Distrito Federal (6,4%). O Estado da Paraíba encontra-se em terceiro lugar, em ordem
decrescente, com cobertura de 80,8% da população residente no Estado (DATASUS, 2006).
Tendo como base de comparação os dados do Brasil, percebe-se, portanto, a alta cobertura
populacional das Equipes de Saúde da Família (ESF) dos municípios analisados, onde a
menor cobertura observada foi de 72,6%, referentes ao município de Aroeiras. Verificou-se,
ainda, que 40% dos municípios estudados (seis municípios) apresentou, em 2005, coberturas
entre 90 a 100%.
A alta cobertura populacional, observada nos municípios estudados, reflete o padrão
alcançado por municípios de pequeno porte, ou seja, com população menor que 20.000
habitantes, em todo o Brasil. Nesses municípios, segundo estudo realizado pelo Ministério da
Saúde, constatou-se uma rápida expansão da cobertura do PSF, em comparação com
municípios de médio e grande porte (BRASIL, 2006). É importante destacar que a maioria
dos municípios aqui estudados possui população menor que 20.000 habitantes e que, portanto,
necessitam de um pequeno número de ESF para cobrir 100% da população. O tamanho da
população dos municípios pode ser considerado o principal fator facilitador na implantação
das equipes de Saúde da Família desses municípios.
Entre as diretrizes organizativas do PSF, estão a adscrição da clientela e o
estabelecimento de vínculo entre as equipes de Saúde da Família e a população assistida.
Dentre as atividades desenvolvidas pelas equipes, destacam-se as visitas domiciliares
realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), principal elo entre a equipe e a
comunidade, cuja importância reside na manutenção de um contato permanente com as
famílias de suas respectivas áreas de atuação. Espera-se que cada família cadastrada por uma
ESF receba, pelo menos, uma visita domiciliar do ACS por mês (BRASIL, 2001). No Brasil,
no ano de 2005, a média mensal de visitas domiciliares do ACS, por família, foi de 1,1. Os
Estados que apresentaram maior média foram Alagoas, Maranhão e Acre (1,3), e o Estado
com menor média foi o Rio Grande do Sul (0,7). A Paraíba apresenta a 4ª maior média (1,0),
juntamente com mais sete Estados, a saber: Mato Grosso do Sul, Piauí, Ceará, Roraima,
Goiás, Pernambuco e Mato Grosso. Dentre os Estados com maior média de visita domiciliar,
por família, dois são da Região Nordeste (Alagoas e Maranhão) e um da Região Norte (Acre).
No que diz respeito aos municípios estudados, verifica-se que apenas quatro
apresentaram média de visitas domiciliares superior à média do Brasil (Bernardino Batista,
Pedras de Fogo, Cacimba de Dentro e Boqueirão). A grande maioria deles, 10 municípios,
apresentou médias entre 0,9 e menos de 1,0 (Araruna, São José dos Ramos, Esperança,
Umbuzeiro, Picuí, Itabaiana, Bananeiras, Aroeiras, Nova Floresta, Areial), média inferior ao
esperado, ou seja, pelo menos uma visita por família no mês.