Acot (1990) retoma este conceito louvando a sua eficácia para estudos referentes a
biogeografia e ecologia visto que, necessário é para qualquer estudo o conhecimento,
caracterização e localização dos diversos tipos de formações vegetais, sendo, a característica
fitofisionômica a mais latente e passível de observações.
Diniz & Furlan (1998) enfatizam a eficiência de tal método ao compará-lo com a
perspectiva da analise florística, discutindo as infinitas vantagens e possibilidades do mesmo
diante de estudos de cunho fitogeográfico.
Viadana (2004) aponta que o conceito de fitofisionomias enquanto instrumento para
caracterização e estudo da vegetação é amplamente utilizado e descrito com freqüência pela
literatura, obtendo êxito nas pesquisas de interesse fitogeográfico, como indica também Acot
(1990); Cavalcanti (1995); Furley & Ratter (1988), Diniz & Furlan (1998) e Oliveira Filho &
Ratter (2002); compreendendo, desta forma, um método apropriado para a execução da
pesquisa fitogeográfica que se apresenta.
4.2. Caracterização Fitofisionômica do Cerrado
As formações de cerrado são caracterizadas por grande variedade fisionômica, sendo
compreendida, segundo Goodland & Ferri (1979), Eiten (1979), (1981) e (1990), Coutinho
(1982) e Oliveira Filho e Ratter (2002), como um gradiente de fitomassa condicionado por
muitos fatores, como, por exemplo, topografia, solos, clima, interferências antrópicas e pela
ação do fogo. Tal gradiente compreende a variação designada ecótono campo – floresta.
Para estes autores citados, o cerrado é compreendido pelas fisionomias de campo
limpo, campo sujo, campo cerrado, cerrado propriamente dito e cerradão.O presente trabalho
adotará a classificação de Goodland & Ferri (1979) enquanto parâmetro de classificação do
cerrado, isto porque, tal classificação permanece atual até os tempos de hoje, sendo citada e
reproduzida por diversos autores, como Furley & Ratter (1988), Furley (1999) e (2000),
Oliveira Filho e Ratter (2002).
Em Eiten (1979), as fisionomias de cerrado são definidas da seguinte maneira,
cerradão, cerrado (senso estrito), campo cerrado, campo sujo e campo limpo; completando
que este sistema satisfaz muito bem as preocupações científicas de geógrafos, agrônomos,
ecólogos e por vezes aos biólogos.
Segundo Goodland & Ferri (1979) os tipos de cerrado variam de acordo com o
gradiente de biomassa, sendo este gradiente dividido, no caso do Triângulo Mineiro, em
quatro tipos apenas, já considerados anteriormente. A denominação campos designa uma
região aberta, descampada, já o termo cerrado diz respeito a uma região fechada, densa.