observam-se que cada um se correlaciona com um carbono sp
2
com
deslocamento característico de éster em δ 172,9. Este carbono, por sua vez, se
correlaciona com hidrogênios metílicos em δ 3,47. Pelo HSQC, estes hidrogênios
metílicos acoplam com um carbono em δ 51,7. Visto ser esta a única correlação da
metila e do carbono em δ 172,9 sugere um grupo éster no anel C-seco, o que
permite propor a seguinte estrutura parcial:
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Ainda referente a Me-30, faltou definir a correlação que ela apresenta
com o carbono em δ 82,9. O experimento de HSQC demonstra um acoplamento
deste carbono com um hidrogênio em δ 4,20 (d; 3,7 Hz). Analisando o experimento
COSY, observa-se que este hidrogênio acopla com um outro vizinho em δ 4,55 (dd;
2,5 e 3,7 Hz) [δ 73,4], por sua vez, este hidrogênio vizinho, acopla com um terceiro
hidrogênio em δ 3,12 (d; 12,5 Hz) [δ 47,7]. Assim, respeitando a multiplicidade para
cada um destes hidrogênios é possível propor um sistema de spins AMX em um
anel de seis membros. A constante de acoplamento de 12,5 Hz é referente a um
acoplamento axial-axial entre os hidrogênios em δ 4,55 e 3,12 e a constante de 3,7
Hz é característica para um acoplamento axial equatorial.
Assim, o carbono em δ82,9 que acopla com a Me-30 (δ1,30), vem a
ser o C-7 e, conseqüentemente, os sinais δ73,4 e 47,7 são os carbonos C-6 e C-5
respectivamente. Desta forma, é possível propor a estrutura dos anéis B e C para o
limonóide faltando apenas definir C-10.
MeOOC
O
OR
OR
OR
82,9
73,4
47,7
50,3
32
,
1
50
,
3
41
,
1
172
,
9
3
,
47
51
,
7
O
O
O
Me
OR
H
H
H
OR
82
,
9
H
H
H
OR
3,12 (d; 12,5 Hz)
4,55 (dd; 12,5; 3,7 Hz)
4,20 (d; 3,7 Hz)
47,7
73,4
82,9
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O H-5, δ3,12 (d; 12,5 Hz) [δ47,7] se correlaciona com os carbonos
em δ 15,1; 18,5; 43,6; 73,4 e 82,9. Como visto, este hidrogênio se correlaciona com
o C-6 [δ 73,4] a J
2
e com o C-7 [δ 82,9] a
3
J. Os carbonos δ 15,1 e δ 18,5,
respectivamente se correlacionam com os hidrogênios em δ 1,15 e em δ 1,41 (via
HSQC) sugerindo duas outras metilas. O carbono em δ 43,6 é um carbono
quaternário (não apresenta correlação no HSQC), e via HMBC correlaciona-se com
o H-5 (δ 3,12) e com a metila em δ 1,41 [δ 18,5]. Observou-se também, um outro
carbono quaternário em δ 45,2 que acopla com H-11a (δ 3,18) com H-9 (δ 2,67) e
com a metila em δ 1,15 [δ 15,1]. Estas correlações permitem propor o carbono
quaternário em δ 43,6 como sendo C-4 e o carbono em δ 45,2, tamm quaternário,
ser o C-10, visto que o C-10 encontra-se acoplando com o H-9 a um J
2
e com H-11a
a um
3
J, correlações não permitidas para C-4. Conseqüentemente o acoplamento
com a metila em δ1,15 permite propor ser esta a Me-19 uma vez que ela não pode e
não correlação com C-4. Assim, a outra metila em δ 1,41 vem a ser a M-29 que
tamm não acopla com C-10, distinguindo uma metila da outra.
Ainda analisando o experimento de HMBC, o C-5 [δ47,7] apresenta
uma correlação com um hidrogênio vinílico em δ7,21 (d; 9,7 Hz) [δ149,6] e o C-4 [δ
43,6] também apresenta uma correlação com outro hidrogênio vinílico em δ 5,86 (d;
9,7 Hz) [δ 131,0]. No COSY observa-se ainda que os hidrogênios δ 7,21 e 5,86
acoplam entre si. Este acoplamento apresenta com uma constante característica de
alceno cis num sistema de spins AX. O hidrogênio em δ 7,21 também se
correlaciona com um carbono em δ 200,8, sendo um carbono com deslocamento
característico de cetonas cíclicas α,β insaturadas. O carbono em δ200,8 por sua vez
se correlaciona com o H-5 (δ 3,12), com o H-9 (δ 2,67) e com a Me-19 (δ 1,15),
correlações que permitem definir este carbono como sendo o C-1 e os hidrogênios δ
7,21 e 5,86 como sendo o H-3 e o H-2 respectivamente. Desta forma, ambos, H-3 se
OR
MeOOC H
H
H
OR
1
,
15
1
,
41
43
,
6
45
,
2
47
,
7
3
,
12
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correlacionando com C-5 e, H-2 se correlacionando com C-4, apresentam uma
correlação de J
3
. Assim, através destas correlações pode-se propor o anel A do
limonóide como sendo:
Concluindo o anel A do limonóide, apenas falta atribuir as correlações
para o C-28 e os grupos funcionais do C-6, C-7 e C-15. Pelo HMBC ainda se
observou uma correlação entre a Me-29 (δ 1,41) em um carbono de deslocamento
característico sp
2
em δ 174,9 podendo ser um carbono de carbonila em um anel
lactônico formado entre o C-4 e o C-6. Numa pesquisa na literatura, observou-se
que pelos deslocamentos químicos do C-7 e do C-15, referem-se a uma ponte éter
entre estes dois carbonos. Deste modo, foram atribuídas todas as correlações
apresentadas nos experimentos 1D e 2D para esta substância permitindo propor a
seguinte estrutura:
A substância 01 é um composto conhecido na literatura
denominado por Nimbolído. Foi isolado das folhas do enxerto coletado em Xambrê-
PR e já havia sido anteriormente isolado das folhas do pé franco do Nim (pg. 68). Na
Tabela 2.5 encontram-se todos os valores dos deslocamentos químicos de
hidrogênio e de carbono referentes ao Nimbolido e os valores encontrados na
literatura [85], confirmando a estrutura proposta.
O
COOMe
H
H
OR
OR
H
H
43
,
6
3
,
12
7
,
21
5
,
86
200
,
8
47
,
7
2
,
67
O
O
O
O
MeOOC
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
2829
30
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A estereoquímica da Me-19 e Me-30 juntamente com o grupo funcional
do C-7, são definidas pela própria biossíntese do limonóide. Uma vez que o grupo
funcional do C-7 encontra-se em α seu hidrogênio pode estar em β. O H-7 em β
acopla com uma constante pequena com o H-6, uma constante referente a um
acoplamento equatorial-axial colocando o H-6 também em β. O H-6 também
apresenta uma constante de acoplamento com o H-5, contudo, referente a um
acoplamento axial-axial, o que permite propor o H-5 em α. Estando o H-6 em β seu
grupo funcional se encontra em α formando um ciclo com C-4 na face α o que faz
com que a Me-29 esteja em β.
Tabela 2.5 – Dados de RMN de
1
H e
13
C para o Nimbolido.
Isolado (CDCl
3
) Literatura [85] (CDCl
3
)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C
1
H / J (Hz)
13
C
1
- 200,8 - 200,5
2
5,86 (d) 9,7 131,0 5,93 (d) 9,6 130,8
3
7,21 (d) 9,7 149,6 7,28 (d) 9,6 149,3
4
- 43,6 - 43,5
5
3,12 (d) 12,5 47,7 3,19 (d) 12,6 47,5
6
4,55 (dd) 12,5; 3,7 73,4 4,63 (dd) 12,6; 3,6 73,2
7
4,20 (d) 3,7 82,9 4,27 (d) 3,6 82,6
8
- 50,3 - 50,1
9
2,67 (t) 5,8 41,1 2,72 (t) 5,4 40,9
10
- 45,2 - 45,0
11
a. 3,18 (dd) 16,2; 5,8
b. 2,30 (dd) 16,2; 5,8
32,1 a. 3,25 (dd) 16,2; 5,4
b. 2,38 (dd) 16,2; 5,7
31,9
12
- 172,9 - 172,8
13
- 134,5 - 136,2
14
- 144,8 - 144,5
15
5,46 (tt) 7,3; 1,8 88,4 5,53 (t) 6,6 88,2
16
a. 2,15 (dd)
b. 2,05 (m)
41,2 a.2,21(ddd)8,4;6,6;1,0
b.2,10(ddd)8,4;6,8;1,2
41,3
17
3,60 (dl) 8,7 49,5 3,67 (dd) 8,4; 1,2 49,2
18
1,64 (d) 1,7 12,9 1,70 (s) 12,7
19
1,15 (s) 15,1 1,22 (s) 14,9
20
- 126,5 - 126,3
21
7,15 (sl) 138,8 7,22 (s) 138,6
22
6,19 (m) 110,3 6,26 (s) 110,1
23
7,25 (t) 1,7 143,1 7,51 (s) 142,9
28
- 174,9 - 174,8
29
1,41 (s) 18,5 1,48 (s) 18,3
30
1,30 (s) 17,2 1,37 (s) 16,9
OMe
3,47 (s) 51,7 3,54 (s) 51,5
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Figura 2.19 – Espectro de RMN
1
H do Nimbolido (CDCl
3
, 200 MHz).
Figura 2.20 – Espectro de RMN
13
C do Nimbolido (CDCl
3
, 100 MHz).
H-21
H-23
H-3
H-2
H-22
H-15
H-6
H-7
H-17
H-11a
H-5
H-11b
H-9
H-16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
O
O
O
O
MeOOC
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
22
21
23
28
29
30
H-21
H-23
H-3
H-2
H-22
H-15
H-6
H-7
H-17
H-11a
H-5
H-11b
H-9
H-16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
H-21
H-23
H-3
H-2
H-22
H-15
H-6
H-7
H-17
H-11a
H-5
H-11b
H-9
H-16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
O
O
O
O
MeOOC
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
22
21
23
28
29
30
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Figura 2.21 – Espectro de COSY do Nimbolido (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.22 – Espectro de HSQC do Nimbolido (CDCl
3
, 100 MHz).
6/5
6/7
15/16
11a/9
17/16
11a/11b
9/11b
3/2
6/5
6/7
15/16
11a/9
17/16
11a/11b
9/11b
3/2
149,6
3
23 22
21
2
15
6
7
17
11
5
11
9
16 16
18
29
30
19
143,1
138,8
110,3
131,0
88,4
73,4
82,9
49,5
51,7
32,1 32,1
47,7
41,1
41,2
12,9
18,5
17,2
15,1
149,6
3
23 22
21
2
15
6
7
17
11
5
11
9
16 16
18
29
30
19
143,1
138,8
110,3
131,0
88,4
73,4
82,9
49,5
51,7
32,1 32,1
47,7
41,1
41,2
12,9
18,5
17,2
15,1
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Figura 2.23 – Espectro de HMBC do Nimbolido (CDCl
3
, 100 MHz).
2.5.2.2 Determinação Estrutural do 28-Desoxonimbolído (Substância 02)
O 28-desoxonimbolído foi isolado das folhas e do cerne dos galhos do
enxerto do Nim coletado em Xambrê-PR. É um composto conhecido na literatura,
anteriormente isolado das folhas de pés francos do Nim e do tronco de A. excelsa.
Sua estrutura foi determinada com base em experimentos de RMN
1
H,
13
C, COSY,
HSQC e HMBC (Figuras 2.24, 2.25, 2.26, 2.27 e 2.28 respectivamente) assim como
tamm através da comparação com dados da literatura [85].
9, 16
3
23 22 21
2
6
7
17 11
5
9
16 16
18
29 30
19
15 11
1
2
3
4
5
6
7
8
10
11
12
13
14
15
18
19
30
29
17
OMe
22
20
23
21
12
28
9, 16
3
23 22 21
2
6
7
17 11
5
9
16 16
18
29 30
19
15 11
1
2
3
4
5
6
7
8
10
11
12
13
14
15
18
19
30
29
17
OMe
22
20
23
21
12
28
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O espectro de RMN
1
H (Figura 2.24) é bastante parecido com o
espectro do nimbolídeo discutido anteriormente, com exceção de que o espectro do
28-deoxonimbolídeo apresenta dois dubletos de constantes de acoplamento de 6,5
Hz, um em δ 3,73 e o outro em δ 3,81, e o deslocamento de alguns sinais para uma
região mais blindada do espectro devido a perda do cone de desblidagem do grupo
carbonila em C-28. Este efeito foi principalmente sentido pelos hidrogênios H-5, H-6
e H-7. Desta maneira, ao invés de um grupamento carboxialquílico em C-28, esta
substância apresenta um grupo oxi-metileno. Possivelmente, esta substância seja a
precursora biossintética da substância 01, uma vez que o consumo de energia é
bem menor para reações de oxidação em comparação a reações de redução.
O espectro de RMN
13
C (Figura 2.25) da substância 02 tamm é
muito parecido com o espectro da substância 01. As únicas diferenças significativas
são o desaparecimento do sinal de carbono em δ 174,9, referente ao carbono
lactônico C-28, e o aparecimento de um novo carbono carbinólico em δ 79,3. O
experimento de COSY (Figura 2.26) não apresentou a correlação entre os
hidrogênios do grupo metileno, não apresentando nenhuma nova correlação. O
experimento de HSQC (Figura 2.27) mostra a correlação
1
J entre o carbono δ 79,3
com os hidrogênios H-28a [δ 3,81 (d; 6,5 Hz)] e H-28b [δ 3,73 (d; 6,5 Hz)]
confirmando como hidrogênios de um único grupo metileno.
A confirmação da presença deste grupo metileno em C-28 ocorreu
através da análise do experimento de HMBC (Figura 2.28). Analisando o C-6 (δ
72,5), o C-5 (δ 49,3) e a Me-29 (δ 20,5) foi observado que ambos se correlacionam
com o hidrogênio em δ 3,81. A Me-29 também apresentou correlação com um outro
hidrogênio em δ 3,73. Estas correlações, permitiram então, propor uma ponte éter
entre o C-28 (metileno em δ 79,3) e o C-6 [δ 72,5]. Deste modo, a Me-29 estaria
acoplando com cada um dos hidrogênios, H-28a e H-28b, com um
3
J, e os C-5 e C-6
acoplando com o H-28a também com um
3
J.
Da mesma forma que para a substância 01, a análise detalhada de
todos os experimentos permitiram propor a substância 02 como sendo o 28-
desoxonimbolído.
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Tabela 2.6 – Dados de RMN
1
H e
13
C para o 28-Desoxonimbolídeo.
Isolado (CDCl
3
) Literatura [85] (CDCl
3
)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C
1
H / J (Hz)
13
C
1 - 202,4 - 202,4
2 5,89 (d) 9,0 130,3 5,84 (d) 9,4 130,3
3 7,06 (d) 9,0 152,0 7,01 (d) 9,4 152,0
4 - 42,0 - 42,0
5 2,28 (d) 12,4 49,3 2,76 (d) 12,6 49,0
6 4,13 (d) 12,4 72,5 4,06 (dd) 12,6; 3,4 72,5
7 4,20 (s) 85,3 4,16 (d) 3,4 85,3
8 - 50,6 - 50,6
9 2,65 (t) 5,4 41,4 2,60 (t) 5,4 41,2
10 - 46,1 - 46,1
11 a. 2,81 (dd) 16,0; 5,4
b. 2,36 (dd) 16,0; 5,4
32,6 a. 3,20 (dd) 16,1; 5,4
b. 2,31 (dd) 16,1; 5,7
32,4
12 - 173,3 - 173,3
13 - 135,1 - 135,1
14 - 145,9 - 145,9
15 5,50 (sl) 87,8 5,45 (m) 87,8
16 2,13 (m) 41,2 a.2,15(ddd; 8,3;6,4;1,0)
b.2,10(ddd; 8,3;6,6;1,2)
41,5
17 3,65 (d) 8,2 49,5 3,59 (dd) 8,3; 1,2 49,4
18 1,69 (d) 1,7 12,8 1,67 (s) 12,9
19 1,15 (s) 14,6 1,17 (s) 14,6
20 - 126,8 - 126,8
21 7,06 (sl) 138,8 7,16 (s) 138,8
22 6,27 (m) 110,4 6,22 (s) 110,4
23 7,31 (t) 1,6 143,0 7,27 (s) 143,0
28 a. 3,80 (d) 6,2
b. 3,73 (d) 6,2
79,3 a. 3,75 (d) 7,2
b. 3,68 (d) 7,2
79,3
29 1,34 (s) 20,5 1,55 (s) 20,6
30 1,30 (s) 17,3 1,31 (s) 17,3
OMe 3,54 (s) 51,6 3,49 (s) 51,6
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Figura 2.24 – Espectro de RMN
1
H do 28-Desoxonimbolido (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.25 – Espectro de RMN
13
C do 28-Desoxonimbolido (CDCl
3
, 100 MHz).
H-21
H-23
H-3 H-2
H-22
H-15
H-6
H-7
H-17
H-11a
H-5
H-11b
H-9
H-16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
H-28
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
22
21
23
2829
30
O
O
O
O
MeOOC
H-21
H-23
H-3 H-2
H-22
H-15
H-6
H-7
H-17
H-11a
H-5
H-11b
H-9
H-16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
H-28
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
22
21
23
2829
30
O
O
O
O
MeOOC
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Figura 2.26 – Espectro de COSY do 28-Desoxonimbolido (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.27 – Espectro de HSQC do 28-desoxonimbolido (CDCl
3
, 100 MHz).
152,0
1
23
22
21
2 15 6
7
17
11
5
11
9 16 16
18
29
19
143,0
130,3
110,4
138,8
87,8
72,5
85,3
51,6
49,5
41,4
49,3
12,8
20,5
17,3
14,6
30
28
79,3
152,0
1
23
22
21
2 15 6
7
17
11
5
11
9 16 16
18
29
19
143,0
130,3
110,4
138,8
87,8
72,5
85,3
51,6
49,5
41,4
49,3
12,8
20,5
17,3
14,6
30
28
79,3
6/5
15/16
11a/9
17/16
11a/11b
9/11b
3/2
6/5
15/16
11a/9
17/16
11a/11b
9/11b
3/2
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Figura 2.28 – Espectro de HMBC do 28-desoxonimbolido (CDCl
3
, 100 MHz).
2.5.2.3 Determinação Estrutural da Salannina (Substância 03)
Ao analisar os espectros da substância 03 foram observados sinais
referentes a outro limonóide. Apesar de que esta substância apresenta sinais
parecidos com os limonóides discutidos anteriormente, não foram observados os
sinais característicos do anel A α,β-insaturado. Também foram observados novos
sinais de metilas. Assim, a determinação estrutural da substância 03 foi proposta
pela análise dos espectros de RMN
1
H (Figura 2.29),
13
C (Figura 2.30), e pelos
21
3
23
22
2 15 6
7
17
11
5
11
9 16 16
18
29
19
30
28
9, 16
1
2
3
4 5
6
7
8
10
11
13
14
15
18
19
30
29
17
OMe
22
20
23
21
12
28
21
3
23
22
2 15 6
7
17
11
5
11
9 16 16
18
29
19
30
28
9, 16
1
2
3
4 5
6
7
8
10
11
13
14
15
18
19
30
29
17
OMe
22
20
23
21
12
28
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experimentos de COSY, HSQC e HMBC (Figuras 2.31, 2.32 e 2.33
respectivamente).
No espectro de hidrogênio, observou-se um sinal em δ 7,29 (s) que se
correlaciona via HSQC com um carbono em δ142,9 e, via HMBC, com os carbono δ
138,7 e δ 127,1. O carbono em δ 138,7 correlaciona-se a
1
J à um hidrogênio em δ
7,22 (s). Este hidrogênio se correlaciona com três carbonos, δ 142,9, 127,1 e 110,6
(
2
J ou
3
J). Observa-se também que o carbono em δ 110,6 se correlaciona com o
hidrogênio em δ 6,26 (s) (via HSQC) que por sua vez, se correlaciona (via HMBC)
com os carbonos δ142,9, 138,7 e 127,1. Pela falta de correlações no HSQC,
observa-se que o carbono em δ 127,1 é referente a um carbono sem hidrogênio
diretamente ligado a ele, onde, pelas correlações, define como sendo o C-20. Assim,
pode-se propor duas sub-estruturas iguais para as atribuições do anel furano porém
com correlações diferentes
O carbono C-22 é facilmente reconhecido. Este carbono sofre um
efeito de blindagem eletrônica causada pela conjugação entre um par de elétrons
livres do oxigênio com a ligação π da dupla ligação entre C-22 e C-23. Porém as
posições C-21 e C-23, somente é possível defini-las observando qual destes
carbonos se correlaciona com o H-17. Somente o C-21 pode apresentar esta
correlação a três ligações (
3
J). Desta forma, analisando as correlações dos carbonos
do anel furano, os carbonos δ110,6 (C-22), δ127,1 (C-20) e entre o carbono δ138,8
apresentaram correlação com um hidrogênio em δ 3,60 (d; 8,8 Hz) [δ 49,4]. Estas
correlações permite definir o carbono δ138,8 como sendo o C-21 e o hidrogênio em
δ3,60, como sendo o H-17 e conseqüentemente seu carbono δ49,4 encontrado, via
HSQC, como sendo o C-17. Por estas correlações, o anel furano (A) proposto,
apresenta as corretas correlações para este limonóide.
Estrutura B
Estrutura A
O
H
H
H
O
H
H
H
ou
7
,
29
7
,
22
6
,
26
7
,
29
7
,
22
6
,
26
142
,
9
142
,
9
138
,
7
138
,
7
127
,
1
127
,
1
110
,
6
110
,
6
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O H-17 apresenta diversas correlações. Am dos carbonos do anel
furano, se correlaciona com os carbonos sp
2
em δ 134,9 e 146,5, com um carbono
carbinólico δ 87,9, com um carbono de um grupo metílico δ 13,0 e com um carbono
de um grupo metileno δ 41,4. O carbono em δ 13,0 é definido com um carbono de
uma metila, observando que este carbono, mostra uma correlação de
1
J no
experimento de HSQC com três hidrogênios em δ 1,63(s). Apesar de uma região
magnética não equivalente, os hidrogênios deste grupo metílico, apresentam o
mesmo deslocamento químico. A equivalência química dos hidrogênios de um
grupamento CH
3
resulta da rotação pida em torno da ligação simples carbono-
carbono. Esta rápida rotação ocorre em um tempo menor que 10
-3
segundos, e o
sistema de spins deste grupo metílico é denominado A
3
. O mesmo fenômeno ocorre
em todos os grupos metílicos desta molécula.
O grupo metileno é confirmado pelo experimento de HSQC, onde
se observa que o carbono δ 41,4 se correlaciona com dois hidrogênios não
equivalentes, um em δ 2,25 (m) e outro em δ 2,09 (m). O carbono carbinólico em δ
87,9 que também se correlaciona com o H-17 e a
1
J com um hidrogênio em δ 5,40
(tl; 7,0 Hz).
O hidrogênio de deslocamento químico de δ 2,25 se correlaciona
com o carbono δ 146,4 e acopla com o hidrogênio H-17 e com o hidrogênio
carbinólico em δ 5,40 via COSY. Estas correlações permitem por o grupo metileno
entre o H-17 e o hidrogênio δ5,40.
O hidrogênio δ5,40 se correlaciona com os carbonos sp
2
em δ134,9 e
em 146,5. Estas correlações, mais as correlações acima descritas, permitem propor
uma ligação dupla no anel D deste composto, lembrando que o carbono em δ 134,9
C CH
H
H
C
H
OR
O
3
,
60
2
,
25
2
,
09
5
,
40
41
,
4
49
,
4 87
,
9
O
H
49
,
4
3
,
60
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tamm se correlaciona com os hidrogênios δ5,40, 3,60 e com a metila em δ 1,63 e
o carbono em δ 146,5 com os hidrogênios δ 5,40, δ 3,60, δ 2,25. Este carbono em δ
146,5 também se correlaciona com as metilas δ 1,63(s) e δ 1,26 (s) [δ 16,9]. A
correlação entre o carbono δ134,9 com apenas uma metila e as do carbono δ 146,5
com duas metilas permite distinguir ambos os carbonos, sendo que ao carbono δ
134,9 (C-13) somente é permitido, respeitando as correlações a
3
J, se correlacionar
apenas com a Me-18 ao passo, que ao C-14 (δ146,5) nos limonóides, é permitido se
correlacionar com as metilas 18 e 30, ambas em um
3
J. Desta forma, a metila em δ
1,63(s) é confirmada com sendo a M-18, pela correlação J
2
entre seus hidrogênios
com o C-13 e pela correlação
3
J com o C-14. Assim, a correlação entre C-14 com a
metila em 1,26(s) à
3
J finaliza o anel D da molécula. Esta metila em δ 1,26 se
correlaciona via HSQC com o carbono δ 16,9 permitindo propor a seguinte sub-
estrutura de um anel D para um limonóide C-seco.
A metila em δ1,26 (s) [δ 16,9] além de se correlacionar com C-14 (δ
146,5), apresenta correlações com um carbono quaternário δ 49,0, e com dois
carbonos terciários δ 39,4 e δ 85,6. O carbono δ 39,4 se correlaciona (via HSQC)
com um hidrogênio em δ2,71 (m) e o carbono δ85,6, por sua vez, com o hidrogênio
δ 4,41 (d; 3,1 Hz). O carbono δ 49,0 além de se correlacionar com os próprios
hidrogênios da Me-30 apresenta correlação com o hidrogênio δ 2,71 e com dois
hidrogênio metilênicos não equivalentes δ 2,25 (m) e δ 2,09 (m). Estes hidrogênios
são confirmados pelo HSQC como pertencentes a um mesmo grupo metileno.
O carbono δ 85,6 acopla com um hidrogênio δ 4,41. Esse hidrogênio
se correlaciona com os carbono δ 39,9 e 72,6 e com o carbono da M-30. Este
hidrogênio também acopla com um hidrogênio vizinho δ 3,95 (dd; 12,5 e 3,1 Hz) [δ
72,6] como pode ser observado no espectro de COSY. O hidrogênio δ 3,95 se
correlaciona com o carbono δ 85,6. O carbono δ 72,6 se correlaciona com um
O
OR
H
H
H
H
1
,
63
1
,
26
87
,
9
134
,
9
146
,
5
3
,
60
2
,
25
5
,
40
49
,
4
41
,
4
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hidrogênio δ 2,77 (d; 12,6 Hz) [δ39,9] e com um hidrogênio metilênico em δ 3,57 (d;
7,5 Hz). Este hidrogênio δ 3,95 também acopla (observado via COSY) com o
hidrogênio em δ 2,77 (d; 12,6 Hz). A correlação
1
J do carbono terciário δ 39,4 com o
hidrogênio em δ 2,71 (dd; 8,2 e 4,2 Hz) e a correlação entre deste hidrogênio (δ
2,71) com os carbonos δ 146,5 (C-14), δ 30,7; 49,0; 40,6 e 172,8 conclui o anel B.
Uma vez que no experimento de HMBC realizado é permitido uma constante de
correlação máxima à três ligações entre hidrogênios e carbonos, este hidrogênio δ
2,71 pode ser definido como sendo o H-9. Esta afirmação pode ser racionalizada
uma vez que a classe de limonóides C-seco apresentam um C-8 quaternário e o C-7
como sendo um carbono funcionalizado. Desta maneira, pela correlação com a Me-
30, somente restou ser δ 4,41 o H-7 e o C-8 δ 49,0. Através das correlações via
COSY encontradas para o sistema de spins relacionado ao H-7, e através das
análises das constantes de acoplamento, os hidrogênios δ 3,95 e δ 2,77, permitem
caracterizar H-6 e H-5 respectivamente. Assim, pode-se propor a seguinte estrutura
para o anel B:
O anel C-seco foi caracterizado pelas correlações entre o grupo éster
metílico com H-9 (δ 2,77). Pelo espectro de HMBC observa-se o sinal do hidrogênio
de metila em δ 3,20 (s) se correlacionado com um carbono em δ 51,5. Esta metila
apresenta apenas uma correlação, com um carbono em δ 172,8 o mesmo carbono
que se correlaciona com o H-9. Este carbono carboxíalquílico tamm se
correlaciona com os hidrogênios metilênicos δ 2,25 (m) e 2,09 (m). Os hidrogênios
deste grupo metileno se correlaciona
1
J com o carbono δ 30,7 e a
2
J ou
3
J com C-8.
Estando o anel B e D totalmente atribuído, resta apenas ser este grupo metilênico o
C-11. Estas correlações permitem propor o anel C-seco como:
H
RO
OR
H
H
H
H
H
2
,
71
39
,
4
30
,
7
1
,
26
16
,
9
146
,
5
49
,
0
2
,
25
2
,
09
2
,
77
3
,
95
4
,
14
85
,
6
72
,
6
39
,
9
40
,
6
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O H-5, δ 2,77 (d; 12,6 Hz) [δ 39,9], ainda apresenta correlação com
duas metilas, uma em δ 0,95 (s) [δ 15,1] e outra em δ 1,18 (s) [δ 19,6]. Além das
metilas, ele se correlaciona com os carbonos quaternários δ 42,7 e 40,6. O carbono
em δ40,6, por se correlacionar com o H-11 que pode ser caracterizado como C-10 à
J
3
. A metila em δ0,95 se correlaciona com C-5, com C-10, com um sinal de carbono
em δ 71,3 e com δ C-9. A correlação com C-9 permite propor como sendo a Me-19.
A metila em δ 1,18 que se correlaciona com um sinal de carbono em δ 71,3, e
tamm com um carbono δ 77,6, o qual pelo HSQC observa ser um CH
2
, se
correlaciona com C-5 e com o carbono quaternário em δ 42,7, levando a propô-la
como sendo a Me-29 acoplando com C-3 (
3
J), C-28 (
3
J), C-5 (
3
J), C-4 (
2
J)
respectivamente. Ambas as metilas, Me-29 e Me-19 se correlacionam com um
carbono em δ 71,3, o qual pelo HSQC acopla com dois hidrogênios. Assim, pela
distância entre as metilas não pode ser um grupo metilênico comum a ambas as
metilas, mas sim dois grupos C-H individuais que coincidiram o deslocamento
químico para o carbono.
Além disso, os hidrogênios da Me-29 se correlacionam com um
carbono em δ77,6, que pelo HSQC fornece um CH
2
, sendo um hidrogênio δ3,65 (d;
7,5 Hz) e outro em δ3,57 (d; 7,5 Hz), os quais no espectro de COSY acoplam entre
si. Anteriormente, foi mencionado a correlação entre C-6 e o hidrogênio δ3,57. Essa
correlação permite atribuir o sinal δ 77,6 para C-28 formando uma ponte éter entre
C-28 e C-6 [δ 72,6]. Desta forma, δ 3,65 vem a ser o H-28a e o hidrogênio δ 3,57 o
H-28b. Esta proposta é confirmada comparando os valores dos deslocamentos
químicos com os valores encontrados na literatura [174]. Os dados da literatura,
tamm permitem propor uma ponte éter entre o C-7 e o C-15. Por esta análise,
para concluir a estrutura deste limonóide, resta apenas definir o anel A.
O
O
Me
H
H
H
172
,
8
2
,
71
2
,
25
2
,
09
30
,
7
3
,
20
51
,
5
49
,
0
40
,
6
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O experimento de HSQC apresenta a correlação do carbono δ 71,3
com o hidrogênio em δ4,92 (sl) e um segundo carbono, tamm em δ71,3, com um
hidrogênio em δ 4,75 (tl). O hidrogênio δ 4,92 se correlaciona com o carbono
quaternário δ 42,7 e com o C-5 [δ 39,9]. Estas correlações do hidrogênio δ 4,92
permitem definir este como H-3 e um dos carbonos em δ 71,3 como C-3 am de
confirmar o carbono em δ 42,7 como C-4. O experimento HMBC apresenta uma
correlação entre o H-3 e um carbono carboxialquílico em δ170,4. Este deslocamento
químico é bem característico na literatura para carbono de grupos acetato. Este
carbono se correlaciona com uma metila em δ 1,90 (s) [δ 20,8]. Esta metila, não
apresenta mais nenhuma correlação, o que permite propor um grupo acetato na
posição C-3 deste limonóide.
O hidrogênio em δ 4,75 (sl) [δ 71,3] se correlaciona com um
carbono em δ 166,8, com o outro carbono δ 71,3 (C-3) e com o C-5 [δ 39,9].
Respeitando as constantes de correlação, é possível propor este hidrogênio como
H-1. O carbono δ 166,8 se correlaciona com o próprio H-1, com um hidrogênio em δ
6,92 (dq; 7,1 e 1,5 Hz) [δ 137,2] e com duas metilas, uma em δ 1,90 (s) [δ 20,8] e
outra em δ 1,78 (d; 7,1 Hz) [δ14,4]. O hidrogênio em δ 6,92 se correlaciona com o
carbono δ 166,8 e com as metilas δ 1,90 e δ 1,78. Além destas correlações o
hidrogênio em δ 6,92 também se correlaciona com um carbono sp
2
em δ 129,0. As
metilas δ 1,78 e δ 1,90 também se correlacionam com este carbono além de se
correlacionarem com o carbono em δ 166,8. Estas correlações levam a um grupo
tigloila no C-1. Porém, este grupo apresenta duas metilas, uma em δ 1,78 e 1,90. A
posição destas metilas no grupo tigloila foram definidas analisando as constantes de
acoplamento de cada uma. O hidrogênio em δ 6,92 apresenta um duplo quarteto de
constantes 7,1 Hz e 1,5 Hz. A constante 7,1 Hz é uma constante característica de
MeOOC
O
O
H
H
O
H
OR
RO
2
,
77
39
,
9
0
,
95
1
,
18
15
,
1
19
,
6
42
,
7
40
,
6
71
,
3
71
,
3
77
,
6
3
,
65
3
,
57
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acoplamento entre um hidrogênio vinílico e uma metila vinílica geminados, e a
constante 1,5, característica para um acoplamento entre o hidrogênio vinílico e a
metila vinílica trans entre si. Deste modo, o fato da metila em δ 1,78 ter apresentado
um dubleto de constante 7,1 HZ, pode-se propor como sendo geminada com o
hidrogênio em δ 6,92 e este hidrogênio, na posição 3’ em relação ao C-1’, pois se o
hidrogênio estivesse na posição 2’, as metilas obrigatoriamente deveriam ser
geminais entre si. Assim, a metila em δ 1,90 que apresenta um singleto largo se
encontra na posição 5’, definindo o grupo tigloila. Restando apenas definir o anel A,
pode-se propor a seguinte estrutura:
Para concluir o anel A, resta apenas definir C-2. O espectro de
COSY, apresenta um hidrogênio em δ2,17 (m) [δ 27,6] acoplando com o H-1 e H-3,
ou seja, um hidrogênio vizinho comum a ambos os hidrogênios o que permite propor
como H-2 e conseqüentemente, pelo experimento de HSQC, o carbono em δ 27,6
como C-2. Esta correlação confirma o H-1 uma vez que este não apresentou
correlação nem com C-10, nem com C-9 e nem com a Me-19. Assim pode-se propor
a seguinte estrutura para a substância 03.
MeOOC
O
O
O
O
O
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
2829
30
1"
2"
1'
2'
3'
4'
5'
O
O
O
Me
O
Me
H
Me
H
H
71
,
3
71
,
3
40
,
6
39
,
9
42
,
7
4
,
75
4
,
92
1
,
90
170
,
4
166
,
8
6
,
92
1
,
78
1
,
90
129
,
0
137
,
2
20
,
8
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Esta substância 03 é metabólito secundário conhecido na literatura
[174] por Salannina, anteriormente isolado das sementes do Nim. Neste estudo
fitoquímico do enxerto, ela foi isolado no cerne dos galhos do enxerto coletado em
Xambrê-PR. A confirmação final de sua estrutura pode ser obtida comparando os
dados dos espectros de RMN
1
H e
13
C obtidos com os dados da literatura
apresentados na Tabela 2.7.
Tabela 2.7 – Dados de RMN de
1
H e
13
C para o Salannina.
Isolado (CDCl
3
) Literatura [174] (CDCl
3
)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C
1
H / J (Hz)
13
C
1 4,75 (sl) 71,3 4,80 (t) 71,4
2 2,17 (m) 27,6 entre 2,05 e 2,35 27,4
3 4,92 (sl) 71,3 4,97 (t) 71,4
4 - 42,7 - 42,8
5 2,77 (d) 12,6 39,9 2,83 (d) 40,0
6 3,95 (dd) 12,5; 3,1 72,6 4,00 (dd) 72,7
7 4,14 (d) 3,1 85,6 4,18 (d) 85,8
8 - 49,0 - 49,1
9 2,71 (dd) 8,2; 4,2 39,4 2,76 (dd) 39,5
10 - 40,6 - 40,7
11 a. 2,25 (m)
b. 2,09 (m)
30,7 entre 2,05 e 2,35 30,7
12 - 172,8 - 172,8
13 - 134,9 - 134,9
14 - 146,5 - 146,7
15 5,40 (tl) 7,0 87,9 5,44 (m) 88,0
16 a. 2,25 (m)
b. 2,09 (m)
41,4 entre 2,05 e 2,35 41,5
17 3,60 (d) 49,4 3,66 (d) 49,5
18 1,63 (s) 13,0 1,67 (d) 13,0
19 0,95 (s) 15,1 0,99 (s) 15,1
20 - 127,1 - 127,1
21 7,22 (s) 138,7 7,33 (m) 138,9
22 6,26 (s) 110,6 6,30 (m) 110,6
23 7,29 (s) 142,9 7,26 (m) 143,0
28 a. 3,65 (d) 7,5
b. 3,57 (d) 7,5
77,6 a. 3,72 (m)
b. 3,58 (m)
77,7
29 1,18 (s) 19,6 1,22 (s) 19,6
30 1,26 (s) 16,9 1,30 (s) 16,9
OMe 3,20 (s) 51,5 3,24 (s) 51,5
OAc 1,90 (s) 170,4
20,8
1,94 (s) 170,3
20,8
1’ - 166,8 - 166,8
2’ - 129,0 - 129,2
3’ 6,90 (dq) 7,1; 1,5 137,2 6,96 (m) 137,2
4’-CH
3
1,78 (d) 7,1 14,4 1,81 (dd) 14,3
5’-CH
3
1,90 (s) 11,9 1,94 (s) 11,9
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Figura 2.29 – Espectro de RMN
1
H do Salannina (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.30 – Espectro de RMN
13
C do Salannina (CDCl
3
, 100 MHz).
H-21H-23
H-1
H-22
H-15 H-6
H-7
H-17 H-11; 16H-5
H-9
H-2
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
H-28
H-3
M-4’
M-5’
H-3’
MeOOC
O
O
O
O
O
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
2829
30
1"
2"
1'
2'
3'
4'
5'
H-21H-23
H-1
H-22
H-15 H-6
H-7
H-17 H-11; 16H-5
H-9
H-2
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
H-28
H-3
M-4’
M-5’
H-3’
MeOOC
O
O
O
O
O
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
2829
30
1"
2"
1'
2'
3'
4'
5'
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Figura 2.31 – Espectro de COSY do Salannina (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.32 – Espectro de HSQC do Salannina (CDCl
3
, 100 MHz).
6/5
15/16a
17/16
9/11
3/2 1/2
15/16b
7/6
6/5
15/16a
17/16
9/11
3/2 1/2
15/16b
7/6
21
23 1
22
15 6
7 17
11/165
9
2
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
28
3
M-4’
M-5’
3’
142,9
138,7 137,2
110,6
87,9
71,371,3
85,6
72,6
77,6
49,4
51,5
39,9
39,4
41,4
30,7
27,6
11,9
14,4
13,0
16,9
19,6
15,1
21
23 1
22
15 6
7 17
11/165
9
2
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
28
3
M-4’
M-5’
3’
142,9
138,7 137,2
110,6
87,9
71,371,3
85,6
72,6
77,6
49,4
51,5
39,9
39,4
41,4
30,7
27,6
11,9
14,4
13,0
16,9
19,6
15,1
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Figura 2.33 – Espectro de HMBC do Salannina (CDCl
3
, 100 MHz).
2.5.2.4 Determinação Estrutural do 6-O-Acetilnimbandiol (Substância 04)
O limonóide 6-O-Acetilnimbandiol foi isolado dos galhos do enxerto
coletado em Xambrê-PR. A literatura apresenta esta substância isolada no óleo das
sementes do Nim (Tabela 2.1). Sua estrutura foi determinada com base em
experimentos de RMN
1
H,
13
C, COSY, HSQC e HMBC (Figuras 2.34, 2.35, 2.36,
2.37 e 2.38 respectivamente) assim como também através da comparação com
dados da literatura [92].
21
23
1
22
15
6
7 17
11/16
5
9
2
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
28
3
M-4’
M-5’
3’
9
1’
2’
1/3
4
16
6
7
8
10
11
13
14
15
19
17
OMe
22
20
23
21
12
28
30
29
OAc
18
5’
4’
2
5
3’
OAc
21
23
1
22
15
6
7 17
11/16
5
9
2
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
28
3
M-4’
M-5’
3’
9
1’
2’
1/3
4
16
6
7
8
10
11
13
14
15
19
17
OMe
22
20
23
21
12
28
30
29
OAc
18
5’
4’
2
5
3’
OAc
21
23
1
22
15
6
7 17
11/16
5
9
2
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
28
3
M-4’
M-5’
3’
9
1’
2’
1/3
4
16
6
7
8
10
11
13
14
15
19
17
OMe
22
20
23
21
12
28
30
29
OAc
30
29
OAc
18
5’
4’
2
5
3’
OAc
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Os espectros este metabólito não se diferenciam muito dos limonóides
C-seco discutidos. Esta substância apresenta todos os acoplamentos e todas as
correlações características de um anel furano. O experimento de HSQC revela as
correlações entre os hidrogênios δ7,32, 7,23 e 6,32 com os carbonos δ143,1, 139,0
e 110,3 respectivamente. O experimento de HMBC trás as correlações entre estes
hidrogênios e carbonos, além das correlões
2
J e
3
J entre os hidrogênios e um
quarto carbono em δ 126,7 (C-20). As correlações entre C-20, C-21 e C-22 com um
hidrogênio em δ 3,64 (dl; 8,3 Hz) [δ 49,5] definem o anel furano e identifica o H-17 e
o C-17. Respeitando os acoplamentos e as correlações pode-se propor a seguinte
sub-estrutura.
Este limonóide tamm pertence a classe dos C-secos. Assim,
apresenta um anel D de cinco membros, um anel C-seco e um anel B sem nenhuma
modificação estrutural ou funcional comparado com as substânicas 01, 02 e 03, de
modo que a determinação estrutural desta região da molécula foi realizada como
nos casos anteriores. As poucas diferenças que ocorrem, são nos valores dos
deslocamentos químicos de hidrogênios e carbonos provenientes das modificações
na molécula como um todo. Deste modo, acompanhando os experimentos de 2D e
COSY para o limonóide, pode-se propor estes anéis como:
O
H
H
H
H
7
,
32
7
,
23
6
,
32
143
,
1
139
,
0
126
,
7
110
,
3
3,64
49,5
O
OR
H
H
H
H
135
,
5
145
,
7
1
,
37
1
,
68
2
,
22
2
,
04
3
,
65
49
,
5
5
,
55
H
H
MeOOC
H
H
H
H
OR
OR
3
,
07
5
,
46
4
,
08
1
,
25
48
,
1
48
,
1
2
,
93
2
,
22
2
,
79
70
,
8
84
,
6
O
O
Me
O
H
H
H
OR
O
H
173
,
4
2
,
93
34
,
1
2
,
22
1
,
37
48
,
3
38
,
6
145
,
7
84
,
6
4
,
08
3
,
64
51
,
7
2
,
79
anel D anel C anel B
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Nos experimentos de HSQC e HMBC (Figuras 2.37 e 2.38) podem ser
observados as correlações dos C-13 [δ135,5] e C-14 [δ 145,7] , C-15 [δ 87,3], C-16
[δ 41,3] e da Me-18 [δ 1,68(s); δ 12,8] no anel D, além dos acoplamentos H-H no
espectro de COSY (Figura 2.36), exatamente como descrito para as outras
substâncias. O mesmo ocorre no anel B, com os acoplamentos observados no
experimento COSY entre H-5 [δ 3,07 (d; 12,2 Hz)], H-6 [δ 5,46 (dd; 12,2 e 2,5 Hz)] e
H-7 (δ 4,08 (d; 2,5 Hz)], as correlações entre a Me-30 [δ 1,37(s); δ 17,1] com C-8 [δ
48,3], C-7 [δ 84,6] e C-9 [δ 38,6]; do H-9 [δ 2,79 (t; 5,1 Hz)] com Me-30, C-8 e C-7;
do H-7 com C-6 [δ 70,8] e C-8 e do C-5 [δ 48,1] e C-10 [δ 48,1] com Me-19 [δ 1,25
(s), δ 15,9]. No anel C podem ser observadas as correlações da Me-19 com H-9; do
C-10 com H-11a [δ 2,93 (dd; 16,2 e 5,1 Hz)] e com H-11b [δ 2,22(m)]; dos
hidrogênios H-9, H-11a, H-11b com C-12 [δ 173,4] e do grupo metoxila em δ 3,64 [δ
51,7] com C-12.
Esta substância tamm apresenta um anel A semelhante ao anel
descrito nas substâncias 01 e 02, ou seja, uma cetona α,β-insaturada nas posições
2 e 3. Podem ser observadas correlações entre H-5 e H-2 [δ 5,79 (d; 10,2 Hz)] com
C-4 [δ 70,1] e do H-3 [δ 6,49 (d; 10,2 Hz)] com C-1 [δ 201,8]. O carbono de
deslocamento químico δ 201,8 foi confirmado como sendo C-1 por apresentar
correlação com a Me-19. O H-2 tamm foi confirmado por apresentar correlação
com C-10. Além disso, os valores dos deslocamentos qmicos de H-2 e H-3 são
justificados pela conjugação entre a ligação π da ligação dupla com o grupo
carbonílico, aonde, através de um efeito retirador de elétrons leva a uma
desblindagem maior ao H-3 que o H-2.
As modificações que ocorrem neste limonóide, principalmente em
relação às substâncias 02 e 03, são os valores dos deslocamentos químicos para H-
2, H-3 e H-6. Também foi notado uma elevada variação no deslocamento químico de
C-4. Contudo, a principal diferença neste limonóide é a ausência do C-28 e as
presenças de um grupo acetila e hidroxila. Analisando os experimentos 1D e 2D,
observa-se a correlação de H-3 com uma metila em δ 1,38 [δ 23,8]. Esta mesma
metila, também se correlaciona com H-5 permitindo propor ser ela a Me-28 ou a Me-
29 ligada ao C-4.
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Definindo estas correlações, as únicas correlações que restam nos
experimentos 2D a serem definidas, são referentes a um grupo acetila. Ou seja, há
no experimento de HMBC, um carbono carboxílico em δ 169,7 que se correlaciona
com um hidrogênio metílico em δ 2,22 [δ 21,7]. Além disso, a ausência de um
acoplamento no HSQC entre um sinal de carbono com um singleto largo de um
hidrogênio em δ 3,29 confirma a presença da hidroxila. Na molécula ainda falta
definir uma ligação para o C-4 (um carbono quaternário) e o grupo funcional de C-6.
O carbono C-4 e o hidrogênio H-6 apresentam deslocamentos de grupos
carbinólicos. Assim, a presença do grupo acetila ou da hidroxila em C-4 e em C-6,
justificam seus deslocamentos químicos e a ausência de C-28.
Desta maneira, pode-se ter a hidroxila em C-4 e o grupo acetil em C-6.
O inverso também pode ser verdadeiro, uma vez que nenhum destes grupos
apresentou correlação com outra parte da molécula. Contudo, a literatura para esta
classe de limonóides relata apenas a presença da hidroxila em C-4 e do grupo
acetila em C-6. Comprando os resultados do espectro de RMN
1
H com os dados da
literatura [92] (Tabela 2.8), observa-se uma grande semelhança nos deslocamentos
químicos permitindo propor a mesma substância. Assim, a estrutura molecular da
substância 03 pode ser descrita como:
O
COOMe
H
OR
H
H OR
5
,
79
6
,
49
201
,
8
124
,
5
151
,
1
48
,
1
48
,
1
23
,
8
1
,
38
1
,
25
70
,
1
3
,
07
O
MeOOC
O
O
O
OH
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
29
30
1'
2'
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Tabela 2.8 – Dados de RMN
1
H e
13
C para o 6-O-Acetilnibandiol.
Isolado (CDCl
3
) Literatura (CDCl
3
)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C
1
H [92]
1 - 201,8 -
2 5,79 (d) 10,2 124,5 5,78 (d) 10,0
3 6,49 (d) 10,2 151,1 6,37 (d) 10,0
4 - 70,1 -
5 3,07 (d) 12,2 48,1 3,07 (d) 13,0
6 5,46 (dd) 12,2; 2,5 70,8 5,44 (dd) 13,0; 3,0
7 4,08 (d) 2,5 84,6 4,07 (d) 3,0
8 - 48,3 -
9 2,79 (t) 5,1 38,6 2,77 (t) 5,0
10 - 48,1 -
11 a. 2,93 (dd) 16,2; 5,1
b. 2,22 (m)
34,1 a. 2,18 – 2,23 (m)
b. 2,91 (dd)17,0; 5,0
12 - 173,4 -
13 - 135,5 -
14 - 145,7 -
15 5,55 (tl) 6,6 87,3 5,5 (tl) 7,0
16 a. 2,22 (m)
b. 2,04 (m)
41,3 a. 2,00 – 2,08 (m)
b. 2,18 – 2,23 (m)
17 3,64 (dl) 8,3 49,5 3,64 (dl) 7,0
18 1,68 (s) 12,8 1,67 (s)
19 1,25 (s) 15,9 1,23 (s)
20 - 126,7 -
21 7,23 (s) 139,0 7,30 (sl)
22 6,32 (s) 110,3 6,30 (sl)
23 7,32 (s) 143,1 7,21 (sl)
29 1,38 (s) 23,8 1,37 (s)
30 1,37 (s) 17,1 1,35 (s)
OMe 3,64 (s) 51,7 3,62 (s)
OAc 2,22 (s) 169,7
21,7
2,20 (s)
OH 3,29 - 3,27 (s)
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Figura 2.34 – Espectro de RMN
1
H do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.35 – Espectro de RMN
13
C do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz).
H-21
H-23
H-3
H-2
H-22
H-15
H-6
H-7
H-17
H-11a
H-5
H-11b
H-9 H-16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
OH
OAc
O
MeOOC
O
O
O
OH
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
29
30
1'
2'
H-21
H-23
H-3
H-2
H-22
H-15
H-6
H-7
H-17
H-11a
H-5
H-11b
H-9 H-16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
OH
OAc
O
MeOOC
O
O
O
OH
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
29
30
1'
2'
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Figura 2.36 – Espectro de RMN COSY do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.37 – Espectro de HSQC do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz).
6/5
15/16a 17/16
11a/11b
23/22
15/16b
6/7
9/11b
6/5
15/16a 17/16
11a/11b
23/22
15/16b
6/7
9/11b
21
23 3 2
22
15 6
7
17
11a
5 11b
9 16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
OAc
OH
151,1
143,1
139,0
110,3
124,5
87,3
70,8
84,6
49,5
51,7
48,1
34,1
38,6
41,3
21,7
12,8
34,1
41,3
23,8
17,1
15,9
21
23 3 2
22
15 6
7
17
11a
5 11b
9 16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
OAc
OH
151,1
143,1
139,0
110,3
124,5
87,3
70,8
84,6
49,5
51,7
48,1
34,1
38,6
41,3
21,7
12,8
34,1
41,3
23,8
17,1
15,9
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Figura 2.38 – Espectro de HMBC do 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz).
2.5.2.5 Determinação Estrutural do 6-Desacetilnimbineno (Substância 05)
A substância 05, 6-Desacetilnimbineno, como o 6-O-
Acetilnimbandiol é um 28-norlimonóide. Nesse trabalho, ele foi isolado das folhas do
enxerto coletado em Xambrê-PR. A literatura descreve a presença deste limonóide
nas folhas, na casca e no óleo das sementes de pé franco da A. indica. A Tabela 2.9
apresenta todos os valores dos deslocamentos qmicos de RMN
1
H e
13
C
referentes ao 6-Desacetilnimbineno. Os espectros de RMN
1
H e
13
C e os
experimentos de COSY, HSQC e HMBC usados na sua determinação estrutural
encontram-se nas Figuras 2.39, 2.40, 2.41, 2.42 e 2.43 respectivamente. Sua
determinação estrutural é discutida a seguir.
9
1
2
3
4
OMe
6
7
5/10/8
11
13
14
15
18
19
30
29
17
22
20
23
21
12
21
23
3
2
22
15 6
7
17
11a
5
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
OAc
OH
OAc
16
OAc
9
1
2
3
4
OMe
6
7
5/10/8
11
13
14
15
18
19
30
29
17
22
20
23
21
12
21
23
3
2
22
15 6
7
17
11a
5
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
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OAc
OH
OAc
16
OAc
9
1
2
3
4
OMe
6
7
5/10/8
11
13
14
15
18
19
30
29
17
22
20
23
21
12
21
23
3
2
22
15 6
7
17
11a
5
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
OAc
OH
OAc
16
OAc
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Como nas substâncias anteriormente discutidas, a melhor forma de
se iniciar a determinação estrutural para um limonóide é pelos sinais de hidrogênio
do anel furano. Estes sinais são bem característicos, além de se encontrarem em
uma região bem desblindada do espectro. Assim, analisando os experimentos do 6-
desacetilnimbineno observa-se um sinal em δ 7,32 (t; 1,5 Hz) se correlacionando a
1
J com um carbono δ 143,1, a
2
J ou
3
J com os carbonos em δ 138,9, 126,8 e 110,4.
O carbono δ 138,9 se correlaciona com o hidrogênio em δ 7,22 (s) (via HSQC) o
qual, por sua vez, se correlaciona com os carbonos δ 143,1, 126,8 e 110,4 (via
HMBC). Observa-se também que o carbono δ 110,4 se correlaciona a uma ligação
com o hidrogênio em δ6,29 (m). Este hidrogênio, se correlaciona com os carbonos δ
143,1, 138,9 e 126,8. O carbono em δ 126,1 não apresenta correlação com
hidrogênio a uma ligação como pode ser observado no experimento de HSQC.
Estas correlações são características para o anel furano de limonóides. Ao analisá-
las pode se concluir ser o carbono em δ 126,8 o C-20 do anel furano, o carbono em
δ 110,4 (δ6,29) C-22 e os carbonos δ 143,1 (δ 7,32) e δ 138,9 (δ 7,22) os carbonos
C-23 e C-21. As posições atribuídas para o carbono δ 143,1 e δ 138,9 podem estar
invertidas.
Além destas correlações, tamm se verifica que ambos os carbonos δ
138,9, 126,8 e 110,4 se correlacionam com um hidrogênio em δ 3,68 (dd; 5,2 e 1,3
Hz) [δ 49,5]. Estas correlações sugerem a presença de um hidrogênio vizinho ao
anel furano, que pode ser definido como sendo H-17. A correlação do carbono δ
138,9 com H-17 o confirma como sendo C-21 definindo o anel furano. O carbono em
δ 110,4 é facilmente atribuído a posição C-22, sendo este carbono afetado pelo
efeito de blindagem de elétrons em virtude da conjugação da ligação π da ligação
dupla entre C-22 e C-23 com o par de elétrons livres do oxigênio. Estas correlações
permitem propor o anel furano como sendo:
O
H
H
H
H
7
,
32
7
,
22
6
,
29
143
,
1
138
,
9
110
,
4
126
,
8
3
,
68
49
,
5
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O H-17 (δ3,68), além das correlações com os carbonos do anel furano,
exibe correlações com um carbono em δ 147,2, outro carbono em δ 86,4 e uma
terceira correlação com um carbono em δ41,3. Os experimentos de COSY e HSQC
descrevem o carbono em δ 41,3 como um carbono de um grupo metilênico. Este
carbono se correlaciona com dois hidrogênios (via HSQC), um em δ2,19 e outro em
δ 2,07 ambos sendo multipletos. O carbono δ 86,4 se correlaciona a
1
J com o
hidrogênio δ 5,45 (m) e este último acopla (observado via COSY), com os
hidrogênios do grupo metilênico. Estes dados novamente sugerem um limonóide
com um anel C-seco. Para tanto, deve haver uma metila (Me-18) se correlacionando
com o C-17 [δ 49,5]. Esta metia é encontrada em δ 1,69 (d; 1,3 Hz). Além de se
correlacionar com o C-17, esta metila apresenta correlações com mais dois
carbonos, um em δ 147,2 e outro em δ 134,9 o que confirma como sendo a Me-18 e
os carbonos δ 134,9 e 147,2 serem os carbonos C-13 e C-14 não respectivamente.
Porém, o carbono em δ147,2 apresenta uma correlação com outra metila em δ 1,33
(s) [δ17,4]. Considerando ser esta metila em δ1,33 a Me-30, identifica o carbono em
δ 147,2 como C-14 e o carbono δ 134,9 como C-13. Por estas correlações, é
possível propor a seguinte estrutura:
A Me-30, demonstra outras correlações. Ela apresenta correlações
com um carbono carbinólico em δ87,9, com um quaternário δ47,3 e um terciário em
δ 37,1. O carbono δ87,9 refere-se a um grupo funcionalizado em C-7. Este carbono
funcionalizado vem da biossíntese dos limonóides. Este carbono δ 87,9 se
correlaciona no HSQC com o hidrogênio em δ 4,06 (d; 5,1 Hz) (H-7). O H-7 também
se correlaciona na HMBC com carbonos em δ 47,3 e δ 37,1, os quais deram
correlações com a Me-30. Respeitando as constantes de correlação a
2
J e
3
J,
conclui ser o carbono δ 47,3 como C-8 e o carbono δ 37,1 como C-9. O C-9 se
correlaciona via HSQC com um hidrogênio em δ2,66 (dd; 6,0 e 4,4 Hz).
O
OR
H
H
1
,
33
147
,
2
134
,
9
3
,
68
1
,
69
49
,
5
5
,
45
86
,
4
41
,
3
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O experimento HSQC mostra que se sobrepondo ao sinal do H-7 existe
um outro sinal de hidrogênio carbinólico em δ 4,04 (dd; 16,0 e 5,1 Hz) [δ 66,4]. O
experimento de HSQC ainda demonstra um hidrogênio em δ 2,81 (d;16,0 Hz)
correlacionando com um carbono em δ 47,2. Tanto o carbono δ 66,4 quanto o
hidrogênio δ4,04 não apresentaram correlações no HMBC, porém, pelas constantes
de acoplamento, facilmente pode-se deduzir como sendo H-6, o qual acopla com H-
5 e com H-7 com constantes de 16,0 e 5,1 Hz respectivamente. Deste modo, foi
possível também atribuir ao hidrogênio em α 2,81 a posição H-5. Estas constantes
tamm informam sobre a estereoquímica destes grupos. Entre o H-7 e o H-6
uma constante referente a um acoplamento equatorial-axial e entre o H-6 e o H-5
uma constante referente a um acoplamento axial-axial. Sabendo pela biosíntese que
o grupo funcional do C-7 se encontra em α, o H-7 pode estar em β (equatorial) o
que leva o H-6 estar numa posição axial, também em β, e o H-5 estar numa posição
axial ao H-6, estando na face α. Assim pode-se propor a seguinte estrutura para o
anel B:
Além das correlações descritas, o C-9 correlaciona-se com uma
metila em δ 1,05 (s) [δ 14,0] e essa tamm correlaciona-se com C-5 [δ 47,2] e com
um carbono em δ49,4 identificando a metila Me-19 e C-10. O HSQC demonstra dois
hidrogênios um δ 2,80 (dd; 16,2 e 6,0 Hz) e outro em δ 2,24 (dd; 16,2 e 4,4 Hz)
correlacionando a um mesmo carbono, indicando um grupo metilênico. Por suas
constantes de acoplamento, uma de 16,2 Hz, referente ao acoplamento geminal, e
as outras de 6,0 e 4,4 Hz, caracterizam este grupo CH
2
, como vizinho ao H-9 o qual,
apresenta um duplo dubleto de constantes de acoplamento de 4,4 e 6,0 Hz. Assim,
estes hidrogênios δ2,80 e 2,24 seriam o H-11a e o H-11b respectivamente. O H-11a
OR
OR
O
OR
H
H
H
H
87
,
9
1
,
33
47
,
3
37
,
1
4
,
06
2
,
66
4
,
04
2
,
81
66
,
4
47
,
2
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se correlaciona com um carbono carboxilíco em δ 173,7 o qual se correlaciona com
uma metoxila em δ3,59 (s) [δ51,7] levando a propor um grupo éster em C-12.
Definido o anel B e o anel C, resta definir o anel A. Analisando os
espectros, observa-se que apenas faltava atribuir uma metila em δ 2,04 (sl) [δ 21,8],
um carbono em δ 138,6, um hidrogênio em δ 5,58 (m) [δ 119,1], um grupo metileno
em δ 2,92 (m) [δ 39,9] e um carbono carboxílico em δ 213,3. A metila δ 2,04, pelo
HMBC, se correlaciona com os carbonos δ 119,1 e 138,6, ou seja estaria se
correlacionando com dois carbono sp
2
sendo um deles, o carbono δ 119,1,
correspondente ao CH com sinal em δ 5,58. O experimento COSY o forneceu
muitas informações para esta estrutura, porém, aqui, apresentou uma correlação
muito importante, mostrando um acoplamento entre o hidrogênio δ 5,58 com os
hidrogênios em δ 2,92 (m) [δ 39,9]. Considerando estas correlações, pode-se
resumir:
Além destas correlações, observa-se uma correlação entre a Me-19 e o
carbono δ 213,3 e, entre a metila δ 2,04 com o C-5 [δ 47,2]. Estas correlações
permitem propor a seguinte estrutura para o anel A:
47
,
3
37
,
1
2
,
66
2
,
81
47
,
2
1
,
05
49
,
4
2
,
80
2
,
24
33
,
6
173
,
7
3
,
59
51
,
7
OR
OR
O
OR
H
H
H
H
H
O
O
Me
H
H Me
H
H
119
,
1
5
,
58
138
,
6
2
,
04
21
,
8
39
,
9
2
,
92
O
213
,
3
2
,
04
1
,
05
47
,
2
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Definindo o anel A, resta apenas definir os grupos funcionais para o C-
6, C-7 e C-15. Semelhantemente aos compostos 01, 02, 03 e 04, este limonóide
apresenta deslocamentos químicos para C-7 e C-15 que permite propor uma ponte
éter entre estes carbonos. O valor do deslocamento químico do C-6, comparado
com a literatura, permite propor uma hidroxila em C-6. Desta maneira Assim, a
estrutura do limonóide foi concluída como sendo a substância 05, denominado 6-
Desacetilnimbineno.
Tabela 2.9 – Dados de RMN de
1
H e
13
C do 6-Desacetilnimbineno isolado.
Carbono
1
H / J (Hz)(CDCl
3
)
13
C Carbono
1
H / J (Hz) (CDCl
3
)
13
C
1 - 213,3 14 - 147,2
2 2,92 (m) 39,9 15 5,45 (m) 86,4
3 5,58 (m) 119,1 16 a. 2,19 (m)
b. 2,07 (m)
41,3
4 - 138,6 17 3,68 (dd) 5,2; 1,3 49,5
5 2,81 (d) 16,0 47,2 18 1,69 (d) 1,3 12,9
6 4,04 (dd) 16,0; 5,1 66,4 19 1,05 14,0
7 4,06 (d) 5,1 87,9 20 - 126,8
8 - 47,3 21 7,22 (s) 138,9
9 2,66 (dd) 6,0; 4,0 37,1 22 6,29 (m) 110,4
10 49,4 23 7,32 (s) 143,1
11 a. 2,80 (dd)16,2; 6,0
b. 2,24 (dd)16,2; 4,4
33,6 29 2,04 (s) 21,8
12 - 173,7 30 1,33 (s) 17,4
13 - 134,9 OMe 3,59 (s) 51,7
MeOOC
O
O
O
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
29
30
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Figura 2.39 – Espectro RMN
1
H do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 200 MHz).
Figura 2.40 – Espectro RMN
13
C do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 100 MHz).
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a
5
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
MeOOC
O
O
O
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
29
30
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a
5
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
MeOOC
O
O
O
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
29
30
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Figura 2.41 – Espectro COSY do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.42 – Espectro de HSQC do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 100 MHz).
6/5
15/16a 17/16
23/22
15/16b
3/2
6/5
15/16a 17/16
23/22
15/16b
3/2
21
23
3 222
15
6
7
17
11a
5 11b9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
143,1
138,9
110,4
119,1
86,4
87,9
66,4
49,5
51,7
39,9
47,2
33,6
37,1
41,3
33,6
21,8
12,9
17,4
14,0
21
23
3 222
15
6
7
17
11a
5 11b9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
143,1
138,9
110,4
119,1
86,4
87,9
66,4
49,5
51,7
39,9
47,2
33,6
37,1
41,3
33,6
21,8
12,9
17,4
14,0
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Figura 2.43 – Espectro de HMBC do 6-Desacetilnimbineno (CDCl
3
, 100 MHz).
2.5.2.6 Determinação estrutural da Nimbolina A (Substância 06)
A nimbolina A é um limonóide isolado das raízes do enxerto coletado
em Xambrê-PR. A raiz pertence ao porta enxerto (cavalo). Deste modo, a raiz deve
manter as características metabólicas da Melia azedarach. Esse composto não
refere-se a uma substância inédita, tendo sido isolada anteriormente em M.
azedarach e M. birmanica. Esta substância diferencia-se das cinco outras
anteriormente discutidas por não apresentar o anel C-seco. Sua determinação
estrutural é discutida a seguir. Por falta de dados de
13
C o encontrados na
literatura, os valores de RMN
1
H e
13
C esta substância foram comparados com os
valores apresentados para a Trichilinina D, sendo esta, um limonóide de grande
semelhança estrutural. Estas substâncias apresentam uma grande similaridade
11a
5
2123
3
2
22
15
6
7
17
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
9
1
2
3
OMe
6
7
5/8
11
13
14
15
18
19
30
29
10/17
22
20
23
21/4
12
16
11a
5
2123
3
2
22
15
6
7
17
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
9
1
2
3
OMe
6
7
5/8
11
13
14
15
18
19
30
29
10/17
22
20
23
21/4
12
16
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entre si. A Tabela 2.10 apresenta todos os deslocamentos químicos de RMN
1
H e
13
C referentes à substância 06 e a Trichilinina D. Os espectros de RMN
1
H, RMN
13
C, COSY, HSQC e HMBC encontram-se nas Figuras 2.44, 2.45, 2.46, 2.47 e 2.48
respectivamente.
Os experimentos 1D e 2D para este composto foi realizado em um
microprobe de 60 µL devido a pouca quantidade de amostra. Assim, obteve-se uma
melhor relação sinal/ruído proveniente do aumento na concentração. Todavia, o uso
desta técnica, leva a perda da multiplicidade entre os acoplamentos
1
H-
1
H
proveniente da perda na resolão. Esta perda de resolução ocorre uma vez que
não a rotação em torno do eixo vertical da amostra no rotor do equipamento.
Assim, sem este giro, não ocorre a compensação da não homogeneidade com
campo magnético.
O espectro de RMN
1
H apresenta os sinais característicos referentes
aos hidrogênios do anel furano. Assim, num primeiro momento foi definido este
primeiro anel. As correlações entre o hidrogênio δ7,34 (s) [δ142,5] com os carbonos
δ 139,7, 124,5 e 111,0.; o hidrogênio δ 7,19 (s) com os carbonos δ 142,5, 124,5 e
111,0 e o hidrogênio δ 6,24 (s) com os carbonos δ 142,5, 139,7 e 124,5, definem os
hidrogênios e carbonos do anel furano. A correta posição de cada um, é definida
analisando os deslocamentos químicos individuais. Devido a conjugação entre um
par de elétrons do oxigênio com os elétrons π define o carbono δ 111,0 como C-22.
O carbono δ 124,5 como C-20. A dúvida fica entre C-21 e C-23, uma vez que as
correlações permitem colocar tanto o carbono δ 142,5 quanto o δ 139,7 em ambas
as posições sem gerar erros de correlação. Contudo, a correlação a um
3
J entre C-
21 e H-17 define o carbono δ 139,7 como C-21 restando ao carbono δ 142,5 a
posição C-23. Estas correlações definem o anel furano e a posição 17 sendo o H-17
δ 2,81 e o seu respectivo carbono δ 51,5. Assim, respeitando as correlações pode-
se propor:
O
H
H
H
H
142
,
5
7
,
34
139
,
7
7
,
19
111
,
0
6
,
24
124
,
5
51
,
5
2
,
81
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O H-17 apresenta outras correlações além das descritas. Ele se
correlaciona com um carbono quaternário δ 47,3, com um carbono de metila em δ
21,5, um carbono δ 34,2 e um outro δ 32,9. O carbono δ 34,2 correlaciona (via
HSQC) com um multipleto em δ 2,37. Este multipleto acopla (observado no COSY),
com o H-17. Assim, estas correlações permitem atribuir este multipleto como sendo
os H-16a e H16b e o carbono metilênico δ 34,2 ao C-16. O hidrogênio em δ 2,37 se
correlaciona com C-17 e com os carbonos δ 47,3, 157,3 e 120,7. O carbono δ 47,3
se correlaciona com a metila em δ 0,85 [δ 21,5]. Esta metila se correlaciona com C-
17 e com este carbono δ 47,3 posicionando-a como sendo a Me-18. O carbono δ
47,3, além das correlações mencionadas, ainda se correlaciona com o H-16 (δ
2,37). Uma vez que os espectros de HMBC em geral é permitindo uma correlação
máxima entre H C a três ligações de distância, o carbono em δ47,3 deve ser o C-
13 ou C-14 no anel D do limonóide. O H-16 ainda acopla (COSY) com um hidrogênio
em δ5,56. Visto que o H-17 já foi identificado, resta a este hidrogênio ser o H-15. O
H-15 correlaciona (observado via HSQC) com um carbono sp
2
em δ 120,7 [C-15].
Sendo C-15 um carbono insaturado deve haver outro carbono insaturado sp
2
visinho
a ele. Este carbono C-14 [δ157,3] é identificado pela sua correlação com H-16. O C-
14 tamm se correlaciona com a metila em δ 0,85 (Me-18). Sendo o carbono em δ
157,3 definido como C-14, sua correlação com o sinal em δ 0,85 confirma este para
Me-18. Assim, a Me-18 se correlacionando com δ 47,3 permite atribuí-lo ao C-13.
Através destas correlações se obtém a seguinte estrutura para o anel D:
O C-14 [δ157,3] apresenta uma importante correlação com uma metila
em δ 1,24 (s) [δ26,3]. Esta correlação confirma o carbono C-14 apresenta a Me-30.
Esta metila δ1,24 se correlaciona com os carbonos δ44,5, 74,2 e δ35,2. O carbono
δ 44,5 é um carbono quaternário que se correlaciona com a própria Me-30 e com os
hidrogênios em δ 5,72 (sl) [δ 74,3], δ 2,70 (m) [δ 35,2] e o H-14 em δ 5,56.
O
H
H
H
H
51
,
5
2
,
81
2
,
3734
,
2
5
,
56
0
,
85
21
,
5
120
,
7
157
,
3
47
,
3
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Principalmente esta correlação entre o carbono δ44,5 com o H-14, confirma ser este
o C-8. Uma vez definido C-8, as correlações da Me-30 com os carbonos δ 35,2 e δ
74,2 (mesmas correlações apresentadas pelo C-8) se pode definir estes carbonos,
respeitando a distância entre as ligações químicas, como sendo C-9 e C-7
respectivamente, posicionados no anel B. Assim, obtém-se :
O H-17 além das correlações descritas, apresenta mais uma
correlação com um carbono em δ32,9, o qual (observado via HSQC) se correlaciona
a um hidrogênio em δ 2,34. O C-13 [δ 47,3] também se correlaciona com este
hidrogênio. Uma vez definido H-16, pode-se propor para este sinal H-12 e,
conseqüentemente, o carbono em δ 32,9 para C-12. O C-12 além de se
correlacionar com o H-17, tamm se correlaciona com a Me-18 (δ 0,85)
confirmando sua posição. Definido C-12, para completar o anel C, falta definir C-11.
O C-9 [δ 35,2] demonstra correlações com hidrogênios em δ 2,66, 1,65, 1,39 e com
metilas em δ 1,24 e 1,05. O C-8, também demonstra correlação com o hidrogênio δ
1,39 . O H-9 (δ 2,70) se correlaciona com um carbono δ 39,1, com o carbono Me-30
[δ 26,3], e com um carbono em δ 15,3. O carbono em δ 39,1 é um carbono
quaternário. Uma vez determinado a Me-30 (δ1,24), esta segunda metila que C-9 se
correlaciona em δ 1,05, somente pode ser referente a Me-19. Determinando a Me-
19, toda a região vizinha a C-9 no anel encontra definida. O sinal do carbono δ 15,3
atribuído a Me-19, demonstra uma sobreposição de sinais, indicando outro carbono
de deslocamento químico de δ 15,3. Assim, Pelas correlações de C-9 com os
hidrogênios δ 1,65 e 1,39 somente podem ser esses referentes aos hidrogênios H-
11a e H-11b. Porém, estes hidrogênios não apresentaram correlações nos HSQC.
Assim, a confirmação de C-11 ocorreu pela comparação com dados apresentados
na literatura [55]. Até este momento, é possível propor a seguinte estrutura:
OR
H
H
H
157
,
3
44
,
5
1
,
24
26
,
3
35
,
2
74
,
3
5
,
72
5
,
56
2
,
70
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O carbono definido como C-7 em δ74,3 via HSQC se correlaciona com
um hidrogênio em δ5,72 (sl) e via HMBC com um hidrogênio em δ4,26 (dl; 12,0 Hz).
Este hidrogênio δ 4,26 se correlaciona com um carbono em δ 72,7 (observado via
HSQC) e acopla o hidrogênio em δ 5,72 (observado via COSY). O hidrogênio em δ
5,72 ainda se correlaciona com o carbono δ 41,4 (via HMBC). O carbono em δ 72,7
tamm se correlaciona com um hidrogênio em δ 2,66 e com seu respectivo
hidrogênio (δ 4,26). Este hidrogênio em δ 4,26 acopla com o hidrogênio em δ 2,66
(observado via COSY). Esses acoplamentos do COSY indicam que o H-7 (δ 5,72)
acopla com o H-6 (δ4,26) e o H-6 acopla com H-7 e com H-5 (δ2,66), aliás este H-5
se correlaciona a um
3
J com C-9 [δ 35,2] confirmando sua posição. O HSQC mostra
H-5 correlacionando com um carbono em δ 41,4. Estas correlações concluem o anel
B como:
Nos limonóides anteriormente discutidos o C-7 apresentava uma ponte
éter com C-15. Este, todavia, apresenta uma nova correlação entre H-7 e um
carbono em δ 165,3. Este carbono carbonílico δ 165,3 se correlaciona com um
hidrogênio em δ7,71 (d; 15,8 Hz), com um hidrogênio em δ6,41 (d; 15,8 Hz) e com
o próprio H-7. O espectro de COSY demonstra o acoplamento entre estes
hidrogênios δ 7,71 e δ 6,41 indicando uma ligação dupla vizinha ao carbono
O
H
H
OR
H
OR
41
,
4
2
,
66
4
,
26
72
,
7
74
,
3
5
,
72
39
,
1
O
OR
H
H
H
H
H
H
35
,
2
2
,
70
44
,
5
32
,
9
2
,
81
2
,
34
47
,
3
2
,
66
1
,
39
1
,
65
15
,
3
1
,
05
39
,
1
74
,
3
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carbonílico, ou seja, um éster α,β-insaturado. A constante de acoplamento entre os
hidrogênios, indica uma ligação dupla trans. O hidrogênio δ 7,71 (H-3’) correlaciona
(
1
J) com um carbono em δ143,7 [C-3’] e o hidrogênio δ 6,41 (H-2’) com um carbono
em δ 119,0 [C-2’]. O carbono 119,0 pode ser definido como C-2’ visto que,
semelhante ao efeito de blindagem que ocorre no anel furano para a posição C-22,
a conjugação dos elétrons π da dupla ligação com os elétrons π da carbonila,
apresenta a propriedade de desblindar a C-3. É comum em Melia a presença de um
grupo cinnamoila. Este grupo apresenta um anel aromático ligado ao carbono C-3’.
Observando o hidrogênio em δ 7,71, nota-se que ele se correlaciona com os
carbonos C-1’ e C-2’ e com outros carbonos em δ 127,6 e 134,5. O H-2’ tamm se
correlaciona com o carbono δ 134,5. Este carbono em δ 134,5 é um carbono sp
2
totalmente substituído. Estas correlações entre os H-2’ e H-3’ com o carbono em δ
134,5 permite defini-lo para C-4’. Em δ 127,6 se observa um sinal referente a dois
carbonos equivalentes entre si e, devido a correlação entre estes carbonos com o H-
3’ é possível propor ser referente a dois carbonos equivalentes nas posições C-5’ e
C-9’ em um anel aromático mono substituído. O HSQC trás as correlações destes
carbonos com dois hidrogênios tamm equivalentes entre si em δ 7,43.
Observando os espectros de RMN
1
H e
13
C estes ainda apresentam um sinal em δ
130,0 o qual se correlaciona à um hidrogênio em δ 7,38 (observado via HSQC). O
hidrogênio δ 7,38 se correlaciona com o carbono em δ 127,6 [C-5’/C-9’] e com o
carbono δ 134,5 [C-4’] permitindo defini-lo como H-6’ ou H-8’. A intensidade do sinal
no espectro de RMN
13
C para este sinal em δ 130,0 permite atribuí-lo aos dois
carbonos C-6’ e C-8’. Anéis aromáticos mono substituídos apresentam um plano de
simetria onde os hidrogênios em uma face do plano, assim, podem, por um
elemento de simetria, se interconverterem nos hidrogênios do outro plano, sendo
estes hidrogênios equivalentes entre si. Além destas correlações o hidrogênio em δ
7,43 se correlaciona a
3
J com um carbono em δ 130,3. Este carbono, no HSQC
correlaciona-se a um hidrogênio em δ 7,34. Restando apenas definir o carbono para
em relação ao carbono substituído neste anel benzeno, este carbono e hidrogênio
podem ser então, definidos como C-7’ e H-7’ respectivamente. Considerando estas
correlações pode se propor um anel benzeno ligado ao grupo éster α,β-insaturado
propondo um grupo cinnamoíla em C-7. Deste modo, o grupo cinnamoíla pode ser
proposto sendo:
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Definindo o grupo funcional do C-7 falta ainda concluir o anel A e o
grupo funcional para C-6. O H-5 (δ 2,66) além das correlações apresentadas com
o C-10 [δ 39,1], com C-6 [δ 72,7] e com a Me-19 [δ 1,05] se correlaciona com uma
metila em δ1,20 [δ19,2], com um carbono quaternário em δ42,1 e com um carbono
carbinólico δ 72,4. Os hidrogênios da metila em δ 1,20 [δ19,2] também se
correlacionam com o carbono δ 42,1 e com outros dois carbonos carbinólicos em δ
71,6 e 77,9. O carbono desta metila [δ 19,2] se correlaciona com o H-5 e com dois
hidrogênios, um em δ 3,51 (d; 7,3 Hz) e outro em δ 3,43 (d; 7,3 Hz). Pelo HSQC
observa-se que estes dois últimos hidrogênios se correlacionam com um único
carbono em δ 77,9 fornecendo um grupo CH
2
. O hidrogênio δ 3,51 se correlaciona
com C-5, com a metila δ 1,20 e com C-6. O hidrogênio δ 3,43 se correlaciona com o
carbono quaternário δ 42,1, com a metila δ 1,20 e com o carbono δ 71,6. Estas
correlações descrevem o carbono δ 42,1 como C-4, a metila δ 1,20 como Me-29 e
indica a presença de uma ponte éter entre o grupo metilênico em C-28 e o C-6. Esta
ponte éter justifica os valores de C-28 e C-6 como carbonos carbinólicos. Desta
forma, o hidrogênio δ 3,51 vem a ser o H-28a e o hidrogênio δ 3,43 o H-28b. Am
disto, a correlação de H-28b com o carbono em δ 71,6 identifica este carbono como
C-3 restando ao carbono δ 72,4 a posição C-1. O C-1 é confirmado observando sua
correlação com H-5 a
3
J. Assim, o seguinte anel A pode ser proposto:
165
,
3
7
,
71
6
,
41
5
,
72
127
,
6
134
,
5
7
,
43
7
,
38
130
,
0
7
,
34
130
,
3
OR
H
O
H
H H
H
H
O
O
OCin
H
H
H
RO
OR
2
,
66
3
,
51
3
,
43
77
,
9
1
,
20
71
,
6
72
,
4
42
,
1
72
,
7
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O C-3 [δ 71,6] se correlaciona a
1
J com um hidrogênio em δ 4,93 (sl)
sendo o H-3. O H-3 se correlaciona com o C-1 e com a Me-29. O carbono em δ72,4
se correlaciona a
1
J com um hidrogênio em 4,78 (sl) sendo este o H-1. O espectro
de COSY demonstra o acoplamento de H-1 com um hidrogênio em δ 2,14 (sl) [δ
27,6] identificando o H-2 e o carbono C-2. Esta afirmação é confirmada observando
a correlação deste hidrogênio com C-10 e C-4. O H-3 se correlaciona com um
carbono em δ 169,6 e este carbono se correlaciona com uma metila em δ 2,14 [δ
21,3] fornecendo um grupo acetato ligado em C-3. Correlações semelhantes são
observadas entre H-1 e um carbono em δ 169,8 e, entre este carbono em δ 169,8 e
outra metila em δ1,83 [δ20,7] também fornecendo um grupo funcional acetila em C-
1.
Assim, concluído o anel A e a estrutura do limonóide foi como sendo a
substância 06, denominada Nimbolina A.
Nimbolina A
Trichilinina D
2
,
14
21
,
3
3
,
51
3
,
43
1
,
83
O
OCin
H
H
H
O
O
H
H
H
O
Me
O
Me
2
,
66
77
,
9
1
,
20
71
,
6
72
,
4
42
,
1
27
,
6
2
,
14
4
,
93
4
,
78
39
,
1
41
,
4
169
,
8
169
,
6
20
,
7
OH
O
OCin
HO
O
OAc
O
O
O
O
O
Me
O
O
Me
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
28
29
30
1"
2"
1'
2'
3'
4'
5'
6'
7'
8'
9'
1'"
2'"
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Tabela 2.10 Dados de RMN
1
H e
13
C para a Nimbolina A isolada e dados literatura
para a Trichilinina D.
Isolado (CDCl
3
) Literatura (CDCl
3
)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C
1
H / J (Hz)[139]
13
C [55]
1 4,78 (sl) 72,4 4,94 (tl) 2,8 73,9
2 2,14 (sl) 27,6
α. 2,09(ddd)16,5;2,8;2,6
β. 1,30 (dt) 16,5; 2,8
30,4
3 4,93 (sl) 71,6 3,87 (m) 73,8
4 - 42,1 - 43,8
5 2,66 (m) 41,4 2,70 (d) 12,1 38,6
6 4,26 (dl) 12,0 72,7 4,21 (dd) 12,1; 2,9 72,7
7 5,72 (sl) 74,3 4,25 (d) 2,9 71,2
8 - 44,5 - 45,2
9 2,70 (m) 35,2 2,81 (dd) 12,5; 7,3 34,8
10 - 39,1 - 39,7
11 a.1,65 (m)
b.1,39 (m)
15,3 a. 1,11 (ddd)15,1;73,;6,5
b. 2,18 (m)
24,5
12 2,34 (m) 32,9 5,05 (dd) 9,1; 6,5 77,6
13 - 47,3 - 51,4
14 - 157,3 - 157,1
15 5,56 (s) 120,7 5,70 (m) 122,8
16 2,37 (m) 34,2 a.2,55(ddd)15,6;10,6;1,4
b. 2,45(ddd)16,2;7,9;3,4
36,6
17 2,81 (sl) 51,5 3,00 (dd) 10,6; 8,3 50,5
18 0,85 (s) 21,5 0,95 (s) 26,8
19 1,05 (s) 15,3 1,04 (s) 15,3
20 - 124,5 - 124,4
21 7,19 (s) 139,7 7,16 (tl) 0,7 140,2
22 6,24 (s) 111,0 6,18 (m) 111,6
23 7,34 (s) 142,5 7,27 (m) 142,0
28 a. 3,51 (d) 7,3
b. 3,43 (d) 7,3
77,9 a. 4,14 (bl) 7,4
b. 3,66 (d) 7,4
78,2
29 1,20 (s) 19,2 1,17 (s) 20,0
30 1,24 (s) 26,3 1,13 (s) 15,8
OAc
2,14 (s) 169,6
21,3
1,86 (s) 170,9
21,3
OAc
1,83 (s) 169,8
20,7
- -
OH
- - 2,21 (m), 2,35 (sl) -
Cin
1' 165,3 - 165,3
2’ 6,41 (d) 15,8 119,0 6,34 (d) 16,1 117,1
3’ 7,71 (d) 15,8 143,7 7,71 (d) 15,8 146,4
4’ - 134,5 - 133,9
5’, 9’ 7,43 (m) 127,6 7,40 (m) 128,3
6’, 8’ 7,38 (m) 130,0 7,50 (m) 129,0
7’ 7,34 (m) 130,3 7,40 (m) 130,8
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Figura 2.44 – Espectro RMN
1
H da Nimbolina A (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.45 – Espectro RMN
13
C da Nimbolina A (CDCl
3
, 100 MHz).
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a
5
11b9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OAc OAc
5’/9’
6’/8’
7’
2’3’
12
28a
28b
1
O
O
O
O
O
Me
O
O
Me
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
28
29
30
1"
2"
1'
2'
3'
4'
5'
6'
7'
8'
9'
1'"
2'"
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a
5
11b9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OAc OAc
5’/9’
6’/8’
7’
2’3’
12
28a
28b
1
O
O
O
O
O
Me
O
O
Me
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
28
29
30
1"
2"
1'
2'
3'
4'
5'
6'
7'
8'
9'
1'"
2'"
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Figura 2.46 – Espectro de COSY da Nimbolina A (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.47 – Espectro de HSQC da Nimbolina A (CDCl
3
, 100 MHz).
3’/2’
23/22
7/6
15/16
3/2
1/2 6/5
17/16
9/11b
9/11a
3’/2’
23/22
7/6
15/16
3/2
1/2 6/5
17/16
9/11b
9/11a
16
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a5
11b
9
M-18
M-29
M-30
M-19
OAcOAc
5’/9’
6’/8’
7’
2’3’
12
28a
28b
1
143,7
127,6
130.0
130.3
142.5 139,7
119,0 120.7
111.0
74.3
71.6
72.4
72.7
77.9
51.5
41.4
34.2
27.6
20.7
21.3
26.3
19.2
15.3
21.5
16
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a5
11b
9
M-18
M-29
M-30
M-19
OAcOAc
5’/9’
6’/8’
7’
2’3’
12
28a
28b
1
143,7
127,6
130.0
130.3
142.5 139,7
119,0 120.7
111.0
74.3
71.6
72.4
72.7
77.9
51.5
41.4
34.2
27.6
20.7
21.3
26.3
19.2
15.3
21.5
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Figura 2.48 – Espectro de HMBC da Nimbolina A (CDCl
3
, 100 MHz).
2.5.2.7 Determinação estrutural do 6-Desacetilnimbina (Substância 07)
A substância 07 após sua determinação estrutural observou-se ser o
limonóide conhecido na literatura como 6-desacetilnimbina. Esta substância foi
isolada das folhas do enxerto coletado em Xambrê-PR. A literatura descreve seu
isolamento em sementes, óleo de sementes e nos brotos do Nim. Os experimentos
RMN 1 D e 2 D para este composto, são muito parecidos com os experimentos da
substância 04, o 6-O-Acetilnimbandiol. Realmente, após a análise dos experimentos
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a
5
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OAc OAc
5’/9’
6’/8’
7’
2’
3’
12
28a
28b
1
11/19
29
OAc
OAc
18
30
2
12
16
9
11
8
4
5
13
17
3
1/6
7
28
22
2’
15
20
5’/9’
6’/8’
7’
4’
21
23
31
14
1’
OAc/OAc
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a
5
11b
9
16
M-18
M-29
M-30
M-19
OAc OAc
5’/9’
6’/8’
7’
2’
3’
12
28a
28b
1
11/19
29
OAc
OAc
18
30
2
12
16
9
11
8
4
5
13
17
3
1/6
7
28
22
2’
15
20
5’/9’
6’/8’
7’
4’
21
23
31
14
1’
OAc/OAc
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
de RMN 1 D e 2 D para esta substância, concluiu-se que as únicas diferenças entre
ambas o os grupos funcionais em C-4 e C-6. A 6-Desacetilnimbina apresenta um
grupo carboximetila em C-4 e uma hidroxila em C-6 a passo que, o 6-O-
Acetilnimbandiol, apresenta a hidroxila em C-4 e um grupo acetil em C-6. Contudo, o
6-O-Acetilnimbandiol foi classificado como 28-norlimonóide pela perda do C-28. A 6-
Desacetilnimbina é um tetranortriterpenóide com o C-28 oxidado. Significativas
modificações ocorrem apenas no C-4, o qual apresenta um deslocamento químico
em uma região do espectro de RMN
13
C em δ 47,8. Este resultado era esperado,
uma vez que o carbono C-28 como carboxila possui uma eletronegatividade inferior
a um grupo hidroxila. Além desta, outras diferenças é a ausência do grupo acetil no
espectro, presente na substância 04, e o surgimento de um grupo carboximetila. A
posição do grupo carboximetila em C-4 foi bem definida, uma vez que a Me-29 em δ
1,59 apresenta correlação no experimento de HMBC com este grupo. Os valores de
deslocamento químico para a substância 06 isolada, juntamente com os dados
apresentados na literatura, encontram-se tabelados na Tabela 2.11. Os espectros de
RMN
1
H,
13
C, COSY, HSQC e HMBC utilizados na determinação estrutural podem
ser observados nas figuras 2.49, 2.50, 2.51, 2.52 e 2.53 respectivamente.
A descrição da análise dos experimentos de RMN 1D e 2D realizadas
para a determinação estrutural para esta substância não foi aqui apresentada devido
sua grande similaridade, já referida com a substância 04. Portanto, após uma
análise detalhada dos dados e a comprovação pela comparação com os dados da
literatura, a substância 04 foi identificada como sendo a 6-Desacetilnimbina.
O
MeOOC
OH
O
O
COOMe
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
28
29
30
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Tabela 2.11 – Dados de RMN
1
H e
13
C para a 6-Desacetilnimbina.
Isolado (CDCl
3
) Literatura [174] (CDCl
3
)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C
1
H / J (Hz)
13
C
1 - 202,2 - 202,2
2 5,86 (d) 10,2 126,4 5,86 (d) 126,4
3 6,42 (d) 10,2 148,1 6,42 (d) 148,1
4 - 47,8 - 47,8
5 3,40 (d) 11,4 43,7 3,40 (d) 43,7
6 3,90 (dd) 11,4; 3,4 66,2 3,93 (dd) 66,1
7 4,03 (d) 3,4 87,0 4,03 (d) 86,9
8 - 47,3 - 47,3
9 2,77 (dd) 5,6; 3,4 39,1 2,77 (m) 39,1
10 - 47,5 - 47,5
11 a. 2,91 (dd) 16,0; 5,6
b. 2,22 (dd) 16,0; 3,4
34,4 a. 2,93 (m)
b. 2,25 (m)
34,3
12 - 173,6 - 173,7
13 - 134,9 - 134,8
14 - 146,8 - 146,9
15 5,56 (m) 87,5 5,56 (m) 87,5
16 a. 2,18 (m)
b. 2,03 (m)
41,4 a. 2,21(m)
b. 2,03(m)
41,5
17
a
49,7
a
49,6
18 1,69 (d) 1,2 12,8 1,69 (s) 12,8
19 1,22 (s) 16,4 1,22 (s) 16,4
20 - 126,8 - 126,8
21 7,33 (d) 1,6 139,0 7,33 (m) 139,0
22 6,34 (m) 110,4 6,33 (m) 110,5
23 7,24 (sl) 143,0 7,24 (m) 143,0
28 - 175,5 - 175,7
29 1,59 (s) 16,4 1,59 (s) 16,4
30 1,29 (s) 17,2 1,29 (s) 17,2
12-OMe 3,66 (s) 51,6 3,66 (s) 51,6
28-OMe 3,71 (s) 53,0 3,70 (s) 52,9
a – sinal mascarado pela metoxila em δ3,66.
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Figura 2.49 – Espectro de RMN
1
H da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.50 – Espectro de RMN
13
C da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 100 MHz).
2123
3
22
15
6
7
17
11a
5
11b9
16b
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
2
OCH
3
16a
O
MeOOC
OH
O
O
COOMe
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
28
29
30
2123
3
22
15
6
7
17
11a
5
11b9
16b
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
2
OCH
3
16a
O
MeOOC
OH
O
O
COOMe
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 21
22
23
28
29
30
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Figura 2.51 – Espectro de COSY da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.52 – Espectro de HSQC da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 100 MHz).
6/5
15/16a
17/16
11a/11b
23/22
15/16b
6/7
9/11b
16a/16b
6/5
15/16a
17/16
11a/11b
23/22
15/16b
6/7
9/11b
16a/16b
2123
3
22 15
6
7
17
11a5 11b9
16b
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
2
OCH
3
16a
143.0
139.0
148.1
110.4
126.4
87.5
87.0
66.2
49.7
51.6
53.0
43.7
34.4 34.4
39.1
41.4
12.8
16.4
17.2
16.4
2123
3
22 15
6
7
17
11a5 11b9
16b
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
2
OCH
3
16a
143.0
139.0
148.1
110.4
126.4
87.5
87.0
66.2
49.7
51.6
53.0
43.7
34.4 34.4
39.1
41.4
12.8
16.4
17.2
16.4
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Figura 2.53 – Espectro de HMBC da 6-Desacetilnimbina (CDCl
3
, 100 MHz).
2.5.2.8 Determinação estrutural da Azadirachtina A (Substância 08)
A azadirachtina A, como os limonóides anteriormente discutidos,
tamm pertence a classe C-seco, todavia, apresenta diversas modificações em
seu esqueleto básico. Apesar de sua determinação estrutural ser bem explorada na
literatura, este limonóide foi empregado como padrão na realização deste trabalho. A
seguir encontra-se a descrição referente a interpretação dos experimentos de RMN
1 D e 2 D para esta substância servindo como confirmação de sua estrutura. Os
espectros de RMN
1
H,
13
C, DEPT 135º, COSY, HSQC e HMBC encontram-se nas
Figuras 2.54, 2.55, 2.55, 2.56, 2.57 e 2.58 respectivamente.
2123
3 22
15 6
7
17
11a
5
11b9
16b
M-18
M-29 M-30
M-19
OCH
3
2
OCH
3
16a
9
1
2
3
4
OMe
6
7/15
5/8
11
13
14
18
19/29
30
17
22
20
23
21
12
16
28
10
OMe
2123
3 22
15 6
7
17
11a
5
11b9
16b
M-18
M-29 M-30
M-19
OCH
3
2
OCH
3
16a
9
1
2
3
4
OMe
6
7/15
5/8
11
13
14
18
19/29
30
17
22
20
23
21
12
16
28
10
OMe
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As modificações neste limonóide se iniciam no anel furano. Numa
análise no espectro de RMN
1
H observa-se a ausência dos sinais dos hidrogênios,
na região mais desblindada do espectro, referentes ao anel furano. Assim, a
determinação estrutural foi iniciada pelo hidrogênio em δ 6,46 (d; 2,9 Hz). Este
hidrogênio se correlaciona com o carbono sp
2
em δ 147,1 (
1
J) e com os carbonos δ
107,3, 108,8 e 83, 6 (
2
J ou
3
J). Os carbonos δ 107,3 e 108,8 se correlacionam (
1
J)
aos hidrogênios δ 5,05 (d; 2,9 Hz) e 5,65 (sl) respectivamente. O carbono δ 83,6 no
HSQC não apresenta correlação com nenhum hidrogênio sendo definido como um
carbono quaternário. Os hidrogênios δ6,46 (d; 2,9 Hz) e δ5,05 (d; 2,9 Hz) acoplam
entre si (observado no COSY) indicando serem vizinhos. Assim, pode-se definir
como sendo hidrogênios olefínicos em uma ligação dupla. Contudo, apresenta uma
constante de acoplamento pequena (J = 2,9 Hz) característica de hidrogênios
geminais num mesmo carbono sp
2
. Esta hipótese pode ser facilmente descartada
uma vez que cada hidrogênio acopla a
1
J em um carbono específico. O ângulo
exigido para a formação do anel de cinco membros com um heteroátomo leva a um
J pequeno entre estes hidrogênios. Assim, é possível propor a seguinte estrutura:
O hidrogênio δ 5,05 tamm se correlaciona com os carbonos δ 108,8
e 83,6 além do carbono δ 147,1, carbono do hidrogênio δ 6,46. O hidrogênio δ 5,65
tamm se correlaciona com os carbonos δ 147,1 e 83,6. Estas correlações
sugerem a presença de um anel de cinco membros com a presença de um
heteroátomo. Assim, é possível propor um anel furano modificado para este
limonóide. Respeitando as constantes de correlação a
2
J e
3
J é possível propor duas
sub-estruturas (uma única sub-estrutura, porém, duas seqüências e de correlação
possíveis).
Sub-estrutura A Sub-estrutura B
6,46
5,05
C CR OR
H H
O
H
H
H
147
,
1
107
,
3
108
,
8
83
,
6
6
,
46
5
,
05
5
,
65
5
,
65
5
,
05
6
,
46
83
,
6
108
,
8
107
,
3
147
,
1
O
H
H
H
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O deslocamento químico de δ 108,8 é um valor característico de
carbono cetalíco. Este carbono se correlaciona com dois hidrogênios em δ 4,67 (dl;
3,3 Hz) e δ 2,38 (dl; 5,2 Hz). Estes hidrogênios se correlacionam no HSQC com os
carbonos δ 76.4 e δ 48,6 respectivamente. O carbono δ 48,6 ainda se correlaciona
com um hidrogênio em δ 2,94 (via HMBC). Este hidrogênio foi identificado como um
hidrogênio em um grupo hidroxila visto que ele não esta ligado a nenhum carbono.
Estas correlações permitem propor um grupo cetal no carbono δ 108,8 com uma
ponte éter ao carbono carbinólico δ 76,4 uma vez que este não apresenta
correlações com os hidrogênios olefínicos. Ainda, numa correlação à
3
J entre δ 5,65
e δ 48,6, pode-se atribuir então, o carbono δ 48,6 como vizinho ao carbono δ 83,6.
Assim, resta apenas atribuir uma ligação ao carbono δ 83,6. Sendo ele um carbono
carbinólico e tendo a correlação entre o hidrogênio de uma hidroxila com carbono δ
48,6, pode-se propor esta hidroxila ligada ao carbono δ83,6.
O hidrogênio δ 4,67 correlaciona-se com os carbonos δ 108,8 e 48,6
estando este carbono em δ 48,6 a no máximo três ligação. Este carbono δ 48,6 se
correlaciona a uma ligação com o hidrogênio δ 2,38 (dl; 5,2 Hz) o qual se
correlaciona (
2
J ou
3
J) com os carbono δ 83,6 e 76,4 confirmando a proximidade
entre os grupos em δ 76,4 e δ 48,6 e tamm a proximidade com os carbonos δ
108,8 e δ 83,6. O espectro de COSY apresenta os acoplamentos entre o hidrogênio
δ 2,38 com um hidrogênio δ 1,68 (m) e entre δ 1,68 com o hidrogênio δ 4,67. Estes
acoplamentos colocam este hidrogênios em δ 1,68 entre os dois grupos em δ 4,67 e
δ2,38 se correlacionando com estes grupos entre si a um
3
J. O hidrogênio δ1,68 no
HSQC demonstra uma correlação com o carbono em δ 24,9. Este carbono também
acopla a um segundo hidrogênio em δ 1,32 (d; 13,1 Hz) propondo um grupo
metilênico. Esta proposta observada no HSQC é confirmada pelo espectro de DEPT
135º. Assim, é possível propor um grupo metilênico entre os carbonos δ 76,4 e δ
48,6.
2
,
94
2
,
38
48
,
6
83
,
6
108
,
8
5
,
65
4
,
67
76
,
4
O
O
H
H
H
HO
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O hidrogênio δ1,32 correlaciona-se com o carbono δ83,6 confirmando
a posição deste grupo metilênico à
3
J. O hidrogênio δ 1,32 tamm se correlaciona
com dois carbonos carbinólicos em δ 69,9 e δ 68,5. O hidrogênio δ 2,38 também se
correlaciona com estes mesmos carbonos carbinólicos e o hidrogênio δ 4,67 com o
carbono δ 68,5. A correlação destes carbonos com estes três hidrogênios, os
colocam vizinhos aos carbonos δ 76,4 e δ48,6 o que permite uma correlação
3
J com
o hidrogênio em δ 1,32. O carbono em δ 68,5 ainda apresenta uma correlação com
uma metila em 2,01 (s) [δ18,3]. Este grupo metílico ainda apresenta correlação com
o carbono δ 69,9 e com o carbono δ 48,6. Respeitando as correlações é possível
propor duas sub-estruturas bicíclicas:
Estas correlações demonstram uma estrutura formada por um anel
furano modificado fundido na posição 15 ao anel D dos limonóides. Assim, os
carbonos δ 69,9 e δ 68,5 são referentes aos C-13 e C-14 não respectivamente e, a
metila em δ 2,01 referente a Me-18. Esta metila é confirmada como Me-18 visto que
ela se correlaciona com C-17, caso contrário, poderia, ser a Me-30. Deste modo,
para diferenciar C-14 e C-13 é preciso observar qual deles acopla com a Me-30.
Observa-se uma correlação entre uma metila em δ 1,75 (s) [δ 21,3] com o carbono
em δ 69,9. Sendo esta metila a Me-30, e sabendo que esta correlação somente é
possível a
3
J com C-14, resta correlação confirma o carbono C-14. A ausência de
outras correlações para os carbonos carbinólicos δ 68,5 e δ 69,9 e restando ainda
O
O
H
H
H
H
HO
H
108
,
8
83
,
6
76
,
4
48
,
6
24
,
9
2
,
38
1
,
68
1
,
32
4
,
67
O
O
H
H
HO
H
H
H
CH
3
108
,
8
83
,
6
76
,
4
48
,
6
24
,
9
2
,
38
1
,
68
1
,
32
4
,
67
2
,
01
68
,
5
69
,
9
O
O
H
H
HO
H
H
H
CH
3
108
,
8
83
,
6
76
,
4
48
,
6
24
,
9
2
,
38
1
,
68
1
,
32
4
,
67
2
,
01
68
,
5
69
,
9
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uma ligação para cada carbono, é possível propor um grupo epóxido nestes
carbonos. Assim o anel D pode ser definido como:
A Me-30 se correlaciona tamm com os carbonos δ74,4, 45,3 e 44,6.
O carbono δ45,3 é um carbono quaternário e os carbonos δ74,4 e 44,6 apresentam
correlações no HSQC com os hidrogênios δ 4,76 (m) e 3,33 (s) respectivamente.
Estes hidrogênios correlacionam-se com o carbono quaternário δ 45,3. Ainda o
hidrogênio δ 4,76 se correlaciona com o carbono δ 44,6 e o hidrogênio δ 3,33 com o
carbono δ 74,4. Estas correlações permitem propor o carbono quaternário entre os
carbonos metinicos, lembrando que ambos os carbonos se correlacionam com a Me-
30. Assim, pode propor o carbono δ 45,3 como sendo C-8 e pela biossíntese, o
carbono carbinólico δ74,4 como C-7 e o carbono δ44,6 como C-9.
O H-7 (δ 4,76) correlaciona-se com os carbonos δ 73,7 e δ 37,0. Estes
carbonos encontram-se ligados aos hidrogênios δ 4,61 (dd; 12,5 e 2,7 Hz) e δ 3,35
(d; 12,5 Hz) respectivamente. Observa-se no espectro de COSY que estes
hidrogênios δ 4,61 e 3,35 acoplam entre si. Ainda se observa no HMBC uma
correlação entre um hidrogênio em δ 2,87 (sl) com o C-8. Este hidrogênio não estão
ligados a carbonos (observado no HSQC) então, pode-se propor como pertencentes
a um grupo hidroxila. Estas correlações permitem propor parcialmente o anel B
como:
O
O
O
CH
3
HO
CH
3
69
,
9
68
,
5
1
,
75
H
OR
H
R
CH
3
44
,
6
45
,
3
1
,
75
74
,
4
3
,
33
4
,
76
H
R
H
OH
HRO
H
73
,
7
74
,
4
37
,
0
4
,
61
4
,
76
3
,
35
45
,
3
2
,
87
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Além das correlações descritas, o H-9 (δ3,33) apresenta correlação
com os carbonos δ 104,1; 171,8; 50,1; 70,5 e 69,1. Os deslocamentos químicos
destes carbonos permitem propor como sendo referentes a carbonos de um grupo
cetal, um carbono carboxílico de éster, um quaternário e os dois últimos de carbonos
carbinólicos. O carbono δ70,5 se correlaciona a
1
J com um hidrogênio δ4,76(m) e o
carbono δ 69,1 com dois hidrogênios, um em δ 4,15 (d; 9,7 Hz) e outro em 3,63 (d;
9,7 Hz). A correlação deste último carbono com os dois hidrogênios indicam a
presença de um grupo metileno vizinho ao C-9. Os hidrogênios deste grupo acoplam
apenas entre si indicando não existir hidrogênios em carbonos vizinhos a este grupo,
estando, desta forma, à um
3
J do C-9. O carbono δ 171,8 se correlaciona com um
grupo metóxila em δ 3,69 (s) [δ 53,3]. Sendo esta a única correlação deste grupo
mexila, propõe-se um grupo carboximetila.
O carbono δ 104,1, além de se correlacionar com H-9, apresenta uma
correlação com um hidrogênio em δ 5,04(s) e outra com o hidrogênio do grupo
metileno em δ 3,63. O hidrogênio δ 5,04 não se liga diretamente com nenhum
carbono (observado no HSQC) indicando uma nova hidroxila. O H-5 (δ3,35) também
se correlaciona com o carbono metileno δ 69,1 e com o carbono quaternário δ 50,1.
Um vez que estes carbonos se correlacionam tanto com C-5 como com C-9 permite
propor como sendo C-19 e C-10 respectivamente. Assim observa-se o C-19 como
um grupo metileno e não como um grupo metílico. Seu deslocamento químico [δ
69,1] permite propor uma oxidação neste carbono e, a correlação entre um de seus
hidrogênios em δ 3,63 com o carbono δ 104,1 permite propor uma ligação entre
ambos os carbonos. Sendo o carbono δ 104,1 referente a um cetal permitem propor
este carbono ligado ao grupo metileno por uma ponte éter e a hidroxila ligada nele
próprio. Estas correlações completam o anel B e propõem um anel C-seco.
OH
O
OH
H
OR H
O O
CH
3
H
H
RO
H
69
,
1
104
,
1
44
,
6
3
,
3337
,
0
171
,
8
3
,
69
3
,
63
4
,
15
50
,
1
3
,
35
70
,
5
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Retornando ao C-6 [δ 73,7], observa-se que ainda falta definir um
grupo funcional neste carbono. O carbono C-6 se correlaciona com os hidrogênios δ
4,08 (d; 8,9 Hz) e δ 3,77 (d; 8,9 Hz). Estes hidrogênios se correlacionam a uma
ligação ao mesmo carbono em δ 73,0. Este carbono é confirmado por DEPT 135º e
HSQC como sendo referente a um novo grupo metileno. Uma vez C-6 ser um
carbono carbinólico e seus vizinhos C-5 e C-7 bem definidos, este grupo metilênico
pode ser C-28 o qual, possui uma ponte éter com C-6. Os hidrogênios desse
grupo metilênico acoplam entre si como pode ser observado no COSY.
O H-5 e o H-28b (δ 3,77) correlacionam-se com um carbono
quaternário em δ 52,5. Estas correlações indicam este carbono como C-4. Contudo,
C-4 pode estar se correlacionando com H-28 tanto à
2
J como à
3
J. Se a
2
J então C-
4 deve estar diretamente ligado a C-28, se a
3
J, deve haver um grupo entre eles.
O H-5 e os H-28a e H-28b tamm se correlacionam com um carbono
em δ 173,3. O carbono δ 173,3 se correlaciona com um grupo carboximetila em δ
3,80 indicando a presença de um novo grupo éster. Estas correlações permitem
propor este carbono em δ 173,3 como sendo C-1 ou C-29. Todavia, se fosse C-1
este limonóide apresentaria um anel A-seco o que não ocorre na biossíntese desta
planta. Assim, é possível propor o carbono carboxílico como sendo C-29. Estas
correlações também definem como C-28 estando ligado diretamente ao C-4. Caso
contrário, C-28 estaria a mais de três ligações de C-29. Além disso, o grupo metileno
OH
O
COOMe
OH
H
O H
RO
H
H
H
73
,
0
73
,
7
4
,
08
3
,
77
?
H
H
H
52
,
5
3
,
35
3
,
77
H
H
H
52
,
5
3
,
35
3
,
77
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
não apresenta mais nenhuma correlação. O hidrogênio H-5 ainda apresenta uma
correlação com um carbono em δ66,9. Estas correlações permitem propor:
O carbono δ 66,9 se liga com um hidrogênio em δ 5,50 (tl; 2,8 Hz) e
correlaciona-se com o hidrogênio em δ 4,76 (m) [δ 70,5]. Visto que este úlitmo
hidrogênio se correlaciona com C-9 e com C-5 permite propor os carbonos δ66,9 e δ
70,5 como sendo C-3 e C-1 respectivamente. Estas correlações confirmam C-1, C-3
e C-29.
Para concluir o anel A e conseqüentemente a molécula, ainda falta
definir C-2 e os grupos funcionais em C-1 e C-3. No espectro de COSY observa-se
dois hidrogênios em δ 2,32 (m) e em δ 2,26 (tl; 3,3 Hz) que que acoplam com H-1 e
H-3. Estes hidrogênios correlacionam-se à um mesmo carbono em δ 29,7 (via
HSQC) indicando um grupo metileno entre C-1 e C-3 completando o anel A.
O H-3 (δ 5,50) se correlaciona com um carbono em δ 169,6. Este
carbono se correlaciona com um grupo metila em δ 1,95. Sendo estas as únicas
correlações para este grupo, permitem propor um grupo acetila em C-3.
O
RO
OH
H
H
H
O
O
H
3
C
52
,
5
66
,
9
4
,
08
3
,
77
3
,
35
173
,
3
66
,
9
37
,
0
70
,
5
50
,
1
52
,
5
5
,
50
4
,
76
44
,
6
MeOOC
O
OR
RO
H
H
66
,
9
70
,
5
52
,
5
5
,
50
4
,
76
MeOOC
O
OR
RO
H
H
H
H
29
,
7
2
,
32
2
,
26
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O hidrogênio em δ4,76 (H-1) se correlaciona com um carbono em δ
166,2. O carbono δ 166,2 se correlaciona com o H-1, com um hidrogênio em δ 6,90
(dq; 7,1 e 1,2 Hz) [δ 137,8] e com duas metilas, uma em δ 1,86 (s) [δ 11,9] e outra
em δ 1,78 (d: 7,1 Hz) [δ14,3]. O hidrogênio em δ 6,90 se correlaciona com o próprio
carbono em δ 166,8, com as metilas δ 14,3 e 11,9 e com um carbono sp
2
em δ
128,6. As metilas δ 1,78 e 1,86 também se correlacionam com este último carbono
(δ 128,6) além de se correlacionarem com o carbono em δ 166,8. Estas correlações
levam a um grupo tigloíla no C-1. Porém, este grupo apresenta duas metilas, uma
em δ 1,78 e outra em δ 1,86. As posições destas metilas foram definidas analisando
as constantes de acoplamento individual de cada uma. O hidrogênio em δ 6,90
apresenta um duplo quarteto de constantes 7,1 Hz e 1,2 Hz. A constante 7,1 Hz é
uma constante característica de acoplamento entre um hidrogênio vinílico e uma
metila vinílica geminada, e a constante 1,2 Hz, característica para um acoplamento
entre o hidrogênio vinílico e a metila vinílica trans entre si. Deste modo, o fato da
metila em δ 1,78 ter apresentado um dubleto de constante 7,1 HZ, pode-se propor
como sendo geminada com o hidrogênio em δ 6,90 e este hidrogênio, na posição 3’
em relação ao C-1, pois se o hidrogênio estivesse na posição 2’, as metilas
obrigatoriamente deveriam ser geminadas entre si. Assim, a metila em δ 1,86 que
apresenta um singleto largo se encontra na posição 5’, definindo o grupo tigloila.
Definidas todas as correlações a substância 08 foi identificada como sendo a
Azadirachtina A.
O
AcO
O
OH
H
3
COOC
O
H
COOCH
3
O
O
O
O
OH
H
30
29
28
23
21
22
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
1'
2'
3'
4'
5'
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Tabela 2.12 – Dados de RMN
1
H e
13
C para a azadirachtina A.
Isolado (CDCl
3
) Literatura [174] (CDCl
3
)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C DEPT 13
1
H / J (Hz)
13
C
1 4,76 (m) 70,5 CH 4,77 (m) 70,6
2 a. 2,32 (m)
b. 2,26 (tl) 3,3
29,7 CH
2
a. 2,32 (m)
b. 2,26 (m)
29,7
3 5,50 (tl) 2,8 66,9 CH 5,51 (tl) 67,0
4 - 52,5 - - 52,8
5 3,35 (d) 12,5 37,0 CH 3,34 (d) 37,0
6 4,61 (dd) 12,5; 2,7 73,7 CH 4,62 (dd) 73,9
7 4,76 (m) 74,7 CH 4,77 (m) 74,3
8 - 45,3 - - 45,6
9 3,34 (m) 44,6 CH 3,34 (s) 44,1
10 - 50,0 - - 50,2
11 - 104,1 - - 104,2
12 - 171,8 - - 171,8
13 - 68,5 - - 68,7
14 - 69,9 - - 70,0
15 4,67 (dl) 3,3 76,4 CH 4,67 (d) 76,7
16 a. 1,68 (m)
b. 1,32 (d) 13,1
24,9 CH
2
a
1,31 (d)
25,1
17 2,38 (dl) 5,2 48,6 CH 2,38 (d) 48,6
18 2,01 (sl) 18,3 CH
3
2,01 (s) 18,5
19 a. 4,15 (d) 9,7
b. 3,63 (d) 9,7
69,1 CH
2
a. 4,15 (d)
b. 3,63 (d)
69,0
20 - 83,1 - -
a
21 5,65 (sl) 108,8 CH 5,65 (s) 108,5
22 5,05 (d) 2,9 107,3 CH 5,05 (d) 107,6
23 6,46 (d) 2,9 147,1 CH 6,46 (d) 146,9
28 a. 4,08 (d) 8,9
b. 3,77 (d) 8,9
73,0 CH
2
a. 4,08 (d)
b. 3,75 (d)
72,9
29 - 173,3 - - 173,6
30 1,75 (s) 21,3 CH
3
1,75 (s) 21,4
7-OH 2,87 (sl) - - 2,83 (sl) -
11-OH 5,04 (s) - - 5,03 (d) -
20-OH 2,94 - - 2,89 (sl) -
12-OMe 3,69 (s) 53,3 CH
3
3,69 (s) 52,8
29-OMe 3,80 (s) 52,7 CH
3
3,80 (s) 53,2
OAc 1,95 (s) 169,6
20,9 CH
3
1,95 (s) 169,8
20,8
Tig
1’ - 166,2 - - 166,3
2’ - 128,6 - - 128,6
3’ 6,95 (m) 137,8 CH 6,92 (m) 137,9
4’ 1,78 (dd) 7,1; 0,8 14,3 CH
3
1,78 (dd) 14,3
5’ 1,85 (s) 11,9 CH
3
1,86 (s) 11,9
a
sinais não determinados.
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Figura 2.54 – Espectro de RMN
1
H da azadirachtina A (CDCl
3
, 400 MHz).
(a)
(b)
(a)
(b)
O
AcO
O
OH
H
3
COOC
O
H
COOCH
3
O
O
O
O
OH
H
30
29
28
23
21
22
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
1'
2'
3'
4'
5'
3’
23 22
OH
21 3
1/7
15
6
19a
28a
19b
28b
OMe
OMe
5
9
OH
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16b
OH
O
AcO
O
OH
H
3
COOC
O
H
COOCH
3
O
O
O
O
OH
H
30
29
28
23
21
22
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
1'
2'
3'
4'
5'
3’
23 22
OH
21 3
1/7
15
6
19a
28a
19b
28b
OMe
OMe
5
9
OH
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16b
OH
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Figura 2.55 Espectros: (a) RMN
13
C e (b) DEPT 135º para a azadirachtina A
(CDCl
3
, 100 MHz).
Figura 2.56 – Espectro do COSY para a azadirachtina A (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.57 – Espectro de HSQC da azadirachtina A (CDCl
3
, 100 MHz).
3’/M4’
3’/M5’
3’
23 22
OH
21 3
1/7
15
619a
28a
19b
28b
OMe
OMe
5
9 OH
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16b
3/2a
3/2b
23/22
1/2a
1/2b
6/5
15/16a
19a/19b
28a/28b
17/16a
16a/16b
3’/M4’
3’/M5’
3’
23 22
OH
21 3
1/7
15
619a
28a
19b
28b
OMe
OMe
5
9 OH
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16b
3/2a
3/2b
23/22
1/2a
1/2b
6/5
15/16a
19a/19b
28a/28b
17/16a
16a/16b
3’
23
22
OH
21
3 1/7
15
6
19a
28a 19b
28b
OMe
OMe
5
9
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16b
137.8
147.1
108.8
107.3
66.9
70.5
74.7
76.4
73.7
69.1 69.1
73.0 73.0
52.7
53.7
44.6
37.0
48.6
29.7
29.7
24.9 24.9
18.3
20.9
21.3
11.9
14.3
OH
3’
23
22
OH
21
3 1/7
15
6
19a
28a 19b
28b
OMe
OMe
5
9
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16b
137.8
147.1
108.8
107.3
66.9
70.5
74.7
76.4
73.7
69.1 69.1
73.0 73.0
52.7
53.7
44.6
37.0
48.6
29.7
29.7
24.9 24.9
18.3
20.9
21.3
11.9
14.3
OH
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Figura 2.58 – Espectro de HMBC da azadirachtina A (CDCl
3
, 100 MHz).
Este padrão, além de ser identificado por RMN tamm foi
caracterizado por análise elementar, infravermelho, ultra-violeta, [α]
D
λ
e
espectrometria de massa.
Na análise elementar ou micro-análise de 1,018 mg do padrão
encontrou-se uma percentagem de 53,87% para carbono e 5,69% para hidrogênio.
Sabendo que a azadirachtina possui uma massa molecular de 720,7 g.mol
-1
e sua
fórmula molecular C
35
H
44
O
16
, os cálculos indicam a presença de uma molécula de
CH
2
Cl
2
presente na análise sendo a porcentagem encontrada referente a fórmula
molecular de C
35
H
44
O
16
.CH
2
Cl
2
. Este solvente é comum na bancada usado para
transferência de padrões, por exemplo, de um frasco para outro, uma vez que os
limonóides são bem solúveis neste tipo de solvente.
O Espectro de Infravermelho (Figura 2.59) demonstrou bandas de
absorção em 3432 cm
-1
, 2954 cm
-1
, 2923 cm
-1
e 2850 cm
-1
sendo a primeira, uma
banda larga, correspondente a deformação axial na vibração da ligação química
3’
23 22
OH
21 3
1/7
15
6
19a
28a
19b
28b
OMe
OMe
5
9
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16bOH
5’
4’
18
OAc/30
16
2
5
9
8
17
10
4/OAc/OAc
3
13/19/14
1/28/6/7
15
20
11
22
21
21
3’
23
11
OAc
12
29
3’
23 22
OH
21 3
1/7
15
6
19a
28a
19b
28b
OMe
OMe
5
9
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16bOH
3’
23 22
OH
21 3
1/7
15
6
19a
28a
19b
28b
OMe
OMe
5
9
OH
17
2
2
M18
OAc
M30
M4’
M5’
16a
16bOH
5’
4’
18
OAc/30
16
2
5
9
8
17
10
4/OAc/OAc
3
13/19/14
1/28/6/7
15
20
11
22
21
21
3’
23
11
OAc
12
29
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entre o oxigênio e o hidrogênio, e as demais referentes as deformações axiais
assimétricas e simétricas de grupamentos metila e metileno. Analisando o espectro
na região de 1738 cm
-1
encontram-se algumas bandas sobrepostas referentes a
vibração de deformação angular simétrica de grupamentos metilas, que ocorrem
próximos a 1735 cm
-1
, também referentes as deformações axiais de C=O de ésteres
alifáticos saturados (rego de 1750 1735 cm
-1
) e ésteres α,β-insaturados (1730-
1715 cm
-1
). Estes ésteres também são confirmados pelas vibrações das
deformações axiais de C O que ocorrem na região de 1300 1000 cm
-1
estando
estas absorções, também presentes no espectro.
Figura 2.59 – Espectro de Infravermelho para a azadirachtina A.
Ainda no Espectro IV pode-se observar uma banda em 1645 cm
-1
referente a deformação axial de alcenos lineares conjugados (C=C C=O) onde pela
intensidade da banda indica ser trans. Também se encontra uma banda em 1619
cm
-1
indicando a deformação axial de uma ligação dupla carbono-carbono de ésteres
vinílicos. Esta banda aparece com freqüência, como um dubleto em conseqüência
da absorção de isômeros rotacionais cis e trans. Este dubleto contém número de
ondas característicos na região de 1620 e 1640 cm
-1
estando ambas presente no
espectro.
Abaixo de 1450 cm
-1
encontram-se diversas bandas de absorção
sendo em geral referentes a deformações de O H (1430 1330 cm
-1
) e
Frequência (cm
-1
)Frequência (cm
-1
)
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deformações axiais de C O (1260 1000 cm
-1
) em álcoois e vibração de
deformação axial assimétrica do sistema C O C em éteres (1150 1085 cm
-1
).
Nesta região tamm se m deformações axiais de C C, deformações angulares
C H e C O. A absorção no infravermelho auxilia na elucidação de estruturas nos
fornecendo informações sobre grupos funcionais presentes na molécula. Todos os
grupos identificados no espectro estão presentes na molécula da azadirachtina.
Uma eluição cromatográfica deste padrão em um HPLC (Figura2.60),
monitorado por um detector de Foto-diodo, avaliando toda a faixa espectral de
absorção na região do ultra-violeta (200 370 nm) foi observado uma única banda
de absorção. O detector de foto-diodo processando todos os cromatogramas obtidos
nesta faixa espectral, não identificou a presença de nenhum interferente co-eluído
com a banda de absorção do padrão confirmando o grau de pureza do mesmo. Além
disso, o foto-diodo forneceu um espectro de ultravioleta do padrão (Figura 2.61),
aonde não se observa a absorção de nenhum cromóforo interferente.
Figura 2.60 Eluição do padrão de azadirachtina A. Fase móvel ACN:H
2
O 35:65;
coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança
Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a alça de injeção de 20 µL.
Detector DAD no comprimento de onda de 217 nm.
Figura 2.61 Espectro no Ultra-violeta da azadirachtina A. Comprimento de onda
máximo de absorção em 215 nm.
0 3 6 9 12 15
0
20
40
60
mAbs
tempo/min
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O padrão de azadirachtina A foi analisado através de uma inserção
direta por Espectrometria Massas-eletrospray (ESI-MS) operado no modo negativo.
Foi usado um Espectrômeto de Massas, triplo quadrupolo Micromass - Quattro LC
operado como interface uma fonte padrão “Z-spray” adaptado com um probe de
eletrospray. Um full scan do padrão se mostrou composto basicamente do
pseudoíon molecular ([M-H]
-
719 Da) proveniente de uma desprotonação e, dos íons
em m/z 687, 659, 641 e 535. O pseudoíon molecular confirma a proposta estrutural
apresentada para a substância 08.
A análise ESI-MS/MS deste padrão permite propor a fragmentação
deste padrão e confirmar do full scan como íons filhos comprovando a ausência de
interferentes e a qualidade do padrão. Os parâmetros otimizados para as análises
da azadirachtina A foram: potencial do capilar de 3,6 kV para o modo negativo de
ionização, a temperatura do gás de dessolvatação (N
2
) de 350 ºC e a temperatura
do bloco da fonte 130 ºC. O potencial usado no cone foi de 42 V, no cone extrator
de 8 V e o RF lens de 0,50 V. Os fluxos dos gases de Nebulização (N
2
) e
dessolvatação (N
2
) foram de 80 e 450 L/hs respectivamente. O gás de colisão foi o
Argônio 99,99% (Whittin Martins) e a voltagem da energia de colisão de 20 eV. Os
dados totais foram adquiridos usando um dwell time de 0,06s. Todos os dados foram
processados usando software MassLynx versão 3.5 NT Quattro. Para auxiliar na
proposta de fragmentação a azadirachtina A, foi deuterada. Uma alíquota de 100 µg
foi solubilizada em 500 µL de MeOD. Esta solução foi analisada nas mesmas
condições do padrão. O full scan do padrão deuterado mostrou o pseudoíon
molecular ([M-D]
-
721 Da) proveniente de uma desdeuteração e, dos íons em m/z
689, 661, 642 e 536. O full scan e os íons filhos do padrão e do padrão deuterado
encontram-se ilustrados nas Figuras 2.62 e 2.63 respectivamente.
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Figura 2.62 – Espectro de Massas da azadirachtina A (ESI
-
).
Figura 2.63 – Espectro de Massas do padrão de azadirachtina A deuterada (ESI
-
).
As análises dos espectros de massas permitem propor a fragmentação
da azadirachtina A confirmando novamente a estrutura proposta. A fragmentação
pode ser observada na Figura 2.64. Nenhuma proposta foi encontrada na literatura
para a fragmentação da azadirachtina A ionizada por eletrospray no modo negativo
sendo, pela primeira vez descrita neste trabalho. A caracterização da molécula foi
concluída determinando o [α]
D
λ
= - 71º para a substância.
220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720
m/z
0
100
%
0
100
%
0
100
%
0
100
%
0
100
%
0
100
%
AzadirachtinaNDa485_20eV 19 (0.513) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (15:30-4:14) Daughters of 485ES-
1.31e4
229.1
211.1
485.3
243.2
273.1 441.4
455.2
AzadirachtinaNDa491_20eV 23 (0.615) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (21:29-8:12) Daughters of 491ES-
1.20e4
491.4
211.1
217.2
473.4
261.2
235.2
447.2
AzadirachtinaNDa535_20eV 22 (0.589) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (16:29-7:12) Daughters of 535ES-
5.96e4
535.4
491.3
AzadirachtinaNDa687_35eV 22 (0.589) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (19:28-4:10) Daughters of 687ES-
6.65e4
213.1
687.4
385.3
285.2
491.4
AzadirachtinaNDa719_20eV 13 (0.358) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (11:24-35:46) Daughters of 719ES-
4.17e4
687.4
535.4
485.3
211.1
229.1
469.4
273.2
243.2
455.4
441.4
423.4
491.3
517.4
499.4
659.5
641.4599.4
559.3 577.3 615.4
719.4
AzadirachtinaN 62 (1.989) Cm (60:76-42:49) Scan ES-
1.00e7
719.6
687.6
659.6
485.5
339.5
325.4
311.4
255.2
211.2
469.4
517.5
535.2
599.6
641.6
705.3
727.6
220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720
m/z
0
100
%
0
100
%
0
100
%
0
100
%
0
100
%
AzadirachtinaDeDa486_25eV 27 (0.717) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (25:33-11:19) Daughters of 486ES-
7.63e3
486.4
229.1
211.6
243.0
442.2
273.3
AzadirachtinaDeDa492_25eV 20 (0.538) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (14:28-3:7) Daughters of 492ES-
6.62e3
492.5
228.2
326.6
262.4
AzadirachtinaDeDa536_20eV 21 (0.564) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (15:30-3:14) Daughters of 536ES-
2.72e4
536.4
492.4
AzadirachtinaDeDa689_35eV 19 (0.513) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (19:29-5:26) Daughters of 689ES-
3.29e3
213.1
689.4
285.3
274.0
217.2
229.0
386.2
AzadirachtinaDeDa721_20eV 18 (0.487) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (13:29-3:13) Daughters of 721ES-
6.93e3
689.4
229.2
211.3
536.5
488.4
470.3
273.4
262.2
442.5
492.4
518.3
493.5
661.5
600.8
579.4 642.6
721.5
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Figura 2.64 – Mecanismo de fragmentação proposta para a azadirachtina A.
2.5.2.9 Determinação estrutural da Quercetina (Substância 09)
As substâncias 09 e 10 pertencem a classe dos flavonóides. Os
flavonóides constituem um grupo de pigmentos vegetais de ampla distribuição na
natureza. São encontrados com muita freqüência nas frutas e outros vegetais e sua
presença nos mesmos parece estar relacionada com funções de defesa (proteção
contra raios ultravioletas, ação anfúngica e antibacteriana). São conhecidos mais de
4.200 flavonóides, sendo que os de origem natural apresentam-se freqüentemente
oxigenados e um grande número ocorre conjugado com açúcares [168]. Existe relato
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
O
OH
H
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
O
OH
MeOH
m/z 687.67
m/z 719
CO
O
O
O
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
O
OH
H
m/z 659.66
-
H
2
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
OH
H
m/z 641.64
O
O
O
O
O
HO
O
O
O
O
O
OH
m/z 599.61
m/z 491.51
O
O
O
OH
O
OH
OO
OH
O
O
O
O
OH
O
OH
OO
OH
O
O
O
m/z 535.52
O
O
O
OH
O
OH
OO
O
O
O
O
- -
O
-
O
---
- -
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de alguns flavonóides isolados do gênero Azadirachta como: quercetin-3-
galactosídeo, myrcetin-3’-arabinosídeo, kaempferol-3-glucosídeo, mimbaflavona, etc
[08]. Contudo, todos os flavonóides isolados apresentaram açúcares conjugados. A
substância 09 isolada da A. indica, denominada quercetina, é um flavonóide
descrito na literatura [169,208], o qual não contém açúcar, e foi isolado pela primeira
vez nas folhas desta espécie.
A quercetina depois de isolada se apresentou na forma de um sólido
amorfo amarelo. Os espectros de RMN
1
H e
13
C referentes a quercetina encontram-
se nas Figuras 2.65 e 2.66 respectivamente. Estes espectros indicam a presença de
um flavonol. A ausência de sinal singleto em RMN
1
H próximo a δ 110,0 confirma a
presença de um flavonol. O sinal em δ 137,2 no espectro de RMN
13
C corrobora a
presença de hidroxila a C-3. A comparação dos demais dados de RMN
13
C do
composto 09 com aqueles publicados [208] para a quercetina, sugere a mesma
substância.
O espectro RMN
1
H apresenta sinais em δ 7,71 (d; 2,0 Hz), δ7,62 (dd;
8,4 e 2,0 Hz) e em δ6,87 (d; 8,4 Hz) que foram atribuídos aos hidrogênios 2’, 6’ e 5’
respectivamente. Pela multiplicidade e pelas constantes de acoplamento destes
sinais pode-se observar o acoplamento entre dois hidrogênios num acoplamento
orto entre si e um destes hidrogênios um acoplamento meta com um terceiro
hidrogênio, permitindo propor dois grupos substituintes nas posições 3’ e 4’ do anel
B de um flavonóide. Ainda observando os sinais de hidrogênio em δ6,37 (sl) e em δ
6,17 (sl) permite propor como sendo referentes aos hidrogênios 8 e 6 do anel A,
sendo um meta em relação ao outro. Comparando estes dados com os dados de
RMN
1
H apresentados na literatura [112,169,208] realmente confirma a substância
09 como sendo a Quercetina. Na Tabela 2.13 encontram-se ilustrada os valores
obtidos de RMN
1
H e
13
C para a quercetina isolada e os valores apresentados na
literatura. Uma vez definido a substância 09 pode-se propor sua estrutura como
sendo:
O
O
HO
OH
OH
OH
OH
1
2
3
4
5
6
4a
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
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Tabela 2.13 – Dados de RMN
1
H e
13
C referentes a quercetina.
Isolado (MeOD) Literatura
Quercetina
(5,7,3’,4’-tetrahidroxiflavonol)
Carbono
1
H / J (Hz)
13
C
1
H / J (Hz) [169]
13
C [208]
2 - 148,8 148,3
3 - 137,2 - 136,7
4 - 177,3 - 176,7
4a - 158,2 - 157,5
5 - 99,3 - 99,6
6 6,17 (sl) 165,7 6,21 (d) 2,0 164,5
7 - 94,4 - 95,0
8 6,37 (sl) 162,5 6,41 (d) 2,0 161,4
8a - 104,5 - 104,4
1’ - 124,1 - 123,7
2’ 7,64 (d) 2,0 116,0 7,63 (d) 2,0 116,5
3’ - 146,2 - 145,7
4’ - 148,0 - 148,0
5’ 6,87 (d) 8,4 116,2 6,85 (d) 8,3 116,9
6’ 7,71 (dd) 8,4; 2,0 121,7 7,64 (dd) 8,3; 2,0 122,0
Figura 2.65 – Espectro RMN
1
H da Quercetina (MeOD, 200 MHZ).
6’
2’
5’ 8
6
O
O
HO
OH
OH
OH
OH
1
2
3
4
5
6
4a
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
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Figura 2.66 – Espectro RMN
13
C da Quercetina (MeOD, 50 MHZ).
2.5.2.10 Determinação estrutural da Quercitrina (Substância 10)
Os espectros da substãncia 10 indicam a presença de um composto da
classe dos flavonóis com um açúcar ligado. Além disso, uma simples análise no
espectro de RMN
1
H observa-se sinais referentes a um grupo metila em δ 0,94 (d;
6,0 Hz), um dubleto em δ 5,34 (J = 1,3 Hz) referente ao H-1’’ anomérico e um
hidrogênio em δ4,20 (dd; 1,6 e 1,3 Hz) (H-2’’). Estes sinais confirmam a presença do
monossacarídeo sugerindo a presença do açúcar raminose neste flavonol. Os sinais
de carbonos referentes ao flavonol se apresentaram semelhantes os sinais da
quercetina acima descrita, permitindo propor ser a estrutura do flavonol idêntica a da
quercetina, apenas com uma modificação no grupo funcional ligado ao C-3.
O espectro de RMN
1
H confirma a estrutura do flavonol. Este composto
apresentou sinais de hidrogênios aromáticos δ 7,34 (d; 2,0 Hz); δ 7,31 (dd: 8,3 e 2,0
Hz); δ 6,92 (d; 8,3 Hz), δ 6,37 (d; 1,7 Hz) e δ 6,20 (d; 1,7 Hz). Os sinais em δ 7,34,
7,31 e 6,92 que foram atribuídos aos hidrogênios 2’, 6’ e 5’ respectivamente. Pela
multiplicidade e pelas constantes de acoplamento destes sinais pode-se propor dois
grupos substituintes no anel B nas posições 3’ e 4’ em um flavonóide. Analisando os
sinais de hidrogênio em δ6,37 e em δ 6,20 pode-se atribuí-los aos hidrogênios 8 e 6
do anel A, sendo um meta em relação a posição do outro. A ausência de novos
sinais de hidrogênio e as constantes de acoplamento deste últimos dois hidrogênios
4
6 8
4a
2
4’
3’
3
1’
6’ 5’/2’
8a
75
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indicam mais dois grupos substituintes nas posições C-5 e C-7 do anel A. Desta
forma, pode-se propor a substância 10 como sendo um flavonol com um açúcar
raminose conjugado na posição C-3. Os espectros de RMN
1
H e
13
C encontram-se
nas Figuras 2.67 e 2.68 respectivamente.
Além dos valores característicos apresentados no espectro de
hidrogênio para a raminose, ainda foi possível identificar os sinais dos hidrogênios
referente ao açúcar. No espectro de RMN
1
H observam-se sinais em δ 5,34 (d; 1,3
Hz), em 4,20 (dd; 3,5 e 1,3 Hz), em 3,75 (dd; 9,3 e 3,5 Hz), em 3,33 (t; 9,3 Hz), em
3,42 (dd; 9,3 e 6,0 HZ) e em 0,94 (d; 6,0 Hz). Respeitando a multiplicidade e as
constantes de acoplamento de cada hidrogênio que permitem propor serem
referentes a hidrogênios axiais e equatoriais entre si e considerando o anel do
açúcar como sendo um anel em cadeira, pode-se propor serem estes hidrogênios os
H-1”, H-2”, H-3”, H-4”, H-5” e a Me-6” respectivamente. Desta forma, é possível
propor o açúcar com sendo a raminose apresentando a seguinte estrutura:
A substância 10 é uma estrutura conhecida na literatura [112,169,208]
denominada quercetina-3-O-L-raminosídeo ou mais popularmente por Quercitrina.
Na Tabela 2.14 encontram-se os valores obtidos de hidrogênio e carbono para a
substância 10 isolada e os valores apresentados na literatura. Esta comparação
confirma a estrutura proposta. Sob estas observações, pode-se concluir a estrutura
da substância 10 como:
O
H
OR
OH
OH
OH
H
H
H
Me
H
1
2
3
4
5
6
4a
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
O
H
H
H
H
OH
Me
H
OH
O
O
HO
OH
OH
OH
O
OH
1"
2"
3"
4"
5"
6"
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Tabela 2.14 – Dados de RMN
1
H e
13
C referentes a Quercitrina.
Isolado (MeOD)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C*
13
C [208]**
2 - 149,8 156,4
3 - 136,2 134,4
4 - 179,5 177,7
4a - 158,6 161,2
5 - 100,1 98,6
6 6,20 (d) 1,7 163,1 164,0
7 - 94,9 93,5
8 6,37 (d) 1,7 159,2 157,0
8a - 103,5 104,2
1’ - 123,0 121,0
2’ 7,34 (d) 2,0 116,4 155,4
3’ - 146,4 145,1
4’ - 149,8 148,3
5’ 6,92 (d) 8,3 116,9 115,8
6’ 7,31 (dd) 8,; 2,0 122,8 121,0
Ram.
1” 5,34 (d) 1,3 103,5 101,9
2” 4,20 (dd) 3,5; 1,3 72,1 70,4
3” 3,75 (dd) 9,3; 3,5 72,0 70,6
4” 3,33 (t) 9,3 73,3 71,5
5” 3,42 (dd) 9,3; 6,0 71,9 70,1
6” 0,94 (d) 6,0 17,6 17,3
* MeOD; **DMSO-d
6
.
Figura 2.67 – Espectro de
1
H da Quercitrina (MeOD, 200 MHz).
2’
6’
5’
8
6
5”
2’
M-6”
3”
5”/4”
1
2
3
4
5
6
4a
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
O
H
H
H
H
OH
Me
H
OH
O
O
HO
OH
OH
OH
O
OH
1"
2"
3"
4"
5"
6"
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Figura 2.68 – Espectro de
13
C da Quercitrina (MeOD, 50 MHz).
2.5.2.11 Determinação Estrutural da Azadirachtina B (Substância 11)
A azadirachtina B foi extraída e isolada das sementes de pés francos
da A. indica coletadas em Brejinho do Nazaré-TO. Este limonóide havia
anteriormente sido isolado das sementes de A. indica e da casca da A. excelsa. É
um isômero funcional da azadirachtina A, descrita anteriormente no item 2.5.2.8.
Estes isômeros diferenciam entre si nos grupos funcionais nas posições C-1, C-3 e
C-11. Na azadirachtina A nestas posições encontram-se os grupos tigloila, acetila e
hidroxila respectivamente. No isômero B o grupo tigloila é substituído por um grupo
hidroxila, o grupo acetila pelo grupo tigloila e a hidroxila na posição 11 por um
hidrogênio que aparece no espectro de RMN
1
H em δ 4,47(sl). A estrutura da
substância 11 foi elucidada através das análises dos experimentos de RMN 1D e
2D, confirmada com os dados apresentados na literatura e por Espectrometria de
Massa. Devido a grande semelhança entre os isômeros e a determinação estrutural
para o isômero A discutida anteriormente, a determinação estrutural para a
azadirachtina B não foi aqui descrita. Os espectros de RMN
1
H,
13
C, COSY, HSQC e
HMBC para esta estrutura podem ser observados nas Figuras 2.69, 2.70, 2.71, 2.72
e 2.73, respectivamente.
4
6
8
4a
2’/4’
3’ 3
1’/6’ 5’/2’
8a
7
5
1”
M-6”
4”
2”/3”/5”
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A análise do experimento HMBC indicou o sinal δ 3,51 para H-1
confirmando a ausência de um grupo éster nesta posição, que este se encontra
em uma região menos desblindada em relação à azadirachtina A (δ 4,76). A
correlação entre o sinal da Me-5’ (δ 1,84) e H-3 (δ 5,53) com C-1’, confirmam a
presença do grupo tigloíla em C-3. A correlação do sinal de H-11 (δ
H
4,47; δ
C
79,3)
com C-12 (δ174,0), comparando com a azadirachtina A onde esta posição refere-se
a um hemicetal (δ 104,4), permitiu confirmar uma ligação éter entre a Me-19 e C-11.
Todas as correlações observadas nos experimentos de HMBC e COSY para a
substância 11 podem ser observadas abaixo.
Os valores para os descolamentos químicos de RMN
1
H e
13
C podem
ser observados na Tabela 2.15. A análise dos espectros da substância 11 permite
propor a estrutura para a azadirachtina B como:
O
HO
O
OH
O
CH
3
O
O
OH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
O
O
H
3
C
O
H
OOH
3
C
O
H
3
C
H
3
C
H
H
H
H
H
H
O
HO
O
OH
O
CH
3
O
O
OH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
O
O
H
3
C
O
H
OOH
3
C
O
H
3
C
H
3
C
H
H
H
H
H
H
H
H
H
O
HO
O
OH
O
CH
3
O
O
OH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
O
O
H
3
C
O
H
OOH
3
C
O
H
3
C
H
3
C
H
H
H
H
H
H
O
HO
O
OH
O
CH
3
O
O
OH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
O
O
H
3
C
O
H
OOH
3
C
O
H
3
C
H
3
C
H
H
H
H
H
H
H
H
H
OOH
O
O
OH
CH
3
OOC
O
H
CH
3
OOC
OH
O
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
22
21
23
29
30
28
1'
2'
3'
4'
5'
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Tabela 2.15 – Dados de RMN
1
H e
13
C para a azadirachtina B.
Isolado (CDCl
3
) Literatura [87] (CDCl
3
)Carbono
1
H / J (Hz)
13
C
1
H / J (Hz)
13
C
1 3,51 (m) 69,2 3,52 (ddd) 2,3; 2,7;5,8 69,4
2 a. 2,31 (dt) 16,2; 2,75
b. 2,06 (dt) 16,2; 2,75
31,9 a. 2,32 (ddd) 16,3; 2,3; 2,8
b. 2,22(ddd) 16,3; 2,7; 2,8
32,1
3
5,53 (t) 2,75 [ dd 2,75]
67,5 5,53 (dd) 2,8; 2,8 67,7
4 - 53,2 - 53,3
5 3,34 (d) 12,58 35,0 3,33 (d) 12,7 35,2
6 4,54 (dd) 12,58; 2,83 74,2 4,55 (dd) 12,7; 2,6 74,3
7 4,73 (d) 2,83 73,6 4,72 (d) 2,5 73,7
8 - 43,9 - 44,0
9 3,20 (sl) 43,6 3,19 (d) 1,3 43,8
10 - 51,1 - 51,2
11 4,47 (sl) 79,3 4,47 (d) 1,3 79,5
12 - 174,0 - 173,5
13 - 66,5 - 66,6
14 - 69,3 - 69,4
15 4,58 (d) 3,2 76,0 4,58 (d) 3,9 76,2
16 a. 1,66 (ddd) 13,1; 4,1; 5,2
b. 1,33 (d) 13,1
24,9 a. 1,65 (ddd) 12,9; 3,9; 5,3
b. 1,33 (d) 12,9
25,1
17 2,36 (d) 5,26 48,8 2,36 (d) 5,3 49,0
18 2,04 (s) 18,1 2,04 (s) 18,6
19 a. 3,94 (d) 9,4
b. 3,50 (d) 9,4
71,2 a. 3,95 (d) 9,4
b. 3,49 (d) 9,4
71,4
20 - 83,5 - 83,7
21 5,66 (s) 108,98 5,66 (s) 109,2
22 5,04 (D) 2,92 107,4 5,03 (d) 2,9 107,5
23 6,44 (d) 2,92 146,6 6,43 (d) 2,9 146,8
28 a. 4,04 (d) 8,92
b. 3,83 (d) 8,92
73,1 a. 4,04 (d) 9,0
b. 3,83 (d) 9,0
29 - 173,4 - 174,1
30 1,45 (s) 21,3 1,45 (s) 21,3
1-OH 3,42 (sl) - 3,41 (dd) 5,8 -
7-OH 3,38 (sl) - 3,29 (sl) -
20-OH - 2,78 (sl) -
12-OMe 3,77 (s) 52,5 3,76 (s) 53,0
29-OMe 3,77 (s) 52,9 3,76 (s) 52,6
1’ - 166,9 - 167,1
2’ - 128,3 - 128,5
3’ 6,95 (qq) 7,09; 1,45 138,7 6,95 (qq) 7,0; 1,3 138,9
4’ 1,79 (dd) 7,09; 1,20 14,5 1,79 (dq) 7,0; 1,3 14,7
5’ 1,84 (t) 1,22 11,9 1,84 (dq) 1,3; 1,3 12,1
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Figura 2.69 – Espectro de RMN
1
H da azadirachtina B (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.70 – Espectro de RMN
13
C da azadirachtina B (CDCl
3
, 100 MHz).
3’
23
22
11
21
3
7
15
6
19a
28a 19b
28b
OMe
5 9
OH
OH
17
2
2
M18
M30
M4’
M5’
16a
16b
OH
1
OOH
O
O
OH
CH
3
OOC
O
H
CH
3
OOC
OH
O
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
22
21
23
29
30
28
1'
2'
3'
4'
5'
OMe
3’
23
22
11
21
3
7
15
6
19a
28a 19b
28b
OMe
5 9
OH
OH
17
2
2
M18
M30
M4’
M5’
16a
16b
OH
1
OOH
O
O
OH
CH
3
OOC
O
H
CH
3
OOC
OH
O
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
22
21
23
29
30
28
1'
2'
3'
4'
5'
OMe
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Figura 2.71 – Espectro de COSY da azadirachtina B (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.72 – Espectro de HSQC da azadirachtina B (CDCl
3
, 100 MHz).
23/22
3’
23 22
11
21
3
7
15
6
19a
28a
19b
28b
OMe
5 9
OH
17
2 2
M18
M30
M4’
M5’
16a 16b
OH
1
16a/16b
17/16a
1/2
28a/28b
19a/19b
11/9
15/16a
3/2a
3/2b
3’/M4’
7/6
OMe
23/22
3’
23 22
11
21
3
7
15
6
19a
28a
19b
28b
OMe
5 9
OH
17
2 2
M18
M30
M4’
M5’
16a 16b
OH
1
16a/16b
17/16a
1/2
28a/28b
19a/19b
11/9
15/16a
3/2a
3/2b
3’/M4’
7/6
OMe
3’
23 22
11
21
3
7
15
6
19a
28a
19b28b
OMe
5
9
OH
17
2 2
M18
M30
M4’
M5’
16a 16b
OH
1
138,7
146.6
109.0 107.4
67.5
76.0
73.6
74.2
79.3
73.1 73.1
71.2
71.2
69.2
52.552.9
OMe
48.8
18.1
11.9
14.5
24.9
3’
23 22
11
21
3
7
15
6
19a
28a
19b28b
OMe
5
9
OH
17
2 2
M18
M30
M4’
M5’
16a 16b
OH
1
138,7
146.6
109.0 107.4
67.5
76.0
73.6
74.2
79.3
73.1 73.1
71.2
71.2
69.2
52.552.9
OMe
48.8
18.1
11.9
14.5
24.9
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Figura 2.73 – Espectro de HMBC da azadirachtina B (CDCl
3
, 100 MHz).
Uma eluição cromatográfica desta substância em um HPLC (Figura
2.74), monitorado por um detector de Foto-diodo, avaliando toda a faixa espectral de
absorção na região do ultra-violeta (200 370 nm) foi observado, uma única banda
de absorção. O detector de foto-diodo processando todos os cromatogramas obtidos
nesta faixa espectral, não identificou a presença de nenhum interferente co-eluído
com a banda de absorção da substância confirmando o grau de pureza do mesmo.
Além disso, o arranjo de diodos forneceu a espectro de ultravioleta da substância
(Figura 2.75), aonde não se observa a absorção de nenhum cromóforo interferente.
Comparando as Figuras 2.61 (pg. 142) e 2.75 pode observar que ambos os
compostos possuem o mesmo espectro de ultravioleta indicando a semelhança
estrutural. Possuindo o mesmo espectro, indica que as substâncias possuem os
mesmos cromóforos de absorção relacionado a estrutura básica do limonóide não
sendo alterado pelos grupos funcionais.
23 22
11
21
3
7 15
6
19a
28a
19b28b
OMe
5 9
OH
17 2
2
M18
M30
M4’
M5’
16a 16b
OH
1
OMe
5’
4’
18
30
16
2
5
9
8
17
10
OMe/OMe
3
1/14
19
19/28
20
22
21
2’
3’
23
1’
12
29
4
13
11
6/7/15
23 22
11
21
3
7 15
6
19a
28a
19b28b
OMe
5 9
OH
17 2
2
M18
M30
M4’
M5’
16a 16b
OH
1
OMe
5’
4’
18
30
16
2
5
9
8
17
10
OMe/OMe
3
1/14
19
19/28
20
22
21
2’
3’
23
1’
12
29
4
13
11
6/7/15
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Figura 2.74 Eluição da azadirachtina B. Fase móvel H
2
O:MeOH:ACN:THF -
51,00:36,75:7,35:4,90; coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm),
coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 1,0 mL/min, a alça
de injeção de 20 µL. Detector DAD no comprimento de onda de 217 nm.
Figura 2.75 Espectro no Ultra-violeta da azadirachtina B. Comprimento de onda
máximo de absorção em 215 nm.
A azadirachtina B, como seu isômero A, foi analisada através de uma
inserção direta por Espectrometria Massas-eletrospray (ESI-MS) operado no modo
negativo. Foi utilizando o mesmo equipamento, um Espectrômeto de Massa, triplo
quadrupolo Micromass - Quattro LC operado como interface uma fonte padrão “Z-
spray” adaptado com um probe de eletrospray. Um full scan da substância se
mostrou composto basicamente do pseudoíon molecular ([M-H]
-
661 Da) proveniente
de uma desprotonação e, dos íons em m/z 643, 617, 517 e 487, 475 e 457. O
pseudoíon molecular confirma a proposta estrutural apresentada para a substância
11. A análise ESI-MS/MS desta substância permite propor sua fragmentação e
confirmar os picos do full scan como íons filhos comprovando a ausência de
interferentes e a pureza da substância. Os parâmetros otimizados para a alise
foram os mesmos usados na análise do padrão da azadirachtina A. O full scan e os
íons filhos da azadirachtina B encontram-se ilustrados na Figuras 2.76. O
mecanismo de fragmentação da azadirachtina B encontra-se ilustrada na Figura
2.77.
0 3 6 9 12 15
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
mAbs
tempo/min
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Figura 2.76 – Espectro de Massas da Azadirachtina B (ESI
-
).
Figura 2.77 – Mecanismo de Fragmentação proposto para a Azadirachtina B.
200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660
m/z
0
100
%
0
100
%
0
100
%
AzadirachtinaBDa661_30eV 21 (0.564) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (15:24-8:13) Daughters of 661ES-
8.08e3
193.2
475.4
211.0
427.4
219.0
305.4
257.3
229.3
365.0
457.3
439.3
661.4
487.4
617.5
517.6
643.7
AzadirachtinaBDa661_20eV 15 (0.410) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (12:21-3:8) Daughters of 661ES-
1.02e5
661.5
AzadirachtinaBDa661_30eV 21 (0.564) Sm (Mn, 5x1.20); Cm (16:26-8:13) Daughters of 661ES-
8.65e3
193.2
475.4
211.0
427.4
219.0
305.4
247.3
257.3
365.0
457.4
439.3
661.4
487.4
617.6
517.6
643.7
m/z 475.47
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
HO
_
H
2
O
_
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
_
m/z 457.45
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
O
OH
H
_
m/z 661
H
2
O
_
m/z 643.66
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
_
m/z 617.62
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
H
_
m/z 517.50
O
HO
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
_
m/z 487.49
O
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
H
H
H
_
m/z 427.43
O
O
O
O
O
OH
O
O
H
H
_
m/z 475.47
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
HO
_
H
2
O
_
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
_
m/z 457.45
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
O
OH
H
_
m/z 661
H
2
O
_
m/z 643.66
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
_
m/z 617.62
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
H
_
m/z 517.50
O
HO
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
_
m/z 487.49
O
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
H
H
H
_
m/z 427.43
O
O
O
O
O
OH
O
O
H
H
_
m/z 475.47
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
HO
_
H
2
O
_
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
_
m/z 457.45
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
O
OH
H
_
m/z 661
H
2
O
_
m/z 643.66
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
_
m/z 617.62
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
H
_
m/z 517.50
O
HO
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
_
m/z 487.49
O
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
H
H
H
_
m/z 427.43
O
O
O
O
O
OH
O
O
H
H
_
m/z 475.47
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
HO
_
H
2
O
_
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
_
m/z 457.45
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
O
OH
H
_
m/z 661
H
2
O
_
m/z 643.66
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
_
m/z 617.62
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
H
_
m/z 517.50
O
HO
O
O
O
O
O
O
O
O
HO
O
_
m/z 487.49
O
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
H
H
H
_
m/z 427.43
O
O
O
O
O
OH
O
O
H
H
_
PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
Nenhuma proposta foi encontrada na literatura para a fragmentação
da azadirachtina B ionizada por eletrospray no modo negativo, sendo, pela primeira
vez descrita neste trabalho.
2.5.2.12 Determinação Estrutural do Nimbandiol (Substância 12)
O limonóide C-seco Nimbandiol foi isolado das sementes do franco
do Nim. Sua estrutura foi determinada através da análise dos experimentos de RMN
1 D e 2 D (Figuras 2.78, 2.79, 2.80, 2.81 e 2.82). Nos espectros de RMN
1
H e
13
C
observam-se sinais semelhantes as estruturas do 6-O-Acetilnimbandiol (substância
04) e do 6-desacetilnimbina (substância 07). Realmente, após sua determinação
estrutural ficou evidente que a única diferença entre as estruturas 12, 04 e 07 era o
grupo funcional em C-4. Como no 6-O-Acetilnimbandiol a substância 12 também é
um 28-norlimonóide contendo um grupo hidroxila em C-4. A descrição da análise
dos experimentos de RMN que proporcionou a determinação estrutural para esta
substância, não foi aqui apresentada devido a grande similaridade entre as
estruturas 12 e 04. A única diferença encontrada foi no espectro de COSY o H-7
agora acoplado com um sinal em uma região mais blindada (δ 4,26) quando
comparado com o 6-O-acetilnimbandiol (δ 5,46), indicando a substituição de um
grupo acetila por uma hidroxila em C-6. Como pode ser observado na Tabela 2.16,
com exceções de pequenas variações nos deslocamentos químicos, praticamente
não diferença entre os espectros de RMN
1
H e
13
C. A substância 12 foi
identificada e confirmada como sendo o Nimbandiol.
O
MeOOC
O
O
OH
OH
30
29
23
21
22
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
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Tabela 2.16 Dados de RMN
1
H e
13
C para o Nimbandiol e para o 6-O-
acetilnimbandiol.
Nimbandiol isolado (CDCl
3
) 6-O-Acetilnimbandiol (CDCl
3
)
(pg. 101)
Carbono
1
H
13
C
1
H
13
C
1 - 202,4 - 201,8
2 5,76 (d) 10,4 125,0 5,79 (d) 10,2 124,5
3 6,53 (d) 10,4 151,7 6,49 (d) 10,2 151,1
4 - 71,0 - 70,1
5 2,67 (d) 12,0 50,7 3,07 (d) 12,2 48,1
6 4,26 (dd) 12,0; 3,6 67,8 5,46 (dd) 12,2; 2,5 70,8
7 4,01 (d) 3,6 87,1 4,08 (d) 2,5 84,6
8 - 47,6 - 48,3
9 2,71 (dd) 6,0; 3,6 38,8 2,79 (t) 5,1 38,6
10 - 47,9 - 48,1
11 a. 2,92 (dd) 16,6; 6,0
b. 2,18 (m)
34,2 a. 2,93 (dd) 16,2; 5,1
b. 2,22 (m)
34,1
12 - 173,5 - 173,4
13 - 135,3 - 135,5
14 - 146,5 - 145,7
15 5,55 (tl) 6,6 86,9 5,55 (tl) 6,6 87,3
16 a. 2,18 (m)
b. 2,04 (m)
41,4 a. 2,22 (m)
b. 2,04 (m)
41,3
17 3,66 (m) 49,6 3,64 (dl) 8,3 49,5
18 1,68 (s) 12,9 1,68 (s) 12,8
19 1,17 (s) 15,9 1,25 (s) 15,9
20 - 126,7 - 126,7
21 7,22 (m) 139,0 7,23 (s) 139,0
22 6,30 (m) 110,3 6,32 (s) 110,3
23 7,32 (t) 1,6 143,1 7,32 (s) 143,1
29 1,58 (s) 23,8 1,38 (s) 23,8
30 1,29 (s) 17,6 1,37 (s) 17,1
OMe 3,65 (s) 51,7 3,64 (s) 51,7
OAc - - 2,22 (s) 169,7
21,7
OH
a
- 3,29 -
a
Os valores das Hidroxilas não foram identificados
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Figura 2.78 – Espectro de RMN
1
H do Nimbandiol (CDCl
3
, 200 MHz).
Figura 2.79 – Espectro de RMN
13
C do Nimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz).
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a
5 11b
9
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
OH
16a
16b
O
MeOOC
O
O
OH
OH
30
29
23
21
22
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
21
23
3
2
22
15
6
7
17
11a
5 11b
9
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
OH
16a
16b
O
MeOOC
O
O
OH
OH
30
29
23
21
22
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
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Figura 2.80 – Espectro de COSY do Nimbandiol (CDCl
3
, 400 MHz).
Figura 2.81 – Espectro de HSQC do Nimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz).
2123
3
2
22
15
6
7
17
11a
5
11b
9
M-18
M-29
M-30
M-19OCH
3
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16b
23/22
21/22
3/2
15/16b
15/16a
6/5
17/16 11a/11b
9/11b
9/11a
9/11a
16a/16b
2123
3
2
22
15
6
7
17
11a
5
11b
9
M-18
M-29
M-30
M-19OCH
3
16a
16b
23/22
21/22
3/2
15/16b
15/16a
6/5
17/16 11a/11b
9/11b
9/11a
9/11a
16a/16b
2123 3 222
15 6
7
17
11a 5
11b9
M-18
M-29 M-30
M-19
OCH
3
16a
16b
143.1
139.0
151.7
110.3
125.0
86.9
67.8
87.1
49.6
51.7
34.2 34.2
41.4 41.4
38.8
50.7
12.9
23.8
17.6
15.9
2123 3 222
15 6
7
17
11a 5
11b9
M-18
M-29 M-30
M-19
OCH
3
16a
16b
143.1
139.0
151.7
110.3
125.0
86.9
67.8
87.1
49.6
51.7
34.2 34.2
41.4 41.4
38.8
50.7
12.9
23.8
17.6
15.9
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Figura 2.82 – Espectro de HMBC do Nimbandiol (CDCl
3
, 100 MHz).
2.5.3 Caracterização da Azadirachtina A em Diversas Partes do Enxerto
A azadirachtina concentra-se principalmente nos frutos, porém,
menores quantidades tamm podem ser encontradas nas demais partes da planta
[02]. Com o objetivo de verificar se o enxerto da Azadirachta indica sobre a Melia
azedarach tem mantido as características da planta a qual procede, além dos
estudos fitoquímicos e quantitativos foi realizado um estudo com diversas partes da
planta e com frutos em diferentes graus de maturação verificando, se a
azadirachtina A encontra-se presente nos mesmos. Esta análise foi realizada por um
experimento de Cromatografia Líquida acoplado a um Espectmetro Massa-Massa
(LC-MS/MS).
Foram preparados diversos extratos com as diversas partes do enxerto
por centrifugação, seguindo o método proposto de preparo desenvolvido para a
quantificação das sementes do Nim descrito no Item 3.4.1.2.1. Uma vez obtidos os
2123 3
2
22
15
6
7
17 11a
5
11b
9
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
16a
16b
9
1
2
3
4
OMe
6
7/15
10/8/17/5
11
13
14
18
19
30
29
22
20
23
21
12
16
2123 3
2
22
15
6
7
17 11a
5
11b
9
M-18
M-29
M-30
M-19
OCH
3
16a
16b
9
1
2
3
4
OMe
6
7/15
10/8/17/5
11
13
14
18
19
30
29
22
20
23
21
12
16
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extratos, foi preparada uma solução com cada extrato (Tabela 2.4 pg. 66). Estas
soluções foram analisadas por LC-MS/MS.
Os extratos foram analisados por LC-MS/MS. Obtida a otimização dos
parâmetros de separão cromatográfica (pg. 65) foi realizado o ajuste dos
parâmetros do MS/MS. Estes parâmetros encontram-se descritos nos procedimentos
experimentais (pg. 66). Para a ionização foi usada uma fonte de eletrospray no
modo negativo promovendo a ionização e fragmentação na fonte utilizando para a
detecção do íon da azadirachtina A o modo Multiple Reaction Monitoring (MRM).
Neste modo, equivalente a um modo MS/MS, ambos os quadrupolos permanecem
estáticos promovendo um grande ganho em sensibilidade para um analito conhecido
(próximo à 100 vezes) comparado aos scanning MS/MS tradicionais. Uma vez que
se desejava apenas monitorar a presença ou não da azadirachtina A nos extratos, o
primeiro quadrupolo do equipamento (MS1) foi mantido estático para monitorar
apenas a entrada do íon [(M H
-
) m/z 719] referente ao íon molecular da
azadirachtina A obtido no modo negativo de ionização por eletrospray (ESI
-
). Este
íon, num segundo quadrupolo é fragmentado após colidir com o gás de colisão. O
último quadrupolo (MS2) monitora apenas a passagem ou o dos íons filhos da
azadirachtina garantindo que o íon molecular selecionado no primeiro quadrupolo
seja realmente do composto de interesse. Foi realizada uma análise do padrão puro
da azadirachtina A definindo seu padrão de fragmentação e selecionando dois íons
filhos característicos (m/z 719 -> 486 e 719 -> 211) para serem monitorados no
quadrupolo MS2. Uma vez que o detector registra a presença do íon molecular [(M –
H
-
) m/z 719 Da] e dos íons filhos m/z 486 e 211 através de um tratamento
matemático ele registra a presença do composto. Com o uso desta técnica se obtém
um cromatograma altamente específico e com uma boa relação sinal/ruído (sensível)
como podem ser observados nas Figuras 2.83 e 2.84.
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Figura 2.83 – Espectro de Massas para a Azadirachtina A (ESI
-
).
Figura 2.84 - Full scan típico para as amostras, demonstrando a seletividade na
detecção da azadirachtina na técnica por LC-MRM.
Uma vez otimizados todos os parâmetros cromatográficos, foi realizada
a análise das amostras (Figura 2.85). Nas estruturas investigadas, exceto nas
folhas, foi identificada, em diferentes quantidades, a presença da azadirachtina A,
inclusive nas flores da planta. Diversos trabalhos na literatura demonstram a eficácia
de extratos da folhas em ensaios biológicos, porém, nenhum trabalho descreve o
isolamento da azadirachtina A nas folhas. Estes levantamentos bibliográficos,
juntamente com os resultados obtidos, vêem indicar que a azadirachtina realmente
não está presente nesta parte da planta ou, se presente, em quantidades ínfimas.
Estes resultados mais as atividades biológicas descritas para os extratos das folhas,
indicam que, o somente a azadirachtina A, mas tamm outros limonóides,
apresentam atividades biológicas. Assim, pode se estabelecer um sinergismo entre
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os compostos da planta, de modo que permita a planta, ser ativa em uma grande
gama de insetos considerados pragas agrícolas. Além disso, a ação de múltiplos
compostos e não apenas um específico dificulta que as pragas adquiram resistência,
o que causaria uma perda na eficiência dos produtos do Nim após alguns tempo de
uso.
Figura 2.85 Cromatograma obtido para as amostras por LC-MRM selecionando os
canais m/z 719 -> 485 e 719 -> 211.
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Amêndoa do fruto adulto
Cerne do galho (parte interna)
Casca do galho
Flores
Fruto infantil
Amêndoa do fruto adulto e maduro
Folhas
Palha da semente seca
Amêndoa da semente seca
Amêndoa do fruto jovem
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Amêndoa do fruto adulto
Cerne do galho (parte interna)
Casca do galho
Flores
Fruto infantil
Amêndoa do fruto adulto e maduro
Folhas
Palha da semente seca
Amêndoa da semente seca
Amêndoa do fruto jovem
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2.5.4 Caracterização das Azadirachtinas A e B nas Sementes do Enxerto
Uma vez obtidos os padrões dos dois principais metabólitos
secundários do Nim, as azadirachtinas A e B, era preciso confirmar suas presenças
nas sementes do enxerto. Além disso, também era preciso confirmar as bandas
atribuídas nas eluições cromatográficas como realmente bandas de absorção destes
compostos. Com este objetivo foram realizadas análises por HPLC e LC-MS/MS
utilizando um equipamento de HPLC configurado com uma bomba Shimadzu LC-
10AD, auto-injetor Shimadzu SIL-10AD, um detector de arranjo de diodos Shimadzu
SPD-M10A. Após a saída do detector foi colocada uma válvula splitess a qual
permitia a ida da metade do fluxo do HPLC para um detector de MS/MS em rie.
Os parâmetros utilizados na separação por HPLC encontram-se ilustrados na Figura
2.86. Os dados foram processados usando o software ClASS-VP.
Em análises individuais por HPLC observou-se o tempo de retenção e
o espectro de absorção de ultravioleta dos padrões de azadirachtinas A e B. Na
eluição cromatográfica de uma amostra de sementes, observou-se duas bandas
predominantes, uma em 10,8 min e outra em 11,8 min. A primeira banda apresentou
o mesmo tempo de retenção e espectro de UV do padrão da azadirachtina A e, a
segunda banda, o mesmo tempo de retenção e espectro de UV para o padrão de
azadirachtina B. A mesma análise foi repetida para uma amostra de óleo. Sob os
parâmetros estabelecidos para a análise dos óleos, a banda mais intensa do
cromatograma, com um tempo de retenção de 11,1 min demonstrou o mesmo tempo
que o padrão da azadirachtina A e, a segunda banda mais intensa em 14,3 minutos,
um tempo de retenção equivalente ao isômero B. Ambas as banda tamm
apresentaram os mesmo espectros de UV. Contudo, apesar das coincidências entre
os tempos de retenção e espectros de UV entre os padrões e as amostras, as
bandas de absorção acima descritas foram ainda confirmadas por LC-MS/MS.
O equipamento de MS/MS foi preparado para o uso nas seguintes
condições: potencial do capilar de 3,6 kV para o modo negativo de ionização, a
temperatura do gás de dessolvatação (N
2
) de 350 ºC e a temperatura do bloco da
fonte 130 ºC. O potencial usado no cone foi de 42 V, no cone extrator de 8 V e o RF
lens de 0,50 V. Os fluxos dos gases de Nebulização (N
2
) e dessolvatação (N
2
) foram
de 80 e 450 L/hs respectivamente. O gás de colisão foi o Argônio 99,99% (Whittin
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Martins) e a voltagem da energia de colisão de 20 eV. Os dados totais foram
adquiridos usando um dwell time de 0,06s. Todos os dados foram processados
usando software MassLynx versão 3.5 NT Quattro. Estes parâmetros foram os
mesmos usados na caracterização dos padrões. A ionização no Espectrômetro de
Massa ocorreu por eletrospray no modo negativo de ionização gerando íons
negativos a partir de espécies pouco voláteis presentes na fase líquida.
Assim, na análise por LC-MS/MS observa-se que as bandas em 10,8 e
11,1 min nas eluições das sementes e do óleo respectivamente, sob os parâmetros
de eluição descritos na Figura 2.86, apresentaram o pseudo íon molecular [M-H]
-
m/z 719 Da proveniente de uma desprotonação e os íons filhos m/z 687, 659, 641 e
535. O pseudo-íon molecular e os íons filhos gerados apresentam o mesmo perfil de
fragmentação caracterizado no padrão de azadirachtina A ilustrada na Figura 2.62
(pg. 144). As bandas de absorção em 11,8 e 14,3 min, nos cromatogramas das
sementes e dos óleos respectivamente, apresentaram o pseudo-íon molecular [M-H]
-
m/z 661 e íons filhos m/z 643, 617, 517 e 475 do padrão de azadirachtina B ilustrada
na Figura 2.76 (pg. 158). Assim, a análise de LC-MS/MS confirma a as bandas de
absorção das azadirachtina A e B nas análises por HPLC das sementes e dos óleos.
Apesar da concordância entre os dados por HPLC, a confirmação por LC-MS/MS
evitou o erro ou dúvidas da presença destes metabólitos nas sementes do enxerto e
em sua quantificação. Uma vez que a azadirachtina possuí uma grande variedade
de isômeros, não comum na mesma intensidade mas, que, poderiam apresentar o
mesmo tempo de retenção e mesmo espectro de UV. Contudo, estes isômeros o
poderiam apresentar o mesmo perfil de fragmentação. Assim, a análise por MS/MS
confirmou as bandas de absorção para as azadirachtina A e B e sua presença,
sendo, uma informação importante na caracterização do enxerto.
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Figura 2.86 Eluição cromatográfica de padrões de azadirachtina A e B e de
amostras. Coluna C
18
Phenomenex® Luna (II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de
segurança Phenomenex® (4x3 mm, 5 µm); vazão de 0,8 ml/min.; λ = 217 nm e
volume de injeção de 20 µL. (a) Padrões de azadirachtina A e B. (c) Semente do
Nim. Fase móvel para (a) e (b): H
2
O:ACN:MeOH:THF 61:34:4:1. (b) Padrões de
azadirachtina A e B. (d) Semente do Nim. Fase móvel para (b) e (d):
H
2
O:MeOH:ACN:THF – 51:36,75:7,35:4,9.
2.5.5 Degradação Assistida da Azadirachtina A
Desde que foi pela primeira vez extraído, o óleo do Nim tem sido
extensivamente estudado em termos de sua eficácia como inseticida. Várias
formulações industriais têm sido produzidas através da emulsificação desse óleo
contendo o principal componente ativo a azadirachtina A. Estes produtos comerciais
têm sido usados na proteção de plantas e em estoques de alimentos. Suas
propriedades fazem da azadirachtina A uma opção muito boa como substituto dos
pesticidas sintéticos. Contudo o uso da azadirachtina em campo é limitado por sua
sensibilidade à luz, a umidade e a temperatura [02,27].
Com o objetivo de entender os processos de degradação e, num
futuro, propor meios de sua proteção ampliando seu tempo de atividade em campo,
5 mg da azadirachtina A pura foi dissolvida em 1 mL de água e 0,1 mL de MeOH
sendo, em seguida, intencionalmente exposta a luz solar por 20 dias. A primeira
0
20
40
60
mAbs
0 3 6 9 12 15
0
20
40
60
80
mAbs
tempo/min
3 6 9 12 15
tempo/min
(a)
(b)
(c) (d)
0
20
40
60
mAbs
0 3 6 9 12 15
0
20
40
60
80
mAbs
tempo/min
3 6 9 12 15
tempo/min
(a)
(b)
(c) (d)
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etapa neste estudo foi verificar os derivados reacionais obtidos buscando identificar
os seus grupos funcionais mais reativos. A quantidade de massa usada não foi
maior devido seu custo. Em vista da pequena quantidade de material disponível para
o estudo, sendo inviável sua separação, estes derivados foram identificados em
mistura fazendo uso dos experimentos de RMN 1D e 2D e da análise por inserção
direta em Espectrômetro de Massa. Os parâmetros utilizados para estas análises,
encontram-se descritas no item 2.4.12 (pg. 67).
Comparando o espectro de RMN
1
H do padrão puro com o espectro
após o período de degradação, pode-se observar a duplicação de sinais no
espectro. Isto ocorre porque apenas parte da molécula sofreu algum tipo de
modificação permanecendo o restante intacto. Contudo, mesmo pequenas
modificações são capazes de provocar alterações nas propriedades magnéticas de
todos os cleos da molécula o que, resulta em pequenas modificações nos valores
dos deslocamentos químicos dos cleos de hidrogênios. A Figura 2.87 ilustra os
espectros de hidrogênio obtido para o padrão puro e para a mistura de artefatos
mais a azadirachtina A.
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Figura 2.87 Espectro RMN
1
H da azadirachtina A obtido: a) antes e b) depois da
degradação (CDCl
3
, 400 MHz).
As regiões em cinza na Figura 2.87 demonstram regiões do espectro
onde surgiram sinais provenientes dos produtos da degradação. Pode se observar
um padrão de duplicação nos sinais, principalmente na região mais desblindada do
espectro tendo um menor número de sinais. Para diferenciar os sinais desta mistura,
indicando quais sinais devem pertencer as moléculas da azadirachtina e quais são
de compostos degradados, foi usada a técnica de DOSY (Diffusion Ordened
Spectroscopy). Esta cnica permite, através dos coeficientes de difusão, identificar
os sinais de hidrogênio pertencentes a cada molécula em uma mistura. As
diferenças entre os coeficientes de difusão em uma mistura são provenientes dos
diferentes sistemas de spins presentes. Na Figura 2.88 pode ser observado o
experimento de DOSY para a mistura em investigação.
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5
(a)
(b)
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.57.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5
(a)
(b)
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Figura 2.88 Espectro de DOSY da mistura de azadirachtina A e dos produtos
reacionais.
Através da análise do experimento de DOSY foi possível observar um
coeficiente de difusão para a azadirachtina em - 9,185, um derivado com
duplicações de sinais em – 9,25 além de outros derivados onde não houve uma total
duplicação dos sinais da molécula na região mas blindada do espectro. Estes
artefatos possuem um coeficiente de difusão próximos a - 9,29.
Observa-se no experimento de HMBC para a mistura o surgimento de
correlações entre hidrogênios e carbonos não existentes nos mesmos experimentos
do padrão puro. Um sinal de destaque é a correlação de um carbono em δ93,2 com
um sinal de hidrogênio em δ 1,68 e um segundo carbono em δ 95,0 se
correlacionando com um sinal de hidrogênio em δ 1,39. Estes sinais de hidrogênio
se correlacionam no HSQC com um carbono em δ 29,0 e podem ser atribuídos aos
sinais duplicados dos H-16a e H-16b. Os carbonos δ 93,2 e 95,0 não apresentaram
correlação com hidrogênio no HSQC. O hidrogênio em δ 1,68 tamm apresentou
correlação com carbonos em δ 82,3 e 51,0 os quais, se corelacionam a
1
J com
hidrogênios em δ 4,54 e 2,15 respectivamente. O carbono δ 82,3 se correlaciona
com um hidrogênio em δ 5,65 (via HMBC). Este hidrogênio (δ 5,65) via HSQC se
correlaciona com o carbono δ 108,0 e via HBMC com o carbono δ 86,0. Este
carbono em δ 86,0 não apresentou nenhum hidrogênio ligado a ele. Um hidrogênio
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em δ 4,88 se correlaciona a uma ligação, ao carbono δ 107,3 e a duas ou três
ligações com os carbonos δ 108,0, 86,0 e 145,2. Este carbono em δ 145,2 se
correlaciona (
1
J) ao hidrogênio δ 6,40 o qual se correlaciona com os carbonos δ
108,0, 107,3 e 86,0 (
2
J ou
3
J). Comparando estes resultados com a determinação
estrutural da azadirachtina A, respeitando as diferenças nos deslocamentos
químicos, observa-se o mesmo perfil de correlações atribuídas ao anel D modificado
na azadirachtina A. Todavia, neste metabólito degradado, os carbonos δ 95,0 e δ
93,2 que devem ser C-13 e C-14 respectivamente, apresentam uma variação no
deslocamento químico superior a 20 ppm indicando uma possível abertura no
epóxido formando um carbono carbinólico quaternário cetálico em um bicíclico. Am
destas correlações ainda uma correlação entre um hidrogênio em δ 1,50 com um
carbono em δ 27,5 (via HSQC). Este hidrogênio se correlaciona com o carbono δ
51,0 permitindo propor serem sinais referentes a Me-18 se correlacionando com C-
17. Assim, respeitando estas correlações é possível propor:
O carbono C-14 (δ 93,2) é confirmado observando sua correlação com
um grupo metílico em δ 1,68 [δ 17,5]. Este grupo metílico se correlaciona também
com um hidrogênio em δ3,50 [δ47,0]. O hidrogênio em δ3,50 pode ser atribuído ao
H-9 confirmando a Me-30. Este hidrogênio, além da correlação com a Me-30
tamm se correlaciona com C-14 e com os carbonos em δ 51,0, δ 53,8, e δ 70,0.
Estas correlações podem ser atribuídas aos carbonos C-8, C-10 e C-19
respectivamente. O C-8 apresenta correlação com a Me-30 confirmando sua
posição. Ainda no HSQC pode se observar uma nova correlação entre um carbono δ
81,0 com um hidrogênio em δ 4,18 e um carbono δ 70,0 com dois hidrogênios em δ
4,25 e 3,80. O hidrogênio δ4,18 se correlaciona com um carbono em δ37,0 (δ3,15)
O
O
CH
3
RO
RO
H
H
H
H
H
H
H
OH
95.0
93.2
51.0
29.0
82.3
108.0
86.0
107.3
145.2
27.5
1.50
1.68
1.32
2.15
4.54
5.65
4.88
6.40
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e os hidrogênios δ 4,25 e 3,80 com um carbono δ 53,8 (C-10). Estas correlações
permitem propor o hidrogênio δ 4,18 sendo H-7 (conseqüentemente o carbono δ
81,0 será C-7) e os hidrogênios δ 4,25 e δ 3,80 como sendo H-19a e H-19b. Estas
correlações permitem propor a seguinte estrutura:
Assim, a análise dos experimentos de RMN, HMBC e HSCQ (Figuras
2.89 e 2.90, respectivamente) permitem propor o seguinte derivado reacional:
Produto de reação A
70.0
3.80
4.25
3.50
47.0
51.0
17.5 1.68
93.2
81.0
4.18
3.15
37.0
72.5
4.40
73.5
3.68
4.00
53.8
H
O
OH
R
H
OR
H
CH
3
O
H
R
OH
R
H
H
H
H
O
AcO
OTIg
MeOOC
O
OH
MeOOC
O
O
HO
O
OH
H
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Figura 2.89 Espectro de HSQC da mistura de degradação da azadirachtina A
(CDCl
3
, 100 MHz).
Figura 2.90 Espectro de HMBC da mistura de degradação da azadirachtina A
(CDCl
3
, 100 MHz).
Correlações entre H e C de destaque que surgiram
com a degradação.
Correlações entre H e C de destaque que surgiram
com a degradação.
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Considerando o meio de decomposição, ou seja, uma solução
hidroalcóolica com o pH ligeiramente ácido, pode-se propor o mecanismo mostrado
abaixo para a formação do produto de reação A.
O mecanismo proposto é um mecanismo concertado, aonde a
protonação do oxigênio do epóxido assite a formação da ligação entre C-13 e O-7. O
formação da ligação entre C-14 e O-7 não é permitida, pois levaria a formação de
um anel de quatro membros de grande tensão estérica não sendo o produto formado
estável. O mecanismo proposto, comportasse como um mecanismo de substituição
nucleofílica bimolecular como pode ser observado na Figura 2.91.
Figura 2.91 – Mecanismo reacional de degradação da azadirachtina A.
Cruzando os dados de RMN
13
C deste produto com os dados
apresentados na literatura [48], encontra-se uma grande semelhança entre estes
dados e os referentes ao 1-tigloil-3-acetilazadirachtinina. Esta semelhança espectral
corrobora com o mecanismo de degradação proposto, uma vez que, o mecanismo,
leva ao próprio composto 1-tigloil-3-acetilazadirachtinina a partir da azadirachtina A.
Os dados de RMN
1
H e
13
C do 1-tigloil-3-acetilazadirachtinina são apresentados na
Tabela 2.17. Kumar et al. [48] descreve o isolamento deste composto a partir de do
extrato metanólico das sementes do Nim. No mesmo extrato ele descreve o
O
H
O
CH
3
O
H
O
H
CH
3
O
H
O
CH
3
H
O
H
O
H
CH
3
O
AcO
OTIg
MeOOC
O
OH
MeOOC
O
O
HO
O
OH
H
O oxigênio recebe um
próton formando uma
nova ligação, ficando
eletronicamente
deficiente.
H
+
H
+
+
-
Sendo o oxigênio mais
eletronegativo que o
carbono, ele tende a
romper a ligação com o
carbono satisfazendo
sua deficiência.
Na realidade forma-se um
intermediário onde a
deficiência eletrônica do
oxigênio é compartilhada
entre dois carbonos
Com a formação da ligação
entre O-7 e C-13, rompe-se
a ligação do carbono com
o oxigênio do epóxido
O mais viável é a formação do anel de 5 membros
pela ligação entre o O-7 e C-13. A ligação entre O-
7 e C-14 não é termodinamicamente viável pois
levaria a um anel de 4 membros
Artefato A
O
H
O
CH
3
O
H
O
H
CH
3
O
H
O
CH
3
H
O
H
O
H
CH
3
O
AcO
OTIg
MeOOC
O
OH
MeOOC
O
O
HO
O
OH
H
O oxigênio recebe um
próton formando uma
nova ligação, ficando
eletronicamente
deficiente.
H
+
H
+
+
-
Sendo o oxigênio mais
eletronegativo que o
carbono, ele tende a
romper a ligação com o
carbono satisfazendo
sua deficiência.
Na realidade forma-se um
intermediário onde a
deficiência eletrônica do
oxigênio é compartilhada
entre dois carbonos
Com a formação da ligação
entre O-7 e C-13, rompe-se
a ligação do carbono com
o oxigênio do epóxido
O mais viável é a formação do anel de 5 membros
pela ligação entre o O-7 e C-13. A ligação entre O-
7 e C-14 não é termodinamicamente viável pois
levaria a um anel de 4 membros
Artefato A
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isolamento da azadirachtina A. Este extrato foi submetido por extração líquido-
quido e fracionamento em lica-gel. A identificação agora deste composto
proveniente de uma degradação forçada da azadirachtina A sugere a possibilidade
do 1-tigloil-3-acetilazadirachtinina descrito na literatura como um produto natural ser
na verdade um derivado reacional.
Tabela 2.17 – Dados de RMN
1
H e
13
C para o 1-tigloil-3-acetilazadirachtinina.
Isolado (CDCl
3
) Literatura [48] Azadirachtina A [174]Carbono
1
H
13
C
1
H
13
C
1
H
13
C
1 * * 4,70 70,0 4,77 (m) 70,6
2 * * a. 2,27
b. 2,15
30,2 a. 2,32 (m)
b. 2,26 (m)
29,7
3 * * 5,45 67,9 5,51 (tl) 67,0
4 * * - 52,2 - 52,7
5 3,15 37,0 3,25 35,5 3,34 (d) 37,0
6 4,40 72,5 4,50 73,3 4,62 (dd) 73,9
7 4,18 81,0 4,60 81,9 4,77 (m) 74,3
8 - 51,0 - 50,9 - 45,6
9 3,50 47,0 3,40 47,7 3,34 (s) 44,1
10 - 53,8 - 49,2 - 50,2
11 * * - 104,8 - 104,2
12 * * - 172,5 - 171,8
13 - 95,0 - 94,0 - 68,7
14 - 93,2 - 92,9 - 70,0
15 4,54 82,3 4,20 81,5 4,67 (d) 76,7
16 a. 1,68
b. 1,32
29,0 a. 1,50
b. 1,98
30,2
*
1,31 (d)
25,1
17 2,15 51,0 2,18 50,8 2,38 (d) 48,6
18 1,50 27,5 1,50 27,4 2,01 (s) 18,5
19 a. 4,25
b. 3,80
70,0 a. 4,21
b. 3,64
70,4 a. 4,15 (d)
b. 3,63 (d)
69,0
20 - 86,0 - 85,7 - *
21 5,65 108,0 5,60 109,3 5,65 (s) 108,5
22 4,88 107,3 4,90 108,8 5,05 (d) 107,6
23 6,40 145,2 6,40 146,8 6,46 (d) 146,9
28 a. 4,00
b. 3,68
73,5 a. 4,03
b. 3,68
73,2 a. 4,08 (d)
b. 3,75 (d)
72,9
29 * * - 173,8 - 173,6
30 1,68 17,5 1,67 18,0 1,75 (s) 21,4
7-OH * * - - 2,83 (sl) -
11-OH * * - - 5,03 (d) -
20-OH * * - - 2,89 (sl) -
12-OMe * * 3,71 53,4 3,69 (s) 52,8
29-OMe * * 3,76 53,2 3,80 (s) 53,2
OAc * * 2,00 169,9 1,95 (s) 169,8
20,8
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Tig
1’ * * - 166,1 - 166,3
2’ * * - 128,7 - 128,6
3’ * * 6,90 138,2 6,92 (m) 137,9
4’ * * 1,80 14,2 1,78 (dd) 14,3
5’ * * 1,82 12,1 1,86 (s) 11,9
* Sinais não identificados.
A mistura de artefatos obtida na degradação da azadirachtina foi
tamm submetida a inserção direta num Espectrômetro Massas/Massas e à LC-
MS/MS. Os pametro otimizados para a inserção direta da amostra no MS/MS e
para a separação através da LC-MS/MS encontram-se descritas no item 2.4.12 (pg.
67).
A análise por LC-MS/MS revelou no cromatograma UV (Figura 2.92) a
presença de pelo menos três compostos de destaque. A banda de absorção em 40,7
min apresenta o mesmo espectro de UV da azadirachtina A. Esta banda foi
confirmada para a azadirachtina A através da análise de um padrão. Os outros dois
compostos de destaques, todavia, apresentavam modificações no espectro de UV
confirmando uma alteração no esqueleto do limonóide. Entretanto, apesar de ser
evidente a modificação estrutural, estes dois produtos reacionais apresentam o
mesmo pseudo íon molecular da azadirachtina não degradada de [M-H]
-
m/z 719 Da
como pode ser observado comparando o cromatograma obtido monitorando o
pseudo íon molecular m/z 719 com o cromatograma de íons totais (TIC) na Figura
2.93. Estes resultados sugerem uma modificação interna na molécula, contudo, sem
a perda ou adição de algum grupo funcional como, por exemplo, uma desidratação
ou hidratação nestes compostos. Os outros dois compostos de destaque
apresentaram um tempo de retenção de 48,5 e 53,5 min. Assim, a análise LC-
MS/MS vem confirmar a estrutura do 1-tigloil-3-acetilazadirachtinina que apresenta
uma massa molecular de 720 g.mol
-1
e, quando operando no modo negativo de
ionização por eletrospray, também deve gerar um pseudo íon molecular em [M-H]
-
m/z 719 Da. A diferença na fragmentação entre os compostos em 48,5 e 53,5 min
confirma a existência de diferenças entre suas estruturas.
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Figura 2.92 Cromatogramas obtidos dos produtos de reação. (a) Cromatograma
em 3 D da eluição monitorada entre 200 e 350 nm. (b) Cromatograma em 2 D da
eluição em 206 nm. (c) Espectros de UV referente as três bandas de destaque do
cromatograma b. Os parâmetros de análise encontram-se descritos no Item 2.4.12.
Os íons monitorados no LC-MS/MS foram selecionados após a
inserção direta da mistura, onde se observou num full scan picos não referentes a
fragmentação da azadirachtina A, indicando novos compostos.
minut
0
3
2
3
Az
a
d
irach
t
in
aA
(a)
(b)
(c)
mAU
nm
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Figura 2.93 (a) Cromatograma de Íons Totais (TIC) da mistura. (b) Cromatograma
obtido monitorando o íon m/z 719. (c), (d) e (e) Cromatogramas obtidos monitorando
os íons m/z 673, 737 e 705 respectivamente.
O segundo produto de degradação de destaque, o qual, também
apresenta um pseudo íon molecular [M-H]
-
m/z 719, o foi possível determinar sua
estrutura através dos dados de RMN. Contudo, sabendo que ele apresenta o mesmo
pseudo íon molecular que a azadirachtina e que o 1-tigloil-3-acetilazadirachtinina
identificado, pode-se supor que, semelhantemente ao 1-tigloil-3-
acetilazadirachtinina, este composto o tenha sofrido adição nem eliminação de
grupos funcionais. Assim, uma segunda estrutura molecular (produto de reação B)
pode ser proposta pelo fechamento de um anel de seis membros entre o oxigênio
em C-11 e o carbono C-13 num mecanismo semelhante ao descrito anteriormente.
Ou seja, ocorre a protonação do oxigênio do epóxido o qual pode sofrer o ataque
nucleofílico da hidroxila do hemicetal como mostra a Figura 2.94.
5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00 45.00 50.00 55.00
Time
0
100
%
0
100
%
0
100
%
0
100
%
0
100
%
HPLC_MS_MoacirAzad_0404_FS4 Sb (2,40.00 ); Sm (Mn, 4x3) Scan ES-
705
1.15e6
37.18
3.93
HPLC_MS_MoacirAzad_0404_FS4 Sb (2,40.00 ); Sm (Mn, 4x3) Scan ES-
737
4.54e5
38.07
28.21
HPLC_MS_MoacirAzad_0404_FS4 Sb (2,40.00 ); Sm (Mn, 4x3) Scan ES-
673
3.52e5
37.16
45.11
HPLC_MS_MoacirAzad_0404_FS4 Sb (2,40.00 ); Sm (Mn, 4x3) Scan ES-
719
5.27e6
40.90
HPLC_MS_MoacirAzad_0404_FS4 Sb (2,40.00 ); Sm (Mn, 4x3) Scan ES-
TIC
2.39e7
40.92
49.15
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
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Figura 2.94 Mecanismo reacional de degradação da azadirachtina A para o
segundo produto de reação.
Sendo o detector de MS/MS mais sensível que o detector de UV, foi
possível identificar no TIC além de existência dos três compostos de pseudo íon
molecular [M-H]
-
m/z 719 outros compostos de [M-H]
-
m/z 737, 705 e 673. Numa
análise por inserção direta MS/MS, observa-se que o perfil de fragmentação destes
produtos são diferentes dos produtos em m/z 719. Através dos seus respectivos íons
moleculares é possível propor duas novas estruturas para produtos de degradação.
Novamente a protonação do epóxido pode assistir uma hidratação na molécula no
C-14 numa reação de substituição nucleofílica bimolecular. A posição C-14 neste
caso é preferível tendo uma adição não estérica. A posição C-13 possui um grupo
metílico que causa uma repulsão eletrônica na aproximação do nucleófilo. Assim, é
possível propor a hidratação em C-14 gerando o pseudo íon molecular [M-H]
-
m/z
737 (Produto de reação C). Uma vez formado este produto e, tendo uma livre
rotação na ligação C-8/C-14, este novo grupo hidróxido na face β do C-14 pode
reagir com a carboxíla em C-12 formando um anel lactônico, num mecanismo de
adição/substituição nucleofílica, eliminando uma unidade de metanol (32 g.mol
-1
)
permitindo propor um produto com um pseudo íon molecular [M-H]
-
m/z 705 (produto
de reação D). Estes dois novos produtos reacionais encontram-se ilustrados na
Figura 2.95.
H
+
+
H
+
-
O
CH
3
OOC
OH
TigO
AcO
O
O
CH
3
OOC
OH
HO
H
Protonação do epóxido com
a formação de um
carbocátion em C-13
Produto de reação B
H
O
O
OCH
3
OH
O
O
OH
H
OH
H
O
H
TigO
OAc
H
O
CH
3
OOC
..
H
O
O
OCH
3
OH
O
O
OH
H
OH
H
O
H
TigO
OAc
H
H
O
CH
3
OOC
H
O
O
O
OH
H
OH
H
O
H
TigO
OAc
H
O
OCH
3
HO
O
CH
3
OOC
H
+
+
H
+
-
O
CH
3
OOC
OH
TigO
AcO
O
O
CH
3
OOC
OH
HO
H
Protonação do epóxido com
a formação de um
carbocátion em C-13
Produto de reação B
H
O
O
OCH
3
OH
O
O
OH
H
OH
H
O
H
TigO
OAc
H
O
CH
3
OOC
..
H
O
O
OCH
3
OH
O
O
OH
H
OH
H
O
H
TigO
OAc
H
H
O
CH
3
OOC
H
O
O
O
OH
H
OH
H
O
H
TigO
OAc
H
O
OCH
3
HO
O
CH
3
OOC
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Figura 2.95 - Mecanismo de degradação da azadirachtina A para formação de
produtos reacionais pela adição e eliminação de grupos funcionais.
Figura 2.96 – Espectro de massas ESI
-
. (a) [M-H]
-
m/z 719 – Azadirachtina A; (b) [M-
H]
-
m/z 737; (c) [M-H]
-
m/z 705 e (c) [M-H]
-
m/z 673.
2.5.6 Análise do Óleo Essencial das Folhas
A identificação dos componentes do óleo essencial foi feita através da
comparação de seus espectros de massas e cálculo de seus índices de retenção
[170]. O índice de retenção de Kovats foi calculado para cada componente
detectado no óleo essencial, segundo a equação de Van Den Dool e Kratz [171].
0
100
%
0
100
%
Moacir_Azad_0404_DIneg 4 (0.331) 2: Daughters of 705ES-
2.80e4
211.1
193.0
149.1
121.1
167.2
471.3
229.2
453.2
429.3
231.0
361.1
257.0
343.3 411.2
705.5
519.4
501.3
475.3
661.4
561.4
557.4
601.5
643.3
Moacir_Azad_0404_DIneg 7 (0.554) 1: Daughters of 719ES-
4.56e4
687.4
193.1
149.2
121.1
123.0
167.1
211.1
491.3
229.1
273.3
243.1
385.3
279.4
317.1
359.4
487.3
469.2
441.3
535.4
517.4
577.2
657.3
719.4
100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950
m/z
0
0
100
%
0
Moacir_Azad_0404_DI3neg 17 (0.497) Daughters of 737ES-
2.04e4
139.1
125.1
737.4
257.2
167.1
211.1
221.0
277.2
377.2
301.2
363.2
347.2
705.4
437.5
385.3
631.5
537.1
507.4
465.1
677.2
0
100
%
Moacir_Azad_0404_DI5neg 7 (0.414) 2: Daughters of 673ES-
1.58e4
505.4
487.4
477.4
443.3
211.2
194.0
121.0
176.9
167.1
433.3
405.3
379.2353.4
335.2
461.4
673.5
547.4
519.4
583.4
601.6
(a)
(b)
(c)
(d)
OH
2
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
OH
O
OH
O
O O
HO
O
Me
O
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
O
O
HO
O
OH
O
OH
O
HO
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
OH
O
OH
O
O O
HO
O
Me
OH
HO
O
+ H
2
O - MeOH
Produto de reação C Produto de reação D
OH
2
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
OH
O
OH
O
O O
HO
O
Me
O
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
O
O
HO
O
OH
O
OH
O
HO
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
OH
O
OH
O
O O
HO
O
Me
OH
HO
O
OH
2
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
OH
O
OH
O
O O
HO
O
Me
O
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
O
O
HO
O
OH
O
OH
O
HO
O
O
O
O
O
Me
O
MeO
OH
O
OH
O
O O
HO
O
Me
OH
HO
O
+ H
2
O - MeOH
Produto de reação C Produto de reação D
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Equação de Van Den Dool e Kratz:
Onde:
IR = índice de retenção de Kovats
N = C
n
– C
n-1
C
n
= número de carbonos do n-alcano que elui após a substância analisada
C
n-1
= número de carbonos do n-alcano que elui antes a substância analisada
t
x
= tempo de retenção da substância analisada
t
n
= tempo de retenção do n-alcano que elui após a substância analisada
t
x-1
= tempo de retenção do n-alcano que elui antes a substância analisada
A partir da comparação dos índices de retenção calculados, dos
espectros de massas com os encontrados, com os dados descritos na literatura, fez-
se a identificação dos componentes do óleo essencial extraído das folhas do
enxerto. A Tabela 2.18 apresenta sete sesquiterpenos identificados no óleo
essencial, seus índices de retenção calculados (IR), índices de retenção
apresentados na literatura (IR lit.) [170] e seu tempo de retenção (t
x
). a Figura 2.97
ilustra a estrutura destes compostos identificados.
Tabela 2.18 – Sesquiterpenos presentes no óleo essencial das folhas do enxerto.
Composto t
x
IR IR lit.
δElemeno
18,158 1342 1338
β Elemeno
19,688 1395 1391
Cariofileno (Z) 20,452 1424 1409
γElemeno
20,807 1438 1437
α Humulene
21,365 1459 1455
Germacrene D 22,095 1488 1485
Germacrene B 24,089 1565 1561
Além dos sete compostos identificados o cromatograma de íon totais
do óleo apresentou outros 17 compostos que não foram identificados. o foram
IR = 100.N.
+ 100.C
n-1
(t
x
– t
n-1
)
(t
n
– t
n-1
)
IR = 100.N.
+ 100.C
n-1
(t
x
– t
n-1
)
(t
n
– t
n-1
)
(t
x
– t
n-1
)
(t
n
– t
n-1
)
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encontrados espectros de massas na literatura com perfil semelhante aos espectros
de massas para estes compostos.
Figura 2.97 Estruturas sesquiterpenicas identificadas no óleo essencial das folhas
do enxerto.
Estes compostos não foram encontrados na literatura como
identificados da A. indica. O cromatograma de íons totais do óleo essencial das
folhas do enxerto se encontra ilustrado na Figura 2.98 e foi obtido sob as condições
descritas no item 2.4.10.
Figura 2.98 – Cromatograma de íons totais do óleo essencial do enxerto.
H
H
E
E
E
E
E
δ-Elemeno β-Elemeno Cariofileno (Z) γ-Elemeno
α-Humuleno Germacreno D Germacreno B
H
H
E
E
E
E
E
δ-Elemeno β-Elemeno Cariofileno (Z) γ-Elemeno
α-Humuleno Germacreno D Germacreno B
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Quantificação do Enxerto de
Azadirachta indica sobre Melia azedarach e
de Óleos Comerciais do Nim
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3. Desenvolvimento de Métodos Cromatogficos para Quantificação da
Azadirachtina A em Sementes e Óleos Comerciais do Nim
O valor comercial do Nim (Azadirachta indica A. Juss) é conhecida pelo
homem desde os tempos de Vedia (aproximadamente 1500 a.C.). Todas as partes
do Nim, folhas, flores, frutos, sementes, amêndoas, casca, madeira, ramos, raízes,
etc, têm sido usadas, especialmente no sistema de medicina “Ayurvedica no
tratamento de diversas enfermidades.
Hoje, as aplicações do Nim estão sendo confirmadas no moderno
formato da ciência e produtos, baseados tanto no conhecimento ancestral quanto no
conhecimento moderno. Alguns de seus produtos se encontram comercialmente
disponíveis. As principais áreas em que o Nim tem encontrado aplicações são:
pesticidas e produtos agroquímicos relacionados, medicina, medicina veterinária,
produtos de toalete, cosméticos, nutrientes de plantas (fertilizantes), alimentação
animal, matéria prima para a indústria de papel, plásticos, etc. [172].
Devido ao grande número de aplicações e às possibilidades de
substituição das tecnologias existentes hoje por produtos originados do Nim, seu
cultivo tem sido rapidamente ampliado em diversos países ao redor do globo.
Juntamente com a confirmação científica das propriedades do Nim e a expansão de
seu cultivo, tem ocorrido o surgimento de uma grande variedade de produtos
comerciais formulados a base de extratos do Nim que, automaticamente, leva a
necessidade de controles qualitativos e quantitativos da qualidade desses cultivos e
dos produtos formulados.
Na prática duas partes da planta têm sido exploradas, as folhas e os
frutos. Isto ocorre por dois motivos principais. Primeiro, é que a planta não precisa
ser destruída para o preparo dos extratos e em segundo, é nestas partes que se
concentra os principais compostos ativos do Nim. Entre os compostos do Nim que
apresentam atividades biológicas (em sua grande maioria limonóides) se destaca a
azadirachtina A sendo o limonóide presente em maior quantidade na planta,
encontrada, principalmente nas sementes [173]. Como principal composto ativo do
Nim, responsável por diversas das atividades atribuídas à planta [03], diversos são
os trabalhos encontrados na literatura para a quantificação da azadirachtina A nas
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sementes e em óleos obtidos das sementes do Nim. Existem outros 13 compostos
considerados isômeros funcionais da Azadirachtina A.
Na grande diversidade de trabalhos publicados, variados são os
métodos de quantificação empregados. Estes métodos podem ser classificados em
métodos cromatográficos e métodos não cromatográficos. Entre os métodos não
cromatográficos, por exemplo, tem-se o método colorimétrico de quantificação
desenvolvido por Dai et al. [174]. Neste método proposto, é possível quantificar a
quantidade total de azadirachtinas e compostos relacionados nos extratos da
semente, contudo, sem uma possível caracterização/quantificação do isômero
azadirachtina A isoladamente. É uma cnica rápida de análise proposta para
estimar uma relação entre a atividade biológica de um extrato com o teor de
azadirachtinas e compostos relacionados no extrato. Contudo, é uma técnica não
seletiva. Este mesmo grupo desenvolveu também, outra cnica de quantificação
total das azadirachtinas, com propostas similares, usando ensaios com vanilina e
calibração multivariada [175,176]. Shütz et al. [173] desenvolveu um método
bastante sensível permitindo determinar a presença da azadirachtina em partes por
bilhão (ppb) usando Enzyme Linked Immunosorbente Assay (ELISA), porém, sem
ser possível sua quantificação.
Entre os métodos cromatográficos, podem-se destacar três técnicas
bastante estabelecidas que tem sido amplamente utilizadas para a quantificação da
azadirachtina sendo elas, a Cromatografia com Fluído Supercrítico (SFC),
Cromatografia Gasosa (GC) e a mais comum, a Cromatografia Líquida de Alta
Eficiência (HPLC). Em comum, as técnicas são as necessidades de um
procedimento de extração eficiente e uma limpeza (clean up) prévia das amostras
antes de serem submetidas à análise. Ambrosino et al. [177] descrevem um método
para a extração da azadirachtina A usando um fluído supercrítico (CO
2
), sendo o
rendimento da extração monitorada por cromatografia líquida e por cromatografia
gasosa. A SFC é uma cnica de extração seletiva, não exigindo etapas de limpeza
para as amostras, contudo, não pode ser empregada para determinações de rotina,
sendo melhor aplicada para extrações em grandes quantidades de materiais, pois
exige alto custo de instalação e mão de obra especializada. Como Ambrosino,
Johnson et al. também fazem uso desta técnica em trabalhos com extratos do Nim
[178].
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Entre os métodos disponíveis, a HPLC é o método com maior
número de publicações usado para a determinação de teores de azadirachtina A em
sementes e em óleos de Nim. Variados são os procedimentos de extração e limpeza
adotados na literatura, como diversos são os parâmetros cromatográficos
estabelecidos. Schneider et al. [179] apresenta um método de quantificação por
HPLC em fase reversa com extração por Soxhlet, necessitando uma grande
quantidade de sementes e de solventes para esta extração além das possibilidades
de degradação do analito. Além disso, em seu método apresenta um tempo de
eluição da azadirachtina próximo a 6 min com baixa seletividade para o analito.
Outra proposta encontrada na literatura para a quantificação por HPLC foi a de
Schaaf et al. [180] que apresenta um método bastante sensível para baixas
concentrações, porém, usando como detector um Espectrômetro de Massas (MS)
acoplado a um HPLC no modo gradiente, sendo esta configuração instrumetal
pouco comum em análises de rotina. Nutan Kaushik [181] trás um método de HPLC-
UV-DAD utilizando uma fase móvel de ACN:H
2
O 40:60 na vazão de 1 mL/min.,
obtendo um cromatograma com tempo reduzido de análise e possivelmente o
permitindo interação eficiente entre o analito e a fase estacionária, quantificando
uma banda obtida em tempo um pouco inferior a três minutos, provavelmente,
referente a vários compostos (a azadirachtina possui diversos isômeros que
absorvem similarmente no UV o sendo possível identificar a co-eluição no
fotodiodo). Sidhu et al. [182] apresenta um estudo sazonal quantificando a
azadirachtina A e B, porém, apesar de ser um método relativamente simples,
usando uma mistura isocrática terciária, de fácil aplicação, apresenta elevado tempo
de análise para um baixo fator de separação (α = 1,06) entre os isômeros. Diversos
outros métodos e técnicas de quantificação podem ser encontrados na literatura,
como, por exemplo, a cromatografia líquida por padronização interna (Thejavathi et
al. [183]) e cromatografia líquida de média pressão (Sharm et al. [184]). Cada
técnica descrita possui suas vantagens e desvantagens dependendo principalmente
da configuração instrumental disponível e do interesse de aplicação para o método
proposto.
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3.1 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
A cromatografia constituiu-se atualmente em um conjunto de técnicas
de separão com forte caráter interdisciplinar. Em suas diferentes formas (gasosa,
quida e com fluído supercrítico) tem encontrado aplicações em praticamente todas
as áreas do conhecimento nas quais a análise qualitativa e/ou quantitativa de
espécies químicas deva ser realizada [185]. A cromatografia pode ser conceituada
como um método físico-químico de separação, ela esta fundamentada na migração
diferenciada dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes
interações entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. A grande
variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias torna-a uma técnica
extremamente versátil e de grande aplicação [185].
Os primeiros trabalhos de separação cromatográfica datam do início do
século XX sendo os primeiros estudos sobre o assunto apresentado por Michael S.
Twett em 1903, quem tamm definiu mais tarde, corretamente o processo que deu
o nome à técnica. Hoje em dia, devido ao grande número de separações analíticas
necessárias e o enorme poder de separação da técnica, e sem dúvida devido ao
conhecimento adquirido sobre a técnica, a cromatografia líquida tem uma posição de
destaque nos laboratórios de caracterização e quantificação analíticas.
Em geral o desenvolvimento de métodos freqüentemente segue uma
série de etapas bem definidas que consistem em: obter informações sobre a
amostra definindo os objetivos de separação; a necessidade e qual os
procedimentos de pré-tratamento exigido pela amostra e pela instrumentação
facilitando assim a separação e protegendo o equipamento e as colunas de
separação; a seleção do detector; a otimização dos parâmetros de separação;
determinar a quantificação e a recuperação do método proposto e por último a
validação do método. Em resumo, a análise cromatográfica envolve as etapas de
preparo de amostras, separação cromatográfica e identificação.
Não diferente do esperado, todas as etapas citadas acima foram
investigadas para o desenvolvimento de uma técnica eficiente e robusta de
quantificação da azadirachtina A nas sementes e nos óleos do Nim.
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3.2 Desenvolvimento dos Métodos de Pré-tratamento das Amostras
O preparo de amostras (Pré-tratamento ou clean up) é parte essencial
para análises por HPLC que deve ser planejada provendo soluções reprodutivas e
homogêneas disponível para ser introduzida na coluna. O propósito do pré-
tratamento é de obter amostras (1) solúveis que (2) encontram-se relativamente
livre de interferentes, (3) não causem danos a coluna e (4) compatíveis com o
método HPLC planejado em concentrações que possam ser medidas [185,187,188].
A Tabela 3.1 resume um mero de procedimentos de preparo inicial de amostras
gasosas, líquidas ou suspensões.
Tabela 3.1 – Métodos típicos para pré-tratamento de amostras.
Tipo da
Amostra
Métodos de
pré-tratamento
Princípios da técnica
Aprisionamento
em fase sólida
Amostra gasosa passada através de um tubo empacotado com um
adsorvente (p.ex.;sílica gel, carvão ativo); os analitos aprisionados
o eluídos com um solvente apropriado.
Orgânicos
Voláteis,
gases
Aprisionamento
quido
Amostra gasosa é passada através de uma solução que seja um bom
solvente para os analitos.
Extração em
fase sólida
A amostra líquida é passada através de uma fase sólida que
seletivamente remove os analitos (ou interferentes); o analito pode ser
removido com um solvente apropriado. Em alguns casos os
interferentes são retidos e os analitos permitidos passar através da
fase sólida não sendo retidos; utiliza os mesmos mecanismos de
HPLC.
Extração
quido-líquido
A amostra é particionada entre duas fases imiscíveis que são
escolhidas para maximizar diferenças na solubilidade.
Diluição
A amostra é diluída com um solvente compatível com a fase móvel da
HPLC para evitar sobrecarga na coluna ou se enquadrar a faixa linear
do detector.
Evaporação
O quido é removido por um suave aquecimento a pressão
atmosférica com fluxo de ar ou um gás inerte sobre vácuo.
Procedimento adotado para solucionar problemas de sensibilidade do
detector.
Destilação
A amostra é aquecida até o ponto de ebulição do solvente sendo os
analitos concentrados na fase de vapor, condensados e coletados.
Micro-diálise
Uma membrana semipermvel é colocada entre duas fases aquosas
onde a amostra se transfere de uma fase quida para outra baseada
sobre um diferencial de concentração.
Líquida
Liofilização
Amostras aquosas são congeladas e a água removia por sublimação
sob vácuo.
Filtração
O líquido é passado através de um filtro de papel ou membrana para
remover partículas suspensas.
Centrifugação
A amostra é colocada em tubos que são girados em alta velocidade
na centrífuga. O sobrenadante é decantado.
Suspensões
Sedimentação
A amostra é deixada em repouso em um tanque de sedimentação
provocando a decantação natural das partículas no meio.
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As amostras líquidas, em geral, são muito mais fáceis de serem
manipuladas que as amostras sólidas. Em alguns casos a amostra é facilmente
dissolvida estando pronta para injeção ou pré-tratamento. Em alguns casos a
amostra matriz pode ser insolúvel nos solventes comuns necessitando que os
analitos sejam primeiramente removidos e somente depois pré-tratados de modo a
estarem disponíveis para análise. Este problema com amostras insolúveis introduz
uma etapa anterior a do pré-tratamento, a etapa de extração, trazendo consigo,
novos problemas como a eficiência da extração. Na Tabela 3.2 podem ser
encontrados alguns métodos de extração de amostras sólidas.
Tabela 3.2 – Tradicionais métodos de extração de amostras sólidas.
Método Princípios da Técnica
Extração
Líquido-Sólido
A amostra é inserida em um recipiente estático adicionando-se um solvente para
dissolver os analitos de interesse; a solução é separada do sólido por filtração.
Extração Soxhlet
A amostra é inserida em um recipiente poroso (dedal); fluxos de solventes são
constantemente refluxados através do dedal sendo os analitos dissolvidos
coletados continuamente em frascos durante a ebulição.
Lixiviação por
Fluxo-forçado
A amostra é colocada em um tubo onde um solvente é fluído através dele. O tubo
é aquecido até próximo ao ponto de ebulição do solvente.
Homogeneização
A amostra é colocada em um liquidificador, o adiciona-se o solvente, procedendo
uma homogeneização para um estado finamente dividido; o solvente é removido
para mais adiante ser trabalhado.
Sonicação
Uma amostra num estado finamente dividido é imersa com solvente em um
banho de ultra-som sendo submetida a radiação ultra-sônica.
Dissolução
A amostra é tratada pela adição de um solvente formando imediatamente uma
solução com ou sem mudanças químicas.
Extração
Acelerada por
Solvente (ASE)
A amostra é colocada em um recipiente lacrado e aquecido acima do seu ponto
de ebulição, causando uma elevação na pressão do vasilhame. A amostra
extraída é automaticamente removida estando pronta para novos tratamentos.
Extração por
Soxhlet
Automatizado
É uma combinação entre a lixiviação por solvente aquecido e extração por
soxhlet; a amostra em um dedal é primeiramente imersa dentro de um solvente
em ebulição, posteriormente sendo o dedal elevado para convencional
extração/lavagem soxhlet com refluxo de solvente sendo, em seguida,
concentrado.
Extração com
Fluído
Supercrítico
A amostra é introduzida em um recipiente que permite um fluxo através dele,
sendo um fluído supercrítico (p.ex., CO
2
) passado através da amostra. Após a
despressurização, o analito extraído é coletado em solvente ou aprisionado em
um absorvente, seguindo por uma desorção ou lavagem com solvente.
Extração
assistida por
Microondas
A amostra é inserida em um recipiente, aberto ou fechado, aquecido com uma
energia proveniente de microondas, causando a extração do analito em um
solvente.
Extração Térmica
Uma forma amostragem por Headspace dinâmico, mas as amostras são
aquecidas com temperaturas (controlada) muito altas, acima de 350ºC.
Muito se confunde o desenvolvimento do pré-tratamento das amostras
com a otimização dos parâmetros de separação cromatográfica. Ambas as etapas
devem ser simultaneamente investigadas, observando como o pré-tratamento pode
auxiliar na seletividade e robustez do método.
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3.3 Procedimento Experimental
3.3.1 Generalidades
As análises cromatográficas foram realizadas nos seguintes
equipamentos:
01. Cromatógrafo líquido de Alta eficiência SHIMADZU, uma bomba LC
10-ATvp, com uma válvula seletora de solvente FCV-10Alvp, um detector de
ultravioleta de comprimento de onda variável SPD-10Avp e um auto-injetor SIL-
10AF. O equipamento está acoplado a uma interface SCL 10Avp e os
cromatogramas são registrados através do software CLASS-VP.
02. Cromatógrafo líquido de alta eficiência SHIMADZU com duas
bombas LC-10AD, um detector de ultravioleta de comprimento de onda variável
SPD-10A, um detector de arranjo de fotodiodos SPD-M10Avp e um auto-injetor SIL-
10A. O equipamento está acoplado a uma interface LC-10 e os cromatogramas são
registrados através do software Shimadzu Class LC 10.
03 . Cromatógrafo quido de alta eficiência SHIMADZU com duas
bombas LC-10Atvp, com uma válvula seletora de solvente FCV-10Alvp, um
degaseificador de membrana DGU-14A, um detector de ultravioleta de comprimento
de onda variável SPD-10Avp, um auto-injetor SIL-10Advp e uma mara para
controle de temperatura (Column Oven) CTO-10A. O equipamento está acoplado a
uma interface SCL-10Avp e os cromatogramas são registrados através do software
CLASS-VP.
A água utilizada na composição das fases moveis, foi obtida em um
sistema MILLI-Q
®
(MILLIPORE).
A centrifugação das amostras de sementes no preparo dos extratos
para quantificação, foram centrifugadas em uma centrífuga JOUAN B4i/BR4i
termostatizada. A homogeneização das amostras em MeOH foi realizada em rtex
PHOENIX AP56. A secagem das amostras centrifugadas para a obtenção dos
extratos, foram realizadas em um evaporador de solvente à vácuo (SPEEDVAC) da
SAVANT SPEEDVAC PLUS SC 10 A acoplado com um refrigerador VAPOR TRAP
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RVT-400 SAVANT, uma bomba a vácuo SAVANT VLP-200 e um registrados Digital
VACUUM GAUGE DVG 50 SAVANT.
Para a pesagem dos padrões, foi utilizada uma balança analítica AND,
modelo HR200, com precisão de 0,0001 g.
Os solventes grau HPLC ou ultra-puros utilizados nas análises foram
adquiridos da MALLINCKRODT ou J.T.BAKER. Todos foram utilizados após serem
filtrados a vácuo em um sistema de filtração MILLIPORE com um funil de 300 mL e
frasco de 1 L, utilizando-se membranas de PTFE PHENOMENEX
®
47 mm de
diâmetro e poros de 0,47 µm e, posteriormente degaseificados em um ultra-som
BRANSON 1510.
Para o preparo de amostras por filtração, foram utilizados filtros PTFE
MILLIPORE
®
30 mm de diâmetro e poros de 0,45 µm. As amostras preparadas por
SPE utilizaram cartuchos BAKERBOND
®
SPE CYANO e BAKERBOND
®
SPE C18
da J.T.BAKER. Ambos os cartuchos usados eram de 100 mg de fase estacionária e
o leito com 1 mL de capacidade. Os cartuchos eram manuseados em um suporte
para cartucho (VACUUM MANIFOLD) de 20 posições da VARIAN no. 815 acoplado
a uma bomba de vácuo, TECNAL TE-058.
O padrão de Hidrocortisona utilizado foi adquirido da SIGMA-
ALDRICH. Os padrões de Azadirachtina A e B, foram extraídos, isolados e
caracterizados no Laboratório de Química de Produtos Naturais da UFSCar.
A coluna utilizada no desenvolvimento dos métodos e nas análises das
amostras, foi uma coluna C18 LUNA
®
(II) (150x0,46 mm, de 5 µm, 100 Å) adquirida
da PHENOMENEX
®
(Torrance, CA, USA). A coluna de segurança ou Pré-coluna
utilizada, foi um cartucho HOLDER
®
bicompartilhado contendo, em seu interior, um
cartucho de segurança C18 (4x3 mm, de 5 µm, 100 Å), adquirido da
PHENOMENEX
®
(Torrance, CA, USA).
3.3.2 Coleta do Material Vegetal para Análise
Os óleos analisados foram cedidos por quatro empresas nacionais, a
Dalquim Ind. Quím. Ltda., a Bioneem Tec. Conslt. Ind. Com. Ltda., a Base rtil
Com. Agric. E a Baraúna Com. Ind. Ltda. Estes óleo foram obtidos pela prensa
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mecânica das sementes lavadas e despolpadas do Nim. Alguns óleos eram de
procedência estrangeira (indiano), importado e distribuído por algumas destas
empresas.
As sementes de Nim utilizadas na investigação quantitativa do
enxerto, foram coletadas para análise em Xambrê-PR, na Estação Experimental do
Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) em abril de 2005. Além dessas sementes,
foram cedidas sementes coletadas em Brejinho do Nazaré-TO, Timbaúba-PE, Itinga-
MG, Catanduva-SP, Ariranha-SP, Urupês-SP e Belém-PA.
Todas as sementes foram submetidas ao mesmo procedimento de
extração, lavagem, despolpa, secagem e armazenamento.
3.3.2.1 Métodos de Coleta
Para que as possíveis variáveis experimentais de extração, lavagem,
despolpa, secagem e armazenamento o influenciassem nos resultados das
análises, esses procedimentos foram padronizadas sendo constantes em todas as
coletas. Foi elaborado um método de procedência experimental abaixo descrito.
Coleta. Colher cachos de frutos em três locais da propriedade,
contendo no mínimo 200 frutos por local. Manter sempre as amostras
de cada local, separadas.
Modo de Coleta. Colher os cachos quando os frutos se encontram
desenvolvidos e alguns já iniciaram a madurez. Deixar na sombra até
que todos os frutos estejam maduros. Retirar a polpa, esfregando os
frutos sobre uma peneira, sob jato de água. Lavar bem para tirar a
mucilagem e colocar em sol pleno por dois dias e secar mais quatro
dias à sombra.
Etiquetar as três amostras, numerando-as e colocando os seguintes
dados:
Experimento de Origens:
Colaborador:
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Local de coleta: Fazenda, cidade, estado, es especificação dentro da
propriedade
Idade do plantio:
Data de coleta:
3.3.3 Métodos Analíticos
3.3.3.1 Preparo das Soluções Padrão
a) Azadirachtina A: uma massa de 10 mg foi precisamente pesada e
transferida para um balão volumétrico de 10 mL. O padrão foi solubilizado em MeOH
e armazenado a 20 ºC. A solução estoque preparada apresentou concentração
nominal de 1000 µg/mL.
b) Hidrocortisona: uma massa de 10 mg foi precisamente pesada e
transferida para um balão volumétrico de 10 mL. O padrão foi solubilizado em MeOH
e armazenado a 20 ºC. A solução estoque preparada apresentou concentração
nominal de 1000 µg/mL.
c) Azadirachtina B: uma massa de 5 mg foi precisamente pesada e
transferida para um balão volumétrico de 5 mL. O padrão foi solubilizado em MeOH
e armazenado a 20 ºC. A solução estoque preparada apresentou concentração
nominal de 1000 µg/mL.
3.3.3.2 Solução Padrão Estoque
A partir das soluções padrão foram preparadas soluções filhas
estoques padrão de calibração para a construção das curvas de calibração e para o
preparo das soluções estoque usadas nos controles de qualidade. As soluções
padrão de calibração e de controle de qualidade preparada para cada padrão foram:
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a) Azadirachtina A:
Soluções padrão de calibração: 25,0; 50,0; 100,0; 200,0; 300,0;
400,0 e 500,0 µg/mL.
Soluções padrão de controle de qualidade: 30,0; 250,0; 450,0 e
470,0 µg/mL.
Soluções padrão de calibração: 50,0; 100,0; 200,0; 300,0; 400,0;
500,0 e 600,0 µg/mL.
Soluções padrão de controle de qualidade: 60,0; 250,0 e 540,0
µg/mL.
b) Hidrocortisona:
Soluções padrão de calibração: 25,0; 50,0; 100,0; 200,0; 300,0;
400,0 e 500,0 µg/mL.
Soluções padrão de controle de qualidade: 30,0; 250,0 e 470,0
µg/mL.
c) Azadirachtina B:
Soluções padrão de calibração: 25,0; 50,0; 100,0; 200,0; 300,0;
400,0 e 500,0 µg/mL.
3.3.3.3 Solução Padrão de Análise
As soluções filhas (20 µL), usadas para a construção das curvas de
calibração e para a validação do método (3.3.3.2), foram secos e submetidos aos
mesmos procedimento de pré-tratamento aplicados as amostras (descritos nos itens
3.3.4.1, 3.3.4.2, 3.3.4.3). Após as etapas de pré-tratamento foram secos e
reconstituídos em 200 µL de MeOH fornecendo as solões padrão de análise.
Cada solução padrão de análise foi analisada em concentração 10 vezes menor que
as respectivas soluções filhas.
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3.3.3.4 Obtenção das Curvas de Calibração por Padronização Externa
A partir das soluções padrão de calibração apropriadas foram
preparadas, em triplicatas, as curvas de calibração nas seguintes concentrações:
a) Azadirachtina A –quantificação das sementes pelo método I e
quantificação do óleo: 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 30,0; 40,0 e 50,0 µg/mL.
b) Azadirachtina A – método II para quantificação das sementes: 5,0;
10,0; 20,0; 30,0; 40,0; 50,0 e 60,0 µg/mL.
c) Azadirachtina B quantificação das sementes e do óleo: 2,5; 5,0;
10,0; 20,0; 30,0; 40,0 e 50,0 µg/mL.
As curvas de calibração foram obtidas através da regressão linear,
considerando a área das bandas cromatográficas relativas às concentrações dos
analitos. Um mínimo de sete diferentes concentrações foi considerado em cada
curva de calibração. A linearidade foi obtida através do valor do coeficiente de
correlação.
3.3.3.5 Obtenção das Curvas por Adição de Padrão
A partir da solução padrão de 1.000 µg/mL de Azadirachtina A foram
preparadas soluções estoque de calibrão nas seguintes concentrações: 30,0;
60,0; 90,0; 120,0 e 150,0 µg/mL para o método de quantificação do óleo e 50,0;
100,0; 150,0; 200,0 e 300,0 µg/mL para a quantificação da semente. Para a
obtenção das amostras, as soluções estoques (50 µL) foram adicionadas as
matrizes, 15 mg de óleo e 10 mg de semente respectivamente. Após a
homogeneização, as amostras foram secas e submetidas aos pré-tratamentos
estipulados para cada método. Concluído as etapas de pré-tratamento, as amostras
secas foram reconstituídas em 500 µL.
As curvas por adição de padrão foram então, obtidas através da
regressão linear, considerando a área das bandas cromatográficas relativas às
concentrações dos analitos. Um mínimo de cinco diferentes concentrações foi
considerado em cada curva de calibração. A linearidade foi obtida através do valor
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do coeficiente de correlação. Foram calculados os fatores de resposta para cada
curva e, através dos cálculos de retorno, o teor de azadirachtina A em cada amostra.
3.3.3.6 Seletividade, Eficiência de Extração (Recuperação), Precisão e Exatidão
(1) Seletividade: Cada seqüência de análise continha três amostras para assegurar
a seletividade do método.
(2) Eficiência de Extração (Recuperação): a recuperação foi determinada utilizando-
se do preparo de curvas por adição de padrão uma vez que não se possuíam
amostras isentas dos analitos de interesse nem, padrões similares aos analitos que
proporcionassem análises por padrão interno.
(3) Precisão (intra e interdias) e Exatio: estes parâmetros foram avaliados
utilizando-se amostras preparadas, em quintuplicatas, a partir das soluções padrão
estoques nas seguintes concentrações: 3,0; 25,0 e 470,0 µg/mL (azadirachtina A e
hidrocortizona), 3,0; 25,0 e 45,0 µg/mL (azadirachtina A) e 6,0; 25,0 e 54,0 µg/mL
(azadirachtina A), preparadas em dias não consecutivos. As amostras foram obtidas
a partir das soluções estoques de controle de qualidade onde, 20 µL de cada
solução, foram secos e submetidos aos procedimentos de pré-tratamento
estabelecidos para o referente método em validação. Após as etapas de pré-
tratamento, cada amostra foi reconstituída em 200 µL de MeOH. A precisão do
método foi expressa como o coeficiente de variação (CV%) das replicatas. A
exatidão foi expressa em percentagem e considerada como a razão entre o valor
médio das concentrações encontradas e o valor médio das concentrações
adicionadas. A exatidão foi tamm determinada através do Teste Cego, a partir de
duas soluções de concentração desconhecida ao analista, que foram preparadas em
triplicata e injetadas. Para a precisão foram aceitos valores de CV menores ou iguais
a 2 % para as amostras preparadas a partir dos padrões estoque e 15 % para as
amostras de sementes e óleos. Para a exatidão, os desvios aceitos, tamm foram
inferiores a 2% do valor nominal da concentração, conforme critérios de aceitação
do método [191,199].
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3.3.3.7 Limites de Quantificação e de Detecção
O LQ foi estabelecido como a menor concentração, de três
amostras, onde a precisão não excedia o valor de 15 % de variabilidade e a
exatidão não ultrapassasse desvios de 15 % do valor nominal da concentração. O
LD foi estabelecido como a menor concentração em que se observa um sinal três
vezes maior que o ruído do detector.
3.3.4 Preparo das Amostras
3.3.4.1 Amostras de Sementes Método I
No laboratório, de cada lote de semente lavada, despolpada e moída,
eram preparadas em triplicata, três amostras para análise. Inicialmente, sementes
moídas eram pesadas em três amostras de 5 g cada. Essas amostras foram
submetidas a maceração com 100 mL MeOH por 9 dias sendo, o solvente
substituído a cada 72 horas. Todo o MeOH utilizado foi concentrado à vácuo em um
evaporado rotativo BÜCH R. De cada extrato obtido, era retirado uma alíquota de 10
mg sendo suspensas em 1,5 mL de uma solução preparada com 0,9 mL de MeOH e
0,6 mL de hexano. A suspensão foi agitada em um vórtex PHOENIX AP56 e filtrada
em filtros PTFE MILLIPORE
®
30 mm de diâmetro e poros de 0,45 µm sendo, em
seguida, o filtro lavado com mais 2,0 mL de MeOH. Toda a solução (3,5 mL) foi seca
e reconstituída em 200 µL de MeOH.
Estando as amostras prontas, foram analisadas usando uma coluna
analítica C18 Luna
®
(II) da Phenomenex® (150x4,6mm, 5 µm) com a uma pré-
coluna de segurança Phenomenex® (4x3mm, 5 µm) acoplada, fase móvel binária
composta de H
2
O:ACN (65:35, v/v), vazão de 0,8 mL/min e volume de injeção de 20
µL. O equipamento usado foi cromatógrafo líquido de alta eficiência SHIMADZU,
equipado com bomba LC 10-ATvp, válvula seletora de solvente FCV-10Alvp,
detector de ultravioleta de comprimento de onda variável SPD-10Avp e auto-injetor
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SIL-10AF. O equipamento foi acoplado à uma interface SCL 10Avp e os
cromatogramas registrados através do software CLASS-VP.O detector foi operado
selecionando o comprimento de onda de 217 nm.
As amostras foram quantificadas pela construção de uma curva de
calibração externa para a azadirachtina A.
3.3.4.2 Amostras de Sementes Método II
Após receber os lotes de sementes lavadas, despolpadas e secas, no
laboratório foi separado a revelia, vinte unidades de cada lote. Dessas sementes foi
separada a palha da amêndoa sendo cada parte pesada. Com isto foi possível
estabelecer o peso médio de cada semente e da amêndoa da semente, sendo
possível comparar as sementes de diversas origens.
Os extratos foram preparados pesando-se em um tubo falcon de 10
mL, 15 mg de sementes moídas de Azadirachta indica e adicionando em cada tubo
1,0 mL de MeOH sendo agitando por 30 segundos. Em seguida cada amostra foi
centrifugada (20º C) por 20 minutos a 10.000 rpm (Centrífuga Jouan Br4i). O
procedimento de extração foi repetido por mais duas vez. Toda a fase móvel
coletada (3 mL) foi adicionada em um tudo de ensaio de 5 mL e seca num
equipamento SpeedVac (Savant SpeedVac Plus SC 10 A) a 43ºC em 50 minutos,
obtendo-se um extrato seco.
Os extratos obtidos foram submetidos a SPE para a eliminação das
impurezas. Um cartucho BAKERBOND
®
CYANO DA J.T.BAKER
®
de 100 mg e leito
de 1 mL foi condicionado em 5 mL de hexano sem deixá-lo secar. Dissolveu-se o
extrato em 400 µL de hexano, aplicando-o ao cartucho. O tubo que continha o
extrato foi lavado com mais 200 µL de hexano o qual tamm foi aplicado ao
cartucho. Após aplicar a amostra no cartucho, eluiu-se o cartucho com 4 mL de
hexano retirando os interferentes mais apolares (lavagem), permitindo que o
cartucho seque no final dos 4 mL de hexano. Após a lavagem do cartucho com
hexano, lavou-se o tudo do extrato com outros 600 µL de MeOH o qual foi
transferido ao cartucho. Eluiu-se o cartucho com o MeOH sendo, em seguida,
novamente eluído com mais 400 µL de MeOH. O MeOH foi usado para a remoção
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dos analitos de interesse do cartucho. Foi usada uma mara à vácuo (Manifold
Varian) acoplada a uma bomba de vácuo, trabalhando a uma pressão próxima a 70
mmHg onde os cartuchos eram embutidos e o fluxo de lavagem e eluição mantidos
constantes. A fração metanólica foi seca sob um suave fluxo de ar comprimido
sendo, então, reconstituída em 1 mL de MeOH.
Estando as amostras prontas, foram analisadas usando uma coluna
analítica C18 Luna
®
(II) da Phenomenex® (150x4,6mm, 5 µm) com a uma pré-
coluna de segurança Phenomenex® (4x3mm, 5 µm) acoplada, fase móvel
quaternária composta de H
2
O:ACN:MeOH:THF (61:34:4:1, v/v), vazão de 0,8 mL/min
e um volume de injeção de 20 µL. O equipamento usado foi o mesmo descrito no
segundo parágrafo do ítem 3.3.4.1 na página 200.
As amostras foram quantificadas pela construção de uma curva de
calibração por padronização externa para a azadirachtina A e outra para a
azadirachtina B.
3.3.4.3 Amostras dos Óleos Comerciais
Cada amostra de óleo foi analisada por Cromatografia Líquida de Alta
Eficiência (CLAE) sendo o número de repetições para cada lote igual a três. Após as
amostras serem pesadas (15 mg do óleo), foram submetidas aos procedimentos
limpeza pré-definidos dissolvendo-se o óleo em 200 µL de hexano, em seguida,
agitado e aplicado num cartucho de extração em fase sólida BAKERBOND
®
CYANO
da J.T.BAKER de 100 mg e 1 mL previamente condicionado com 5 mL de hexano. A
amostra foi aplicada ao cartucho previamente condicionado sem deixá-lo secar. O
tubo onde havia sido pesado o óleo, foi novamente lavado com mais 200 µL de
hexano que, também foi aplicado ao cartucho. Em seguida a amostra foi lavada com
4 mL de hexano permitindo a secagem do cartucho no final. Mais uma vez, o tubo da
amostra foi lavado, porém, agora, com 600 µL de MeOH e aplicado ao cartucho
seco, onde, eluiu-se o cartucho removendo o analito de interesse. Em seguida, o
cartucho foi novamente eluído com mais 400 µL de MeOH. Foi utilizada uma mara
à vácuo (Manifold Varian) acoplada a uma bomba de vácuo, trabalhando a uma
pressão próxima a 70 mmHg onde os cartuchos eram embutidos e o fluxo de
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lavagem e eluição mantido constante. A fração metanólica foi coletada e seca sob
um suave fluxo de ar comprimido e reconstituída em 500 µL de MeOH estando
pronta para a análise.
Estando as amostras prontas, foram analisadas usando uma coluna
analítica C
18
Luna
®
(II) da Phenomenex® (150x4,6mm, 5 µm) com a uma pré-coluna
de segurança Phenomenex® (4x3mm, 5 µm) acoplada, fase móvel quaternária
composta de H
2
O:MeOH:ACN:THF (51,00:36,75:7,35:4,90, v/v), vazão de 0,8
mL/min e um volume de injeção de 20 µL. O equipamento usado foi o mesmo
descrito no segundo parágrafo do ítem 3.3.4.1 na página 200.
As amostras foram quantificadas pela construção de uma curva de
calibração por padronização externa para a azadirachtina A e outra para a
azadirachtina B.
3.4 Resultados e Discussões
3.4.1 Desenvolvimento do Método de Quantificação da Azadirachtina nas
Sementes do Nim - Preparo de Amostras e Otimização dos Parâmetros
Cromatográficos
A primeira razão para um resultado inexato e impreciso em HPLC é a
natureza da amostra. As amostras para serem analisadas devem ser homogêneas e
representativas de um material total. Isto é particularmente verdadeiro para amostras
sólidas, embora, líquidos não homogêneos tamm podem ser problemáticos. O
preparo de amostras para HPLC tipicamente envolve o preparo de uma solução para
injeção.
Não diferentemente, foi necessário o preparo de uma solução
homogênea a partir de sementes do Nim com alta eficiência na extração dos analitos
(poder de extração) e reprodutibilidade na extração. Assim, foram desenvolvidos
dois métodos de extração e pré-tratamento para o preparo destas amostras e
conseqüentemente, dois métodos analíticos. Cada método, após a otimização dos
parâmetros de separação foi submetido aos procedimentos de validação.
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3.4.1.1 Método I Amostras Preparadas a partir da Extração Líquido-Sólido da
Semente do Nim – Pré-tratamento: Filtração
A abertura de uma amostra vegetal é tradicionalmente realizada pela
técnica de extração líquido-sólido cujo o objetivo é a retirada das substâncias ativas
do tecido vegetal. Essa extração é efetuada via processo simples de contato do
solvente com os analitos num processo de difusão. O solvente penetra nos poros da
fase sólida e, devido a diferença de concentração, os analitos migram para a fase
menos saturada. A eficiência da extração depende das interações químicas entre a
substância e o solvente utilizado em relação à solubilidade no tecido. Neste caso, as
propriedades físicas do solvente influenciam diretamente a permeabilidade na
membrana celular [188,189].
Deste modo, como ponto de partida, foi macerado com solventes
orgânicos em ordem crescente de polaridade 10 g de sementes do nim, previamente
lavadas, despolpadas e moídas (LDM), obtendo os extratos hexânico, DCM e
metanólico. Sabendo que a azadirachtina é um composto que apresenta uma média
polaridade, foi escolhido o extrato DCM para o início dos trabalhos. Esta polaridade
é muito comum para os limonóides. Um exemplo disto é a quantidade e espectros
de RMN de limonóides realizados com CDCl
3
como descritos no Capítulo II.
Uma vez obtido o extrato, era agora necessário estabelecer alguns
parâmetros cromatográficos proporcionando seletividade para o analito em questão,
de modo que mais adiante, fosse possível investigar quais seriam as melhores
etapas de extração e pré-tratamento para a obtenção das amostras reprodutivas.
Esta investigação iniciou-se através de uma eluição cromatográfica gradiente, no
modo reverso. Entende-se por “eluição gradiente exploratória”, o procedimento
cromatográfico em fase reversa, na qual se emprega uma mistura de H
2
O (solvente
A) e um solvente orgânico (solvente B - MeOH ou acetonitrila - ACN) como
constituintes da fase móvel onde a composição da fase móvel é alterada
constantemente. Os procedimentos adotados seguiram a proposta apresentada por
Snyder & Dolan [190]. Neste trabalho os autores apresentam um método de HPLC
gradiente, como proposta para a eluição inicial da amostras em estudo, podendo
prever por este método, qual o modo de separação, gradiente ou isocrática, será
mais apropriada para uma certa amostra. Sendo o eluição isocrática possível, os
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autores também apresentam uma maneira de estimar a melhor força para a fase
móvel a ser utilizada ou, se realmente a eluição gradiente for necessária, permite
estimar a melhor extensão do gradiente.
Assim, foi inicialmente realizado um gradiente exploratório, eluíndo
uma amostra preparada com o extrato DCM diluído em MeOH, variando a força da
fase móvel (% B) de 5 a 100 % de ACN em água em 60 min. Em eluições gradientes
a força do solvente aumenta durante a separação cromatográfica [188]. Trabalhando
no modo reverso, com o aumento da fase orgânica (B) reduz a porcentagem de
água, diminuindo a polaridade da fase móvel aumentando a solubilidade dos analitos
mais apolares, conforme reduz a polaridade do meio, promovendo a separação (o
tempo de retenção de cada soluto está em função da composição da fase móvel). A
ACN foi escolhida como solvente orgânico inicial, preferivelmente sobre MeOH, por
apresentar menor viscosidade e por permitir o uso de detector de UV abaixo de 210
nm. A separação cromatográfica gradiente foi realizada usando uma coluna
octadecil (C
18
) Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm) com uma coluna de
segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm) acoplada. A vazão da fase móvel foi
de 2 mL/min, a alça de injeção de 20 µL. A separação foi acompanhada por um
detector de UV-Vis em um comprimento de onda de 217 nm. Sob as mesmas
condições, foi realizada uma eluição gradiente com o padrão de azadirachtina, para
conhecer o tempo de retenção do analito de interesse e estabelecer a extensão da
análise.
Figura 3.1 Gradiente linear usado para o desenvolvimento do método. A %B na
fase móvel variou de 5 à 100% em 60 min.
Tempo / (min)
%
B
(
A
C
N
)
5
00
100
60
Tempo / (min)
%
B
(
A
C
N
)
5
00
100
60
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0 10 20 30 40 50 60
0
100
200
300
400
500
600
Área/(mAbs)
Tempo/(min.)
(a) (b)
Figura 3.2 Gradientes exploratórios: (a) extrato DCM das sementes LDM do Nim;
(b) padrão de azadirachtina (80 µg/mL). Ambos os cromatogramas foram obtidos
sob as condições descritas no parágrafo acima.
Conhecendo o tempo de retenção do analito e as características
hidrofílicas/hidrofóbicas da amostra (distribuição das bandas durante a separação)
observou-se que para a completa separação dos analitos da amostra, seria
necessária a separação gradiente. Contudo, apesar de a separação gradiente
apresentar algumas vantagens sobre a isocrática, como a possibilidade de
separação de amostras complexas (amostras com ampla faixa de k), a eluição
isocrática é normalmente preferida pois, geralmente, para uma separação gradiente
exige equipamentos mais complexos, não podendo ser usado com alguns
detectores, o desenvolvimento e a otimização o mais longos com maior número
de varáveis a serem investigadas e apresenta problemas com a linha de base e com
maiores tempos de análise entre outros.
Como o método a ser desenvolvido para quantificar apenas a
azadirachtina A, não necessitava de resolução para os demais compostos presentes
na matriz, optou-se pela separação isocrática. Com o tempo de retenção conhecido
para o analito, utilizou-se a separação gradiente para determinar a força da fase
móvel a ser usada na eluição isocrática. Como a primeira banda apresentou um
tempo de retenção de 9,5 min e a azadirachtina 22,5 min, foi possível estipular uma
fase móvel para promover a separação apenas dos compostos que eluiram até 30
min no gradiente, onde os demais interferentes da matriz poderiam ser lavados em
seguida, sendo excluídos da coluna. Com este objetivo, fez-se uso da proposta de
Snyder & Dolan [190] baseado no tempo de retenção do último pico, onde, estimou-
se uma fase móvel com 45% de ACN para uma eluição isocrática.
0 20 40 60 80
0
100
200
300
400
500
600
700
Área/(mAbs)
Tempo/(min.)
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Uma vez selecionada a faixa de interesse, inicio-se os experimetnos
isocráticos para otimizar os parâmetros de separação do extrato, buscando um
método seletivo e robusto.
Figura 3.3 Separação isocrática do extrato DCM. Fase móvel ACN:H
2
O 45:55;
coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança
Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 1 mL/min, a alça de injeção de 20 µL e
detector de UV-Vis em 217 nm.
O teste realizado com a fase móvel proposta (ACN:H
2
O 45:55)
mostrou-se ineficiente para a separação da azadirachtina banda em 5 min
exigindo modificações. Assim, foram testadas as possibilidades de redução na força
da fase móvel e alterações na vazão e na temperatura de análise na tentativa de
promover uma melhor interação entre o analito/fase estacionária, interferentes/fase
estacionária, competição solvente/matriz proporcionando assim, seletividade ao
método.
Entre as fases móveis testadas, a que apresentou a melhor resolução
foi ACN:H
2
O 35:65 com vazão de 0,8 mL/min (Figura 3.4) entre as vazões de 0,5,
0,8 e 1,0 mL/min investigadas (Figura 3.5). Tamm foi testada a influência do THF
e o uso de um forno elétrico, contudo, não foram encontradas melhorias que
justificassem suas aplicações.
0 5 10 15 20
0
20
40
60
80
100
120
mAbs
tempo/min
AzadirachtinaAzadirachtina
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Figura 3.4 Separação isocrática do extrato DCM. Fase móvel ACN:H
2
O 35:65;
coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança
Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a alça de injeção de 20 µL e
detector de UV-Vis em 217 nm.
(a) (b) (c)
Figura 3.5 Separação isocrática do extrato DCM. Fase móvel ACN:H
2
O 35:65;
coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança
Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm), a alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis
em 217 nm. Vazão: (a) 0,5 ml/min; (b) 0,8 mL/min: (c) 1,0 mL/min.
Uma vez estabelecida o fator de separação (α) e a Resolução (R
s
)
para a azadirachtina, retornou-se à procura do melhor método de preparo da
amostra (clean up). Um método eficiente poderia proporcionar a resolução
(qualidade da separação) necessária para a azadirachtina garantindo robustez
(pouca sensibilidade a pequenas variões), repetibilidade e proteção/preservação
da coluna analítica.
Sendo a semente do Nim uma matriz sólida, como já discutido acima,
era necessário primeiramente definir a extração do analito para, somente após a
obtenção de uma nova matriz (extrato) solúvel, definir os procedimentos de limpeza.
Tradicionalmente para essas matrizes a extração ocorre por extração líquido-sólido
(macer) entre o material vegetal em o solvente. O solvente é coletado e concentrado
obtendo um extrato bruto. Neste caso é preciso definir qual o melhor caminho para
0 3 6 9 12 15 18
0
10
20
30
40
50
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20 24 28
0
3
6
9
12
15
mAbs
tempo/min
0 3 6 9 12 15 18
0
10
20
30
40
50
mAbs
tempo/min
AzadirachtinaAzadirachtina
0 4 8 12 16
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
mAbs
tempo/min
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obter uma eficiência máxima na extração dos princípios ativos. Schneider & Ermel
[179] em um trabalho publicado em 1986, investigaram qual o solvente com maior
poder de extração para a azadirachtina nas sementes. Realizando um trabalho
semelhante, foi investigado qual o solvente, entre clorofórmio, MeOH, MeOH:EtOH
(1:1) e EtOH apresentaria a maior eficiência de extração. Dez gramas de sementes
MDL foram maceradas por 9 dias em 100 mL de cada solvente mencionado em
triplicata. Cada solvente foi substituído após 72 horas de maceração. Cada extrato
(total de 12) foi analisado por HPLC nas condições previamente estabelecidas onde
se observou que numa comparação relativa, as áreas integradas referentes a
azadirachtina nos extratos metanólicos, foram as que se apresentaram maiores em
decorrência do maior teor de azadirachtina. O resultado encontrado foi o mesmo
resultado obtido e descrito por Schneider & Ermel. Todos os quatro extratos
preparados apresentaram coeficientes de variação, em massa, inferiores a 5%.
Definido qual o melhor solvente de extração para a obtenção de um extrato que
permitisse obter amostra líquida para análise, ainda era preciso definir o pré-
tratamento do extrato e a eficiência (poder) de extração do método.
3.4.1.1.1 Pré-tratamento do Extrato Metanólico da Semente do Nim
Dentre as diversas etapas envolvidas na análise de amostras
complexas, o pré-tratamento é um procedimento comum e necessário antes da
medida do analito de interesse. Sendo a maceração com solvente orgânico um
método de extração pouco seletivo, melhor deve ser o pré-tratamento usado,
promovendo a melhor seletividade possível ao método pela eliminação de
interferentes que podem co-eluir com o analito além de garantir a longevidade das
colunas analíticas. Dois foram os procedimentos de limpeza investigados para os
extratos metanólicos. O primeiro foi a extração em fase sólida (SPE).
A SPE é realizada pela retenção seletiva dos componentes de
interesse em uma fase estacionária (sorbente) previamente selecionada que,
dependendo do sorbente utilizado, apresenta um mecanismo próprio de separação
[185]. No tratamento do extrato metanólico foi testado cartuchos de SPE
empacotados com 100 mg de fases quimicamente ligadas (derivatizadas) em sílica.
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Os sorbentes usados foram a octadecil (C
18
) e a cianopropil (CN). Com estas fases,
dois foram os modos de operação na SPE investigados, o isolamento da matriz e o
isolamento do analito respectivamente.
Na SPE, análogo à cromatografia, se tem um volume de fase móvel,
constantemente se movimentando sobre a coluna (absorção e partição
quido/sólido) sendo a cada momento renovado o volume da fase móvel sobre um
determinado volume da fase sólida, sendo o equilíbrio constantemente alterado,
satisfazendo sempre o valor do coeficiente de partição para os componentes
considerados. Nestas condições o sistema tenta atingir imediatamente o equilíbrio, e
o coeficiente de partição será dado pela relação da concentração do analito nas
fases consideradas (sólida e líquida). As substâncias existentes na amostra, com
diferentes valores do coeficiente de partição, viajarão com velocidades maiores ou
menores, dependendo do seu coeficiente de partição proporcionando a separação.
Estas fases derivatizadas em sílica surgiram no início da cada de 60 para
substituir a sílica, a alumina ou outros adsorventes polares na análise de compostos
altamente polares onde poderia ocorrer adsorção irreversível entre o analito e a fase
estacionária.
O objetivo do uso dos cartuchos de C
18
foi de promover a retenção do
maior número de interferentes no cartucho e eluir o analito de interesse o qual
passava direto com o solvente da amostra. O modo de operação dos cartuchos de
CN propunha exatamente o inverso do C
18
, reter primeiramente o analito de
interesse na fase estacionária com a eliminação primária dos interferentes sendo em
seguida removido através do uso de um solvente apropriado. Os procedimentos de
condicionamento dos cartuchos, solubilização do extrato, remoção dos interferentes
e eluição do analito para os modos propostos encontram-se na Tabela 3.3.
Num primeiro momento, todos os testes realizados com SPE não se
mostraram reprodutíveis com grandes coeficientes de variações entre as amostras.
Um dos possíveis problemas que geraram esta perda na eficiência da técnica,
possivelmente ocorreu pela grande quantidade de matriz introduzida no cartucho,
uma vez que o fator concentração influencia diretamente na repetitividade da
técnica. Esta hipótese foi reforçada com novos testes realizados durante o
desenvolvimento dos métodos.
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Tabela 3.3 Testes de SPE para o extrato metanólico nos modos de operação
normal e reverso.
Cartucho Fração Solubilização Condicionamento
dos cartuchos
Remoção dos
interferentes
Eluição do
analito
C
18
50 mg
Ext.DCM
200 µL hexano
50 µL MeOH
20 mL MeOH
2 mL H
2
O
2 mL MeOH 2 mL ACN*
C
18
50 mg
Ext.DCM
50 µL hexano
200 µL MeOH
20 mL MeOH
2 mL H
2
O
2 mL MeOH 2 mL ACN*
C
18
50 mg
Ext.DCM
200 µL hexano
50 µL MeOH
20 mL MeOH
2 mL H
2
O
3 mL MeOH 2 mL ACN*
C
18
30 mg
Ext.DCM
150 µL hexano
150 µL MeOH
2 mL MeOH
2 mL H
2
O
1 mL MeOH:H
2
O
(1:1)
2 mL ACN**
C
18
30 mg
Ext.DCM
150 µL hexano
150 µL MeOH
2 mL MeOH
2 mL H
2
O
1 mL MeOH:H
2
O
(1:1) – secar o
cartucho
2 mL ACN**
C
18
30 mg
Ext.DCM
100 µL hexano
100 µL MeOH
2 mL MeOH
2 mL H
2
O
3 mL MeOH:H
2
O
(5:95) – secar o
cartucho
3 mL ACN
C
18
30 mg
Ext.MeOH
100 µL hexano
100 µL MeOH
2 mL MeOH
2 mL H
2
O
3 mL MeOH:H
2
O
(5:95) – secar o
cartucho
3 mL ACN
CN 30 mg
Ext.DCM
150 µL hexano
150 µL MeOH
2 mL hexano 1 mL hexano 2 mL ACN
CN 30 mg
Ext.DCM
300 µL ACN
2 mL hexano 1 mL hexano 2 mL ACN
CN 30 mg
Ext.DCM
300 µL ACN
2 mL ACN 1 mL hexano 2 mL ACN
CN 30 mg
Ext.MeOH
300 µL ACN
2 mL hexano 1 mL hexano 2 mL ACN
CN 30 mg
Ext.DCM
100 µL hexano
100 µL MeOH
2 mL hexano 3 mL hexano
secar o cartucho
3 mL DCM***
CN 30 mg
Ext.MeOH
100 µL hexano
100 µL MeOH
2 mL hexano 3 mL hexano
secar o cartucho
3 mL DCM***
* Os cartuchos foram novamente lavados com mais 2 mL de ACN para verificar se havia ainda algum resíduo da azadirachtina retido. **
Cartuchos lavados com 2 mL de MeOH. *** Cartuchos lavados com 3 mL de MeOH.
Neste momento, devido às dificuldades iniciais encontradas, buscou-se
uma nova alternativa para o pré-tratamento do extrato, mais simples e menos
agressiva, através da cnica de filtração. Esta técnica consiste basicamente em
produzir uma suspensão do extrato em solvente e passar por um filtro de papel ou
membrana removendo as partículas suspensas. Esta técnica é recomendada para
prever entupimentos o que elevaria a pressão do sistema reduzindo o tempo de vida
da coluna [188]. Um procedimento simples foi elaborado consistindo em suspender
30 mg do extrato MeOH em 1500 µL de uma solução preparada com 900 µL de
MeOH e 600 µL de hexano. A suspensão era agitada (vortex) e filtrada com um filtro
millipole
®
de 0,45 µm sendo o filtro, em seguida, lavado com mais 2000 µL de
MeOH. Toda a solução (3600 µL) era seca e reconstituída em 200 µL de MeOH
estando pronta para a análise. Foi também investigada a reconstituição da amostra
com ACN, contudo, o MeOH mostrou-se mais eficiente produzindo bandas
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cromatográficas mais estreitas corroborando para a resolução. Com esta técnica
obtiveram-se bons resultados, com cromatogramas apresentando boas resoluções
tanto para a azadirachtina quanto para a hidrocortisona (para a hidrocortisona, veja
o próximo item).
Os testes com a SPE foram realizados com extratos preparados em
ordem crescente de polaridade, hexano, DCM e MeOH, porém, os testes para a
filtração foram realizados com extratos preparados pela maceração das sementes
LDM somente com MeOH.
Apesar da reprodutibilidade nos resultados obtidos com o método de
preparo de amostras por filtração, na aplicação do método para separação das
amostras, ficou evidente que ainda havia a necessidade de novas modificações. Em
primeiro, a faixa linear de trabalho da azadirachtina (faixa de concentração das
amostras), era muito elevada, de 25 à 500 µg/mL o que consumia grandes
quantidades de um padrão difícil de se obter e que pequenos erros operacionais ou
pessoais geravam grandes erros analitos dificultando a validação do método. Em
segundo, devido a grande quantidade de amostras injetadas, mesmo com a coluna
de segurança e a passagem de ACN 100% entre as análises, a cada 16 amostras
analisadas havia uma saturação da coluna com prejuízos a resolução necessitando
o interrompimento das análises para a realização de procedimentos de limpeza com
isopropanol e clorofórmio. Esta perda de resolução pode ser atribuída as grandes
quantidades de amostras injetadas que podem provocar uma o alargando ou a
forma das bandas dos analitos. Isto acontece porque a coluna tem um limite de
capacidade para reter a amostra.
Assim tornou-se necessário trabalhar com menores quantidades de
amostras, ou seja, promover a diluição das amostras diminuindo a faixa linear de
trabalho. Para isto, foi avaliado o limite de detecção do equipamento, o que permitiu
estabelecer uma faixa linear de trabalho entre 2,5 e 50 µg/mL (10 vezes mais diluído
que a faixa proposta inicialmente). Para garantir que a concentração do analito se
encaixasse dentro da faixa linear de trabalho, foram necessárias algumas alterações
nos procedimentos de extração e pré-tratamento. O respeito à faixa linear de
trabalho é importante, pois somente dentro desta faixa é possível garantir a
linearidade do método, ou seja, garantir que o método analítico em questão seja
capaz de gerar resultados proporcionais à concentração dos analitos dentro do
intervalo dinâmico investigado [187]. Assim, procedendo às modificações nos
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extratos ao invés de 10 g de sementes LDM foram usados 5 g para o preparo do
extrato. Dez miligramas do extrato obtido eram submetidos aos procedimentos de
solubilização/filtrão e reconstituído, não mais 200 µL de MeOH, mas sim, em 5
mL. Esta diluição não pode ser menor, pois a concentração do analito fugia da faixa
linear de trabalho estabelecida. O uso de menores quantidades de sementes
demonstrou prejuízos ao preparo dos extratos por maceração afetando a
reprodutibilidade do método.
Este novo tratamento, após ser avaliado em relação a sua
reprodutibilidade, demonstrou-se coerente com a faixa de concentração estipulada,
além de reduzir a carga de compostos sobre a coluna analítica proporcionando um
aumento significativo na resolução, sensibilidade e seletividade. Este procedimento
é detalhado na Figura 3.6.
Figura 3.6 Procedimentos de extração/pré-tratamento para as sementes do Nim
descritos para o Método I.
O método apresentou um fator de separação (α) de 1,08 para a
azadirachtina em relação à banda crítica em 15,35 min, e uma resolução (R
s
) de
2,06. O fator de separação mede a seletividade entre duas bandas adjacentes. a
resolução é uma medida da qualidade da separação entre estas bandas.
Resoluções de R
s
> 1,5 correspondem a uma resolução de linha de base, porém
para métodos aplicados dia-a-dia, uma resolução R
s
> 2 é indicada devido a
5 g semente
moída
Macerada
3 X 100 mL
MeOH
(3 dias cada)
Extrato
10 mg
Hexano
MeOH
600 µL
900 µL
Agitada
Fitrado
2,0 mL
Seca com ar
comprimido
Reconstituída
com 5 mL MeOH
analisada por CLAE
(0,45 µm)
5 g semente
moída
Macerada
3 X 100 mL
MeOH
(3 dias cada)
Extrato
10 mg
Hexano
MeOH
600 µL
900 µL
Agitada
Fitrado
2,0 mL
Seca com ar
comprimido
Reconstituída
com 5 mL MeOH
analisada por CLAE
(0,45 µm)
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pequenas alterações a que o método pode estar sujeito [187,188]. Empregando os
procedimentos de extração, pré-tratamento e análise otimizados, a seletividade na
separação da azadirachtina nas amostras de sementes, foi investigada pelo uso de
um Espectrofotômetro de Foto-diodo avaliando sua absorção na região do ultra-
violeta (200 370 nm). Nessa eluição cromatográfica (Figura 3.7) a banda de
absorção da azadirachtina não apresentou nenhuma co-eluição de interferentes. O
detector de Foto-diodo registra simultâneos cromatogramas em diferentes
comprimentos de onda em uma única eluição, podendo obter, selecionando-se a
faixa de início e fim, o espectro de UV para uma determinada banda de absorção. A
análise deste espectro de UV, para a banda de absorção selecionada, além de
permitir a escolha do melhor comprimento de onda para as análises seguintes,
permite avaliar a pureza da banda. Contudo, esta técnica tamm possui suas
limitações. Ela requer que os espectros no UV/Visível dos compostos co-eluídos
sejam diferentes entre si para serem detectados. Além disso, os sistemas
disponíveis no comércio são incapazes de detectar co-eluentes interferentes que
estejam numa concentração menor que 1% [188,192].
Figura 3.7 Separação do extrato MeOH submetido ao pré-tratamento de filtração.
Fase móvel ACN:H
2
O 35:65; coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5
µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a
alça de injeção de 20 µL. Detector de Foto-diodo no comprimento de onda de 217
nm.
3.4.1.1.2 Poder de Extração Estabelecido para o Método I
Como o método em desenvolvimento era um método que quantificaria
a azadirachtina no extrato e não diretamente a semente, era preciso verificar o
0 4 8 12 16 20
0
10
20
30
40
50
mAbs
tempo/min
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quanto o procedimento de extração era eficiente para, assim, conhecer o teor de
azadirachtina nas sementes. Uma alternativa encontrada foi o uso de um padrão de
referência. O padrão escolhido foi a hidrocortisona (HC).
A HC foi escolhida por apresentar uma estrutura esteroidal com
características físicas e estruturais próximas a dos limonóides. O objetivo do padrão
de referência era de conhecer a eficiência na extração deste composto, sendo ele
adicionado na matriz em quantidades conhecidas e quantificado juntamente com a
azadirachtina no final do processo. Assim, conhecendo a quantidade adicionada e a
quantidade quantificada seria possível prever a perda absoluta deste padrão durante
os processos de extração e pré-tratamento. Deste modo, conhecendo a perda para
o padrão de referência era possível extrapolar este resultado para a azadirachtina.
Desta forma, junto com o desenvolvimento do método para obter
resolução que permitisse a quantificação da azadirachtina o método foi desenvolvido
tamm promovendo uma resolução satisfatória para a HC (Figura 3.8). O método
desenvolvido foi validado para ambos os analitos confirmando a qualidade das
medições.
Figura 3.8 Separação do extrato MeOH com resolução para a azadirachtina e
para a HC. Fase móvel ACN:H
2
O 35:65; coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II)
(150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm).
Vazão 0,8 mL/min, a alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
O
O
O
H H
OH
OH
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O poder de extração foi investigado em três concentrações distintas,
uma no início da faixa linear de trabalho, uma na região central e uma próxima ao
final. Deste modo foi possível extrapolar a eficiência da extração e possíveis perdas
no pré-tratamento para toda a faixa de trabalho. Para cada concentração foram
preparados extratos em triplicada pela adição e homogeneização da HC nas
sementes.
Tabela 3.4 Preparo dos extratos para a quantificação da HC em sementes do Nim
(Catanduva-SP).
Extrato Semente / g Extrato / mg CV (%)
3
5 1,03 1,0
25
5 1,06 0,1
47
5 1,07 3,0
Uma vez obtidos os extratos foram preparadas as amostras e
analisadas sob os parâmetros cromatográficos otimizados e validados. Entre a
eluição das amostras foram intercalados padrões de controle de HC monitorando a
perda ou o da linearidade do método (Tabela 3.7). A curva de calibração por
padronização externa de HC foi construída com uma faixa linear de trabalho entre
2,5 50,0 µg/mL (Figura 3.9 e Tabela 3.5). As soluções padrão utilizadas para o
desenvolvimento do método foram preparadas através da dissolução da HC em
MeOH na concentração de 1000 µg/mL e, a partir desta, foram obtidas soluções
estoque nas concentrações de 25; 50,0; 100,0; 200,0; 300,0; 400,0 e 500,0 µg/mL
utilizadas no preparo de amostras para as curvas analíticas. Cada ponto da curva
analítica foi preparado a partir das soluções estoque sendo a concentração final de
cada amostra dez vezes diluídas. Também foram obtidas soluções estoques nas
concentrações de 30,0; 250,0 e 470,0 µg/mL utilizadas para a obtenção de amostras
de controle do método. Essas soluções foram armazenadas a –20 ºC e mantiveram
sua estabilidade por aproximadamente 3 meses onde não foi observada nenhuma
degradação durante o desenvolvimento do método.
A curva analítica foi obtida com amostras nas seguintes concentrações
de HC: 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 30,0; 40,0 e 50,0 µg/mL. Para a obtenção das amostras,
as soluções estoque (20 µL) foram evaporadas sob fluxo de ar comprimido e
submetidas aos mesmos procedimentos de pré-tratamento que as amostras das
sementes sendo, no final, reconstituídas com 200 µL de MeOH. Com os resultados
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obtidos da curva analítica foram estimados matematicamente os coeficientes de
regressão a e b e o coeficiente de correlação r através do método matemático
conhecido por regressão linear. Esse método permite obter uma relação linear
simples entre a resposta do detector e a concentração das amostras descrita pela
equação y = ax + b (conhecida por equação de reta). A equação de reta definida
para a HC foi y = 5,00239.10
-5
x + 0,22005 com um coeficiente de correlação de r =
0,99952. A precisão e a exatidão de cada ponto da curva encontra-se ilustrada na
Tabela 3.5. A precisão foi expressa pelo coeficiente de variação das replicatas e a
exatidão determinada através da interpolação dos valores obtidos com os
esperados.
Figura 3.9 Curva de calibração por calibração externa de hidrocortisona. Faixa
linear de trabalho de 2,5 50,0 µg/mL. Cada ponto da curva (em triplicata) foi
analisado sob os mesmos parâmetros cromatográficos descritos na Figura 3.8.
Tabela 3.5 Precisão e exatidão determinada para a curva de calibração de HC.
Ponto
Conc.
µg/mL
CV
(%)
Exatidão
(%)
Ponto
Conc.
µg/mL
CV
(%)
Exatidão
(%)
01
2,5 0,50 103,4
05
30,0 1,97 99,9
02
5,0 0,65 102,6
06
40,0 2,87 97,6
03
10,0 0,20 97,6
07
50,0 1,22 100,6
04
20,0 1,14 101,4
Tabela 3.6 – Valores quantificados nas amostras para a HC.
Controles Hidrocortisona
Conc. teórica
(µg/mL)
Conc. Nominal*
(µg/mL)
Conc. Quantificado
(µg/mL)
Precisão
(CV %)
Exatidão
(%)
3,0 2,91 1,59 4,88 54,6
25,0 23,58 16,65 5,94 70,6
47,0 43,12 32,64 1,91 75,7
* O cálculo da concentração nominal foi baseado na massa do extrato usado para o preparo das amostras considerando que toda a HC tenha
sido extraída estando presente no extrato total obtido.
0 10 20 30 40 50
0
200
400
600
800
1000
1200
Área / (mAbs)
Concentração de hidrocortisona / (ug/mL)
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Tabela 3.7 Padrões de HC analisados entre as eluições das amostras do Nim
como controles de eficiência.
Controles Hidrocortisona
Conc. (µg/mL)
Precisão (CV %) Exatidão (%)
3
0,16 101,8
25
1,14 98,5
47
1,87 101,6
Com a quantificação observou-se uma pobre, porém reprodutiva
extração da hidrocortisona nas sementes. Foi encontrado um valor médio de
extração de 67%, ou seja, apenas 67% da hidrocortisona adicionada nas sementes
encontra-se nas amostras analisadas. Outro problema com o uso do padrão de
referência é que este padrão foi adicionado e homogeneizado na superfície das
sementes LDM que seriam submetidas a extração. Todavia, os compostos a serem
extraídos, normalmente encontram-se dentro desta matriz, permitindo esta técnica
apenas um resultado aproximado e não exato, podendo ser a eficiência da extração
para a azadirachtina ainda menor que para a HC.
Para a validação do método de quantificação da hidrocortisona além
da recuperação acima já discutida, foram avaliadas a precisão (intradia e interdia), a
exatidão e a seletividade. Tamm formam determinados os limites de quantificação
(LQ) e o limite de detecção (LD). Como controle de qualidade, foram escolhidas 3
concentrações da HC: uma baixa (3,0 µg/mL que corresponde a 120 % da primeira
concentração da curva analítica); uma concentração média (25,0 µg/mL que
corresponde a 50 % da concentração mais alta da curva analítica); e uma
concentração alta (47,0 µg/mL que corresponde a 94 % da maior concentração da
curva analítica). Para a obtenção das amostras, as respectivas soluções estoques
(20 µL) foram evaporadas sob fluxo de ar comprimido e também submetidas aos
mesmos procedimentos de pré-tratamento que as amostras das sementes sendo, no
final, reconstituídas com 200 µL de MeOH.
A precisão intradia foi avaliada através de análises em quintuplicata
dos 3 controles de qualidade em um mesmo dia e a precisão interdia, através de
análises feitas em 3 dias não consecutivos. A exatidão foi calculada para todas as
análises não excedendo o valor de 2 % (Tabela 3.8).
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Tabela 3.8 – Exatidão (%) e precisão (CV%) intradia e interdia para a análise do HC.
Precisão (CV%) Exatidão
(%)
(intradia) (interdia) (média)
Concentração
g/mL)
1º dia
(n=5)
2º dia
(n=5)
3º dia
(n=5)
(n=15) (n=15)
3,0 1,94 0,37 1,11 1,13 99,9
25,0 1,16 1,17 1,98 1,43 99,3
47,0 1,78 0,69 1,43 1,30 99,7
O limite de quantificação para o método foi de 1,0 µg/mL e o limite de
detecção inferior a 10 ng/mL. O limite de detecção representa a menor concentração
da substância em exame que pode ser detectada [191] e o limite de quantificação,
representa a menor concentração da substância em exame que pode ser medida
com uma precisão específica dentro dos critérios de aceitação do método [187].
Neste caso, inferiores a 20 %.
Completando a validação do método foi realizada uma análise de
amostras de HC em concentrações desconhecidas ao analista, comumente
chamada de Teste Cego e que é uma simulação da aplicação do método. Estes
dados encontram-se apresentados na Tabela 3.9.
Tabela 3.9 – Precisão (CV%) e exatidão (%) do Teste Cego do protocolo de
validação do método de análise da hidrocortisona.
Concentração (µg/mL) CV%
a
Exatidão
4,0 0,80 99,9
35,0 0,77 103,5
a
CV%: coeficiente de variação.
A seletividade do método foi avaliada através da análise de diversas
amostras da matriz utilizando detector de UV-Vis e Foto-diodo, o que demonstrou
que não existem compostos interferentes em 217 nm, o que viabilizou o método.
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3.4.1.1.3 Quantificação da Azadirachtina A Fazendo Uso do Método I
Os parâmetros de análises otimizados também foram validados para a
quantificação da azadirachtina A como para a hidrocortisona. Para a validação do
método foram avaliadas a precisão (intradia e interdia), a exatidão, a recuperação e
a seletividade. Também formam determinados os limites de quantificação (LQ) e o
limite de detecção (LD).
Uma curva de calibração por padronização externa foi construída e
validada para a azadirachtina com uma faixa linear de trabalho entre 2,5 50 µg/mL
sendo a equação de reta calculada em y = 4,74779.10
-5
x 0,08705 e o coeficiente
de correlação r = 0,99982. (Figura 3.10 e Tabela 3.10). As soluções padrão
utilizadas para o desenvolvimento do método foi preparada através da dissolução da
azadirachtina em MeOH em uma concentração de 1000 µg/mL e, a partir desta,
foram obtidas soluções estoque nas concentrações de 25; 50,0; 100,0; 200,0; 300,0;
400,0 e 500,0 µg/mL utilizadas no preparo de amostras para as curvas anaticas.
Todos os pontos da curva analítica foram preparados a partir das soluções estoque
sendo a concentração final de cada amostra dez vezes diluídas. Também foram
obtidas soluções estoques nas concentrações de 30,0; 250,0 e 470,0 µg/mL
utilizadas para a obteão de amostras de controle do método. Essas soluções
foram armazenadas a –20 ºC e também mantiveram sua estabilidade por
aproximadamente 3 meses onde não foi observada nenhuma degradação durante o
desenvolvimento do método. A curva analítica foi obtida com amostras nas
seguintes concentrações de azadirachtina: 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 30,0; 40,0 e 50,0
µg/mL. Para a obtenção das amostras, as soluções estoque (20 µL) foram
evaporadas sob fluxo de ar comprimido e submetidas aos mesmos procedimentos
de pré-tratamento que as amostras das sementes sendo, no final, reconstituídas
com 200 µL de MeOH.
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Figura 3.10 – Curva de calibração Externa de Azadirachtina. Faixa linear de trabalho
de 2,5 50,0 µg/mL. Cada ponto da curva (em triplicata) foi analisado sob os
mesmos parâmetros cromatográficos descritos na Figura 3.8.
Tabela 3.10 Precisão (CV%) e exatidão (%) determinada para a curva de calibração do padrão de azadirachtina.
Ponto Concentração (µg/mL) CV (%) Exatidão (%)
01
2,5 0,10 98,4
02
5,0 0,96 99,8
03
10,0 2,00 98,8
04
20,0 0,37 101,0
05
30,0 1,29 99,9
06
40,0 1,34 99,1
07
50,0 0,36 100,4
Como controle de qualidade, foram escolhidas 3 concentrações de
azadirachtina: uma baixa (3,0 µg/mL que corresponde a 120 % da primeira
concentração da curva analítica); uma concentração média (25,0 µg/mL que
corresponde a 50 % da concentração mais alta da curva analítica); e uma
concentração alta (47,0 µg/mL que corresponde a 94 % da maior concentração da
curva analítica). Para a obtenção das amostras, as respectivas soluções estoques
(20 µL) foram evaporadas sob fluxo de ar comprimido e também submetidas aos
mesmos procedimentos de pré-tratamento que as amostras das sementes sendo, no
final, reconstituídas com 200 µL de MeOH.
A precisão intradia foi avaliada através de análises em quintuplicata
dos 3 controles de qualidade em um mesmo dia e a precisão interdia, através de
análises feitas em 3 dias não consecutivos. A exatidão foi calculada para todas as
análises não excedendo o valor de 2% (Tabela 3.11).
0 10 20 30 40 50
0
200
400
600
800
1000
Área / (mAbs)
Concentração / (ug/mL)
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Tabela 3.11 Exatidão (%) e precisão (CV%) intradia e interdia para a análise da
azadirachtina A.
Precisão (CV%) Exatidão
(%)
(intradia) (interdia) (média)
Concentração
g/mL)
1º dia
(n=5)
2º dia
(n=5)
3º dia
(n=5) (n=15) (n=15)
3,0 1,11 0,85 2,43 1,46 93,7
25,0 1,51 0,10 2,18 1,26 99,1
47,0 3,71 0,31 0,30 1,44 100,8
O limite de quantificação para o método foi de 1,5 µg/mL com uma
precisão de 3,2 % entre as triplicatas e uma exatidão de 78 % e, o limite de detecção
inferior a 25 ng/mL. O limite de detecção representa a menor concentração da
substância em exame que pode ser detectada sendo o sinal do analito nessa
concentração três vezes maior que o ruído do equipamento [191] e o limite de
quantificação, representa a menor concentração da substância em exame que pode
ser medida com uma exatidão dentro dos critérios de aceitação do método [187].
Neste caso, inferiores a 20 %.
Os dados da análise de amostras de azadirachtina em concentrações
desconhecidas ao analista, Teste Cego, encontram-se apresentados na Tabela 3.12.
Tabela 3.12 – Precisão (CV%) e exatidão (%) do Teste Cego do protocolo de
validação do método de análise da azadirachtina.
Concentração (µg/mL) CV%
a
Exatidão (%)
4,0 0,94 93,4
35,0 0,16 100,7
a
CV%: coeficiente de variação.
A seletividade de um método instrumental de separação é a
capacidade de avaliar, de forma inequívoca, as substâncias em exame na presença
de componentes que podem interferir com uma determinação de uma amostra
complexa. Devido à ausência de matrizes isentas do analito de interesse, a
seletividade do método foi avaliada juntamente com a HC através da análise de
diversas amostras da matriz utilizando detector de UV-Vis e arranjo de diodos, o que
demonstrou não existência de compostos interferentes em 217 nm, viabilizando o
método. A recuperação do método foi definida pela adição de um padrão na matriz,
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a hidrocortisona discutida no pico 3.4.1.1.2. A recuperação média definida foi de
67%.
Estando os parâmetros do método otimizados e validados as sementes
do Nim foram submetidas à análise. As sementes do Nim após serem colhidas são
lavadas são despolpadas e secas por períodos de sol e sombra. Morfologicamente a
semente é formada por um mesocarpo duro com uma amêndoa em seu interior.
Estas sementes foram congeladas com nitrogênio quido em trituradas em um
moinho. As sementes moídas submetidas à análise são originárias de Catanduva-
SP; Brejinho do Nazaré-TO; Paranavaí-PR e Xambrê-PR. Com o objetivo de verificar
a influência quantitativa do enxerto na espécie foram analisadas sementes coletadas
em Xambrê de pés enxertados e de um pé franco. Todas as análises foram
realizadas preparando extratos em triplicata (Tabela 3.13) avaliando a precisão do
método. As sementes do enxerto foram submetidas a dois tratamentos de secagem
diferentes.
Tabela 3.13 – Preparo dos extratos para a quantificação da azadirachtina.
Extrato Semente / g Extrato / mg CV (%)
Catanduva 5 1,06 0,1
Brejinho do Nazaré 5 1,09 2,65
Paranavaí 5 1,50 1,62
Xambrê – Enxerto (Trat. 01) 5 0,98 0,47
Xambrê – Enxerto (Trat. 02) 5 0,95 0,63
Xambrê – Pé franco 5 0,97 4,56
Os extratos foram submetidos aos procedimentos de limpeza e preparo
das amostras para análise. O método não demonstrou perdas de analito no
processo de pré-tratamento como observado pelos coeficientes de variação e
exatidão estipulados, demonstrando confiabilidade no método sendo estes
resultados confirmados na validação do método. Os resultados da quantificação das
sementes encontram-se ilustrados na Tabela 3.14.
Entre as análises das sementes, como procedimento padrão de
controle, foram intercalados e analisados padrões de azadirachtina (submetidos ao
pré-tratamento) monitorando a linearidade do método e a reprodutibilidade da coluna
analítica (Tabela 3.15).
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Tabela 3.14 Teor da azadirachtina A nas sementes do Nim quantificados pelo
Método I.
mg/Kg
semente
CV (%)
Catanduva 890,4 4,20
Brejinho do Nazaré 615,8 12,5
Paranavaí 2.464,5 8,21
Xambrê – Enxerto (Trat. 01) 585,1 2,99
Xambrê – Enxerto (Trat. 02) 574,7 3,03
Xambrê – Pé franco 605,3 3,12
Tabela 3.15 Padrões de azadirachtina analisados entre as eluições das amostras
do Nim como controles de eficiência.
HidrocortisonaControles
(µg/mL)
Precisão (CV %) Exatidão (%)
3
1,24 100,0
25
0,77 97,6
47
0,20 99,4
A análise das sementes apresentou um erro entre as replicatas inferior
a 10% (exceto Brejinho do Nazaré) podendo considerar o método reprodutivo uma
vez que o erro na precisão estabelecida para estas matrizes podem variar entre 15
e 20% dependendo das normas reguladoras [191]. Em cima dos resultados
adquiridos do teor de azadirachtina pode ser estipulado um acréscimo de 49%
referentes ao poder de extração estipulado para o método pelo uso do padrão de
referência HC. Esta extrapolação nos resultados eleva em geral os teores para uma
casa entre 850 1300 mg/Kg
semente
(exceto Paranavaí). Schneider & Ermel [179],
Shidu et al. [182] Kaushik, N. [181] apresentaram trabalhos de quantificação onde os
teores variam de 390 6650 mg/kg de amêndoa. Uma vez que diversos fatores
sazonais, armazenamento, enxerto, etc., podem afetar os teores de azadirachtina
nas sementes os resultados obtidos podem ser considerados satisfatórios. Outro
ponto que reforça a qualidade dos resultados é que a quantificação foi realizada com
a semente e os resultados da literatura, encontrados para as análises são referentes
somente para a amêndoa da semente. O mesocarpo da semente apresenta
baixíssimos teores de azadirachtina (Figura 3.11), contudo, contribui em média com
50% do peso da semente (variando entre 43 67%, veja Tabela 3.21) sendo a
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porcentagem restante referente ao peso da amêndoa. Extrapolando estas
porcentagens aos resultados, os teores de azadirachtina ficariam entre 1.700 e
2.600 mg/kg de amêndoa se enquadrando dentro da média mundial demonstrando
credibilidade quantitativa ao método.
Outro resultado importante a se destacar é a semelhança entre os
resultados do enxerto com as plantas não enxertadas, fornecendo dados científicos
para sua caracterização, demonstrando que este o vem sofrendo modificações
quantitativas em seu principal composto ativo.
Apesar de o método descrito não apresentar uma extração com 100%
de eficiência, o método apreenta procedimentos simples de preparo, manuseio e
análise das amostras o requerendo equipamentos sofisticados o que limitaria seu
uso a grandes centros de pesquisa. Sua principal desvantagem, apesar de
reprodutivo, é o longo tempo requerido para o preparo dos extratos, sendo um ponto
fraco para análises de rotina.
Figura 3.11 Análise por HPLC do mesocarpo da semente do Nim. Fase móvel
THF:MeOH:ACN:H
2
O – 1:4:34:61; coluna C
18
Phenomenex
®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5
µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min, a
alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
3.4.1.2 Método II Quantificação da Azadirachtina A e B. Extração por
Centrifugação/SPE
Alguns experimentos mostraram que o primeiro método desenvolvido
(método I) apesar de suas qualidades, por exemplo, sua simplicidade no pré-
tratamento e análise, mostrou ser pouco robusto para análises de amostras com
maiores teores de azadirachtina B (banda em 15,3 min na Figura 3.6) em relação
aos teores da azadirachtina A apresentando o cromatograma uma sobreposição
entre as bandas comprometendo a resolução na separação (R
s
= 1,43 -Figura 3.12).
4 6 8 10 12 14 16 18
0
5
10
15
20
mAbs
tempo/min
AzadirachtinaAzadirachtina
?
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Figura 3.12 Perda da resolução para a azadirachtina com o aumento da absorção
da banda crítica adjacente. Fase móvel ACN:H
2
O 35:65; coluna C
18
Phenomenex
®
(150x4,6 mm, 5 µm), coluna de segurança Phenomenex
®
(4,0x3,0 mm, 5µm). Vazão
0,8 mL/min, a alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
Um método cromatográfico ideal deve ser o mais simples possível,
porém, seletivo e robusto para rotinas. A robustez do método é definida como a
capacidade do método de separação em não ser afetado por uma pequena, mas
importante variação dentro dos parâmetros definidos” [184]. Deste modo, o método
desenvolvido para analises rotineiras da semente do Nim não poderia ficar ao acaso
da sorte de nunca ser aplicado para quantificação de uma semente com elevados
teores de azadirachtina B o que comprometeria seu desempenho, perdendo
seletividade, o sendo o método robusto para variações nos teores de
azadirachtina B. Este resultado mais os baixos teores quantificados nas sementes
junto com a baixa recuperação determinada para o método pelo uso da HC,
demonstraram a necessidade de modificações desde a extração, passando pelos
processos de limpeza até a otimização dos parâmetros cromatográficos.
3.4.1.2.1 Modificações no Método de Extração para as Sementes
A análise cromatográfica envolve a investigação complexa de múltiplos
estágios. As três etapas importantes podem interferir diretamente na separação.
Estas etapas são: o isolamento do analito; a etapa de limpeza das amostras
(manipulação) e a otimização dos parâmetros cromatográficos.
A princípio, estava sendo utilizado o método de extração líquido-sólido
para o isolamento do analito, ou seja, macerando o material vegetal em solvente
4 8 12 16 20
0
10
20
30
40
50
60
mAbs
tempo/min
Azadirachtina AAzadirachtina A
Azadirachtina BAzadirachtina B
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orgânico por nove dias, sendo este solvente trocado a cada três dias. Além da
necessidade de um grande período de dias no preparo dos extratos, esta extração
não se mostrou muito eficiente. A etapa de limpeza, por sua vez, consistia apenas
em uma etapa de filtração, separando os interferentes de grande granulometria.
As modificações no método de quantificação da semente a fim de
garantir robustez se iniciaram redefinindo os procedimentos de limpeza da amostra.
As amostras aqui consideradas o os extratos da semente. Novamente foi testado
o método de extração por fase sólida (SPE).
Sendo a fase mais comum no mercado, a fase estacionária C18 (fase
onde um grupo octadecil é quimicamente ligado a um suporte de lica) foi
descartada, uma vez que se buscava um método onde os analitos deveriam ficar
retidos nos cartuchos e os interferentes primeiramente excluídos. Uma vez que os
analitos de interesse são mais polares que os interferentes, um método ideal pode
ser otimizado com um cartucho polar sendo trabalhado no modo normal de eluição.
Trabalhando no modo normal de eluição, o solvente usado para eluir os analitos
pode ser um solvente orgânico, descartando o uso de água facilitando a
reconstituição das amostras para a análise por HPLC. Estes interferentes de baixa
polaridade poderiam interagir irreversivelmente com a fase estacionária da coluna
analítica. Assim, foi escolhida a fase estacionária denominada cianopropril (CN)
onde um grupo cianopropril é quimicamente ligado à sílica. Estes cartuchos de CN
(100 mg, 1 mL) foram adquiridos da J.T.Baker
®
. Com a seleção desta fase, numa
analogia aos métodos de separação por HPLC, o pré-tratamento da amostra foi
realizado numa separação em fase normal, ou seja, o solvente usado na separação,
deve ser menos polar que a fase estacionária. Deste modo, era possível
primeiramente a remoção dos interferentes menos polares, por exemplo, pela
passagem de hexano deixando, o analito de interesse, retido na fase estacionária
sendo, posteriormente eluído com o solvente apropriado [185,193]. Os parâmetros
para o uso deste cartucho no método de quantificação das sementes, bem como
seus condicionamentos, lavagem da amostra e eluição, foram adaptados do método
desenvolvido para a quantificação do óleo das sementes descrito no item a seguir.
Assim, após alguns testes, foi estabelecido que o tratamento ideal para
a amostra por SPE deve seguir os seguintes critérios: 10 a 15 mg do extrato deve
ser solubilizados em 400 µL de hexano e, com o auxílio de micropipeta, adicionado
ao cartucho previamente condicionado com 5 mL de hexano. O condicionamento
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do cartucho garante a reprodutibilidade na extração pela ativação do material
empacotado. Após o condicionamento deve se tomar o cuidado de não deixar o
cartucho secar que, pode levar a formação de caminhos preferenciais,
comprometendo a separação. Uma vez aplicada a amostra, o frasco da amostra
deve ser lavado com mais 200 µL de hexano sendo em seguida, também adicionado
ao cartucho. Elui-se lentamente essa amostra sobre o cartucho de maneira que o
analito de interesse não seja removido. Em seguida, promove-se a remoção dos
interferentes mais apolares pela passagem de mais 4 mL de hexano sobre o
cartucho permitindo no final desta etapa a secagem do cartucho. Numa última etapa,
a remoção do analito é estabelecida pela passagem de MeOH. Assim, 600 µL de
MeOH devem lavar por uma última vez o frasco da amostra e deve ser adicionado
ao cartucho eluíndo o analito. Por último, adicionam-se mais 400 µL de MeOH ao
cartucho coletando todo a fração de MeOH juntas. Os cartuchos de SPE foram
manipulados em uma mara acoplada a uma bomba de vácuo à pressão de 70
mmHg. O uso da câmara permite a reprodução da vazão nos cartuchos.
A fim de evitar erros na diluição da amostra para análise, a fração de
MeOH foi seca sob um suave fluxo de ar comprimido e, reconstituída novamente em
1,0 mL de MeOH. Este método de limpeza demonstrou reprodutível apresentando
um desvio padrão relativo entre as amostras inferior a 2 % para os padrões
investigados.
Como num processo análogo à extração líquido-líquido, observou-se
que a passagem de duas alíquotas do eluente em vez de uma única em volume
maior aumentou a eficiência da extração e a reprodutibilidade.
A análise desta amostra nos parâmetros cromatográficos otimizados no
método I, não demonstrou ganho significativo na separação entre os isômeros de
azadirachtina A e B. Assim, iniciou-se uma busca por um ganho na separação por
uma modificação na fase móvel. o sendo um parâmetro ideal, contudo, para a
quantificação dos óleos comerciais, o uso de uma fase quaternária mostrou-se
eficiente. Novamente, transferindo este conhecimento para a eluição destas
amostras de semente comprovou-se a eficiência da fase quaternária. Os solventes
escolhidos e a porcentagem utilizada de cada solvente afetam diretamente a
seletividade da separação. O fator de retenção de um analito pode ser bruscamente
alterado apenas por uma pequena variação na fase móvel, numa modificação em
uma porcentagem ou pela troca de um solvente. Sendo esta matriz complexa, onde
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se tem um extrato vegetal bruto, com inúmeros compostos e diversas classes de
compostos presentes, onde, cada um, é um interferente potencial, a composição da
fase móvel passa ter grande relevância. A simples troca de solvente pode implicar
na inversão total da ordem de eluição dos analitos em uma amostra [188].
Deste modo, após alguns experimentos fazendo uso de fase orgânica
composta por ACN, MeOH e THF encontrou-se uma fase quaternária Ideal para esta
matriz composta de H
2
O:ACN:MeOH:THF nas proporções de 61:34:4:1. Nesta fase,
o tempo de retenção da azadirachtina A é de 10,3 min e do isômero B 11,6 min. O
fator de retenção (k
1
) calculado para a azadirachtina A é de 4,72 e o calculado para
a azadirachtina B (k
2
) de 5,44. Esta eluição apresentou um fator de separação (α) de
1,15 e uma resolução (R
s
) de 2,65. Uma separação cromatográfica para a amostra
preparada por SPE eluída na fase móvel quaternária pode ser observada na Figura
3.13.
Figura 3.13 Amostra de semente manipulada por SPE. Fase móvel:
H
2
O:ACN:MeOH:THF – 61:34:4:1. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm,
5 µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8
mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
O uso de uma fase móvel quaternária implica em um custo maior para
as análises, maior probabilidade de erros pessoais e perda de robustez. Além disso,
os problemas ambientais decorrentes do uso de uma mistura de solventes
orgânicos. Todavia, houve um ganho na separação e uma redução no tendo de
análise o que justifica sua aplicação. O ganho no tempo de análise foi de
aproximadamente 5 minutos. Este tempo aplicado à análises de rotina pode
representar numa significativa economia de solvente e equipamento.
Comparando os dois métodos descritos para o pré-tratamento do
extrato (filtração e SPE), analisando alíquotas iguais de uma mesma amostra sob os
mesmos parâmetros cromatográficos, foi observada na eluição cromatográfica da
amostra preparada por SPE, uma área 104% superior à área da amostra preparada
0 3 6 9 12
0
10
20
30
40
50
60
70
mAbs
tempo/min
Azadirachtina AAzadirachtina A
Azadirachtina BAzadirachtina B
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por filtração (Figura 3.14). Estes resultados demonstram um ganho em eficiência
para o método no pré-tratamento. Neste segundo método, toda a alíquota é
adicionada ao cartucho e, parte da amostra é eliminada na lavagem facilitando a
solubilização e remoção dos analitos de interesse do cartucho. No primeiro método,
apesar da repetibilidade nos resultados, apenas parte da amostra era solubilizada.
Figura 3.14 Eluição cromatográfica de amostras pré-tratadas pelos métodos I e II.
Fase móvel: H
2
O:ACN:MeOH:THF 61:34:4:1. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II)
(150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomene ( 4x3 mm, 5 µm).
Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
Uma vez definido que a limpeza da amostra se mostra mais eficientes
e reprodutivas por SPE; também definido os parâmetros cromatográficos ideais para
a análise, resta ainda investigar a primeira etapa do desenvolvimento de um método
analítico, o isolamento do analito. Era preciso aumentar sua eficncia e reduzir o
tempo de extração. Assim, buscando-se esses objetivos, foi investigada a técnica de
extração por centrifugação.
Em tubos falcon de 10 mL foram pesados em triplicata 200, 100, 50,
20, 10 e 5 mg de sementes LDM da A. indica. Os testes foram realizados em
triplicata para avaliar a repetibilidade da extração. Em cada tubo, 2,0 mL de MeOH
foram adicionados e agitados em um vortex (agitador de tubos) por 30 s. Em
seguida, cada amostra foi centrifugada a 10.000 rpm por 20 min com uma
temperatura constante de 20 ºC. A fase líquida foi coletada e seca num equipamento
de SpeedVac a 43 ºC obtendo um extrato seco. Esses extratos foram submetidos
aos procedimentos de pré-tratamento descritos no último parágrafo da página 227,
reconstituídos em 1.000 µL de MeOH e analisados por HPLC sob os novos
parâmetros estabelecidos.
Este novo método de extração apresentou uma série de vantagens
sobre o método de maceração. Houve uma redução do tempo de preparo do extrato
Azadirachtina AAzadirachtina A
Azadirachtina BAzadirachtina B
0 3 6 9 12
0
10
20
30
40
50
60
Método II
Método I
mAbs
tempo/min
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de 9 dias para 100 min, uma redução no consumo de solvente de 300 mL para 2 mL,
redução na quantidade de amostra, e o principal, houve um ganho significativo em
eficncia (Figura 3.15). Foi observado que, conforme foi diminuindo a quantidade de
semente a ser extraída, houve um aumento na eficiência da extração. Contudo,
entre as amostras de 15, 10 e 5 mg, proporcionalmente, a eficiência da extração foi
constante.
Figura 3.15 Eluição cromatográfica de uma amostra preparada pela centrifugação
de 100 mg de semente LDM. Os parâmetros cromatográficos são os mesmos
descritos na Figura 3.14.
A partir de uma amostra bruta representativa, a amostragem de
pequenas quantidades para o preparo da amostra laboratorial, 15 ou 10 mg, implica
em possíveis erros quantitativos caso a amostra laboratorial não seja homogênea.
Assim, com a intenção de garantir que a amostra laboratorial seja homogênea e
representativa, a partir do lote de semente, eram retirados, aproximadamente 10
gramas de sementes LDM. Destas sementes, era separado o mesocarpo da
amêndoa. A amêndoa, em seguida, era triturada. Deste modo a quantificação
ocorreria apenas nas amêndoas sem a interferência do mesocarpo durante o
processo de pesagem homogeneizando a amostra.
A amostra do laboratório, então, passou a ser preparada pela pesagem
apenas da amêndoa da semente em uma balança analítica com uma sensibilidade
de 0,1 mg. Também, tomou-se o cuidado de se verificar a incerteza de todas as
medidas preparando as amostras sempre em replicatas avaliando a variabilidade na
análise.
Ainda com o objetivo de se obterem extratos mais homogêneos
possíveis através de uma máxima eficiência na extração da azadirachtina, as
amêndoas das sementes (15 mg), foram submetidas ao procedimento de extração
0 3 6 9 12 15 18
-50
0
50
100
150
200
250
300
mAbs
tempo/min
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por centrifugação, não mais suspensas em uma alíquota de 2,0 mL de MeOH, mas
sim, em três alíquotas seqüenciais de 1,0 mL. Em apenas uma única alíquota, pode
ocorrer um equilíbrio entre a fase sólida e a líquida. Esse equilíbrio (saturação) pode
inibir a remoção dos analitos de interesse pelo solvente. Uma vez removido o
solvente e, adicionado uma segunda alíquota, o sistema tende novamente a tingir o
equilíbrio proporcionando a remoção de uma nova quantidade de analitos.
Por exemplo, a quantificação de um lote de semente qual, a amostra
laboratorial (sementes LDM) foi submetida a extração com apenas uma alíquota de
2,0 ml de MeOH, apresentou o teor de 1.457,8 mg/kg. Este mesmo lote, submetido a
quantificação das amêndoas e a extração seqüencial, apresentou o teor de 3.961,7
mg/kg. Estas pequenas alterações, quantificação da amêndoa e extração
sequencial, proporcionou um ganho de aproximadamente 170 % de eficiência. Além
da eficiência, estas modificações colaboraram para um ganho em seletividade ao
método passando ser as azadirachtinas A e B os compostos majoritários como pode
ser observado na Figura 3.16.
Figura 3.16 Eluição cromatográfica de uma amostra do Nim preparada após a
extração de 15 mg de amêndoa em três alíquotas de 1,0 mL de MeOH. Fase móvel:
H
2
O:ACN:MeOH:THF – 61:34:4:1. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm,
5 µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8
mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
Um resumo dos procedimentos de extração, pré-tratamento e
reconstituição das amostras para serem analisadas por HPLC encontra-se ilustrada
na Figura 3.17.
0 3 6 9 12
0
15
30
45
60
75
90
mAbs
tempo/min
Azadirachtina AAzadirachtina A
Azadirachtina BAzadirachtina B
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Figura 3.17 Método proposto de preparo das amostras de análise para a
quantificação dos teores de azadirachtina em sementes do Nim.
Uma vez estabelecida a extração, o pré-tratamento e os parâmetros
cromatográficos, foi verificada a repetibilidade da separação analítica através da
diluição das amostras. Assim, foram preparadas duas amostras de 10 mg de
semente (em triplicata) seguindo o método ilustrado na Figura 3.17. Contudo, essas
amostras ao invés de serem reconstituídas em 1,0 mL de MeOH foram,
MeOH
1 mL
15 mg
amêndoa
Agitar (30 s)
10000
20 º C
Centrifugar
(20ºC/20 min.)
Fase
líquida
Fase
sólida
SpeedVac
(43ºC/50 min.)
Extrato
seco
(a)
Hexano
5 mL
200 µL
(e) 400 µL
(f)
(d)
(g) 4 mL
Após a etapa d não
deixar secar o cartucho
antes de aplicar a
amostra
(h) 600 µL400 µL (i)
Seca com ar
comprimido
Reconstituída
em 1000 µL MeOH
Análise por
HPLC
Após a etapa i,
eluir o cartucho até
estar totalmente seco
3 mL
(b) 1 mL
(c) 1 mL
Bomba Injetor Coluna Detector DadosBomba Injetor Coluna Detector Dados
MeOH
1 mL
15 mg
amêndoa
Agitar (30 s)
10000
20 º C
Centrifugar
(20ºC/20 min.)
Fase
líquida
Fase
sólida
SpeedVac
(43ºC/50 min.)
Extrato
seco
(a)
Hexano
5 mL
200 µL
(e) 400 µL
(f)
(d)
(g) 4 mL
Após a etapa d não
deixar secar o cartucho
antes de aplicar a
amostra
(h) 600 µL400 µL (i)
Seca com ar
comprimido
Reconstituída
em 1000 µL MeOH
Análise por
HPLC
Após a etapa i,
eluir o cartucho até
estar totalmente seco
3 mL
(b) 1 mL
(c) 1 mL
MeOHMeOH
1 mL
15 mg
amêndoa
Agitar (30 s)
10000
20 º C
10000
20 º C
Centrifugar
(20ºC/20 min.)
Fase
líquida
Fase
sólida
SpeedVac
(43ºC/50 min.)
Extrato
seco
(a)
HexanoHexano
5 mL
200 µL
(e) 400 µL
(f)
(d)
(g) 4 mL
Após a etapa d não
deixar secar o cartucho
antes de aplicar a
amostra
(h) 600 µL400 µL (i)
Seca com ar
comprimido
Reconstituída
em 1000 µL MeOH
Análise por
HPLC
Após a etapa i,
eluir o cartucho até
estar totalmente seco
3 mL
(b) 1 mL
(c) 1 mL
Bomba Injetor Coluna Detector DadosBomba Injetor Coluna Detector Dados
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reconstituídas em 5,0 e 10,0 mL. A análise de ambas as amostras manteve a
seletividade durante a eluição cromatográfica (Figura 3.18).
Figura 3.18 Amostra de 10 mg de semente preparada seguindo os procedimentos
descritos na Figura 3.17, contudo, reconstituída em 10 mL de MeOH. Os parâmetros
cromatográficos são os mesmos descritos na Figura 3.16.
Otimizados os procedimentos de extração, pré-tratamento e separação
iniciou-se a construção das curvas de calibração e validação do método. O método
mostrou-se seletivo tanto a azadirachtina A quanto ao isômero B. Assim, foram
construídas duas curvas de calibração, uma para cada isômero. Contudo, devido a
grande semelhança estrutural, por apresentarem comportamentos similares em
todas as etapas investigadas e, principalmente a pequeno quantidade de padrão
obtido, foi o método desenvolvido foi submetido a uma validão completa apenas
para a azadirachtina A.
Uma curva de calibração externa foi construída e validada para a
azadirachtina A com uma faixa linear de trabalho entre 5,0 60 µg/mL sendo a
equação de reta determinada matematicamente y = 5,8763.10
-5
x + 1,48175 e o
coeficiente de correlação r = 0,9994. Esta curva foi construída plotando a área dos
padrões vs. a concentração e encontra-se ilustrada na Figura 3.19. Os dados de
exatidão e precisão obtidos para cada ponto em triplicata encontra-se ilustrado na
Tabela 3.16. As soluções padrão utilizadas para o desenvolvimento do método
foram preparada através da dissolução da azadirachtina A em MeOH em uma
concentração de 1000 µg/mL e, a partir desta, foram obtidas soluções estoque nas
concentrações de 50,0; 100,0; 200,0; 300,0; 400,0; 500,0 e 600,0 µg/mL utilizadas
no preparo de amostras para a curva analítica. Cada ponto da curva anatico foi
preparado em triplicata a partir das soluções estoque sendo a concentração final de
cada amostra dez vezes diluídas. Também foram obtidas soluções estoques nas
0 2 4 6 8 10 12 14
-2,5
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
mAbs
tempo/min
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concentrações de 60,0; 250,0 e 540,0 µg/mL utilizadas para a obtenção de amostras
de controle do método. Essas soluções foram armazenadas a –20 ºC e tamm
mantiveram sua estabilidade por aproximadamente três meses onde não foi
observada nenhuma degradação durante o desenvolvimento do método. A curva
analítica foi obtida com amostras nas seguintes concentrações de azadirachtina: 5,0;
10,0; 20,0; 30,0; 40,0; 50,0 e 60,0 µg/mL. Para a obtenção das amostras, as
soluções estoque (20 µL) foram evaporadas sob fluxo de ar comprimido e
submetidas aos mesmos procedimentos de pré-tratamento que as amostras das
amêndoas sendo, no final, reconstituídas com 200 µL de MeOH.
Similarmente, foi construída uma curva de calibração externa para a
azadirachtina B (Figura 3.19), contudo, a faixa linear de trabalho estabelecida ficou
entre 2,5 50,0 µg/mL. A equação de reta determinada para esta curva foi y =
4,18515.10
-5
x + 0,403579 e o coeficiente de correlação r = 0,9989. As soluções
padrão utilizadas para a construção da curva foram preparadas através da
dissolão da azadirachtina B em MeOH em uma concentração de 1000 µg/mL e, a
partir desta, foram obtidas soluções estoque nas concentrações de 25; 50,0; 100,0;
200,0; 300,0; 400,0 e 500,0 µg/mL utilizadas no preparo de amostras para as curvas
analíticas. Cada ponto da curva analítico foi preparado em triplicata a partir das
soluções estoque sendo a concentração final de cada amostra dez vezes diluídas.
Essas soluções foram armazenadas a –20 ºC e também mantiveram sua
estabilidade por aproximadamente 3 meses. A curva analítica foi obtida com
amostras nas seguintes concentrações de azadirachtina B: 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 30,0;
40,0; e 50,0 µg/mL. Os dados de exatidão e precisão referentes aos pontos da curva
da azadirachtina B encontram-se na Tabela 3.16. Para a obtenção das amostras, as
soluções estoque (20 µL) foram evaporadas sob fluxo de ar comprimido e
submetidas aos mesmos procedimentos de pré-tratamento que as amostras das
amêndoas sendo, no final, reconstituídas com 200 µL de MeOH.
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(a) (b)
Figura 3.19 –Curva de calibração por padronização externa para: (a) azadirachtina
A; (b) azadirachtina B. Fase móvel: H
2
O:ACN:MeOH:THF 61:34:4:1. Coluna C18
Phenomene Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18
Phenomene ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e
detector de UV-Vis em 217 nm.
Tabela 3.16 Precisão (CV%) e exatidão (%) determinada para as curvas de
calibração dos padrões de azadirachtina A e B.
Azadirachtina A Azadirachtina BConcentração
(µg/mL)
CV (%) Exatidão (%) CV (%) Exatidão (%)
2,5 - - 2,38 104,2
5,0 1,05 99,0 0,36 100,9
10,0 2,94 99,1 2,16 100,4
20,0 1,32 101,2 0,77 99,3
30,0 0,26 102,6 0,60 97,2
40,0 1,67 98,0 0,57 101,0
50,0 1,52 100,7 1,74 100,4
60,0 1,00 99,8 - -
Após a construção das curvas de calibração, para a validação do
método foram avaliadas a precisão (intradia e interdia), a exatidão, a recuperação e
a seletividade referentes azadirachtina A. Tamm formam determinados os limites
de quantificação (LQ) e o limite de detecção (LD).
Como controle de qualidade, foram escolhidas 3 concentrações de
azadirachtina A: uma baixa (6,0 µg/mL que corresponde a 120 % da primeira
concentração da curva analítica); uma concentração média (25,0 µg/mL que
corresponde a 41,67 % da concentração mais alta da curva analítica); e uma
concentração alta (54,0 µg/mL que corresponde a 90 % da maior concentração da
0 10 20 30 40 50 60
0
200
400
600
800
1000
1200
Área (mAbs)
Concentração da Azadirachtina (ug/mL)
0 10 20 30 40 50
0
200
400
600
800
1000
1200
Área / (mAbs)
Concentração da azadirachtina B / (µg/mL)
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curva analítica). Para a obtenção das amostras, as respectivas soluções estoques
(20 µL) foram evaporadas sob fluxo de ar comprimido e também submetidas aos
mesmos procedimentos de pré-tratamento que as amostras das amêndoas sendo,
no final, reconstituídas com 200 µL de MeOH.
A precisão intradia foi avaliada através de análises em quintuplicata
dos 3 controles de qualidade em um mesmo dia e a precisão interdia, através de
análises feitas em 3 dias não consecutivos. A exatidão foi calculada para todas as
análises não excedendo o valor de 2% (Tabela 3.17).
Tabela 3.17 Exatidão (%) e precisão (CV%) intradia e interdia para a análise da
azadirachtina A.
Precisão (CV%) Exatidão (%)
(intradia) (interdia) (média)
Concentração
g/mL)
1º dia
(n=5)
2º dia
(n=5)
3º dia
(n=5)
(n=15) (n=15)
6,0 1,19 2,62 1,85 1,89 101,0
25,0 1,01 1,50 1,81 1,44 99,0
54,0 1,23 1,97 0,99 1,40 100,3
Os limites de quantificação e detecção encontrados para o método
foram os mesmos encontrados para o primeiro método discutido no item 3.4.1.1
(página 204) sendo de 1,5 µg/mL e 25 ng/mL respectivamente. Os dados da análise
de amostras de azadirachtina A em concentrações desconhecidas ao analista, Teste
Cego, encontram-se apresentados na Tabela 3.18.
Tabela 3.18 – Precisão (CV%) e exatidão (%) do Teste Cego do protocolo de
validação do método de análise da azadirachtina.
Concentração (µg/mL) CV% Exatidão (%)
9,0 3,94 103,6
32,0 1,80 100,0
A seletividade de um método instrumental de separação é a
capacidade de avaliar, de forma inequívoca, as substâncias em exame na presença
de componentes que podem interferir com uma determinação de uma amostra
complexa. Devida a ausência de matrizes isenta do analito de interesse, a
seletividade do método foi avaliada através da análise de diversas amostras da
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matriz utilizando detector de UV-Vis e arranjo de diodos, que demonstrou não
existência de compostos interferentes em 217 nm, viabilizando o método. A
seletividade do método também foi avaliada pela construção de uma curva de
adição de padrão. Esta técnica também permitiu observar a recuperação do método.
Numa curva de calibração por adição de padrão, quantidades
conhecidas do analito de interesse são adicionados à uma amostra desconhecida
antes de seu preparo. Essas amostras com o padrão incorporado são utilizadas para
a obtenção dos cromatogramas. A adição de padrão é especialmente apropriada
quando se é difícil ou impossível obter um branco da matriz sem os analitos de
interesse. Como não existem sementes do Nim sem a azadirachtina A, esse método
vem ser o ideal para determinar a recuperação. Assim, a recuperação pode ser
determinada relacionando os resultados obtidos para a amostra sem a adição de
padrão com cada uma das amostras com o padrão adicionado. A seletividade, por
sua vez, pode ser determinada comparando a curva de calibração externa com a
curva de adição de padrão. Caso sejam paralelas, pode-se dizer que não há
interferência da matriz na determinação da substância de interesse.
Assim, foi construída uma curva da adição de padrão utilizando as
sementes de Catanduva. A partir de uma solução padrão de 1.000 µg/mL foram
preparados soluções estoques de azadirachtina A de 50,0; 100,0; 150,0; 200;0 e
300,0 µg/mL. Em uma série de 15 amostras de 10 mg de sementes, adicionou-se
em cada três amostras 50 µL de cada solução estoque obtendo, assim, uma curva
de adição de padrão com 5 pontos em triplicata. Estas sementes com os padrões
foram secas e, em seguida, submetidas aos procedimentos de extração e
quantificação representados na Figura 3.17, contudo, reconstituídas em 500 µL. As
amostras foram analisadas por HPLC e construída uma Curva de Adição de Padrão.
Esta curva encontra-se ilustrada na Figura 3.20 e a exatidão entre os pontos
analisados em triplicada descritos na Tabela 3.19.
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Figura 3.20 Curva de adição de padrão usando como matriz, sementes do Nim
coletada em Catanduva-SP. Os parâmetros cromatográficos são os mesmos
descritos na Figura 3.18.
Tabela 3.19 Precisão (%) entre as replicatas das concentrações da curva de
calibração por adição de padrão.
Concentração do Padrão
adicionado (50 µL) à
10 mg de semente
Precisão (CV %) entre as
amostras referentes a cada
concentração
5 µg/mL
2,00
10 µg/mL
4,64
15 µg/mL
0,11
20 µg/mL
3,42
30 µg/mL
4,05
Para esta curva analítica, foi determinada um coeficiente de correlação
r = 0,9921 considerado muito bom, vista a grande manipulação de cada amostra
analisada. Comparando os resultados obtidos para a análise da semente de
Catanduva por uma curva analítica de calibração externa com os resultados obtidos
para a mesma semente através da curva de adição de padrão, observou-se uma
concordância entre os resultados superior a 95 %, ou seja, uma recuperação de
95% nos resultados, demonstrando ser o método confiável, sem perdas de analito
durante os procedimentos de manipulação e sem a interferência da matriz nas
análises, confirmado a seletividade do método. Os resultados encontrados foram
satisfatórios demonstrando ser o método desenvolvido eficaz na quantificação da
Azadirachtina.
Completando a validação do método, foi verificada a estabilidade do
padrão de azadirachtina A no auto-injetor e de degelo. A estabilidade no auto-injetor
5 10 15 20 25 30
800
900
1000
1100
1200
1300
1400
Área (mAbs)
Concentração de Azadirachtina Adicionada à semente
(ug/mL)
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foi observada pela análise de um padrão de azadirachtina A preparado na
concentração de 180 µg/mL. O padrão foi analisado a cada 2 horas durante o
período total de 24 horas. As 13 analises realizadas apresentavam uma variação na
precisão de apenas 0,64 % e na exatidão de 100,9 %. Esse resultado comprova a
estabilidade do padrão durante o período de permanência para análise no auto-
injetor. O mesmo padrão, mantido a uma temperatura de 20 ºC foi analisado nos
tempos t=0; t=24 hrs; t=48 hrs; t=72 hrs; t=96 hrs; t=120 hrs; t=144 hrs e t = 168 hrs,
ou seja, sua estabilidade em condições de armazenamento foi avaliada por sete
dias. Com base nos CV (%) encontrados para cada triplicata analisada nestes
períodos de tempo estabelecidos, foi determinada variação na precisão (CV%)
apenas de 0,46 % e a exatidão (%) de 101,5.
3.4.1.2.2 Quantificação das Sementes de Azadirachta indica.
Alguns produtores nacionais de semente de Nim, de diversas
localidades brasileiras, se comprometeram a fornecer um ou mais lotes de sementes
para análise. Foi estabelecido um procedimento padrão aos produtores contendo
prazos de colheita, métodos de secagem e de armazenamento, de tal maneira que
as variáveis não viessem a interferir na comparação do teor de azadirachtina A e B
entre as sementes. Este procedimento encontra-se descrito nos Procedimentos
Experimentais.
Os colaboradores que forneceram as sementes do Nim foram:
Instituição Colaborador Código
Agropecuária Santa Angelina Sr. Jonh George de Carle
Gottheiner
Col. 01
Cruangi Neem do Brasil Ltda. Sr. Pedro Luiz Pessoa de Melo
Neto
Col. 02
Bioneem Tec. Cons. Ind. Com.
Ltda
Sra. Sueli Rodrigues Col. 03
Baraúna Com. Ind. Ltda. Sr. Roberto Antônio Mallimpence Col. 04
Instituto Agronômico do Paraná
(IAPAR)
Dra. Sueli de Sousa Martinez Col. 05
Universidade Federal do Pará Depto. de Química Col. 06
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O período de coleta destas sementes foi estipulado para o mês de
março, mês próximo do final do final do período de cultivo. Neste mês se tem o auge
da colheita das sementes. Uma vez coletado o material, despolpado, lavado e seco
foi enviado para análise. Foi analisado um total de 40 lotes de sementes. A origem
de cada lote encontra-se detalhada na Tabela 3.20.
Tabela 3.20 - Lotes de sementes do Nim analisadas.
Plantio
Cód. Colab.
Local UF Região
Idade
(anos)
Descrição
001
Col. 01 Brejinho do
Nazaré
TO Norte 5 Plantio de 2
o
. ano
002
Col. 01 Brejinho do
Nazaré
TO Norte 4 Plantio de 3
o
. ano
003
Col. 01 Brejinho do
Nazaré
TO Norte 6 Plantio de 1
o
. ano
004
Col. 02 Timbaúba PE Nordeste 5 Propriedade Triunfo
005
Col. 02 Timbaúba PE Nordeste 5 Propriedade Triunfo
006
Col. 02 Timbaúba PE Nordeste 8 Propriedade
Genipapo
007
Col. 03 Itinga MG Sudeste 8 Plantio velho
008
Col. 03 Itinga MG Sudeste 5 Campineira
009
Col. 03 Itinga MG Sudeste 2 Beira rio
010
Col. 04 Catanduva SP Sudeste 5 1
a
. floração
011
Col. 04 Ariranha SP Sudeste 6 2
a
. floração
012
Col. 04 Urupês SP Sudeste 5 1
a
. floração
013
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Pé franco 1
014
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Pé franco 2
015
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Pé franco 3
016
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Pé franco 4
017
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Enxerto 1
018
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Enxerto 2
019
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Enxerto 3
020
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Enxerto 4
021
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. pé planta 01/1
022
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. pé planta 01/2
023
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. pé planta 01/3
024
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. pé planta 01/4
025
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem.solo planta 01/1
026
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. olo planta 01/2
027
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem.solo planta 01/3
028
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem.solo planta 01/4
029
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. pé planta 02/1
030
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. pé planta 02/2
031
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. pé planta 02/3
032
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem. pé planta 02/4
033
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem.solo planta 02/1
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034
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem.solo planta 02/2
035
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem.solo planta 02/3
036
Col. 05 Xambrê PR Sul 5 Sem.solo planta 02/4
037
Col. 06 Belém PA Norte
038
Col. 05 Paranavaí PR Sul Plantação antiga
039
Col. 05 Paranavaí PR Sul Plantação antiga
040
Col. 05 Paranavaí PR Sul Plantação antiga
Estando as sementes no laboratório, separou-se o total de 20 unidades
de cada lote de sementes para análise. As 20 sementes foram pesadas sendo em
seguida, separada a palha (mesocarpo) da amêndoa, determinando-se o peso
médio de cada uma destas partes. Assim foi possível verificar a diferença média
entre o peso das sementes e o peso da amêndoa entre os diversos cultivos
analisados. A Tabela 3.21 ilustra esses resultados.
Tabela 3.21 - Distinção entre os lotes de sementes analisadas através do peso
médio unitário da semente, da porcentagem em peso referente ao peso médio da
amêndoa na semente e a porcentagem de gemas duplas encontradas.
Cód.
Peso
unitário
médio (mg)
% em
peso da
amêndoa
% dupla
gema
Cód.
Peso
unitário
médio
(mg)
% em
peso da
amêndoa
% dupla
gema
001
208,7 54,7 10
021
241,0 48,1 0
002
196,6 52,6 0
022
251,6 48,9 0
003
196,7 54,4 0
023
211,8 49,6 0
004
119,5 66,6 0
024
231,7 49,9 0
005
209,0 65,8 5
025
265,5 45,1 0
006
209,1 63,9 5
026
266,3 46,9 0
007
149,2 54,3 10
027
288,3 47,3 5
008
100,8 54,7 5
028
279,0 46,7 5
009
205,9 50,2 5
029
187,1 53,8 5
010
128,4 45,6 5
030
186,2 52,9 5
011
203,7 59,6 5
031
177,0 53,8 10
012
200,4 54,6 0
032
202,8 52,6 0
013
143,8 54,5 5
033
239,9 55,5 5
014
247,8 49,3 0
034
237,2 55,2 5
015
190,3 55,6 0
035
251,4 53,5 0
016
209,0 49,8 0
036
238,5 54,5 0
017
199,0 48,9 0
037
018
200,2 49,3 0
038
138,4 44,6 0
019
197,8 47,7 0
039
162,9 43,8 0
020
189,8 50,0 0
040
141,3 43,1 0
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As sementes após serem pesadas, suas amêndoas foram trituradas
para posteriormente serem analisadas. Neste processo foi possível observar
diferenças físicas entre diversas amêndoas, sendo umas amareladas, outras
amarelo-esverdeadas e outras mais para um verde-folha. Foi possível observar
diferenças em sua dureza, sendo algumas muito duras e quebradiças e outras
macias e bastante oleosas. Contudo, estas observações não foram qualificadas.
Foram preparadas três amostras para cada lote de semente, sendo
submetidas aos procedimentos de preparo dos extratos. Numa segunda etapa, os
extratos obtidos, foram submetidos aos procedimentos de limpeza estabelecidos
para este método, eliminando possíveis interferentes. Uma vez estando cada
amostra pronta, foram analisados os teores de azadirachtina A e B por
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. As determinações dos teores foram
realizadas através da construção de duas curvas de calibração por padronização
externa, uma para o isômero A e outra para o isômero B. Cada curva construída foi
preparada com descrito no item 3.4.1.2.1. As amêndoas e os pontos das curvas de
calibração foram analisados seguido os procedimentos descritos no método
desenvolvido usando uma coluna analítica C
18
Phenomenex®-Luna(II) (150x4,6mm,
5 µm) com a uma pré-coluna de segurança Phenomenex® (4x3mm, 5 µm) acoplada,
uma fase móvel quaternária composta de H
2
O:ACN:MeOH:THF (61:34:4:1, v/v),
numa vazão de 0,8 mL/min. e um volume de injeção de 20 µL. Os cromatrogramas
foram registrados através do software CLASS-VP. Os resultados da quantificação
podem ser observados na Tabela 3.22.
Tabela 3.22 Resultados da quantificação dos teores de azadirachtina A e B nas
amostras das sementes.
Teor médio Azad. A Teor médio Azad. B
Amostra
(mg/kg)
CV (%)
(n=3)
(mg/kg)
CV (%)
(n=3)
Razão
média
(A/B)
CV (%)
Razão
001
3.475,8 6,78 818,5 3,02 4,25 5,20
002
3.180,6 5,64 673,2 4,54 4,72 1,23
003
4.230,7 1,95 685,9 0,92 6,17 2,14
004
2.484,8 5,47 350,5 4,11 7,09 1,44
005
2.770,6 2,76 437,0 2,67 6,34 5,43
006
3.578,3 7,55 396,4 5,76 9,03 0,29
007
3.454,1 1,47 445,3 0,23 7,76 1,70
008
3.377,0 3,09 791,4 5,56 4,27 5,00
009
3.999,9 0,84 681,4 3,21 5,87 2,41
010
4.320,9 5,28 728,5 2,92 5,93 1,61
011
1.516,4 11,08 441,3 3,38 3,44 7,70
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012
3.167,1 4,85 505,0 12,38 6,27 12,54
013
5.545,6 2,58 922,9 7,64 6,01 6,28
014
4.777,1 1,80 705,4 1,80 6,76 1,18
015
4.284,2 4,01 825,1 1,43 5,19 5,31
016
5.861,4 3,89 889,1 8,76 6,59 5,81
017
5.358,4 5,77 290,5 7,76 18,44 2,96
018
3.489,1 3,02 240,4 6,00 14,51 2,98
019
4.540,7 3,12 282,5 1,77 16,07 4,70
020
4.964,7 10,64 281,3 11,09 17,65 0,45
021
4.009,5 0,92 726,7 10,68 5,52 9,49
022
3.671,2 8,91 669,9 8,19 5,48 1,14
023
3.472,6 3,44 598,3 4,07 5,80 5,18
024
3.310,3 6,83 640,0 3,83 5,17 1,59
025
3.872,1 2,97 557,3 9,21 6,95 7,03
026
3.243,7 1,74 635,5 6,14 5,10 4,40
027
3.398,9 1,03 637,8 2,49 5,33 2,97
028
3.504,3 2,76 664,6 5,35 5,27 2,59
029
3.315,9 7,74 840,8 7,07 3,94 1,42
030
3.736,0 4,76 752,1 4,28 4,97 1,80
031
5.304,6 2,64 849,3 6,00 6,25 6,37
032
4.862,5 5,52 825,4 8,17 5,89 5,23
033
3.335,9 4,70 877,0 6,11 3,80 7,60
034
3.318,4 0,30 763,0 8,13 4,11 8,47
035
3.346,9 8,41 813,4 1,90 4,11 6,52
036
3.139,9 0,16 621,8 12,78 5,05 12,72
037
n.d. - - - - -
038
5.251,1 4,72 1.120,8 8,60 4,69 3,89
039
4.532,5 2,64 1.175,1 0,28 3,86 2,80
040
3.593,5 8,01 974,9 9,64 3,69 1,63
Sidhu et.al apresentaram um trabalho [182] descrevendo o resultado
da quantificação das sementes do Nim em sementes de plantas cultivadas na Índia,
país de origem do Nim. Neste trabalho os teores quantificados da azadirachtina A
variaram entre 556,9 até 3.030,8 mg/kg de amêndoa e os teores de azadirachtina B
entre 43,1 até 590,6 mg/kg de amêndoa. A variação destes teores para as plantas
nacionais foram entre 1.516,4 para 5.861,4 mg/kg de amêndoa para o isômero A e
entre 240,4 para 1.175,1 para o isômero B. Estes resultados demonstram que o
cultivo nacional têm se desenvolvido com excelentes resultados quanto ao seu
objetivo de se tornar uma nova alternativa para o desenvolvimento da agricultura
orgânica.
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3.4.1.2.3 Quantificação das Sementes do Enxerto de Azadirachta indica sobre
Melia azedarach. Comparação com as Sementes de pés Franco.
Com um dos principais objetivos deste trabalho foi proposto o
desenvolvimento do método de quantificação para verificar se a planta enxertada
sendo desenvolvida tem mantido suas características quantitativas quando
comparado com a planta o enxertada. Nas análises realizadas, entre as amostras
013 a 020 referem-se a essa comprovação. As amostras 013 à 016 são referentes a
quatro plantas pé franco e as 017 a 020 são outras quatro plantas enxertadas sendo
que cada amostra se refere a uma planta. Todas estas plantas apresentam as
mesmas origens, cultivadas pelo IAPAR dentro da mesma Estação Experimental
(Xambrê-PR), apresentam a mesma idade, sujeitas as mesmas variações
ambientais. A colheita semente foi realizada no mesmo dia e submetidas aos
mesmos procedimentos de manipulação.
A quantificação das sementes não mostrou diferenças significativas no
teor de azadirachtina A entre as plantas enxertadas e não enxertadas. Apenas um
exemplar enxertado não apresentou um bom resultado que possivelmente numa
avaliação estatística ampla poderia este exemplar estar sendo descartado. Os
teores da azadirachtina A encontrados foram bastante elevados numa média de
4.588,2 mg/kg e 5.115,7 mg/kg respectivamente para as plantas enxertadas e não
enxertadas demonstrando um excelente resultado para o cultivo. A média das
plantas enxertadas pode ser elevada para 4.954,6 mg/kg com a eliminação do
resultado quantificado para uma planta que não se mostrou satisfatório (018). Desta
forma pode se concluir que as plantas enxertadas têm mantido as mesmas
qualidades quanto a sua produção do metabólito secundário Azadirachtina A.
Um dado surpreendente quantificado entre as plantas enxertadas e
as não enxertadas foi a diferença entre os teores de azadirachtina B sendo a razão
média entre o isômero A sobre o B nas plantas enxertadas de 16,7 e nas plantas
não enxertadas de 6,2. Estes resultados demonstram um teor de azadirachtina B
três vezes maior na planta não enxertada. As variações climáticas afetam o
metabolismo secundário das plantas. Condições climáticas mais frias favorecem a
biosíntese da azadirachtina B nas sementes [182]. Uma vez que todas estas plantas
foram submetidas as mesmas variações climáticas se pode pré-supor que as plantas
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enxertadas foram menos afetadas com o inverno naquela região do que as plantas
franco comprovando a eficácia do enxerto quanto a transferência de resistência
da Melia azedarach para a Azadirachta indica sendo que a Melia é uma planta
bem adaptada a condição climática mais fria do país. Este resultado pode ser
confirmado comparando os resultados destas plantas enxertadas e não enxertadas
com as plantas cultivadas em outras localidades de climas tropicais do país
(amostras 001 à 012) estando o teor da azadirachtina B destas regiões tropicais
(região mais quente e menos favorável à biosíntese do isômero B) inferior aos teores
das plantas não enxertadas cultivadas em Xambrê. Em geral, os teores de
azadirachtina B nas sementes, não ultrapassam 20 % do valor do isômero A [09].
3.4.1.2.4 Quantificação de Sementes Coletadas Diretamente da Planta e
Sementes Coletadas no Solo.
As amostras 021 a 036 são referentes a um experimento que tinha
como objetivo observar ou não diferenças entre sementes coletadas ainda no e
sementes coletadas já no solo num estagio avançado de maturação. Para isto foram
escolhidas aleatoriamente duas plantas não enxertadas tamm cultivadas na
Estação Experimental do IAPAR em Xambrê-PR. As amostras 021 a 024 são
referentes as sementes coletadas na planta 01 e as amostras 025 à 028 referentes
as sementes coletadas no solo da planta 01. De maneira similar, as amostras 029 a
032 são referentes as sementes coletadas na planta 02 e as amostras 033 a 036
referentes as sementes coletadas no solo da planta 02.
Para a planta 01 não foi observada diferença entre a quantificação das
sementes coletadas no e as recolhidas do solo. Na planta 02 foi quantificado na
média, um valor 33% maior da azadirachtina A nas sementes coletados no em
relação às recolhidas no solo, possivelmente estando estas sementes do solo já com
um período maior de degradação do que as sementes recolhidas no solo da planta
01. Em vista da dificuldade de se controlar quanto tempo as sementes se
encontram em degradação, com o objetivo de se obter melhores teores de
azadirachtina é então recomendado que o fruto seja coletado na copa da planta.
Tendo o cultivo do Nim um objetivo claro de produção de frutos, novamente se
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destaca o enxerto que tem produzido plantas com uma copa maior e mais próxima
ao solo facilitando a colheita.
3.4.1.2.5 Quantificação de Sementes Armazenadas.
Como observado no item anterior, as sementes coletadas
diretamente da planta, apresentaram teores relativamente superiores quando
comparado com os valores quantificados de sementes coletadas no solo em estágio
avançado de maturação. Com o início da degradação do fruto possivelmente ocorra
tamm o início da degradação de seus metabólitos. Assim, com o objetivo de
verificar a degradação da azadirachtina A e B nas sementes quando armazenadas,
um lote de semente analisada logo após a coleta foi dividido em dois lotes sendo um
armazenado a temperatura ambiente e o outro a 12 ºC. Estas sementes foram
analisadas a logo após a coleta e após 2 e 5 meses de armazenamento. Todas as
análises foram realizadas seguindo os procedimentos de extração e pré-tratamento
exemplificado na Figura 3.17 e os parâmetros cromatográficos validados para o
método. Estes resultados podem ser observados na Tabela 3.23 e na Figura 3.21.
Tabela 3.23 – Dados referentes a quantificação de sementes armazenadas.
Temperatura Ambiente Temperatura 12 ºC
Azadirachtina A Azadirachtina B Azadirachtina A Azadirachtina B
Tempo
(meses)
(mg/kg) CV(%) (mg/kg) CV(%) (mg/kg) CV(%) (mg/kg) CV(%)
0 5.117,1 2,35 835,6 4,91 - - - -
2 4.609,1 10,2 851,4 10,6 4.619,8 7,85 898,7 4,0
5 3.062,2 11,1 894,0 5,6 2.981,0 7,11 851,5 6,7
Os dados exemplificados na Figura 3.21 demonstram claramente a
degradação da azadirachtina A com o armazenamento tanto à temperatura ambiente
quanto sob refrigeração. Contudo, a azadirachtina B se mostrou estável neste
período não apresentando diferenças entre o armazenamento a temperatura
ambiente ou a 12 ºC. Com a perda no teor de azadirachtina A as sementes
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imediatamente perdem seu valor comercial. Assim, estes dados sugerem a busca de
novos métodos de armazenamento ou a utilização imediata dos frutos após sua
coleta para a produção dos óleos comerciais. Estes óleos são constituídos
principalmente por lipídios e, apresentam propriedades de preservação da
azadirachtina A contra a umidade e contra a fotodegradação.
Figura 3.21 – Curva de armazenamento das sementes do Nim.
3.4.1.2.6 Análise Comparativa entre Lotes de Sementes das Diversas Regiões
Investigadas
Uma análise exploratória do conjunto de dados obtidos (Tabelas 3.20,
3.21 e 3.22) para todas as sementes analisadas foi realizada utilizando o programa
computacional PIROUETTE 2.02.
Antes de proceder à análise, todos os dados foram auto escalonados
para obter variáveis (teores) com média zero e variância igual a um. Este
procedimento tem a finalidade de atribuir a todas as varveis a mesma informação
estatística, evitando distorções que possam ocorrer na análise dos dados devido à
diferença de unidades ou grandezas de valores.
Com o objetivo de verificar a discriminação das amostras com relação
à região de cultivo, utilizou-se a Análise de Componentes Principais (ACP). As três
primeiras componentes explicam 80,84% da variância contida nos dados, e a a
sétima componente 99,77%. A Figura 3.22, apresenta a projeção das amostras, ou
0 1 2 3 4 5
0
1000
2000
3000
4000
5000
Azadirachtina A - Temp. Ambiente
Azadirachtina B - Temp. Ambiente
Azadirachtina A - Temp. 12 ºC
Azadirachtina B - Temp. 12 ºC
Teores de azadirachtinas A e B / (µg/kg)
Tempo de armazenamento / (meses)
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seja, um gráfico em 2D correlacionando a segunda (PC2) e terceira (PC3) variável
criadas pelo programa diferenciando as amostras entre si. A Figura 3.23 apresenta
os dados mais influentes das amostras que permite a distinção de uma amostra de
outra no conjunto total de dados.
Nestas análises pode-se observar uma diferenciação do conjunto total
de amostras das sementes oriundas de Paranavaí-PR, se destacando por seu
elevado teor de azadirachtina B em relação às demais sementes, possivelmente
porque este cultivo se encontra na região sul do país sujeito a períodos de menores
temperaturas que as demais localidades. Tamm se destacam as sementes
coletadas em Timbaúba-PE, pela sua diferença na porcentagem de peso entre o
peso da amêndoa e da palha da semente (Tabela 3.21) sendo que estas sementes
apresentam um peso médio de amêndoa acima de 60% quanto que a média geral é
próxima aos 50%. Este resultado diminui o interesse comercial desta semente uma
vez que ela é prensada com a palha presente, onde produzirá uma maior quantidade
de óleo, porém, com menores teores de azadirachtina A. Um último grupo que se
destaca é exatamente das sementes analisadas do enxerto se diferenciando das
demais amostras pela diferença na razão entre os isômeros A e B da azadirachtina.
Nestas figuras pode-se observar que nenhum grupo apresentou um
destaque expressivo quanto ao teor de azadirachtina A estando dentro da média
mundial descritos na literatura. Contudo as sementes (011) coletadas em Ariranha-
SP, apresentaram um pobre teor em relação as outras possivelmente decorrente de
problemas de má preservação.
Figura 3.22 Projeção em 2D da amostras analisando as componentes principais
PC2 e PC3.
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As sementes de Paranavaí, Xambrê e Timbaúba respectivamente
difereciam-se das demais em relação a: teores de azadirachtina B, razão entre o
teor de azadirachtinas A e B na semente, diferença na porcentagem em peso entre a
amêndoa e a palha da semente.
Figura 3.23 Projeção em 2D das pametros analisados que se destacaram entre
as amostras.
Após estes resultados, investigou-se a aplicação da Análise
Hierárquica, a qual foi baseada no valor de similaridade, com o objetivo de confirmar
o resultado da ACP. A vantagem deste método é que não existe perda de
informação estatística, uma vez que é baseada no cálculo da distância Euclidiana
[194].
A estrutura dos dados para as amostras é apresentada através de um
dendrograma na Figura 3.24. Os dados do dendrograma demonstram uma
diferenciação para as amostras de Timbaúba, do enxerto e de Ariranha formando
dois grupos abaixo do dendograma confirmando os resultados encontrados na
análise das Variáveis Principais.
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Figura 3.24 – Dendograma demonstrando a estrutura dos dados baseado na análise
hierárquica das amostras.
3.4.2 Desenvolvimento do Método de Quantificação da Azadirachtina nos
Óleos Comerciais do Nim Preparo de Amostras e Otimização dos
Parâmentros Cromatográficos
Os óleos comerciais do Nim, o produtos preparados pela prensa
mecânica das sementes do Nim. Em sua composição contêm principalmente os
ácidos graxos palmítico (~20%), esteárico (~15 %); oléico (~ 40%) e linoleico (~
25%) [181,195].
Juntamente com a extração dos lipídeos ocorre a remoção de alguns
outros metabólitos secundários. Apesar de a azadirachtina possuir muitos isômeros,
A K, tem sido descrito na literatura que o azadirachtina A é o isômero mais
importante e presente em maiores quantidades sendo ele, usado como padrão para
expressar a atividade dos óleos e sementes do Nim, extratos e formulações. Deste
modo, partindo-se do mesmo princípio, para o desenvolvimento de um método
quantitativo que expressasse a qualidade dos óleos do Nim, a azadirachtina A foi
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escolhida como marcador de qualidade. Sendo a azadirachtina A escolhida como
marcador, o método desenvolvido deveria apresentar seletividade a este analito.
Sendo o óleo preparado pela simples prensa mecânica das sementes,
era de se esperar que o método desenvolvido para a quantificação das sementes
tamm fosse seletivo para a quantificação do óleo, uma vez, que os mesmos
metabólitos devam estar presente em ambas amostras. Contudo, na prática, esta
afirmação não se mostrou verdadeira. Apesar de ser a mesma matriz (semente) os
procedimentos de extração são diferentes. Para a quantificação da semente se
obtém primeiramente um extrato metanólico. O MeOH é capaz de extrair
principalmente compostos de média a alta polaridade. A prensa mecânica das
sementes, promove a extração de ácidos graxos de baixa polaridade que arrasta
consigo alguns produtos secundários. Esta afirmação pode ser comprovada
observando a diferença nos teores de azadirachtina A e B nas sementes e nos
óleos. Nas sementes, em média, o teor de azadirachtina B não ultrapassa 20% do
teor de azadirachtina A, enquanto, nos óleos, este teor pode chegar a 50 %. Isso
ocorre porque a azadirachtina B é menos polar que o isômero A, sendo então, a
extração do isômero B mais eficiente no preparo do óleo que do extrato. Além disso,
com a prensa mecânica, não mais que 10 % do total de azadirachtina A presente na
semente é extraída, restando à torta (restos sólidos das sementes prensadas) os
outros 90% [02].
Assim, devido à diferença no preparo dos extratos, os analitos de
interesse e os interferentes presentes na amostra encontram-se em quantidades
diferentes das quantidades médias presentes no extrato. Esta modificação na
amostra, implicou na perda de seletividade para a azadirachtina A quando uma
amostra de óleo foi analisada nos métodos desenvolvidos para a quantificação das
sementes. Esta perda de seletividade pode ser atribuída à interferência da matriz na
análise. Assim, tornou-se necessário o desenvolvimento de novo método que fosse
seletivo ao analito de interesse e que gerasse resultados confiáveis. Os testes
realizados nos óleos, fazendo uso dos métodos definidos para a semente,
encontram-se ilustrados na Figura 3.25.
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0 4 8 12 16
0
20
40
60
80
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20 24
0
100
200
300
400
500
600
700
800
mAbs
tempo/min
(a) (b)
Figura 3.25 Cromatogramas demonstrando a perda de seletividade para a análise
das sementes usando os métodos desenvolvido para a quantificação das sementes.
Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18
Phenomene ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e
detector de UV-Vis em 217 nm. (a) Fase móvel: ACN:H
2
O 35:65; (b)
H
2
O:ACN:MeOH:THF – 61:34:4:1.
3.4.2.1 Desenvolvimento do Método de Isolamento dos Analitos de Interesse
do Óleo. Desenvolvimento do Pré-Tratamento das Amostras
Não obtendo a resolução esperada para o óleo, foi iniciado a busca
para a otimização dos parâmetros de extração, pré-tratamento e eluição
cromatográfica, ou seja, iniciou-se o desenvolvimento de um novo método de
quantificação, agora, para o óleo do Nim.
A preparação da amostra é, possivelmente, a maior dificuldade em
uma análise, principalmente em matrizes complexas, como extratos vegetais, onde,
a análise direta freqüentemente é impossível [186, 196, 197]. A extração líquido-
quido é uma das técnicas analíticas mais usadas no preparo de amostras
complexas. Esta se baseia na solubilidade relativa dos analitos presentes na
amostra em dois solventes, idealmente imiscíveis. Contudo, como toda técnica
analítica de extração, a seletividade e eficiência são fundamentais. Esta técnica foi
utilizada como extração os analitos de interesse a matriz (óleo) e, também, para
promover limpeza parcial da amostra.
Azadirachtina AAzadirachtina A
Azadirachtina BAzadirachtina B
Azadirachtina BAzadirachtina B
Azadirachtina AAzadirachtina A
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A LLE mostrou-se uma técnica tediosa, demorada, com consumo de
grandes volumes de solventes orgânicos e de difícil repetibilidade em decorrência
das várias etapas envolvendo os analitos de interesse. Além disso, a técnica não
possibilitou melhoras significativas na separação cromatográfica. Deste modo, se
iniciou novos testes fazendo uso dos cartuchos de extração SPE.
O preparo de uma amostra fazendo uso dos cartuchos de SPE o
tempo total de aproximadamente 5 min, enquanto, por LLE, era próximo a um hora.
Outra diferença importante, foi a quantidade de solvente consumido, de
aproximadamente 500 mL na LLE e, aproximadamente 10 mL na SPE. Contudo, a
principal diferença notada, foi a eficiência na extração. Com mesma quantidade de
óleo, foram preparadas duas amostras para serem analisadas por HPLC, uma sendo
preparada por LLE e a outra por SPE. Ambos os métodos mostraram-se
reprodutivos, contudo, a eficiência na extração por SPE foi superior a eficiência da
extração por LLE. Este resultado, somado às desvantagens da cnica de LLE,
direcionou o desenvolvimento do método ao uso da SPE no preparo das amostras.
A SPE é uma cnica bem consolidada que tem sido cada vez mais
aplicada à substituição da LLE. Por exemplo, a Agência de Proteção Ambiental dos
Estados Unidos (US EPA) aprovou o uso da SPE como alternativo A LLE em 22
de seus métodos oficiais de análise [198].
O uso dos cartuchos de SPE com a finalidade de eliminação de
interferentes geralmente envolve quatro etapas [185,188,198]:
1. Condicionamento do cartucho, preparando-o para interagir com a
amostra;
2. Aplicação da amostra, eluíndo-a através do absorvente contido no
cartucho. Nesta fase, os componentes de interesse das amostras permanecem
adsorvidos na fase estacionária;
3. Lavagem do cartucho, para a retirada dos interferentes da matriz;
4. Recuperação da amostra, através da eluição seletiva dos compostos
de interesse.
Definido o uso da SPE ao invés de LLE no preparo das amostras, era
então, preciso otimizar as quatro etapas acima descritas que a técnica eficiente e
reprodutiva.
Entre os adsorventes mais populares utilizados como fases
estacionárias nos cartuchos de SPE encontram-se os preparados pela derivação de
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fases orgânicas em um suporte de lica dando origem as “fases quimicamente
ligadas”. Entre estas fases, as mais comumente empregadas, se sobressaem as
formadas por grupos ocatadecil e cianopropil derivadas em sílica. Estas fases são
conhecidas por C18 e CN respectivamente [187,193]. Ambas as fases foram
investigadas na busca de um pré-tratamento ideal para o óleo. Foram usados
cartuchos da J.T.Baker Bakerbond
®
de 100 mg e 1 mL.
Em paralelo aos testes para a escolha da melhor espécie de cartucho
a ser aplicado na manipulação do óleo do Nim, era preciso investigar o melhor
solvente de condicionamento, de lavagem e de eluição. Do ponto de vista prático, a
SPE comporta-se como uma técnica de cromatografia líquida em coluna aberta.
Assim, os cartuchos C18 e CN devem ser manipulados no modo reverso e no modo
normal de eluição respectivamente. Nas Tabelas 3.24 e 3.25 encontram-se descritos
os procedimentos de condicionamento, lavagem e eluição investigados para o pré-
tratamento da matriz. O solvente de eluição do analito, após a extração, era seco e
reconstituído em 500 µL de MeOH para análise.
Tabela 3.24 Procedimentos de isolamento e limpeza usando cartuchos C18 no
modo reverso de eluição investigados para o óleo do Nim.
Amostra de
óleo
Solubilizado em: Condicionamento
do cartucho
Eluição do
analito
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL H
2
O
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL H
2
O:MeOH
(9:1)
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL H
2
O:MeOH
(8:2)
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL H
2
O:MeOH
(7:3)
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL H
2
O:MeOH
(1:1)
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL MeOH
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL DCM
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL Isopropanol
15 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL H
2
O
3 mL MeOH
3 mL H
2
O
2 mL ACN
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O cartucho C18, deve ser primeiramente condicionado com uma fase
fraca e, em seguida, promover a remoção dos analitos de interesse com uma fase
polar deixando os interferentes mais apolares retido no cartucho. Assim, após o
condicionamento dos cartuchos C18 com uma fase orgânica polar, a amostra foi
aplicada ao cartucho e investigada o melhor solvente para a remoção total do analito
de interesse, de maneira, que menor quantidade possível de interferentes fosse co-
eluida junto com o analito. Foram testados diversos solventes e diversas misturas de
solvente a fim de encontrar a força ideal para remoção da azadirachtina. Nestes
testes não foi encontrada uma força ideal para a remoção completa da
azadirachtina. O uso de pequenas quantidades de MeOH, o era suficiente para a
remoção total da azadirachtina do cartucho. Com grandes quantidades de MeOH,
grandes quantidades de interferentes eram co-eluídos. Estes testes não
apresentaram melhoras significativas no preparo das amostras e na seletividade do
método sendo descartados, como, por exemplo a amostra demonstrada na Figura
3.26.
Figura 3.26 Eluição cromatográfica da amostra eluída com 2 mL da mistura de
MeOH:H
2
O 1:9 do cartucho C18. Fase móvel: H
2
O:MeOH:ACN:THF 60:30:6:4.
Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18
Phenomene ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e
detector de UV-Vis em 217 nm.
O cartucho CN, apresenta uma fase estacionária polar que deve ser
condicionado com um solvente fraco, contudo, uma inversão no conceito de força
do solvente em relação aos métodos de uso dos cartuchos C18. Para os cartuchos
C-18, solventes fracos, são os solventes polares e, para os cartuchos CN, são os
solventes apolares. Esta inversão ocorre porque uma inversão na polaridade dos
adsorventes. Após serem condicionado, os cartuchos de CN devem ser lavados com
um solvente fraco que não possua força suficiente para remover os analitos de
0 4 8 12 16 20
-4
0
4
8
12
16
20
mAbs
tempo/min
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interesse, os quais, devem permanecer retidos na fase estacionária sendo,
posteriormente removidos pela eluição de um solvente ideal. Os procedimentos
investigados para o cartucho CN encontra-se descrito na Tabela 3.25. Novamente, o
solvente de eluição do analito, após a extração, era seco e reconstituído em 500 µL
de MeOH para análise.
Tabela 3.25 Procedimentos de isolamento e limpeza usando cartuchos CN no
modo normal de eluição investigados para o óleo do Nim.
Amostra
de óleo
Solubilizado em: Condicionamento
do cartucho
Eluição do analito Fase
analisada
50 mg
100 µL Hex.
50 µL MeOH
4 mL Hexano 4 mL Hex:DCM (9:1)
2 mL DCM
Hex:DCM
(9:1)
50 mg
100 µL Hex.
50 µL MeOH
4 mL Hexano 4 mL Hex:DCM (8:2)
2 mL DCM
Hex:DCM
(8:2)
50 mg
100 µL Hex.
50 µL MeOH
4 mL Hexano 4 mL Hex:DCM (7:3)
2 mL DCM
Hex:DCM
(7:3)
15 mg
200 µL Hex.
(100 + 100)
4 mL Hexano 2 mL Hex:DCM (9:1)
2 mL DCM
Hex:DCM
(9:1)
15 mg
200 µL Hex.
(100 + 100)
4 mL Hexano 2 mL Hex:DCM (9:1)
2 mL DCM
Hex:DCM
(9:1)
15 mg
200 µL Hex.
(100 + 100)
4 mL Hexano 2 mL Hex:DCM (9:1)
2 mL DCM
DCM
20 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL Hexano 3 mL Hex:AcOEt (9:1)
2 mL MeOH
Hex:AcOEt
MeOH
20 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL Hexano 3 mL Hex:AcOEt (8:2)
2 mL MeOH
Hex:AcOEt
MeOH
20 mg
100 µL Hex.
100 µL Hex.
3 mL Hexano 3 mL Hex:AcOEt (7:3)
2 mL MeOH
Hex:AcOEt
MeOH
Estas amostras, foram analisadas por HPLC usando como fase móvel
misturas binárias e ternárias como: H
2
O:ACN (70:30), (60:40) e H
2
O:ACN:MeOH
(70:27:3), (60:35:5), (60:36:4), (55:30:5), (65:27:8) e (60:30:10). Nenhum dos testes
descritos na Tabela 3.25 analisados por HPLC foram satisfatórios. Nenhum deles
apresentaram melhoras na seletividade do método ou melhoras na eficiência de
extração dos analitos de interesse dos cartuchos.
Assim, num primeiro momento, passou a ser investigado qual deve ser
o solvente ideal para a remoção da azadirachtina do cartucho. Foram testados como
solventes de eluição 2 mL de DCM, 2 mL de ACN e 2 mL de MeOH (Tabela 3.25).
Após a eluição de cada um destes cartuchos até a secura, cada cartucho,
novamente foi eluído com mais 2 mL de MeOH. A Figura 3.27 apresenta as eluições
cromatográficas das amostras preparadas pela remoção da azadirachtina com os
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três solventes investigados e, a Figura 3.28 os cromatogramas das amostras
preparadas pela eluição dos 2 mL de MeOH usado na lavagem dos cartuchos após
a primeira extração. Todos os solventes de eluição e lavagem para serem
analisados por HPLC foram secos e reconstituídos em 500 µL de MeOH.
Tabela 3.26 Experimentos de escolha do solvente de remoção da azadirachtina
dos cartuchos CN investigados.
Amostra
de óleo
Solubilizado
em:
Condicionamento
do cartucho
Remoção
interferentes
Eluição Lavagem
do
cartucho
100 mg
200 µL Hex.
50 µL MeOH
3 mL Hexano 3 mL Hex. 2 mL DCM MeOH
100 mg
200 µL Hex.
50 µL MeOH
3 mL Hexano 3 mL Hex. 2 mL ACN MeOH
100 mg
200 µL Hex.
50 µL MeOH
3 mL Hexano 3 mL Hex. 2 mL MeOH MeOH
(a) (b) (c)
Figura 3.27 – Amostras preparadas pela SPE removidas do cartucho CN por: (a) 2,0
mL de DCM; (b) 2,0 mL de ACN e (c) 2,0 mL de MeOH. Fase móvel: H
2
O: ACN
65:35. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de
segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção
de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
(a) (b) (c)
Figura 3.28 Amostras preparadas com a fração metanólica usada na lavagem dos
cartuchos CN após a etapa de eluição do analito. Cartucho eluído inicialmente com:
(a) 2,0 mL de DCM; (b) 2,0 mL de ACN e (c) 2,0 mL de MeOH. Os parâmetros
cromatográficos são os mesmos descritos na Figura 3.27.
0 4 8 12 16 20
0
50
100
150
200
250
300
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20
0
50
100
150
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20
-10
0
10
20
30
40
50
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20
0
50
100
150
200
250
300
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20
0
50
100
150
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20
-10
0
10
20
30
40
50
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20 24
0
100
200
300
400
500
600
700
800
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20 24
0
100
200
300
400
500
600
700
800
mAbs
tempo/min
0 4 8 12 16 20 24
0
100
200
300
400
500
600
700
800
mAbs
tempo/min
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Observando cromatogramas das Figuras 3.28a e 3.28b, pode se
observar resíduos de azadirachtina extraídos após a lavagem do cartucho com 2,0
mL de MeOH adicionais. Estes resultados, demonstram ser o MeOH o melhor
solvente para a remoção da azadirachtina dos cartuchos CN na etapa de eluição.
Assim, definido o solvente de eluição, ainda é preciso buscar as melhores opções de
condicionamento destes cartuchos, aplicação da amostra e remoção dos
interferentes. Estes novos testes encontram-se descritos na Tabela 3.27.
Tabela 3.27 Procedimentos de isolamento e limpeza usando cartuchos CN no
modo normal de eluição investigados para o óleo do Nim usando MeOH na etapa de
remoção do analito de interesse.
Amostra
de óleo
Solubilizado
em:
Condicionamento
do cartucho
Remoção dos
interferentes
Fase de
eluição
50 mg
100 µL Hex.
50 µL Hex.
5 mL Hexano 4mL Hex 2 mL MeOH
50 mg
100 µL Hex.
50 µL Hex.
5 mL Hexano 4mL Hex 1 mL MeOH
25 mg
100 µL Hex.
50 µL Hex.
5 mL Hexano 4mL Hex 1 mL MeOH
15 mg
100 µL Hex.
50 µL Hex.
5 mL Hexano 4mL Hex 1 mL MeOH
10 mg
100 µL Hex.
50 µL Hex.
5 mL Hexano 4mL Hex 1 mL MeOH
5 mg
100 µL Hex.
50 µL Hex.
5 mL Hexano 4mL Hex 1 mL MeOH
15 mg
200 µL Hex.
100 µL Hex.
200 µL MeOH
5 mL Hexano 4mL Hex 1 mL MeOH
10 mg
200 µL Hex.
100 µL Hex.
200 µL MeOH
5 mL Hexano 4mL Hex 1 mL MeOH
O MeOH usado como fase de eluição na Tabela 3.27 foi seco e
reconstituído em 500 µL de MeOH para análise. Alguns dos experimentos descritos
na Tabela 3.27 principalmente os realizados com 15 e 10 mg de óleo demonstraram
uma excelente reprodutibilidade. Contudo, a seletividade do método ainda precisa
ser melhorada. Além dos procedimentos de pré-tratamento, esta busca de
seletividade, pode ser encontrada nos parâmetros de separação cromatográficos. A
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grande maioria dos ensaios acima descritos, foram realizados sob os seguintes
parâmetros: Fase móvel: H
2
O: ACN 65:35. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II)
(150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomene ( 4x3 mm, 5 µm).
Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
Todavia, algumas das análises foram realizadas modificando-se a fase móvel
usando além de H
2
O e ACN, MeOH e THF. Novamente, o houve sucesso nestas
análises.
Em virtude da dificuldade encontrada para se obter seletividades no
método isocrático através de uma boa resolução para a azadirachtina, foram
investigadas algumas eluições gradientes binárias. A fase móvel utilizada foi H
2
O e
ACN, variando-se a porcentagem de ACN. Dois gradientes realizados encontram-se
descritos na Tabela 3.28.
Tabela 3.28 Eluição gradiente binário para amostras preparados com o óleo do
Nim.
Tempo (min)
Variação na fase móvel
(aumento da % de ACN em água)
0 à 30 15 % À 45 % 25% à 50%
30 a 35 Estável em 45 % Estável em 50 %
35 à 45 45% à 100 % 50% à 100%
As eluições gradientes apresentaram uma pequena melhora na
seletividade do método, porém, com um elevado tempo de análise. A azadirachtina
foi eluída em um tempo superior a 30 minutos. Esta pequena melhora na
seletividade não justificou o uso do gradiente, sendo esta técnica descartada
principalmente pelas desvantagens do uso do gradiente em análises de rotina
(Figura 2.29).
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Figura 3.29 Eluição gradiente realizado para o óleo do Nim. Fase móvel: H
2
O:
ACN variando de 0 à 30 min a concentração de ACN de 15% a 45%,
permanecendo em 45% por 5 min, e aumentando de 45% à 100% em 10 min.
Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18
Phenomene ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e
detector de UV-Vis em 217 nm.
A cromatografia em fase reversa permite o uso de fases móveis
aquosas. A fase aquosa mais comumente utilizada é uma mistura de ACN:H
2
O,
sendo a ACN, quando necessário, substituída por MeOH ou THF. O uso apenas
destes três solventes deve-se a pequena quantia de solventes orgânicos miscíveis
em água disponíveis. A força do solvente em fase reversa depende de dois fatores,
a porcentagem e o solvente orgânico utilizado. Contudo, em todos os testes
realizados para o óleo, não foi obtido um fator de separação (α) satisfatório para a
azadirachtina. Assim, passou-se a analisar o óleo, fazendo uso do triângulo de
seletividade no modo reverso proposto por Snyder [187,188].
Nesta proposta, buscam-se os ajustes na seletividade da separação
mantendo o fator de retenção constante. Deste modo, o k deve ter sido previamente
estabelecido. Assim, as alterações em α são feitas levando-se em consideração as
interações do soluto com o solvente.
Para este fim, foi utilizado o monógrafo de fase reversa ilustrado na
Figura 3.30. A fase 35:65 ACN:H
2
O forneceu um bom fator de retenção (k=6,37)
para a azadirachtina. Pelo Nomógrafo, esta fase foi convertida modificando o
solvente orgânico, contudo, mantendo constante a força da fase. Assim, foram
obtidas as fases constituídas entre MeOH:H
2
O e entre THF:H
2
O. Desta maneira,
obteve-se três pontas de um triângulo de seletividade, sendo elas: ACN:H
2
O
35:65; MeOH:H
2
O 55:45 e THF:H
2
O 74:26 (Figura 3.31). É importante ressaltar
que a força do solvente em fase reserva aumenta com o decréscimo da polaridade
20 24 28 32 36 40
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
mAbs
tempo/min
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do solvente. Assim, para se manter a mesma força para a fase móvel e
conseqüentemente o mesmo k para a azadirachtina, precisa-se, em diferentes
solventes, alterar a porcentagem do solvente orgânico em água.
Figura 3.30 – Nomógrafo para alteração de solventes no modo reverso.
O uso de diferentes solventes orgânicos implica em diferentes
mecanismos de retenção para uma mesma amostra. Isto porque com a modificação
do solvente orgânico ou mesmo sua porcentagem, altera as constantes de
solubilidade e o coeficiente de solubilidade dos analitos presentes na amostra.
Figura 3.31 As três pontas do triangulo de seletividade de Snyder estabelecida
pelo Nomógrafo para um k = 6,37 para a azadirachtina.
As três fases móveis foram testadas para uma mesma amostra. A
amostra foi preparada por SPE seguindo os procedimentos descritos na quarta
amostra da Tabela 3.27. Os demais parâmetros cromatográficos foram mantidos
constantes sendo: coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna
de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de
injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm. Estes testes podem ser
observados na Figura 3.32.
ACN:H
2
O
THF:H
2
O
MeOH:H
2
O
(35:65)
(26:74)
(45:55)
ACN:H
2
O
THF:H
2
O
MeOH:H
2
O
(35:65)
(26:74)
(45:55)
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Figura 3.32 – Eluição cromatográfica da amostra do óleo do Nim nos três vértices do
triangulo de seletividade.
Nos cromatogramas ilustrados na Figura 3.32 observou-se a total
separação entre a azadirachtina A e B pela substituição da ACN por MeOH.
Todavia, a banda cromatográfica para estes isômeros, agora, passou a sofrer a
interferência de outros compostos não obtendo a seletividade necessária para a
quantificação. De modo geral, a seletividade pode ser obtida variando a composição
dos solventes de um ápice a outro do triângulo. Na Figura 3.33 mostra um esquema
sugerido por Kirkland para a otimização sistemática da separação através da mistura
em todas as proporções entre as três fases dos vértices do triangulo de seletividade
ilustrado na Figura 3.31 [187,188].
Deste modo, foi analisada a seletividade de separação para a
azadirachtina no óleo do Nim para cada ponto marcado entre os seguimentos AB,
AC e BC dos lados do triângulo na Figura 3.33. As fases móveis analisadas nestes
pontos eram obtidas, por exemplo, misturando-se 50 % de A com 50 % de B
obtendo, assim, o ponto m. Os novos pontos analisados formavam novos triângulos
entre si, obtendo-se novos seguimentos com novas fases móveis, direcionando a
procura por uma fase ideal de separação. Nestes pontos analisados, foram obtidos
solventes binários, ternários e quaternários. Sabendo que o THF é um solvente forte
e bastante prejudicial ao equipamento, a busca por uma seletividade ideal foi
direcionada mais próxima possível do seguimento AB, sendo nesta região, menor a
concentração de THF.
0 10 20 30 40 50
0
25
50
75
100
125
Área (mAbs)
Tempo (min.)
0 5 10 15 20 25 30
-50
-25
0
25
50
75
Área (mAbs)
tempo (min.)
MeOH:H
2
O – 45:55
ACN:H
2
O – 35:65
THF:H
2
O – 26:74
0 5 10 15 20
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
Área (mAbs)
tempo (min.)
0 10 20 30 40 50
0
25
50
75
100
125
Área (mAbs)
Tempo (min.)
0 5 10 15 20 25 30
-50
-25
0
25
50
75
Área (mAbs)
tempo (min.)
MeOH:H
2
O – 45:55
ACN:H
2
O – 35:65
THF:H
2
O – 26:74
0 5 10 15 20
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
Área (mAbs)
tempo (min.)
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Figura 3.33 Pontos analisados para a seleção da fase móvel ideal de separação
cromatográfica das amostras do óleo do Nim. As fases móveis avaliadas foram
obtidas a partir da mistura de A, B e C. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6
mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8
mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
Após as análises realizadas, foi encontrada no ponto r”, uma boa
resolução para a banda cromatográfica da azadirachtina, porém, com um tempo de
retenção muito elevado próximo à 38 minutos, onde, considerando o tempo de
limpeza e recondicionamento da coluna torna o método o muito funcional para
análises de rotina (Figura 3.34). Neste ponto, a fase móvel calculada é uma fase
quaternária composta por H
2
O:MeOH:ACN:THF na proporção de 60:30:6:4.
Encontrando uma fase móvel capaz de prover seletividade para a azadirachtina,
agora era preciso reduzir o tempo de análise. Na melhor fase móvel encontrada,
pode-se notar ser ela composta por 60% de fase aquosa e 40% de fase orgânica
(H
2
O:MeOH:ACN:THF - 60:30:6:4), sendo que nos 40 % da fase orgânica, era
composta por 75 % de MeOH, 15% de ACN e 10% de THF (Figura 3.34).
Mantendo a proporção dos solventes orgânicos entre si, foi aumenta a
força da fase orgânica, reduzindo a porcentagem de água com o objetivo de reduzir
o tempo das análises. Nestes procedimentos testou-se as seguintes composições:
Fase aquosa (%) Fase orgânica (%)
55 45
53 47
52 48
51 49
50 50
A
B C
r
m
A
B C
r
m
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Figura 3.34 Eluição cromatográfica da amostra do óleo do Nim. Preparada
seguindo os procedimentos descritos para a quarta amostra da Tabela 3.27. Fase
móvel H
2
O:MeOH:ACN:THF - 60:30:6:4, coluna C18 Phenomenex® Luna(II)
(150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomene ( 4x3 mm, 5 µm).
Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
A fase formada por 51 % de água e 49 % da fase orgânica, apresentou
uma excelente resolução para a azadirachtina A e B (Figura 3.35), com um tempo de
retenção de 11,2 e 14,3 min e um fator de retenção (k) de 5,08 e 6,74
respectivamente. O fator de separação (α) e a resolução (R
s
) calculados entre estes
dois analitos foram 1,66 e 6,0 respectivamente. Apresentando a separação
cromatográfica seletividade para a azadirachtina e um baixo tempo de análise, esta
fase foi então escolhida para a realização das análises. Esta fase móvel, preparada
por 51% de água e 49 % de fase orgânica, é composta por H
2
O:MeOH:ACN:THF
nas proporções de 51,00:36,75:7,35:4,90 respectivamente (Figura 3.35).
Figura 3.35 Eluição cromatográfica da amostra do óleo do Nim indiano. Preparada
seguindo os procedimentos descritos para a quarta amostra da Tabela 3.27. Fase
móvel H
2
O:MeOH:ACN:THF - 51,00:36,75:7,35:4,90, coluna C18 Phenomenex®
Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm); coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5
µm). Vazão 0,8 mL/min; alça de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
Sendo encontrada seletividade para a amostra ilustrada na Figura 3.35
preparada seguindo os procedimentos descritos para a quarta amostra da Tabela
0 8 16 24 32 40
-25
0
25
50
75
100
125
150
175
200
Área (mAbs)
tempo (min.)
0 4 8 12 16 20
0
20
40
60
mAbs
tempo/min
Azadirachtina AAzadirachtina A
Azadirachtina BAzadirachtina B
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3.26, estes parâmetros de isolamento, pré-tratamento e análise foram avaliados
quanto a sua repetibilidade. Foram preparadas duas séries de três amostras
(triplicata). Uma rie de análise foi preparada com 10 mg e óleo e a segunda série
com 15 mg. Ambos os resultados foram satisfatórios obtendo coeficientes de
variação (CV%) em cada série, inferiores a 10 %. Segundo as normas de validação
de métodos analíticos da ANVISA [191,199], em matrizes vegetais são aceitos
valores de até 15 %. Com estes resultados foram concluídos os procedimentos de
preparo das amostras e eluição cromatográfica. Os procedimentos de preparo das
amostras envolvem a extração e isolamento dos analitos de interesse da matriz
(óleo) e os procedimentos de limpeza. Estes procedimentos encontram-se
exemplificados na Figura 3.36 e no item 3.3.3.3.
Figura 3.36 Procedimentos modelo para o pré-tratamento de preparo das
amostras dos óleos do Nim.
Otimizados os procedimentos de extração, pré-tratamento e separação
iniciaram-se a construção das curvas de calibração e validação do método. Como
ocorreu no método desenvolvido para a quantificação das sementes, o método
mostrou-se seletivo tanto a azadirachtina A quanto ao isômero B. Assim, foram
construídas duas curvas de calibração, uma para cada isômero. Contudo, devido à
10 ou 15 mg
do óleo
agitador
Hexano
MeOH
200 µL
5 mL
(a)
(b) (c)
Em c repete o procedimento b
(d)
4 mL
Condicionamento Lavagem
Cartucho
Ciano
(100 mg,
1mL)
(e)
600 µL
(f)
Seca com ar
comprimido
Reconstituída
em 500 µL MeOH
Análise por
CLAE
1 mL
10 ou 15 mg
do óleo
agitador
HexanoHexano
MeOHMeOH
200 µL
5 mL
(a)
(b) (c)
Em c repete o procedimento b
(d)
4 mL
Condicionamento Lavagem
Cartucho
Ciano
(100 mg,
1mL)
(e)
600 µL
(f)
Seca com ar
comprimido
Reconstituída
em 500 µL MeOH
Análise por
CLAE
1 mL
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grande semelhança estrutural, por apresentarem comportamentos similares em
todas as etapas investigadas e, principalmente pela pequena quantidade de padrão
obtido, foi o método desenvolvido foi submetido a uma validão completa apenas
para a azadirachtina A.
Uma curva de calibração por padronização externa foi construída e
validada para a azadirachtina A e outra para a azadirachtina B com uma faixa linear
de trabalho entre 2,5 50 µg/mL para cada uma. Uma vez obtida as curvas
analíticas foram determinados matematicamente os coeficientes de regressão
através do método matemático conhecido por regressão linear. Esse método permite
obter uma relação linear simples entre a concentração da amostra e a resposta do
detector descrita pela equação y = ax + b (conhecida por equação de reta). Além
dos coeficientes de regressão a e b é possível calcular, a partir dos pontos
experimentais, o coeficiente de correlação r. Este parâmetro permite uma estimativa
da qualidade da curva obtida, pois quanto mais próximo de 1,0, menor a dispersão
do conjunto de pontos experimentais e menor a incerteza dos coeficientes de
regressão estimados. Para as curvas de calibração obtidas, foram determinada as
equações y = 5,11385.10
-5
x – 0,06881 e y=3,44062.10
-5
x + 0,210797 para o isômero
A e B respectivamente. Os coeficientes de correlação determinados foram r =
0,99985 e r=0,9982. Estas curvas encontram-se ilustradas na Figura 3.37.
Figura 3.37 (a) Curva de calibração externa para a azadirachtina A. (b) Curva de
calibração externa para a azadirachtina B. Fase móvel: H
2
O:MeOH:ACN:THF -
51,00:36,75:7,35:4,90. Coluna C18 Phenomenex® Luna(II) (150x4,6 mm, 5 µm);
coluna de segurança C18 Phenomenex® ( 4x3 mm, 5 µm). Vazão 0,8 mL/min; alça
de injeção de 20 µL e detector de UV-Vis em 217 nm.
Os dados de exatidão e precisão obtidos para cada ponto em triplicata
encontram-se ilustrado na Tabela 3.29. A solução padrão utilizada para o
0 10 20 30 40 50
0
200
400
600
800
1000
Área (mAbs)
Concentração da azadirachtina (ug/mL)
0 10 20 30 40 50
0
200
400
600
800
1000
1200
Área / (mAbs)
Concentração da azadirachtina B / (µg/mL)
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desenvolvimento do método foram preparadas através da dissolução da
azadirachtina A em MeOH em uma concentração de 1000 µg/mL e, a partir desta,
foram obtidas soluções estoque nas concentrações de 50,0; 100,0; 200,0; 300,0;
400,0; 500,0 e 600,0 µg/mL utilizadas no preparo de amostras para a curva analítica.
Similarmente, foi preparada uma solução padrão e soluções estoques nas mesmas
concentrações para a azadirachtina B. Cada concentração da curva analítica foi
preparada em triplicata a partir das soluções estoque sendo, a concentração final de
cada amostra dez vezes diluídas. Também foram obtidas soluções estoques para a
azadirachtina A nas concentrações de 30,0; 250,0 e 450,0 µg/mL utilizadas para a
obtenção de amostras de controle do método. Todas as soluções foram
armazenadas a 20 ºC e mantiveram sua estabilidade por todo o período de
aplicação onde não foi observada nenhuma degradação. As curvas analíticas foram
obtidas com amostras nas seguintes concentrações de azadirachtina A e B: 2,5; 5,0;
10,0; 20,0; 30,0; 40,0 e 50,0 µg/mL. Para a obtenção das amostras, as soluções
estoque (20 µL) foram evaporadas sob fluxo de ar comprimido e submetidas aos
mesmos procedimentos de pré-tratamento que as amostras das amêndoas sendo,
no final, reconstituídas com 200 µL de MeOH.
Tabela 3.29 Precisão (CV%) e exatidão (%) determinada para as curvas de
calibração dos padrões de azadirachtina A e B.
Azadirachtina A Azadirachtina BConcentração
(µg/mL)
CV (%) Exatidão (%) CV (%) Exatidão (%)
2,5 0,50 98,8 1,03 100,7
5,0 0,62 101,0 0,71 98,9
10,0 0,50 98,2 0,38 100,6
20,0 0,46 101,5 1,57 101,0
30,0 0,74 99,7 1,15 97,8
40,0 0,58 99,8 2,23 101,9
50,0 1,95 100,0 1,67 100,2
Após a construção das curvas de calibração, para a validação do
método foram avaliadas a precisão (intradia e interdia), a exatidão, a recuperação e
a seletividade referentes azadirachtina A. Tamm formam determinados os limites
de quantificação (LQ) e o limite de detecção (LD).
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Como controle de qualidade, a partir das soluções estoque de 30,0;
250,0 e 450,0 µg/mL foram escolhidas 3 concentrações de azadirachtina A: uma
baixa (3,0 µg/mL que corresponde a 120 % da primeira concentração da curva
analítica); uma concentração média (25,0 µg/mL que corresponde a 50 % da
concentração mais alta da curva analítica); e uma concentração alta (45,0 µg/mL
que corresponde a 90 % da maior concentração da curva analítica). Para a obtenção
das amostras, as respectivas soluções estoques (20 µL) foram evaporadas sob ar
comprimido e também submetidas aos mesmos procedimentos de pré-tratamento
que as amostras das amêndoas sendo, no final, reconstituídas com 200 µL de
MeOH.
A precisão intradia foi avaliada através de análises em quintuplicata
dos 3 controles de qualidade em um mesmo dia e a precisão interdia, através de
análises feitas em 3 dias não consecutivos. A exatidão foi calculada para todas as
análises não excedendo o valor de 2% (Tabela 3.30).
Tabela 3.30 Exatidão (%) e precisão (CV%) intradia e interdia para a análise da
azadirachtina A.
Precisão (CV%) Exatidão
(%)
(intradia) (interdia) (média)
Concentração
g/mL)
1º dia
(n=5)
2º dia
(n=5)
3º dia
(n=5)
(n=15) (n=15)
3,0 1,07 0,94 1,06 1,02 99,8
25,0 1,66 0,36 0,35 0,79 100,2
45,0 1,03 0,42 0,47 0,64 100,9
O limite de detecção (LD) representa a menor concentração da
substância que pode ser detectada, mas não necessariamente quantificada. Para a
determinação do LD foi usado o método da relação sinal-ruído, onde se comparou a
altura do sinal da amostra em baixas concentrações com a altura do sinal do ruído.
Assim, foi estabelecido como sendo a concentração mínima para a detecção da
azadirachtina neste método, um sinal três vezes maior que o sinal do ruído do
equipamento, sendo este valor de 100 ng/mL.
O limite de quantificação (LQ) representa a menor concentração que a
azadirachtina pode ser medida neste método proposto. Para o LQ foram preparadas
diversas amostras em concentrações diferentes, em triplicatas, podendo assim
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determinar tamm a precisão e exatidão. O LQ foi baseado nos parâmetros da
curva analítica, representando um compromisso entre a concentração, a precisão e
a exatidão. O LQ estabelecido foi de 1,5 µg/mL, com uma precisão (CV %) de 1,81
% e uma exatidão de 90 %.
Os dados da análise de amostras de azadirachtina A em
concentrações desconhecidas ao analista, Teste Cego, encontram-se apresentados
na Tabela 3.31.
Tabela 3.31 Precisão (CV%) e exatidão (%) do Teste Cego do protocolo de validação do método de análise da azadirachtina.
Concentração (µg/mL) CV% Exatidão (%)
4,0 0,29 102,1
27,5 0,28 101,6
A o existência de matrizes isentas de azadirachtina, a seletividade e
recuperação do método foram verificadas pela técnica de adição de padrão. A
seletividade do método de separação também foi avaliada através da análise de
diversas amostras utilizando detector de UV-Vis e arranjo de diodos que,
demonstrou não existência de compostos interferentes em 217 nm, viabilizando o
método.
Numa curva de adição de padrão, quantidades conhecidas do analito
de interesse são adicionadas a uma amostra desconhecida antes de seu preparo.
Estas amostras com o padrão incorporado são utilizadas para a obtenção dos
cromatogramas. A recuperação pode ser determinada relacionando os resultados
obtidos para a amostra sem a adição de padrão com cada uma das amostras com o
padrão adicionado. A seletividade, por sua vez, pode ser determinada comparando a
curva de calibração externa com a curva de adição de padrão. Caso sejam
paralelas, pode-se dizer que não há interferência da matriz na determinação da
substância de interesse.
Assim, foi construída uma curva analítica de adição de padrão
relacionando as concentrações adicionadas do padrão com a respectivas respostas
do detector. Foi utilizada uma amostra de óleo de sementes de Barra da Bahia-BA.
A partir de uma solução padrão de 1.000 µg/mL de azadirachtina A foram
preparados soluções estoques de 30,0; 60,0; 90,0; 120;0 e 150,0 µg/mL. Em uma
série de 15 amostras de 15 mg de óleo, adicionou-se para cada três amostras 50 µL
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de cada solução estoque obtendo, assim, uma curva de adição de padrão com 5
pontos em triplicata. Estes óleos com os padrões foram secos e, em seguida,
submetidas aos procedimentos de extração e quantificação representados na Figura
3.36. As amostras foram analisadas por HPLC e construída uma Curva de Adição de
Padrão. Esta curva encontra-se ilustrada na Figura 3.38 e a exatidão entre os pontos
analisados em triplicada, descritos na Tabela 3.32.
Figura 3.38 – Curva de adição de padrão usando como matriz, óleo do Nim de Barra
da Bahia-BA. Os parâmetros cromatográficos o os mesmos descritos na Figura
3.37.
Tabela 3.32 – Precisão (%) entre os pontos da Curva de Adição de Pado.
Concentração do Padrão
adicionado (50 µL) à
10 mg de semente
Precisão (CV %) entre as
amostras referentes a cada
concentração
3 µg/mL
1,14
6 µg/mL
2,77
9 µg/mL
0,56
12 µg/mL
1,23
15 µg/mL
2,26
Para esta curva analítica, foi determinada um coeficiente de correlação
r = 0,9968. A mesma amostra analisada pela curva de calibração externa apresentou
um teor de azadirachtina A igual a 475,5 mg/kg. Quantificada pela técnica de adição
de padrão, esta mesma amostra apresentou um teor de 467,1 mg/kg. Comparando
ambos os resultados, observou-se uma concordância superior a 98 %, ou seja, uma
recuperação de 98% nos resultados, demonstrando ser o método confiável, sem
perdas de analito durante os procedimentos de manipulação e sem a interferência
da matriz nas análises, confirmado a seletividade do método. Os resultados
encontrados foram satisfatórios demonstrando ser o método desenvolvido eficaz na
quantificação da Azadirachtina.
2 4 6 8 10 12 14 16
300
350
400
450
500
550
Área / (mAbs)
Concentração / (ug/mL)
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3.4.2.2 Quantificação de Óleos Comerciais de Azadirachta indica.
Algumas amostras de óleos nacionais e importados foram concedidas
por fornecedores nacionais que os comercializam no agronegócio. Os
fornecedores foram:
Dalquim Ind. Química Ltda
Forn. 01
Bioneem Tec. Consult. Ind. E Com. Ltda. Forn. 02
Base Fértil Comercial Agrícola Forn. 03
Baraúna Com. Ind. Ltda. Forn. 04
As amostras de óleos foram submetidas aos procedimentos de limpeza
estabelecidos para esse método, eliminando possíveis interferentes aumentando
sua seletividade. Como as amostras não foram analisadas em datas próximas, foi
preciso construir mais de uma curva de calibração. As curvas de calibração foram
preparadas semelhantemente à curva construída e validada para o método. Todas
as amostras foram analisadas em triplicata avaliando a dispersão dos resultados,
expressando a precisão do método. Esta precisão foi demonstrada calculando o
desvio padrão e desvio padrão relativo entre os ensaios independentes da mesma
amostra. O desvio padrão relativo ou coeficiente de variação é demonstrado nas
tabelas abaixo pelo símbolo CV (%)(Tabela 3.33).
As amostras dos óleos e as concentrações das curvas de calibração
foram analisados usando uma coluna analítica C
18
Phenomenex®-Luna(II)
(150x4,6mm, 5 µm) com uma pré-coluna de segurança Phenomene (4x3mm, 5
µm) acoplada, fase móvel quaternária composta de H
2
O:MeOH:ACN:THF
(51,00:36,75:7,35:4,90, v/v), vazão de 0,8 mL/min e volume de injeção de 20 µL. O
equipamento usado foi cromatógrafo à líquido modular equipado com uma
controladora SCL-10Avp, auto-injetor SIL-10AF, bomba LC-10ATvp, válvula seletora
de canais de solvente FCV-10Alvp e um detector UV-Vis SPD-10Avp. O detector foi
operado selecionando o comprimento de onda de 217 nm. Os cromatogramas foram
registrados através do software CLASS-VP. Os teores de azadirachtina A
encontrados nos óleos encontram-se ilustrados na Tabela 3.33.
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Tabela 3.33 Teores de azadirachtina A encontrados para diversas amostras de
óleos comerciais do Nim.
Amostra
Fornecedor
Procedência
Teor de Azad. A
(mg/Kg óleo)
CV (%)
(n=3)
Lote 01 Forn. 01 Importado 874,4 1,21
Lote 02 Forn. 01 Importado 1.063,81 5,13
Óleo prensado –
sementes de Barra
da Bahia–BA
Forn. 01 Nacional 475,5 1,65
Óleo preparado em
12/2004 –
sementes de Itinga-
MG
Forn. 02 Nacional 228,5 3,30
Óleo preparado em
02/2005 –
sementes de Itinga-
MG
Forn. 02 Nacional 167,0 2,46
Óleo do Nim com a
adição de Extrato
alcoólico das
Folhas
Forn. 02 Nacional
Teor abaixo do
limite de
quantificação
- o -
Lote 01/05 Forn. 03 Importado 1.011,7 1,14
Lote 02/05 Forn. 03 Importado 874,4 1,79
Lote 03/05 Forn. 03 Importado 912,4 2,44
Dentre uma grande quantidade de limonóides isolados no Nim, se
destacam-se os limonóides do grupo azadirachtinas por suas inúmeras atividades
biológicas descritas na literatura. Neste grupo, os isômeros A e B são
considerados os principais metabólitos ativos e os presentes em maiores
quantidades. Essas características estimulam o interesse comercial no teor do
isômero B nas amostras. Uma vez que os métodos desenvolvidos apresentaram
seletividade para os dois isômeros, A e B, e tendo-se os padrões, era possível a
quantificação de ambos.
Desta maneira, em algumas amostras também foram analisados os
teores da azadirachtina B apresentados na Tabela 3.34.
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Tabela 3.34 Teores de azadirachtina A e B em amostras do óleos comerciais do
Nim.
Fornecedor
Procedência
Azad. A
(mg/Kg óleo)
CV (%)
(n=3)
Azad. B
(mg/Kg óleo)
CV (%)
(n=3)
003 Importado 912,4 2,44 845,1 2,69
003 Importado 982,0 3,47 683,7 4,12
003 Nacional 136,4 7,82 114,4 6,59
004 Nacional 461,9 10,73 313,4 5,01
A análise dos óleos vem auxiliar as empresas nas decisões de
aquisição entre um produto importado ou nacional, ou mesmo verificando se as
diferenças de preços encontradas no mercado justificam a qualidade do produto
oferecido. Atualmente, algumas empresas preferem importar o óleo do Nim da Índia
devido à certificação destes e à qualidade apresentada pelos fornecedores. Com o
método, agora é possível a indústria nacional buscar melhorias em seus produtos
atingindo os índices encontrados nos produtos importados além de fornecer um
controle de qualidade.
Nestas amostras analisadas ficou evidente a superioridade do
produto importado em relação aos teores de azadirachtina A e Bnos produtos
nacionais. Na quantificação das sementes nacionais não se observara diferenças
significativas entre os teores quantificados entre as sementes nacionais e aos teores
divulgados na literatura referentes às estrangeiras, o que, levar a acreditar, que a
diferença no teor entre os óleos nacionais e os importados foi decorrente do
processamento das sementes. Assim, se faz necessário um maior investimento pela
indústria nacional na busca e desenvolvimento de produtos com maiores valores
agregados.
Além da diferença dos teores de azadirachtina entre os óleos
nacionais e importados, foi possível observar diferenças em seus cromatogramas,
sendo que as amostras importadas demonstraram muitos menos metabólitos
interferentes, apresentando cromatogramas com menor mero de bandas
cromatográficas decorrente da eluição de analitos. Esta diferença pode ser
observada na Figura 3.39.
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(A) (B)
Figura 3.39 Cromatograma referente a análise do óleo do Nim: A) óleo nacional;
B) óleo importado. As análises foram realizadas usando uma coluna analítica C
18
Phenomenex®-Luna(II) (150x4,6mm, 5 µm) com a uma pré-coluna de segurança
Phenomene (4x3mm, 5 µm) acoplada, uma fase móvel quaternária composta de
H
2
O:MeOH:ACN:THF (51,00:36,75:7,35:4,90, v/v), numa vazão de 0,8 mL/min. e um
volume de injeção de 20 µL.
Novamente, esta diferença nos cromatogramas, indica que os óleos
importados estão sujeitos a diferentes processos de manipulação que os óleos
nacionais.
0 10 20
-25
0
25
50
75
100
125
150
Área (mAbs)
tempo (min)
0 3 6 9 12 15
0
20
40
60
80
mAbs
tempo/min
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Conclusões
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4. Conclusões
Os resultados obtidos neste trabalho demonstram que foram atingidos
os objetivos inicialmente propostos. O estudo fitoquímico do enxerto de Azadirachta
indica sobre Melia azedarach proporcionou o isolamento e identificação estrutural de
11 substâncias sendo, 9 limonóides e 2 flavonóides. Os limonóides isolados foram:
nimbolídeo, 28-desoxonimbolídeo, salannina, 6-O-acetilnimbandiol, 6-
desacetilnimbineno, nimbolina A, 6-desacetilnimbina e as azadirachtinas A e B. Os
flavonóides isolados foram a quercetina e a quercitrina. Além destes compostos foi
isolado do franco o nimbandiol. Todos os compostos isolados foram descritos
anteriormente na literatura para essas espécies, portanto, nenhum metabólito
secundário novo foi encontrado. Estes resultados (exceto o nimbandiol) apresentam
os primeiros indícios de que a técnica de enxertia não tem afetado as
características metabólicas de ambas as espécies envolvidas.
Reforçam as conclusões, os trabalhos de quantificação das sementes
de plantas enxertadas comparadas com os resultados de sementes de pé francos,
ou seja, de plantas não enxertadas. Não houve diferenças significativas na
quantificação do principal metabólito da A. indica, a azadirachtina A entre plantas
enxertadas e não enxertadas de mesma idade, cultivadas na mesma região. Assim,
pode-se concluir que a enxertia pouco afetou a característica quantitativa, pelo
menos, deste metabólito. Este resultado colabora para o incentivo do cultivo do
enxerto, pois, mantendo na planta os teores de azadirachtina A, o prejuízos na
qualidade comercial de eventuais óleos preparados pela prensa destas sementes.
Um dos objetivos da enxertia era o desenvolvimento de plantas menos
susceptíveis aos climas de regiões mais frias, aonde o desenvolvimento da planta e
principalmente a frutificação podem ser prejudicados. Quantificando a azadirachtina
B em plantas enxertadas e o enxertadas de mesma idade e cultivadas na mesma
região, observaram-se os menores teores para este isômero nas plantas enxertadas.
Sabe-se que condições climáticas mais frias favorecem a biossíntese da
azadirachtina B [182], assim, esses resultados demonstram que as espécies
enxertadas têm sido menos susceptíveis as baixas temperaturas do que, as plantas
não enxertadas. A caracterização da azadirachtina A no enxerto mostrou a presença
deste metabólito em diversos órgãos, contudo, sua presença o foi observada nas
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folhas. A quantificação da azadirachtina A em sementes armazenadas, tanto a
temperatura ambiente quanto a 12 ºC, demonstrou que ela vai se degradando com o
aumento do tempo de estocagem, perdendo seu valor comercial. Todavia, o teor do
isômero B não mostrou alterações em todo o período avaliado.
Os teores das azadirachtinas A e B, quantificados nas sementes
nacionais, se enquadram entre os valores descritos em trabalhos internacionais
semelhantes. Houve diferenças entre sementes cultivadas em regiões diferentes.
Temperatura, precipitação pluviométrica, insolação, solo, etc, são fatores que afetam
diretamente o cultivo e, conseqüentemente, o metabolismo e os teores dos
princípios ativos. Assim, para prever a qualidade de um cultivo, todos estes fatores
devem ser considerados. Os piores resultados quantificados foram em um cultivar do
Estado de Pernambuco e os melhores do Estado do Paraná.
Os teores de azadirachtina A quantificados nos óleos nacionais,
representaram aproximadamente 10 % do total disponível nas sementes. Este
resultado demonstra a clara necessidade de melhorias industriais nas técnicas de
extração. Na quantificação de óleos importados, foram encontrados teores variando
de 2 a 8 vezes maiores que aos teores encontrados nos óleos preparados de
sementes nacionais. Estes dados reforçam a tese da necessidade na melhora da
extração para a obtenção de produtos comerciais com a mesma qualidade dos
produtos importados. Sendo que, as sementes nacionais apresentam os mesmos
teores que as sementes cultivadas em outros países, os baixos teores de
azadirachtina A nos óleos nacionais, se deve sim, o a problemas de cultivo, mas,
a problemas industriais.
Todos os métodos desenvolvidos mostraram linearidade, precisão, exatidão,
seletividade e sensibilidade adequada para serem utilizados em estudos de cultivo
ou em aplicações comerciais para análises de rotina. Os métodos desenvolvidos e
validados podem ser eficientemente usados para a quantificação da azadirachtina A
e B no óleo e na semente do Nim dentro das características peculiares a cada um.
Cada método apresenta suas vantagens e desvantagens devendo o mesmo ser
escolhido de acordo com a precisão de resposta exigida. Entre os métodos também
uma grande diferença operacional, exigindo mais ou menos equipamentos,
tempo de análise e custo, devido a um maior ou menor número de etapas envolvidas
na manipulação.
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Apêndices
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Apêndice A - Espécies de pragas de interesse agrícola que mostraram
sensibilidade aos extratos de Azadirachta indica [2].
Espécie Nome comum Estágio Hospedeiro Teste Produto Efeito
Ortópteros
Periplaneta americana
Barata A, N Ração Lab. PC(Ma) Rep, M, DCr
Locusta migratória
Gafanhoto A, N Capim Lab. Aza RFec, M,
DCr
Schistocerca gregaria
Gafanhoto A, N Repolho, trigo Lab. EA Rep, DCr, M
Tisanópteros (tripes)
Caliothrips sp.
Tripes N Amendoim Campo EA Rpop
Franklinilla schultzei
Tripes A, N Amendoim Lab. O Rpop, RTrVir
Thrips tabaci
Tripes N Repolho Campo PC(Ma) RAlim, RPop
Hemípteros (percevejos)
Dysdercus sp.
Percevejo-do-
algodão
A, N Algodão Lab. EA, Aza DCr, RFec,
M
Euschistus bifibulus
Percevejo-do-
tomate
N Tomate Campo O, EA DCr
Nezara viridula
Percevejo-verde N Tomate Lab./Campo O, EA DCr
Triatoma infestans
Barbeiro N Sangue Lab. Aza DCr
Homópteros (pulgões, cochonilhas, cigarrinhas)
Acyrtosiphon gossypii
Pulgão A, N Caupi Campo O, EA RPop
Acyrtosiphon pisum
Pulgão-da-ervilha A, N Feijão vagem Lab. EE DCr, RFec,
M
Aphis craccivora
Pulgão A, N Caupi Lab. O M
Aphis fabae
Pulgão N Feijão vagem Lab. EE M
Aphis gosssypii
Pulgão-do-algodão A, N Abóbora Campo EA M
Brevicoryne brassicae
Pulgão-da-couve A, N Couve, repolho Campo O, EA
Rep
RFec, RPop
Macrosiphum
euphorbiae
Pulgão A, N Alface Lab. Aza RFec, M
Metopolophium
dirhodum
Pulgão N Milho Lab. Aza M
Myzus persicae
Pulgão A Repolho Campo O, EA RPop
Ropalosiphum maidis
Pulgão A Sorgo Campo O M
Ropalosiphum padi
Pulgão A Aveia Lab. Aza Rep
Sitobium avenae
Pulgão A Aveia Campo Aza RAlim
Empoasca kerri
Cigarrinha-verde N Mamona Campo EA RPop
Bemisia tabaci
Mosca-branca A, N Abobrinha Campo O, EA Rep, RPop
Trialeurodes vaporiorum
Mosca-branca Bico-de-
papagaio
L, Cveg Pcom M
Aleurothrixus floccosus
Cochonilha A Citrus Lab. EH RPop, RFec
Diaphorina citri
Cochonilha A Citrus Lab./ Campo O Rep
Saissetia oleae
Cochonilha A Maçã Campo Aza (solo) RPop
Toxoptera citricidus Cochonilha A, N Citrus Campo EA RPop
Colépteros (besouros)
Diabrotica balteata
Vaquinha A Caupi Lab./Campo EA RFec, RtrVir,
M
Diabrotica v. virgifera
Vaquinha A - Lab. Aza M
Epilachna varivestris
L Feijão Lab. EEFo DCr, RFec
A Feijão Lab. Aza RFec, M
Hypothenemus hampei
Broca-do-café A Café Lab./ Campo O, O+EAE M
Coleópteros de grãos armazenados (gorgulhos e carunchos)
Acanthoscelides
obtectus
Caruncho do feijão A Feijão Lab. O, Aza Rep, RFec,
RPop, DCr
Callosobruchus
maculatus
Caruncho do caupi O., L, A Caupi Lab. O M, RFec
Oryzophagus oryzae
Gorgulho do arroz A Arroz Lab. O RFec
Rhyzopertha dominica
L,P Papel de filtro Lab. O, RAlim, RPop
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PC(Ma)
L,P Milho Lab. PF, PS M
Sitophilus oryzae
Gorgulho L,P Trigo Lab. O, EAF,
E, A
M
Sitophilus zeamais
Gorgulho L,P Milho Lab. PS, PF,
PT
Tenebrio molitor
P - Lab. Aza DCr
Tribolium castaneum
A Milho Lab. PF, PT M
Tribolium confusum
A Milho Lab. O, PS Rep, M
Zabrotes subfasciatus
Caruncho do feijão A Feijão Lab. F, PF RFec
Lepidópteros (lagartas, borboletas e mariposas)
Agrotis ipsilon
Lagarta-rosca L Batata Campo EA, EAF RFec
Anticarsia gemmatalis
Lagarta-da-soja L Amendoim Campo EA RFec
Cydia pomonella
L Deita artificial Lab. Aza M
Diaphania nitidalis
Lagarta-das-
crucíferas
L Pepino Campo EA, O RFec, RPop
Diaphania saccharalis
Broca-da-cana L Dieta artificial Lab. PS, O RFec, M
Etiella sp.
L Caupi Campo EA RFec, RPop
Galleria mellonella
Traça-do-mel L Dieta artificial Lab. Aza DCr, M
Helicoverpa zea
Lagarta-do-milho L Milho Campo EA RFec, RPop
Heliothis virescens
Lagarta-do-
algodão
L Dieta artificial Lab. Aza DCr
Manduca sexta
L Tomate Campo EA, O RPop
Maruca testulalis
Lagarta de vagem L Caupi Campo EA RPop
Mocis latipes
Lagarta-dos-
capinzais
L Milho Lab./ Campo EA RPop, RFec,
M
Pectinophora
gossypiella
Lagarta-rosada L Dieta artificial Lab. Aza DCr
Pieris brassicae
Lagarta-da-couve L Repolho Lab. Aza RPop
Plusia sp.
Lagarta-mede-
palmo
L Soja Campo EA, O RPop
Plutella xylostella
Traça-da-couve L Repolho Campo EA, EAC DCr, RFec,
RPop
Pseudoplusia includens
L Tomate Campo EA, O RPop
Spodoptera frugiperda
Lagarta-do-
cartucho
L Dieta artificial Lab. Aza DCr, RFec,
M
Spodoptera littoralis
L Dieta artificial Lab. Aza DCr, Ra1,
RFec, M
Tineola bisselliella
Traça de tecido L Dieta artificial Lab. Aza RFec
Utheteisa pulchella
L Girassol Lab. EA DCr, M
Lepidópteros de grãos armazenadaos (traças)
Corcyra cephalonica
L Farinha de trigo Campo PS DCr, M
Ephestia kuechniella
L Farinha de trigo Lab. EE DCr, M
Sitotroga cerealella
O, L, A Grãos Lab. O, T RFec, RPop
Dípteros (moscas e mosquitos)
Ceratitis capitata
A Dieta artificial Lab. EE DCr, RFec
Liriomyza sativae
O, L Tomate Lab. EE M
Ophiomya phaseoli
L Feijão Campo TA+O RPop
Dípteros de importância ou veterinária
Aedes aegyptii
L, P Ração Lab. EA, Aza,
O
DCr, M
Anopheles subpictus
L, P Placton (arroz) Campo TP RPop
Culex pipiens
L Placton Campo EAC Rov, M
Culex quinquefasciatus
L, P Biscoito cão Lab. DCr, RFec,
M
Hematobia irritans
L Esterco Lab. DCr, RPop
H. irritans exigua
L Esterco - Aza RPop
Tabanus sp e outras
A Sangue - O Rep
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Piolho
Pediculus capitis
A, N Humanos PC RPop
Estágio: A = adulto; L = larva; N = ninfa; O = ovo. Produto: Aza = azadiractina; O = óleo; F = folha; PF
= folha em pó; PS = semente em pó; PT = fruto em pó; T = torta; TP = torta em pó; EA = extrato
aquoso de fruto ou de semente; EAF = extrato aquoso de folha; TA = extrato aquoso de torta; EE =
extrato etanólico; EAC = extrato enriquecido do fruto ou de semente; PC(Ma) = produto comercial
Margosan. Efeito: DCr = distúrbio de crescimento; M = mortalidade; ARS = altera razão sexual; RAlim
= reduz alimentação; RFec = reduz fecundidade; Rep = repele; RPop = reduz população; RTrVir =
reduz transmissão de vírus.
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Apêndice B – Abreviações de grupos orgânicos funcionais.
H
3
C
H
3
C
O
H
3
C
O
CH
3
O
H
3
C
O
O
O
HO
H
3
CO
O
O
O
O
Sen
Tig
Ac
Bz
Cin
Fer
i-Bu
Metacrilila
i-Val
sec-metilbutirato
i-Ps
H
3
C
H
3
C
O
H
3
C
O
CH
3
O
H
3
C
O
O
O
HO
H
3
CO
O
O
O
O
Sen
Tig
Ac
Bz
Cin
Fer
i-Bu
Metacrilila
i-Val
sec-metilbutirato
i-Ps
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Apêndice C Lista de RMN
13
C dos metabólitos secundários isolados e
identificados do gênero Azadirachta.
Grupo Protolimonóides:
C13 13 17 C13 13 17
1 34.1 38.4 16 18.3 82.5
2 34.9 34.9 17 52.4 58.15
3 216.0 215.1 18 12.4 12.5
4 37.5 47.9 19 14.0 21.4
5 49.3 52.7 20 48.5 45.5
6 24.3 26.0 21 12.8 180.3
7 117.8 118.75 22 83.7 29.85
8 146.6 143.6 23 72.9 26.1
9 46.5 48.0 24 77.4 123.5
10 35.0 35.1 25 80.8 132.7
11 27.7 24.3 26 27.6 17.75
12 33.8 29.25 27 28.4 25.75
13 43.5 39.7 28 21.8 24.3
14 51.2 55.3 29 24.5 21.5
15 38.5 35.8 30 21.3 32.15
Solvente CDCl
3
CDCl
3
MHz 75.0
Grupo Apo-protolimonóides:
C13 18 20 22 27 28 31 36
1 75.3 157.9 203.1 158.1 75.1 158.09 157.0
2 29.3 125.8 126.0 125.5 29.1 125.57 124.0
3 76.2 203.5 147.6 204.6 76.0 204.00 205.0
4 38.0 44.0 40.0 44.1 37.9 44.19 40.0
5 37.6 52.4 49.2 46.2 37.4 46.23 50.3
6 24.1 76.7 68.0 23.8 24.1 23.82 67.3
7 77.5 75.6 79.0 74.6 77.2 74.53 79.0
8 43.5 44.7 45.4 42.8 43.3 42.75 46.0
9 36.9 47.7 42.1 38.5 36.7 37.48 37.3
10 41.6 41.0 47.9 39.8 41.4 39.91 34.5
11 17.4 17.8 33.4 16.7 17.2 16.48 16.0
12 36.1 31.6 208.1 33.9 36.2 33.56 32.0
13 47.8 46.5 59.5 45.8 47.7 46.78 46.0
14 161.2 157.7 192.2 158.7 161.0 158.81 158.0
15 120.5 118.2 126.0 119.2 120.1 119.09 119.0
16 35.7 38.5a 206.0 34.5 34.2 35.34 33.8
17 57.3 55.6 57.8 57.6 58.5 58.98 51.0
18 20.8 12.8 25.0 21.3 20.5 58.28 21.8
19 16.6 21.6 18.9 20.0 16.6 21.16 21.8
20 40.6 145.6 142.9 29.8 30.9 38.39 123.0
21 65.2 24.5 65.4 66.2 72.23 142.0
22 71.1 129.6 131.3 34.9 34.8 35.34 29.5
23 38.0 34.9a 197.1 67.5 69.0 97.81 67.0
24 78.7 24.41 23.0 95.9 96.4
25 74.7 173.5 76.3 77.3
26 26.4 23.1 25.3
27 24.1 24.4 23.5
28 28.6 26.4 24.9 21.3 28.6 21.34 27.0
29 22.6 24.5 21.0 27.1 22.6 22.09 24.0
30 27.5 26.4 26.0 27.4 27.6 27.39 20.0
OAc C1 172.3 172.9 169.2 170.0 172.4' 170.13 172.0
172.4 21.6 20.1 172.2'
OAc C2 21.6 21.2 21.3'' 20.14 21.0
21.7''
12-OCH3 21.3
6-OCH3 53.1
MHz 100 75 125 100 100 100/125 125
Solvente CD
3
OD CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CD
3
OD CDCl
3
CDCl
3
C13 39 44 46 48 49 50 51 52
1 71.2 71.2 156.8 157.1 158.1 158.1 157.1 158.1
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2 27.5 27.6 126.0 126.0 125.5 125.2 126.3 125.1
3 71.8 71.8 204.1 200.0 204.0 203.8 205.6 203.8
4 42.3 42.3 46.0 34.0 45.3 45.3 43.4 45.3
5 39.8 39.8 44.8 50.6 46.2 46.6 36.8 46.6
6 74.1 74.0 24.8 68.3 23.8 23.9 68.3 23.9
7 73.0 72.8 72.0 79.0 71.6 72.0 79.1 72.0
8 45.7 45.5 44.6 46.5 42.7 42.8 47.5 42.8
9 33.4 33.2 35.0 33.7 38.6 38.6 33.9 38.6
10 39.7 39.3 38.5 37.7 40.0 41.1 40.6 41.1
11 15.6 15.2 15.6 16.3 16.3 16.3 32.6 16.3
12 34.4 34.0 29.7 32.7 33.9 34.0 16.4 34.0
13 46.7 46.7 47.5 47.4 48.9 46.9 45.5 46.9
14 160.5 160.0 161.5 158.6 156.9 157.6 158.6 157.6
15 120.6 120.0 120.1 118.0 119.9 119.6 119.0 119.9
16 34.8 34.7 34.0 33.9 34.6/34.7 34.9 34.0 34.9/35.0
17 54.4 58.1 52.6 50.1 51.9/52.0 54.4 50.0 54.4/53.1
18 19.9 20.1 20.0 20.7 19.9 20.0 21.0 20.0
19 15.4 15.4 19.1 20.9 19.0 19.0 21.0 19.0
20 39.3 37.5 158.2 137.0 130.8/128.8 158.7 138.3 158.7/161.6
21 64.2 72.4 104.6 171.1 169.5/169.1 169.7 172.0 97.4/97.6
22 33.4 33.8 119.6 142.0 145.6/145.8 119.2 144.3 119.2/119.1
23 60.8 176.0 109.2 102.2 97.4/96.0 97.4 102.5 169.7/169.4
28 77.8 77.9 27.0 21.2 21.2 21.3 27.3 27.0
29 19.6 19.6 21.2 19.3 27.1 27.1 31.9 21.3
30 26.3 26.3 26.3 27.3 29.7 29.7 20.3 26.6
OAc C1 170.5 171.0 189.4 171.9 170.0 170.0 169.4
21.0 189.2 21.2 21.1 20.9
OAc C2 21.0 22.4 21.5
21.2
12-OCH3 55.9
23-OCH3 57.0 57.5
Grupos Sen Sen Sen
1'-165.7 1'-166.0 1' 171.0
2'-116.0 2'-116.0 2' 113.0
3'-157.5 3'-157.4 3' 158.8
4'-27.5 4'-27.4 4' 21.1
5'-20.5 5'-20.4 5' 27.1
MHz 75 75 75 125 100 100 125 100
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
C13 54 57 62 64 C13 54 57 62 64
1 205.0 156.7 156.2 157.0 17 57.0 59.5 57.0 54.8
2 126.5 126.0 125.9 126.1 18 20.3 26.2 28.5 21.1a
3 148.5 203.6 204.5 203.5 19 21.9 19.0 18.3 18.0
4 40.0 44.1 44.5 44.4 20 142.5 128.7 140.0
5 49.5 46.3 46.2 45.4 21 97.5 174.6 22.4
6 69.5 23.5 65.0 23.6 22 126.0 150.1 125.0
7 79.6 74.1 78.5 73.6 23 96.0 71.1 190.8
8 44.7 44.9 43.2 42.0 28 26.3 27.0 27.0 22.7
9 47.3 38.1 37.9 38.0 29 22.8 21.3 21.5 27.0b
10 48.5 40.0 39.5 40.1 30 31.6 26.6 25.9 27.3b
11 73.5 15.9 16.5 17.4 OAc C1 172.0 169.4 169.5 170.0
12 71.0 30.6 33.0 29.7 OAc C2 115.0 20.9 21.6 21.6a
13 51.0 47.9 45.2 45.5 158.0
14 189.0 193.2 193.5 158.8 21.5
15 125.3 123.5 123.0 118.6 11-OCH3 25.2
16 207.0 203.8 208.0 34.0 12-OCH3 52.4
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
MHz 75.0 75 125 75
Grupo Azadirona:
C13 66 68 69 73 78 79 81 86
1 158.2 157.3 157.40 38.1 70.2 157.5 62.9 157.60
2 125.5 126.1 126.14 32.6 36.6 125.7 56.5 126.26
3 204.6 205.9 205.96 217.7 74.1 204.7 211.3 205.84
4 44.2 40.5 40.51 46.3 39.8 44.1 44.1 40.28
5 46.2 49.8 49.88 47.7 29.1 44.4 39.9 50.41
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8 42.9 45.4 45.43 44.5 43.2 46.8 47.0 42.92
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11 16.6 16.3 16.39 16.0 208.8 15.6 16.2 16.47
12 33.1 33.6 32.72 32.3 79.0 22.2 38.8 29.31
13 47.2 47.0 47.08 47.1 50.8 50.4 44.42 45.68
14 159.0 158.6 158.53 160.1 159.3 195.4 193.0 73.03
15 119.2 119.0 119.55 120.4 123.0 120.2 120.0 57.39
16 34.5 34.3 34.30 34.3 36.3 206.2 206.2 32.13
17 51.7 51.6 51.62 51.5 50.1 80.7 80.5 39.41
18 20.7 20.7 20.4 19.9 30.2 23.4
19 19.1 14.0 16.3 66.2 19.1 21.3
20 124.6 124.5 124.37 124.2 123.8 122.5 125.7 123.63
21 139.7 142.5 142.57 139.6 142.0 141.4 142.7 142.96
22 111.1 110.9 110.94 110.9 111.3 109.5 109.5 110.92
23 142.6 139.6 139.64 142.5 140.5 142.8 141.3 139.56
24
25 C-Me C-Me
26 31.87 21.86
27 27.08 21.65
28 21.3 27.0 20.84 31.1 16.2 21.4 21.2 19.31
29 27.1 19.6 20.79 19.4 95.4 27.1 27.3 31.90
30 27.4 20.2 20.23 25.4 18.6 25.5 24.9 19.97
OAc C1 170.1 171.9 172.02 170.2 170.1 169.8 171.74
21.6 170.6
170.9
OAc C2 21.2 21.2 21.16 20.8 21.0 21.40
21.3
22.7
MHz 75 125 75 25.15 125.0 125 50
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Gedunina:
C13 94 97 C13 94 97 C13 94 97
1 157.1 62.6 11 18.2 15.3 21 143.1 142.7
2 125.2 56.4 12 35.6 38.8 22 110.0 110.1
3 204.7 211.4 13 44.1 44.6 23 141.8 141.7
4 44.1 44.1 14 173.2 170.7 28 21.5 20.8
5 40.8 39.3 15 111.2 110.9 29 27.2 26.9
6 25.3 24.1 16 164.4 164.9 30 23.2 23.2
7 70.6 73.2 17 104.7 104.7 OAc C1 170.1
8 46.5 44.0 18 23.5 23.8 OAc C2 20.8
9 46.5 44.2 19 19.1 20.3 MHz 125 125
10 42.3 42.1 20 126.0 125.0 Solvente CDCl
3
CDCl
3
Grupo Vilasinina:
C13 104 107 111 112 118
1 71.9 72.4 71.5 72.80 72.0
2 27.4 27.6 27.4 27.22 29.6
3 73.9 71.6 73.9 72.00 71.0
4 42.4 42.1 43.4 42.40 44.2
5 39.6 41.4 39.6 40.40 39.4
6 72.4 72.7 72.4 72.60 72.3
7 71.7 74.3 71.7 72.80 84.0
8 45.4 44.5 45.4 44.30 44.2
9 34.3 35.2 34.3 36.80 39.0
10 39.5 39.1 39.5 40.20 40.6
11 24.2 15.3 24.2 30.00 17.3
12 77.2 32.9 71.2 78.00 30.5
13 51.4 47.3 51.4 51.80 49.4
14 157.4 157.3 157.4 155.75 173.0
15 122.7 120.7 122.7 122.80 115.0
16 36.6 34.2 36.6 36.26 164.0
17 50.3 51.5 50.3 50.60 88.9
18 26.9 21.5 26.9 19.00 19.7
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19 15.2 15.3 15.2 24.40 15.2
20 124.5 124.5 124.5 125.00 129.8
21 140.3 139.7 140.3 140.30 138.8
22 111.7 11.0 111.7 112.00 111.0
23 142.1 142.5 142.1 142.00 143.0
28 78.0 77.9 78.0 78.00 77.8
29 19.7 19.2 19.7 15.60 20.4
30 15.3 26.3 15.3 15.80 30.8
OAc C1 170.2 169.6 170.2 169.00
170.9 169.8 170.9 171.00
OAc C2 20.9 20.7 20.9 21.00
21.3 21.3 21.3 21.40
Grupos Trimethyl
Tig Cin Tig acrylate
166.5 1'-165.3 166.5 166.80 1' - 172.0
128.7 2'-119.0 128.7 124.00 2' - 146.6
138.0 3'-143.7 138.0 137.00 3' - 158.0
14.4 4'-134.5 14.2 14.75 4' - 27.7
11.9 5',9'-127.6 11.9 12.40 5' - 20.9
6',8'-130.0 6' - 13.5
7'-130.3
MHz 100 100 100/125 125
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Nimbina:
C13 119 120 127 129 131
1 202.19 202.4 202.4 202.0 202.0
2 126.49 126.5 126.2 126.3 127.2
3 148.13 148.20 148.1 148.4 148.0
4 46.8 47.80 39.1 39.1 38.7
5 43.7 43.60 48.9 50.0 50.3
6 66.2 66.25 65.9 66.1 65.1
7 87.0 87.02 86.4' 87.6' 89.1
8 48.0 47.30 47.9'' 47.9'' 47.9
9 39.1 38.93 39.8 39.8 38.7
10 47.2 47.40 47.5' 47.5'' 48.5
11 34.4 34.30 34.6 34.1 32.9
12 173.67 173.85 175.4 175.4 172.3
13 135.10 135.00 131.1 131.1 143.5
14 146.91 147.01 145.0 145.0 192.0
15 87.5 87.45 87.8' 88.0' 85.0
16 41.40 41.40 39.8 39.8 42.1
17 49.7 49.59 52.1 52.2 207.0
18 12.89 12.70 13.1 13.0 16.0
19 16.70 16.30 17.1''' 17.1''' 19.5
20 126.84 126.95 137.0/137.2 162.0/162.1
21 139.07 139.18 169.9/171.0 96.9/97.1
22 110.50 110.50 142.0/142.3 120.8/120.9
23 143.00 143.20 96.9/97.0 171.0/171.2
28 175.56 175.75 172.0 172.0 172.0
29 17.2 16.30 20.5 20.6 21.2
30 16.40 17.0 16.1''' 16.1''' 16.0
OAc C1 170.67
OAc C2 17.57
12-OCH3 52.9 52.90 53.0 52.9 52.2a
28-OCH3 53.1 53.1 53.2a
29-OCH3 51.5 51.60
MHz 75 75 125
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Nimbolídeo:
C13 132 133 134 135 136
1 202.4 200.8 210.5 152.2 152.3
2 126.5 131.0 34.4 130.0 130.2
3 148.20 149.6 33.2 202.4 202.7
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4 47.80 43.6 40.8 39.0 38.9
5 43.60 47.7 49.3 41.3 41.5a
6 66.25 73.4 72.8 72.4 72.4
7 87.02 82.9 82.7 87.4 87.2
8 47.30 50.3 50.0 46.3 46.0
9 38.93 41.1 40.8 40.0a 40.0a
10 47.40 45.2 49.6 42.1 42.2
11 34.30 32.1 32.9 32.1 32.5
12 173.85 172.9 172.9 174.9 175.0
13 135.00 134.5 136.0 133.2 133.2
14 147.01 144.8 144.9 147.5 148.7
15 87.45 88.4 88.3 85.4/85.7 85.5/85.7
16 41.40 41.2 41.2 40.0/40.1 39.8/40.0
17 49.59 49.5 49.5 48.9/50.0 48.7/48.9
18 12.70 12.9 12.9 14.5b 14.4b
19 16.30 15.1 15.1 16.8 17.1
20 126.95 126.5 126.5 137.8/138.0 164.5/164.9
21 139.18 138.8 138.9 171.4/171.5 97.5/97.7
22 110.50 110.3 110.4 142.4/142.6 119.7/119.9
23 143.20 143.1 143.0 96.9/97.1 170.0/170.5
28 175.75 174.9 177.7 79.4 79.4
29 16.30 18.5 15.8 20.5 20.5
30 17.0 17.2 17.1 13.2b 13.0b
12-OCH3 52.90 51.7 51.7 52.4 51.8
29-OCH3 51.60
MHz 100 90.8 75 75
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Salannina:
C13 137 142 143 148 C13 137 142 143 148
1 71.3 73.4 70.6 37.6 22 110.6 110.8 110.2 145.3
2 27.6 30.7 25.9 28.5 23 142.9 143.0 143.0 77.0
3 71.3 72.7 29.3 72.3 24 79.8
4 42.7 44.4 39.5 42.5 25 23.0
5 39.9 39.7 43.4 40.3 26 24.1
6 72.6 71.1 72.8 71.3 27
7 85.6 86.3 86.1 86.1 28 77.6 78.1 83.5 78.0
8 49.0 49.2 49.3 47.0 29 19.6 20.0 15.3 19.5
9 39.4 39.1 39.5 39.5 30 16.9 13.2 18.8 20.9
10 40.6 41.2 41.3 41.8 OAc C1 170.4
11 30.7 30.8 30.7 34.4 OAc C2 20.8
12 172.8 172.8 176.3 173.9 12-OCH3 51.5 51.6 52.3 52.0
13 134.9 134.6 134.3 135.3 Grupos Tig Cin Sen
14 146.5 146.7 146.9 145.8 166.8 1'-165.7 1'-171.0
15 87.9 88.2 87.7 87.1 129.0 2'-118.3 2'-113.0
16 41.4 41.3 41.5 39.7 137.2 3'-145.6 3'-158.8
17 49.4 49.7 49.4 50.1 14.4 4'-135.1 4'-27.1
18 13.0 15.4 12.8 14.0 11.9 5'-128.4 5'-21.0
19 15.1 17.0 17.1 17.5 6'-129.2
20 127.1 127.3 127.0 137.0 7'-130.7
21 138.7 138.9 138.5 170.1
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
MHz 100 100 90.8 125
Grupo Nimbineno:
C13 152 154 156 C13 152 154 156
1 213.3 201.8 143.0 16 41.3 41.3 41.35
2 39.9 124.5 102.5 17 49.5 49.5 49.56
3 119.1 151.1 119.92 18 12.9 12.8 10.88
4 138.6 70.1 138.06 19 14.0 15.9 22.13
5 47.2 48.1 47.42 20 126.8 126.7 126.84
6 66.4 70.8 67.07 21 138.9 139.0 138.46
7 87.9 84.6 86.29 22 110.4 110.3 109.80
8 47.3 48.3 48.52 23 143.1 143.1 143.51
9 37.1 38.6 38.12 28 21.8
10 49.4 48.1 39.72 29 23.8 13.01
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11 33.6 34.1 29.57 30 17.4 17.1 16.30
12 173.7 173.4 175.49 OAc C1 169.7
13 134.9 135.5 137.65 OAc C2 21.7
14 147.2 145.7 146.32 12-OCH3 51.7 51.7
15 86.4 87.3 89.27
Solvente CDCl
3
CDCl
3
MHz 100 100
Grupo Nimbolinina:
C13 160 C13 160 C13 160
1 71.7 13 138.4 29 19.2
2 27.6 14 147.9 30 20.1
3 71.8 15 83.9 OAc C1 169.1
4 42.4 16 37.7 169.6
5 40.6 17 47.0 OAc C2 20.1
6 71.8 18 16.0 21.0
7 75.6 19 15.4 Grupos Tig
8 45.1 20 126.5 166.0
9 37.0 21 139.2 128.6
10 40.1 22 110.0 137.2
11 32.5 23 143.4 14.5
12 171.2 28 78.0 12.1
Grupo Azadirachtina:
C13 164 165 167 174 175 177 178 181
1 70.5 69.60 71.20 74.3 70.39 70.52 71.23 67.5
2 29.7 32.19 29.98 28.6 29.74 29.91 30.64 31.9
3 66.9 67.92 67.72 68.8 66.94 68.23 67.12 69.2
4 52.5 52.19 52.94 49.1 52.43 51.34 52.47 43.9
5 37.0 35.62 37.55 35.1 37.19 34.22 36.90 35.0
6 73.7 74.32 74.27 75.0 73.82 72.56 74.03 76.0
7 74.7 75.18 76.75 74.0 74.19 72.92 72.99 73.5
8 45.3 45.18 45.18 45.2 45.07 47.91 43.26 51.1
9 44.6 44.71 45.85 48.9 44.69 47.56 47.10 43.6
10 50.0 49.23 50.0 49.1 50.05 51.33 47.40 53.2
11 104.1 104.83 104.54 101.7 104.23 109.12 99.64 79.3
12 171.8 173.46 172.25 171.68 172.73 - 173.3a
13 68.5 69.00 69.45 69.4 68.38 92.36 66.51 66.4
14 69.9 71.99 70.64 71.2 69.34 94.92 69.36 69.4
15 76.4 76.55 74.74 76.5 77.05 76.83 76.18 74.2
16 24.9 25.16 25.63 27.0 24.47 25.33 25.14 24.9
17 48.6 52.76 49.02 49.3 49.95 48.57 48.28 48.8
18 18.3 18.41 18.71 19.7 18.39 18.48 18.93 18.1
19 69.1 70.36 69.36 71.7 69.09 69.34 71.12 21.2
20 83.1 83.74 83.76 83.2 80.96 86.36 83.57 83.5
21 108.8 109.33 109.03 109.1 106.87 109.12 108.76 109.0
22 107.3 107.81 107.99 109.5 48.10 107.71 107.53 107.4
23 147.1 146.84 147.17 146.7 105.75 145.95 147.15 146.6
28 73.0 73.2 72.1 70.52 73.2
29 173.3 173.82 173.91 61.2 173.25 175.66 173.26 173.9a
30 21.3 21.22 21.59 21.5 21.26 20.95 20.54 71.3
OAc C1 169.6 170.2 169.57 166.19 169.71
170.00
OAc C2 20.9 20.8 20.86 20.92 20.54
20.96
12-OCH3 53.3 53.45 53.25 52.22 53.23 52.5b
29-OCH3 52.7 53.18 52.76 52.77 52.64 52.72 52.9b
23-OMe 55.79
Grupos Tig Tig Cin Tig Tig Tig Tig
166.2 167.06 166.15 166.7 166.15 163.26 165.87 1'-166.9
128.6 128.73 117.63 129.4 128.67 127.71 128.77 2'-128.3
137.8 138.75 146.02 137.7 137.41 139.58 137.44 3'-138.7
14.3 14.57 130.97 14.2 14.29 14.72 14.27 4'-14.5
11.9 12.05 129.30 12.1 11.94 12.15 11.96 5'-11.9
128.41
134.50
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Tig
166.15
128.83
138.29
14.50
12.11
MHz 100 100/125 62,89 100 62.89 150 62,89 100
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Azadirachtol:
C13 183 186 188 C13 183 186 188
1 69.2 70.7 70.26 19 71.2 73.0 69.50
2 31.9 30.8 30.20 20 83.5 83.6 83.60
3 67.5 67.0 66.99 21 108.98 108.7 108.68
4 53.2 52.4 52.50 22 107.4 107.3 107.52
5 35.0 36.7 36.97 23 146.6 146.9 147.14
6 74.2 73.6 76.49 28 73.1 73.2
7 73.6 74.5 73.73 29 173.4 172.3 173.31
8 43.9 48.5 44.39 30 21.3 21.1 21.03
9 43.6 44.3 44.97 OAc C1 169.5 169.72
10 51.1 52.7 49.26 OAc C2 20.9 20.91
11 79.3 79.4 79.19 12-OCH3 52.5 53.1 52.72
12 174.0 173.1 172.58 29-OCH3 52.9 52.6 52.72
13 66.5 66.9 66.79 Grupos Tig Tig
14 69.3 70.0 69.50 166.93 166.14
15 76.0 76.1 76.17 128.31 128.65
16 24.9 25.2 25.22 138.7 137.52
17 48.8 49.0 48.39 14.5 14.33
18 18.1 18.0 16.10 11.9 11.97
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
MHz 100 75 62,89
Grupo Meliacarpina e Grupo Meliacarpinina e Azadirachtinina:
C13 190 194 197 198 200
1 70.90 70.9 69.96 70.26 69.4
2 27.99 28..0 30.19 30.15 32.8
3 70.32 70.3 67.92 66.97 68.3
4 42.44 42.4 52.19 52.87 53.3
5 35.47 35.5 65.52 36.34 34.3
6 72.81 72.7 73.32 71.93 72.5
7 74.87 74.9 81.90 82.70 80.9
8 45.08 45.0 50.90 51.46 48.7
9 44.71 44.7 47.71 47.92 47.5
10 49.96 49.9 49.23 49.78 51.4
11 103.99 104.0 104.83 107.25 77.5
12 171.76 171.7 172.46 170.14 175.5
13 68.50 69.0 94.00 95.10 92.3
14 69.90 70.0 92.90 93.26 95.0
15 76.38 76.3 81.55 81.42 80.3
16 24.97 25.0 30.16 29.63 28.4
17 48.98 48.9 50.76 50.81 53.3
18 18.42 18.3 27.41 26.67 25.4
19 69.97 70.0 70.36 70.44 70.6
20 83.62 83.6 85.74 86.44 83.0
21 108.72 108.8 109.33 109.41 106.7
22 107.33 107.3 108.81 108.24 49.4
23 146.82 146.9 146.84 96.4
28 76.88 76.7 73.2 73.0
29 18.95 19.0 173.82 173.34 172.7
30 21.14 21.1 18.00 17.63 15.5
OAc C1 170.09 170.0 169.90 169.72
OAc C2 20.88 20.9 21.07
11-OCH3 52.49
12-OCH3 53.20 53.2 53.45 52.87 53.3
29-OCH3 53.18 53.70 52.5
Grupos Tig Tig Tig Tig Tig
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166.34 166.3 166.06 166.84 166.1
128.56 128.6 128.70 128.84 127.8
137.59 137.4 138.17 138.18 139.4
14.34 14.3 14.17 14.18 14.6
11.96 11.9 12.06 12.16 12.1
MHz 100 100 100/125 62,89 100
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Apêndice D Lista de RMN
13
C dos metabólitos secundários isolados e
identificados do gênero Melia.
Grupo Cicloartenol:
C13 6 7 8 C13 6 7 8
1 36.7 31.9 38.7 15 39.0 39.0 38.7
2 31.4 29.0 78.4 16 222.9 223.0 71.8
3 71.2 66.4 68.4 17 66.1 66.1 64.2
4 38.1 35.8 34.9 18 13.6 13.6 14.4
5 44.8 39.1 38.9 19 12.3 11.2 12.6
6 28.4 28.3 28.2 20 69.3 69.3 66.5
7 32.15 32.1 32.5 21 21.6 21.65 24.7
8 34.2 34.2 34.75 Grupos Hexose
9 54.2 54.15 55.0 C1'-104.0
10 35.7 36.25 37.2 C2'-75.3
11 20.65 20.2 21.1 C3'-79.3
12 38.8 38.8 40.8 C4'-71.8
13 41.9 41.9 43.3 C5'-78.55
14 50.8 50.8 54.3 C6'-62.8
Solvente CDCl
3
CDCl
3
Piridina MHz 100 100 100
Grupo Protolimonóides:
C13 15 16 17 18 19
1 38.5 38.5 38.5 38.5 38.5
2 65.1 34.9 34.9 34.9 34.9
3 216.8 216.7 216.7 216.7 216.8
4 47.9 47.9 47.9 47.9 47.9
5 52.4 52.4 52.4 52.4 52.4
6 24.4 24.4 24.4 24.4 24.4
7 118.2 118.6 118.7 118.6 118.1
8 145.0 114.6 144.5 144.6 145.2
9 47.9 47.9 47.9 47.9 47.9
10 34.9 35.1 35.1 35.1 35.6
11 18.2 18.0 18.0 18.0 18.2
12 33.2 33.1 33.0 33.0 33.2
13 45.4 45.5 45.5 45.5 45.4
14 49.9 49.9 49.9 49.8 49.9
15 45.7 44.5 44.6 44.7 45.7
16 77.9 76.4 77.2 77.1 78.1
17 62.1 58.2 57.9 58.9 62.6
18 23.6 23.7 23.6 23.5 23.5
19 12.8 12.8 12.8 12.8 12.8
20 34.3 47.9 48.1 47.5 34.2
21 18.7 176.8 177.0 177.5 18.6
22 38.0 34.0 34.2 27.3 30.9
23 125.4 123.0 127.7 32.2 32.0
24 139.7 140.8 136.4 75.8 76.4
25 70.7 70.6 81.8 147.1 147.6
26 29.9 29.8 24.4 111.6 11.3
27 30.0 29.9 24.2 17.3 17.4
28 24.5 24.5 24.5 24.5 24.5
29 21.6 21.6 21.6 21.6 21.6
30 27.9 27.8 27.8 27.9 27.8
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21-OCH3 51.6 51.8 51.8
MHz 125 125 125 125 125
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
C13 20 21 22 24 25
1 38.4 40.0 36.9 38.6 37.4
2 34.9 34.6 27.4 34.9 33.9
3 215.1 215.8 78.9 216.3 214.0
4 47.9 48.2 38.9 48.1 47.15
5 52.7 56.8 50.6 52.6 65.8
6 26.0 67.05 23.9 24.6 197.6
7 118.75 122.1 119.2 119.4 124.7
8 143.6 146.15 142.7 143.2 167.3
9 48.0 48.85 48.4 48.2 49.3
10 35.1 36.2 35.2 35.5 43.8
11 24.3 16.85 29.1 30.3 16.7
12 29.25 29.3 72.0 72.2 29.0
13 39.7 39.45 44.3 55.2 39.4
14 55.3 55.2 54.8 44.9 56.1
15 35.8 35.5 36.1 36.5 35.0
16 82.5 82.2 82.2 82.3 81.4
17 58.15 58.6 53.2 53.5 57.7
18 12.5 21.4 12.85 20.1 21.4
19 21.4 15.1 19.75 12.8 13.6
20 45.5 45.4 45.5 45.7 45.3
21 180.3 180.4 180.9 180.6 180.0
22 29.85 29.5 30.0 29.3 29.2
23 26.1 26.1 25.9 26.2 26.0
24 123.5 123.4 123.6 123.8 123.2
25 132.7 132.8 132.6 133.0 132.9
26 17.75 17.9 17.85 26.0 17.9
27 25.75 25.7 25.7 18.1 25.7
28 24.3 23.9 27.3 21.6 25.3
29 21.5 24.7 14.6 24.6 21.6
30 32.15 31.4 33.6 34.0 29.7
MHz 100 50 75.4 100
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
C13 27 28 29 34 35
1 37.3 36.8 38.5 38.5 38.5
2 27.7 23.8 35.1a 34.9 34.9
3 79.2 80.8/80.7 216.8/216.7 216.7 216.7
4 39.0 37.9 47.9 47.9 47.9
5 50.85 50.9/50.8a 52.5/52.4 52.4 52.4
6 23.3 23.2 23.2 24.3 24.4
7 118.3 118.1/118.0 118.2/118.1 118.8 118.7
8 145.7 145.7/145.5 145.8/145.6 144.6 144.5
9 49.7 49.7/48.7 49.7/48.4 48.1 48.1
10 35.1 35.0 34.9 35.0 35.1
11 17.6 17.6 17.8 18.3 18.2
12 35.2 35.2 35.2a 33.8 33.5
13 43.9 43.8/43.6 43.8/43.6 46.2 45.9
14 50.8 50.8/50.5a 50.8/50.5 49.4 49.9
15 34.3 34.3 34.3 44.1 43.9
16 27.4 27.5/27.1 27.5/27.3 77.6 77.6
17 47.2 47.1/45.2 47.1/45.2 58.8 58.2
18 13.15 13.12 12.7 23.0 23.2
19 24.1 24.2 24.6 12.8 12.8
20 33.9 33.8/32.0 33.8/33.7 44.4 41.9
21 101.8 101.8/97.8 101.8/97.8 176.3 178.1
22 31.6 31.54/31.46 31.5/31.3 25.3 22.9
23 78.5 78.5/77.1 78.4/77.0 27.4 26.1
24 67.85 67.8/65.4 67.8/65.4 83.8 80.0
25 58.0 58.0/57.2 58.0/57.2 142.7 141.6
26 19.5 25.0/24.9b 25.0/24.9 113.0 113.6
27 25.05 19.4/19.2b 19.5/19.2 18.0 18.1
28 27.55 27.6 24.4 24.5 24.5
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29 14.8 15.9 21.6 21.6 21.6
30 22.6 22.7 22.6 28.0 27.4
OAc C1 173.7
OAc C2
MHz 100 100 125 125
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Apo-protolimonóides:
C13 37 39 40 41 42
1 72.7 72.6 72.7 72.6 72.6
2 25.5 25.6 25.4 25.5 25.5
3 77.1 77.1 77.1 77.25 77.1
4 36.6 36.6 36.5 36.6 36.6
5 37.5 37.5 37.4 37.4 37.4
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14 159.1 159.2 158.9 159.1 159.1
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30 26.7 26.8 26.9 26.8 26.8
OAc C1 169.7 169.7 169.7 169.7 169.7
170.05 169.95 170.1 170.0 170.0
OAc C2 21.1 21.1 20.9 20.0 21.0
21.1 20.1 21.0 21.1 21.05
24-OMe 52.4 52.6
Grupos Bz Bz Bz Bz Bz
1'-165.1 1'-165.1 1'-165.2 1'-165.2 1'-165.2
2'-130.7 2'-130.7 2'-130.6 2'-130.7 2'-130.7
3',7'-129.4 3',7'-129.5 3',7'-129.4 3',7'-129.5 3',7'-129.5
4',6'-128.2 4',6'-128.2 4',6'-128.2 4',6'-128.3 4',6'-128.3
5'-132.9 5'-132.8 5'-133.0 5'-133.0 5'-133.05
MHz 125 125 125 125 125
Solvente CDCl
3
C13 43 44 45 46 47
1 72.6 72.4 72.6 72.6 156.7
2 25.5 25.4 25.5 25.4 126.0
3 77.0 77.2 77.1 77.2 203.6
4 36.6 36.6 36.6 36.6 44.1
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13 46.4 46.6 46.25 46.5 47.9
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30 26.8 26.9 26.8 26.9 26.6
OAc C1 169.7 169.6 169.7 169.7 169.4
170.05 170.05 170.1 170.1
OAc C2 20.2 21.0 21.0 21.0 20.9
21.1 21.05 21.0 21.0
24-OMe
Grupos Bz Bz Bz Bz
1'-165.2 1'-165.2 1'-165.2 1'-165.2
2'-130.7 2'-130.7 2'-130.6 2'-130.7
3',7'-129.5 3',7'-129.5 3',7'-129.4 3',7'-129.5
4',6'-128.3 4',6'-128.3 4',6'-128.2 4',6'-128.3
5'-133.0 5'-133.0 5'-133.0 5'-133.1
MHz 125 125 75 75 75
Solvente CDCl
3
Grupo Meldenino:
C13 48 50 52 C13 48 50 52
1 38.1 158.4 157.5 15 120.4 57.4 68.6
2 32.6 125.5 125.3 16 34.3 32.2 37.5
3 217.7 204.6 78.5 17 51.5 39.6 50.5
4 46.3 44.3 38.2 18 20.4 21.9 22.2
5 47.7 46.7 170.0 19 16.3 19.4 15.6
6 72.2 24.4 138.0 20 124.2 123.8 154.5
7 73.3 74.0 203.8 21 139.6 139.5 140.3
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9 39.7 40.4 43.6 23 142.5 142.9 141.4
10 38.1 39.8 42.2 28 31.1 19.9 28.0
11 16.0 16.3 25.8 29 19.4 21.4 15.4
12 32.3 29.6 78.0 30 25.4 27.1 27.1
13 47.1 42.0 51.5 OAc C1 170.2 169.9 170.4
14 160.1 73.2 80.2 OAc C2 21.6 21.1 21.2
Solvente CDCl
3
CDCl
3
MHz 75 100 125
Grupo Nimbolino:
C13 58 59 60 61 63 65
1 71.9 72.5 72.1 72.4 73.9 71.1
2 27.4 27.6 27.5 27.6 30.4 30.5
3 73.9 71.7 71.7 71.6 73.8 74.0
4 42.4 42.4 42.4 42.1 43.8 43.8
5 39.6 39.7 39.6 41.4 38.6 38.6
6 72.4 73.9 73.9 72.7 72.7 73.9
7 71.7 72.8 72.8 74.3 71.2 72.7
8 45.4 46.0 45.9 44.5 45.2 45.3
9 34.3 33.55 33.5 35.2 34.8 34.6
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30 15.3 26.3 26.3 26.3 21.3 15.4
OAc C1 170.2 170.0 170.2 169.6 170.9 170.3
170.9 169.8
OAc C2 20.9 20.43 21.9 20.7 21.3 21.3
21.3 21.3
Grupos Tig Bz Cin Cin Cin Bz
166.5 1'-165.3 1'-165.4 1'-165.3 1'-165.3 1'-165.3
128.7 2'-129.8 2'-117.8 2'-119.0 2'-117.1 2'-130.5
138.0 3',7'-129.7 3'-145.6 3'-143.7 3'-146.4 3',7'-129.6
14.4 4',6'-128.3 4'-124.3 4'-134.5 4'-133.9 4',6'-128.8
11.9 5'-133.2 5',9'-128.9 5',9'-127.6 5',9'-128.3 5'-133.7
6',8'-127.9 6',8'-130.0 6',8'-129.0
7'-130.4 7'-130.3 7'-130.8
MHz 100 75 125 100 125
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Gedunina:
C13 68 C13 68 C13 68
1 159 11 25.7 20 120.5
2 126.3 12 77.9 21 142.1
3 74.0 13 47.0 22 110.0
4 38.3 14 80.2 23 142.6
5 46.1 15 68.6 28 _
6 23.8 16 174.0 29 _
7 71.9 17 15.3 30 _
8 43.9 18 21.9 OAc C1 173.8
9 43.2 19 15.3 OAc C2 21.3
10 42.1 Solvente CDCl
3
MHz 125
Grupo B-seco:
C13 71 C13 71 C13 71
1 78.0 12 69.0 22 110.2
2 28.5 13 47.0 23 143.0
3 74.0 14 80.2 28 26.50
4 38.5 15 68.5 29 15.5
5 42.1 16 174.1 30 114.5
6 33.2 17 79.0 OAc C1 169.0
7 173.5 18 10.0 150.0
8 140.5 19 22.0 OAc C2 20.0
9 49.5 20 121.0 21.0
10 43.0 21 142.0 7-OCH3 51.5
11 30.0 Solvente CDCl
3
MHz 125
Grupo Azedarachina:
C13
74 75 76 77 78 80
1 70.14 70.4 70.6 70.2 70.3 70.1
2 36.28 33.9 33.4 33.1 35.4/36.2 35.0
3 73.34 74.0 74.0 73.6 73.6/76.3 73.6
4 40.15 39.5 39.8 39.4 40.0/40.1 39.5
5 28.55 28.3 41.4 34.1 25.5/27.9 28.0
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6 25.28 26.0 25.7 25.3 25.5/27.4 25.8
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10 42.00 42.8 42.5 42.1 41.8 41.5
11 214.29 206.9 207.1 213.4 206.8 206.7
12 79.35 78.9 79.2 78.8 78.5/78.7 78.6
13 46.62 46.2 46.4 46.0 45.7/45.8 46.0
14 66.12 72.3 71.4 72.9 72.1/72.3 72.0
15 58.83 58.8 59.5 59.2 58.7 58.5
16 33.32 35.4 35.7 35.3 33.6 33.6
17 39.46 38.7 38.9 38.5 38.2 38.4
18 14.21 22.7 23.1 22.7 20.8 20.7
19 64.37 65.0 65.0 64.6 58.7/63.9 64.7
20 124.86 122.8 121.1 123.5 122.5/122.6 122.5
21 141.31 142.8 142.6 142.3 142.4 142.5
22 113.56 112.2 113.1 112.7 111.9 111.9
23 142.52 141.0 141.0 140.6 140.7 140.7
28 19.27 19.6 19.5 19.2 15.6 15.8
29 96.27 94.8 94.6 94.2 96.1/96.4 94.4
30 22.59 16.1 14.7 14.4 18.5/19.6 19.4
OAc C1 170.69 170.1 169.7 169.8 170.1 169.9
170.2 170.6 170.4
170.7
OAc C2 21.11 21.0 21.8 21.4 22.5/22.8 21.5
21.4 22.3
21.8 21.4/21.5
Grupos 2(Me)Bu iso-Bu iso-Bu
1'-175.6 1'-175.7 1' 175.7
2'-28.3 2'-28.0 2' 34.2
3'-26.9 3'-18.6 3' 18.6
(Me2')-16.8 4'-18.9 4' 18.9
(Me3')-11.7
MHz 125 100 100 100 100 100
Solvente CD
3
CN CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
C13 81 82 83 85 87
1 70.38 70.8 70.7 71.4 70.7
2 36.69 36.1 36.3 37.2 37.2
3 73.19 73.9 76.3 74.9 74.3
4 40.28 43.5 43.4 41.0 40.5
5 25.94 41.3 25.8 29.3 28.8
6 27.44 23.2 25.0 24.0 24.3
7 69.7 69.6 70.1 69.4
8 42.76 41.3 41.0 42.7 45.1
9 48.30 48.8 48.7 49.0 47.5
10 41.97 39.5 40.4 43.7 42.9
11 79.26 212.4 212.5 213.8 208.8
12 214.18 79.3 79.0 78.9 79.
13 46.56 45.7 45.7 47.4 47.9
14 66.04 60.9 60.3 59.5 59.3
15 58.93 219.0 218.5 220.6 217.3
16 44.9 44.7 46.3 44.6
17 39.41 41.7 41.2 39.7 38.4
18 14.18 21.7 21.2 22.1 21.8
19 64.2 57.7 65.0 64.8
20 124.88 124.2 121.4 126.3 123.9
21 140.4 140.1 141.5 141.1
22 111.3 111.0 111.9 111.3
23 142.51 143.4 143.0 144.2 143.6
28 18.51 19.0 18.3 97.3 20.0
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30 22.82 22.8 22.4 22.1 20.6
OAc C1 170.60 170.1 169.9 172.8 170.6
170.7
OAc C2 21.08 21.6 21.4 21.3 20.7
28.8
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29-OCH3 55.6
Grupos 2(Me)Bu
1'-175.6
2'-28.6
3'-26.8
(Me2')-16.8
(Me3')-11.7
MHz 125 100 100 125 100
Solvente CD
3
CN CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Meliatoxina:
C13 88 89 92 93 C13 88 89 92 93
1 70.8 70.8 73.1 69.3 19 64.6 64.4 64.3 63.9
2 68.5 68.5 71.0 68.8 20 123.1 123.1 123.3 121.8
3 73.2 73.2 73.5 71.9 21 143.2 143.2 143.3 143.4
4 40.9 40.8 39.2 40.7 22 110.7 110.7 110.8 110.3
5 34.1 41.0 33.7 41.0 23 139.7 139.7 139.8 140.2
6 25.9 26.6 26.8 23.0 28 18.8 18.9 19.5 20.2
7 71.7 71.7 71.0 73.4 29 93.5 93.5 94.2 93.1
8 42.3 42.2 41.2 43.1 30 20.9 21.0 14.2 18.5
9 48.3 48.3 48.7 51.4 OAc C1 168.8 168.8 166.6 168.9
10 42.0 42.0 41.2 42.7 170.0 170.0 169.9
11 211.1 211.1 205.4 209.9 OAc C2 20.7 20.7 20.8 20.8
12 48.5 48.9 48.6 50.5 20.7 20.7 20.9
13 43.6 43.6 43.6 44.8 Grupos iso-Bu 2(Me)Bu 2(Me)Bu 2(Me)Bu
14 72.6 72.6 72.7 62.4 1'-175.8 1'-175.4 1'-175.7 1'-175.3
15 57.8 57.8 58.0 219.4 2'-28.0 2'-28.0 2'-28.2 2'-28.1
16 32.1 32.1 32.0 43.3 3'-18.7 3'-25.9 3'-22.8 3'-26.5
17 39.1 39.1 39.2 41.9 4'-18.7 (Me2')-16.3 4’-16.4 4'-16.3
18 21.7 21.7 21.7 20.9 (Me3')-11.3 5’-11.5 5'-11.3
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
MHz 100 100 100 100
C13 95 96 98 100 101 103 104 105
1 70.9 72.8 70.2 70.2 71.6 70.2 72.0 70.1
2 66.7 68.6 66.7 68.8 68.5 66.7 66.8 66.8
3 72.9 73.0 74.6 73.5 73.0 74.6 72.2 72.1
4 40.6 40.7 40.4 41.1 40.7 40.4 40.6 40.6
5 41.1 41.2 34.1 34.2 34.1 34.1 34.1 40.1
6 25.5 26.4 25.9 26.4 25.6 25.9 26.2 26.6
7 70.0 71.7 73.8 71.9 70.2 73.8 71.3 72.2
8 42.4 42.4 43.1 43.0 42.5 43.0 43.0 43.1
9 47.8 46.2 48.0 47.9 48.0 48.0 47.9 47.9
10 41.5 42.3 40.9 41.5 42.3 40.8 40.9 41.0
11 213.5 213.2 205.6 205.5 206.3 205.6 205.5 205.6
12 78.9 78.9 77.2 77.0 77.9 77.2 77.2 77.0
13 46.2 47.3 45.3 45.3 45.6 45.3 45.3 45.3
14 70.1 70.0 71.4 71.4 71.9 71.4 70.1 71.3
15 58.9 59.2 58.1 58.0 58.8 58.1 57.9 57.9
16 33.1 33.1 33.4 33.4 33.8 33.4 33.4 33.4
17 38.9 38.6 38.6 38.7 38.1 38.6 28.7 28.7
18 22.6 25.3 22.3 22.0 22.4 22.2 22.0 21.9
19 64.0 64.1 64.1 63.7 64.1 64.1 63.7 63.7
20 123.5 123.5 122.3 122.3 122.5 122.3 122.3 122.3
21 142.3 142.3 142.6 142.5 142.4 142.6 142.6 142.6
22 112.7 112.8 111.7 111.7 111.9 111.7 111.7 111.7
23 140.7 140.8 140.6 140.6 140.7 140.6 140.6 140.6
28 19.3 18.6 20.8 19.3 18.8 18.9 19.0 19.1
29 94.2 93.5 93.5 94.2 93.5 93.5 93.4 93.5
30 16.5 22.7 15.7 15.7 15.5 15.7 15.7 15.6
OAc C1 170.1 169.0 170.2 168.9 168.9 170.2 169.0 169.0
170.1 170.8 169.0 170.0 170.4 169.2 169.2
170.1 170.2 170.8 170.1 170.0
170.2 170.1
OAc C2 21.2 20.6 21.0 20.7 20.7 20.7 20.8 20.4
20.8 21.0 20.7 20.7 20.9 20.8 20.7
21.8 20.9 21.1 20.8 20.8
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20.8 20.9
Grupos 2(Me)Bu 2(Me)Bu iso-Bu iso-Bu iso-Bu iso-Bu iso-Bu 2(Me)Bu
1'-175.0 1'-175.3 1'-175.6 1'-175.7 1'-175.7 1'-175.6 1'-175.8 1'-175.3
2'-27.9 2'-27.7 2'-29.3 2'-27.8 2'-27.7 2'-29.3 2'-29.1 2'-29.0
3'-26.5 3'-26.4 3'-18.6 3'-18.6 3'-18.7 3'-18.6 3'-18.7 3'-26.3
4'-16.3 (Me2')-16.3 4'-19.0 4'-18.8 4'-18.7 4'-18.7 4'-18.7 4'-16.3
5'-11.5 (Me3')-11.3 5'-11.3
MHz 100 100 100 100 100 100 100 100
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo C-seco:
C13 107 108 110 111 112 114
1 70.8 71.3 73.4 71.7 72.1 72.0
2 30.5 27.6 30.7 27.7 28.2 28.1
3 75.1 71.3 72.7 72.6 72.7 71.4
4 47.1 42.7 44.4 42.7 42.9 42.7
5 39.5 39.9 39.7 39.9 40.2 39.0
6 69.1 72.6 71.1 71.3 71.3 74.3
7 85.3 85.6 86.3 85.8 85.8 67.5
8 47.5 49.0 49.2 49.1 48.7 60.5
9 35.9 39.4 39.1 39.5 38.3 35.4
10 41.9 40.6 41.2 40.7 40.9 39.0
11 25.0 30.7 30.8 30.7 40.7 33.6
12 172.5 172.8 172.8 172.6 199.1 76.3
13 135.7 134.9 134.6 134.9 136.9 81.15
14 146.1 146.5 146.7 146.4 145.1 96.1
15 87.6 87.9 88.2 88.0 88.1 80.55
16 41.2 41.4 41.3 41.3 41.8 32.2
17 49.6 49.4 49.7 49.4 49.7 45.05
18 17.0 13.0 15.4 15.2 15.4 20.5
19 16.7 15.1 17.0 16.9 16.9 16.55
20 126.9 127.1 127.3 126.9 126.6 123.4
21 143.0 138.7 138.9 138.6 138.3 139.5
22 110.6 110.6 110.8 110.4 109.7 111.0
23 138.9 142.9 143.0 142.8 143.2 142.4
28 204.3 77.6 78.1 7.6 77.9 78.73
29 14.4 19.6 20.0 19.6 19.7 21.0
30 13.0 16.9 13.2 13.0 13.4 42.3
OAc C1 169.1 170.4 170.3 170.4 169.6
170.1 170.3
170.4
OAc C2 20.5 20.8 21.1 21.0 21.0
20.9 21.5
21.8
12-OCH3 51.6 51.5 51.6 51.5
Grupos Tig Tig Cin Cin Bz
166.6 166.8 1'-165.7 1'-165.4 1'-165.0
128.9 129.0 2'-118.3 2'-118.7 2'-129.7
137.7 137.2 3'-145.6 3'-144.6 3'-129.7
14.1 14.4 4'-135.1 4'-134.3 4'-128.7
12.0 11.9 5'-128.4 5'-127.9 5'-133.7
6'-129.2 6'-129.0
7'-130.7 7'-130.3
MHz 100 100 100
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Nimbolinina:
C13 115 116 118 121 122 123
1 71.2 71.3 71.6 70.9 71.1 71.1
2 29.3 29.3 27.9 27.7 27.8 29.2
3 72.5 72.5 72.4 71.6 71.6 72.3
4 42.4 42.5 42.6 42.7 42.7 42.5
5 39.2 39.3 40.2 38.5 38.6 39.1
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6 72.6 72.6 72.4 74.0 73.5 72.8
7 74.6 75.4 75.3 73.4 74.0 75.6
8 45.2 45.3 45.4 46.1 46.1 45.5
9 38.2 36.0 35.5 34.8 34.9 36.5
10 41.0 41.1 40.4 40.7 40.7 41.3
11 31.1 31.1 31.6 37.9 31.6 30.8
12 92.4 92.0 91.4 98.0 97.9 98.7
13 142.2 142.4 141.5 139.1 139.1 142.4
14 142.7 143.0 142.7 144.5 144.1 143.0
15 77.8 77.9 78.0 77.0 77.7 77.7
16 38.2 38.0 38.1 31.5 37.9 37.7
17 46.8 46.7 46.4 46.8 46.9 46.8
18 16.4 16.4 16.2 16.1 16.2 16.4
19 16.2 16.2 16.1 16.0 16.1 16.2
20 128.2 128.1 128.4 128.7 128.7 128.2
21 139.0 142.7 142.8 139.0 142.7 142.8
22 110.3 110.3 110.2 110.5 110.5 110.4
23 142.9 138.9 138.9 142.8 139.0 139.0
28 77.9 78.0 77.6 78.0 78.0 78.1
29 18.8 18.8 19.2 19.7 19.6 19.0
30 20.7 20.7 20.7 20.7 20.8 21.1
OAc C1 170.1 170.2 169.7 170.3 170.3 170.7
170.0
OAc C2 21.1 21.1 20.8 20.8 21.1 20.6
21.8
12-OCH3 53.9 54.2 54.4
Grupos Tig Bz Bz Tig Cin Bz
166.5 1'-164.9 1'-164.7 166.8 1'-166.0 1'-164.9
128.8 2'-130.5 2'-130.4 129.4 2'-119.3 2'-130.6
136.7 3',7'-129.4 3',7'-129.3 136.5 3'-144.1 3',7'-129.5
14.5 4',6'-128.5 4',6'-128.4 14.3 4'-130.2 4',6'-128.4
12.2 5'-132.9 5'-133.0 11.9 5',9'-127.9 5'-132.8
6',8'-129.0
7'-128.7
MHz
125 100 100 100 100
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
C13 124 125 127 130 132 134 135
1 71.8 71.7 71.5 71.5 71.9 71.5 72.2
2 27.5 27.6 27.8 27.2 27.7 28.1 28.4
3 72.0 71.8 71.8 72.8 72.0 67.0 71.8
4 42.5 42.4 42.4 42.6 42.7 42.7 43.0
5 40..5 40.6 40.6 40.0 40.5 39.0 39.4
6 71.2 71.8 70.8 71.8 72.0 71.9 74.9
7 75.1 75.6 73.9 75.2 75.3 74.6 67.3
8 45.4 45.1 45.0 47.4 47.3 44.9 60.3
9 37.0 37.0 37.3 38.7 38.9 35.6 35.9
10 40.2 40.1 40.8 40.7 40.9 39.1 39.3
11 32.5 32.5 32.7 32.0 32.0 32.3 34.0
12 171.2 171.2 171.2 173.6 173.2 96.4 76.6
13 138.5 138.4 138.6 133.5 133.5 81.3 81.6
14 148.0 147.9 146.8 148.5 148.7 77.7 96.7
15 85.8 83.9 85.4 82.0 82.2 80.3 80.7
16 37.5 37.7 37.6 36.7 36.7 33.7 32.6
17 47.0 47.0 47.0 47.5 47.4 44.9 45.2
18 15.5 16.0 16.0 16.9 17.0 16.6 20.7
19 110.0 15.4 15.5 16.0 16.4 16.6 16.9
20 126.5 126.5 126.5 127.8 127.9 123.6 123.9
21 139.1 139.2 139.2 139,5 143.2 142.4 142.7
22 110.0 110.0 110.0 109.8 109.9 111.1 111.4
23 143.5 143.4 143.5 143.2 139.5 139.6 139.9
28 78.1 78.0 78.0 77.8 77.8 78.8 79.1
29 19.5 19.2 18.9 20.0 20.1 20.4 20.8
30 20.3 20.1 20.5 20.1 20.2 20.5 42.6
OAc C1 169.5 169.1 170.3 169.7 169.9 168.8 170.7
169.6 170.0 171.0 170.2 170.7
170.0
OAc C2 21.0 20.1 20.8 20.7 20.7 21.6 21.3
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21.0 21.3 21.6 21.0 21.9
21.6
12-OCH3 52.0
Grupos Tig Tig Tig iso-Bu Tig Tig Tig
164.5 166.0 165.2 1'-174.7 166.5 167.3 167.6
130.2 128.6 129.0 2'-33.5 129.4 129.0 129.3
128.6 137.2 137.6 3'-17.6 136.4 138.2 138.5
a 14.5 14.4 4'-19.9 14.1 14.7 15.0
a 12.1 12.2 12.0 12.2 12.5
iso-Bu
1'-174.8
2'-34.7
3'-19.5
4'-19.5
MHz 125 100 100 100 125
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
Grupo Meliacarpina:
C13 137 138 139 141
1 71.06a 70.98 71.03 74.4
2 27.98 28.04 27.76 29.7
3 70.96a 71.25 70.87 70.3
4 42.82 42.85 42.74 40.95
5 35.69 35.81 35.44 36.8
6 72.72 72.71 72.97 73.3
7 75.39 75.34 75.21 74.6
8 44.97 44.86 45.12 44.2
9 44.83 44.78 44.72 47.4
10 50.12 50.02 50.12 48.6
11 104.11 104.12 104.08 209.0
12 171.86 171.78 171.87 21.4a
13 68.83 68.71 68.92 67.2
14 70.03 70.03 70.07 69.5
15 76.29 76.32 76.19 76.1
16 25.18 25.06 25.28 25.1
17 49.00 49.11 48.84 48.0
18 18.33 18.28 18.32 18.2a
19 69.92 69.93 69.87 70.0
20 83.71 83.68 83.62 83.55
21 109.05 109.07 108.81 108.7
22 107.39 107.35 107.54 107.7
23 147.00 146.93 146.83 147.0
28 77.19 77.17 77.85 78.1
29 19.00 19.06 18.81 20.4b
30 21.33 21.30 21.36 17.1b
12-OCH3 53.33 53.34 53.34
Grupos Cin Cin Cin Cin
1''-166.00 1'-165.73 1'-165.59 1'-165.7
2''-117.69 2'-117.27 2'-117.62 2'-116.7
3''-145.95 3'-145.60 3'-145.56 3'-146.6
4''-130.57 4'-130.60 4'-130.45 4'-133.7
5'',9''-129.11 5',9'-129.08 5',9'-128.91 5',9'-128.2
6'',8''-128.14 6',8'-127.98 6',8'-127.97 6',8'-129.1
7''-134.03 7'-134.14 7'-133.9 7'-130.95
Cin Methacryl.
1'-165.47 1''-166.34
2'-117.20 2''-135.93
3'-145.66 3''-126.01
4'-130.37 4''-18.20
5',9'-128.79
6',8'-128.00
7'-133.76
MHz 100 100 62.89 50.3
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
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Grupo Meliacarpinina e Azadirachtinina:
C13 142 143 144 146 147 148 149 150 151
1 70.26 70.2 71.1 72.2a 70.8 24.9 24.7 70.2 71.1
2 30.15 28.3 28.0 30.8 28.0 33.5 33.4 28.2 28.0
3 66.97 70.7 70.4 70.3a 70.9 70.7 70.6 70.8 70.5
4 52.87 42.4 42.7 43.9 42.3 42.7 42.7 42.3 42.9
5 36.34 35.1 35.1 33.9 35.0 39.7 39.6 35.1 34.8
6 71.93 71.1 71.1 71.1a 71.1 71.0 71.1 71.8 71.8
7 82.70 83.2 83.8 83.7 83.5 84.3 84.2 82.9 83.0
8 51.46 51.3 51.2 51.5 51.5 51.0 51.3 52.0 51.9
9 47.92 47.9 47.9 47.9 47.8 54.8 54.6 48.1 48.1
10 49.78 49.8 49.7 50.2 49.9 49.5 46.1 49.9 49.9
11 107.25 106.7 107.0 106.8 106.7 106.7 106.6 106.7 107.0
12 170.14 169.0 169.4 169.2 170.1 170.1 170.0 169.1 169.5
13 95.10 94.9 94.9 94.9 94.9 94.8 94.7 93.6 93.8
14 93.26 93.0 93.3 93.2 93.1 93.0 93.0 92.9 92.7
15 81.42 81.2 81.1 81.2 81.2 81.1 81.1 82.0 82.0
16 29.63 29.6 29.7 29.7 29.8 29.8 29.7 28.9 28.9
17 50.81 50.7 50.8 50.9 50.8 51.3 50.9 48.1 48.1
18 26.67 26.5 25.9 26.4 26.4 26.3 26.3 25.9 25.3
19 70.44 70.5 70.7 70.5 70.4 71.0 71.1 70.6 70.7
20 86.44 86.2 86.3 86.3 86.3 86.2 86.2 91.8 91.8
21 109.41 109.2 109.3 109.4 109.3 109.4 109.3 105.9 106.0
22 108.24 108.0 107.9 108.1 108.0 108.0 108.0 105.5 105.5
23 145.7 145.8 145.7b 145.7 146.0 145.8 146.7 146.8
28 76.5 76.6 76.6 76.4 76.8 75.5 76.1 76.1
29 173.34 18.3 18.1 18.8 18.3 18.4 18.4 18.1 18.0
30 17.63 17.8 17.7 17.7 17.7 17.2 17.3 18.1 17.8
OAc C1 169.72 170.1 170.1 169.2 170.1 170.2
171.4 171.3
OAc C2 21.07 21.0 21.0 21.0 20.9 21.0
21.4 21.2
11-OCH3 53.2a 53.1a 52.4 52.5 52.3 52.4 52.3 52.4
12-OCH3 52.87 52.4a 53.8a 53.3 53.3 52.9 52.8 53.1 53.1
29-OCH3 53.70 52.3
Grupos Tig Tig Tig Cin Cin Tig Methacryl. Tig Tig
166.84 166.6 166.7 1'-165.6 1'-165.6 167.0 1''-166.2 166.7 166.8
128.84 128.5 128.4 2'-117.0 2'-117.3 128.5 2''-136.2 128.3 128.4
138.18 137.9 138.1 3'-146.4b 3'-145.8 138.1 3''-126.1 138.0 138.3
14.18 14.4 14.4 4'-130.8 4'-133.9 14.5 4''-18.3 14.3 14.4
12.16 12.1 11.9 5',9'-128.2 5',9'-128.0 12.1 12.1 11.9
52.49 6',8'-129.0 6',8'-129.1
7'-134.0 7'-130.8
MHz 62,89 100 100 100 100 100 100 100
Solvente CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
CDCl
3
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