Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE MEDICINA
CURSO DE DOUTORADO
FATORES AMBIENTAIS E VULNERABILIDADE AO TRANSTORNO
DE PERSONALIDADE BORDERLINE: UM ESTUDO CASO-
CONTROLE DE TRAUMAS PSICOLÓGICOS PRECOCES E
VÍNCULOS PARENTAIS PERCEBIDOS EM UMA AMOSTRA
BRASILEIRA DE PACIENTES MULHERES
Tese de Doutorado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Ciências Médicas: Psiquiatria, da
Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, como requisito para a obtenção do
título de Doutor em Psiquiatria.
Sidnei Samuel Schestatsky
Autor
Paulo Belmonte de Abreu
Orientador
Lúcia Helena Freitas Ceitlin
Co-orientadora
Porto Alegre, 2005
PROGRAMA DE PÓS
-
GRADUAÇÃO EM CIÊN
CIAS MÉDICAS: PSIQUIATRIA
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
AGRADECIMENTOS
Uma vantagem em se concluir o doutorado mais velho é a longa lista de
pessoas amigas que se acumula ao longo dos anos. Se, por um lado, os
agradecimentos se arriscam ficarem maiores que a própria tese, também
reafirmam a satisfação de se ter tantas pessoas próximas por perto em número
talvez até maior do que o autor esperasse.
Meu primeiro agradecimento vai para Dona Ida, que nos seus 83 anos, ainda
freqüenta a Universidade da Terceira Idade na UFRGS, vai a concertos na Ospa,
assiste a peças no Teatro São Pedro e faz reuniões de discussão de cinema com
suas jovens amigas de 75 anos. Ela foi meu principal modelo em desfrutar
interesses culturais amplos e diversificados, que tenho desenvolvido,
prazerosamente, ao longo da vida e das minhas atividades profissionais.
Depois, quero agradecer a duas pessoas ausentes. Seu Nestor, meu pai,
que, rodeado de livros policiais por todos os lados, me contagiou, desde pequeno,
com a magia daquelas páginas amareladas e misteriosas, cuja curiosidade
impulsionou que eu fosse o leitor quase compulsivo que sou.
Agradeço ao Dr. Roberto Pinto Ribeiro, falecido Professor Titular deste
Departamento, e meu analista pessoal por 12 anos. Das várias coisas que lhe sou
grato, está a de me ajudar a aliviar meus receios com as incertezas, com o novo e
com o desconhecido, e de não me sentir ameaçado pelo crescimento dos mais
jovens – mas de encontrar uma satisfação genuína em vê-los crescer, como
filhos, pacientes ou alunos.
Meus filhos, Gustavo, Pedro e Ricardo, são provavelmente o que de mais
precioso já contribuí para criar. A presença deles me enche diariamente de alegria
e disposição para ser uma pessoa melhor e mais capaz de compartilhar os
momentos em que estamos juntos. Agradeço-lhes o constante estímulo para
seguir crescendo, porque este é o único jeito, afinal, de poder ir acompanhando o
permanente crescimento deles.
Esta tese não teria sido possível se o tivesse contado com a cooperação
de inúmeros colegas do Departamento e do Serviço de Psiquiatria. Primeiro, por
me facilitarem, ao longo dos últimos dois anos, a diminuição de rias atividades
ads:
3
docentes que me deu um tempo indispensável para dedicar à tese. Depois, por
terem a paciência e compreensão intermináveis para tolerar meus atrasos até
concluí-la.
Tenho um agradecimento especial a fazer aos Drs. Cláudio Eizirik, Paulo
Abreu e Lúcia Helena, por acreditarem no meu doutorado e por terem
incessantemente me apoiado e estimulado como amigos e colegas e, no caso do
Abreu e da Lúcia, como pacienciosos orientadores.
Minha equipe de pesquisa, a Simone, Luciana, Fabiana, Betina, Gabriela,
Cristiano, Denise, Renata e Rodrigo, merecem mais que um agradecido abraço.
Cada um deles correu atrás de um turbulento grupo de pacientes “borderline”,
reconhecidos como dos mais difíceis da clínica psiquiátrica, aplicando inúmeros
instrumentos e questionários. Fizeram-no com dedicação, determinação e boa
vontade além e acima do esperado sem eles, a pesquisa não teria deslanchado
nem sido concluída. Faço um agradecimento especial à Simone: além da ajuda
em decolar o projeto, seguiu ajudando a mantê-lo no ar e a trazê-lo de novo ao
chão, na forma da presente tese.
Incluo nestes os agradecimentos outras duas incansáveis e dedicadas
colaboradoras, a Lúcia Mandler e a Mara Santos que são as únicas pessoas
que conheço, no HCPA, que sempre encontram solução e respostas para tudo
que lhes for pedido. A Mara datilografou, formatou, corrigiu, imprimiu, modificou,
me cobrou e até xingou, quando necessário. A Lúcia praticamente administrou a
pesquisa, agendou os pacientes, conseguiu-lhes refeições, levou-os ao
laboratório, telefonou, telegrafou, guardou as verbas de pesquisa, fez recibos,
enfim, deu a estrutura indispensável para um projeto tão complexo.
Finalmente, à Sônia, minha querida e amorosa esposa e companheira. Foi
quem me carregou para o Doutorado, que começamos juntos. Foi no esforço e
dedicação dela que continuei me motivando para finalizá-lo que concluiu o
seu bem antes, sendo a primeira Doutora (mulher) em Psiquiatria pela UFRGS.
Mas a Soninha tem sido uma companheira carinhosa em todos os momentos, o
doutorado sendo apenas mais um dos inúmeros passeios que temos feito juntos,
ao longo da vida, e que sem dúvida seguiremos fazendo, sempre animados pelo o
que eu às vezes acho ser seu incompreensívelmente constante bom humor.
Mais uma vez, obrigado a todos.
4
“Time present and time past
Are both perhaps present in time future,
And time future contained in time past.”
*
T.S. Elliot, “Burnt Norton” (Four Quartets), 1942.
* O presente e o passado
Talvez estejam presentes no futuro
E o futuro contido no passado.
T.S. Elliot, “Burnt Norton”, (Quatro Quartetos), 1942.
5
RESUMO
Introdução: O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um
transtorno mental grave e complexo, caracterizado por um padrão difuso de
instabilidade na regulação das emoções, auto-imagem, controle dos impulsos e
dos relacionamentos interpessoais. Estima-se que ocorra entre 1% a 2% da
população geral, sendo o mais comum dos transtornos de personalidade em
contextos clínicos, afetando cerca de 10% de todos os pacientes psiquiátricos
ambulatoriais e 15% a 20% dos internados. Caracteriza-se por grave
incapacitação profissional, substancial utilização dos sistemas de saúde mental e
uma taxa de mortalidade por suicídio de 10%, cinqüenta vezes maior do que a da
população geral. A co-ocorrência do TPB com patologias do Eixo I é comum,
como os Transtornos do Humor, Transtornos Ansiosos, Transtornos Alimentares e
Abuso de Álcool/Drogas, tornando piores o tratamento, a evolução e o
prognóstico destes quadros. No entanto, não há nenhum estudo com estes
pacientes que tenham sido criteriosamente diagnosticados e usados
instrumentos padronizados em populações clínicas ou não-clínicas de língua
portuguesa no Brasil ou na América do Sul. Objetivos: 1) descrever, do ponto de
vista clínico e demográfico, a presença desta patologia no nosso meio, e 2)
avaliar a existência ou não de fatores de risco ambientais, na infância e
adolescência (situações traumáticas e disfunção parental percebida), que se
associem com o diagnóstico de TPB na idade adulta, em pacientes internados e
de ambulatório, de três centros de referência nas cidades de Porto Alegre e Novo
Hamburgo (RS/Brasil). Material e Métodos: Desenvolveu-se, primeiro, um estudo
6
transversal (N=26), para caracterizar descritivamente a população clínica em
estudo. Depois, um estudo caso-controle pareado (N=23), tendo como desfecho o
diagnóstico de TPB e como fatores de exposição a ocorrência de eventos
traumáticos precoces (abusos emocional, físico, sexual e negligências física e
emocional) e a percepção dos nculos familiares na infância (afeto e controle).
Constituíu-se uma amostra de conveniência de 26 casos para o estudo
transversal e de 23 pares de casos (pacientes com TPB) e controles (pessoas
normais), para o estudo caso-controle. Todos os casos foram, por acaso, do sexo
feminino, e idade entre 18 e 60 anos (média 33.6 ± 10.6 anos). Foram
diagnosticados tendo pelo menos cinco dos critérios para TPB (DSM-IV) e escore
8 na Entrevista Diagnóstica para Borderline - Revisada (DIB-R). Sujeitos com
inteligência clinicamente abaixo da média, diagnósticos de quadros orgânico-
cerebrais agudos ou crônicos e Esquizofrenia ou Transtorno Bipolar I presentes,
foram excluídos. Os controles, para serem incluídos, tiveram escores iguais ou
abaixo de sete no DIB-R, escores abaixo de sete no Self-Report Questionnaire e
nenhum diagnóstico presente na versão brasileira do Mini International Neuro-
psychiatric Interview (MINI). A amostra (N=23) foi pareada por sexo, idade 1
ano), escolaridade e classe sócio-econômica. Coletaram-se informações clínicas
e demográficas com Protocolo padronizado e desenvolvido para o estudo. Dados
sobre comorbidade foram colhidos pelo MINI. Evidências sobre abusos
(emocionais, físicos e sexuais) e negligências (emocional e física) foram obtidas
através da Entrevista sobre Experiências Familiares (FEI) e pelo Questionário de
Traumas na Infância (CTQ). As percepções que casos e controles tinham dos
seus vínculos maternos e paternos na infância foram obtidas pelo “Parental
Bonding Instrument”. Resultados: O grupo de casos constituíu-se de pacientes
7
gravemente doentes, com início precoce dos sintomas (16 ± 8.9 anos de idade) e
uma média de 4.3 ± 3.4 internações psiquiátricas ao longo da vida. Sintomas mais
freqüentes foram instabilidade afetiva (96.1%), sentimentos crônicos de vazio
(92.3%), crises de raiva intensas e injustificadas (84.6%), reações desesperadas
frente a abandonos (84.6%) e automutilações (84.6%). Apresentaram importante
risco de suicídio (84.6%), 76.9% com tentativas prévias e 3.8% (N=1), mesmo em
tratamento, cometeu suicídio durante o estudo. Os casos tiveram taxas altas de
comorbidade com Transtornos do Humor (76.9%) e Ansiosos (69.2%) e menores
com Transtornos Alimentares (30.7%) e Abuso de Álcool/Drogas (23.1%). A
média de comorbidades foi de 2.1 ± 0.9 diagnósticos do Eixo I por caso de TPB.
Os casos estavam bastante incapacitados funcionalmente: 69.3%
desempregados, afastados 19 ± 20.7 meses do trabalho e 11.3%
precocemente aposentados por doença. A incapacitação global dos casos foi
significativamente maior que dos controles, quando medida pelo GAF (Global
Assessment Function), e similar aos índices mencionados na literatura. Cerca de
80% dos casos estava ou esteve em psicoterapia individual, com freqüência de
uma vez por semana (85.7%), durante mais de dois anos (26.3 ± 31.8 meses de
duração). Vinte e quatro (92.3%) vinha também em tratamento
psicofarmacológico de longa duração. Quanto às situações traumáticas precoces,
os casos estiveram significativamente mais expostos a abusos emocionais,
abusos físicos, abusos sexuais e negligência emocional, antes dos 16 anos de
idade. Em relação a eventos traumáticos em geral, os pacientes com TPB
estiveram mais expostos em todas as faixas etárias: antes dos 12 anos, dos 13
aos 16 anos e após os 17 anos. Nenhum dos casos, nem dos controles, deixou
de estar exposto a pelo menos um evento traumático ao longo da vida. Quanto
8
aos vínculos familiares percebidos, observaram-se, nos casos, diferenças
significativas tanto na presença de escores inferiores de afeto materno e
superiores de controle paterno, como na predominância de pais e mães do “tipo
Três(restrição de liberdade + controle sem afeto) (Parker, 1979). Houve também
associação entre a ocorrência de abusos e negligência na infância com a
percepção de pais menos afetivos e mais controladores. Conclusões: 1) a
amostra sul-brasileira de pacientes com TPB foi basicamente semelhante às
apresentações clínico-demográficas tradicionalmente descritas para o TPB em
outras populações clínicas, o que é mais uma contribuição para a validação
transcultural desta categoria nosográfica; 2) as evidências de maior exposição,
por parte dos pacientes com TPB, a eventos traumáticos na infância e
adolescência, especialmente abusos emocionais, sicos e sexuais, confirmam a
hipótese, para esta amostra, da associação destas variáveis ambientais como
fatores de risco para o aumento de sua vulnerabilidade à psicopatologia
borderline na idade adulta; e 3) esta maior exposição a eventos traumáticos
ocorreu dentro de uma matriz familiar percebida como disfuncional., o que poderia
apontar para duas hipóteses: (a) um efeito aditivo da ocorrência de traumas
precoces com a disfunção nos vínculos parentais no desenvolvimento da futura
psicopatologia, ou (b) a possibilidade de que o impacto das situações traumáticas
possa ser mediado pela qualidade e intensidade da disfunção familiar, seja
aumentando os fatores de vulnerabilidade ou, ao contrário, fortalecendo os fatores
de resiliência da criança nas famílias percebidas como menos disfuncionais.
Estes achados foram redigidos sob a forma de dois artigos, onde se salientaram
as principais contribuições do estudo: 1) a primeira descrição clínica detalhada de
uma amostra de língua portuguesa de pacientes com TPB criteriosamente
9
diagnosticados; 2) a primeira observação da associação de situações traumáticas
na infância e adolescência com psicopatologia borderline na idade adulta em uma
população de pacientes de língua portuguesa; e 3) a primeira constatação, em
pacientes com TPB de língua portuguesa, da associação entre situações
adversas precoces e a percepção de vínculos parentais disfuncionais.
10
LISTA DE TABELAS
PORTUGUÊS
Tabela 1 – Características Demográficas dos Casos (Pacientes com TPB)
e Controles (Pessoas Normais)
*
....................................................... 208
Tabela 2 – Características Clínicas dos Pacientes com Transtorno
de Personalidade Borderline
*
............................................................ 209
Tabela 3 – Características clínicas das amostras emparelhadas ........................ 210
Tabela 4 – Freqüência dos Sintomas / Critérios Diagnósticos do Transtorno
de Personalidade Borderline pelo DSM-IV
*
....................................... 211
Tabela 5 – Suicidalidade e Mortalidade dos Transtornos de
Personalidade Borderline
*
................................................................. 212
Tabela 6 – Antecedentes Traumáticos na Infância e Adolescência ..................... 213
Tabela 7 – Outros Eventos Traumáticos antes dos 16 anos................................ 214
Tabela 8 – Graus de Incapacitação* .................................................................... 215
Tabela 9 – Características dos Tratamentos dos Pacientes com Transtorno
de Personalidade Borderline
*
............................................................ 216
Tabela 10 – Comorbidade de Patologias do Eixo I (atual e vida).
(inteira) com Transtorno de Personalidade Borderline*..................... 217
Tabela 11 – Comorbidade de patologias do Eixo I (agrupadas, atual).
e vida inteira) com Transtorno de Personalidade Borderline
*
........... 218
Tabela 12 – Itens do DIB-R de Pacientes Sul-Brasileiros (Schestatsky et al.,
2005) e norte-americanos (Zanarini et al. 1990)
*
................................ 219
Tabela 13 – Comorbidades de Eixo I de pacientes femininas com TPB em
Boston (Zanarini et al., 1998a) e Porto Alegre (Schestatsky et al.
2005) ................................................................................................. 220
Tabela 14 – Correlações entre Abusos e Negligências........................................ 221
Tabela 15 – Prevalências de Abuso Físico e Sexual em Pacientes com
Transtorno de Personalidade Borderline.............................................. 222
11
LISTAS DAS TABELAS
INGLÊS
Table 1 – Demographic Characteristics of Cases (BPD) and Normal Controls.... 223
Table 2 – Clinical Characteristics of Borderline Personality Disorder Patients..... 224
Table 3 - Clinical Characteristics of Paired Samples............................................ 225
Table 4 – Frequency of Symptoms / Diagnostic Criteria for Borderline
Personality Disorder (DSM-IV) .......................................................... 226
Table 5 – Suicidality and Mortality Rates of Borderline Personality
Disorder Patients Sample..................................................................... 227
Table 6 – Traumatic Antecedents in Childhood and Adolescence ....................... 228
Table 7 – Other Traumatic Events until 16 years old............................................ 229
Table 8 – Functional Disabilities........................................................................... 230
Table 9 – Treatment Characteristics of the Borderline Personality
Disorders Patients Sample................................................................... 231
Table 10 – Axis I Comorbidity (current and lifelong) in Borderline
Personality Disorder Patients ............................................................... 232
Table 11 – Axis I Comorbidity (grouped, current and lifelong) in
Borderline Personality Disorder Patients.............................................. 233
Tbale 12 – DIB-R Items of a Southern-Brazilian and a North-American
Borderline Personality Disorder samples ............................................. 234
Table 13 – Axis I Comorbidity in Borderline Personality Disorder Patients in
Boston and Porto Alegre-Novo Hamburgo ........................................... 235
Table 14 – Abuse and Neglect Correlations......................................................... 236
Table 15 – Prevalence of Sexual and Physical Abuse in Borderline ................... 237
Personality Disorder Patients
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14
1.1 Estado atual das pesquisas sobre a patogênese dos TPB.......................... 15
2 REVISÂO DA LITERATURA ............................................................................. 22
2.1 Traumas e TPB............................................................................................ 22
2.2 TPB versus TEPT........................................................................................ 25
2.3 Modelos psicodinâmicos da relação entre traumas precoces e
predisposição à futura psicopatologia.................................................................... 26
2.4 Modelos psicobiológicos.............................................................................. 31
3 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 33
3.1 Objetivos secundários ................................................................................. 33
4 ARTIGOS ......................................................................................................... 34
ARTIGO 1 – INGLÊS: Demographic and clinical characteristics of a
south-brazilian female sample of Borderline Personality Disorder patients .... 35
ARTIGO 1 – PORTUGUÊS: Características demográficas e
clínicas de uma amostra brasileira de pacientes mulheres com
Transtorno de Personalidade Borderline ........................................................ 87
ARTIGO 2 - INGLÊS: Association between Borderline Personality
Disorder diagnosis, perceived parental bonding, and abuse and
neglect in childhood: a case-control study in a south-brazilian
sample of female patients ............................................................................... 145
ARTIGO 2 – PORTUGUÊS: Associação entre diagnóstico de
Transtorno de Personalidade Borderline, qualidade percebida do
vínculo com os pais e abuso e negligência na infância: estudo
caso-controle em uma amostra sul-brasileira de pacientes mulheres ............ 172
13
5 CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS FINAIS...................................................... 201
6 LIMITAÇÕES..................................................................................................... 204
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 238
ANEXOS .............................................................................................................. 254
A – PROTOCOLO DE PESQUISA....................................................................... 255
B – CONSENTIMENTO INFORMADO – AUTORIZAÇÃO PARA
PARTICIPAÇÃO EM PROJETO DE PESQUISA (CASOS E
CONTROLES).............................................................................................. 260
C – ESCALA PARA NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO .............................................. 262
D – SRQ – 20....................................................................................................... 263
E – ENTREVISTA DIAGNÓSTICA PARA BORDERLINES (DIB-R) .................... 264
F – ENTREVISTA EXPERIÊNCIAS FAMILIARES (FEI) ...................................... 275
G – MINI............................................................................................................... 298
H – ESCALA DE AVALIAÇÃO GLOBAL DO FUNCIONAMENTO (GAF) ............ 324
I – QUESTIONÁRIO SOBRE ESTRESSORES AO LONGO DA VIDA ............... 325
J – QUESTIONÁRIO SOBRE TRAUMA NA INFÂNCIA (CTQ) ........................... 337
K – CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA TPB .................................................... 339
L – PARENTAL BONDING INSTRUMENT (PBI) ................................................. 340
1 INTRODUÇÃO
Os Transtornos de Personalidade Borderline (TPB) possuem alta morbidade e
comorbidades. Embora com prevalência estimada entre 1% a 2% na população
(Torgensen et al., 2001), sua presença nos contextos clínicos costuma estar super-
representada. Em pelo menos dois estudos (Skodol e Oldham, 1991; Widiger e Frances,
1989) os TPB constituíam cerca de 10% de todos os pacientes psiquiátricos
ambulatoriais e 20% dos hospitalizados. Além disto, entre os pacientes diagnosticados
como tendo algum transtorno de personalidade, os TPB contribam com um teo dos
em ambulario e dois terços dos que foram internados.
A comorbidade dos TPB é também expressiva. Associam-se a Transtornos do
Humor (Docherty et al., 1986), de Ansiedade (Grunhaus et al., 1985), Abuso de
Subsncias, Transtornos Alimentares (Dulit et al., 1990), Transtornos Dissociativos,
Somatoformes, Factícios e de Controle dos Impulsos (Zanarini et al. 1989). Algumas das
taxas de suidio apresentadas por estes pacientes, entre 3% a 9.5% (Brodsky et al.
1997), fazem deles um dos grupos psiqutricos de mais alta taxa de mortalidade, abaixo
apenas da mortalidade de 15% descrita em pacientes com Transtornos do Humor
graves.
Entre as comorbidades, dados relativamente recentes enfatizam sua concomincia
com o diagnóstico de Transtorno de Estresse s-Trautico (TEPT) em cerca de 30%
dos casos (Swartz et al., 1990), suscitando questionamentos sobre a relação entre
ambos (Herman e van der Kolk, 1987). Com isto, deslocou-se em parte, para este pólo, o
eixo das queses sobre a interface entre os TPB e os Transtornos do Humor (Akiskal,
15
1994; Gunderson e Sabo, 1993; Gunderson e Phillips, 1991). Nesta mesma direção,
também se identificou taxas significativas de TPB entre pacientes sobreviventes de
abuso sexual na infância (Briere e Zaidi, 1989; Herman, 1986).
A comorbidade entre TPB e TEPT acompanhou-se da observação de uma
fenomenologia clínica bastante semelhante entre ambos (alterações na regulação dos
afetos, controle dos impulsos, teste de realidade, relações interpessoais e na integração
do self), chamando a atenção para um presuvel papel etiológico dos traumas em
ambas as patologias. Uma das hipóteses consideradas é a de que o TPB seja um tipo de
TEPT crônico, assimilado e integrado a um desenvolvimento distorcido da personalidade,
ao qual Herman propôs chamar de TEPT complexo (Herman, 1992). Estudos mais
atuais, apoiados em evidências de neuro-imagens, sugerem que se considere uma nova
categoria nosológica no pximo DSM-V, à dos Transtornos Associados a Traumas
Psíquicos (“trauma-spectrum disorders”), incluindo algumas formas de depressões,
pânico, transtornos dissociativos, alimentares e alguns transtornos de personalidade,
como o borderline e o anti-social (Bremner, 2005).
1.1 Estado atual das pesquisas sobre a patogênese dos TPB
Em 1997, em uma influente revio sobre a evolução das pesquisas de fatores
etiológicos ambientais no TPB, Zanarini identificou três gerões de estudos até eno
desenvolvidos (Zanarini, 1997). A primeira enfocou questões levantadas pelos estudos
psicodinâmicos pioneiros de Masterson (1972), Kernberg (1975) e Adler e Buie (1979),
especialmente: 1) a perda dos pais na infância, por separação ou morte; e 2) relações
16
parentais perturbadas (Frank e Paris, 1981; Grinker et al., 1968; Gunderson et al., 1980;
Soloff e Millward, 1983; Walsh, 1977).
Quatro conclusões surgiram destes estudos: 1) separações prolongadas na inncia
eram comuns e discriminantes para pacientes com TPB; 2) pacientes com TPB
percebiam usualmente suas relações com a mãe como conflitivas, distantes ou sem
envolvimento afetivo; 3) o fracasso do pai em estar presente, e emocionalmente
envolvido, era um aspecto mais discriminante destas famílias que os problemas com a
e; e 4) relações perturbadas com ambos os pais eram mais específicas para os
pacientes com TPB do que com cada um, isoladamente o chamado “fracasso bi-
parental” (Goldberg et al., 1985).
A segunda geração de estudos, no início da década de 1990, refinou limitações
metodológicas da geração anterior e incorporou três avanços: 1) diagsticos através de
entrevistas semi-estruturadas; 2) experncias da inncia obtidas por instrumentos
padronizados; e 3) informões sobre os diagnósticos e experiências adversas da
inncia coletadas de forma mascarada umas das outras.
Estes estudos centraram-se principalmente nas experiências de abuso físico e
sexual na infância e adolescência (Herman et al., 1989; Links et al., 1988; Ogata et al.,
1990; Salzman et al., 1993; Shearer et al., 1990; Westen et al., 1990; Zanarini et al.,
1989). Foram três os achados mais importantes: 1) tanto o abuso físico quanto o sexual
foram relativamente comuns nas histórias da infância de pacientes borderline; 2) abusos
sicos não foram relatados de forma significativamente maior pelos pacientes borderline
do que pelos controles; e 3) o abuso sexual apareceu, de forma consistente e
significativa, mais descrito por pacientes borderline do que por seus controles com
depressão, ou com outros transtornos de personalidade.
17
A terceira geração de estudos começou a aparecer no final da década de 1990, com
algumas características conceituais e metodológicas em comum: 1) tendência a avaliar
uma gama maior de experiências adversas da inncia ao invés de somente o abuso
sexual; 2) investigar detalhadamente parâmetros do abuso sexual tipo, intensidade,
freqüência, duração, relação com o abusador; e 3) o uso de análises multivariadas na
determinação dos achados significativos (Dubo et al., 1997; Jordan et al., 1997; Mitton et
al., 1997; Paris & Zweig-Frank, 1997; Salzman et al., 1997; Silk et al., 1997; Zanarini et
al., 1997).
Surgiu atualmente uma quarta geração de pesquisas, publicada nos últimos cinco
anos e caracterizada por: 1) estudos genéticos (Siever et al, 2000) e neurobiológicos
(Skodol et al, 2000) sobre a etiologia dos TPB, e 2) estragias metodológicas mais
robustas, com estudos prospectivos de populões de risco (Widom, 1999), amostras da
comunidade (Johnson et al., 2001; Silverman et al., 1996) e populações de gêmeos
(Bulik et al., 2001).
As conclues mais críticas e atuais destas pesquisaso: 1) o papel da redão da
atividade neuroqmica serotorgica central no descontrole dos impulsos agressivos
nos pacientes com TPB (Skodol et al., 2000); 2) a função do aumento da responsividade
dos sistemas colinérgicos na instabilidade afetiva dos pacientes com TPB (Skodol et al.,
2000); 3) evidências mais consistentes da influência genética na herdabilidade dos traços
subjacentes aos TPB
1
do que do desenvolvimento do TPB propriamente dito (Siever et
al., 2000); 4) presea de seqüelas permanentes em populações submetidas a abusos
na infância e adolescência, com aumento do risco de desenvolvimento de problemas
clínicos emocionais e comportamentais na idade adulta (Silverman et al., 1996); 5)
importância do abuso emocional no desenvolvimento dos TP, independente, embora
1
Neuroticismo, impulsividade, ansiedade, labilidade afetiva e apego inseguro.
18
sem excluí-los, dos abusos físicos e sexuais (Johnson et al., 2001); 6) confirmação da
relencia do contexto familiar e das vulnerabilidades individuais no impacto futuro das
vitimizações da inncia (Widom, 1999); (e 7) em pares de meos discordantes para
abuso sexual, a permanência do abuso sexual, quando grave, como um fator de risco
significativo no desenvolvimento de psicopatologia adulta de forma geral mas não
específica (Bulik et al., 2001).
Todos os estudos mencionados foram feitos com populações dengua inglesa, não
se podendo concluir até que ponto os resultados encontrados podem ser transpostos da
cultura anglo-sa, onde se originaram, para nossa cultura latino-americana. Não a
prodão brasileira é extremamente escassa sobre os TPB (Schestatsky, 1999), como
também não parece existir, a onde se revisou (280 artigos, nos últimos 10 anos, base
de dados LILACS), nenhuma pesquisa sobre a associação entre a exposição a situões
adversas na infância com psicopatologia borderline na idade adulta, seja em populações
hispano-americanas em geral, seja em populações brasileiras em particular, o que
mantém em aberto a questão da generalização dos achados internacionais sobre o tema.
Parte do delineamento desta tese, assim como seu objetivo geral, se incluiem dentro
da terceira geração dos estudos mencionados. É um estudo caso-controle retrospectivo,
que investiga, em nosso meio, se uma ampla gama de fatores de exposão ambiental do
tipo trautico, ocorridos na inncia ou adolescência, contribuiria para aumentar a
vulnerabilidade das pessoas a virem a ter, no futuro, um diagnóstico de Transtorno de
Personalidade do tipo Borderline.
Compreendem-se como traumáticos eventos e/ou experiências psicologicamente
intensos, capazes de induzir estados mentais de medo, desespero e desamparo nas
criaas e adolescentes expostos. Entre eles, estudamos os abusos sexuais, físicos e
19
emocionais e as negligências sicas e emocionais além de uma gama de eventos
traumáticos eventualmente presentes no cotidiano, como testemunho de violência
dostica, perdas e separações dos pais, adoção e abortos, entre outros.
As definições dos abusos e negligências utilizadas foram as seguintes:
Abuso sexual: contatos ou interações, entre um adulto e uma criança,
sendo ela usada para estimular sexualmente o perpetrador ou outra
pessoa que estiver observando. O abuso sexual pode também ocorrer
por alguém com menos de 18 anos, desde que este seja
significativamente mais velho que a vítima, ou quando o perpetrador se
encontrar em uma posição de poder ou controle em relação à criança (US
National Center on Child Abuse and Neglect, 1980);
Abuso físico: punições ou agressões físicas consideradas socialmente
inapropriadas na sua intensidade e natureza, causando marcas no corpo
da criança hematomas, lesões com solução de continuidade na pele,
queimaduras, fraturas ou quaisquer outras lesões que exijam cuidados
médicos mesmo que estes não tenham sido procurados (Weaver e
Clum, 1993);
Abuso emocional: comportamentos verbais e não-verbais com o objetivo
de ferir, humilhar ou controlar a criança, de intensidade e freqüência
superiores a eventuais explosões de impaciência nos cuidadores
(Sansone et al., 1998);
Negligência física: incapacidade dos cuidadores de prover as
necessidades básicas da criança como alimentação, roupas, educação e
20
cuidados de saúde (US National Center on Child Abuse and Neglect,
1980);
Negligência emocional: indisponibilidade parental para interagir
afetivamente com a criança por ausências prolongadas de casa ou
doenças psiquiátricas crônicas e recorrentes dos cuidadores, como
depressão, alcoolismo, abuso de drogas ou de sedativos (Draijer e
Langeland, 1999);
A hipótese principal deste estudo é a de que os adultos com diagnóstico de
Transtorno de Personalidade Borderline, de acordo com os critérios do DSM-IV e
do DIB-R, apresentarão uma associação significativamente maior com a presença
de situações traumáticas na infância e adolescência do que o grupo controle.
As hipóteses secundárias são:
Pacientes com diagnóstico de TPB apresentarão um número maior de
situações traumáticas no passado, situações mais graves, com maior
freqüência e maior duração, do que o grupo controle.
Pacientes com TPB associados com abuso sexual na infância
apresentarão sintomas mais graves (tentativas de suicídio, número de
internações hospitalares, impulsividade, automutilação, transtornos
alimentares, abuso de drogas, sintomas dissociativos e relações
interpessoais pobres) do que pacientes com TPB, mas sem abuso.
Abuso sexual será o trauma infantil mais associado com o diagnóstico de
TPB.
21
Abusos sexuais na infância serão preditores mais significativos de um
diagnóstico de TPB se cometidos por uma pessoa familiar do que por
uma pessoa estranha.
Sujeitos do grupo controle com história de abuso sexual na infância,
mesmo sem ter diagnósticos psiquiátricos, apresentarão níveis de
adaptação social, familiar e ocupacional inferiores aos controles sem esta
história.
Tanto no grupo de casos, quanto no de controles, a presença de traumas
graves na infância, especialmente abusos físico e sexual, estarão mais
associados com graus maiores de disfunção familiar, social e profissional.
Pacientes com TPB apresentarão padrões maiores de disfunção parental
percebida que seus controles.
22
2 REVISÃO DA LITERATURA E QUADRO TEÓRICO
2.1 Traumas e TPB
O TPB tem sido associado à presença de traumas precoces desde o trabalho
pioneiro de Stern (1938). Fatores que encontramos nestes pacientes”, escreveu Stern,
“incluem crueldade, neglincia e brutalidade reais, durante muitos anos, por parte de
seus pais”. Ainda que outros clínicos tenham acrescentado também a alta freqüência de
incesto entre estes pacientes (Stone, 1981), a maior parte dos autores psicanaticos
passou a se preocupar mais com a importância do mundo interno dos pacientes e de
suas fantasias inconscientes, relegando a um segundo plano a parte das observações
mais centrada na realidade objetiva dos traumas ocorridos (Gunderson e Sabo, 1993).
Antes que Herman e van der Kolk (1987) pusessem em relevo a superposão da
fenomenologia entre o TPB e TEPT, Browne e Finkelhor (1986) haviam relatado que
timas de abuso sexual desenvolviam sintomas muito parecidos com os do TPB mais
especificamente depreso, abuso de drogas, revitimizão e auto-destrutividade.
Posteriormente, a associão entre abuso na inncia e auto-destrutividade o mais
prototípico dos sintomas borderline (Gunderson, 1984) foi confirmada (van der Kolk et al.,
1991), assim com uma ligação destes abusos com sintomas dissociativos na idade adulta
(Chu e Dill, 1990). Estes trabalhos estabeleceram a base para se começar a investigar
como tais experncias trauticas poderiam contribuir no desenvolvimento do TPB
adulto.
23
A associão entre história de abuso sexual na infância e o diagnóstico de TPB foi
demonstrada em pelo menos seis outros estudos casos-controle com populações
clínicas de ngua inglesa (Links e Monroe-Blum, 1990). Herman e Schatzow (1987)
apresentaram evidências de que mais de 80% das histórias de abuso sexuais em
mulheres eram válidas e puderam ser corroboradas por outras fontes. Bryer et al. (1984)
e Herman et al. (1989), sugeriram que havia uma relação dose-efeito entre a magnitude e
duração do abuso infantil e o desenvolvimento de características de um TPB.
rios estudos que constataram os relatos de abuso físico e sexual pelos pacientes
com TPB, situaram o abuso sico perpretado pelos pais, ou outro adulto cuidador, entre
10% a 71% das amostras estudadas (Herman et al., 1989; Links et al., 1988; Ogata et al.,
1990; Salzman et al., 1993; Shearer et al., 1990; Westen et al., 1990; Zanarini et al.,
1989a). Uma proporção de 0% a 33% dos pacientes relatou relações incestuosas com
um cuidador adulto com quem moravam. A investigação de abusos sexuais por parte de
estranhos à família, encontrou taxas de 16% a 71% desta ocorncia entre os pacientes
com TPB.
A associação entre abuso sexual e TPB manteve-se quando se controlou o sexo
dos pacientes (Herman et al., 1989) e diferenciou o TPB de outros transtornos
relacionados, como o TP Anti-social (Zanarini et al., 1989). Ogata e colegas (1990)
encontraram que o abuso sexual, mais do que abuso sico ou negligência parental,
predizia o diagnóstico de TPB, quando tentou diferenciar pacientes com TPB daqueles
com Depressão.
o é possível, o entanto, afirmar que abusos sexuais determinem uma contribuão
única na etiologia dos TPB, ou que não sejam apenas marcadores de outros fatores,
como disfunção parental ou perdas e separões precoces dos cuidadores pririos
24
(Links e van Reekum, 1993; Weaver e Clum, 1993). Alguns dos estudos citados também
revelaram que, além do abuso sexual, abuso físico, ser testemunha de vioncia
dostica e experiências de separação precoces, discriminavam sujeitos com TPB de
uma variedade de outras populações psiqutricas de pacientes internados e de
ambulario (Ogata et al., 1990; Westen et al., 1990; Gunderson et al., 1989).
Tudo indica que as formulações etiológicas ambientais para o desenvolvimento dos
TPB devam atualmente considerar ltiplos caminhos para um mesmo resultado, ou
seja, para a conflncia de fatores como vulnerabilidade de temperamento, estressores
sociais duradouros, processos psicodimicos associados e contextos familiares
disfuncionais (Links e Blum, 1990). sugeses de que os abusos tendem a ocorrer
dentro de climas familiares específicos (Finkelhor e Baron, 1986) e que famílias sexual e
fisicamente abusivas apresentam mais conflitos, menos expressão de afetos e menos
coesão (Moos e Moos, 1986). Mas mesmo que haja importantes correlatos familiares de
abusos precoces na determinação posterior do diagstico de TPB a relação entre
abuso e clima familiar, por um lado, e sua contribuição independente para o resultado
final (TPB) por outro, não teve sua especificidade claramente determinada (Weaver e
Clum, 1993).
2.2 TPB versus TEPT
Uma das linhas de pesquisas atuais tem considerado a hipótese de que uma
patologia borderline prévia possa contribuir para maior vulnerabilidade ao surgimento do
25
TEPT, principalmente quando este ocorre frente a estresses de intensidade grave, mas
não-catastrófica, como antes exigido pelos critérios diagnósticos do DSM-III-R.
A hitese de que um comprometimento prévio da personalidade intermediaria a
vulnerabilidade para o desencadeamento de quadros de estresse s-traumático
(Bowman, 1999), também se adequaria aos dados epidemiológicos disponíveis de que
apesar de 38% da população estar exposta, mesmo a estresses catastróficos, apenas
cerca de 9% experimentaram uma reação crônica do tipo TEPT (Breslau et al., 1991).
Encontraram-se como fatores de risco para o desenvolvimento do TEPT: a) separações
prolongadas na infância, b) história familiar de comportamentos anti-sociais e c) ser do
sexo feminino (Breslau et al., 1991). Portanto, a presea ou não de traumas precoces,
seja via desenvolvimento de uma patologia borderline, seja como antecedentes primários
do TEPT, seria de enorme imporncia na constituição de maior ou menor
vulnerabilidadepara o enfrentamento de traumas futuros.
Outros sugeriram dirão inversa na associação: a de que o TPB fosse
conceptualizado como uma “síndrome pós-trautica complexa (Herman e van der
Kolk,1987). Neste modelo, as experiências traumáticas ou abusivas teriam seu efeito
patonico pririo quando o trauma fosse crônico atuando sobre uma criaa
desprotegida e isolada e fazendo com que as respostas pós-traumáticas ao estresse
fossem desenvolvimentalmente incorporadas como estruturas de personalidade
desadaptadas (Herman, 1986; Herman e van der Kolk,1987). O TPB representaria então
uma adaptação intermediária à experiência trautica, mas mesmo assim
desenvolvimentalmente estruturada, ficando a meio caminho entre o TEPT e
desadaptações mais graves, como os Transtornos Dissociativos maiores.
26
Independente da direção da associação entre trauma e estruturas de personalidade,
parece haver uma associação constante, emborao-linear nem direta, entre a presença
de traumas na infância e maior vulnerabilidade a rias psicopatologias no futuro (Swett,
1990; Bryer, 1987) não apenas do tipo TEPT ou TPB. Nesta última hipótese, esperar-
se-ia encontrar correlatos neurobiogicos de estresses crônicos, como, por exemplo, a
ativação persistente e hiper-responsividade dos circuitos hipotalâmico-hipofisários
(Raadscher et al., 1994; Coplan et al., 1996; Heit et al., 1997).
2.3 Modelos psicodimicos da relação entre traumas precoces e predisposição à
futura psicopatologia
Quem primeiro afirmou que experiências traumáticas infantis faziam parte
importante e constitutiva da etiologia das doeas mentais foi Freud, com sua primeira
Teoria do Trauma Sexual na infância (1896). Embora posteriormente deixasse de
considerar a primazia da sedução real como fator universal na gênese das neuroses, em
favor da sexualidade infantil e das fantasias inconscientes de sedução, Freud nunca
deixou de apreciar o componente traumático real como um fator etiológico significativo
(Freud, 1897). Em 1902 introduziu o conceito de nachträglichkeit”, traduzido por
Strachey como ão a posteriori(“deferred action), para descrever o mecanismo pelo
qual traços mmicos de um evento trautico infantil que não puderam se integrar em
um contexto significativo quando ocorreram eram ressignificados na adolesncia, ou
idade adulta, adquirindo então toda a intensidade traumática original e ocasionando o
surgimento de sintomas de sofrimento pquico acentuado.
27
Em 1916 Freud pros o modelo etiogico das séries complementares,
surpreendentemente contemponeo a alguns modelos atuais, em que a psicopatologia
adulta estaria determinada pela interação entre a constituição genética e as vivências das
interações ambientais da infância, acionada por um desencadeamento trautico atual.
Em “Luto e Melancolia” (Freud, 1917), ao propor o mecanismo da identificão
ambivalente com o objeto perdido, sugeriu que perdas precoces poderiam se constituir
em “pontos de fixação” que tornariam a pessoa vulnevel a desencadear reações
depressivas posteriorers diante de novas perdas no futuro.
Nemeroff (1999), ao introduzir estudo recente (Agid et al., 1999) sobre perdas
parentais precoces como fatores de vulnerabilidade para doenças psiquiátricas “maiores”
(Depressão Maior, Transtorno Bipolar e Esquizofrenia), expressou que a psicanálise
vinha obtendo corroborações significativas de algumas de suas teses sicas,
principalmente com o aparecimento de relatos científicos atuais apoiando, com dados
impressionantes, o papel proeminente de experncias precoces indeseveis no
estabelecimento de futura vulnerabilidade para doenças psiqutricas”.
Outro postulado psicanatico tradicional, considera a interação com a figura materna
como sendo o componente ambiental precoce mais importante para a criança. A
psicanálise desde sempre insistiu que a forma pela qual o bee sua mãe interagem
criaria dentro da mente do be a primeira representação interna, não apenas da outra
pessoa (ae), mas da própria interação, isto é, a representação de um relacionamento.
Estas representações iniciais seriam cticas para o subsequente desenvolvimento da
criaa. A interação ocorre nos dois sentidos, ou seja, o modo como o be interage com
a e também influencia o comportamento materno para com ele. Um apego seguro
com a mãe provavelmente permite desenvolver na criança conforto e segurança consigo
28
mesma, am de confiaa básica nos outros, enquanto que um apego inseguro deixaria
a criança muito mais ansiosa e confusa.
Uma das iias chave da Teoria do Apego (Bowlby, 1969), e dos estudos cognitivos
e neurobiogicos do desenvolvimento, é a de que o processamento das representações
internas primitivas só pode ser induzido durante certos períodos críticos da vida da
criaa. Durante estes peodos, o bebê e seu rebro em desenvolvimento precisam
interagir com um ambiente adequadamente responsivo
1
, se houver expectativas de que
sua personalidade venha a se desenvolver satisfatoriamente (Kandel, 1999).
As primeiras evidências empíricas da importância entre as relações precoces das
es com seus bebês surgiram com os estudos de Anna Freud e D. Burlingham (1944;
1973) sobre os efeitos trauticos da II Guerra Mundial na desestruturação das falias.
Spitz (1945) acrescentou mais dados confirmarios, ao constatar a diferença no pior
desenvolvimento sico e emocional de um grupo de crianças de um orfanato, quando
comparadas com criaas cuidadas por suas mães delinqüentes em uma creche de uma
prisão feminina.
Harlow (1958; Harlow et al., 1965) ampliou estes trabalhos, ao elaborar um modelo
animal para o desenvolvimento do bebê baseado na observão das conseqncias da
separação precoce (por períodos 6 meses a 1 ano) de macacos recém-nascidos de suas
es. Quando eles retornavam mais tarde à companhia de outros macacos, embora
fisicamente saudáveis, mostravam-se emocionalmente devastados. Isolavam-se em um
canto das jaulas, embalavam-se como crianças autistas, o interagiam, o lutavam,
não brincavam nem mostravam qualquer interesse sexual. Macacos mais velhos,
1
Este ambiente responsivo que tem sido variadamente denominado, na literatura psicanalítica, de “ambiente
medianamente previsível” (Hartmann, 1964), “ambiente suficientemente bom” (Winnicott, 1960) ou de
reverie materna” (Bion, 1962).
29
submetidos a períodos iguais de isolamento, não apresentavam estes sintomas, o que
evidenciava que nos macacos, como em humanos, haveria também um peodo crítico
para o desenvolvimento emocional e social.
Os trabalhos de Anna Freud, Spitz e Harlow, encontraram em John Bowlby um
aprofundamento e uma exteno decisivos (Bowlby, 1960, 1969, 1973), ao
conceptualizar a interão entre bes e seus cuidadores em termos psicobiogicos.
Bowlby formulou a iia que o be indefeso mantém proximidade com ae através de
um sistema de pades de respostas emocionais e comportamentais que chamou de
sistema de apego (“attachment system). Concebeu-o como um sistema instintivo ou
motivacional inato, tal como a fome ou a sede, que organizaria os processos de
merias do be e o dirigiria a buscar proximidade e comunicão com a mãe.
Do ponto de vista evoluciorio, tal sistema aumentaria as chances de
sobrevincia do be, ao permitir que seu cérebro imaturo usasse as fuões parentais
para organizar seus próprios processos vitais. Os mecanismos de apego seriam
espelhados por respostas emocionais sensíveis dos pais aos sinais da criança: as
respostas parentais serviriam tanto para amplificar e reforçar os estados mentais
positivos do bebê, quando para atenuar seus estados negativos, provendo-lhe uma base
emocionalmente segura quando estivesse perturbado. Pode-se supor que estas
experiências repetidas se tornem codificadas nos sistemas de memória implícita da
criaa, sob a forma de expectativas sobre o mundo, que auxiliariam o be a sentir-se
mais confiante no enfrentamento de suas tarefas adaptativas posteriores.
Bowlby chamou de modelos operativos internos (“internal working models) à
codificao mental das imagens do pprio self e das relações do mesmo com figuras
parentais significativas. Uma vez internalizados, estes modelos seguiriam operando de
30
forma inconsciente na mente da criança. Serviriam como umassola para orientá-la em
futuros comportamentos interpessoais, filtrando e organizando o que fosse percebido,
sentido e lembrado, a partir das relações mais precoces marcadas na sua mente.
Na linguagem das relações de objeto, os traumas poderiam afetar estas
representões do self (vivenciado, por ex., como mau ou desamparado) e dos outros
(por ex., sentidos como punitivos ou poderosos), contribuindo para moldar futuras
expectativas da criaa em relação ao seu mundo, suas relações e objetivos na vida. O
tipo de apego de crianças traumatizadas poderia se caracterizar por evitão da
proximidade afetiva e por uma vigilância e sensibilidade hiper-alertas (Bowlby, 1984;
1988). Estes conceitoso aspectos básicos do TPB, conforme o DSM-IV, sendo
consistentes com uma perspectiva do Eixo II (Gunderson e Sabo, 1993).
Em linguagem neurofisiológica, o modelo do kindling poderia ser usado para
também explicitar este processo (Meyersburg, 1979): traumas infantis deixariam traços
duradouros nos sistemas regularios neurofisiológicos cerebrais. Estes seriam,
subseqüentemente, representados por uma hipersensibilidade a futuros estressores, que
evocariam os traumas originais estressores que de outra forma não necessariamente
ultrapassariam os limites para desencadeamento das reações observadas (van der Kolk,
1987; Southwick, 1992). Estes seriam aspectos básicos do TEPT, consistentes com uma
perspectiva do Eixo I do DSM-IV.
31
2.4 Modelos psicobiológicos
Apesar de que anormalidades neurofisiológicas da serotonina tenham sido
propostas como o substrato neuroqmico para aspectos temperamentais do TPB,
explicando a presença caractestica de hostilidade e impulsividade nestes quadros
(Coccaro et al., 1989), esta anormalidade poderia ser simplesmente a condão de
carrier e resultante dos traumas precoces.
Recentemente, Yehuda (1998) propôs que, no TEPT, as disfuões do eixo
hipotálamo-hipofisário-adrenal (HHA) seriam diferentes das encontradas em outras
entidades psiqutricas, como a Depressão Maior, onde o eixo estaria hipoativado.
Partindo do ponto de vista que eventos trauticos podem precipitar outras patologias
am do TEPT, como Transtornos do Humor, de Ansiedade, de Abuso de Substâncias,
Alimentares, Dissociativos e de Personalidade (Shalev e Yehuda, 1998), a autora sugere
que haja reações também diferentes nas respostas neuroendocrinogicas envolvidas.
Especificamente, Yehuda relata que a direção da disfuão do eixo HHA do TEPT é
diametralmente oposta àquela da Depressão Maior e do estresse agudo ou cnico.
Nestes, classicamente se descrevem niveis aumentados de cortisol circulante,
diminuição da concentrão e responsividade dos receptores glicocortiides,
sensibilidade diminuída do HHA ao feedback negativo e uma progressiva
dessensibilização de todo eixo HHA. No TEPT, no entanto, haveria diminuição do cortisol
circulante, uma concentrão e respostas aumentadas dos receptores glicocortiides,
sensibilidade aumentada do HHA à inibão do feedback negativo e uma progressiva
sensibilizão de todo o eixo HHA que poderiam ser também “carriers”
neurofisiogicos importantes para se desenvolver um Transtorno de Personalidade
32
posterior à exposição aos traumas, ao invés de outras patologias. Estas evidências
confirmam, em parte, a hipótese de Kolb (1987), de que mudaas neuronais
ocasionadas pelo TEPT levariam a disrbios neurofisiogicos que, por seu turno,
distorceriam a imagem corporal, o conceito de si mesmo e, ultimamente, a personalidade
como um todo.
33
3 OBJETIVO GERAL
Verificar se existe associação entre a exposição, na infância e adolescência
(O 17 anos), a traumas psicológicos precoces e a presença do diagnóstico de
Transtorno de Personalidade Borderline na idade adulta.
3.1 Objetivos secundários
1) Caracterizar, do ponto de vista clínico e demográfico, a existência de
pacientes que se conformem ao diagnóstico de Transtorno de Personalidade
Borderline, conforme o DSM-IV, em uma população clínica sul-brasileira;
2) Investigar se existe diferença na freqüência dos tipos de traumas
encontrados nos casos e nos controles;
3) Avaliar as diferenças dos parâmetros de gravidade, duração e identidade
do agente do trauma, nos casos e nos controles;
4) Verificar a associação entre traumas precoces e disfunções de adaptação
social, familiar e ocupacional na vida adulta dos casos e dos controles;
5) Avaliar a interação entre traumas precoces e as eventuais disfunções no
contexto familiar dentro do qual ocorreram, conforme a percepção dos casos e
seus controles.
34
4 ARTIGOS
35
ARTIGO 1 - INGLÊS
DEMOGRAPHIC AND CLINICAL CHARACTERISTICS OF A
SOUTH-BRAZILIAN FEMALE SAMPLE OF BORDERLINE
PERSONALITY DISORDER PATIENTS
36
DEMOGRAPHIC AND CLINICAL CHARACTERISTICS OF A
SOUTH-BRAZILIAN FEMALE SAMPLE OF BORDERLINE
PERSONALITY DISORDER PATIENTS
Sidnei S. Schestatsky
1
, Lúcia H. F. Ceitlin
1
, Simone Hauck
2
,
Denise Sapper
3
33
3
, Gabriela Favalli
4
44
4
, Cristiano Frank
4
44
4
, Betina Kruter
4
44
4
,
Fabiana Ritter
4
44
4
, Rodrigo Grassi-Oliveira
5
55
5
, Luciana Terra
6
,
Renata Dotta
6
, Paulo Belmonte de Abreu
1
1
Associate Professors, Departament of Psychiatry, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
and Staff Members, Service of Psychiatry, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Brazil.
2
Psychiatrist, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
3
Psychiatrist, Novo Hamburgo Mental Health Center, RS, Brazil.
4
Psychiatric Residents, HCPA;
5
Psychiatric Resident, Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas
6
Clinical Psychologists
37
ABSTRACT
Objectives: 1) to assess the demographic and clinical profiles of a sample
of South-Brazilian patients with Borderline Personality Disorder (BPD) diagnoses,
and 2) verify the presence of risk factors for BPD in their childhood and
adolescence. Subjects and Methods: We conducted first a transversal study with
a sample composed of 26 adult cases (in-patients and outpatients) with BPD
diagnoses, recruited from three reference centers in Southern Brazil. Afterwards, a
case-control study ensued: cases (n=23) were paired to control subjects, randomly
selected from a list of employees of a teaching university hospital (Hospital de
Clínicas de Porto Alegre) and from an emergency service hospital (Hospital Pronto
Socorro de Porto Alegre), both from the city of Porto Alegre, RS, Brazil.) Results:
patients were by chance all women, mean age of 33.6 ± 10.6 years old, Caucasian
(95.6%), mean of 9.1 ± 3.6 years of education, and from C and D social classes.
Except for individual income, cases did not differ from controls regarding formal
and informal marital status or family income. Cases had more use of tobacco
(p=0.021), alcohol (p=0.008), and psychoactive substances (p=0.002) than
controls. Patients’ symptoms started early (16±8.9 years) as well as the age in
which treatment was sought for (21.7±8 years). Almost all cases (88.5%) had been
hospitalized at least once, and the mean number of hospitalizations was 4.3 ± 3.4.
More frequent symptoms were affective instability (96.1%), chronic feelings of
emptiness (92.3%), intense and unjustified anger outbursts (84.6%), desperate
reactions when facing abandonment (84.6%), and self-mutilation (84.6%). Cases
also presented high suicidality (84.6% current suicide risk, 76.9% previous suicide
attempts, and 3.8% completed suicides during the study). The mean number of
38
comorbidities was 2.1 ± 0.9 axis I diagnoses: 76.9% with Major Depressive
Disorder, 69.2% with Anxiety Disorders, 30.7% with Eating Disorders, and 23.1%
with Abuse/Dependence of Alcohol/Drugs. Significant differences between cases
and controls were found in exposure to emotional abuse (82.6% v. 17.4%;
p=0.000), physical abuse (60.8% v. 21.7%; p=0.022), and sexual abuse (52.2% v.
8.7%; p=0.006) before 16 years old. The same occurred with the total number of
traumatic events cases and controls were exposed to: 11.8±4.5 v. 6.4±3.1 events,
respectively (p=0.000). Cases presented higher degrees of distress than controls,
both assessed by the GAF (52.7±12.8 v. 87.9±13.2; p=0.000), and by the average
monthly individual income (R$ 253,00 ± 265,00 v. R$ 933,00 ± 699,00; p=0.000).
Most of patients (84.6%) were or have been under individual psychotherapy, for
more than 2 years (26.3±31.8 months). Twenty-four patients (92.3%) were also in
long-term psychopharmacological treatment. Conclusions: demographic and
clinical profiles, psychopathological spectrum, diagnostic criteria, frequency of
comorbidity, severity of symptoms, degree of distress, and high pattern of use of
medical and psychological treatments in the group of patients studied, is similar to
clinical samples of different cultures described in literature. There was also a
frequent history of exposure to traumatic risk factors during childhood and
adolescence, especially emotional, physical and sexual abuses.
Key words: Portuguese speaking borderline sample, severity, comorbidity,
treatment patterns, childhood physical and sexual abuses, neglect.
39
INTRODUCTION
Since its introduction in psychoanalytical and psychiatric literature the concept
of borderline has been surrounded by many controversies (Akiskal, 1994; 2004;
Akiskal et al., 1985; Gunderson and Elliot, 1985; Gunderson and Phillips, 1991;
Magill, 2004; Skodol et al., 2002). Although it has been circulating in the European
specialized literature since the end of the 19th century (Stone, 1986), it called the
attention of North-American specialists only in the 40s, when Stern provided it with
a formal status in an article that became a classic (Stern, 1938). Since then,
progressively, not only BPD but also all the field of Personality Disorders (PD)
became a predominantly North-American research and publication area,
generating both acknowledgements and criticisms (Akiskal, 1994; Tyrer et al.,
1991).
Tyrer, for instance, emphasized that most of the credit by the interest and
investigation in this area lied on the shoulders of “few and persistent American
colleagues, remarkably Gunderson, Jacobson, and Kernberg, for their studies on
the psychodynamics of the borderline and narcissistic personalities”, as well as on
another dedicated group of North American researchers, involved in more
accurate and reliable definition and description of those disorders, especially
Frances, Millon, Spitzer and Waldinger (Tyrer et al., 1991, p 464).
Other authors, instead of a positive contribution for the Personality Disorders
area development, felt it as a misunderstood nosological problem. They
considered borderline as a construct en vogue only in the United States,
“deserving little respect in Europe and the rest of the world” (Akiskal, 1994). From
40
this perspective, BPD diagnoses would be only a confounder for mental health
professionals, “between those who deify its unique supposed status”, and those
“who prefer to reclassify it in more familiar psychiatric disorder categories, as the
affective, anxious, epileptoid, chemical dependence, or sociopathy” (Akiskal, 2004,
p. 401).
Among the various consequences of this North American concentration of
clinical and research interests, two are especially remarkable. The first refers to
the amount of U.S. publications on the subject. The second is the absolute
predominance of English speaking patient populations of the studied samples
1
.
Beyond individually described cases, it was Grinker who conducted, in
Chicago, the first clinical study of a sample of 51 borderline patients, in which he
identified the “borderline syndrome” (Grinker et al., 1968). One year before,
Kernberg (1967) had published in New York the first of a series of psychodynamic
studies about the “borderline personality organization”. Since 1975, Gunderson et
al. (Gunderson, 1984; Gunderson and Singer, 1975; Zanarini et al., 1990) started
their projects trying to delineate better boundaries to descriptive characteristics,
diagnosis stability, and the long-term evolution of BPD patients. Those studies,
associated to an important study from Spitzer et al. (1979), contributed to the
definition of “Borderline Personality Disordercriteria incorporated in the following
editions of the DSM (1980, 1987, 1994, and 2000).
With the introduction of those criteria in the DSM-III (1980), borderline
populations studies increased in the United States from only two (in 1975) to ten
(in 1980), reaching rapidly more than 100 publications per year since 1982
1
Although Dahl (1985) mentions early descriptions of patients with BPD in Switzerland, Germany, France,
Norway, and Japan, besides the United States, England and Scotland, most samples were of English-speaking
patients. Links, in 1988, still pointed to the absence of data from Canadian samples in that area, which began
to appear only afterwards.
41
(Blashfield e Intoccia, 2000). In 1990, there were at least 300 studied clinical
samples (Gunderson, 1994), and in 2000 there could be identified 2.182 studies
about BPD –overcome only by 3.876 studies about Antisocial Personality Disorder
(Skodol et al., 2002). A substantial part of those studies focused particular
attention on the relationship of early psychic trauma, especially physical and
sexual abuse, on the etiopathogeny of borderline disorders (Herman et al., 1989;
Links et al., 1988; Ogata et al., 1990; Paris et al., 1994; Shearer et al., 1990;
Westen et al., 1990; Zanarini et al., 1989).
In the early 90s, the World Health Organization and the American Department
for Problems with Alcohol, Drug Abuse, and Mental Health, developed a joint pilot
project to evaluate an instrument that measured DSM-III-R and the CID-10 criteria
compatibility in the diagnostic of Personality Disorders in several countries around
the world (Loranger et al., 1991). Patients (n=716) from 11 countries in United
States, Europe, Africa, and Asia were studied
1
. The diagnosis of BPD was found in
14.5% (DSM-III-R criteria) and 19.4% (CID-10) in all countries, except for the city
of Nairobi, Kenya.
The first detailed study about BPD patients in the East was published by
Moriya et al. (1993), who identified 32 female patients in Keyo, Japan,
corresponding to the Western definition of borderline.Another study concluded that
Japanese BPD patients presented basically identical psychopathology to U.S.
patients (Ikuta et al., 1994). Besides the above mentioned countries,
communications about the presence of BPD patients were presented from clinical
samples from Canada (Links, 1988), New Zealand (Mulder, 1991), Norway
1
India, Switzerland, Netherlands, England, Luxemburg, Germany, Kenya, New York, Norway, Japan, and
Austria.
42
(Kjelsberg et al., 1991), Bulgaria (Onchev and Ganev, 1996), Egypt (Okasha et al.,
1996), Russia (Vetrogradova et al., 1997), Turkey (Senol et al., 1997), France
(Chabrol et al., 2001), Sweden (Ekselius et al., 2001), and Australia (Jackson and
Burgess, 2004).
Curiously, and to the best of our knowledge, no sample of Portuguese-
speaking patients (or Spanish-speaking samples in South America
1
) has been
object of more thorough investigation about clinical features or risk factors for
BPD. A review of Lilacs and Medline databases from 1987 to 1997 (Schestatsky,
1999), found no studies with criteria diagnosed borderline patients, and the use of
standardized instruments, in clinical or non-clinical populations from South
America. The same results were found when this search was extended to 2004.
In Brazil, a wide epidemiological study about national psychiatric morbidity
excluded the entire Personality Disorders category from the investigation (Almeida
Filho et al., 1997). Other Brazilian studies which assessed prevalence or morbidity
of mental diseases in the community (Andrade et al., 2002; Lima MS et al., 1996),
or in clinical populations (Andrade et al. 2004; Almeida et al. 1998; Fleitlich-Bilyk
and Goodman, 2004; Lavoisi et al., 2003; Negrão and Cordas, 1996), also made
that exclusion. An exception was a study by Rodrigues Torres and Del Porto
(1995), about comorbidity of Obsessive-Compulsive Disorder and Personality
Disorders, in São Paulo. However, as in Nairobi, no patient with BPD was
diagnosed in their sample of 40 patients.
With regard to risk factors, Kerr-Corrêa, in a careful review about sexual
abuse, physical diseases and mental disorders, concluded that “the issue was
1
There is a published study with Spanish speaking patients with BPD, but from Spain (Molina-Ramos et al,
2002).
43
poorly studied in Brazil and Latin America” (Kerr-Correa et al. 2000, p. 265),
suggesting that perhaps “it would be impossible to conduct an epidemiological
inquiry using questionnaires with such personal questions in Brazil” (Kerr-Correa
et al., 2000, p. 268). More recently, however, Grassi-Oliveira and Stein (2004)
concluded a study approaching childhood trauma and a model of prediction of
Post Traumatic Stress Disorder (PTSD) in adulthood, in a sample of 93 patients in
Porto Alegre, without referring major difficulties to obtain answers to the their
questionnaires.
Considering that BPD patients are among the main users of mental health
system they are the most frequent of personality disorders in clinical settings,
being 10% of all psychiatric outpatients and 15% to 20% of inpatients (Skodol and
Oldham, 1991) – the absence of BPD studies in Brazil is somewhat amazing. This
absence is even more remarkable considering the levels of functional and
professional impairment caused by the disorder (Sansone et al., 2003), as well as
its mortality rate by suicide
1
. It is also known that the significant comorbidity with
Axis I pathologies presented by BPD patients make the evolution, treatment, and
prognosis of those pathologies much more complicated (Baer et al., 1992; Gartner
et al., 1989; Noyes et al., 1990; Shea et al., 1990; Verheul et al., 1998).
The present investigation has the objective of fulfilling such lack of
knowledge. Part of this study has been planned as a case-control one, in order to
evaluate the exposure to early traumatic situations as risk factors to the
occurrence of BPD in adulthood, in a southern Brazilian clinical sample. The other
part is a transversal study that tried to describe the clinical and demographic
1
Around 10%, 50 times higher than the general population (Skodol et al., 2002).
44
profiles of a sample of south-brazilian BPD patients, who have been diagnosed as
presenting a Borderline Personality Disorder.
SUBJECTS AND METHODS
Study Design
We conducted first a transversal study (N=26), and then a paired-sample case-
control study (N=23), having the diagnosis of BPD as outcome and the exposure
to psychological trauma (emotional, physical, or sexual abuse, and emotional or
physical neglect, among others) as risk factors.
The definitions of abuses were the following:
a) emotional abuse: verbal and nonverbal behaviors with the objective of
hurting, humiliating, or controlling the child, with intensity and frequency superior to
eventual “jokes” (Sansone et al, 1998);
b) physical abuse: physical punishment or aggressions considered socially
inappropriate in their intensity and nature, which caused bruises in the body of the
child, like hematomas, lesions with continuity solutions in the skin, burns, fractures
or any other lesions which demanded medical care (even if this has not been
provided at the time) (Weaver and Clum, 1993);
c) Sexual abuse: contacts or interactions between an adult and a child, when
the child was used to stimulate sexually the perpetrator or the other person who
was watching. Sexual abuse can also be perpetrated by someone under 18 years
old, since he/she was significantly older than the victim, or when he/she was in a
45
position of power or control over the child (US National Center on Child Abuse and
Neglect, 1980);
d) emotional neglect: parental unavailability for affective interaction with the
children, due to long absences from home, or chronic and recurrent psychiatric
disorders as depression, alcohol dependence, drug or sedative abuse (Draijer and
Langeland, 1999);
e) Physical neglect: parental unavailability for providing basic needs of the
child like food, clothing, education, and health care (US National Center on Child
Abuse and Neglect, 1980);
Subjects
We studied a convenience sample of patients with a clinical diagnosis of BDP,
aged between 18 to 60 years old, and enrolled in outpatient and /or inpatients
treatment programs in two hospitals of Porto Alegre
1
, and one Community Health
Center in Novo Hamburgo, in the State of Rio Grande do Sul, Brazil, during 2003
and 2004. It was excluded patients with 1) under average clinically estimated
intelligence; 2) presence of organic acute or chronic brain disorders; and 3) current
diagnosis of Schizophrenia or Bipolar Disorder Type I (BD I).
Thirty clinically diagnosed cases were all female by chance. Two out of the
thirty cases were excluded due to current diagnosis of BD I, and two by having
only subtreshold BPD diagnosis, remaining a final sample of 26 cases. There were
no differences in demographic characteristics among excluded and not excluded
cases. This sample was the object of the transversal study.
1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre and Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas de Porto Alegre.
46
Twenty three cases of that sample were matched with the same number of
controls, wich were randomly selected from an employees list of two hospitals of
the city of Porto Alegre
1
. They were paired by gender, age 1 year), education,
and socioeconomic status. We were left with 23 pairs because in the control group
three subjects presented SRQ over 8 (2 with the diagnoses of Major Depression, 1
of Generalized Anxiety Disorder) and we were unable to substitute them.
The final sample was thus composed by 23 pairs of cases and controls in
which we evaluated the association between the outcome (BPD) and the risk
factors (adverse factors in childhood and adolescence). The sample with 26 cases
was used for the unpaired intra-group calculation regarding the clinical features of
the cases. There were no differences in demographic characteristics among
excluded and not excluded cases or controls.
Instruments
a) Protocol used for demographic data register (age, race, marital status,
years of education, job status) and information about history of current and past
diseases, presence and quality of the triggering factors, and history and type of
previous treatments. The socioeconomic level was defined by the Escala Para
Nível Sócio-Econômico (Scale for Socio-economic Status), by the Associação
Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (www.anep.org.br).
b) Revised Diagnostic Interview for Borderlines (DIB-R) (Zanarini et al.,
1989), Portuguese version (Schestatsky et al., unpublished). DIB-R assesses data
in four important areas for the diagnosis of BPD (affect, cognition, impulsive action
patterns, and interpersonal relations). Ninety-seven items are assessed regarding
the way the patient felt, thought and acted in the last two years, based on
47
information from the patient, and when possible complemented by data from family
and chart reviews.
c) Self-Report Questionnaire (SRQ-20) is a questionnaire to identify
psychiatric disorders in primary care (Harding et al., 1980), validated in national
and international studies (Mari and Williams, 1986). Its sensitivity ranges from
62.9% to 90% and the specifity from 44% to 95%. The SRQ-20 has twenty yes/no
questions: 4 about physical symptoms and 16 about “neurotic” symptoms. The cut-
off point used for the definition of case was 8. Scores equal or lower than 7 were
considered “non-case”.
d) MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview), translated to
Portuguese (Amorin, 2000), is a brief structured interview to classify major
psychiatric disorders. Validity and reliability studies comparing MINI and SCID-P
(Structured Clinical Interview for DSM-III-R Diagnoses) and CIDI (Composite
International Interview for CID-10) demonstrated that MINI has acceptably high
levels in those parameters (kappa between 0.51 and 0.90), sensitivity 0.70,
specificity and negative predictive values 0.85. Compared to the other
instruments, it has a shorter length of assessment (mean 18,7±16 min., and
median 15 minutes) (Sheehan et al., 1998).
e) Family Experiences Interview FEI (Ogata et al., 1990). It is a semi-
structured interview that assesses information about traumatic experiences until
16 years old. Besides physical and sexual abuse, and physical neglect, it includes
items as loss due to death, parental divorce, or prolonged separation from them,
48
school problems, frequent residence moving, or long periods of caregivers
unemployment, generating yes/no answers.
Each event in FEI is evaluated on its frequency, severity, duration, perceived
emotional impact, age it occurred, and who was the perpetrator. The reliability for
all the items (weighted kappa) that indicate the occurrence of an event ranges
from 0.75 to 1.0. For the factors age, impact, and severity, it was under 0.75,
although only 6 out of the 150 items had kappa < 0,70.
f) Life Stressor Checklist Revised (LSC-R) (Wolfe and Kimerling, 1997),
introduces further questions about events related to the onset of a post traumatic
stress disorder, as having “been present, or suffered, a severe automobile crash”,
“been exposed to natural disasters, like fire or floods”, “having an abortion”, “been
attacked, robbed or assaulted”. It is a 30-item self-report questionnaire for adults,
and it takes 15 to 30 minutes to be completed.
g) Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) (Bernstein and Fink, 1998;
Bernstein et al., 2003). It is a 28 item self-report retrospective questionnaire to
assess abuse and neglect in childhood and adolescence. Twenty-five questions
assess emotional abuse (EA), physical abuse (PA), and sexual abuse (SA), as
well as emotional neglect (EN), and physical neglect (PN). Other three items
constitute a Minimization/Denial” subscale to control for answers with
questionable reliability. Each of the five subscales is composed of five statements
that begin with the phrase “while I was growing up...” and are scored on a five-
point Lickert scale, between “Never” and “Always” poles. The scale generates
continuous scores that range from 5 to 25 points in each of the subscales (EA, PA,
49
SA, EN, PN), and a total score (25 to 125) that sums the subscales of the different
abuses and neglects.
Opposite to the FEI, besides the abuses and neglects the CTQ does not
assess any other traumatic events, like, for instance, parental death or severe
disease in childhood. On the other hand, it generates continuous scores and adds
the measurement of two other constructs that are less precise in FEI: emotional
abuse and emotional neglect.
The CTQ evidenced good internal consistency coefficients: the subscales of
sexual abuse (α 0.93 to 0.95) and emotional neglect (0.82 to 0.92) are the most
reliable. Emotional abuse (α 0.84 to 0.89) and physical abuse (0.81 to 0.86) have
an acceptable reliability; only physical neglect (0.63 to 0.78) presents a borderline
internal consistency (Bernstein et al., 1994; Fink et al., 1995). Studies about the
validity of the CTQ also presented consistent results (Bernstein et al., 1997).
The used version has been translated and adapted to the Portuguese
language, under the name Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI),
which has shown a good reliability α 0,87 (Grassi-Oliveira et al., 2004; Grassi-
Oliveira and Stein, 2004).
Procedures
This investigation and the consent forms were approved by HCPA Ethical
Committee (# 41-041).
After explaining the study (including the fact that due to the exploratory nature
of sensitive psychological areas, patients were assured of treatment if painful
emotions or symptoms emerged), and had they accepted to join it, all subjects
signed a written informed consent form.
50
The subjects were interviewed individually, and the interviewers monitored the
completion of all instruments, even the self-reporting ones. Cases had their
diagnosis of BPD reviewed by the team of researchers (psychiatrists, senior
residents psychiatry, clinical psychologists) according to the DSM-IV criteria.
Patients had to fulfill at least 5 of its criteria (see appendix J). Doubts were
discussed with the senior researcher (SSS), until a consensus was reached. All
subjects were also interviewed using the Portuguese version of the DIB-R, with an
adequate reliability (intraclass correlation coefficient = 0.98), and cases were
included only when they had scores equal or over eight. In general, the
instruments were completed in a single interview that lasted 3 hours.
Controls, after sorted out and paired, were interviewed with the MINI
(Sheehan DV et al, 1988), in order to exclude the presence of psychiatric
syndromes or disorders, which could serve as a confounding factor with the
outcome of BPD. They had to have DIB-R scores under 8 (mean 1.13 1.71])
and no one could have a SRQ score over 7 (mean score 2.8 2.7]). Presumed
healthy subjects then composed the control group.
Statistical analyses
Quantitative variables were described with mean and standard deviation.
When asymmetry was observed, the interquartile range and median were
obtained. In categorical values, the percentual and absolute frequencies were
described. The groups were compared using the Paired Samples T test
(symmetric continuous variables) and the Wilcoxon T Test (asymmetric and
ordinal small scale variables).
51
The McNemar test was used to compare dichotomous variables between
groups. When making intragroup comparisons of independent categorical
variables, Pearson’s Qui-Square and the Fisher’s Exact Test were used. In the
same situation, when the variables were quantitative, the independent samples T
test and the Mann-Whitney U test (in asymmetric situations) were used. Logistic
regression and multivariate analyses were performed to control and evaluate the
influence of singled out individual assessed variables. Significance level
established for the tests was α=0.05, and all analyses were done using the SPSS
for Windows software, version 12.0 (Norusis, 1986).
RESULTS
Demographic characteristics
We found no statistically significant difference between cases and controls
regarding age, ethnic group, years of education, and social class. Groups didn not
differ in marital status (single, married, divorced), or in number of partners, number
of divorces, living alone or not. Although family income of cases and controls didn
not show any significant difference, individual income did (p=0.000). More detailed
data are presented in Table 1.
Clinical Characteristics
Controls, by definition healthy subjects, were not comparable to cases in most
clinical parameters, except for the regular use of tobacco, alcohol, and other
psychoactive substances. (Table 3).
52
BPD patients reported early onset of symptoms (16.8 ± 8.9 years) and sought
treatment when they were in the average 21.7 ± 8.0 years old. Duration of current
symptoms was 145 ± 171 months. First hospital admissions occurred around
24.8±8 years old, and re-occurred with a high frequency: 88.5% of the patients
had at least one hospitalization, the mean being 4.3 ± 3.4 hospitalizations (Table
2).
Twenty patients (76.9%) reported triggering factors for their first outbreack of
symptoms, which were felt as severe (85%) and chronic (95%), including sexual
abuse, intrafamiliar violence, parental divorce, or early pregnancy. Eighteen
patients (76.9%) also mentioned triggering factors for the current crisis, 70.8%
being chronic (family conflicts), but of moderate severity (75%), like getting fired,
long length of unemployment, or separation from partner.
We found statistically significant differences in the smoking habit of the cases
and controls (p=0.021), and in alcohol (p=0.008) and psychoactive drugs
(p=0.002) use.
Psychopathology
Among the nine DSM-IV criteria for the diagnosis of BPD (minimum of 5),
cases fulfilled an average of 6.8 ± 1.2. Of the 10 points in DIB-R (cut-off point=8)
for the diagnosis of BPD, cases scored 9 ± 0.8 The most frequently observed
symptoms were emotional instability (n=25; 96.1%), chronic feelings of emptiness
(n=24; 92.3%), frantic efforts to avoid real or imagined abandonment (n=22;
84.6%), intense and unjustified anger outbursts (n=22; 84.6%), self-harm (n=22;
84.6%), suicidal behavior (n=18; 69.2%), compulsion to repeat self-destructive
behaviours (n=18; 69.2%), transient stress related dissociative symptoms (n=18;
53
65.4%), identity disturbance (n=15; 57.7%), unstable and intense interpersonal
relationships (n=14; 53.8%), transient stress related psychotic episodes (n=14;
53.8%), labile affect (n=14; 53.8%), and depressive or dysphoric mood (n=14;
53.8%). The complete list of symptoms is presented in Table 4.
All 26 patients (100%) presented at least one symptom of impulse
disregulation, affect disregulation, and disturbance of interpersonal relationships,
and 65.4% (17) had at least one transient psychotic symptom (Table 4).
Seven cases (26.9%) had attempted suicide recently and 20 (76.9%)
presented history of past suicide attempts. Current suicide risk was the main
reason of hospitalization in 22 (84.6%) cases. Twenty-two patients (84.6%) had
also self-harm history. One patient (3.8%) committed suicide
1
, during the two-year
length of this study, and another one died because of her refusal of treatment for a
diagnosed breast cancer which evolved rapidly without treatment. The mortality
in the sample, in two years, was 7.6% (2/26) (Table 5).
Childhood abuse, neglect, and other traumatic events
The occurrence of traumatic events was assessed through questions that
resulted in dichotomous answers (yes/no) and through a self-report questionnaire
CTQ where the variables were measured in continuous mode. Statistically
significant differences between cases and controls were found in both: 52.2% of
the cases (n=12) reported sexual abuse before 16 years, against only 8.7% (n=2)
of controls (p=0.003). 73.9% (n=17) of the cases had experienced physical abuse
before 16 years old compared to 20.8% (n=5) of controls (p=0.013). Measured
1
While in day-hospital treatment, the patient jumped off a bridge, suffering, besides the violent fall, multiple
running over.
54
continuously, the differences persisted: p=0.001 for sexual abuse and p=0.005 for
physical abuse (Paired Sample T Test).
1
Abuses and neglects presented significant correlation. Emotional abuse, for
example, was correlated to all others, like physical abuse (Spearman’s rho
coefficient=0.710)
2
, sexual abuse (rho=0.420)
3
, emotional neglect (rho=0.449)
3
,
and physical neglect (rho=0.419)
2
. Correlations can be seen in Table 14.
Comparing cases and controls regarding lifelong exposure to general
traumatic events (parental divorce, death of a close person, orphanage stay,
severe accidents, viewing someone die, abortion, arrested parent see complete
list of events in the Table 7), significant differences have been found in all age
groups. Patients with BPD were more exposed before 12 years old (3.4±2.9 v.
1.8±2.2) (p=0.052)
4
, from 13 to 16 years old (3.2±1.7 v. 1±1.5) (p=0.000), and after
16 years old (5.2±3.0 v. 3.8±2.4) (p=0.032). Total number of traumatic events was
also different (11.8±4.5 v. 6.4±3.1) (p=0.000). No case or control was free of
exposure to at least one traumatic lifelong event (Table 6).
Disability level
In the group of patients only 30.7% (8/26) were employed, and 11.5% (3/26)
were precociously retired. Among the unemployed, inactivity mean time was 19 ±
20. 7 months. Level of social, familiar and professional adaptation, assessed with
GAF, was very high: 52.7 ± 12.8. (Table 8).
1
More detailed data about these and other traumatic events will be presented in other communication.
2
Significant for p = 0.01 (two-sided).
3
Significant for p = 0.05 (two-sided).
4
Despite the borderline significance, as a function of the reduced sample size this value can be considered
significant.
55
Level of social, familiar and professional adaptation, assessed with GAF,
presented, as expected
1
, significant difference between cases and controls: 52.7 ±
12.8 v. 87.9 ± 13.2 (p= 0.000). (Table 8).
Treatments Status
Twenty-two patients (84.6%) were, or had been, in psychotherapeutic
programs (predominantly supportive individual psychotherapies), with an average
length of 26.3 ± 31.8 months, and in weekly sessions (n= 19; 85.7%). Ten patients
(46.2%) abandoned at least once their psychotherapies, before returning with
other therapists (average number of psychotherapies per patient was 2.3 ± 1.4).
Associated with psychological interventions, drugs were also prescribed drugs to
24 patients (92.3%): 20 (84.6%) with antidepressants, 18 (76.9%) with mood
stabilizers, 14 (57.7%) with antipsychotics and 12 (50%) with benzodiazepines.
(Table 9).
Comorbidity
Twenty patients (76.9%) presented a current diagnosis of Major Depression,
and eight (30.8%) of Dysthymia. Eight patients (34.6%) had diagnosis of Past
Hypomanic Episode, and one (3.8%) of Past Manic Episode.
Anxiety Disorders were diagnosed in eigtheen cases (69.2%), with the
following distribution: ten (38.5%) with Generalized Anxiety Disorder, eight (32%)
Panic Disorder, eight (30.6%) Post-Traumatic Stress Disorder, seven (26.9%)
Agoraphobia, six (23.1%) Social Phobia, and six (23.1%) Obsessive-Compulsive
Disorder. Lifelong diagnosis of Eating Disorders occurred in eight patients
1
As far as professional activities are concerned the comparison woul be meaningless: by definition, all
controls were actively working in the hospitals from where they were randomly selected.
56
(30.7%), divided in three cases (11.5%) of Anorexia Nervosa e five (19.2%) of
Bulimia. Six cases (23.1%) presented current diagnosis of Abuse/Dependence of
Alcohol/Drugs. No Antisocial Personality Disorder was diagnosed among cases
(Tables 10 and 11).
DISCUSSION
The sample of South Brazilian patients presented remarkable similarities with
borderline patients from most of the previously published studies with other clinical
populations (Akhtar et al., 1986). This included demographic characteristics as
women predominance (100% of the cases in our sample) DSM-IV-TR (APA,
2000) also states that BPD is diagnosed mostly (75%) in women
1
, taking in
account a meta-analysis of 75 studies done by Widiger & Trull (1993), and 23
studies summarized by Akhtar et al. (1986). Predominance of Caucasian race
(Akhtar et al., 1986; Gunderson et al., 1975; Oldham et al., 1995; Swartz et al.,
1990; Weaver e Clum, 1993; Zanarini et al., 1997), under-average education, and
high prevalence in lower social classes were frequent findings (Samuels et al.,
2002; Torgersen et al., 2001) also found in our study.
Our sample had an earlier age of onset of their depressive, anxious, and
behavioral symptoms (16.8 ± 8.9 years)
2
, which replicated literature data Dahl
(1985), after reviewing several studies, has concluded that the age of BPD onset
1
Despite the repeated clinical observations, also replicated in ours, epidemiological studies in community
samples did not confirm gender differences in BPD presentation. The cause of this difference between
clinical and community samples are unclear. The only Personality Disorder that appeared consistently related
to gender was the Antisocial, predominant in men, and the Histrionic in women (Torgensen, 2005).
2
Major Depressive Disorder, without co-occurrence with BPD, begins between 30-40 years (Blazer, 2000).
57
was between 18 and 20 years old, which was also reported by Links et al. (1988)
and Zanarini et al. (2001).
Comparing the age of onset of depressed patients with BPD (16.3 ± 6.1
years)
1
, depressed patients with other Personality Disorders (21.1 ± 10.2 years)
and depressed patients with no Personality Disorder (25.2 ± 11.7 years), Joyce et
al. (2003) found significant differences (p=0.001) for the early onset of symptoms
of those depressed patients with BPD. In community samples, it was detected that
Cluster B Personality Disorders had a higher prevalence in young people
(Samuels et al., 2002; Torgersen et al., 2001; Zimmerman and Coryell, 1989)
2
.
Some of the demographic similarities did not apply to an expectation that BPD
could be strongly associated to sociocultural variables (Alarcon, 2005; Millon and
Grossman, 2005; Paris, 1996; 1998). One of considered hypotheses was that
more traditional extended families, with less individualistic and competitive values,
and many members living near by (differently from nuclear families of developed
countries), could be able to provide better support to the need of closeness of
borderline patients, and higher tolerance for their impulsive behaviors. This could
contribute to decrease the expression of borderline disorder in clinical settings, or
it could occurr with distinct clinical and demographic characteristics (Paris, 1998;
Paris and Zweig-Frank, 1992; Miller, 1996). When compared with healthy controls,
our South-Brazilian patients have not confirmed this assumption, at least regarding
1
Practically the same mean age we found.
2
One of the possible explanations for higher prevalence of Personality Disorders in young people (especially
Antisocial and Borderline) is the fact that some their specific traits as impulsivity, aggressiveness, and
affective instability tend to be more present in adolescence and young adulthood, decreasing with age
(Stevenson et al., 2003), and being generally replaced by introversive and obsessive traits (Torgersen, 2005).
Samuels et al. also estimated that Cluster B Personality Disorders were inversely correlated with age, and the
chances of presenting one of them decreased 6% each year the age of the sample was increased (Samuels et
al., 2002).
58
ethnicity, gender, educational level, social class, or even its general clinical
presentation.
But there were indeed some differences worth of note, and their explanation
might be related to differences in the cultural setting (North-American, European,
and Brazilian) where BPD has been expressed. The main difference refers to
marital status. Most of the studies point to BPD patients as having more chance of:
1) never having been married, or 2) being more divorced (Modestin and Villiger,
1989; Nestadt et al., 1990; Shea et al., 1987; Swartz et al., 1990; Zimmerman and
Coryell, 1989). For example, in Oslo, Norway, BPD patients live more frequently
alone, and have never got married or lived with someone else (Torgersen et al.,
2001). In Iowa, Zimmerman and Coryell (1989) found that their BPD patients,
when they were married, got divorced more frequently than controls, and were
living alone more frequently at the time they were interviewed.
What we found in Porto Alegre and Novo Hamburgo is that BPD patients and
their healthy controls did not differ neither on being more or less lonely, having
been married or not, living or not with family or partner, or in their number of
divorces or partners. The rate of singles, around 32%, was equal in cases and
controls (p=1.000), and it was almost half of that reported by Dahl (1985) (where
65% of BPD patients in his reviewd studies were single), and much less than the
54.1% of single patients reported in a Canadian sample (Links et al., 1988).
Only a minority (13%) of our cases and controls lived alone (p=1.000), which
is totally in disagreement with samples from the Northern Hemisphere. It is
possible that more spontaneous expression of feelings, and the existence of more
flexible rules in privacy preservation, some of the cultural characteristics of Latin
American people (Alarcón et al., 1999), could be important aspects for southern
59
Brazilian patients being less lonely than their European and North-American
counterpart. The same applies to the frequency that patients went back to live with
their original families after being divorced, of being accepted with less tensions,
and consequently of remaining less lonely in the community.
Some other questions deserve further investigation, as the poor
representation of male gender in our patients (no cases in this sample) and
discrepancies in some comorbidities, like the absence of comorbidity with
Antisocial Personality Disorder as well as the prevalence rates much lower than
the usually described in literature of drug and alcohol abuse/addiction
(Fyer et al.,
1988; Zanarini et al., 1989, 1998). It is quite possible that this lower than expected
prevalence of alcohol/drugs users among our cases is a sample bias. Most of
alcohol and drug abuse patients (and Antisocial Personalities commonly
associated to substance abuse) are treated in HCPA in different areas of its
Psychiatric Inpatient Unit, from where most of our cases were selected.
On the other hand, the presence of high rates of affective disregulation
(affective instability in 96.1% of the cases), impulse disregulation (self-harm in
84.6% of the cases), disturbances in interpersonal relationships (92.3% of chronic
feelings of emptiness), and transient psychotic symptoms (brief psychotic
episodes in 53.8% of the cases), approximated our sample to the classical
descriptions of this disorder in English-speaking populations (DSM-IV, 1994;
Gunderson, 1975; Zanarini et al., 1990).
This fact was more apparent in BPD diagnostic criteria: cases had, in average,
6.8 ± 1.2 of those criteria 40% more than the 5 minimal required by DSM-IV. In
DIB-R, one of the first and more known diagnostic instruments of BPD in
international literature, the 26 cases reached mean scores of 9.0 ± 0.8, similar to a
60
sample of 33 cases from Boston (9.2 ± 0.7), and superior to 19 Japanese patients
(8.5 ± 0.6), with whom North-American cases were originally compared (Ikuta et
al., 1994)
1
.
The severity of cases was also present in the suicide risk (84.6%; n = 22),
current suicide attempts (26.9%; n = 7), past attempts history (76.9%; n = 20), and
in the mortality of 7.7% (n = 2) occurred in a short period of two years of follow-up.
Considering suicide only one of the two cases (and self-destructive behavior
in the patient who died refusing treatment for her breast cancer), the suicide rate
of 3.8 % was still in the lower limit of findings of other studies. While 75% of
occurrence of suicide attempts is described in the history of BPD inpatients
(Gunderson, 1984) very near to the 76.9% rate we found rates of completed
suicide varied from 3% to 10% in observed clinical populations (Brodsky et al.,
1997; Fyer et al., 1988; Gunderson, 1984; McGlashan, 1986; Paris et al., 1987;
Stone, 1990).
Several studies tried to assess factors that may contribute for this high rate of
suicidal behavior in BPD patients, since the simple and usual association with
Mood Disorders or Substance Abuse could not explain it (Fyer et al., 1988; Sollof
et al., 1994). Patients with Major Depressive Disorder comorbid with BPD
presented more suicidal behavior than patients with Major Depression alone,
independently of the severity of the depression (Malone et al., 1995).
Last decade studies found significant association between “suicidality”
2
and
self-harm with: a) history of physical and sexual abuse in childhood (Brodsky et al.,
1
The similarity of the higher scores in DIB-R between ours and Boston sample was probably due to the fact
that both, contrary to the Japanese outpatients, were composed of more severe cases, almost all hospitalized,
and with a high rate of comorbidities.
2
The term suicidality has been used to describe one of the DSM-IV nine criteria for the definition of Major
Depressive Disorder and that includes, together, suicidal ideation and suicidal behavior.
61
1995; Soloff et al., 2002), b) impulsivity (Brodsky et al., 1997), c) affective
instability (Yen et al., 2004), or d) a history of previous suicide attempts (Brodsky
et al., 1997) – all of those quite usual in BPD patients. We examined those
associations. The only significant in our sample were “Current Suicide Riskwith
history of “Previous Suicide Attempt” (p = 0.001), and with the total CTQ score,
which measures the sum of abuses and neglects in childhood (p = 0.007).
We found borderline significance in the association of “Current Suicide Risk”
with “Physical Abuse” (p = 0.057) and “Physical Neglect” (p = 0.057), and
suggestive trends for “Emotional Abuse” (p = 0.062) and “Sexual Abuse” (p =
0.093)
1
.
On the other hand, the fact that the sum of those abuses (emotional, sexual
and physical) and neglect (physical and emotional) is clearly associated to the
suicide risk (p = 0.007), together with the observation that such traumatic events
were highly correlated with each other (Table 14), allows us to consider that there
was also a significant association between “suicidality” and childhood abuse and
neglect in our cases.
An alternative interpretation, not mutually exclusive, is that with such a high
frequency of suicidal behavior in our BPD sample, the mere fact of being a patient
with a severe BPD is the most significant predictor of its chronic suicidality,
independently of other considered variables (Corbitt et al., 1996). Such hypothesis
also confirms findings of positive associations between history of previous suicide
attempts in patients with BPD and the number of comorbidities they presented
(Hawton et al., 2003; McHolm et al., 2003).
1
Given our small sample size, we have to consider the possibility of Type II Error, of not finding significant
association where they might exist. Further studies, with a larger sample size of Brazilian BPD patients, may
find the significance of each of these associations alone.
62
When this is examined we found significant differences between BPD cases,
with and without Axis I comorbidity, both with “current suicide risk” (p = 0.035) and
“past history of suicide attempts” (p = 0.05). These findings emphasize the
importance of considering comorbidities with Mood or Anxiety Disorders in
diagnosing and treating BPD cases – and vice versa.
As a matter of fact, the extensive comorbidity of BPD with other Axis I
disorders (Corruble et al., 1996; Gunderson et al., 2004; Huzdiak et al., 1996;
Oldham et al., 1995; Zanarini et al., 1998 a; Zanarini et al., 2004; Zimmermann
and Mattia, 1999) and Axis II disorders (Links et al., 1998; Nurnberg et al., 1991;
Zanarini et al., 1990; 1998b) is one of the most remarkable and distinctive
characteristics of BPD patients, a consistent finding in all studies where it has
been investigated. Although BPD may exist as the unique diagnosis, any sample
of patients which includes only these cases can not be considered representative
of BPD in clinical settings (Skodol et al., 2002), as BPD cases without Axis I
comorbidity have much less chance to present for a psychiatric evaluation. Our
sample fulfilled this criterion: the cases presented, on average, 2.11 ± 0.9
comorbid Axis I diagnosis
1
.
Stone (1979, 1981) was the first author to suggest that the main BPD “border”
was with affective disorders. In the following decades, evidence accumulated that
at least one of these frontiers, perhaps the most frequent and clinically important,
were effectively Mood Disorders. Initial studies (Akiskal, 1981; Andrulonis, 1982;
Baxter, 1984; Frances et al., 1984; McGlashan, 1983; Pope, 1983; Stone, 1981)
found frequencies of comorbidity between BPD and Major Depressive Disorder
ranging from 38% to 66% comparable to what we found in our South-Brazilian
1
Because of limitations of the MINI, the comorbidity of the BPD with Axis II disorders was not examined,
except for the Antisocial PD – the only one included in the instrument.
63
sample (76.9% of current and lifelong Major Depressive Disorder). When
psychotic symptoms were included, and all Mood Disorders spectrum were
considered, comorbidity prevalence raised considerably, ranging from 58% - 93%
to 75% - 100% (Perry, 1985).
The nature of such comorbidity is still another source of heated controversies
(Akiskal, 1985; Gunderson and Eliot, 1985; Gunderson and Phillips, 1991,
Hirschfeld and Klerman, 1979; Magill, 2004; Skodol et al., 2002). As far as BPD is
concerned some authors consider this comorbidity a “mystification”: Akiskal et al.
(Akiskal, 1996; Akiskal, 2003; Akiskal, 2004; Akiskal et al., 2003a, b; Benazzi and
Akiskal, 2001), Judd et al. (2003), and Perugi et al. (2003), even deny BPD
existence as a valid nosological entity. They propose, instead, a “spectrum of
bipolar diseases”, which would include pathologies as diverse as BPD itself,
Histrionic Personality Disorder, atypical and hostile presentations of Depression,
Panic Disorder, Social Phobia, Eating Disorders, and Attention Deficit Disorder in
childhood, among others.
This increasing and broadening flexibility of bipolar diagnoses, on the other
hand, has also been harshly questioned as a serious risk of trivializing and
amplifying the diagnosis, making it meaningless from the therapeutic and research
perspectives (Baldessarini, 2000; Soares and Gershon, 1999).
1
But presuming the existence of the comorbidity between BPD and Axis I
pathologies, involved mechanisms might be the following, alone or in interaction:
a) Axis I diagnosis, as Major Depression, may be primary and lead to the
1
On the inverse direction, there are increasing evidences of comorbidity of Bipolar Disorder with Personality
Disorder (especially Cluster B and C), in 40% to 50% of the studiede cases. As expected, when this occurs,
patients with bipolar disorder present more difficult to control acute symptoms, and more severe residual
symptoms when in remission (Brieger et al., 2003; George et al., 2003; Swartz et al., 2005).
64
development of traits and behaviors found in BPD as secondary complications; b)
borderline pathology may be primary and predispose a later superimposed
development of Axis I disorders; c) BPD and some Axis I disorders may have no
relation whatsoever, but since they occur with high frequency in clinical
populations they would tend to co-occur and influence one another in the
expression and course of symptoms; and d) BPD and some of Axis I disorders
may share common etiological factors, which would raise their levels of co-
occurrence (Gunderson and Phillips, 1991).
More recent studies, using standardized diagnostic instruments, detected
variable but always present rates of comorbidity: Zimmermann and Mattia (1999)
found, in 59 BPD patients, 61% comorbid Major Depression, 29% Panic Disorder,
and 13% Alcohol/Substance Abuse. Skodol et al. (1999), in 240 BPD patients,
diagnosed 31.3% of Major Depression, 16% of Dysthymia, and 13.3% of Bipolar
Disorders.
Zanarini et al. (1998a) examined BPD comorbidity in a more extensive list of
Axis I pathologies (as we did in our study), with separated analyses for each
gender (male [n = 83] and female [n = 296]). Some of the results of his Boston
female sample were similar to the Porto Alegre results (Table 13). Although we
cannot compare the two samples with statistical tests, because of different sample
sizes, source of patients, selection criteria, used instruments and type of controls,
their similarity is at least illustrative: prevalence rates of grouped Mood Disorders
in Boston and Porto Alegre were 96.1% versus 97.6%; of Major Depression,
76.9% versus 84.8%; and of Dysthymia, 30.8% versus 38.9%.
65
Zanarini’s study excluded patients with Bipolar-I Disorder
1
and no data was
published about Bipolar-II Disorder. In our sample, past history of manic or
hypomanic episodes allow us to presume comorbid diagnoses with grouped
bipolar disorders (type I and II) around 34.6%, higher than both the 13.3% rate
found by Skodol et al. (1999), and the 20.6% found by Zimermann and Mattia
(1999). The meaning of those variations is not obvious, other than the
methodological differences between the studies.
Zanarini et al. research raises other interesting questions. One of them is the
Anxious Disorders prevalence of 90.5% in their sample, near to the 96.1% of the
Mood Disorders prevalence – and significantly more frequent in BPD patients than
in other Axis II Personality Disorders (58.6%) used as controls. The authors
propose that maybe anxiety is a more discriminating marker than depression in
BPD, what, theoretically, makes sense after all, since the beginning, classical
descriptions by Grinker et al. (1968), and Kernberg (1975), have emphasized
feelings of anxiety (annihilation, fusion, separation), and phobias (ambivalent
monitoring of interpersonal proximity and distance) as the core affects of
borderline syndrome.
Our finding of 69.2% (n=18) prevalence of Anxiety Disorders is apparently
distant from the 90.5% of the North American sample. However, we did not assess
Simple Phobias, which MINI does not evaluate. If Simple Phobias were excluded
from sample calculations of Zanarini et al., prevalence of Anxious Disorders would
decrease to 60.13%, which is close to our finding.
Another question concerns the prevalence of BPD comorbidity with PTSD in
Zanarini et al. study. Although unexpectedly high (61%), twice the reported by
1
We adopted the criteria of exclusion of Bipolar-I Disorder only when the disease was currently active.
66
Hudziak et al. (1996) of 28%
1
, and the 30.8% we found, all are substantially lower
than 100%. Those rates do not confirm the hypothesis that BPD, as nosological
entity, should be better conceptualized as a complex and chronic form of PTSD
(Herman & Van der Kolk, 1987).
What be could said, with available data, is that traumatic situations in
childhood have a strong association with borderline psychopathology, and
considering borderline as a heterogeneous group of patients (Grinker et al., 1968;
Stone, 1990), it is possible to assume that one of its subgroups may have a close
interface with PTSD which could even move this subgroup from Personality
Disorder category in Axis II to the Axis I disorders, i.e., from an anomalous
personality development to a modified and chronic anxiety disorder (Gunderson
and Sabo, 1993).
Even if BPD and PTSD do not merge in a single disorder, this will not reduce
the importance of childhood adversities association with Borderline Personality
Disorder, a consistently studied issue in last 25 years (Herman e van der Kolk
1987), especially on the role of physical and sexual abuses in psychopathological
development of personality (Herman et al., 1989; Link set al., 1988; Ogata et al.,
1990; Paris and Zweig-Frank, 1992; Paris et al., 1994; Salzman et al., 1993;
Shearer et al., 1990; Westen et al., 1990; Zanarini et al., 1989) (Table 15).
Considering the limitations of difficult comparisons of those pioneer studies
with ours, we can observe in all high rates of physical and sexual abuse in the
childhood of BPD patients, always superior to the expected in normal population.
1
Zanarini et al. (1998) explain this difference with Hudziak et al. (1996) data by their use a cut-off point of 7
in DIB-R, instead of 8. This would allow more patients with borderline traits in their sample than the full
borderline syndrome – and could account for the finding of lower prevalence of PTSD. However, this
explanation does not fit with our data, which is similar to Hudziak’s, and we did use DIB-R cut-off point of 8
to diagnose our cases.
67
Physical abuse varied from 25%
1
(Shearer et al., 1990) to 73% (Paris et al., 1994)
– being our rate of 65.4% in Porto Alegre nearer to that upper limit.
Prevalence of sexual abuse varied from 40% (Shearer et al., 1990) to 71%
(Ogata et al., 1990; Paris et al., 1994); south-Brazilian findings were between
those two values, with 52.2% prevalence. When we identify the abuser, our
intrafamiliar abuse sample had the higher prevalence rate of those reported:
46.2% (6/13) of the patients were abused by their father, or stepfather, when they
were less than 16 years old. (Table 15).
In all reported studies, abuse was significantly more frequent in BPD patients
than in controls, which included depressed, eating disorders, and
alcohol/substance abuse patients, or patients with other personality disorders.
Although our small sample size, ours is one of the more strictly paired sample to
examine differences of adversities prevalence rates in childhood of BPD patients.
And it is the second study, as far as we know, to use healthy controls in the
comparison group the first were recently published in Germany (Bandelow et al,
2005). Significant differences observed between cases physical (p=0.013) and
sexual abuse (p=0.003) compared to their controls, add another evidence that we
are dealing with a clinical BPD population that is similar to others around the world
as far as risk factors are also concerned.
It is important to mention, as part of the severity of our sample, the findings of
its high personal and professional disability levels
2
. Many studies have
1
Salzman et al (1993) reported lower rates, of 10%, for physical abuse, and 16% for sexual abuse, but their
cases were “volunteers with symptoms” instead of BPD inpatients or outpatients.
2
In a way, those would be expected: the concept of personality disorder (different from normal styles of
personality) implies that Personality Disorder diagnosis should only be made when personality traits are
sufficiently rigid and maladaptive as to lead to a clinically significant subjective suffering, or to social,
occupational and familiar disability (DSM-IV, 1994).
68
documented that patients with Personality Disorder presented higher rates of
unemployment, more job changes, and longer periods of disability (Modestin and
Villiger, 1989; Nakao et al., 1992; Paris et al., 1987; Swartz et al., 1990;
Zimmerman and Coryell, 1989). Younger age of onset of professional disability is
also associated to Cluster B Personality Disorder (Ekselius et al., 1996) and,
specifically in BPD patients, higher failure to return to work (Burton et al., 1997). In
global functioning scales, it has been proved for Personality Disorders a significant
level of functional disability (Johnson et al., 1996; Mehlum et al., 1991; Nurnberg
et al., 1989; Paris et al., 1987; Skodol et al., 2002).
Our sample replicates all those findings. Cases presented marked
unemployment rates (69.3%), long time of professional disability (19 ± 20.7
months), and early retirement (11.5%). Besides, global functioning measured by
GAF was similar to other studies (Barasch et al., 1985; Frances et al., 1984;
Nurnberg et al., 1989; Skodol et al., 2002). Skodol et al. (2002), for example,
found a GAF = 54.3 ± 9.3 in a U.S. sample of 175 BPD patients. Our south-
Brazilian sample GAF scores, even in very different social and economic
conditions, was surprisingly similar: 52.7 ± 12.8 (and, as expected, significantly
different [p = 0.000] from GAF = 87.9 ± 13.2 of our control group).
Other studies did not compute differences between patient’s family income
and patient’s own income. In our sample, cases and controls belonged to families
whose incomes did not differ significantly (p = 0.444): R$ 2.159,00 ± 2.885,00
(median= 1.240,00) v. R$ 1.719,00 ± 1.411,00 (median = 1.240,00)
1
. Not only
individual income between cases and controls was different (p =0.000), as most
interesting was the path both groups had along their lives: while individual income
1
In “reais”. During the study the equivalence with US dollars varied from U$ 1,00 = R$ 2,50 – 2,80 reais.
69
of healthy controls (R$ 933,00 ± 699,00; median = 700,00) was closer to their
origin family income (56,4% of family income)
1
, cases’ income (R$ 253,00 ±
265,00; median = 220,00) presented a clear decline (22% of the family income).
Such economic deterioration pattern has some similarity with the so-called
“drift hypothesis”, originally identified in more severe mental disorders, as
schizophrenia, which due to its early onset, chronicity, frequent psychiatric
hospitalizations, and substantial cognitive impairment, and reduces significantly
the chances of patients’ socio-economic advances (Kessler, 2000). Comparing to
schizophrenia, except for the severe and progressive cognitive impairment, BPD
patients of our sample had in commom its early onset, chronicity, recurrence,
frequent hospitalization – and global and socio-economic deterioration, which once
more emphasizes the severity of this personality disorder.
Other universal finding about BPD patients is their high use of health systems,
disproportional to their low prevalence rate (0.7 a 1.0%) in community samples
(Kessler et al., 1994; Swartz et al., 1990; Torgersen et al., 2001). Previous findings
documented that BPD patients reported more psychiatric hospitalizations, more
use of outpatient psychotherapy, more visits to emergency services and worse
implementation of therapeutic plans, when compared to other Personality
Disorders, or to Axis I diagnosis (Clarke et al., 1995; Skodol et al., 1983).
Bender et al. (2001) compared BPD to patients with Major Depression, and
found that they had higher chance of having received any kind of psychosocial
treatment
2
than depressed patients (odds ratio ranged from 1.89 [for
couples/family therapy] to 4.95 [for hospitalization]). As to medication, BPD
1
Percentages calculated from the medians due to the great variability of the means.
2
Individual, group, family, couple therapies, day-hospital, hospitalization, and residential treatment. The
only exception was self-help groups.
70
patients had twice more chances of having used antidepressants and
benzodiazepines than patients with Major Depressive Disorder, six times more of
mood stabilizers, and 10 times more of having used an antipsychotic (Bender et
al., 2001).
We found similar data on both frequency of hospitalizations and use of
individual psychotherapies (Table 9).
We also observed high rates of psychotherapy dropout. Borderline patients
dropout was first reported by Waldinger and Gunderson (1984). Gunderson et al.
(1989) followed 36 BPD patients in psychotherapy for 6 months, and observed at
the endpoint that 60% of the patients had interrupted their treatment. Perry et al.
(1999) calculated an average of interruptions of 21.8% ± 14.7 % for BPD patients
in 14 reviewed psychotherapy studies. Those data were comparable to the 40% of
treatment dropout in depressed patients with Cluster B Personality Disorders, in
the NIMH Treatment of Depression Collaborative Research Program (Shea et al.,
1990). Our sample presented a history of previously interrupted psychotherapeutic
treatments in 46.2% of the cases (10/26), with an average 2.3 ± 1.4
psychotherapies per patient.
Use of medication (antidepressants, mood stabilizers, antipsychotics, and
anxiolytics) was extremely high in our sample, higher than the North American
sample of Bender et al. (2001). One of the possible explanations, is that our south-
Brazilian sample was more severely ill (hospitalized, higher suicidality, more
psychotic symptoms, more history of hypomanic episodes in the past), while
Bender et al. cases were partly recruited through media advertising, and had many
subjects who were not even in treatment when they were selected for the study.
71
It is important to emphasize that, considering the high frequency of the
association of psychological and pharmacological treatments in our sample, we
can state that having a BPD diagnosis did not preclude BPD patients to receive
appropriate pharmacological treatment, in opposition to Akiskal’s assumption
(2004) that because of a BPD diagnosis patients run the risk of not obtaining the
benefit from an eventually needed pharmacological treatment.
In conclusion, we consider that the demographic, clinical severity,
psychopathological spectrum, comorbidity, disability level, and high pattern of use
of medical and psychological treatment which characterize the group of patients
we studied, as well as the prevalence of antecedents of emotional, physical, and
sexual abuse in childhood allow us to conclude that there are patients with
Borderline Personality Disorder also in South Brazil, which resemble, in their basic
aspects, BPD patients already described in other countries, as the United States,
Canada, Europe, Japan, and Australia. We can also consider those findings as
another contribution for the transcultural validation of Borderline Personality
Disorder as a nosographic category.
72
REFERENCES
1. Akiskal HS. Subaffective disorders: dysthymic, cyclothymic and bipolar II
disorders in the “borderline” realm. Psychiatry Clin North Am 1981; 4: 25-46.
2. ____. Demystifying borderline personality: Critique of the concept and
unorthodox reflections on its natural kinship with the bipolar spectrum. Acta
Psychiatr Scand 2004; 110: 401-407.
3. _____. The prevalent clinical spectrum of bipolar disorders beyond DSM-IV.
J Clin Psychopharm 1996; 16 Suppl: 4S-14S.
4. _____. The temperamental borders of affective disorders. Acta Psychiatr
Scand 1994; 89 Suppl 379: 32-37.
5. _____. Validating “hard” and “soft” phenotypes within the bipolar spectrum:
continuity or discontinuity. J Affect Disord 2003; 73: 1-5.
6. Akhtar S, Byrne JP, Doghramji K. The demographic profile of borderline
personality disorder. J Clin Psychiatry 1986; 47: 196-198.
7. Akiskal HS, Chen SE, Davis GC, Puzantian VR, Kashgarian M, Bolinger JM.
Borderline: an adjective in search of a noun. J Clin Psychiatry 1985; 46: 41-48.
8. Akiskal HS, Hantouche EG, Allilaire JF, Sechter D, Bourgeois ML, Azorin JM,
et al. Validating antidepressant-associated hypomania (bipolar III): a
systematic comparison with spontaneous hypomania (bipolar II). J Affect
Disord 2003b; 73: 65-74.
9. Akiskal HS, Hantouche EG, Allilaire JF. Bipolar II with and without cyclothymic
temperament: “dark” and “sunny” expressions of soft bipolarity. J Affect Disord
2003a; 73: 49-57.
10. Alarcón RD, Westermeyer J, Foulks E, Ruiz P. Clinical relevance of
contemporary cultural psychiatry. J Nerv Ment Dis 1999; 187(8): 465-471.
11. Alarcón RD. Cross cultural issues. In: Oldham JM, Skodol AE, Bender DS,
editors. Textbook of Personality Disorders. Washington, D.C.: American
Psychiatric Publishing; 2005. P. 561-578.
12. Almeida OP, Forlenza OV, Costa Lima NK, Bigliani V, Arcuri SM, Gentile M, et
al. Psychiatric morbidity among the elderly in a primary care setting report
from a survey in São Paulo, Brazil. Int J Ger Psychiatry 1998; 12(7): 728-736.
73
13. Almeida-Filho N, Mari JJ, Coutinho E, Franca JF, Fernandes J, Andreoli SB, et
al. Brazilian multicentric study of psychiatric morbidity: methodological features
and prevalence estimates. Br J Psychiatry 1997 Dec; 171: 524-529.
14. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders. (DSM-III). 3
rd
ed. Washington, DC: American Psychiatric Association
1980.
15. _____. Revised (DSM-III-R). 3
rd
ed. Washington, DC: American Psychiatric
Association 1987.
16. _____. (DSM-IV). 4
th
ed. Washington, DC: American Psychiatric Association
1994.
17. _____. Text Revision (DSM-IV-TR). 4
th
ed. Washington, DC: American
Psychiatric Association 2000.
18. Amorin P. Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI): validação de
entrevista breve para transtornos mentais. Rev Bras Psiquiatr 2000; 22: 106-
115.
19. Andrade L, Walters EE, Gentil V, Laurenti R. Prevalence of ICD-10 mental
disorders in a catchment area in the city of São Paulo, Brazil. Soc Psychiatry
Psychiatr Epidemiol 2002; 37(7): 316-325.
20. Andrade RC, Silva VA, Assumpção Jr FB. Preliminary data on the prevalence
of psychiatric disorders in Brazilian male and female juvenile delinquents. Braz
J Med Biol Research 2004; 37: 1155-1160.
21. Andrulonis PA, Glueck BC, Stroebel CF, Vogel NC. Borderline personalities
subcategories. J Nerv Ment Dis 1982; 170 (11): 670-679.
22. Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado. Escala para nível
sócio-econômico. Site: http://www.anep.org.br; 1975.
23. Baer L, Jenike MA, Black DW, Treece C, Rosenfeld R, Greist J. Effect of axis II
diagnoses on treatment outcome with clomipramine in 55 patients with
obsessive-compulsive disorder. Arch Gen Psychiatry 1992; 49: 862-866.
24. Baldessarini RJ. A plea for the integrity of the bipolar concept. Bipolar
Disorders 2000; 2: 3-7.
25. Bandelow B, Krause J, Wedekind D, Brooks A, Hajak G, Rüther E. Early
traumatic life events, parental attitudes, family history, and birth risk factors in
patients with borderline personality disorder and healthy controls. Psychiatry
Research 2005; 134: 169-179.
74
26. Barasch A, Frances A, Hurt S, Clarkin J,, Cohen S. The stability and
distinctness of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1985; 142:
1484-1486.
27. Baxter L, Edell W, Gerner R, Fairbanks L, Gwirtsman H. Dexamethasone
suppression test and axis I diagnoses of inpatients with DSM-III borderline
personality disorder. J Clin Psychiatry 1984; 45: 150-153.
28. Benazzi F, Akiskal HS. Refining the evaluation of bipolar II: Beyond the strict
SCID-CV guidelines for hypomania. J Affect Disord 2003; 73: 33-38.
29. Bender DS, Dolan RT, Skodol AE, Sanislow CA, Dick IR, McGlashan TH, et al.
Treatment utilization by patients with personality disorders. Am J Psychiatry
2001; 158 (2): 295-302.
30. Bernstein DL, Fink L. Childhood trauma questionnaire: a retrospective self-
report – manual. USA: The Psychological Corporation; 1998.
31. Bernstein DP, Handelsman L, Foote J. Initial reliability and validity of a new
retrospective measure of child abuse and neglect. Am J Psychiatry 1994;
151(8): 1132-1136.
32. Bernstein DP, Ahluvalia T, Pogge D, Handelsman L. Validity of the Childhood
Trauma Questionnaire in an adolescent psychiatric population. J American
Academy of Child & Adolescent Psychiatry 1997; 36 (3): 340-348.
33. Bernstein DP, Stein AJ, Newcomb MD, Walker E, Pogge D, Ahluvalia T, et al.
Development and validation of a brief screening version of the Childhood
Trauma Questionnaire. Child Abuse & Neglect 2003; 27: 169-190.
34. Blashfield RK, Intoccia V. Growth of the literature on the topic of personality
disorders. Am J Psychiatry 2000; 157(3): 472-473.
35. Blazer DG. Mood disorders: epidemiology. In: Sadock B & Sadock V, editors.
Comprehensive Textbook of Psychiatry. 7
th
ed. Philadelphia: Lippincott
Williams & Wilkins; 2000. P. 1298-1308.
36. Brieger P, Ehrt U, Marneros A. Frequency of comorbid personality disorders in
bipolar and unipolar affective disorders. Compr Psychiatry 2003; 44(1): 28-34.
37. Brodsky BS, Malone KM, Ellis SP, Dulit RA, Mann JJ. Characteristics of
borderline personality disorder associated with suicidal behavior. Am J
Psychiatry 1997; 154: 1715-1719.
75
38. Brodsky BS, Cloitre M, Dulit RA. Relationship of dissociation to self-mutilation
and childhood abuse in borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1995;
152(12): 1788-1995.
39. Burton K, Polatin PB, Gatchel RJ. Psychosocial factors and the rehabilitation of
patients with chronic work-related upper extremity disorders. J Occup Rehabil
1997; 7: 139-153.
40. Chabrol H, Chouicha K, Montovany A, Callahan S. Symptoms of DSM-IV
borderline personality disorder in a nonclinical population of adolescents: study
of a series of 35 patients. Encephale 2001; 27(2): 120-127.
41. Clarke M, Hafner RJ, Holme G. Borderline personality disorder: a challenge for
mental health services. Aust NZ J Psychiatry 1995; 29: 409-414.
42. Corbitt EM, Malone KM, Haas GL, Mann JJ. Suicidal behavior in patients with
major depression and comorbid personality disorders. J Affect Disord 1996; 39:
61-72.
43. Cornell DG, Silk KR, Ludolph PS, Lohr NE. Test-retest reliability of the
diagnostic interview for borderlines. Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 1307-1310.
44. Corruble D, Ginestet D, Guelfi JD. Comorbidity of personality disorders and
unipolar depression: a review. J Affect Disord 1996; 37: 157-170.
45. Dahl AA. Borderline disorders: The validity of the diagnosis concept. Psychiatr
Dev 1985; 2: 109-152.
46. Draijer N, Langeland W. Childhood trauma and perceived parental dysfunction
in the ethiology of dissociative symptoms in psychiatric inpatients. Am J
Psychiatry 1999; 156(3): 379-385.
47. Ekselius L, Eriksson M, von Knorring L, and Linder J. Personality disorders and
major depression in patients with somatoform pain disorders and medical
illnesses in relation to age of work disability. Eur J Psychiatry 1996; 10: 35-43.
48. Ekselius L, Tilffors M, Furmark T, and Fredrikson M. Personality disorders in
the general population: DSM-IV and ICD-10 defined prevalence as related to
sociodemographic profile. Personality and Individual Differences 2001; 30(2):
311-320.
49. Fleitlich-Bilyk B, Goodman R. Prevalence of child and adolescent psychiatric
disorders in southeast Brazil. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2004; 43(6):
727-734.
76
50. Fink L, Bernstein DP, Handelsman L, Foote J, Lovejoy M. Initial reliability of the
Childhood Trauma Interview: a new multidimensional measure of childhood
interpersonal trauma. Am J Psychiatry 1995; 152: 1329-1335.
51. ____. Initial reliability and validity of the Childhood Trauma Interview: a new
multidimensional measure of childhood interpersonal trauma. Am J Psychiatr
1995; 152 (9): 1329-1335.
52. Frances A, Clarkin JF, Gilmore M, Hurt SW, Brown R. Reliability of criteria for
borderline personality disorder: a comparison of DSM-III and the diagnostic
interview for borderlines. Am J Psychiatry 1984; 141: 1080-1084.
53. Fyer FR, Frances AJ, Sullivan T, Hurt SW, Clarkin J. Suicide attempts in
patients with borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1988; 145: 737-
739.
54. Gartner AF, Marcus RN, Halmi K, Loranger AW. DSM-III-R personality
disorders in patients with eating disorders. Am J Psychiatry 1989; 146: 1585-
1591.
55. George EL, Miklowitz DJ, Richards JA, Simoneau TL, Taylor DO. The
comorbidity of bipolar disorder and axis II personality disorders: prevalence
and clinical correlates. Bipolar Disord 2003; 5(2): 115-122.
56. Grassi-Oliveira R, Pezzi JC, Stein LM. Versão brasileira do childhood trauma
questionnaire (CTQ). São Paulo: Casa do Psicólogo; 2004. No prelo.
57. Grassi-Oliveira R, Stein LM. História de abuso e negligência na infância em um
modelo de predição para o transtorno de estresse s-traumático e distúrbios
psiquiátricos menores no adulto (Dissertação de Mestrado: Programa de Pós-
Graduação em Psicologia, PUCRS). Porto Alegre (RS); 2004.
58. Grinker R, Werble B, Drye RC. The Grinker Study (1968). In: Stone MH, editor.
Essential papers on borderline disorders. New York: New York University
Press; 1986. P. 320-356.
59. Gunderson JG. Borderline personality disorder. Wahington, D.C.: American
Psychiatric Press; 1984.
60. Gunderson JG, Carpenter WT, Strauss JS. Borderline and schizophrenic
patients: a comparative study. Am J Psychiatry 1975; 132: 1257-1264.
61. Gunderson JG, Elliot GR. The interface between borderline personality
disorder and affective disorder. Am J Psychiatry 1985; 142: 277-288.
77
62. Gunderson JG, Frank AF, Ronningstam EF, Wachter S, Lynch J. Early
discontinuation of borderline patients from psychotherapy. J Nerv Ment Dis
1989; 177(1): 38-42.
63. Gunderson JG, Kolb JE, Austin V. The diagnostic interview for borderline
patients. Am J Psychiatry 1981; 138: 896-903.
64. Gunderson JG, Morey LC, Stout RL, Skodol AE, Shea T, McGlashan TH, et al.
Major depressive disorder and borderline personality disorder revisited:
longitudinal interactions. J Clin Psychiatry 2004; 65(8): 1049-1056.
65. Gunderson JG, Phillips KA. A current view of the interface between borderline
personality disorder and depression. Am J Psychiatry 1991; 148: 967-975.
66. Gunderson JG, Singer M. Defining borderline patients: an overview. Am J
Psychiatry 1975; 132: 1-10.
67. Harding TW, Arango MV, Baltazar J, Climent CE, Ibrahim HHA, Ladrido-
Ignacio L. Mental disorders in primary health care: a study of the frequency and
diagnosis in four developing countries. Psychol Med 1980; 10: 231-242.
68. Hawton K, Houston, BA, Haw C, Townsend E, Harriss L. Comorbidity of axis I
and axis II disorders in patients who attempted suicide. Am J Psychiatry 2003;
160(8): 1494-1500.
69. Herman JL, Perry JC, van der Kolk BA. Childhood trauma in borderline
personality disorder. Am J Psychiatry 1989; 146: 490-495.
70. Herman JL, van der Kolk BA. Traumatic antecedents of borderline personality
disorder. In: van der Kolk BA, editor. Psychological Trauma. Washington, D.C.:
American Psychiatric Press; 1987. P. 111-126.
71. Hirschfeld RMA, Klerman GL. Personality attributes and affective disorders.
Am J Psychiatry 1979; 136: 67-70.
72. Houaiss A. Mini-Webster: Dicionário Ings-Português. Rio de Janeiro: Record;
1992.
73. Hudziak JJ, Boffeli TJ, Kriesman JJ, Battaglia MM, Stanger C, Guze SB.
Clinical study of the relation of borderline personality disorder to Briquet’s
syndrome (hysteria), somatization disorder, antisocial personality disorder, and
substance abuse disorders. Am J Psychiatry 1996; 153: 1596-1606.
74. Ilardi SS, Craighead WE, Evans DD. Modeling relapse in unipolar depression:
the effects of dysfunctional cognitions and personality disorders. J Clin Consul
Psychol 1997; 65: 381-391.
78
75. Ikuta N, Zanarini MC, Minakawa K, Miyake Y, Moriya N, Nishizono-Maher A.
Comparison of American and Japanese outpatients with borderline personality
disorder. Compr Psychiatry 1994; 35(5): 382-385.
76. Jackson HJ, Burgess PM. Personality disorders in the community: results from
the Australian national survey of mental health and well being (Part III).
Relationships between specific type of personality disorder, axis I mental
disorders and physical conditions with disability and health consultations. Soc
Psychiatry Psychiatr Epidemiol 2004; 39(1): 765-776.
77. Johnson JG, Cohen P, Smailes E, Skodol AE, Brown J, Oldham JM. Childhood
verbal abuse and risk for personality disorders during adolescence and early
adulthood. Compr Psychiatry 2001; 42(1):16-23.
78. Johnson JG, Cohen P, Brown J, Smailes E, Bernstein D. Childhood
maltreatment increases risk for personality disorders in early adulthood. Arch
Gen Psychiatry 1999; 56(7): 600-606.
79. Johnson DM, Shea MT, Yen S, Battle CL, Zlotnik C, Sanislow CA, et al.
Gender differences in borderline personality disorder: findings from the
collaborative longitudinal personality disorders study. Compr Psychiatry 2003;
44(4): 284-292.
80. Joyce PR, Mulder RT, Luty SE, McKenzie JM, Sullivan PF, Cloninger RC.
Borderline personality disorder in major depression: symptomatology,
temperament, character, differential drug response, and 6-month outcome.
Compr Psychiatry 2003; 44(1): 35-43.
81. Judd LL, Akiskal HS, Schettler PJ, Coryell W, Maser J, Rice JA, et al. The
comparative clinical phenotype and long term longitudinal episode course of
bipolar I and II: a clinical spectrum or distinct disorders. J Affect Disord 2003;
73(1-2): 19-32.
82. Kernberg OF. Borderline personality organization (1967). In: Stone MH, editor.
Essential papers on borderline disorders. New York: New York University
Press; 1986. P. 279-319.
83. Kernberg OF. Borderline conditions and pathological narcissism. New York:
Jason Aronson; 1975.
84. Kerr-Corrêa F, Tarelho LG, Crepaldi AL, Camiza LD, Villanassi R. Abuso
sexual, transtornos mentais e doenças físicas. Rev Psiq Clínica 2000; 27(5):
257-271.
79
85. Kessler RC, McGonagle KA, Zhao S, Nelson CB, Hughes M, Eshleman S, et
al. Lifetime and 12-month prevalence of DSM-III-R psychiatric disorders in the
U.S.: results from the national comorbidity survey. Arch Gen Psychiatry 1994;
51: 8-20.
86. Kessler RC. Sociology and psychiatry. In: Sadock B, Sadock V, editors.
Comprehensive Textbook of Psychiatry. 7
th
ed. Philadelphia: Lippincott
Williams & Wilkins; 2000. P. 476-484.
87. Kjelsberg E, Eikeseth PH, Dahl AA. Suicide in borderline patients predictive
factors. Acta Psychiatr Scand 1991; 84(3): 283-287.
88. Laporte L, Guttman H. Traumatic childhood experiences as risk factors for
borderline and other personality disorders. J Personal Disord 1996; 10:247-
259.
89. Lima MS, Beria JU, Tomasi E, Conceiçao AT, Mari JJ. Stressful life events and
minor psychiatric disorders: an estimate of the population attributable fraction
in a brazilian community-based study. Int J Psychiatry Med 1996; 26(2); 211-
222.
90. Links PS, Heslegrave R, van Reekum R. Prospective follow-up study of
borderline personality disorder: prognosis, prediction of outcome, and axis II
comorbidity. Can J Psychiatry 1998; 43(4): 265-270.
91. Links PS, Steiner M, Offord DR, Eppel A. Characteristics of borderline
personality disorder: a canadian study. Can J Psychiatry 1988; 33: 336-340.
92. Loranger AW, Sartorius N, Andreoli A, Berger P, Buchheim P,
Channabasavanna SM. The international personality disorder examination.
Arch Gen Psychiatry 1994; 51(3): 215-224.
93. Lovisi GM, Mann AH, Coutinho E, Morgado AF. Mental illness in an adult
sample admitted to public hostels in the Rio de Janeiro metropolitan area,
Brazil. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 2003; 38(9): 493-498.
94. Magill CA. The boundary between borderline personality disorder and bipolar
disorder: current concepts and challenges. Can J Psychiatry 2004; 49(8): 551-
556.
95. Malone KM, Haas GL, Sweeney JA, Mann JJ. Major depression and the risk of
attempted suicide. J Affect Disord 1995; 34: 173-185.
96. Mari J, Williams PA. A validity study of a psychiatric screening questionnaire
(SRQ-20) in primary care in the city of São Paulo. Br J Psychiatry 1986; 148:
23-26.
80
97. McGlashan T. The borderline syndrome. II. Is it a variant of schizophrenia or
affective disorder? Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 1319-1323.
98. McGlashan T. The Chestnut Lodge follow-up study, part III: long-term outcome
of borderline personalities. Arch Gen Psychiatry 1986; 42: 20-30.
99. McHolm AE, MacMillan HL, Jamieson E. The relationship between physical
abuse and suicidality among depressed women: results from a community
sample. Am J Psychiatry 2003; 160(5): 933-938.
100. Mehlum L, Friis S, Irion T, Johns S, Karterud S, Vaglum S. Personality
disorders 2-5 years after treatment: a prospective follow-up study. Acta
Psychiatr Scand 1991; 84: 72-77.
101. Miller SG. Borderline personality disorder in cultural context: commentary on
Paris. Psychiatry 1996; 59: 193-195.
102. Millon T, Grossman SD. Sociocultural factors. In: Oldham JM, Skodol AE,
Bender DS, editors. Textbook of Personality Disorders. Washington, D.C.:
American Psychiatric Publishing; 2005. P. 223-235.
103. Modestin J, Villiger C. Follow-up study on borderline versus non-borderline
personality disorders. Compr Psychiatry 1989; 30: 236-244.
104. Molina-Ramos R, Perera JLC, Urdaniz AP, Iglesias SS. Factors associated to
the diagnoses of borderline personality disorder in psychiatric out-patients.
Actas Esp Psiquiatr 2002; 30(3): 153-159.
105. Moriya N, Miyake Y, Minakawa K, Ikuta N, Nishizono-Maher A. Diagnosis and
clinical features of borderline personality disorder in the east and west: a
preliminary report. Compr Psychiatry 1993; 34(6): 418-423.
106. Mulder RT. Personality disorders in New Zealand hospitals. Acta Psychiatr
Scand 1991; 84(2): 197-202.
107. Mullen PE, Martin JL, Anderson JC, Romans SE, Herbison GP. The long-
term impact of the physical, emotional, and sexual abuse of children: A
community study. Child Abuse & Neglect 1996; 20(1): 7-21.
108. Nakao K, Gunderson JG, Phillips KA, Tanaka N, Yorifuji K, Takaishi J, et al.
Functional impairment in personality disorders. J Personal Disord 1992; 6: 24-
33.
109. Negrao AB, Cordas TA. Clinical characteristics and course of anorexia
nervosa in Latin America, a Brazilian sample. Psychiatry Res 1996; 62(1): 17-
21.
81
110. Nestadt G, Romanoski AJ, Chahal R, Merchant A, Folstein MF, Gruenberg
EM, et al. An epidemiological study of histrionic personality disorder. Psychol
Med 1990; 20: 413-422.
111. Norusis M. Statistical package for the social sciences (SPSS-X): advanced
statistic guide. Chicago: Mc Graw Hill; 1986.
112. Noyes R, Reich J, Christiansen J, Suelzer M, Pfohl B, Coryell WA. Outcome
of panic disorder relationship to diagnostic subtypes and comorbidity. Arch Gen
Psychiatry 1980; 47: 809-818.
113. Nurnberg HG, Raskin M, Levine PE, Pollock S, Prince R, Siegel O. BPD as a
negative prognostic factor in anxiety disorders. J Personal Disord 1989; 3: 205-
216.
114. ____. The comorbidity of borderline personality disorder and other DSM-III-R
axis II personality disorders. Am J Psychiatry 1991; 148(10): 1371-1377.
115. Ogata SN, Silk KR, Goodrich S, Lohr NE, Westen D, Hill EM. Childhood
sexual and physical abuse in adult patients with borderline personality disorder.
Am J Psychiatry 1990; 147(8): 1008-1013.
116. Okasha A, Omar AM, Lotaief M, Ghanem A, Okasha T. Comorbidity of axis I
and axis II diagnoses in a sample of egyptian patients with neurotic disorders.
Compr Psychiatry 1996; 37(2): 95-101.
117. Oldham JM, Skodol AE, Gallagher PE, Kroll ME. Relationship of borderline
symptoms to histories of abuse and neglect: a pilot study. Psychiatr Q 1996;
67:287-295.
118. Oldham JM, Skodol AE, Kellman HD, Hyler SE, Doidge N, Rosnik L, et al.
Comorbidity of axis I and axis II disorders. Am J Psychiatry 1995; 152(4): 571-
578.
119. Onchev G, Ganev K. Borderline personality disorder in Bulgaria: period
prevalence, syndrome validity and comorbidity. European Psychiatry 1996; 11
Suppl 4: 371S-372S.
120. Paris J. The treatment of borderline personality disorder in light of the
research of its long-term outcome. Can J Psychiatry 1993; 38 1 Suppl: 28S-
34S.
121. ____. Cultural factors in the emergence of borderline pathology. Psychiatry
1996; 59(2): 185-192.
82
122. ____. Personality disorders in sociocultural perspectives. J Personal Disord
1998; 12(4): 289-301.
123. Paris J, Brown R, Nowlis D. Long-term follow-up of borderline patients in a
general hospital. Compr Psychiatry 1987; 28: 530-535.
124. Paris J, Zweig-Frank H. A critical review of the role of childhood sexual abuse
in the etiology borderline personality disorder. Can J Psychiatry 1992; 37(2):
125-128.
125. Paris J, Zweig-Frank H, Guzder J. Psychological risk factors for borderline
personality disorder in female patients. Compr Psychiatry 1994a; 35: 301-305.
126. ____. Psychological risk factors for borderline personality disorder in male
patients. J Nerv Ment Dis 1994b; 182: 375-380.
127. Perugi G, Toni C, Travierso MC, Akiskal HS. The role of cyclothymia in
atypical depression: toward a data-based reconceptualization of the borderline-
bipolar II connection. J Affect Disord 2003; 73: 87-98.
128. Perry JC. Depression in borderline personality disorder: lifetime prevalence at
interview and longitudinal course of symptoms. Am J Psychiatry 1985; 142(1):
15-21.
129. Perry JC, Banon E, Ianni F. The effectiveness of psychotherapy for
personality disorders. Am J Psychiatry 1999; 156: 1312-1321.
130. Pope HG, Jonas JM, Hudson JI, Cohen BM, Gunderson JG. The validity of
DSM III borderline personality disorder. Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 23-30.
131. Regier DA, Myers JK, Kramer M, Robins LN, Blazer DG, Hough RL, et al.
The NIMH epidemiologic catchment area program: historical context, major
objectives, and study population characteristics. Arch Gen Psychiatry 1984; 41:
934-941.
132. Salzman JP, Salzman C, Wolfson AN, Albanese M, Looper J, Ostacher M.
Association between borderline personality structure and history of childhood
abuse in adult volunteers. Compr Psychiatry 1993; 34: 254-257.
133. Samuels J, Eaton WW, Bienvenu OJ, Clayton P, Brown H, Costa PT, et al.
Prevalence and correlates of personality disorders in a community sample. Br J
Psychiatry 2002; 180: 536-542.
134. Samuels J, Nestadt G, Bienvenu OJ. Personality disorders and normal
personality dimensions in obsessive-compulsive disorders. Br J Psychiatry
2000; 177: 457-462.
83
135. Sansone RA, Wiederman MW, Sansone LA. The self-harm inventory (SHI):
development of a scale for identifying self-destructive behaviors and borderline
personality disorder. J Clin Psychol 1998; 54(7): 973-983.
136. Sansone RA, Hruschka J, Vasudevan A, Miamisburg O, Miller SN. Disability
and borderline personality symptoms. Psychosomatics 2003; 44: 442.
137. Schestatsky SS. Quem tem medo do paciente borderline? Revista Brasileira
Psicoterapia 1999; 1: 117-128.
138. Schestatsky SS, Abreu PB, Ceitlin LH. Confiabilidade da versão brasileira da
entrevista diagnóstica revisada para transtorno borderline; 2003. Manuscrito
não publicado.
139. Senol S, Dereboy C, Yuksel N. Borderline disorder in Turkey: A 2- to 4-year
follow-up. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 1997; 32(2): 109-112.
140. Shea MT, Glass DR, Pilkonis PA. Frequency and implications of personality
disorders in a sample of depressed inpatients. J Personal Disord 1987; 1: 27-
41.
141. Shea MT, Pilkonis PA, Beckham E, Collins JF, Elkin I, Sotsky SM, et al.
Personality disorders and treatment outcome in the NIMH treatment of
depression collaborative research program. Am J Psychiatry 1990; 147: 711-
718.
142. Sheehan DV, Lecrubier Y, Sheehan KH, Amorim P, Janavs J, Weiller E, et al.
The mini international neuropsychiatric interview (MINI): the development and
validation of a structured diagnostic psychiatric interview for DSM-IV and ICD-
10. J Clin Psychiatry 1998; 59 Suppl 20: 22-33.
143. Shearer SL, Peters CP, Quaytman MS, Ogden RL. Frequency and correlates
of childhood sexual and physical abuse histories of female borderline
inpatients. Am J Psychiatry 1990; 147: 214-216.
144. Skodol AE, Buckley P, Charles E. Is there a characteristic pattern to the
treatment history of clinic outpatients with borderline personality? J Nerv Ment
Dis 1983; 171: 405-410.
145. Skodol AE, Gunderson JG, McGlashan TH, Dick IR, Stout RL, Bender DS, et
al. Functional impairment in patients with schizotypal, borderline, avoidant, or
obsessive-compulsive personality disorder. Am J Psychiatry 2002a; 159(2):
276-283.
84
146. Skodol AE, Gunderson JG, Pfohl B, Widiger TA, Livesley WJ, Siever LJ. The
borderline diagnosis I: psychopathology, comorbidity and personality structure.
Biol Psychiatry 2002; 51(12): 936-950.
147. Skodol AE, Oldham JM. Assessment and diagnosis of borderline personality
disorder. Hosp Community Psychiat 1991; 42(10): 1021-1028.
148. Skodol AE, Stout RL, McGlashan TH, Grilo CM, Gunderson JG, Shea MT, et
al. Co-occurrence of mood and personality disorders: a report from the
collaborative longitudinal personality disorders study (CLPS). Depress Anxiety
1999; 10(4): 175-182.
149. Soares JC, Gershon S. The diagnostic boundaries of bipolar disorder
(editorial). Bipolar Disorders 1999; 1: 1-2.
150. Soloff PH, Lis JA, Kelly T, Cornelius J, Ulrich R. Risk factors for suicidal
behavior in borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1994; 151(9):
1316-1323.
151. Soloff PH, Lynch KG, Kelly TM. Childhood abuse as a risk factor for suicidal
behavior in borderline personality disorder. J Personal Disord 2002; 16(3): 201-
214.
152. Spitzer RL, Endicott J, Gibbon M. Crossing the border into borderline
personality and borderline schizophrenia: the development of criteria. Arch Gen
Psychiatry 1979; 36: 17-24.
153. Stern A. Psychoanalytic investigation and therapy in borderline group of
neuroses. Psychoanal Q 1938; 7: 467-489.
154. Stevenson J, Meares R, Comeford A. Diminished impulsivity in older patients
with borderline personality disorder. Am J Psychiatry 2003; 160: 165-166.
155. Stone MH. The borderline syndrome: evolution of the term, genetic aspects,
and prognosis (1977). In: MH Stone, editor. Essential papers on borderline
disorders. New York: New York University Press; 1986. P. 475-497.
156. ____. Contemporary shift of the borderline concept from a sub schizophrenic
disorder to a sub affective disorder. Psychiatr Clin North Amer 1979; 2: 577-
594.
157. _____. Borderline syndromes: a consideration of subtypes and an overview,
directions for research. Psychiatr Clin North Am 1981; 4(1): 3-24.
158. _____. Essential papers on borderline disorders. New York: New York
University Press; 1986. P. 279-319.
85
159. _____. The fate of borderline patients. New York: Guilford Press; 1990.
160. Swartz HA, Pilkonis PA, Frank E, Proietti JM, Scott J. Acute treatment
outcomes in patients with bipolar I disorder and co-morbid borderline
personality disorder receiving medication and psychotherapy. Bipolar Disord
2005; 7(2): 192-197.
161. Swartz M, Blazer D, George L, Winfield I. Estimating the prevalence of
borderline personality disorder in the community. J Personal Disord 1990; 4:
257-272.
162. Tyrer P, Casey P, Ferguson B. Personality disorder in perspective. Br J
Psychiatry 1991; 159: 463-471.
163. Torgersen S. Epidemiology. In: Oldham JM, Skodol AE, Bender DS, editors.
Textbook of personality disorders. Washington, D.C.: American Psychiatric
Publishing; 2005. P. 129-141.
164. Torgersen S, Kringlen E, Cramer V. The prevalence of personality disorders
in a community sample. Arch Gen Psychiatry 2001; 58: 590-596.
165. Torres AR, Del Porto JA. Comorbidity of obsessive-compulsive disorder and
personality disorders. A Brazilian controlled study. Psychopathology 1995;
28(6): 322-329.
166. Verheul R, van den Brink W, Hartgers C. Personality disorders predict
relapse in alcoholic patients. Addict Behav 1998; 23: 869-882.
167. Vertogradova O, Bannikov G, Konkov S. Personality characteristics in
depressive patients. European Psychiatry 1997; 12 Suppl 2: 235S.
168. Waldinger R, Gunderson JG. Completed psychotherapies with borderline
patients. Am J Psychother 1984; 38: 190-202.
169. Weaver TL, Clum GA. Early family environments and traumatic experiences
associated with borderline personality disorder. J Consult Clin Psychology
1993; 61: 1068-1075.
170. Westen D, Ludolph P, Misle B, Ruffins S, Block J. Physical and sexual abuse
in adolescent girls with borderline personality disorder. Am J Orthopsychiatry
1990; 60: 55-66.
171. Widiger TA, Trull TJ. Borderline and narcissistic personality disorders. In:
Sutker PB, Adams HE, editors. Comprehensive Handbook of Psychopathology.
2
nd
ed. New York: Plenum; 1993. P. 371-394.
86
172. Wolfe J, Kimerling R. Gender issues in the assessment of posttraumatic
stress disorder. In: Wilson J, Keane TM, editors. Assessing psychological
trauma and PTSD. New York: Guilford Press; 1997. P. 192-238.
173. Yen S, Shea MT, Sanislow CA, Grilo CM, Skodol AE, Gunderson J, et al.
Borderline personality disorder criteria associated with prospectively observed
suicidal behavior. Am J Psychiatry 2004; 161(7): 1296-1298.
174. Zanarini MC, Frankenburg FR, Dubo ED, Sickel AE, Trikha A, Levin A, et al.
Axis I comorbidity of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1998a;
155(12): 1733-1739.
175. _____. Axis II comorbidity of borderline personality disorder. Compr
Psychiatry 1998b; 39(5): 296-302.
176. Zanarini MC, Frankenburg FR, Hennen J, Reich DB, Silk KR. Axis I
comorbidity with borderline personality disorder: 6-year follow-up and
prediction of time of remission. Am J Psychiatry 2004; 161(11): 2108-2114.
177. Zanarini MC, Frankenburg FR, Khera GS, Bleichmar J. Treatment histories of
borderline inpatients. Compr Psychiatry 2001; 42: 144-150.
178. Zanarini MC, Frankenburg FR, Vujanovic AA. Inter-rater and test-retest
reliability of the revised diagnostic interview for borderlines. J Personal Disord
2002; 16(3): 270-276.
179. Zanarini MC, Gunderson JG, Frankenburg FR. The revised diagnostic
interview for borderlines: discriminating BPD from other axis II disorders. J
Personal Disord, 1989; 3: 10-18.
180. ____. Discriminating borderline personality disorder from other axis II
disorders. Am J Psychiatry 1990; 147: 161-67.
181. Zanarini MC, Gunderson JG, Marino MF, Schwartz EO, Frankenburg FR.
Childhood experiences of borderline patients. Compr Psychiatry 1989; 30: 18-
25.
182. Zanarini MC, Wiliams AA, Lewis RE, Reich RB, Vera SC, Marino MF.
Reported pathological childhood experiences associated with the development
of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1997; 154: 1101-1106.
183. Zimmerman M, Coryell W. DSM-III personality disorder diagnoses in a non-
patient sample. Arch Gen Psychiatry 1989; 46: 682-689.
184. Zimmerman M, Mattia JI. Axis I diagnostic comorbidity and borderline
personality disorder. Compr Psychiatry 1999; 40: 245-252.
87
ARTIGO 1 - PORTUGUÊS
CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS E CLÍNICAS DE UMA AMOSTRA
BRASILEIRA DE PACIENTES MULHERES COM TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BORDERLINE
88
CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS E CLÍNICAS DE UMA AMOSTRA
BRASILEIRA DE PACIENTES MULHERES COM TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BORDERLINE
DEMOGRAPHIC AND CLINICAL CHARACTERISTICS OF A BRAZILIAN
SAMPLE OF FEMALE PATIENTS WITH BORDERLINE PERSONALITY
DISORDER
Sidnei S. Schestatsky
1
, Lúcia H.F.Ceitlin
1
, Simone Hauck
2
, Denise Sapper
3
,
Gabriela Favali
4
, Cristiano Frank
4
, Betina Kruter
4
, Fabiana Ritter
4
, Rodrigo
Grassi-Oliveira
5
, Luciana Terra
6
, Renata Dotta
6
, Paulo Belmonte de Abreu
1
1
Professores Adjuntos do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Clinicas de Porto
Alegre, RS, Brasil.
2
Médica Psiquiatra do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS, Brasil
3
Médica Psiquiatra da Casa de Saúde Mental de Novo Hamburgo, RS, Brasil
4
Alunos do Programa de Residência Médica em Psiquiatria do HCPA, RS, Brasil
5
Aluno do Programa de Residência Médica em Psiquiatria do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas,
RS, Brasil
6
Psicólogas Clínicas, Porto Alegre, RS, Brasil
89
RESUMO
Objetivos: A investigação teve como objetivos avaliar o perfil demográfico e
clínico de uma amostra de paciente sul-brasileiros com diagnóstico de Transtorno
de Personalidade Borderline (TPB) e verificar a presença de fatores de risco na
infância e adolescência dos mesmos. Sujeitos e Métodos: Estudo caso-controle,
emparelhado. Uma amostra de conveniência foi constituída por 26 pacientes com
diagnóstico de TPB, de 18 a 60 anos, internados ou em tratamento ambulatorial
em três centros de referência do sul do Brasil. Destes, 23 casos foram
emparelhados com controles normais, extraídos aleatoriamente de listas de
funcionários do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Hospital Pronto Socorro
de Porto Alegre. Com a amostra original de 26 anos foi realizado um estudo
transversal, com vistas à descrição clínico-demográfica da mesma. Resultados:
Os pacientes eram todos, aleatoriamente, do sexo feminino, de cor branca
(95.6%), tendo em média 9.1 ± 3.6 anos de educação e com predominância das
classes sociais C e D. Com a exceção da renda individual, os casos não diferiram
significativamente dos seus controles em relação a estado civil, situação conjugal
ou renda familiar. Os casos fumavam (p = 0.021), bebiam (p = 0.008) e usavam
mais substâncias psicoativas (p = 0.002) que os controles. Do ponto de vista
clínico, os sintomas começaram cedo (16 ± 8.9 anos), assim como a busca de
tratamento (21.7 ± 8 anos). Quase todos os casos (88.5%) tinham tido pelo
menos uma internação psiquiátrica, com uma média de 4.3 ± 3.4. Sintomas mais
freqüentes foram instabilidade afetiva (96.1%), sentimentos crônicos de vazio
(92.3%), crises de raiva intensas e injustificadas (84.6%), reações desesperadas
90
frente a abandonos (84.6%) e automutilações (84.6%). Os casos apresentaram
alta suicidalidade (84.6% de risco de suicídio, 76.9% de tentativas de suicídio
prévias e 3.8% de suicídios consumados durante o período do estudo). A média
de comorbidade dos casos foi de 2.1 ± 0.9 diagnósticos do Eixo I, sendo de
76.9% com Depressão Maior, 69.2% com Transtornos Ansiosos, 30.7% com
Transtornos Alimentares e 23.1% com Abuso/Dependência de Álcool/Drogas.
Encontraram-se diferenças entre casos e controles na exposição a abuso
emocional (84.6% v. 17.4%; p = 0.000), abuso físico (65.4% v. 21.7%; p = 0.022),
abuso sexual (52.2% v. 9.1%; p = 0.006) e negligência emocional (15.34 ± 3.8 v.
11.4 ± 5.1; p = 0.008) antes dos 16 anos de idade. O mesmo ocorreu em relação
ao número total de eventos traumáticos: 11.8 ± 4.5 v. 6.4 ± 3.1 (p = 0.000). Como
esperado, os casos evidenciaram graus maiores de incapacitação que os
controles, tanto quando medidos pelo GAF (52.7 ± 12.8 v. 87.9 ± 13.2; p = 0.000),
como pela renda mensal média auferida (R$ 253,00 ± 265,00 v. R$ 933,00 ±
699,00; p = 0.000). Oitenta e quatro por cento dos pacientes estavam ou
estiveram em psicoterapia individual, com freqüência de uma vez por semana
(85.7%), durante mais de dois anos (26.3 ± 31.8 meses). Vinte e quatro (92.3%)
vinham também em tratamento psicofarmacológico de longa duração.
Conclusão: as características clínico-demográficas, espectro psicopatológico,
critérios diagnósticos, co-morbidade importante, gravidade dos sintomas, grau de
incapacitação e o alto padrão de uso de tratamentos médicos e psicológicos do
grupo de casos estudado, indicam que esta população sul-brasileira de pacientes
borderline é semelhante às populações de pacientes de outras culturas descritas
na literatura. Da mesma forma, estes pacientes tiveram uma prevalência
91
significativamente maior de exposição a fatores de risco traumáticos, durante a
infância e adolescência, especialmente a abusos emocional, físico e sexual.
Palavras-chave: transtorno de personalidade borderline, amostra brasileira, co-
morbidade, gravidade, padrões de tratamento, abusos físico e sexual na infância,
negligência.
92
ABSTRACT
Objectives: The objective of the present investigation was to assess the
demographic and clinical profiles of a sample of south-Brazilian patients with
Borderline Personality Disorder (BPD) diagnoses, and to verify the presence of
traumatic risk factors in their childhood and adolescence. Subject and Methods:
Paired-sample case-control study. A convenience sample was composed of 26
patients (in- and outpatients) with BPD diagnoses, 18 to 60 years old, from three
reference centers in Southern Brazil. Of those, 23 cases were paired to healthy
control subjects, randomly selected from a list of employees of the Hospital de
Clínicas de Porto Alegre and from the Hospital Pronto Socorro de Porto Alegre,
RS, Brazil. The original sample of 26 patients was studied transversally in order to
know its demographical and clinical characteristics. Results: patients were all
women, Caucasian (95.6%), mean of 9.1 ± 3.6 years of education, and from C
and D social classes. Except for individual income, sample did not differ from
controls regarding formal and informal marital status or family income. Cases had
more use of tobacco (p = 0.021), alcohol (p = 0.008), and psychoactive
substances (p = 0.002) than controls. Symptoms started early (16 ± 8.9 years) as
well as the age in which treatment was sought for (21.7 ± 8 years). Almost all
cases (88.5%) had been hospitalized at least once, mean number of
hospitalizations in this sample being 4.3 ± 3.4. More frequent symptoms were
affective instability (96.1%), chronic feelings of emptiness (92.3%), intense and
unjustified anger outbursts (84.6%), desperate reactions when facing
93
abandonment (84.6%), and self-mutilation (84.6%). Cases also presented high
suicidality (84.6% current suicide risk, 76.9% previous suicide attempts, and 3.8%
completed suicides during the study). Cases mean number of comorbidities was
2.1 ± 0.9 Axis I diagnoses: 76.9% with Major Depressive Disorder, 69.2% with
Anxiety Disorders, 30.7% with Eating Disorders, and 23.1% with
Abuse/Dependence of Alcohol/Drugs. Significant differences between cases and
controls were found in exposure to emotional abuse (82.6% v. 17.4%; p = 0.000),
physical abuse (60.8% v. 21.7%; p = 0.022), sexual abuse (52.2% v. 9.1%; p =
0.006), and emotional neglect (15.34 ± 3.8 v. 11.4 ± 5.1; p = 0.008) before 16
years old. The same occurred regarding total number of traumatic events they
were exposed to: 11.8 ± 4.5 v. 6.4 ± 3.1 events, respectively (p = 0.000). As
expected, cases presented higher degrees of distress than controls, both
assessed by GAF (52.7 ± 12.8 v. 87.9 ± 13.2; p = 0.000) and average monthly
individual income (R$ 253,00 ± 265,00 v. R$ 933,00 ± 699,00; p = 0.000). Eighty-
four per cent of the patients were or have been under individual psychotherapy,
with one weekly session (85.7%), during more than 2 years (26.3 ± 31.8 months).
Twenty-four of the patients (92.3%) were also in long-term
psychopharmacological treatment. Conclusion: demographic and clinical profiles,
psychopathological spectrum, diagnostic criteria, frequency of comorbidity,
severity of symptoms, degree of distress, and high pattern of use of medical and
psychological treatments in the group of patients studied, were similar to samples
of different cultures described in literature. There was also a frequent history of
exposure to traumatic risk factors during childhood and adolescence, especially
emotional, physical and sexual abuse.
94
Key words: borderline personality disorder, south-Brazilian sample, comorbidity,
severity, treatment patterns, childhood physical and sexual abuse, neglect.
95
INTRODUÇÃO
Desde sua introdução na literatura psiquiátrica e psicanalítica, o conceito de
borderline permaneceu cercado por inúmeras controvérsias (Akiskal, 1994;
2004; Akiskal et al., 1985; Gunderson and Elliot, 1985; Gunderson and Phillips,
1991; Magill, 2004; Skodol et al., 2002). Circulando na literatura européia
especializada desde fins do século XIX (Stone, 1986), a concepção de um
paciente borderline começou a realmente ocupar a atenção dos especialistas
norte-americanos a partir da década de 1940, quando Stern deu-lhe um status
formal em um artigo que é hoje um clássico (Stern, 1938). A partir daí,
progressivamente, não o paciente borderline mas todo o campo dos
transtornos de personalidade (TP) tornou-se uma área de pesquisas e
publicações predominantemente norte-americana, o que lhe rendeu tanto
reconhecimento como críticas (Akiskal, 1994; Tyrer et al., 1991).
Tyrer, foi um dos que enfatizou que o crédito pelo interesse e investigação
nesta área “repousava nos ombros de poucos e persistentes colegas americanos,
notavelmente Gunderson, Jacobson e Kernberg, pelos seus trabalhos na
psicodinâmica das personalidades borderline e narcisista”, assim como em um
outro dedicado grupo de pesquisadores “envolvidos na definição e descrição mais
precisas e confiáveis destes transtornos”, especialmente Frances, Millon, Spitzer
e Waldinger (Tyrer et al., 1991, p. 464).
Outros autores não viram nisto uma contribuição para o desenvolvimento da
área, mas apenas um problema nosológico equivocado: consideraram ser
96
borderline “um construto em moda apenas nos Estados Unidos, merecendo pouco
respeito na Europa e no mundo em geral” (Akiskal, 1994). Nesta perspectiva, o
diagnóstico de TPB serviria “só para continuar dividindo os profissionais da saúde
mental entre aqueles que deificam seu suposto estatuto nosológico único”, e
outros “que preferem reclassificá-lo dentro de categorias de transtornos
psiquiátricos mais familiares, como os afetivos, ansiosos, epileptóides, de
dependência química ou sociopatia” (Akiskal, 2004, p. 401).
Entre as várias conseqüências desta concentração de interesses clínicos e de
pesquisa norte-americanos, duas são especialmente chamativas. A primeira se
refere à quantidade de publicações norte-americanas a respeito. A segunda é a
predominância de populações de pacientes de língua inglesa na constituição das
amostras estudadas
1
.
Historicamente, o primeiro estudo com uma amostra clínica (51 pacientes
internados) que identificou a “síndrome borderline”, realizou-se em 1968 em
Chicago, por Grinker e colaboradores (Grinker et al., 1968). Um ano antes, em
Nova York, Kernberg publicara o primeiro de uma rie de estudos
psicodinâmicos sobre as “organizações borderline de personalidade”. A partir de
1975, Gunderson e colaboradores (Gunderson, 1984; Gunderson e Singer, 1975;
Zanarini et al., 1990), iniciaram seus projetos para delimitar melhor as
características descritivas, a estabilidade do diagnóstico e a evolução a longo
prazo de pacientes borderline. Estes estudos, associados a um influente trabalho
de Spitzer et al. (1979), contribuíram para a definição dos critérios operacionais
1
Embora Dahl (1985) mencione, além dos Estados Unidos, Inglaterra e Escócia, descrições de pacientes
borderline na Suíça, Alemanha, França, Noruega e Japão, a maioria absoluta das amostras permaneceu sendo
de pacientes de língua inglesa. Links, em 1988, embora assinalasse a ausência de amostras canadenses neste
campo, a partir daí também elas se multiplicaram.
97
do “Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), mais tarde incorporados nas
sucessivas edições dos DSM (1980, 1987, 1994, 2000).
Com a publicação do DSM-III (1980), os estudos de populações borderline
aumentaram, nos estados Unidos, de apenas dois (em 1975) para dez, em 1980,
alcançando rapidamente mais de 100 publicações por ano (Blashfield e Intoccia,
2000, p. 473). Em 1990, contava-se com pelos menos 300 amostras clínicas já
estudadas (Gunderson, 1994) e em 2000 pôde se identificar 2.182 estudos sobre
o TPB – só superados por 3.876 do Transtorno de Personalidade Anti-Social
(Skodol et al., 2002). Parte substancial deles enfocava, com particular atenção, a
relação de traumas psíquicos precoces, especialmente físicos e sexuais, na
etiopatogenia dos transtornos borderline (Herman et al., 1989; Links et al., 1988;
Ogata et al., 1990; Paris et al., 1994; Shearer et al., 1990; Westen et al., 1990;
Zanarini et al., 1989).
No início da década de 1990, a Organização Mundial da Saúde e o
Departamento Americano para Problemas com Álcool, Abuso de Drogas e Saúde
Mental desenvolveram um projeto conjunto para avaliar um instrumento que
compatibilizasse os critérios do DSM-III-R e da CID-10, na detecção diagnóstica
dos Transtornos de Personalidade, em vários países do mundo (Loranger et al.,
1991). Estudaram-se 716 pacientes, em 11 países, distribuídos entre os Estados
Unidos, Europa, África e Ásia
1
. O diagnóstico de TPB variou de 14,5% (com os
critérios do DSM-III-R) a 19,4% (com os do CID-10) em todos os países
investigados, excetuando a cidade de Nairobi, no Quênia (nenhum diagnóstico de
TPB).
1
Índia, Suíça, Holanda, Inglaterra, Luxemburgo, Alemanha, Quênia, Nova York, Noruega, Japão e Áustria.
98
O primeiro estudo sobre pacientes borderline no oriente foi publicado por
Moriya et al. (1993), que identificaram 32 pacientes femininas, em Keyo, no
Japão, correspondendo à definição ocidental de borderline. Outro estudo concluiu
que os pacientes borderline japoneses apresentavam psicopatologia basicamente
idêntica à dos norte-americanos (Ikuta et al., 1994). Surgiram comunicações da
presença de TPB também em amostras clínicas do Canadá (Links, 1988), Nova
Zelândia (Mulder, 1991), Noruega (Kjelsberg et al., 1991), Bulgária (Onchev e
Ganev, 1996), Egito (Okasha et al., 1996), Rússia (Vetrogradova et al., 1997),
Turquia (Senol et al., 1997), França (Chabrol et al., 2001), Suécia (Ekselius et al.,
2001) e Austrália (Jackson e Burgess, 2004).
Curiosamente, e até onde vai nosso conhecimento, nenhuma população de
pacientes de língua portuguesa (ou espanhola, pelo menos na América Latina
1
),
foi objeto de investigações mais rigorosas sobre as características clínicas ou os
fatores de risco para o Transtorno de Personalidade Borderline. Um levantamento
na base de dados Lilacs e Medline, no período de 1987-1997 (Schestatsky, 1999),
não encontrou nenhum estudo que abordasse amostras de pacientes borderline,
criteriosamente diagnosticados e usando instrumentos padronizados, envolvendo
populações clínicas ou não-clínicas da América Latina. A extensão deste
levantamento até 2004 revelou resultados idênticos.
No Brasil, um amplo estudo epidemiológico sobre morbidade psiquiátrica
nacional excluiu da investigação toda a categoria dos Transtornos de
Personalidade (Almeida Filho et al., 1997). Outros estudos brasileiros que
avaliaram prevalência ou morbidade de doenças mentais na comunidade
1
Há um estudo publicado com pacientes borderline de língua espanhola, mas na Espanha (Molina-Ramos et
al, 2002)
99
(Andrade et al., 2002; Lima MS et al., 1996), ou em populações clínicas (Andrade
et al., 2004; Almeida et al., 1998; Fleitlich-Bilyk e Goodman, 2004; Lavoisi et al.,
2003; Negrão e Cordas, 1996), fizeram o mesmo. Exceção foi o estudo de
Rodrigues-Torres e Del Porto (1995), sobre comorbidade do Transtorno
Obsessivo-Compulsivo com Transtornos de Personalidade, em São Paulo. No
entanto, como em Nairobi, não foi diagnosticado nenhum paciente com TPB nos
40 pacientes estudados.
No que se refere a fatores de risco, Kerr-Corrêa, em uma revisão sobre abuso
sexual, transtornos mentais e doenças físicas, concluiu que “o assunto era pouco
estudado no Brasil e na América Latina” (Kerr-Correa et al., 2000, p. 265),
sugerindo que talvez “fosse impossível realizar, no Brasil, um inquérito
epidemiológico utilizando questionários com perguntas tão pessoais” (idem, p.
268). Mais recentemente, Grassi-Oliveira e Stein (2004) concluíram um estudo
abordando traumas na infância dentro de um modelo de predição de Transtorno
de Estresse Pós-Traumático (TEPT), na idade adulta, em 93 pacientes da cidade
de Porto Alegre, sem referir maiores dificuldades nas respostas aos seus
questionários.
Considerando-se que os pacientes borderline estão entre os maiores usuários
do sistema de saúde mental é o mais freqüente dos transtornos de
personalidade em contextos clínicos, sendo cerca de 10% dos pacientes
psiquiátricos ambulatoriais e 20% daqueles internados (Skodol e Oldham, 1991)
chama atenção à ausência de estudos sobre eles no Brasil. Esta ausência é ainda
mais notável se observarmos os níveis de incapacitação profissional que
ocasionam (Sansone et al., 2003) e a taxa de mortalidade por suicídio que
100
apresentam
1
. Do ponto de vista clínico, sabe-se, também, que sua significativa
comorbidade com patologias do Eixo I torna mais complicada a evolução, o
tratamento e o prognóstico dos quadros associados (Baer et al., 1992; Gartner et
al., 1989; Noyes et al., 1990; Shea et al., 1990; Verheul et al., 1998).
A presente investigação teve como objetivos preencher em parte estas
lacunas. Planejou-se um estudo procurando avaliar a exposição a situações
traumáticas precoces como fatores de risco para a ocorrência de TPB na idade
adulta, em uma população clínica sul-brasileira. Concomitante, tentou-se definir o
perfil clínico e demográfico destes pacientes, no nosso meio, diagnosticados
como tendo Transtorno de Personalidade Borderline.
SUJEITOS E MÉTODOS
Delineamento
Desenvolveu-se: 1) um estudo transversal para obter o perfil clínico e
demográfico da amostra (N = 26) de pacientes com o diagnóstico de TPB; e 2)
um estudo caso-controle pareado (N= 23 pares), tendo como desfecho o
diagnóstico de TPB e como fatores de risco a exposição a traumas psicológicos
entre as idades de zero e 16 anos (abuso emocional, abuso físico, abuso sexual,
negligência emocional e negligência física, entre outros). As definições dos
abusos avaliados foram as seguintes:
1
Em torno de 10%, que é 50 vezes maior do que na população em geral (Skodol et al., 2002).
101
a) abuso emocional: comportamentos verbais e não-verbais com o objetivo
de ferir, humilhar ou controlar a criança, de intensidade e freqüência superiores a
eventuais “brincadeiras” (Sansone et al., 1998);
b) abuso físico: punições ou agressões físicas consideradas socialmente
inapropriadas na sua intensidade e natureza, que causaram marcas no corpo da
criança como hematomas, lesões com solução de continuidade na pele,
queimaduras, fraturas ou quaisquer outras lesões que exigiram cuidados médicos
(mesmo que estes não tenham sido providenciados) (Weaver e Clum, 1993);
c) abuso sexual: contatos ou interações entre um adulto e uma criança,
quando esta foi usada para estimular sexualmente o abusador, ou a outra pessoa
que estiver assistindo. O abuso pode também ser cometido por alguém com
menos de 18 anos, desde que seja significativamente mais velho que a vítima, ou
quando se encontrar em uma posição de poder ou controle em relação à criança
(US National Center on Child Abuse and Neglect, 1980);
d) negligência emocional: indisponibilidade parental para interagir efetiva e
afetivamente com a criança devido a ausências prolongadas de casa ou a
doenças psiquiátricas crônicas e recorrentes, como depressão, alcoolismo, abuso
de drogas ou de sedativos (Draijer e Langeland, 1999);
e) negligência física: indisponibilidade parental de prover as necessidades
básicas da criança como alimentação, roupas, educação e cuidados de saúde
(US National Center on Child Abuse and Neglect, 1980);
102
Sujeitos
Foram incluídos pacientes com diagnóstico clínico de Transtorno de
Personalidade Borderline, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos,
internados ou em tratamento ambulatorial em dois hospitais da cidade de Porto
Alegre
1
e de um Posto de Saúde da cidade de Novo Hamburgo, no estado do Rio
Grande do Sul, Brasil, durante o período de 2003 e 2004. Os critérios de
exclusão foram: 1) inteligência clinicamente abaixo da média, 2) presença de
quadros orgânico-cerebrais agudos ou crônicos, 3) diagnóstico presente de
Esquizofrenia ou de 4) Transtorno Bipolar Tipo I (TAB I).
Os 30 casos diagnosticados foram todos do sexo feminino. Destes, dois
foram excluídos por apresentarem diagnóstico clínico atual de TAB I e dois por
não confirmarem o diagnóstico de TPB, ficando uma amostra de 26 casos. Os
controles foram selecionados, aleatoriamente, de listas de funcionários do HCPA
e do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, sendo pareados por sexo, idade
1 ano), escolaridade e classe sócio-econômica. Do grupo dos controles, três
apresentaram SRQ maior que oito (dois com diagnósticos de Depressão Maior e
um com Transtorno de Ansiedade Generalizada) e quatro se recusaram a
participar do estudo.
A amostra final para a investigação dos fatores de risco ficou composta de 23
pares de casos e controles na qual se estudou a associação entre o desfecho
(TPB) e fatores adversos na infância e adolescência. A amostra com 26 casos foi
utilizada para os cálculos não pareados e referentes às características clínicas da
mesma. Nenhum dos casos e controles excluídos apresentou diferenças
1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas de Porto Alegre.
103
significativas, em relação aos dados demográficos, com os que permaneceram no
estudo.
Instrumentos
a) Protocolo de registro de dados demográficos gerais (idade, cor, estado
civil, escolaridade, profissão) e informações sobre história das doenças atual e
passada, presença e qualidade de fatores desencadeantes, história e tipo de
tratamentos anteriores. O nível sócio-econômico foi definido pela Escala Para
Nível Sócio-Econômico, da Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de
Mercado (www.anep.org.br).
b) Revised Diagnostic Interview for Borderlines (DIB-R) (Zanarini et al.,
1989), O DIB-R coleta dados em quatro áreas consideradas importantes para o
diagnóstico de TPB (Afeto, Cognição, Padrões de Ação Impulsiva e
Relacionamentos Interpessoais). Avaliam-se 97 itens relacionados com o modo
como o paciente sentiu, pensou e agiu nos últimos dois anos, baseado nas
informações do paciente e complementado por dados de familiares ou
prontuários. Utilizou-se sua versão em português, que apresentou confiabilidade
adequada (coeficiente de correlação intraclasse = 0.98) (Schestatsky et al., 2003).
c) Self-Report Questionnaire (SRQ-20) é um questionário para identificar
transtornos psiquiátricos em atenção primária (Harding et al., 1980), tendo sido
validado em estudos internacionais e nacionais (Mari e Williams, 1986), com
sensibilidade variando de 62.9% a 90% e especificidade de 44% a 95%. Compõe-
se de 20 questões do tipo sim/não, quatro sobre sintomas físicos e 16 sobre
104
sintomas “neuróticos”. O ponto de corte utilizado para a definição de caso foi a
8. Igual ou abaixo de 7 foi considerado um “não-caso”.
d) MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview) traduzida para o
português (Amorin, 2000), é uma entrevista estruturada breve para classificar
doenças psiquiátricas maiores. Estudos de validade e confiabilidade comparando
o MINI com o SCID-P (Structured Clinical Interview for DSM-III-R Diagnoses) e o
CIDI (Composite International Interview for CID-10) mostraram que o MINI tem
níveis aceitavelmente altos nestes parâmetros (valores kappa entre 0.51 a 0.90),
com sensibilidade 0.70 e especificidade e valores preditivos negativos 0.85.
Possui, em relação aos outros dois instrumentos, um menor tempo de aplicação
(média de 18,7 ± 16 min., mediana de 15 minutos) (Sheehan et al., 1998).
e) Family Experiences Interview – FEI (Entrevista sobre Experiências
Familiares) (Ogata et al., 1990). Entrevista semi-estruturada que coleta
informações sobre experiências traumáticas até os 16 anos. Além de abuso
sexual e físico e negligência física, inclui também itens como perdas por morte,
separação dos pais ou afastamento prolongado dos mesmos, dificuldades na
escola, mudanças freqüentes de residência, períodos longos de desemprego dos
pais e outros eventos, gerando respostas dicotômicas tipo sim ou não.
Cada evento é avaliado em relação à sua freqüência, gravidade, duração,
impacto emocional percebido, idade em que ocorreu e quem perpetrou o abuso. A
confiabilidade para todos os itens (kappas ponderados) que sinalizam a
ocorrência de um evento variou de 0.75 a 1.0. Para os fatores de idade, impacto e
gravidade, ficou abaixo de 0.75, embora apenas seis dos 150 itens tenham tido
um kappa < 0,70.
105
f) Life Stressor Checklist Revised (LSC-R) (Lista de eventos
estressores ao longo da vida Revisada) (Wolfe e Kimerling, 1997).
Questionário auto-aplivel, de uso para adultos, com 30 itens e duração entre 15
a 30 minutos para ser completado. Introduz questões adicionais sobre eventos
condizentes com o desencadeamento de quadro de estresse pós-traumático,
como “ter presenciado ou sofrido um acidente grave de automóvel”, “ter estado
exposto a desastres naturais, como incêndios ou inundações”, “ter sofrido um
aborto”, “ter sido agredido, roubado ou assaltado”.
g) Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) (Bernstein e Fink, 1998;
Bernstein et al. 2003). Questionário auto-aplicável, com 28 itens, que mensura
abusos e negligências na infância e adolescência. Vinte e cinco questões avaliam
abusos emocional (AE), físico (AF) e sexual (AS), assim como negligência
emocional (NE) e física (NF). Outros três itens constituem uma subescala de
“Minimização/Negação”, que busca controlar as respostas com confiabilidade
questionável. Cada uma das cinco subescalas é composta de cinco afirmações
que começam com a frase “enquanto eu crescia...”, e são graduadas em uma
escala Lickert de cinco pontos, entre extremos “Nunca” e “Sempre”. A escala
fornece escores contínuos que variam de 5 a 25 pontos, para cada uma das
subescalas (AE, AF, AS, NE, NF) e um escore total (25 a 125) que soma as
subescalas dos diferentes abusos.
Ao contrário da FEI, o CTQ não avalia quaisquer outros eventos traumáticos
além de abusos e negligência. Por outro lado, gera respostas com escores
contínuos e acrescenta a medição de dois construtos que estão pouco precisos
na FEI: abuso emocional e negligência emocional.
106
O CTQ apresenta coeficientes de consistência interna adequados: as
subescalas de abuso sexual (alfas de 0.93 a 0.95) e negligência emocional (0.82
a 0.92) são as mais confiáveis. Abuso emocional (alfas de 0.84 a 0.89) e abuso
físico (0.81 a 0.86) m uma confiabilidade aceitável; apenas negligência física
(0.63 a 0.78) possui uma consistência interna marginal (Bernstein et al., 1994;
Fink et al., 1995). Estudos sobre a validade do CTQ também apresentaram
resultados consistentes (Bernstein et al., 1997).
A versão usada foi traduzida e adaptada para português com o nome de
Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI), mostrando boa confiabilidade,
com um alfa de 0,87 (Grassi-Oliveira et al., 2004; Grassi-Oliveira e Stein, 2004).
Procedimentos
O projeto de pesquisa, assim como os termos de consentimento, foi aprovado
pelo Comitê de Ética do HCPA (No. 01-401).
Aceito o convite para participar e explicada a natureza do estudo
(assegurando-se atendimento necessário, caso emergissem emoções ou
sintomas penosos pelo conteúdo sensível de algumas questões), todos os
sujeitos assinaram um termo de consentimento esclarecido.
Os sujeitos foram entrevistados individualmente e o preenchimento dos
instrumentos, mesmo os auto-aplicáveis, foi monitorado pelos entrevistadores. Os
casos tiveram seus diagnósticos de TPB revisados pela equipe de pesquisadores
(médicos psiquiatras, médicos residentes de psiquiatria e psicólogas clínicas),
conforme os critérios do DSM-IV, tendo que preencher pelo menos cinco deles.
As dúvidas foram discutidas com um dos pesquisadores sênior (SSS), até que se
estabelecesse consenso. Todos foram entrevistados com a versão em português
107
do DIB-R, sendo incluídos apenas os que alcançaram escores igual ou maior a
oito. Os casos completaram os instrumentos em uma entrevista com duração de 3
horas.
Os controles foram entrevistados de forma a assegurar não apresentarem
nenhum transtorno psiquiátrico sindrômico que pudesse servir de fator de
confusão com o desfecho de TPB. Obtiveram escores no DIB-R inferiores a sete
(média 1.13 1.71]) e nenhum teve escore do SRQ acima de sete (escore médio
de 2.8 2.7]). Também não preencheram requisitos para os diagnósticos
psiquiátricos discriminados pelo MINI (Sheehan et al., 1988), caracterizando os
controles como sujeitos normais.
Análise estatística
As variáveis quantitativas foram descritas através da média e desvio padrão.
Havendo assimetria, obteve-se a mediana e a amplitude interquartil. Nas
variáveis categóricas, descreveram-se freqüências absolutas e percentuais. Os
grupos de casos e controles foram comparados com o Teste t de Student para
amostras emparelhadas (variáveis contínuas simétricas) e o Teste t de Wilkoxon
(variáveis assimétricas e ordinais de escala pequena). Nas comparações de
variáveis dicotômicas entre os grupos, empregou-se o Teste t de McNemar. No
caso das comparações dentro do mesmo grupo, envolvendo variáveis categóricas
independentes, utilizou-se o Teste de Qui-quadrado de Pearson e o Teste Exato
de Fisher, quando indicado. Na mesma situação, sendo as variáveis quantitativas,
usaram-se o Teste t de Student (para amostras independentes) e o Teste U de
Mann-Whitney nas situações de assimetria. Realizou-se regressão logística e
análise multivariada para controlar e avaliar a influência das diferentes variáveis
108
examinadas. O nível de significância estabelecido para os testes foi de P = 0.05 e
todos os cálculos foram realizados pela versão Windows para o programa SPSS,
edição 12.0 (Norusis, 1986).
RESULTADOS
Características demográficas
Não houve diferenças quanto à idade, cor, escolaridade e classe social entre
casos e controles. Os dois grupos também não diferiram em relação ao estado
civil (solteiros, casados, separados), número de companheiros, número de
separações ou no fato de estar morando sozinho ou não. Embora a renda familiar
de casos e controles não evidenciasse diferença, isto ocorreu em relação à renda
individual (p= 0.000). Dados mais detalhados podem ser vistos na Tabela 1.
Características clínicas
Por serem os controles pessoas saudáveis, não se prestaram para
comparações com os casos na maioria dos parâmetros clínicos (exceto no uso
regular de nicotina, álcool e outras substâncias psicoativas).
Os pacientes com TPB relataram início precoce dos sintomas (16.8 ± 8.9
anos) e procuraram tratamento em média com 21,7 ± 8 anos de idade. A duração
dos sintomas atuais foi de 145 ± 171 meses. As primeiras internações ocorreram
em torno dos 24,8 ± 8 anos e se repetiram com freqüência: 88,5% dos pacientes
tiveram pelo menos uma hospitalização psiquiátrica ao longo da vida, dia de
4.3 ± 3.4 internações. (Tabela 2).
109
Vinte pacientes (76.9%) referiram fatores desencadeantes para os primeiros
sintomas, sentidos como graves (85%) e crônicos (95%), incluindo abuso sexual,
violência intrafamiliar, separação dos pais ou gravidez precoce. Dezoito (76.9%)
seguiram mencionando desencadeantes para as crises atuais, 70.8% de tipo
crônico (conflitos familiares), mas de gravidade considerada moderada (75%),
como demissão do emprego, longo período de desemprego ou separação do
companheiro.
Constataram-se diferenças no hábito de fumar dos casos e dos controles (p =
0.021), assim como no uso de álcool (p = 0.008) e de drogas (p = 0.002). (Tabela
3).
Psicopatologia
Dos nove critérios do DSM-IV para o diagnóstico de TPB (mínimo de cinco),
os casos preencheram em média 6.8 1.2). Nos 10 pontos no DIB-R (ponto de
corte = 8), os casos alcançaram escores médios de 9 ± 0.8. Sintomas mais
observados nos casos foram instabilidade afetiva (n= 25; 96.1%), sentimentos
crônicos de vazio (n=24; 92.3%), reações desesperadas frente a abandonos
(n=22; 84.6%), crises de raiva intensas e injustificadas (n=22; 84.6%),
automutilações (n=22; 84.6%), comportamentos suicidas (n=18; 69.2%),
compulsão a condutas autodestrutivas (n=18; 69.2%), colapsos transitórios frente
estresses (n=17; 65.4%), distúrbios de identidade (n=15; 57.7%), relacionamentos
intensos e instáveis (n= 14; 53.8%), episódios psicóticos temporários diante de
estresses (n=14; 53.8%), afeto lábil (n=14; 53.8%) e humor depressivo ou
disfórico (n=14; 53.8%). A Tabela 4 apresenta a lista completa da freqüência dos
sintomas encontrada na amostra.
110
Todos os 26 pacientes (100%) apresentaram pelo menos um sintoma de
desregulação dos impulsos e dos afetos, ou de perturbação dos relacionamentos
interpessoais, e 65.4% (n=17) tiveram pelo menos um sintoma psicótico
transitório.
Sete casos (26.9%) haviam feito tentativa de suicídio recente e 20 (76.9%)
apresentavam história de tentativas de suicídio prévias. Risco de suicídio atual foi
o motivo principal das internações em 22 (84.6%) dos casos. Também 22 dos
casos (84.6%) tinham história de automutilações. Uma das pacientes (3.8%)
cometeu suicídio, de forma traumática
1
, durante o período de dois anos do
estudo, e outra veio a morrer precocemente pela recusa a tratar seu câncer de
mama. A mortalidade na amostra, em dois anos, foi de 7.6% (2/26). (Tabela 5).
Abusos e negligências na infância e adolescência
A ocorrência de eventos traumáticos foi avaliada através de respostas
dicotômicas (sim/não) da Entrevista sobre Experiências Familiares (FEI), e de
modo contínuo pelo Questionário sobre Eventos Traumáticos na Infância (CTQ).
Nas análises pareadas dicotômicas (McNemar), encontraram-se diferenças entre
casos e controles na exposição a abusos emocionais (82.6% [n=19] dos casos v.
17.4% [n=4] dos controles; p = 0.000), a abusos físicos (60.8% [n=14] v. 21.7%
[5]; p = 0.022), e a abusos sexuais (52.2% [n=12] v. 8.7% [n=2]; p = 0.006) antes
dos 16 anos.
Medido de forma contínua, pôde-se avaliar o construto negligência
emocional” (não captado adequadamente pela FEI), cuja ocorrência nos casos
diferiu dos controles (15.3 ± 3.8 v. 11.4 ± 5.1; p = 0.008)
2
. As diferenças se
1
A paciente, enquanto em tratamento em hospital-dia, se jogou de um viaduto e sofreu, além da queda
violenta, múltiplo atropelamento.
2
Dados mais detalhados sobre estes e outros eventos traumáticos serão apresentados em outra comunicação.
111
mantiveram para abuso emocional (15.5 ± 4.4 v. 8.5 ± 4.8; p = 0.000), abuso físico
(11.9 ± 5.9 v. 8.4 ± 5.5; p = 0.055) e abuso sexual (10.9 ± 6.7 v. 7.4 ± 5.4; p =
0.043) (Teste de t para amostras emparelhadas). Houve uma discrepância entre
ambas as medições: avaliada de forma dicotômica, não houve diferença na
negligência física entre casos e controles (26.9% [n=6] v. 17.4% [n=4]; p = 0.754).
O CTQ evidenciou o contrário: 10.4 ± 3.9 v. 7.9 ± 3.6; p = 0.017.
1
(ver Tabela 6).
A exposição aos abusos e negligências agrupados foi também diferente entre
casos e controles nas duas medições: 86.9% (n=20) v. 30.4% (n=4); p = 0.000; o
CTQ Total encontrou escores de 62.9 ± 17.9 para os casos versus 43.3 ± 19.5
para os controles (p = 0.001).
Abusos e negligências também evidenciaram correlações significativas uns
com os outros. Abuso emocional, por exemplo, correlacionou-se com todos os
demais, como abuso físico (coeficiente rho de Spearman = 0.710)
2
, abuso sexual
(rho = 0.420)
3
, negligência emocional (rho = 0.449)
3
e negligência física (rho =
0.419)
3
. As correlações todas podem ser vistas na Tabela 14.
Ao se comparar casos e controles em relação a eventos traumáticos em geral
(separação dos pais, morte de pessoa próxima, ficar em orfanato, sofrer acidentes
graves, presenciar alguém morto, abortar, ter familiar preso ver lista completa
de eventos nos anexos F e I) a que estiveram expostos ao longo da vida,
observou-se diferenças em todas as faixas etárias. Os pacientes estiveram mais
expostos antes dos 12 anos (3.4 ± 2.9 v. 1.8 ± 2.2) (p = 0.052)
4
, dos 13 aos 16
1
Dados mais detalhados sobre estes e outros eventos traumáticos serão apresentados em outra comunicação.
2
Significativo para p = 0.01 (bicaudal)
3
Significativo para p = 0.05 (bicaudal)
4
Embora a significância marginal, considerando-se o N reduzido da amostra considerou-se o valor como
significativo.
112
anos (3.2 ± 1.7 v. 1 ± 1.5) (p = 0.000) e após os 17 anos (5.2 ± 3.0 v. 3.8 ± 2.4) (p
= 0.032). O número total de eventos traumáticos foi também diferente (11.8 ± 4.5
v. 6.4 ± 3.1) (p = 0.000). Nenhum dos casos, nem dos controles, deixou de estar
exposto a pelo menos um evento traumático ao longo da vida. (Tabela 6).
Nível de incapacitação
No grupo de casos, 69.3% (816/23) estavam desempregados e 13.0% (3/23)
estava precocemente aposentado. Entre os desempregados, a média de tempo
de inatividade foi de 19 ± 20,7 meses. Também o nível de adaptação social,
familiar e profissional, medido pelo GAF, evidenciou, como seria de esperar,
diferença entre casos e controles: 52.7 ± 12.8 v. 87.9 ± 13.2 (p= 0.000) (Tabela 8).
Tratamentos
Vinte e dois pacientes (84.6%) estavam ou estiveram em psicoterapia
(predominantemente de apoio), com duração média de 26.3 ± 31.8 meses e
freqüência de uma vez por semana (n=19; 85.7%). Dez (46.2%) abandonaram
suas psicoterapias, antes de retornar a elas com outros terapeutas (número
médio de psicoterapias por paciente: 2.3 ± 1.4). Ao lado das intervenções
psicológicas, 24 (92.3%) estavam também medicados: 20 (84.6%) com
antidepressivos, 18 (76.9%) com estabilizadores do humor, 14 (57.7%) com
antipsicóticos e 12 (50%) com benzodiazepínicos (Tabela 9).
Comorbidade
Vinte pacientes (76.9%) apresentaram diagnósticos atuais de Depressão
Maior e oito (30.8%) de Distimia. Oito (30.8%) tiveram, no passado, diagnóstico
de Episódio Hipomaníaco e um (3.8%) de Episódio Maníaco.
113
Os Transtornos de Ansiedade agrupados foram diagnosticados em dezoito
(69.2%) dos casos: dez (38.5%) com Ansiedade Generalizada, oito (30.6%) com
Transtorno do Pânico, oito (30.6%) com Transtorno de Estresse Pòs-Traumático,
sete (26.9%) com Agorafobia, seis (23.1%) com Fobia Social e seis (23.1%) com
Transtorno Obsessivo-Compulsivo. O diagnóstico para a vida inteira de
Transtornos Alimentares ocorreu em oito casos (30.8%), sendo três (11.5%) de
Anorexia Nervosa e cinco (19.2%) de Bulimia. Seis (23.1%) apresentaram
diagnósticos atuais de Abuso/Dependência de Álcool/Drogas. Não foi
diagnosticado nenhum Transtorno de Personalidade Anti-Social. (Tabelas 10 e
11).
DISCUSSÃO
A amostra de pacientes sul-brasileiros apresentou notáveis semelhanças com
pacientes borderline de outras populações de TPB estudadas (Akhtar et al.,
1986). Isto incluiu características demográficas típicas, como o predomínio de
mulheres (100% dos nossos casos): o DSM-IV-TR (APA, 2000), por exemplo,
afirma que o TPB é diagnosticado mais em mulheres (75%)
1
, baseando-se em
uma meta-análise de 75 estudos realizada por Widiger e Trull (1993) e em outros
23 estudos sumarizados por Akhtar (Akhtar et al., 1986). Outros achados
freqüentes, tamm presentes em nosso estudo, foram a predominância de cor
branca (Akhtar et al., 1986; Gunderson et al., 1975; Oldham et al., 1995; Swartz et
1
Apesar de repetidas observações clínicas, também reproduzidas na nossa amostra, é preciso assinalar que
estudos epidemiológicos em amostras não-clínicaso confirmaram diferenças de gênero na apresentação do
TPB, com prevalência semelhante em homens e mulheres. A causa desta discrepância entre amostras clínicas
e não clínicas não é clara. O único TP que apareceu consistentemente relacionado a gênero foi o Anti-Social,
predominante em homens, e o Histriônico nas mulheres (Torgensen, 2005).
114
al., 1990; Weaver e Clum, 1993; Zanarini et al., 1997), educação inferior à média
e maior prevalência em classes sociais desfavorecidas (Samuels et al., 2002;
Torgersen et al., 2001).
Os casos tiveram uma idade mais jovem de início dos sintomas depressivos,
ansiosos e comportamentais (16.8 ± 8.9 anos) do que outras populações clínicas
descritas
1
, mas de acordo com os dados da literatura sobre TPB: Dahl (1985),
após revisar vários estudos, concluiu que a idade do início do TPB era entre 18 e
20 anos, dados concordantes com os de outros autores (Links et al., 1988;
Zanarini et al., 2001).
Comparando a idade do início dos sintomas entre: a) pacientes deprimidos
com TPB (16.3 ± 6.1 anos)
2
, b) pacientes deprimidos com outros Transtornos de
Personalidade (21.1 ± 10.2 anos), e c) pacientes deprimidos sem nenhum
Transtorno de Personalidade (25.2 ± 11.7 anos), Joyce et al. (2003) verificaram
diferenças (p=0.001) para o início precoce dos sintomas nos pacientes borderline
deprimidos. Em amostras não-clínicas também se detectou que os Transtornos de
Personalidade do grupo B apresentavam maior prevalência em pessoas jovens
(Samuels et al., 2002; Torgersen et al., 2001; Zimmerman e Coryell, 1989)
3
.
Alguns dos achados demográficos não se enquadraram na expectativa de
que o TPB pudesse estar mais fortemente associado a variáveis sócio-culturais
(Alarcon, 2005; Millon e Grossman, 2005; Paris, 1996; 1998). Uma destas
1
A Depressão Maior, sem co-ocorrência com TPB, tem em média início entre 30-40 anos (Blazer, 2000).
2
Praticamente igual à média de idade que encontramos.
3
Uma das explicações da prevalência maior em jovens (especialmente dos Transtornos de Personalidade
Anti-social e Borderline) seria de que traços característicos, como impulsividade, agressividade e
instabilidade afetiva, tendem a estar mais presentes na adolescência e em adultos jovens, diminuíndo com a
idade (Stevenson et al., 2003), substituídos por traços obsessivos e de introversão (Torgersen, 2005). Samuels
e associados estimaram que os Transtornos de Personalidade do grupo B se correlacionavam inversamente
com a idade, e que as chances de ter algum deles declinava 6% a cada ano em que aumentava a idade da
amostra (Samuels et al., 2002).
115
hipóteses é a de que famílias de estrutura mais tradicional e ampliada, com
valores menos individualistas e competitivos, com vários membros vivendo
próximos uns dos outros (diferente das famílias nucleares dos países
desenvolvidos), fossem capazes de prover maior apoio à necessidade de
proximidade dos pacientes borderline e de oferecer-lhes maior tolerância para
suas condutas impulsivas. Isto contribuiria para diminuir a probabilidade da
expressão do transtorno borderline em contextos clínicos, ou para que ele
ocorresse com características clínicas e demográficas distintas (Paris, 1998; Paris
e Zweig-Frank, 1992; Miller, 1996) o que não se confirmou com os pacientes
sul-brasileiros da amostra, pelo menos em relação à raça, gênero, escolaridade,
classe social e nem à sua apresentação clínica geral. Por outro lado, houve
discrepâncias demográficas e clínicas dignas de nota, cuja explicação poderia ser
diferenças no contexto cultural (norte-americano, europeu, sul-brasileiro) em que
o TPB se expressou. A principal delas, do ponto de vista demográfico, se refere
ao estado civil e conjugal. Numerosos estudos apontaram que pacientes com
Transtornos de Personalidade tinham maiores chances: 1) ou de nunca terem
casado, ou 2) de estarem mais separados (Modestin e Villiger, 1989; Nestadt et
al., 1990; Shea et al., 1987; Swartz et al., 1990; Zimmerman e Coryell, 1989). Por
exemplo, em um estudo em Oslo, na Noruega, pacientes com TPB estavam
morando mais sozinhos e, com mais freqüência, nunca tinham casado ou morado
com alguém (Torgersen et al., 2001). Em Iowa, Estados Unidos, Zimmerman e
Coryell (1989) encontraram que seus pacientes com TPB, quando casavam, se
separavam mais frequentemente que os controles e viviam mais sozinhos no
momento da entrevista.
116
O que se encontrou em Porto Alegre e Novo Hamburgo foi que os pacientes
com TPB e seus controles não diferiram nem quanto a serem mais ou menos
sozinhos, terem estado ou não casados, estarem vivendo ou não com a família ou
com companheiro, terem tido mais separações ou maior número de companheiros
(Tabela 1). A taxa de 32 % de solteiros foi semelhante nos casos e controles
(p=1.000) e quase a metade das registradas por Dahl (1985) – 65% dos pacientes
com TPB nos estudos que revisou eram solteiros – e inferior aos 54.1% de
solteiros de uma amostra canadense (Links et al., 1988).
Apenas uma minoria (13%) dos nossos casos e controles morava sozinha
(p=1.000), constatação discordante das amostras do hemisfério norte. É possível
que a expressão mais espontânea de sentimentos e a presença de normas mais
flexíveis na preservação da privacidade, características culturais dos latino-
americanos (Alarcón et al., 1999), sejam aspectos importantes para o fato das
pacientes sul-brasileiras serem menos sozinhas que suas congêneres européias
e norte-americanas. O mesmo vale para a freqüência com que, uma vez
separadas, as pacientes retornavam e eram aceitas, sem maiores pressões, para
morar com suas famílias de origem, ficando menos tempo sozinhas na
comunidade.
Restaram questões que merecem melhor investigação no futuro, como a
representação ausente do gênero masculino nos casos sul-brasileiros e variações
clínicas nos tipos de algumas comorbidades, como a ausência de Transtorno de
Personalidade Anti-social na amostra e prevalências muito inferiores de
Abuso/Dependência a Álcool e Drogas do que o usualmente descrito na literatura
(Fyer et al., 1988; Zanarini et al., 1989; 1998). É possível que a prevalência menor
que a esperada de usuários de álcool/drogas entre os casos seja um viés de
117
amostragem: a maior parte dos casos de Dependência de Álcool/Drogas (e das
Personalidades Anti-Sociais, freqüentemente associadas ao abuso de
substâncias) trata-se, no HCPA, em áreas distintas da sua Unidade de Internação
Psiquiátrica, de onde a maior parte dos casos da amostra foi selecionada.
Por outro lado, a presença de altas taxas de sintomas de descontrole afetivo
(instabilidade afetiva em 96.1% dos casos), descontrole dos impulsos
(automutilações em 84,6% dos casos) e perturbações do relacionamento
interpessoal (92,3% de sentimentos crônicos de vazio), aproximou a amostra das
descrições clássicas deste transtorno em populações de outras culturas (DSM-IV,
1994; Gunderson, 1975; Zanarini et al., 1990). (Tabela 12).
Isto também foi aparente nos critérios diagnósticos para o TPB: os casos
tiveram, em média, 6.8 ± 1.2 deles 40% a mais que o mínimo de cinco
preconizados pelo DSM-IV. No DIB-R, uns dos primeiros e mais conhecidos
instrumentos diagnósticos do TPB na literatura internacional, os 26 casos
alcançaram escores médios de 9.0 ± 0.8, semelhantes aos de uma amostra de 33
casos da cidade de Boston (9.2 ± 0.7) e superiores a de 19 pacientes japoneses
(8.5 ± 0.6) com quem os norte-americanos foram originalmente comparados (Ikuta
et al., 1994). A semelhança dos escores maiores no DIB-R da nossa amostra e da
norte-americana deve-se, provavelmente, a que ambas, diferentemente dos
pacientes ambulatoriais japoneses, continham casos mais graves, quase todos
hospitalizados e com alta taxa de comorbidade.
A gravidade dos casos também esteve presente no risco de suicídio (84.6%;
n=22), nas tentativas de suicídio atuais (26.9%; n=7) e nas já acontecidas (76.9%;
n=20), assim como na mortalidade de 7.7% (n=2) ocorrida em um curto período
de dois anos de acompanhamento.
118
Mesmo considerando suicídio apenas um dos casos (e como comportamento
autodestrutivo o da paciente que morreu recusando tratamento do seu câncer de
mama), a taxa de 3.8% de suicídio, apesar do curto período de follow-up, está
ainda dentro do limite do encontrado em outros estudos
1
.
Diversos estudos tentaram avaliar fatores que pudessem contribuir para a alta
taxa de comportamentos suicidas em pacientes borderline, que a simples e
habitual associação com Transtornos do Humor, ou com Abuso de Substâncias,
não foi suficiente para explicá-la (Fyer et al., 1988; Sollof et al., 1994). Além disto,
pacientes com Depressão Maior co-ocorrendo com TPB apresentaram
comportamentos suicidas maiores que aqueles apenas com Depressão Maior,
mas sem TPB, independente da gravidade da depressão (Malone et al., 1995).
Estudos da última década encontraram associações significativas entre
“suicidalidade”
2
e automutilações com história de abusos físico e sexual na
infância (Brodsky et al., 1995; Soloff et al., 2002), com impulsividade (Brodsky et
al., 1997) e instabilidade afetiva (Yen et al., 2004), ou com história de tentativas
de suicídio no passado (Brodsky et al., 1997) – todos bastante comuns nos
pacientes com TPB. Testamos estas associações e as únicas significativas foram
a de “Risco de Suicídio Atualcom história de Tentativas de Suicídio Prévias” (p
= 0.001) e com o Escore Total do CTQ”, que mede a soma de abusos e
negligências na infância (p = 0.007).
Encontramos significâncias marginais da associação de Risco de Suicídio
1
Enquanto se descreve 75% de ocorrência de tentativas de suicídio na história de pacientes com TPB
internados (Gunderson, 1984) próximo dos 76.9% que encontramos em relação a suicídios consumados
as taxas variam de 3% a 10% nas populações clínicas acompanhadas (Brodsky et al., 1997; Fyer et al., 1988;
Gunderson, 1984; McGlashan, 1986, Paris et al.,1987; Stone, 1990).
2
O termo suicidalidade tem sido usado para descrever um dos nove critérios do DSM-IV para episódio
depressivo maior e que inclui, juntos, ideação suicida e comportamentos suicidas.
119
Atual” com Abuso Físico (p = 0.057) e “Negligência Física” (p = 0.057), e
tendências sugestivas para Abuso Emocional” (p = 0.062) e “Abuso Sexual” (p =
0.093)
1
. Por outro lado, o fato da soma destes abusos (emocional, sexual e físico)
e negligências (física e emocional) estar claramente associada ao “Risco de
Suicídio” (p = 0.007), aliado à observação de que estes diferentes eventos
traumáticos estiveram altamente correlacionados uns com os outros na amostra
(Tabela 13), permite afirmar haver, também nos casos estudados, uma
associação significativa entre “suicidalidade” e abusos e negligências na infância.
Uma interpretação alternativa, não excludente, é que com tão alta freqüência
de comportamentos suicidas nos pacientes com TPB (84.6% de risco de suicídio
atual e de automutilações; 76.9% de história prévia de tentativas de suicídio), o
próprio fato de ser um paciente borderline grave seja o preditor mais significativo
de sua suicidalidade crônica, independente de outras variáveis consideradas
(Corbitt et al., 1996). Tal hipótese se conforma igualmente com achados de
associações positivas entre história de tentativas de suicídio prévias em pacientes
com TPB e o número de comorbidades que eles apresentavam (Hawton et al.,
2003; McHolm et al. 2003).
Ao examinarmos estas associações, também encontramos diferença
significativa entre os casos de TPB com e sem co-morbidade de Eixo I, com
“Risco Atual de Suicídio” (p = 0.035) e “História Passada de Tentativas de
Suicídio” (p = 0.057). Estes achados ressaltam o peso e a importância de se levar
sempre em consideração a presença, no diagnóstico e tratamento de casos com
1
Dado o pequeno tamanho da amostra, é preciso considerar a possibilidade do erro Tipo II, de deixar de
encontrar associações significativas onde talvez existam. Futuros estudos, com uma amostra maior, talvez
evidenciem a significância de cada uma destas associações.
120
Transtornos do Humor ou de Ansiedade, da comorbidade com TPB e vice-
versa.
A extensa comorbidade dos TPB com outros transtornos do Eixo I (Corruble
et al., 1996; Gunderson et al., 2004; Huzdiak et al., 1996; Oldham et al., 1995;
Zanarini et al., 1998 a; Zanarini et al.. 2004; Zimmermann e Mattia, 1999) e do
Eixo II (Links et al., 1998; Nurnberg et al., 1991; Zanarini et al., 1990; 1998b) é
uma das características mais marcantes e distintivas dos TPB, encontradas em
todos os estudos em que foi investigada.
Embora o diagnóstico de TPB possa existir como diagnóstico único, qualquer
amostra de pacientes que se limite a estes casos, não pode ser considerada
como representativa dos TPB em contextos clínicos (Skodol et al., 2002): casos
de TPB sem comorbidade com Eixo I têm muito menos probabilidade de se
apresentarem para avaliação psiquiátrica. A amostra preencheu também este
critério de representatividade de amostras clínicas de TPB – os casos tiveram, em
média, 2.11 ± 0.9 diagnósticos de Eixo I co-ocorrendo com seus diagnósticos de
TPB
1
.
Stone (1979, 1981) foi o primeiro a sugerir que a principal fronteira dos TPB
fosse, ao invés das esquizofrenias, as desordens afetivas. Nas décadas
seguintes, acumularam-se evidências de que pelo menos um destes limites,
talvez o mais freqüente e clinicamente importante, fosse realmente os
Transtornos do Humor. Trabalhos iniciais (Akiskal, 1981; Andrulonis, 1982;
Baxter, 1984; Frances et al., 1984; McGlashan, 1983; Pope, 1983; Stone, 1981)
encontraram freqüências de comorbidade entre TPB e Episódio de Depressão
Maior variando de 38% a 66% – comparável, mas um pouco abaixo, à encontrada
1
Por limitações do MINI, não se examinou a co-morbidade do TPB com transtornos do Eixo II, com exceção
do TP Anti-Social.
121
na amostra sul-brasileira (76.9% de Episódio Depressivo Maior atual e para a vida
inteira). Quando, naqueles estudos, se incluiu sintomas psicóticos e considerou-
se todo o espectro dos Transtornos de Humor, a prevalência da comorbidade se
elevou para 58%-93%, até 75%-100% (Perry, 1985).
A natureza desta co-morbidade dos TPB é ainda fonte de muitas
controvérsias (Akiskal, 1985; Gunderson e Eliot, 1985; Gunderson e Phillips,
1991, Hirschfeld e Klerman, 1979; Magill, 2004; Skodol et al., 2002). Alguns a
consideram uma “mistificação”: Akiskal e colaboradores (Akiskal, 1996; Akiskal,
2003; Akiskal, 2004; Akiskal et al., 2003a, b; Benazzi e Akiskal, 2001; Judd et al.,
2003; Perugi et al., 2003), negam mesmo a existência do TPB como uma
entidade nosológica válida. Propôem, ao invés, um “espectro de doenças
bipolares”, incluindo patologias tão diversas como o próprio Transtorno de
Personalidade Borderline, o Transtorno de Personalidade Histriônico, formas
atípicas e hostis de depressão, Transtorno do Pânico, Fobia Social, Transtornos
Alimentares e o Transtorno de Déficit de Atenção na infância, entre outros.
Por outro lado, a elasticidade cada vez maior do conceito de Transtorno
Bipolar tem sido bastante questionada, com o argumento que se corre o risco de
diluição do diagnóstico, tornando-o sem sentido do ponto de vista terapêutico e de
pesquisa (Baldessarini, 2000; Soares e Gershon, 1999).
1
Assumindo a existência
desta comorbidade, ou co-ocorrência, entre TPB e patologias do Eixo I, os
mecanismos envolvidos poderiam ser os seguintes: a) os transtornos de eixo I,
como a Depressão Maior, podem ser primários e levar ao desenvolvimento de
1
Por outra parte, tem havido evidências de co-morbidade do próprio TAB com Transtornos de Personalidade
(especialmente do grupo B e C), em 40% a 50% dos casos. Como seria de esperar, quando ela ocorre os
pacientes bipolares apresentam sintomas agudos de mais difícil controle e sintomas residuais mais graves na
fase de remissão (Brieger et al., 2003; George et al., 2003; Swartz et al., 2005).
122
traços e condutas encontrados nos TPB como complicações secundárias; b) a
patologia borderline pode ser primária e predispor o desenvolvimento superposto
de distúrbios do Eixo I; c) o TPB e algumas doenças do Eixo I podem o ter
nenhuma relação entre si, mas porque ocorrem com freqüência nas populações
clínicas, tenderiam a co-ocorrer e influenciar-se mutuamente quanto à expressão
e curso dos sintomas; e d) TPB e alguns dos transtornos do Eixo I podem
compartilhar fatores etiológicos em comum o que aumentaria sua co-ocorrência
(Gunderson & Phillips, 1991).
Estudos mais recentes, com instrumentos diagnósticos padronizados,
detectaram taxas variáveis, mas sempre presentes, desta comorbidade:
Zimmermann e Mattia (1999) encontraram, em 59 pacientes com TPB, 61% de
Depressão Maior, 29% de Transtorno do Pânico e 13% de Abuso
Álcool/Substâncias. Skodol et al. (1999), em 240 pacientes com TPB,
diagnosticaram 31.3% de Depressão Maior, 16% de Distimia e 13.3% de
Transtornos Bipolares.
Zanarini et al. (1998a) examinaram a comorbidade do TPB dentro de uma
lista mais extensa de patologias do Eixo-I (como também se fez no presente
estudo), com análises separadas por gênero (pacientes TPB masculinos [n = 83]
e femininos [n = 296]). Alguns dos índices da amostra feminina, da cidade de
Boston, foram parecidos com os de Porto Alegre - Novo Hamburgo (Tabela 12) e
não deixam de ser ilustrativos, mesmo não sendo possível fazer testes
estatísticos para mensurá-los (dado que os tamanhos das amostras, origem e
critérios de seleção dos pacientes, instrumentos usados e tipos de controles
foram diferentes). As prevalências dos Transtornos do Humor agrupados, nos
pacientes borderline de Boston e de Porto Alegre - Nova Hamburgo (96.1%
123
versus 97.6%), de Depressão Maior (76.9% versus 84.8%) e de Distimia (30.8%
versus 38.9%) foram bastante parecidos. O estudo de Zanarini teve como critérios
de exclusão pacientes com TAB-I
1
; além disto, não publicou dados sobre a
ocorrência de comorbidade com TAB-II. Em nossa amostra, a história passada de
episódios maníacos ou hipomaníacos permitiu que presumíssemos diagnósticos
de co-morbidade com transtornos bipolares agrupados (tipo I e II) em torno de
34.6%, que são superiores aos relatados em outros estudos: 13.3% encontrados
por Skodol e colegas (1999) e 20.6% por Zimermann e Mattia (1999). O
significado destas variações não é óbvio, exceto das diferenças metodológicas
existentes entre os estudos.
A pesquisa de Zanarini e associados suscita mais questões interessantes.
Uma delas é a prevalência encontrada de 90.5% de Transtornos Ansiosos
próxima dos 96.1% de Transtornos do Humor e mais freqüentes nos TPB que
nos outros Transtornos de Personalidade de Eixo II (58.6%) que serviram de
controles. Os autores propõem que a ansiedade talvez seja um marcador mais
discriminante que a depressão nos TPB, o que, teoricamente, faz sentido afinal,
as descrições clássicas dos pacientes borderline feitas por Grinker et al. (1968) e
Kernberg (1975), desde o início enfatizaram os sentimentos de ansiedade (de
aniquilação, de fusionamento, de separação) e as fobias (monitoramento
ambivalente das distâncias de aproximação e afastamento), como afetos centrais
da síndrome borderline.
Achamos uma prevalência de 69.2% (n=18) de Transtornos Ansiosos,
distante dos 90.5% da amostra norte-americana. Faltou-nos, no entanto, medir as
Fobias Simples, que o MINI não avalia. Se as Fobias Simples forem retiradas dos
1
Adotamos como critério de exclusão o diagnóstico de TAB I apenas quando ele fosse atual.
124
cálculos da amostra de Zanarini et al., a prevalência dos transtornos ansiosos, na
sua amostra, cairia para 60.13%, mais próxima da que encontramos.
Outra questão importante é a prevalência da comorbidade do TPB com o
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): no estudo de Zanarini e colegas,
apesar de inusitadamente alta (61%), praticamente o dobro da registrada por
Hudziak e associados (1996) de 28%
1
, e dos 30.8% do nosso estudo, as ts o
substancialmente menores que 100%. Isto contraria a hipótese de que o TPB,
como entidade nosológica, seja melhor conceitualizado como uma forma crônica
e complexa de TEPT (Herman & Van der Kolk, 1987).
O máximo que se pode dizer, com os dados disponíveis, é que as situações
traumáticas infantis podem ter uma associação significativa com a psicopatologia
borderline adulta e que, considerando-se os borderline como um grupo
heterogêneo de pacientes (Grinker et al., 1968; Stone, 1990), é possível que um
dos seus subgrupos tenha uma interface próxima com o TEPT. Se assim fosse,
talvez se pudesse mover este subgrupo do lugar de um Transtorno de
Personalidade do Eixo II, para o Eixo I, isto é, de um desenvolvimento anômalo da
personalidade para uma forma modificada e crônica de um Transtorno de
Ansiedade (Gunderson e Sabo, 1993).
Por outro lado, mesmo que TPB e TEPT não se confundam, nem por isto se
reduz a importância da associação dos traumas na infância com o Transtorno de
Personalidade Borderline, um tema vigorosamente pesquisado nos últimos 25
anos (Herman e van der Kolk 1987), principalmente sobre o papel dos abusos
1
Zanarini et al. (1998) justificam sua discrepância com os dados de Hudziak et al. (1996), sugerindo que
estes ao usarem um ponto de corte de 7 no DIB-R (ao invés de 8), teriam admitido mais pacientes com traços
borderline do que com a síndrome borderline plena, explicando assim a menor prevalência de TEPT na
amostra. A explicação não se aplica, no entanto, em relação à nossa amostra (com índices semelhantes aos
de Hudziak), onde se usou o escore de 8, no DIB-R, para diagnosticar os casos.
125
físicos e sexuais no desenvolvimento psicopatológico da personalidade (Herman
et al., 1989; Link set al., 1988; Ogata et al., 1990; Paris e Zweig-Frank, 1992;
Paris et al., 1994; Salzman et al., 1993; Shearer et al., 1990; Westen et al., 1990;
Zanarini et al., 1989).
Mesmo não sendo possível comparar, metodologicamente falando, estes
estudos pioneiros com o nosso pode-se observar em todos a presença de altas
taxas de abuso físico e sexual na infância dos pacientes com TPB, sempre
superiores às esperadas na população normal (Tabela 9). Os abusos físicos
variaram de 25%
1
(Shearer et al., 1990) a 73% (Paris et al., 1994) sendo os
60.8% encontrados em Porto Alegre e Novo Hamburgo mais próximos do limite
superior.
A prevalência de abuso sexual variou de 40% (Shearer et al., 1990) a 71%
(Ogata et al., 1990; Paris et al., 1994), tendo os 52.2% da amostra brasileira
ficado entre os dois. Ao se discriminar a identidade do abusador, os abusos
intrafamiliares tiveram, na nossa amostra, a maior prevalência das relatadas
46.2% (6/13) das pacientes foram abusadas pelo pai, ou padrasto, com menos de
16 anos de idade (Quadro 3).
Quanto aos abusos e negligências emocionais na infância, estes são eventos
traumáticos dos mais pesquisados nos últimos anos, mostrando-se igualmente
importantes e associados de maneira significativa com diversas psicopatologias
na idade adulta (Spertus et al., 2003). A força desta associação no
desencadeamento de Transtornos de Personalidade em geral, e do TPB em
particular, foi mostrada tanto em estudos retrospectivos, com populações clínicas
(Laporte et al., 1996; Oldham et al., 1996; Weaver et al., 1993), quanto em
1
Salzman et al (1993) relatou taxas menores, de 10% para abuso físico e 16% para abuso sexual, mas seus
casos eram “voluntários com sintomas” e não pacientes com TPB hospitalizados ou de ambulatório.
126
estudos prospectivos, com amostras da comunidade (Johnson et al., 1999; 2001;
Mulden et al., 1996).
Os achados de significância do abuso e negligência emocionais na nossa
amostra se incluem, e confirmam, a importância desta nova abordagem na
pesquisa de antecedentes traumáticos na infância de pacientes com TPB. Em
todos os estudos citados, os abusos foram significativamente maiores nos
pacientes com TPB que nos seus grupos controles (em geral de pacientes
deprimidos ou com outros transtornos de personalidade). Apesar do tamanho
pequeno, a nossa é uma das poucas estritamente emparelhadas a examinar, em
pacientes com transtorno borderline, estas diferenças de prevalência de abusos e
negligências na infância. E é a segunda, até onde sabemos, a usar controles
saudáveis na comparação a primeira foi recentemente publicada na Alemanha
(Bandelow et al. 2005). As diferenças significativas verificadas entre diferentes
formas de abusos e negligências sofridos pelos casos em relação aos controles,
acrescentam mais uma evidência de estarmos lidando com uma população clínica
de pacientes borderline semelhante às dos seus congêneres ao redor do mundo.
Também é importante mencionar, como evidência da gravidade da amostra
estudada, o grau de incapacitação pessoal e profissional que apresentavam.
1
Muitos estudos documentaram que pacientes com Transtorno de Personalidade
tinham maiores taxas de desemprego, mudanças mais freqüentes de emprego e
períodos maiores de incapacitação (Modestin e Villiger, 1989; Nakao et al., 1992;
Paris et al., 1987; Swartz et al., 1990; Zimmerman e Coryell, 1989). Também se
1
O que o deixou de ser esperado: o próprio conceito de transtorno de personalidade (diferente de estilos
normais de personalidade) implica que o diagnóstico de Transtorno de Personalidade deva ser feito apenas
quando os traços de personalidade forem suficientemente rígidos e desadaptados a ponto de levar, ou a um
sofrimento subjetivo, ou a uma incapacitação social, ocupacional e familiar, clinicamente significativos
(DSM-IV, 1994).
127
associou aos Transtornos de Personalidade do grupo B uma idade mais jovem de
início de incapacitação profissional (Ekselius et al., 1996) e, especificamente para
o TPB, maior fracasso de retorno ao trabalho (Burton et al., 1997). Nas medidas
de funcionamento global, comprovou-se, nos Transtornos de Personalidade, um
grau significativo de incapacitação funcional (Johnson et al., 1996; Mehlum et al.,
1991; Nurnberg et al., 1989; Paris et al., 1987; Skodol et al., 2002).
Nossa amostra ratifica todos estes achados. Os casos apresentaram
acentuadas taxas de desemprego (69.3%), tempo longo de incapacitação
profissional (19 ± 20.7 meses) e aposentadorias precoces (11.5%). Além disto, o
escore do desempenho global medido pelo GAF foi semelhante aos de outros
estudos (Barasch et al., 1985; Frances et al., 1984; Nurnberg et al., 1989; Skodol
et al., 2002). Skodol et al. (2002), por exemplo, encontrou em amostra de 175
pacientes borderline um GAF = 54.3 ± 9.3. O GAF da amostra sul-brasileira,
mesmo em condições sociais e econômicas tão diferentes das dos Estados
Unidos, foi surpreendentemente semelhante: 52.7 ± 12.8 (e diferente [p = 0.000]
do GAF = 87.9 ± 13.2 dos seus controles normais) (Tabela 7).
Outros trabalhos não computaram as diferenças entre a renda das famílias de
origem e a renda obtida pelos pacientes. Na nossa amostra, tanto casos como
controles pertenciam a famílias de origem cujas rendas não diferiram (p = 0.444):
R$ 2.159,00 ± 2.885,00 (mediana = 1.240,00) v. R$ 1.719,00 ± 1.411,00 (mediana
= 1.240,00). Mas não a renda individual entre casos e controles foi diferente (p
=0.000): outro dado chamativo foi a trajetória econômica que os dois grupos
tiveram no decorrer da vida. Enquanto a renda individual dos controles normais
(R$ 933,00 ± 699,00; mediana = 700,00) tendeu a ficar mais próxima da renda da
128
família de origem (56,4% daquela)
1
, a dos casos (R$ 253,00 ± 265,00; mediana =
220,00) evidenciou um franco declínio em relação à renda familiar de origem
(22% da mesma).
Este padrão de deterioração econômica dos casos tem semelhança com a
chamada drift hypothesis”
2
, originalmente identificado nas doenças mentais mais
graves, como as esquizofrenias, que com seu início precoce, cronicidade,
internações psiquiátricas freqüentes e substancial comprometimento cognitivo,
reduzem de forma significativa as chances de avanços sócio-econômicos dos
pacientes acometidos (Kessler, 2000). Em relação à esquizofrenia, portanto,
excetuando o grave e progressivo comprometimento cognitivo, os TPB da
amostra se assemelharam no início precoce, cronicidade, recorrência, internações
freqüentes e deterioração global e econômico-social importantes, o que reforça,
uma vez mais, a gravidade deste transtorno de personalidade.
Outro achado universal sobre os TPB é o alto uso que fazem dos sistemas de
saúde, desproporcional à sua baixa prevalência (de 0.7 a 1.0%) na comunidade
(Kessler et al., 1994; Swartz et al., 1990; Torgersen et al., 2001). Achados
anteriores documentaram que pacientes com TPB relatam mais internações
psiquiátricas, maior uso de psicoterapia em ambulatório, mais visitas a serviços
de emergência e pior implementação dos planos terapêuticos estabelecidos,
quando comparados com outros Transtornos de Personalidade ou com
diagnósticos do Eixo I (Clarke et al., 1995; Skodol et al., 1983).
1
Percentuais calculados a partir das medianas devido a grande variabilidade das médias.
2
“Drift” significa ficar à deriva, ser levado pela correnteza, mover-se passivamente e sem direção (Houaiss,
1992). A hipótese sugere que, incapacitados em enfrentar o fluxo dos eventos de vida, os pacientes vão
progressivamente, descendo nas suas condições sociais e econômicas, quando comparados às falias de
origem.
129
Bender et al. (2001) encontraram, comparando com pacientes com
Depressão Maior, que os TPB tinham uma chance muito maior de terem recebido
qualquer tipo de tratamento psicossocial
1
(psicoterapia individual, em grupo, de
família, de casal, hospital-dia, internação psiquiátrica e pensões protegidas) que
os pacientes deprimidos (as razões de chance variaram de 1.89 [para terapia de
casais/família] a 4.95 [para hospitalização]). Quanto à medicação, os TPB tiveram
duas vezes mais chances de terem usado antidepressivos e ansiolíticos, seis
vezes mais a de terem usado estabilizadores do humor e 10 vezes mais a de
terem usado antipsicóticos, do que pacientes com Depressão Maior e sem TPB
(Bender et al., 2001).
Encontramos dados semelhantes, tanto na freqüência das internações
psiquiátricas como na utilização de psicoterapias individuais (Tabela 8).
Em relação às psicoterapias observaram-se abandonos freqüentes dos
tratamentos psicoterápicos. Esta é uma ocorrência comum nos TPB (Waldinger e
Gunderson, 1984). Gunderson et al. (1989) acompanharam, por 6 meses, 36
pacientes com TPB em psicoterapia e verificaram que 60% haviam interrompido.
Perry et al. (1999) calcularam uma média de interrupções de psicoterapias de
21.8% ± 14.7 % nos pacientes com TPB, em 14 estudos avaliados. Os dados são
comparáveis com os 40% de abandonos encontrados em pacientes deprimidos,
com Transtornos de Personalidade do grupo B, no Estudo Colaborativo para
Depressão do NIMH (Shea et al., 1990). Nossa amostra apresentou história de
tratamentos psicoterápicos interrompidos em 46.2% dos casos (10/26), com uma
média de 2.3 ± 1.4 psicoterapias por paciente.
1
Com a exceção, apenas, dos grupos de auto-ajuda.
130
O uso de medicação (antidepressivos, estabilizadores do humor,
antipsicóticos, ansiolíticos) foi extremamente alto na amostra sul-brasileira,
superior ao da amostra norte-americana de Bender et al. (2001) (Ver tabela). Uma
das explicações plausíveis é que nossa amostra tenha usado mais medicação por
serem mais gravemente doente (pacientes mais hospitalizados, com maior
suicidalidade, mais sintomas psicóticos, mais história de episódios hipomaníacos
no passado), enquanto que a amostra dos casos norte-americanos foi constituida
através de anúncios na mídia, contendo sujeitos que não estavam em tratamento,
e muitos ainda em processo de avaliação quando foram selecionados para o
estudo.
Quando se olha para a freqüência da concomitância de tratamentos
psicológicos e medicamentosos da nossa amostra, pode-se afirmar que o fato dos
pacientes terem tido um diagnóstico de TPB, não os impediu, ao contrário da
suposição de Akiskal (2004), que por causa deste diagnóstico tenham deixado de
se beneficiar dos tratamentos farmacológicos necessários.
Finalizando, consideramos que as características demográficas, de gravidade
clínica, espectro psicopatológico, co-morbidade, grau de incapacitação e alto
padrão de uso de tratamentos médicos e psicológicos do grupo de pacientes que
estudamos, além da prevalência de antecedentes de abusos físico e sexual na
infância nos permitem concluir que também existem pacientes com Transtornos
de Personalidade Borderline no sul do Brazil. E que estes se assemelham, em
vários aspectos, com os pacientes borderline descritos nos Estados Unidos,
Canadá, Europa, Japão e Austrália. Pode-se, da mesma forma, considerar que tal
achado seja mais uma contribuição para a validação transcultural do Transtorno
de Personalidade Borderline como categoria nosográfica.
131
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Akiskal HS. Subaffective disorders: dysthymic, cyclothymic and bipolar II
disorders in the “borderline” realm. Psychiatry Clin North Am 1981; 4: 25-46.
2. ____. Demystifying borderline personality: Critique of the concept and
unorthodox reflections on its natural kinship with the bipolar spectrum. Acta
Psychiatr Scand 2004; 110: 401-407.
3. ____. The prevalent clinical spectrum of bipolar disorders beyond DSM-IV. J
Clin Psychopharm 1996; 16 Suppl: 4S-14S.
4. ____. The temperamental borders of affective disorders. Acta Psychiatr Scand
1994; 89 Suppl 379: 32-37.
5. ____. Validating “hard” and “soft” phenotypes within the bipolar spectrum:
continuity or discontinuity. J Affect Disord 2003; 73: 1-5.
6. Akhtar S, Byrne JP, Doghramji K. The demographic profile of borderline
personality disorder. J Clin Psychiatry 1986; 47: 196-198.
7. Akiskal HS, Chen SE, Davis GC, Puzantian VR, Kashgarian M, Bolinger JM.
Borderline: an adjective in search of a noun. J Clin Psychiatry 1985; 46: 41-48.
8. Akiskal HS, Hantouche EG, Allilaire JF, Sechter D, Bourgeois ML, Azorin JM,
et al. Validating antidepressant-associated hypomania (bipolar III): a
systematic comparison with spontaneous hypomania (bipolar II). J Affect
Disord 2003b; 73: 65-74.
9. Akiskal HS, Hantouche EG, Allilaire JF. Bipolar II with and without cyclothymic
temperament: “dark” and “sunny” expressions of soft bipolarity. J Affect Disord
2003a; 73: 49-57.
10. Alarcón RD, Westermeyer J, Foulks E, Ruiz P. Clinical relevance of
contemporary cultural psychiatry. J Nerv Ment Dis 1999; 187(8): 465-471.
11. Alarcón RD. Cross cultural issues. In: Oldham JM, Skodol AE, Bender DS,
editors. Textbook of Personality Disorders. Washington, D.C.: American
Psychiatric Publishing; 2005. P. 561-578.
12. Almeida OP, Forlenza OV, Costa Lima NK, Bigliani V, Arcuri SM, Gentile M, et
al. Psychiatric morbidity among the elderly in a primary care setting report
from a survey in São Paulo, Brazil. Int J Ger Psychiatry 1998; 12(7): 728-736.
13. Almeida-Filho N, Mari JJ, Coutinho E, Franca JF, Fernandes J, Andreoli SB, et
al. Brazilian multicentric study of psychiatric morbidity: methodological features
and prevalence estimates. Br J Psychiatry 1997 Dec; 171: 524-529.
132
14. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders. (DSM-III). 3
rd
ed. Washington, DC: American Psychiatric Association
1980.
15. ____. Revised (DSM-III-R). 3
rd
ed. Washington, DC: American Psychiatric
Association 1987.
16. ____. (DSM-IV). 4
th
ed. Washington, DC: American Psychiatric Association
1994.
17. ____. Text Revision (DSM-IV-TR). 4
th
ed. Washington, DC: American
Psychiatric Association 2000.
18. Amorin P. Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI): validação de
entrevista breve para transtornos mentais. Rev Bras Psiquiatr 2000; 22: 106-
115.
19. Andrade L, Walters EE, Gentil V, Laurenti R. Prevalence of ICD-10 mental
disorders in a catchment area in the city of São Paulo, Brazil. Soc Psychiatry
Psychiatr Epidemiol 2002; 37(7): 316-325.
20. Andrade RC, Silva VA, Assumpção Jr FB. Preliminary data on the prevalence
of psychiatric disorders in Brazilian male and female juvenile delinquents. Braz
J Med Biol Research 2004; 37: 1155-1160.
21. Andrulonis PA, Glueck BC, Stroebel CF, Vogel NC. Borderline personalities
subcategories. J Nerv Ment Dis 1982; 170 (11): 670-679.
22. Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado. Escala para nível
sócio-econômico. Site: http://www.anep.org.br; 1975.
23. Baer L, Jenike MA, Black DW, Treece C, Rosenfeld R, Greist J. Effect of axis II
diagnoses on treatment outcome with clomipramine in 55 patients with
obsessive-compulsive disorder. Arch Gen Psychiatry 1992; 49: 862-866.
24. Baldessarini RJ. A plea for the integrity of the bipolar concept. Bipolar
Disorders 2000; 2: 3-7.
25. Bandelow B, Krause J, Wedekind D, Brooks A, Hajak G, Rüther E. Early
traumatic life events, parental attitudes, family history, and birth risk factors in
patients with borderline personality disorder and healthy controls. Psychiatry
Research 2005; 134: 169-179.
26. Barasch A, Frances A, Hurt S, Clarkin J,, Cohen S. The stability and
distinctness of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1985; 142:
1484-1486.
27. Baxter L, Edell W, Gerner R, Fairbanks L, Gwirtsman H. Dexamethasone
suppression test and axis I diagnoses of inpatients with DSM-III borderline
personality disorder. J Clin Psychiatry 1984; 45: 150-153.
133
28. Benazzi F, Akiskal HS. Refining the evaluation of bipolar II: Beyond the strict
SCID-CV guidelines for hypomania. J Affect Disord 2003; 73: 33-38.
29. Bender DS, Dolan RT, Skodol AE, Sanislow CA, Dick IR, McGlashan TH, et al.
Treatment utilization by patients with personality disorders. Am J Psychiatry
2001; 158 (2): 295-302.
30. Bernstein DL, Fink L. Childhood trauma questionnaire: a retrospective self-
report – manual. USA: The Psychological Corporation; 1998.
31. Bernstein DP, Handelsman L, Foote J. Initial reliability and validity of a new
retrospective measure of child abuse and neglect. Am J Psychiatry 1994;
151(8): 1132-1136.
32. Bernstein DP, Ahluvalia T, Pogge D, Handelsman L. Validity of the Childhood
Trauma Questionnaire in an adolescent psychiatric population. J American
Academy of Child & Adolescent Psychiatry 1997; 36 (3): 340-348.
33. Bernstein DP, Stein AJ, Newcomb MD, Walker E, Pogge D, Ahluvalia T, et al.
Development and validation of a brief screening version of the Childhood
Trauma Questionnaire. Child Abuse & Neglect 2003; 27: 169-190.
34. Blashfield RK, Intoccia V. Growth of the literature on the topic of personality
disorders. Am J Psychiatry 2000; 157(3): 472-473.
35. Blazer DG. Mood disorders: epidemiology. In: Sadock B & Sadock V, editors.
Comprehensive Textbook of Psychiatry. 7
th
ed. Philadelphia: Lippincott
Williams & Wilkins; 2000. P. 1298-1308.
36. Brieger P, Ehrt U, Marneros A. Frequency of comorbid personality disorders in
bipolar and unipolar affective disorders. Compr Psychiatry 2003; 44(1): 28-34.
37. Brodsky BS, Malone KM, Ellis SP, Dulit RA, Mann JJ. Characteristics of
borderline personality disorder associated with suicidal behavior. Am J
Psychiatry 1997; 154: 1715-1719.
38. Brodsky BS, Cloitre M, Dulit RA. Relationship of dissociation to self-mutilation
and childhood abuse in borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1995;
152(12): 1788-1995.
39. Burton K, Polatin PB, Gatchel RJ. Psychosocial factors and the rehabilitation of
patients with chronic work-related upper extremity disorders. J Occup Rehabil
1997; 7: 139-153.
40. Chabrol H, Chouicha K, Montovany A, Callahan S. Symptoms of DSM-IV
borderline personality disorder in a nonclinical population of adolescents: study
of a series of 35 patients. Encephale 2001; 27(2): 120-127.
41. Clarke M, Hafner RJ, Holme G. Borderline personality disorder: a challenge for
mental health services. Aust NZ J Psychiatry 1995; 29: 409-414.
134
42. Corbitt EM, Malone KM, Haas GL, Mann JJ. Suicidal behavior in patients with
major depression and comorbid personality disorders. J Affect Disord 1996; 39:
61-72.
43. Cornell DG, Silk KR, Ludolph PS, Lohr NE. Test-retest reliability of the
diagnostic interview for borderlines. Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 1307-1310.
44. Corruble D, Ginestet D, Guelfi JD. Comorbidity of personality disorders and
unipolar depression: a review. J Affect Disord 1996; 37: 157-170.
45. Dahl AA. Borderline disorders: The validity of the diagnosis concept. Psychiatr
Dev 1985; 2: 109-152.
46. Draijer N, Langeland W. Childhood trauma and perceived parental dysfunction
in the ethiology of dissociative symptoms in psychiatric inpatients. Am J
Psychiatry 1999; 156(3): 379-385.
47. Ekselius L, Eriksson M, von Knorring L, Linder J. Personality disorders and
major depression in patients with somatoform pain disorders and medical
illnesses in relation to age of work disability. Eur J Psychiatry 1996; 10: 35-43.
48. Ekselius L, Tilffors M, Furmark T, Fredrikson M. Personality disorders in the
general population: DSM-IV and ICD-10 defined prevalence as related to
sociodemographic profile. Personality and Individual Differences 2001; 30(2):
311-320.
49. Fleitlich-Bilyk B, Goodman R. Prevalence of child and adolescent psychiatric
disorders in southeast Brazil. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2004; 43(6):
727-734.
50. Fink L, Bernstein DP, Handelsman L, Foote J, Lovejoy M. Initial reliability of the
Childhood Trauma Interview: a new multidimensional measure of childhood
interpersonal trauma. Am J Psychiatry 1995; 152: 1329-1335.
51. ____. Initial reliability and validity of the Childhood Trauma Interview: a new
multidimensional measure of childhood interpersonal trauma. Am J Psychiatr
1995; 152 (9): 1329-1335.
52. Frances A, Clarkin JF, Gilmore M, Hurt SW, Brown R. Reliability of criteria for
borderline personality disorder: a comparison of DSM-III and the diagnostic
interview for borderlines. Am J Psychiatry 1984; 141: 1080-1084.
53. Fyer FR, Frances AJ, Sullivan T, Hurt SW, Clarkin J. Suicide attempts in
patients with borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1988; 145: 737-
739.
54. Gartner AF, Marcus RN, Halmi K, Loranger AW. DSM-III-R personality
disorders in patients with eating disorders. Am J Psychiatry 1989; 146: 1585-
1591.
135
55. George EL, Miklowitz DJ, Richards JA, Simoneau TL, Taylor DO. The
comorbidity of bipolar disorder and axis II personality disorders: prevalence
and clinical correlates. Bipolar Disord 2003; 5(2): 115-122.
56. Grassi-Oliveira R, Pezzi JC, Stein LM. Versão brasileira do childhood trauma
questionnaire (CTQ). São Paulo: Casa do Psicólogo; 2004. No prelo.
57. Grassi-Oliveira R, Stein LM. História de abuso e negligência na infância em um
modelo de predição para o transtorno de estresse s-traumático e distúrbios
psiquiátricos menores no adulto (Dissertação de Mestrado: Programa de Pós-
Graduação em Psicologia, PUCRS). Porto Alegre (RS); 2004.
58. Grinker R, Werble B, Drye RC. The Grinker Study (1968). In: Stone MH, editor.
Essential papers on borderline disorders. New York: New York University
Press; 1986. P. 320-356.
59. Gunderson JG. Borderline personality disorder. Wahington, D.C.: American
Psychiatric Press; 1984.
60. Gunderson JG, Carpenter WT, Strauss JS. Borderline and schizophrenic
patients: a comparative study. Am J Psychiatry 1975; 132: 1257-1264.
61. Gunderson JG, Elliot GR. The interface between borderline personality
disorder and affective disorder. Am J Psychiatry 1985; 142: 277-288.
62. Gunderson JG, Frank AF, Ronningstam EF, Wachter S, Lynch J. Early
discontinuation of borderline patients from psychotherapy. J Nerv Ment Dis
1989; 177(1): 38-42.
63. Gunderson JG, Kolb JE, Austin V. The diagnostic interview for borderline
patients. Am J Psychiatry 1981; 138: 896-903.
64. Gunderson JG, Morey LC, Stout RL, Skodol AE, Shea T, McGlashan TH, et al.
Major depressive disorder and borderline personality disorder revisited:
longitudinal interactions. J Clin Psychiatry 2004; 65(8): 1049-1056.
65. Gunderson JG, Phillips KA. A current view of the interface between borderline
personality disorder and depression. Am J Psychiatry 1991; 148: 967-975.
66. Gunderson JG, Singer M. Defining borderline patients: an overview. Am J
Psychiatry 1975; 132: 1-10.
67. Harding TW, Arango MV, Baltazar J, Climent CE, Ibrahim HHA, Ladrido-
Ignacio L. Mental disorders in primary health care: a study of the frequency and
diagnosis in four developing countries. Psychol Med 1980; 10: 231-242.
68. Hawton K, Houston, BA, Haw C, Townsend E, Harriss L. Comorbidity of axis I
and axis II disorders in patients who attempted suicide. Am J Psychiatry 2003;
160(8): 1494-1500.
136
69. Herman JL, Perry JC, van der Kolk BA. Childhood trauma in borderline
personality disorder. Am J Psychiatry 1989; 146: 490-495.
70. Herman JL, van der Kolk BA. Traumatic antecedents of borderline personality
disorder. In: van der Kolk BA, editor. Psychological Trauma. Washington, D.C.:
American Psychiatric Press; 1987. P. 111-126.
71. Hirschfeld RMA, Klerman GL. Personality attributes and affective disorders.
Am J Psychiatry 1979; 136: 67-70.
72. Houaiss A. Mini-Webster: Dicionário Ings-Português. Rio de Janeiro: Record;
1992.
73. Hudziak JJ, Boffeli TJ, Kriesman JJ, Battaglia MM, Stanger C, Guze SB.
Clinical study of the relation of borderline personality disorder to Briquet’s
syndrome (hysteria), somatization disorder, antisocial personality disorder, and
substance abuse disorders. Am J Psychiatry 1996; 153: 1596-1606.
74. Ilardi SS, Craighead WE, Evans DD. Modeling relapse in unipolar depression:
the effects of dysfunctional cognitions and personality disorders. J Clin Consul
Psychol 1997; 65: 381-391.
75. Ikuta N, Zanarini MC, Minakawa K, Miyake Y, Moriya N, Nishizono-Maher A.
Comparison of American and Japanese outpatients with borderline personality
disorder. Compr Psychiatry 1994; 35(5): 382-385.
76. Jackson HJ, Burgess PM. Personality disorders in the community: results from
the australian national survey of mental health and well-being (Part III).
Relationships between specific type of personality disorder, axis I mental
disorders and physical conditions with disability and health consultations. Soc
Psychiatry Psychiatr Epidemiol 2004; 39(1): 765-776.
77. Johnson JG, Cohen P, Smailes E, Skodol AE, Brown J, Oldham JM. Childhood
verbal abuse and risk for personality disorders during adolescence and early
adulthood. Compr Psychiatry 2001; 42(1): 16-23.
78. Johnson JG, Cohen P, Brown J, Smailes E, Bernstein D. Childhood
maltreatment increases risk for personality disorders in early adulthood. Arch
Gen Psychiatry 1999; 56(7):600-606.
79. Johnson DM, Shea MT, Yen S, Battle CL, Zlotnik C, Sanislow CA, et al.
Gender differences in borderline personality disorder: findings from the
collaborative longitudinal personality disorders study. Compr Psychiatry 2003;
44(4): 284-292.
80. Joyce PR, Mulder RT, Luty SE, McKenzie JM, Sullivan PF, Cloninger RC.
Borderline personality disorder in major depression: symptomatology,
temperament, character, differential drug response, and 6-month outcome.
Compr Psychiatry 2003; 44(1): 35-43.
137
81. Judd LL, Akiskal HS, Schettler PJ, Coryell W, Maser J, Rice JA, et al. The
comparative clinical phenotype and long term longitudinal episode course of
bipolar I and II: a clinical spectrum or distinct disorders. J Affect Disord 2003;
73(1-2): 19-32.
82. Kernberg OF. Borderline personality organization (1967). In: Stone MH, editor.
Essential papers on borderline disorders. New York: New York University
Press; 1986. P. 279-319.
83. Kernberg OF. Borderline conditions and pathological narcissism. New York:
Jason Aronson; 1975.
84. Kerr-Corrêa F, Tarelho LG, Crepaldi AL, Camiza LD, Villanassi R. Abuso
sexual, transtornos mentais e doenças físicas. Rev Psiq Clínica 2000; 27(5):
257-271.
85. Kessler RC, McGonagle KA, Zhao S, Nelson CB, Hughes M, Eshleman S, et
al. Lifetime and 12-month prevalence of DSM-III-R psychiatric disorders in the
U.S.: results from the national comorbidity survey. Arch Gen Psychiatry 1994;
51: 8-20.
86. Kessler RC. Sociology and psychiatry. In: Sadock B, Sadock V, editors.
Comprehensive Textbook of Psychiatry. 7
th
ed. Philadelphia: Lippincott
Williams & Wilkins; 2000. P. 476-484.
87. Kjelsberg E, Eikeseth PH, Dahl AA. Suicide in borderline patients predictive
factors. Acta Psychiatr Scand 1991; 84(3): 283-287.
88. Laporte L, Guttman H. Traumatic childhood experiences as risk factors for
borderline and other personality disorders. J Personal Disord 1996; 10:247-
259.
89. Lima MS, Beria JU, Tomasi E, Conceiçao AT, Mari JJ. Stressful life events and
minor psychiatric disorders: an estimate of the population attributable fraction
in a Brazilian community-based study. Int J Psychiatry Med 1996; 26(2); 211-
222.
90. Links PS, Heslegrave R, van Reekum R. Prospective follow-up study of
borderline personality disorder: prognosis, prediction of outcome, and axis II
comorbidity. Can J Psychiatry 1998; 43(4): 265-270.
91. Links PS, Steiner M, Offord DR, and Eppel A. Characteristics of borderline
personality disorder: a Canadian study. Can J Psychiatry 1988; 33: 336-340.
92. Loranger AW, Sartorius N, Andreoli A, Berger P, Buchheim P,
Channabasavanna SM. The international personality disorder examination.
Arch Gen Psychiatry 1994; 51(3): 215-224.
93. Lovisi GM, Mann AH, Coutinho E, Morgado AF. Mental illness in an adult
sample admitted to public hostels in the Rio de Janeiro metropolitan area,
Brazil. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 2003; 38(9): 493-498.
138
94. Magill CA. The boundary between borderline personality disorder and bipolar
disorder: current concepts and challenges. Can J Psychiatry 2004; 49(8): 551-
556.
95. Malone KM, Haas GL, Sweeney JA, Mann JJ. Major depression and the risk of
attempted suicide. J Affect Disord 1995; 34: 173-185.
96. Mari J, Williams PA. A validity study of a psychiatric screening questionnaire
(SRQ-20) in primary care in the city of São Paulo. Br J Psychiatry 1986; 148:
23-26.
97. McGlashan T. The borderline syndrome. II. Is it a variant of schizophrenia or
affective disorder? Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 1319-1323.
98. McGlashan T. The Chestnut Lodge follow-up study, part III: long term outcome
of borderline personalities. Arch Gen Psychiatry 1986; 42: 20-30.
99. McHolm AE, MacMillan HL, Jamieson E. The relationship between physical
abuse and suicidality among depressed women: results from a community
sample. Am J Psychiatry 2003; 160(5): 933-938.
100. Mehlum L, Friis S, Irion T, Johns S, Karterud S, Vaglum S. Personality
disorders 2-5 years after treatment: a prospective follow-up study. Acta
Psychiatr Scand 1991; 84: 72-77.
101. Miller SG. Borderline personality disorder in cultural context: commentary on
Paris. Psychiatry 1996; 59: 193-195.
102. Millon T, Grossman SD. Sociocultural factors. In: Oldham JM, Skodol AE,
Bender DS, editors. Textbook of Personality Disorders. Washington, D.C.:
American Psychiatric Publishing; 2005. P. 223-235.
103. Modestin J, Villiger C. Follow-up study on borderline versus non-borderline
personality disorders. Compr Psychiatry 1989; 30: 236-244.
104. Molina-Ramos R, Perera JLC, Urdaniz AP, Iglesias SS. Factors associated to
the diagnoses of borderline personality disorder in psychiatric out-patients.
Actas Esp Psiquiatr 2002; 30(3): 153-159.
105. Moriya N, Miyake Y, Minakawa K, Ikuta N, Nishizono-Maher A. Diagnosis and
clinical features of borderline personality disorder in the east and west: a
preliminary report. Compr Psychiatry 1993; 34(6): 418-423.
106. Mulder RT. Personality disorders in New Zealand hospitals. Acta Psychiatr
Scand 1991; 84(2): 197-202.
107. Mullen PE, Martin JL, Anderson JC, Romans SE, Herbison GP. The long-
term impact of the physical, emotional, and sexual abuse of children: A
community study. Child Abuse & Neglect 1996; 20(1):7-21.
139
108. Nakao K, Gunderson JG, Phillips KA, Tanaka N, Yorifuji K, Takaishi J, et al.
Functional impairment in personality disorders. J Personal Disord 1992; 6: 24-
33.
109. Negrao AB, Cordas TA. Clinical characteristics and course of anorexia
nervosa in Latin America, a Brazilian sample. Psychiatry Res 1996; 62(1): 17-
21.
110. Nestadt G, Romanoski AJ, Chahal R, Merchant A, Folstein MF, Gruenberg
EM, et al. An epidemiological study of histrionic personality disorder. Psychol
Med 1990; 20: 413-422.
111. Norusis M. Statistical package for the social sciences (SPSS-X): advanced
statistic guide. Chicago: Mc Graw Hill; 1986.
112. Noyes R, Reich J, Christiansen J, Suelzer M, Pfohl B, Coryell WA. Outcome
of panic disorder relationship to diagnostic subtypes and comorbidity. Arch Gen
Psychiatry 1980; 47: 809-818.
113. Nurnberg HG, Raskin M, Levine PE, Pollock S, Prince R, Siegel O. BPD as a
negative prognostic factor in anxiety disorders. J Personal Disord 1989; 3: 205-
216.
114. ____. The comorbidity of borderline personality disorder and other DSM-III-R
axis II personality disorders. Am J Psychiatry 1991; 148(10): 1371-1377.
115. Ogata SN, Silk KR, Goodrich S, Lohr NE, Westen D, Hill EM. Childhood
sexual and physical abuse in adult patients with borderline personality disorder.
Am J Psychiatry 1990; 147(8): 1008-1013.
116. Okasha A, Omar AM, Lotaief M, Ghanem A, Okasha T. Comorbidity of axis I
and axis II diagnoses in a sample of egyptian patients with neurotic disorders.
Compr Psychiatry 1996; 37(2): 95-101.
117. Oldham JM, Skodol AE, Gallagher PE, Kroll ME. Relationship of borderline
symptoms to histories of abuse and neglect: a pilot study. Psychiatr Q 1996;
67:287-295.
118. Oldham JM, Skodol AE, Kellman HD, Hyler SE, Doidge N, Rosnik L, et al.
Comorbidity of axis I and axis II disorders. Am J Psychiatry 1995; 152(4): 571-
578.
119. Onchev G, Ganev K. Borderline personality disorder in Bulgaria: period
prevalence, syndrome validity and comorbidity. European Psychiatry 1996; 11
Suppl 4: 371S-372S.
120. Paris J. The treatment of borderline personality disorder in light of the
research of its long term outcome. Can J Psychiatry 1993; 38 1 Suppl: 28S-
34S.
140
121. ____. Cultural factors in the emergence of borderline pathology. Psychiatry
1996; 59(2): 185-192.
122. ____. Personality disorders in sociocultural perspectives. J Personal Disord
1998; 12(4): 289-301.
123. Paris J, Brown R, Nowlis D. Long-term follow-up of borderline patients in a
general hospital. Compr Psychiatry 1987; 28: 530-535.
124. Paris J, Zweig-Frank H. A critical review of the role of childhood sexual abuse
in the etiology borderline personality disorder. Can J Psychiatry 1992; 37(2):
125-128.
125. Paris J, Zweig-Frank H, Guzder J. Psychological risk factors for borderline
personality disorder in female patients. Compr Psychiatry 1994a; 35: 301-305.
126. ____. Psychological risk factors for borderline personality disorder in male
patients. J Nerv Ment Dis 1994b; 182: 375-380.
127. Perugi G, Toni C, Travierso MC, Akiskal HS. The role of cyclothymia in
atypical depression: toward a data-based reconceptualization of the borderline-
bipolar II connection. J Affect Disord 2003; 73: 87-98.
128. Perry JC. Depression in borderline personality disorder: lifetime prevalence at
interview and longitudinal course of symptoms. Am J Psychiatry 1985; 142(1):
15-21.
129. Perry JC, Banon E, Ianni F. The effectiveness of psychotherapy for
personality disorders. Am J Psychiatry 1999; 156: 1312-1321.
130. Pope HG, Jonas JM, Hudson JI, Cohen BM, Gunderson JG. The validity of
DSM III borderline personality disorder. Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 23-30.
131. Regier DA, Myers JK, Kramer M, Robins LN, Blazer DG, Hough RL, et al.
The NIMH epidemiologic catchment area program: historical context, major
objectives, and study population characteristics. Arch Gen Psychiatry 1984; 41:
934-941.
132. Salzman JP, Salzman C, Wolfson AN, Albanese M, Looper J, Ostacher M.
Association between borderline personality structure and history of childhood
abuse in adult volunteers. Compr Psychiatry 1993; 34: 254-257.
133. Samuels J, Eaton WW, Bienvenu OJ, Clayton P, Brown H, Costa PT, et al.
Prevalence and correlates of personality disorders in a community sample. Br J
Psychiatry 2002; 180: 536-542.
134. Samuels J, Nestadt G, Bienvenu OJ. Personality disorders and normal
personality dimensions in obsessive-compulsive disorders. Br J Psychiatry
2000; 177: 457-462.
141
135. Sansone RA, Wiederman MW, Sansone LA. The self-harm inventory (SHI):
development of a scale for identifying self-destructive behaviors and borderline
personality disorder. J Clin Psychol 1998; 54(7): 973-983.
136. Sansone RA, Hruschka J, Vasudevan A, Miamisburg O, Miller SN. Disability
and borderline personality symptoms. Psychosomatics 2003; 44: 442.
137. Schestatsky SS. Quem tem medo do paciente borderline? Revista Brasileira
Psicoterapia 1999; 1: 117-128.
138. Schestatsky SS, Abreu PB, Ceitlin LH. Confiabilidade da versão brasileira da
entrevista diagnóstica revisada para transtorno borderline; 2003. Manuscrito
não publicado.
139. Senol S, Dereboy C, Yuksel N. Borderline disorder in Turkey: A 2- to 4-year
follow-up. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 1997; 32(2): 109-112.
140. Shea MT, Glass DR, Pilkonis PA. Frequency and implications of personality
disorders in a sample of depressed inpatients. J Personal Disord 1987; 1: 27-
41.
141. Shea MT, Pilkonis PA, Beckham E, Collins JF, Elkin I, Sotsky SM, et al.
Personality disorders and treatment outcome in the NIMH treatment of
depression collaborative research program. Am J Psychiatry 1990; 147: 711-
718.
142. Sheehan DV, Lecrubier Y, Sheehan KH, Amorim P, Janavs J, Weiller E, et al.
The mini international neuropsychiatric interview (MINI): the development and
validation of a structured diagnostic psychiatric interview for DSM-IV and ICD-
10. J Clin Psychiatry 1998; 59 Suppl 20: 22-33.
143. Shearer SL, Peters CP, Quaytman MS, Ogden RL. Frequency and correlates
of childhood sexual and physical abuse histories of female borderline
inpatients. Am J Psychiatry 1990; 147: 214-216.
144. Skodol AE, Buckley P, Charles E. Is there a characteristic pattern to the
treatment history of clinic outpatients with borderline personality? J Nerv Ment
Dis 1983; 171: 405-410.
145. Skodol AE, Gunderson JG, McGlashan TH, Dick IR, Stout RL, Bender DS, et
al. Functional impairment in patients with schizotypal, borderline, avoidant, or
obsessive-compulsive personality disorder. Am J Psychiatry 2002a; 159(2):
276-283.
146. Skodol AE, Gunderson JG, Pfohl B, Widiger TA, Livesley WJ, Siever LJ. The
borderline diagnosis I: psychopathology, comorbidity and personality structure.
Biol Psychiatry 2002; 51(12): 936-950.
147. Skodol AE, Oldham JM. Assessment and diagnosis of borderline personality
disorder. Hosp Community Psychiat 1991; 42(10): 1021-1028.
142
148. Skodol AE, Stout RL, McGlashan TH, Grilo CM, Gunderson JG, and Shea
MT, et al. Co-occurrence of mood and personality disorders: a report from the
collaborative longitudinal personality disorders study (CLPS). Depress Anxiety
1999; 10(4): 175-182.
149. Soares JC, Gershon S. The diagnostic boundaries of bipolar disorder
(editorial). Bipolar Disorders 1999; 1: 1-2.
150. Soloff PH, Lis JA, Kelly T, Cornelius J, Ulrich R. Risk factors for suicidal
behavior in borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1994; 151(9):
1316-1323.
151. Soloff PH, Lynch KG, Kelly TM. Childhood abuse as a risk factor for suicidal
behavior in borderline personality disorder. J Personal Disord 2002; 16(3): 201-
214.
152. Spitzer RL, Endicott J, Gibbon M. Crossing the border into borderline
personality and borderline schizophrenia: the development of criteria. Arch Gen
Psychiatry 1979; 36: 17-24.
153. Stern A. Psychoanalytic investigation and therapy in borderline group of
neuroses. Psychoanal Q 1938; 7: 467-489.
154. Stevenson J, Meares R, Comeford A. Diminished impulsivity in older patients
with borderline personality disorder. Am J Psychiatry 2003; 160: 165-166.
155. Stone MH. The borderline syndrome: evolution of the term, genetic aspects,
and prognosis (1977). In: MH Stone, editor. Essential papers on borderline
disorders. New York: New York University Press; 1986. P. 475-497.
156. ____. Contemporary shift of the borderline concept from a sub schizophrenic
disorder to a sub affective disorder. Psychiatr Clin North Amer 1979; 2: 577-
594.
157. ____. Borderline syndromes: a consideration of subtypes and an overview,
directions for research. Psychiatr Clin North Am 1981; 4(1): 3-24.
158. _____. Essential papers on borderline disorders. New York: New York
University Press; 1986. P. 279-319.
159. ____. The fate of borderline patients. New York: Guilford Press; 1990.
160. Swartz HA, Pilkonis PA, Frank E, Proietti JM, Scott J. Acute treatment
outcomes in patients with bipolar I disorder and co-morbid borderline
personality disorder receiving medication and psychotherapy. Bipolar Disord
2005; 7(2): 192-197.
161. Swartz M, Blazer D, George L, Winfield I. Estimating the prevalence of
borderline personality disorder in the community. J Personal Disord 1990; 4:
257-272.
143
162. Tyrer P, Casey P, Ferguson B. Personality disorder in perspective. Br J
Psychiatry 1991; 159: 463-471.
163. Torgersen S. Epidemiology. In: Oldham JM, Skodol AE, Bender DS, editors.
Textbook of personality disorders. Washington, D.C.: American Psychiatric
Publishing; 2005. P. 129-141.
164. Torgersen S, Kringlen E, Cramer V. The prevalence of personality disorders
in a community sample. Arch Gen Psychiatry 2001; 58: 590-596.
165. Torres AR, Del Porto JA. Comorbidity of obsessive-compulsive disorder and
personality disorders. A Brazilian controlled study. Psychopathology 1995;
28(6): 322-329.
166. Verheul R, van den Brink W, Hartgers C. Personality disorders predict
relapse in alcoholic patients. Addict Behav 1998; 23: 869-882.
167. Vertogradova O, Bannikov G, Konkov S. Personality characteristics in
depressive patients. European Psychiatry 1997; 12 Suppl 2: 235S.
168. Waldinger R, Gunderson JG. Completed psychotherapies with borderline
patients. Am J Psychother 1984; 38: 190-202.
169. Weaver TL, Clum GA. Early family environments and traumatic experiences
associated with borderline personality disorder. J Consult Clin Psychology
1993; 61: 1068-1075.
170. Westen D, Ludolph P, Misle B, Ruffins S, Block J. Physical and sexual abuse
in adolescent girls with borderline personality disorder. Am J Orthopsychiatry
1990; 60: 55-66.
171. Widiger TA, Trull TJ. Borderline and narcissistic personality disorders. In:
Sutker PB, Adams HE, editors. Comprehensive Handbook of Psychopathology.
2
nd
ed. New York: Plenum; 1993. P. 371-394.
172. Wolfe J, Kimerling R. Gender issues in the assessment of posttraumatic
stress disorder. In: Wilson J, Keane TM, editors. Assessing psychological
trauma and PTSD. New York: Guilford Press; 1997. P. 192-238.
173. Yen S, Shea MT, Sanislow CA, Grilo CM, Skodol AE, Gunderson J, et al.
Borderline personality disorder criteria associated with prospectively observed
suicidal behavior. Am J Psychiatry 2004; 161(7): 1296-1298.
174. Zanarini MC, Frankenburg FR, Dubo ED, Sickel AE, Trikha A, Levin A, et al.
Axis I comorbidity of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1998a;
155(12): 1733-1739.
175. ____. Axis II comorbidity of borderline personality disorder. Compr Psychiatry
1998b; 39(5): 296-302.
144
176. Zanarini MC, Frankenburg FR, Hennen J, Reich DB, Silk KR. Axis I
comorbidity with borderline personality disorder: 6-year follow-up and
prediction of time of remission. Am J Psychiatry 2004; 161(11): 2108-2114.
177. Zanarini MC, Frankenburg FR, Khera GS, Bleichmar J. Treatment histories of
borderline inpatients. Compr Psychiatry 2001; 42: 144-150.
178. Zanarini MC, Frankenburg FR, Vujanovic AA. Inter-rater and test-retest
reliability of the revised diagnostic interview for borderlines. J Personal Disord
2002; 16(3): 270-276.
179. Zanarini MC, Gunderson JG, Frankenburg FR. The revised diagnostic
interview for borderlines: discriminating BPD from other axis II disorders. J
Personal Disord, 1989; 3: 10-18.
180. ____. Discriminating borderline personality disorder from other axis II
disorders. Am J Psychiatry 1990; 147: 161-67.
181. Zanarini MC, Gunderson JG, Marino MF, Schwartz EO, Frankenburg FR.
Childhood experiences of borderline patients. Compr Psychiatry 1989; 30: 18-
25.
182. Zanarini MC, Wiliams AA, Lewis RE, Reich RB, Vera SC, Marino MF.
Reported pathological childhood experiences associated with the development
of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1997; 154: 1101-1106.
183. Zimmerman M, Coryell W. DSM-III personality disorder diagnoses in a non-
patient sample. Arch Gen Psychiatry 1989; 46: 682-689.
184. Zimmerman M, Mattia JI. Axis I diagnostic comorbidity and borderline
personality disorder. Compr Psychiatry 1999; 40: 245-252.
145
ARTIGO 2 – INGLÊS
ASSOCIATION BETWEEN BORDERLINE PERSONALITY DISORDER
DIAGNOSIS, PERCEIVED PARENTAL BONDING, AND ABUSE AND
NEGLECT IN CHILDHOOD: A CASE-CONTROL STUDY IN A
SOUTH- BRAZILIAN SAMPLE OF FEMALE PATIENTS
146
ASSOCIATION BETWEEN BORDERLINE PERSONALITY DISORDER
DIAGNOSIS, PERCEIVED PARENTAL BONDING, AND ABUSE AND
NEGLECT IN CHILDHOOD: A CASE-CONTROL STUDY IN A
SOUTH-BRAZILIAN SAMPLE OF FEMALE PATIENTS
Sidnei S. Schestatsky
1
, Lúcia H. F. Ceitlin
1
, Paulo Belmonte de Abreu
1
,
Simone Hauck
2
1
Associate Professors of the Department of Psychiatry, Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS),
and of the Psychiatry Service of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Brazil.
2
Psychiatrist of the Psychiatry Service of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
147
ABSTRACT
Introduction: Lack of affection, especially when combined with an excess of
control/ restriction of autonomy, has been associated with adulthood
psychopathology, including borderline personality disorder (BPD). However, there
are no studies that investigate this association in a Brazilian population. Subjects
and Method: Twenty-three patients with BPD diagnosis confirmed through the
Revised Diagnostic Interview for Borderlines (DIB-R), along with their 23 healthy
controls, took part in this study. The perceived parental bonding qualities was
inferred through the Parental Bonding Instrument (PBI), while the occurrence of
psychological trauma between the ages of zero and 16 years-old (emotional
abuse, physical abuse, sexual abuse, emotional neglect and physical neglect),
was assessed by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Results: Cases
presented less maternal affection and a tendency of more paternal control,
besides significantly more “Type Three” mothers and fathers than controls. In
addition, there was an association between the occurrence of psychological
trauma in childhood and the lack of affection and excess of control as measured
by the PBI. Discussion: In accordance with the literature, those findings suggest
that also in a Portuguese speaking sample the quality of parental bonding are
related both to more adjustment difficulties in adulthood, which includes the
occurrence of BPD, and to the occurrence of more abuse and neglect in
childhood, implying an interaction of early trauma occurrence and parental
bonding in psychopathology development.
148
Key words: parental bonding, lack of affection, excess of control, childhood
adversities, resilience.
149
INTRODUCTION
Importance of parental bonding in childhood for the development of
personality has been one of the basics tenets of psychoanalysis since the
beginning of the last century (Freud, 1920, 1926, 1931, 1938) . At the same time,
developmental psychology has kept emphasizing aspects related to affect and
control as the main components of the quality of the relationship between the child
and their parents or caregivers. John Bowlby’s studies (Bowlby 1969; 1973; 1980),
in the seventies, have decisively contributed for research in this area, adding
empirical data to those theoretical frameworks. Several authors have also pointed
to the role of parental bondings as essential to the development of Borderline
Personality Disorder (BPD) (Adler, 1985; Gunderson, 1984; Links and van
Reekum, 1993; Masterson, 1981; Paris and Zweig-Frank, 1993).
Clinical experience revealed that these patients frequently developed
markedly dysfunctional relationships with their parents in childhood, the main
focus of attention being the caregivers absence of response to the child emotional
and physical needs (Adler, 1985). When facing interpersonal stressors in
adulthood, and the negative feelings related to them, BPD patients would not have
an adequate “buffer” effect from their internalized good parents” mental
representations, which should have been introjected in childhood. They become
more vulnerable to be flooded by affects that overcome their control. Lack of
parental response, on the other hand, could also lead to great damage in the
child’s self esteem, with the consequent difficulty of replacing, in the future, the
affective absence of parental figures through more adequate substitute
150
relationships. A trend to reenact the deficient parental bonding would remain,
conditioning future choices of objects and reinforcing an excessive sensitivity to
feelings of being rejected. With repeated dissolution of interpersonal relationships,
and its associated feelings of internal destruction, quite common in BPD patients,
their dysphoric sensation could reach unbearable levels as to push them to some
desperate form of action, in an attempt to obtain quick relief e.g., the use of
psychoactive substances, self mutilation, or suicide attempts (Gunderson, 1984;
Paris and Zweig-Frank, 1992).
Attachment theory (Bowlby, 1969), considers that exists a child inborn
behavior of seeking her caregiver, especially when in felt fear and danger
situations. This behavior would prevail in the three first years of life, and would
reappear in adulthood when the individual is ill, scared, or facing situations of
significant change. Current relationships can be influenced positively, or can be
completely distorted, by the child experiences with her primitive caregivers, usually
her parents. In those first years of life, the introjected relationship pattern would be
still subject to major changes, but would very much depend more on parental
behavior towards the child than of his “inborn” characteristics (even though these
characteristics are important, especially in terms of resilience) (Sroufe, 1985).
Once established an early relationship pattern, it tends to last, unless some kind of
early therapeutical intervention occurs to change it (Sroufe, 1983) .
Child-parents relationship is influenced by three major aspects: 1) child
characteristics, 2) parents’ characteristics, and 3) the dynamic relationship
between them. Besides child behavior, parental response of being attentive,
available, and sensitive to the child needs, and willing to comfort her when she
151
seeks protection but without limiting her autonomy could be crucial in
personality development. Parents would be a “safe basis”, resulting, in the child,
equivalent feelings of security and competence to explore and relate to the world.
When the individual becomes more confident and hopeful, this increases his
capacity of facing eventual failures and obstacles, of being more resilient to
adverse situations, and more able of helping and being helped (Bowlby, 1977;
1988; 1989; Sroufe, 1983).
One of the ways to assess the attachment quality between the child and her
parents is through the pattern of parental behavior, which has been observed and
validated in many follow-up studies (Sroufe, 1985). The Parental Bonding
Instrument (PBI) has been developed exactly to assess the contribution of parents
to this attachment system (Parker, Tupling and Brown, 1979) , and has been
widely used in last decades. One of its most consistent findings is that the lack of
parental affect, especially when associated to affectionless control, have been
associated to many adulthood pathologies such as depression, anxiety, suicide,
and personality disorders (Boyce, Hickie and Parker, 1991; Duggan et al., 1998;
Enns and Clara, 2002; Favaretto and Torresani, 1997b; Ingram and Ritter, 2000;
Mackinnon et al., 1989; Martin and Wait, 1994; Nickell, Waudby and Trull, 2002;
Nordahl and Stiles, 1997; Parker, 1979; 1983; Parker et al., 1999; Sato et al.,
1998).
Recently, PBI stability was assessed in a twenty-year cohort in a nonclinical
population. When controlling for gender, mental and physical health (including
mood changes and neuroticism), life style aspects, work, social network, and
significant life events (being child birth an independently evaluated variable), PBI
152
was found a psychometrically robust instrument, stable along time, and minimally
influenced by the studied variables – what consolidated it as a useful instrument in
resilience and risk factors research (Wilhelm et al., 2005).
PBI has been adapted, validated, and used in diverse cultures without a
significant change of its construct (Gomez-Beneyto et al., 1993; Kitamura and
Suzuki, 1993b; Qadir et al., 2005). Other studies have demonstrated that
emotional factors and mood changes seemed not to interfere in the perception of
those attachments, even when the instrument was primarily applied to severely ill
populations and re-applied after considerable time lags (Aldana et al., 1998;
Lizardi and Klein, 2005).
A theory which considers neglect as a core etiological factor for BPD
development would have the advantage of agreeing more comprehensively with
clinical reports of these patients; however, as any theory, it would need to gather
empirical evidences to justify it. Besides, the role of inborn characteristics of the
person and the interaction with other types of trauma would also have to be taking
in account, whether by interactional effect, or as a consequence of attachment
failures.
There are few studies investigating the association of parental bonding to BPD
diagnosis and none in Portuguese-speaking samples. Other studies have also
emphasized the relevance of these bondings in the development of the personality
disorders in general, or in comorbidity with other Axis I diagnosis.
Reti et al. evidenced the importance of the quality perception of parental
bonding in the development of normal traits of personality (Reti et al., 2002a;
153
2002b; Rey and Plapp, 1990; Russ, Heim and Westen, 2003). Byrne et al.
evaluated aspects related to childhood experiences of fifteen patients with BPD
diagnosis, and fourteen patients with schizophrenia (according to the DSM-III),
through the blind application of “Childhood Life Events and Family Characteristics
Questionnaire”, and the “Parental Bonding Instrument” (Byrne et al., 1990).
Compared to patients with schizophrenia, borderline patients reported significantly
more sexual and physical abuse, more early separation from their mothers, more
parental criminality, more control by the father, and less affect from the mother.
Comparing to normal population, BPD patients received significantly less affect
and were more overprotected by both parents (Byrne et al., 1990).
A study with panic disorder patients found excess of control as a predictor of
comorbidity with a personality disorder, especially BPD (Latas et al. ,2000).
Another study, with 108 inpatients with Major Depressive Disorder, has shown that
patients with a comorbid personality disorder perceived parents as less affective
(Mulder, Joyce and Cloninger, 1994) .
Another a study with 62 patients with BPD diagnosis, and 99 controls (patients
without this diagnosis), sampled from a general hospital and a mental health
center for college students, found that BPD patients remembered their fathers and
mothers as less affective and more controlling, reinforcing the importance of the
psychodynamic hypothesis of biparental failure in the development of this
pathology (Zweig-Frank and Paris, 1991). As far as we know there are no studies
assessing those variables in BPD patients in Portuguese-speaking populations.
154
SUBJECTS AND METHODS
Study Design
A paired-sample case-control study was conducted, having as outcome the
diagnosis of BPD and as risk factors: 1) the quality of perceived attachment with
parents in childhood, and 2) the exposure to psychological trauma (emotional,
physical, or sexual abuse, emotional, and physical neglect).
Subjects
Patients with a clinical diagnosis of BDP, from both genders, aged between 18
to 60 years old (mean of 33.6 ± 10.6 years old), were recruited from outpatient
and/or inpatients services in two hospitals of Porto Alegre
1
, and a Community
Health Center in Novo Hamburgo, in the State of Rio Grande do Sul, Brazil, during
2003 and 2004. They had their BPD diagnoses confirmed both clinically (DSM-IV
criteria) and by the Revised Diagnostic Interview for Borderlines – (DIB-R) (score
8) (Zanarini et al., 1989), Portuguese version (Schestatsky et al., 2003).
Exclusion criteria were under-average clinically estimated intelligence,
presence of acute or chronic organic-brain diseases, and current diagnosis of
Schizophrenia or Type I Bipolar Disorder. Controls were randomly selected from
an employees list of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) and of the
Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, paired by sex, age 1 year), years
of education, and socioeconomic class.
1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre and Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas de Porto Alegre.
155
The Self-Report Questionnaire (SRQ-20) (Harding et al., 1980), in its Brazilian
Portuguese version (Mari and Williams, 1986), the DIB-R, and the MINI (Mini
International Neuropsychiatric Interview) (Sheehan et al., 1998) translated into
Portuguese (Amorin, 2000), were used to exclude psychiatric disorders in the
control group.
Subjects were individually interviewed and completed all questionnaires, even
the self-report ones, assisted by the interviewers. Interviews were carried out in
hospital environment by trained researchers used to deal with BPD patients. The
research project was approved by the Ethical Committee of the Hospital de
Clínicas de Porto Alegre (# 41-041), and all cases and controls agreed to join the
study providing a written informed consent.
INSTRUMENTS
a) Protocol: Semi-structured interview aiming at obtaining general
demographic data (age, race, marital status, years of education, job status), and
information about history of current and past diseases, presence and quality of
triggering factors, history and type of previous treatments. Socioeconomic level
was defined by the Escala Para vel Sócio-Econômico, by the Associação
Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (www.anep.org.br).
b) Revised Diagnostic Interview for Borderlines (DIB-R): DIB-R
assesses data in four important areas for the diagnosis of BPD (affect, cognition,
impulsive action patterns, and interpersonal relations). Ninety-seven items are
assessed regarding the way the patient felt, thought and acted in the last two
156
years, based on information from the patient, and complemented by data from
family and chart reviews. (Zanarini et al., 1989). Many studies have evidenced
adequate levels of DIB reliability (Cornell et al., 1981; Frances et al., 1984,
Gunderson et al., 1981) in the diagnosis of BPD. DIB-R presented a diagnostic
efficacy even higher than DIB (Zanarini et al., 1989), and its reliability has been
recently confirmed: 0.80 to 0.99 in basis reliability (N=45), 0.87 to 0.97 in test-
retest reliability (N=30), and 0.86 to 0.97 in the follow-up reliability (N=48) (Zanarini
et al., 2002).
c) Self Report Questionnaire (SRQ-20) is a questionnaire to identify
psychiatric disorders in primary care (Harding et al., 1980), validated in national
and international studies (Mari and Williams, 1986). Its sensitivity ranges from
62.9% to 90%, and the specifity ranges from 44% to 95%. Twenty yes/no
questions, 4 questions about physical symptoms, and 16 about “neurotic”
disturbances compose it. The cut-off point used for the definition of case was 8.
Scores equal or lower than 7 were considered “non-case”.
d) MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview), translated to
Portuguese (Amorin, 2000), is a brief structured interview to classify major
psychiatric disorders. Validity and reliability studies comparing MINI and SCID-P
(Structured Clinical Interview for DSM-III-R Diagnoses) and CIDI (Composite
International Interview for CID-10) demonstrated that MINI has acceptably high
levels in those parameters (kappa between 0.51 and 0.90), sensitivity 0.70,
specificity and negative predictive values 0.85. Compared to the two other
instruments, it has a shorter length of assessment (mean 18.7 ± 16 min., and
median 15 minutes) (Sheehan et al., 1998).
157
e) Parental Bonding Instrument (PBI) is a self-report questionnaire Likert
type (0 to 3) with 25 questions about father and mother. Subject answers how
similar the described behaviors were to how he remembers of her parents, until
she was 16 years old. PBI was developed in 1979, through successive factorial
analyses, from 114 items from literature considered important parental qualities for
normal development (Parker, 1979). It assesses two constructs: affect, more
consistent and clearly bidimensional (affect, warmness, availability, care,
sensitivity, versus coldness and rejection); and control or protection (control,
intrusion versus encouragement of autonomy).
In the original study with the 25 questions instrument (12 for affect, and 13 for
protection), reliability was 0,704 (p<0,001), test-retest reliability 0,761 for affect
scale and 0,628 for control/protection. Concurrent validity against clinical interview
(2 interviewers with interrater reliability of 0.851 regarding affect and of 0.688
regarding protection) was 0.77 for affect scale, and 0.5 for control/protection scale.
Mothers were more affective (26.8 vs. 22.9) and mildly more controlling (14.7 vs.
11.9), but the responder gender did not interfere in the attachment quality, that is,
parents were perceived in the same way both by men and women. There were no
differences regarding different social classes (Parker, 1979; 1986; 1989) .
Using cut-off points suggested by Sydney validity study (Parker, 1979), the
perception of parental bonding can be divided into four types: type 1, or optimal
parenting (affect without freedom restriction), type 2, or affective control (affect
with freedom restriction/control), type 3, or control without affect (restriction of
freedom /control in the absence of affect), and type 4, or negligent (absence of
affect and without restriction of freedom /control).
158
f) Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) is a 28 item self-report
retrospective questionnaire used to assess abuse and neglect in childhood and
adolescence. Twenty-five questions assess emotional abuse (EA), physical abuse
(PA), and sexual abuse (SA), as well as emotional neglect (EN), and physical
neglect (PN). Other three items constitute a “Minimization/Denial” subscale to
control answers with questionable reliability. Each of the five subscales is
composed of five statements that begin with the phrase “while I was growing up...”,
and are scored in a five-point Lickert scale, between “Never” and “Always” poles.
The scale generates continuous scores ranging from 5 to 25 points in each of the
subscales (EA, PA, SA, EN, PN), and a total score (25 to 125) that sums the
subscales of different abuses and neglects (Bernstein and Fink, 1998; Bernstein et
al., 2003).
CTQ evidenced good internal consistency coefficients: subscales of sexual
abuse (α 0.93 to 0.95) and emotional neglect (0.82 to 0.92) were the most reliable.
Emotional abuse (α 0.84 to 0.89) and physical abuse (0.81 to 0.86) have an
acceptable reliability; only physical neglect (0.63 to 0.78) presented a borderline
internal consistency (Bernstein et al., 1994; Fink et al., 1995). Studies about CTQ
validity also presented consistent results (Bernstein et al., 1997). The used version
has been translated and adapted to Portuguese under the name of Questionário
Sobre Traumas na Infância (QUESI), which has shown a good reliability α 0.87
(Grassi-Oliveira et al., 2004; Grassi-Oliveira and Stein, 2004).
159
STATISTICAL ANALYSES
Quantitative variables were described with mean and standard deviation.
Interquartile range and median were obtained when asymmetry was observed. In
categorical values, percentage and absolute frequencies were described. Groups
were compared using Paired Samples T test (symmetric continuous variables),
and Wilcoxon T Test (asymmetric and ordinal small scale variables).
McNemar test was used to compare dichotomous variables between groups.
When making intragroup comparisons of independent categorical variables,
Pearson’s Qui-Square and Fisher’s Exact Test were used. In the same situation,
when variables were quantitative, independent samples T test and Mann-Whitney
U test (in asymmetric situations) were used. Logistic regression and multivariate
analyses were performed when the number of cases allowed, controlling and
evaluating the influence of singled out individual assessed variables. Significance
level established for tests was α = 0.05 and all analyses were performed using
SPSS for Windows software, version 12.0 (Norusis, 1986).
RESULTS
Thirty cases were recruited for evaluation, being, by chance, all female
patients. Two of those were excluded for presenting current clinical diagnosis of
Type I BD, and two did not confirm BPD diagnoses, remaining a final sample of 26
patients. In control group, three presented SRQ above 8 (2 controls with diagnosis
of Major Depressive Disorder, and 1 with Generalized Anxiety Disorder), and four
160
refused to join the study. Twenty-three pairs of cases and controls composed the
final sample. No excluded case or control presented emographic differences from
patients that remained in the study.
We found no difference between cases and controls regarding age, ethnic
group, years of education, and social class. Groups also did not differ in marital
status (single, married, divorced), or in number of partners, number of divorces,
living alone or not. Although family income of cases and controls did not show any
significant difference, individual income did, with cases earning less income than
controls (p= 0.000). More detailed data are presented in Table 1.
Among 9 DSM-IV criteria for BPD diagnosis (minimum of 5), cases presentled
an average of 6.8 1.2). Off the 10 points in the DIB-R (cut-off point = 8) for BPD
diagnosis cases reached scores of 9 ± 0.8.
The remaining clinical and demographic characteristics that allow us to
conclude that this Southern-Brazilian sample of BPD patients was similar to those
described in the international literature have been presented elsewhere
(Schestatsky et al., 2005a).
Eighteen pairs have completed PBI as to the perceived behavior of their father
(or person with paternal function), and of mother (or person with moternal
function), until patients were 16 years-old. In five other pairs, the case or the
control subject referred not having a person with that function in her life, making
analysis impossible for those pairs.
The mean of cases mother affect, compared to controls, was lower (n = 17;
15.24 vs. 26.47; p = 0.006), while cases parents demonstrated a trend to be
161
perceived as more controlling (18.83 vs. 14.67; p = 0.074) than parents of control
subjects. There were no differences bot for father affect (16.44 vs. 19.89; p =
0.619) and mother control (19.94 vs. 16.53; p = 0.240).
Only one of the cases perceived her father as Type 1 (optimal parenting);
three perceived him as Type 2, and eighteen as Type 3 (controlling and little
affective) the type of parental bonding most frequently associated to
psychopathology. No case has perceived father as negligent.
Three controls described their bonding with fathers as Type 1, six as Type 2,
five as Type 3, and 7 as Type 4.
Regarding mothers, one of cases perceived her mother as Type 1, two as
Type 2, thirteen as Type 3, and five as Type 4. Four controls described their
mothers as Type 1, seven as Type 2, six as Type 3, and four as Type 4.
BPD patients presented significantly more parental bondings perceived as
Type 3 both to their fathers (F 17.606; gl 1; p = 0.0001), and mothers (F 5,052; gl
1; p = 0.03).
According to CTQ scores, cases presented more sexual abuse (p = 0.001)
and physical abuse (p = 0.005) than controls. Different kinds of abuses and
neglects presented significant correlation between them. Emotional abuse, for
example, was correlated to all the others, like physical abuse (Spearman’s rho
coefficient = 0.710), sexual abuse (rho = 0.420), emotional neglect (rho = 0.449),
and physical neglect (rho = 0.419). All correlations can be seen in Table 14.
162
PBI affect cases scores for fathers presented an inverse correlation with
sexual abuse scores (r = -.485; p = 0.022), emotional neglect (r = -.603; p =
0.003), and physical neglect (r = -.426; p = 0.048); and for mothers with the scores
of emotional abuse (r = -.451; p = 0.04), and emotional neglect (r = -.578; p =
0.006). In controls, those correlations were significant regarding emotional abuse
(r = -.441; p = 0.045), emotional neglect (r = -.485; p = 0.026), and physical abuse
(r = -.508; p=0.019) regarding fathers, and with no association regarding mothers.
When different types of parental bonding were compared among themselves
regarding different scores in CTQ, cases with fathers perceived as Type 3 were
reported being more exposed to sexual abuse than those with fathers perceived
as Type 2 (F = 10.943; df = 17; p = 0.001). Since there was only one father
perceived as Type 1, and none perceived as Type 4, this comparison was not
possible.
In the case of mothers, patients with Type 3 mothers were more exposed to
emotional abuse (F = 0.612; df = 13; p = 0.043), had a higher Total Score in CTQ
(F = 5.337, df = 10.1; p = 0.0001), and a trend to higher occurrence of physical
abuse (F = 4.132; df = 13, p = 0.71) when compared to patients with Type 2
mothers. Patients that perceived their mothers as negligent had a trend for a
higher score of emotional neglect compared to patients with Type 2 mothers (F =
0.06; df = 5; p = 0.074). There were no differences with other groups.
In controls, those who perceived their fathers as Type 1 were less exposed to
emotional neglect than who perceived them as Type 3 (F = 6.658; df = 5.2; p =
0.031). Controls who perceived their fathers as Type 2 presented a trend to lower
163
exposure to emotional abuse compared to controls who perceived them as Type 3
(F = 3.81; df = 9; p = 0.058).
DISCUSSION
In the group of cases, presence of lower scores of affect, higher scores of
control, and predominance of Type 3 fathers and mothers (restriction of freedom/
control without affect) agree with available literature, which correlates this kind of
parenting with personality disorders development, especially BPD, as well as other
Cluster B disorders (Favaretto et al., 1997a; Latas et al., 2000; Parker et al., 1999;
Reti et al., 2002a; 2002b; Rey, 1995; Rey et al., 1990; Russ et al., 2003; Zweig-
Frank et al., 1991).
Although sample size may have limited the magnitude of the association, all
those scores replicate literature findings and the hypothesis of the importance of
lack of affect and excess of control/freedom restriction in the contribution for the
genesis of the disorder.
The associations found between scores of PBI and CTQ scores of abuse and
neglect of BPD patients, also replicate literature findings of patterns of attachment
without affect, especially if accompanied by excess of control, in association both
to more difficulties in adulthood adjustment and to higher exposure to childhood
abuse, intrafamiliar and outside the family.
People with trauma, independently of being intra or extra familiar, would be
more subject to psychopathology if they have “Type 3 fathers”, signaling an
interaction effect of the occurrence of early trauma with the quality of the parental
164
bonding. Parental bondings, on the other side, seem to be a factor of resilience for
those traumas, when the present affective bondings are accompanied by
encouragement of child autonomy, which is in line with many psychodynamic and
developmental theories advanced in the last decades.
It is worth mentioning that some studies have demonstrated that the fact of a
child being exposed to abuse does not change her perception of her parents:
children who have been victims of abuse, and siblings who have not been abused,
perceived their parents in a very similar way (Hill et al., 2000; McLaughlin et al.,
2000; Romans et al., 1995). This makes us consider that, in fact, we are also
talking of actual parenting, which may have an important role in terms of risk and
resilience in the development of personality pathologies. On the other hand, it is
likely that higher or lower dysfunction in family contexts and derived attachment
patterns may be among the main mediation factors between occurrence of
childhood traumatic situations and their impact along child development.
165
REFERENCES
1. Adler G. Borderline psycopathology and its treatment. New York: Jason
Aronson; 1985.
2. Aldana LL, Moreno LR, Montó GR, Benavent MA. La influencia de las
emociones en la rememoración de la crianza: un estudio antes-después con el
parental bonding instrument (PBI). Actas Luso-Esp. Neurol. Psiquiatr. 1998;
26: 241-246.
3. Amorin P. Mini international neuropsychiatric interview (MINI): validação de
entrevista breve para transtornos mentais. Rev Bras Psiquiatr 2000; 22: 106-
115.
4. Bernstein DP, Ahluvalia T, Pogge D, Handelsman L. Validity of the childhood
trauma questionnaire in an adolescent psychiatric population. J American
Academy of Child & Adolescent Psychiatry 1997; 36(3): 340-348.
5. Bernstein DL, Fink L. Childhood trauma questionnaire: a retrospective self-
report – Manual. USA: The Psychological Corporation; 1998.
6. Bernstein DP, Handelsman L, Foote J. Initial reliability and validity of a new
retrospective measure of child abuse and neglect. Am J Psychiatry 1994;
151(8): 1132-1136.
7. Bernstein DP, Stein AJ, Newcomb MD, Walker E, Pogge D, Ahluvalia T, et al.
Development and validation of a brief screening version of the childhood
trauma questionnaire. Child Abuse & Neglect 2003; 27: 169-190.
8. Bowlby J. Attachment and loss. Attachment. London: Hogarth Press; 1969. V.
1
9. _____. Attachment and loss: separation, anxiety and anger. London: Hogarth
Press; 1973. V. 2.
10. _____. The making and breaking of affectional bonds. Brit J Psychiat 1977; 30:
201-210.
11. _____. Attachment and loss: loss, sadness and depression. London: Hogarth
Press; 1980. V. 3.
12. _____. Developmental psychiatry comes of age. Am J Psychiatry 1988; 145: 1-
10.
166
13. _____. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto
Alegre: Artes Médicas; 1989.
14. Boyce P, Hickie I, Parker G. Parents, partners or personality? risk factors for
post-natal depression. Journal of Affective Disorders 1991; 21: 245-255.
15. Byrne CP, Velamoor VR, Cernovsky ZZ, Cortese L, Losztyn S. A comparison
of borderline and schizophrenic patients for childhood life events and parent-
child relationships. Can J Psychiatry 1990; 35: 590-595.
16. Cornell DG, Silk KR, Ludolph PS, Lohr NE. Test-retest reliability of the
diagnostic interview for borderlines. Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 1307-1310.
17. Cox BJ, Enns MW, Clara IP. The parental bonding instrument: confirmatory
evidence for a three-factor model in a psychiatric clinical sample and in the
national comorbidity survey. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 2000; 35: 353-
357.
18. Duggan C, Sham P, Minne C, Murray R. Quality of parenting and vulnerability
to depression: results from a family study. Psychological Medicine 1998; 28:
185-191.
19. Enns MW, Cox BJ, Clara I. Parental bonding and adult psycopathology: results
from US national comorbidity survey. Psychological Medicine 2002; 32: 997-
1008.
20. Favaretto E, Torresani S. Parental bonding as a predictive factor for the
development of adult psychiatric disorders. Epidemiol Psichiatr Soc 1997a; 6:
124-138.
21. _____. Parental bonding as a predictive factor for the development of adult
psychiatric disorders. Epidemiol Psichiatr Soc 1997b; 6: 124-138.
22. Fink L, Bernstein DP, Handelsman L, Foote J, Lovejoy M. Initial reliability of the
childhood trauma interview: a new multidimensional measure of childhood
interpersonal trauma. Am J Psychiatry 1995; 152: 1329-1335.
23. Frances A, Clarkin JF, Gilmore M, Hurt SW, Brown R. Reliability of criteria for
borderline personality disorder: a comparison of DSM-III and the diagnostic
interview for borderlines. Am J Psychiatry 1984; 141: 1080-1084.
24. Freud S. Além do princípio do prazer (1920). In: Edição Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora;
1976. V. XVIII. P. 13-85.
167
25. _____. Inibições, sintomas e ansiedade (1926). In: Edição Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora;
1976. V. XX. P. 95-201.
26. _____. Sexualidade feminina (1931). In: Edição Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora;
1974. V. XXI. P. 257-279.
27. _____. Esbôço da Psicanálise (1938). In: Edição Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora;
1975. V. XXIII. P. 165-237.
28. Gomez-Beneyto M, Pedros A, Tomas A, Aguilar K, Leal C. Psychometric
properties of the parental bonding instrument in a Spanish sample. Soc
Psychiatry Psychiatr Epidemiol 1993; 28: 252-255.
29. Grassi-Oliveira R, Pezzi JC, Stein LM. Versão brasileira do Childhood Trauma
Questionnaire (CTQ). São Paulo: Casa do Psicólogo; 2004. No prelo.
30. Grassi-Oliveira R, Stein LM. História de abuso e negligência na infância em um
modelo de predição para o transtorno de estresse s-traumático e distúrbios
psiquiátricos menores no adulto (Dissertação de Mestrado: Programa de Pós-
Graduação em Psicologia da PUCRS). Porto Alegre (RS); 2004.
31. Gunderson J. Borderline personality disorder. Washington, D.C.: American
Psychiatric Press; 1984.
32. Gunderson JG, Kolb JE, Austin V. The diagnostic interview for borderline
patients. Am J Psychiatry 1981; 138: 896-903.
33. Harding TW, Arango MV, Baltazar J, Climent CE, Ibrahim HHA, Ladrido-
Ignacio L. Mental disorders in primary health care: a study of the frequency
and diagnosis in four developing countries. Psychol Med 1980; 10: 231-242.
34. Hill J, Davis R, Byatt M, Burnside E, Rollinson L, Fear S. Childhood sexual
abuse and affective symptoms in women: a general population study.
Psychological Medicine 2000; 30: 1283-1291.
35. Ingram RE, Ritter J. Vulnerabiliy to depression: cognitive reactivity and parental
bonding in high-risk individuals. J Abnorm Psychol 2000; 109: 588-596.
36. Kazarian SS, Baker B, Helmes E. The parental bonding instrument: factorial
structure. Br J Clin Psychol 1987; 26: 231-232.
37. Kitamura T, Suzuki T. A validation study of the parental bonding instrument in a
Japanese population. Jpn J Psychiatry Neurol 1993a; 47: 29-36.
168
38. _____. A validation study of the parental bonding instrument in Japanese
population. Jpn J Psychiatry Neurol 1993b; 47: 29-36.
39. Latas M, Starcevic V, Trajkovic G, Bogojevic G. Predictors of comorbid
personality disorders in patients with panic disorder with agoraphobia. Compr
Psychiatry 2000; 41: 28-34.
40. Links PS, van Reekum R. Childhood sexual abuse, parental impairment and
the development of borderline personality disorder. Can J Psychiatry 1993; 38:
472-474.
41. Lizardi H, Klein DN. Long-term stability of parental representations in
depressed outpatients utilizing the parental bonding instrument. J Nerv Ment
Dis 2005; 193: 183-188.
42. Mackinnon AJ, Henderson AS, Scott R, Duncan-Jones P. The parental
bonding instrument (PBI): an epidemiological study in a general population
sample. Psychological Medicine 1989; 19: 1023-1034.
43. Mari J, Williams PA. A validity study of a psychiatric screening questionnaire
(SRQ-20) in primary care in the city of São Paulo. Br J Psychiatry 1986; 148:
23-26.
44. Martin G, Wait S. Parental bonding and vulnerability to adolescent suicide.
Acta Psychiatrica Scandinavica 1994; 89: 246-254.
45. Masterson J. Borderline and narcissistic disorders. New York: Brunner &
Mazel; 1981.
46. McLaughlin TL, Heath AC, Bucholz KK, Madden PAF, Bierut LJ, Slutske WS,
et al. Childhood sexual abuse and pathogenic parenting in the childhood
recollections of adult twin pairs. Child Abuse & Neglect 2000; 30: 1293-1302.
47. Mulder RT, Joyce PR, Cloninger CR. Temperament and early environment
influence comorbidity and personality disorders in major depression. Compr
Psychiatry 1994; 35: 225-233.
48. Murphy E, Brewin CR, Silka L. The assessment of parenting using the parental
bonding instrument: two or three factors? Psychol Med 1997; 27: 333-341.
49. Narita T, Sato T, Hirano S, Gota M, Sakado K, Uehara T. Parental child-rearing
behavior as measured by the parental bonding instrument in a japanese
population: factor structure and relationship to a lifetime history of depression.
J Affect Disord 2000; 57: 229-234.
169
50. Nickell AD, Waudby CJ, Trull TJ. Attachment, parental bonding and borderline
personality disorder features in young adults. J Personal Disord 2002; 16: 148-
159.
51. Nordahl HM, Stiles TC. Perceptions of parental bonding in patients with various
personality disorders, lifetime depressive disorders, and healthy controls. J
Personal Disord 1997; 11: 391-402.
52. Norusis M. Statistical package for the social sciences (SPSS-X): advanced
statistic guide. Chicago: Mc Graw Hill; 1986.
53. Paris J, Zweig-Frank H. Parental bonding in borderline personality disorder. In:
Paris J, editor. Borderline Personality disorder, etiology and treatment.
Washington: American Psychiatric Press; 1993.
54. Parker G. Parental characteristics in relation to depressive disorders. Brit J
Psychiat 1979; 134: 138-147.
55. _____. Parental 'affectionless control' as an antecedent to adult depression.
Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 956-960.
56. _____. Validating an experiential measure of parental style: the use of a twin
sample. Acta Psychiatr. Scand. 1986: 73: 22-27.
57. _____. The parental bonding instrument: psychometric properties reviewed.
Psychiatr Dev 1989; 7: 317-335.
58. Parker G, Hayward L, Johnston P. Factorial validity of the EE scales. Psychol
Med 1989; 19: 435-446.
59. Parker G, Roy K, Wilhelm K, Mitchell P, Austin MP, Hadzi-Pavlovic D. An
exploration of links between early parenting experiences and personality
disorder type and disordered personality functioning. J Personal Disord 1999;
13: 361-374.
60. Parker G, Tupling H, Brown LB. A parental bonding instrument. British Journal
of Medical Psychology 1979; 52: 1-10.
61. Qadir F, Stewart R, Khan M, Prince M. The validity of the parental bonding
instrument as a measure of maternal bonding among Pakistani women. Social
Psychiatry and Psychiatry Epidemiology 2005; 40: 276-282.
62. Reti IM, Samuels JF, Eaton WW, Bienvenu OJ3rd, Costa PT Jr, Nestadt G.
Adult antisocial personality traits are associated with experiences of low
parental care and maternal overprotection. Acta Psychiatr Scand 2002a, 106:
126-133.
170
63. _____. Influences of parenting on normal personality traits. Psychiatry Res
2002b; 111: 55-64.
64. Rey JM. Perceptions of poor maternal care are associated with adolescent
depression. J Affect Disord 1995; 34: 95-100.
65. Rey JM, Plapp JM. Quality of perceived parenting in oppositional and conduct
disordered adolescents. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1990; 29: 382-
385.
66. Romans SE, Martin JL, Anderson JC, O'Shea ML, Mullen PE. Factors that
mediate between child sexual abuse and adult psychological outcome.
Psychological Medicine 1995; 25: 127-142.
67. Russ E, Heim A, Westen D. Parental bonding and personality pathology
assessed by clinician report. J Personal Disord 2003; 17: 522-536.
68. Sato T, Narita T, Hirano S, Kusunoki K, Sakado K, Uehara T. Confirmatory
factor analysis of the parental bonding instrument in a japanese population.
Psychol Med 1999; 29: 127-133.
69. Sato T, Sakado K, Uehara T, Narita T, Hirano S, Nishioka K, et al.
Dysfunctional parenting as a risk factor to lifetime depression in a sample of
employed Japanese adults: evidence for the 'affectionless control' hypothesis.
Psychological Medicine 1998; 28: 737-742.
70. Schestatsky SS, Abreu PB, Ceitlin LH. Confiabilidade da versão brasileira da
entrevista diagnóstica revisada para transtorno borderline; 2003. Manuscrito
não publicado.
71. Scinto A, Marinangeli MG, Kalyvoka A, Daneluzzo E, Rossi A. The use of the
italian version of the parental bonding instrument (PBI) in a clinical sample and
in a student group: an exploratory and confirmatory factor analysis study.
Epidemiol Psichiatr Soc 1999; 8: 276-283.
72. Sheehan DV, Lecrubier Y, Sheehan KH, Amorim P, Janavs J, Weiller E, et al.
The mini international neuropsychiatric interview (MINI): the development and
validation of a structured diagnostic psychiatric interview for DSM-IV and ICD-
10. J Clin Psychiatry 1998; 59(20): 22-33.
73. Sroufe LA. Infant-caregiver attachment and patterns of adaptation in preschool:
the roots of maladaptation and competence. In: Perlmutter M, editor.
Minnesota Symposium in Child Psychology. Minneapolis: University of
Minnesota Press; 1983.
171
74. Sroufe LA. Attachment classification from the perspective of infant-caregiver
relationships and infant temperament. Child Dev 1985; 56: 1-14.
75. Wilhelm K, Niven H, Parker G, Hadzi-Pavlovic D. The stability of the parental
bonding instrument over a 20-year period. Psychological Medicine 2005; 35:
387-393.
76. Zanarini MC, Gunderson JG, Frankenburg FR. The revised diagnostic
interview for borderlines: discriminating BPD from other axis II disorders. J
Personal Disord 1989; 3: 10-18.
77. Zanarini MC, Frankenburg FR, Vujanovic AA. Inter-rater and test-retest
reliability of the revised diagnostic interview for borderlines. J Personal Disord
2002; 16(3): 270-276.
78. Zweig-Frank H, Paris J. Parents' emotional neglect and overprotection
according to the recollections of patients with borderline personality disorder.
Am J Psychiatry 1991; 148: 648-651.
172
ARTIGO 2 – PORTUGUÊS
ASSOCIAÇÃO ENTRE DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BORDERLINE, QUALIDADE PERCEBIDA DO VÍNCULO
COM OS PAIS E ABUSO E NEGLIGÊNCIA
NA INFÂNCIA: ESTUDO CASO-CONTROLE EM UMA AMOSTRA SUL-
BRASILEIRA DE PACIENTES MULHERES
173
ASSOCIAÇÃO ENTRE DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BORDERLINE, QUALIDADE PERCEBIDA DO VÍNCULO
COM OS PAIS E ABUSO E NEGLIGÊNCIA
NA INFÂNCIA: ESTUDO CASO-CONTROLE EM UMA AMOSTRA SUL-
BRASILEIRA DE PACIENTES MULHERES
ASSOCIATION BETWEEN BORDERLINE PERSONALITY DISORDER
DIAGNOSE, PERCEIVED PARENTAL BONDING, AND ABUSE AND NEGLECT
IN CHILDHOOD: A CASE-CONTROL STUDY IN A SOUTH-BRAZILIAN
SAMPLE OF FEMALE PATIENTS
Sidnei S. Schestatsky
1
, Lúcia H. Ceitlin
1
, Paulo Belmonte de Abreu
1
,
Simone Hauck
2
1
Professores Adjuntos do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Médicos-Assistentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
2
Médica Psiquiatra Contratada do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
174
RESUMO
Introdução: Desde os estudos de Freud, que constituíram os pilares do
desenvolvimento da teoria psicanalítica, o papel da relação com os pais na
infância no desenvolvimento da personalidade normal e de diversas
psicopatologias, tem sido foco de inúmeros estudos. A psicologia do
desenvolvimento, por usa vez, também enfatizou os aspectos relacionados ao
afeto e ao controle (com restrição de autonomia) como sendo básicos na
formação da personalidade, particularmente quando se pensa em risco e
resiliência. Ausência de afeto, principalmente associada ao excesso de controle,
tem sido relacionada às mais diversas patologias, dentre as quais os transtornos
de personalidade como o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Não
existem, porém, estudos que investiguem esta associação em nosso meio.
Método: Fizeram parte do estudo 23 casos com TPB que tiveram o diagnóstico
confirmado tanto clinicamente (DIB-IV) como pela Revised Diagnostic Interview
for Borderlines (DIB-R) e seus controles sem doença mental. A qualidade do
vínculo com pais foi inferida através do Parental Bonding Instrument (PBI) e a
exposição a traumas psicológicos (abuso emocional, abuso físico, abuso sexual,
negligência emocional e negligência física), entre as idades de zero e 16 anos,
através do Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI). Resultados: Os
casos apresentaram presença de escores inferiores de afeto materno e escores
superiores de controle paterno, assim como uma predominância de pais e mães
do Tipo 3 (restrição de liberdade/ controle sem afeto). Encontrou-se, também,
associação entre a ocorrência de abusos e negligência na infância com a
175
percepção de pais menos afetivos e mais controladores. Discussão: Em
concordância com outros achados da literatura, também em uma população sul-
brasileira de mulheres as associações encontradas entre os escores do PBI e os
escores de abuso e negligência do CTQ, bem como a presença maior de
ausência de afeto acompanhada de excesso de controle nos casos, indicam que
a qualidade do vínculo com os pais está associada não somente a maiores
dificuldades de ajustamento na vida adulta, o que inclui a ocorrência de TPB,
quanto à maior exposição a abuso e negligência na infância – apontando para um
efeito somatório da ocorrência de traumas precoces com a qualidade do vínculo
com os pais no desenvolvimento de psicopatologia.
Palavras-chave: vínculo parental, falta de afeto, excesso de controle, traumas na
infância, resiliência.
176
ABSTRACT
Introduction: Since Freud’s studies, the crucial role of parental-child relationship
for normal personality and/or psychopathology development has been the focus of
several studies. Developmental psychology has also emphasized the importance
of affection and control, particularly when considering risk factors and resilience.
Lack of affection, especially when combined with an excess of control/ restriction
of autonomy, has been associated with adulthood psychopathology, including both
personality disorders as whole and borderline personality disorder (BPD).
However, there are no studies that investigate this association in a Portuguese
speaking population. Method: Twenty-three patients that had the diagnosis of
BPD confirmed both clinically (DSM-IV) and through the Revised Diagnostic
Interview for Borderlines (DIB-R), along with their 23 healthy controls, took part
in the study. Perceived parental bonding quality was inferred through Parental
Bonding Instrument (PBI), while the occurrence of psychological traumas
(emotional abuse, physical abuse, sexual abuse, emotional neglect and physical
neglect), between the ages of zero and 16 years-old has been assessed by
Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Results: Cases presented less maternal
affection and a tendency of more paternal control, besides more type three
mothers and fathers than controls. In addition, there was also an association
between occurrence of psychological trauma in childhood and lack of affection and
excess of control as measured by PBI. Discussion: In accordance with the
literature, those findings suggest that the quality of parental bodings are related
both to more adjustment difficulties in adulthood, which includes the occurrence of
177
BPD, anf to the occurrence of more abuse and neglect in childhood, implying an
additive effect of trauma occurrence and parental bonding in psychopathology
development.
Key words: parental bonding, lack of affection, excess of control, trauma,
resilience.
178
INTRODUÇÃO
A importância atribuída à relação com os pais na infância, no
desenvolvimento da personalidade, tem sido um dos pilares da psicanálise desde
o início do século passado (Freud, 1920, 1926, 1931, 1938). Também a psicologia
do desenvolvimento enfatizou os aspectos relacionados ao afeto e ao controle
como sendo componentes principais da qualidade desta relação, tendo os
estudos de John Bowlby, na década de setenta (Bowlby 1969; 1973; 1980),
contribuído decisivamente para as pesquisas nesta área. Diversos autores têm
salientado o papel desses vínculos como essencial no desenvolvimento do
Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), (Adler, 1985; Gunderson, 1984;
Links e van Reekum, 1993; Masterson, 1981; Paris e Zweig-Frank, 1993).
A experiência clínica revela que esses pacientes com freqüência descrevem
relações marcadamente disfuncionais com os pais na infância, tendo a ausência
de resposta dos cuidadores às necessidades físicas e emocionais da criança sido
foco de especial atenção (Adler, 1985). Frente a estresses na vida adulta, e aos
sentimentos negativos a eles associados, o paciente com TPB não disporia de um
efeito neutralizador adequado por parte da representação mental de “bons pais
internos”, que pudessem ter sido introjetados na infância, e seria mais facilmente
inundado por afetos que ficariam fora de controle. A falta de resposta parental
também poderia levar a um grave dano na auto-estima da criança, com a
conseqüente dificuldade de ela vir a preencher, no futuro, a ausência afetiva
parental através de relações substitutivas mais adequadas. Permaneceria uma
179
tendência a recapitular a relação parental deficiente, condicionando futuras
escolhas de parceiros e reforçando, no paciente, sua excessiva sensibilidade a
vivências de rejeição. Com a repetida dissolução das relações interpessoais,
comuns nos pacientes TPB, a sensação de disforia poderia chegar a níveis
intoleráveis e a impulsionar o paciente para alguma forma desesperada de ão,
na tentativa de obter alívio o mais rápido possível como o uso de substâncias
psicoativas, automutilações ou tentativas de suicídio (Gunderson, 1984; Paris e
Zweig-Frank).
A teoria do apego (Bolwby, 1969) postulou existir um comportamento inato da
criança de buscar seu cuidador, principalmente em situações sentidas como de
medo e perigo. Esse comportamento predominaria nos três primeiros anos de
vida, ressurgindo na vida adulta sempre que o indivíduo estiver doente, com medo
ou em situações de mudanças significativas. Relações atuais podem ser tanto
influenciadas positivamente, como estarem completamente distorcidas, pelas
experiências infantis com os pais. Nos primeiros anos de vida, o padrão de
relacionamento introjetado estaria ainda sujeito a mudanças maiores, mas agora
muito mais dependentes do comportamento dos pais em relação à criança do que
de características “inatas” desta (mesmo que as últimas também sejam
importantes, principalmente em termos de resiliência) (Sroufe, 1985). Uma vez
estabelecido um padrão relacional precoce, ele tende a persistir, a não ser que
ocorra algum tipo de intervenção terapêutica que o altere (Sroufe, 1983).
A relação da criança com seus pais é influenciada por três aspectos
principais: 1) características da criança; 2) características dos pais; e 3) a relação
dinâmica entre elas. Além do comportamento da criança, a resposta dos pais em
180
estarem atentos, disponíveis, sensíveis às necessidades da criança e dispostos a
confortá-la amorosamente quando esta vai em busca de proteção, sem limitar sua
autonomia, seria crucial no desenvolvimento da personalidade. Os pais
funcionariam como uma “base segura”, resultando, na criança, sentimentos
equivalentes de segurança e competência para explorar e se relacionar com o
mundo. O indiduo, ao se tornar mais confiante e esperançoso, teria aumentada
sua capacidade para enfrentar eventuais fracassos e obstáculos, e estaria assim
mais “resistente” a situações adversas, capaz de se ajudar e ser ajudado (Bowlby,
1977; 1988; 1989; Sroufe, 1983) .
Uma das formas de avaliar a qualidade do vínculo entre a criança e seus pais
é através do padrão de comportamento dos pais, o que foi observado e validado
em vários estudos de seguimento (Sroufe, 1985). O Parental Bonding Instrument
(PBI) foi desenvolvido para medir a contribuição dos pais nesse vínculo (Parker,
Tupling e Brown, 1979), tendo sido amplamente utilizado nas últimas décadas.
Um dos achados mais consistentes foi que a falta de afeto parental,
principalmente quando associada ao excesso de controle (“affectionless control”),
estaria associada à variadas patologias na vida adulta como depressão,
ansiedade, suicídio e transtornos de personalidade (Boyce, Hickie e Parker, 1991;
Duggan, Sham, Minne e Murray, 1998; Enns e Clara, 2002; Favaretto e Torresani,
1997b; Ingram e Ritter, 2000; Mackinnon, Henderson, Scott e Duncan-Jones,
1989; Martin e Wait, 1994; Nickell, Waudby e Trull, 2002; Nordahl e Stiles, 1997;
Parker, 1979, 1983; Parker et al., 1999; Sato et al., 1998).
Recentemente, a estabilidade do PBI foi testada em uma coorte de 20 anos
de uma população não clínica. Controlando para gênero, saúde física e mental
181
(incluindo alterações de humor e neuroticismo), aspectos do estilo de vida,
trabalho, rede social e eventos de vida significativos (o nascimento de filhos, no
período, foi uma variável analisada independentemente), demonstrou-se que o
PBI era um instrumento psicometricamente robusto, estável ao longo do tempo e
com mínima influência das variáveis estudadas o que o consolidou como um
instrumento útil em pesquisas de fatores de risco e resiliência (Wilhelm, Niven,
Parker e Hadzi-Pavlovic, 2005).
O PBI foi adaptado, validado e utilizado em diversas culturas, sem alteração
significativa do constructo. (Gomez-Beneyto, Pedros, Tomas, Aguilar e Leal,
1993; Kitamura e Suzuki, 1993b; Qadir, Stewart, Khan e Prince, 2005). Outros
estudos demonstraram que fatores emocionais e alterações de humor pareceram
não afetar a percepção desses vínculos, mesmo quando o instrumento foi
primariamente aplicado em populações gravemente doentes e replicado após
intervalos consideráveis de tempo. (Aldana, Moreno, Montó e Benavent, 1998;
Lizardi e Klein, 2005).
Uma teoria que levasse em conta a negligência como fator etiológico central
no desenvolvimento do TPB, teria a vantagem de estar em concordância com os
relatos clínicos desses pacientes; no entanto, como qualquer teoria, necessitaria
acumular evidências empíricas para tanto. Além disso, o papel das características
inatas da pessoa e a interação com outros tipos de trauma, seja por efeito aditivo
ou como conseqüência de falhas no apego, também teriam que ser consideradas.
Existem poucos estudos investigando a associação do vínculo parental com o
diagnóstico de TPB – e nenhum deles em populações de língua portuguesa.
Alguns dos estudos assinalaram a relevância destes vínculos no desenvolvimento
182
dos transtornos de personalidade em geral, ou em comorbidade com outros
diagnósticos do eixo I.
Reti e colaboradores evidenciaram a importância da percepção da qualidade
dos vínculos parentais no desenvolvimento de traços normais de personalidade
(Reti et al., 2002a; 2002b; Rey e Plapp, 1990; Russ, Heim e Westen, 2003). Byrne
e colegas avaliaram aspectos relacionados às experiências infantis de quinze
pacientes com o diagnóstico de TPB e quatorze com o de esquizofrenia (segundo
o DSM-III), através da aplicação mascarada do “Childhood Life Events and Family
Characteristics Questionnaire” e do “Parental Bonding Instrument”. Quando
comparados com os esquizofrênicos, os pacientes borderline relataram
significativamente mais abuso sexual esico, mais separações precoces das
suas mães, mais criminalidade parental e controle paterno e menos afeto
materno. Em comparação com a população normal, receberam significativamente
menos afeto e foram mais superprotegidos por ambos os pais (Byrne, Velamoor,
Cernovsky, Cortese e Losztyn, 1990).
Um estudo em pacientes com pânico evidenciou excesso de controle como
preditor de co-morbidade com transtorno de personalidade, especialmente o TPB
(Latas, Starcevic, Trajkovic e Bogojevic, 2000). Outro estudo, com 108 pacientes
deprimidos internados, constatou que os com diagnóstico associado de
Transtorno de Personalidade percebiam os pais como sendo menos afetivos
(Mulder, Joyce e Cloninger, 1994) .
Finalmente, um estudo de 62 pacientes com diagnóstico de TPB e 99
controles (pacientes sem o diagnóstico), recrutados em um hospital geral e em
um centro de saúde mental para universitários, encontrou que pacientes com TPB
183
lembravam tanto de seus pais como de suas mães como menos afetivos e mais
controladores, corroborando a hipótese psicodinâmica da importância da
chamada falha biparental no desenvolvimento desta psicopatologia (Zweig-Frank
e Paris, 1991). Não existem estudos que avaliem estas variáveis em pacientes
com diagnóstico de TPB em nosso meio.
MÉTODO
Delineamento
Desenvolveu-se um estudo caso-controle pareado, tendo como desfecho o
diagnóstico de TPB e como fatores de risco: 1) a qualidade do nculo percebido
com os pais na infância; e 2) a exposição a traumas psicológicos entre as idades
de zero e 16 anos (abuso emocional, abuso sico, abuso sexual, negligência
emocional e negligência física).
Sujeitos
Foram incluídos pacientes com diagnóstico clínico de Transtorno de
Personalidade Borderline, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos, que
estavam internados ou em tratamento ambulatorial em dois hospitais da cidade de
Porto Alegre
1
e de um Posto de Saúde da cidade de Novo Hamburgo, no estado
do Rio Grande do Sul, Brasil, durante o período de 2003 e 2004, e que tiveram o
diagnóstico confirmado pela Revised Diagnostic Interview for Borderlines (DIB-
R), (escore 8) (Zanarini et al., 1989), versão em português (Schestatsky et al.,
2003).
1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas de Porto Alegre.
184
Os critérios de exclusão foram inteligência clinicamente abaixo da média,
presença de quadros orgânico-cerebrais agudos ou crônicos e diagnósticos atual
de Esquizofrenia ou de Transtorno Bipolar I. Os controles foram selecionados
aleatoriamente de listas de funcionários do HCPA e do Hospital de Pronto Socorro
de Porto Alegre, sendo pareados por sexo, idade 1 ano), escolaridade e classe
sócio-econômica.
Utilizou-se o Self Report Questionnaire (SRQ-20), (Harding et al., 1980), em
versão para o português brasileiro (Mari e Williams, 1986), a DIB-R e a MINI (Mini
International Neuropsychiatric Interview) traduzida para o português (Amorin,
2000), para exclusão de transtornos psiquiátricos no grupo controle.
Os sujeitos foram entrevistados individualmente e o preenchimento dos
instrumentos, mesmos os auto-aplicáveis, foi assessorado pelos entrevistadores.
As entrevistas foram realizadas em ambiente hospitalar por profissionais de saúde
mental habituados a lidar com este tipo de paciente tanto no que diz respeito aos
casos como aos controles. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre e todos os participantes concordaram em participar do
estudo, assinando consentimento esclarecido.
Instrumentos
a) Protocolo: Entrevista semi-estruturada com a finalidade de registrar dados
demográficos gerais (idade, cor, estado civil, escolaridade, profissão) e
informações sobre história das doenças atual e passadas, presença e qualidade
de fatores desencadeantes, história e tipo de tratamentos anteriores, entre outros.
185
O nível sócio-econômico foi definido pela Escala para Nível Sócio-Econômico, da
Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (www.anep.org.br).
b) Revised Diagnostic Interview for Borderlines (DIB-R): O DIB-R coleta
dados em quatro áreas consideradas importantes para o diagnóstico de TPB
(Afeto, Cognição, Padrões de ão Impulsiva e Relacionamentos Interpessoais).
Avaliam-se 97 itens relacionados com o modo como o paciente sentiu, pensou e
agiu nos últimos dois anos, baseado nas informações do paciente e
complementado por dados de familiares ou prontuários (Zanarini et al., 1989).
Numerosos estudos evidenciaram níveis adequados de confiabilidade do DIB
(Cornell et al., 1981; Frances et al., 1984; Gunderson et al., 1981), no diagnóstico
de TPB, sendo que o DIB-R apresentou uma eficiência diagnóstica ainda maior
que o DIB (Zanarini et al., 1989) e sua confiabilidade foi confirmada: 0.80 a 0.99
na confiabilidade de base (N=45), 0.87 a 0.97 na confiabilidade de teste-reteste
(N=30) e 0.86 a 0.97 na confiabilidade de seguimento (N=48), (Zanarini et al.,
2002).
c) Self Report Questionnaire (SRQ-20): Questionário para identificar transtornos
psiquiátricos em atenção primária (Harding et al., 1980), tendo sido validado em
estudos internacionais e nacionais (Mari e Williams, 1986), com sensibilidade
variando de 62.9% a 90% e especificidade de 44% a 95%. Compõe-se de 20
questões do tipo sim/não, quatro sobre sintomas físicos e 16 sobre distúrbios
“neuróticos”. O ponto de corte utilizado para a definição de caso foi a 8. Igual ou
abaixo de 7 foi considerado um “não-suspeito”.
d) MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview): Traduzido para o
português (Amorin, 2000), é uma entrevista estruturada breve para classificar
186
doenças psiquiátricas maiores. Estudos de validade e confiabilidade comparando
o MINI com o SCID-P (Structured Clinical Interview for DSM-III-R Diagnoses) e o
CIDI (Composite International Interview for CID-10) mostraram que o MINI não só
tem níveis aceitavelmente altos nestes parâmetros (valores kappa entre 0.51 a
0.90); sensibilidade 0.70; especificidade e valores preditivos negativos 0.85),
como possui um tempo de aplicação bem menor (média de 18,7 ± 16 min.,
mediana de 15 minutos) (Sheehan et al., 1998).
e) O Parental Bonding Instrument (PBI): Questionário auto-aplicável tipo Likert
(0 a 3) com 25 perguntas em relação ao pai e a mãe, em que o sujeito responde o
quanto o comportamento descrito é parecido com o que lembra do
comportamento dos pais, até quando tinha 16 anos de idade. Foi elaborado em
1979, através de análises fatoriais sucessivas a partir 114 itens retirados da
literatura e considerados qualidades parentais importantes para o
desenvolvimento normal (Parker, 1979). O PBI mede dois constructos: 1) afeto,
mais consistente e claramente “bipolar” (afeto, calor, disponibilidade, cuidado,
sensibilidade versus frieza e rejeição); e 2) controle ou proteção (controle,
intrusão versus encorajamento da autonomia).
No estudo original com o instrumento de 25 perguntas (12 afeto e 13
proteção), a confiabilidade foi de 0,704 (p<0,001), confiabilidade teste-reteste de
0,761 para escala de afeto e de 0,628 para a de controle/proteção. A validade
concorrente contra entrevista clínica (2 entrevistadores com confiabilidade entre
juízes de 0,851, em relação ao afeto e 0,688 para proteção) foi 0,77 para escala
de afeto e 0,5 para a de controle/proteção. As mães eram mais afetivas (26,8 x
22,9) e levemente mais controladoras (14,7 x 11,9), mas o sexo do respondedor
187
não influiu na qualidade do nculo, ou seja, os pais eram percebidos da mesma
forma”, por homens e mulheres. Não houve diferença em relação a diferentes
classes sociais (Parker, 1979, 1986, 1989) .
Utilizando-se os pontos de corte sugeridos pelo estudo de validação de
Sidney, pode-se dividir a percepção do vínculo com os pais em quatro tipos: Tipo
1, ou parentagem ótima (afeto sem restrição de liberdade), Tipo 2, ou controle
afetivo (afeto com restrição de liberdade/controle), Tipo 3, ou controle sem afeto
(restrição de liberdade/controle na ausência de afeto) e Tipo 4, ou negligente
(ausência de afeto e sem restrição de liberdade/controle).
f) O Childhood Trauma Questionnaire (CTQ): Questionário retrospectivo, auto-
aplicável, com 28 itens, que objetivam mensurar abusos e negligência na infância
e na adolescência. Vinte e cinco questões avaliam abuso emocional (AE), físico
(AF) e sexual (AS), assim como negligência emocional (NE) e física (NF). Os
outros três itens constituem uma subescala de “Minimização/Negação”, que busca
controlar as respostas com confiabilidade questionável. Cada uma destas cinco
subescalas é composta de cinco afirmações que começam com a frase “enquanto
eu crescia...”, e são graduadas em uma escala Likert de cinco pontos, tendo como
extremos “Nunca” e “Sempre”. A escala fornece, portanto, escores contínuos que
variam de 5 a 25 pontos em separado para cada uma das subescalas (AE, AF,
AS, NE, NF), e um escore total (25 a 125) que é a soma destas subescalas
(Bernstein e Fink, 1998; Bernstein et al., 2003).
O CTQ teve coeficientes de consistência interna bastante favoráveis, sendo
as subescalas de abuso sexual (alfas de 0.93 a 0.95) e de negligência emocional
(0.82 a 0.92) as mais confiáveis. Abuso emocional (alfas de 0.84 a 0.89) e abuso
188
físico (0.81 a 0.86) têm uma confiabilidade aceitável, e apenas negligência física
(0.63 a 0.78) possui uma consistência interna marginal (Bernstein et al., 1994;
Fink et al., 1995). Estudos sobre a validade do CTQ também apresentaram
resultados consistentes (Bernstein et al., 1997). A versão para o português
brasileiro foi traduzida e validade por Grassi e colabores, com o nome de
Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI), demonstrando boa
confiabilidade, com um alfa de 0,87 (Grassi-Oliveira et al., 2004; Grassi-Oliveira e
Stein, 2004).
Análise estatística
As variáveis quantitativas foram descritas através da média e desvio padrão.
Havendo assimetria, obteve-se a mediana e a amplitude interquartil. Nas
variáveis categóricas, descreveram-se freqüências absolutas e percentuais. Os
grupos de casos e controles foram comparados com o Teste t de Student para
amostras emparelhadas (variáveis contínuas simétricas) e o Teste t de Wilkoxon
(variáveis assimétricas e ordinais de escala pequena).
Nas comparações de variáveis dicotômicas entre os grupos, empregou-se o
Teste t de McNemar. No caso das comparações dentro do mesmo grupo,
envolvendo variáveis categóricas independentes, utilizou-se o Teste de Qui-
quadrado de Pearson e o Teste Exato de Fisher quando indicado. Na mesma
situação, sendo as variáveis quantitativas, usaram-se o Teste t de Student (para
amostras independentes) e o Teste U de Mann-Whitney nas situações de
assimetria. Onde necessário, e quando o tamanho da amostra permitiu,
realizaram-se regressões logísticas e análises multivariadas para controlar e
189
avaliar a influência das diferentes variáveis examinadas. O nível de significância
para os testes foi de P=0.05 e todos os lculos foram realizados pela versão
Windows para o programa SPSS, edição 12.0 (Norusis, 1986).
RESULTADOS
Trinta casos foram recrutados para avaliação, todos por acaso do sexo
feminino. Destes, dois foram excluídos por apresentarem diagnósticos clínicos
atuais de TAB I e dois por não terem confirmado o diagnóstico de TPB, ficando
uma amostra final de 26 casos. Do grupo dos controles, 3 apresentaram SRQ
maior que 8 (2 com diagnósticos de Depressão Maior e 1 com Transtorno de
Ansiedade Generalizada) e 4 se recusaram a participar do estudo. A amostra final
foi composta de 23 pares de casos e controles. Nenhum dos casos ou controles
excluídos apresentou, do ponto de vista demográfico, diferenças em relação aos
que permaneceram no estudo.
Não houve diferenças quanto à idade, cor, escolaridade e classe social, entre
casos e controles. Os dois grupos também não diferiram nem em relação ao
estado civil (solteiros, casados, separados), nem quanto ao número de
companheiros, número de separações ou quanto ao fato de estar morando
sozinho ou não. Embora a renda familiar não evidenciasse diferença, isto ocorreu
em relação à renda individual (p= 0.000). Dados mais detalhados podem ser
vistos na Tabela 1.
190
Entre os 9 critérios do DSM-IV para o diagnóstico de TPB (mínimo de 5), os
casos preencheram em média 6.8 ± 1.2. Dos 10 pontos no DIB-R (ponto de corte
= 8) para o diagnóstico de TPB, os casos alcançaram 9 ± 0.8.
As demais características clínicas e demográficas que nos permitiram concluir
que esta amostra sul-brasileira de pacientes com Transtorno de Personalidade
Borderline era semelhante àquelas descritas na literatura internacional, foram
apresentadas em outra publicação (Schestatsky et al., 2005a).
Dezoito pares preencheram o PBI quanto ao comportamento percebido do pai
(ou outra figura com a função paterna) até os 16 anos de idade e 17 quanto à
mãe (ou figura com função materna). Nos demais pares, ou o caso ou o controle
referiram não ter havido uma figura com aquela função em sua vida,
impossibilitando a análise para aquele par.
A média de afeto materno dos casos, em relação aos controles, foi menor
(n=17; 15,24 x 26,47; p=0,006), enquanto que os pais demonstraram uma
tendência a ser percebidos como mais controladores (18,83 x 14,67; p=0,074) que
os dos controles. Não houve diferenças quanto ao afeto paterno (16,44 x 19,89;
p=0,619), nem quanto ao controle materno (19,94 x 16,53; p=0,240).
Apenas um dos casos percebeu o pai como do Tipo 1 (parentagem ótima),
três como Tipo 2 e dezoito perceberam o pai como sendo do Tipo 3 (controlador e
pouco afetivo) o tipo de parentagem mais freqüentemente associado à
psicopatologia. Nenhum dos casos percebeu o pai como negligente.
Três dos controles descreveram o vínculo com seu pai como Tipo 1, seis
como Tipo 2, apenas cinco como Tipo 3 e sete como sendo do Tipo 4.
191
Em relação às mães, um dos casos percebeu a mãe como Tipo 1, dois como
Tipo 2, treze como Tipo 3 e cinco sendo do Tipo 4. Quatro controles descreveram
a mãe como Tipo 1, sete como Tipo 2, seis como Tipo 3 e quatro como sendo do
Tipo 4.
As pacientes com diagnóstico de TPB apresentaram mais vínculos
percebidos como Tipo 3, tanto em relação aos pais (F 17,606; gl 1; p=0,0001),
quanto às mães (F 5,052; gl 1; p=0,03).
De acordo com os escores do CTQ, os casos exibiram mais abuso sexual
(p=0.001) e mais abuso físico (p=0.005) do que os controles. Os diferentes tipos
de abuso e negligência encontrados evidenciaram correlações significativas uns
com os outros. Abuso emocional, por exemplo, correlacionou-se com todos os
demais, como abuso físico (rho=0.710; p<0,01), abuso sexual (rho=0.420;
p<0,05), negligência emocional (rho=0.449; p<0,05) e negligência física
(rho=0.419; p<0,05) (Tabela 14).
Os escores de afeto do PBI tiveram correlação inversa com os escores de
abuso sexual (r=-,485; p=0,022), negligência emocional (r=-,603; p=0,003) e
negligência física (r=-,426; p=0,048) em relação aos pais, e com os escores de
abuso emocional (r=-, 451; p=0,04) e negligência emocional (r=-, 578; p=,006) em
relação às mães das pacientes com TPB. Nos controles, essas correlações foram
significativas em relação aos escores de abuso emocional (r=-, 441; p=,045),
negligência emocional (r=-,485; p=,026) e abuso sico (r=,508; p=,019) no caso
dos pais, não havendo associações significativas com as mães.
192
Quando os diferentes tipos de parentagem dos casos foram comparados
entre si, em relação aos diferentes escores do CTQ, os casos com pais
percebidos como Tipo 3 relataram terem estados mais expostos a abuso sexual
do que os com pais percebidos como Tipo 2 (F=10,943; df=17; p=0,001). Como
havia apenas um pai percebido como Tipo 1, nenhum como tipo 4, esta
comparação não foi feita.
No caso das mães, as pacientes com mães do Tipo 3 foram
significativamente mais expostas a abuso emocional (F=0,612; df=13; p=0,043),
tiveram um escore total na CTQ mais elevado (F=5,337, df=10,1; p=0,0001) e
uma tendência a maior ocorrência de abuso sico (F=4,132; df=13, p=0,71) em
relação às pacientes com mãe do Tipo 2. Pacientes que perceberam suas mães
como negligentes, tiveram uma tendência a um maior escore de negligência
emocional em relação às com mães do Tipo 2 (F=0,06; df=5; p=0,074). Não
houve diferenças significativas em relação às comparações entre os demais tipos.
No caso dos controles, os que perceberam seus pais como Tipo 1 foram
menos expostos à negligência emocional do que aqueles que os perceberam
como Tipo 3 (F=6,658; df=5,2; p=0,031). Os controles que perceberam o pai como
Tipos 2 tiveram uma tendência à menor exposição a abuso emocional quando
comparados aos que perceberam seus pais como sendo do Tipo 3 (F=3,81; df=9;
p=0,058).
193
DISCUSSÃO
Tanto a presença de escores inferiores de afeto e superiores de controle,
quanto à predominância de pais e mães do Tipo 3 (restrição de liberdade/controle
sem afeto) nos casos, confirmam os achados da literatura que relacionam este
tipo de parentagem ao desenvolvimento de transtornos de personalidade,
especialmente o TPB e outros transtornos do grupo B (Favaretto et al., 1997a;
Latas et al., 2000; Parker et al., 1999; Reti et al., 2002a; 2002b; Rey, 1995; Rey et
al., 1990; Russ et al., 2003; Zweig-Frank et al., 1991).
Embora o tamanho da amostra possa ter limitado a magnitude da associação,
todos estes escores estão de acordo com a literatura e com a hipótese da
importância da falta de afeto e do excesso de controle/restrição de liberdade na
contribuição da gênese do transtorno.
As associações encontradas entre os escores do PBI e os escores de abuso
e negligência do CTQ, nas pacientes com diagnóstico de TPB, estão de acordo
com outros achados da literatura, que evidenciam que o vínculo sem afeto,
principalmente se acompanhado de excesso de controle, está associado não
somente a maiores dificuldades de ajustamento na vida adulta quanto à maior
exposição a abuso na infância, tanto intrafamiliar quanto por pessoa não
conhecidas da família.
Pessoas com traumas, independentemente do mesmo ser intra ou extra-
familiar, estariam mais sujeitas à psicopatologia se tiverem pais do Tipo 3,
apontando para um efeito somatório entre a ocorrência de traumas precoces e a
qualidade do vínculo com os pais. Na outra direção, os vínculos parentais
194
parecem ser um fator de resiliência para estes traumas, quando caracterizados
por mais afeto e com o encorajamento da autonomia da criança, o que estaria de
acordo com diversas teorias psicodinâmicas e desenvolvimentais propostas nas
últimas décadas.
Uma das limitações dos achados poderia ser uma distorção acentuada na
descrição que os pacientes podem ter feito dos seus vínculos com os pais, devido
a vieses de recordação ou da própria psicopatologia borderline. Diversos estudos
demonstraram, no entanto, que o fato da criança ter sido exposta ou não ao
abuso não altera sua percepção dos pais: irmãos que foram vítimas, e os que não
foram vítimas de abuso, percebiam os pais de forma bem semelhante (Hill et al.,
2000; McLaughlin et al., 2000; Romans, Martin, Anderson, O'Shea e Mullen,
1995).
As evidências fazem portanto pensar que, de fato, a parentagem real tenha
tido um papel de considerável importância quando pensamos em risco e
resiliência para o desenvolvimento de patologias de personalidade como o TPB.
Por outro lado, é provável que a maior ou menor disfunção no contexto e nos
vínculos familiares seja um dos principais fatores de mediação entre a ocorrência
de situações traumáticas da infância e seu impacto ao longo do desenvolvimento
da criança.
195
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Adler G. Borderline psycopathology and its treatment. New York: Jason
Aronson; 1985.
2. Aldana LL, Moreno LR, Montó GR, Benavent MA. La influencia de las
emociones en la rememoración de la crianza: un estudio antes-después con el
parental bonding instrument (PBI). Actas Luso-Esp. Neurol. Psiquiatr. 1998;
26: 241-246.
3. Amorin P. Mini international neuropsychiatric interview (MINI): validação de
entrevista breve para transtornos mentais. Rev Bras Psiquiatr 2000; 22: 106-
115.
4. Bernstein DP, Ahluvalia T, Pogge D, Handelsman L. Validity of the childhood
trauma questionnaire in an adolescent psychiatric population. J American
Academy of Child & Adolescent Psychiatry 1997; 36(3): 340-348.
5. Bernstein DL, Fink L. Childhood trauma questionnaire: a retrospective self-
report – Manual. USA: The Psychological Corporation; 1998.
6. Bernstein DP, Handelsman L, Foote J. Initial reliability and validity of a new
retrospective measure of child abuse and neglect. Am J Psychiatry 1994;
151(8): 1132-1136.
7. Bernstein DP, Stein AJ, Newcomb MD, Walker E, Pogge D, Ahluvalia T, et al.
Development and validation of a brief screening version of the childhood
trauma questionnaire. Child Abuse & Neglect 2003; 27: 169-190.
8. Bowlby J. Attachment and loss. Attachment. London: Hogarth Press; 1969. V.
1
9. _____. Attachment and loss: separation, anxiety and anger. London: Hogarth
Press; 1973. V. 2.
10. _____. The making and breaking of affectional bonds. Brit J Psychiat 1977; 30:
201-210.
11. _____. Attachment and loss: loss, sadness and depression. London: Hogarth
Press; 1980. V. 3.
12. _____. Developmental psychiatry comes of age. Am J Psychiatry 1988; 145: 1-
10.
13. _____. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto
Alegre: Artes Médicas; 1989.
14. Boyce P, Hickie I, Parker G. Parents, partners or personality? Risk factors for
post-natal depression. Journal of Affective Disorders 1991; 21: 245-255.
196
15. Byrne CP, Velamoor VR, Cernovsky ZZ, Cortese L, Losztyn S. A comparison
of borderline and schizophrenic patients for childhood life events and parent-
child relationships. Can J Psychiatry 1990; 35: 590-595.
16. Cornell DG, Silk KR, Ludolph PS, Lohr NE. Test-retest reliability of the
diagnostic interview for borderlines. Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 1307-1310.
17. Cox BJ, Enns MW, Clara IP. The parental bonding instrument: confirmatory
evidence for a three-factor model in a psychiatric clinical sample and in the
national comorbidity survey. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 2000; 35: 353-
357.
18. Duggan C, Sham P, Minne C, Murray R. Quality of parenting and vulnerability
to depression: results from a family study. Psychological Medicine 1998; 28:
185-191.
19. Enns MW, Cox BJ, Clara I. Parental bonding and adult psycopathology: results
from US national comorbidity survey. Psychological Medicine 2002; 32: 997-
1008.
20. Favaretto E, Torresani S. Parental bonding as a predictive factor for the
development of adult psychiatric disorders. Epidemiol Psichiatr Soc 1997a; 6:
124-138.
21. _____. Parental bonding as a predictive factor for the development of adult
psychiatric disorders. Epidemiol Psichiatr Soc 1997b; 6: 124-138.
22. Fink L, Bernstein DP, Handelsman L, Foote J, Lovejoy M. Initial reliability of the
childhood trauma interview: a new multidimensional measure of childhood
interpersonal trauma. Am J Psychiatry 1995; 152: 1329-1335.
23. Frances A, Clarkin JF, Gilmore M, Hurt SW, Brown R. Reliability of criteria for
borderline personality disorder: a comparison of DSM-III and the diagnostic
interview for borderlines. Am J Psychiatry 1984; 141: 1080-1084.
24. Freud S. Além do princípio do prazer (1920). In: Edição Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora;
1976. V. XVIII. P. 13-85.
25. _____. Inibições, sintomas e ansiedade (1926). In: Edição Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora;
1976. V. XX. P. 95-201.
26. _____. Sexualidade feminina (1931). In: Edição Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora;
1974. V. XXI. P. 257-279.
27. _____. Esbôço da Psicanálise (1938). In: Edição Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora;
1975. V. XXIII. P. 165-237.
197
28. Gomez-Beneyto M, Pedros A, Tomas A, Aguilar K, Leal C. Psychometric
properties of the parental bonding instrument in a Spanish sample. Soc
Psychiatry Psychiatr Epidemiol 1993; 28: 252-255.
29. Grassi-Oliveira R, Pezzi JC, Stein LM. Versão brasileira do Childhood Trauma
Questionnaire (CTQ). São Paulo: Casa do Psicólogo; 2004. No prelo.
30. Grassi-Oliveira R, Stein LM. História de abuso e negligência na infância em um
modelo de predição para o transtorno de estresse s-traumático e distúrbios
psiquiátricos menores no adulto (Dissertação de Mestrado: Programa de Pós-
Graduação em Psicologia da PUCRS). Porto Alegre (RS); 2004.
31. Gunderson J. Borderline personality disorder. Washington, D.C.: American
Psychiatric Press; 1984.
32. Gunderson JG, Kolb JE, Austin V. The diagnostic interview for borderline
patients. Am J Psychiatry 1981; 138: 896-903.
33. Harding TW, Arango MV, Baltazar J, Climent CE, Ibrahim HHA, Ladrido-
Ignacio L. Mental disorders in primary health care: a study of the frequency
and diagnosis in four developing countries. Psychol Med 1980; 10: 231-242.
34. Hill J, Davis R, Byatt M, Burnside E, Rollinson L, Fear S. Childhood sexual
abuse and affective symptoms in women: a general population study.
Psychological Medicine 2000; 30: 1283-1291.
35. Ingram RE, Ritter J. Vulnerabiliy to depression: cognitive reactivity and parental
bonding in high-risk individuals. J Abnorm Psychol 2000; 109: 588-596.
36. Kazarian SS, Baker B, Helmes E. The parental bonding instrument: factorial
structure. Br J Clin Psychol 1987; 26: 231-232.
37. Kitamura T, Suzuki T. A validation study of the parental bonding instrument in a
Japanese population. Jpn J Psychiatry Neurol 1993a; 47: 29-36.
38. _____. A validation study of the parental bonding instrument in japanese
population. Jpn J Psychiatry Neurol 1993b; 47: 29-36.
39. Latas M, Starcevic V, Trajkovic G, Bogojevic G. Predictors of comorbid
personality disorders in patients with panic disorder with agoraphobia. Compr
Psychiatry 2000; 41: 28-34.
40. Links PS, van Reekum R. Childhood sexual abuse, parental impairment and
the development of borderline personality disorder. Can J Psychiatry 1993; 38:
472-474.
41. Lizardi H, Klein DN. Long-term stability of parental representations in
depressed outpatients utilizing the parental bonding instrument. J Nerv Ment
Dis 2005; 193: 183-188.
198
42. Mackinnon AJ, Henderson AS, Scott R, Duncan-Jones P. The parental
bonding instrument (PBI): an epidemiological study in a general population
sample. Psychological Medicine 1989; 19: 1023-1034.
43. Mari J, Williams PA. A validity study of a psychiatric screening questionnaire
(SRQ-20) in primary care in the city of São Paulo. Br J Psychiatry 1986; 148:
23-26.
44. Martin G, Wait S. Parental bonding and vulnerability to adolescent suicide.
Acta Psychiatrica Scandinavica 1994; 89: 246-254.
45. Masterson J. Borderline and narcissistic disorders. New York: Brunner &
Mazel; 1981.
46. McLaughlin TL, Heath AC, Bucholz KK, Madden PAF, Bierut LJ, Slutske WS,
et al. Childhood sexual abuse and pathogenic parenting in the childhood
recollections of adult twin pairs. Child Abuse & Neglect 2000; 30: 1293-1302.
47. Mulder RT, Joyce PR, Cloninger CR. Temperament and early environment
influence comorbidity and personality disorders in major depression. Compr
Psychiatry 1994; 35: 225-233.
48. Murphy E, Brewin CR, Silka L. The assessment of parenting using the parental
bonding instrument: two or three factors? Psychol Med 1997; 27: 333-341.
49. Narita T, Sato T, Hirano S, Gota M, Sakado K, Uehara T. Parental child-rearing
behavior as measured by the parental bonding instrument in a Japanese
population: factor structure and relationship to a lifetime history of depression.
J Affect Disord 2000; 57: 229-234.
50. Nickell AD, Waudby CJ, Trull TJ. Attachment, parental bonding and borderline
personality disorder features in young adults. J Personal Disord 2002; 16: 148-
159.
51. Nordahl HM, Stiles TC. Perceptions of parental bonding in patients with various
personality disorders, lifetime depressive disorders, and healthy controls. J
Personal Disord 1997; 11: 391-402.
52. Norusis M. Statistical package for the social sciences (SPSS-X): advanced
statistic guide. Chicago: Mc Graw Hill; 1986.
53. Paris J, Zweig-Frank H. Parental bonding in borderline personality disorder. In:
Paris J, editor. Borderline Personality disorder, etiology and treatment.
Washington: American Psychiatric Press; 1993.
54. Parker G. Parental characteristics in relation to depressive disorders. Brit J
Psychiat 1979; 134: 138-147.
55. _____. Parental 'affectionless control' as an antecedent to adult depression.
Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 956-960.
199
56. _____. Validating an experiential measure of parental style: the use of a twin
sample. Acta psychiatr. scand. 1986: 73: 22-27.
57. _____. The parental bonding instrument: psychometric properties reviewed.
Psychiatr Dev 1989; 7: 317-335.
58. Parker G, Hayward L, Johnston P. Factorial validity of the EE scales. Psychol
Med 1989; 19: 435-446.
59. Parker G, Roy K, Wilhelm K, Mitchell P, Austin MP, Hadzi-Pavlovic D. An
exploration of links between early parenting experiences and personality
disorder type and disordered personality functioning. J Personal Disord 1999;
13: 361-374.
60. Parker G, Tupling H, Brown LB. A parental bonding instrument. British Journal
of Medical Psychology 1979; 52: 1-10.
61. Qadir F, Stewart R, Khan M, Prince M. The validity of the parental bonding
instrument as a measure of maternal bonding among Pakistani women. Social
Psychiatry and Psychiatry Epidemiology 2005; 40: 276-282.
62. Reti IM, Samuels JF, Eaton WW, Bienvenu OJ3rd, Costa PT Jr, Nestadt G.
Adult antisocial personality traits are associated with experiences of low
parental care and maternal overprotection. Acta Psychiatr Scand 2002a, 106:
126-133.
63. _____. Influences of parenting on normal personality traits. Psychiatry Res
2002b; 111: 55-64.
64. Rey JM. Perceptions of poor maternal care are associated with adolescent
depression. J Affect Disord 1995; 34: 95-100.
65. Rey JM, Plapp JM. Quality of perceived parenting in oppositional and conduct
disordered adolescents. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1990; 29: 382-
385.
66. Romans SE, Martin JL, Anderson JC, O'Shea ML, Mullen PE. Factors that
mediate between child sexual abuse and adult psychological outcome.
Psychological Medicine 1995; 25: 127-142.
67. Russ E, Heim A, Westen D. Parental bonding and personality pathology
assessed by clinician report. J Personal Disord 2003; 17: 522-536.
68. Sato T, Narita T, Hirano S, Kusunoki K, Sakado K, Uehara T. Confirmatory
factor analysis of the parental bonding instrument in a japanese population.
Psychol Med 1999; 29: 127-133.
69. Sato T, Sakado K, Uehara T, Narita T, Hirano S, Nishioka K, et al.
Dysfunctional parenting as a risk factor to lifetime depression in a sample of
employed japanese adults: evidence for the 'affectionless control' hypothesis.
Psychological Medicine 1998; 28: 737-742.
200
70. Schestatsky SS, Abreu PB, Ceitlin LH. Confiabilidade da versão brasileira da
entrevista diagnóstica revisada para transtorno borderline; 2003. Manuscrito
não publicado.
71. Scinto A, Marinangeli MG, Kalyvoka A, Daneluzzo E, Rossi A. The use of the
italian version of the parental bonding instrument (PBI) in a clinical sample and
in a student group: an exploratory and confirmatory factor analysis study.
Epidemiol Psichiatr Soc 1999; 8: 276-283.
72. Sheehan DV, Lecrubier Y, Sheehan KH, Amorim P, Janavs J, Weiller E, et al.
The mini international neuropsychiatric interview (MINI): the development and
validation of a structured diagnostic psychiatric interview for DSM-IV and ICD-
10. J Clin Psychiatry 1998; 59(20): 22-33.
73. Sroufe LA. Infant-caregiver attachment and patterns of adaptation in preschool:
the roots of maladaptation and competence. In: Perlmutter M, editor.
Minnesota Symposium in Child Psychology. Minneapolis: University of
Minnesota Press; 1983.
74. Sroufe LA. Attachment classification from the perspective of infant-caregiver
relationships and infant temperament. Child Dev 1985; 56: 1-14.
75. Wilhelm K, Niven H, Parker G, Hadzi-Pavlovic D. The stability of the parental
bonding instrument over a 20-year period. Psychological Medicine 2005; 35:
387-393.
76. Zanarini MC, Gunderson JG, Frankenburg FR. The revised diagnostic
interview for borderlines: discriminating BPD from other axis II disorders. J
Personal Disord 1989; 3: 10-18.
77. Zanarini MC, Frankenburg FR, Vujanovic AA. Inter-rater and test-retest
reliability of the revised diagnostic interview for borderlines. J Personal Disord
2002; 16(3): 270-276.
78. Zweig-Frank H, Paris J. Parents' emotional neglect and overprotection
according to the recollections of patients with borderline personality disorder.
Am J Psychiatry 1991; 148: 648-651.
201
5 CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS FINAIS
As conclusões deste estudo foram:
1) Pôde-se identificar, em uma amostra sul-brasileira de pacientes
mulheres, a existência de casos de Transtorno de Personalidade Borderline
semelhantes aos descritos originalmente em pacientes de língua inglesa, nos
parâmetros estudados: a) características clínico-demográficas, b) espectro
psicopatológico, c) critérios diagnósticos, d) gravidade dos sintomas, e)
comorbidade, f) suicidalidade acentuada, g) incapacitação funcional importante e
h) alto padrão de utilização de tratamentos médicos e psicológicos.
2) Encontrou-se nos casos, comparados com os controles pareados,
associação entre o relato de exposição a abusos emocional, físico e sexual e
negligência emocional na infância e adolescência, com o diagnóstico de
Transtorno de Personalidade Borderline na idade adulta.
3) Os pacientes com TPB descreveram exposição maior a um número total
de eventos traumáticos que os controles e isto ocorreu em todas as faixas
etárias: até os 12 anos e dos 13 aos 16 anos (e mesmo acima dos 17 anos).
4) Os casos não apresentaram níveis de incapacitação funcional maior
que seus controles, como esperado, quanto uma incapacitação tão grave como à
relatada na literatura internacional.
5) Também apresentaram um perfil de abuso de tabaco, álcool e
substâncias psicoativas maior que os controles.
6) Os casos perceberam seus vínculos parentais na infância de forma
diferente dos controles, relatando mães menos afetuosas e pais mais
202
controladores. Predominaram, nos pacientes, pais e mães caracterizados por um
padrão reconhecido na literatura como “affectionless control” ou do “Tipo três”,
conforme o PBI: restrição de liberdade associada a controle sem afeto.
7) Pacientes com mães percebidas como do “Tipo 3” estiveram mais
expostas a abusos emocionais na infância. Pacientes com pais percebidos como
de “Tipo 3”, estiveram mais expostos a abuso sexual na infância.
Do acima exposto pode-se concluir que fatores ambientais na infância e
adolescência dos pacientes (abusos, negligências e qualidade dos nculos
familiares) tiveram um papel importante no surgimento da psicopatologia
borderline na idade adulta, isto é, tornaram os casos mais vulneráveis à
instalação do TPB que se desenvolveu. Isto não permite, no entanto, concluir por
nenhuma hipótese etiológica específica do papel destes traumas precoces e de
suas famílias disfuncionais na gênese do Transtorno Borderline de Personalidade.
As concepções mais atuais sobre este tipo de transtorno apontam para
modelos desenvolvimentais que integram múltiplas causalidades: predisposições
genéticas, vulnerabilidades temperamentais e neurofisiológicas, fatores sociais,
culturais e econômicos adversos, famílias desestruturadas e diversas formas de
eventos traumáticos precoces, especialmente os abusos físicos, sexuais e
emocionais. É da interação destas variáveis ambientais com vulnerabilidades
biológicas individuais, que se constituem os transtornos. Ainda assim, é preciso
considerar, dado o fato de todos estes fatores interagirem de modo complexo e
em seqüências pouco conhecidas, que o máximo que se pode dizer, com os
dados disponíveis, é que eles têm uma associação comprovada como fatores de
risco para o desenvolvimento de transtornos de personalidade, incluindo, em
especial, o Transtorno de Personalidade Borderline.
203
O papel, na etiologia do TPB, dos abusos e negligências na infância, com sua
ocorrência dentro de uma matriz familiar mais ou menos disfuncional, deve ser
compreendido dentro do contexto deste modelo multifatorial de limiares de
vulnerabilidade. Conforme inúmeros estudos na literatura, abusos sexuais na
infância são mais comuns em pacientes com TPB do que em outros transtornos
de personalidade e do que em várias patologias de eixo I. Mas sua prevalência
não é universal, embora possa haver subgrupos de pacientes em que este e
outros abusos e negligências, como na nossa amostra, possam ter tido um papel
mais ou menos decisivo. Por outro lado, nosso estudo também confirma que, em
geral, onde história de abusos e negligências, eles tendem a ocorrer
associados a um ambiente familiar desorganizado, ambos provavelmente
contribuindo para a vulnerabilidade a uma patologia clínica no futuro.
204
6 LIMITAÇÕES
As principais limitações do presente estudo foram: 1) o tamanho da amostra;
2) o fato de ser retrospectivo, dependendo das lembranças dos casos e controles
quanto às situações traumáticas a que estiveram expostos na infância; 3) casos
terem sido apenas do sexo feminino, 4) predominando pacientes hospitalizados
ou recém hospitalizados e de gravidade maior, e 5) haver um grupo controle único
e constituído de pessoas normais.
O tamanho amostral reduzido pode ter sido responsável por alguns
resultados que alcançaram significâncias marginais e outros de apenas
“tendências” à significância, que poderiam ter sido significativos se o N fosse
maior. Com isto, ficou aumentada a possibilidade de erro do tipo II, de se deixar
de encontrar diferenças significativas onde talvez existissem o que
comprometeu especialmente algumas das hipóteses que dependiam da
verificação de diferenças intra-grupo dos casos.
Por exemplo, ficou prejudicada a investigação da possibilidade de haver uma
associação, nos pacientes com TPB que sofreram abuso sexual na infância,
quando comparados com aqueles que não o sofreram, com uma série de
parâmetros clínicos (maior gravidade de sintomas, número de comorbidades, grau
de suicidalidade). Como 50% dos casos da amostra de 26 sujeitos foram
abusadas, as comparações intragrupo tiveram que ser feitas com 13 casos para
cada subgrupo (abusados v. não-abusados), ficando um N reduzido em poder
estatístico. A principal limitação, no entanto, do N relativamente pequeno da
amostra, foi a restrição que isto impôs às análises de regressões logísticas que
205
poderiam ter sido feitas, o que não excluiu, no entanto, os achados descritos
pelos estudos isolados das variáveis.
Por outro lado, o tamanho da amostra não influenciou que pudessem ser
obtidas diferenças significativas, entre casos e controles, na direção esperada
pelas hipóteses do estudo, e pela literatura internacional, sobre a associação
entre eventos traumáticos e disfunções familiares na infância e a psicopatologia
borderline na idade adulta.
O caráter retrospectivo do estudo pode ter influenciado a veracidade dos
dados lembrados pelos sujeitos (casos e controles) sobre eventos da infância
(“recall bias”). Embora o desenho retrospectivo seja a regra nas dezenas de
estudos que se ocuparam do tema, não tem faltado, da mesma forma, restrições
críticas ao mesmo (Maughan e Rutter, 1997; Paris, 1997). Alguns autores (Mullen
et al.,1996) afirmam que o que se mede com estes estudos é, no máximo, a
associação entre as histórias de abuso contadas pelos pacientes com suas
psicopatologias presentes.
Entre as principais restrições se encontram as de que, como parte da própria
patologia borderline, as distorções da realidade comprometeriam a avaliação que
os pacientes fazem de eventos e relacionamentos do passado, fatos muitas vezes
ocorridos 15 a 20 anos antes. Além disto, problemas associados ao
esmaecimento normal das memórias e do aspecto reconstrutivo das mesmas,
associados à elaboração psíquica das experiências traumáticas, poderiam afetar
a confiabilidade destes relatos.
Há, no entanto, também evidências consistentes em contrário, apoiando a
validade dos relatos de situações traumáticas na infância (Bifulco et al., 1997;
Robins et al., 1985). Pelo menos um estudo prospectivo recente (Johnson et al.,
206
1999 e 2001), que avaliou duas coortes diferentes de pacientes e familiares e
comparou eventos traumáticos ocorridos e documentados com descrições
posteriores dos pacientes, concluíu que os mesmos eram confiáveis, não sendo
meros artefatos de memórias ou relatos enviesados” (Johnson et al., 1999, p
604). Temos a convicção, junto com estes autores, que os relatos que ouvimos
dos nossos sujeitos podem ser considerados igualmente confiáveis, mesmo
contendo inevitáveis distorções de detalhes e de ênfases no impacto dos traumas
vividos por cada um.
O fato de que a amostra, além de pequena, fosse exclusivamente feminina e
constituída por pacientes graves, a maior parte internados ou recém egressos de
hospitalizações, não permite que as conclusões sejam imediatamente
generalizadas para pacientes borderline masculinos e pacientes ambulatoriais.
Os controles normais apresentaram um problema e um acréscimo. O
problema foi que, por serem saudáveis, não permitiram a análise pareada com a
maior parte dos parâmetros clínicos dos pacientes com TPB, especialmente suas
comorbidades. Assim, não se pode afirmar que a presença e a qualidade das
patologias encontradas sejam específicas para o TPB, ou também comuns em
outros Transtornos de Personalidade. E não sabemos se a prevalência de abusos
e negligências que encontramos na infância dos TPB não estaria igualmente
presente na infância de outros transtornos do Eixo I ou Eixo II de populações
clínicas sul-brasileiras.
Inversamente, a vantagem de controles normais, é que todos outros estudos
até agora feitos nesta área, com uma única exceção (Bandelow et al., 2005), só
usaram grupos controles compostos por populações psiquiátricas (principalmente
pacientes deprimidos), sabidamente também expostas a situações traumáticas
207
infantis, o que poderia ter subestimado a significância e a prevalência destes
eventos nos TPB.
Muitas destas limitações poderão ser contornadas em estudos futuros, que
levem em consideração a necessidade de amostras maiores, pacientes com TPB
cujo nível de gravidade possa sem melhor estratificado, uso de amostras clínicas
de amobos os sexos, estudos de amostras da comunidade e utilização de grupos
controles com outras patologias psiquiátricas. Melhor ainda seria a possibilidade
de se estudar, prospectivamente, uma coorte comparada de crianças
comprovadamemnte traumatizadas na infância e verificar a incidência e risco
relativo de futura psicopatologia assim como sua interação com diferentes fatores
de risco, de resiliência e temperamento.
208
Tabela 1 Características demográficas dos casos (pacientes com TPB) e
controles (pessoas normais)
*
Casos
(N=23)
Controles
(N=23)
p
Sexo, No. (%) 23 (100)
23 (100)
-
Raça, No. (%), branca 22 (95.6)
14 (60.9)
0.227
Idade, anos 33.6 ± 10.6
34.0 ± 10.7
0.017
1*
Escolaridade, anos 9.1 ± 3.6
9.1 ± 3.1
0.887
Classe Social, No (%)
-A+B 8 (34.8)
10 (43.5)
0.414
-C+D 15 (65.2)
13 (56.5)
0.444
Emprego, No. (%) 8 (34.8)
23 (100)
-
Aposentados, No (%) 3 (13.0)
Zero
-
Desempregado, meses 12 meses (8-24)
Zero
-
Estado Civil, No. (%)
-Solteiro 7 (30.4)
8 (32.0)
1.000
-Casado ou c/ companheiro 9 (39.1)
12 (54.5)
0.607
-Separado 7 (30.4)
3 (13.0)
0.289
-Separações (1 a 2)
(3 ou +)
7 (30.4)
2 (8.7)
4 (17.4)
5 (21.7)
0.250
0.250
Situação Conjugal, No (%)
-Nunca teve companheiro 4 (17.4)
10 (43.5)
0.109
-Teve 1 ou + 11 (47.8)
11 (47.8)
1.000
-Mora sozinha 3 (13.0)
3 (13.0)
1.000
-Mora c/ companheiro ou
família
20 (87.0)
20 (87.0)
1.000
Renda individual, reais 220,00 (0.00 – 1350,00)
700,00 (580,00 – 1100,00)
0.000
Renda familiar, reais
1000,00 (700,00
– 2625,00)
1240,00 (700,00-2300,00)
0.444
*Os dados estão apresentados como números (percentagem), média ± desvio padrão, ou mediana
(amplitude interquartil, percentis 25º e 75º).
*
Este nível de significância foi considerado apenas como excesso de poder do teste. É improvável que a
diferença de 0,33 anos (4 meses) em 34 anos (33,8 anos x 34 anos) seja de qualquer relevância clínico-
epidemiológica para este estudo.
209
Tabela 2 Características clínicas dos pacientes com Transtorno de
Personalidade Borderline
*
Casos
(N= 26)
Idade início dos sintomas, anos 16.8 ± 8.9
Idade início do tratamento, anos 21.7 ± 8.0
Duração dos sintomas, meses 54 (12 – 261)
Idade 1ª internação hospitalar, anos 24.0 ± 8.0
Número de hospitalizações 4 (2.7 – 5.2)
Sintomas mais freqüentes, No (%):
a) instabilidade do humor 25 (96.1)
b) sentimentos crônicos de vazio 24 (92.3)
c) reações desesperadas frente a abandonos
22 (84.6)
d) irritabilidade 22 (84.6)
e) automutilações 22 (84.6)
d) comportamentos suicidas
18 (69.2)
e) compulsão a repetir condutas autodestrutivas 18 (69.2)
f) distúrbios de identidade 15 (57.7)
g) relacionamentos intensos e instáveis 14 (53.8)
h) episódios psicóticos transitórios 14 (53.8)
i) labilidade afetiva 14 (53.8)
j) humor depressivo ou disfórico 14 (53.8)
k) crises bumicas ou intoxicações alcoólicas 12 (46.1)
l) despersonalização
11 (42.3)
m) distorções da realidade 11 (42.3)
n) idéias de referência 8 (30.8)
o) ilusões 7 (26.9)
p) promiscuidade sexual 6 (23.1)
q) atos anti-sociais 5 (19.2)
r) overdoses 4 (15.4)
Tipo de sintomas, No. (%):
a) descontrole de impulsos 26 (100)
b) descontrole dos afetos 26 (100)
c) perturbação dos relacionamentos interpessoais 26 (100)
d) sintomas psicóticos 17 (65.4)
Fatores desencadeantes no passado, No. (%) 20 (76.9)
a) graves 17 (85)
b) crônicos 19 (95)
Fatores desencadeantes atuais, No. (%) 18 (69.2)
a) moderados 13 (72.2)
b) crônicos 13 (72.2)
Critérios DSM-IV para TPB, número 6.8 ± 1.2
Escore total no DIB-R, escore 9 ± 0.8
*Os dados estão apresentados como números (percentagem), média ± desvio padrão,
ou mediana (amplitude interquartil, percentis 25º e 75º).
210
Tabela 3 – Características clínicas das amostras emparelhadas
Casos
(N = 23)
Controles
(N = 23)
p
Hábito de fumar, No (%) 10 (43.4) 2 (8.7) 0.021
Uso de álcool, No (%) 9 (39.1) 1 (4.3) 0.008
Uso de substâncias psicoativas, No (%) 10 (43.4) zero 0.021
GAF, No (DP) 52.7 ± 12.8 87.9 ± 13.2 0.000
Os dados estão apresentados como números (percentagem), média ± desvio padrão ou mediana
(amplitude interquartil, percentis 25º e 75º).
211
Tabela 4 Freqüência dos sintomas / critérios diagnósticos do Transtorno
de Personalidade Borderline pelo DSM-IV
*
Casos (N=26)
1. Instabilidade do humor 25 (96,1) Afetivos
2. Sentimentos crônicos de vazio 24 (92,3) Interpessoais
3. Reações desesperadas frente a abandonos 22 (84,6) Interpessoais
4. Irritabilidade 22 (84,6) Afetivos
5. Automutilações 22 (84,6) Impulsivos
6. Comportamentos suicidas 18 (69,2) Impulsivos
7. Compulsão a repetir condutas autodestrutivas 18 (69,2) Impulsivos
8. Colapsos transitórios frente a situações de estresse 17 (65.4) Afetivos
9. Distúrbios de identidade 15 (57,7) Interpessoais
10. Relacionamentos intensos e instáveis 14 (53,8) Interpessoais
11. Episódios psicóticos transitórios associados a estresses 14 (53,8) Psicóticos
12. Labilidade afetiva 14 (53,8) Afetivos
13. Humor depressivo ou disfórico 14 (53,8) Afetivos
14. Crises bulímicas ou intoxicações alcoólicas 12 (46,1) Impulsivos
15. Despersonalização 11 (42,3) Psicóticos
16. Distorções da realidade 11 (42,3) Psicóticos
17. Idéias de referência 8 (30,8) Psicóticos
18. Ilusões 7 (26,9) Psicóticos
19. Promiscuidade sexual 6 (23,1) Impulsivos
20. Atos anti-sociais 5 (19,2) Impulsivos
21. Overdoses 4 (15,4) Impulsivos
* Dados apresentados como números (percentagem) e por ordem de freqüência.
212
Tabela 5 – Suicidalidade e mortalidade dos Transtornos de Personalidade
Borderline
*
Casos
(N = 26)
Suicidalidade (casos), No. (%)
a) Risco de Suicídio atual 22 (84.6)
b) Tentativas de Suicídio atuais 7 (26.9)
c) Tentativas de suicídio no passado 20 (76.9)
d) Suicídio ocorrido 1 (3.8)
Mortalidade (casos), No. (%) 2 (7.6)
*
Dados apresentados com números (percentagem).
213
Tabela 6 – Antecedentes traumáticos na infância e adolescência
Casos
(N = 23)
Controles
(N = 23)
p
Abuso Emocional, No. (%) 19 (82.6) 4 (17,4) 0.000
Abuso Físico, No. (%) 14 (60.8) 5 (21.7) 0.022
Abuso Sexual, No. (%) 12 (52.2) 2 (8.7) 0.006
Negligência Física, No. (%) 7 (30.4) 4 (17.4) 0.754
Eventos traumáticos ( 12 anos), No. 3,4 ± 2.9 1.8 ± 2.2 0.053
Eventos traumáticos (13 aos 16), No. 3.2 ± 1.7 1.0 ± 1.5 0.000
Eventos traumáticos ( 17 anos), No. 5.2 ± 3.0 3.8 ± 2.4 0.032
Total de eventos traumáticos, No. 11.8 ± 4.5 6.4 ± 3.1 0.000
Os dados estão apresentados como números (percentagem), média ± desvio padrão ou mediana
(amplitude interquartil, percentis 25º e 75º).
214
Tabela 7 – Outros eventos traumáticos antes dos 16 anos (casos versus
controles)
p
1. Criado ou não pelos pais 0.727
2. Discussões freqüentes entre os pais 0.065
3. Separação entre os pais maior que 6 meses 0.021*
4. Divórcio dos pais 0.065
5. Morte mãe biológica 0.500
6. Morte mão não-biológica 0.250
7. Morte pai biológico 0.219
8. Morte pai não-biológico 1.000
9. Morte irmão biológico 1.000
10. Morte irmão não-biológico 1.000
11. Morte de pessoa significativa 0.039*
12. Doença fisicamente grave na infância 0.092
13. Doença fisicamente grave dos pais na infância 0.302
14. Doença mental grave de pai ou mãe 0.000*
15. Alcoolismo pai ou mãe 0.065
16. Casos extraconjugais pai/mãe 0.344
17. Maus tratos pelos pais 0.057*
18. Ausências freqüentes da mãe (>1 semana) 0.012*
19. Ausências freqüentes do pai (>1 semana) 0.035*
20. Prisão de um dos pais 0.375
21. Mãe começou a trabalhar fora de casa 0.754
22. Desemprego de cuidador 0.508
23. Morte de animal de estimação 0.754
24. Problemas na escola primária 0.289
25. Ficar separado dos pais mais de 2 semanas 0.039*
26. Mudanças freqüentes de domicílio 1.000
27. Mudanças de cuidador 0.109
28. Nascimento de irmãos 1.000
29. Mudanças radicais na renda familiar 0.070
30. Esteve presente ou assistiu evento traumático (acidentes, incêndios,
inundações)
1.000
31. Sofreu acidente 1.000
32. Internado em orfanato 0.625
33. Abortos 0.250
34. Presenciou violência familiar 0.109
35. Persenciou violência fora da família 1.000
36. Agredido fisicamente por familiar 0.012*
37. Agredido fisicamente por não-familiar 0.125
Teste McNemar (bi-caudal).
*significativo (p=0.05).
215
Tabela 8 – Taxas de incapacitação*
Casos
(N = 23)
Controles
(N = 23)
P
Desempregados, No. (%) 16 (69.3) zero -
Aposentados, No. (%) 3 (13.0) zero -
Tempo de inatividade, meses 12 (8-24) zero -
Renda familiar, reais 1000 (700-1350) 1240 (700-2300) 0.444
Renda Individual, reais 220 (0.00-1350) 700 (580-1100) 0.000
GAF, escore 52.7 ± 12.8 87.9 ± 13.2 0.000
*Dados apresentados como números (percentagem), média ± desvio padrão ou mediana
(amplitude inter-quartil, percentis 25º e 75º).
216
Tabela 9 Características dos tratamentos dos pacientes com Transtorno
de Personalidade Borderline
*
Casos
(N = 26)
Psicoterapias, No. (%) 22 (84.6)
Freqüência das psicoterapias, No. (%)
a) Semanal 19 (85.7)
b) Quinzenal 3 (14.3)
Duração das psicoterapias, meses 12 (1.7 – 40.2)
Abandono de psicoterapias, No. (%) 10 (46.2)
Psicoterapias por paciente, número 2.3 ± 1.4
Psicofármacos, No. (%) 24 (92.3)
a) Antidepressivos 20 (84.6)
b) Estabilizadores do Humor 18 (76.9)
c) Antipsicóticos 14 (57.7)
d) Benzodiazepínicos 12 (50.0)
*Os dados estão apresentados como números (percentagem), média ± desvio padrão ou mediana
(amplitude interquartil, percentis 25º e 75º).
217
Tabela 10 Co-morbidade de patologias do Eixo I (atual e vida inteira) com
Transtorno de Personalidade Borderline*
Casos
(N = 26)
Episódio Depressão Maior (vida inteira), No. (%) 20 (76,9)
Episódio Depressão Maior (atual), No. (%) 19 (73,1)
Episódio Depressão Maior com Melancolia (atual), No. (%) 11 (42,3)
Transtorno de Ansiedade Generalizada (últimos 6 meses) 10 (38,5)
Bulimia Nervosa (vida inteira), No. (%) 10 (38,5)
Distimia Atual (últimos 2 anos), No. (%) 8 (30,8)
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (atual + vida inteira) 8 (30,8)
Episódio Hipomaníaco (passado) No. (%) 8 (30,8)
Agorafobia sem Transtorno do Pânico (atual), No. (%) 7 (26,9)
Transtorno do Pânico (atual + vida inteira), No. (%) 7 (29,2)
Síndrome Psicótica (atual + vida inteira), No. (%) 7 (26.9)
T. do Humor com sintomas psicóticos (atual), No. (%) 7 (26,9)
Fobia Social Atual (último mês), No. (%) 6 (23,1)
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (atual, último mês), 6 (23,1)
Transtorno do Pânico com Agorafobia (atual), No. (%) 5 (19,2)
Bulimia Nervosa Atual (últimos 3 meses), No. (%) 5 (19,2)
T. do Humor com Sintomas Psicóticos (vida inteira), No. (%) 6 (23,1)
Anorexia Nervosa (vida inteira), No. (%) 6 (23,1)
Anorexia Nervosa Atual (últimos 3 meses), No. (%) 2 (11,5)
Dependência/Abuso de Álcool (atual + vida inteira), No. (%) 4 (15.4)
Dependência/Abuso de Substâncias (atual + vida inteira l) 2 (7.7)
Episódio Maníaco (passado), No. (%) 1 (3.8)
Transtorno do Pânico sem Agorafobia atual, No. (%) 2 (7.7)
Transtorno de Personalidade Anti-Social a vida inteira Zero
*Dados apresentados como números (percentagem) e em ordem de freqüência.
218
Tabela 11 Co-morbidade de patologias do Eixo I (agrupadas, atual e vida
inteira) com Transtorno de Personalidade Borderline
*
Casos
(N = 26)
Transtornos do Humor, No. (%) 25 (96.1)
Transtornos de Ansiedade, No. (%) 18 (69.2)
Transtornos Alimentares, No. (%) 11 (42.3)
Abuso e Dependência de Álcool & Substâncias, No. (%) 6 (23.1)
*Dados apresentados como números (percentagem) e em ordem de freqüência.
219
Tabela 12 Itens do DIB-R de pacientes sul-brasileiros (Schestatsky et al.,
2005) e norte-americanos (Zanarini et al, 1990)
*
Casos
brasileiros
Casos norte-
americanos
(N = 26) (N = 120)
Sintomas mais freqüentes, No. (%):
a) Instabilidade do humor 25 (96.1) 119 (99.2)
b) Sentimentos crônicos de vazio 24 (92.3) 120 (100)
c) Reações desesperadas frente à abandonos 22 (84.6) 98 (81.7)
e) Automutilações 22 (84.6) 58 (48.3)
d) Comportamentos suicidas 18 (69.2) 67 (55.8)
g) Relacionamentos intensos e instáveis 14 (53.8) 102 (85.0)
j) Humor depressivo ou disfórico 14 (53.8) 115 (95.8)
m) Distorções da realidade 11 (42.3) 45 (37.5)
n) Idéias de referência 8 (30.8) 111 (92.5)
o) Ilusões 7 (26.9) 85 (70.8)
p) Promiscuidade sexual 6 (23.1) 51 (42.5)
r) Overdoses 4 (15.4) 91 (75.8)
*Os dados estão apresentados como números (percentagem).
220
Tabela 13 Co-morbidades de Eixo I de pacientes femininas com TPB em
Boston (Zanarini et al., 1998a) e Porto Alegre (Schestatsky et al.,
2005)
Porto Alegre Boston
(N = 26) (N = 296)
Transtornos de Humor 25 (96.1) 286 (97.6)
Depressão Maior vida inteira 20 (76.9) 251 (84.8)
Distimia 8 (30.8) 115 (38.9)
Abuso/Dependência Álcool & Substâncias 6 (23.1) 121 (40.9)
Transtornos Ansiosos 17 (65.4) 268 (90.5)
a) T. Pânico 7 (29.2) 147 (49.7)
b) Fobia Social 6 (23.1) 133 (44.9)
c) Fobia Simples ** 90 (32.4)
d) TEPT 8 (30.8) 180 (60.8)
d) T. Ansiedade Generalizada 10 (38.5) 36 (12.2)
Transtornos Alimentares vida inteira 11 (42.3) 184 (62.2)
*Dados expressos em números (percentagem).
**Não foi avaliado.
220
221
Tabela 14 – Análise das correlações entre tipos de abuso e negligência emocional
Negligência
física
Abuso
emocional
Abuso
físico
Abuso
sexual
Negligência
emocional
Negligência física Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
1.000
-
26
0,158
0,440
26
0,536**
0,005
26
0,517**
0,007
26
0,293
0,146
26
Abuso emocional Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
0,158
0,440
26
1.000
-
26
0,640**
0,000
26
0,381
0,055
26
0,616**
0,001
26
Abuso físico Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
0,536**
0,005
26
0,640**
0,000
26
1.000
-
26
0,395*
0,046
26
0,629**
0,001
26
Abuso sexual Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
0,517**
0,007
26
0,381
0,055
26
0,395*
0,046
26
1.000
-
26
0,268
0,185
26
Spearman’s rho
Negligência
emocional
Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
0,293
0,146
26
0,616**
0,001
26
0,629**
0,001
26
0,268
0,185
26
1.000
-
26
*Correlation is significant at 0.05 level (2-tailed).
**Correlation is significant at 0.01 level (2-tailed).
222
Tabela 15 – Prevalências de abuso físico e sexual em pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline
* Significant (p=0.05).
Ano Casos
(N)
Controles
(N - Dx)
Status de
tratamento dos
pacientes
Sexo
Abuso
Físico
(%)
Abuso
Sexual p/familiar
(%)
Abuso sexual
Geral
(%)
Links et al. 1988 88 48 “Traços
borderline”
Internados Misto 29* 26* -
Zanarini et al. 1989 50 55 Eixo II Ambulatório Misto 46 26* -
Herman et al. 1989 21 24 Mistos Ambulatório: voluntários
sintomáticos
Misto 71 -- 67*
Ogata et al. 1990 24 18 Deprimidos Internados Misto 42* 25 71*
Shearer et al. 1990 40 Zero ---- Internados Feminino 25 28 40
Westen et al. 1990 27 23 Mistos Internados Feminino 52* 33 52*
Salzman et al. 1993 31 Zero ---- Voluntários sintomáticos Misto 10 Zero 16
Paris et al. 1994 61 60 Eixo II Ambulatório Masculino 66 12* 48*
Paris et al. 1994 78 72 Eixo II Ambulatório Feminino 73
29* 71*
Zanarini et al. 1997 358 190 Eixo II Internados Misto 59
27*
62*
Soloff et al. 2002 61 Zero ---- Internados + Ambulatório
Misto 49 -- 46*
Bandelow et al. 2005 66 109 Normais Ambulatório Misto -- 30.3* 60.3*
Schestatsky et al.
2005 24 24 Normais Internados + Ambulatório
Feminino 68* 46* 52*
223
Table 1 – Demographic characteristics of cases (BPD) and normal controls
*
Cases
(N=23)
Controls
(N=23)
p
Sex, No. (%) 23 (100)
23 (100)
-
Ethnicity, No. (%), white 22 (95.6)
14 (60.9)
0.227
Age, years 33.6 ± 10.6
34.0 ± 10.7
0.017
1*
Scholarship, years 9.1 ± 3.6
9.1 ± 3.1
0.887
Social Class, No. (%)
-A+B 8 (34.8)
10 (43.5)
0.414
-C+D 15 (65.2)
13 (56.5)
0.444
Job, No. (%) 8 (34.8)
23 (100)
-
Retired, No. (%) 3 (13.0)
Zero
-
Unemployed, months 12 months (8-24)
Zero
-
Civil status, No. (%)
-Single 7 (30.4)
8 (32.0)
1.000
-Married or with partner 9 (39.1)
12 (54.5)
0.607
-Divorced 7 (30.4)
3 (13.0)
0.289
-Divorces (1 a 2)
(3 or more)
7 (30.4)
2 (8.7)
4 (17.4)
5 (21.7)
0.250
0.250
Marital status, No (%)
-Never had a partner 4 (17.4)
10 (43.5)
0.109
-1 or more partners 11 (47.8)
11 (47.8)
1.000
-Lives alone 3 (13.0)
3 (13.0)
1.000
-Lives with partner or family 20 (87.0)
20 (87.0)
1.000
Individual income, reais 220,00 (0.00-1350,00)
700,00 (580,00-1100,00)
0.000
Family income, reais 1000,00 (700,00-2625,00)
1240,00 (700,00-2300,00)
0.444
*The data are presented as numbers (percents), average ± standard deviation, or median
(interquartile amplitude, percents 25º and 75º).
*
This significance level has been considered only as test power excess. It is unlikely a difference of 0,33
years (4 months) in 34 years (33,8 years vs 34 years) has any clinical or epidemiological relevance in this
study.
224
Table 2 – Clinical characteristics of patients with Borderline Personality
Disorder
*
Cases
(N= 26)
Age of onset of the symptoms, years 16.8 ± 8.9
Age of the beginning of the treatment, years 21.7 ± 8.0
Symptoms duration, months 54 (12 – 261)
Age of first hospitalization, years 24.0 ± 8.0
Number of hospitalizations 4 (2.7 – 5.2)
Most frequent symptoms, No. (%):
a) Mood instability 25 (96.1)
b) Chronic feelings of emptiness 24 (92.3)
c) Desperate reactions when facing abandonment 22 (84.6)
d) Iritability 22 (84.6)
e) Self-harm 22 (84.6)
d) Suicidal behavior 18 (69.2)
e) Self-destructive compulsive behavior 18 (69.2)
f) Identity disturbances 15 (57.7)
g) Intense and unstable relationships 14 (53.8)
h) Transient psychotic episodes 14 (53.8)
i) Labile affect 14 (53.8)
j) Depressive or dysphoric mood 14 (53.8)
k) Bulimic crises or alcohol intoxication 12 (46.1)
l) Depersonalization 11 (42.3)
m) Reality distortion 11 (42.3)
n) Reference ideas 8 (30.8)
o) Illusions 7 (26.9)
p) Sexual promiscuity 6 (23.1)
q) Antisocial acts 5 (19.2)
r) Overdoses 4 (15.4)
Kinds of symptoms, No. (%):
a) Impulse disregulation 26 (100)
b) Affects disregulation 26 (100)
c) Interpersonal relationships disturbance 26 (100)
d) Psychotic symptoms 17 (65.4)
Past Triggering factors, No. (%) 20 (76.9)
a) Severe 17 (85)
b) Chronic 19 (95)
Current triggering factors, No. (%) 18 (69.2)
a) Moderate 13 (72.2)
b) Chronic 13 (72.2)
DSM-IV criteria for BPD, number 6.8 ± 1.2
DIB-R total score, score 9 ± 0.8
*Data presented numerically (percent), mean ± standard deviation, or median (interquartile
amplitude, 25
th
e 75
th
quartiles).
225
Table 3 – Clinical characteristics of paired samples
Cases
(N = 23)
Controls
(N = 23)
p
Smoking, No. (%) 10 (43.4) 2 (8.7) 0.021
Alcohol Use, No. (%) 9 (39.1) 1 (4.3) 0.008
Psychoactive Substance Use, No. (%) 10 (43.4) zero 0.021
GAF, No. (DP) 52.7 ± 12.8 87.9 ± 13.2 0.000
Data presented numerically (percent), mean ± standard deviation, or median (interquartile
amplitude, 25
th
e 75
th
quartiles).
226
Table 4 Frequency of symptoms/diagnostic criteria of the Borderline
Personality Disorder (DSM-IV)
*
Cases (N=26)
1. Mood instability 25 (96,1) Affective
2. Chronic feelings of emptiness 24 (92,3) Interpersonal
3. Desperate reactions when facing abandonment 22 (84,6) Interpersonal
4. Irritability 22 (84,6) Affective
5. Self-harm 22 (84,6) Impulsive
6. Suicidal behavior 18 (69,2) Impulsive
7. Self-destructive compulsive behavior 18 (69,2) Impulsive
8. Transient stress related dissociative symptoms 17 (65.4) Affective
9. Identity disturbances 15 (57,7) Interpersonal
10. Intense and unstable relationships 14 (53,8) Interpersonal
11. Transient psychotic episodes 14 (53,8) Psychotic
12. Labile affect 14 (53,8) Affective
13. Depressive or dysphoric mood 14 (53,8) Affective
14. Bulimic crises or alcohol intoxication 12 (46,1) Impulsive
15. Depersonalization 11 (42,3) Psychotic
16. Reality distortion 11 (42,3) Psychotic
17. Reference ideas 8 (30,8) Psychotic
18. Illusions 7 (26,9) Psychotic
19. Sexual promiscuity 6 (23,1) Impulsive
20. Antisocial acts 5 (19,2) Impulsive
21. Overdoses 4 (15,4) Impulsive
*Data presented numerically (percent) in order of frequency.
227
Table 5 – Suicidality and mortality rates of Borderline Personality Disorder
patients sample*
Cases
(N = 26)
Suicidality (cases), No. (%)
a) Current suicide risks 22 (84.6)
b) Current suicide attempts 7 (26.9)
c) Past suicide attempts 20 (76.9)
d) Committed Suicide 1 (3.8)
Mortality (cases), No. (%) 2 (7.6)
*
Data presented numerically (percent).
228
Table 6 – Traumatic antecedents in childhood and adolescence
Cases
(N = 23)
Controls
(N = 23)
p
Emotional abuse, No. (%) 19 (82.6) 4 (17,4) 0.000
Physical abuse, No. (%) 14 (60.8) 5 (21.7) 0.022
Sexual Abuse, No. (%) 12 (52.2) 2 (8.7) 0.006
Physical Neglect, No. (%) 7 (30.4) 4 (17.4) 0.754
Traumatic events ( 12 years), No. 3,4 ± 2.9 1.8 ± 2.2 0.053
Traumatic events (13 to 16), No. 3.2 ± 1.7 1.0 ± 1.5 0.000
Traumatic events ( 17 years), No. 5.2 ± 3.0 3.8 ± 2.4 0.032
Total of traumatic events, No. 11.8 ± 4.5 6.4 ± 3.1 0.000
Data presented numerically (percent), mean ± standard deviation or median (interquartile
amplitude, 25
th
and 75
th
quartiles).
229
Table 7 - Other traumatic events before 16 years old (cases vs controls)
P
1. Raised by Parents 0.727
2. Frequent Arguments between Parents 0.065
3. Parents Separation longer than 6 months 0.021*
4. Parents Divorce 0.065
5. Death of Biological Mother 0.500
6. Death of Non-Biological Mother 0.250
7. Death of Biological Father 0.219
8. Death of Non-Biological Father 1.000
9. Death of Biological Brother 1.000
10. Death of Non-Biological Brother 1.000
11. Death of Significant Other 0.039*
12. Childhood Severe Physical Illness 0.092
13. Severe Physical Illness of Parents during Childhood 0.302
14. Father or Mother Severe Mental Illness 0.000*
15. Father or Mother Alcoholism 0.065
16. Father or Mother Extra-Marital Affairs 0.344
17. Mistreatment by parents 0.057*
18. Mother frequent absences (> 1 week) 0.012*
19. Father frequent absences (> 1 week) 0.035*
20. Father or Mother was in Prison 0.375
21. Mother Began to Work 0.754
22. Caregiver Unemployment 0.508
23. Pet Death 0.754
24. First Grade School Problems 0.289
25. Separation from parents longer than 2 weeks 0.039*
26. Frequent changes of residence 1.000
27. Changes of caregivers 0.109
28. Birth of siblings 1.000
29. Radical Changes of Family Income 0.070
30. Being present or witnessing a traumatic event (accidents, fires, floods) 1.000
31. Being victim of accidents 1.000
32. Raised in an orphanage 0.625
33. Abortions 0.250
34. Witnessed intra-family violence 0.109
35. Witnessed violence in the streets 1.000
36. Physically assaulted by a family member 0.012*
37. Physically assaulted by a non-family member 0.125
1
Teste McNemar (bi-caudal)
* significant (p = 0.05)
230
Table 8 – Disability rates*
Cases
(N = 23)
Controls
(N = 23)
P
Unemployed, No. (%) 16 (69.3) zero -
Retired, No. (%) 3 (13.0) zero -
Inactivity time, months 12 (8-24) zero -
Family income, reais 1000 (700-1350) 1240 (700-2300) 0.444
Individual Income, reais 220 (0.00-1350) 700 (580-1100) 0.000
GAF, score 52.7 ± 12.8 87.9 ± 13.2 0.000
*Data presented numerically (percents), mean ± standard deviation or median (interquartile
amplitude, 25
th
e 75
th
quartiles).
231
Table 9 Treatment characteristics of Borderline Personality Disorder
patients sample
*
Cases
(N = 26)
Psychotherapies, No. (%) 22 (84.6)
Frequency of sessions, No. (%)
a) Weekly 19 (85.7)
b) Bi-monthly 3 (14.3)
Length of psychotherapies, months 12 (1.7 – 40.2)
Psychotherapies interruption, No. (%) 10 (46.2)
Psychotherapies per patient, number 2.3 ± 1.4
Psychopharmacological agents, No. (%) 24 (92.3)
a) Antidepressants 20 (84.6)
b) Mood stabilizers 18 (76.9)
c) Antipsychotics 14 (57.7)
d) Benzodiazepines 12 (50.0)
*Data presented numerically (percent), mean ± standard deviation, or median (interquartile
amplitude, 25
th
e 75
th
quartiles).
232
Table 10 Axis I comorbidity (current and lifelong) in patients with
Borderline Personality Disorder*
Cases
(N = 26)
Major Depression lifelong, No. (%) 20 (76,9)
Major Depression (current), No. (%) 19 (73,1)
Major Depression with Melancholic symptoms (current), No. (%) 11 (42,3)
Generalized Anxiety Disorder (6 last months) 10 (38,5)
Bulimia Nervosa (lifelong), No. (%) 10 (38,5)
Dysthymia – current (2 last years), No. (%) 8 (30,8)
Post-traumatic stress disorder (current and lifelong) 8 (30,8)
Hypomanic episode (past) No. (%) 8 (30,8)
Agoraphobia without Panic Disorder (current), No. (%) 7 (26,9)
Panic Disorder (current and lifelong), No. (%) 7 (29,2)
Psychotic syndrome (current and lifelong), No. (%) 7 (26.9)
Mood Disorder without psychotic symptoms (current), No. (%) 7 (26,9)
Social Phobia (Current, last month), No. (%) 6 (23,1)
Obsessive-Compulsive Disorder (current, last month), 6 (23,1)
Panic Disorder with agoraphobia (current), No. (%) 5 (19,2)
Bulimia Nervosa (current, 3 last months), No. (%) 5 (19,2)
Mood Disorders with psychotic symptoms (lifelong), No. (%) 6 (23,1)
Anorexia Nervosa (lifelong), No. (%) 6 (23,1)
Anorexia Nervosa (current, 3 last months), No. (%) 2 (11,5)
Alcohol Dependence/Abuse (current and lifelong), No. (%) 4 (15.4)
Drug dependence/abuse (current and lifelong) 2 (7.7)
Manic Episode (past), No. (%) 1 (3.8)
Panic Disorder without Agoraphobia (current), No. (%) 2 (7.7)
Antisocial Personality Disorder (lifelong) zero
* Data presented numerically (percent) in order of frequency.
233
Table 11 Axis I comorbidity (grouped, current, and lifelong) in patients
with Borderline Personality Disorder*
Cases
(N = 26)
Mood Disorders, No. (%) 25 (96.1)
Anxiety Disorders, No. (%) 18 (69.2)
Eating Disorders, No. (%) 11 (42.3)
Alcohol and drug dependence/abuse, No. (%) 6 (23.1)
* Data presented numerically (percent) in order of frequency.
234
Table 12 DIB-R items of southern-brazilian (Schestatsky et al., 2005) and
north-american patients (Zanarini et al, 1990)
*
Brazilian
Cases
North-American
Cases
(N = 26) (N = 120)
Most frequent symptoms, No. (%):
a) Mood instability 25 (96.1) 119 (99.2)
b) Chronic feelings of emptiness 24 (92.3) 120 (100)
c) Desperate reactions facing abandonment 22 (84.6) 98 (81.7)
e) Self-harm 22 (84.6) 58 (48.3)
d) Suicidal behavior 18 (69.2) 67 (55.8)
g) Unstable and intense relationships 14 (53.8) 102 (85.0)
j) Depressive or dysphoric mood 14 (53.8) 115 (95.8)
m) Reality distortions 11 (42.3) 45 (37.5)
n) Reference ideas 8 (30.8) 111 (92.5)
o) Illusions 7 (26.9) 85 (70.8)
p) Sexual promiscuity 6 (23.1) 51 (42.5)
r) Overdoses 4 (15.4) 91 (75.8)
* Data presented numerically (percent);
235
Table 13 Axis I comorbidities in BPD female patients in Boston (Zanarini et
al., 1998a) and Porto Alegre (Schestatsky et al., 2005)
Porto Alegre Boston
(N = 26) (N = 296)
Mood Disorders 25 (96.1) 286 (97.6)
Major Depression lifelong 20 (76.9) 251 (84.8)
Dysthymia 8 (30.8) 115 (38.9)
Alcohol and Drug abuse/dependence 6 (23.1) 121 (40.9)
Anxiety Disorders 17 (65.4) 268 (90.5)
a) Panic Disorder 7 (29.2) 147 (49.7)
b) Social Phobia 6 (23.1) 133 (44.9)
c) Specific Phobia ** 90 (32.4)
d) PTSD 8 (30.8) 180 (60.8)
d) Generalized Anxiety Disorder 10 (38.5) 36 (12.2)
Eating Disorders lifetime 11 (42.3) 184 (62.2)
* Data expressed numerically (percent).
** Not assessed.
236
236
Table 14 – Correlations between abuses and emotional neglect
Physical
neglect
Emotional
abuse
Physical
abuse
Sexual
abuse
Emotional
neglect
Physical neglect Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
1.000
-
26
0,158
0,440
26
0,536**
0,005
26
0,517**
0,007
26
0,293
0,146
26
Emotional abuse Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
0,158
0,440
26
1.000
-
26
0,640**
0,000
26
0,381
0,055
26
0,616**
0,001
26
Physical abuse Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
0,536**
0,005
26
0,640**
0,000
26
1.000
-
26
0,395*
0,046
26
0,629**
0,001
26
Sexual abuse Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
0,517**
0,007
26
0,381
0,055
26
0,395*
0,046
26
1.000
-
26
0,268
0,185
26
Spearman’s rho
Emotional neglect Correlation coefficient
Sig. (2-tailed)
N
0,293
0,146
26
0,616**
0,001
26
0,62
9**
0,001
26
0,268
0,185
26
1.000
-
26
** Correlation is significant at 0.01 level (2-tailed).
* Correlation is significant at t0.05 level (2-tailed).
237
Table 15 – Prevalence of sexual and physical abuse in patients with Borderline Personality Disorder
1
Significant (p=0.05).
Study Date Cases
(N)
Controls
(N)
Treatment status of the
patients
Sex Physical
abuse
(%)
Sexual abuse by
family member
(%)
Sexual
abuse total
(%)
Links et al. 1988 88 48 borderline “trait” Inpatients Both 29*
26*
--
Zanarini et al. 1989 50 55 Axis II Outpatients Both 46 26*
--
Herman et al. 1989 21 34 Mixed Symptomatic volunteer patients Both 71 -- 67*
Ogata et al. 1990 24 18 Depressed Inpatients Both 42 25 71*
Shearer et al. 1990 40 None Inpatients Female
25 28 40
Westen et al. 1990 27 23 Mixed Inpatients Female
52 33 52*
Salzman et al. 1993 31 None Symptomatic volunteers Both 10 0 16
Paris et al. 1994 78 72 Axis II Outpatients Female
73*
29* 71*
Paris et al. 1994 61 60 Axis II Outpatients Male 66 12*
48*
Zanarini et al. 1997 358 190
Axis II Inpatients Both 59
27*
62*
Soloff et al. 2002 61 None Inpatients and Outpatients Both 49 46
Schestatsky et al. 2005 24 24 Paired, higid Inpatients and Outpatients Female
68* 46* 52*
238
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Akiskal HS. Subaffective disorders: dysthymic, cyclothymic and bipolar II
disorders in the “borderline” realm. Psychiatry Clin North Am 1981; 4: 25-46.
2. _____. Demystifying borderline personality: Critique of the concept and
unorthodox reflections on its natural kinship with the bipolar spectrum. Acta
Psychiatr Scand 2004; 110: 401-407.
3. _____. The prevalent clinical spectrum of bipolar disorders beyond DSM-IV. J
Clin Psychopharm 1996; 16 Suppl: 4S-14S.
4. _____. The temperamental borders of affective disorders. Acta Psychiatr Scand
1994; 89 Suppl 379: 32-37.
5. _____. Validating “hard” and “soft” phenotypes within the bipolar spectrum:
continuity or discontinuity. J Affect Disord 2003; 73: 1-5.
6. Akhtar S, Byrne JP, Doghramji K. The demographic profile of borderline
personality disorder. J Clin Psychiatry 1986; 47: 196-198.
7. Akiskal HS, Chen SE, Davis GC, Puzantian VR, Kashgarian M, Bolinger JM.
Borderline: an adjective in search of a noun. J Clin Psychiatry 1985; 46: 41-48.
8. Akiskal HS, Hantouche EG, Allilaire JF, Sechter D, Bourgeois ML, Azorin JM, et
al. Validating antidepressant-associated hypomania (bipolar III): a systematic
comparison with spontaneous hypomania (bipolar II). J Affect Disord 2003b; 73:
65-74.
9. Akiskal HS, Hantouche EG, Allilaire JF. Bipolar II with and without cyclothymic
temperament: “dark” and “sunny” expressions of soft bipolarity. J Affect Disord
2003a; 73: 49-57.
10. Alarcón RD, Westermeyer J, Foulks E, Ruiz P. Clinical relevance of
contemporary cultural psychiatry. J Nerv Ment Dis 1999; 187(8): 465-471.
11. Alarcón RD. Cross cultural issues. In: Oldham JM, Skodol AE, Bender DS,
editors. Textbook of Personality Disorders. Washington, D.C.: American
Psychiatric Publishing; 2005. P. 561-578.
12. Almeida OP, Forlenza OV, Costa Lima NK, Bigliani V, Arcuri SM, Gentile M, et
al. Psychiatric morbidity among the elderly in a primary care setting report
from a survey in São Paulo, Brazil. Int J Ger Psychiatry 1998; 12(7): 728-736.
239
13. Almeida-Filho N, Mari JJ, Coutinho E, Franca JF, Fernandes J, Andreoli SB, et
al. Brazilian multicentric study of psychiatric morbidity: methodological features
and prevalence estimates. Br J Psychiatry 1997 Dec; 171: 524-529.
14. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders. (DSM-III). 3
rd
ed. Washington, DC: American Psychiatric Association
1980.
15. _____. Revised (DSM-III-R). 3
rd
ed. Washington, DC: American Psychiatric
Association 1987.
16. _____. (DSM-IV). 4
th
ed. Washington, DC: American Psychiatric Association
1994.
17. _____. Text Revision (DSM-IV-TR). 4
th
ed. Washington, DC: American
Psychiatric Association 2000.
18. Amorin P. Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI): validação de
entrevista breve para transtornos mentais. Rev Bras Psiquiatr 2000; 22: 106-
115.
19. Andrade L, Walters EE, Gentil V, Laurenti R. Prevalence of ICD-10 mental
disorders in a catchment area in the city of São Paulo, Brazil. Soc Psychiatry
Psychiatr Epidemiol 2002; 37(7): 316-325.
20. Andrade RC, Silva VA, Assumpção Jr FB. Preliminary data on the prevalence of
psychiatric disorders in Brazilian male and female juvenile delinquents. Braz J
Med Biol Research 2004; 37: 1155-1160.
21. Andrulonis PA, Glueck BC, Stroebel CF, Vogel NC. Borderline personalities
subcategories. J Nerv Ment Dis 1982; 170 (11): 670-679.
22. Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado. Escala para nível
sócio-econômico. Site: http://www.anep.org.br; 1975.
23. Baer L, Jenike MA, Black DW, Treece C, Rosenfeld R, Greist J. Effect of axis II
diagnoses on treatment outcome with clomipramine in 55 patients with
obsessive-compulsive disorder. Arch Gen Psychiatry 1992; 49: 862-866.
24. Baldessarini RJ. A plea for the integrity of the bipolar concept. Bipolar Disorders
2000; 2: 3-7.
25. Bandelow B, Krause J, Wedekind D, Brooks A, Hajak G, Rüther E. Early
traumatic life events, parental attitudes, family history, and birth risk factors in
patients with borderline personality disorder and healthy controls. Psychiatry
Research 2005; 134: 169-179.
240
26. Barasch A, Frances A, Hurt S, Clarkin J,, Cohen S. The stability and distinctness
of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1985; 142: 1484-1486.
27. Baxter L, Edell W, Gerner R, Fairbanks L, Gwirtsman H. Dexamethasone
suppression test and axis I diagnoses of inpatients with DSM-III borderline
personality disorder. J Clin Psychiatry 1984; 45: 150-153.
28. Benazzi F, Akiskal HS. Refining the evaluation of bipolar II: Beyond the strict
SCID-CV guidelines for hypomania. J Affect Disord 2003; 73: 33-38.
29. Bender DS, Dolan RT, Skodol AE, Sanislow CA, Dick IR, McGlashan TH, et al.
Treatment utilization by patients with personality disorders. Am J Psychiatry
2001; 158 (2): 295-302.
30. Bernstein DL, Fink L. Childhood trauma questionnaire: a retrospective self-
report – manual. USA: The Psychological Corporation; 1998.
31. Bernstein DP, Handelsman L, Foote J. Initial reliability and validity of a new
retrospective measure of child abuse and neglect. Am J Psychiatry 1994;
151(8): 1132-1136.
32. Bernstein DP, Ahluvalia T, Pogge D, Handelsman L. Validity of the Childhood
Trauma Questionnaire in an adolescent psychiatric population. J American
Academy of Child & Adolescent Psychiatry 1997; 36 (3): 340-348.
33. Bernstein DP, Stein AJ, Newcomb MD, Walker E, Pogge D, Ahluvalia T, et al.
Development and validation of a brief screening version of the Childhood
Trauma Questionnaire. Child Abuse & Neglect 2003; 27: 169-190.
34. Blashfield RK, Intoccia V. Growth of the literature on the topic of personality
disorders. Am J Psychiatry 2000; 157(3): 472-473.
35. Blazer DG. Mood disorders: epidemiology. In: Sadock B & Sadock V, editors.
Comprehensive Textbook of Psychiatry. 7
th
ed. Philadelphia: Lippincott Williams
& Wilkins; 2000. P. 1298-1308.
36. Brieger P, Ehrt U, Marneros A. Frequency of comorbid personality disorders in
bipolar and unipolar affective disorders. Compr Psychiatry 2003; 44(1): 28-34.
37. Brodsky BS, Malone KM, Ellis SP, Dulit RA, Mann JJ. Characteristics of
borderline personality disorder associated with suicidal behavior. Am J
Psychiatry 1997; 154: 1715-1719.
38. Brodsky BS, Cloitre M, Dulit RA. Relationship of dissociation to self-mutilation
and childhood abuse in borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1995;
152(12): 1788-1995.
241
39. Bulik CM, Prescott CA, Kendler KS. Features of childhood sexual abuse and the
development of psychiatric substance use disorders. Br J Psychiatry 2001;
179:444-449.
40. Burton K, Polatin PB, Gatchel RJ. Psychosocial factors and the rehabilitation of
patients with chronic work-related upper extremity disorders. J Occup Rehabil
1997; 7: 139-153.
41. Chabrol H, Chouicha K, Montovany A, Callahan S. Symptoms of DSM-IV
borderline personality disorder in a nonclinical population of adolescents: study
of a series of 35 patients. Encephale 2001; 27(2): 120-127.
42. Clarke M, Hafner RJ, Holme G. Borderline personality disorder: a challenge for
mental health services. Aust NZ J Psychiatry 1995; 29: 409-414.
43. Corbitt EM, Malone KM, Haas GL, Mann JJ. Suicidal behavior in patients with
major depression and comorbid personality disorders. J Affect Disord 1996; 39:
61-72.
44. Cornell DG, Silk KR, Ludolph PS, Lohr NE. Test-retest reliability of the
diagnostic interview for borderlines. Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 1307-1310.
45. Corruble D, Ginestet D, Guelfi JD. Comorbidity of personality disorders and
unipolar depression: a review. J Affect Disord 1996; 37: 157-170.
46. Dahl AA. Borderline disorders: The validity of the diagnosis concept. Psychiatr
Dev 1985; 2: 109-152.
47. Draijer N, Langeland W. Childhood trauma and perceived parental dysfunction
in the ethiology of dissociative symptoms in psychiatric inpatients. Am J
Psychiatry 1999; 156(3): 379-385.
48. Ekselius L, Eriksson M, von Knorring L, Linder J. Personality disorders and
major depression in patients with somatoform pain disorders and medical
illnesses in relation to age of work disability. Eur J Psychiatry 1996; 10: 35-43.
49. Ekselius L, Tilffors M, Furmark T, Fredrikson M. Personality disorders in the
general population: DSM-IV and ICD-10 defined prevalence as related to
sociodemographic profile. Personality and Individual Differences 2001; 30(2):
311-320.
50. Fleitlich-Bilyk B, Goodman R. Prevalence of child and adolescent psychiatric
disorders in southeast Brazil. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2004; 43(6):
727-734.
242
51. Fink L, Bernstein DP, Handelsman L, Foote J, Lovejoy M. Initial reliability of the
Childhood Trauma Interview: a new multidimensional measure of childhood
interpersonal trauma. Am J Psychiatry 1995; 152: 1329-1335.
52. _____. Initial reliability and validity of the Childhood Trauma Interview: a new
multidimensional measure of childhood interpersonal trauma. Am J Psychiatr
1995; 152 (9): 1329-1335.
53. Frances A, Clarkin JF, Gilmore M, Hurt SW, Brown R. Reliability of criteria for
borderline personality disorder: a comparison of DSM-III and the diagnostic
interview for borderlines. Am J Psychiatry 1984; 141: 1080-1084.
54. Fyer FR, Frances AJ, Sullivan T, Hurt SW, Clarkin J. Suicide attempts in
patients with borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1988; 145: 737-
739.
55. Gartner AF, Marcus RN, Halmi K, Loranger AW. DSM-III-R personality disorders
in patients with eating disorders. Am J Psychiatry 1989; 146: 1585-1591.
56. George EL, Miklowitz DJ, Richards JA, Simoneau TL, Taylor DO. The
comorbidity of bipolar disorder and axis II personality disorders: prevalence and
clinical correlates. Bipolar Disord 2003; 5(2): 115-122.
57. Grassi-Oliveira R, Pezzi JC, Stein LM. Versão brasileira do childhood trauma
questionnaire (CTQ). São Paulo: Casa do Psicólogo; 2004. No prelo.
58. Grassi-Oliveira R, Stein LM. História de abuso e negligência na infância em um
modelo de predição para o transtorno de estresse pós-traumático e distúrbios
psiquiátricos menores no adulto (Dissertação de Mestrado: Programa de Pós-
Graduação em Psicologia, PUCRS). Porto Alegre (RS); 2004.
59. Grinker R, Werble B, Drye RC. The Grinker Study (1968). In: Stone MH, editor.
Essential papers on borderline disorders. New York: New York University Press;
1986. P. 320-356.
60. Gunderson JG. Borderline personality disorder. Wahington, D.C.: American
Psychiatric Press; 1984.
61. Gunderson JG, Carpenter WT, Strauss JS. Borderline and schizophrenic
patients: a comparative study. Am J Psychiatry 1975; 132: 1257-1264.
62. Gunderson JG, Elliot GR. The interface between borderline personality disorder
and affective disorder. Am J Psychiatry 1985; 142: 277-288.
243
63. Gunderson JG, Frank AF, Ronningstam EF, Wachter S, Lynch J. Early
discontinuation of borderline patients from psychotherapy. J Nerv Ment Dis
1989; 177(1): 38-42.
64. Gunderson JG, Kolb JE, Austin V. The diagnostic interview for borderline
patients. Am J Psychiatry 1981; 138: 896-903.
65. Gunderson JG, Morey LC, Stout RL, Skodol AE, Shea T, McGlashan TH, et al.
Major depressive disorder and borderline personality disorder revisited:
longitudinal interactions. J Clin Psychiatry 2004; 65(8): 1049-1056.
66. Gunderson JG, Phillips KA. A current view of the interface between borderline
personality disorder and depression. Am J Psychiatry 1991; 148: 967-975.
67. Gunderson JG, Singer M. Defining borderline patients: an overview. Am J
Psychiatry 1975; 132: 1-10.
68. Harding TW, Arango MV, Baltazar J, Climent CE, Ibrahim HHA, Ladrido-Ignacio
L. Mental disorders in primary health care: a study of the frequency and
diagnosis in four developing countries. Psychol Med 1980; 10: 231-242.
69. Hawton K, Houston, BA, Haw C, Townsend E, Harriss L. Comorbidity of axis I
and axis II disorders in patients who attempted suicide. Am J Psychiatry 2003;
160(8): 1494-1500.
70. Herman JL, Perry JC, van der Kolk BA. Childhood trauma in borderline
personality disorder. Am J Psychiatry 1989; 146: 490-495.
71. Herman JL, van der Kolk BA. Traumatic antecedents of borderline personality
disorder. In: van der Kolk BA, editor. Psychological Trauma. Washington, D.C.:
American Psychiatric Press; 1987. P. 111-126.
72. Hirschfeld RMA, Klerman GL. Personality attributes and affective disorders. Am
J Psychiatry 1979; 136: 67-70.
73. Houaiss A. Mini-Webster: Dicionário Inglês-Português. Rio de Janeiro: Record;
1992.
74. Hudziak JJ, Boffeli TJ, Kriesman JJ, Battaglia MM, Stanger C, Guze SB. Clinical
study of the relation of borderline personality disorder to Briquet’s syndrome
(hysteria), somatization disorder, antisocial personality disorder, and substance
abuse disorders. Am J Psychiatry 1996; 153: 1596-1606.
75. Ilardi SS, Craighead WE, Evans DD. Modeling relapse in unipolar depression:
the effects of dysfunctional cognitions and personality disorders. J Clin Consul
Psychol 1997; 65: 381-391.
244
76. Ikuta N, Zanarini MC, Minakawa K, Miyake Y, Moriya N, Nishizono-Maher A.
Comparison of american and japanese outpatients with borderline personality
disorder. Compr Psychiatry 1994; 35(5): 382-385.
77. Jackson HJ, Burgess PM. Personality disorders in the community: results from
the Australian national survey of mental health and well-being (Part III).
Relationships between specific type of personality disorder, axis I mental
disorders and physical conditions with disability and health consultations. Soc
Psychiatry Psychiatr Epidemiol 2004; 39(1): 765-776.
78. Johnson JG, Cohen P, Smailes E, Skodol AE, Brown J, Oldham JM. Childhood
verbal abuse and risk for personality disorders during adolescence and early
adulthood. Compr Psychiatry 2001; 42(1):16-23.
79. Johnson JG, Cohen P, Brown J, Smailes E, Bernstein D. Childhood
maltreatment increases risk for personality disorders in early adulthood. Arch
Gen Psychiatry 1999; 56(7):600-606.
80. Johnson DM, Shea MT, Yen S, Battle CL, Zlotnik C, Sanislow CA, et al. Gender
differences in borderline personality disorder: findings from the collaborative
longitudinal personality disorders study. Compr Psychiatry 2003; 44(4): 284-292.
81. Joyce PR, Mulder RT, Luty SE, McKenzie JM, Sullivan PF, Cloninger RC.
Borderline personality disorder in major depression: symptomatology,
temperament, character, differential drug response, and 6-month outcome.
Compr Psychiatry 2003; 44(1): 35-43.
82. Judd LL, Akiskal HS, Schettler PJ, Coryell W, Maser J, Rice JA, et al. The
comparative clinical phenotype and long term longitudinal episode course of
bipolar I and II: a clinical spectrum or distinct disorders. J Affect Disord 2003;
73(1-2): 19-32.
83. Kernberg OF. Borderline personality organization (1967). In: Stone MH, editor.
Essential papers on borderline disorders. New York: New York University Press;
1986. P. 279-319.
84. Kernberg OF. Borderline conditions and pathological narcissism. New York:
Jason Aronson; 1975.
85. Kerr-Corrêa F, Tarelho LG, Crepaldi AL, Camiza LD, Villanassi R. Abuso sexual,
transtornos mentais e doenças físicas. Rev Psiq Clínica 2000; 27(5): 257-271.
86. Kessler RC, McGonagle KA, Zhao S, Nelson CB, Hughes M, Eshleman S, et al.
Lifetime and 12-month prevalence of DSM-III-R psychiatric disorders in the U.S.:
results from the national comorbidity survey. Arch Gen Psychiatry 1994; 51: 8-
20.
245
87. Kessler RC. Sociology and psychiatry. In: Sadock B, Sadock V, editors.
Comprehensive Textbook of Psychiatry. 7
th
ed. Philadelphia: Lippincott Williams
& Wilkins; 2000. P. 476-484.
88. Kjelsberg E, Eikeseth PH, Dahl AA. Suicide in borderline patients predictive
factors. Acta Psychiatr Scand 1991; 84(3): 283-287.
89. Laporte L, Guttman H. Traumatic childhood experiences as risk factors for
borderline and other personality disorders. J Personal Disord 1996; 10:247-259.
90. Lima MS, Beria JU, Tomasi E, Conceiçao AT, Mari JJ. Stressful life events and
minor psychiatric disorders: an estimate of the population attributable fraction in
a Brazilian community-based study. Int J Psychiatry Med 1996; 26(2); 211-222.
91. Links PS, Heslegrave R, van Reekum R. Prospective follow-up study of
borderline personality disorder: prognosis, prediction of outcome, and axis II
comorbidity. Can J Psychiatry 1998; 43(4): 265-270.
92. Links PS, Steiner M, Offord DR, Eppel A. Characteristics of borderline
personality disorder: a Canadian study. Can J Psychiatry 1988; 33: 336-340.
93. Loranger AW, Sartorius N, Andreoli A, Berger P, Buchheim P,
Channabasavanna SM. The international personality disorder examination. Arch
Gen Psychiatry 1994; 51(3): 215-224.
94. Lovisi GM, Mann AH, Coutinho E, Morgado AF. Mental illness in an adult
sample admitted to public hostels in the Rio de Janeiro metropolitan area, Brazil.
Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 2003; 38(9): 493-498.
95. Magill CA. The boundary between borderline personality disorder and bipolar
disorder: current concepts and challenges. Can J Psychiatry 2004; 49(8): 551-
556.
96. Malone KM, Haas GL, Sweeney JA, Mann JJ. Major depression and the risk of
attempted suicide. J Affect Disord 1995; 34: 173-185.
97. Mari J, Williams PA. A validity study of a psychiatric screening questionnaire
(SRQ-20) in primary care in the city of São Paulo. Br J Psychiatry 1986; 148:
23-26.
98. Maughan B, Rutter M. Restrospective reporting of childhood adversity: issues in
assessing long-term recall. J Personal Disord 1997; 11:19-33.
99. McGlashan T. The borderline syndrome. II. Is it a variant of schizophrenia or
affective disorder? Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 1319-1323.
246
100. McGlashan T. The Chestnut Lodge follow-up study, part III: long term outcome
of borderline personalities. Arch Gen Psychiatry 1986; 42: 20-30.
101. McHolm AE, MacMillan HL, Jamieson E. The relationship between physical
abuse and suicidality among depressed women: results from a community
sample. Am J Psychiatry 2003; 160(5): 933-938.
102. Mehlum L, Friis S, Irion T, Johns S, Karterud S, Vaglum S. Personality
disorders 2-5 years after treatment: a prospective follow-up study. Acta
Psychiatr Scand 1991; 84: 72-77.
103. Miller SG. Borderline personality disorder in cultural context: commentary on
Paris. Psychiatry 1996; 59: 193-195.
104. Millon T, Grossman SD. Sociocultural factors. In: Oldham JM, Skodol AE,
Bender DS, editors. Textbook of Personality Disorders. Washington, D.C.:
American Psychiatric Publishing; 2005. P. 223-235.
105. Modestin J, Villiger C. Follow-up study on borderline versus non-borderline
personality disorders. Compr Psychiatry 1989; 30: 236-244.
106. Molina-Ramos R, Perera JLC, Urdaniz AP, Iglesias SS. Factors associated to
the diagnoses of borderline personality disorder in psychiatric out-patients.
Actas Esp Psiquiatr 2002; 30(3): 153-159.
107. Moriya N, Miyake Y, Minakawa K, Ikuta N, Nishizono-Maher A. Diagnosis and
clinical features of borderline personality disorder in the east and west: a
preliminary report. Compr Psychiatry 1993; 34(6): 418-423.
108. Mulder RT. Personality disorders in New Zealand hospitals. Acta Psychiatr
Scand 1991; 84(2): 197-202.
109. Mullen PE, Martin JL, Anderson JC, Romans SE, Herbison GP. The long-term
impact of the physical, emotional, and sexual abuse of children: A community
study. Child Abuse & Neglect 1996; 20(1):7-21.
110. Nakao K, Gunderson JG, Phillips KA, Tanaka N, Yorifuji K, Takaishi J, et al.
Functional impairment in personality disorders. J Personal Disord 1992; 6: 24-
33.
111. Negrao AB, Cordas TA. Clinical characteristics and course of anorexia
nervosa in Latin America, a brazilian sample. Psychiatry Res 1996; 62(1): 17-21.
112. Nestadt G, Romanoski AJ, Chahal R, Merchant A, Folstein MF, Gruenberg
EM, et al. An epidemiological study of histrionic personality disorder. Psychol
Med 1990; 20: 413-422.
247
113. Norusis M. Statistical package for the social sciences (SPSS-X): advanced
statistic guide. Chicago: Mc Graw Hill; 1986.
114. Noyes R, Reich J, Christiansen J, Suelzer M, Pfohl B, Coryell WA. Outcome of
panic disorder: relationship to diagnostic subtypes and comorbidity. Arch Gen
Psychiatry 1980; 47: 809-818.
115. Nurnberg HG, Raskin M, Levine PE, Pollock S, Prince R, Siegel O. BPD as a
negative prognostic factor in anxiety disorders. J Personal Disord 1989; 3: 205-
216.
116. _____. The comorbidity of borderline personality disorder and other DSM-III-R
axis II personality disorders. Am J Psychiatry 1991; 148(10): 1371-1377.
117. Ogata SN, Silk KR, Goodrich S, Lohr NE, Westen D, Hill EM. Childhood sexual
and physical abuse in adult patients with borderline personality disorder. Am J
Psychiatry 1990; 147(8): 1008-1013.
118. Okasha A, Omar AM, Lotaief M, Ghanem A, Okasha T. Comorbidity of axis I
and axis II diagnoses in a sample of egyptian patients with neurotic disorders.
Compr Psychiatry 1996; 37(2): 95-101.
119. Oldham JM, Skodol AE, Gallagher PE, Kroll ME. Relationship of borderline
symptoms to histories of abuse and neglect: a pilot study. Psychiatr Q 1996;
67:287-295.
120. Oldham JM, Skodol AE, Kellman HD, Hyler SE, Doidge N, Rosnik L, et al.
Comorbidity of axis I and axis II disorders. Am J Psychiatry 1995; 152(4): 571-
578.
121. Onchev G, Ganev K. Borderline personality disorder in Bulgaria: period
prevalence, syndrome validity and comorbidity. European Psychiatry 1996; 11
Suppl 4: 371S-372S.
122. Paris J. The treatment of borderline personality disorder in light of the research
of its long term outcome. Can J Psychiatry 1993; 38 1 Suppl: 28S-34S.
123. _____. Cultural factors in the emergence of borderline pathology. Psychiatry
1996; 59(2): 185-192.
124. _____. Childhood trauma as an etiological factor in the personality disorders. J
Personal Disord 1997; 11:34-49.
125. _____. Personality disorders in sociocultural perspectives. J Personal Disord
1998; 12(4): 289-301.
248
126. Paris J, Brown R, Nowlis D. Long-term follow-up of borderline patients in a
general hospital. Compr Psychiatry 1987; 28: 530-535.
127. Paris J, Zweig-Frank H. A critical review of the role of childhood sexual abuse
in the etiology borderline personality disorder. Can J Psychiatry 1992; 37(2):
125-128.
128. Paris J, Zweig-Frank H, Guzder J. Psychological risk factors for borderline
personality disorder in female patients. Compr Psychiatry 1994a; 35: 301-305.
129. _____. Psychological risk factors for borderline personality disorder in male
patients. J Nerv Ment Dis 1994b;182: 375-380.
130. Perugi G, Toni C, Travierso MC, Akiskal HS. The role of cyclothymia in
atypical depression: toward a data-based reconceptualization of the borderline-
bipolar II connection. J Affect Disord 2003; 73: 87-98.
131. Perry JC. Depression in borderline personality disorder: lifetime prevalence at
interview and longitudinal course of symptoms. Am J Psychiatry 1985; 142(1):
15-21.
132. Perry JC, Banon E, Ianni F. The effectiveness of psychotherapy for personality
disorders. Am J Psychiatry 1999; 156: 1312-1321.
133. Pope HG, Jonas JM, Hudson JI, Cohen BM, Gunderson JG. The validity of
DSM III borderline personality disorder. Arch Gen Psychiatry 1983; 40: 23-30.
134. Regier DA, Myers JK, Kramer M, Robins LN, Blazer DG, Hough RL, et al. The
NIMH epidemiologic catchment area program: historical context, major
objectives, and study population characteristics. Arch Gen Psychiatry 1984; 41:
934-941.
135. Salzman JP, Salzman C, Wolfson AN, Albanese M, Looper J, Ostacher M.
Association between borderline personality structure and history of childhood
abuse in adult volunteers. Compr Psychiatry 1993; 34: 254-257.
136. Samuels J, Eaton WW, Bienvenu OJ, Clayton P, Brown H, Costa PT, et al.
Prevalence and correlates of personality disorders in a community sample. Br J
Psychiatry 2002; 180: 536-542.
137. Samuels J, Nestadt G, Bienvenu OJ. Personality disorders and normal
personality dimensions in obsessive-compulsive disorders. Br J Psychiatry
2000; 177: 457-462.
249
138. Sansone RA, Wiederman MW, Sansone LA. The self-harm inventory (SHI):
development of a scale for identifying self-destructive behaviors and borderline
personality disorder. J Clin Psychol 1998; 54(7): 973-983.
139. Sansone RA, Hruschka J, Vasudevan A, Miamisburg O, Miller SN. Disability
and borderline personality symptoms. Psychosomatics 2003; 44: 442.
140. Schestatsky SS. Quem tem medo do paciente borderline? Revista Brasileira
Psicoterapia 1999; 1: 117-128.
141. Schestatsky SS, Abreu PB, Ceitlin LH. Confiabilidade da versão brasileira da
entrevista diagnóstica revisada para transtorno borderline; 2003. Manuscrito
não publicado.
142. Senol S, Dereboy C, Yuksel N. Borderline disorder in Turkey: A 2- to 4-year
follow-up. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 1997; 32(2): 109-112.
143. Shea MT, Glass DR, Pilkonis PA. Frequency and implications of personality
disorders in a sample of depressed inpatients. J Personal Disord 1987; 1: 27-41.
144. Shea MT, Pilkonis PA, Beckham E, Collins JF, Elkin I, Sotsky SM, et al.
Personality disorders and treatment outcome in the NIMH treatment of
depression collaborative research program. Am J Psychiatry 1990; 147: 711-
718.
145. Sheehan DV, Lecrubier Y, Sheehan KH, Amorim P, Janavs J, Weiller E, et al.
The mini international neuropsychiatric interview (MINI): the development and
validation of a structured diagnostic psychiatric interview for DSM-IV and ICD-
10. J Clin Psychiatry 1998; 59 Suppl 20: 22-33.
146. Shearer SL, Peters CP, Quaytman MS, Ogden RL. Frequency and correlates
of childhood sexual and physical abuse histories of female borderline inpatients.
Am J Psychiatry 1990; 147: 214-216.
147. Siever JL, Torgersen S, Gunderson JG, Livesley J, Kendler KS. The borderline
diagnosis III: Identifying endophenotypes for genetic studies. Biol Psychiatry
2002; 51:964-968.
148. Silverman AB, Reinherz HZ, Giaconia RM. The long-term sequelae of child
and adolescent abuse: A longitudinal community study. Child Abuse & Neglect
1996; 20(8):709-723.
149. Skodol AE, Buckley P, Charles E. Is there a characteristic pattern to the
treatment history of clinic outpatients with borderline personality? J Nerv Ment
Dis 1983; 171: 405-410.
250
150. Skodol AE, Gunderson JG, McGlashan TH, Dick IR, Stout RL, Bender DS, et
al. Functional impairment in patients with schizotypal, borderline, avoidant, or
obsessive-compulsive personality disorder. Am J Psychiatry 2002a; 159(2): 276-
283.
151. Skodol AE, Gunderson JG, Pfohl B, Widiger TA, Livesley WJ, Siever LJ. The
borderline diagnosis I: psychopathology, comorbidity and personality structure.
Biol Psychiatry 2002; 51(12): 936-950.
152. Skodol AE, Oldham JM. Assessment and diagnosis of borderline personality
disorder. Hosp Community Psychiat 1991; 42(10): 1021-1028.
153. Skodol AE, Siever LJ, Livesley WJ, Gunderson JG, Pfohl B, Widiger TA. The
borderline diagnosis II: Biology, genetics, and clinical course. Biol Psychiatry
2002; 51:951-963.
154. Skodol AE, Stout RL, McGlashan TH, Grilo CM, Gunderson JG, and Shea MT,
et al. Co-occurrence of mood and personality disorders: a report from the
collaborative longitudinal personality disorders study (CLPS). Depress Anxiety
1999; 10(4): 175-182.
155. Soares JC, Gershon S. The diagnostic boundaries of bipolar disorder
(editorial). Bipolar Disorders 1999; 1: 1-2.
156. Soloff PH, Lis JA, Kelly T, Cornelius J, Ulrich R. Risk factors for suicidal
behavior in borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1994; 151(9): 1316-
1323.
157. Soloff PH, Lynch KG, Kelly TM. Childhood abuse as a risk factor for suicidal
behavior in borderline personality disorder. J Personal Disord 2002; 16(3): 201-
214.
158. Spitzer RL, Endicott J, Gibbon M. Crossing the border into borderline
personality and borderline schizophrenia: the development of criteria. Arch Gen
Psychiatry 1979; 36: 17-24.
159. Stern A. Psychoanalytic investigation and therapy in borderline group of
neuroses. Psychoanal Q 1938; 7: 467-489.
160. Stevenson J, Meares R, Comeford A. Diminished impulsivity in older patients
with borderline personality disorder. Am J Psychiatry 2003; 160: 165-166.
161. Stone MH. The borderline syndrome: evolution of the term, genetic aspects,
and prognosis (1977). In: MH Stone, editor. Essential papers on borderline
disorders. New York: New York University Press; 1986. P. 475-497.
251
162. _____. Contemporary shift of the borderline concept from a sub schizophrenic
disorder to a sub affective disorder. Psychiatr Clin North Amer 1979; 2: 577-594.
163. _____. Borderline syndromes: a consideration of subtypes and an overview,
directions for research. Psychiatr Clin North Am 1981; 4(1): 3-24.
164. _____. Essential papers on borderline disorders. New York: New York
University Press; 1986. P. 279-319.
165. _____. The fate of borderline patients. New York: Guilford Press; 1990.
166. Swartz HA, Pilkonis PA, Frank E, Proietti JM, Scott J. Acute treatment
outcomes in patients with bipolar I disorder and co-morbid borderline personality
disorder receiving medication and psychotherapy. Bipolar Disord 2005; 7(2):
192-197.
167. Swartz M, Blazer D, George L, Winfield I. Estimating the prevalence of
borderline personality disorder in the community. J Personal Disord 1990; 4:
257-272.
168. Tyrer P, Casey P, Ferguson B. Personality disorder in perspective. Br J
Psychiatry 1991; 159: 463-471.
169. Torgersen S. Epidemiology. In: Oldham JM, Skodol AE, Bender DS, editors.
Textbook of personality disorders. Washington, D.C.: American Psychiatric
Publishing; 2005. P. 129-141.
170. Torgersen S, Kringlen E, Cramer V. The prevalence of personality disorders in
a community sample. Arch Gen Psychiatry 2001; 58: 590-596.
171. Torres AR, Del Porto JA. Comorbidity of obsessive-compulsive disorder and
personality disorders. A Brazilian controlled study. Psychopathology 1995;
28(6): 322-329.
172. Verheul R, van den Brink W, Hartgers C. Personality disorders predict relapse
in alcoholic patients. Addict Behav 1998; 23: 869-882.
173. Vertogradova O, Bannikov G, Konkov S. Personality characteristics in
depressive patients. European Psychiatry 1997; 12 Suppl 2: 235S.
174. Waldinger R, Gunderson JG. Completed psychotherapies with borderline
patients. Am J Psychother 1984; 38: 190-202.
252
175. Weaver TL, Clum GA. Early family environments and traumatic experiences
associated with borderline personality disorder. J Consult Clin Psychology 1993;
61: 1068-1075.
176. Westen D, Ludolph P, Misle B, Ruffins S, Block J. Physical and sexual abuse
in adolescent girls with borderline personality disorder. Am J Orthopsychiatry
1990; 60: 55-66.
177. Widiger TA, Trull TJ. Borderline and narcissistic personality disorders. In:
Sutker PB, Adams HE, editors. Comprehensive Handbook of Psychopathology.
2
nd
ed. New York: Plenum; 1993. P. 371-394.
178. Widom CS. Posttraumatic stress disorder in abused and neglected children
grown up. Am J Psychiatry 1999; 156:1223-1229.
179. Wolfe J, Kimerling R. Gender issues in the assessment of posttraumatic stress
disorder. In: Wilson J, Keane TM, editors. Assessing psychological trauma and
PTSD. New York: Guilford Press; 1997. P. 192-238.
180. Yen S, Shea MT, Sanislow CA, Grilo CM, Skodol AE, Gunderson J, et al.
Borderline personality disorder criteria associated with prospectively observed
suicidal behavior. Am J Psychiatry 2004; 161(7): 1296-1298.
181. Zanarini MC, Frankenburg FR, Dubo ED, Sickel AE, Trikha A, Levin A, et al.
Axis I comorbidity of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1998a;
155(12): 1733-1739.
182. ____. Axis II comorbidity of borderline personality disorder. Compr Psychiatry
1998b; 39(5): 296-302.
183. Zanarini MC, Frankenburg FR, Hennen J, Reich DB, Silk KR. Axis I
comorbidity with borderline personality disorder: 6-year follow-up and prediction
of time of remission. Am J Psychiatry 2004; 161(11): 2108-2114.
184. Zanarini MC, Frankenburg FR, Khera GS, Bleichmar J. Treatment histories of
borderline inpatients. Compr Psychiatry 2001; 42: 144-150.
185. Zanarini MC, Frankenburg FR, Vujanovic AA. Inter-rater and test-retest
reliability of the revised diagnostic interview for borderlines. J Personal Disord
2002; 16(3): 270-276.
186. Zanarini MC, Gunderson JG, Frankenburg FR. The revised diagnostic
interview for borderlines: discriminating BPD from other axis II disorders. J
Personal Disord, 1989; 3: 10-18.
253
187. _____. Discriminating borderline personality disorder from other axis II
disorders. Am J Psychiatry 1990; 147: 161-67.
188. Zanarini MC, Gunderson JG, Marino MF, Schwartz EO, Frankenburg FR.
Childhood experiences of borderline patients. Compr Psychiatry 1989; 30: 18-
25.
189. Zanarini MC, Wiliams AA, Lewis RE, Reich RB, Vera SC, Marino MF.
Reported pathological childhood experiences associated with the development
of borderline personality disorder. Am J Psychiatry 1997; 154: 1101-1106.
190. Zimmerman M, Coryell W. DSM-III personality disorder diagnoses in a non-
patient sample. Arch Gen Psychiatry 1989; 46: 682-689.
191. Zimmerman M, Mattia JI. Axis I diagnostic comorbidity and borderline
personality disorder. Compr Psychiatry 1999; 40: 245-252.
254
254
ANEXOS
ANEXOSANEXOS
ANEXOS
255
PROTOCOLO PARA A PESQUISA “FATORES AMBIENTAIS...”
Traumas na Infância x Transtorno de Personalidade Borderline
Data: ........./........../............ Protocolo nº: ..........................................
NOME DO PACIENTE: _________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
ENDEREÇO:_________________________________________________________________________________
____________________________________________TELEFONE: ______________________________
ENTREVISTADOR: _______________________________________________________________________
INFORMAÇÕES SOBRE O PACIENTE:
1. Idade: ............................anos
2. Sexo: Masculino Feminino
3.Situação conjugal:
Solteiro
Casado ou com
companheiro
Viúvo
Separado
4. Nº de companheiros prévios:
5. Separado (nº de separações):
6. Profissão (função): Sim Não
7. Exerce alguma função de trabalho: Sim. Qual? ............................................................ Não
8. Atualmente: Empregado Desempregado: Quantos meses? .......................
9. Escolaridade: Analfabeto .................. anos de estudo
10. Renda individual: R$ ..............................................................
11. Renda familiar: R$ ..............................................................
12. Cor: Branca Negra Mestiça
13. Atualmente mora: Sozinho Com a família Companheiro(a)
14. Fumante: Sim Não
Você alguma vez já pensou que deveria diminuir seu uso de bebida?
Sim Não
Você já se incomodou porque alguém criticou seu uso da bebida?
Sim Não
Você alguma vez já se sentiu mal ou culpado com seu uso de bebida?
Sim Não
Você alguma vez já teve que beber logo que acordou para se acalmar ou para
se recuperar de uma ressaca?
15. Abuso de álcool:
Sim Não
16. Já usou outras drogas? Sim. Quais? ..........................................................................
....................................................................................................
Não
ANEXO A
256
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
17. Motivação para o tratamento atual: Espontânea Compulsória
18. Motivos para busca do tratamento atual (descreva as queixas principais do paciente):
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
19. Motivo da procura do tratamento neste momento:
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
20. Idade do início dos sintomas atuais (incluindo dados sobre como começaram os sintomas e que
sentimentos eles despertaram no paciente):
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
Afetivos:
( )
( )
( )
( )
( )
- afeto lábil [acentuadas mudanças de humor]
- irritabilidade [crises de raiva ou mau humor intensas e inadequadas]
- instabilidade do humor (hiper-reativo a frustrações)
- colapsos freqüentes e transitórios relacionados a estresses
- humor depressivo e disfórico
Impulsividade:
( )
( )
( )
( )
( )
- overdose de drogas
- auto-mutilações
- comportamentos suicidas
- crises bulímicas ou intoxicações alcoólicas
- promiscuidade sexual
- atos anti-sociais. Quais? ...................................................................
................................................................................................................
................................................................................................................
-
compulsão a repetir situações auto-destrutivas
21. Tipo de sintomas atuais:
Interpessoal e do ego:
257
( )
( )
( )
( )
- reações desesperadas diante de abandonos [reais ou imaginários]
- relacionamentos intensos, instáveis e conturbados
- sentimentos crônicos de vazio
- distúrbios de identidade [auto-imagem instável, identidade sexual
confusa]
Psicóticos:
( )
( )
( )
( )
( )
- episódios psicóticos transitórios associados a estresses
- idéias de referência
- desrealização/despersonalização
- distorções da realidade (pensamento mágico)
- ilusões
22. Durão dos sintomas atuais (em meses ou anos):
HISRIA DE DOENÇA PASSADA
23. História de doença psiquiátrica no passado: Sim Não
Especificar:
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
Idade do primeiro tratamento: ..................anos
..................anos
...........................
Idade da primeira hospitalização:
Nº internações prévias:
Data da última internação:
...........................
Sim
Não
...........................
Psicoterapia (definida como um
encontro sistemático com algum(a)
psiquiatra, ou psicólogo(a), para discutir
problemas de sua vida):
Duração (em meses):
Freqüência (por semana):
...........................
Psicofármacos: ( )
( )
( )
( )
( )
- antidepressivos
- benzodiazepínicos
- antipsicóticos
- estabilizadores do humor
- outro
ECTS:
Sim. Nº de sessões: Não
24. Tratamento(s) realizado(s):
Outros tipos de tratamento: .................................................................
..............................................................................................................
..............................................................................................................
..............................................................................................................
25. Abandono(s) de tratamento(s) prévio(s): Sim. Quantos: Não
258
Motivos:
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
26. Idade do início dos primeiros sintomas: ...........................anos
27. Tipo de sintomas:
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
HISRIA DOS EVENTOS ESTRESSORES (DESENCADEANTES)
28. Houve fator desencadeante na(s) primeira(s) crise(s)? Sim o
29. Qual o tipo de estressor (ver tabela anexa)?
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
30. Qual sua duração? Agudo Crônico (mais de 6 meses)
31. Qual sua gravidade (ver tabela)? Leve Moderado Grave
32. Houve fator desencadeante na doença atual?
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
33. Qual o tipo de estressor (ver tabela anexa)?
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
34. Qual sua duração? Agudo Crônico (mais de 6 meses)
35. Qual sua gravidade (ver tabela)? Leve Moderado Grave
- Anorexia Nervosa
- Bulimia
- Dor pélvica
- Dor psicogênica
- Transtornos dismórfico corporal
- Dispareunia
- Vaginismo
- Disfunções sexuais:
desejo hipoativo
impotência
anorgasmia
36. História de doenças físicas
ou somatoformes:
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
- outras disfunções sexuais (especifique):
- sintomas dissociativos (amnésias, fugas, desmaios)
- sintomas conversivos
- Eixo I
- Eixo II
- Eixo III
- Eixo IV
37. Hipóteses diagsticas:
- Eixo V: Escala de Avaliação Global do Func. (escala GAF em anexo):
38. Diagnóstico pela CID 10 (M.I.N.I.):
259
39. Diagnóstico pelo DIB-R: Escore
40. Classe sócio-econômica:
41. Dosagem cortisol sérico basal:
Dose utilizada de dexametasona:
Resposta às 8h: ...................................
..............................................................
Resposta às 16h: .............................
..........................................................
42. Resposta ao DST:
Supressor: Sim Não
ANEXAR
Gabarito FEI
Gabarito M.I.N.I.
Gabarito DIB-R
SRQ
Estilos de Apego
Parental Bonding
CTQ
Estressores ao Longo da Vida
Escala de Gravidade de Abuso
Escala Nível Sócio-Econômico
260
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO - A
Está sendo realizada uma pesquisa no Hospital de Clínicas de Porto Alegre sobre traumas
ocorridos na infância e sua relação com problemas emocionais na vida adulta. A sua participação nesta
pesquisa envolverá o fornecimento de informações sobre fatos da história da sua vida, e fatos da sua
situação atual. Estamos cientes que a natureza de algumas das informações que lhe solicitaremos
poderá ser penosa e delicada, e não desejamos provocar maiores sofrimentos ao relembrá-las. Se
você, mesmo assim, aceitar participar desta pesquisa, estaremos disponíveis para conversar sobre
quaisquer sofrimentos despertados, e encaminhá-lo, se necessário, para o atendimento psicológico
adicional que se fizer necessário.
Também serão necessários realizar três exames de sangue, feitos em dois dias seguidos (um em
um dia e dois no dia seguinte), onde serão colhidos cerca de 3 ml (uma colher de sobremesa) de
sangue para exame, de cada vez. Suas entrevistas, e as coletas de sangue venoso para os exames,
serão realizadas por profissionais da área da saúde, treinados para estes procedimentos. Os objetivos
das entrevistas serão os de colher dados da sua história de vida atual e passada, e pedir que você
preencha alguns questionários.
A finalidade da pesquisa é a de conhecer e compreender melhor as condições de vida e de
saúde mental das pessoas que procuram o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e, dentro disto, estudar
a associação que possa haver entre fatos traumáticos da infância e juventude dos pacientes com sua
situação atual.
Os registros médicos e as informações que você fornecer serão tratados sempre
confidencialmente. Por outro lado, não deixando que você seja identificado, os resultados deste estudo
poderão vir a ser publicados em revistas científicas, ou a serem submetidos à discussão com outros
profissionais da área da saúde.
Como participante desta pesquisa você poderá desligar-se do estudo em qualquer momento, se
assim o desejar, sem nenhum prejuízo de qualquer atendimento que esteja tendo, ou que possa vir a
necessitar, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Para seu conhecimento, os responsáveis pela
pesquisa são o Prof. Sidnei Schestatsky (ramal 8311) e a Profª. Lúcia Helena Ceitlin (ramal 8294), com
os quais você poderá entrar em contato, sempre que desejar maiores esclarecimentos sobre o estudo
que estará em andamento.
Declaro que estou ciente das informações acima e que concordo em participar desta pesquisa
Número do estudo: ..................................... Código de ident.: ...............................................
Nome do participante: .............................................................................................................
Nome de familiar ou responsável: ..........................................................................................
Assinatura do Médico Supervisor: ..........................................................................................
Assinatura do participante: .....................................................................................................
ANEXO B
261
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO – B
Está sendo realizada uma pesquisa no Hospital de Clínicas de Porto Alegre sobre traumas
ocorridos na infância de pacientes e a relação destes traumas com problemas emocionais na vida
adulta dos mesmos. A sua participação nesta pesquisa será a de permitir que possamos
estabelecer uma comparação entre pessoas que apenas trabalham no Hospital de Clínicas, com
aquela pessoas que vem buscar tratamento no HCPA. Estamos cientes que a natureza de
algumas das informações que lhe solicitaremos poderá ser penosa e delicada, e não desejamos
provocar maiores sofrimentos ao relembrá-las. Por outro lado, caso você aceitar participar desta
pesquisa, e houver qualquer situação emocional que necessite ser melhor esclarecida ou tratada,
poderemos encaminhá-lo(a) para o atendimento médico ou psicológico que se fizer necessário.
Também serão necessários realizar três exames de sangue, feitos em dois dias seguidos
(um em um dia e dois no dia seguinte), onde serão colhidos cerca de 3 ml (uma colher de
sobremesa) de sangue para exame, de cada vez. Suas entrevistas, e as coletas de sangue
venoso para os exames, serão realizadas por profissionais da área da saúde, treinados para
estes procedimentos. Quanto às entrevistas, seus objetivos serão os de colher dados da sua
história de vida atual e passada e preencher alguns questionários.
Todas as informações que você fornecer serão tratadas confidencialmente e não serão
registrados no seu prontuário médico do HCPA; portanto, não terão qualquer repercussão na sua
relação com o Hospital. Por outro lado, evitando sempre que você seja identificado, os resultados
deste estudo poderão vir a ser publicados em revistas científicas, ou a serem submetidos à
discussão com outros profissionais da área da saúde.
Como participante desta pesquisa, você poderá desligar-se do estudo no momento que
desejar, sem que haja qualquer prejuízo em outros atendimentos que você esteja tendo, ou que
possa vir a ter, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Para seu conhecimento, os responsáveis
pela pesquisa são o Prof. Sidnei Schestatsky (ramal 8311) e a Profª. Lúcia Helena Ceitlin (ramal
8294), com os quais você poderá entrar em contato sempre que desejar maiores esclarecimentos
sobre o estudo que estará em andamento.
Declaro que estou ciente das informações acima, e que concordo em participar desta
pesquisa.
Número do estudo: ........................................... Código de ident.: .........................................
Nome do participante: ............................................................................................................
Nome de familiar ou responsável: ..........................................................................................
Assinatura do Médico Supervisor: .........................................................................................
Assinatura do participante: .....................................................................................................
262
ESCALA PARA NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO
A Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado criou, em 1978, um novo
sistema de classificação sócio-econômica. O conceito básico desta classificação é
discriminar as pessoas sócio-economicamente mediante informações sobre sua
escolaridade e a posse de determinados “itens de conforto”, tais como televisor, geladeira,
rádio, automóvel e empregados domésticos. É levado em consideração o número de
entidades possuídas, item por item, ao invés de simplesmente atribuírem-se pontos
conforme a presença ou ausência de cada item. A soma dos pontos obtidos vai incluir a
pessoa entrevistada nas classes A, B, C, D, e E, conforme mostrado a seguir:
Item Não tem
1 2 3 4 5 6 ou mais
TV
0 2 4 6 8 10 12
Rádio 0 1 2 3 4 5 6
Banheiro 0 2 4 6 8 10 12
Carro 0 4 8 12 16 16 16
Empregada
0 6 12 18 24 24 24
Telefone 0 5 5 5 5 5 5
Geladeira 0 2 2 2 2 2 2
Instrução do chefe da família Pontos
Analfabeto/primário incompleto
0
Primário completo/ginasial incompleto 1
Ginasial completo/colegial incompleto 3
Colegial completo/superior incompleto 5
Superior completo 10
Por exemplo:
- O sujeito X possui: 1 televisão, 3 rádios, 1 automóvel, 1 telefone e 1 geladeira.
- X tem nível superior incompleto.
- Assim, X tem a seguinte pontuação: 2 + 3 + 4 + 5 + 2 +5 = 21
- Com isto, X é classificado na classe B.
Classe Pontos
A
35 ou mais
B 21 a 34
C 10 a 20
D 5 a 9
E 0 A 4
ESCORE DE CLASSE: ______
NOME: ____________________________________ Nº PROTOCOLO: ______
ENTREVISTADOR: _________________________________ DATA: ________
ANEXO C
263
SELF REPORT QUESTIONNAIRE
1. Você tem dores de cabeça freqüentes? ( )
Sim ( )
Não
2. Tem falta de apetite? ( )
Sim ( )
Não
3. Dorme mal? ( )
Sim ( )
Não
4. Fica com medo com facilidade? ( )
Sim ( )
Não
5. Suas mãos tremem? ( )
Sim ( )
Não
6. Se sente nervoso, tenso ou preocupado? ( )
Sim ( )
Não
7. Tem problema digestivo? ( )
Sim ( )
Não
8. Não consegue pensar com clareza? (é difícil pensar com clareza?) ( )
Sim ( )
Não
9. Sente-se infeliz? ( )
Sim ( )
Não
10. Chora mais que o comum? ( )
Sim ( )
Não
11. Acha difícil gostar de suas atividades diárias? ( )
Sim ( )
Não
12. Acha difícil tomar decisões? ( )
Sim ( )
Não
13. Seu trabalho diário é um sofrimento? (tormento)? ( )
Sim ( )
Não
14. Não é capaz de ter um papel útil na vida (inútil)? ( )
Sim ( )
Não
15. Perdeu o interesse pelas coisas? ( )
Sim ( )
Não
16. Acha que é uma pessoa que não vale nada? ( )
Sim ( )
Não
17. O pensamento de acabar com a vida já passou pela sua cabeça? ( )
Sim ( )
Não
18. Sente-se cansado o tempo todo? ( )
Sim ( )
Não
19. Tem sensações desagradáveis no estômago? ( )
Sim ( )
Não
20. Fica cansado com facilidade? ( )
Sim ( )
Não
NOME: ____________________________________________ Nº PROTOCOLO: _____________
ENTREVISTADOR: ____________________________________________ DATA: ____________
ANEXO D
264
ENTREVISTA PARA DIAGNÓSTICO DE
TRANSTORNO BORDERLINE - REVISADA
(DIB-R)
John G. Gunderson, M.D.
e
Mary C. Zanarini, Ed. D.
McLean Hospital
Harvard Medical School
Para maiores informações sobre a DIB-R, contate os autores no McLean Hospital, 115 Mill Street,
Belmont, MA 02178.
ANEXO E
265
DESCRIÇÃO
A DIB-R é uma entrevista semi-estruturada que coleta informações em quatro áreas consideradas
importantes para o diagnóstico do Transtorno de Personalidade “Borderline”: afeto, cognição, padrões de ação
impulsiva e relacionamentos interpessoais. Ela avalia 97 itens relacionados com o modo como o paciente se
sentiu, pensou e se comportou durante os dois últimos anos. O paciente é a única fonte de informações para a
grande maioria destes itens, mas um pequeno mero deles permite o uso de uma fonte adicional de dados,
através de informações de familiares ou consulta a prontuários.
A entrevista é dividida em 24 sub-seções e as informações obtidas em 22 destas sub-seções são usadas
para definir 22 enunciados, chamados de ENUNCIADOS RESUMO. Cada um destes enunciados representa um
critério diagnóstico importante para o Transtorno de Personalidade “Borderline” e é utilizado para avaliar a
presença ou ausência deste transtorno. As informações das outras duas sub-seções pesam negativamente
contra o diagnóstico “borderline” (itens # 24 e # 58) e são usadas para determinar o escore final do paciente nas
seções de afeto e cognição, respectivamente.
INSTRUÇÕES
1. Verifique se o paciente não entendeu alguma pergunta ou deu uma resposta que pareça incompleta,
contraditória ou inexata. Também investigue mais, se achar que um conjunto especificado de perguntas não
forneceu informações suficientes para dar o escore de um Enunciado Resumo.
2. Assinale o número que representar a melhor resposta para uma pergunta ou um Enunciado Resumo. A
menos que especificado de outra forma, todas as perguntas e Enunciados Resumo seguem a seguinte
classificação: 2 = SIM, 1 = PROVÁVEL e 0 = NÃO. Se uma pergunta não é aplicável, escreva N.A. à direita
do grupo de alternativas.
3. Para cada seção, some os Escores do Enunciado Resumo para obter o ESCORE DA SEÇÃO.
4. Converta o Escore da Seção em um ESCORE GRADUADO DE SEÇÃO, de 0 a 2 ou de 0 a 3, seguindo as
instruções fornecidas ao final daquela seção.
5. Totalize os Escores Graduados das Seções para obter um ESCORE DIB-R total de 0 a 10.
6. Use as seguintes diretrizes para fazer uma avaliação diagnóstica ao final da entrevista: um escore DIB-R de
oito ou mais é considerado indicativo de Transtorno de Personalidade “Borderline”, ao passo que um
escore DIB-R de sete ou menos é considerado indicativo de outra síndrome clínica.
266
INFORMAÇÕESSICAS
1. Código do Paciente:
Nome do Paciente:
Nº do Prontuário: Nº do Protocolo:
1 Internado
2 Paciente Ambulatorial
2. Situação no Momento da Entrevista:
3 Não-Paciente
Data da Entrevista:
Instituição:
Nome do Entrevistador:
3. Idade:
4. Sexo: 1 Masculino 2 Feminino
5. Estado Civil: 1 Nunca casou 2 Casado pelo menos uma vez
6. Raça: 1 Branco 2 Não Branco. Especificar:
7. Grau de Instrução: ............................................. anos de escolaridade completa
1 Profissional 2 Gerencial 3 cnico 4 Escritório/Vendas
5 Atividade
Especializada
6 Atividade Semi-
especializada
7 Atividade Não
Especializada
8 Estudante
8. Ocupação:
9 Dona-de-Casa 10
Nenhum
9. Classe Social (conforme Hollingshead-Redlich): 1-5
(Este número deve basear-se no grau de instrução e ocupação do chefe da casa onde o paciente reside caso este
não seja financeiramente independente.).
NOTA: Substituir o índice acima pela ESCALA DE VEL SÓCIO-ECONÔMICO
267
INÍCIO DA ENTREVISTA
Antes de começar este questionário, gostaria de assinalar que a maioria das perguntas que serão feitas se
refere aos últimos dois anos de sua vida. Gostaríamos de conhecer principalmente seus sentimentos,
pensamentos e comportamentos habituais durante este período de dois anos. Serão também feitas
algumas perguntas sobre comportamentos que provavelmente não sejam normais para você, mas que
podem ter ocorrido em alguns momentos difíceis, nos quais você tenha se sentido muito perturbado com
alguma coisa ou tenha entrado em alguma crise.
SEÇÃO AFETO
Nos últimos dois anos, você...
Depressão
1. ... sentiu-se muito triste, ou deprimido, na maior parte do tempo? 2 1 0
2. ... teve períodos em que esteve muito deprimido, todos os dias, por duas semanas ou mais? 2 1 0
3. E.1 - O PACIENTE TEVE UMA DEPRESSÃO CRÔNICA MENOR OU PASSOU POR UM OU MAIS
EPISÓDIOS DE DEPRESSÃO MAIOR.
2 1 0
Nos últimos 2 anos, você:
4.... sentiu-se inseguro e desamparado por dias ou semanas seguidas? 2 1 0
5.... sentiu-se sem esperanças que as coisas poderiam melhorar? 2 1 0
6.... sentiu-se que não valia nada? 2 1 0
7.... sentiu-se extremamente culpado com alguma coisa? 2 1 0
8. E.2 - O PACIENTE TEVE SENTIMENTOS PROLONGADOS DE DESAMPARO, DESESPERANÇA,
FALTA DE VALOR PRÓPRIO OU CULPA.
2 1 0
Raiva
Nos 2 últimos anos, você:
9.... sentiu-se muitas vezes com raiva? 2 1 0
10. ... sentiu-se com muita raiva (ou seja, furioso ou com muito ódio de alguém)? 2 1 0
Nos 2 últimos anos, você
11. ... foi muitas vezes irônico ou debochado com as pessoas? 2 1 0
12. ... teve vontade de discutir e brigar por qualquer motivo? 2 1 0
13. ... irritou-se com facilidade? 2 1 0
14. E.3 - O PACIENTE SENTIU-SE FREQUENTEMENTE MUITO IRRITADO OU AGIU DE MODO
CONTRARIADO (I.E., MUITAS VEZES MOSTROU-SE IRÔNICO, BRIGÃO E FACILMENTE
IRRITÁVEL).
2 1 0
Ansiedade
Nos últimos 2 anos, você:
15. ... sentiu-se muito ansioso, durante muito tempo? 2 1 0
16. ... com freqüência teve sintomas físicos de nervosismo, como dores de cabeça, palpitações, coração
batendo rápido ou suor excessivo?
2 1 0
17. ... perturbou-se, sem razão, com medos inexplicáveis de coisas que normalmente não o assustariam? 2 1 0
18. ... teve ataques de pânico (i.e., crises de ansiedade com início súbito e com intenso medo de morrer,
de enlouquecer ou perder o controle)?
2 1 0
19. E.4 O PACIENTE SENTIU-SE MUITO ANSIOSO OU APRESENTOU FREQÜENTES SINTOMAS
FÍSICOS DE ANSIEDADE.
2 1 0
268
Outros Afetos Disfóricos
Nos últimos 2 anos, você:
20. ...se sentiu muito só na maior parte do tempo? 2 1 0
21. ... sentiu-se na maior parte do tempo aborrecido, sem achar graça nas coisas? 2 1 0
22. ... experimentou muitas vezes uma sensação de vazio? 2 1 0
23. E.5 - O PACIENTE TEVE SENTIMENTOS CRÔNICOS DE SOLIDÃO, ABORRECIMENTO OU
SENSAÇÃO DE VAZIO.
2 1 0
Diversos
Nos últimos 2 anos, você:
24. (A)... freqüentemente passou por períodos de dias, ou semanas, em que se sentiu muito alegre ou
eufórico sem causa aparente?
2 1 0
Ou muito irritado quando alguém lhe contrariava? 2 1 0
1. Durante estes períodos, você acreditava que era uma pessoa muito importante, ou que tinha
capacidades ou poderes especiais?
2 1 0
2. Dormia menos do que o usual e não se sentia cansado? 2 1 0
3. Falava mais do que o usual? 2 1 0
4. Sentia que seus pensamentos estavam mais rápidos? 2 1 0
5. Distraía-se com mais facilidade do que o usual? 2 1 0
6. Envolvia-se excessivamente em diversas atividades (no trabalho, em casa, socialmente, sexualmente),
ou se sentia fisicamente mais agitado/a do que o usual?
2 1 0
7. Fazia coisas impulsivas que normalmente não faria (p. ex., gastar dinheiro em excesso, ter muitos
casos amorosos, fazer negócios sem pensar)?
2 1 0
Outras pessoas percebiam estes episódios? 2 1 0
O que elas diziam sobre eles? 2 1 0
Você teve que interromper suas atividades por causa destas crises, ou teve que ser internado? 2 1 0
(Verifique se o paciente teve um distúrbio do humor – critério A – e mais três dos outros sete
critérios.) (Episódios Hipomaníacos).
2 1 0
25. ESCORE NA SEÇÃO AFETO:
Escore Graduado na Seção Afeto:
- 2 se o Escore da Seção for 5 ou mais (2 de cada de E.3 e E.5);
- 1 se o Escore da Seção for 3 ou 4, ou qualquer outra combinação de 5 ou mais;
- 0 se o Escore da Seção for 2 ou menos, ou se o paciente tiver passado por repetidos episódios hipomaníacos bem
definidos, e que foram claramente percebidos pelos outros.
26. ESCORE GRADUADO NA SEÇÃO AFETO:
SEÇÃO COGNIÇÃO
Esta seção classifica perturbações do pensamento (pensamento estranho, experiências perceptivas incomuns
e experiências paranóides não delirantes), pensamentos “quase”- psicóticos e pensamentos verdadeiramente
psicóticos. Experiências “quase”-psicóticas são definidas como delírios e alucinações transitórios, circunscritos e
pouco picos dos transtornos psicóticos, ao passo que experiências psicóticas "reais" são definidas como delírios
e alucinações duradouras, disseminadas e típicas nos transtornos psicóticos. Além disso, todos os Enunciados
Resumos e todos os itens, exceto o item #57, referem-se a experiências não influenciadas por substâncias
psicoativas, sendo, portanto, fundamental averiguar se as experiências descritas pelo paciente ocorreram com ele
sóbrio ou sob a influência de álcool ou drogas.
Pensamentos Estranhos / Experiências Perceptivas Incomuns
Nos últimos dois anos, você:
27. ... foi muito supersticioso (p. ex., batia sempre na madeira, atirava sal sobre o ombro, fugia de gatos
pretos ou evitava passar por debaixo de escadas)? (Superstição Importante)
2 1 0
269
28. ... acreditou que seus pensamentos, palavras ou gestos poderiam fazer as coisas acontecerem, ou
impedi-las de acontecer, de alguma forma especial ou mágica? (Pensamento Mágico)
2 1 0
29. ... achou que tinha um “sexto sentido”, uma intuição especial, sobre coisas que poderiam acontecer
mas que ainda não tinham acontecido? (Sexto Sentido)
2 1 0
30. .... muitas vezes se sentiu capaz de dizer o que os outros estavam pensando ou sentindo, usando
algum poder especial ou mágico, tal como a telepatia? Ou acreditou que as outras pessoas sabiam o que
você estava pensando ou sentindo usando este mesmo tipo de poder? (Telepatia)
2 1 0
31. ... com freqüência teve experiências de premonição, como a visão de algo que estava acontecendo
em outro lugar? Achou-se, freqüentemente, capaz de predizer o futuro? (Clarividência)
2 1 0
32. ... acreditou fortemente em alguma idéia, mesmo que as pessoas tentassem lhe mostrar que ela não
era verdade (p. ex., achar que estava sendo prejudicado ou perseguido no emprego, quando os outros
não achavam)? (Idéias supervalorizadas)
2 1 0
Nos 2 últimos anos, você:
33. ... freqüentemente sentiu a presença de uma força, ou pessoa, que na realidade não estavam
presentes? Interpretou errado coisas que ouvia (p. ex., achou que ouvia alguém chamar seu nome,
quando na verdade era o som do vento)? (Ilusões Recorrentes)
2 1 0
34. ... freqüentemente se sentiu fora da realidade? Com a sensação que seu corpo, ou uma parte dele,
parecia estranha ou mudava de forma ou tamanho? Que seus sentimentos pareciam não serem seus?
Como você visse a si mesmo de longe? (Despersonalização)
2 1 0
35 ... freqüentemente sentiu que as coisas a sua volta eram irreais? Como se elas fossem estranhas, ou
mudassem de forma ou tamanho? Como se você estivesse num sonho? Como se algo semelhante a um
vidro estivesse entre você e o mundo? (Desrealização)
2 1 0
36. E.6 - O PACIENTE TEVE PENSAMENTOS BIZARROS OU EXPERIÊNCIAS PERCEPTIVAS
INCOMUNS (P. EX., PENSAMENTO MÁGICO, ILUSÕES RECORRENTES, DESPERSONALIZAÇÃO).
2 1 0
Experiências Paranóides o-Delirantes
Nos últimos 2 anos, você:
37. ... frequentemente se sentiu muito desconfiado das outras pessoas? (Desconfiança Injustificada) 2 1 0
38. .... muitas vezes pensou que outras pessoas estavam lhe observando? Falando de você pelas
costas? Rindo de você? (Idéias de Referência)
2 1 0
39. ... muitas vezes pensou que as pessoas estavam lhe prejudicando ou perseguindo? Que elas se
aproveitavam de você, ou lhe acusavam por coisas pelas quais você achava que não tinha feito? (Outras
Idéias Paranóides)
2 1 0
40. E.7 - O PACIENTE TEVE FREQÜENTES EXPERIÊNCIAS PARANÓIDES NÃO- DELIRANTES E
TRANSITÓRIAS (i.e., DESCONFIANÇA INJUSTIFICADA, IDÉIAS DE REFERÊNCIA, OUTRAS IDÉIAS
PARANÓIDES).
2 1 0
Experiências Psicóticas (Classifique cada experiência conforme abaixo):
2 = delírios e alucinações "reais", 1 = delírios e alucinações “quase”-psicóticos, e 0 = ausência de delírios ou
alucinações.
Nos últimos 2 anos, você achou:
41. ... que alguma força externa estava introduzindo idéias em sua cabeça? (Inserção de Idéias) 2 1 0
42. ... que idéias estavam sendo roubadas de sua mente? (Roubo de Pensamento) 2 1 0
43. ... que seus pensamentos estavam sendo transmitidos pelo rádio, TV ou pela internet, de modo que
as outras pessoas podiam ouvir o que você estava pensando? (Radiodifusão de Idéias)
2 1 0
44. ... que seus sentimentos, idéias ou ações estavam sendo controladas por uma outra pessoa ou por
uma máquina? (Delírios de Controle do Pensamento)
2 1 0
45. ... que conseguia ouvir os pensamentos dos outros? Ou que eles podiam ler seus pensamentos como
se sua mente fosse um livro aberto? (Delírios de Leitura de Pensamentos)
2 1 0
270
46. ... que outras pessoas estavam conspirando contra você? Que estavam tentando lhe machucar ou lhe
punir de propósito? (Delírios de Perseguição)
2 1 0
47. ... que outras pessoas estavam vigiando ou seguindo você? Que coisas tinham sido preparadas
contra você? Que você estava recebendo mensagens através do rádio ou da televisão? (Delírios de
Referência)
2 1 0
48. ... que você merecia ser castigado por algo terrível que tinha feito? (Delírios de Culpa/Pecado) 2 1 0
49. ... que você era uma pessoa extremamente importante? Que tinha capacidades ou poderes
excepcionais? (Delírios de Grandeza)
2 1 0
50. ... que algo terrível tinha acontecido, ou iria acontecer com você no futuro (p. ex., que o mundo iria
acabar amanhã, que seu corpo estava se desintegrando ou se derretendo)? (Delírios Niilistas)
2 1 0
51. ... que havia algo de muito errado com seu corpo ou que você tinha alguma doença muito grave?
(Delírios Somáticos)
2 1 0
52. ... teve outras idéias que as pessoas julgaram totalmente absurdas, estranhas ou sem pé nem
cabeça? (Outros Delírios)
2 1 0
Nos 2 últimos anos, você...
53. ... ouvia vozes, ou outros sons, que ninguém mais ouvia? (Alucinações Auditivas) 2 1 0
54. ... via coisas ou tinha visões que os outros não viam? (Alucinações Visuais) 2 1 0
55. ... teve outras experiências com sensações que ninguém mais sentia (p. ex., cheiros estranhos ou
algo invisível rastejando por seu corpo)? Ou teve sensações no seu corpo que lhe parecessem memórias
de algo ocorrido no passado? (sentir ardências de uma queimadura da infância, por ex.) (Outras
Alucinações)
2 1 0
56. E.8 - O PACIENTE TEVE FREQÜENTES DELÍRIOS OU ALUCINAÇÕES "QUASE-PSICÓTICOS” 2 1 0
Diversos
Nos últimos 2 anos, você:
57. ... teve alguma destas experiências depois de ter bebido ou usado drogas?
(Experiências Psicóticas Induzidas por Substâncias) (2 = experiências psicóticas "reais", 1 = experiências
quase-psicóticas e 0 = nenhuma)
58. ... passou por períodos de uma semana ou mais, em que se sentiu extremamente alegre ou eufórico
sem causa aparente?
- Ou muito irritado quando contrariado?
- Durante estes períodos, você achava que era uma pessoa muito importante ou que tinha capacidades
ou poderes especiais?
- Dormia menos do que o usual e não se sentia cansado?
- Falava mais do que o usual ou sentia-se incapaz de parar de falar?
- Pensava aceleradamente ou queixava-se que os pensamentos pulavam de um assunto para outro?
- Distraía-se com muita facilidade?
- Envolvia-se em tantas atividades que as pessoas ficavam preocupadas, ou sentia-se fisicamente mais
agitado do que o habitual?
- Fazia muitas coisas, impulsivamente, que normalmente não faria?
- Este estado prejudicou seriamente seu trabalho?
- E a situação em casa ou sua vida social?
- Você teve que ser hospitalizado por causa de um destes episódios?
(Julgue se o paciente teve uma perturbação de humor persistente, foi seriamente prejudicado socialmente
ou profissionalmente durante estes períodos, além de satisfazer três dos outros sete critérios para
episódio maníaco.) (Episódios Maníacos)
2 1 0
271
59. ESCORE NA SEÇÃO DE COGNIÇÃO:
Escore Graduado na Seção de Cognição:
2 se o Escore na Seção for 4 ou mais;
1 se o Escore na Seção for 2 ou 3;
0 se o Escore na Seção for igual ou menor do que 1, ou se o paciente alguma vez teve ou um episódio
psicótico prolongado/generalizado, ou um episódio maníaco plenamente manifesto.
60. ESCORE GRADUADO NA SEÇÃO DE COGNIÇÃO:
SEÇÃO PADRÕES DE AÇÃO IMPULSIVA
Se a resposta para alguma das perguntas a seguir for sim, verifique o número de vezes que o comportamento
ocorreu. Exceto onde indicado (abuso de substâncias, automutilação e tentativas de suicídio), classifique assim cada
tipo de impulsividade: 2 = 5 x ou mais, 1 = 3-4 x e 0 = 2 x ou menos.
Abuso de Substâncias
Nos últimos dois anos, você..
61. ... bebeu demais ou ficou bêbado de verdade? (Abuso de Álcool)
(2 = abuso crônico, 1 = abuso episódico, 0 = ausência de abuso)
62. ... ficou "alto" com medicações prescritas ou drogas ilegais? (Abuso de Substâncias)
(2 = abuso crônico, 1 = abuso episódico, 0 = ausência de abuso)
63. E.9 - O PACIENTE TEVE UM PADRÃO DE GRAVE ABUSO DE SUBSTÂNCIAS. 2 1 0
Desvio Sexual:
Nos 2 últimos anos, você:
64. ... envolveu-se sexualmente, de modo impulsivo, com qualquer pessoa, ou teve muitos casos de curta
duração? (Promiscuidade)
2 1 0
65. ...envolveu-se em práticas sexuais incomuns (p. ex., gostar de ser humilhado ou ferido durante o ato
sexual, preferir assistir outras pessoas fazendo sexo a fazer sexo você mesmo)? (Parafilias)
2 1 0
66. E.10 - O PACIENTE APRESENTOU UM PADRÃO DE DESVIO SEXUAL (PARAFILIA OU
PROMISCUIDADE).
2 1 0
Auto-mutilação:
Nos últimos 2 anos, você:
67. ... feriu a si mesmo de propósito, mas sem pretender se matar (p.. ex., cortar-se, queimar-se, bater-se,
quebrar vidro da janela com socos, esmurrar a parede, bater a cabeça na parede)? (Auto-mutilação) (2 =
2 x ou mais; 1 = 1 x; 0 = nenhuma vez)
2 1 0
68. E.11 - O PACIENTE APRESENTOU UM PADRÃO DE AUTO-MUTILAÇÃO FÍSICA. 2 1 0
Atos Suicidas
Nos últimos 2 anos, você:
69. ... fez ameaças de se matar? (Ameaça de Suicídio) (2=2 x ou mais, 1 =1x, 0= nenhuma vez)
70. ... fez tentativas de se suicidar, mesmo que nem sempre fosse para valer?
(Gestos Suicidas /Tentativas de Suicídio) (2 = 2 x ou mais, 1 = 1 x; 0 = nenhuma vez)
71. E.12 - O PACIENTE TEVE UM PADRÃO DE AMEAÇAS, GESTOS OU TENTATIVAS
MANIPULADORAS DE SUICÍDIO (OU SEJA, AS TENTATIVAS DE SUICÍDIO VISAVAM SOBRETUDO
PROVOCAR UMA RESPOSTA DE AJUDA).
2 1 0
Outros Pades Impulsivos
Nos últimos 2 anos, você...:
72. ... teve algum episódio em que ingeriu tantos alimentos que sentiu muita dor e teve que se forçar a
vomitar? (Crises de Bulimia)
2 1 0
73. ... houve vezes em que gastou muito dinheiro em coisas que não precisava ou que não podia pagar?
(Crises de Esbanjamento)
2 1 0
74. ... teve crises de jogar cartas ou bingo (ou qualquer outro jogo), em que apostava compulsivamente
mesmo que estivesse sempre perdendo dinheiro? (Crises de Jogo Compulsivo)
2 1 0
272
75. ... perdeu a cabeça e gritou, berrou ou xingou alguém? (Explosões Verbais) 2 1 0
76. ... envolveu-se em brigas de rua? (Brigas Físicas) 2 1 0
77. ... ameaçou ferir alguém fisicamente (p. ex., ameaçou bater, esfaquear ou matar alguém)? (Ameaças
Físicas)
2 1 0
78. ... agrediu ou abusou de alguém fisicamente (p. ex., dando tapas, socos ou chutes em alguém)?
(Agressões Físicas)
2 1 0
79. ... deliberadamente danificou objetos (p. ex., quebrou pratos ou mobília, avariou o carro de outra
pessoa)? (Dano à Propriedade)
2 1 0
80. ... dirigiu algum veículo em alta velocidade? Dirigiu bêbado ou drogado? (Dirigir de Maneira
Imprudente)
2 1 0
81. ... fez alguma coisa proibida por lei (p. ex., furtos em lojas, venda de drogas, comprou ou vendeu
coisas roubadas)? (Ações Anti-sociais)
2 1 0
82. E.13 - O PACIENTE APRESENTOU OUTROS COMPORTAMENTOS IMPULSIVOS. 2 1 0
83. ESCORE NA SEÇÃO PADRÕES DE AÇÃO IMPULSIVA:
Escore Graduado na Seção Padrões de Ação Impulsiva:
3 se o Escore na Seção for igual ou maior do que 6 (2 de E. 11 ou de E. 12);
2 se o Escore na Seção for de 4 ou 5, ou qualquer outra combinação de 6 ou mais;
0 se o Escore na Seção for igual ou menor do que 3 ;
ESCORE GRADUADO NA SEÇÃO PADRÕES DE AÇÃO IMPULSIVA:
SEÇÃO DE RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
Intolerância a Ficar Sozinho
Nos últimos dois anos, você...
85. ... tinha muita dificuldade de passar algum tempo sozinho? 2 1 0
86. ... muitas vezes fez esforços desesperados para não ficar sozinho (p. ex., conversava ao telefone
durante horas a fio, saía de casa só para encontrar alguém com quem pudesse conversar ?).
2 1 0
87. ... sentiu-se muito deprimido quando ficava sozinho? 2 1 0
88. ... sentiu-se muito ansioso quando sozinho? Com raiva? Com sensações de vazio? Sentiu-se mal?
2 1 0
89. E.14 - O PACIENTE TIPICAMENTE EVITOU FICAR SOZINHO OU SENTIU-SE EXTREMAMENTE
DISFÓRICO QUANDO FICAVA SOZINHO.
2 1 0
Preocupações com Abandono/Fusão/Aniquilação
Nos últimos 2 anos, vo:
90. ... muitas vezes teve medo de que seria abandonado pelas pessoas mais próximas? (Medo de Abandono)
2 1 0
91. ... muitas vezes teve medo de sentir-se sufocado caso se envolvesse muito com as pessoas? (Medo de
Fundir-se)
2 1 0
92. ... muitas vezes teve medo de se desestruturar totalmente, ou de não conseguir seguir vivendo, caso fosse
abandonado por alguém muito importante na sua vida? (Medo de Aniquilação)
2 1 0
93. E.15 - O PACIENTE FREQÜENTEMENTE SENTIU MEDO DE ABANDONO, FUSÃO OU ANIQUILAÇÃO. 2 1 0
Dificuldade com dependência afetiva
Nos últimos 2 anos, vo...:
94. ... teve empregos onde uma de suas principais funções era cuidar de outras pessoas ou animais? 2 1 0
95. ... oferecia-se constantemente para ajudar amigos, parentes ou colegas de trabalho? 2 1 0
96. ... sentiu-se incomodado quando outras pessoas tentaram ajudar ou cuidar de você? 2 1 0
97. ... recusou-se a pedir apoio ou auxílio quando achava que realmente estava precisando de ajuda? 2 1 0
98. ... teve alguém em sua vida que voalguma vez sentiu que realmente precisava? Sua capacidade de
funcionar dependeu desta pessoa? E sua sobrevivência?
2 1 0
99. E.16 - O PACIENTE TEVE DIFICULDADES DE SE SENTIR DEPENDENTE OU SERIAMENTE
CONFLITUADO EM RELAÇÃO A DAR E RECEBER AJUDA.
2 1 0
273
Relacionamentos Íntimos Instáveis
Nos últimos 2 anos, vo:
100. ... teve algum relacionamento mais íntimo? Quantos? Com que freência se encontrou com estas
pessoas? Qual delas era a mais importante para você?
(2 = 4 ou mais; 1 = 2 a 3; 0 = 1 ou menos)
2 1 0
101. ... teve algum destes relacionamentos que tenha sido perturbado por discussões intensas e freentes?
2 1 0
102. ... teve rompimentos freentes destes relacionamentos ou de outras amizades? 2 1 0
103. E.17 - O PACIENTE MOSTROU TENNCIA A TER RELACIONAMENTOS INTENSOS E INSVEIS. 2 1 0
Problemas Recorrentes em Relacionamentos Íntimos
Nos últimos 2 anos, vo:
104. ...teve a tendência de sentir-se muito dependente dos outros? Precisava de muito apoio e ajuda para fazer
as coisas? Disseram que vo era muito dependente? (Dependência: o paciente freqüentemente sentiu-se
demasiado dependente dos outros)
2 1 0
105. ... permitiu que as pessoas lhe forçassem a fazer coisas que não queria fazer? Deixou que lhe tratassem
de maneira grosseira e agressiva? Alguma vez lhe disseram que você permitia que as pessoas explorassem
ou abusassem de você? (Masoquismo: o paciente muitas vezes permitiu que outros o coagissem ou ferissem)
2 1 0
106. E.18 - O PACIENTE APRESENTOU PROBLEMAS RECORRENTES COM DEPENDÊNCIA OU
MASOQUISMO EM RELACIONAMENTOS ÍNTIMOS.
2 1 0
Nos últimos 2 anos, você:
107. ... via mais os defeitos do que as qualidades das pessoas? lhe disseram que voera muito crítico ou
depreciativo? (Depreciação: o paciente repetidamente exagerou as fraquezas e minimizou as qualidades dos
outros)
2 1 0
108. ... muitas vezes tentou induzir as pessoas fazerem o que você queria que elas fizessem? Você se acha
capaz de manipular as pessoas? Ou já lhe disseram que você era muito manipulador? (Manipulão: o
paciente repetidamente usou de meios indiretos para obter o que queria dos outros)
2 1 0
109. ... muitas vezes tentou foar os outros a fazerem coisas que não queriam fazer, ou os tratou com
maldade? lhe disseram que você era autoririo ou cruel? (Sadismo: o paciente repetidamente tentou coagir
ou ferir os outros)
2 1 0
110. E.19 - O PACIENTE TEVE PROBLEMAS RECORRENTES DE DESVALORIZAÇÃO, MANIPULAÇÃO
OU SADISMO EM RELACIONAMENTOS ÍNTIMOS
2 1 0
Nos últimos 2 anos, você:
111. repetidamente exigiu das pessoas coisas que elas o podiam lhe dar? Solicitava grande parte do tempo
e da atenção delas? lhe disseram que você é uma pessoa que exige demais dos outros? (Exincia
excessiva: o paciente repetidamente faz exigências inadequadas)
2 1 0
112. ... muitas vezes agia com as pessoas como se votivesse direito a algum tratamento especial? Como se
as pessoas lhe devessem coisas por causa do que você passou na sua vida? lhe disseram que vo age
como se merecesse cuidados ou atenção especiais? (Prerrogativas especiais: o paciente freqüentemente
apresentou expectativas exageradas em relão aos outros)
2 1 0
113. E.20 - O PACIENTE TEVE PROBLEMAS RECORRENTES COM EXIGÊNCIA EXCESSIVA OU
EXPECTATIVAS EXAGERADAS.
2 1 0
Relacionamentos Psiquiátricos Perturbados
Nos últimos 2 anos, vo:
114. ...fez (outras) terapias individuais (a atual, se estiver fazendo, não conta)? Quantas?
(Número de Terapias Individuais) (2 = 2 ou mais; 1 = 1; 0 = nenhuma)
115. Quantos meses, nos últimos 24, você esteve em tratamento individual?
(Meses em Terapia Individual) (2 = 12 ou mais; 1 = 1-11; 0 = nenhum)
116. Você acha que ficou pior como resultado desta (ou de qualquer uma destas) terapia (s)? Em que sentido?
(Piora em Terapia Individual)
2 1 0
274
117. ... teve hospitalizões psiquiátricas? Quantas?
(Número de Hospitalizações Psiquiátricas) (2 = 2 ou mais; 1 = 1; 0 = nenhuma)
118. Quantos meses, nos últimos 24, você esteve internado?
(Meses Passados em Hospitais Psiquiátricos) (2 = 12 ou mais; 1 = 1 a 11; 0 = nenhum)
119. Você acha que piorou como resultado desta (s) internãoes)? Em que sentido?
120 E. 21 - O PACIENTE APRESENTOU COMPORTAMENT0 REGRESSIVO DURANTE O CURSO DA
PSICOTERAPIA OU HOSPITALIZAÇÃO PSIQUIÁTRICAS.
2 1 0
Nos 2 últimos anos, você:
121. ... foi o foco de conflitos ou de problemas com funcionários onde esteve internado? (Avalie se o paciente
despertou uma acentuada reação contratransferencial por parte dos funcionários. Outras fontes disponíveis
tamm podem ser utilizadas para fazer esta avaliação.)
2 1 0
122. ... teve um terapeuta que se irritou muito com você? Chegou a lhe sugerir que interrompessem o
tratamento? Envolveu-se demais cuidando de você, mais do que a maioria dos terapeutas? (Avalie se o
paciente provocou acentuada reação contratransferencial no seu terapeuta. Outras fontes disponíveis também
podem ser usadas para fazer esta avaliação.)
2 1 0
123. ... desenvolveu alguma amizade mais íntima ou algum caso amoroso com um membro da equipe do
hospital?
2 1 0
124. ... ou com um(a) terapeuta? 2 1 0
125. E. 22 - O PACIENTE DESPERTOU FORTES REÔES CONTRATRANSFERENCIAIS EM UMA
UNIDADE HOSPITALAR, OU NA PSICOTERAPIA, OU ESTABELECEU UM RELACIONAMENTO
"ESPECIAL" COM PROFISSIONAL DA ÁREA DE SDE MENTAL.
2 1 0
126. ESCORE NA SÃO DE RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS:
Escore Graduado na Seção de Relacionamentos Interpessoais:
3 se o Escore na Seção for igual ou maior que 9;
2 se o Escore for de 6 a 8;
0 se o Escore for igual ou menor que 5, ou se o paciente tem sido uma pessoa esquisita e socialmente isolada;
127. ESCORE GRADUADO NA SÃO DE RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS:
CONCLUSÕES
1. Escore na Seção Afeto: 0-10
2. Escore Graduado na Seção Afeto: 0-2
3. Escore na Seção Cognição: 0-6
4. Escore Graduado na Seção Cognição: 0-2
5. Escore na Seção Padrões de Ação Impulsiva: 0-10
6. Escore Graduado na Seção Pades de ão Impulsiva: 0-3
7. Escore na Seção Relacionamentos Interpessoais: 0-18
8. Escore Graduado na Seção Relacionamentos Interpessoais: 0-3
9. Escore total na DIB-R: 0-10
275
ENTREVISTA SOBRE EXPERIÊNCIAS FAMILIARES (EEF)
Susan Ogata, Ph.D.
© Susan Naomi Ogata 1988
Instruções para o entrevistador:
Comece com as “Perguntas Gerais” a fim de obter informações básicas sobre a família e os pais do
entrevistado.
Para cada item as perguntas fornecidas visam ser uma sondagem inicial. Faça quaisquer outras
perguntas que lhe pareçam necessárias para marcar um item específico. Circule o número que mais
corresponde à resposta apropriada.
A entrevista visa identificar experiências ocorridas na infância, diferenciando-as das ocorridas na
adolescência. Você perceberá que cada evento tem 2 quadrados fornecidos à direita, para checar
“Antes dos 12 anos” ou “Dos 13 aos 18 anos”. Quando possível, escreva as idades reais, dentro de
cada categoria.
Quando marcando as idades, às vezes é útil perguntar ao sujeito com que idade o evento ocorreu pela
primeira vez, com que idade ele cessou de ocorrer e se o mesmo foi continuado.
Quando perguntar sobre o “impacto” do evento, explicar que se quer saber o quanto isto afetou a vida
do sujeito, o quanto este se considera “marcado” pelo evento, tanto na ocasião quanto muito depois
dele ter ocorrido.
Os últimos dois itens visam obter: (a) a impressão geral do entrevistador sobre a confiabilidade das
informações dadas pelo sujeito; e (b) sobre a confiabilidade a respeito da intensidade e do tipo de
impacto que o sujeito relata sobre suas experiências.
Quando entrevistando um informante, é às vezes necessária uma pequena adaptação das perguntas.
Por exemplo, no item 1, Discussões entre os Pais”, quando entrevistando uma mãe seria perguntado
“Você e seu marido tiveram brigas verbais freqüentes quando Jane era criança ou adolescente? Que
efeito você pensa que isso teve sobre ela?”
É importante manter em mente que o foco da EEF é registrar as experiências familiares que ocorreram
antes que o sujeito tivesse 18 anos de idade.
ANEXO F
276
ENTREVISTA SOBRE EXPERIÊNCIAS FAMILIARES
Perguntas Gerais
Até os 18 anos, durante a maior parte da sua infância, você foi criado pelos seus
:
1.ٱ ____ pais biológicos (verdadeiro).
2.ٱ ____ um pai biológico (verdadeiro) e um padrasto ou madrasta.
3.ٱ____ cuidadores (responsáveis com guarda provisória ou pais de criação)
4.ٱ ____ pais adotivos
5.ٱ ____ um dos pais
6.ٱ ____ outros parentes
* Caso ocorrer mais de uma condição, assinalar todas, enumerando,
em ordem crescente, de modo que o n
o
. 1 corresponderá ao maior
tempo
Como era o clima familiar geral enquanto você estava crescendo?
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Como você descreveria ou caracterizaria sua mãe e seu pai?
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
277
Escreva as idades reais nos quadrados ao lado Antes de De 13
12 anos 18 anos
1. Discussões entre pais
Seus pais tinham brigas verbais freqüentes? Tinham brigas físicas freqüentes? Que efeito isso
teve sobre você?
Freqüência:
1. Nunca ou raramente
2. Algumas vezes, sem maior relevância
3. Constantes, por um período de 1 ano ou mais
Tipo:
1. Brigas verbais 2. Brigas físicas 3. Tanto verbais como físicas
Impacto (que efeito isto teve sobre você, que tipo de “marca” ficou?):
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4. Positivo
2. Separação dos pais
Até os seus 18 anos, você lembra, ou lhe contaram, que seus pais alguma vez se separaram
devido a problemas conjugais (tendo um deles ficado fora de casa por pelo menos 6 meses,
ou em definitivo)? Como isso afetou você?
Freqüência:
1. Nunca 2. Uma vez 3. Mais de uma vez
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4. Positivo
3. Divórcio dos pais
Seus pais são casados, separados ou divorciados? Como a separação ou o divórcio afetou
você?
278
Freqüência:
1. São atualmente casados, ou moram juntos 2. São divorciados ou separados
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4. Positivo
4. Morte de Mãe Biológica
Sua mãe ainda está viva? (Se não) Como você sentiu a morte dela?
Freqüência:
1. Mãe ainda vive (ou estava viva antes que o entrevistado tivesse 18 anos)
2. Mãe morreu
Tipo da morte:
1. Natural 2. Acidente 3. Suicídio 4. Doença 5. Outras
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
5. Morte de Mãeo-Biológica
Você alguma vez experimentou a morte de:
1. Madrasta 2. Mãe Adotiva 3. Mãe de criação
Freqüência:
1. Mãe não-biológica ainda vive 2. Mãe não-biológica morreu
Tipo da morte:
1. Natural 2. Acidente 3. Suicídio 4. Doença 5. Outras
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
6. Morte de Pai Biológico
Seu pai biológico ainda está vivo? (Se não) Como foi a morte dele para você?
279
1. Pai biológico ainda vive (ou estava vivo antes do entrevistado ter 18 anos)
2. Pai morreu
Tipo da morte:
1. Natural 2. Acidente 3. Suicídio 4. Doença 5. Outras
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
7. Morte de Pai Não-Biológico
Você alguma vez experimentou a morte de:
1. Padrasto 2. Pai Adotivo 3. Pai de criação
Freqüência:
1. Pai não-biológico ainda vive 2. Pai não-biológico morreu
Tipo de morte:
1. Natural 2. Acidente 3. Suicídio 4. Doença 5. Outras
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
8. Morte de Irmão biológico
Você já teve um irmão que morreu? Como foi a morte dele para você?
Freqüência;
1. Irmãos ainda vivos 2. Um irmão morreu 3. Mais de um irmão morreu
Tipo de morte:
1. Natural 2. Acidente 3. Suicídio 4. Doença 5. Outras
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
9. Morte de Irmão Não-biológico
Você alguma vez experimentou a morte de:
1. Irmão emprestado 2. Irmão adotivo 3. Irmão de criação
4. Irmã emprestada 5. Irmã adotiva 6. Irmã de criação
280
Freqüência:
1. Irmãos ainda vivos 2. Um irmão morreu 3. Mais de um irmão morreu
Tipo de morte:
1. Natural 2. Acidente 3. Suicídio 4. Doença 5. Outras
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
10. Morte de um parente próximo
Você alguma vez experimentou a morte de um parente próximo? Como isso foi para você?
Freqüência
1. Nenhuma morte de parente próximo 2. Um parente próximo 3. Mais de um parente
próximo
Qual parente? ____________________
A) - Idade do entrevistado quando ocorreu a morte: ________
Impacto
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Qual parente? ________________________
B) - Idade do entrevistado: ________
Impacto
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Qual parente? ________________________
C) - Idade do entrevistado ________
Impacto
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
11. Morte de parente não próximo
Alguma vez experimentou a morte de um parente que não era próximo de você? Como
experimentou este falecimento?
Freqüência:
1. Nunca 2. Um parente 3. Mais de um parente
281
Qual parente? _____________________
A) - Idade do entrevistado ________
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Qual parente? ______________________
B) - Idade do entrevistado ________
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
12. Morte de outra pessoa significativa (não parente)
Houve alguém mais próximo a você que faleceu? Quem era? Como você experimentou seu
falecimento?
Freqüência:
1. Nunca 2. Uma pessoa significativa 3. Mais de uma
Que pessoa (ou pessoas) significativa foi esta?_____________________________
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
13. Doença física grave do entrevistado
Você alguma vez teve uma doença física grave quando criança, ou adolescente, que
necessitou atenção médica, hospitalizações, medicações ou visitas regulares ao médico?
Freqüência:
1. Nunca teve doença física grave 2. Sim, com crises 3. Sim, crônica
Tipo de doença/incapacitação?__________________________________
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
14. Doença física grave de pai ou mãe
282
Algum dos seus pais teve uma doença física grave? Uma incapacitação física grave?
Freqüência:
1. Nenhum dos pais teve uma doença 2. Um dos pais 3. Ambos
A) - Idade do Entrevistado: ________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. e de criação 8. Pai de criação
Tipo de Doea/incapacitação ______________________________________
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
B) - Idade do Entrevistado: ________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
Tipo de Doença/incapacitação ______________________________________
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
15. Doença mental grave de um dos pais
(biológico/adotivo/de criação/outros)
Investigue sobre cada um dos pais separadamente.
Algum dos pais teve alguma vez um problema emocional ou psiquiátrico?
Você lembra da sua mãe ou pai ter passado, alguma vez, por um período de duas ou mais
semanas em que ele se sentiu deprimido, triste, melancólico ou “para baixo”? Você alguma
vez percebeu nele uma mudança no apetite, hábitos de sono (insônia, sonolência exagerada),
nível de energia (sentirem-se fracos, sem forças)? Isso alguma vez o impediu de funcionar em
suas atividades do dia-a-dia, como ir ao trabalho, fazer o trabalho de casa, cuidar de si
mesmos? Ele alguma vez tentou suicídio? Alguma vez buscou tratamento para estes
problemas; viu alguém para aconselhamento ou tomou medicamentos como tranqüilizantes,
antidepressivos, pílulas para dormir?
Alguma vez teve um período em que se sentiu mais eufórico, extremamente feliz, sentindo-se
superior, arrogante, “por cima” ou “no topo do mundo”? Estava mais ativo, mais cheio de
energia, mais falante do que o habitual? Se envolveu em atividades demais, aumentou muito
283
as atividades habituais (como se acordar à noite para varrer a casa) ou demonstrou falta de
bom senso para julgar as coisas?
Você lembra da sua mãe/pai ter alguma vez crenças ou idéias estranhas, esquisitas? Alguma
vez ouviu coisas, ou viu coisas, que as pessoas não podiam ouvir ou ver? Alguma vez disse
coisas que outras pessoas não podiam entender? Isso o impediu de funcionar em suas
atividades da vida diária? Alguma vez buscou tratamento? Alguma vez foi hospitalizado,
consultou alguém para aconselhamento, tomou medicamentos?
Freqüência:
1. Nenhum dos pais teve doença mental 2. Um dos pais 3. Ambos
Diagnóstico ______________________________________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
A) - Idade do entrevistado ________
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Diagnóstico ______________________________________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
B) - Idade do entrevistado ________
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
16. Abuso de Álcool/Drogas por um dos pais
(Biológico/padrasto/madrasta/adotivo/de criação)
Investigue sobre cada um dos pais separadamente
Sua mãe ou seu pai alguma vez bebeu álcool ou usou drogas? Com que frequência usou
álcool/drogas? Outras pessoas se preocuparam sobre este uso, ou sentiram que seus pais
precisavam de tratamento?
Este uso alguma vez interferiu com o funcionamento diário de algum deles: ir para o trabalho,
tomar conta da casa, tomar conta dos filhos? Alguma vez ela/ele foi preso ou teve problemas
de saúde devido ao uso de álcool/drogas? Alguma vez ela/ele buscou tratamento?
Freqüência
284
1. Nenhum dos pais abusou de substâncias 2. Um dos pais 3. Ambos
Tipo de Abuso ______________________________________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
A) - Idade do Entrevistado ________
Impacto
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Tipo de Abuso ______________________________________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Adotivo 6. Adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
B) - Idade do entrevistado: __________
Impacto
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
17. Transtorno de Personalidade de um dos Pais
Investigue sobre cada um dos pais separadamente.
Sua mãe ou seu pai tinham amizades de longa duração, ou seus relacionamentos com as
pessoas não duravam muito? Tinham uma tendência a logo achar que alguém era “o máximo”
e depois, pelo mínimo motivo, passar a odiar aquela pessoa intensamente?
Mantinham os empregos por períodos longos de tempo ou costumavam trocar
freqüentemente de emprego? Alguma vez tiveram problemas em se relacionar com colegas e
empregadores? Discutiam muito com os outros? Preferiam ficar sozinho, ou gostavam de se
relacionar com as pessoas? Você os descreveria como impulsivos? Seus humores mudavam
freqüente e rapidamente: de feliz para triste, para irritável, para aborrecido? Alguma vez
fizeram coisas que foram prejudiciais para eles?
Quando jovens freqüentemente faltavam à escola ou passavam a noite fora de casa?
Freqüentemente mentiam, trapaceavam/enganavam os outros, ou roubaram? Agrediram,
ameaçaram ou intimidavam os outros? Destruíram ou incendiaram coisas de propósito?
Fizeram sofrer animais ou pessoas de propósito? Alguma vez forçaram alguém a ter relações
sexuais com ela ou ele?
285
Tiveram freqüentemente comportamentos que os outros achavam irresponsáveis, como não
pagar dívidas, agir impulsivamente ou não querer trabalhar para sustentar a família? Fizeram
coisas ilegais (mesmo que não tenham sido presom), como destruir propriedade alheia,
roubar, vender drogas ou cometer um crime? Freqüentemente foram violentos fisicamente,
inclusive um com o outro ou com você? Freqüentemente mentiam, trapaceavam ou
enganavam os outros para obter dinheiro ou prazer, ou mentiam apenas para se divertir?
Expuseram pessoas a perigos sem se preocupar com elas? Pareciam não sentir nenhuma
culpa ou arrependimento depois de ter mentido, ferido, maltratado ou roubado alguém, ou
destruído propriedade alheia?
Freqüência:
1. Nenhum dos pais tinha transtorno de personalidade 2. Um dos pais
3. Ambos
A) - Diagnóstico ______________________________________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
B) - Diagnóstico ______________________________________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
18. Casos Extra-Conjugais dos pais
(Biológico/ madrasta-padrasto/adotivo/ de criação)
Um dos pais alguma vez teve um caso extra-conjugal, ou vários casos? Alguma vez você foi
envolvido/a nisto (era levado junto, servia como álibi)?
Freqüência:
1. Nenhum dos pais 2. Um dos pais 3. Ambos
Quem teve?
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
286
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
Freqüência:
1. Um caso 2. Mais de um
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Quem teve?
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Cuidador 8. Cuidadora
Freqüência:
1. Um caso 2. Mais de um
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
19. Contato sexual entre entrevistado e pai
Houve alguma vez contato corporal (toques físicos) que você considerou inadequado entre os
membros da sua família? (No caso que forem mencionadas “carícias”, especificar quais
foram, como masturbação ou outras)
E quanto a você e o seu pai?
1. Biológico 2. Padrasto 3. Pai Adotivo 4. De criação
Freqüência:
1. Não ocorreu 2. Episódios isolados 3. Continuamente
Duração:
1. Uma única vez 2. Mais de uma vez, durante um ano
2. De 1 a 5 anos 3. Mais de 5 anos (até que idade? _____ )
Gravidade:
1. Exposição de genitais 2. Nenhum contato 3. Carícias nos genitais (quais?
____________________________________________________________________ )
4. Sexo oral 5. Penetração anal 6. Penetração vaginal
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
287
Comunicação do fato:
Você, na ocasião, contou para alguém o que estava acontecendo?
1. Sim 2. o
Para quem? _____________________________________
Em caso positivo, qual foi a reação desta pessoa?
1. Não acreditou em você e não fez nada
2.
Não acreditou em você e ainda a puniu como “mentirosa”
3. Acreditou em você, mas não tomou nenhuma providência para protegê-la
4. Acreditou em você, e tomou providências para protegê-la
20. Contato sexual entre entrevistado e mãe
E entre você e sua mãe?
1. Biológica 2. Madrasta 3. Mãe Adotiva 4. Mãe de criação
Freqüência:
1. Não ocorreu 2. Episódios isolados 3. Continuamente
Duração:
1. Uma única vez 2. Mais de uma vez, durante um ano
3. De 1 a 5 anos 3. Mais de 5 anos (até que idade? _____ )
Gravidade:
1. Exposição de genitais 2. Nenhum contato 3. Carícias nos genitais (quais?
____________________________________________________________________ )
4. Sexo oral 5. Penetração anal 6. Penetração vaginal
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Comunicação do fato:
Você, na ocasião, contou para alguém o que estava acontecendo?
1. Sim 2. o
Para quem? _____________________________________
Em caso positivo, qual foi a reação desta pessoa?
1. Não acreditou em você e não fez nada
2. Não acr
editou em você e ainda a puniu como “mentirosa”
288
3. Acreditou em você, mas não tomou nenhuma providência para protegê-la
4. Acreditou em você, e tomou providências para protegê-la
21. Contato sexual entre entrevistado e iro
E entre você e um irmão?
1. Biológico 2. Emprestado 3. Adotivo 4. De criação
Freqüência:
1. Não ocorreu 2. Episódios isolados 3. Continuamente
Duração:
1. Uma única vez 2. Mais de uma vez, durante um ano
3. De 1 a 5 anos 3. Mais de 5 anos (até que idade? _____ )
Gravidade:
1. Exposição de genitais 2. Nenhum contato 3. Carícias nos genitais (quais?
____________________________________________________________________ )
4. Sexo oral 5. Penetração anal 6. Penetração vaginal
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Comunicação do fato:
Você, na ocasião, contou para alguém o que estava acontecendo?
1. Sim 2. o
Para quem? _____________________________________
Em caso positivo, qual foi a reação desta pessoa?
1. Não acreditou em você e não fez nada
2. Não acreditou em você e ainda a puniu como “mentirosa”
3. Acreditou em você, mas não tomou nenhuma providência para protegê-la
4. Acreditou em você, e tomou providências para protegê-la
22. Contato sexual entre entrevistado e outro parente
E entre você e outros membros da família, como:
1. A 2. Avó 3. Tio 4. ٱ Tia
289
5. Primo 6. Prima 7. Outro (especificar: ____________ )
Você poderia me contar o que aconteceu?
Como isso foi para você?
Freqüência:
1. Não ocorreu 2. Episódios isolados 3. Continuamente
Duração:
1. Uma única vez 2. Mais de uma vez, durante um ano
3. De 1 a 5 anos 3. Mais de 5 anos (até que idade? _____ )
Gravidade:
1. Exposição de genitais 2. Nenhum contato 3. Carícias nos genitais (quais?
____________________________________________________________________ )
4. Sexo oral 5. Penetração anal 6. Penetração vaginal
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Comunicação do fato:
Você, na ocasião, contou para alguém o que estava acontecendo?
1. Sim 2. o
Para quem? _____________________________________
Em caso positivo, qual foi a reação desta pessoa?
1. Não acreditou em você e não fez nada
2. Não acreditou em você e ainda a puniu como “mentirosa”
3. Acreditou em você, mas não tomou nenhuma providência para protegê-la
4. Acreditou em você, e tomou providências para protegê-la
23. Contato sexual (abuso) por um não familiar
Você alguma vez foi abordado/a sexualmente por alguém de fora da família, como um amigo
da família ou um estranho? Você poderia me contar o que aconteceu? Como isto foi para
você?
Freqüência:
1. Não ocorreu 2. Episódios isolados 3. Continuamente
Duração:
290
1. Uma única vez 2. Mais de uma vez, durante um ano
3. De 1 a 5 anos 3. Mais de 5 anos (até que idade? _____ )
Gravidade:
1. Exposição de genitais 2. Nenhum contato 3. Carícias nos genitais (quais?
___________________________________________________________________ )
4. Sexo oral 5. Penetração anal 6. Penetração vaginal
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
Comunicação do fato:
Você, na ocasião, contou para alguém o que estava acontecendo?
1. Sim 2. o
Para quem? _____________________________________
Em caso positivo, qual foi a reação desta pessoa?
1. Não acreditou em você e não fez nada
2. Não acreditou em você e ainda a
puniu como “mentirosa”
3. Acreditou em você, mas não tomou nenhuma providência para protegê-la
4. Acreditou em você, e tomou providências para protegê-la
24. Maus tratos por pais
(Biológico/ madrasta-padrasto/ adotivo/ de criação)
Como seus pais disciplinavam você? Você diria que você foi alguma vez fisicamente
maltratado por um dos pais?
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Mãe de criação 8. Pai de criação
Freqüência:
1. Não ocorreu 2. Episódios isolados 3. Continuamente
Gravidade:
1. Punição não produziu marcas físicas
2. Punição produziu marcas, feridas ou arranhões na pele
3. Punição produziu problemas suficientes para precisar tratamento médico
Duração:
291
1. Até um ano 2. De 1 a 5 anos 3. Mais de 5 anos (até que idade? ___ )
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
25. Negligência física por pais/cuidadores
Seus pais tomavam conta das suas necessidades físicas o melhor que podiam? Por exemplo:
(1) vestiam e (2) alimentavam você adequadamente, (3) ofereciam a você abrigo e moradia,
(4) se preocupavam com que você estivesse bem cuidado, limpo, unhas e cabelos cortados?
Freqüência:
1. Não ocorreu negligência 2. Ocorreu negligência
Gravidade:
1. 2 dos 4 listados 2. 3 dos 4 listados 3. 4 dos 4 listados
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
26. Ausências freqüentes da mãe
Houve alguma vez períodos em que sua mãe esteve longe de casa por mais de uma semana
de cada vez? Qual era a razão para as ausências dela?
Freqüência:
1. Nunca, mãe sempre em casa ou ausente apenas por uma vez
2. Algumas vezes, ausências breves
3. Ausente por um período de 1 ano ou mais
Motivos:
1. Viagens de trabalho 2. Hospitalizações 3. Separações conjugais
4. Férias sozinha 5. Sem motivo ou não sabe os motivos
6. Outros (especificar: _______________________________________________ )
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4. Positivo
292
27. Ausências freqüentes do pai
Freqüência:
1. Nunca, ou ausente apenas por uma vez
2. Algumas vezes, ausências breves
3. Ausente por um período de 1 ano ou mais
Motivos:
1. Viagens de trabalho 2. Hospitalizações 3. Separações conjugais
4. Férias sozinha 5. Sem motivo ou não sabe os motivos
6. Outros (especificar: _______________________________________________
Impacto
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4. Positivo
28. Sentença de prisão de um dos pais
Algum dos pais alguma vez foi preso?
Por qual razão? ________________________________________________________
1. Pai 2. Mãe 3. Padrasto 4. Madrasta
5. Pai adotivo 6. Mãe adotiva 7. Cuidador 8. Cuidadora
Freqüência:
1. Nunca 2. Uma ou duas vezes 3. Mais de duas vezes
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
4. Positivo (Explicar: _________________________________________________)
29. Mãe começando a trabalhar
Você lembra como se sentiu quando a sua mãe começou a trabalhar?
Freqüência:
293
1. Sim 2. Não, a mãe não trabalhava ou, desde que se lembre, sempre trabalhou
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
4. Positivo (Explicar: ________________________________________________)
30. Longo período de desemprego de quem sustentava a casa
Houve alguma vez períodos de 6 meses ou mais quando quem sustentava a casa esteve sem
trabalho?
Freqüência:
1. Nenhuma 2. Uma ou duas vezes 3. Mais de duas vezes
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
4. Positivo (Explicar: __________________________________________________)
31. Morte de um animal de estimação
Você alguma vez experimentou a morte de um animal de estimação? Como foi isso para
você?
Freqüência:
1. Nunca 2. Uma vez 3. Mais de uma vez
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
32. Problemas com a escola primária
Você teve dificuldades em sair de casa para, pela primeira vez, ir e ficar na escola?
Em ir para o jardim de infância ou para a escola primária? ____________________
Você faltava muito às aulas? ______________________
Você tinha dores de estômago freqüentes? __________________
Você ficava freqüentemente doente? ____________________
Como você se dava com as outras crianças? _______________
294
E com os professores? _________________________
Como eram suas notas? __________________________________
Freqüência:
1. Nenhum 2. Problemas ocasionais 3. Problemas freqüentes
Gravidade:
1. Sentiu alguma ansiedade para se separar da mãe e ir para a escola; teve algum
problema de relacionamento com colegas ou professores, ou faltava à escola de vez em
quando.
2. Ansiedade de separação era moderada; problemas de relacionamento com
colegas/professores; ou faltava a escola em média uma vez por mês.
3. Ansiedade de separação grave - não conseguia freqüentar escola a não ser que um
dos pais ficasse junto; problemas com colegas e/ou autoridades; ou perdia a escola
semanalmente.
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
33. Problemas em freqüentar o 2
º
grau
Você recorda ter tido problemas em ir para a escola no 2
º
grau? ______________
Você teve que mudar de escola por isto? ___________________
Teve problemas com a mudança? __________________
Faltava muito às aulas? _____________________
Ficava freqüentemente doente? ___________________
Como se relacionava com colegas/professores? _________________
Como eram as suas notas? ___________________
Freqüência:
1. Nenhum 2. Problemas ocasionais 3. Problemas freqüentes
Gravidade:
1. Poucas dificuldades com mudanças de escolas; perdia aulas uma vez ou duas por
ano; ou poucos problemas acadêmicos e/ou com colegas e professores.
2. Dificuldade moderada com mudança de escolas; perdia aulas uma vez por mês ou
problemas acadêmicos e/ou com colegas e professores moderados.
295
3. Dificuldade grave com mudanças de escola; não conseguia ficar na escola, problemas
acentuados com professores/colegas e mau rendimento acadêmico.
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
34. Problemas com a faculdade
Você recorda ter tido problemas em começar a faculdade,
ou de freqüentá-la ao longo do curso?
Freqüência:
1. Nenhum 2. Problemas ocasionais 3. Problemas freqüentes
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
35. Ser adotado
Você já foi adotado? Como isto afetou você?
Freqüência:
1. Nunca 2. Uma vez 3. Mais de uma vez
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4. Positivo
36. Separação dos pais
Houve alguma vez períodos em que você ficou separado de ambos pais por um período de
duas semanas ou mais?
Freqüência:
1. Nunca 2. Uma ou duas vezes 3. Três ou mais vezes
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4.ٱ Positivo
37. Mudança de residência familiar
296
Você mudou de residência antes dos 18 anos?
Freqüência:
1. Nunca 2. 1 a 3 vezes 3. Mais de 3 vezes
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
38. Mudança de cuidador, ou de figura parental
Houve pessoas diferentes que funcionaram como seus pais na sua vida? Como cada uma
destas mudanças influenciou você?
Freqüência:
1. Nunca 2. Uma ou duas vezes 3. Mais de duas vezes
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4. Positivo
39. Nascimento de irmãos
Você tem irmãos mais jovens? Como o nascimento de um irmão afetou você?
Freqüência:
1. Nunca 2. 1 ou 2 vezes 3. 3 ou mais vezes
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande 4. Positivo
40. Mudança drástica no nível de renda familiar
Houve alguma vez uma mudança drástica na renda da sua família?
Freqüência:
1. Nunca 2. Uma vez 3. Mais de uma vez
Impacto:
0. Não lembra 1. Nenhum 2. Algum 3. Grande
297
41. Confiabilidade de informações obtidas do sujeito/informante
1. Muito boa
2. Boa
3. Relativa
4. Fraca
5. Muito fraca
42. Confiabilidade do relato de impacto do sujeito/informante
1. Muito boa
2. Boa
3. Relativa
4. Fraca
5. Muito fraca
298
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
298
M.I.N.I.
Mini International Neuropsychiatric Interview
Brazilian version 5.0.0
DSM IV
Y. Lecrubier, E. Weiller, T. Hergueta, P. Amorim, L.I. Bonora, J.P. Lépine
Hôpital de la Salpêtrière – Paris - França
D. Sheehan, J. Janavs, R. Baker, K.H. Sheehan, E. Knapp, M. Sheehan
University of South Florida – Tampa – E.U.A.
Tradução para o português (Brasil) : P. Amorim
© 1992, 1994, 1998 Sheehan DV & Lecrubier Y.
Todos os direitos o reservados. Este documento não pode ser reproduzido, todo ou em parte, ou cedido de
qualquer forma, incluindo fotocópias, nem armazenado em sistema informático, sem a autorização escrita
prévia dos autores. Os pesquisadores e os clínicos que trabalham em instituições públicas (como universidades,
hospitais, organismos governamentais) podem fotocopiar o M.I.N.I. para utilização no contexto estrito de suas
atividades clínicas e de investigação.
ANEXO G
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
299
NOME DO(A) ENTREVISTADO(A) : __________________________ PROTOCOLO NÚMERO: __________________
DATA DE NASCIMENTO : _________________________ HORA DO INÍCIO DA ENTREVISTA: ___________________
NOME DO(A) ENTREVISTADOR(A): ___________________ HORA DO FIM DA ENTREVISTA: __________________
DATA DA ENTREVISTA: _________________________ DURAÇÃO TOTAL DA ENTREVISTA: ___________________
MINI 5.0.0 / Brazilian Version / DSM-IV / Current
DULOS
PERÍODOS EXPLORADOS
A.
A.’
EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR (EDM)
EDM com características melancólicas
Atual (2 últimas semanas) + vida inteira
Atual (2 últimas semanas)
Opcional
B. DISTIMIA Atual (2 últimos anos)
C. RISCO DE SUICÍDIO Atual (último mês)
D. EPISÓDIO (HIPO)MANÍACO Atual + vida inteira
E. TRANSTORNO DE PÂNICO Vida inteira + atual (último mês)
F. AGORAFOBIA Atual
G. FOBIA SOCIAL Atual (último mês)
H. TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO Atual (último mês)
I. TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO Atual (último mês) Opcional
J. DEPENDÊNCIA / ABUSO DE ÁLCOOL Atual (12 últimos meses)
K. DEPENDÊNCIA / ABUSO DE SUBSTÂNCI
A(S) (Não alcoólicas)
Atual (12 últimos meses)
L. SÍNDROME PSICÓTICA Vida inteira + atual
M. ANOREXIA NERVOSA Atual (3 últimos meses)
N. BULÍMIA NERVOSA Atual (3 últimos meses)
O. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Atual (6 últimos meses)
P. TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL Vida inteira Opcional
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
300
INSTRUÇÕES GERAIS
O M.I.N.I. (DSM IV) é uma entrevista diagnóstica estruturada, de aplicação rápida (em torno de 15 minutos), explorando de
modo padronizado os principais Transtornos Psiquiátricos do Eixo I do DSM IV (American Psychiatric Association, 1994). O
M.I.N.I. pode ser utilizado por clínicos, após uma formação breve. Os entrevistadores não clínicos necessitam de uma formação
mais intensiva.
Entrevista:
Com o objectivo de reduzir o mais possível a duração da entrevista deve-se preparar o(a) entrevistado(a) para este
enquadramento clínico pouco habitual, informando que lhe serão feitas perguntas precisas sobre os seus problemas psicológicos
e que se espera dele(a) respostas “sim” ou “não”.
Apresentação:
O MINI está dividido em módulos identificados por letras, cada um correspondendo a uma categoria diagnóstica.
No início de cada um dos módulos diagnósticos (exceto do que explora os sintomas psicóticos), uma ou rias
questões/filtros que correspondem aos critérios principais do Transtorno são apresentadas num quadro com fundo
acinzentado.
No final de cada módulo, um ou vários quadros diagnósticos permite(m) ao clínico indicar se os critérios de
diagnóstico foram ou não preenchidos.
Convenções:
As frases escritas em letras minúsculas devem ser lidas “palavra por palavra” para o(a) entrevistado(a) de modo a padronizar
a exploração de cada um dos critérios diagnósticos.
As frases escritas em “MAÍUSCULAS” não devem ser lidas para o(a) entrevistado(a). São instruções às quais o clínico deve-se
referenciar de modo a integrar os algoritmos diagnósticos ao longo de toda a entrevista.
As frases escritas em “negrito” indicam o período de tempo a explorar. O clínico deve lê-las tantas vezes quanto necessário, ao
longo da exploração dos sintomas e só levar em conta aqueles presentes ao longo desse período.
As frases escritas entre (parêntesis) são exemplos clínicos que descrevem o sintoma avaliado. Podem ser lidos de modo a
clarificar a questão.
Quando os termos são separados por uma barra ( / ) o clínico deve considerar apenas o termo que corresponde ao sintoma
apresentado pelo(a) entrevistado(a) e que foi explorado anteriormente.
As respostas com uma seta sobreposta (
) indicam que um dos critérios necessários ao estabelecimento do diagnóstico
explorado não é preenchido. O clínico deve ir diretamente para o fim do módulo, cotar “NÃO” no(s) quadro(s)
diagnóstico(s) correspondente(s) e passar ao módulo seguinte.
Instruções de cotação :
Todas as perguntas feitas devem ser cotadas. A cotação faz-se à direita de cada uma das questões, envolvendo com um círculo a
resposta correspondente do(a) entrevistado(a), seja “SIM” ou “NÃO”.
O clínico deve-se assegurar que cada um dos termos formulados na questão foi, de fato, considerado pelo(a) entrevistado(a) na
sua resposta (em particular, os critérios de duração, de frequência e as alternativas “e / ou”).
Não levar em conta os sintomas imputáveis a uma doença física, ou ao uso de medicamentos, droga ou álcool.
Se tem questões ou sugestões, se deseja ser treinado(a) na utilização do M.I.N.I. ou informado(a) das atualizações, pode contactar:
Yves LECRUBIER / Thierry HERGUETA
Inserm U302
Hôpital de la Salpétrière
47, boulevard de l’Hôpital
F. 75651 PARIS
FRANCE
tel: +33 (0) 1 42 16 16 59
fax: +33 (0) 1 45 85 28 00
e-mail : hergueta@ext.jussieu.fr
Patrícia AMORIM
N.A. P. S. Novo Mundo
Avenida Manchester 2000
Jd Novo Mundo
74000 – Goiânia - Goiás
BRASIL
Tel: + 55 62 208 85 50
fax: + 55 62 285 43 60
e-mail: p.amor[email protected]m.br
David SHEEHAN
University of South Florida
Institute for Research in Psychiatry
3515 East Fletcher Avenue
TAMPA, FL USA 33613-4788
ph: +1 813 974 4544
fax: +1 813 974 4575
e-mail: dsheehan@com1.med.usf.edu
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
301
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
A. EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR
A1
Nas duas últimas semanas, sentiu-se triste, desanimado(a), deprimido(a), durante a maior
parte do dia, quase todos os dias?
NÃO
SIM
1
A2 Nas duas últimas semanas, teve, quase todo tempo, o sentimento de não ter mais gosto por
nada, de ter perdido o interesse e o prazer pelas coisas que lhe agradam habitualmente?
NÃO
SIM
2
A1 OU A2 O COTADAS SIM ?
NÃO
SIM
A3
Durante as duas últimas semanas, quando se sentia deprimido(a) / sem interesse pela
maioria das coisas:
a
O seu apetite mudou de forma significativa, ou o seu peso aumentou ou diminuiu sem que
o tenha desejado ? (variação de + 5% ao longo do mês, isto é, + 3,5 Kg, para uma pessoa
de 65 Kg)
COTAR SIM, SE RESPOSTA SIM NUM CASO OU NO OUTRO
NÃO
SIM
3
b
Teve problemas de sono quase todas as noites (dificuldade em pegar no sono, acordar no
meio da noite ou muito cedo, dormir demais)?
NÃO
SIM
4
c
Falou ou movimentou-se mais lentamente que de costume ou pelo contrário, sentiu-se
agitado(a) e incapaz de ficar sentado quieto, quase todos os dias?
NÃO
SIM
5
d
Sentiu-se a maior parte do tempo cansado(a), sem energia, quase todos os dias? NÃO
SIM 6
e
Sentiu-se sem valor ou culpado(a), quase todos os dias? NÃO
SIM 7
f
Teve dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões, quase todos os dias? NÃO
SIM 8
g
Teve, por várias vezes, pensamentos ruins como, por exemplo, pensar que seria melhor
estar morto(a) ou pensar em fazer mal a si mesmo(a) ?
NÃO
SIM
9
A4
HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM A3 ?
(ou 4 se A1 OU A2 = “NÃO”)
SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR ATUAL:
NÃO SIM
EPISÓDIO
DEPRESSIVO MAIOR
ATUAL
A5a Ao longo da sua vida, teve outros períodos de 2 semanas ou mais, em que se sentiu
deprimido (a) ou sem interesse pela maioria das coisas e durante os quais teve os
problemas dos quais falamos [ SINTOMAS EXPLORADOS DE A3a à A3g ]?
NÃO SIM
10
b
Desta vez, antes de se sentir deprimido(a) e/ou sem interesse pela maioria das coisas,
sentia-se bem desde há pelo menos dois meses?
NÃO SIM
11
A5b É COTADA SIM ?
NÃO SIM
EPISÓDIO
DEPRESSIVO
MAIOR PASSADO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
302
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
A’. EPIDIO DEPRESSIVO MAIOR COM CARACTERÍSTICAS MELANCÓLICAS (opcional)
SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR ATUAL (A4 = SIM), EXPLORAR O SEGUINTE:
b
A2 É COTADA SIM ?
Durante este último período de depressão, quando se sentiu pior, perdeu a capacidade de reagir às
coisas que antes lhe agradavam ou o (a) alegravam?
SE NÃO: Quando acontecia alguma coisa agradável, era incapaz de se sentir melhor, mesmo
temporariamente?
A6a OU A6b SÃO COTADAS SIM ?
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
12
13
Durante as duas últimas semanas, quando se sentia deprimido (a) e sem interesse pela
maioria das coisas:
Os sentimentos depressivos que tinha eram diferentes daqueles que se pode sentir quando se perde
uma pessoa querida?
NÃO
SIM
14
b
Quase todos os dias, sentia-se, em geral, pior de manhã ?
NÃO
SIM
15
c
Acordava pelo menos duas horas mais cedo do que o habitual, tendo dificuldade em
voltar a dormir, quase todos os dias?
NÃO
SIM
16
d
A3c É COTADA SIM (ALTERAÇÕES PSICOMOTORAS)? NÃO
SIM 17
e
A3a É COTADA SIM (ALTERAÇÕES DO APETITE / DO PESO)? NÃO
SIM 18
f
Sentia-se excessivamente culpado(a) ou sentia uma culpa exagerada em relação à
situação que vivia?
NÃO
SIM
19
HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM A7 ?
NÃO SIM
EPISÓDIO
DEPRESSIVO MAIOR
com Características
Melancólicas
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
303
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
B. DISTIMIA
Não explorar este módulo se o(a) entrevistado(a) apresenta um Episódio Depressivo Maior Atual.
B1
Durante os últimos 2 anos, sentiu-se triste, desanimado(a), deprimido(a), a maior parte
do tempo ?
NÃO SIM
20
B2
Ao longo desse período, sentiu-se bem durante mais de 2 meses ?
NÃO SIM
21
B3
Desde que se sente deprimido(a) a maior parte do tempo:
a
O seu apetite mudou de forma significativa ?
NÃO SIM
22
b
Tem problemas de sono ou dorme demais ?
NÃO SIM
23
c
Sente-se cansado ou sem energia ?
NÃO SIM
24
d
Perdeu a auto-confiança ?
NÃO SIM
25
e
Tem dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões ?
NÃO SIM
26
f
Sente-se sem esperança ?
HÁ PELO MENOS 2 RESPOSTAS “SIM” EM B3?
NÃO SIM
NÃO SIM
27
B4
Esses problemas causam - lhe um sofrimento importante ou perturbam
de maneira significativa seu trabalho, suas relações sociais, ou outras
áreas importantes ?
NÃO SIM
28
B4 É COTADA SIM?
NÃO SIM
DISTIMIA
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
304
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
C. RISCO DE SUICÍDIO
Durante o último mês:
C1
Pensou que seria melhor estar morto (a) ou desejou estar morto (a) ?
NÃO
SIM
1
C2
Quis fazer mal a si mesmo (a) ?
NÃO
SIM
2
C3
Pensou em suicidar-se ?
NÃO
SIM
3
C4
Pensou numa maneira de se suicidar ?
NÃO
SIM
4
C5
Tentou o suicídio ?
NÃO
SIM
5
Ao longo da sua vida:
C6
Já fez alguma tentativa de suicídio ? NÃO SIM 6
HÁ PELO MENOS UM "SIM" DE C1 À C6 ?
SE SIM, ESPECIFICAR O NÍVEL DO RISCO DE SUICÍDIO:
C1 ou C2 ou C6 = SIM : LEVE
C3 ou (C2 + C6) = SIM : MODERADO
C4 ou C5 OU (C3 + C6) = SIM : ELEVADO
NÃO SIM
RISCO DE SUICÍDIO
ATUAL
LEVE ο
οο
ο
MODERADO ο
οο
ο
Elevado ο
οο
ο
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
305
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
D. EPISÓDIO (HIPO)MANÍACO
D1 a
b
Alguma vez teve um período em que se sentia tão eufórico(a) ou cheio(a) de energia que
isso lhe causou problemas, ou em que as pessoas à sua volta pensaram que não estava no
seu estado habitual ?
NÃO CONSIDERAR PERÍODOS QUE OCORREM APENAS SOB O EFEITO DE DROGAS OU
ÁLCOOL.
SE O(A) ENTREVISTADO(A) NÃO COMPREENDE O SIGNIFICADO DE EUFÓRICO OU
CHEIO DE ENERGIA”, EXPLICAR DA SEGUINTE MANEIRA: Por eufórico ou cheio de
energia, quero dizer estar excessivamente ativo(a), excitado(a), extremamente
motivado(a) ou criativo(a) ou extremamente impulsivo(a).
SE “SIM”
Sente-se, neste momento, eufórico (a) ou cheio (a) de energia?
NÃO SIM
NÃO SIM
1
2
D2 a
Alguma vez teve um período em que estava o irritável que insultava as pessoas,
gritava ou chegava até a brigar com pessoas que não eram de sua família?
NÃO CONSIDERAR OS PERÍODOS QUE OCORREM APENAS SOB O EFEITO DE DROGAS OU
ÁLCOOL.
NÃO SIM
3
b
SE “SIM”
Sente-se, excessivamente irritável neste momento?
NÃO SIM
4
D1a OU D2a SÃO COTADAS “SIM” ?
NÃO SIM
D3
SE D1b OU D2b = “SIM”: EXPLORAR APENAS O EPISÓDIO ATUAL
SE D1b E D2b = “NÃO” : EXPLORAR O EPISÓDIO MAIS GRAVE
Quando se sentiu mais eufórico(a), cheio(a) de energia / mais irritável :
a
Tinha a sensação que podia fazer coisas que os outros seriam incapazes de fazer ou que
você era alguém especialmente importante?
NÃO SIM
5
b
Tinha menos necessidade de dormir do que costume (sentia-se repousado(a) com apenas
poucas horas de sono) ?
NÃO SIM
6
c
Falava sem parar ou tão rapidamente que as pessoas não conseguiam compreendê-
lo(a) ?
NÃO SIM
7
d
Os pensamentos corriam tão rapidamente na sua cabeça que não conseguia acompanhá-los ?
NÃO SIM
8
e
Distraía-se com tanta facilidade que a menor interrupção o fazia perder o fio daquilo que
estava fazendo ou pensando ?
NÃO SIM
9
f
Estava tão ativo(a) e agitado(a) que as outras pessoas se preocupavam por sua causa ?
NÃO SIM
10
g
Desejava tanto fazer coisas que lhe pareciam agradáveis ou tentadoras que não pensava nos
riscos ou nos problemas que isso poderia causar (gastar demais, dirigir de forma
imprudente, ter uma atividade sexual pouco habitual para você...) ?
NÃO SIM
11
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
306
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM D3
OU 4 SE D1a = “NÃO” (EPISÓDIO PASSADO) OU D1b = “NÃO” (EPISÓDIO ATUAL) ?
NÃO SIM
D4
Esses problemas dos quais acabamos de falar já duraram pelo menos uma semana e lhe
causaram dificuldades em casa, no trabalho / na escola ou nas suas relações sociais
ou você foi hospitalizado(a) por causa desses problemas?
COTAR SIM, SE SIM NUM CASO OU NO OUTRO
NÃO SIM
12
D4 É COTADA “NÃO” ?
SE SIM, ESPECIFICAR SE O EPISÓDIO É ATUAL OU PASSADO
NÃO SIM
EPISÓDIO HIPOMANÍACO
Atual
Passado
D4 É COTADA “SIM” ?
SE SIM, ESPECIFICAR SE O EPISÓDIO É ATUAL OU PASSADO
NÃO SIM
EPISÓDIO MANÍACO
Atual
Passado
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
307
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
E. TRANSTORNO DE PÂNICO
E1
Alguma vez teve crises ou ataques repetidos durante os quais se sentiu subitamente
muito ansioso(a), muito desconfortável ou assustado(a), mesmo em situações em que a
maioria das pessoas não se sentiria assim ? Estas crises de ansiedade atingiam sua
intensidade máxima em menos de 10 minutos?
SÓ COTAR SIM SE RESPOSTA SIM ÀS DUAS QUESTÕES
NÃO SIM
1
SE E1 = “NÃO, COTAR “NÃO EM E5 E PASSAR A F1.
E2 Algumas dessas crises de ansiedade, mesmo muito tempo, foram imprevisíveis ou
ocorreram sem que nada as provocasse/ sem motivo ?
NÃO SIM
2
SE E2 = “NÃO, COTAR “NÃO EM E5 E PASSAR A F1.
E3 Após uma ou várias dessas crises, houve um período de pelo menos um mês durante
o qual teve medo de ter outras crises ou estava preocupado(a) com as suas possíveis
consequências ?
NÃO SIM
3
SE E3 = “NÃO, COTAR “NÃO EM E5 E PASSAR A F1.
E4
Durante a crise em que se sentiu pior :
a
Tinha palpitações ou o seu coração batia muito rápido ? NÃO SIM 4
b
Transpirava ou tinha as mãos úmidas ? NÃO SIM 5
c
Tinha tremores ou contrações musculares ? NÃO SIM 6
d
Tinha dificuldade em respirar ou sentia-se abafado(a) ? NÃO SIM 7
e
Tinha a impressão de sufocar ou de ter um nó na garganta ? NÃO SIM 8
f
Sentia dor ou desconforto no peito ? NÃO SIM 9
g
Tinha náuseas, desconforto no estômago ou diarréia repentina ? NÃO SIM 10
h
Sentia-se tonto(a), com vertigens ou ao ponto de desmaiar ? NÃO SIM 11
i
Tinha a impressão que as coisas à sua volta eram estranhas ou irreais ou sentia-se
como que desligado (a) do todo ou de uma parte do seu corpo ?
NÃO SIM
12
j
Tinha medo de enlouquecer ou de perder o controle ? NÃO SIM 13
k
Tinha medo de morrer ? NÃO SIM 14
l
Tinha dormências ou formigamentos ? NÃO SIM 15
m
Tinha ondas de frio ou de calor ? NÃO SIM 16
E5 HÁ PELO MENOS 4 RESPOSTAS "SIM" EM E4 ? NÃO SIM
SE E5 = “NÃO, PASSAR a E7.
Transtorno de Pânico
Vida inteira
E6 Durante o último mês, teve pelo menos 2 dessas crises de ansiedade, e sentia um medo
constante de ter outra crise ?
NÃO SIM
17
SE E6 = “SIM”, PASSAR A F1.
Transtorno de Pânico
Atual
E7 1, 2 OU 3SIMEM E4 ? NÃO SIM 18
Ataques Pobres em
Sintomas Vida inteira
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
308
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
F. AGORAFOBIA
F1
Sente-se particularmente ansioso ou desconfortável em lugares ou em situações das
quais é difícil ou embaraçoso escapar ou, ainda, em que é difícil ter ajuda como estar
numa multidão, esperando numa fila, longe de casa ou sozinho (a) em casa, sobre uma
ponte, dentro de um ônibus, de um carro ou de um avião?
NÃO SIM
19
SE F1 = “NÃO”, COTAR “NÃO” EM F2.
F2 Tem tanto medo dessas situações que na prática, evita-as, sente um intenso mal-estar
quando as enfrenta ou procura estar acompanhado(a) ao ter que enfrentá-las ?
NÃO SIM
20
Agorafobia
Atual
F2 (Agorafobia atual) É COTADA “NÃO”
e
E6 (Transtorno de Pânico atual) É COTADASIM” ?
NÃO SIM
TRANSTORNO DE PÂNICO
sem Agorafobia
ATUAL
F2 (Agorafobia atual) É COTADA “SIM”
e
E6 (Transtorno de Pânico atual) É COTADASIM” ?
NÃO SIM
TRANSTORNO DE PÂNICO
com Agorafobia
ATUAL
F2 (Agorafobia atual) É COTADA “SIM”
e
E5 (Transtorno de Pânico Vida Inteira) É COTADA “NÃO” ?
NÃO SIM
AGORAFOBIA
sem história de
Transtorno de Pânico
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
309
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
G. FOBIA SOCIAL
G1
Durante o último mês, teve medo ou sentiu-se incomodado por estar no centro das
atenções, teve medo de ser humilhado(a) em algumas situações sociais; por exemplo,
quando devia falar diante de um grupo de pessoas, ou comer com outras pessoas ou
em locais públicos, ou escrever quando alguém estava olhando ?
NÃO SIM
1
G2
Acha que esse medo é excessivo ou injustificado ?
NÃO SIM
2
G3 Tem tanto medo dessas situações sociais que, na prática, as evita ou sente um intenso
mal-estar quando as enfrenta ?
NÃO SIM
3
G4
Esse medo causa-lhe um sofrimento importante ou perturba de forma significativa seu
trabalho ou suas relações sociais?
NÃO SIM
4
G4 É COTADA “SIM” ?
NÃO SIM
FOBIA SOCIAL
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
310
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
H. TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
H1
Durante o último mês, teve, com frequência, pensamentos ou impulsos ou imagens
desagradáveis, inapropriados ou angustiantes que voltavam repetidamente à sua
mente, mesmo não querendo, por exemplo, a idéia de que estava sujo(a) ou que tinha
micróbios ou medo de contaminar os outros ou de agredir alguém mesmo contra a
sua vontade ou de agir impulsivamente ou medo ou superstição de ser responsável
por coisas ruins ou ainda de ser invadido por idéias/ imagens sexuais ou religiosas
repetitivas, vidas incontroláveis ou uma necessidade de colecionar ou ordenar as
coisas?
Não levar em consideração preocupações excessivas com problemas da vida
Cotidiana, nem as obsessões ligadas à perturbação do comportamento alimentar,
desvios sexuais, jogo patológico, abuso de drogas ou álcool, porque o(A)
ENTREVISTADO(A) pode TER prazer COM ESSAS EXPERIÊNCIAS e desejar
resistir A ELAS apenas POR suas conseqÜências negativas.
NÃO SIM
1
SE H1 = “NÃO”, PASSAR A H4.
H2 Tentou, mas não conseguiu resistir a algumas dessas idéias, ignorá-las ou livrar-se
delas ?
NÃO SIM
2
SE H2 = “NÃO”, PASSAR A H4
H3 Acha que essas idéias são produto de seus próprios pensamentos e que não lhe são
impostas do exterior ?
NÃO SIM
3
H4
Durante o último mês, teve, com freqüência, a necessidade de fazer certas coisas
sem parar, sem poder impedir-se de fazê-las, como lavar as os muitas vezes,
contar ou verificar as coisas sem parar, arrumá-las, colecioná-las ou fazer rituais
religiosos?
NÃO SIM
4
H3 OU H4 SÃO COTADAS “SIM” ?
NÃO SIM
H5
Pensa que essas idéias invasivas e/ou comportamentos repetitivos são irracionais,
absurdos(as) ou exagerados(as) ?
NÃO SIM
5
H6
Essas idéias invasivas e/ou comportamentos repetitivos perturbam de forma
significativa seu trabalho, suas atividades cotidianas, suas relações sociais ou tomam
mais de uma hora por dia do seu tempo ?
NÃO SIM
6
H6 É COTADA “SIM” ?
NÃO SIM
TRANSTORNO
OBSESSIVO-COMPULSIVO
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
311
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
I. TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (opcional)
I1
Alguma vez viveu ou foi testemunha ou teve que enfrentar um acontecimento extremamente
traumático, no decorrer do qual morreram pessoas ou você mesmo e/ou outros foram
ameaçados de morte ou foram gravemente feridos ou atingidos na sua integridade física?
EXEMPLOS DE CONTEXTOS TRAUMÁTICOS: ACIDENTE GRAVE, AGRESSÃO, ESTUPRO,
ATENTADO, SEQÜESTRO, RAPTO, INCÊNDIO, DESCOBERTA DE CADÁVER, MORTE SÚBITA NO
MEIO EM QUE VIVE, GUERRA, CATÁSTROFE NATURAL...
NÃO
SIM
1
I2 Durante o último mês, pensou freqüentemente nesse acontecimento de forma penosa ou sonhou
com ele ou freqüentemente teve a impressão de revivê-lo?
NÃO
SIM
2
I3
Durante o último mês:
a
Tentou não pensar nesse acontecimento ou evitou tudo o que pudesse fazê-lo(a) lembrar-se
dele?
NÃO
SIM
3
b
Teve dificuldades em lembrar-se exatamente do que se passou? NÃO
SIM 4
c
Perdeu o interesse pelas coisas das quais gostava antes? NÃO
SIM 5
d
Sentiu-se desligado(a) de tudo ou teve a impressão de se ter tornado um(a) estranho(a) em
relação aos outros?
NÃO
SIM
6
e
Teve dificuldade em sentir as coisas, como se não fosse mais capaz de amar?
NÃO
SIM
7
f
Teve a impressão de que a sua vida o seria nunca mais a mesma, de que o encararia o
futuro da mesma maneira?
NÃO
SIM
8
HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS “SIM” EM I3 ?
NÃO
SIM
I4
Durante o último mês:
a
Teve dificuldade para dormir ?
NÃO SIM
SIM
9
b
Estava particularmente irritável, teve explosões de raiva facilmente?
NÃO SIM
SIM
10
c
Teve dificuldades em concentrar-se?
NÃO SIM
SIM
11
d
Estava nervoso(a), constantemente alerta?
NÃO SIM
SIM
12
e
Ficava sobressaltado(a) por quase nada?
NÃO SIM
SIM
13
HÁ PELO MENOS 2 RESPOSTASSIM” EM I4
NÃO
SIM
I5 Durante o último mês, esses problemas perturbaram de forma significativa seu trabalho, suas
atividades cotidianas ou suas relações sociais?
NÃO SIM
SIM
14
I5 É COTADA SIM?
NÃO SIM
TRANSTORNO DE ESTRESSE
PÓS- TRAUMÁTICO
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
312
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
J. DEPENDÊNCIA / ABUSO DE ÁLCOOL
J1
Nos últimos 12 meses, por mais de três vezes você bebeu, em menos de três horas,
mais do que cinco latas de cerveja ou uma garrafa de vinho ou três doses de uma
bebida alcoólica forte (pinga, caipirinha, conhaque, vodka, whisky...) ?
NÃO SIM
1
J2
Durante os últimos 12 meses:
a Constatou que precisava de quantidades cada vez maiores de álcool para obter o
mesmo efeito ?
NÃO SIM
2
b Quando bebia menos, as suas mãos tremiam, transpirava ou sentia-se agitado (a) ?
Alguma vez bebeu uma dose para evitar esses problemas ou evitar uma ressaca?
COTAR “SIM”, SE RESPOSTA “SIM” NUM CASO OU NO OUTRO
NÃO SIM
3
c Quando começava a beber, com frequência bebia mais do que pretendia ?
NÃO SIM 4
d Tentou, mas não conseguiu diminuir seu consumo de álcool ou parar de beber ?
NÃO SIM 5
e Nos dias em que bebia, passava muito tempo procurando bebida, bebendo ou se
recuperando dos efeitos do álcool ?
NÃO SIM
6
f Reduziu suas atividades (lazer, trabalho, cotidianas) ou passou menos tempo com
os outros por causa da bebida ?
NÃO SIM
7
g
Continuou a beber mesmo sabendo que isso lhe causava problemas de saúde ou
problemas psicológicos?
NÃO SIM
8
HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM J2 ?
NÃO SIM
DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL
ATUAL
O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UMA DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL ?
NÃO SIM
J3
Durante os últimos 12 meses:
a Ficou embriagado ou de ressaca” várias vezes, quando tinha coisas para fazer no
trabalho (/ na escola) ou em casa ? Isso lhe causou problemas?
COTAR "SIM" SOMENTE SE A EMBRIAGUEZ / RESSACA CAUSOU PROBLEMAS
NÃO SIM
9
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
313
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
b Alguma vez esteve sob o efeito do álcool em situações em que isso era fisicamente
arriscado como dirigir, utilizar uma máquina ou um instrumento perigoso... ?
NÃO SIM
10
c Teve problemas legais como uma interpelação ou uma condenação ou uma
detenção porque tinha bebido?
NÃO SIM
11
d Continuou a beber mesmo sabendo que a bebida lhe causava problemas com seus
familiares ou com outras pessoas ?
NÃO SIM
12
HÁ PELO MENOS 1 RESPOSTA "SIM" EM J3 ?
NÃO SIM
ABUSO DE ÁLCOOL
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
LISTA DE SUBSTÂNCIAS
ANFETAMINA
ECSTASY
MORFINA
BRANCA
ERVA
ÓPIO
CANNABIS
ÉTER
PCP
BASEADO
GASOLINA
COCAÍNA
HAXIXE
RITALINA
CODEÍNA
HEROÍNA
COGUMELO
COLA
L.S.D.
SPEEDS
CRACK
MARIJUANA
TEGISEC
MACONHA
MESCALINA
TOLUENO
MERLA
METADONA
TRICLOROETILENO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
K. DEPENDÊNCIA / ABUSO DE SUBSTÂNCIAS (NÃO ALCOÓLICAS)
K1
Agora, vou lhe mostrar / ler (MOSTRAR A LISTA DAS SUBSTÂNCIAS / LER A LISTA ABAIXO)
uma lista de drogas e de medicamentos e gostaria que me dissesse se, durante os últimos
12 meses, usou várias vezes uma destas substâncias para se sentir melhor, para mudar o
seu estado de humor ou para ficar “ de cabeça feita / chapado”?
NÃO SIM
ENVOLVER COM UM CÍRCULO CADA SUBTÂNCIA CONSUMIDA
Estimulantes : anfetaminas, “speed”, ritalina, pílulas anorexígenas.
Cocaína: cocaína, “coca”, crack, pó, folha de coca
Opiáceos: heroína, morfina, ópio, metadona, codeína, meperidina
Alucinogéneos: L.S.D., “ácido”, mescalina, PCP, “pó de anjo”, “cogumelos”, ecstasy.
Solventes voláteis: “cola”, éter.
Canabinóides: cannabis, “erva”, maconha, “baseado”, haxixe,THC
Sedativos: Valium, Diazepam, Lexotan, Lorax, Halcion, Frontal, Rohypnol, barbitúricos
Diversos: Anabolisantes, esteróides, “poppers”. Toma outras substâncias?
ESPECIFICAR A(S) SUBSTÂNCIA (S) MAIS CONSUMIDA (S): ______________________
______________________________________________________________________
ESPECIFICAR A(S) SUBSTÂNCIA (S) A SER(EM) EXPLORADA(S) SEGUNDO OS CRITÉRIOS ABAIXO INDICADOS:
SE HÁ CONSUMO DE VÁRIAS SUBSTÂNCIAS (AO MESMO TEMPO OU SEQUENCIALMENTE):
CADA SUBSTÂNCIA (OU CLASSE DE SUBSTÂNCIAS) SEPARADAMENTE
SOMENTE A SUBSTÂNCIA (OU CLASSE DE SUBSTÂNCIAS) MAIS CONSUMIDA
SE HÁ CONSUMO DE UMA SÓ SUBSTÂNCIA (OU CLASSE DE SUBSTÂNCIAS):
SOMENTE UMA SUBSTÂNCIA (OU CLASSE DE SUBSTÂNCIAS)
K2
Considerando o seu consumo de [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS
SELECCIONADA], durante os últimos 12 meses:
a Constatou que precisava de quantidades cada vez maiores de [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE
DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA] para obter o mesmo efeito ?
NÃO SIM
1
b Quando usava menos ou parava de consumir [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE
SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA], tinha problemas como dores, tremores, febre, fraqueza,
diarréia, náuseas, suores, aceleração do coração, dificuldade de dormir ou sentir-se
agitado(a), ansioso (a), irritável ou deprimido (a) )?
Ou você tomava qualquer outra coisa para evitar esses problemas ou para se sentir
melhor ?
COTAR “SIM”, SE RESPOSTA SIM” NUM CASO OU NO OUTRO
NÃO SIM
2
c Quando começava a usar [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA],
freqüentemente consumia mais do que pretendia ?
NÃO SIM
3
d Tentou, sem conseguir, diminuir ou parar de usar [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE
SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA]?
NÃO SIM
4
e Nos dias em que usava [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA],
passava mais de 2 horas tentando conseguir a(s) droga(s), se drogando, ou se
recuperando dos efeitos do(a) [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS
SELECCIONADA], ou ainda pensando nessas coisas ?
NÃO SIM
5
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
316
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
f Reduziu as suas atividades (lazer, trabalho, cotidianas) ou passou menos tempo com os
outros por causa da(s) droga(s) ?
NÃO SIM
6
g
Continuou a usar [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA] mesmo
sabendo que esta(s) lhe causava(m) problemas de saúde ou problemas psicológicos?
NÃO SIM
7
HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM K2 ?
ESPECIFICAR A(S) SUBSTÂNCIA(S): _____________________________________
NÃO SIM
DEPENDÊNCIA DE
SUBSTÂNCIAS(S)
ATUAL
O (A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UMA DEPENDÊNCIA DE UMA/
VÁRIAS SUBSTÂNCIA(S) CONSUMIDA(S) ?
NÃO SIM
K3
Durante os últimos 12 meses:
a Por várias vezes ficou intoxicado ou de cabeça feita / chapado” com [SUBSTÂNCIA OU
A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA], quando tinha coisas para fazer no trabalho
(/ na escola) ou em casa ? Isso lhe causou problemas?
COTAR "SIM" SOMENTE SE A INTOXICAÇÃO CAUSOU PROBLEMAS
NÃO SIM
8
b Alguma vez esteve sob o efeito de [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS
SELECCIONADA] em situações em que isso era fisicamente arriscado como dirigir,
utilizar uma máquina ou um instrumento perigoso, etc.?
NÃO SIM
9
c Teve problemas legais como uma intimação ou uma condenação ou uma detenção
porque tinha usado [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA]?
NÃO SIM
10
d Continuou a usar [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA] mesmo
sabendo que esta(s) droga(s) lhe causava(m) problemas com os seus familiares ou com
outras pessoas ?
NÃO SIM
11
HÁ PELO MENOS 1 "SIM" EM K3 ?
ESPECIFICAR A(S) SUBSTÂNCIA(S) : _____________________________________
NÃO SIM
ABUSO DE SUBSTÂNCIAS(S)
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
317
L. SÍNDROME PSICÓTICA
PARA TODAS AS QUESTÕES DESTE MÓDULO, PEDIR UM EXEMPLO EM CASO DE RESPOSTA POSITIVA.
SÓ COTAR SIM SE OS EXEMPLOS MOSTRAM CLARAMENTE UMA DISTORÇÃO DO PENSAMENTO E / OU DA PERCEPÇÃO OU SE SÃO CULTURALMENTE
INAPROPRIADOS OU DISTOANTES.
AVALIAR SE OS SINTOMAS DESCRITOS APRESENTAM OU NÃO CARACTERÍSTICAS BIZARRAS" E COTAR A ALTERNATIVA
APROPRIADA..
DELÍRIOS BIZARROS : SÃO AQUELES CUJO CONTEÚDO É MANIFESTAMENTE ABSURDO, IMPLAUSÍVEL, INCOMPREENSÍVEL E QUE NÃO
PODE ESTAR BASEADO EM EXPERIÊNCIAS HABITUAIS DA VIDA.
ALUCINAÇÕES BIZARRAS: VOZES QUE COMENTAM OS PENSAMENTOS OU OS ATOS DO(A) ENTREVISTADO(A) OU DUAS OU MAIS VOZES
QUE CONVERSAM ENTRE SI.
Agora vou fazer-lhe algumas perguntas sobre experiências pouco comuns ou
estranhas que algumas pessoas podem ter.
L1a
Alguma vez acreditou que alguém o espionava ou estava conspirando contra você
ou tentando lhe fazer mal ?
NÃO
SIM
BIZARRO
SIM
1
b SE SIM : Atualmente acredita nisso ?
NÃO SIM SIM
L6a
2
L2a Alguma vez acreditou que alguém podia ler ou ouvir os seus pensamentos ou que
você podia ler ou ouvir os pensamentos de outra (s) pessoa (s) ?
NÃO
SIM
SIM
3
b SE SIM : Atualmente acredita nisso ?
NÃO SIM SIM
L6a
4
L3a
Alguma vez acreditou que alguém ou alguma força exterior colocava, dentro da
sua cabeça, pensamentos estranhos que não eram os seus ou o fazia agir de uma
maneira diferente do seu jeito habitual ? Alguma vez acreditou que estava
possuído?
NÃO
SIM
5
b SE SIM : Atualmente acredita nisso ?
NÃO SIM
L6a
6
L4a Alguma vez acreditou que estava recebendo mensagens especiais através da
televisão, do rádio ou do jornal ou teve a impressão de que alguém que não
conhecia pessoalmente estava particularmente interessado em você?
NÃO
SIM
7
b SE SIM : Atualmente acredita nisso ?
NÃO SIM
L6a
8
L5a Alguma vez teve idéias que os seus familiares ou amigos achavam estranhas ou
fora da realidade e que eles não compartilhavam com você ?
COTAR SIM APENAS SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA CLARAMENTE
IDÉIAS DELIRANTES HIPOCONDRÍACAS OU DE POSSESSÃO, DE CULPA , DE RUÍNA, DE
GRANDEZA OU OUTRAS NÃO EXPLORADAS PELAS QUESTÕES DE L1 A L4
NÃO
SIM
SIM
9
b SE SIM : Atualmente eles acham suas idéias estranhas ? NÃO SIM SIM
10
L6a
Alguma vez ouviu coisas que outras pessoas não podiam ouvir, como, por
exemplo, vozes?
COTAR “SIM” “BIZARRO UNICAMENTE SE O(A) ENTREVISTADO(A)
RESPONDE SIM À QUESTÃO: Estas vozes comentavam os seus pensamentos ou atos
ou ouvia duas ou mais vozes a falar entre elas?
NÃO
SIM
SIM
11
b SE SIM : Isto lhe aconteceu durante o último mês?
NÃO SIM SIM
L8a
12
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
318
L7a Alguma vez viu alguma coisa ou alguém que outras pessoas presentes o podiam
ver, isto é, teve visões quando estava completamente acordado?
COTAR “SIM SE AS VISÕES SÃO CULTURALMENTE INAPROPRIADAS OU
DESTOANTES.
NÃO
SIM
13
b SE SIM : Isto lhe aconteceu durante o último mês? NÃO SIM 14
L8b
OBSERVAÇÕES DO CLÍNICO:
ATUALMENTE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM DISCURSO
CLARAMENTE INCOERENTE OU DESORGANIZADO OU APRESENTA UMA PERDA
EVIDENTE DAS ASSOCIAÇÕES ?
NÃO
SIM
15
L9b ATUALMENTE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM COMPORTAMENTO
CLARAMENTE DESORGANIZADO OU CATATÔNICO?
NÃO
SIM
16
L10b OS SINTOMAS NEGATIVOS TIPICAMENTE ESQUIZOFRÊNICOS (EMBOTAMENTO
AFETIVO, POBREZA DO DISCURSO, FALTA DE ENERGIA OU DE INTERESSE PARA
INICIAR OU TERMINAR AS ATIVIDADES) SÃO PROEMINENTES DURANTE A
ENTREVISTA?
NÃO
SIM
17
L11
DE L1 A L10 HÁ PELO MENOS :
UMA QUESTÃO « b » COTADA “SIM” BIZARRO
OU
DUAS QUESTÕES « b » COTADAS SIM” (NÃO BIZARRO) ?
NÃO SIM
SÍNDROME PSITICA
ATUAL
L12 DE L1 A L7 HÁ PELO MENOS:
UMA QUESTÃO « a » COTADA “SIM” BIZARRO
OU
DUAS QUESTÕES « a » COTADAS “SIM (NÃO BIZARRO) ?
(VERIFICAR SE OS 2 SINTOMAS OCORRERAM AO MESMO TEMPO)
OU
L11 É COTADA “SIM” ?
NÃO SIM
SÍNDROME PSICÓTICA
VIDA INTEIRA
L13a
SE L12 É COTADA “SIM” E SE HÁ PELO MENOS UM “SIM” DE L1 A L7:
O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA
UM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR ATUAL (A4=SIM) OU PASSADO
(A5b=SIM)
OU
UM EPISÓDIO MANÍACO ATUAL OU PASSADO (D4) ?
NÃO
SIM
b SE L13a É COTADA “SIM”:
Você me disse, pouco, que teve um (vários) período(s) em que se sentiu
deprimido (a) / eufórico(a) / particularmente irritável.
Ao longo da sua vida, as idéias ou experiências das quais acabamos de falar, como
(CITAR OS SINTOMAS COTADOS "SIM" DE L1 À L7) ocorreram somente durante esse(s)
período(s) em que se sentia deprimido (a) / eufórico (a) / irritável ?
O SIM
18
c SE L13a É COTADA “SIM”:
ATUALMENTE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISÓDIO
DEPRESSIVO MAIOR (A4=SIM) OU UM EPISÓDIO MANÍACO (D4)
ASSOCIADO A UMA SÍNDROME PSICÓTICA (L11= SIM) ?
NÃO SIM
TRANSTORNO DO HUMOR
com Sintomas Psicóticos
ATUAL
d
L13b OU L13c SÃO COTADAS “SIM”?
NÃO SIM
TRANSTORNO DO HUMOR
com Sintomas Psicóticos
VIDA INTEIRA
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
319
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
M. ANOREXIA NERVOSA
M1a
Qual é a sua altura ?
|__|__|__| cm
b
Nos últimos 3 meses, qual foi seu peso mais baixo ?
|__|__|__| kg
c
O PESO DO(A) ENTREVISTADO(A) É INFERIOR AO LIMITE CRÍTICO
INDICADO PARA A SUA ALTURA ? (Ver TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
ABAIXO)
NÃO
SIM
1
Durante os últimos 3 meses:
M2
Recusou-se a engordar , embora pesasse pouco ?
NÃO
SIM
2
M3
Teve medo de ganhar peso ou de engordar demais ?
NÃO
SIM
3
M4a
Achou que era ainda muito gordo(a) ou pensou que uma parte do seu corpo era
muito gorda ?
NÃO
SIM
4
b
A sua opinião sobre si mesmo(a) ou a sua auto-estima foram muito influenciadas
pelo seu peso ou por suas formas corporais ?
NÃO
SIM
5
c
Achou que o seu peso era normal ou até excessivo ?
NÃO
SIM
6
M5
HÁ PELO MENOS 1 "SIM" EM M4 ?
NÃO
SIM
M6
PARA AS MULHERES APENAS: Nos últimos três meses sua menstruação não veio
quando normalmente deveria ter vindo ( na ausência de uma gravidez) ?
NÃO
SIM
7
PARA AS MULHERES: M5 E M6 SÃO COTADAS "SIM" ?
PARA OS HOMENS: M5 É COTADA "SIM" ?
NÃO SIM
ANOREXIA NERVOSA
ATUAL
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA ALTURA - LIMITE CRÍTICO DE PESO (SEM SAPATOS, SEM ROUPA)
ALTURA (cm)
140 145 150 155 160 165 170 175 180 185 190
Mulheres
PESO (Kg)
Homens
37 38 39 41 43 45 47 50 52 54 57
41 43 45 47 49 51 52 54 56 58 61
(15% DE REDUÇÃO EM RELAÇÃO AO PESO NORMAL)
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
320
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
N. BULIMIA NERVOSA
N1
Nos últimos 3 meses, teve crises de “comer descontroladamente” durante as quais
ingeriu quantidades enormes de alimentos num espaço de tempo limitado, isto é,
em menos de 2 horas?
NÃO
SIM
8
N2
Durante os últimos 3 meses, teve crises de “comer descontroladamente” pelo menos
duas vezes por semana ?
NÃO
SIM
9
N3
Durante essas crises de “comer descontroladamente” tem a impressão de não poder
parar de comer ou de não poder limitar a quantidade de alimento que come ?
NÃO
SIM
10
N4
Para evitar engordar depois das crises de “comer descontroladamente”, faz coisas
como provocar o vômito, dietas rigorosas, praticar exercícios físicos importantes,
tomar laxantes, diuréticos ou medicamentos para tirar a fome ?
NÃO
SIM
11
N5
A opinião sobre si mesmo(a) ou a sua auto-estima são muito influenciadas pelo seu
peso ou pelas suas formas corporais ?
NÃO
SIM
12
N6
O (A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UMA ANOREXIA NERVOSA
(MÓDULO “M”)?
SE N6 = “NÃO, PASSAR A N8
NÃO
SIM
13
N7 Estas crises de “comer descontroladamente” ocorrem sempre que o seu peso é
inferior a ____ Kg* ?
* RETOMAR O PESO CRÍTICO DO(A) ENTREVISTADO(A) EM FUNÇÃO DA SUA
ALTURA E SEXO.NA TABELA DO MÓDULO “M” (ANOREXIA NERVOSA)
NÃO SIM 14
N8
N5 É COTADA "SIM" E N7 COTADA “NÃO” (OU NÃO COTADA)?
NÃO SIM
BULIMIA NERVOSA
ATUAL
N7 É COTADA "SIM" ?
NÃO SIM
ANOREXIA NERVOSA
tipo Compulsão Periódica /
Purgativa
ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
321
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
O. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
O1 a
Durante os últimos 6 meses, sentiu-se excessivamente preocupado (a), inquieto (a),
ansioso (a) com relação a vários problemas da vida cotidiana ( trabalho / escola,
casa, familiares / amigos), ou teve a impressão ou lhe disseram que se preocupava
demais com tudo ?
NÃO COTAR SIM SE A ANSIEDADE DESCRITA CORRESPONDE A UM TIPO DE
ANSIEDADE EXPLORADA, COMO MEDO DE TER UM ATAQUE DE PÂNICO
(TRANSTORNO DE PÂNICO), DE SER HUMILHADO EM PÚBLICO (FOBIA
SOCIAL), DE SER CONTAMINADO (TOC), DE GANHAR PESO (ANOREXIA NERVOSA)...
NÃO
SIM
1
b
Teve essas preocupações quase todos os dias?
NÃO
SIM
2
O2
Tem dificuldade em controlar essas preocupações (/ essa ansiedade) ou ela (s) o(a)
impede(m) de se concentrar no que tem que fazer?
DE O3 A O3f COTAR “NÃO” OS SINTOMAS QUE OCORREM APENAS NO QUADRO
DOS TRANSTORNOS EXPLORADOS ANTERIORMENTE
NÃO
SIM
3
O3
Nos últimos seis meses, quando se sentia particularmente preocupado(a),
inquieto(a), ansioso(a), freqüentemente:
a
Sentia –se agitado(a), tenso(a), com os nervos à flor da pele?
NÃO
SIM
4
b
Tinha os músculos tensos?
NÃO
SIM
5
c
Sentia-se cansado (a), fraco(a) ou facilmente exausto(a)?
NÃO
SIM
6
d
Tinha dificuldade em concentrar-se ou ter esquecimentos / “dar branco” ?
NÃO
SIM
7
e
Ficava particularmente irritável ?
NÃO
SIM
8
f
Tinha problemas de sono (dificuldade em pegar no sono, acordar no meio da noite
ou muito cedo, dormir demais)?
NÃO
SIM
9
HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS “SIM” EM O3 ?
NÃO SIM
TRANSTORNO DE ANSIEDADE
GENERALIZADA ATUAL
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
322
: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE
P. TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL (opcional)
P1
Antes dos 15 anos:
a
Freqüentemente faltou à escola ou passou a noite fora de casa ? O SIM 1
b
Freqüentemente mentiu, passou a perna/ enganou os outros ou roubou ? NÃO SIM
2
c
Brutalizou, ameaçou ou intimidou os outros ? NÃO SIM 3
d
Destruiu ou incendiou coisas porque quis? O SIM 4
e
Fez sofrer animais ou pessoas porque quis? NÃO SIM 5
f
Forçou alguém a ter relações sexuais com você? NÃO SIM 6
HÁ PELO MENOS 2 RESPOSTAS “SIM” EM P1?
NÃO
SIM
P2 Não cotar “SIM” as respostas abaixo se os comportamentos
DESCRITOS ACONTECEM UNICAMENTE em contextos políticos ou
religiosos ESPECÍFICOS.
Depois dos 15 anos:
a
Freqüentemente teve comportamentos que os outros achavam irresponsáveis, como
não pagar as dívidas, agir impulsivamente ou não querer trabalhar para assegurar o
mínimo necessário?
NÃO
SIM
7
b
Fez coisas ilegais (mesmo que o tenha sido preso), como destruir a propriedade
alheia, roubar, vender droga ou cometer um crime?
NÃO
SIM
8
c
Freqüentemente foi violento fisicamente, inclusive com seu(sua) companheiro (a) ou
seus filhos ?
NÃO SIM 9
d
Freqüentemente mentiu, passou a perna ou enganou os outros para obter dinheiro ou
prazer ou mentiu apenas para se divertir ?
NÃO
SIM
10
e
Expôs pessoas a perigos sem se preocupar com elas? NÃO SIM
11
f
Não sentiu nenhuma culpa depois de ter mentido, ferido, maltratado ou roubado
alguém, ou destruído a propriedade alheia?
NÃO
SIM
12
HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM P2 ?
NÃO SIM
TRANSTORNO DA
PERSONALIDADE
ANTI-SOCIAL
VIDA INTEIRA
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
323
REFERÊNCIAS
Lecrubier Y, Sheehan D, Weiller E, Amorim P, Bonora I, Sheehan K, Janavs J, Dunbar G. The Mini International Neuropsychiatric Interview
(M.I.N.I.), a short diagnostic interview : Reliability and validity according to the CIDI. European Psychiatry, 1997 ; 12 : 232-241.
Sheehan DV, Lecrubier Y, Harnett Sheehan K, Janavs J, Weiller E, Keskiner A, Schinka J, Knapp E, Sheehan MF, Dunbar GC. Reliability and
validity of the Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.) according to the SCID-P. European Psychiatry, 1997 ; 12 : 232-241.
Sheehan DV, Lecrubier Y, Harnett Sheehan K, Amorim P, Janavs J, Weiller E, Hergueta T, Baker R, Dunbar G. The Mini International
Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.), : The development and validation of a structured diagnostic psychiatric interview. Journal of Clinical
Psychiatry, 1998 ; 59 [suppl 20] : 22-33.
Amorim P, Lecrubier Y, Weiller E, Hergueta T, Sheehan D. DSM-III-R Psychotic disorders : procedural validity of the Mini International
Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.). Concordance and causes for discordance with the CIDI. European Psychiatry, 1998 ; 13 : 26-34.
As versões originais francesa e inglesa do MINI / DSM IV foram traduzidas e podem pedir-se aos autores (ver página 3). Uma versão CIM-10 do
MINI está também disponível em francês, inglês e dinamarquês.
Traduções M.I.N.I. 4.4 e versões anteriores M.I.N.I. 5.0, M.I.N.I. PLUS, M.I.N.I. screen
Afrikaans R. Emsley
Alemão I. van Denffer, M. Ackenheil, R. Dietz-Bauer M. Ackenheil, G. Stotz, R. Dietz-Bauer
Árabe O. Osman, E. Al-Radi
Basco En préparation
Bengali H. Banerjee, A. Banerjee
Brasileiro P. Amorim P. Amorim
Búlgaro L.G. Hranov
Catalão En préparation
Chinês L. Caroll
Croata En préparation
Dinamarquês P. Bech P. Bech, T. Scütze
Espanhol L. Ferrando, J. Bobes-Garcia, J. Gibert-Rahola L. Ferrando, L. Franco-Alfonso, M. Soto, J. Bobes, O. Soto,
L. Franco, J. Gibert
Farsi/Persa K. Khooshabi, A. Zomorodi
Finlandês M. Heikkinen, M. Lijeström, O. Tuominen En préparation
Galês En préparation
Grego S. Beratis T. Calligas, S. Beratis
Gujarati M. Patel, B. Patel
Hebreu J. Zohar, Y. Sasson R. Barda, I. Levinson
Hindi K. Batra, S. Gambir
Húngaro I. Bitter, J. Balazs I. Bitter, J. Balazs
Italiano P. Donda, E. Weiller, I. Bonora L. Conti, P. Donda, A. Rossi, M. Piccinelli,
M. Tansella, G. Cassano
Japonês H. Watanabe
Letão V. Janavs, J. Janavs, I. Nagobads V. Janavs, J. Janavs
Holandês/ Flamenco
E. Griez, K. Schruers, T. Overbeek, K. Demyttenaere I. van Vliet, H. Leroy, H. van Megen
Norueguês G. Pedersen, S. Blomhoff K. Leiknes, U. Malt, E. Malt
Polaco M. Masiak, E. Jasiak M. Masiak, E. Jasiak
Português P. Amorim, T. Guterres T. Guterres, P. Levy, P. Amorim
Punjabi S. Gambir
Romeno O. Driga
Russo A. Bystitsky, E. Selivra, M. Bystitsky
Sérvio I. Timotijevic I. Timotijevic
Setswana K. Ketlogetswe
Esloveno M. Kocmur M. Kocmur
Sueco M. Waern, S. Andersch, M. Humble C. Allgulander, M. Waern, A. Brimse, M. Humble
Checo P. Zvolsky P. Zvolsky
Turco T. Örnek, A. Keskiner, I. Vahip T. Örnek, A. Keskiner
Urdu S. Gambir
O M.I.N.I. foi desenvolvido simultaneamente em francês e inglês. O desenvolvimento e a validação do M..I.N.I. foram possíveis graças, em parte, a fundos cedidos
pela CNAM (701061), os laboratórios SmithKline Beecham e a U.E. Imp. 18.10.
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
324
ESCALA DE AVALIAÇÃO GLOBAL DO FUNCIONAMENTO (AGF)
Considerar o funcionamento psicológico, social e ocupacional em um continuum hipotético de saúde-
doença mental. Não incluir prejuízos no funcionamento quando decorrentes de limitações físicas ou
ambientais.
Código
(Obs: Usar códigos intermediários quando apropriado, por ex., 45, 68, 72)
100
91
Funcionamento superior em uma ampla faixa de atividades, problemas de vida jamais vistos fora de
seu controle, é procurado por outros em vista de suas muitas qualidades positivas.
Não apresenta sintomas.
90
81
Sintomas ausentes ou mínimos (por ex., leve ansiedade antes de um exame), bom funcionamento em
todas as áreas, interessado e envolvido em uma ampla faixa de atividades, socialmente efetivo,
satisfeito em geral com a vida, nada além de problemas ou preocupações cotidianas (por ex., uma
discussão ocasional com membros da família).
80
71
Se sintomas estão presentes, são temporários e reações previsíveis a estressores psicossociais (por ex.,
dificuldade de concentração após discussão em família); leve prejuízo no funcionamento social,
ocupacional ou escolar (por ex., declínio temporário na escola).
70
61
Alguns sintomas leves (como humor depressivo e insônia leve) OU alguma dificuldade no funcionamento
social, ocupacional ou escolar (por ex., ocasionais faltas injustificadas à escola, ou furtos dentro de casa),
mas geralmente funcionando bem; possui alguns relacionamentos interpessoais significativos.
60
51
Sintomas moderados (afeto embotado, fala circunstancial, ataques de pânico) OU dificuculdade
moderada no funcionamento social, ocupacional ou escolar (poucos amigos, conflitos com companheiros
ou colegas de trabalho).
50
41
Sintomas sérios (ideação suicida, rituais obsessivos graves, furtos freqüentes em lojas) OU qualquer
prejuízo sério no funcionamento social, ocupacional ou escolar (nenhum amigo, incapaz de se manter no
emprego)
40
31
Algum prejuízo no teste de realidade e comunicação (fala às vezes ilógica, obscura ou irrelevante) OU
prejuízo importante em diversas áreas, como emprego ou escola, relações familiares, julgamento,
pensamento ou humor (adulto deprimido evita amigos, negligencia a família, é incapaz de trabalhar;
criança agride freqüentemente mais jovens, é desafiadora em casa e vai mal na escola).
30
21
Comportamento consideravelmente influenciado por delírios ou alucinações OU grave prejuízo na
comunicação ou julgamento (ocasionalmente incoerente, age de forma grosseiramente inapropriada,
preocupações suicidas) OU inabilidade para funcionar na maioria das áreas (permanece na cama o dia
inteiro; sem emprego, casa ou amigos).
20
11
Algum perigo de ferir a si mesmo ou a outros (tentativas de suicido, mas sem claro desejo de morrer:
freqüentemente violento; excitação maníaca) OU falha em manter minimamente a higiene pessoal (suja-
se com fezes) OU prejuízo grosseiro na comunicação (amplamente incoerente ou em mutismo).
10
1
Perigo persistente de se ferir gravemente ou a outros (violência recorrente) OU inabilidade persistente
para manter higiene pessoal mínima OU ato suicida grave, com clara expectativa de morrer.
0 Informações inadequadas.
ANEXO H
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
325
Questionário sobre estressores ao longo da vida – Revisado e Adaptado/02
(Life stressor checklist – Revised and adapted/02)
Jessica Wolfe, Rachel Kimerling,
Pamella Brown, Kelly Chrestman, Karen Levin.
Instruções para o preenchimento:
O que se segue é um questionário com uma lista de acontecimentos que podem
ter sido traumáticos quando ocorreram. Gostaríamos que pudesse assinalar aquelas
situações em que você esteve presente, seja diretamente envolvido no evento, seja como
testemunha dele (há questões diferentes para cada uma destas circunstâncias, você
como participante ou você como assistente).
Em geral, cada questão se subdivide entre a ocorrência do fato, a idade que você
tinha quando ele ocorreu, quanto tempo durou, que pensamentos, sentimentos e
perturbação ele despertou em você no momento em que ocorreu, e o quanto você acha
que ele continuou afetando sua vida no momento presente (ou no último ano) da sua
vida.
Ao responder, faça um círculo nas perguntas que tiverem SIM ou NÃO.
Se na pergunta principal (numeradas de 1 a 30 e delimitada por linhas que a
contornam, como um retângulo) você responder NÃO (isto é, que o fato em questão
não ocorreu), pule então para a pergunta seguinte.
No caso de você responder SIM, responda daí as demais perguntas do item (que
são numeradas a,b,c,d...)
Nas duas questões sobre seu grau de perturbação com o evento, e quanto ele o
afetou, faça um círculo em torno do mero que melhor corresponder ao seu nível de
perturbação com o fato traumático, que vai de “nada” (igual a 1) a “extremamente”
(igual a 5), com graduações entre estes dois extremos.
Qualquer dúvida que você tiver nas respostas, pergunte ao entrevistador que
estará junto com você.
ANEXO I
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
326
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Naquele momento você achou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
c) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
d) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?______
b) Naquele momento você achou que você, ou alguém mais, poderia ter morrido ou
ficado gravemente machucado? SIM NÃO
c) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
d) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Naquele momento você achou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
c) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
d) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Durante quanto tempo ele/a esteve preso?____
1. Você esteve PRESENTE
em algum desastre grave (incêndio, explosões,
inundações, furacões) ? SIM NÂO
2. Você alguma vez ASSISTIU
a um acidente grave (por exemplo, uma forte batida
de automóveis ou um grave acidente no seu trabalho)? SIM NÃO
3. Você alguma vez SOFREU algum acidente grave, ou teve alguma lesão como
resultado de algum acidente (como, por ex., de uma batida de aut
omóveis ou um
acidente no trabalho)? SIM NÃO
4. Algum FAMILIAR próximo já foi alguma vez PRESO? SIM NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
327
c) No momento em que isto ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
d) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
e) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Por quanto tempo?____
c) No momento em que isto ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
d) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
e) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______Por quanto tempo? _________
b) Naqueles momentos, você experimentou sentimentos intensos de impotência,
desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
c) O quanto você se sentiu perturbado naquela situação?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
d) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu? ________
b) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de impotência,
desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
5. VOCÊ já esteve alguma vez PRESO? SIM NÃO
6. Você já MOROU EM UM ORFANATO, lar adotivo, ou esteve em situação de ser
adotado?
SIM
NÃO
7. SEUS PAIS estiveram alguma vez SEPARADOS enquanto você ainda vivia com
eles?
SIM
NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
328
c) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
d) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de impotência,
desamparo, medo ? SIM NÃO
c) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
d) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de impotência,
desamparo, medo? SIM NÃO
d) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
e) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Quanto tempo durou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
8. Você alguma vez já se SEPAROU ou se divorciou? SIM NÃO
9. Você t
eve alguma vez PROBLEMAS FINANCEIROS graves (por ex., não ter
sequer dinheiro para comer ou para pagar aluguel)? SIM NÃO
10. Você alguma vez teve uma DOENÇA FÍSICA OU MENTAL GRAVE (por ex., câncer,
enfarto, cirurgia extensa, idéias de se matar ou hospitalização psiquiátrica)?
SIM NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
329
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorria?_______
b) Quanto tempo durou?____
c) No momento em que ocorria, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo? SIM NÃO
d) O quanto você se sentia perturbado naqueles momentos?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
e) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Quanto tempo durou?____
c) Naquele momento você acreditou que você podia ter morrido ou ficado seriamente
doente ou machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
11. Você já se sentiu, alguma vez, gravemente ABUSADO OU NEGLIGENCIADO DO PONTO
DE VISTA EMOCIONAL (por ex., sendo freqüentemente envergonhado pelos seus pais ou
outros adultos, constrangido, rejeitado, ignorad
o, ou sendo acusado, com freqüência, de “não
servir para nada” ou de “não ser uma boa pessoa”)?
SIM
NÃO
12. Você alguma vez já foi FISICAMENTE NEGLIGENCIADO (por ex., faltou-lhe comida,
não foi vestido adequadamente, ou foi deixado, quando pequeno ou quando doente, para cuidar
sozinho de você mesmo)? SIM NÃO
13. APENAS PARA MULHERES
: Você alguma vez ABORTOU OU PERDEU
SEU BEBÊ por um abortamento espontâneo? SIM NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
330
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu? _____
b) Naquele momento voacreditou que você podia ter morrido ou ficado seriamente
machucada? SIM NÃO
c) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
d) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
e) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quanto tempo durou?____
c) Naquele momento você acreditou que seu filho/a podia ter morrido ou ficado
seriamente lesionado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbada naqueles momentos?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
14. Você alguma vez já esteve separada dos seus filhos contra sua vontade (po
r ex., por
perda da guarda deles, perda de visitas, ou seqüestro)? SIM NÃO
15. Você teve algum filho/a que tenha sofrido de um grave problema sico ou
mental (retardo mental, nascimento com problemas congênitos, cegueira, surdez ou
paralisias)? SIM NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
331
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando tempo durou?____
c) Você acreditou que alguém que estivesse sob seus cuidados, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que isto ocorria, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia também ter
morrido ou ficado seriamente machucado? SIM NÃO
c) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
d) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
c) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
16. Voalguma vez teve a responsabilidade de cuidar de alguém próximo (excluindo
seus filhos/as), que apresentasse uma grave incapacitação física ou mental (câncer,
derrame, demência, AIDS, ou tivesse tentado se matar, sofrido hospital
izações
psiquiátricas, ou fosse cego, surdo ou paralítico)?
SIM NÃO
17. Você teve alguém próximo que tenha morrido de forma súbita ou inesperada
(por acidente, enfarto agudo e fulminante, assassinato ou suicido)?
SIM NÃO
18. Alguém próximo a você já morreu (excluindo mortes súbitas e inesperadas)?
SIM NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
332
d) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorria, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naqueles momentos?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
c) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
d) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
e) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
c) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
19. Quando jovem (antes dos 16 anos
), você alguma vez presenciou cenas de violência
dentro da sua família (tapas, socos, pontapés, arranhões, empurrões)?
SIM
NÃO
20.Você alguma vez já presenciou alguém ser agredido, roubado ou assaltado (roubo
com violência)? SIM NÃO
21. Você foi alguma vez fisicamente agredido (excetuando agressão sexual),
roubado, assaltado (roubo com violência) por alguém desconhecido?
SIM
NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
333
d) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
e) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
22. Antes dos 16 anos
, você alguma vez foi fisicamente atacado ou abusado (mas o
sexualmente) por alguém que você conhecia
(por ex., pai, namorado/a ou cônjuge,
bateu, soqueou, esbofeteou, asfixiou, arranhou, sacudiu com violência,
queimou ou
deu-lhe uma surra)? SIM NÃO
23. Após os 16 anos
, você foi alguma vez fisicamente agredido ou atacado (mas não
sexualmente) por alguém que você conhecia
(por ex., pai, namorado/a ou cônjuge, bateu,
soqueou, esbofeteou, asfixiou, arranhou, sacudiu com violência, queimou ou deu-
lhe
uma surra)? SIM NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
334
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter ficado
seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
24. Você foi alguma vez incomodado/a ou assediado/a por comentários sexuais,
brincadeiras maliciosas ou solicitação direta de favores sexuais, por alguém
no seu
trabalho ou na escola
(por ex., colega de trabalho, patrão, cliente, outro/a estudante,
professor/a)? SIM NÃO
25. Antes dos 16 anos, você foi alguma vez tocado/a, ou forçado/a a tocar outra pessoa
de um modo sexual, sob ameaça de ser machucado/a se não o fizesse?
SIM NÃO
26. Após os 16 anos, você foi alguma vez
tocado/a, ou forçado/a a tocar outra pessoa
de um modo sexual, sob ameaça de ser de machucado/a se não o fizesse?
SIM NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
335
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?_______
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
27. Antes dos 16 anos, você alguma vez teve relações sexuais (orais, anais, genitais)
que você não queria ter, mas que se sentiu forçada ou ameaçada de ser machucado/a se não
concordasse em ter? SIM NÃO
28. Após os 16 anos, você alguma vez teve relações sexuais (orais, anais, genitais)
que você não
queria ter, mas que se sentiu foada ou ameaçada de ser machucado/a se não
concordasse em ter?
SIM
NÃO
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
336
Qual foi este evento?______________________________________________
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
a) Quantos anos você tinha quando isto ocorreu?_______
b) E quando cessou?____
c) Naquele momento você acreditou que você, ou alguém mais, podia ter morrido ou
ficado seriamente machucado? SIM NÃO
d) No momento em que ocorreu, você experimentou sentimentos intensos de
impotência, desamparo, medo ou terror? SIM NÃO
e) O quanto você se sentiu perturbado naquele momento?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
f) O quanto isto afetou sua vida no ano que passou ?
1 2 3 4 5
nada pouco moderado muito extremamente
29. Ocorreu algum outro evento que você considerou traumático na sua vida, que
não lhe perguntamos, mas que você gostaria de mencionar? SIM NÃO
30. Por acaso algum dos eventos mencionados acima chegou a ocorrer com alguém
próximo a você, a ponto de você ter ficado seriamente perturbado ao tomar
conhecimento do ocorrido? SIM NÃO
NOME: ____________________________________________ DATA: ___________
ENDEREÇO:______________________________ TELEFONE: _______________
PROTOCOLO:______________ENTREVISTADOR: _______________________
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
337
QUESTIONÁRIO SOBRE TRAUMA NA INFÂNCIA (QTI)
CTQ - CHILDHOOD TRAUMA QUESTIONNAIRE
Enquanto eu crescia...
nunca foi
verdade
raramente
foi verdade
algumas
vezes
foi verdade
muitas
vezes
foi verdade
quase
sempre foi
verdade
1. Eu não tinha comida suficiente para comer.
2. Eu sabia que havia alguém para me cuidar e me proteger.
3. As pessoas, na minha família, me chamavam de coisas do
tipo “estúpido”, “preguiçoso” ou “feio de doer”.
4. Meus pais estavam sempre muito bêbados ou drogados
para cuidar da família.
5. Havia alguém na família que ajudava a me sentir especial
ou importante.
6. Eu tinha que usar roupas sujas.
7. Eu me senti amado.
8. Eu achava que meus pais desejavam que eu nunca tivesse
nascido.
9. Eu apanhei tanto de alguém da família que por isto tive que
ir ao hospital ou consultar um médico.
10. Não havia nada que eu desejasse mudar em minha família.
11. Alguém, em minha família, me bateu tanto que isso me
deixou com marcas e contusões (roxo).
12. Eu apanhei com cinto, vara, corda ou várias outras coisas
que machucavam.
13. As pessoas em minha família cuidavam umas das outras.
14. Pessoas, em minha família, disseram coisas que me
machucaram ou me ofenderam.
15. Eu acredito que fui fisicamente abusado (machucado).
ANEXO J
Estas afirmações se referem a algumas de suas experiências enquanto você estava cresce
ndo,
desde criança e até sua adolescência. Compreendemos a natureza pessoal de muitas destas questões, mas
ainda assim gostaríamos que vo tentasse respondê-
las o mais sinceramente possível. Para cada
afirmação, circule a resposta que melhor descrever com
o você se sentiu. Se você desejar mudar sua
resposta, coloque um X na antiga resposta e circule a nova escolha.
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
338
Enquanto eu crescia...
nunca foi
verdade
raramente
foi verdade
algumas
vezes
foi verdade
muitas
vezes
foi verdade
quase
sempre foi
verdade
16. Eu tive uma infância perfeita.
17. Eu apanhei tanto que isso foi notado por um professor,
vizinho ou médico.
18. Eu sentia que alguém na minha família me odiava.
19. As pessoas da minha família se sentiam próximas umas das
outras (como uma família).
20. Alguém tentou me tocar de maneira sexual ou me obrigou a
tocá-lo.
21. Alguém ameaçou me machucar, ou contar mentiras sobre
mim, se eu não fizesse algo sexual com ele ou ela.
22. Eu tive a melhor família do mundo.
23. Alguém tentou me obrigar a praticar algo sexual, ou a
assistir algum ato sexual, ou coisas relativas a sexo.
24. Alguém já me molestou (importunou, bolinou, “se
passou”comigo).
25. Eu acredito que fui emocionalmente maltratado (humilhado,
ofendido, desvalorizado)
26. Havia alguém para me levar ao médico quando eu
precisasse.
27. Eu acredito que fui sexualmente abusado.
28. Minha família foi uma fonte de força e apoio sempre que
precisei.
NOME: __________________________________________________ DATA: ____________________
PROTOCOLO: _____________ ENTREVISTADOR: ______________________________________
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
339
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA 301.83
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE ( DSM-IV)
Padrão pervasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, da auto-imagem e
dos afetos, com acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e está
presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes
critérios:
1. Esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado. NOTA: não
incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto pelo Critério 5.
2. Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela
alternância entre extremos de idealização e desvalorização;
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada, e resistente a ser corrigida, na
percepção de si mesmo;
4. Impulsividade, presente em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à
própria pessoa (por ex., gastos exageradas, sexualidade promíscua, abuso de
substâncias, direção imprudente, compulsões alimentares);
5. Recorrência de comportamentos, gestos ou ameaças suicidas ou automutilações;
6. Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex.,
episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade, geralmente durante
algumas horas e apenas raramente por mais de alguns dias);
7. Sentimentos crônicos de vazio;
8. Raiva inadequada e intensa, ou dificuldade em controlar a raiva (por ex.,
demonstrações freqüentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes);
9. Ideação paranóide transitória e relacionada ao estresse, ou graves sintomas
dissociativos.
ANEXO K
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
340
NOME: ..................................................................................................................DATA .............................
ENTREVISTADOR: ......................................................................................................................................
PARENTAL BONDING INSTRUMENT (Pai)
Este questionário lista várias atitudes e comportamentos dos pais. Você deverá colocar uma marca no parêntese mais
apropriado de cada questão, pensando na forma que você lembra seu pai em seus 16 primeiros anos.
Muito
Parecido
Moderadamente
Parecido
Moderadamente
Diferente
Muito
Diferente
1. Falava comigo com uma voz meiga e amigável
( ) ( ) ( ) ( )
2. Não me ajudava tanto quanto eu necessitava
( ) ( ) ( ) ( )
3. Deixava-me fazer as coisas que eu gostava de fazer
( ) ( ) ( ) ( )
4. Parecia emocionalmente frio comigo
( ) ( ) ( ) ( )
5. Parecia compreender meus problemas e preocupações
( ) ( ) ( ) ( )
6. Era carinhoso comigo
( ) ( ) ( ) ( )
7. Gostava que eu tomasse minhas próprias decisões
( ) ( ) ( ) ( )
8. Não queria que eu crescesse
( ) ( ) ( ) ( )
9. Tentava controlar todas as coisas que eu fazia
( ) ( ) ( ) ( )
10. Invadia minha privacidade
( ) ( ) ( ) ( )
11. Gostava de conversar comigo
( ) ( ) ( ) ( )
12. Freqüentemente sorria para mim
( ) ( ) ( ) ( )
13. Tendia a me tratar como bebê
( ) ( ) ( ) ( )
14. Parecia não entender o que eu necessitava ou queria
( ) ( ) ( ) ( )
15. Deixava que eu decidisse coisas por mim mesmo
( ) ( ) ( ) ( )
16. Fazia com que me sentisse que não era querido(a)
( ) ( ) ( ) ( )
17. Podia me fazer sentir melhor quando eu estava triste
( ) ( ) ( ) ( )
18. Não conversava muito comigo
( ) ( ) ( ) ( )
19. Tentava me fazer dependente dele
( ) ( ) ( ) ( )
20. Sentia que eu não poderia cuidar de mim mesmo, a menos que ele
estivesse por perto
( ) ( ) ( ) ( )
21. Dava-me tanta liberdade quanto eu queria
( ) ( ) ( ) ( )
22. Deixava-me sair tão freqüentemente quanto eu queria
( ) ( ) ( ) ( )
23. Era superprotetor comigo
( ) ( ) ( ) ( )
24. Não me elogiava
( ) ( ) ( ) ( )
25. Deixava-me vestir de qualquer jeito que eu desejasse
( ) ( ) ( ) ( )
ANEXO L
M.I.N.I. 5.0.0 Brazilian version / DSM IV / Current (December, 1999)
341
NOME: ...........................................................................................................................................................
PARENTAL BONDING INSTRUMENT (Mãe)
Este questionário lista várias atitudes e comportamentos dos pais. Você deverá colocar uma marca no parêntese mais
apropriado de cada questão, pensando na forma que você lembra sua mãe em seus 16 primeiros anos.
Muito
Parecido
Moderadamente
Parecido
Moderadamente
Diferente
Muito
Diferente
1. Falava comigo com uma voz meiga e amigável
( ) ( ) ( ) ( )
2. Não me ajudava tanto quanto eu necessitava
( ) ( ) ( ) ( )
3. Deixava-me fazer as coisas que eu gostava de fazer
( ) ( ) ( ) ( )
4. Parecia emocionalmente fria comigo
( ) ( ) ( ) ( )
5. Parecia compreender meus problemas e preocupações
( ) ( ) ( ) ( )
6. Era carinhosa comigo
( ) ( ) ( ) ( )
7. Gostava que eu tomasse minhas próprias decisões
( ) ( ) ( ) ( )
8. Não queria que eu crescesse
( ) ( ) ( ) ( )
9. Tentava controlar todas as coisas que eu fazia
( ) ( ) ( ) ( )
10. Invadia minha privacidade
( ) ( ) ( ) ( )
11. Gostava de conversar comigo
( ) ( ) ( ) ( )
12. Freqüentemente sorria para mim
( ) ( ) ( ) ( )
13. Tendia a me tratar como bebê
( ) ( ) ( ) ( )
14. Parecia não entender o que eu necessitava ou queria
( ) ( ) ( ) ( )
15. Deixava que eu decidisse coisas por mim mesmo
( ) ( ) ( ) ( )
16. Fazia com que me sentisse que não era querido(a)
( ) ( ) ( ) ( )
17. Podia me fazer sentir melhor quando eu estava triste
( ) ( ) ( ) ( )
18. Não conversava muito comigo
( ) ( ) ( ) ( )
19. Tentava me fazer dependente dela
( ) ( ) ( ) ( )
20. Sentia que eu não poderia cuidar de mim mesmo, a menos que ela
estivesse por perto
( ) ( ) ( ) ( )
21. Dava-me tanta liberdade quanto eu queria
( ) ( ) ( ) ( )
22. Deixava-me sair tão freqüentemente quanto eu queria
( ) ( ) ( ) ( )
23. Era superprotetora comigo
( ) ( ) ( ) ( )
24. Não me elogiava
( ) ( ) ( ) ( )
25. Deixava-me vestir de qualquer jeito que eu desejasse
( ) ( ) ( ) ( )
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo